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O Malhete INFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL Linhares - ES, Março de 2020 Ano XII - Nº 131 [email protected] Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J OS PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE SIÃO A FORÇA SIMBÓLICA DE NOTRE DAME DE PARIS CONJECTURAS DE UM MAÇOM IDOSO MAÇONARIA E A ESCRAVIDÃO SÃO JOÃO EVANGELISTA MAÇONARIA E "BASTA" O HOMEM NO ESPELHO

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O MalheteINFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL

Linhares - ES, Março de 2020Ano XII - Nº 131

[email protected]

Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

OS PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE SIÃO

A FORÇA SIMBÓLICA DENOTRE DAME DE PARIS

CONJECTURAS DEUM MAÇOM IDOSO

MAÇONARIA E A ESCRAVIDÃO

SÃO JOÃO EVANGELISTA

MAÇONARIA E "BASTA"O HOMEM NO ESPELHO

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete02 O MalheteMarço de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

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O Malhete 03O Malhete Março de 2020

No último dia 12 de fevereiro, na sede da nossa Grande Loja, reali-zamos o I Café do Empresário

Maçônico com a participação de 150 Irmãos.O evento contou com a presença do nosso Grão Mestre, Walter Alves Noronha; e do eminente Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil no Espírito Santo, Irmão Hélio Soares da Luz Sodré.Os Irmãos foram recepcionados com um maravilhoso café da manhã e, em seguida, proferimos uma palestra sobre Gestão da Qualidade com Produtividade, durante a qual colocamos para os Irmãos a necessi-dade de sempre buscarmos qualidade nos serviços e produtos, ante a exigência do mercado e da competitividade.Numa dinâmica um pouco diferente, foi oportunizado a cada Irmão que se apresen-tasse, de forma bem objetiva, colocando principalmente qual sua atividade no mundo empresarial. Foi um sucesso! Encerradas as apresentações o Grão Mes-tre agradeceu a presença de todos e já ficou encaminhado o II CAFÉ, em razão do sucesso alcançado.Na saída, voltamos em beber um cafezi-

nho, e os Irmãos tiveram a oportunidade de trocaram cartões e folders. Alguns inicia-ram conversar concretas sobre negócios.Quando o Grão Mestre me compartilhou da ideia do Café, achei fantástica, pois o objetivo era aproximar os Irmãos empre-sários, para os mesmos se conhecerem e conhecerem atividades do outro.Muitas vezes, algum Irmão oferece um ser-viço ou produto no mercado, e outro Irmão busca esse mesmo produto/serviço. O Café teve essa finalidade: oportunizar negóciosPelo Feedback que recebemos, o objetivo foi amplamente alcançado e, como dito, estamos programando o II Café, na certeza que a participação dos Irmãos será maior e consequentemente mais negócios surgi-rão.Estamos estudando a possibilidade de

fazermos este evento nas regiões, para oportunizar aos Irmãos do interior a possi-bilidade desta aproximação. Estamos con-versando neste sentido, e iremos fazer o possível para realizar. Nossa Grande Loja tem buscado cada vez mais realizar eventos para integrar as Lojas e Irmãos, fazendo que os nossos laços fraternos fiquem efetivamente mais estreitos, e possamos contribuir para um mundo melhor.

Saudações Fraternais!!!

Valdir Massucatti. Grão Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo.

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Por Kennyo Ismail

No último dia 22 de fevereiro vimos uma avalanche de mensagens de imagens comemorativas do tal Dia

Internacional do Maçom, supostamente aprovado por unanimidade por uma comis-são em uma Conferência de Grão-Mestres da América do Norte e posteriormente decretado pelo GOB.

A data é comemorativa ao aniversário de George Washington, primeiro Presidente dos EUA e o maçom mais proeminente daquele país. O interessante é que, até onde se verificou, nenhuma das Grandes Lojas norte-americanas que compõem a Confe-rência adotam e observam o suposto Dia Internacional. Algumas comemoram o ani-versário de Washington, mas não mencio-nam a data como Dia do Maçom. Nem mesmo as Grandes Lojas do Canadá e a do Rito de York do México, que também com-põem a Conferência, comemoram a data.

Entretanto, neste 22 de fevereiro de 2020 a Grande Loja Legal/Regular de Portugal

comemorou o Dia Internacional do Maçom. Logo, tecnicamente, é algo internacional, visto ser observado por obediências de dois países: GOB (Brasil) e GLLRP (Portugal).

A razão de nenhuma Grande Loja que compõe a Conferência em que supostamen-te teria sido aprovada a data não a adotar, enquanto duas obediências visitantes da con-ferência adotam, é um mistério que persiste.

Ainda, fica a dúvida quanto qual comis-são teria supostamente apreciado esse tipo de proposta: Planejamento, Hora e Lugar (definir data e local de outras reuniões), de Nomeação (avalia indicações para oficiais e membros de comissões), de Reconheci-mento, de Renovação Maçônica. Nenhuma teria o escopo para esse tipo de proposta.

E, por último, ainda fica a dúvida de como uma obediência visitante, que não tem voz e voto na Conferência, teria supostamente apresentado uma proposta, ainda mais fora do escopo e dos objetivos da conferência.

Infelizmente, os dois visitantes da Confe-rência de 1994 que voltaram dando notícia do Dia Internacional do Maçom às suas

jurisdições, Francisco (GOB) e Fernando (GLLRP), já não se encontram mais entre nós. E, passados mais de 25 anos, ninguém consegue confirmar com a Conferência de Grão-Mestres da América do Norte a supos-ta decisão. MAS, ela é, de fato, comemora-da em duas jurisdições de países distintos, o que, tecnicamente, a torna Internacional (mais precisamente, Binacional).

O TAL DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM

02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete04 O MalheteMarço de 2020

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O Malhete 05O Malhete Março de 2020

Por Jérôme Touzalin

A força do simbólicoHá um evento de notícias recentes que

ilustra o ponto em que me perguntaram sobre o simbolismo: quero falar sobre o incêndio na Catedral de Notre Dame em Paris.

O que aconteceu? Um incêndio ... afinal, o que é mais comum que um incêndio, exis-te quase todos os dias, grandes ou pequenos ... não há, portanto, nenhuma razão para con-siderar outra coisa senão a lamentável devastação das chamas, que reduz madeira e um teto, sim, mas lá é o fogo de um local de culto, já, sutilmente, sentimos que estamos mudando de natureza na percepção do even-to, l 'a abordagem se torna mais profunda, a emoção cresce ainda mais, pois não é uma capela ou uma igreja simples, que já seria eminentemente triste, mas uma catedral ... e não n' não importa qual: Catedral de Notre Dame de Paris ... estamos entrando em outra dimensão ... nosso sentimento interior do evento é amplificado à medida que as cha-mas continuam a assolar o edifício ...

Poderíamos dizer então que a emoção nas-cida do evento diz respeito, de fato, apenas àqueles que compartilham a fé específica e muito específica da religião que é ilustrada por esse edifício ... em outras palavras: os católicos. Mas não, transborda, vai além do Deus local aqui em representação ... agora a emoção se apodera até daqueles que vêem Deus sob uma abordagem diferente, judeus, muçulmanos, ortodoxos, protestantes e outros ainda: aqui todos os crentes estão em chamas por sua vez, se eu ousar dizer ... lógi-co que alguém pensa, a comunhão espiritual abraça corações e almas quando ocorrem desastres ... a palavra comunhão assume todo o seu significado lá ...

Mas esse ímpeto da comunidade se torna, nesta ocasião, um tsunami, porque até supe-ra os agnósticos, ateus, aqui estão eles que são tocados, e então entram no círculo, até vemos alguns chorando como bons cristãos! No entanto, de Deus, eu não diria que eles não se importam, mas é que eles não preci-sam que ela tenha uma vida espiritual eleva-da e uma vida diária moralmente impecável.

O que está acontecendo então?É porque estamos tocando aqui a força

simbólica que derruba tudo em seu cami-nho, que derruba as diferenças para unir tudo em um senso comum e em um impulso

coletivo. A Catedral não é mais apenas um local de culto que encerra um ensinamento particular; conecta, sem religião desta vez, todos os seres humanos, todos unidos na mesma transcendência.

Os símbolos em sua elevação celestial se tornariam a pedra angular de tudo?

A catedral não é mais catedral. Torna-se o local supremo da reunião do pensamento sagrado dos homens e sua história secular.

A Catedral não é mais uma catedral, mas se torna o local de esperança comunitária para os homens que buscam se relacionar com o tempo que os excede e no qual dese-jam deixar sua marca histórica.

O que as várias religiões não conseguem fazer, cada uma orando por sua própria con-ta, o poder do simbólico, consegue: reunir os humanos em um momento comum e com-partilhado de elevação ... e fica ao redor de uma catedral em chamas que isso está acon-tecendo. Nesta visão do apocalipse, ela rea-liza seu escritório mais bonito lá.

Esse poder superior do simbolismo, conhecemos isso muito bem na Maçonaria, porque com cada equipamento afundamos em uma floresta de símbolos. Aqui, tudo, absolutamente tudo, é um símbolo. O menor objeto, a decoração, as palavras, os movi-mentos, as posturas, os gestos ... tudo é um diálogo entre a aparência material e o que é sussurrado além da realidade.

Mas é necessário ter uma boa audição para ouvir os símbolos falarem, essa delica-deza da percepção, é todo o processo iniciá-tico posto em prática que o leva ao longo dos passos de nossos diferentes ritos.

