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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS
PORTADORAS DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS.
Por: Carina de Melo Miranda
Orientadora
Prof. Mery sue Pereira
Rio de Janeiro 2006
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS PORTADORAS
DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS.
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Educação
Inclusiva.
Por: Carina de Melo Miranda
3
AGRADECIMENTOS
... A Deus e minha querida e amada
mãe.
4
DEDICATÓRIA
...Dedico à minha querida irmã Priscila
pela oportunidade de crescimento e a
minha amada mãe, pela vida, educação e
exemplo de amor, humildade e coragem.
5
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar a importância e as
contribuições do lúdico, como fundamento pedagógico, facilitador do processo
ensino-aprendizagem de crianças portadoras de necessidades educacionais
especiais, assim como mostrar que é possível a construção do conhecimento e
relações sociais dentro e fora do contexto escolar por meio de jogos e
brincadeiras. Iniciamos o estudo relatando um panorama geral expondo as
premissas que norteiam o trabalho, a seguir como o lúdico e considerado em
vários períodos até os dias de hoje. Tratamos da questão do lúdico de acordo
com a visão de autores como Piaget e Vygotsky, utilizando assim um método
teórico.
Vimos às influências do lúdico na construção do conhecimento das
crianças portadora de necessidades educacionais especiais suas
interferências, o lúdico nas relações sociais e uma proposta sócio-pedagógica
para crianças portadoras de necessidades educacionais especiais ou não,
visando a formação de um aluno consciente de seu papel social, capaz de agir
na construção de sua própria historia e da sociedade, critico, participativo e
capaz de atuar em busca de uma construção social mais justa.
É possível que, refletindo sobre a importância do lúdico aliado a ação
pedagógica e sua influencia no contexto escolar, contribuiremos na construção
do conhecimento e a favor das relações sociais significativas, pois as
atividades lúdicas devem estar integradas aos conteúdos escolares, sendo
vivenciadas pelos alunos principalmente dos portadores de necessidades
educacionais especiais. O brincar, portanto não deve ser considerado uma
atividade complementar a outras de natureza dita pedagógica, mas sim como
atividade fundamental para a construção de sua identidade cultural e de sua
personalidade.
6
METODOLOGIA
Os métodos que caracterizam a pesquisa é um estudo bibliográfico,
visita a sait e leitura de autores que já reconhecem a importância da atividade
lúdica como recurso facilitador da inclusão e contribuição de profissionais da
área da saúde, educação e outros que visem o desenvolvimento dos
portadores de necessidades especiais através de uma educação voltada para
o lúdico.
Organizamos o estudo da seguinte forma:
Introdução que pretende apresentar a contextualização, a declaração do
problema, às questões a investigar, os objetivos gerais, e específicos, a
hipótese.
Na Introdução - Apresenta-se O lúdico através dos tempos,
Conceituando o lúdico, O jogo: conceituação e características, O lúdico e a
Educação Especial, onde se produz um diálogo com os autores que se
fundamentam o estudo e propicia a base conceitual.
No capitulo I - O lúdico e a construção do conhecimento da criança
PNE’s, A formação da inteligência em Piaget, A interferência do lúdico na
construção do conhecimento da criança PNE’s.
No capitulo II - O lúdico e as relações sociais, A influencia do lúdico no
processo de formação social da criança PNE’s, Ludismo e interação social do
PNE’s.
No capitulo IV - Proposta sócio - pedagógica para os PNE’s.
Conclusão.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O lúdico através dos tempos 12
CAPÍTULO II - O lúdico e a construção do conhecimento da criança portadora
de necessidades educacionais especiais 23
CAPÍTULO III – O lúdico e as relações sociais 30
CAPÍTULO IV – Proposta Sócio-pedagógica para portadores de necessidades
educacionais especiais. 36
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
BIBLIOGRAFIA CITADA 44
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO
INTRODUÇÃO
Ao longo da evolução humana, o lúdico, tem contribuído
decisivamente para a evolução dos seres e do processo ensino aprendizagem,
colaborando na construção da cultura das diversas raças, povos e sociedades.
As regras e limites estabelecidos para o desenvolvimento dos jogos e o
atingimento de seus objetivos auxiliam na formação do caráter de maneira
agradável, divertida, voluntária e consciente.
A convivência social entre pessoas pode ser enriquecedora se
houver espaço para as características individuais para o seu desenvolvimento,
ou seja, é na convivência e nas relações interpessoais que nos percebemos e
percebemos o outro.
Na escola, o lúdico, o criativo e o corpo não podem estar restritos a
disciplinas de educação física ou educação artística e sim, devem ser
ressaltadas como conhecimento escolar e vivenciados na pratica da sala de
aula.
As atividades lúdicas têm a mesma importância que as atividades
físicas.
A contribuição do lúdico no processo de aprendizagem, ira atingir
diretamente o se, no seu contexto social, intelectual e moral.
O lúdico permite que se estabeleça relação com o mundo, facilitando
o entendimento e a adaptação do ser a realidade que envolve, como forma de
instrumento na educação e seu efeitos no desenvolvimento das pessoas
portadoras de necessidades educacionais especiais (PNE’s), facilitando o
entendimento e adaptação do ser a realidade que envolve.
9
Dessa forma a auto-estima e autoconfiança dos PNEs aumenta
possibilitando aos mesmos serem eficazes e bem sucedidos na vida
sociocultural.
Nesse sentido, fica claro, perceber a importante contribuição que as
atividades lúdicas, principalmente os jogos tem a dar ao processo de ensino-
aprendizagem, pois atividades lúdicas são todas aquelas que envolvem
alegria, prazer e divertimento, os jogos, as brincadeiras, a arte e a recreação.
Porém estas atividades, quando não proporcionam prazer e alegria, elas
deixam de serem consideradas lúdicas.
Através do jogo e das brincadeiras criamos um espaço muito
especial, onde o lúdico é um fator a priori na vida cotidiana de qualquer
individuo, devendo o mesmo persegui-lo em qualquer atividade, seja ela de
lazer ou não, assim o lúdico se caracteriza como um pré-requisito na qualidade
de vida das pessoas, sendo um elemento fundamental integrando o corpo e a
mente, onde criatividade e aprendizagem têm prioridade.
Portanto, na pratica, não podemos separa da criança o processo
lúdico, porque e justamente o seu potencial lúdico vivenciado que o torna um
ser social e histórico .através de suas manifestações lúdicas ela constroem a
própria história da humanidade.
Não podemos, negar a criança o direito de brincar, pois se assim o
fizermos, estaremos, com certeza, negando-lhe a possibilidade e a plenitude
de sua natureza humana através de trocas significativas com o mundo que a
cerca.
É muito importante para os portadores de necessidades especiais
que lhes sejam disponibilizados o lazer como atividades que lhes de prazer, o
lúdico, já que são “diferenciados" pela sociedade sendo tratados como
“aberrações” ou como “superproteção” até mesmo pelos pais,
10
conseqüentemente sendo submetidos a uma série de terapias, sempre
percorrendo caminhos hospitalares e clínicos, ficando o lazer na periferia do
processo, tratado com superficialidades no seu desenvolvimento. Segundo
Blascovi-Assis (2001), os PNEs se tornam efetivamente um vitima acentuada
da obrigação precoce e pouco ou nenhum tempo lhe sobra para o brincar,
criar, relaxar, etc.
