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O Trevo - novembro/2007 1
Aliança EspĂrita EvangĂ©lica - Fraternidade dos DiscĂpulos de Jesus - DifusĂŁo do Espiritismo Religioso - Ano XXXIV - nÂș 394 Novembro/2007
O TREVO
Edgard Armond25 anos de uma
nova fase
2 O Trevo - novembro/2007
ALIANĂA DISTRIBUIDORA E EDITORA DE LIVROS ESPĂRITAS - Lista de Preços
Alexandra Prasinos BernalHISTĂRIA DO QUADRADINHO (A) â (Infantil) .................................10,00
Autores diversosCRESCENDO CANTANDO â (Infanto-juvenil)....................................48,00CURSO DE PREP. P/ EVANG. â (Infanto-juvenil).................................28,00EAE PERGUNTAS E RESPOSTAS â (Mensagens)..................................27,00EVANG. INF. JUVENIL INTER. A â (Evangelização).............................32,00EVANG. INF. JUVENIL INTER. B â (Evangelização)..............................36,00EVANG. INF. JUVENIL JARDIM A â (Evangelização)..........................46,00EVANG. INF. JUVENIL JARDIM B â (Evangelização)...........................44,00EVANG. INF. JUVENIL JARDIM C â (Evangelização)............................42,00EVANG. INF. JUVENIL MATERNAL â (Evangelização).......................30,00EVANG. INF. JUVENIL PRIM. A â (Evangelização)...............................40,00EVANG. INF. JUVENIL PRIM. B â (Evangelização)...............................38,00EVANG. INF. JUVENIL PRIM. C â (Evangelização)...............................34,00FDJ PERGUNTAS E RESPOSTAS â (Mensagens)...................................27,00INICIAĂĂO ESPĂRITA â (DidĂĄtico)........................................................30,00REFERĂNCIAS BIBLIOGRĂFICAS â (DidĂĄtico)......................................4,00ROTEIRO ILUSTRADO - PASSES E RADIAĂĂES (MultimĂdia)..........20,00
Bezerra de MenezesCOMENTĂRIOS EVANGĂLICOS â (EvangĂ©lico).................................19,00
ClĂĄudia Marum Curcio/EliasMARCAS DA VIDA â (Romance)............................................................26,00
Cristina GhiraldelliGIRANDA â (Evangelização infanto-juvenil)..........................................10,00
Dario Sandri Jr./FĂ©nelonATAREVE â OS OLHOS DA VINGANĂA â (Romance)........................28,90DO OUTRO LADO DA CRUZ â (Romance)..........................................28,90
Edgard ArmondALMAS AFINS â (Romance)....................................................................15,00AMOR E JUSTICA â (Romance)...............................................................16,00DESENVOLVIMENTO MEDIĂNICO â (Mediunidade).......................10,00DESENVOLV. MEDIUMNICO â ESPANHOL (Mediunidade).............10,00DESTERRADOS DE CAPELLA (LOS) â ESPANHOL (DissertaçÔes)...20,00DUPLA PERSONALIDADE (A) â (Romance).......................................18,00ENQUANTO Ă TEMPO â (DoutrinĂĄrio).................................................20,00ENTENDENDO O ESPIRITISMO â (ABC do Espiritismo).....................20,00ENTENDIENDO EL ESPIRITISMO â ESPANHOL â (DidĂĄtico)...........20,00ESPIRITISMO E A PRĂXIMA RENOVAĂĂO (O) â (DoutrinĂĄrio).......19,00EXILADOS DA CAPELA (OS) â (HistĂłria).............................................20,00FALANDO AO CORAĂĂO â (Mensagens)............................................18,00GUIA DO APRENDIZ â (Mensagens)........................................................6,00GUIA DO DISCĂPULO â (Mensagens)........................................................4,00HORA DO APOCALIPSE (A) â (Cultura EspĂrita).................................18,00INICIACION ESPIRITA â (DoutrinĂĄrio).................................................30,00LENDO E APRENDENDO - NA SEMEADURA III â (DoutrinĂĄrio)......16,00LIBRE ALBEDRIO (EL) â ESPANHOL â (DissertaçÔes).........................18,00LIVRE ARBĂTRIO (O) - (HistĂłria)............................................................18,00MARGENS DO RIO SAGRADO (ĂS) â (Romance).................................18,00MEDIUMNIDAD â ESPANHOL â (Mediunidade).................................28,00MEDIUNIDADE â (Mediunidade)..........................................................28,00MENSAGENS E INSTRUĂĂES â (Mensagens).......................................18,00MĂTODOS ESPĂRITAS DE CURA â ESPANHOL â (Mediunidade).....15,00METODOS ESP. DE CURA PSIQUISMO E CROMOt. â (Mediunidade....15,00NA CORTINA DO TEMPO â (HistĂłria)..................................................14,00NA SEARA DO EVANGELHO â (Mensagens).......................................15,00NA SEMEADURA I â (DoutrinĂĄrio)........................................................18,00NA SEMEADURA II â (DoutrinĂĄrio)........................................................16,00PASES Y RADIACIONES â ESPANHOL â (Mediunidade)....................20,00PASSES E RADIAĂĂES â (Mediunidade)..............................................20,00PRĂTICA MEDIĂNICA â (Mediunidade)..............................................25,00REDENTOR (EL) â ESPANHOL â (DissertaçÔes)..................................22,00REDENTOR (O) â (DidĂĄtico)....................................................................22,00RELEMBRANDO O PASSADO â (Cultura EspĂrita)..............................19,00RELIGIĂES E FILOSOFIAS â (Cultura EspĂrita)....................................19,00RESPONDENDO E ESCLARECENDO â (Cultura EspĂrita)..................16,00SALMOS â (HistĂłria).................................................................................16,00
TIRADENTES MISSIONĂRIO â (Cultura EspĂrita)................................15,00VERDADES E CONCEITOS I â (DoutrinĂĄrio)........................................14,00VERDADES E CONCEITOS II â (DoutrinĂĄrio).......................................17,00VIVĂNCIA DO ESPIRITISMO RELIGIOSO â (DidĂĄtico).......................25,00
Edison CarneiroROMANCE ANDALUZ â (Romance).....................................................28,00
Elizabeth Mendes AraĂșjo MiyashiroFĂBRICA DE PENSAMENTOS (A) â (Evangelização infanto-juvenil)...8,00
EurĂpedes KuhlRAIO X DO LIVRO ESPĂRITA â (DidĂĄtico).............................................15,00
Francisco AcquaroneBEZERRA DE MENEZES â EL MEDICO DE LOS POBRES â (Biograf)..18,00BEZERRA DE MENEZES â O MĂDICO DOS POBRES â (Biografia).....18,00
Francisco C. Xavier/Yvonne A. Pereira/Edison CarneiroMARIA MĂE DE JESUS â (DissertaçÔes)...............................................14,00
Fraternidade dos DiscĂpulos de JesusFDJ ESTATUTO â (Mensagens).................................................................2,00
Ismael ArmondCRISTIANISMO PRIMITIVO (O) â (EvangĂ©lico)....................................16,00EDGARD ARMOND, MEU PAI â (Biografia).........................................20,00EDGARD ARMOND UM TRAB. DA SEARA ESPĂRITA â (Biograf)....15,00RELIGIĂES CRISTĂS - SUAS DOUTRINAS - (ReligiĂ”es).......................18,00
Marcelino Tristan VargasCASO DAS IRMĂS FOX (O) â (Infanto-juvenil).......................................12,00
Maria Cotroni ValentiVIDA NOSSA DE CADA DIA... (A) â (Espiritismo)...............................15,00
Maria Helena MattosMARCHAS E CONTRAMARCHAS â (Romance)..................................15,00
Roberto de Carvalho/BasĂlioALIANĂAS DE JUNCO â (Romance)......................................................23,00CABANA DAS FLORES (A) â (Romance)...............................................22,00SEM O VĂU DAS ILUSĂES - (Romance)................................................24,00
Sandra Regina R. S. PizarroRETORNO DE CHUVITA (O) â (Infanto-juvenil)...................................10,00
SĂŽnia Maria Silvestrini de OliveiraPLANETA AZUL â (Evangelização Infanto-juvenil)..............................10,00
Ubiraci de Souza LealUM SĂ CAMINHO â (FilosĂłfico).............................................................16,00
Valentim LorenzettiCAMINHOS DE LIBERTAĂĂO â (Contos/crĂŽnicas)............................24,00
Vladimir ĂvilaDIFERENĂAS NĂO SEPARAM â (DissertaçÔes)....................................15,00
LançamentosR$24,00
256pgR$18,00
160pg
Tel. (11) 3105-5894 - Fax: (11) 3107-9704 - E-mail: [email protected] - Site: www.editoraalianca.org.br
Assinaturapara 2008
Mensal: R$ 0,90Semestral: R$ 0,85
(Por unidade)
O Trevo - novembro/2007 3
NESTA EDIĂĂO
Siglas utilizadasAEE - Aliança EspĂrita EvangĂ©lica
AGI - Assembléia de Grupos Integrados
CE - Centro EspĂrita
CEAE - Centro EspĂrita Aprendizes doEvangelho
CGI - Conselho de Grupos Integrados
EAE - Escola de Aprendizes do Evangelho
EAED - Escola de Aprendizes do Evan-gelho a DistĂąncia
FDJ - Fraternidade dos DiscĂpulos deJesus
GA - Grupo da Aliança
GC - Grupo Inscrito
GE - Grupo EspĂrita
GI - Grupo Integrado
ME - Mocidade EspĂrita
RGA - Reunião Geral da Aliança
Conselho3ÂȘ ReuniĂŁo de 2007 do Con-selho de Grupos Integrados
EDITORIAL
Ano XXXIV, edição 394 - novembro de 2007
4
5DiscĂpulos de JesusO discĂpulo e a mediuni-dade
8
12
16
Do Conselho Editorial de O Trevo
17
TrevinhoII Encontro de Evangeliza-dores da InfĂąncia
EscolasUma aula iniciĂĄtica
Edgard Armond
HomenagemUma homenagem a Ed-gard Armond
Aliança EspĂrita EvangĂ©lica â Fraternidade dos Dis-cĂpulos de Jesus â DifusĂŁo do Espiritismo Religioso.Editoração: A.R.CarvalhoConselho Editorial: Azamar Trindade, ClĂĄudio
Cravcenco, Catarina Santa Bårbara, Eduardo Miyashiro, Guidini, José Francisco de OliveiraFilho, Luiz Carlos Amaro, Paulo Avelino, Maria Cùndida e Nivaldo Giraldelli.Jornalista Responsåvel: Rachel AñónDiretor Geral da Aliança: Ricardo Aparecido RodriguesRedação: Rua Francisca Miquelina, 259 - CEP 01316-000 - São Paulo (SP) Tel. 3105-5894 Fax(0**11) 3107-9704 - Site: www.alianca.org.br - E-mail: [email protected].