Você precisa ouvir o toque da bússola: "Minha função não é apenas desenhar círcu-los, estou aqui para dizer que represento o pensamento que sobrevoa a matéria e eleva

o homem", devemos ouvir o fio prumo diga que ele não quer ser levado apenas pelo servo que indica a vertical rígida que possi-bilita a construção, mas que é a virtude certa com a qual o homem deve enfrentar as esco-lhas da vida, é necessário ouvir a pedra que sussurra que não é estupidamente esquecida em um canto da parede, mas que de seu lugar, onde quer que esteja, participa do todo e contribui para a aventura de todos ... como cada um entre nós na sociedade.

O simbolismo é um discurso universal-mente compartilhado e compreendido, uma maneira de derrotar a Torre de Babel que desfoca a mensagem, uma maneira de trans-cender as religiões em sua competição.

Isto é simbolismo, isto é Maçonaria, e esta é a mensagem que também estava cre-pitando nas chamas que incendiou nossa soberba catedral de Notre-Dame e que foi ouvida em todo o mundo.

(*) Jérôme Touzalin é um dramaturgo, membro do Conselho da Ordem, da Grande Loja Tradicional e Moderna da França .

Fonte: https://www.gadlu.info

A FORÇA SIMBÓLICA DE NOTRE DAME DE PARIS

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete06 O MalheteMarço de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

Autor: Ir\Márcio dos Santos Gomes

Irremediavelmente chegamos a um momento da vida maçônica em que a deficiência da força e do vigor da juventude colhe suas con-

sequências. O nosso trabalho já não é requisitado e as contribuições até então realizadas deixam de ser reconhecidas. Temos uma leve desconfiança de que, após anos de entrega, no nosso entorno as coisas começam a ficar diferentes.

Muitas das vezes, olhamos para os lados e não vemos mais aqueles diletos irmãos que valoriza-vam a nossa companhia e conosco se empenha-ram na senda maçônica e, hoje, repousam mereci-damente no Oriente Eterno.

Novos irmãos, novas energias, disputa por ocu-par espaços, firulas políticas, competições. Os valores, os fundamentos, continuam os mesmos, mas revestidos de novas roupagens e com leituras mais “atualizadas”, que nos fazem sentir que nos-sas habilidades estão caindo em desuso. Quem sabe não é hora de partirmos para outras ativida-des? Nesse admirável mundo novo, não é bom ficarmos onde não há mais espaço para enfrentar embates, contribuir com sugestões, nem mesmo para ser ouvido. Ainda tem muita vida lá fora! E vida não digital!

Não resta dúvida de que a idade costuma com-prometer capacidades cognitivas como a memó-ria e a rapidez de aprendizagem, que podem ser compensadas por outros atributos, hoje as conhe-cidas habilidades transversais (soft skills), como experiência, conhecimento, espírito de liderança,

colaboração, capacidade de gestão, de comunica-ção (oral refinada e escrita de primeira) e empatia. Costumamos ser um pouco mais lentos ao lidar com telas, dispositivos eletrônicos e as redes soci-ais tão naturais na geração digital e o novo normal que ai está. Para nós, estar conectado tem outro sentido. Trabalhar seguro nas nuvens, também! Ser controlado por um algoritmo, assustador. Encenar um olhar fresh sobre os “problemas”, meu Deus! Linkedin?? vade-retro!

Não se pode avaliar competências e capacida-de pelos aniversários acumulados. Isso é tenden-cioso e discriminatório. Sejamos jovens ou velhos, os critérios de avaliação são outros. Vivências podem viabilizar soluções e contornar riscos. É preciso que fique bem claro: idoso é aquele que tem muitos anos e velho aquele que acha que sabe tudo, que já está pronto. A Maçona-ria nos ensina a vencer os preconceitos, que no caso vertente se consuma na rejeição a estereóti-pos, cabendo-nos propugnar por avaliações inte-ligentes, criteriosas e imparciais.

Nada de dramas, lamúrias ou rabugice, mesmo quando dizem que somos idosos vaidosos, que é uma rima rica e deixa-nos como aquele emoji da carinha pensativa do WhatsApp. Será verdade? Uma coisa é certa, às vezes falamos muito, mas temos convicção de que tempo de Ordem não põe mesa, a travessia sim, e ainda temos muito a lapi-dar. A nossa régua é individual. O importante é que a vivência nos permite reconhecer e valorizar nossos acertos, as marcas que deixamos, o nosso legado, e a aprendizagem decorrente dos erros cometidos. O prazer é olhar para trás e contemplar o caminho seguro que edificamos para a sustenta-bilidade da Ordem.

E esse amadurecimento nos enseja a vislum-brar que agora é o momento de colher o que plan-tamos junto aos nossos familiares e amigos, aque-les a quem tornamos felizes durante nossa cami-

nhada. E precisamos ter clareza de propósitos para encarar esse novo estágio dessa experiência material do espírito. O futuro talvez não seja mesmo onde pensamos que estamos.

Ah, antes que caia no esquecimento! Quem for curioso que pesquise no Google “A Fábula do Cachorro Velho”. A narrativa encerra um grande aprendizado: “não mexa com cachorro velho… idade e habilidade se sobrepõem à juventude e intriga. Sabedoria só vem com idade e experiên-cia”. Enfim, continua valendo o ditado: os inco-modados que se …….. E, sendo esta uma reflexão fictícia, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

“Para o ignorante, a velhice é o inverno da vida; para o sábio, é a época da colheita” (Tal-mude)

Autor: Márcio dos Santos GomesMárcio é Mestre Instalado da ARLS Águia das

Alterosas – 197 – GLMMG, Oriente de Belo Hori-zonte, membro da Escola Maçônica Mestre Antô-nio Augusto Alves D'Almeida, da Academia Mine-ira Maçônica de Letras

Fonte: O Ponto Dentro do Círculo

CONJECTURAS DE UM MAÇOM IDOSONão sejamos velhos tolos. Sejamos sábios idosos. Para tanto, temos que ser humildes (M.S. Cortella)

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O Malhete 07O Malhete Março de 2020

Amados irmãos, tempos nebulosos pai-ram sobre a Ordem Maçônica nos últi-mos anos. Estamos vivenciando confli-

tos estéreis, desagregadores, onde imperam as vaidades pessoais em detrimento da verdadeira doutrina da Paz, Harmonia e a Concórdia, a tri-plice argamassa que constrói a história da huma-nidade em um caminhar altruístico e de melho-ramento ético, moral, material e espiritual.

O diálogo é o único caminho para se conquis-tar a efetivação da paz, em todos os níveis, ins-tâncias e segmentos da sociedade Maçônica. No fundamento do diálogo, está o enorme desafio do entendimento. Os desajustes nas dinâmicas que levam ao entendimento prejudicam a busca pela verdade, não possuída, em caráter absolu-to, por ninguém - por nenhuma autoridade de nossas esferas superiores Geral, Estadual, ou Local . Só se aproxima da verdade quem dialo-ga. Essa constatação se aplica na administração de situações que ocorrem no ambiente domésti-co, nas que se relacionam ao ambiente profissio-nal, ao exercício da cidadania, dentro da coleti-vidade Maçônica e também nas grandes tratati-vas de relações políticas internacionais. Buscar a paz acima de tudo é abrir-se ao diálogo. Só o entendimento conquistado pelo diálogo possi-bilita o avanço na direção da paz. O distancia-mento desse dom de Deus é resultado da incom-petência para o diálogo. Nesse ponto, há um detalhe de grande importância a ser observado para que o dialogar permita o entendimento e, consequentemente, o aproximar-se da verdade. Trata-se da superação das visões de mundo estreitas, que impossibilitam os avanços neces-sários para se alcançar a paz a partir do diálogo. É o Doutrinar do Ego Maçônico de muitas lide-ranças, que deveriam merecer o Rotular de líde-res e não olharem para seus próprios umbigos.

É interessante pensar, como exemplo que

clarifica essa análise, em um conflito de ordem familiar e aí incluo a família Maçônica , basea-do nas diferenças entre gerações. A velocidade das mudanças culturais e tecnológicas que afe-tam de modo mais intenso os jovens, localizan-do-os numa dinâmica muito peculiar de vida e de compreensão, não raramente colide com as visões, posturas e escolhas da geração adulta. O convívio de diferentes perspectivas requer boa administração para que o diálogo não fique comprometido e, consequentemente, falte paz às Lojas e Grandes Orientes ou Grandes Lojas. A competência para o diálogo é necessária na articulação do conhecimento, no uso das tecno-logias e na compreensão das mudanças cultura-is.

Caminhar rumo à paz, a partir do diálogo que leva ao entendimento, exige sensibilidade soci-al e política. O tipo de orientação que se dá à vida no exercício das próprias responsabilida-des tem consequências que podem ser graves. Pode-se avaliar, entre as diversas e importantes situações, a reunião de um grupo em determina-do desarmamento de posturas em prol do bem comum. Se a visão de mundo desses represen-tantes da Maçonaria for equivocada, se agirem orientados a partir de interesses cartoriais - o que indica pouco compromisso com o interesse do povo maçônico -, somente serão capazes de oferecer respostas medíocres diante das muitas necessidades sociais, estruturais e institucionais que a Globalização está trazendo em célere velo-cidade , a todas as instituições da sociedade, inclusive a nossa amada Maçonaria, que precisa de respirar novos ares , novas posturas, nova caminhada nos tenebrosos percalços do secta-rismo que teima em nos dividir continuadamen-te. Levando ao degladiamento dos irmãos em desnecessárias intrigas malfazejas que somente desagregam e destroem a Égide da verdadeira Fraternidade Universal.

