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O ABSOLUTISMO E A NATUREZA SOCIAL DOS ESTADOS MODERNOS História das Relações Internacionai Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni Aula Universidade Federal de São Paulo Relações Internacionais

O ABSOLUTISMO E A NATUREZA SOCIAL DOS ESTADOS … · Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos Caracteres da natureza social do absolutismo: Passagem do feudalismo

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  • O ABSOLUTISMO E A

    NATUREZA SOCIAL DOS

    ESTADOS MODERNOS

    História das Relações Internacionai

    Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni

    Aula

    Universidade Federal de São Paulo

    Relações Internacionais

  • História das Relações Internacionais

    Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni

    Aula – O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    CONTATOS:

    Rodrigo Medina Zagni

    E-mail:

    [email protected]

    Home-pages:

    www.forum-historiae.com.br

    rodrigomedinazagni.academia.edu

    Grupo de pesquisa:

    www.massacres-e-genocidios.com.br

    mailto:[email protected]://www.forum-historiae.com.br/http://www.rodrigomedinazagni.academia.edu/http://www.massacres-e-genocidios.com.br/

  • História das Relações Internacionais

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    Aula – O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    BIBLIOGRAFIA DA AULA:

    Leitura obrigatória:

    ANDERSON, Perry. Linhagens do estado absolutista.

    São Paulo: Brasiliense, 2004, pp. 15-57 (“O Estado

    absolutista no Ocidente”; “Classe e Estado:

    problemas de periodização”).

    Leitura complementar:

    CREVELD, Martin van. Ascensão e declínio do

    Estado. São Paulo: Martins Fontes, 2004, pp. 260-

    268 (“Por dentro do Leviatã”)

    TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e a

    Revolução. Brasília: UnB, 1997, pp. 95-100 (“Dos

    costumes administrativos no Antigo Regime”).

    WALLERSTEIN, Immanuel. The Modern World-

    System I: Capitalist agriculture and the origins of the

    uropean world-economy in the sixteenth century. New

    York: Academic Press, 1974, pp. 132-163 (“The

    absolute monarchy ans statism”)

  • História das Relações Internacionais

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    Aula – O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    MATERIAIS COMPLEMENTARES:

    Vídeos:

    Entrevista: “Conversations with History: Perry

    Anderson”, University of California Television

    (UCTV), abr. 2001.

    Link:

    https://www.youtube.com/watch?v=jjTKsRfVM9Q

    Documentário: “A era do absolutismo”; série “A

    História da Tradição Ocidental”; The Metropolitan

    Museum Of Art, Annenberg CPD, 1971.

    Link:

    https://www.youtube.com/watch?v=BuFsBoz16fU

    Aula: “Absolutism and the State”, Prof. John

    Merriman, European Civilization, 1648-1945,

    History Dep., Yale University, 2008.

    Link:

    https://www.youtube.com/watch?v=zeGaZf3vAM0

    https://www.youtube.com/watch?v=jjTKsRfVM9Qhttps://www.youtube.com/watch?v=BuFsBoz16fUhttps://www.youtube.com/watch?v=zeGaZf3vAM0

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    Aula – O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    CONTRIBUIÇÕES DO DOCENTE AO TEMA:

    ZAGNI, Rodrigo Medina. A Era Joanina em

    Portugal: Paradigmas e contradições do

    absolutismo de Dom João V, da Guerra de

    Sucessão em Espanha ao Tratado de Madri.

    Jus Humanum – Revista de Ciências Jurídicas

    e Sociais da Univ. Cruzeiro do Sul. ISSN:

    2238-2143. São Paulo, Vol. 1, n° 1, Jul./Nov.