A fim de que O Trevo circule na primeira quinzena de cada mĂȘs, serĂŁo avaliados para publicação na prĂłximaedição, os textos, fotos, ilustraçÔes e demais colaboraçÔes para o jornal que chegarem Ă secretaria da Aliança EspĂritaEvangĂ©lica atĂ© o dia 1 do mĂȘs anterior. Por exemplo, para uma publicação em dezembro, os textos devem chegar atĂ© 1Âșde novembro, e assim sucessivamente.
Os conceitos emitidos nos textos assinados sĂŁo de responsabilidade de seus autores. As colaboraçÔes enviadas,mesmo nĂŁo publicadas, nĂŁo serĂŁo devolvidas. Textos, fotos, ilustraçÔes e outras colaboraçÔes podem ser alterados paraserem adequadas ao espaço disponĂvel. Eventuais alteraçÔes e edição sĂł serĂŁo submetidas aos autores se houvermanifestação nesse sentido.
Esta edição registra o transcurso de 25 anos do desencarne de EdgardArmond. Atenção: trata-se de um registro, e não de uma homenagem! Nãoteria sentido algum homenagear alguém que, quando encarnado, tomou ati-tudes incisivas para impedir que se realizassem homenagens a sua pessoa.
Conservando serenidade e seriedade, quando percebeu que, em meio auma solenidade Ă qual fora convidado a participar, tudo na verdade tinhasido organizado para homenageĂĄ-lo, tomou uma atitude marcante: inter-rompeu as primeiras palavras do orador convidado e, pedindo aos pre-sentes que transformassem a homenagem em uma oportunidade para aconfraternização de trabalhadores, avisou que se retirava, afirmando que,tudo o que fazia era puramente por uma questĂŁo de conveniĂȘncia prĂłpria.
Analisemos a questĂŁo. Todos nĂłs, quando encontramos o campo das obrasespĂritas, deparamo-nos com uma luminosa oportunidade de serviço. A expe-riĂȘncia educa, redime, eleva. Se tivermos vontade, o trabalho voluntĂĄrio quenos Ă© oferecido pode nos impulsionar para o alto, retirando-nos das voltasimprodutivas em que dispersamos nossas energias por sucessivas existĂȘncias.
Armond foi coerente com essa posição. NĂŁo achava justo receber home-nagens por cumprir seus deveres a benefĂcio da prĂłpria evolução.
Muitos de nĂłs, talvez nos deliciĂĄssemos com a homenagem, intima-mente satisfeitos, repetindo apenas da boca para fora que nĂŁo somos me-recedores. SerĂĄ que ele foi radical, descortĂȘs, rude, ao pedir licença para seretirar? Mas e se nĂŁo fosse essa atitude tĂŁo marcante, serĂĄ que hoje estarĂ-amos aqui, refletindo e aprendendo com essa lição de coerĂȘncia moral?
Pensando nisso, como perde o sentido a atribuição do adjetivoâarmondistasâ que lemos em algumas matĂ©rias escritas jĂĄ hĂĄ alguns anos,para designar as pessoas e instituiçÔes que trabalham nos programas dedesenvolvimento espiritual assinalados pelos mais de quarenta anos dededicação do velho âComandanteâ Ă causa espĂrita. Se hĂĄ algo que carac-teriza a atividade de Armond Ă© o foco na causa e nĂŁo na prĂłpria pessoa!
Cumpre-nos fazer aqui apenas o registro do tempo. Vinte e cinco anos:pode ser muito tempo ou pouco tempo, conforme o ponto de vista. Para aalma consciente do dever a cumprir, o futuro pesa mais que o passado.Que cada um de nĂłs possa avaliar este quarto de sĂ©culo â 1982-2007 âcomo um perĂodo fĂ©rtil de boas obras inspiradas em modelos de coerĂȘnciamoral como Edgard.
Kardec na EAEOportunidades
4 O Trevo - novembro/2007
REGIONAL DO MĂS
Centro-Oeste realiza encontro mensal com AEE
MĂĄrcia e ClĂĄudio Cravcenco - Secretaria AEE
Ideal de Aliança: comprometimento individual e coletivo
Entre os dias 12 e 13 de outu-bro deste ano, a Regional Centro-Oeste realizou em CuiabĂĄ, capitaldo Mato Grosso, o encontro men-sal com a equipe diretiva da Ali-ança EspĂrita EvangĂ©lica.
Quinze pessoas das cidades deSão Paulo, Belo Horizonte, Santos,Sorocaba e Santo André se deslo-caram até a capital do MT para tro-car informaçÔes e se contagiar coma alegria dos irmãos matogrossen-ses, participando de uma grandeconfraternização de trabalho emAliança.
Os relatos dos Grupos sobresuas conquistas e desafios de-monstraram a dedicação dos nos-sos companheiros que vivem nes-ta regiĂŁo do paĂs. Ă admirĂĄvel acoragem e o desprendimento deseus trabalhadores. E o quanto ain-da se tem a desbravar essa regiĂŁo,jĂĄ que um Centro EspĂrita, invari-avelmente, dista atĂ© 600 km dedistĂąncia um do outro.
Como vemos, o nosso ideal deAliança precisa sempre de umgrande comprometimento indivi-
dual e coletivo. Podemos sentirno grande trabalho dos amigosos fundamentos importantespara a nossa integração e frater-nização.
AlĂ©m dos assuntos adminis-trativos que marcaram o segundodia de visita, tivemos tambĂ©mreuniĂ”es temĂĄticas sobre assuntosrelevantes para a Regional Cen-tro Oeste, como o FASEP (Fundode Aquisição para a Sede PrĂł-pria), EAE (Escola de Aprendizesdo Evangelho), FDJ (Fraternidadedos DiscĂpulos de Jesus), Mocida-de, Evangelização Infantil, reu-
niĂŁo fraterna com drigentes deGrupos e Escola a DistĂąncia, Nes-se Ășltimo tema, a regional estĂĄempenhada em ampliar o trabalhoque pode dar bons frutos nessaRegional.
Vimos tambĂ©m uma enormeconfiança no trabalho do FASEP,onde alguns Grupos mostraram aintenção de aderir a esse grandeprojeto de ajuda mĂștua existenteem nosso Movimento.
Todos os participantes desseencontro ficaram na expectativa deuma nova oportunidade de confra-ternização para melhor servir.
Efetivar o ideal de vivĂȘncia do espiritismoreligioso por meio de programas de
trabalho, estudo e fraternidade para o bemda humanidade.
M i s s ã od a A l i a n ç a
O Trevo - novembro/2007 5
Lembrando Armond
No dia 29 de novembro prĂłxi-mo completam-se vinte e cincoanos do desencarne de EdgardArmond.
Nestes anos, que se passaram,sem sua presença fĂsica, muita coi-sa aconteceu em nossas vidas ecom as obras que ele deixou emprol da doutrina espĂrita; quer aspalpĂĄveis, contendo orientação eesclarecimentos, encontradas emseus livros, quer aquelas que re-dundaram do que foi por ele cons-truĂdo.
Seguindo a orientação que lhefoi transmitida pelos irmĂŁos doPlano Superior, deu inĂcio ao de-senvolvimento do EspiritismoReligioso, EvangĂ©lico, voltadopara o interior do ser, e nele, parao esforço em sua transformaçãomoral, segundo o que nos haviaensinado o Mestre Jesus.
Essas modificaçÔes, ao altera-rem o enfoque que era dado Ă nossa doutrina, afastaram as Ca-sas EspĂritas do interesse quaseque exclusivo pelas sessĂ”es deefeitos fĂsicos, inicialmente, e pe-los trabalhos de intercĂąmbio en-volvendo aconselhamentos deinteresse pessoal. A semelhançado que acorrera durante a fase doCristianismo Primitivo, os Cen-tros passaram a se dedicar a evan-gelização, ao estudo das obraskardequianas, aos cursos de mĂ©-diuns, ao desenvolvimento medi-Ășnico, Ă assistĂȘncia social e espi-ritual. Com o tempo foram cria-das as Escolas de Aprendizes doEvangelho e os Cursos de Passes.O espĂrita passou a concentrarseu interesse na reforma moral, nodesejo de servir ao prĂłximo, sejanos trabalhos de vibraçÔes, na
AssistĂȘncia Espiritual, e nas ses-sĂ”es de desobsessĂŁo.
Em termos de organização dadoutrina, preparou a Federaçãopara atender um nĂșmero elevadode pessoas que procuravam aju-da; criou e foi o primeiro presiden-te da UniĂŁo das Sociedades EspĂ-ritas (USE), com o objetivo da ori-entação e padronização das ativi-dades dos Centros existentes noEstado; criou o jornal O Semeador,a Hora EspĂrita, no rĂĄdio, obteve aĂĄrea onde mais tarde foi construĂ-da a Casa TransitĂłria e adquiriu oimĂłvel da rua Santo Amaro. Como intuito de manter a orientaçãopela prevalĂȘncia do espiritismo re-ligioso, apĂłs seu afastamento daFederação, propĂŽs a criação de es-truturas que deram origem Ă Ali-ança EspĂrita EvangĂ©lica e ao Se-tor TrĂȘs da Fraternidade dos Dis-cĂpulos de Jesus.
Foi essa, sem dĂșvida alguma,a tarefa a que dedicou ele sua vida,desde o inĂcio de suas atividadesna Federação EspĂrita do Estadode SĂŁo Paulo, em 1940; isso ocor-reu apĂłs o acidente que o afastoudas atividades profissionais, libe-
rando-o, exclusivamente, para adoutrina.
Como disse, muitas coisas sepassaram nos Ășltimos vinte e cin-co anos. Como seu filho, tenhosempre em minha mente a pergun-ta sobre como ele deve se sentir aover o que temos presenciado.
Como ele deve ter se sentido aover aquela multidĂŁo na celebraçãodos 150 anos de Espiritismo. Afinal,ali estavam reunidas pessoas liga-das, de alguma forma, Ă Federação,Ă USE a Aliança e ao Setor TrĂȘs.
Como deve ele se sentir ao as-sistir a uma RGA ou a uma reu-niĂŁo do Conselho da Aliança. Aoassistir aos trabalhos de AssistĂȘn-cia Espiritual da Federação, aten-dendo milhares de pessoas pordia, ou mesmo em um pequenoCentro, como o nosso, no interiordo Estado, atendendo apenas umacentena, mas com muito amor.