A referência ao diálogo como caminho para a paz emoldura o conjunto de outros âmbitos e incursões que precisam permanentemente ser bem tratados. Do diálogo entre diferentes “ lide-ranças”, passando pelo respeito aos direitos da Ordem e dos irmãos , a responsabilidade no cui-dado com o bem comum- livre da ganância, em

parâmetros de verdadeira sustentabilidade das relações institucionais fraternais-, até o primor-dial combate à pobreza de valores morais, aqui a pior delas: as vaidades pessoais e a arrogância dos pseudo-líderes, como condição indispensá-vel na construção e conquista da paz.

Curioso é que o instrumento contemporâneo das redes sociais e toda a tecnologia digital à disposição, eivadas de informações, podem ter sua força de serviço enfraquecida e comprome-tida por conta da incompetência individual de dialogar em busca da verdade. Mal maior for-ma-se quando desmorona o mais importante santuário de cada pessoa: a sua consciência. Esse importante lugar para o diálogo, em função de interesses, com o objetivo de elaborar justifi-cativas e de esconder razões espúrias, torna-se ambiente em que mentiras ganham aparência de verdades. Corrompida a consciência, não have-rá mesmo saída para a paz.

A incompetência para o diálogo que constrói a paz impossibilita que sejam alcançadas as mui-tas soluções necessárias, induz a muitos irmãos à pensar, erroneamente, que a solução de suas crises depende apenas da divisão e não da manu-tenção das forças. Juntos somos imbatíveis, divi-didos somos fracos e fadados a ficarmos na esteira da evolução, relegados a Perpetuar uma dinâmica cultural e Institucional, da dependên-cia e da mediocridade. É hora de investir na Apli-cação da Doutrina Maçônica e na educação para o diálogo a partir da convicção incontestá-vel de que ele é o caminho para a paz.

Pratiquemos aquilo que é e sempre será a trí-plice argamassa com que se ligam as nossas Obra s : ” A PAZ, A HARMONIA E A CONCÓRDIA.

Que a paz volte sempre a reinar em nossas colunas.

EXISTE CAMINHO PARA A PAZ

NA MAÇONARIA BRASILEIRA?

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete08 O MalheteMarço de 2020

No Oriente Médio, sempre existiu um duplo padrão em que a classe dominante poderia praticar a

Maçonaria em segredo, embora ainda imponha uma proibição à Maçonaria em seu país para apaziguar os clérigos, bem como os fundamentalistas e os extremis-tas. Existem certos primeiros-ministros e presidentes que atualmente se dedicam à atividade maçônica em particular, geral-mente clandestinamente e sub-rosa, outras vezes fora do país, exatamente como Ara-fat e o rei Hussein fizeram ao mesmo tem-po. Vários diplomatas, empresários e aca-dêmicos de países islâmicos pertencem a lojas do GLNF, onde seus membros podem ser mantidos em sigilo, pois geralmente é uma questão de vida ou morte. Existem lojas na Arábia Saudita, incluindo pelo menos uma em uma instalação militar. Existem lojas em Marrocos, e atualmente o Líbano tem mais lojas grandes e grandes orientes do que se pode acompanhar.

O mundo da Maçonaria nos países islâ-micos não é facilmente penetrado por pes-quisadores que dependem apenas do meca-nismo de busca na Internet para se reunir. É preciso ter mais recursos do que isso. A sub-mersão na experiência é necessária para perfurar os véus dos países islâmicos, onde lojas como a que um grupo de Army Ran-gers abriu a porta em Bagdá em 2003, opera em segredo. Há uma Loja Maçônica ainda trabalhando no Cairo, por exemplo, mas ainda vemos discussões públicas em fóruns na Internet, onde aqueles que estão longe do mundo subterrâneo da Maçonaria no Oriente Médio estão ocupados insistin-do que tais coisas não existem simples-mente porque existe uma proibição oficial e / ou citação da falta de um site para vali-dar essas coisas.

Pode interessar a essas partes saber que o rei Hussein (1935-1999) foi iniciado nos mistérios da Maçonaria em 17 de maio de 1959 em Amã, na Jordânia. O Mestre Venerável para o curso foi Hanin Kottini, Venerável Mestre, grão-mestre da Grande Loja do Líbano e grão-mestre honorário do Grande Oriente da Itália. Então, o rei Hus-sein foi novamente iniciado em 20 de outu-

bro de 1963 em Amã durante uma cerimô-nia privada organizada por W.Bro Jan Onderdenwijngaard, um influente maçom holandês que estava ativo na Jordânia e no passado mestre da loja Via Lucis no. 161, Haia, sob o Grande Oriente dos Países Bai-xos. Onderdenwijngaard faleceu em 1973, após uma distinta e às vezes tumul-tuada carreira no ofício, onde montou os dois lados da barreira da regularidade. O rei Hussein prosseguiu como membro ativo da Grande Loja do Líbano e dos paí-ses de língua árabe e, posteriormente, tor-nou-se o Grão-Mestre da Grande Loja da Jordânia. Ele também se juntou ao Grande

Oriente do Santuário Soberano da Itália do Rito Antigo e Primitivo do Rito de Memp-his-Mizraim. Uma parte seleta das roupas maçônicas do rei está em exibição no pequeno museu do Palazzo Vitelleschi, em Roma, incluindo um martelo que o rei Hus-sein havia originalmente doado ao Sobera-no Grão-comandante e grão-mestre Gio-vanni Ghinazzi.

Fonte: Pedreiro Antropológico

HUSSEIN BIN TALALREI DA JORDÂNIA

MAÇONS ILUSTRES E FAMOSOS

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O Malhete 09O Malhete Março de 2020

Enquanto muitos dos grandes libertado-res da humanidade foram incluídos na história como ícones da evolução civil,

muitos outros foram varridos no tempo, ape-sar de suas realizações valentes. A Maçonaria ensina seus iniciados a lutar sempre pela causa da liberdade humana, se somos reconhecidos por este trabalho ou não. Toussaint Louverture era uma alma tão corajosa, lutando incansa-velmente pela independência de seu país natal, o Haiti. Ele talvez tenha sido a força mais influente na liberação final da França imperial e dos males da escravidão.

Embora os registros da época sejam escas-sos, parece que Louverture nasceu escravo na plantação de Breda, supostamente o bisneto do rei de Allada nos dias atuais do Benin. Esti-ma-se que Louverture tenha nascido entre 1739 e 1746. De acordo com uma licença de casamento, Toussaint ganhou sua liberdade no ano de 1776, aos 33 anos, mas a autenticidade deste documento não pode ser confirmada. Embora não exista evidência direta da partici-

pação de Toussaint na Maçonaria, vários docu-mentos ostentam sua assinatura acompanhada de símbolos maçônicos que seriam desconhe-cidos pelos não iniciados na época devido à disponibilidade limitada de informações sobre a Maçonaria. A filiação no Ofício de vários de seus camaradas íntimos, tanto em preto quanto em branco,

Quando as tensões começaram a ferver entre os escravos que buscavam a liberdade e seus senhores coloniais na época da Revolu-ção Francesa, Louverture aceitou o chamado para lutar pela libertação de seu povo e nação. Começando como tenente em um dos princi-pais grupos de resistência, ele logo se viu no comando da execução de seu ex-general. Lutando contra o novo governo francês pelo controle da ilha, ele demonstrou uma capaci-dade natural de liderança e ação decisiva mili-tar e diplomática. Em uma série de vitórias militares impressionantes, Louverture retro-cedeu os exércitos superiores dos colonos fran-ceses e britânicos e conquistou os corações e as mentes do recém-libertado povo haitiano.

Temendo a força de um Haiti unido, o futu-ro imperador Napoleão Bonaparte enviou uma expedição de 1.000 tropas francesas de elite para a ilha que prenderiam Louverture e o levariam de volta à França, onde morreria na

prisão. Embora o legado de Louverture seja minado no período logo após sua morte por seus sucessores, ele resistiu ao teste do tempo e hoje é lembrado como um dos heróis da nação e a maior força na conquista de sua inde-pendência. Em Toussaint Louverture, encon-tramos um verdadeiro exemplo de um maçom inspirado buscando liberdade e fraternidade acima de tudo. A dedicação de Louverture à sua causa e ao bem-estar da humanidade aca-bou por lhe custar a vida, mas na morte sua memória inspirou os oprimidos em todo o mundo a fazer mais do que jamais poderia viver.

Fonte: www.universalfreemasonry.org

TOUSSAINT LOUVERTUREToussaint Louverture foi um libertador, líder militar e governador geral do Haiti que redigiu a Constituição da república com princípios maçônicos, garantindo sua autonomia futura.

MAÇONS ILUSTRES E FAMOSOS

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete10 O MalheteMarço de 2020

udeus e maçons se uniram para tentar domi-

Jnar o mundo? É esse conteúdo que o texto conhecido por Protocolo dos Sábios de

Sião apresenta. Quais eram os objetivos des-tes dois grupos? Como eles chegariam até lá? O conteúdo é verdadeiro? Essa história deu muito o que falar no começo do último século e muita gente inocente acabou morrendo.

O que são os sábios de Sião?Conhecido por Os Protocolos dos Sábios de

Sião, ou Protocolos de Sião, consiste em um texto antissemita que alega conspiração entre judeus e maçons com o objetivo de domina-rem o mundo por meio da destruição total do planeta. Esse texto foi escrito durante o perío-do em que a Rússia vivia um czar, sendo tradu-zido para outros idiomas após a Revolução Russa de 1917.

Segundo o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos, esse texto serviu para influenciar o nazismo e o ódio alemão contra os judeus. De acordo com publicação de 1921 do jornal londrino The Times, escrita por Phi-lip Graves, o texto era falso e contava com diversos trechos plagiados de Diálogo no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu, uma obra do francês Maurice Joly.

Qual a origem dos Protocolos dos Sábios de Sião?

De acordo com pesquisas feitas por histori-adores, o objetivo dos Protocolos dos Sábios de Sião era político. Os russos desejavam afir-mar a posição global do Czar Nicolau II, dessa forma desenvolveram um texto indicando que alguns grupos trabalhavam juntos para domi-nar o mundo, além disso, estes grupos eram

rivais dos russos.

Como é o texto original?A versão original dos Protocolos dos Sábios

de Sião foi escrita em uma ata. Segundo afir-mavam na época, teria sido redigido por uma pessoa durante um congresso realizado em uma assembleia na Basileia, uma das maiores cidades da Suíça, em 1898. Conta ainda que sábios judeus e maçons haviam se unido para traçar estratégias de dominação global.

O que está escrito no Protocolo de Sião?O texto relata a suposta reunião entre jude-

us e maçons acontecida no século XIX. Os planos desenvolvidos incluíam mudar os valo-res morais do mundo não-judeu, os banquei-ros judeus passariam a controlar a economia mundial, os judeus tomariam controle da imprensa e outras medidas para causar a des-truição da civilização. No total são apresenta-dos 24 protocolos, muitos deles com informa-ções parecidas.

O capítulo 3 fala sobre Métodos de Con-quista, citando que o Povo Judeu é arrogante e corrupto. No capítulo 7, com o tema Profecia de uma Guerra Mundial, fala sobre discórdias internas e o Sistema Judiciário. Mais adiante, no capítulo 12, O Reino da Imprensa e do Poder, fala sobre liberdade, censura e publici-dade. O último capítulo é O Governante Judeu, que seria uma espécie de monarquia.

Quais seriam os planos dos Sábios de Sião?

Entre os supostos planos traçados da união entre judeus e maçons, estava a utilização de um país europeu como exemplo para os dema-

is, sobre o que não deveria ser feito. Buscari-am controlar a extração e a venda de ouro e outras pedras preciosas. E passariam a con-fundir as nações, a ponto de criarem organiza-ções para interferirem em países que se rebe-lassem.

Os Protocolos dos Sábios de Sião são fal-sos?

Sim. Foram feitas algumas investigações para provar que o conteúdo apresentado ao mundo não era verdadeiro e se tratava de um embuste, que nada mais é do que uma obra ou um documento criado com o objetivo de pare-cer real. O que mais convenceu a sociedade foram os artigos publicados pelo The Times, entre os dias 16 e 18 de agosto de 1921.

Segundo as pesquisas feitas pelos ingleses, o conteúdo não era original. Seria um plágio de Serge Nilus de sátiras políticas encontradas no livro “O Diálogo no Inferno entre Maquia-vel e Montesquieu”, publicado em 1865 e escrito por Maurice Joly. Um ano antes, tam-bém em Londres, já haviam tentado provar a falsidade dos Protocolos de Sião.

Quem escreveu os Protocolos de Sião?As investigações apontaram que a história

envolvendo os judeus e os maçons foi criada por um novelista alemão chamado Hermann Goedsche, que era antissemita e teria utilizado o pseudônimo John Retcliffe. Mesmo com a comprovação de falsidade, Adolf Hitler teria utilizado esse conteúdo para justificar a morte de milhares de judeus ao longo de uma década antes da Segunda Guerra Mundial. Para os nazistas, mesmo 30 anos depois da descoberta do texto a ideia ainda vivia.

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OS PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE SIÃO

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O Malhete 11O Malhete Março de 2020

Henry Ford e os Protocolos dos Sábios de Sião

Um dos homens mais poderosos do início do século XX, idealizador de uma linha de montagem para automóveis, Henry Ford foi um propagador desta fake news. Os Protoco-los de Sião chegaram a ser publicados no Dear-born Independent, de Michigan, nos Estados Unidos, que era de propriedade do empresá-rio. Mesmo com as citações de que o texto era falso, o jornal de Ford continuou na mesma linha.

Versão em português dos Protocolos de Sião

A primeira versão apresentada no Brasil, em Língua Portuguesa, foi feita pelo advoga-do, professor, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta e romancista brasileiro Gus-tavo Barroso, que ainda era diretor do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro e presi-dente da Academia Brasileira de Letras. A publicação veio pela Editora Civilização Bra-sileira.

Homem assumiu a autoria dos Protoco-los de Sião

Anton Idovsky, um russo, assumiu em 1931 que havia falsificado Os Protocolos dos Sábi-os de Sião. De acordo com a história contada pelo velho, teria tomado tal atitude após um judeu, que era gerente de um banco, ter lhe

recusado um empréstimo. O homem disse ainda que se baseou no livro de Joly. Parecia que o caso havia sido encerrado, mas em 1933 Hitler ganhou poder na Alemanha e tinha neste texto as bases do ódio contra judeus.

Hitler e os Protocolos dos Sábios de SiãoNo livro Mein Kampf, de 1926, escrito por

Adolf Hitler é possível perceber citações indi-

cando os Protocolos de Sião. Segundo um tre-cho: “O que muitos judeus fazem inconscien-temente, aqui é exposto de forma consciente”. Hitler escreveu ainda que a ameaça judaica já durava 100 anos, mas que agora seria inter-rompida.

Fonte: https://kingolabs.com.br

Maurice Joly autor de Diálogo no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu

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A Maçonaria moderna foi inventada pelos grandes pensadores dos séculos XVII e XVIII para reunir todos os homens de

qualidade, “isto é, homens que são verdadei-ros e bons, ou homens de honra e honestidade, não importa por que nome ou convicção eles podem ser distinguidos". Eles deveriam se tornar o "centro da união" independente de suas diferenças, nem negando-as nem apagan-do-as. (O fato de as mulheres terem sido excluídas é unicamente devido ao contexto social da época; as mulheres foram posterior-mente autorizadas a participar).

A Constituição de Anderson - e Désagueli-ers também - não afirma claramente o objetivo dessa “união”, mas, logicamente, deve se esforçar para a coexistência pacífica de toda a humanidade.

Para tornar possível reunir esses “homens que são verdadeiros e bons” que, de outra for-ma, certamente teriam “mantido distância um do outro”, os fundadores da primeira obediên-cia maçônica moderna afastaram as religiões e igrejas de suas oficinas. Cerca de dez anos depois, a religião foi reintroduzida como parte dos valores trazidos pelos maçons escoceses tradicionais que viviam em Londres, que eram

católicos devotos.Foi sob essa influência que a idéia de uma

"união" entre "homens de honra e honestida-de" se transformou em uma "irmandade uni-versal"? Talvez porque os cristãos se conside-rem "irmãos". Felizmente, a influência da Igreja Católica não impediu o ideal de tolerân-cia da Maçonaria.

Os cristãos são "irmãos" porque acreditam que compartilham o mesmo "pai". Eles per-tencem à mesma "família" e somente aqueles que adotam essa visão de mundo podem fazer parte dela.

Os maçons escolheram ser irmãos livre-mente, além de qualquer vínculo pré-estabelecido.

Os cristãos geralmente acreditam que fra-ternidade é sinônimo de amor. Pode ser, esse é o ideal, mas, acima de tudo, fraternidade sig-nifica interdependência visceral. Todo mundo que tem irmãos e / ou irmãs sabe o quanto eles estão ligados, apesar de uma variedade infini-ta de personalidades, comportamentos e inte-resses que podem ser completamente opostos.

É possível que as descobertas científicas compostas desde os dias do Renascimento permitissem aos membros da Royal Academy of Sciences de Londres ter consciência da interdependência dos seres humanos e de todas as outras formas de vida. Nesse caso, o centro da união pode ser considerado como o de todo o mundo vivo. Essa crença está alinha-da com as idéias atuais de ecologia humanísti-

ca.A formidável "mecânica" da Maçonaria

moderna conseguiu criar um sentimento de fraternidade, simpatia e amor entre os mem-bros das lojas, mesmo sendo muito diferentes entre si. Esse sentimento pode se estender a todos em sua obediência, às vezes se espa-lhando para incluir várias obediências. Mas nunca abrange todos eles, apesar das repetidas e onipresentes proclamações de pertencer à irmandade universal.

A construção do centro de união ainda não foi concluída. Sem terminar este trabalho, a Maçonaria não está em posição de construir o “templo de um mundo fraterno”, que é sua razão de ser final. Isso explica, pelo menos em parte, por que a Maçonaria perdeu mais da metade de seus membros no século 20 (espe-cialmente nos Estados Unidos, mas não ape-nas lá)?

Os maçons pararam no meio de um rio, tomado pela indecisão.

