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GESTÃO DE RESULTADOS NA CAFEICULTURA: o processo de classificação da cata/defeitos do café arábica como estratégia de precificação para o produtor rural na Região Sul do Espírito Santo

o processo de classificação da cata/defeitos do café arábica como

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GESTÃO DE RESULTADOS NA CAFEICULTURA: o processo de classificação da cata/defeitos do café arábica

como estratégia de precificação para o produtor rural na

Região Sul do Espírito Santo

RESUMO

A presente pesquisa tem como objetivo analisar como a classificação do percentual

de cata/defeitos do café arábica influência no preço de venda, sendo um dos fatores

decisivos na atividade cafeeira, impactando na sobrevivência do produtor rural da

Região Sul do Espírito Santo. Para tanto analisou- se os valores praticados na

compra do café arábica comercializado nos anos de 2009 e 2010, junto á

Cooperativa dos cafeicultores da região relacionando-os com o percentual de

cata/defeitos do café. Os dados foram coletados pelo relatório de listagem de

compra por tipos de café (despolpado, duro, duro 1rdo, rio, riado rio, rio zona),

catação e defeitos. Uma vez realizada a análise estatística, observou-se que existe

forte correlação inversa entre as variáveis estudadas – preço X percentual de

cata/defeitos. Desta forma, quanto menor a cata/defeitos maior foi o preço de venda

pago ao produtor, assegurando que a profissionalização e o foco na qualidade do

produto proporcionarão melhor remuneração para os cafeicultores. Pode-se inferir

que a produção de um café de melhor qualidade proporciona aumento de renda para

o produtor rural o que pode impactar na rentabilidade da propriedade e alavancar a

economia local.

Palavra chaves: Qualidade do café; Rentabilidade; Preço; Administração rural

1 INTRODUÇÃO

O café na economia mundial tem um peso de fundamental importância, pois

envolve a política dos países produtores onde a atividade cafeeira tem como objetivo

agregação e geração de valor no mercado (SCHMIDT; DE MUNER; FORNAZIER,

2004).

O Brasil se destaca a nível mundial em três categorias na área cafeeira: como

maior produtor de café, maior exportador e o segundo maior consumidor do produto

(MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et al., 2010).

O processo de classificação do produto é feito em duas condições. Primeiro

com produtor, através de amostra do café ainda em coco. A partir do mesmo o

classificador dá um parecer sobre o tipo de café, a renda, a umidade e a ideia de

como preparar o café para a comercialização. Outro critério é a classificação na

Tabela Brasileira (COB) que é feita por uma amostra de 300 gramas de café

beneficiado, onde as peneiras são distribuídas de acordo com os grãos,

identificando a seca, o aspecto, a torração e a bebida, definido o preço do café para

comercialização. Nesse processo pode-se identificar à maior ou menor variação de

defeitos (MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et al., 2010).

Os mesmos autores relatam ainda que preço é um dos fatores decisivos na

atividade cafeeira. Sendo definido pela classificação que identifica o tipo de café, a

cata/defeitos. Através deste processo definem-se o preço para comercialização.

Percebe-se que muitos produtores de café não se preocupam com o

percentual de cata/defeito no momento do preparo do café para a comercialização,

isso por não conhecerem o impacto desse critério nos preços praticados pelo

mercado. A preocupação dos produtores recai somente sobre o tipo de bebida.

Diante desse cenário, essa pesquisa pretende elucidar a seguinte questão:

como a classificação do percentual de cata/defeitos do café arábica influencia no

preço de venda por parte do produtor rural na Região Sul do Espírito Santo?

O objetivo do trabalho é analisar como a classificação do percentual de

cata/defeitos do café arábica influência no preço de venda por parte do produtor

rural da Região Sul do Espírito Santo. Especificamente pretende-se:

Verificar na Cooperativa de Cafeicultores da Região sul do Espírito Santo a

variação do preço do café arábica comercializado entre 2009/2010, relacionando

ao percentual de cata/defeitos.

Verificar os principais fatores que interferem na variação da cata/defeitos do

café arábica produzidos na Região Sul do Espírito Santo.

A relevância deste estudo se dá pela necessidade de identificar e analisar as

variações de preços que ocorrem em decorrência do percentual de cata/defeitos que

são fatores que interferem no preço final do café, e consequentemente na renda do

produtor e na rentabilidade do seu negócio.

O estudo discute as variáveis que afetam diretamente o produtor, indicando

as técnicas que ajudarão a minimizar a cata/defeitos encontradas na classificação

do café, visando agregação de valor ao produto.

Para entender a importância desta pesquisa Martinez, Tomaz, Sakiyama

(2007) relatam que a classificação do café é importante para que o produtor tenha

conhecimento da qualidade do seu produto, mostrando-o as variáveis da

cata/defeitos que interferem na comercialização.

Este trabalho pode ser um instrumento de alerta para que os agricultores se

empenhem também na produção de café com níveis aceitáveis de cata/defeito, o

que deve ser considerado no momento da venda. Assim, garantindo a precificação

adequada do produto e a sustentabilidade econômica da propriedade rural e

consequentemente da cafeicultura.

A atividade cafeeira é importante na economia nacional, principalmente na

economia regional, no caso região Sul do Espírito Santo não difere. É geradora de

impostos, de empregos diretos e indiretos, alavanca as vendas do comércio e

serviços da economia local e é fator gerador de distribuição de renda, uma vez que

há, número enorme de pequenas propriedades rurais, além de afetar a renda da

população e ajudar no superávit na balança comercial brasileira (PEREZ; SOUSA;

RAMOS et al., 2008).

Com vistas a analisar as variações que ocorrem na precificação do café

arábica em relação ao percentual de cata/defeitos, o presente trabalho utilizou-se de

pesquisa descritiva, exploratória, bibliográfica e documental. Para tanto analisou-se

a listagem de compra do café arábica comercializado na região Sul do Espírito Santo

pela Coocafé nos anos de 2009 e 2010, relacionando as características de

cata/defeitos.

1 REFERENCIAL TÉORICO

2.1 HISTÓRIA DO CAFÉ NO BRASIL, ESPÍRITO SANTO E IÚNA

Em 1727, o café chega ao Brasil por Francisco de Mello Palheta. Em Missão

a Guiana Francesa, expandir a agricultura cafeeira, trouxe consigo sementes e

mudas que foram plantadas no estado do Pará, daí por diante a expansão da

cafeicultura teve inicio no Brasil (SCHMIDT; DE MUNER; FORNAZIER, 2004).

Ainda segundo os autores o café se expandiu para regiões vizinhas como o

Maranhão, Bahia e o Rio de Janeiro, enfim chega ao Espírito Santo no século XIX

no Vale do Rio Doce, em Vitória por volta de (1812-1819) por Francisco Alberto

Rubim, com o passar dos anos chega ao Norte do Estado, nas regiões de São

Mateus e Nova Venécia, pouco tempo depois Colatina tornou-se o maior produtor

nacional de café; a expansão deu seqüência e chega à região rio-pardense em 1872

pelos irmãos Guiseppe e Raffaello Di Amico. Relata ainda o autor que a agricultura

cafeeira teve tamanha repercussão, pois o café é o responsável pelo

desenvolvimento econômico do Espírito Santo.

A atividade cafeeira mais tarde foi marco na sustentabilidade que representou

e representa até hoje a economia do Município. Nos últimos anos Iúna tornou-se

“terra do café”, onde realiza diversos eventos científico-culturais, conscientizando os

produtores que o café é a principal fonte de renda do município (QUARTO;

OLIVEIRA NETO, 1999).