Os jogos, as brincadeiras devem estar integradas aos conteúdos
escolares, aproveitando, também, a vivencia dos alunos, uma vez que a
aprendizagem ocorrerá porque o professor criara situações desafiadoras num
ambiente de descobertas e de construção coletiva de conhecimento.
O lúdico é uma das atividades mais importantes para o
desenvolvimento e a aprendizagem do individuo.
É importante que os PNEs sejam colocados em situações em que se
consigam um bom desempenho escolar, cada PNEs tem seu próprio potencial,
que deve ser explorado, avaliado e desafiado. Um bom desempenho nas
atividades escolares é um fator que encoraja, aumenta a auto-estima e
estimula novas tentativas, muitas vezes o incentivo correto pode determinar o
grau de esforço desprendido para realizar a tarefa, assim explica-se o papel do
educador.
O jogo é fonte de interação lúdica, além de serem estímulos de
aprendizagem.
Diante desse quadro, cabe-me perguntar:
Como o lúdico pode contribuir, no processo de aprendizagem de
crianças com necessidades educacionais especiais no processo cognitivo e
social no cotidiano escolar?
11
A atividade, através do jogo, para o desenvolvimento do conteúdo
deve ter preferencialmente um caráter prático e lúdico.
CAPÍTULO I
O LÚDICO ATRAVÉS DOS TEMPOS
A importância de a criança aprender divertindo-se é muito antiga
na historia. Surge com gregos e romanos, mas é com Froebel que os jogos
passam fazer parte central da educação (in KICHIMOTO, 1997, p.58).
A idéia de que o jogo não estaria associado ao conceito de
seriedade persistiu por longo tempo. A pedagogia tradicional sempre
considerou o jogo com uma atividade sem significação funcional e ate nociva
para a criança , por desviar de seus deveres.
Antigamente brincar era uma atividade atribuída apenas as
crianças, porque tinha apenas a função de preencher o tempo livre. Hoje a
visão de brincar é outra, pis muitas escolas já conscientes da importância do
lúdico para a aprendizagem. Veremos então com era visto o jogo e as
brincaadeiras nas diferentes nas épocas.
Segundo Rosamilha (1979, p.11), Na Antiguidade Grego-Romana,
o jogo visto como recreação era utilizada com relaxamento para as atividades
que exigem esforços físicos, intelectuais e escolares.
Durante a Idade Média foi considerado não serio por causa dos
jogos de apostas e de azar.(KISHIMOTO, 1997, P.62).
O jogo por algum tempo era utilizado apenas para transmitir
conteúdos escolares e princípios de moral e ética, não levando em conta o
prazer e o divertimento.
13
No Renascimento a brincadeira era vista como conduta livre,
favorecendo o desenvolvimento intelectual, facilitando o aprendizado escolar.
É a partir do Romantismo que o jogo aparece e começa a valorizar a
espontaneidade da criança, onde ela passa a ser vista, como aquele que imita
e brinca, pois a criança é espontânea e livre.
.
Segundo Kishimoto, (1997,p 63), Froebel, que viveu de 1782 ate
1852, considerava que através da arte, dos jogos e dos brinquedos, a criança
adquire as primeiras noções de mundo, desenvolvendo um senso de iniciativa
e cooperação. Froebel desenvolveu um currículo centrado em jogos que
desenvolviam a percepção sensorial e para a iniciativa matemática.
Nas décadas de cinqüenta e sessenta, ainda poderíamos encontrar
livros, que tratavam lúdico, associado a questão da obediência e da moral.
Porém, a finalidade dos jogos e brincadeiras tiveram suas bases
transformadas, po causa dos estudos e pesquisas realizadas por vários
autores que já reconheciam o valor pedagógico dos jogos e brincadeiras.
O lúdico emerge, assim, como valor necessário no enfoque da
evolução humana, a brincadeira não é somente uma atividade que acompanha
a historia do homem, mas também mantém sua especificidade sociocultural,
de acordo com os grupos e períodos históricos.
Com o surgimento dos games, computadores e uma série de jogos e
brinquedos diversificados, o conceito de que brincadeira é só para criança
tornou-se um conceito ultrapassado.
O mundo se move, evolui e se transforma a cada dia que passa ,
assim, como nossos alunos, que estão acompanhando e vivendo essas
constantes evoluções, que não são estáticas e nem intocáveis.Com isso,
torna-se necessário, que a escola também acompanhe essas transformações,
14
adaptando-se aos novos tempos, para que não corra o risco de ficar
ultrapassada criando um mundo a parte, fechado e protegido, onde o aluno
devera se adaptar a um situação que não tem nada a ver com sua realidade de
vida.
1.1 – Conceituado o lúdico.
Segundo Rosamilha (1979, p.3) o verbete lúdico ( adjetivo) significa:
referente a, ou que tem o caráter de jogos, brinquedos e divertimentos. O
termo ludismo é substantivo relativo à qualidade ou caráter de lúdico. O termo
ludoterapia é definido como tratamento de doentes mentais por meio de
brinquedos, divertimentos, jogos (inclusive esportivos). Um termo pouco usado
é ludo, substantivo masculino que significa jogo, brinquedo, divertimento, assim
como indica um tipo especifico de jogo.
No dicionário de língua portuguesa de Ferreira (1980) temos as
seguintes acepções para brinquedo: objeto que serve para as crianças
brincarem; jogo de criança, brincadeira, divertimento, passa tempo, festa, folia,
folguedo.
Atividades lúdicas são todas aquelas que envolvem alegria, prazer e
divertimento. Consideremos como atividade lúdica os jogos , as brincadeiras, a
arte e a recreação .Porem estas atividades, quando não proporcionarem
prazer e alegria, ela deixarão de serem consideradas lúdicas.
1.2 - O jogo, conceituação e características.
Jogo segundo Huinzinga, (citado por MELO, p.56), em pesquisas
intensas sobre a categoria jogo em diferentes culturas e línguas, estudou suas
aplicações e a origem da palavra jogo. Em português, jeu em francês, gioco
em italiano e juego em espanhol, advém de jocus, cujo sentido original
abrangia apenas gracejar ou traçar.
15
Segundo Melo, 1986, p.339 diz que:
“O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida
dento de certos e determinados limites de tempo e de
espaço, segundo regras livremente consentidas, mas
absolutamente obrigatória, dotado de um fim em si
mesmo, acompanhado de um sentido de tensão e de
alegria e de uma consciência de ser diferente da vida
cotidiana”.
O jogo pode ser considerado jogo ou não de acordo com as diferentes
culturas, dependendo do significado a ele atribuído, tornando-se difícil uma
definição única.