Conhecendo-o, como eu o co-nheço hoje, sei que nĂŁo estarĂĄvaidoso de sua obra, mas terĂĄcertamente a consciĂȘncia tranqĂŒi-la da obra realizada, da missĂŁocumprida. Deus nos ajude paraque possamos, um dia, assimnos sentir.
Provavelmente o leitor estaråperguntando por que terei dito, noparågrafo anterior, que o conheçohoje melhor do que antes de seudesencarne.
A razĂŁo Ă© simples. Eu conhe-ci um Edgard a quem fui muitoligado, desde muito cedo, maspela prĂłpria exigĂȘncia da vida,convivi menos a partir da juven-tude. Meu pai era uma pessoamaravilhosa, como pai, como ori-entador, como conselheiro, comoamigo.
O que aprendemos com ele?
Ismael Armond/um aprendiz do Evangelho
ESCOLAS
6 O Trevo - novembro/2007
Em seus momentos de descan-so mental, isto é, nas férias, refor-mava, pessoalmente, nossa casa depraia, em São Sebastião. Em boaparte desses trabalhos eu fui seuajudante.
Em São Paulo, quando não seencontrava na Federação estava es-tudando ou escrevendo e minhamãe sempre o protegeu não dei-xando que o perturbåssemos. Pas-sou a permanecer em casa somen-te após 1967, quando eu, casado, jånão mais residia com ele.
Vim a conhecĂȘ-lo mais profun-damente ao conhecer todos os seusarquivos, seus escritos, seus pensa-mentos. E, a partir daĂ,passei a admirĂĄ-lo aindamais.
Este foi um homemque qualquer pessoa debem utilizaria como mo-delo. SĂ©rio, dedicado,disciplinado e discipli-nador, compromissadocom os objetivos traça-dos para sua vida e nosquais acreditava; deles jamais acei-tou desviar-se, independentemen-te das pressĂ”es que tenha sofrido.Isso foi verdade durante toda suavida, mesmo antes de se tornar es-pĂrita. Talvez, por essa razĂŁo, tenhaconseguido construir a estrada queentendia necessĂĄria para as popu-laçÔes abandonadas do litoral. Tal-vez, por essa razĂŁo, tenha recebidoa quantidade de mensagens de ori-entação e apoio que recebeu do Pla-no Superior, como as do Dr. Bezer-ra; o incentivo recebido por meiode mensagens enviadas por com-panheiros de outras Ă©pocas, comoas de Razin, CastelĂŁ, Ramatis.
Creio que como um ser normal,que me considero, nĂŁo mereceriaconviver com ele e com minha mĂŁe,EspĂritos que certamente estĂŁo emoutro estĂĄgio de evolução que nĂŁo
o meu. Talvez tenham me aceitoreceber, nesta encarnação, como umato de caridade e pelo qual me sin-to um grande devedor. Com elesmuito pude aprender.
Penso ainda que, uma outra for-ma que podemos utilizar para ho-menageĂĄ-lo Ă© a de lembrarmos desuas palavras de orientação para avida, que nĂŁo cansava de transmi-tir a quem solicitasse. A isso ele ja-mais se furtou. No entanto, Ă© difĂcilescolher um texto, dentre tantos queescreveu, que possa bem represen-tar o seu desejo de ensinar, de mos-trar o caminho. Reproduziremosaqui um deles, nĂŁo por ser o me-
lhor, mas por conside-rarmos apropriado parao momento que atraves-samos, e que, possivel-mente, serĂĄ sempreoportuno.
O tĂtulo deste texto Ă©:šO Aprendiz e o Evange-lhoš, e se encontra no li-vro Falando ao Coração,publicado pela Editora
Aliança.Este Ă© o seu conteĂșdo: šQuem
se deixa dominar pelas tramas domundo material, sem outro escopoque isso mesmo, e na qual, por fim,se deleita, Ă© um cego ante a Verda-de, mas abrirĂĄ seus olhos se deci-dir-se pelos caminhos retos doEvangelho; e disso jamais se arre-penderĂĄ, porque a felicidade nĂŁoestĂĄ nos prazeres efĂȘmeros destemundo, mas na paz interior, na har-monia Ăntima, na pureza dos pen-samentos, na retidĂŁo dos atos, naconsciĂȘncia limpa de remorsos oude apreensĂ”es.Quem tem o coraçãolimpo, tem a paz interna, mesmoquando o mundo exterior estejaenvolto em chamasš. Edgard Ar-mond.
Depois do que ele acabou dedizer, eu sĂł posso me calar.
Aproveitando a ocasiĂŁodo ingresso na FDJ dos novosdiscĂpulos das regionais SPCentro/Leste/Norte/Oeste/Sul da Aliança, uniremos osesforços dos quatro setoresatuantes da Fraternidade dosDiscĂpulos de Jesus e relem-braremos a obra de EdgardArmond no campo do Espiri-tismo Religioso.
A partir das 9h do dia 25/11/2007, domingo, estaremosreunidos no SalĂŁo Bezerra deMenezes, da sede da Federa-ção EspĂrita do Estado de SĂŁoPaulo, Ă Rua Maria Paula,140, Bela Vista, SĂŁo Paulo-SP.
ApĂłs a cerimĂŽnia pĂșblicade ingresso, teremos a opor-tunidade de ouvir os depoi-mentos de diversos compa-nheiros de ideal que trabalha-ram e aprenderam com o nos-so caro Comandante Armond.
A celebração serå em con-junto com a FEESP, FDJ SetorIII e União Fraternal.
Convidamos a todos:aprendizes, servidores e dis-cĂpulos, para que se unamneste momento de inspiraçãopara nossas atividades nocampo do Bem, participandodo evento e aprendendo comos exemplos do criador dasEscolas de Aprendizes doEvangelho.
Transcurso de 25anos do regresso de
Edgard Armond Ă Espiritualidade
Como eledeve sesentir aoassistir a
uma RGA...
O Trevo - novembro/2007 7
Uma aula iniciĂĄtica
Numa Escola IniciĂĄtica poderiasoar um tanto Ăłbvio dizer que as au-las sĂŁo iniciĂĄticas, mas, nos pareceque na realidade das turmas de Es-cola de Aprendizes do Evangelho(EAE) Ă© preciso sim relembrar o ca-rĂĄter iniciĂĄtico de nossas aulas.
NinguĂ©m melhor do que Ed-gard Armond para nortear algumasreflexĂ”es sobre este tema. No Guiado Aprendiz, Armond nos ensina queâo melhor dirigente ou expositor damatĂ©ria nĂŁo Ă© aquele que conhecebem o ponto a ser dado e cita comboa memĂłria passa-gens do Evangelho,mas aquele que reti-ra dos pontos e temaselementos valiososde edificação moral,que valem como di-retrizes justas e estĂ-mulos para o prosse-guimento da luta difĂcil na qual osaprendizes estĂŁo empenhados.â
Cada aula da Escola deve serpreparada com enfoque iniciĂĄtico.Para isto, nĂŁo basta apenas a leiturado texto base, a pesquisa, o estudo,frise-se que estes itens sĂŁo essenci-ais, mas insuficientes para uma aulainiciĂĄtica. AlĂ©m disto Ă© preciso mui-ta reflexĂŁo e interiorização do temada aula. Para retirar âos elementosvaliosos de edificação moralâ o ex-positor precisa refletir e fazer a tur-ma refletir. Por isso, Armond desta-ca que âos pontos e os temas previ-amente sejam estudados e compre-endidos na sua verdadeira signifi-cação iniciĂĄtica, isto Ă©, nas suas rela-çÔes e conseqĂŒĂȘncias com o que sevisa oferecer aos candidatos.â E oque visamos oferecer aos alunos?
Esta pergunta nos leva a um
Equipe da Coordenadoria de EAE
outro ensinamento de Armondque tambĂ©m encontramos no Guiado Aprendiz âO mundo interno Ă©que Ă© o nosso mundo. NĂŁo vive-mos para solucionar os problemasdo Universo, porque estes jĂĄ estĂŁodesde sempre solucionados porDeus. Nosso problema Ă© a ques-tĂŁo evolutiva, o desenvolvimentodo Eu individual.â
Nossa Escola Iniciåtica é total-mente voltada para o desenvolvi-mento do nosso mundo interno,nossa evolução espiritual. Nossas
aulas devem focareste mundo interno,possibilitar que cadaaluno possa refletirsobre seu eu interior,ofertando oportuni-dades para que suasâfichasâ possamâcairâ, ou seja, que
possam compreender os porquĂȘsque envolvem sua caminhada e des-pertar o desejo de mudança.
Contudo, faz-se necessĂĄrio queo expositor, em primeiro lugar, dei-xe que seu mundo interno seja toca-do pelos elementos valiosos da aulaa ser dada. Se o seu mundo internonĂŁo se sensibiliza pelos ensinamen-tos morais e iniciĂĄticos da aula comolevar a turma a se sensibilizar, refle-tir e a desejar transformar seu mun-do interno?Assim sendo, hĂĄ neces-sidade do expositor refletir, medi-tar, compreender as verdades inici-ĂĄticas da aula.
Na EAE cada aula Ă© Ășnica e es-sencial na iniciação. No processoiniciĂĄtico, cada aula Ă© preparatĂłriadas aulas que virĂŁo, por isso o pro-grama estĂĄ inteiro correlacionado. Oexpositor deve sempre pensar em
que etapa do processo iniciĂĄtico estĂĄa aula a ser dada. Quais as necessi-dades da turma nesta fase da EAE.Quais as ferramentas que se desta-cam nesta aula para que possa com-preender e fazer compreender a aulana sua âverdadeira significaçãoiniciĂĄticaâ.
Quando trazemos a aula valori-zando seu carĂĄter vivencial e pro-porcionando Ă turma a troca de ex-periĂȘncias e, ainda, ofertamos aoportunidade ao aluno de exporseus pensamentos e sentimentos,criamos um ambiente de maior con-fiança e fraternidade.
Neste ambiente, associado aoamparo da Espiritualidade, asverdades iniciĂĄticas encontramcampo fĂ©rtil para serem compre-endidas e sentidas, por cada umdentro das suas possibilidades.TambĂ©m, no processo iniciĂĄtico,a Escola dever oferecer âestĂmu-los para o prosseguimento na lutadifĂcil na qual os aprendizes es-tĂŁo empenhados.â
Assim, cada aula tem que serrenovadora de esperanças, apre-sentando novos horizontes de pos-sibilidades, de realizaçÔes. Temosque sair de nossas aulas fortaleci-dos, alegres e estimulados a tes-temunhar o Evangelho! E, deixa-mos, por fim, mais um pensamen-to do Armond: âolha tudo comgrandeza e esperança, mas recor-da-te que sĂł se Ă© grande na hu-mildade, servindo, e isso podes(...) E assim estarĂĄs fazendo maisque dar o pĂŁo ao corpo perecĂvel,pois que estarĂĄs abrindo os olhose conduzindo os teus semelhan-tes pelos caminhos alvos que le-vam ao Reino Eterno da Luz.â
Nosso problema Ă© aquestĂŁo evolutiva, odesenvolvimento do
Eu individual.
