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O Malhete INFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL Linhares - ES, Abril de 2020 Ano XII - Nº 132 [email protected] Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J SÓCRATES, O JUSTO E PERFEITO LIÇÕES PARA SEMPRE >03 NÃO HÁ LOCKDOWN MAÇÔNICO SÓCRATES, O JUSTO E PERFEITO LOJA JOACY PALHANO Nº 2585 COMEMORA 30 ANOS DE FUNDAÇÃO

O MALHETE Nº 132 - ABRIL DE 2020 · 2020. 4. 3. · O MalheteO Malhete Abril de 2020 03 *Valdir Massucatti M eus queridos Irmãos, estou escre-vendo essa matéria no dia 24 de março

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O MalheteINFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL

Linhares - ES, Abril de 2020Ano XII - Nº 132

[email protected]

Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

SÓCRATES, O JUSTO E PERFEITO

LIÇÕES PARA SEMPRE >03

NÃO HÁ LOCKDOWN MAÇÔNICO SÓCRATES, O JUSTO E PERFEITO LOJA JOACY PALHANO Nº 2585COMEMORA 30 ANOS DE FUNDAÇÃO

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020202 Novembro de 2019 02 Abril de 2020

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O Malhete 03O Malhete Abril de 2020

*Valdir Massucatti

Meus queridos Irmãos, estou escre-vendo essa matéria no dia 24 de março de 2020, diretamente de

minha casa, pois também estou em “isolamen-to social”, como muitos de nós.

Confesso que nunca passei por um momen-to desse. Tudo muito assustador, muitas infor-mações desencontradas, decisões conflitantes, enfim, momentos difíceis.

Já passamos por momentos semelhantes (em 2009 a gripe H1N1 ou influenza A), mas ficou longe da tragédia desse novo Coronaví-rus. O Mundo já passou por várias tragédias, entre elas Peste Bubônica, no século XIV. A praga que atingiu a Europa por volta de 1350 foi aterrorizante e matou cerca de um terço da população. Outros episódios tristes são mortes por varíola nas Américas, a Febre Amarela, etc.

O que pretendo com esse artigo, não é trazer mais tédio, mais preocupações, mais ansieda-de. Nada disso, pelo contrário, quero aprovei-tar a oportunidade deste contato para levar uma reflexão sobre este momento. Que ele pelo menos sirva de lição para nossas vidas, nossas famílias e nossos negócios.

O Brasil estava começando a recuperar a

economia, as empresas estavam numa curva de crescimento, otimismos voltando, tudo flu-indo bem, e de repente aparece um novo vírus, que se torna uma pandemia, e pronto, muda tudo.

Estamos passando por uma turbulência, uma anormalidade que vai passar, como tudo nessa vida. Mas devemos ter tranquilidade para superar.

Neste primeiro momento devemos observar as medidas determinadas pelas autoridades sanitárias, pois nosso maior bem é a vida. Pre-cisamos estar vivos e saudáveis para restabele-cermos nossas vidas ao normal.

Temos que ser efetivamente líderes. Colo-car em prática os ensinamentos de nossa Ordem. Líderes em nossa Família, em nossos negócios e em nossas redes de relacionamento. Para tanto, precisamos ter Conhecimento (Sa-bedoria), Determinação (Força) e Integridade (Beleza).

Esse é um único tripé que poderá nos levan-tar deste momento difícil pela qual estamos passando.

Devemos ter sabedoria (conhecimento) para apreender as lições que vieram embutidas nesta tragédia. Sim, podemos tirar várias, como por exemplo, a questão da higiene – Por que só usamos o álcool em gel nas crises. Por que não deixamos um dispenser sempre na entrada do escritório, na cozinha? Por que não lavamos a mão com mais frequência? Por que não temos uma poupança para esses momen-tos difíceis? Sabe por que não fazemos isso? Porque a gente acredita que nunca vai precisar,

que não vai acontecer com a gente. Temos mui-tos outros ensinamentos a tirar deste momento, o próprio “isolamento social”. Quantos pesso-as irão mudar em razão desse fato. Esse isola-mento nos fez pensar no próximo, isso é espe-tacular.

Concomitantemente devemos ter a força (determinação) para colocar esses ensinamen-tos em prática, aplicar as lições, principalmen-te no que está relacionado a pensar, se preocu-par com o próximo. Eu tenho uma frase que trago comigo a bastante tempo: “se todos aju-darem ao seu próximo, todo próximo será aju-dado”.

E por fim, devemos praticar a Beleza (Inte-gridade/amor), pois de nada adianta o líder ter conhecimento e determinação, se ele não for íntegro, não for honesto na aplicação de sua sabedoria.

Nestes momentos de crise, surgem novas ideias, novos modelos de negócios, aflora a criatividade, e você como líder tem que puxar a fila.

Vamos sair dessa mais forte do que entra-mos meus Irmãos. Com a proteção do Grande Arquiteto do Universo e com muita Fé, Espe-rança e Amor.

Saudações Fraternais!!!

LIÇÕES PARA SEMPRE

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete04 O MalheteAbril de 2020

Por Ir\Antônio Cosme

As comemorações em homenagem aos 30 anos da Loja Maçônica Joacy Palhano 2585, Oriente Vitória ES, tiveram início

na noite do dia 13 de março de 2020 na Assemble-ia Legislativa do Espírito Santo. A sessão solene foi realizada no plenário Dirceu Cardoso e teve inícioàs19h15min minutos.

A mesa de honra foi composta por autoridades, entre elas, o venerável mestre da Loja Joacy Palhano, Kheytte Vasconcelos Gomes, o Grão Mestre estadual Eminente Irmão Hélio Soares da Luz Sodré, os Grão-mestres Honorários do GOB-ES Sapientíssimo Irmão David Cruz e o Eminente Irmão Américo Pereira da Rocha, o tenente coro-nel Marcelo Alves Pinto, comandante do 38º Bata-lhão de Infantaria, O poderoso Dep. Federal Rene Reis Fernandes Cel. da Aeronáutica, o presidente do capítulo Damon e Pythias n. 1024, da Ordem Demolay do ES, Ivan Pedro Galvão Fernandes e a representante do Instituto Ponte Verônica Lopes de Jesus.

Após a execução do hino nacional e do hino do estado do Espírito Santo executados pela banda da Polícia Militar do ES, o proponente da sessão o deputado Doutor Hércules Silveira, que também é obreiro ativo da loja, abriu a sessão e falou da satisfação de participar dessa data histórica para a A.R.L.S Joacy Palhano 2585, e para a maçonaria do Espírito Santo... E ressaltou... “Quando junta-mos nossas forças e a vontade de fazer sempre o

melhor a quem necessita, trabalhamos para uma sociedade mais justa e um país mais pujante”.

O M.I e ex-Venerável Mestre Alvim José Cos-talonga, fez um resumo sobre a história da loja que foi fundada na sala de reunião do comando geral da PMES em 14-03-1990, e também sobre o seu Patrono Joacy da Silva Palhano.

Em sua fala o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil no Espírito Santo (GOB-ES), Eminente Irmão Hélio Soares da Luz Sodré, disse que “mui-tas vezes o trabalho desenvolvido pela instituição não é reconhecido pela sociedade. Nós agimos em silêncio e muitas pessoas não sabem o que esta-mos fazendo” e ressaltou também que o trabalho maçônico é a filantropia, e trabalhar pensando no próximo.

O venerável mestre da Loja Joacy Palhano, Kheytte Vasconcelos Gomes, agradeceu a home-nagem da Assembleia Legislativa do ES e enfati-zou que o momento é uma oportunidade para registrar a história da loja, e destaca as inúmeras atividades realizadas há 30 anos com intensidade e vigor, o estudo e as práticas das virtudes para a evolução dos seus membros, e também dos traba-lhos de filantropia exercidos pelo quadro de obre-iros durante três décadas. Ressaltou também que os Beneméritos da loja Joacy Palhano serão reco-nhecidos por longas datas.

Após o seu pronunciamento o Venerável Kheytte Vasconcelos recebeu do presidente do capítulo Damon e Pythias 1024, da Ordem Demo-lay do ES, Ivan Pedro Galvão Fernandes, um documento histórico sobre Joacy Palhano, um livro original, datilografado e assinado pelo Patrono datado do ano de 1983. O jovem também agradeceu o apoio recebido pela Loja Joacy Palhano nos projetos do Capitulo 1024 da Ordem Demolay.

Em seguida Verônica Lopes de Jesus, repre-

sentante do Instituto Ponte, ONG que tem como objetivo oferecer oportunidade de educação de qualidade para jovens de escolas públicas e de famílias de baixa renda, também contou que desde o ano de 2015, a Loja Maçônica Joacy Palhano contribui com o projeto e, em agradeci-mento, entregou o selo de compromisso com a educação 2020 ao venerável Kheytte Vasconcelos Gomes.

Em agradecimento a jovem Gabriela Luxinger Ribeiro, de 16 anos, moradora de Cariacica e aluna do Instituto Ponte, disse que com a ajuda do instituto, conseguiu uma bolsa em uma escola privada e está tendo a oportunidade de realizar o sonho de se tornar médica e disse...”Sonho em cursar medicina e me especializar em neurocirur-gia e transformar a vida de outros jovens como eu. Acredito que a educação é um instrumento de transformação”.

Em outro momento de grande relevância, o tenente-coronel Marcelo Alves Pinto, comandan-te do 38º Batalhão de Infantaria, falou em nome do Exército Brasileiro e destacou a importância da instituição homenageada para o fortalecimento da sociedade.

“Beneméritos”O fundador da Loja Maçônica Joacy Palhano,

Irmão João Manoel Freire, M.I., e Ex-Venerável Mestre, fez a entrega dos títulos de Benemérito da entidade, concedido a Irmão Maçons por reco-nhecimento e por prestarem relevantes serviços a Loja. Os homenageados da noite foram: Américo Pereira da Rocha, Elias Cauerk Moyses, Helio Soares da Luz Sodré e Pedro Arnal Busato.

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A HISTÓRICA COMEMORAÇÃO DOS 30 ANOS DA A.R.L.S. JOACY PALHANO N° 2585

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O Malhete 05O Malhete Abril de 2020

“A comenda Domingos Martins”E para selar esse momento histórico na Assem-

bleia Legislativa do ES, o Grão-Mestre honorário do Grande Oriente do Brasil no Espírito Santo,Sa-pientíssimo Irmão David Cruz, membro ativo da Loja, foi condecorado com a Comenda da Ordem do Mérito Domingos Martins, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, con-cedida a personalidades que de alguma forma, pessoal ou profissional, marcaram história em solo capixaba.

David Cruz falou da emoção em receber a hon-raria e recordou a convivência com o Irmão Joacy da Silva Palhano “Foi uma pessoa que tinha espí-rito público, um homem de bom coração, maçom de uma cultura extraordinária, mas de humildade e muito maior. Nosso patrono honra, sobremanei-ra, qualquer um dos membros dessa loja. A ses-são foi encerrada 20 horas e 35 minutos com apla-usos e em clima de uma grande confraternização.

“O segundo dia de comemorações dos 30

anos da A.R.L.S Joacy Palhano”No dia 14 de março de 2020, dia após sessão

solene na Assembleia Legislativa do ES, aconte-ceu o baile de gala no Clube dos Oficiais do ES na orla de Camburi em Vitória. Estiveram presentes cerca de 200 irmãos, cunhadas, sobrinhos e con-vidados. A banda de música do exército do 38° BI executou primorosamente o hino nacional, duran-te a execução do hino, um telão de led com o pavi-lhão nacional, tremulava imponente no salão.

As damas da cerimônia e as cunhadas, Rosana Maciel, Dalara Magalhaes e Lorena Pinho, con-duziram com brilhantismo a cerimônia de entrega do prisma com o timbre da loja aos fundadores, ex-Veneráveis- Mestres e a diretoria, e nesse momento a emoção tomou conta de todos, quando

foi feita a entrega do prisma ao saudoso Fundador Luiz Guilherme Paterlini ao seu filho, o Irmão Marcelo Paterlini, membro da Loja.

Vale destacar a presença de fundadores e ex-veneráveis mestres que residem em outros esta-dos e no exterior que estiveram presentes ao even-to, em seguida o venerável Kheytte Vasconcelos Gomes deu boas vindas aos presentes, falou sobre a importância do momento vivido por todos os irmãos, e abriu oficialmente o evento.

Uma noite magnífica repleta de aplausos e brindes pelos irmãos que abrilhantaram a segunda noite das comemorações dos 30 anos da loja.

A decoração ficou sobre a responsabilidade da decoradora Cintia Dutra que trouxe uma decora-ção de luxo com lustres imponentes e sofisticação nos detalhes, e a organização e recepção primoro-sa da cerimonialista e também cunhada Rita Men-danha, auxiliada pelos diversos sobrinhos, para-mentados, do capitulo 1024 da Ordem Demolay.

E as novidades estavam só começando, o Cock-tail primoroso do Cerimonial Prime Hall, ao som de música ao vivo da banda de Saulo Simonassi, trouxeram boas lembranças em um clima de con-fraternização celebrando essa verdadeira união e o espírito da maçonaria no coração de cada um dos presentes.

VIVA A A.R.L.S JOACY PALHANO 2585

O PatronoJoacy da Silva Palhano nasceu em Itambacuri,

em Minas Gerais. Iniciou na Ordem Maçônica em 1970,Contador e Advogado formado na UFES, ocupou diversos cargos em Loja, chegando ao posto de venerável mestre em 1975, e cumprindo três mandatos na Loja Humildade e Fraternidade 1684. Foi fundador do Grande Oriente do Brasil

Espírito Santo e redigiu o anteprojeto da primeira constituição. Intelectual, com uma atividade Maçônica Muito Intensa, ocupou a cadeira núme-ro 34 na Academia Brasileira Maçônica de Letras; Autor de 5 livros Maçônicos, criador da Chancela do GOB-ES, e redigiu a primeira constituição. Faleceu no cargo de Secretário Executivo em 02 de setembro de 1988

Fundação da LojaNo dia 14 de março de 1990, os Fundadores, 14

homens destacados da Sociedade Capixaba, se reuniram na sala de reuniões do gabinete do Comandante Geral da PMES (Polícia Militar do Espírito Santo), na época o Cel. João Manoel Frei-re, decidiram, e sob a autorização do Grão-Mestre Estadual, na época o Empresário David Cruz, fun-dar a A.R.L.S Joacy Palhano, e contribuir para a Paz e a União entre os homens de bem; instruin-do-os no aperfeiçoamento moral e intelectual; e em homenagem a um Irmão maçom de grande relevância para a maçonaria capixaba;

FundadoresLuiz Guilherme Paterlini (in memoria);Flavio Ramos dos SantosEurico Delane Peruhype PortugalJoao Manoel FreireAntônio Baia da SilvaAntônio Plascidino GregioBráulio Jose Tanus BrazCaetano StanzaniDavid Cruz JuniorDario Fernando Figueira CruzDouglas Jose GozzoliFrancisco Etelvino PinheiroJose Angelo Mendes RambauducciOsly da Silva Ferreira

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete06 O MalheteAbril de 2020

Sempre vemos aos final de nossos traba-lhos a assertiva : Que a PAZ, a HARMONIA E A CONCÓRDIA,

sejam a TRÍPLICE ARGAMASSA, com que se liguem as nossas Obras. Me pus a meditar do porque do sentido filosófico e Esotérico dessa sequência. Porque não harmonia, Concórdia e Paz ou Concórdia, Paz e Harmonia? Ou outra forma de combinação?

Quais seriam os objetivos do doutrinador nessa sequência especial ?

Após um VITRIOL exegético que nos reme-teu a profundas análises , entendemos a profun-didade tanto no campo filosófico quanto Esoté-rico da visão gnóstica e espiritualizada constru-ída pelo doutrinador.

Conforme a visão transformadora filosófica, a arte de viver em paz pode ser expressa em três planos:

1. No homem : refere-se à ecologia interior ou à arte de viver em paz consigo mesmo. Simultânea ou sucessivamente, corpo, coração e espírito encontrarão seu estado de equilíbrio.

2. Na sociedade : refere-se à ecologia social ou à arte de viver em paz com os outros. Basica-mente, afeta os domínios da economia, da vida social e política e da cultura.

3. Na natureza : refere-se à ecologia planetá-ria ou à arte de viver em paz com a natureza. Tem como objetivo a paz com o meio ambiente.

A pergunta que não pode calar é: como os irmãos podem construir uma estratégia que pro-mova a paz não somente dentro de nossas lojas, família carnal , trabalho, na sociedade? Sim, pois a PAZ não pode ser Esotericamente frag-mentada. Eles têm que ser GLOBAL.Assim , meus diletos irmãos, A Paz verdadeira

passa por um entendimento dos conflitos, de sua natureza e uma análise criteriosa sobre como olhar a situação de conflito. Isto envolve a maneira como os irmãos e também as pessoas , podem entender o conflito, como um processo natural que acontece entre nós maçons ou gru-pos de diferentes interesses ou necessidades e que pode ter conseqüências positivas ou negati-vas.

O processo de compreensão dos conflitos ajuda a construir o diálogo entre os diversos interesses que estão colocados não só, dentro da sociedade Maçônica, mas também na socieda-de profana, de outros pequenos grupos e espa-ços de convivência social, como trabalho, famí-lia e amigos.

Entender os valores e posturas dos outros é uma das formas de se iniciar a construção da paz. As pessoas podem a partir do diálogo, da prevenção, da criação de espaços de resolução, buscar evitar situações de disputa mediante

uma gestão e administração das situações de conflito.

A construção da paz é um processo onde os conflitos entre as pessoas podem e devem ser tratados de uma maneira construtiva e não vio-lenta ou cerceativa dos direitos individuais e coletivos, pois irá assim promover um enten-dimento melhor entre os grupos e sociedades. Esta atitude pode ser vista como algo que cria um novo paradigma ao facilitar o diálogo para todas as partes. Isso faz repensar o quanto são necessárias mudanças em diversos campos dos relacionamentos, por exemplo, quanto a igual-dade de gênero unida à atuação não violenta poderia promover a construção da paz.

Construir a paz não significa:Acabar com os conflitos, mas compreendê-

los e poder transformar a natureza deles. O con-flito é um momento rico, quando bem compre-endido, pois promove situações onde os ama-dos irmãos e as pessoas , podem expressar dife-rentes possibilidades de pensar e viver. Isto coloca uma nova postura que envolve um exer-cício de resolução por meio do diálogo e da não-violência.

Unanimidade de visões, valores e opiniões: Os irmãos não irão ter que destruir aquilo que os torna um indivíduo único, os seus valores, visões de mundo e interesses pessoais. É preci-so compreender que estes campos nem sempre são tão antagônicos, mas complementares. A diversidade enriquece.

Uma doutrina que regula os modos de ser: Mas uma estratégia adotada pelas pessoas em todo o mundo para que se possa exercer uma melhor qualidade de vida em todos os âmbitos da vida social, preservando sempre aquilo que é tão significativo: a dignidade humana.

Haveria Harmonia e Concórdia sem a Verda-deira PAZ entre os Irmãos?

Quando vemos o termo TRÍPLICE

ARGAMASSA, a que nos remete o Pensamen-t o ? A l g u n s d i r i a m L I B E R D A D E , IGUALDADE E FRATERNIDADE.

Outros diriam: AMOR, RESPEITO E DISCIPLINA. E poderiam serem elancadas outras tríades explicativas. Mas não, o doutri-nador RATIFICA: A PAZ, A HARMONIA E A CONCÓRDIA.

Que profundidade nessa sequência que pode-mos dizer Metafísica , quântica e que transpõe os mais elevados pincaros da transdescendecia de toda composição do ser humano.

Respondendo a pergunta, NÃO , jamais pode-ria ter Harmonia e Concórdia sem a verdadeira Paz!

Jamais poderemos ter Concórdia entre os irmãos se não tivéssemos a PAZ e a Harmonia como precursoras.

E aqui vai o Contraditório, Se estivéssemos só em Harmonia e em Concórdia entre nós , reflitam bem ,introspecticamente cada um de v ó s m e u s c a r í s s i m o s i r m a o s , ALCANÇARÍAMOS A VERDADEIRA PAZ?

Aí surge campo para escrever um compêndio de conjecturas várias. Mas veremos ao final uma certeza não apenas relativa, mas absoluta de que NÃO NECESSARIAMENTE A V E R D A D E I R A P A Z S E R Á CONTEMPLADA.

A Paz é a fonte de agregação, ela é a arga-massa primaz, a que consegue dar alma e vida a todas as outras. É a Fonte que nos Brinda o Gran-de Arquiteto do Universo , como vemos em inúmeras passagens do Livro da Lei.

Assim meus Irmãos, QUE A PAZ REINE SEMPRE ENTRE NÓS . Pois ela é a fonte da vida. A Energia da Harmonia, e a promovedora da Concórdia não apenas entre nós, mas para toda humanidade.

PAZ, HARMONIA E CONCÓRDIA UMA VISÃO EXEGÉTICA NA ATUAL CONJUNTURA MAÇÔNICA GLOBALIZADA.

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Por Yasha Beresiner

Considerando a frequência com que nosso ritual repete as estreitas cone-xões da Arte com o rei Salomão e seu

templo, não é surpreendente encontrar a Maçonaria tão intimamente equiparada ao judaísmo, entre os não iniciados em particu-lar. É ainda mais irônico, portanto, que os judeus tivessem sido excluídos por nossos ancestrais maçônicos por causa da própria natureza das acusações iniciais. O preâmbu-lo de cada um começa com uma oração ao '... Pai do Céu, o Filho Glorioso ...'. Sem querer se envolver no debate sobre nossas origens, as acusações podem ser descritas como os documentos fundadores, por assim dizer, da Maçonaria especulativa moderna. Eles eram as regras e os regulamentos pelos quais as Lojas Maçônicas operativas gover-navam seus negócios. O mais antigo conhe-cido é o Manuscrito Regius, agora no Museu Britânico e datado de 1390. Mais de cem dessas acusações escritas durante os quatro séculos seguintes foram encontradas e estudadas como uma fonte, se nada mais, da inspiração para nossos inícios.

Quando a primeira Grande Loja foi for-mada na Inglaterra em 1717, estimava-se que existissem apenas 1000 judeus na Ingla-terra. O envolvimento deles na Maçonaria seria, de qualquer forma, limitado. Lauren-ce Dermott, o mais notável maçom e secre-tário da Grande Loja dos Antigos, formado em 1751, também criticou a primeira Gran-de Loja por permitir a 'descristianização' da Arte. É aqui que chegamos a um dos aspec-tos mais intrigantes do judaísmo na Maço-naria; ou seja, a publicação em 1756, do pri-meiro livro da Grande Loja Antients, com o incomum título hebraico 'Ahiman Rezon'. Por mais de duzentos anos, os estudiosos ficaram intrigados com o significado de 'Ahiman Rezon' e ainda mais importante, por que Laurence Dermott escolheu um títu-lo hebraico para as Constituições dos Anti-gos. Ele não era ele mesmo?

Por outro lado, existem alguns fatos mais curiosos. Essas mesmas Constituições declaram expressamente na página de rosto '... com orações pelos judeus ...' . Poderia ter sido uma tentativa da Antients Grand Lodge de obter maior adesão à luz, possivelmente da crescente concorrência com a principal Grand Lodge da Inglaterra? Mesmo antes da publicação das Constituições, os primei-

ros minutos das reuniões da Antients Grand Lodge de dezembro de 1751 são assinados por Laurence Dermott como Grande Secre-tário ... em hebraico, seguido pela palavra 'Sofer' (pronunciado , em hebrai-Soh-fehr).co: escriba da Torá, autor) também no alfa-beto hebraico. Isso geralmente é explicado como Dermott expressando, se não demons-trando seu status acadêmico, que incluía um bom conhecimento da língua hebraica. A Loja de Pesquisa Quatuor Coronati em Lon-

dres teve vários trabalhos apresentados e publicados em suas transações, Ars Quatuor Coronatorum, sobre o assunto. A resposta definitiva sobre o interesse de 'Ahiman Rezon' e Dermott no judaísmo ainda nos escapa.

(*) Yasha BeresinerMaster, Quatuor Coronati Lodge #

2076, UGLEFonte: Maçom Israelense

ALGUNS ASPECTOS JUDAICOS DA MAÇONARIA

Salomão, rei de Israel, inspeciona a construção do templo em Jerusalém

O Malhete 07O Malhete Abril de 2020

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete08 O MalheteAbril de 2020

Thomas Paine, um revolucionário moral e filosófico, encontrou sua razão de ser no momento obscuro e

incerto e surpreendentemente perigoso da história que agora é conhecida como Guer-ra da Independência Americana. Uma gran-de batalha pela liberdade - planejada e lide-rada por maçons proeminentes - na qual a luz brilhante da liberdade foi arrancada das mãos dos ingleses.

Nascido na Inglaterra em 1737, Paine chegou às colônias britânico-americanas em 1774 devido à ajuda e incentivo do irmão Benjamin Franklin, chegando bem a tempo de participar da Revolução Ameri-cana. Nenhum americano ficou sem influência de seu poderoso trabalho, Com-mon Sense, que derrubou a balança e remo-veu qualquer hesitação por parte dos rebel-des em declarar independência da Grã-Bretanha. O impacto do senso comum foi tão profundo que o presidente dos EUA, John Adams, declarou:

"Sem a caneta do autor do senso comum, a espada de Washington teria sido levantada em vão."

Como defensor da abolição de todas as formas de escravidão humana, o irmão Thomas Paine viveu, respirou e escreveu um século antes de seu tempo. O fervor de seu espírito e a aceleração de sua carreira após sua chegada às colônias eram indica-dores de um membro do antigo ofício da Maçonaria. Embora não exista nenhuma prova definitiva de sua iniciação, Paine exaltou em seus escritos e demonstrou em suas ações as qualidades que os verdadei-ros maçons sustentam ser os mandamentos sacrossantos do próprio Universo. "Um Ensaio sobre a Origem da Maçonaria Livre" do irmão Paine certamente demonstra um nível de conhecimento rela-

tivo à Arte que seria difícil de encontrar naquele momento pelos não iniciados. Sua filosofia, relacionamentos, perspectivas, escritos e ações o conectam à Maçonaria;

Por fim, existem evidências suficientes para conceder, mesmo postumamente, ao irmão Thomas Paine seu título maçônico.

Paine trabalhou para elevar as virtudes tri-nas da raça humana - Liberdade, Igualda-de, Fraternidade - e demonstrou um com-promisso esmagador com o que é moral, bom e verdadeiro. Assim, ele cumpriu seu dever com a Arte, sem pensar se seu legado receberia ridículo ou elogio.

THOMAS PAINEThomas Paine foi um autor e patriota inspirado cujas obras escritas demonstraram sua dedicação aos princípios maçônicos de moralidade, igualdade e verdade.

MAÇONS FAMOSOS

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O Malhete 09O Malhete Abril de 2020

Johann Christian Bach foi um músico, compositor e maçom talentoso que criou música eterna para o mundo.

Conhecido como o "inglês Bach", Johann Christian Bach era o filho mais novo de Johann Sebastian Bach. Músico e compositor talentoso, Johann Christian nasceu em 5 de setembro de 1735 em Leipzig, Alemanha, quando seu famoso pai tinha cinquenta anos. Apesar da diferença de idade, o padre Johann era um instrutor dedicado de seu talentoso filho, servindo como professor e mentor até sua morte em 1750.

Johann Christian retribuiu o favor ensi-nando outro músico talentoso e futuro maçom: Wolfgang Amadeus Mozart. Em 1764, Mozart, de oito anos, começou a estu-dar sob as instruções de Bach. Os dois passa-ram cinco meses onde Bach ensinou Mozart em composição musical. A influência de Bach em Mozart foi tão influente que Bach mais tarde foi considerado o único verdadei-ro professor de Mozart e, em seus últimos anos, Mozart frequentemente falou de sua gratidão pelas instruções que recebeu de JC Bach.

Adequado na composição de muitos ins-trumentos diferentes, com arranjos variados, o irmão Bach criou cantatas, música de câma-ra, obras de orquestra, óperas e sinfonias. Em 1754, JC Bach mudou-se para a Itália, onde se converteu ao catolicismo e passou um tempo significativo compondo música religi-osa, incluindo Requiems, Te Deums e Mas-sas. Devido à aclamação crítica dessas com-posições, Bach foi nomeado Organista da Catedral de Milão em 1760. Dois anos depo-is, Bach mudou-se para Londres, onde estre-ou três óperas, incluindo Orione, no King's Theatre e foi nomeado Compositor para o Teatro, estabelecendo sua reputação de exce-lência na Inglaterra. Essa adoração chamou a atenção da Monarquia, sendo chamada para o cargo de mestre de música da rainha Charlot-te e da família real.

Compositor versátil e conceituado, a músi-ca de JC Bach era famosa por seu estilo ope-rístico e galante. No final da década de 1770,

no entanto, os interesses de Bach tornaram-se cada vez mais espirituais e ele foi iniciado na Maçonaria em 1778 na Loja das Nove Musas, nº 235. O irmão Johann Christian

Bach recebeu sua convocação para a Grande Loja Eterna no dia de Ano Novo de 1782, depois de uma vida inteira criando músicas eternas para o mundo.

JOHANN CHRISTIAN BACHNascimento: 05 de setembro de 1735Faleceu: 01 de janeiro de 1782

MAÇONS FAMOSOS

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Por Tony Kail

A Maçonaria é freqüentemente descrita como "um sistema de moralidade vela-do na alegoria, ilustrado por símbo-

los", uma descrição que ficou famosa pelo Maçom William Preston no livro de 1772 Ilus-trações da Maçonaria . O conhecimento cultu-ral maçônico é comunicado através da estética da loja, nas formas de vários artefatos e atra-vés de rituais codificados. Os ensinamentos sagrados da Maçonaria foram mantidos vivos por gerações sob um véu de sigilo e pelo uso de vários símbolos como ferramentas de ensi-no.

O simbolismo religioso, bem como o sim-bolismo maçônico, é freqüentemente inter-pretado de diferentes perspectivas. A perspec-tiva do estrangeiro pode visualizar e filtrar o significado dos símbolos com base em uma visão de mundo específica ou nas experiências de vida do intérprete. A perspectiva do indiví-duo pode ter o benefício de ser ensinado signi-ficados esotéricos por trás de símbolos e esté-tica. Isso fornece ao intérprete a capacidade de ver além das interpretações "superficiais" de um símbolo.

Como maçom e estudante da cultura religi-osa afro-latina, fiquei surpreso ao encontrar semelhanças no simbolismo e controvérsias

em torno da Maçonaria e de um santo popular latino-americano.

Uma das culturas religiosas latino-americanas que mais crescem concentra-se no culto ao santo popular conhecido como 'Santa Muerte', também conhecido como 'Santa Mor-te'. Para seus seguidores, a imagem é comu-mente usada para representar o espírito da morte e é vista por muitos no 'interior' de suas comunidades respeitadas como um espírito materno que pode confortar seus seguidores na morte e até mesmo ajudar a evitar a morte. Para muitos estrangeiros, a imagem da morte sagrada é vista como um símbolo do mal, do medo e da criminalidade.

É esse mesmo conflito de entendimento entre a perspectiva de quem está de fora e de dentro que tanto a adoração a essa santa Muer-te no México quanto em todo o mundo se vê tão controversa quanto a fraternidade da Maço-naria. Ambas as culturas são freqüentemente mal compreendidas e têm significados e pers-pectivas completamente diferentes entre aque-les que são membros dessas culturas.

A comparação entre a maneira como essas duas culturas são tratadas não termina aí. Os símbolos sagrados da Maçonaria e de Santa Muerte fazem uso de imagens e estética que refletem alguns temas comuns em relação à morte, espiritualidade e significado da vida humana.

O primeiro elemento visual visto nas ima-gens de Santa Muerte é a representação do santo popular como uma figura esquelética. Ícones esqueléticos historicamente represen-tam morte e decadência em muitas culturas do

mundo. As imagens falam da universalidade da morte, pois todos os seres humanos carre-gam a mesma estrutura sob nossa carne e san-gue. E enquanto todos nós temos essas mes-mas estruturas, as imagens de um esqueleto ou crânio humano são assustadoras e perturbado-ras para muitos. Talvez porque fale da finali-dade de todos ou talvez fale com o grande des-conhecido que todos devemos enfrentar.

Leon Zeldis, em seu artigo 'Illustrated by Symbols', fala dos 'símbolos implementati-vos' que são objetos usados na realização de rituais e cerimônias maçônicas, bem como dos 'símbolos pictóricos' que são imagens visu-ais usadas para transmitir os ensinamentos de o ofício. Como as imagens de Santa Muerte, as imagens de figuras esqueléticas têm sido usadas como símbolos de implementação e como símbolos pictóricos da Maçonaria.

O uso de imagens esqueléticas comumente representadas na forma de crânios apareceu pela primeira vez na cultura da Maçonaria Francesa. Como resultado dos medos coleti-vos que muitas pessoas compartilham, a ima-gem dos crânios foi imediatamente percebida como sugerindo algo desonesto. Muitos teóri-cos da conspiração contemporâneos e defen-sores anti-maçônicos promoveram contos em torno de supostos rituais demoníacos e ceri-mônias pagãs em torno do uso do crânio e ossos cruzados na cultura maçônica. Enquan-to o crânio, ossos cruzados e imagens de esqueletos fazem parte de alguns ritos da Loja, eles estão longe de serem usados como símbo-los malévolos.

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CAVEIRAS E ESQUELETOS: Uma perspectiva maçônica sobre Santa Muerte

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O uso de imagens esqueléticas pode ser visto em alguns espaços sagrados maçônicos, como o encontrado em algumas lojas em uma área conhecida como 'Câmara de Reflexão'. A Câmara foi fundada no século XVIII como um local para um candidato à iniciação antes de encontrar seu ritual de primeiro grau. Alguns historiadores acreditam que as ori-gens da Câmara podem ter vindo dos Rosa-cruzes, onde uma câmara foi criada para simu-lar um ambiente semelhante a uma caverna. As primeiras escolas de mistério forneceram ensinamentos nessas áreas ocultas e é daqui que um iniciado pode emergir com a ilumina-ção. Na Maçonaria, o candidato maçônico foi levado à Câmara de Reflexão, onde deveria refletir sobre a iniciação que estava prestes a receber e, em alguns casos, seria instruído a anotar suas razões para ingressar na loja.

O historiador e escritor maçônico Albert G. Mackey, em sua Enciclopédia da Maçona-ria, 'Uma pequena sala ao descreve-o como lado da loja em que preparatório para a ini-ciação, o candidato é fechado com o propósi-to de indulgência nessas meditações sérias com sua aparência sombria e o emblema som-brio , com o qual é fornecido, são calculados para produzir. Também é usado em alguns dos graus avançados para uma finalidade semelhante. Esse tema de contemplar o silên-cio também pode ser encontrado nas culturas espirituais egípcias, persas e gregas.

São os conteúdos encontrados dentro da Câmara de Reflexão que nos levam ao tópico em questão. Normalmente, há uma figura esquelética ou um crânio usado como foco de meditação. As paredes são decoradas com imagens que, em alguns casos, incluem ima-gens de uma figura esquelética. Diz-se que o esqueleto representa o renascimento como o processo do candidato que entra na câmara e através do ritual é visto como uma forma de alquimia, após a qual eles renascem ou refi-nam muito como chumbo em ouro. O crânio, também conhecido como 'cabeça da morte' ou na prática da alquimia, tam-caput mortuumbém representa a morte e é um lembrete de que todos devemos enfrentar a morte.

Juntamente com o uso de imagens esquelé-ticas, existem alguns outros símbolos usados na iconografia de Santa Muerte e na câmara de reflexão maçônica.

Imagens da figura de Santa Muerte são freqüentemente representadas armadas com sua foice. Acredita-se que o espírito utilize a foice de várias maneiras. Alguns adeptos acre-ditam que a foice "corta" forças negativas que podem desafiar seus devotos dos inimigos aos maus hábitos. Alguns pesquisadores acre-ditam que essa ferramenta reflete aspectos de fertilidade e colheita. Essa mesma ferramenta agrícola também é exibida na Câmara de Reflexão Maçônica. Na Câmara, alguns pes-quisadores dizem que a ferramenta represen-ta a recompensa que é colhida no final da vida.

Outro elemento comum pode ser visto nas imagens de Santa Muerte, representadas com uma ampulheta. Alguns devotos afirmaram

que isso representa o número de anos que nos resta na Terra. A ampulheta também é encon-trada na Câmara Maçônica de Reflexão tam-bém como um símbolo do tempo que temos entre a vitalidade da vida e a aproximação da morte.

Por fim, imagens de Santa Muerte e da câmara fazem uso de uma lanterna. Às vezes, a imagem de Santa Muerte é representada carregando uma lâmpada ou lanterna como um símbolo de como a santa ilumina o cami-nho para seus seguidores. Na Câmara de Reflexão Maçônica, uma lâmpada é usada para iluminar a Câmara e representa a peque-na quantidade de luz (um termo cultural maçô-nico) que é mostrada no mundo. Ambas as culturas comunicam iluminação para aqueles que estão dispostos a se dedicar a seus ensina-mentos.

Embora não pareça haver nenhum tipo de aparente conexão histórica entre os símbolos da Maçonaria e os usados na cultura religiosa de Santa Muerte, é fascinante ver os paralelos

em como os estrangeiros reagem a eles e o uso de símbolos e imagens. . As imagens maçônicas poderiam ter chegado à estética contemporânea dos artefatos culturais de Santa Muerte? Como vemos a fabricação em massa de produtos relacionados ao santo fol-clórico mexicano por muitas empresas da Nova Era e metafísica, vimos muitas mani-festações transculturais que confundem os devotos do santo folclórico. Imagens de Santa Muerte com estética européia, africana e até nativa americana chegaram às pratelei-ras das livrarias ocultas e às vitrines das botâ-nicas latino-americanas.

Embora o acolhimento da eventualidade da morte possa parecer sombrio para muitos, não é um culto à morte, mas um abraço à vida que o crânio na Câmara de Reflexão e o Esqueleto de Santa Muerte falam com muitos de seus devotos.

Fonte: https://medium.com

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Essa quarentena está servindo para voltar a ouvir alguns CD's que há anos estavam guardados. Com certeza, o personagem

maior dessa época de ouro da MPB foi o Maestro Soberano, Antônio Carlos Jobim, ou simples-mente Tom Jobim. E olha que apontar alguém como expoente dessa era não é tarefa das mais fáceis… João Gilberto, Vinícius de Moraes, Edu Lobo, Newton Mendonça, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Toquinho, Carlos Lyra, Nara Leão, Johnny Alf, Tamba Trio, Os Cariocas, ….

Findava o ano de 1958 quando chegou as lojas o LP Canção do Amor Demais. Elizete Cardoso, a Divina, interpretava treze canções da dupla de compositores Tom Jobim/Vinícius de Moraes, ainda pouco conhecidos no meio musical carioca. No violão, João Gilberto com uma batida diferen-te no jeito de tocar. É considerado o nascimento da Bossa Nova.

Mas voltando a Tom Jobim, ecologista de pri-meira hora, bem antes de virar moda, ele deu alguns depoimentos que bem refletem o espírito das queimadas: “Todo brasileiro anda com uma caixa de fósforo no bolso!”; “É só fazer quatro dias de sol que começa tudo a arder”; “Debaixo de cada pau tem uma vela acesa!”. Várias de suas composições trazem o tema da natureza. Acho Borzeguim o expoente maior dessa fase do Maes-tro Soberano. Mas tem também Águas de Março numa gravação antológica com Elis Regina.

O novo estilo musical conquistou o mundo. Tom Jobim gravou um disco com ninguém

menos que Francis Albert Sinatra. A batida dife-rente tinha tudo a ver com o Jazz. No lendário disco Getz & Gilberto, com participação de Tom, recebemos uma verdadeira aula de música. Além de Stan Getz, várias outros monstros sagrados do jazz gravaram canções da bossa nova.

E o que falar dos interpretes ? O CD duplo Clas-sics do Tamba Trio é uma autêntica apoteose da fusão Jazz & Bossa. O primeiro CD está recheado de clássicos da Bossa Nova, com destaque para “Reza”, uma oração em forma de música. O segundo é mais conceitual, mas não menos pri-moroso.

Para quem quiser se aprofundar na Bossa, indi-co o livro “Chega de Saudade, a história e as his-tórias da Bossa Nova” do Ruy Castro, editado pela Companhia das Letras. Tem até mapas do Rio e São Paulo com os bares, boates e casas de espetáculo onde tudo aconteceu. Alguns funcio-nam até hoje. Estando no Rio de Janeiro, não deixe de ir na Rua Nascimento Silva 107, tem uma pequena placa indicando que ali morou o Maestro Soberano. Rua Nascimento Silva, cento e sete e você ensinando pra Elizete As canções de canção do amor demais Lembra que tempo feliz, ai que saudade Ipanema era só felicidade Era como se o amor doesse em paz...

E para conhecer um pouco da vida e obra do Tom Jobim, indico o Box TOM JOBIM – Maes-tro Soberano da gravadora Biscoito Fino, com-posto de três DVD's: Chega de saudade, Ela é carioca e Águas de Março. Cada um retrata uma fase da vida dele. Tem vários depoimentos de viva voz. E muita música boa ! O Maestro sempre ao piano, com um copo de uísque, acompanhado da sua banda com vários virtuoses em seus instru-mentos e as backing vocals completamente hip-notizadas pelo seu regente. Além do uísque, tam-bém tinha o hábito de degustar um bom charuto, geralmente em casa compondo e tocando com os

parceiros ou em longas caminhadas pelo Jardim Botânico, uma de suas grandes inspirações. Bons tempos que não voltam mais. Dá vontade de cho-rar quando ouvimos a atual produção musical brasileira.

Discografia recomendada:

Jobim SinfônicoAntonio Carlos Jobim em Minas ao vivo –

piano e vozBossa Nova Trinta Anos DepoisLeila Pinheiro – Benção Bossa NovaNara Leão – Garota de IpanemaTamba Trio – ClassicsGetz/GilbertoElis & TomTerra Brasilis – Tom JobimUrubu – Tom JobimPassarim – Tom JobimGal Costa canta Tom JobimMaria Bethânia – Que falta você me faz (Músi-

cas de Vinícius de Moraes)João – João GilbertoJoão Gilberto - Live at the 19 th Montreux Jazz

FestivalA twist of JobimFrancis Albert Sinatra & Antonio Carlos

JobimCanção do Amor Demais – Elizete Cardoso

Vamos a todo custo e nunca a qualquer custo !!!

Carlos Magno Monteiro FreitasDeputado Estadual ARLS Vale do Itapemirim

– Email: [email protected]

Bons tempos da Bossa Nova… Um cantinho um violão, esse amor uma canção… O barquinho vai, a tardinha cai… Ela é carioca, ela é carioca, basta o jeitinho dela andar… Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça, é ela menina que vem e que passa num doce balanço a caminho do mar...

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Matéo Simoita

É um belo provérbio africano que merece um desenvolvimento simbólico!

Do que estamos falando:· Zebras· De suas listras· Das sombras deles!As zebras formam uma espécie específica:

tendo certos caracteres de cavalos e burros, são animais herbívoros pacíficos que garan-tem sua segurança ao permanecerem agrupa-dos.

O costume africano distingue dois tipos de zebras: aqueles com uma faixa preta e aqueles com uma faixa branca. É uma maneira irônica de querer evocar em cada grupo uma binarida-de simbólica.

Quanto à sombra do animal produzido pela luz solar, é particular para a zebra porque não permite que ela seja diferenciada de outros equídeos.

Tradicionalmente, os símbolos associados à zebra são liberdade, comunidade, natureza selvagem, sociabilidade, força do rebanho, ser brincalhão e amável, ser capaz de se adaptar, ser protetor e determinado . Tantas qualidades que encontramos no maçom.

As listras em preto e branco obviamente nos remetem ao caráter binário das pavimen-tadoras em preto e branco do pavimento em mosaico, mas além dessa binaridade, as listras da zebra também assinam sua identidade gené-tica, porque nem todas as listras são iguais!

O provérbio " a sombra da zebra não tem listras " pode ser interpretado: você deve tomar cuidado com as sombras; às vezes, elas podem ser levadas para o original quando são apenas uma cópia virtual da realidade e, no caso da zebra, essa cópia pode corresponder a outras realidades!

Na Maçonaria, pode-se assimilar a zebra ao iniciado; o problema da caixa é que frequente-

mente confundimos o iniciado com quem viveu a cerimônia de iniciação quando sabe-mos que a iniciação não é decretada por uma varinha mágica (ela era uma espada flamejan-te); é um processo longo e específico para cada um.

Muitas vezes, em uma loja, não se sabe real-mente quem é iniciado; só vemos as sombras! Este provérbio africano pede que tomemos cuidado porque, na realidade, certas sombras nunca corresponderão a pessoas de dentro; permanecerão sombras que chegaram à por acaso, por conveniência política ou comercial, por desejo ou pelo desejo de ter um catálogo de endereços.

Poderíamos comparar esse provérbio com outros que também se referem à zebra:

· Um homem sem cultura é como uma zebra sem listras . (Provérbio Masai)

· A chuva molha a zebra, mas não apaga suas listras . (Provérbio queniano)

· O preto veste sua negritude como a zebra, suas listras .

Fonte:blog Idealmaconnique.com

SABEDORIA AFRICANA: "A SOMBRA DA ZEBRA NÃO TEM LISTRAS!"

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Por Ir\José Maurício Guimarães

O texto filosófico conhecido como “Apologia de Sócrates” (ou “defesa de Sócrates”) é um elogio escrito por

Platão para enaltecer o seu mestre. Como todos sabem, Sócrates fora injustamente acu-sado por “três MAUS COMPANHEIROS”: Ânito, Meleto e Licon. Impressionante como a mesma história sempre se repete: – aquela lei terrível que impele os que foram auxilia-dos e instruídos a se revoltarem contra o pro-fessor. Movidos por incontrolável ira e dese-jo de vingança, vão da calúnia ao desejo matar o mestre, segundo a fórmula maldita: “O INICIADO MATARÁ O INICIADOR”. Foi assim com muitos outros mestres do pas-sado, foi assim com Jesus diante do beijo de Judas.

Pergunto aos psicólogos se Freud explica-ria esse fenômeno, pois um dos mitos que se tornou central na psicanálise foi o de Édipo (Complexo de Édipo), inspirado na tragédia grega “Édipo Rei”, designando o conjunto de desejos amorosos que o menino (no caso, o discípulo) experimenta com relação ao Conhecimento (sua mãe) e a hostilidade em relação ao pai (figura do professor). Ou seria o caso de analisarmos pela divisão tripartite em que opera o inconsciente nos comporta-mentos: 1) o Id. representando os processos

primitivos e reservatório das pulsões, especi-almente a pulsão de morte, e pelas demandas mais primitivas e perversas; 2) o Ego, como instância da consciência ou o desejável “eu saudável” que se adapta à realidade e intera-ge com o mundo de maneira cômoda; 3) o Superego, parte que se contrapõe ao Id, “mi-nistrando” valores morais e éticos −seria, no caso – o mestre.

Presenciamos essa brutal realidade em todos momentos da vida atual: confirmando a triste regra, nas escolas, onde o respeito e a civilidade deveriam predominar, assistimos a cenas de alunos atacando moral fisicamente seus professores.

Fatos não faltam na história da Maçonaria (desde as alegorias primitivas) organização que primeira deveria se precaver daqueles iniciados incompletos que tentam usurpar o Conhecimento.

Voltemos ao bom e velho Sócrates daquela anedota sobre os paradoxos do Conhecimen-to:

Disse Sócrates:− “Só sei que nada sei.”Seu discípulo Cebes retrucou:− Por Zeus, Sócrates! Se você nada sabe,

como sabe que nada sabe?Sócrates retrucou:− Minha mulher me disse...Mas a realidade foi muito mais dura:

houve três celerados: Ânito, Meleto e Licon; houve um julgamento, uma sentença e houve a morte.

Sócrates não deixou nada escrito. Foi Pla-tão que redigiu as falas dos Diálogos e do discurso pronunciado pelo mestre numa

tarde triste e cinzenta do ano 399 a.C..A “Apologia de Sócrates” é o segundo

livro da tetralogia formada pelos diálogos: EUTIFRON (em que Sócrates, ainda livre, discursa e ensina a caminho do tribunal para conhecer as acusações que lhe foram movi-das); o CRITON (lições durante a visita de seu amigo mais querido ao cárcere) e o FEDON, que descreve os últimos instantes de vida e o discurso de Sócrates sobre a imor-talidade da alma.

Sócrates foi “muito macho” para viver toda essa gloriosa tragédia. Mesmo diante dos sofrimentos morais e da morte, prosse-guiu ensinando e mantendo a dignidade.

A distância entre aqueles séculos e o mundo de hoje mede-se pela estatura nanica dos que se dizem HOMENS embora lhes fal-tem barbas hirsutas ou aquele “fio de barba”, no mínimo, que lhes ateste a honra.

A tais imberbes aconselho a REFLEXÃO da primeira câmara: “Quanto mais fordes dissimulados, mais cedo sereis descober-tos”.

SÓCRATES, O JUSTO E PERFEITO

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O Malhete 17O Malhete Abril de 2020

A tradução direta de “lockdown” é blo-queio. O termo vai se incorporando ao sentido de “aceso restrito”, “iso-

lamento” até chegar ao conceito de “confina-mento”.

Lockdown é um protocolo usado em casos de emergência, que produz o estado de contenção ou a restrição de progressão. Tra-ta-se de uma medida SEMPRE ÚTIL E N E C E S S Á R I A , Q U A N D O B E M A V A L I A D A S T O D A S A S C I R C U N S T Â N C I A S E P E S S O A S ENVOLVIDAS.

Porém, como ensinado pelo Pavimento de Mosaico, há sempre dois lados da realidade. Somente compreendendo que a dualidade não é em si negativa, mas, positivamente embasadora do que estar no porvir, chegare-mos a um denominador satisfatório.

Em respeito aos dispositivos legais, as reu-niões maçônicas PRESENCIAIS estão sus-pensas; e o Maçom, obediente às leis, não poderia agir de outra maneira.

PORÉM, devemos compreender que pas-samos por um período de “acesso restrito” aos Templos, mas, não há diretriz alguma de “confinamento”.

Como isto é possível? Antes de esclarecer, permita-me uma chamada de atenção: Quan-do tudo estava normal, já não havia Maçons em confinamento?

Sim! São aqueles, não poucos, que, duran-te 2 horas por semana, se sentiam presos a

um ritual, ao cumprimento de um cerimoni-al, à obrigatoriedade de se trajar como Maçom e desesperadamente distante do copo de cerveja.

Após a reunião e durante todos os dias seguintes: “Freedom”. E o álcool usado não é o gel.

Voltemos ao tema. Não há confinamento maçônico. Os Irmãos podem e devem estar unidos e reunidos. A tecnologia nos permite ver, ouvir e compartilhar estudos com os Irmãos, mantendo a união da Loja e respei-tando a saúde dos Irmãos.

Muito simples de se concretizar. Existem vários aplicativos de reuniões. Basta, pelo grupo de whatsapp, o Venerável Mestre mar-car a data e o horário e todos se conectam. Mas, há alguns detalhes a serem observados:

O primeiro e o mais importante: NÃO SE USA RITUAL DE GRAUS. Por que? Por-que seria uma profanação, tendo em vista que não há garantias de estarmos 100% a cobertos.

O grupo, portanto, deve criar um ROTEIRO de reunião:

Cada Irmão deve estar sozinho no ambi-ente e protegido das indiscrições.

Não se fará uso de paramentos, sinais, palavras e mesmo jargões maçônicos.

Antes da abertura dos trabalhos, uma pala-vra de reflexão irá nos harmonizar.

Combina-se um gesto para que o Venerá-vel Mestre permita o uso da palavra, evitan-do assim, várias falas ao mesmo tempo e a perda de conteúdo.

Deve-se proibir assuntos polêmicos (prin-cipalmente política).

Não há colunas, regiões, cargos, graus ou “autoridades”. A reunião é de IRMÂOS.

Deve ter os objetivos de manter viva a chama da irmandade e o aprendizado cons-tante.

Momento do estudo: Por exemplo: O Venerável Mestre perguntará diretamente a cada Irmão o que ele compreende por virtu-de e, de maneira curta e objetiva, o Irmão res-ponderá.

Campanha de Solidariedade: Transferên-cias eletrônicas podem ser feitas por qual-quer celular e, sem dúvida, chegará o momento em que a Loja deverá socorrer algum Irmão desafortunado.

Além do horário certo para começar, tam-bém todos devem estar cientes que sua dura-ção não pode ser longa. 40 a 60 minutos, no máximo.

Por não terem respaldo jurídico junto as Potências Maçônicas, não se põem em pauta assuntos deliberativos, que, necessariamen-te, devem ser tratados em reunião ritualística em grau........

Ao final, uma introspecção. Primeiro, para agradecer ao GADU pelo momento vivi-do e o desejo de que possamos, muito em bre-ve, encontrar todos os Irmãos e familiares com plena saúde e em paz.

Neste décimo quarto ano de compartilha-mento de instruções maçônicas, continua-mos a incentivar os Irmãos ao estudo, refle-xão e, principalmente, pelo momento em que vivemos, a fraternidade solidária entre os Irmãos.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!

FraternalmenteSérgio QuirinoGrande Primeiro VigilanteGLMMG

NÃO HÁ LOCKDOWN MAÇÔNICO

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Por Gerson Occhi, Ex-venerável

A Loja Maçônica Fidelidade Mineira, a mais antiga de Minas Gerais em ativi-dade ininterrupta, está completando

seu sesquicentenário no dia 12 de março. Foi fundada em 12 de março de 1870, tendo como seu primeiro venerável dr. Cristovam Rodri-gues de Andrade, advogado, produtor rural, provedor da Santa Casa, presidente da Câma-ra e, nessa condição, chefe do Executivo Muni-cipal.

Em 1873, houve a instalação oficial da loja, com a presença em nossa cidade do grão-mestre Joaquim Saldanha Marinho, conheci-do político, tendo sido presidente de Minas e de São Paulo. Compunha ainda a comitiva o padre Almeida Marins (pivô da questão religi-osa), Quintino Bocaiuva, Silva Melo, dentre outros. Na viagem da comitiva do Rio para Juiz de Fora, próximo de Matias Barbosa, depararam com um afogamento de uma senhora, mãe de três filhos que foram adota-dos pela Loja Fidelidade Mineira, até comple-tarem idade de trabalho.

A Fidelidade Mineira teve atuação destaca-da na abolição dos escravos e na proclamação da República, sendo que nenhum maçom deve-ria possuir escravos, e os maçons participari-am do Clube Republicano 16 anos antes dos referidos eventos. No dia do recebimento da Carta Constitutiva, duas escravas, Tereza, com 18 anos, e Honorata, com 14 anos, foram alforriadas durante a Sessão Solene, ao preço de Cr 900,00 cada uma.

A Loja Maçônica Fidelidade Mineira man-teve, durante muitos anos, a Escola Lauro Sodré, em suas dependências, na Avenida Rio Branco 1.962, cuja sede está ali localizada até nossos dias.

O jornalista Paulino de Oliveira menciona em sua obra que a primeira lâmpada da hidroe-letricidade da América do Sul foi acesa no Templo da Loja Fidelidade Mineira em 5 de setembro de 1889, proveniente da Usina de Marmelos, por obra de Bernardo Mascare-nhas. Cita ele que, no local, além da solenida-de, houve um baile comemorativo.

A loja mantém um Museu Maçônico para visitação pública. Há 69 ruas com nomes de maçons.

Vale mencionar as pessoas de destaque de Juiz de Fora que fizeram parte da Loja Fideli-dade Mineira: Cristovam Rodrigues de Andrade, Pedro Halfeld, Marcelino de Assis Tostes, Moraes e Castro, Fernando Henrique Guilherme Halfeld, Angelo Bigi, Pantaleone

Arcuri, Carlos Oto, Bernardo Mariano Hal-feld, Cândido Tostes, Avelino Milagres, prof. Caetano Evangelista, Pedro Marques, Irineu Guimarães, Joaquim Viana Junior, José Ran-gel.

O atual venerável Geraldo Zola Ribeiro de Melo e comissão programaram vários even-tos, durante o ano, para comemoração desta efeméride maçônica. Dia 10 de março na loja, só para maçons. Dia 12, homenagem da Câma-ra Municipal, e, no mesmo dia, no Ritz Hotel, reunião festiva para homenagens, com convi-te individual. No dia 27, um baile de gala no Marcelo Aero, com convite individual.

Fonte: Tribuna de Minas

150 ANOS DA LOJA MAÇÔNICA FIDELIDADE MINEIRA

Foto da antiga Loja Maçônica Fidelidade Mineira, fundada em 1848.A oficina atual ocupa um andar em prédio mais moderno.

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O Malhete 19O Malhete Abril de 2020

Por Irmão EH English

A Maçonaria é uma instituição de virtu-des práticas, ensinada por agradáveis cerimônias e impressa na mente por

emblemas bonitos e apropriados; e ao fato de ser uma instituição de virtudes práticas, e não de mera fé abstrata ou especulativa, deve a pre-servação de sua unidade por tantos séculos.

Sobre questões de fé que estão muito além do visual ken - que pertencem a outro mundo e a um mundo invisível - os homens são propen-sos a especular e conjecturar, e devem necessa-riamente diferir; e essa diferença de opinião, animada, como sempre acontece, leva primeiro à disputa, depois à luta e, finalmente, à separa-ção. Daí a causa das numerosas e distintas orga-nizações de corpos religiosos. Os homens con-cordam prontamente com as virtudes cardeais, mas tendem a diferir e desunir em questões de fé especulativa. Por exemplo:

Suponha que convoquemos todos os reve-rendos Bispos, Pais, Anciãos e Doutores da Divindade de todas as tribos, parentes e associ-ações de homens em um grande conclave. Suponha que um pedreiro proponha as seguin-tes perguntas à Assembléia de agosto:

Senhores reverendos, deve o homem ofere-cer suas devoções diárias ao Deus verdadeiro e sempre vivo, e seguir com a indústria os desíg-nios marcados no cavalete moral? Ele deveria agir sobre a praça e manter uma língua de boa reputação? Ele deveria ser justo, misericordio-so, prudente, frugal, discreto e temperado em todas as coisas? Ele não deve fazer mal à pes-soa, à propriedade ou à reputação do seu vizi-nho?

Ele deveria enxugar a lágrima dos olhos da tristeza e encher a boca faminta de pão? Se ele

ministrar como um anjo da guarda ao lado da cama de um irmão aflito, e se a mão fria da morte for posta sobre ele, siga-o até o silencio-so local de descanso dos mortos, veja se ele está decentemente enterrado e tome cuidado que sua viúva e seu órfão não são reduzidos a penúria e desejo?

Toda a Assembléia responderia, com uma voz e um coração: - Sim, em verdade! todas essas coisas os homens devem fazer e executar, e de maneira alguma omitir!

Mas suponha que o maçom seja um pouco curioso e pergunte mais: mas diga-me pais reve-rendos, Deus existe em "Trindade" ou "Unida-de"? Quais são os "decretos eternos" do Céu, e até que ponto eles afetam os destinos individu-ais dos homens? No reino de Satanás, os perdi-dos são realmente punidos pelo fogo material, pelo enxofre e pelo chumbo derretido, ou o manto escuro de uma consciência culpada os atormenta em sua morada sombria e sem espe-rança? Existe um purgatório?

A quem Pedro legou as chaves do reino celestial em sua morte, por que sucessão elas foram transmitidas e quem as possui agora? Philip mergulhou a cabeça e os ouvidos do tesoureiro da rainha etíope na água, ou mergu-lhou o elemento emblemático no chifre de um carneiro e o derramou sobre sua cabeça, ou bor-rifou o spray cintilante em seu rosto e, assim, causou o arco-íris da esperança imortal arquear a sobrancelha? Fale-me do céu. Cadê? Quantos anjos existem? Quando e de que foram feitos? Eles comem e bebem, ou simplesmente vivem no ar do céu? Todas as almas dos homens foram feitas de uma só vez ou em momentos diferen-tes?

São faíscas da Essência Divina, ou do que foram formadas? Essas perguntas cairiam como tantas marcas de fogo na sepultura da Assembléia; haveria uma guerra de palavras entre os doutores rivais, a conferência seria adiada, sine die, em confusão, e cada homem se comprometeria com sua organização peculiar e se apegaria mais à sua própria fé.

Não pense que eu planejo com esta ilustra-

ção depreciar o cristianismo - o mais puro e melhor de todas as instituições - longe dele. Se essas divisões dos homens em referência a questões de fé especulativa estão erradas - se não foram projetadas pela Providência para fins sábios e úteis - então a falha está no homem e não no cristianismo. Instigados por uma curi-osidade exagerada, peculiar à nossa natureza, não nos contentamos em acreditar e seguir o que é claramente revelado para nós, mas esta-mos propensos a lançar-se em um mar desco-nhecido e tentar compreender mistérios não revelados, que a mente do homem pode nunca compreender até que as nuvens da mortalidade sejam retiradas de sua visão, e a alma se aproxi-me da fonte iluminadora da Sabedoria Divina!

Repito, portanto, que a alvenaria deve a pre-servação de sua unidade ao fato de ser uma Instituição de Virtudes Práticas, e não de fé abs-trata ou especulativa.

Mas não se pode inferir que a Maçonaria é destituída de fé. Ela acredita em uma sublime Loja acima, onde o Arquiteto Supremo do Uni-verso preside; e onde todos os bons maçons esperam chegar finalmente com a ajuda da escada teológica que Jacó viu em sua visão, ascendendo da terra ao céu, cujas três rodadas principais são fé, esperança e caridade - ou seja, fé na fé. Deus, esperança na imortalidade e caridade para com toda a humanidade. E nessa fé, a fraternidade, de todos os povos e religiões, concorda harmoniosamente. A alve-naria não foi projetada, no entanto, para ficar no lugar do cristianismo, mas apenas para ser-vir como uma bela serva para ela.

- "Em sua descrição das virtudes práticas da Maçonaria, e no argumento levantado sobre esse recurso em nossa Ordem, ele encontra nossa aprovação mais cordial; e a transferimos para nossas páginas, para que outros possam ter o benefício de sua leitura". - A REVISÃO MAÇÔNICA (1851)

Fonte: www.universalfreemasonry.org

VIRTUDES PRÁTICAS

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Graças aos princípios fraternos adota-dos pela Maçonaria, outras organi-zações nasceram - o Lions Clube, o

Rotary Club, o Elks Club, a Leal Ordem de Moose, os Oddfellows, os Eagles, os Cava-leiros de Pitias, o Optimist Club, The Gran-ge … A lista continua e continua.

Quase todos eles têm pelo menos sua ins-piração, se não uma base na Maçonaria, mas NENHUM deles são maçônicos.

Curiosamente, os maçons foram mem-bros fundadores do Lions Clube e do Rotary Club. Gustave E. Loehr, um pedreiro, era sócio fundador do Rotary Club (embora tenha sido fundado por Paul P. Harris, que não era pedreiro), e Melvin Jones, fundador do Lions Clube, na verdade era pedreiro. Mas, novamente, os Leões e o Rotary NÃO são maçônicos, embora tenham um grande número de maçons como membros.

Além disso, algumas Lojas eram compos-tas em grande parte, se não inteiramente, por rotarianos. A descoberta de um crachá com a roda rotativa envolvendo o par de bússolas maçônicas e a letra 'G' são evidências disso.

Uma dessas lojas é a ROTARIAN LODGE. Nº.4195: Loja maçônica para mem-bros do Movimento Rotário cujo emblema está no emblema. A Loja Rotariana nº 4195, ainda ativa hoje, de Londres recebeu seu mandado pela Grande Loja Unida da Ingla-terra em 3 de novembro de 1920. A loja tinha 29 peticionários (membros fundadores), todos os quais teriam que ser maçons. antes de solicitarem a Grande Loja para formar uma nova loja. Uma carta que acompanha a petição, de um dos fundadores, Charles Dewey, declara que os peticionários eram todos membros do Rotary Club de Londres, que na época tinha mais de 300 membros.

Este não é o único alojamento do Rotary sob a Grande Loja Unida da Inglaterra e não foi o primeiro. O primeiro foi o Nottingham Rotary Lodge No.341, formado em 1919 e mencionado na carta de Dewey. Outro foi o North Notts Rotary Lodge e, em tempos mais recentes, houve cinco outros Rotary

Lodges, o Rotary Lodge de Suffolk nº 9306, East Lancashire Rotary Lodge nº 9359, o Rotary Lodge de Norfolk nº 9367, o Rotari-an Lodge de Hong Kong 9378 e Rotary Lodge of Hampshire nº 9389. Estes últimos cinco foram formados nos últimos vinte anos.

Rotarianos mais velhos disseram que havia Rotary Clubs que só aceitavam

maçons como associados. No entanto, um decreto foi emitido pelo RI no final da déca-da de 1930, que instruiu silenciosamente esses clubes a admitir sócios não-maçônicos ou eles perderiam seus estatutos.

Fonte: https://dgll.org

ROTARY, LIONS E MAÇONARIA

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O Malhete 21O Malhete Abril de 2020

O Dia Mundial Das Doenças Raras ocorre no último dia de fevereiro de cada ano e visa

conscientizar a população sobre as doenças raras. O GOSP apoia essa causa!

Você já ouviu falar sobre a esclerose lateral amiotrófica (ELA)? E sobre a síndrome de Guillain-Barré? Elas são exemplos de doen-ças raras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que uma doença é conside-rada rara quando afeta até 65 casos em cada 100 mil habitantes. Hoje, 15 milhões de pes-soas no Brasil possuem alguma doença rara e precisam de mais visibilidade, políticas públi-cas, centros especializados, acesso a trata-mento, compreensão e respeito. Fevereiro é o mês em que se celebra anualmente o Dia Mun-dial das Doenças Raras, data criada para divulgar a existência dessas doenças e desper-tar na sociedade um olhar de igualdade, inclu-são e empatia para os raros que lutam pela vida. O Grande Oriente de São Paulo (GOSP)

abraça a causa dos raros. Em 2020, por ser um ano bissexto, a data foi

lembrada em 29 de fevereiro. Além do Brasil, mais de 70 países celebraram o Dia Mundial das Doenças Raras. De acordo com a OMS, existem cerca de oito mil tipos de doenças raras identificadas, sendo que 80% decorrem de fatores genéticos e 20% de causas infeccio-sas, virais e degenerativas. Crianças e jovens são acometidos em 75% dos casos e a maioria tem origem genética, ou seja, envolve altera-ções no DNA. Algumas dessas mutações são hereditárias e passam de pais para filhos; em outros casos, as variações ocorrem sem que tenham sido herdadas. Não há cura para a mai-oria das doenças raras e muitas não são diag-nosticadas.

No Brasil, o Instituto Vidas Raras desenvol-ve há quase 20 anos um forte trabalho de cons-cientização sobre doenças raras para a socie-dade, além de oferecer suporte a pacientes e familiares. Para a vice-presidente da institui-ção, Regina Próspero, essa área ainda é muito marcada pela falta de informação e preconcei-

to. “Acreditamos que o diagnóstico precoce seja a melhor forma de salvar vidas e, por isso, investimos em promover um diálogo sobre educação e conscientização de todas as doen-ças raras para profissionais da saúde, estudan-tes da área, gestores, parlamentares, influenci-adores e sociedade em geral”, explica Regina, que perdeu um filho com doença rara pela falta de informação na época, o que a inspirou a aju-dar pacientes e fundar o Instituto.

Para orientar e conscientizar a sociedade e a classe médica sobre a existência das doenças raras, o Instituto promove e apoia ações no Dia Mundial das Doenças Raras, como cami-nhadas de conscientização, piqueniques, mis-sas religiosas e encontros com associações, atores, políticos, pacientes e suas famílias e médicos especialistas para debaterem políti-cas públicas, legislação e melhorias para o tratamento dos pacientes raros, entre outras atividades.

Fonte: Revista Luzes

GOSP PELOS RAROS

Regina (à direita) durante encontro no Senado Federal com a senadora de São Paulo, Mara Gabrilli

SAÚDE

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Por Irmão Fritz Hadrich

Pode-se observar em toda parte que as pessoas apontam os dedos para vizi-nhos, conhecidos e também estranhos

para chamar a atenção para supostas irregu-laridades. Esquece-se que três dedos na mão com o indicador estendido apontam de volta para a pessoa.

O que isso significa? Diz o ditado: todos devem primeiro chegar à sua própria porta! Eu tenho que dar um exemplo com o meu comporta-mento antes de falar sobre o comportamento dos outros. Como você trabalha em si mesmo, em sua própria pedra bruta? Princípios orientadores, um catálogo de valores, uma orientação ajudam você a reconhecer a si mesmo e seus déficits. Uma comparação real / alvo de seu próprio comporta-mento mostra: E eu? Onde posso melhorar meu comportamento? Como uma pequena ajuda e ferramenta, criei uma lista de verificação para ela:

· Decência - A decência determina nossas maneiras e nosso modo de vida. Nosso sentimento é pronunciado pelo termo "de-cência". Nosso julgamento sobre "com-portamento indecente" é ainda mais preci-so.

· Sinceridade - A honestidade na conversa é o começo da confiança mútua. No entan-to, também espero isso do meu interlocu-tor.

· Modéstia - Muitos de nós aprendemos quando crianças a não pegar o pedaço maior do bolo e se gabar. Gabar-se e exi-bir-se é moda, mas de modo algum simpá-tico.

· Prudência - Você pode impedir que o pior seja prudente. Quando se trata de ação deliberada e controlada, a mente tem van-tagem.

· Honestidade - Se você é honesto, tam-bém é honrado. Pessoas que defendem seus déficits e curiosidades e não ignoram nada são honestas

· Inteligência emocional - Cuidar de nossa inteligência emocional nos permite lidar bem com nossas próprias emoções e com os desejos e emoções dos outros. Isso nos permite influenciar positivamente os conflitos sociais em nosso ambiente.

· Trabalho duro - Demonstramos diligen-temente nossa determinação em lidar com nossos déficits em contraste com a ociosi-dade.

· Serenidade - A serenidade ajuda em todas as situações e é um pré-requisito importante para uma vida bem-sucedida em conjunto.

· Simplicidade - O ângulo reto me lembra simbolicamente a justiça e a franqueza em minhas ações.

· Senso de justiça - Essa é uma atitude de caráter que damos à luz. Somos obrigados a proteger a dignidade humana e a evitar injustiças.

· Não-violência - A não-violência segue a crença de que a violência ou a ameaça de violência não resolve problemas. Os representantes conhecidos dessa linha de pensamento são Jesus e Mahatma Gandhi.

· Consciência - Ela descreve o nível de autocontrole, precisão e determinação que são inerentes a uma pessoa. Sigo o conselho da minha consciência que não é enganoso.

· Bondade - Uma pessoa boa é uma pessoa que tem uma atitude benevolente, amigá-vel e perdoadora para com os outros. Ele-mentos de bondade estão fazendo o bem e a compaixão.

· Ter uma boa vontade - Somente a boa vontade pode ser considerada boa, sem restrições, diz Kant.

· Prudência - É aconselhável agir de forma adequada e proativa em uma situação. A sabedoria é uma das quatro virtudes car-deais (de acordo com Platão: justiça, moderação, bravura e sabedoria).

· Piedade - Ao sentir pena de pessoas e ani-mais necessitados, não apenas nossos corações são desafiados, mas nossas ações para tornar a vida mais fácil para os outros, tanto quanto possível.

· Não seja mais do que parece - Isso signi-fica auto-limitação voluntária e reconhe-cimento dos próprios limites.

· Moderação - Manter a medida é a mãe de todas as virtudes.

· Sentido de ordem - A palavra sentido foi adicionada à ordem das palavras para lem-brar a ordem dos sentidos.

· Sentido do dever - A forma abreviada é: Proteger os direitos dos outros e servi-los, se possível.

· Pontualidade - A impontualidade deve ser evitada porque significa degradar o outro.

· Honestidade - Em uma comunidade, você se comporta honestamente com sin-ceridade, honestidade e lealdade.

· Respeito - O respeito é uma forma de apre-ciação, atenção e respeito pelos outros.

· Beleza - A beleza representa os termos

estética, harmonia, simetria e dignidade de nossas ações.

· Autoconhecimento - Reconhecer seus próprios pontos fortes e fracos é o pré-requisito para a melhoria desejada, traba-lhando consigo mesmo.

· Economia - Essa virtude visa o uso mode-rado de dinheiro, bens e natureza. No que diz respeito aos seus próprios fundos, é generoso o suficiente para doar.

· Força - Ser forte é a capacidade de lidar com circunstâncias adversas na minha vida.

· Bravura - E uma virtude cardinal que expressamos hoje com a palavra coragem civil.

· Tolerância - É o esforço de aceitar aque-les que pensam de maneira diferente. Fre-derico, o Grande, disse: Conosco, todos podem ser salvos à sua maneira.

· Incorruptibilidade - É incorruptível se você valorizar seus próprios valores éti-cos mais do que vantagens pessoais.

· Perdoar - Perdão e generosidade é a capa-cidade de perdoar em vez de vingança e retribuição.

· Sabedoria - Sábio é uma pessoa com uma compreensão de relacionamentos e solu-ções de problemas que são coerentes e significativas. Naturalmente, viver com essa virtude é mais fácil para os idosos com sua experiência de vida.

· Relutância - Um bom conselho para a vida cotidiana é: mantenha a boca fechada mais do que o normal. "Cale a boca" ou "pare" em situações críticas certamente não é um sinal de fraqueza ou perplexida-de.

· Confiabilidade - Você pode confiar em pessoas confiáveis e pode ter certeza da ajuda deles, mesmo em situações críticas.

Depois de todos esses pontos, a pergunta pode ser feita: e eu? Uma resposta justa é: nem sempre para o melhor. Ainda há muito o que fazer.

Fonte https://freimaurerei.de

DA DECÊNCIA À CONFIABILIDADE

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