A característica principal do jogo é a capacidade que ele tem em
absorver o participante com grande entusiasmo, por isso é considerada uma
atividade agradável, predominando desta forma a espontaneidade, mesmo que
haja regras a serem seguidas.
A experiência lúdica se alimenta continuamente de elementos que vem
da cultura geral. Essa influencia se da de varias formas e começa com o
ambiente e as condições materiais. O que dizem e o que fazem os adultos a
respeito dessa atividade, bem como o espaço, o tempo e os materias
colocados à disposição das crianças (na cidade, nas moradias e nas escolas),
são aspectos que vão ter papel fundamental para o desenvolvimento da
experiência lúdica.
Vários autores como Vygotsky (1985), Piaget (1975) e outros verificam,
através de estudos, a experiência do lúdico para a aprendizagem.
16
Veremos a visão de alguns autores a respeito das contribuições do
lúdico para o ensino-aprendizagem de acordo com suas teorias.
Começaremos analisando a teoria piagetiana, onde a brincadeira não
tem um conceito especifico, pois ela e compreendida apenas, como uma forma
de expressar conduta de forma prazerosa, livre e espontânea, que e expressa
pela criança por vontade própria, sem que haja imposição. Portanto, quando a
criança manifesta esta conduta, ela demonstrara em que nível de estagio
cognitivo ela esta, construindo, assim, conhecimentos.
Segundo Piaget (1975, p.128), o jogo de regras começa a ser
praticado por volta de sete anos, pois, a criança nesta idade começa a
abandonar o jogo egocêntrico para começar a desenvolver o espírito de
cooperação, valorizando essa atividade social.
Para Piaget (1975 p.131): “por meio da atividade lúdica, a criança
assimila ou interpreta a realidade de si própria, atribuindo, então ao jogo um
valor educacional muito grande”.
O jogo é importante no desenvolvimento emocional da criança, pois
por seu intermédio se constitui um caminho possivel para expressar idéias e
sentimentos, principalmente para as crianças com necessidades educacionais
especiais.
Ainda, para Piaget (1975, p.12) “demonstrou que as atividades lúdicas
sensibilizam, socializam e conscientizam”.
As regras de um jogo podem facilitar o cultivo de respeito com as
regras da sala de aula, da escola se da sociedade.
Para Vygotsky (citado por KISCHIMOTO.1997, p.129), os processos
psicológicos se constroem a partir do contexto social, pois, segundo sua teoria,
17
toda conduta do individuo, inclusive as brincadeiras, são produções histórico-
sociais.
A brincadeira de representação de papéis é considerada cm situação
imaginária, predominante a partir de três anos de idade, sendo muito utilizada
nas escolas, por deixarem aflorar a imaginação infantil e sua vivencia histórica.
“No brinquedo, o pensamento está separado dos objetos e a ação
surge das idéias, e não das coisas...” A essência do brinquedo é a criança de
uma nova relação entre o campo do significado e o campo de percepção
visual, ou seja, entre situações no pensamento em reais
situações.”(VYGOTSKY em KISHIMOTO, 1997, p.130)”.
A escola não pode abrir mão do lúdico, porque se pararmos para
pensar, o lúdico esta em quase tudo que fazemos, basta que façamos com
prazer. Contudo muitos adultos, inclusive nós professores, algumas vezes
temos dificuldades em reconhecer os direitos da criança brincar,
principalmente as crianças portadoras de necessidades educacionais
especiais, priorizando o “ estudo serio”. Porém não devemos nos esquecer que
o brincar também e uma forma de linguagem infantil, utilizada pelas crianças
bem pequenas, que precisa apenas ser valorizada, incentivada e incorporada
definitivamente a nossas escolas como forma de inclusão, não apenas na
Educação Infantil, mas também no Ensino Fundamental, por ser acima de
tudo, esta é uma excelente forma de “estudo serio”
Concordo com Rosamilha (1979, p.44) quando diz: “Quando bem
aproveitado o jogo ou brinquedo, tão presente na infância é uma das
18
atividades mais construtivas e úteis experiências, que a civilização hoje esta
acabando de liquidar”.
O jogo para crianças principalmente as com necessidades
educacionais especiais é o exercício, é o preparo para a vida adulta. A criança
aprende brincando, é o exercício que faz desenvolver suas potencialidades.
1-3- A Educação Especial e o Lúdico.
Atualmente a Educação Especial tem sido definida de forma ampla,
sendo considerada, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais,
como elemento integrante e indistinto do sistema educacional que se realiza
transversalmente, em todos os níveis de ensino de ensino, nas instituições
escolares, cujo projeto, organização e pratica pedagógica devem respeitar a
diversidade dos alunos, a exigir diferenciações nos atos pedagógicos que
contemplem as necessidades educacionais de todos.
Embora a expressão necessidades educacionais especiais seja
ampla e diversificada, a atual Política Nacional de Educação Especial (1994),
conforme divulgação nos Parâmetros Nacionais Curriculares/ Adaptações
Curriculares (1999) aponta para uma definição de prioridades no que se refere
ao atendimento especializado a ser oferecido na escola para quem dele
necessitar.
Nessa perspectiva, define como aluno portador de necessidades
especiais “aquele que por apresentar necessidades próprias e diferentes dos
demais alunos no tocante ao domínio das aprendizagens curriculares requer
recursos pedagógicos e metodológicos específicos”.
A atual Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, Lei nº
9.394, de 20-12-1996, trata, especificamente, no Capítulo V, da Educação
19
Especial. “Define-a por modalidade de educação escolar, oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para pessoas com necessidades
educacionais especiais”.. Assim, ela perpassa transversalmente todos os
níveis de ensino, desde a educação infantil ao ensino superior. Esta
modalidade de educação é considerada como um conjunto de recursos
educacionais e de estratégias de apoio que estejam à disposição de todos os
alunos, oferecendo diferentes alternativas de atendimennto.
Antes de pensarmos em inclusão, julgamos oportuno iniciar esta
exposição com algumas definições que podem ser encontradas no dicionário
Aurélio da língua portuguesa e que se referem a termos que têm sido utilizados
principalmente no âmbito da Educação Especial que é o nosso campo de
estudo. Estes são: normalização, integração e inclusão.
Então vejamos:
Normalização: tornar normal; fazer voltar à normalidade, regularizar,
voltar ao estado normal (...).
Integração: ato ou efeito de integrar-se; ação ou política que visa
integrar em um grupo as minorias raciais, religiosas, sociais e outras (...).
Inclusão: ato ou efeito de incluir; ato pelo qual um conjunto contém e
inclui outro.
20
O Termo Inclusão: o termo "inclusão" num contexto de Educação Especial, é
a tentativa e esforço de se desenvolver um sistema educacional unificado que
seja flexível e com recursos necessários para atender as necessidades da
diversidade de alunos de nossas comunidades.
Dentro deste sistema, os portadores de necessidades especiais poderão
desenvolver as habilidades que os capacitem a participar, de maneira
apropriada, dentro da sociedade.
O processo de inclusão, visa garantir o direito de todos os individuos
de ingressar, permanecer e beneficiar-se do ensino escolar, independente de
suas condições sociais, etnia ou deficiencia.