O mundo interno Ă© o nosso mundo
8 O Trevo - novembro/2007
Bom dia irmãos. SaudaçÔesem Cristo!
Aqui estamos reunidos hojeporque somos discĂpulos de Je-sus. Ă pelo nosso Mestre que tra-balhamos e dispomos deste diapara refletir e melhorar.
Quando os primeiros discĂpu-los começaram seus trabalhostudo era simplicidade e amor.Quando eles ouviram do Mestreâide e pregaiâ, o traba-lho era feito de portaem porta, pessoa apessoa, a quem elesencontrassem peloscaminhos. Eles fala-vam do Evangelho doMestre, da necessida-de do amor e do Rei-no de Deus que Jesusprometera a todos.
Esta fala simplesque cada uma daque-las poucas pessoasprofessavam, era diferente por-que era repleta de um sentimen-to imensurĂĄvel de amor. O âidee pregaiâ que aquelas pessoas, osprimeiros discĂpulos, carrega-vam era amor. O puro amor deJesus. E, assim, o cristianismo foicrescendo, boca a boca, coraçãoa coração.
Muitos dos cristĂŁos que eramlevados Ă s arenas para serem de-vorados pelos leĂ”es, quando seencontravam naqueles momentosangustiantes antes do momentofatal, trocavam olhares; e nessesolhares silenciosos, o âide epregaiâ brilhava em seus olharesporque cada olhar era repleto de
Mensagem recebida noIV Encontro de Dirigentes
â 20/10/07
amor por Jesus.Hoje, milĂȘnios depois em que
o cristianismo jĂĄ se estabeleceuem todo o planeta, o âide epregaiâ ainda passa de boca emboca, mas aquele sentimento in-tenso, profundo, daqueles pri-meiros cristĂŁos se perdeu nessesmilĂȘnios. O Evangelho na boca demuitos Ă© conhecido letra a letra,mas no coração Ă© ainda pouco sen-tido e compreendido.
Hoje vocĂȘs estĂŁoaqui como discĂpulosde Jesus nĂŁo com o âidee pregaiâ apenas emsuas bocas, mas com oamor do Cristo emseus coraçÔes. Lem-brem-se quantas pou-cas pessoas iniciaramtudo isso e o resultadosque trouxeram nestesmilĂȘnios, se resgatar-mos o sentimento des-
tes primeiros homens e mulheres,o que o futuro reservarĂĄ a nĂłs?
Esta Ă© a reflexĂŁo que gostarĂa-mos que vocĂȘs fizessem. Precisa-mos resgatar o sentimento doEvangelho, sentir o âide e pregaiâ.
Meus irmĂŁos, que este En-contro seja regido pelo sentimen-to do Evangelho, Ă© isto que Je-sus espera de cada um nĂłs, sen-tir o Evangelho, porque Ă© a Ășni-ca coisa que farĂĄ diferença nestemilĂȘnio.
Muita paz a todos.
O amor do Cristo
MENSAGEM
Precisamosresgatar o
sentimento doEvangelho,
sentir o âide epregaiâ.
Crescendo, boca a boca, coração a coração.
RGA
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O Trevo - novembro/2007 9
O DiscĂpulo e a Mediunidade
DISCĂPULOS DE JESUS
Paulo Amaral Avelino - Equipe FDJ
O mundo espiritual e o mun-do material sĂŁo as duas faces deuma mesma realidade, interpene-tram-se compondo um mesmoecossistema. Tal qual hoje em diaa ciĂȘncia humana observa que atĂ©mesmo os Ănfimos micrĂłbios de-sempenham relevante papel naharmonia do todo planetĂĄrio, as-sim tambĂ©m a ciĂȘncia da vida es-piritual tem comprovado a estrei-ta relação entre os seres viventesneste lado e no lado espiritual.
Podemos afirmar sem presun-ção que a maioria dos fatores li-mitantes do homem atual derivade sua imensa ignorùncia da rea-lidade espiritual. Quantos confli-tos, quantas ilusÔes, quantos de-sencontros, quanta desesperança,quanta insanidade, quanta dor edissabor a visão e o entendimen-to espiritual dilatado podempoupar ao homem.
Os iniciados nas Escolas deAprendizes do Evangelho (EAE)sĂŁo elementos eletivos a estegrande empreendimento: descor-tinar a realidade espiritual Ă hu-manidade. Portanto, como jĂĄ nosadmoestava o irmĂŁo Armond, Ă©de vital importĂąncia a todosaqueles que desejam se glorificarno serviço cristĂŁo a aquisição euso de dotes mediĂșnicos.
***Aquela caravana se revestia
de um toque especial, pois estĂĄ-vamos tendo a visita de um gru-po de universitĂĄrios estagiĂĄriosdo curso de âserviço socialâ quepor indicação de uma companhei-ra vinha examinar a possibilida-de de âestĂĄgioâ junto ao nossotrabalho.
JĂĄ havĂamos concluĂdo o cur-so de EAE e ingressados na FDJ(Fraternidade dos DiscĂpulos deJesus). A maioria da turma tam-bĂ©m havia recentemente conclu-Ădo o Curso de MĂ©diuns e nosencontrĂĄvamos em plena labu-ta mediĂșnica. ContinuĂĄvamosem caravana. Algo nos uniaĂ quelas pessoas e, atĂ© que umaoutra turma se dis-pusesse a pegar obastĂŁo, nĂŁo deixa-rĂamos o trabalhoque por nossa vezhavĂamos herdadode outra caravanade uma turmabem anterior.
De fato, em nos-so intimo, sentĂa-mos a necessidadede compartilharamor com aquelesirmĂŁos que, porbondade, abriramseus lares e coraçÔes para estarconosco em meditação, em pre-ce, em gestos e palavras de apre-ço muĂștuo.
Ao chegarmos ao local, comojĂĄ o fazĂamos hĂĄ muitos anos, ogrupo se dividia. Uma parte ia aoCentro ComunitĂĄrio onde quaseuma centena de crianças se aco-tovelava para ouvir as âhistori-nhasâ da evangelização infantil,cantar, orar e apĂłs se deliciaremcom o chocolate quente e os bo-los. Bolos que as mĂŁos amorosasde outros discĂpulos, que nĂŁopodiam ir conosco, preparavamem seus lares. A outra parte dogrupo dividia-se para visita aosmuitos lares que nos acolhiam.
Como os jovens universitåri-os pareciam tão confiantes e en-tusiåsticos e, sabendo os laresque mais careciam deste tipo depréstimos, confiante encaminha-mo-los sob a tutela de experien-te companheira.
Quando retornamos alegresda visita aos outros lares encon-tramos os jovens aspirantes ao
Serviço Social empolvorosa e, nembem havĂamos che-gado atĂ© eles e al-guns jĂĄ se adianta-ram para expressaro espanto que asso-lava o grupo nar-rando o seguinte:
Haviam se diri-gido ao lar de umcasal adoecido peloalcoolismo quepossuĂam muitosfilhos. Ao chega-rem foram bem re-
cebidos e, enquanto alguns con-versavam com a dona da casabuscando explicar o que preten-diam e timidamente faziam mui-tas perguntas e preenchiam de-talhado formulĂĄrio outros dirigi-ram-se para o centro do casebreonde em paupĂ©rrimo berço haviauma pequena criança esquĂĄlidae imunda que tentava com difi-culdade apoiar-se ao beiral doberço e ficar de pĂ©, o que lhe eradifĂcil pela fraca condição fĂsicaderivada da inanição alimentar.Quando uma delas dispunha-secorajosamente a pegar a criançano colo, subitamente sentiramalgo se movendo entre os traposno berço, ao se aproximarem
Descortinar a realidade espiritual Ă humanidade
Assim tambĂ©m aciĂȘncia da vida
espiritual tem com-provado a estreitarelação entre osseres viventesneste lado e nolado espiritual.
10 O Trevo - novembro/2007
para ver do que se tratava, enor-me ratazana saltou em defensivasobre eles que, chocados saĂramcorrendo deixando o âserviço so-cialâ para trĂĄs.
Em nosso retorno para a CasaEspĂrita para o encerramento dacaravana, o comentĂĄrio comumem todos os carros versava emtorno deste episĂłdio e da indig-nação do grupo diante de tama-nha penĂșria. PenĂșria que os jo-vens âdespreparadosâ jamais ha-viam cogitado experimentar.
No carro que diri-gĂamos o assunto nĂŁoera diferente e, contras-tando com o meu re-flexivo silĂȘncio, umacompanheira de tur-ma, valorosa senhoraque fazia-se acompa-nhar pelo neto, en-grossava os comentĂĄ-rios em solidariedadeaos jovens e dizia ela:- o que custa a estamulher o mĂnimo deasseio para evitar estesanimais (na inconse-qĂŒĂȘncia dela, nĂŁo bastassem os cin-co filhos, ela estĂĄ novamente grĂĄvi-da) certamente o leite que falta Ă cri-ança Ă© devido ao dinheiro despen-dido na pinga, etc.
Após o passe de harmoniza-ção, sentados para a prece e vi-braçÔes de encerramento, aindaeståvamos envoltos por um sen-timento de consternação peloocorrido.
Ao final das vibraçÔes, entoa-da com devoção, esta mesma se-nhora, médium de expressivasensibilidade, indicou o desejoda espiritualidade nos falar porseu intermédio. Os amorososmentores amigos nos disseram:
- Em vĂĄrios condados do velho
mundo, um grupo de almas, em su-cessivas existĂȘncias engendraram-seno vĂcio dos prazeres fĂĄcies e na indo-lĂȘncia. Sustentados por posiçÔes soci-ais e polĂticas que lhes facultavam opoder e abuso sobre o esforço e o suoralheio, muito abusaram da coletivida-de. ApĂłs a vida fĂsica, a ausĂȘncia deluz prĂłpria e os desequilĂbrios propor-cionados pela mesquinhez e arrogĂąnciaos alojou em escuro vale no plano espi-ritual inferior. Neste escuro vale, nofundo do qual havia pequeno regato deĂĄguas pestilentas, viviam consternados
em paupĂ©rrimasconstruçÔes que seamontoavam. Depoisde longo perĂodo depadecimentos Ăntimose externos, arrependi-dos rogaram ao maisalto a oportunidade deao menos verem nova-mente a luz do Sol.