Nota: O entusiasmo pelas "redes sociais" Facebook, Twitter, Whatsupp etc. mostra que as novas gerações - maçons ou não - ampliam seus horizontes em direção ao universalismo

Fonte: http://www.call-of-bratislava.com

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O Malhete 13O Malhete Março de 2020

Por Irmão Juan de la Cruz

Em nosso ofício gentil, somos ensinados a estender a mão do amor fraterno a nossos semelhantes. Amar os outros e

fazer com eles o que você gostaria que fizessem com você. Que devemos empregar nossas faculdades para o aperfeiçoamento da humani-dade é a acusação que nos é dada, e defender a justiça em perigo é nosso dever. Isso é ao mesmo tempo o que nos eleva e nos sobrecarre-ga como pedreiros, e, embora prometamos cum-prir nossas obrigações em todos os nossos atos, nossas deficiências mortais geralmente nos falham. Como nossa percepção é falível, inevi-tavelmente tropeçamos ou fracassamos com-pletamente em nossa circunscrição de desejos e delimitação de paixões, montando ao pôr do sol para matar gigantes que acabam sendo moi-nhos de vento.

A Maçonaria se esforça para melhorar os homens bons e nunca deve ser confundida como um ofício destinado a santificar os já iluminados. Erraremos, sucumbiremos ao preconceito, ao medo, a meras sombras

tornadas monstruosas pela imaginação e reais através do apego de queixas do passado não resolvidas. Contemplar essas verdades aumenta nossa capacidade de perdoar os outros, de tolerar peculiaridades e de sussurrar amorosamente o bom conselho, advertindo sem julgamento quanto à abordagem do perigo. Mas e então, quando, em nossa pressa e impulso, fazemos coisas pelas quais sentimos remorso? Como administramos nosso próprio aperfeiçoamento e cura diante de ferimentos infligidos por nossas próprias mãos àqueles que consideramos mais queridos em nossos corações?

O caráter de um homem deve ser medido não apenas pelo cuidado que ele toma em erigir seu edifício moral e maçônico, mas também na maneira pela qual ele se esforça para fazer pedras retas e quadradas que ele colocou torto. O fato de ele estar disposto a admitir suas falhas e a ter seus próprios erros, retificando com urgência e vigor o que está fora de controle, é tanto uma medida de sua habilidade quanto qualquer matriz empregada para julgar sua obra. Com exceção do assassinato, da traição ou da torpe moral - aquelas queixas pelas quais o perdão é uma expectativa demasiado onerosa - devem ser concedidas oportunidades de misericórdia e graça. Se ferido, abra espaço em seu coração para o companheiro, fale sobre sua dor com ele, deixe-o saber suas necessidades e

expectativas,Como criatura dotada de percepção limitada

raramente é capaz de capturar a totalidade de qualquer situação; portanto, devemos nos esforçar para ser sempre humildes e brandos em nossos julgamentos. Como tal, não é razoável esperar que, de tempos em tempos, e talvez até mesmo com frequência, fiquemos aquém do nosso próprio potencial? Como então você estará disposto a tratar o homem que vê no espelho? Você vai estender a ele a mesma compaixão e perdão que você estenderia a outro? Afirmo que o curso de ação mais saudável sempre que cometemos mal a alguém é admitir nossas deficiências não apenas àquelas que cometemos, mas também a nós mesmos, esforçar-nos para encontrar significado e oportunidade para crescimento e auto-aperfeiçoamento, mas o mais importante, expandir nossa própria capacidade de perdoar os outros.

O homem no espelho é ao mesmo tempo seu maior aliado e o mais crítico. Ele é ao mesmo tempo melhor amigo e inimigo mortal. Estenda a ele a mão do amor fraterno e faça a ele o que em uma situação semelhante você o faria. Sobre isso, queridos irmãos, prestem atenção e se governem de acordo.

Fonte: Midnight Freemason

O HOMEM NO ESPELHO

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Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

O Malhete 21O Malhete Dezembro de 2019 INFORME PUBLICITÁRIO

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O Malhete 15O Malhete Março de 2020

Embora seja simplista e ilusório impor a responsabilidade pela Revolução Francesa às portas da Maçonaria, não

há dúvida de que os maçons, como indivíduos, foram ativos na construção e reconstrução de uma nova sociedade. Considerando o grande número de órgãos que reivindicam autoridade maçônica, 1 . . muitos homens identificados hoje como maçons provavelmente desconhe-ciam a associação maçônica um do outro e claramente não podem ser vistos como agindo em conjunto. No entanto, eles compartilharam certas crenças e ideais.

Em 1789, o poder estabelecido na França era um reino da graça de Deus - no entanto, Luís XVI era um soberano fraco. As colunas do poder estabelecido haviam sido a nobreza, muitos dos quais agora abraçavam filósofos e racionalistas, como Voltaire ; o clero, cuja hie-rarquia mais baixa compreendia a miséria infligida às classes mais baixas; o exército, cujos membros eram atraídos e frequentemen-te simpatizantes para as classes mais baixas; e o serviço público, cujos membros eram origi-nários de uma burguesia instruída que se via bloqueada de muitos avanços políticos e soci-ais.

As lojas maçônicas foram garantidas pela primeira vez na França em 1725. Dois decre-tos papais, o do Papa Clemence XII em 4 de maio de 1738 e o do Papa Bento XIV em 15 de junho de 1751, nunca foram registrados pelo Parlamento francês e, portanto, nunca entra-ram em vigor. Antes do período revolucioná-rio, havia 1.250 lojas na França, com um núme-ro estimado de 40.000 membros. A Maçonaria

Francesa do século XVIII era um grupo exclu-sivo, excluindo judeus, atores, funcionários, trabalhadores e empregados. O clero estava bem representado e os membros de algumas lojas, como La Vertu em Clervaux, eram com-postos inteiramente por clérigos católicos. Enquanto a nobreza era atraída pela Maçona-ria, a grande maioria era composta pela bur-guesia, para quem o lema maçônico da igual-dade apelava ao seu sentido de que eles eram iguais aos nobres.

Muitos do exército eram maçons. Berna-dotte, que liderou as tropas expulsas de Gre-noble, e mais tarde foi general de Napoleão e depois rei da Suécia, era maçom. A resposta cautelosa do exército ao início da rebelião na Britânia foi atribuída ao número de oficiais que eram maçons.

As regras para os Estados Gerais foram desenvolvidas pelo Ministro Necker, cuja fili-ação maçônica não é comprovada, mas consi-derada provável, enquanto os comitês eleito-rais criados por essas regras são reivindicados como compostos principalmente por maçons.

Menos admirável, Louis Philippe Joseph, 5º duque de Orleans de 1785, grão-mestre do Grande Oriente e mais tarde "Citoyen Égalité" (1747/04/13 -1793/11/06), foi movido por seu ódio por seu primo, o Rei. Dentro da Maçona-ria, dois grupos vagamente unidos podem estar em desenvolvimento: aqueles que vêem o Duque como um símbolo para atingir seus objetivos de igualdade e aqueles que usariam a Maçonaria como veículo para seus próprios objetivos políticos.

Quando a Assembléia Nacional é formada, dentre os 1.336 delegados nos Estados Gerais, pelo menos 320, ou 24%, são considerados maçons.

1. Havia um total de 35 representantes presentes no convento de Wilhelmsbad (16 de julho de 1782 - 1 de

setembro de 1782), uma reunião dos vários órgãos que trabalham no sistema de graus de observância estrita na Europa. A Grande Loja dos Três Globos declarando sua independência em 30 de janeiro de 1784 e a Itália voltan-do parcialmente ao sistema inglês no ano seguinte. A par-�r deste momento pra�camente moribundo, pode-se dizer que a estrita observância con�nuou em 1855 quan-do as lojas dinamarquesas adotaram o rito sueco. Na prá-�ca, deixou de exis�r após a morte do duque Ferdinand de Brunswick em 1792. [ História de Gould da MaçonariaVol. III p. 366-369, Quadro I a seguir na p. 378] Qualquer avalia-ção da Maçonaria francesa deve levar em conta o grande número de órgãos que reivindicam autoridade para con-ferir diplomas e lojas com garan�a: havia dez desses órgãos a�vos nos dias que precederam a Revolução Fran-cesa. Gould exige um gráfico desdobrável para detalhar mais de trinta corpos que exis�am entre 1725 e 1885, observando que ele incluiu apenas aqueles que exerce-ram influência considerável no Grande Oriente. O capítulo de Cleremont é anotado como brevemente se unindo ao Grande Loge de France e desaparecendo por volta de 1780, enquanto os diretórios escoceses foram fechados durante a Revolução Francesa e depois desaparecendo por volta de 1814. [Gould. Quadro No. II seguinte p. 440] ̂ Gould, Robert Freke.

A História da Maçonaria, suas an�guidades, símbolos, Cons�tuições, Alfândega, etc. Vol. III, Nova York, John C Yorston & Co., Editores: 1886.

MAÇONS NA REVOLUÇÃO FRANCESA

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Por Randy Sanders

Na Cabala, encontramos o Pilar da Bele-za equilibrando os extremos com “ape-nas o suficiente” de cada um para

trazer harmonia e equilíbrio. Esse equilíbrio é explicado pelos artistas marciais orientais, especialmente os praticantes internos de kung fu, como a interação harmoniosa dos opostos. E na Maçonaria descrevemos Sabedoria e Força entrando em equilíbrio por meio da Beleza. Mas por que "apenas o suficiente"?