Segundo FOREST & PEARPOINT (1997) “Inclusão não quer dizer
absolutamente que somos todos iguais. Inclusão significa aceitar nossa
diversidade e nossas diferenças com respeito. Quanto maior nossa
diversidade, mais rica a nossa capacidade de criar novas formas de ver o
mundo”.
Na Declaração de Salamanca e Linhas de Ação, n.15,p.29:
“A educação integrada e a reabilitação apoiada pela
comunidades representam dois metodos complementares
de ministrar o ensino a pessoas com necessidades
educativas especiais. Ambas se baseiam no principio da
integração e participação e representam modelos bem
comprovados e muito eficazes em termos de custo para
fomentar a igualdades de acesso das pessoas com
necessidades educativas especiais, que faz parte de uma
21
estrategia nacional cujo objetivo é conseguir a educaão
para todos”.
De acordo com o modelo de Integração, o aluno com necessidades
especiais, precisa estar preparado para se adaptar ás norma e padrões, ou
seja, às condições da escola e de acordo com o modelo de Inclusão é a
escola que precisa estar preparada para atender as condições do aluno.
Estamos necessitando urgentemente de uma nova postura dos
professores, com vontade de buscar novas formas de ensinar e que estudem
as necessidades de cada um. Que respeitem o nível intelectual de cada aluno
possibilitando novas formas de cooperação entre eles.
A inclusão é um motivo que implica no aprimoramento da formação
dos professores para realizar propostas de ensino inclusivo e, também, um
pretexto para que a escola se modernize, atendendo às exigências de uma
sociedade, que não admite preconceitos, discriminação, barreiras entre seres,
povos e culturas. Assim, poderemos vislumbrar um futuro diferente para
pessoas com deficiência e para os comuns, na escola.
A criança portadora de necessidades especiais precisa, desde muito
cedo, estar com outras crianças e aprender a desfrutar dessa oportunidade
que constitui em um dos principais objetivos da inclusão. A criação desse
espaço lúdico pode promover situações que favoreçam a interação entre
crianças portadoras e não de deficiências. A disponibilidade de diferentes
espaços lúdicos, bem como a distribuição de brinquedos e características
desses, poderão facilitar a interação. Consideramos como espaço lúdico de
inclusão aquele que contém equipamento e brinquedos que favoreçam a
integração entre crianças, apesar de suas diferenças.
22
Para os portadores de necessidades educacionais especiais surge
uma nova forma de aprender, através do lúdico, estimulando a criatividades e
a possibilidades de desenvolver na vida cotidiana, fazendo com que os
mesmos sejam vistos com potencial e capacidade de produzir, e não como
pessoas impossibilitadas de realizar atividades pela sua deficiêncIia.
23
CAPÍTULO II - O LÚDICO E A CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO DA CRIANÇA PORTADORA DE
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS.
2-1- A formação da inteligência em Piaget.
Piaget (1975), em suas pesquisas desenvolvidas sobre a
inteligência, verificou que os jogos e os brinquedos podem ser de três tipos: de
exercícios, simbólicos de regras, porem veremos mais detalhadamente ao
tratarmos a classificação.
O jogo de exercícios surge no período sensório-motor, quando a
criança exercita um novo movimento no corpo simplesmente pelo prazer de
dominar o que aprendeu. Utiliza repetidamente qualquer habilidade,
promovendo sua interiorização. Deste modo garante o domínio desses
esquemas de ação já conhecidos e assim promove a construção de novas
formas de ação. Com isso, a criança testa suas habilidades experimentando
suas possíveis atuações sobre meio. Daí se conclui, que essa formação de
atividade lúdica caracterize o nascimento do jogo na criança na pré-verbal (0a
2 anos), ela ultrapassa largamente os primeiros anos de infância.
O jogo simbólico exerce um papel semelhante ao jogo de
excercício, porém tem a função de satisfazer o “eu”, por meio da
transformação da realidade em função dos desejos. Uma criança quando
brinca de imitar, tem como função assimilar a realidade, transpondo para o faz-
de-conta, revelando seus medos e angustias, aliviando dessa forma suas
frustrações e tensões.
O jogo simbólico ocorre entre 2 a 7 anos aproximadamente, onde a
principal característica dessa segunda etapa, esta na função simbólica,
24
presente tanto para as atividades lúdicas, quanto para as atividades verbais da
criança.
Já no jogo de regras, supõe-se que haja relações sociais e
interindividuais, pela presença de ordenação e regularidade, imposta pelo
grupo, que zela para que não haja violação das regras. Esta relação
estabelecida confere um caráter eminentemente social, que conduz e
desenvolve o espírito de cooperação e respeito mutuo.
No jogo de regras, a manifestação ocorre por volta dos sete anos
aos doze anos, havendo o predomínio durante toda a vida do individuo. Neste
tipo de jogo há o predomínio do regulamento, regras e competição entre os
participantes.
Para que a criança chegue a este terceiro momento o jogo de
regras, precisa ter adquirido dois recursos essenciais. O primeiro relacionado
ao seu desenvolvimento cognitivo.
Nesta etapa do jogo a criança chega a inteligência operacional
concreta. Possui um raciocínio reversível, capacitando-a correlacionar a regra
aos elementos que a compõe.
Segundo Piaget (1978, p.52), o jogo de regras é a atividade lúdica
do ser socializado, onde a criança “abandona o jogo egocêntrico das crianças
mais pequenas, em proveito de uma aplicação afetiva de regras e do espírito
de cooperação entre os jogadores”.
Como se pode perceber o jogo na criança, inicialmente egocêntrico
e espontâneo, vai se tornando cada vez mais uma atividade social, na qual as
relações são fundamentais.
Entra as múltiplas funções do jogo, podemos ressaltar, que alem
dele corresponder a um impulso que satisfaz as necessidades interiores de
25
todo o individuo, por apresentar uma tendência para o lúdico, ele também e
capaz de provocar um estado de vibração e euforia, por ser considerado uma
atividade fortemente motivacional, excitante e libertadora da espontaneidade,
pois o jogo mobiliza os esquemas mentais, ativa as funções psiconeurológicas
e estimula o pensamento, integrando assim as varias dimensões da
personalidade, tanto no campo afetivo como motor e cognitivo.
Entendemos, assim ser perfeitamente aceitável que se considere os
jogo como manifestações lúdicas presentes no ser humano desde a infância
ate a vida adulta.
2-2 – A interferência do lúdico na construção do conhecimento
da criança PNE’s.
Na escola, o lúdico, o criativo e o corpo não podem estar restritos a
disciplinas de educação física ou de educação artística e sim, devem-se
ressaltados como conhecimento escolar e vivenciados na pratica da sala de
aula.
Segundo Claparede (citado porROSAMILHA 1979, p.76):
“A criança é antes de tudo feito para brincar. O jogo, eis
ai um artifício que a natureza encontrou para levar a
criança a empregar uma atividade útil ao seu
desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais
esse artifício. Coloquemos o ensino mais ao nível da
criança, fazendo, de seus instintos naturais, aliados, e
não inimigos”.