    2011, disponível no link:

    https://files.comunidades.net/forum-

    historiae/201111A_Era_Joanina_em_Portugal.

    pdf.

    https://files.comunidades.net/forum-historiae/201111A_Era_Joanina_em_Portugal.pdf

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    O DEBATE SOBRE A NATUREZA HISTÓRICA DOS

    ESTADOS ABSOLUTISTAS

    ALTHUSSERPERRY ANDERSONCHRISTOPHER HILL

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    Aula – O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    VENEZA NO SÉCULO XV

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    AS LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA

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    Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    Perry

    Anderson

    As linhagens

    do Estado

    Absolutista

    1974

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    Séc. XIV e XV (fins da Idade Média)

    Longa crise da economia e da sociedade europeias

    Limites do modo de produção feudal

    Convulsões decorrentes produzem como resultado político no séc. XVI, no Ocidente, o Estado Absolutista

    1450-1500

    Período de superação da longa crise do sistema feudal

    Desenvolvimento do embrião das monarquias absolutistas no Ocidente

    Monarquias centralizadas:

    França

    Inglaterra

    Espanha

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    SIGNIFICADO

    Ruptura com a soberania fragmentada das formações sociais medievais, seus sistemas de propriedade e vassalagem.

    Fase de transição entre o Feudalismo e o Capitalismo, marcada pelo:

    aparecimento das relações político-econômicas do Mercantilismo

    surgimento da estrutura centralizadora do Estado absolutista.

    A organização dos Estados absolutos europeus já é perceptível desde o fim da Idade Média, com a formação de limites e fronteiras e se acentua com o advento do mercantilismo.

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    Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    Caracteres da natureza social do absolutismo:

    Passagem do feudalismo para o capitalismo na Europa

    Introdução de exércitos permanentes,

    Criação de sistemas fiscais nacionais,

    Codificação do direito

    Implementação de princípios do mercado unificado

    Características eminentemente capitalistas, correlacionadas ao desaparecimento de caracteres feudais: como o desaparecimento da servidão.

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    Aula – O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    CONTROVÉRSIA SOBRE A NATUREZA HISTÓRICA

    DAS MONARQUIAS ABSOLUTISTAS

  • A discussão historiográfica compreende três hipóteses, sendo o Estado Absolutista:

    Burguês

    Feudal

    Neutro

    Apesar de ter sido travado no seio de uma historiografia marxista, nem Marx nem Engels elaboraram uma teorização direta das monarquias centralizadas que se desenvolveram na Europa Renascentista.

    Mas é nos marcos de uma historiografia marxista que se debate ainda hoje o problema da natureza social do absolutismo.

    Isso porque se trata de um tema central para a compreensão da passagem do feudalismo para o capitalismo na Europa

    (debate da transição)

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  • Friedrich

    Engels

    “A origem da

    família, da

    propriedade

    privada e do

    Estado”

    1884

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  • Absolutismo = Sistema de Estados

    Produto do equilíbrio de classe

    Antiga nobreza feudal nova burguesia urbana

    Período excepcional em que as classes em luta se equilibram

    Momento em que o Estado (mediador da luta de classes) ganha certo grau de autonomia frente a ambas as classes

    Caso da monarquia absoluta dos séculos XVII e XVIII

    Significado = equilíbrio entre nobreza e burguesia

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  • Karl Marx

    “Manifesto do

    Partido

    Comunista”

    1848

    “Dezoito

    Brumário de

    Luís

    Bonaparte”

    1852

    História das Relações Internacionais

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    Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

  • De um estado de equilíbrio, passa-se a compreender o Estado Absolutista como um tipo de Estado Burguês:

    O papel político da burguesia (no mercantilismo) seria o de contrapeso da nobreza e pedra angular das grandes monarquias

    Transição : de contrapeso da nobreza => pedra angular do Estado

    A estrutura administrativa do Estado Abdolutista era um instrumento tipicamente burguês, tendo a burocracia como meio para preparar o domínio de classe da burguesia.

    Essa seria a finalidade do poder do Estado centralizado por meio de seus órgãos onipresentes:

    Exércitos permanentes

    Polícia

    Burocracia

    Clero

    Magistratura

    Órgãos criados a partir de uma divisão hierárquica do trabalho

    Concepção burguesa na sua luta contra o feudalismo e que leva a uma dominação direta do capital.

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  • “O fim da servidão não significou aí o desaparecimento das relações feudais no campo (...) as relações de produção rurais permaneciam feudais.”