2.2 CAFÉ ARÁBICA

Matiello, Santinato, Garcia, et al., (2010) afirmam que o café arábica

representa no mercado atual cerca de 62% da produção mundial, em segundo está

o coffe canephora (café conilon) com 38%. Segundo o autor, as duas espécies

representam quase 100% da comercialização do mundo.

O presente estudo trata da classificação por tipo ou defeito. Martinez, Tomaz,

Sakiyama (2007) destacam este, sendo o processo que determina a quantidade de

grãos imperfeitos e a quantidade de impurezas que existe em cada tipo de amostra

correspondente a 300 gramas. A amostra é espalhada sobre uma cartolina preta

pelo o profissional classificador provida de iluminação, onde efetua a catação dos

defeitos separando-os por categoria, sendo a contagem do mesmo de acordo com a

tabela de equivalência dos defeitos (MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et al.,

2010).

A classificação do café é um fator importante na comercialização, esse

processo acontece através de uma amostra, onde é possível identificar os fatores

que afetam no preço (MARTINEZ; TOMAZ; SAKIYAMA, 2007).

De acordo com Toledo (1998, p.56) “Decreto n° 41.080, de 2/3/57, foi fixada

a competência exclusiva do extinto Instituto Brasileiro do café – IBC para a

padronização, classificação, fiscalização, exames e analises do café.”. Esse

documento determina as normas a serem seguidas de acordo com a padronização,

analisando as impurezas encontradas no processo de classificação e fiscalizando se

o percentual de impurezas encontrados no café está de acordo com o permitido para

comercialização.

O café pode ser classificado de acordo com os seguintes critérios: por tipo ou

defeito, pela característica de qualidade e pela qualidade (bebida) ( TOLEDO, 1998;

MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et al., 2010).A partir da classificação por tipo ou

defeito, numeram-se os tipos de café arábica variando de dois a oito conforme pode

ser analisado por meio da ANEXO 09.

Segundo Silva, Melo, Berbert (1997) a etapa de comercialização do café

acontece depois de todos os procedimentos de colheita e pós-colheita. Na avaliação

comercial é adotado o processo de classificação avaliando assim, a forma, tamanho,

cor, tipos dos grãos e tipo de bebida, características estas que acontecem no

processo de comercialização.

Analisando a classificação pela qualidade, devem-se observar fatores que

influenciam na aceitação do mercado, agregando valor ao produto final (TOLEDO,

1998).

O Decreto n° 27173, de 14.09.1949 além de aprovar as especificações e

tabelas para a classificação e fiscalização do café, também determina o tipo e a

norma para a classificação por descrição (TOLEDO, 1998, p.60).

Os principais fatores determinantes na qualidade do café se caracterizam no

processo de classificação, se destacando como: Fava, Peneira, Aspecto, Cor, Seca,

Preparo, Torração e Bebida (TOLEDO, 1998).

Fava - são grãos que sofrem por um desmembramento dos frutos, sendo

classificados de acordo com seu tamanho e formato, sendo graúdo,

média, miúda e boa ( TOLEDO 1998).

Peneira - é importante para a seleção e separação das favas, que

predomina no tamanho da peneira a ser utilizada para a classificação dos

grãos (MARTINEZ; TOMAZ; SAKIYAMA, 2007).

Aspecto - fator importante para determinar a qualidade do café,

classificando-os quanto bom, regular e ruim (MARTINEZ; TOMAZ;

SAKIYAMA, 2007).

Cor - processo que o café passa até chegar ao produto final, iniciam-se as

etapas com o verde, esverdeado, amarelo e vermelho (SILVA; MELO;

BERBERT, 1997).

Secagem - fator importante na qualidade final do café, pois através desse

processo influem aspectos decisivos (TOLEDO, 1998). Através da secagem

do produto é determinado o grau de umidade encontrado no café, o

percentual de 11% a 11,5% classifica-se como via seca e 12,0% a 12,5% via

úmida (MARTINEZ; TOMAZ; SAKIYAMA, 2007)

Preparo – o café classifica-se quanto ao preparo, como sendo café de

terreiro, despolpado e cereja descascado. As diferenças entre os cafés

despolpados são de características de cor brilhante, onde possui cor

prateada, o café de terreiros possui cor semifusas, cor amarelada e marrom,

cereja descascados possuem semelhança com o despolpado, porém sua

diferença está na cor e na película que quando é feita meia torra dos grão se

escurece. (TOLEDO, 1998).

Torração - fator importante na classificação do café, pois através deste,

define a qualidade. Os defeitos que não foram separados no produto ainda

cru, aparecem neste processo, comprometendo a qualidade do produto

(TOLEDO, 1998).

Bebida - teve inicio no Brasil a prova do café na xícara, a partir de 1917,

se destacando como fator mais importante na qualidade do café, sendo feita

por profissionais da área, obtendo os sentidos de gosto, olfato e tato

(TOLEDO, 1998).

2.3 PUREZA AGORA É LEI

A Instrução Normativa N°16 da ABIC aborda os critérios a serem utilizados na

realização da análise de pureza, determinação da umidade e a análise sensorial,

sendo esses métodos usados para analisar a qualidade do produto (JORNAL DO

CAFÉ, 2010, Nº 175).

Ainda de acordo com o referido jornal, o novo regulamento que está em vigor

desde 23 de fevereiro de 2011, determina a porcentagem de impurezas permitida,

com limite de 1% para (casca, paus, marinheiros) e 5% de umidade, frisando a

importância da qualidade do café no processo de classificação.

A Instrução Normativa Nº16 da ABIC regulamenta os novos critérios que

implicarão ao mercado, desde o produtor até o setor industrial. Consideram-se como

totais de impurezas (casca, paus, marinheiros) sedimentos (areia, pedra, torrão) e

matérias estranhas como (milho, cevada, trigo, entre outros). O máximo permitido de

matérias estranhas corresponde 0,1% e a umidade igual ou menor que 5% que

corresponde ao regulamento da nova norma (JORNAL DO CAFÉ, 2010, Nº 172).

O Brasil passa a ser o primeiro a adotar Instrução Normativa Nº16 da ABIC,

como intuito de impulsionar as inovações técnicas de avaliação sensorial do produto

final, onde define as características da qualidade recomendáveis para o mercado

consumidor (JORNAL DO CAFÉ, 2010, Nº 172).

2.4 CATA/ DEFEITOS

Martinez, Tomaz, Sakiyama (2007) afirmam que os defeitos podem ser

classificados em intrínsecos com características de grãos alterados devido aos

processos utilizados na agricultura, e os extrínsecos caracterizam como as

impurezas encontradas no café.

Toledo (1998) e Martinez, Tomaz, Sakiyama (2007) corroboram que os grãos

pretos são considerados a base dos defeitos encontrados, em segundo lugar os

paus, pedras, brocados, ardidos, conchas e quebrados, podem ser causados pela

decomposição no chão e a alta temperatura na secagem dos grãos. Matiello,

Carvalho, Paulino et al., (1986) acrescentam que os grãos pretos, verdes e ardidos

além de afetar diretamente na qualidade do café trazem prejuízos no

desenvolvimento econômico, pelo fato de terem menos peso que os grãos que não

apresentam defeitos, a classificação dos defeitos de acordo com os tipos de

equivalências podem analisados no ANEXO 10 conforme suas especificações.