Piaget (1978) mostra claramente e suas obras que o jogo não são
apenas uma forma de desafogo ou entretenimento intelectual.
26
Para Piaget os jogos e as atividades lúdicas tornam-se mais
significativas na medida em que a criança se desenvolve como um todo, pois a
atividade puramente lúdica é, em principio, a melhor maneira de iniciar
qualquer atividade escolar.
A característica principal do lúdico é a capacidade que ele tem em
absorver o participante, e intensamente com grande entusiasmo, por isso é
considerado como atividade agradável, predominando desta forma a
espontaneidade, mesmo que hajam regras a serem seguidas. O brinquedo
contribui para a desinibição, produzindo uma excitação altamente fortificante.
Para Kishimoto (1997 P.68): “o brinquedo aparece como um pedaço
de cultura colocado ao alcance da criança. E seu parceiro na brincadeira. A
manipulação do brinquedo leva a criança à ação e a representação, a agir e a
imaginação”.
Através do lúdico, a criança realiza uma aprendizagem significativa,
pois enquanto joga ou brinca, a mesma pode experimentar varias situações
combinando criatividade, fator entre si e construindo novas realidades de
acordo com seus gastos e necessidades.
Segundo Liebermam, (citado por ROSAMILHA, 1979, p.5): “O
lúdico é um traço da personalidade que persiste da infância ate a juventude e a
idade adulta com função muito importante n estilo cognitivo dos indivíduos”.
Para Piaget, a inteligência constitui uma atividade organização cujo
funcionamento invariante e prolonga o da organização biológica e o supera
graças à elaboração de novas estruturas.
Porém, tanto para um processo quanto para outro, há dois
funcionamento invariantes e constantes que Piaget chama de adaptação e
organização.
27
Há adaptação quando um organismo se modifica em função do
meio e quando essa transformação, propiciada pelas trocas entre ambas,
favorece a conservação do organismo. Tem-se, portanto, dois processos ou
invariantes funcionais e complementares, ou seja, de um lado, a incorporação
de elementos do meio à estrutura (assimilação), o outro, a modificação dessa
estrutura em função das mudanças (acomodação).
Logo, para Piaget, adaptação é um equilíbrio entre a assimilação e
a acomodação. Sendo que esta definição se aplica tanto para processos
biológicos quanto para os cognitivos.
Para que um sujeito assimile o objeto, se faz necessário a interação
com ele e a integração à estrutura previa. Essa estrutura é formada por
esquemas de assimilação do sujeito. Interagindo com os objetos do
conhecimento, o sujeito é capaz de assimilar os elementos novos.
A partir da analise da teoria de Piaget (1987), percebe-se a
importância de ações que estimulem o raciocínio, que façam sentido, que
provoquem tanto ações interiores, como exteriores, no processo de
assimilação do conhecimento.
No trabalho com o jogo em sala de aula, o aluno interage com
elementos novos incorporando aos esquemas de assimilação, lodo para
Piaget, a inteligência modifica, sem cessar estes últimos para os novos dados.
Dessa forma, quando há modificação dos esquemas mentais para
assimilar o novo à estrutura cognitiva previa, há acomodação cognitiva, ou
seja, há aprendizagem.
Ao agir mentalmente, diante da resolução de um problema criado
através de uma atividade lúdica as crianças estarão criando e resolvendo
28
livremente este problema. Neste processo é possivel verificar que há à busca
de se ajustarem ao mundo exterior, sem deixarem de lado, a imaginação e a
criatividades. Esta ação permite criar um elo entre a criança e o mundo na
construção do real. Por este ponto de vista, a escola e o professor, não devem
trabalhar com o aluno no sentido de treiná-lo para o futuro visando à sua vida
adulta, mas desenvolver as estruturas intelectuais de que dispõe para o
enfrentamento do novo.
Piaget (citado por CHARLES, 1975, p. 11), nos diz que:
“Por natureza, as crianças estão continuamente ativas.
Elas têm de descobrir e dar sentido ao seu mundo.
Quando elas estão fazendo isto elas refazem a estruturas
mentais que permitem tratar de informações cada vez
mais complexas. Estes refazeres de estruturas mentais
torna possível à genuína aprendizagem em que é estável
e duradoura. Quando estruturas necessárias não estão
presentes, a aprendizagem é superficial”.
As atividades lúdicas exercem uma forte atração sobre a criança
“normal” e principalmente as portadoras de necessidades educacionais
especiais manifestando-se como meio de converter poderes adormecidos em
varias habilidades. O jogo serve ainda, como propósito de adaptação e
compensação das situações do cotidiano. Quando uma criança brinca e tem
prazer nisso, suas ondas celebrais alfa ganham em amplitude, e as sensações
de prazer, ao descobrir algo novo, ocorrem freqüentemente a ponto de
predominar durante longos períodos de tempo.
O aspecto lúdico nos remete ao jogo e este, prontamente, aproxima
alunos e educadores tornado o processo de ensino-aprendizagem algo
prazeroso. Dentro deste processo teremos profissionais incentivados e
29
educandos motivados e empenhados em superar obstáculos a fim de realizar
as atividades propostas.
Através do jogo é possível também, identificar-se a fase evolutiva
da criança em conformidade com suas atitudes, e seus interesses. Essa
atividade favorece a integração dos domínios das áreas do desenvolvimento e
oportuniza para a criança portadora de necessidades educacionais especiais a
percepção de si própria, do seu corpo, suas capacidades e suas relações com
o outro.
O jogo é para a criança portadora de necessidades educacionais
especiais, a coisa mais importante da vida. O jogo, nas mãos do educador é
um excelente meio de formar a criança. Sendo assim, todo educador deve não
só jogar como utilizar a força educativa do jogo.
O crescimento e o desenvolvimento da criança portadora de
necessidades educacionais especiais deve ser objeto do conhecimento do
professor de forma a assegurar o adequado direcionamento das atividades de
acordo com a potencialidade do aluno.
30
CAPÍTULO III - O LÚDICO E AS RELAÇÕES
SOCIAIS.
3-1- A influência do lúdico no processo de formação social da
criança PNE’s.
O anseio natural para brincar pode ser muito bem utilizado no
desenvolvimento das habilidades que devem ser conduzidas através de uma
crescente variedade de atividades, favorecendo assim, a exploração de si
próprio e do seu ambiente.
É importante lembrar, ainda, que cada jogo tem suas origens
histórico-culturais, assim como nossos alunos, que trazem consigo para a
escola uma serie de conhecimentos e experiências que compõe sua bagagem
histórico- cultural, constituídas em situações intra e extra- escolares.
O jogo como função essencial no desenvolvimento, é uma
introdução a relação social para as crianças portadoras de necessidades
educacionais especiais.
Para a criança participar dos jogos transmitidos culturalmente,
significa estar em maior contato com o seu contexto, pois vivencia regras.
O jogo engloba não só os aspectos cognitivos e sociais, como
também o afetivo, que emerge e se estabelece como um verdadeiro motor de
toda a atividade da criança, compreendendo-se então o valor que pode ter o
jogo para revelar a orientação do caráter da criança.