Acredito que isso continue sendo uma lição para mim e para muitos de nós assumindo car-gos, tarefas e responsabilidades na Maçona-ria. Precisamos focar “apenas o suficiente” para equilibrar nosso medidor de 24 polega-das, manter-nos circunscritos em nossas pai-xões e, especialmente, nos quadrados e níveis restantes. Às vezes, acho difícil lembrar a Pala-vra Maçônica Perdida de "não" quando solici-tada por respeitados Irmãos para intensificar e assumir responsabilidades adicionais. Cresci-mento pessoal significa abrir-nos para o novo, para as metas estendidas de encontrar uma maneira de fazer mais em nossas vidas. Mas como impulsionamos esse objetivo para melhorar todos os dias, expandir nossas men-tes e enfrentar esses desafios adicionais? Eu

quero ter sucesso em todas as minhas tarefas. Eu quero superar todas as expectativas. Eu quero ser o melhor imperador do Comandante Poo Bah da Grã-Bretanha que o mundo maçô-nico já viu. Mas esse é o problema, não é? A Maçonaria está nos mostrando uma lição de ego, na qual muitos ficam presos ao longo de um extremo de um lado ou de outro.

O pilar de Too Little é o outro extremo, como "mãos ociosas são obra do diabo" nos lembra. Nos encontramos passivamente à mar-gem ou recusando convites. Assumimos uma responsabilidade e depois afastamos os outros, dando desculpas como falta de tempo. Esse importante tempo de inatividade, ou tempo para se recriar, atualiza, cura e se con-centra. Encontrar um meio de estruturar nosso tempo de inatividade é talvez mais importante do que a maneira como nos concentramos em nossos projetos ou responsabilidades. Nós nos equilibramos "muito pouco", não apenas assu-mindo mais responsabilidades, mas buscando ativamente opções recreativas. Uma caminha-da em um parque, um cochilo enquanto assis-tia a NASCAR e a criação de brincadeiras com crianças ou familiares, tudo isso contribui para opções refrescantes para nos dar um alí-vio do "Pilar de Demais".

A lição do equilíbrio se torna apenas o sufi-ciente em um mundo de membros e consolida-ção em declínio. Quando assumimos respon-sabilidades, às vezes é difícil manter a cabeça acima da água. Um oficial dessa linha, um secretário desse outro órgão, participações em comitês, responsabilidades da Grande Loja, assumindo outras responsabilidades maçôni-

cas ... e de repente todas as reuniões se acumu-lam como uma má colisão de vários carros. A diferença é que podemos fazer "apenas o sufi-ciente" e ter sucesso total. Devemos fazer "ape-nas o suficiente" para ser completamente bem-sucedido. Isso significa que os cartões de quotas saem mais tarde este ano? Claro. Isso significa que a ata é publicada alguns dias após a reunião e não diretamente depois? Certo. Mas eles são postados. Cartões de quotas são enviados. Não estou dizendo que ignore pra-zos e datas de vencimento, muito pelo contrá-rio. Seja responsável por essas expectativas. Os negócios do Ofício são concluídos, o ritual aprendido e entregue talvez imperfeitamente, mas melhor do que da última vez, e fazemos o suficiente para concluir o trabalho. É assim que mantemos essa fraternidade avançando. É assim que trazemos mais homens bons para a fraternidade. Com um estiramento, se todos fizerem o suficiente, mantendo nossas vidas e a Maçonaria em equilíbrio, continuaremos tendo sucesso.

Fonte: www.midnightfreemasons.org

MAÇONARIA E "BASTA"

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O Malhete 17O Malhete Março de 2020

por Waldir Ferraz de Camargo

As ideias já estavam maduras e os apelos vindos de fora casavam com a aspira-ção da maioria pensante daqueles

homens já amadurecidos pela luta de que era necessário e urgente por fim à escravidão humilhante e desumana que vigorava no sul do Brasil. E, assim, norteados pelos ideais de liberdade e humanidade, foi fundada a Loja Maçônica Rocha Negra, em 29 de julho de 1873, na cidade de São Gabriel, Rio Grande do Sul.

Seu primeiro Venerável Mestre, dr. Jonat-has Abbott Filho, servindo como exemplo, libertou seu escravo Horácio, de 15 anos de idade, determinando que todos aqueles que doravante viessem a compor a Loja só seriam admitidos se apresentassem pelo menos duas cartas de alforria, condição indispensável para o ingresso na Ordem. Na primeira iniciação, ocorrida em 20 de Setembro de 1873 entraram para a Loja 17 novos obreiros, todos cumprin-do os juramentos e determinações impostas,

começando assim um dos maiores movimen-tos abolicionistas do país. Dentre esses novos maçons estava o coronel Antonio Deodoro da Fonseca, que na época comandava o Batalhão de Artilharia a Cavalo, sediado em São Gabri-el, e que mais tarde se tornaria o primeiro pre-sidente da República do Brasil.

Lançaram-se esses beneméritos obreiros com a maior decisão em sua meritória tarefa, agindo amistosamente junto aos proprietários de escravos, com modos persuasivos e con-vincentes, partiram por toda parte triunfando em seus objetivos. Apesar de a Rocha Negra ter sido fundada em plena efervescência da Questão Religiosa no Brasil, há de se destacar seu excelente relacionamento com a Igreja, situação incomum na época, tendo em seu meio 4 padres em abono ao espírito de tolerân-cia e religiosidade de seus membros que sou-beram valorizar os ideais superando os pre-conceitos.

Após 11 anos de lutas e conquistas de inú-meras liberdades, o Dia Áureo finalmente raiou em 28 de Setembro de 1884, ocasião da Sessão Magna Festiva da Loja, com a presen-ça de diversos maçons e convidados da região, dentre eles 61 escravos prestes a ganhar suas liberdades. Naquela Sessão memorável totali-zou-se a entrega de mais de 900 cartas de alforrias, decretando assim o fim da escravi-

dão em toda aquela região, quatro anos antes da lei assinada pela princesa Izabel.

A Loja Maçônica Rocha Negra, ainda hoje em atividade, realiza uma sessão por semana, tendo em seus arquivos mais de 8.600 atas registradas, provas autênticas, inquestionáve-is, verdadeiro tesouro histórico documental para os pesquisadores, refletindo os mais emocionantes acontecimentos abolicionistas nas glebas de São Gabriel. Mas o trabalho ainda não acabou, tendo a Maçonaria e outros segmentos o dever de incorporação real do negro na sociedade para que a abolição acon-teça de fato, revertendo os maléficos efeitos de mais de 3 séculos dessa mancha na história brasileira, de modo que a exclusão ainda vigente não substitua o cativeiro pela manu-tenção do mesmo teor da perversidade.

Fonte: https://www.jcnet.com.br

MAÇONARIA E A ESCRAVIDÃOBreve relato sobre a Rocha Negra

Loja Maçônica Rocha Negra Nº1.

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete18 O MalheteMarço de 2020

Por Ir.’. James E. Frey 32º

Meus irmãos, 27 de dezembro, marca o dia sagrado da festa de São João Evangelista. São João é uma figura

importante e distinta dentro do simbolismo da Arte. São João foi um dos principais apóstolos de Jesus Cristo e é conhecido por receber de Cristo, uma doutrina mística secreta que defini-ria a tradição joananita. A palavra evangelista significa escritor do evangelho e São João é acreditado por escrever o Evangelho de João, as Epístolas de João e o livro do Apocalipse. O irmão Mackey afirma que São João é venerado na Maçonaria porque “Sua constante advertên-cia, em suas Epístolas, ao cultivo do amor fra-terno e a natureza mística de suas visões apoca-lípticas, talvez tenham sido, talvez, as principa-is razões para a veneração paga a ele. pelo ofí-cio. “(Mackey, Enciclopédia Maçônica)

São João morava na Galiléia e era irmão de São Tiago. Eles eram considerados "homens contratados", o que provavelmente significa que eram artesãos realizando uma variedade de trabalhos e trabalhos estranhos. Dizia-se que os irmãos viviam na pobreza e renunciavam a bens materiais. Isso se deve em parte ao fato de os dois irmãos serem seguidores de João Batis-ta quando ele pregou no deserto do Jordão. Ambos foram batizados e iniciados na ordem religiosa dos batistas, que provavelmente esta-va ligada à seita conhecida como os essênios. João e Tiago estavam ambos às margens do rio Jordão e testemunharam o batismo e a inicia-ção de Cristo. O que significa que eles viram a descida da Santa Shekinah, ou Espírito Santo,

na forma de uma pomba, quando o Batista exclamou com percepção profética: "Eis o Cor-deiro de Deus!"

Diz-se de todos os presentes, que apenas João e Tiago ficaram depois da cerimônia para conversar com Jesus sobre sua experiência. João convidou seu novo mestre para sua casa na Galiléia. Ele viajou com Cristo para partici-par da festa de casamento de Caná. No banque-te, João testemunhou o milagre da água se transformar em vinho. Esse milagre solidificou a dedicação de João como discípulo e seguidor de Cristo através de suas viagens. Dizem que ele estava dentro do círculo mais íntimo de Cris-to e foi um dos primeiros discípulos a investir no poder de curar os enfermos. João sofreu com Cristo no jardim do Getsêmani e sentou-se à sua mão direita durante a última ceia.

Ele é chamado de "discípulo a quem Jesus amava". João foi quem Maria Madalena foi com as notícias da Ressurreição. E quando João e Pedro estavam no mar da Galiléia, eles testemunharam a Visão do Cristo Ressuscita-do. Ele apareceu como uma figura astral na praia à primeira luz da manhã.Pedro não podia reconhecê-lo, mas João. Possivelmente signifi-cando que João tinha uma compreensão maior da percepção espiritual sobre os sentidos físi-cos ou o mundo material.João testemunhou a ascensão e recebeu o fogo espiritual do Espírito Santo no Pentacost, o que indicou que São João foi batizado pelo fogo e pela água.

Irineu afirma que após a morte de Pedro e Paulo, São João se estabeleceu em Éfeso. A par-tir daí, São Jerônimo diz que João supervisio-nou e governou todas as igrejas da Ásia. Por volta de 97 dC, João foi exilado na ilha de Path-mos, no mar Egeu, onde recebeu visões apoca-lípticas, que registrou no livro do Apocalipse. A data de sua morte não pode ser determinada, mas João foi o único apóstolo dos doze origina-is que não morreu pelo martírio.

A conexão de São João com a nave é vaga e

está envolta em mistério. São João Batista foi o santo padroeiro das guildas dos construtores e São João Evangelista não foi adotado no ofício até depois do século XVI. Isso colocaria a ado-ção do evangelista na época da mudança da Maçonaria operativa para o ofício especulati-vo. Segundo o historiador maçônico Kenneth Mckenzie, "embora tenha sido insistido que a dedicação a esses santos não surgiu das cir-cunstâncias à doutrina do cristianismo ... que o costume de dedicar lojas a esses santos surgiu por razões astrológicas." (Mckennzie, Royal Ciclopédia Maçônica).

Essas razões astrológicas devem correlacio-nar o simbolismo do São João para o verão e o solstício de inverno. O Sol entra em Câncer por volta do dia 21 de junho, correlacionado ao dia 24 e dedicado como um dia de festa a São João Batista. No inverno, o Sol chega a Capricórnio no dia 23 de dezembro, correlacionado com o dia 27 de dezembro e dedicado a São João Evan-gelista como dia de festa. Isso colocou os dois dias de festa do São João, quando o sol está mais alto e mais alto do seu ciclo anual, mos-trando a altura meridiana astrológica do sol no sul e o ponto mais baixo de escuridão no norte, os dias mais curtos e mais longos do ano.

Dentro do ofício especulativo, os santos João são chamados de paralelos da Maçonaria e, entre eles, vemos o ponto dentro de um círcu-lo. Desde os tempos mais antigos, o ponto den-tro de um círculo era um símbolo do sol e foi adotado em várias culturas como tal. Mackey declara: “Os dois dias são os limites de seu cír-culo, portanto o círculo é iluminado entre as linhas. O ponto dentro do círculo representa o ano, um ano de trabalho, um ano da vida de um homem; pelo menos o faz se a história de seu uso for um verdadeiro guia para seu significado simbólico. ”(Mackey, Enciclopédia Maçônica)

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SÃO JOÃO EVANGELISTA

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O Malhete 19O Malhete Março de 2020

Se olharmos simbolicamente para São João Evangelista no contexto da jornada maçônica, João é todo indivíduo iniciado. João é iniciado por João Batista nos mistéri-os e purificado, da mesma forma que o aprendiz inscrito recebe um avental branco para representar um novo senso de pureza. João viaja com seu Mestre e ele doutrina nas parábolas da verdade, semelhante ao Com-panheiro que viaja pelos diferentes compar-timentos do Templo, sendo doutrinado com a escada em espiral que conduz à verdade. Semelhante ao Mestre Pedreiro João é teste-munha da morte e ressurreição de seu mes-tre.

Encaixando-se nos mitos da palavra per-dida maçônica, João faz referência a Cristo como "a Palavra". Com a morte e ressurrei-ção de Cristo, a verdadeira palavra da gnose se perde. Mas a palavra é encontrada nova-mente em sua própria alma através do mis-tério do fogo espiritual do Pentecostes. A palavra perdida é a alma individual do inici-ado e a conexão com a energia redentora do Christos. Elementarmente, os Johns são os paralelos em que o Batista representa o mis-tério da água e do mundo natural ou materi-al, o Evangelista representa o mistério do fogo e o mundo sobrenatural ou espiritual. Com esta interpretação, o Mestre Maçom mora no centro equilibrado entre o físico e o espiritual, consciente de seu Christos interior no espírito, mas vinculado à sua obrigação para com o pró-ximo no físico.

Também é importante notar que o livro do Apocalipse mostra a revelação de um novo nome de Deus identificado como Alfa Omega. Só mencionei isso porque existem rituais anti-gos e alguns ritos criptográficos modernos que veem a palavra perdida restaurada como Iota Alpha Omega, IAO. O que se correlaciona com o famoso versículo de Apocalipse 22: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Últi-mo, o Início e o Fim. Bem-aventurados os que lavam as suas vestes. Eles terão permissão

para entrar pelos portões da cidade e comer os frutos da árvore da vida. ”(Bíblia de São Tia-go) Em certos grupos neo-rosacruzes, consi-dera-se que a IAO representa o processo de vida, morte e ressurreição.

Isso também é frequentemente atribuído a um simbolismo egípcio. Eu sou por Ísis, doa-dor de vida, A é por Apófis, o destruidor, e Osíris ressuscitou, que também recebe signifi-cado solar. Do ponto de vista psicológico, essa fórmula é importante porque nosso senso de identidade está sempre mudando à medida que experimentamos coisas novas e cresce-mos como pessoa. Aqueles que têm medo de destruir quem são para crescer geralmente ficam estagnados no crescimento psicológico e desenvolvem neuroses em torno dessa tran-sição dolorosa.

Ao longo de toda a dedicação de lojas ao St. Johns dedica a própria loja como um templo solar que representa o curso anual do sol. Ele coloca esse simbolismo subconsciente em cada iniciado, enquanto eles viajam do dia mais curto para o mais longo, em busca de luz externa do intelecto e luz interna do espírito, ou Palavra. Em um nível exotérico, você tem uma representação do evangelista como um lembrete do dever constante da fé. Esoterica-mente, o evangelista é o iniciado que se torna o mestre e, através da correlação astrológica, é simbólico para a jornada maçônica.

Fonte: http://www.midnightfreemasons.org

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete20 O MalheteMarço de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

Loge e Altar é o nome do novo livro do padre vienense, ex-diplomata e funci-onário do Vaticano Michael Heinrich

Weninger, no qual explica em pouco menos de 500 páginas por que alguém pode ser cató-lico e maçom ao mesmo tempo, Ele apresen-tou suas opiniões em uma apresentação de livro em Viena, em 12 de fevereiro. Wenin-ger é membro do Conselho do Vaticano para o Diálogo Inter-Religioso. Durante suas via-gens ao redor do mundo, ele foi repetidamen-te abordado por católicos que são membros de lojas. “Eles me falaram sobre suas cons-ciências e problemas mentais, se foram real-mente excomungados por causa de seus membros. E eu disse a eles com a consciên-cia limpa que esse não era o caso. ”

É preciso diferenciar entre diferentes tipos de maçons, disse Weninger. Ele se referiu às lojas "regulares" sob a égide da Grande Loja Unida da Inglaterra , que também incluía os maçons da Grande Loja da Áustria sob seu atual mestre principal, o professado católico Georg Semler. A igreja, segundo Weninger,

por muito tempo não fez distinção entre os maçons "regulares" e outras tendências, às vezes sectárias ou anti-igreja.

Trabalho pioneiro do cardeal KönigNo final da década de 1960, o cardeal

Franz König, arcebispo de Viena, havia con-versado com os maçons austríacos, alemães e suíços logo após o Concílio Vaticano II (1962-65), que culminou na “Declaração de Lichtenau” de 1970. O ponto principal era que a Maçonaria não era uma religião e, pelo menos, compartilhava o mandamento de amar irmãos e homens com a Igreja Católica. As maldições da igreja contra os maçons só devem ser vistas como uma relíquia históri-ca.

Infelizmente, essa avaliação positiva do relacionamento foi compensada por um resultado negativo do diálogo regional entre a Conferência Episcopal Alemã e os Maçons. No entanto, König conseguiu, entre outras coisas, excluir a condenação dos maçons da nova versão em 1983, como ainda foi decla-rado no Direito Canônico de 1917. Em 27 de novembro de 1983, a nova Lei da Igreja (CIC) entrou em vigor, A Maçonaria não foi mencionada em uma única frase.

Gestos de reconciliaçãoGeorg Semler, Grão-Mestre da Loja da

Áustria, elogiou o livro de Weninger como um passo importante para a reconciliação com esclarecimentos importantes. Ele tam-bém sublinhou que a Maçonaria não era uma religião, a política do partido e a religião não eram tópicos nas lojas. Mas talvez fosse necessário um ou outro gesto oficial de reconciliação entre a Igreja Católica e os maçons.

Weninger também viu dessa maneira. Uma reunião de grandes mestres com repre-sentantes da igreja - com o Papa ou até o pre-feito da Congregação para a Doutrina da Fé - em que a reconciliação é oficialmente pro-nunciada novamente deve ser suficiente. Porque tudo é esclarecido na lei da igreja.

Weninger disse que já havia apresentado seu livro ao papa, cardeais de alto escalão da Cúria e ao cardeal Christoph Schönborn. E as reações do destinatário?