    Perry Anderson. As linhagens do Estado Absolutista

    História das Relações Internacionais

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    Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

  • Durante uma primeira fase da Idade Moderna, a classe dominante era a mesma da Idade Média:

    a aristocracia feudal

    Nobreza que passou por profundas tranformações nos séculos que se seguiram ao fim do período medieval; mas que durante toda a vigência do Estado Absolutista jamais foi desalojada de seu domínio do poder político.

    Absolutismo:

    Um aparelho de dominação feudal, recolocado e reforçado, cujo objetivo era sujeitar as massas camponesas a sua posição social tradicional

    A revelia dos benefícios que haviam conquistado com a comutação (mudança do trabalho servil para po assalariado) de suas obrigações.

    Na prática o Estado Absolutista nunca foi mediador entre os interesses da nobreza e da burguesia. menos ainda um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia feudal.

    Tratava-se da nova investidura de uma nobreza anacrônica desejosa por manter-se em condição de dominância e temerosa tanto das classes subalternas (campesinato), quando das classes em ascensão (burguesia).

    História das Relações Internacionais

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  • Christopher Hill

    “Um comentário” - Revista Science and Society – 1950

    (auge do debate sobre a transição)

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  • Apresentou um consenso entre historiadores marxistasingleses e russos:

    Monarquia absoluta:

    Forma de monarquia feudal diferente das monarquias de Estados medievais precedentes mas mantendo a mesma classe dominante.

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  • Louis Althusser

    “Montesquieu, a política e a história”

    1972

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  • Os Estados Absolutistas seriam formações sociais de transição do início da época moderna:

    A nova forma de poder da nobreza foi determinada pela difusão da produção e troca de mercadorias

    O regime político da monarquia absolutista é a nova forma política necessária à manutenção da dominação e da exploração feudais no período de desenvolvimento de uma economia mercantil.

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    Aula – O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    O ESTADO ABSOLUTISTA COMO INSTRUMENTO DE

    HEGEMONIA DA NOBREZA FEUDAL

  • ORIGEM MEDIEVAL DO PODER NOBILIÁRQUICO NA EUROPA

    FEUDALISMO: UNIDADE ORGÂNICA DE ECONOMIA E DE DOMINAÇÃO

    POLÍTICA

    INSTITUIÇÃO DO TRABALHO SERVIL:

    MECANISMO DE EXTRAÇÃO DE EXCEDENTES

    FUNDIA

    EXPLORAÇÃO ECONÔMICA + COERÇÃO POLÍTICO-LEGAL

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  • O ESTADO

    ABSOLUTISTA

    COMO

    INSTRUMENTO DE

    HEGEMONIA DA

    NOBREZA FEUDAL

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    Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    O fim da servidão não significou o fim das relações feudais no campo; Marx que já tinha alertado para esta situação:

    Durante toda a primeira fase da época moderna, a classe dominante- econômica e politicamente – era a mesma da própria época medieval: a aristocracia feudal.

    A classe dominante permaneceu a mesma

    Com o desaparecimento do poder dos senhores feudais, inevitável com o fim da servidão, tem-se o deslocamento da coerção político-legal, para uma cúpula centralizada e militarizada:

    o Estado absolutista, que conta com instrumentos modernizadores

    (burocracia de Estado + exército + tributação)

    para a manutenção do domínio da nobreza sobre a massa camponesa.

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    Norbert Elias

    “O processo civilizador”

    1939

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    Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    Há um notável relaxamento dos estamentos sociais, que permite uma nobiliarquização da burguesia (através da venda de títulos de nobreza) e de aburguesamento da nobreza, por conta de sua inserção nas atividades mercantis

    (ORIGEM DA ETIQUETA SOCIAL)

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    Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    Mudanças para a classe aristocrática:

    Perda constante de direitos políticos

    Ganhos econômicos na propriedade (Reverso desse processo histórico)

    Redisposição geral do poder social da nobreza:

    Máquina do Estado

    Ordem jurídica

    Adquirem a forma do absolutismo cuja coordenação:

    aumenta a eficácia da dominação aristocrática

    sujeita o campesinato não-servil a novas formas de dependência e de exploração (capitalistas).

    Estados Monárquicos da Renascença:

    instrumentos modernizados para a manutenção do domínio da nobreza sobre as massas rurais.

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    Contemporâneo a este processo é o fato de a burguesia mercantil já vir se desenvolvendo nas cidades medievais.

    Quando os Estados absolutistas se constituíram no Ocidente, tem-se a ascensão de uma burguesia urbana que, em termos de uma série de progressos técnicos e comerciais, desenvolvia agora manufaturas pré-industriais numa escala considerável.

    A aristocracia rural tinha que se adaptar a este segundo antagonista:

    a burguesia mercantil que se desenvolvia nas cidades medievais.

    É esta terceira presença que impede que a nobreza ajuste suas contas com o campesinato à maneira oriental

    esmagando sua resistência para acorrenta-la ao seu domínio.

    Esta burguesia comerciária já gozava de expressiva liberdade por conta da dispersão hierárquica de soberanias no modo de produção feudal, que libertara as economias urbanas da dominação direta de uma classe dirigente rural.

    Por este motivo, durante toda a depressão feudal na Europa as cidades pré-capitalistas do Ocidente cresceram a partir de suas indústrias urbanas:

    Ferro

    Papel

    Têxteis

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    Recombinação dos fatores de produção

    Eixo principal = avanços técnicos urbanos

    Espírito da articulação entre uma época medieval (imagem do atraso) X e uma época moderna (de inovações)

    Rupturas técnicas que assentaram os alicerces da Renascença europeia (segunda metade do séc. XV) e que sustaram a depressão agrária:

    Descoberta do processo seiger: para separar prata do minério de cobre, reativando as minas na Europa Central e restabelecendo o fluxo de metais para a economia internacional

    O surto de produção de moeda na Europa

    O desenvolvimento do canhão de bronze

    A pólvora como elemento decisivo da guerra

    Reconfiguração das fortalezas medievais

    A invenção dos tipos móveis e, com isso, da imprensa

    A construção do galeão de 3 mastros que tornou os oceanos navegáveis e possibilitou as conquistas ultramarinas

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    Da profunda crise medieval, as primeiras monarquias absolutistas se erguem praticamente ao mesmo tempo:

    França – Luís XIV

    Espanha – Fernando e Isabel (Reis Católicos)

    Inglaterra – Henrique VII

    Áustria - Maximiliano

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    Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    Sentido geral proposto por Perry Anderson

    Reagrupamento feudal

    Contra o campesinato

    Após a dissolução da servidão.

    Secundariamente sobredeterminada pela ascensão de uma burguesia urbana

    que depois de uma série de avanços técnicos e comerciais evoluía em direção às manufaturas pré-industriais.

    Constituição do Estado Absolutista no Ocidente:

    Permanência de uma ordem política feudal

    Aburguesamento da sociedade

    Ameaça de sublevação do campesinato

    Pressão do capital mercantil ou manufatureiro

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    Aula - O absolutismo e a natureza social dos Estados Modernos

    Condensação jurídica única na forma do

    Renascimento do Direito Romano

    Correspondeu ambiguamente às necessidades das duas classes sociais: nobreza e burguesia

    Fenômeno comum aos principais estados europeus ocidentais no mesmo período

    O resgate do pensamento clássico greco-romano na Europa do Renascimento vai se dar também no direito romano, e no que diz respeito ao desenvolvimento econômico o triunfo jurídico vai ser fundamental para o crescimento do capital livre no campo e na cidade, pois o direito civil romano faz defesa a propriedade privada absoluta e incondicional.

    Esta aceitação vai ser o sinal da difusão das relações capitalistas nas cidades e no campo; atendendo a interesses vitais da burguesia comercial e manufatureira.

    O fim da hegemonia da nobreza feudal só vai se dar com o fim do Estado absoluto, após as revoluções burguesas e o surgimento do Estado capitalista.

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    PERGUNTAQuais as principais teses, no debate historiográfico, sobre a natureza social

    dos Estados Ansolutistas?

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