A criança brinca porque tem um lugar especifico na sociedade, faz
parte da natureza de tal criança. O jogo é a forma que as crianças encontram
para representar o contexto em que estão inseridas, independentes da época,
31
classes sociais, se é ou não portadora de necessidades educacionais
especiais e outros fatores.
Através do aspecto afetivo, a criança é capaz de conquistar seu
espaço percebendo-se como ser vivo único e integrante em seu meio. A
importância das atividades lúdicas, neste sentido é fundamental, pois ela será
capaz de proporcionar o desenvolvimento global do aluno.
A criança que brinca precisa ser respeitada, pois seu mundo esta em
permanente oscilação entre fantasia e a realidade. Precisa tanto de
brinquedos, como espaço, o suficiente para que se sinta à vontade, e construa
seu conhecimento de mundo, a partir do lúdico, transformando o real com
recursos da imaginação.
Segundo Vygotsky, (citado por OLIVEIRA, 1997, p.67), tanto pela
criação da situação imaginária, como pela definição de regras especificas, o
brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança. “No
brinquedo a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas
atividades que favoreçam o desenvolvimento da criança em brincadeira,
principalmente aquela que promovem a criação de situações imaginaria, tem
nítida função pedagógica”.
A criança portadora de necessidades educacionais especiais,
através de atividades lúdicas variadas, se sentirá bem no espaço escolar,
tornando-se mais motivada para aprender, trocando com o grupo, ou seja,
partilhando seus conhecimentos e experiências, e é nessa troca que se dará a
aprendizagem, de forma “viva” e solidária.
É nas atividades lúdicas que a criança se prepara para a vida,
assimilando a cultura do meio em que vive, a ele se integrando, adaptando-se
as condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir, cooperar com
seus semelhantes e conviver como um ser social.
32
Portanto, na pratica, não podemos separar da criança o processo
lúdico, porque é justamente o seu potencial lúdico vivenciado que a torna um
ser social e histórico. Através de suas manifestações lúdicas ela reconstrói a
própria historia da humanidade.
Não podemos, negar a criança o direito de brincar, pois se assim o
fizermos, estaremos, com certeza, negando-lhe a possibilidade de viver a
plenitude da sua natureza humana, através de trocas significativas com o
mundo que a cerca.
3-2- Ludismo e interação social.
No processo evolutivo que caracteriza os desenvolvimentos
humanos, especialistas e estudiosos do assunto, consideram que o potencial
lúdico tem uma função muito importante. À medida que a criança vai se
libertando do principio do lazer, e passa interagir com a realidade buscando
equilíbrio entre a satisfação e não-satisfação de seus impulsos mais primitivos,
bem como o equilíbrio de sua emoção, sua afetividade, ela precisará de um
elemento que o brinquedo, o brincar, cuja função é de permitir que a criança
se adapte ao mundo que a cerca.
Desde o nascimento, embora a criança seja aparentemente passiva,
vinculo afetivo são estabelecido entre ela e outras pessoas. Esses vínculos
irão se acumulando dia-a-dia, à medida que a criança se desenvolve e a
interação se sucede, fazendo uso de outros canais de comunicação.Com o
passar do tempo, ela vai se tomando consciência de si mesma, sendo um
processo em que a criança vai se individualizando e “socializando”.
O brincar tem sido bastante explorado por estudiosos do
comportamento infantil. Apesar disso, notamos que os profissionais que
trabalham diretamente com a criança, na sua maioria, permanecem
33
desinformados a respeito do lúdico e de suas implicações no desenvolvimento
da criança e na vida de relação d ser humano em uma perspectiva, mais
ampla, de acordo com a sua natureza social, política e holística.
“O jogo tem, sobre a criança, o poder de um excitador universal:
facilita tanto o progresso de sua personalidade integral, como o progresso de
cada uma das suas funções psicológicas, intelectuais e morais”.(JOAQUIM,
citada por ROSAMILHA, 1979, p.86).
No âmbito escolar, deve ser propiciado aos alunos o maior número
de situações grupais, pois o universo escolar apresenta uma dimensão mais
ampla do que o lar, propiciando um aumento das possibilidades de relações
interpessoais da criança. As interações entre as pessoas estão estruturadas
nos processos sócias, que trazem incluídos valores que tem sido fermentado
pala cultura.
.
Para Azevedo (2002), a escola é uma das principais idealizadoras da
formação de conceitos e transmissora de conhecimento ao indivíduo, assim a
escola no contexto social torna-se co-autora de ações, criações, recriações,
produções e atitudes como interventora na construção do saber e como
idealizadora dessas articulações, é o principal sujeito pela busca de outras
inovações.
Do ponto de vista psicológico, Vygotsk (1997) atribui ao brinquedo
um papel importante: o de preencher uma atividade básica da criança, oi seja,
ele é motivo para a ação, já que o brinquedo pode criar uma zona de
desenvolvimento proximal (capacidade que a criança possui), permitindo a
criança comporta-se num nível que ultrapassa o que esta habituada a fazer.
A brincadeira é universal e facilita o crescimento saudável da
criança. O brincar conduz os relacionamentos grupais, podendo ser uma forma
de comunicação, viabilizando a oportunidade de experimentar o exercício de
simbolização, o brincar é, de fato, uma característica humana.
34
Wilkins, (citado por ROSAMILHA, 1979, p.94), afirma que:
(...) “O jogo é, assim, um modo de estar no mundo, um modo de lidar
com os absurdos da condição humana, (...) Quando bem aproveitado, o jogo
ou brinquedo, tão na infância, é uma das mais construtivas e úteis
experiências, que a civilização de hoje esta acabando de liquidar”.
Assim, na atividade lúdica, a presença do concomitante atitude
lúdica é fundamental.
Vygotsky observa que a criança apresenta em seu processo de
desenvolvimento um nível que ele chamou de real e outro de potencial ou
proximal. O real refere-se às etapas já alcançadas pelas crianças, ou seja, as
coisas que elas conseguem fazerem sozinhas. Já o potencial diz respeito à
capacidade de desempenhar tarefas com ajuda dos outros, isso que dizer que
a criança esta inserida num contexto social e seus comportamentos são frutos
do processo de relação interindividuais, cabe a escola fazer a criança avançar
na sua compreensão do mundo a partir do desenvolvimento já consolidado,
pois a brincadeira pressupõe uma aprendizagem social.
Vygotsky (1984, p.117), enfatiza que:
“No brinquedo, a criança sempre se comporta além do
comportamento habitual de sua idade, além de seu
comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse
maior do que é na realidade foco de uma lente de
aumento, o brinquedo contém todas as tendências do
desenvolvimento sob forma condensada, sendo ela
mesma, uma grande fonte de desenvolvimento”.
35
Podemos observar que brincar não significa simplesmente recrear-
se, isto porque é a forma mais completa que a criança tem de comunicar-se
consigo mesma e com o mundo, pois no ato de brincar, ocorre um processo de
troca, partilha, confronto e negociação, gerando momentos de desequilíbrio e
equilíbrio e propiciando novas conquista individuais ou coletivas principalmente
para as crianças portadoras de necessidades educacionais especiais.