“Goodwill sem exceção.” Adendo: Atual-mente, os destinatários devem estar satisfei-tos com a versão alemã. Uma versão em inglês, italiano e espanhol está planejada.

Fonte: https://www.hiram.be

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O Malhete 21O Malhete Março de 2020

INSCRIÇÕES CONTINUAM ABERTAS PARA A CORRIDA MAÇÔNICA DE VITÓRIA

Falta menos de um mês para a 5ª Corrida Maçônica Cidade de Vitória, que acontecerá no dia 22 de março.

A prova oferece os percursos de 6 e 10km, além da caminha-da de 3km, com largada e che-gada em frente à Grande Loja Maçônica do ES, em Bento Ferreira. Os atletas sairão às 7 horas.

As inscrições são feitas no site www.ticketagora.com.br e cus-tam R$ 50 (caminhada) e R$ 85 (corrida). Elas estão limitadas

a 1 mil participantes, de forma a garantir a segurança de todos e assegurar uma organização eficiente.

Premiação

A premiação para todas as cate-gorias (geral, atletas com defi-ciência, maçom e esposa de maçom) será com troféus para os três primeiros lugares. Também haverá premiação por faixa etária.

Entrega do kit

A entrega será na sede da GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, na avenida Joubert de Barros, nº 358, em Bento Ferreira (rua da Prefeitura de Vitória), nos dias 20 de março, das 13 às 18 horas, e 21, das 10 às 15 horas.

Inscreva-se logo e faça parte das comemorações dos 50 anos da Grande Loja Maçônica do ES.

Fonte: Folha Vitória

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O Malhete 23O Malhete Março de 2020 02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete04 O MalheteMarço de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

Com a presença do Soberano Irmão Múcio Bonifácio Guimarães e do Sapientíssimo Irmão Ademir Cândido da Silva, o Eminente Irmão Cléscio Galvão, e o Poderoso Irmão Olímpio Maia Antônio Abreu, respectivamen-te Grão-Mestre e Adjunto, cumprindo decisão do Tribunal Eleitoral Maçônico, foram empossados pelo Eminente Irmão Altamiro Lourenço de Souza. Na sequência foram empossados os Conselheiros Estaduais do GOB-MG, juntamente com autoridades e irmãos presentes. Um dia muito concorrido e cheio de atividades, com o Grão-Mestre

Geral, proferindo uma palestra aos Veneráveis Mestres, pedindo engajamento nas atividades maçônicas, tendo eles como exemplo aos demais irmãos.

A Cunhada e Fraterna Jussane Guimarães, Presidente Nacional da FRAFEM, também proferiu palestra as cunhadas e fraternas de Minas Gerais, recebendo a visita dos Grão-Mestres Múcio Bonifácio, Ademir Cândido, Cléscio Galvão, Olímpio, Aildo Carolino, GOB-RJ e Ivo Mathias, GOB-MT. Ao térmi-no do dia, o Eminente Irmão Cléscio Galvão e o Poderoso Irmão Olímpio Abreu, foram ofi-

cialmente apresentados a sociedade mineira e maçônica como os Gestores do GOB-MG, com a presença de muitas autoridades, além das já citadas, o Presidente do Supremo Tribu-nal Federal Maçônico, Sapientíssimo Irmão Dorival Cunha, entre outros Importantes irmãos. Sendo servido logo após um coquetel para confraternizar e festejar a belíssima pos-se.

O Soberano Irmão Múcio Bonifácio, e o Sapientíssimo Irmão Ademir Cândido, honra-dos com o convite, e a possibilidade da pre-sença em tão honrosa posse, destacam a parce-ria e amizade com os gestores do GOB-MG, diplomados e empossados, desejando sucesso nesta nova missão, e ratificando o apoio do Grande Oriente do Brasil ao GOB-MG.

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ARLS MENSAGEIROS DA LUZ COMEMORA JUBILEU DE OURO

Fundada em 06 de fevereiro de 1970, a ARLS “Mensageiros da Luz” – nº 1.783 do Oriente de São Mateus/ES comemorou em grande estilo o seu jubileu de ouro.

As comemorações tiveram início no dia 06 de fevereiro com a realização de Sessão Magna Pública onde os fundadores da Loja foram homenageados.

No dia 07 de fevereiro, mais uma Sessão Magna Pública foi realizada, ocasião em que a Loja recebeu os títulos de “Mérito Maçônico Estadual” do GOB-ES, “Grande Benfeitora da Ordem” do GOB e “Mérito Legislativo Fede-ral” da Soberana Assembléia Federal Legisla-tiva do GOB. Diversas autoridades maçônicas marcaram presença, entre elas o Soberano Ir.'. Múcio Bonifácio Guimarães, Grão Mestre

Geral do GOB, o Eminente Ir.'. Hélio Soares da Luz Sodré, Grão Mestre Estadual do GOB-ES e o Poderoso Ir.'. José Paulo Tonoli, Grão Mestre Estadual Adjunto do GOB-ES.

Durante a Sessão irmãos e profanos foram homenageados com a medalha alusiva aos 50 anos da Oficina.

No dia 08 de fevereiro, maçons, cunhadas e familiares assistiram a palestras proferidas pelo Grão Mestre Estadual e pelo Grão Mestre Geral, onde foram abordados aspectos históri-cos do GOB-ES e as ações desenvolvidas pelo GOB, com foco no crescimento e modernida-de. As comemorações foram encerradas com o Baile Jubileu de Ouro.

Fonte: GOB-ES

Sociais

No dia 02/03/2020, no Oriente de São Paulo, aconteceu reunião conjunta das sete Lojas do Gran-de ABCDM Paulista, praticantes do Rito Moder-no.

A Sessão foi presidida pelo Venerável Mestre da ARLS 81 – Nº 3.753, Eduardo Costa e Silva e contou com a palestra do Venerável Mestre da ARLS Cavaleiros de Santo André – Nº 1.278, Irmão Rodolfo Inácio, com o tema “Quem sou eu?”.

Estava presente o Sapientíssimo Irmão Ademir Cândido da Silva, Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil, que procedeu a home-nagem dos Irmãos: Luiz Antônio Vezza, com o título de Grande Benemérito da Ordem, pelos seus trinta anos de atividade maçônica; Denilson Fora-to e Sérgio Ruas, com o título de Beneméritos da Ordem, pelos seus vinte e cinco anos de atividades maçônicas.

O Irmão Sérgio Ruas, Soberano Grande Inspe-tor Geral do Supremo Conselho Filosófico do Rito Moderno do Brasil, homenageou o Sapientíssimo Irmão Ademir Candido da Silva pelos relevantes serviços prestados ao Grande Oriente do Brasil.

Estavam presentes os Poderosos Irmãos José Euzébio de Abreu e Nilton Gomes, Assessores do Grão-Mestre Geral, Poderosos Irmãos Neyvaldo Torrente Lopes, Secretário Estadual de Adminis-tração do Grande Oriente do Brasil de São Paulo (GOB-SP), Irmão Leandro Grandini, Secretário Estadual de Relações Públicas do GOB-SP e

Irmão Luiz Raphael B. Brandoilz, Secretário Esta-dual de Relações Internas da 1ª Macrorregião do GOB-SP.

LOJAS DO RITO MODERNO REALIZAM SESSÃO CONJUNTA NO ABCDM PAULISTA

ARLS ESTRELLA D'OESTE 418, ORIENTE DE RIBEIRÃO PRETO

Em mais uma sessão concorrida com a presença de mais de 30 Irmãos visitantes, a ARLS Estrella D'Oeste 418, Oriente de Ribeirão Preto, iniciou mais três irmãos em seus quadros, sendo eles, Eduardo Toffani Lodi, João Luís Puga e Luiz Eduardo Ulian Junqueira, os trabalhos foram conduzidos pelo Venerável Mestre, Irmão Edson Alfredo que mais uma vez liderou uma belíssima cerimônia de iniciação com toda a equipe de irmãos, também estiveram presentes os irmãos Augusto Martinez Perez, Ministro do Supremo Tribunal Federal Maçônico do Grande Oriente do Brasil e Jean Charles Fusco, Grande Primeiro Vigilante da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, prestes a completar seus 135 anos de trabalhos ininterruptos, a Estrella D'Oeste agora conta com 123 irmãos em seus q u a d r o s , s e n d o 1 3 a p r e n d i z e s , 3 companheiros e 107 mestres. Vida Longa à Estrella D'Oeste n.° 418!

Nasce Uma Belíssima Flor Na Bahia

Dia 07/02 na cidade de Salvador-Bahia, foi rea-lizada uma belíssima cerimônia de Posse e entrega do Certificado de Registro da FRAFEM FLORES DO ORIENTE, vinculada a Augusta, Respeitável Loja Maçônica Castro Alves.Uma noite repleta de momentos especiais e emo-cionantes, onde nossas queridas e atuantes fra-ternas, organizaram como sempre, uma delicio-sa recepção. Na ocasião, foram prestadas várias homenagens.A Cunhada e Fraterna Jussane Guimarães, Pre-sidente Nacional da FRAFEM, agradece o Emi-nente Irmão Luciano Sepúlveda e a Cunhada Suzana Figueiredo, pelo empenho em fortale-cer e desenvolver a Fraternidade Feminina Cru-zeiro do Sul na Bahia, bem como, parabeniza a Loja Castro Alves, pela acertada decisão.