Os principais defeitos do café são causados em decorrência do manejo

inadequado, afetando diretamente na qualidade do mesmo, influência no preço de

venda por parte do produtor rural (MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et al., 2010).

Preto – os grãos pretos são causados pelo retardamento da colheita dos

frutos e contato com o solo (TOLEDO, 1998).

Ardido – colheita antecipada com os frutos ainda verdes, contato com o

chão e permanência dos frutos no pé (MATIELLO; SANTINATO; GARCIA

et al., 2010).

Verde – “colheitas de frutos verdes” (MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et

al., 2005. p.413).

Conchas – são grãos que sofrem com fatores genéticos devido à má

formação ou causas fisiológicas (TOLEDO, 1998).

Chocho – são grãos com problemas genéticos da espécie ou causas

climáticos, como seca causando a desnutrição do mesmo (MATIELLO;

SANTINATO; GARCIA et al., 2010).

Mal granado – são grãos que sofrem com a seca e a falta de nutrição

adequada (MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et al., 2005).

Quebrado – são os grãos que sofrem com o excesso de secagem e má

regulagem do descascador (MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et al., 2010).

Coco e marinheiro -- ocorrem por causa de um manuseio inadequado do

descascador (MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et al., 2005).

Paus, pedras, torrões e cascas – são elementos que se ajuntam aos

grãos no momento do contato com o solo e má abanação (TOLEDO, 1998).

Brocado – são grãos atacados pela broca do café (TOLEDO, 1998).

Alguns fatores interferem na cata/defeito do café Arábica. Na seqüência

apresenta-se uma síntese desses fatores:

Clima – a temperatura e a chuva são os principais fatores que afetam a

produção cafeeira, em menor escala está o vento, a umidade do ar e

luminosidade, interferindo na qualidade dos cafés produzidos (MATIELLO;

SANTINATO; GARCIA et al., 2010).

Manejo – a colheita deve iniciar quando 80% dos grãos já estiverem

maduros e com uma cor cereja. Após a derriça devem ser retiradas as

impurezas, como galhos secos e folhas, os grãos recém colhidos não deve ter

contato com os grãos de varrição, que já estão em decomposição, pois

interfere na qualidade do produto (INCAPER, 2009a). Acrescenta ainda o

autor que o manejo da colheita deve ser feito de forma correta, evitando grãos

no chão ou no pé no fim da colheita, pois essas falhas acarretam broca - do -

café, afetando a qualidade do produto na próxima safra.

Secagem – Borém (2008, p.205) frisa que a secagem do café pode ser

influenciada por diversos fatores: “Método, tempo, velocidade, temperatura e

umidade relativa do ar de secagem.” Sendo controlados esses fatores, obtêm-

se um produto com qualidade.

Armazenagem - O armazenamento do café deve ser feito de forma

adequada, para que a qualidade mantenha-se preservada da colheita até a

comercialização. Quando o armazenamento do produto não é bem

administrado, ocorre aparição de fungos e bactérias, acarretando mudança na

cor, sabor e aroma, comprometendo a qualidade do café (INCAPER, 2009a).

2.5 MERCADO DO CAFÉ

O Brasil se destaca pela produção, exportação e como segundo maior

consumidor de café, os concorrentes saem em desvantagens por enfrentar

problemas climáticos e estruturais, afetando na produção cafeeira (REVISTA

CONILON BRASIL, 2011).

O mercado de café tem passado por momentos importantes em sua

expansão, onde os preços atingem recordes, agregando a valorização da qualidade

e o reconhecimento de países consumidores de café do Brasil (REVISTA CONILON

BRASIL, 2011).

Matsura (2007) ressalta que o mercado é realizado por decisões individuais

que são somadas a todos os investidores, para obtenção ou não de resultados.

Relata ainda que o mercado não é previsível, mas é visto como uma oportunidade a

ser utilizado no momento certo para a obtenção de sucesso.

A variação do preço na comercialização do café se dá pela sua qualidade,

podendo variar de acordo com os aspectos apresentados. Para que o produtor

consiga uma boa negociação é preciso agregar valor ao seu produto, produzindo-o

com qualidade seguindo as exigências do mercado (SCHMIDT, DE MUNER,

FORNAZIER, 2004).

2.6 GESTÃO DE RESULTADOS NA CAFEICULTURA

Entende-se como administração rural os meios utilizados pelos produtores

rurais para a tomada de decisão, buscando o desempenho de sua produtividade

para o desenvolvimento econômico (CREPALDI, 2006).

A administração da propriedade cafeeira deve ser eficiente, de forma a

integrar os fatores de produção a uma produtividade econômica, utilizando os

recursos naturais (MATIELLO; SANTINATO; GARCIA et al., 2005).

Crepaldi (2006) diz que para o produtor obter sucesso em sua produção,

primeiramente precisa saber o que produzir, quanto e como produzir, controlando a

execução das atividades e avaliando o desempenho da safra na obtenção de

resultados positivos.

Acrescenta o autor que a administração rural moderna deve ser gerenciada

de forma que aumente a lucratividade dos produtores rurais, sendo os métodos

utilizados para esse fim, planejar, organizar, controlar e direcionar, garantindo um

gerenciamento adequado para o sucesso do empreendimento. A seguir apresenta-

se uma síntese sobre os fatores.

Planejamento - o planejamento é um método decisório que permite os

administradores definir onde a empresa pretende chegar e quais meios

devem ser usados para o alcance do objetivo desejado. O objetivo do

planejamento é dividir as atividades operacionais, analisar alternativas

futuras, priorizar as escolhas, minimizando as ocorrências de erros e riscos,

preparando as organizações para o futuro (TACHIZANA; REZENDE, 2002).

Organização - organizar é delegar, determinar, combinar e designar os

recursos e atividades necessárias para que a empresa obtenha resultados,

realizando atividades intergrupais, estabelecendo sistema de comunicação

em todos os setores da organização, a fim de atingir a meta proposta

(MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI, JR, 1998).

Direção – Chiavenato (1999) relata que o papel da direção é acionar,

dinamizar a empresa, colocando os planos em ação, por meio de cargo,

comunicação, liderança, motivando as pessoas a alcançar os objetivos.

Controle - para Crepaldi (2006) o controle é uma ferramenta indispensável

na administração das tarefas a serem executadas dentro das organizações,

pois através desse processo obtêm-se resultados na empresa.

A tipificação que ocorre na pré-venda pelo produtor no momento da

comercialização identifica como a qualidade tem sido o foco de muitos produtores. O

processo de classificação proporciona agregar valor ao preço final do café

(SCHMIDT; DE MUNER; FORNAZIER, 2004).

Giomo; Borém (2011) acrescentam que cabe ao produtor analisar qualidade x

preço e decidir pelo investimento na melhoria da qualidade do café, durante o

processo de manejo no pré e pós colheita.

Observa-se que no momento da classificação identifica-se a qualidade do

produto, sendo separados pelos compradores os grãos que apresentam defeitos, no

momento da compra (SCHMIDT; DE MUNER; FORNAZIER, 2004).

A cafeicultura nacional precisa investir em inovações e melhorias da

qualidade, implementando técnicas de manejo, colheita e preparo do café, para que

o cafeicultor tenha conhecimento da importância da agregação de valor à cadeia

produtiva do café, atendendo as exigências do mercado interno e externo

(INFORME AGROPECUÁRIO, 2011).

3 METODOLOGIA

O objeto de pesquisa do presente estudo é a cata/defeitos do café arábica

comercializado na região Sul do Espírito Santo, tendo como objetivo analisar como a

classificação do café arábica por meio do percentual de cata/defeitos, influência no

preço de venda por parte do produtor rural.

O estudo teve como base de dados o relatório de listagem do valor de compra

do café arábica comercializado na região Sul do Espírito Santo nos anos de 2009 e

2010 pela COOCAFÉ - Cooperativa de Cafeicultores da Região de Lajinha, onde

detalha as características de cata/defeitos do café arábica.

A pesquisa caracteriza-se quanto aos fins como descritiva por apresentar as

variações da precificação do café arábica quanto à cata/defeitos, e como pesquisa

exploratória, uma vez que o assunto é pouco explorado pelo conhecimento

científico, mas utilizado na prática pelo mercado de café. E quando aos

procedimentos de coletas de dados caracteriza-se em bibliográfica, documental e de

levantamento (GIL, 2002) e (MARCONI,LAKATOS 2002).

Os dados brutos coletados foram lançados na planilha do Excel, separados

por tipo de café (despolpado, duro, duro 1rdo, rio, riado rio, rio zona) com sua

respectiva catação e defeitos, e agrupados em ordem crescente, da cata menor para

maior. A classificação de catação foi organizada em intervalos de 5 em 5 para o café

despolpado, de 10 em 10 para os cafés duro, duro 1rdo, rio, riado rio, rio zona, de

acordo com os critérios de Classificação Oficial utilizados pela Coocafé (APÊNDICE

C).

Através dos dados mencionados acima foram analisados e organizados em

tabelas e gráficos estatísticos sendo identificado as correlações e regressões com

R2 ( variância) que significa a variância das variáveis de cada tipo de café de acordo

como os dados fornecidos pela a COOCAFÉ.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os dados coletados foram analisados á luz da estatística e dão base para a

construção deste capítulo. Conforme mencionado no capítulo de metodologia, os

dados dizem respeito ao café vendido para a Coocafé pelos cafeicultores da região

sul do Espírito Santo.

Segundo Rea, Parker (2002) o intervalo de correlação inversa pode ser muito

forte quando for – 0,75 a – 0,99, forte sendo de-0,60 a -0,74 e moderada de -0,30 a

-0,59, pois as medidas na faixa negativa relatam variáveis que mudam de maneira

inversa, quando uma cresce a outra decresce.

4.1 ANÁLISE DOS PREÇOS PRATICADOS PELA COOCAFÉ PARA O CAFÉ

DESPOLPADO COMERCIALIZADO NOS ANOS DE 2009 E 2010

Como pode ser analisado no gráfico 1a ocorreu uma regressão de r2 = 0,891

demonstrando um grau de relacionamento entre as variáveis catação e preço.

Observa-se que a catação interfere diretamente no preço, como pode ser notado

uma ligação entre as variáveis através da correlação significativa inversa negativa

muito forte de (- 0,9466).Verifica-se que as variáveis catação e preço mudaram de

maneira inversa, quanto maior a catação menor o preço na comercialização dando

ênfase a sua qualidade.

GRÁFICO 1a- Regressão entre a variável catação do café despolpado e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2009.

A correlação muito forte constatada acima corrobora com Matielo 2010

quando relata sua preocupação com a qualidade que deve ser mantida durante o

manejo do café arábica, para produzir um café com qualidade precisa trabalhar a

cata/defeitos do mesmo, pois como mostra a correlação muito forte acima, o preço

aumenta quando a cata/defeitos diminui, assim a remuneração do produtor melhora

aumentando sua rentabilidade sobre o investimento.

Nota-se que no ano de 2010 ocorreu uma ligação entre as variáveis sendo

uma correlação significativa inversa forte de (- 0,7120) entre catação e preço.

O GRAF.1b demonstra uma regressão de relacionamento entre as variáveis

catação e preço do café despolpado, observando que a catação interfere

diretamente no preço final do café arábica comercializado na Região Sul do Espírito

Santo.

y = -4,0229x + 282,72 R² = 0,8919

R$250,00

R$255,00

R$260,00

R$265,00

R$270,00

R$275,00

R$280,00

0 2 4 6 8

Pre

ço

/Sa

ca

Catação

y = -9,0832x + 328,4R² = 0,8397

R$ -

R$ 50,00

R$ 100,00

R$ 150,00

R$ 200,00

R$ 250,00

R$ 300,00

R$ 350,00

0 2 4 6 8

Pre

ço

/saca

Catação

GRÁFICO 1b - Regressão entre a variável catação do café despolpado e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2010.

A correlação forte é explicada no gráfico acima, retratando que através do

manejo a qualidade dos grãos é mantida, para se ter um produto de qualidade os

grãos maduros não deve ter contato com os grãos em decomposição interferindo na

qualidade do café arábica. Através desse mecanismo confirma a Incaper 2009 que a

correlação forte em relação a cata/defeitos, interfere significativamente na renda do

cafeicultor rural no momento da comercialização do café.A variação da catação do

café despolpado e sua relação com o preço, pode ser analisada por meio do ANEXO

7 .

O r2(variância) de r2 0, 8910 no ano de 2009 e r2 0,839 no ano de 2010

indicam o quanto da variância do preço é explicada pela variância da catação.

4.2 ANÁLISE DOS PREÇOS PRATICADOS PELA COOCAFÉ PARA O CAFÉ

DURO COMERCIALIZADONOS ANOS DE 2009 E 2010

O GRAF. 2a retrata uma regressão de r2 = 0,944 que apresenta um grau de

relacionamento entre as variáveis catação e preço do café duro comercializado pela

Cooperativa no ano de 2009. Conclui-se nesta análise que a catação interfere

diretamente no preço, pois identifica-se uma ligação entre as variáveis através da

correlação significativa inversa negativa muito forte de (- 0,8817). Onde as variáveis

catação e preço mudaram de maneira inversa, quanto maior a catação menor o

preço na comercialização.

GRÁFICO 2a-Regressão entre a variável catação do café duro e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2009.

O café duro apresenta características muito forte devido a utilização de um

manejo adequado que propicie um resultado positivo na agregação da rentabilidade

do produtor rural. Respalda Matiello 1986 que para obter um café de qualidade, o

cafeicultor precisa utilizar as técnicas de manejo de forma que, o seu café tenha um

diferencial no mercado.

O GRAF.2b demonstra uma regressão de relacionamento entre as variáveis

catação e preço do café duro, com uma correlação significativa inversa muito forte

de (- 0,8817), sendo observado que a catação interfere diretamente no preço final do

café arábica praticado pela Coocafé no ano de 2010.

y = -7,871x + 261,14 R² = 0,9442

R$225,00

R$230,00

R$235,00

R$240,00

R$245,00

R$250,00

R$255,00

R$260,00

0 1 2 3 4 5

Pre

ço

/Sa

ca

Catação

y = -18,64x + 325,1R² = 0,822

R$ -

R$ 50,00

R$ 100,00

R$ 150,00

R$ 200,00

R$ 250,00

R$ 300,00

R$ 350,00

0 1 2 3 4 5

Pre

ço

/saca

Catação

GRÁFICO 2b- Regressão entre a variável catação do café duro e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2010.

Avigora Zambolim 2006 que devido a correlação muito forte é explicada um

acompanhamento detalhado no processo de colheita e pós colheita evitando a

fermentação dos grãos durante a safra, pois nesse tipo de café o vigor é mantido

devido a conservação de sua qualidade.A variação da catação do café duro e sua

relação com o preço, pode ser analisada por meio dos ANEXOS 7 e 8.

O r2(variância) de r2 0, 9440 no ano de 2009 e r2 0,822 no ano de 2010

indicam o quanto da variância do preço é explicada pela variância da catação.

4.3 ANÁLISE DOS PREÇOS PRATICADOS PELA COOCAFÉ PARA O CAFÉ

DURO 1RDO COMERCIALIZADONOS ANOS DE 2009 E 2010.

O GRAF. 3a relata uma regressão de r2 = 0,709 que apresenta um grau de

relacionamento entre as variáveis catação e preço. Nota-se nesta análise que a

catação interfere diretamente no preço do café duro 1rdo comercializados pela

Coocafé no ano de 2009, pois se identifica uma ligação entre as variáveis através da

correlação significativa inversa negativa muito forte de (- 0,8422).

GRÁFICO 3a-Regressão entre a variável catação do café duro 1rdo e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2009.

O café duro 1rdo apresenta características muito forte sendo classificado

quanto ao tipo 6 e com intervalo significativo em relação ao preço para

comercialização.Valida Martinez 2007 que a classificação para o produtor é

importante, pois mostra a realidade do café produzido e comercializado, retratando a

importância do conhecimento das variáveis catação/defeitos que interfere

diretamente no preço, conscientizando-os sobre a qualidade do café, observando

que as variáveis catação e preço têm um comportamento inverso, quanto maior a

cata menor será o preço pago pela Cooperativa.

Nota-se, que no ano de 2010 ocorreu uma ligação entre as variáveis sendo

uma correlação significativa inversa muito forte de (- 0,9511) entre catação e preço.

Retrata o GRAF.3b uma regressão entre as variáveis catação e preço, sendo

observado que a catação interfere diretamente no preço do café duro 1rdo

comercializado na Região Sul do Espírito Santo.

y = -10,553x + 253,83 R² = 0,7094

R$-

R$50,00

R$100,00

R$150,00

R$200,00

R$250,00

R$300,00

0 1 2 3 4 5 6

Pre

ço

/Sa

ca

Catação

y = -17,25x + 298,0R² = 0,904

R$ -

R$ 50,00

R$ 100,00

R$ 150,00

R$ 200,00

R$ 250,00

R$ 300,00

0 2 4 6

Pre

ço

/ saca

Catação

GRÁFICO 3b-Regressão entre a variável catação do café duro 1rdo e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2010.

Corrobora Zambolim 2006 que o cafeicultor deve ter foco na qualidade do

café, pois agrega valor a sua remuneração. Matiello 2010 sustenta que o processo

de classificação determina o tipo de café quanto aos defeitos e a qualidade, sendo

classificado por defeitos intrínsecos e extrínsecos, determinando a precificação do

produto. A variação da catação do café duro 1rdo e sua relação com o preço, pode

ser analisada por meio do ANEXO 8.

O r2(variância) de r2 0, 9440 no ano de 2009 e r2 0,822 no ano de 2010

indicam o quanto da variância do preço é explicada pela variância da catação.

4.4 ANÁLISE DOS PREÇOS PRATICADOS PELA COOCAFÉ PARA O CAFÉ RIO

COMERCIALIZADONOS ANOS DE 2009 E 2010

Conforme mostra os referidos dados do GRAF. 4a as variáveis catação do

café rio com o preço utilizados pela Coocafé no ano de 2009, retrata uma regressão

de r2 = 0,426, onde a catação interfere diretamente no preço, pois se identifica uma

ligação entre as variáveis através da correlação significativa inversa negativa forte

de (- 0,6530).

GRÁFICO 4a- Regressão entre a variável catação do café rio e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2009.

O café rio é classificado como tipo 7 onde estão relacionados a catação com

intervalo de 10 em 10, analisando que é devido as condições de preparo que se

têm um produto de qualidade. Observar-se uma redução na correlação identificando

um maior defeito, pelo fato de ser colhido verde com grande prejuízo em peso e por

ser misturado com grão que estão expostos ao chão apresentando indícios de

fermentação. Respalda a Incaper 2009a que a colheita deve se iniciar quando 80%

dos grãos já estiverem maduros, para obtenção da qualidade do café.

No ano de 2010 ocorreu uma ligação entre as variáveis sendo uma correlação

significativa inversa forte de (- 0,6223) entre catação e preço. Apresenta o GRAF.4b

a relação entre a variação da catação do café rio com o preço praticado pela

Coocafé.

y = -0,468x + 193,25 R² = 0,4265

R$189,50

R$190,00

R$190,50

R$191,00

R$191,50

R$192,00

R$192,50

R$193,00

0 1 2 3 4 5 6

Pre

ço

/Sa

ca

Catação

y = -1,718x + 206,6R² = 0,387

R$ 186,00

R$ 188,00

R$ 190,00

R$ 192,00

R$ 194,00

R$ 196,00

R$ 198,00

R$ 200,00

R$ 202,00

R$ 204,00

R$ 206,00

0 2 4 6 8

Pre

ço

/Saca

Catação

GRÁFICO 4b- Regressão entre a variável catação do café rio e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2010.

O café rio apresenta características quanto ao seu manuseio durante a safra,

pois muitos produtores começam a colheita dos grãos tarde, ocasionando o contato

dos grãos bons com os que já estão em decomposição no chão, afetando na

qualidade do café. Reforça Matiello 2010 que em decorrência do manejo

inadequado, influenciará no preço de venda por parte do produtor rural prejudicando

o mesmo no seu desenvolvimento econômico. A variação da catação do café rio e

sua relação com o preço, pode ser analisada por meio do ANEXO 9.

O r2(variância) de r2 ( - 0,387) no ano de 2009 e r2 ( - 0,426) no ano de 2010

indicam o quanto da variância do preço é explicada pela variância da cata.

4.5 ANÁLISE DOS PREÇOS PRATICADOS PELA COOCAFÉ PARA O CAFÉ

RIADO RIO COMERCIALIZADO NOS ANOS DE 2009 E 2010

Analisando os dados pode ressaltar que as variáveis catação e preço têm um

comportamento inverso, quanto maior a cata menor será o preço. No gráfico 5a

relata uma regressão de r2 = 0,347 que apresenta um grau de relacionamento entre

as variáveis catação e preço do café riado rio no ano 2009. Ressalta nesta análise

que a catação interfere diretamente no preço, pois identifica uma ligação entre as

variáveis através da correlação significativa inversa negativa moderada de (-

0,5896).

GRÁFICO 5a- Regressão entre a variável catação do café riado rio e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2009.

O café riado rio apresenta características de baixa qualidade, por isso a

catação interfere de maneira moderada neste tipo de café, vale ressaltar que mesmo

assim, existe interferência da catação no preço final do café. Martinez 2007 reforça

que os defeitos encontrados neste tipo de café são os intrínsecos de grãos alterados

e os extrínsecos que são impurezas encontradas no café, isso se deve aos

processos utilizados na agricultura.

No GRAF.5b mostra uma regressão entre as variáveis catação e preço, sendo

observado que a catação interfere diretamente no preço do café arábica

comercializado pela Cooperativa.Tendo uma correlação significativa inversa

moderada de (- 0,4938) entre catação e preço do café rio no ano de 2010.

y = -2,7161x + 216,65 R² = 0,3476

R$180,00

R$185,00

R$190,00

R$195,00

R$200,00

R$205,00

R$210,00

R$215,00

R$220,00

0 2 4 6 8

Pre

ço

/ S

ac

a

Catação

y = -3,626x + 233,4R² = 0,831

R$ 195,00

R$ 200,00

R$ 205,00

R$ 210,00

R$ 215,00

R$ 220,00

R$ 225,00

R$ 230,00

R$ 235,00

R$ 240,00

R$ 245,00

0 2 4 6 8 10

pre

ço

/ saca

Catação

GRÁFICO 5b- Regressão entre a variável catação do café riado rio e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2010.

No ano de 2010 ocorreu uma diferença de regressão entre o ano de 2009 do

café riado rio, pois no ano de 2009 o fator clima afetou de maneira prejudicial à

safra, pois o sol impactou de forma intensa nas lavouras cafeeiras, trazendo um

impacto no preço final. A correlação moderada constatada acima, valida com Toledo

1998 quando respalda que o café arábica é mais apropriado as temperaturas que

estejam entre 18°C A 22°C.O mesmo não é resistente em regiões onde apresentam

geada e em regiões de temperaturas acima de 30°C, com isso influenciando a

formação dos grãos. A variação da catação do café riado rio e sua relação com o

preço, pode ser analisada por meio dos ANEXOS 9 e 10.

O r2 (variância) de r2(-0,347) no ano de 2009 e r2 (-0,831) no ano de 2010

indicam o quanto da variância do preço é explicada pela variância da cata.

4.6 ANÁLISE DOS PREÇOS PRATICADOS PELA COOCAFÉ PARA O CAFÉ RIO

ZONA COMERCIALIZADO NOS ANOS DE 2009 E 2010.

Observa-se no gráfico 6a uma regressão de r2 = 0,688 onde ressalta um grau

de relacionamento entre as variáveis catação e preço. Nota-se nesta análise que a

catação infere diretamente no preço, pois se identifica uma ligação entre as variáveis

através da correlação significativa inversa negativa muito forte de (- 0,8299), do café

rio zona com o preço utilizados pela Coocafé no ano de 2009.

GRÁFICO 6a- Regressão entre a variável catação do café rio zona e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2009.

O café rio zona está classificado quanto ao tipo 7/8, pois é aquele que

apresenta uma catação relevante ao tipo de manejo utilizado pelos produtores.

Possui características de café fermentado, por não ter um manejo adequado, pois a

quantidade de catação encontrada explica os preços comercializados. Respalda

Schmidt 2004 que a variação do preço no momento da comercialização é explicada

pela qualidade, podendo variar de acordo com os aspectos apresentados,

ressaltando que o produtor precisa agregar valor a seu produto, seguindo as

exigências do mercado.

No GRAF.6b apresenta a relação entre a variação da catação do café rio

zona com o preço praticado pela Coocafé no ano de 2010. Onde ressalva uma

regressão entre as variáveis catação e preço, sendo observado que a catação

interfere diretamente no preço do café arábica, com uma correlação significativa

inversa moderada de (- 0,4938).

y = -3,5709x + 198,05 R² = 0,6889

R$165,00

R$170,00

R$175,00

R$180,00

R$185,00

R$190,00

R$195,00

R$200,00

0 2 4 6 8

Pre

ço

/Sa

ca

catação

y = -2,616x + 208,2R² = 0,505

R$ 188,00

R$ 190,00

R$ 192,00

R$ 194,00

R$ 196,00

R$ 198,00

R$ 200,00

R$ 202,00

R$ 204,00

R$ 206,00

R$ 208,00

0 2 4 6

Pre

ço

/Saca

Catação

GRÁFICO 6b-Regressão entre a variável catação do café rio zona e preço por saca praticados pela Coocafé no ano de 2010.

O café rio zona devido ao manejo inadequado apresenta uma quantidade

superior ao outros tipos de cafés, quanto ao nível de grão preto e ardido que são

encontrados no momento da classificação, afetando diretamente na qualidade do

café trazendo prejuízos no desenvolvimento econômico. Reforça Toledo 1998 que

os grãos pretos, verdes e ardidos possuem menos peso que os grãos que não

apresentam defeito afetando no preço de venda. A variação da catação do café rio

zona e sua relação com o preço pode ser analisada por meio do ANEXO 10.

Analisando os dados nota-se que as variáveis catação e preço têm um

comportamento inverso, quanto maior a cata menor será o preço nos anos de 2009

e 2010.

O r2 (variância) de r2(-0, 688) no ano de 2009 e r2(-0,505) no ano de 2010

indicam o quanto da variância do preço é explicado pela variância da cata.

Conforme os cafés analisados acima notam-se como o manejo adequado no

momento da colheita do café é um fator primordial para a obtenção de um produto

de qualidade.Pois as catações analisadas e os preços que foram comercializados

dos cafés neste período de 2009/2010, explicam como os fatores manejo, clima ,

secagem , armazenagem estão ligados ao nível de relacionamento entre catação e

preço, por isso cabe ao produtor se conscientizar da importância da agregação de

valor a cadeia produtiva do café, investindo na melhoria da qualidade, para que

possa vencer a competitividade do mercado, colaborando na sustentabilidade

econômica da cafeicultura.

5 CONCLUSÃO

A pesquisa teve como finalidade verificar a variação do preço do café arábica

relacionando ao percentual de cata/defeitos, além dos fatores de interferência na

avaliação da saca de café. Pois o preço de venda é um dos fatores decisivo na

atividade cafeeira, impactando na sobrevivência do produtor rural da Região Sul do

Espírito Santo. A profissionalização e o foco na qualidade do produto proporcionará

melhor remuneração para os cafeicultores.

O preço de venda é um dos fatores decisivo na atividade cafeeira,

impactando na sobrevivência do produtor rural da Região Sul do Espírito Santo. A

profissionalização e o foco na qualidade do produto proporcionarão melhor

remuneração para os cafeicultores.

Concluiu-se que a comercialização do café arábica do produtor rural da

Região Sul do Espírito Santo, em relação à classificação do percentual de

cata/defeito, pode-se inferir através das análises estatísticas das correlações e

regressões dos tipos de café analisados. Na presente pesquisa mostra que quanto

menor a cata maior será o preço de comercialização, proporcionando um aumento

de renda, fortalecendo assim o crescimento e desenvolvimento econômico desta

região. Diante dos dados analisados infere-se que a catação exerce influência no

preço do café arábica comercializado na Região Sul do Espírito Santo.

REFERÊNCIAS

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MATIELLO, J.B.; SANTINATO. R.; GARCIA, A.W. R.; ALMEIDA, S.R.; FERNANDES, D. R. Cultura de café no Brasil: Manual de Recomendações. Edição 2005 – Revisada, ampliada e ilustrada. Rio de Janeiro- RJ e Varginha-MG. Gráfica Editora Bom Pastor.

MATIELLO, J.B.; SANTINATO. R.; GARCIA, A.W.R.; ALMEIDA, S.R.; FERNANDES, D.R. Cultura de café no Brasil: Manual de Recomendações. Edição 2010. Rio de Janeiro-RJ e Varginha-MG. Gráfica Santo Antônio - Grasal.

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PEREZ, R.; SOUSA, R.C. S.; RAMOS, A.M.; FARIA, R.O, E.T.M.S.;ROCHA,R.A. Agroindústria de café torrado e moído: viabilidades técnica e econômica.Viçosa-MG: Editora UFV, Ed.2008.

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SILVA, J.S.; MELO, E.C.; BERBERT,P.A. Preparo do café – Manual.Viçosa-MG, Centro de Produção Técnicas – CPT.1997.

TACHIZAWA, T.; REZENDE, W. Estratégia Empresarial: tendências e desafios – um enfoque na realidade brasileira. ed. São Paulo: Makron Books, 2002.

TOLEDO, J.L.B. Classificação e degustação do café. ed.Rio de Janeiro: Sebrae, 1998.

ZAMBOLIM, Laércio. Boas Práticas Agrícolas na Produção de Café. ed. Viçosa: UFV, 2006.

ANEXO 1- Análise Estatística Descritiva do Café Despolpado Ano 2009

Média 17,5

Erro padrão 3,54

Mediana 17,5

Modo #N/D

Desvio padrão 7,91

Variância da amostra 62,5

Curtose -1,2

Assimetria 0Intervalo 20

Mínimo 7,5

Máximo 27,5

Soma 87,5

Contagem 5

Maior(1) 27,5

Menor(1) 7,5

Nível de confiança(95,0%) 9,82

Análise Estatística Descritiva do Café Despolpado Ano 2010

Média 289,3733333

Erro padrão 9,028640232

Mediana 294,905

Modo #N/D

Desvio padrão 22,11556164

Variância da amostra 489,0980667

Curtose -0,725613048

Assimetria -0,785698343

Intervalo 55,85

Mínimo 255

Máximo 310,85

Soma 1736,24

Contagem 6

Maior(1) 310,85

Menor(1) 255

Nível de confiança(95,0%) 23,20885857

ANEXO 2 - Análise Estatística Descritiva do Café Duro Ano 2009

Média 30

Erro padrão 5,77

Mediana 30

Modo #N/D

Desvio padrão 10

Variância da amostra 100

Curtose #DIV/0!

Assimetria 0Intervalo 20

Mínimo 20

Máximo 40

Soma 90

Contagem 3

Maior(1) 40

Menor(1) 20

Nível de confiança(95,0%) 24,84

Análise Estatística Descritiva do Café Duro Ano 2010

Média 272,64

Erro padrão 16,85429026

Mediana 269,75

Modo #N/D

Desvio padrão 29,19248705

Variância da amostra 852,2013

Curtose #DIV/0!

Assimetria 0,441125243

Intervalo 58,17

Mínimo 245

Máximo 303,17

Soma 817,92

Contagem 3

Maior(1) 303,17

Menor(1) 245

Nível de confiança(95,0%) 72,51815797

ANEXO 3 - Análise Estatística Descritiva do Café Duro 1RDO Ano 2009

Média 35

Erro padrão 6,45

Mediana 35

Modo #N/D

Desvio padrão 12,91

Variância da amostra 166,67

Curtose -1,2

Assimetria 0

Intervalo 30

Mínimo 20

Máximo 50

Soma 140

Contagem 4

Maior(1) 50

Menor(1) 20

Nível de confiança(95,0%) 20,54

Análise Estatística Descritiva do Café Duro 1RDO Ano 2010

Média 238,23

Erro padrão 12,89567822

Mediana 246,3

Modo #N/D

Desvio padrão 25,79135643

Variância da amostra 665,1940667

Curtose 2,444878968

Assimetria -1,538978981

Intervalo 58,06

Mínimo 201,13

Máximo 259,19

Soma 952,92

Contagem 4

Maior(1) 259,19

Menor(1) 201,13

Nível de confiança(95,0%) 41,03980349

ANEXO 4 - Análise Estatística Descritiva do Café Rio 2009

Média 35

Erro padrão 6,45

Mediana 35

Modo #N/D

Desvio padrão 7,91

Variância da amostra 12,91

Curtose -1,2

Assimetria 0Intervalo 30

Mínimo 20

Máximo 50

Soma 140

Contagem 4

Maior(1) 50

Menor(1) 20

Nível de confiança(95,0%) 20,54 Análise Estatística Descritiva do Café Rio 2010

Média 199,47

Erro padrão 2,644019667

Mediana 201,91

Modo #N/D

Desvio padrão 6,476499054

Variância da amostra 41,94504

Curtose 2,462670652

Assimetria -1,606248337

Intervalo 17,51

Mínimo 187,5

Máximo 205,01

Soma 1196,82

Contagem 6

Maior(1) 205,01

Menor(1) 187,5

Nível de confiança(95,0%) 6,796668927

ANEXO 5 - Análise Estatística Descritiva do Café Riado Rio 2009

Média 45

Erro padrão 7,63

Mediana 45

Modo #N/D

Desvio padrão 18,70

Variância da amostra 350

Curtose -1,2

Assimetria -1,33227E-16

Intervalo 50

Mínimo 20

Máximo 70

Soma 270

Contagem 6

Maior(1) 70

Menor(1) 20

Nível de confiança(95,0%) 19,63

Análise Estatística Descritiva do Café Riado Rio 2010

Média 212,4

Erro padrão 2,45532948

Mediana 213,085

Modo #N/D

Desvio padrão 6,944720502

Variância da amostra 48,22914286

Curtose -0,152522752

Assimetria -0,659402219

Intervalo 20,35

Mínimo 200

Máximo 220,35

Soma 1699,2

Contagem 8

Maior(1) 220,35

Menor(1) 200

Nível de confiança(95,0%) 5,805931633

ANEXO 6 - Análise Estatística Descritiva do Café Riado Zona Ano 2009

Média 40

Erro padrão 7,07

Mediana 40

Modo #N/D

Desvio padrão 15,81

Variância da amostra 250

Curtose -1,2

Assimetria 0

Intervalo 40

Mínimo 20

Máximo 60

Soma 200

Contagem 5

Maior(1) 60

Menor(1) 20

Nível de confiança(95,0%) 19,63 Análise Estatística Descritiva do Café Riado Zona Ano 2010

Média 199,7

Erro padrão 3,246608487

Mediana 202,52

Modo #N/D

Desvio padrão 6,493216974

Variância da amostra 42,16186667

Curtose 3,848001734

Assimetria -1,950173268

Intervalo 13,76

Mínimo 190

Máximo 203,76

Soma 798,8

Contagem 4

Maior(1) 203,76

Menor(1) 190

Nível de confiança(95,0%) 10,33215718

ANEXO 7 - Variação da cata do café despolpado e a diferenciação dos preços praticados pela

a Coocafé nos anos de 2009/2010.

Café despolpado 2009 Café despolpado 2010

Catação Valor Médio R²

Correl Catação Valor Médio R²

Correl

1 Ⱶ 5 R$ 277,00 1|- 5 R$ 308,26

5 Ⱶ 10 R$ 274,15 5 |- 10 R$ 310,85

10 Ⱶ 15 R$ 271,01

10 |- 15 R$ 309,52

15 Ⱶ 20 R$ 270,66 0,8919 (-0,9466) 15 |- 20 R$ 295,26 0,8397 (-0,7120)

20 Ⱶ 25 R$ 264,00 20 |- 25 R$ 294,55

25 Ⱶ 30 R$ 255,00 25 |- 30 R$ 271,06

0 0 30 |- 35 0

0 0 35 |- 40 R$ 255,00

Fonte: Os dados compilados da listagem do valor de compra do café arábica comercializado na região Sul do

Espírito Santo nos anos de 2009 e 2010

Variação da cata do café duro e a diferenciação dos preços praticados pela a Coocafé nos

anos de 2009/2010.

Café duro 2009 Café duro 2010

Catação Valor Médio R² Correl Catação Valor Médio R² Correl

5 Ⱶ 15 R$ 255,51 5 |- 15 R$ 296,02

15 Ⱶ 25 R$ 242,92 15 |- 25 R$ 303,17

25 Ⱶ 35 R$ 235,76 0,9442 (-0,8817) 25 |- 35 R$ 269,75 0,822 (-0,8817)

35 Ⱶ 45 R$ 231,66 35 |- 45 R$ 245,00

Fonte: Os dados compilados da listagem do valor de compra do café arábica comercializado na região Sul do

Espírito Santo nos anos de 2009 e 2010

Variação da cata do café duro 1rdo e a diferenciação dos preços praticados pela a Coocafé

nos anos de 2009/2010.

Café duro 1rdo 2009 Café duro 1rdo 2010

Catação Valor Médio R² Correl Catação Valor Médio R² Correl

5 Ⱶ 15 R$ 237,43 5 |- 15 R$ 278,49

15 Ⱶ 25 R$ 231,81 15 |- 25 R$ 259,19

25 Ⱶ 35 R$ 228,06 0,7094 (-0,8422) 25 |- 35 R$ 251,28 0,904 (-0,9511)

35 Ⱶ 45 R$ 225,94 35 |- 45 R$ 241,32

45 Ⱶ 55 R$ 187,60 45 |- 55 R$ 201,13

Fonte: Os dados compilados da listagem do valor de compra do café arábica comercializado na região Sul do

Espírito Santo nos anos de 2009 e 2010

ANEXO 8 - Variação da cata do café rio e a diferenciação dos preços praticados pela a

Coocafé nos anos de 2009/2010.

Café rio2009 Café rio 2010

Catação Valor Médio R² Correl Catação Valor Médio R² Correl

5 Ⱶ 15 R$ 277,00 2 Ⱶ 12 R$ 201,60

15 Ⱶ 25 R$ 274,15 12 Ⱶ 22 R$ 201,02

25 Ⱶ 35 R$ 271,01 0,4265 (-0,6530) 22 Ⱶ 32 R$ 202,80 0,387 (-0,6223)

35 Ⱶ 45 R$ 270,66 32 Ⱶ 42 R$ 203,49

45 Ⱶ 55 R$ 264,00 42 Ⱶ 52 R$ 205,01

0 0 52 Ⱶ 62 R$ 197,00

0 0 62 Ⱶ 72 R$ 187,50

Fonte: Os dados compilados da listagem do valor de compra do café arábica comercializado na região Sul do

Espírito Santo nos anos de 2009 e 2010

Variação da cata do café riado rio e a diferenciação dos preços praticados pela a Coocafé nos

anos de 2009/2010.

Café rio 2009 Café rio 2010

Catação Valor Médio R² Correl Catação Valor Médio R² Correl

5 Ⱶ 15 R$ 210,21 1 Ⱶ 10 R$ 238,63

15 Ⱶ 25 R$ 208,22 10 Ⱶ 20 R$ 220,35

25 Ⱶ 35 R$ 207,50 20 Ⱶ 30 R$ 219,71

35 Ⱶ 45 R$ 211,40 0,3476 (-0,5896) 30 Ⱶ 40 R$ 216,61 0,831 (-0,4938)

45 Ⱶ 55 R$ 211,36 40 Ⱶ 50 R$ 214,86

55 Ⱶ 65 R$ 208,33 50 Ⱶ 60 R$ 211,31

65 Ⱶ 75 R$ 183,50 60 Ⱶ 70 R$ 206,36 0 0 70 Ⱶ 80 R$ 210,00

0 0 80 Ⱶ 90 R$ 200,00

Fonte: Os dados compilados da listagem do valor de compra do café arábica comercializado na região Sul do

Espírito Santo nos anos de 2009 e 2010.

Variação da cata do café rio zona e a diferenciação dos preços praticados pela a Coocafé nos

anos de 2009/2010.

Café rio zona 2009 Café rio zona 2010

Catação Valor Médio R²

Correl Catação Valor Médio R²

Correl

5 Ⱶ 15 R$ 193,33

10 Ⱶ 20 R$ 203,02

15 Ⱶ 25 R$ 188,84

20 Ⱶ 30 R$ 202,58

25 Ⱶ 35 R$ 188,49

30 Ⱶ 40 R$ 203,76

35 Ⱶ 45 R$ 185,68 0,6889 (-0,8299) 40 Ⱶ 50 R$ 202,46 0,505 (-0,4938)

45 Ⱶ 55 R$ 187,00

50 Ⱶ 60 R$ 190,00

55 Ⱶ 65 R$ 170,00

0 0

Fonte: Os dados compilados da listagem do valor de compra do café arábica comercializado na região Sul do

Espírito Santo nos anos de 2009 e 2010.

ANEXO 09 - Tabela oficial de classificação do café, em amostras de 300 gramas.

Defeitos Tipos Pontos Defeitos Tipos Pontos

4 2 + 100 46 5 - 50

4 2- 5 + 95 49 5- 5 - 55

5 2- 10 + 90 53 5- 10 - 60

6 2- 15 + 85 57 5- 15 - 65

7 2- 20 + 80 61 5- 20 - 70

8 2- 25 + 75 64 5- 25 - 75

9 2- 30 + 70 68 5- 30 - 80

10 2- 35 + 65 71 5- 35 - 85

11 2- 40 + 60 75 5- 40 - 90

11 2- 45 + 55 79 5- 45 - 95

12 3 + 50 86 6 - 100

13 3- 5 + 45 93 6- 5 - 105

15 3- 10 + 40 100 6- 10 - 110

17 3- 15 + 35 108 6- 15 - 115

18 3- 20 + 30 115 6- 20 - 120

19 3- 25 + 25 123 6- 25 - 125

20 3- 30 + 20 130 6- 30 - 130

22 3- 35 + 15 138 6- 35 - 135

23 3- 40 + 10 145 6- 40 - 140

25 3- 45 + 5 153 6- 45 - 145

26 4 BASE 160 7 - 150

28 4- 5 - 5 180 7- 5 - 155

30 4- 10 - 10 200 7- 10 - 160

32 4- 15 - 15 220 7- 15 - 165

34 4- 20 - 20 240 7- 20 - 170

36 4- 25 - 25 260 7- 25 - 175

38 4- 30 - 30 280 7- 30 - 180

40 4- 35 - 35 300 7- 35 - 185

42 4- 40 - 40 320 7- 40 - 190

44 4- 45 - 45 340 7- 45 - 195

360 8 - 200

Fonte: Matiello, J.B; Santinato. R; Garcia, A.W. R; Almeida, S.R; Fernandes, D.R.2010.p.522.

ANEXO 10 - Equivalência dos defeitos do café, para sua classificação pelo tipo.

Natureza das imperfeições Número de defeitos

1 grão preto = 1

1 pedra , pau ou torrão grande = 5

1 pedra , pau ou torrão regular = 2

1 pedra , pau ou torrão pequeno = 1

1 coco = 1

1 casca grande = 1

2 ardidos = 1

2 marinheiros = 1

2/3 cascas pequenas = 1

2/5 brocados = 1

3 conchas = 1

5 verdes = 1

5 quebrados = 1

5 chochos e mal granados = 1 Fonte: Matiello, J.B; Santinato. R; Garcia, A.W. R; Almeida, S. R; Fernandes, D.R.2010.p.522.