Nesse brincar esta o pensamento, o movimento, gerando canais de
comunicação, onde a linguagem cultural própria da criança é o lúdico. Por isso,
a criança comunica-se através dela e, por meio dela, era ser agente
transformador, sendo o brincar um aspecto fundamenta para chegar do seu
próprio desenvolvimento.
36
IV – PROPOSTA SÓCIO - PEDAGOGICA PARA
PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS
ESPECIAIS.
Uma das características marcantes na criança é a intensidade da
atividade motora e a fantasia. Então é difícil compreender e explicar o fato de o
sistema escolar, submeter o aluno, desde o primeiro dia de aula, a imobilidade.
Apesar de tudo, esta criança é capaz de aprender, no entanto essa
aprendizagem poderia torna-se mais prazerosa se a ela fosse dado o direito á
liberdades, para pensar, buscar novas soluções, criar novos caminhos em
busca de respostas, desenvolvendo com isso um pensamento critico,
tornando-o cidadão participante e efetivamente atuante em uma sociedade.
Nesta perspectiva o lúdico torna-se um valioso recurso pedagógico,
pois corresponde a um impulso natural da criança, satisfazendo uma
necessidade interior.
A atividade lúdica tem perdido seu valor enquanto conhecimento a
ser vivenciado e usufruído. O jogo pode e deve ser usado como instrumento
pedagógico, sua regra devem ser experimentadas, construídas,
contextualizadas e alteradas quando necessário.
Os PNE’s, geralmente têm grandes dificuldades de desenvolver
certas atividades, fazendo com que os mesmos não se interessem em praticá-
las. A escola é um grande exemplo disso, os portadores de necessidades
especiais nem sempre estão dispostos a praticar as atividades orientadas
pelos educadores, ou mesmo se interessam em estudar, em conseqüência da
sua “distinção” dentro da sociedade. Eles se vêem diferente dos demais
alunos, muitas vezes com receios de integração com eles.
37
Nesse contexto, é de suma importância que o profissional de lazer
tenha um conhecimento claro e aprofundado a respeito dos comportamentos,
do cotidiano e das necessidades dos portadores de necessidades especiais,
para assim, associados aos pedagogos terem a possibilidade de desenvolver
projetos que visem a melhoria da qualidade de vida dos PNE’s, desenvolvendo
novas estratégias de educação, fazendo com que os mesmo “aprendam” a
gostar da escola e estimular as relações interpessoais, assim, o aprendizado
através de atividades que propiciam o lúdico estimulam na participação, e no
interesse pela disciplina.
Para a obtenção do real sucesso nos objetivos de formação do
aluno, é necessária que se atribua aos jogos a dimensão de fenômeno social.
Entendo que cada grupo social possui uma visão sobre a sua pratica, como
parte de sua cultura, sendo chamada cultura popular
Para os portadores de necessidades especiais surge uma nova
forma de aprender, através do lúdico, estimulando a criatividade e a
possibilidade de desenvolver na vida cotidiana, fazendo com que os mesmos
sejam vistos como pessoas com potencial e capacidade de produzir, e não
como pessoas impossibilitadas de realizar atividades pela sua deficiência.
Dessa forma a auto-estima e autoconfiança dos PNE’s aumenta possibilitando
aos mesmos serem eficazes e bem sucedidos na vida sociocultural.
Sendo assim, os anseios necessidades dos alunos devem ser
considerados já a partir do planejamento feito pelo professor.
Valorizar e viver o lúdico na sala de aula é viver o momento, o
presente, o agora. É aqui que chamamos a atenção para a necessidade de
formar professores capazes de conhecer, de compreender estes processos e
sua extrema importância no mundo da criança. O próprio Profissional que lida
com a criança portadora de necessidades educacionais especiais pode ser
agente desencadeador de comportamento inadequado, quando, não atende as
38
suas reais necessidades, atuando mais como um elemento inibidor de
potencialidades.
Percebemos, que estas colocações conferem maior relevância à
necessidade de que os profissionais da educação não sejam meros receptores
e repetidores de programas prontos, cujas atividades, muitas vezes estão
distantes da realidade lúdica da criança. O professor precisa este bem
informado acerca do desenvolvimento da criança acima de tudo,
principalmente as portadoras de necessidades educacionais especiais,
imbuídos de uma atitude lúdica. Isso porque uma postura autoritária, não dará
espaço para que se crie um clima lúdico onde, o adulto e a criança brincando,
evoluam para uma dimensão maior, mais significante, criativa e renovadora
com essa perspectiva de trabalho, é possivel que as tensões se harmonizam e
o corpo entre equilíbrio com a mente, revitalizando-se com a experiência de um
viver holístico, e cada um, enquanto ser humano, embora limitado, alcance sua
plenitude.
O brincar da criança, portanto, não pode ser considerado uma
atividade complementar a outras, de natureza dita pedagógica, mas sim como
atividade fundamental para a construção de sua identidade cultural e de sua
personalidade.
A escola não é lugar como outro qualquer, ela é uma instituição que
tem como objetivo possibilitar ao educando a aquisição de conhecimentos
formal e o desenvolvimento dos processos do pensamento. É nela que a
criança aprende a forma de se relacionar com o próprio conhecimento.
Brincar na escola não é exatamente igual a brincar em outras
ocasiões, porque a vida escolar é regida por algumas normas que regulam as
ações das pessoas e as interações entre elas. Assim, as brincadeiras e jogos
têm uma especificidade quando ocorrem na escola.
39
Geralmente uma fonte de lazer simultaneamente, de planejamento
da atividade educativa.
Sendo assim, a promoção de atividades que favoreçam o
envolvimento da criança em brincadeiras, principalmente aquela que
promovem a criação de situações imaginaria, tem nítida função pedagógica. A
escola e, principalmente, a pré-escola poderiam se utilizar deliberadamente
desse tipo de situações para atuar no processo de desenvolvimento das
crianças.
Desta forma os alunos reconhecem o conteúdo como significante e
relevante para sua vida podendo assim, participar mais ativamente sobre seu
próprio aprendizado.
A aprendizagem, através do jogo, para o desenvolvimento deve ter
preferencialmente um caráter lúdico. Os benefícios pedagógicos do lúdico são
procedimentos didáticos altamente importantes mais que um passatempo, é o
meio indispensável para promover a aprendizagem, disciplinar o trabalho do
aluno e incutir-lhe comportamentos básicos, necessários a formação de sua
personalidade.
Com tudo isso, pode concluir que numa proposta de aprendizagem,
com abordagem generalizada, a concepção pedagógica adotada deve estar
coerente com o objetivo de uma formação global, atribuindo ao jogo um papel
social, capaz de agir na construção de sua própria história e também da
historia da sociedade, critico, participativo e capaz de atuar em busca de uma
construção social mais justa.