Assim renasce-ram e por afinidadenovamente se agru-param neste vale.Vale e moradias mui-to semelhante aos
que viviam na pĂĄtria espiritual, po-rĂ©m, hoje, possuem a bĂȘnção do sol decada dia, a bĂȘnção do esquecimentodo passado delituoso, a bĂȘnção de en-contrarem e conviverem com pessoasdiferentes, pessoas que lhes ensinem ocaminho do altruĂsmo, da fĂ© sem pri-vilĂ©gios, da caridade sem troca.
Portanto, meus queridos irmĂŁos ca-ravaneiros, nĂŁo julguem. Eles jĂĄ trazema consciĂȘncia das fragilidades que pos-suem, e buscam aprender como viver esentir diferente. Onde puderem deixema prece e a vibração, a palavra amiga eo sorriso de bom Ăąnimo, o pĂŁo e o aga-salho. Entidades amigas os auxiliam econtam convosco.
Plantemos as boas sementes, nĂŁoqueiramos colhĂȘ-las antes da hora.
Que a doce Paz de Jesus os inspi-re no bem incessante. Muita Paz.
SaĂmos renovados e extrema-mente sensibilizados. Compreen-dĂamos agora vĂĄrios dos irmĂŁosatendidos. Alguns ainda viciadosno comodismo nos cobravam as-sistĂȘncia como se fossem âsenho-resâ. Muitos outros demonstra-vam verdadeiros gestos de supe-ração do egoĂsmo, pois que bra-vamente lutavam contra as inĂș-meras dificuldades mantendovasta famĂlia e auxiliando vizi-nhos e parentes. NĂłs, agora maisesclarecidos, buscamos encetarajuda mais consistente para talfamĂlia alĂ©m de renovar nossosplanos de criar naquele bairrouma nova Casa EspĂrita onde pu-dĂ©ssemos, junto Ă quela comuni-dade, glorificar a bĂȘnção da vidaperene que amorosamente nospropulsiona e educa.
***Compartilho este episĂłdio
com o leitor amigo como uma dasvĂĄrias vivĂȘncias que temos tidoem que a mediunidade, sob a for-ça da bondade esclarecedora dosespĂritos amigos e a disposiçãoe preparação do mĂ©dium, nos cla-rificou sobremaneira.
Ressaltamos o fator mediuni-dade no episódio, pois não fossea revelação espiritual trazendo asjustas causas por trås dos fatos onosso estado de desanimo e in-conformação não se resolveria deforma tão simples.
Outro ponto relevante quelembramos corrobora com aautent ic idade do fenĂŽmenomediĂșnico Ă© que, a par da opi-niĂŁo pessoal do mĂ©dium e damaioria dos presentes, o pla-no espiritual foi capaz de tra-zer a luz do esclarecimento emposição oposta.
Não fosse a reve-lação espiritual
trazendo as justascausas por trĂĄs
dos fatos, o nossoestado de desùni-mo e inconforma-ção não se resol-veria de forma tão
simples.
O Trevo - novembro/2007 11
que até balas tinha ganhado.Outro, quando nos aproximamos,
começou a contar as suas dores e cho-rar. Quando apresentamos a âduplade doisâ fantasiados, se envolveunas brincadeiras, se empolgou tan-to que começou tambĂ©m a fazerbrincadeiras para os trabalhadores.
As crianças, nem se fala! Sem re-sistĂȘncia nenhuma se envolveramnas brincadeiras e, quando fomosembora, disseram felizes que iamatĂ© aparecer num programa de TV.
Na penĂșltima parada, o relatode um morador de rua tocou muitoo meu coração. Ele contou que fica-va na rua porque os seus familiareso estavam pressionando para assi-nar uma procuração para poderemvender um imĂłvel que tinha herda-do. Diante do desabafo relatava,como podia concordar com a vendada chĂĄcara se lĂĄ residiam mais de 40familiares entre crianças e idosos.
Vejam que desprendimento,ele prefere morar na rua ao invésde deixar que os moradores, quehoje ocupam a chåcara, acabemsem nada.
Diante disso, nĂŁo hĂĄ pala-vras que representem o âchacoa-lhĂŁoâ que levei.
Foram estas, queridos leito-res, as reflexÔes feitas após estemaravilhoso trabalho, onde osbens materiais são secundårios,são somente o meio para nos apro-ximarmos dos moradores de rua.
Com isso, percebemos a Jus-tiça Divina atuando em nossas vi-das, proporcionando o aprendiza-do mĂștuo. Ao estendermos asmĂŁos, estamos sendo ajudados areeducarmos os nossos sentimen-tos, a nos sentirmos irmĂŁos e ver-dadeiramente filhos de Deus.
MOCIDADE EM AĂĂO
NĂŁo podemos mudar tudo, mas fazemos tudo para mudar
O que irei relatar aconteceu emmais uma noite de trabalho do Gru-po âMĂŁos Estendidasâ, que foi fun-dado por uma turma de MocidadeEspĂrita do CEAE Manchester (Re-gional SP-Leste) que consiste emdoar amor, dedicação, alimentos eroupas aos moradores de rua dazona leste de SĂŁo Paulo.
Atualmente, alunos de Escolas deAprendizes do Evangelho (EAE) aju-dam a compor a equipe devoluntariado. Este Ă© umexemplo que a Casa EspĂ-rita precisa acreditar no po-tencial dos jovens, dandooportunidade para sua for-mação moral e espiritual.
Quero compartilhar asminhas reflexĂ”es, apĂłs a re-alização do trabalho do 3ÂșsĂĄbado do mĂȘs de agosto.
Ao chegar no prédio em quemoro, passei no apartamento dosmeus avós e com muita alegria re-latei o andamento do trabalho, con-tando cada detalhe. No meu apar-tamento também relatei o anda-mento do trabalho para os meuspais, que jå estavam deitados.
Geralmente sou muito quieta,mas naquela noite foi diferente.
Todos podem estar se questio-nando o que teria ocorrido de tĂŁodiferente. O que mais me deixouintrigada foi descobrir que tudoaquilo acontecia com muita natura-lidade e constĂąncia, jĂĄ que este gru-po trabalha hĂĄ mais de sete anos.
Descobri que a partir do mo-mento que resolvi deixar as emo-çÔes fazerem parte da minha vida,sem serem controladas pelaracionalidade tão forte, existenteem mim, tornei-me mais leve, es-tou conseguindo sentir prazer com
o canto de um påssaro, com o luar,com a gargalhada de uma criança.
E foram estas coisas tão sim-ples que fizeram a grande diferen-ça neste dia.
Tudo transcorreu normalmente,nos encontramos Ă tarde para fazer-mos a comida, embalamos, colocan-do-as nos carros, foi feito o suco eoutros procedimentos necessĂĄriospara o trabalho.
ApĂłs a prece de aber-tura, fomos em direçãoaos irmĂŁos que moram narua. Antes da primeiraparada comentei com umcasal de amigos âhoje es-tou sentindo os trabalha-dores alegres e bemfocados para a realizaçãodo trabalhoâ e um delesrespondeu: - ânossa, VĂĄ,
como vocĂȘ Ă© uma pessoa sensĂ-velâ. InĂșmeras coisas passarampela minha mente naquele mo-mento, porĂ©m sĂł respondi âĂ©, sousensĂvelâ. Mal sabe ele, a luta in-terior para que eu pudesse perce-ber as coisas que sĂŁo realmente es-senciais para a vida.
Alguns alunos de uma Escolade Aprendizes se fantasiaram depalhaços e foram ao encontro dosmoradores de rua brincando, fa-zendo âpalhaçadasâ e com isso en-volveu o grupo todo, as vibraçÔesmudaram rapidamente, onde amelancolia e o choro ficaram delado, dando espaço para a alegria,o sorriso, o amor.
Cada despedida ficava o olharde quero mais. Um dos morado-res de rua, diante das brincadei-ras, dos abraços, deu uma garga-lhada bem alta e, sorrindo, disseque era bom voltar a ser criança e
Valesca Aguiar Salles - CEAE Manchester
MĂŁos estendidas
E foramestas coisastĂŁo simplesque fizeram
a grandediferençaneste dia.
12 O Trevo - novembro/2007
Ideais de vida
Expandir nossos sentimen-tos, nosso pequeno conhecimen-to, nossas alegrias e esperançasem relação ao futuro e ao traba-lho de Mocidade: esse com cer-teza Ă© um dos grandes objetivosde todo trabalhador de Mocida-de. Sim, porque nĂŁo somos sĂł di-rigentes, nem sĂł expositores,mas somos trabalhadores (nomĂnimo, tentamos ser). Ao lon-go deste trabalho bendito quenos Ă© dado nasmĂŁos, queremossempre maisadeptos, parapoder compar-tilhar de maissorrisos, de maism o m e n t o scomo muitosdo que jĂĄ vi-vemos nessa passagem pela Mo-cidade.
Pensando nesta expansĂŁo e nanecessidade que jĂĄ hĂĄ algum tem-po temos visto de algumas Regio-nais implantarem o trabalho deMocidade, Ă© que nasceu o projetode "Apadrinhamento Ă s Regio-nais". A idĂ©ia Ă© poder levar Ă s Re-gionais que nĂŁo tĂȘm turmas deMocidade, ou que nĂŁo tĂȘm o tra-balho estruturado, um pouco davivĂȘncia da Mocidade que outrasregionais jĂĄ tenham, atravĂ©s de vi-sitas, de atividades, de encontros,enfim, sempre trabalhando no sen-tido de Confraternizar para MelhorServir.
No dia 30 de setembro,nĂłs, da Mocidade da RegionalSP Oeste, pudemos vivenciaresta experiĂȘncia. Convidadospor companheiros da RegionalPiracicaba, para seu VI Encon-tro Regional e Passagem para
VocĂȘ Sabia?
Apadrinhamento Ă s Regionais
DiscĂpulos de FDJ, chegamoslĂĄ mudando um pouco o queser ia a rot ina do Encontro.Aplicamos um mĂłdulo sobreJuventude, procurando levaros participantes a realmentesentirem o espĂrito de Mocida-de e a necessidade que o jo-vem tem de uma base moral ereligiosa, cantamos mĂșsicasde mocidade e fizemos todosdançar, Ă© claro!
Mas, nofundo, ao in-vés de "apa-drinhar", fo-mos realmen-te apadrinha-dos. Com arecepção ex-tremamentec a l o r o s a ,
aqueles cafĂ©s da manhĂŁ que sĂłas Regionais do interior sabemfazer (e que nĂłs da MocidadedeverĂamos aprender), nos sen-timos em casa com tamanha re-ceptividade. Aprendemos mui-to com todos os companheirosque nos contaram sobre suasjuventudes, seus medos, seussucessos, e suas trajetĂłrias atĂ©a Escola de Aprendizes. E re-tornamos aos nossos lares coma certeza de que a semente foiplantada, e que esta Escola doCoração tocou a todos que lĂĄestavam.
A todos os companheiros daRegional Piracicaba, a Mocida-de da Regional SP - Oeste sĂłtem a agradecer pela oportuni-dade de aprendizado que tive-mos juntos!
Camila Nasser âRegional SP - Oeste
NĂłs, jovens, chegamos em mo-mentos de nossas vidas em que so-mos levados a definir profissĂŁo,objetivos pessoais, metas, sonhos,etc. Estudamos para passar no ves-tibular, cursamos uma faculdadejĂĄ vislumbrando aquele empregolegal, ganhando um Ăłtimo salĂĄrio.AĂ nos programamos para compraruma bela casa, o carro do ano, asmelhores roupas, freqĂŒentar asmelhores baladas. Tudo isso Ă© ex-tremamente vĂĄlido e faz parte dajornada de qualquer um.
A vida material Ă© necessĂĄria,pois atravĂ©s dessa vivĂȘncia puri-ficamos nosso carĂĄter e nossossentimentos. PorĂ©m, nossa socie-dade ainda vive o culto das coi-sas palpĂĄveis, Ășteis apenas paraque as pessoas disputem umacompetição velada para prova-rem quem Ă© mais bem-sucedido.
Aprendemos, com a Mocida-de EspĂrita, a cultivar valores docoração, que sĂŁo necessĂĄrios paraque sejamos bons EspĂritos e bem-sucedidos na estrada evolutivacujo fim Ă© estarmos mais prĂłxi-mos de Deus. E o que isso signifi-ca para nĂłs?
Significa que devemos encon-trar o equilĂbrio entre nossos ide-ais. Foi o que Jesus quis exempli-ficar na frase âDai a CĂ©sar o que Ă©de CĂ©sar e a Deus o que Ă© deDeus.â(Mateus 22:21). O Mestrenos deixou a mensagem de quepodemos buscar a prosperidadeem nossa vida material (âCĂ©sarâ),mas sem jamais negligenciar nos-sa reforma espiritual e de prati-car aquilo que Ele nos ensinou.
Busquemos a faculdade, obom emprego, o carro, a casa, masponderemos sempre, em nossoscoraçÔes, o necessårio, acima de
O Trevo - novembro/2007 13
No dia 7 de outubro, a Moci-dade da Regional SP-Oeste en-cerrou o 1Âș Curso para Dirigen-tes de Mocidades.
O grupo quer compartilharcom todas as mocidades de SãoPaulo, os momentos felizes quepassamos juntos para que ocurso pudesse acontecer, des-de a elaboração dos módulosaté a concretização do curso, aofinalizarmos a tarefa, podemosdizer que o trabalho foi cum-prido.
A elaboração dos módulosexigiu um pou-quinho de cadaum dos dirigen-tes das Casas daRegional, foramrealizadas reu-niÔes e bate-pa-pos por email,os grupos pro-curaram criarpara os partici-pantes um climagostoso, fraterno, em que todosse sentissem à vontade para fa-lar, questionar e opinar.
Ouvir os participantes foimuito bom, afinal, as angĂșstias,as dĂșvidas sĂŁo tantas que nossentimos peixinhos fora do aquĂĄ-rio quando iniciamos um traba-lho tĂŁo importante.
Dirigir uma Mocidade exigeresponsabilidade, compromissoe comprometimento por partedo dirigente.
Aquele que dirige, antes detudo, Ă© um aluno, porque a cadaaula existe um novo aprendizado,um novo olhar sobre determina-do problema, uma nova lĂĄgrima,
seja de alegria ou sofrimentopela dor que nosso pequeno alu-no carrega, mas que sabemos serum pequeno fardo, pois o Mes-tre Jesus, acaba carregando a par-te maior, aliviando a carga de dore angĂșstia.
A nĂłs, dirigentes, cabe dar-mos apoio, abraçar, incentivarcom palavras de alegria e acom-panhar sempre que possĂvel acaminhada, nunca tirando as pe-dras mas, sempre ajudando atranspĂŽ-las.
NĂŁo podemos esquecer do
estudo, essa ferramenta mara-vilhosa, que nos faz cortar o ca-minho para chegarmos até onosso Pai, sem a leitura, nãoiremos adquirir conhecimentoe nem poderemos fazer boasdiscussÔes.
Vamos lembrar que muitosalunos jĂĄ estĂŁo prontos, e elesacabam ensinando muito maisdo que aprendendo com os diri-gentes!
Nada de melindres, mĂŁos aobra, o trabalho urge e o Mestreespera muito de nĂłs.
A pequena tarefa de cada um
Equipe MocidadeRegional SP-Oeste
tudo, o que Ă© supĂ©rfluo, para quenĂŁo sejamos dominados pela sedede conquistas. Jamais nos deixe-mos abater quando desdenharemde nossos ideais de sermos maisespiritualizados e de querermosseguir mais de perto os passos doMestre Jesus. Ă possĂvel termossonhos mais intangĂveis, impon-derĂĄveis. Sonharmos com ummundo mais unido e solidĂĄrio,onde todos falam uma mesma lĂn-gua: o AMOR.
Paulo de Tarso escreveu, emuma de suas epĂstolas, que as coi-sas visĂveis sĂŁo passageiras, masas invisĂveis sĂŁo eternas. Vamosrefletir nisso.
Fiquem na Paz!
Alessandro Augusto Arruda BassoS.E. Jardim das Oliveiras - Litoral-Sul
Nova turma!
A Congregação EspĂritaabriu turma de Mocidade.
Todo sĂĄbado, Ă s 10 horas,na rua Gandavo, 467 - VilaMariana - SĂŁo Paulo. [email protected]
Venha conhecer e convideos amigos!
Fique por dentro!!!
LembreteAs inscriçÔes para a
RGA 2008 encer-ram-se no dia 30 de
novembro!
14 O Trevo - novembro/2007
TREVINHO
Foi no mĂȘs de setembro, na Re-gional Vale do ParaĂba, em SĂŁo JosĂ©dos Campos, que na bela manhĂŁ dodia 16, nos reunimos em, aproxima-damente, 600 evangelizadores infan-tis, das vĂĄrias regionais da AliançaEspĂrita EvangĂ©lica.
Foram meses de organização, maso trabalho em equipe é fundamentalpara minimizar as dificuldades.
A primeira palestra teve comotema âEvangelizador Infantil â um tra-balhador de Jesusâ, feita pelo Gusta-vo, trabalhador do Centro EspĂritaMensageiros de Paz e Esperança (SP-Centro). Depois da palestra, grupos,de acordo com os ciclos (maternal, jar-dim, primĂĄrio, intermediĂĄrio) e ati-vidades paralelas (Escola de Pais eAssistĂȘncia Espiritual), reuniram-separa, apĂłs a dinĂąmica da Carruagem,conversar sobre atuação no trabalhode Evangelização Infantil.
II Encontro de Evangelizadores da InfĂąncia
Colaborou: Gabriela N. StaBĂĄrbara/Regional SP-Centro
AliĂĄs, a apli-cação da dinĂą-mica da âCarru-agemâ foi umdos pontos altosdo nosso encon-tro. Os monito-res de cada gru-po contavamuma histĂłria en-volvendo vĂĄriospersonagensque viajavam em uma carruagem.Depois, o momento de reflexĂŁo:Como estĂĄ a nossa carruagem?
Outro ponto bastante interessan-te foi a realização das oficinas, apre-sentadas por evangelizadores dasRegionais: SP-Centro, SP-Sul, SP-Nor-te, SP-Leste, Vale do ParaĂba, Ribei-rĂŁo Preto e Campinas, o que contri-buiu para o aprimoramento de mui-tos companheiros. Uns aprendendo
um pouco mais e outros, felizes porpoderem compartilhar aquilo quesabem com os evangelizadores.
As oficinas realizadas foram Pla-nejamento de Aula, Teatro, DançaCircular, Pintura com Giz de Cera,Confecção de MĂĄscaras, Modelo deAula, Aula Meio Ambiente, Livrodos EspĂritos Vivenciado, PapelReciclado; Recorte e Colagem; Con-fecção de Fantoches e Jogos Teatrais.
A palestra final com a evangeli-zadora, psicĂłloga e escritora DeusaSamu foi muito alegre e deu-nosmuitas âdicasâ de como lidar comnossos pequenos.
Houve IntercĂąmbio MediĂșnicoe o encerramento incluiu troca demarcadores de livros, preparadospelos evangelizadores.
Num encontro de evangelizado-res nĂŁo falta muita mĂșsica, alegria econfraternização para melhor servir-mos, seguindo a risca o lema da AEE.
Tudo correu tão bem que nempercebemos que jå passava um pou-co das cinco horas da tarde quandonos despedimos, trocando abraçose a vontade de nos vermos de novono próximo ano!
Num dia ensolarado de setem-bro, prenunciando a primavera,tudo parecia mĂĄgico, tocado porDeus.
EntĂŁo, na palestra de aber-tura, fomos convidados a refle-tir sobre porque somos evange-lizadores. E pensei. Revi men-talmente como comecei, levan-do meu filho de dois anos, fi-cando com ele na aula (paraque nĂŁo desse trabalho Ă Ășnicaevangelizadora com criançasde todas as idades). Depois,substituindo-a vez ou outra,quando precisava ausentar-se.
Veio a dor, a Escola de Apren-dizes do Evangelho (EAE), a aber-
A magia de um encontrotura de outro trabalho de Evange-lização Infantil. Os cursos de for-mação de evangelizadores... Maistrabalho. Companheiros da casa eda causa, bĂȘnçãos divinas nestajornada.
Vinte anos se passaram, comomågica. Vi meu filho compa-nheiro, entre tantos companhei-ros, dando a sua contribuição,ajudando a tornar mågico o en-contro, num dia ensolarado desetembro.
E entre tantos motivos, Ă© porele que eu sou evangelizadora.
Maria Filomena Cordeiro LopesRegional SĂŁo Paulo - Sul
Equipe de Evangelização Infantil
O Trevo - novembro/2007 15
Aline Terciotti â N.E. Renovaçãoe Luz/RibeirĂŁo Preto
A dinùmica da Carruagemaplicada no grupo que ajudei aconduzir foi rica em depoimentospessoais, emoçÔes e sentimentoscompartilhados.
O grupo de aproximadamen-te 55 pessoas, em sua maioria mu-lheres, sentiu-se envolvido porum mesmo sentimento de alegriae confiança, ao relatar com deta-lhes como andava a sua carrua-gem pessoal, como evangelizado-res e profissionais.
Num ambiente de muita ener-gia positiva, as pessoas se apre-sentaram, fizeram a analogia como personagem da história, conta-ram um pouquinho do trabalhodentro da evangelização.
Muitas pessoas perceberamque as dificuldades vividasnuma Casa EspĂrita sĂŁo seme-lhantes, como por exemplo, a fal-ta de trabalhadores, o nĂșmerogrande de crianças e assistidos,o sonho do evangelizador terum assistente para melhor aten-der Ă s crianças.
O objetivo da dinĂąmica foi al-cançado com muito ĂȘxito, porqueos participantes refletiram comoestĂŁo e como podem fazer a dife-rença trabalhando em uniĂŁo.
Em um determinado momen-to, uma das participantes, ao fa-zer o seu depoimento nos emoci-onou profundamente. A histĂłriadela foi contada mais ou menosassim:
âSempre mantive uma distĂąn-cia grande com crianças. E a pri-meira criança que eu toquei navida foi a minha filhinha ao nas-cer. E, mesmo assim, confessonĂŁo sabia o que fazer dali em di-ante. Precisei do apoio incondi-cional da minha mĂŁe que, alĂ©m
A vivĂȘncia da carruagem de cada um!de ser espĂrita, Ă© uma evangeli-zadora maravilhosa. Hoje estouaqui...â
Nesses instantes, o grupo seemocionou ao ver as lågrimassinceras de uma pessoa que ha-via vencido as dificuldades pes-soais e hoje com todo amor e de-dicação, se tornara uma evange-lizadora.
DifĂcil atĂ© de colocar em pa-lavras, a uniĂŁo que se fez pre-sente a partir daquele momen-to, e assim o tempo passou, umahora e meia de trocas de expe-riĂȘncias.
Quando entramos na sala, re-cebemos um papel, porĂ©m, quan-do saĂmos da dinĂąmica, carregĂĄ-vamos dentro de nĂłs, uma malacheia de esperança, carinhos, res-peito e amorosidade.
No final da dinĂąmica o grupo,em silĂȘncio, levantou da cadeirae formou-se um cĂrculo de pes-soas abraçadas fraternalmente.Assim permanecemos, receben-do o fortalecimento da espiritu-alidade presente, depois, beija-mos o companheiro da direita edepois o da esquerda. Essa foi adespedida do grupo, com muitaemoção e respeito.
Sinceramente, na minha opi-nião, só faltou uma fotografia paramarcar um momento tão especi-al. Mas pensando bem, nunca nosesqueceremos daquele encontroque tocou tão profundamente nos-sos coraçÔes.
Agradeço a todos os partici-pantes e principalmente às mi-nhas duas colegas facilitadoras, aDorinha e a Cida.
Adorei por mĂșltiplas razĂ”es,mas vou enfatizar duas.
JĂĄ passei dos 40 anos, entĂŁo, Ă©com uma alegria indescritĂvelque observei tantos jovens envol-vidos na Evangelização Infanto-Juvenil! Jovens cantando, jovensorientando-nos no espaço doevento, jovens organizando.
Tive a felicidade de dividira monitoria da dinĂąmica comum jovem: Natan (Mocidade/SP-Sul) e compartilhar de suadesenvoltura, de seu compro-metimento e aprender muitocom ele.
TambĂ©m me encheu de ale-gria ver os homens â menos emais jovens â envolvidos no tra-balho da EIJ (Evangelização In-fanto-Juvenil).
Deus nos fez diferentes en-tre si em vĂĄrios aspectos e nosfez homens e mulheres, portan-to, todos somos complementosindispensĂĄveis.
Nossos evangelizandos pre-cisam de ambas as referĂȘnciascom a mesma importĂąncia,como tĂŁo bem esclareceu e res-saltou a Deusa em sua ilumina-da palestra.
Adorei o encontro!
Carla â Regional Piracicaba
16 O Trevo - novembro/2007
Foi assim que me senti. Sabemaquela histĂłria das formiguinhas,onde temos o exemplo de que as for-migas trabalham, trabalham, traba-lham... Pois Ă©!
Quando o pessoal da Casa emque trabalho disse âvai lĂĄ, fala porque vocĂȘ trabalha pra Jesusâ, eu re-solvi ir. Mas, toda empolgada, comentusiasmo, subi ao palco. Deparei-me com uma multidĂŁo! E foi naque-le momento que percebi e cai emmim. Meu Deus! Eu trabalho pra Je-sus, por quĂȘ? Confesso: minhas per-nas tremeram. NĂŁo por ver aquelepovo todo, mas porque senti meu co-ração palpitar mais forte e pensei co-migo mesma: isto Ă© tĂŁo forte, eu tra-balho pra Jesus!
Disse a todos que trabalho por-que acredito. E, de fato, acredito mes-mo, acredito que as crianças de hojeserĂŁo melhores se nĂłs trabalharmosfirmes no intuito de construir istodentro delas, semear amor no cora-çãozinho delas, implantar sentimen-tos fraternos na vida delas, dar exem-plos, este Ă© o maior ponto. Dar exem-plos! Naquele exato instante lembrei-me de Jesus antes de sua partida, cha-mando seus discĂpulos e acreditan-
O II Encontro fez jus às minhasexpectativas e creio que a da maioriados participantes, também, pois tevemuitos pontos positivos, além daoportunidade de confraternização,iniciada na viagem e no café da ma-nhã, que estava ótimo.
Maria Eliana â Regional SP Leste
Uma formiguinha!do neles em dar continuidade na pro-pagação do evangelho. Senti-me alirealmente como uma formiguinha,pequenina, porém fortalecida.
Vi nos olhos dos participantesa mesma coisa, afinal todos esta-vam lå pelo mesmo motivo.Quanta emoção! Serå que mereçotanto? Me fiz esta pergunta o diainteiro. Em meu coração tanta ale-gria por estar ali, tanta felicidadeem encontrar pessoas de tantoslugares falando da mesma coisa.
Conclui no decorrer do dia: souprivilegiada, nĂŁo sei se sou merece-dora, mas agradeço a Deus por per-mitir estar neste cĂrculo de amigos,de confrades, companheiros de jor-nada na tarefa do bem.
Na volta, as pessoas do Înibus re-tratavam através de sorrisos a satis-fação por terem participado, mesmocom pequeninos contratempos. Maso que são contratempos diante dagrandiosidade deste encontro?
Cabe aqui lembrar novamente,trabalhamos para JESUS, nada Ă© maisvalioso do que lembrar de seusexemplos.
O II Encontro
MĂĄrcio AntĂŽnio Murari â CEFI/Regional SP-Sul.
As oficinas, o teatro e as palestras,especialmente a da parte da tardeforam circunstĂąncias marcantes por-que representaram oportunidadesde aprendizado e de revisĂŁo de con-ceitos e posicionamentos.
A aplicação da dinĂąmica foi gra-tificante, porque isso motivou inten-sa troca de vivĂȘncias e deixou eviden-te o interesse dos participantes nacontinuidade e no aprimoramentoda atividade Escola de Pais.
RĂĄdioBoa Nova1450 Khz
à Hora de AliançaDomingo
às 8 horas da manhã.Ouça também pela
Internet.
www.radioboanova.com.br
Programa
Em cada Centro Es-pĂrita uma livraria.Em cada livraria um
novo foco de luz!
O Instituto HolĂstico de MaceiĂł,atravĂ©s das turmas de Aprendizesdo Evangelho e Educação MediĂș-nica, por duas vezes realizou, jun-tamente com o departamento soci-al, a campanha de Evangelização eAuxĂlio, momento em que levou apalavra do Evangelho, mensagensdoutrinĂĄrias e aplicação de passesaos doentes.
Durante cada visita foram dis-tribuĂdas 80 cestas bĂĄsicas nospovoados dos municĂpios doagreste alagoano: Atalaia, Mari-bondo e Taquarana.
Os realizadores da campanhaficaram muito contentes, sobretu-do por terem contribuĂdo umpouco para amenizar o problemados irmĂŁos que sofrem com a fal-ta de chuva naquela regiĂŁo.
CĂcero Barbosa - MaceiĂł/AL
Evangelização e AuxĂlio
O Trevo - novembro/2007 17
NO MUNDO
Eduardo Miyashiro â CEAE Caminho da Redenção/SP
Chamou-nos a atenção, pelotĂtulo, a matĂ©ria seguinte, cujotrecho inicial reproduzimos a se-guir:
Sem espaço para boas notĂcias (porLuciano Martins Costa em 4/9/2007,no site ObservatĂłrio da Imprensa) Aimprensa ignorou quase completa-mente a divulgação do relatĂłrio daONU (OrganizaçÔes das NaçÔes Uni-das) sobre as metas do milĂȘnio. O Bra-sil conseguiu alcançar com dez anosde antecedĂȘncia o primeiro e mais im-portante objetivo do pacto assinado noano 2000 por 191 paĂses: reduziu Ă metade o nĂșmero de cidadĂŁos que vi-vem em pobreza extrema, com rendaper capita inferior a 40 reais por mĂȘs.Entre 1999, perĂodo inicial de conta-gem, e 2005, ano-base da mais recen-te estatĂstica, 4,7 milhĂ”es de brasilei-ros deixaram a misĂ©ria, o que signifi-ca uma redução de 8,8% para 4,2%na parcela da população vivendo emabsoluta precariedade. Segundo o
A mĂdia e os avanços sociais
das pelos bandeirantes do Espi-ritismo datam do final do sĂ©culoXIX. De pessoas realizadorascomo EurĂpedes, Cairbar, AnĂĄlia,BatuĂra e outros, herdamos um le-gado de efetiva contribuição paraa sociedade brasileira. Mas issonĂŁo Ă© motivo para nos vanglori-armos sobre o trabalho de outros,e sim para recordarmos o deverde seguirmos seus exemplos. Arede social que hoje se amplia emmecanismos de assistĂȘncia socialĂ© composta por milhares de orga-nizaçÔes sem fins lucrativos quese estabeleceram onde a necessi-dade grassa, atuando com maispresteza e sensibilidade do que osrelatĂłrios de polĂticas pĂșblicasconseguem captar.
Trata-se de um segmento queverdadeiramente se ocupa com osdesafios da multiplicação do bem,lembrando que âO cristĂŁo Ă© cha-mado a servir em toda a parteâ.
acordo patrocinado pela ONU, essameta deveria ser atingida em 2015.NĂŁo Ă© apenas uma boa notĂcia. Trata-se de um dado essencial para o enten-dimento de questĂ”es cruciais para a hu-manidade neste inĂcio de sĂ©culo. A re-dução da misĂ©ria pela metade num paĂscomo o Brasil, cuja economia nĂŁo apre-senta no perĂodo um desempenho es-petacular, produz uma plataforma sĂł-lida para o debate sobre estratĂ©gias dedesenvolvimento. O resultado social eeconĂŽmico num perĂodo tĂŁo curto sig-nifica um fato histĂłrico que deveria en-riquecer as anĂĄlises sobre a globalizaçãoe o futuro do capitalismo. (...)
Em princĂpio, pensamos emdestacar o fato de que o articulis-ta alertava para a necessidade deocupar espaço com boas notĂciasda coletividade. PorĂ©m, ficamosa refletir no teor da notĂcia e acha-mos mais oportuno fazer um bre-ve comentĂĄrio a respeito. As fren-tes de trabalho social desenvolvi-
A boa notĂcia passou despercebida
18 O Trevo - novembro/2007
Devido ao fato do Espiritismo ser uma Doutrina espiritua-lista, muitos o confundem com outras religiĂ”es igualmente es-piritualistas, principalmente a Umbanda dentre as religiĂ”es Afro-IndĂgenas.
A Umbanda Ă© um culto religioso respeitado pelos EspĂritas,bem como todas as outras, contudo ela nĂŁo Ă© Espiritismo. Seuacervo de sĂmbolos, objetos, instrumentos, prĂĄticas, etc. nĂŁo seajustam de maneira alguma Ă Doutrina EspĂrita. Aqueles queconfundem a Umbanda com o Espiritismo se apegam a pontosem comum existentes entre as duas religiĂ”es. SĂŁo eles: o fato deambas serem espiritualistas, ambas terem como princĂpio a co-municação entre o plano material e espiritual e ambas aceita-rem a reencarnação.
Todavia a Umbanda tem culto material, rituais, vestimentas es-pecĂficas, imagens, altares, pontos riscados e denominaçÔes total-mente especiais para mĂ©diuns e EspĂritos, que nĂŁo existem no Es-piritismo. AlĂ©m dessas diferenças gritantes a Umbanda nĂŁo se regepela codificação de Allan Kardec, portanto, estĂĄ claro que emboraespiritualista e ter caracterĂsticas mediĂșnicas, a Umbanda nĂŁo cons-titui variante nem modalidade do Espiritismo.
Assim, Ă© muito importante compreendermos que Espiritismo Ă©um sĂł, por isso Ă© uma redundĂąncia dizer que se Ă© espĂrita Karde-cista, para se diferenciar de outras religiĂ”es igualmente espiritua-listas, pois nĂŁo Ă© possĂvel conceber o Espiritismo sem a obra daCodificação de Allan Kardec.
As religiĂ”es afro-indĂgenas, em especial a Umbanda, para se-rem melhor compreendidas precisam ser analisadas dentro de umcontexto histĂłrico, desde a origem de suas prĂĄticas no Brasil atĂ© osnossos dias de hoje, bem como levar em conta o sincretismo religi-oso que estes cultos tiveram durante todo este desenvolvimento.
O carĂĄter utilitĂĄrio da Umbanda, ou seja, o fato de algumas prĂĄ-ticas visarem interesses pessoais de ordem material Ă© uma caracte-rĂstica que nĂŁo se compatibiliza com a finalidade principal da Dou-trina EspĂrita, que Ă© ajudar aos homens a evoluĂrem, conquistandovirtude morais, evangelizando-se, desprendendo-se do mundo ma-terial e lutando pela sua redenção.
Bibliografia:Entendendo o Espiritismo â autores diversos â Editora Aliança.
Na Semeadura I â Edgard Armond â Editora Aliança.
ESCLARECENDO
Quais são as diferença entre o Espiritismo e as pråticas de terrei-ros como a Umbanda?
Jorge Luiz de Azevedo CardosoC.E. Caminhos de Libertação
Umbanda e Espiritismo
âAmigos, de mil maneiras se faz acaridade. Podeis fazĂȘ-la por pensamentos,por palavras e por açÔes. Por pensamen-tos, orando pelos pobres abandonados,que morreram sem se acharem sequerem condiçÔes de ver a luz. Uma precefeita de coração os alivia. Por palavras,dando aos vossos companheiros de to-dos os dias alguns bons conselhos, di-zendo aos que o desespero, as privaçÔesazedaram o Ăąnimo e levaram a blasfe-mar do nome do AltĂssimo: âEu eracomo sois; sofria, sentia-me desgraça-do, mas acreditei no Espiritismo e, vede,agora, sou feliz.â Aos velhos que vosdisserem: âĂ inĂștil; estou no fim daminha jornada; morrerei como viviâ,dizei: âDeus usa de justiça igual paracom todos nĂłs; lembrai-vos dos obrei-ros da Ășltima hora.â (E.s.E, cap. XIII)
Oportunidades de praticar a ca-ridade nĂŁo nos faltam todos os dias.Quando nĂłs mudamos nosso olharpara o que nos cerca podemos per-ceber estas oportunidades e, se qui-sermos, podemos usĂĄ-las, ao bemdo prĂłximo e de nĂłs mesmos.
Desde o primeiro dia de aulana Escola de Aprendizes somosconvidados a mudar nosso olharno mundo. As aulas, os comentå-rios do bem, as reflexÔes, os te-mas, nos despertam o desejo depraticar a caridade. Descobrimostambém, como é simples este tra-balho de amor, como nos traz amensagem do Evangelho segun-do o Espiritismo (ESE).
Podemos praticar a caridadepelos pensamentos, por palavras.A simplicidade mais uma vez nosconvida ao testemunho.
Catarina S. BĂĄrbaraCEAE Genebra/SP
KARDEC NA EAE
Oportunidades
O Trevo - novembro/2007 19
PĂGINA DOS APRENDIZES
N.A. Alvorada CristĂŁ â CordeirĂłpolis/ SP âA finalidade da vida Ă© a glorificação de Deus nas almas.â
Arnaldo Faustino da Costa â 3.ÂȘ turma Entendi o significado desta frase depois que passei a
ter um entendimento melhor do que Ă© a vida, das obri-gaçÔes que devo ter comigo mesmo e com meu prĂłxi-mo. Nos estudos da EAE, conheço Jesus e toda sua es-sĂȘncia divina, aonde pude me aproximar mais de Deus,glorificando sua divindade.
CEAE Aclimação - São Paulo/SP
âA verdade liberta e estimula para a redenção.â
Marilda Dalevedove â 2ÂȘ turma Quando consigo enxergar as coisas como elas estĂŁo
no momento e como deveriam ser, percebo que se tornamais fåcil o meu caminho de expiar, resgatar. Existemfatos que ocorreram no passado, que depois pude per-ceber que eram errados, isso me martelava na cabeça eeu não resolvia nada. Hoje as coisas que fiz no passadoainda existem em minha lembrança, só que a vejo deoutra forma e entendo que terei que resgatar esses fatosnessa ou em outras encarnaçÔes.
A verdade agora me liberta do sofrimento, e comisso me traz a consciĂȘncia, e sendo assim, sinto estĂmu-los para essa redenção.
C.E. Semente de luz â Praia Grande/SP
"Sem desprendimento dos mundos materiais nĂŁo pode
haver evolução" Patricya Aparecida da Silva - 2ÂȘ turma
Foi atravĂ©s desta Escola que percebi a diferença entre apegoe amor. Antes achava que amor era um sentimento que pren-dia, sejam coisas ou pessoas a mim. Hoje sei que amor Ă© liber-tar, desprender, soltar pois tudo me foi emprestado para queeu pudesse evoluir, por isso, com essa consciĂȘncia.
C.E. Doze ApĂłstolos â Santo AndrĂ©/SP
âSem desprendimento dos mundos materiais nĂŁo pode
haver ascensĂŁo espiritual.âDĂ©bora Oliveira â 8.ÂȘ turma
O Pai, na sua bondade infinita, nos ofertou a famĂ-
lia, os amigos, os bens materiais e principalmente nossocorpo fĂsico. Ă um emprĂ©stimo que nos Ă© concedido paraque possamos crescer espiritualmente, pela compreen-sĂŁo do seu significado. O apego exagerado sĂł nos levarĂĄao sofrimento e ao atraso espiritual, pela falta da devi-da compreensĂŁo.
G.E. Sintonia Fraterna â Santos/SP âLembre-se que o mal nĂŁo merece comentĂĄrio em tempo algum.â
Marcos Antonio Dutra â 1.ÂȘ turma Refletindo com profundidade e sinceridade, vejo
que propago o mal, pois lidando com pessoas, semprecaĂa na cilada de colocar um pouco de fermento quan-do pessoas falavam mal de outras. Antes da EAE, nĂŁopossuĂa esta consciĂȘncia e nĂŁo me enxergava propa-gando a maledicĂȘncia, agora jĂĄ nĂŁo Ă© mais possĂvelpermanecer omisso, e como aprendemos no evange-lho: nĂŁo basta ser bom, temos que fazer o bem. Hoje,diante destas situaçÔes me pergunto se a fala Ă© Ăștil, Ă©boa, Ă© verdadeira, senĂŁo vou cuidar da minha vida.
A. E. Evangelho Redivivo â Regional Norte/SP âA Prece das Fraternidades, o que representa para mim?â
Maria Salete Barbosa AraĂșjo â 9.ÂȘ turma Representa uma oração completa, pois nos dirigimos ao
Mestre Maior, aos benfeitores espirituais e ao Nosso Pai Cri-ador, solicitando força e amparo para podermos ajudar noque for necessårio para transformar o planeta Terra, em umplaneta de regeneração. Acha muito valiosa esta prece paraa minha evolução espiritual e para o bem universal.
A.E. Evangelho Redivivo â Regional Norte/SP âNos caminhos da espiritualização o progresso se
mede em milĂmetroâEdiney Martins dos Santos â 9.ÂȘ turma
Ă confortante saber que o nosso progresso se mede
em milĂmetros. Isto significa que a espiritualidade estĂĄatenta a qualquer tipo de melhora, mesmo que peque-na. Assim, devo me ater aos pequenos atos, pois a maislonga caminhada começa sempre com o primeiro pas-so, nĂŁo esquecendo que nesta caminhada nunca estareisĂł, tendo Jesus e a espiritualidade ao meu lado.â
S.E. Jardim das Oliveiras - Praia Grande/SP
âO Corpo Ă© o templo do EspĂrito.âEdna Moraes - 11ÂȘ turma d
Eu aprendi que o corpo Ă© o ĂłrgĂŁo de comunicaçãodo meu EspĂrito, assim sendo, estou entendendo que te-nho uma grande responsabilidade na conservação domeu corpo fĂsico. Eu, Edna, vou procurar educar e cui-dar cada vez mais do meu EspĂrito para que eu possalibertar-me e nĂŁo comprometer a minha evolução espi-ritual. Agradeço a Deus por me dar esta oportunidadede ter conhecimento dos meus deveres.