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    NEWSLETTER DO SEMINRIO SO FRANCISCO DE ASSISBRASLIA-DF

    Amados irmos e irms, comgrande brado proclamamos umaimensa alegria em um mundo de dis-crdias e violncias, que busca os seusinteresses prprios excluindo o outro,no o vendo como imagem e seme-lhana do Crucificado.

    Esta alegria franciscana, ad-vinda do Evangelho, chega at vocapresentando mais uma edio denosso boletim informativo, O Pove-

    rello, com a temtica Alegria.

    No tratamos de qualquer ale-gria, muito menos de nossas alegrias,mas da Perfeita Alegria vinda do Pai

    em seu Filho nico, Jesus Cristo etransmitida a ns em nossos tempos

    A Alegria do Evangelho enche

    o corao e a vida inteira daqueles quese encontram com Jesus. Quantos sedeixam salvar por Ele so libertadosdo pecado, da tristeza, do vazio inte-rior, do isolamento. Com Jesus Cristo,renasce sem cessar a alegria.(Evan-

    gelii Gaudium n 1)

    Paz e Bem!!!

    NESTA EDIO (Ano In IIjulho 2016)

    O Evangelho nossa vida 02Formao 04Franciscanamente falandoPor Frei Beneval Soares, OFMConv. 05Teologia em comunidade

    Por Frei Herton Alcntara, OFMConv. 06Focus nas Vocaes

    Por Frei Geraldo Leite, OFMConv. 07Testemunho vocacionalPor Frei Joo Rogrio, OFMConv 08Vida ReligiosaPor Frei Israel Sobrinho, OFMConv. 09Acontecimentos... 10Indicamos aos nossos amigos 13Celebramos na sua inteno 14

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    ALEGRAI-VOS COMIGO, PORQUE ENCONTREI A MINHA OVELHA PERDIDA!Reflexo sobre Lc 15, 1-7

    O evangelista Lucas, scriba mansuetudinis

    Christi, como afirmava Dante Alighieri, ocupa todoum captulo do seu texto evanglico para dizer em pa-lavras simples a grandeza da misericrdia de Deus.Lucas quer mostrar que toda a misso de Jesus umaobra de misericrdia e proclamao de um tempo degraa. A misericrdia a perfeio da essncia deDeus. Deus no condena, mas perdoa, d e doa umamedida abundante sempre. A misericrdia de Deussupera qualquer medida.

    Todas as trs parbolas mostram que tem algumacoisa perdida (um animal, uma coisa, uma pessoa) esinalizam (no pastor, na mulher e no pai) a imagemde um Deus que procura o que perdido com grandeempenho e ateno (cf. Lc 15, 1-32). O Deus do evan-gelho quer salvar cada pessoa. Na verdade, estamos

    diante de uma nica parbola em trs cenas querevelam o centro do evangelho: Deus um Paicheio de ternura, bondade e misericrdia.

    A misericrdia inseparvel da alegria, oumelhor dizendo, a alegria consequncia da mi-sericrdia como podemos concluir das trs pa-rbolas presentes no inteiro captulo.

    Todo o texto quer convidar os famosos ho-mens justos e religiosos fariseus e escribasque murmuravam com Jesus por causa da suarelao livre com pecadores e publicanos a sealegrarem pela beleza de todo e qualquer encon-tro (cf. Lc 15, 1-3). O encontro gerador deuma alegria sem medidas. Onde h encontro,h misericrdia; onde h misericrdia, halegria.

    Seguindo a temtica deste ms encontramosna parbola da ovelha perdida o convite do pas-tor para alegrar-se na beleza do encontro. J aimagem do pastor sinaliza a grandiosidade deDeus. O pastor aquele que toma conta pesso-almente de cada ovelha do seu rebanho e no seencontra em paz com uma s que se tenha per-dido.

    Contudo, tal parbola paradoxal, pois nin-

    gum deixaria noventa e nove ovelhas no de-serto para procurar uma perdida, correndo orisco de ficar sem as noventa e nove e at sem anica que no se est certo de encontrar.

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    ALEGRIA, VIDA QUE NASCE DA UNIO COM O SENHOR

    ma das notas marcantes do Papa Fran-cisco a alegria. Continuamente, o SantoPadre nos tem convidado a que vivamos

    a alegria autntica, a alegria do evangelho, a alegriado amor. Mas, o que vem a ser a alegria? Seria aalegria algo assim como um momento fugaz davida, algo que vem de repente e que nos faz sim-

    plesmente dizer estou feliz, com o grande risco

    de, no momento seguinte, apenas porque algumacoisa no deu certo, virmos a dizer a ns mesmosestou to triste?

    No evangelho, o prprio Senhor ensina aosdiscpulos o que a alegria. Os discpulos estavamtristes porque o Mestre acabara de falar que eles jno O veriam. (Jo 16, 19-20). Eis a tristeza: no vero Senhor. Na Bblia, ver significa ter um encontro,conhecer na radicalidade mediante um relaciona-mento profundo e unificante. To profundo o verque, no Antigo Testamento, ningum podia verDeus. V-lo implicava a morte (Ex 33, 20). Notvel

    paradoxo: encontrar a Fonte da alegria implicava amorte.

    Mas, por que a morte? Para que o homem,ao notar que sua vida efmera diante de Deus,soubesse que a vida verdadeira no reside seno

    na viso de Deus, na unio com Deus. estaviso unitiva que confere ao homem a vidaplena e, com ela, a alegria de saber que amorte no o fim absoluto, mas uma passa-gem para a plenitude. Sem embargo, a vidaque nasce da viso que une a Deus coincide

    precisamente com a alegria. por isso que oSenhor completou o seu discurso dizendoque os discpulos O veriam novamente e que

    precisamente isto encheria seus coraes de

    alegria. (Jo 16, 22). tambm por isso que osbio dizia que a alegria do corao a vidado homem (Eclo 30, 22).

    A este respeito, as palavras do PapaFrancisco so um eco a nos alertar que amorte e a tristeza coincidem com o fecha-mento a Deus e aos irmos, ao passo que avida e a alegria residem na unio com Ele e

    com o prximo (EG 25). Eis, portanto, oque significa a alegria autntica: vida quenasce da unio com o Senhor. Ela no de-

    pende das oscilaes das circunstncias.Como nos lembrava o Santo Papa EmritoBento XVI, sua raiz Deus mesmo (DCE17). Somente um corao unido a Deus e aosirmos, isto , somente um corao que per-manece no amor, um corao alegre (Jo 15,10-11), um corao plenamente vivo.

    Frei Wagner da Silva Faustino, OFMConv.

    U

    Somente um corao unido a

    Deus e aos irmos, isto , somente

    um corao que permanece no

    amor, um corao alegre

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    A ALEGRIA NA EXPERINCIA FRANCISCANA

    OReino dos Cus semelhante ao tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, nasua alegria,vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo. (Mt 13, 44).

    Falar sobre a alegria franciscana ou daalegria na espiritualidade franciscana, a princ-pio, parece fcil, bvio. Mas falar do simples edo bvio o que h de mais complexo porqueambos escapam do nosso racionalismo contem-porneo. Todavia, deixemo-nos por um instantenos envolvermos pelo simples para adentrarmosna simplicidade do modo de ser alegre do fran-ciscanismo.

    A percope tirada do evangelista Mateus(acima citada) nos coloca de imediato na evidn-cia da ontologia da alegria que permeia o con-curso existencial de Francisco, dos seus compa-nheiros e de toda a Ordem: o encontro de um te-souro. Mas no qualquer tesouro. O tesouro fran-ciscano tem um nome: Jesus, o Crucificado. Diriamais, a partir da experincia de So Francisco naCapela de So Damio, a alegria est em ser en-

    contrado por to grandioso tesouro. Por um amorque fere o corao sem deixar verter sangue.Cristo, a Senhora Pobreza a perfeita alegria dosFrades Menores. Nele se encontra toda plenitudedos homens e de Deus. Por isso, na sua alegria,na alegria do Cristo, vai, vende tudo o que pos-sui e compra aquele campo.

    O prprio significado da palavra alegrianos atesta que o jeito de ser alegre, ldico, dosfranciscanos, brota do encontro com a Pessoa de

    Jesus, que os lanam para um novo horizonteexistencial. Em latim alegria laetitia, a qualpodemos traduzir como gudio sentimento deuma felicidade, de um gozo, enleio e bem-estarque toca a raiz do nosso ser porque nasce da ex-perincia da gratuidade do encontro com a pessoaque mais nos ama... com o Amor que o prprioDeus.1

    O texto que bem representa essa ludicidade ini-

    gualvel franciscana, o do violino de pau (2 Cel

    1FASSINI, Frei Durvalino. A alegria do evangelho do PapaFrancisco: nossa vida e misso. Porto Alegre. 2015. p. 21.

    127). Consoante Chesterton2, essa postura meio que in-fantil de Francisco, em cruzar dois gravetos como sefosse um violino, a perfeita ratificao da Gaia Cincia(sabedoria ou cincia feliz). Pois, representa um dos fru-tos da alegria: a liberdade, diante de Deus e dos homens.Ademais, para o referido autor, o franciscanismo umjogral de Deus (jongleurs de Dieu). Ojungleurera umhumorista. Em outros termos o bobo da corte, o malaba-rista. Aquele que olha o mundo e a realidade de forma

    diferente, de cabea para baixo, porm, de forma des-contrada. Dito de outra forma, olha tudo a partir doprincpio originrio. Porque percebe que na ciranda doAmor h entre o Pai, o Filho e o Esprito Santo um riso(alegria) incontvel que nos convida a assim sermos eagirmos.

    Celano tambm nos permite afirmar que a ale-gria que brota aps encontrar o tesouro, e, concomitan-temente ser por ele encontrado to inexprimvel que s

    a poesia consegue balbuciar sobre. A poesia a figurade linguagem que melhor expressa o mais profundo docorao humano. nesse mais profundo de ns mesmosque brota a alegria. Isso para dizer que a prpria espiri-tualidade franciscana, encarnada nos frades de hoje, um grande poema, uma arte de viver, uma reverberaoda jovialidade, da vivacidade, da alegria, do jbilo, daludicidade do mistrio do encontro com Jesus pobre, hu-milde e crucificado.

    Sejamos ns tomados por essa grande alegria,

    para que, faamos como o Serfico Pai: ir pelo mundoexultando de e na alegria e apregoando que o verdadeiroAmor, a verdadeira Alegria no amado. Que a alegriado Senhor seja nossa fora.

    Frei Beneval Soares Bomfim,

    OFMConv.

    2CHESTERTON. G.K. So Francisco de Assis e So Tomsde Aquino. Rio de Janeiro: Ediouro, 2009.

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    A RELAO DO JESUS HISTRICO E O CRISTO DA FNA CONCEPO DE JOSEPH RATZINGER

    Jesus de Nazar uma personagem que con-tinua sendo um objeto de estudo muito discutido nateologia, pelo vis histrico e pelo vis da f, sus-citando debates intensos por telogos renomados

    procurando a verdade de quem realmente Ele foi e

    . E um artifcio de pesquisa cristolgica, que des-taque e corrobora para discusso acerca da vida deJesus de Nazar o mtodo histrico-crtico.

    Entretanto, um mtodo como qualquer ou-tro susceptvel a crtica. Do mesmo modo que o m-todo histrico ofereceu uma vasta clarificao doJesus histrico, obscureceu o Jesus divino, ou seja,o Cristo da f. E o motivo desse obscurecimento da

    pessoa histrica de Jesus de Nazar foi a negao

    do dado da f no mtodo histrico-crtico instru-mentalizado pelos telogos.

    Por isso, na tentativa de desenvolver umarelao entre o Jesus histrico e o Cristo da f ex-

    plicitaremos o pensamento do telogo JosephRatzinger. Este desenvolve, nos seus escritos cris-tolgicos, que no existe a dicotomia entre o

    Jesus histrico e o Cristo da f. Para ele, o Je-sus histrico o Cristo da f. Nos seus escri-tos cristolgicos alusivo pesquisa histricade Jesus ressalta a harmonizao de trs as-

    pectos, a saber, a histria, a razo e a f.

    Portanto, o nosso objetivo de poderapresentar, segundo a concepo ratzingeri-ana um Jesus histrico que est implcito o ju-zo de que no admissvel separar os dadosda histria e o da f de Jesus. Com outras pa-lavras, no existe a possibilidade de um Jesussem o Cristo e um Cristo sem Jesus, pois umse remete ao outro, possuem uma unidade.

    Frei Herton Alcntara, OFMConv.

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    Nos dias 10, 11 e 12 do ms de junho,o servio de animao vocacional (SAV) daprovncia So Maximiliano Kolbe do Brasilrealizou um retiro vocacional. O encontro foirealizado no Convento de guas Lindas (GO)e contou com a presena de vinte jovens vo-cacionados, que estiveram sob a tutela dosanimadores vocacionais: Frei Almir, FreiAlexandre, Frei Geraldo, Frei Beneval, FreiMarcus e Frei Leonilsom, todos frades da

    OFMConv.

    Na sexta-feira dia 10, pela tarde, reali-zou-se a acolhida dos vocacionados e organi-zao dos mesmos em seus quartos. Pela noiteocorreu o jantar, logo em seguida os jovensfizeram um momento fraterno. No sbado dia11, iniciamos o dia s 6h30m, tivemos a ora-o do ofcio da Imaculada Conceio na Pa-rquia So Maximiliano e logo em seguida aSanta Missa presidida por Frei Almir. Nestedia aconteceram duas palestras uma sobre avocao e outra sobre a vida religiosa, tive-mos tambm um momento de esporte e, pelanoite, um luau franciscano ao redor de umafogueira na quadra de esportes do convento.

    No domingo dia 12, iniciamos com ocaf da manh seguido da missa na Parquia.

    s 11h00m teve-se uma palestra com o tema:O vocacionado diante do chamado vida re-ligiosa, ministrada por Frei Geraldo. Aps oalmoo tivemos uma partilha e testemunhovocacional com Frei Leonilsom e por voltadas 14h00m o retiro foi encerrado.

    O retiro foi um momento de reflexo e desilncio, onde os vocacionados tiveram a oportuni-dade de fazer a experincia de escuta da palavra deDeus em seus coraes. Essa escuta (shem) ummomento propcio para ns batizados e vocaciona-dos plenitude da filiao divina fazermos uma ex-

    perincia viva e encarnada com Jesus Cristo. A es-cuta da palavra de Deus e de seu chamado pleni-tude do amor o que, no corao do ser humano,gera a mais dulcssima alegria existencial, alegria

    que perpassa o nosso cotidiano, mesmo diante denossas situaes de cruz que fazem parte da contin-gncia humana.

    Jesus nos diz em seu evangelho que a nossatristeza converter-se- em alegria, essa a dinmicade ns cristos que estamos constantemente na dis-

    posio de escuta da vontade divina. So Franciscode Assis ao estar atento, isto , ao estar na dinmicada escuta da vontade de Deus se questiona em l-grimas: Senhor que queres que eu faa? No mo-mento oportuno, o Senhor responde: Vai e recons-tri a minha Igreja. Ao ouvir a vontade de Deus SoFrancisco transborda de alegria e logo se dispe afazer a vontade do Pai, Criador de todas as criatu-ras. O espelho e o foco de nossa vocao crist Jesus Cristo, busquemos, pois, com o auxlio de suagraa nos dispormos escuta de sua voz, que porsua vez, engendrar no mais ntimo de ns a alegria

    de sermos cristos, verdadeiros filhos de Deus queesto na busca da realizao plena de nossa existn-cia.

    Frei Geraldo Leite,

    OFMConv.

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    Quero dizer-vos uma palavra e a palavra de alegria. Sempre onde esto os consagrados,

    sempre h alegria (Papa Francisco).

    No dia 07 de Julho de

    2013, o Papa Francisco proferiuesta frase em um discurso espec-fico para Seminaristas, Novios e

    Novias. E como esta frase acer-tada e verdadeira. A vida religiosa, sem dvida alguma, uma vida

    repleta de alegria. E foi justamente esta alegria, oumelhor, poder perceber que os frades eram alegres,independentemente das crises e dificuldades pelasquais passavam, o que mais chamou minha atenoem meu processo de discernimento vocacional.

    Nascido em Joo Pessoa Paraba, eu, freiJoo Rogrio Lima de Carvalho Filho, at o ano de2004, nunca tinha tido, de fato, uma vivncia deIgreja. Ainda que batizado na Igreja Catlica e tidofeito a Primeira Eucaristia, no participava de ne-nhuma atividade religiosa. Ao contrrio, dedicava mi-nha vida aos estudos, aos esportes e aos amigos.

    Convidado por um amigo da universidade aparticipar de um retiro na Igreja Catlica reluteimuito. Sinceramente achava tudo aquilo muito chatoe sem sentido. Mas de tanto o meu amigo insistir evendo que no fim de semana do retiro no iria ter ne-nhuma outra atividade interessante, resolvi aceitar.

    No obstante, aceitei j impondo condio: se eu nogostar, nem me procure l que eu vou embora.

    No sabia eu que o prprio Deus preparavacaprichosamente todo o cenrio para que eu pudesse

    ter um genuno encontro com a sua pessoa. E foi as-sim que aconteceu. Ali, naquele retiro, em 2004 euconheci verdadeiramente aquele que seria o motivode minha plena alegria. Na caminhada o desejo porDeus s aumentava. Queria mais de Deus. Queria co-nhec-lo cada vez mais. E neste processo de busc-lo,eu acabava indo para todos os retiros possveis queestivesse acontecendo na cidade.

    At que em 2006, em um retiro de Semana

    Santa, eu conheci um franciscano conventual. A pri-

    meira interrogao foi o hbito. Cinza? A segunda

    interrogao foi a sua juventude, seu entusiasmo,sua alegria. Como pode? Abdicar de tanta coisa,viver em pobreza, em castidade, em obedincia eser to feliz?

    Foram estas interrogaes que me fizeramquestionar o sentido de minha caminhada e da mi-nha existncia. O que realmente eu estava bus-cando? A quem realmente eu estava servindo?Passei a desejar a alegria daquele primeiro frei que

    tinha conhecido naquele retiro de Semana Santaem 2006, mas tambm a desejar a mesma alegriade todos os outros consagrados que ia conhecendoem minha curta e singela caminhada. verdade,onde h consagrados, h alegria.

    Em 2008, aps um perodo de discerni-mento vocacional, eu ingressei para a Ordem dosFrades Menores Conventuais. Viajei de Joo Pes-soa para Braslia, para uma terra desconhecida,

    para conviver com pessoas desconhecidas, tudoem busca desta alegria da vida consagrada. Ale-gria esta que experimentei e experimento a cadasim a Deus que dou.

    E agora, aps nove anos de formao ini-cial, fiz meu pedido aos superiores para que aco-lhessem toda a minha histria, minhas lutas e mi-nha vocao de forma definitiva como frade me-nor, e fui aprovado para que no dia 09 de julho eu

    professasse meus votos solenes.

    Eis uma grande alegria: poder dizer sim aDeus, para sempre e a cada dia, na confiana deque j estamos repletos da graa divina e que o Es-

    prito Santo abraa verdadeiramente toda a nossahistria, seja ela qual for.

    Paz e Bem. A alegria do Senhor seja sem-pre a nossa fora.

    Frei Joo Rogrio, OFMConv.

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    A PROFISSO SOLENE

    O itinerrio da vida consagrada temseu incio quando o vocacionado comea a

    perceber os primeiros sinais do chamado deDeus. A partir dessa percepo e da resposta

    positiva a Deus, os que se sentem impelidospela radicalizao do batismo percorrem umcaminho pautado na f, na converso, na en-trega e no servio.

    Mas para que se possa fazer uma op-o cada vez mais acertada e segura, o voca-cionado, depois de ingressar em algum ins-tituto de vida religiosa, vive uma srie deetapas formativas que purificam, ensinam,esclarecem e apontam para uma deciso ofi-cialmente definitiva. Sendo assim, aps pas-sar por alguns anos de experincia e forma-o e pelo ano do noviciado, o consagradoemite a profisso dos votos que, num pri-meiro momento, temporria, isto , comvalidade de pelo menos trs anos, ou de umano, devendo ser renovada anualmente. Pro-

    fessar os votos significa entregar-se, consa-grar-se para viver os conselhos evanglicosde obedincia, pobreza e castidade comomeios de discipulado e imitao de Cristo a

    partir de uma espiritualidade especfica.

    Provado em sua maturidade e idonei-dade o consagrado livremente, com firme

    propsito e vontade, pede para emitir a pro-fisso solene dos votos, que tem um carter

    perptuo. Com a profisso solene o consa-

    grado incorporado definitivamente Ordem reli-giosa (congregao ou instituto). So anos vivendoas demoras para que se tenha uma capacidade declareza, evidncia e conhecimento da espirituali-dade, do apostolado, do ritmo de vida com suas exi-gncias at que se possa chegar aos ps do superiore professar que se quer viver por todo o tempo davida nesse caminho de seguimento de Jesus.

    A profisso solene a entrada definitiva naOrdem, na famlia religiosa. Isso implica em direi-tos e deveres, em adeso absoluta das propostas davida consagrada e da espiritualidade que se abraa

    para a vida inteira. ainda uma opo, espontnea,de viver o Evangelho e o Batismo, como discpulosdo Cristo Mestre, atravs de uma forma de vida ini-ciada por um fundador.

    Como um professo solene o consagrado irviver um gnero de vida todo prprio, reconhe-cendo seu lugar no mundo e na Igreja, doando a simesmo para o louvor de Deus e a edificao doshomens. Buscar em tudo ser um testemunho vivodo Evangelho, uma presena de consolo e de espe-rana, de anncio e profecia. O professo solene temdiante de si a opo que fez para toda a vida, logo,seu projeto pessoal no pode ver limites no tempoe no espao, mas caminha e trabalha para que al-cance a sua meta final: conformar-se totalmente aCristo Senhor.

    Frei Israel Sobrinho,OFM Conv.

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    Nosso reitor e guardio foi um dosconvidados para proferir uma palestra no XCongresso Mariolgico em Aparecida-SP,

    promovido pela CNBB, Academia Marial eFaculdade Dehoniana. Seu tema estava rela-cionado com a "Dimenso celebrativa doRosrio Mariano", um popular paralelo e um

    popular contraditrio liturgia.

    Dia 08, aconteceu a celebrao eucarstica na capela do seminriopresidida por nosso Ministro provincial e concelebrada por seu conselho definitrio

    bem como pelo guardio e o vice-reitor do seminrio.

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    Dia 13, ns frades juntamente com os frades dos conventos vizinhos e postulantes, celebramos a festade Santo Antnio e nesta oportunidade comemoramos juntos o aniversrio do nosso formador e guar-

    dio do convento So Boaventura, frei Lus Felipe.

    Dia 16, os frades admitidos Profisso So-lene realizaram uma visita fraterna s Irms

    Clarissas do Mosteiro de Santa Clara do

    Deus Trino DF.

    No dia 18 de Junho, juntamente com a OFS, amigos e familiares celebramos a nossa tradicional FestaJunina, em honra a Santo Antnio, So Joo e So Pedro. Foi um momento de muita alegria, partilha

    e descontrao.

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    Dia 25, foi celebrado aqui no seminrio a Missa dos Benfeitores, aps a Santa Missa, nos reunimos norefeitrio do seminrio para partilharmos os alimentos, em um momento fraterno.

    No dia 30, os frades do 3 e 4 anos fizeram uma visita aos estdios da Cano Nova em Braslia,acompanhados pelo professor de Comunicao na Pastoral, Diego Amorim.

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    Decires uma revista de reflexo filo-sfica e teolgica do Mirefalc (Minis-trio de Reflexo dos Frades da Am-rica Latina e Caribe). O Mirefalc pro-cura servir refletindo a presena dosFrades Menores Conventuais em di-logo com o mundo atual a partir da

    Amrica Latina.http://revistadecires.com/

    http://revistadecires.com/http://revistadecires.com/http://revistadecires.com/
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    ANIVERSARIANTES DO MS DE JUNHO

    FRADES

    Frei Gilberto Pereira GomesFrei Jorge Campelo

    Frei Carlos Guimares AlmeidaFrei Hoslan Alencar Guedes lima

    Frei Lus Felipe C. Marques

    Frei Marcos VerssimoFrei Herton Alcntara dos SantosFrei Joo Batista maria WajgertFrei Roberto Cndido de Souza

    Frei Rmulo da Costa Albuquerque

    OFS

    Eliane dos Santos Ferreira Soares da Silvangela Maria da Frota Mattos Fonteles

    Marlos Teixeira Paranhos

    BENFEITORES

    Isabela Laus SaldanhaPedro Rodrigues de Araujo

    Barnab Freire Martins [memria pstuma]Ani Dreher VanzanCarlos Roberto Vieira da SilvaExpedito Jorge Ribeiro Filho

    Fabiano Alcntara parente FariasRoberta Moreira MateusJos de Brito Machado

    Silene de FreitasJodeir Rodrigues da Silva

    Susane Silva

    Felipe Gusmo de SouzaJos Josimar Barbosa

    Leonora Ferreira da SilvaRosane Pinto ramosJos Geraldo Franca Diniz

    Francisco das ChagasMatheus Menezes dos Santos

    Morgana Cabral Mendes de CastroSimone Maria Vasconcelos

    Marcio Beraldo VelosoAntnia Damiana do Nascimento

    O Senhor te abenoe e te guarde;o Senhor faa resplandecer

    o seu rosto sobre tie te conceda graa;

    o Senhor volte para ti o seu rostoe te d paz!

    Paz e Bem!

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    Gostaramos de agradecer a todos os nossos amigos e benfeitores, que neste semestre

    estiveram conosco, e que nos fortificaram com suas oraes e ajuda material. Conta-

    mos novamente com este apoio neste semestre que se inicia.

    Que o Deus da esperana e da alegria vos cumulecom todas as graas e bnos do cu!

    Paz e Bem!