40
CONCLUSÃO
O jogo, como uma atividade esportiva ou recreativa, esteve presente
desde os mais remotos tempos da história da humanidade, demonstrando,
assim como estes povos viviam, o que eram o que já conheciam, enfim, os que
caracterizavam.
Desta forma, pode-se firmar que o jogo possui uma origem histórico-
cultural, tal que nossos alunos trazem consigo para a escola uma série de
conhecimentos e experiências que compõem, sua bagagem sócio-historica-
cultural, construída através de sua experiência dentro e fora da escola.
Com este estudo e pesquisa bibliográfica tentaremos demonstrar
que o processo ensino-aprendizagem pode acontecer de forma lúdica e
prazerosa, tanto para alunos ditos normais como para os com necessidades
educacionais especiais e professores na percepção do seu fazer prático, e do
papel do lúdico como pratica inovadora, desafiadora, possível de ser
vivenciada, de ser concretizada através da proposta educacional baseada na
ludicidade, e efetivada ns currículos, partindo da idéia que o lúdico aliado a
ação pedagógica e sua influencia no contexto escolar contribui de forma
decisiva na construção do conhecimento e a favor de relações sociais
significativas, apontando assim, novos rumos de investigação, com passíveis
estudos, visando aprimoramentos profundos na área da ludicidade.
Esperamos, ainda, que tenha ficado mais claro a função do jogo na
escola, a dimensão lúdica do jogo deve ser gerada no ambiente escolar, com
vista aos objetivos educacionais. Acreditamos que a escola pode ser um
espaço de alegria onde educador e educando caminhem juntos na construção
do conhecimento.
Neste estudo reforçamos a importância do lúdico no
desenvolvimento e na formação social da criança, para a realização de um
41
fazer pedagógico não estereotipado, mas de um fazer lúdico inovador e
libertador.
Concluindo, entendemos ser importante enfatizar a reformulação dos
cursos de formação, ressaltando a questão do lúdico e sua importância não só
para a criança, como para o professor. Há muitos, estamos sofrendo um
processo de robotização muito intenso, que desencadeia processos mórbidos.
Entendemos ser necessário sair da mesmice através de um fazer lúdico que
nos de a possibilidade de um viver criativo e gratificante.
Um dos fatores essenciais para que uma criança se desenvolva e
aprenda é que ela tenha prazer no que está fazendo, e hoje se consegue
baseando as atividades na realidade da turma. É importante que o aluno goste
da escola, pois caso contrário, todo o trabalho e toda tentativa poderão ser
inúteis. Neste sentido, as instituições deverão propiciar um ambiente físico e
social propicio para que os alunos se desenvolvam adequadamente, de modo
a ser sentirem confiante, protegidos e capazes de solucionar possíveis
obstáculos, tornando-se futuros cidadãos conhecedores, participantes e agente
transformadores sociais.
O lúdico, portanto, deve estar presente nos currículos, não como
acessórios, mas como proposta prioritária que deve nortear todo os objetivos
dos cursos propostos para o atendimento ás crianças portadoras de
necessidades educacionais especiais de modo geral.
É possível que refletindo sobre a importância do lúdico, associado a
pedagogia, no desenvolvimento de pessoas portadoras de necessidades
educacionais especiais e, na prática, vivenciarmos o potencial lúdico e criativo.
Os jogos e as brincadeiras, quando associados aos conteúdos, de
modo interdisciplinar, propicia uma aprendizagem significativa e profunda,
criando-se um ambiente de prazer e alegria, favorecendo a construção do
42
conhecimento. Através dessas atividades, a escola não perde sua função, ao
contrário, garante a qualidade essencial para a realização de um trabalho
educativo eficiente e politicamente engajado, contribuindo para que o aluno
caminhe no sentido da autonomia. As crianças são mais felizes, criativas,
quando aprendem brincando.
43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALVES, Rubens. A intenção Lúdica. Campinas, SP: Papirus, 1994.
AZEVEDO, Maria Ferreira Melo de. Lazer na Escola: espaço de alegria e
sabedoria.
Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em lazer), Centro
Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro. Natal, 2002.
BARTOLO, Márcia Fernandes. O lazer numa Perspectiva Lúdica e Criativa.
Santa Cruz do Sul, RS: Sinerges, 2001.
MELO, Morais Alexandre. Psicomotricidade, Educação Física e Jogos infantis.
São Paulo: Ed. Brasa, 1989.
SANTIM, Silvino. Educação Física: da alegria do lúdico a opressão do
rendimento. Porto Alegre, RS: edições EST/ESES, 1994.
44
BIBLIOGRAFIA CITADA
1 - CHARLES, C. M. Piaget ao Alcance dos Profesores. Rio de Janeiro: Ao
livro técnico, 1975
2 - DELARAÇÃO DE SALAMANCA E LINHAS DE AÇÃO: Sobre Necessidades
Educativas Especiais. Brasília, 1994.
3 - FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua
portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
4 - KISHIMOTO, Tizuco Morchiba. Jogos infantis: O jogo a criança e a
educação. 2ª ed. São Paulo: Editora Cortez, 1997.
5- OLIVEIRA, Marta Kohl de. VYGOTSKY.L.S. Aprendizagem e
desenvolvimento – Um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997
(Pensamento e ação no magistério).
6– PALERMO. B .Rosely. O jogo como espaço para pensar: A construção de
noções lógicas e aritméticas. São Paulo: Papirus, 2000.
7– PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: Imitação, sonho, imagem
e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
8 – PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. Rio de janeiro:
Zahar, 1978.
9 – ROSAMILHA, Nelson. Psicologia do jogo e aprendizagem infantil. São
Paulo: Editora Pioneiro 3ª ed., 1979.
10– VYGOTSKY. L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins
Fontes, 1984.
45
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
(O LÚDICO ATRAVÉS DOS TEMPOS)
1.1 –Conceituando o lúdico 12
1.2 – O jogo: Conceituação e Características 15
1.2.1 –O lúdico e a Educação Especial 18
CAPITULO II
(O LUDICO E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DA CRIANÇA
PORTADORA DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS)
2.1 – A formação da inteligência em Piaget 23
2.2 – A interferência do lúdico na construção do conhecimento da criança com
necessidades educacionais especiais. 25
CAPÍTULO III
(O LÚDICO E AS RELÇÕES SOCIAIS)
3.1 – A influência do lúdico no processo de formação social da criança com
necessidades educacionais especiais 30
3.2 – Ludismo e interação social do portador de necessidades educacionais
especiais. 32
46
CAPÍTULO V
(PROPOSTA SÓCIO-PEDAGOGICA PARA PORTADORES DE
NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS) 36
CONCLUSÃO 40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
BIBLIOGRAFIA CITADA 44
ÍNDICE 45
47
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes
Pós-Graduação “Lato Sensu”
Projeto a Vez do Mestre
Título da Monografia: O lúdico na aprendizagem de crianças portadoras
de necessidades educacionais especiais.
Autor: Carina de Melo Miranda
Data da entrega: 22 de julho de 2006.
Avaliado por: Mery Sue Pereira
Conceito: