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33 Atualidades Ornitológicas On-line Nº 139 - Setembro/Outubro 2007 - www.ao.com.br 9 771981 887003 9 3 1 0 0 ISSN 1981-8874 Vitor Torga Lombardi¹ Marcelo Ferreira de Vasconcelos² Santos D'Angelo Neto³ ABSTRACT. New ornithological re- cords for south-central Minas Gerais sta- te: municipalities of Lavras, São João Del Rei, and adjacent areas, with the re- vised checklist of the region. The south- central region of Minas Gerais state is com- posed by a mosaic of vegetation types for- med by transitional zones of Atlantic Fo- rest and Cerrado. Rupestrian fields ('cam- pos rupestres') also occur in the summit of mountains. The variety of habitats created by this mosaic of vegetation is responsible to a rich bird community. The preliminary bird checklist presented for Lavras munici- pality and adjacent areas was updated with new field records, now comprising more municipalities in this region, especially São João Del Rei. These new records im- plicate for the conservation of natural areas and for obtaining biological information on several bird species, since the area sup- ports rare and threatened birds besides en- demic species of the Atlantic Forest and Cerrado. KEY-WORDS: birds, geographic distributi- on, Minas Gerais, Cerrado, Atlantic Forest. INTRODUÇÃO A avifauna da região de Lavras e municí- te tipo de ambiente, ameaçado pelos in- ÁREA DE ESTUDO E MÉTODOS pios adjacentes (centro-sul de Minas Gera- cêndios e pela coleta de plantas ornamen- A avifauna da região de São João Del Rei is) foi anteriormente inventariada, regis- tais, podem ocorrer na área, como Augas- vem sendo amostrada esporadicamente des- trando-se um total de 287 espécies tes scutatus (Vasconcelos et al. 2006). Os de 2002, com visitas regulares a certos loca- (D'Angelo Neto 1996, D'Angelo Neto et remanescentes de vegetação nativa que is, como no Sítio Ponte Velha (21°04'04”S, al. 1998, Ribon 2000, Vasconcelos et al. ainda existem na região são constante- 44°20'41”W). Imagens geradas pelo soft- TM 2002). Apesar do número bastante signifi- mente perturbados pela retirada seletiva ware Google Earth (Google 2006) de al- cativo, ele tende a aumentar devido à ex- de madeira, pisoteio do gado e por incêndi- guns dos locais amostrados encontram-se tensão e à diversidade de micro-hábitats os criminosos. nas Figs. 1-4. Durante as saídas de campo, da área em questão que, em grande parte, Este trabalho objetiva atualizar a lista da as aves foram identificadas por meio de ob- ainda não foram devidamente amostrados. avifauna publicada anteriormente para a re- servações com binóculos e/ou pelo reco- Esta região, localizada na bacia do Rio gião centro-sul de Minas Gerais (Vasconce- nhecimento de suas vocalizações. Sempre Grande, situa-se em uma área de transição los et al. 2002), agora abrangendo não só o que possível, foram realizadas documenta- entre a Mata Atlântica (floresta estacional município de Lavras e adjacências, como ções por meio de gravações de vocaliza- semidecidual) e o Cerrado (Eiten 1982), também São João Del Rei e municípios vizi- ções, coleta de espécimes e fotografias. As sendo que nas áreas mais elevadas (topos nhos (Anexo 1). Desde a publicação da últi- gravações foram depositadas no Arquivo das serras do Lenheiro e de São José, den- ma lista (Vasconcelos et al. 2002), novos re- Sonoro Prof. Elias Coelho (ASEC), Uni- tre outras) existem manchas isoladas de gistros também foram realizados em La- versidade Federal do Rio de Janeiro, e/ou campos rupestres. Espécies endêmicas des- vras e arredores. mantidas na coleção pessoal dos autores. Novos registros ornitológicos para o centro-sul de Minas Gerais (alto Rio Grande): municípios de Lavras, São João Del Rei e adjacências, com a listagem revisada da região Figura 1. Paisagem típica da região Centro-sul de Minas Gerais, mostrando pequenos fragmentos e corredores de mata intercalados por manchas de cerrado, pastos e plantações. Nas áreas mais baixas, entre os morros, observa-se a formação de brejos. Fonte: Google™ Earth

Novos registros ornitológicos para o centro-sul de Minas ... · quantidade de uma espécie de taquara não identificada, possivelmente do gênero ... Vista aérea da Serrinha, área

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33Atualidades Ornitológicas On-line Nº 139 - Setembro/Outubro 2007 - www.ao.com.br

9 771981 887003 93100

ISSN 1981-8874

Vitor Torga Lombardi¹Marcelo Ferreira de Vasconcelos²

Santos D'Angelo Neto³

ABSTRACT. New ornithological re-cords for south-central Minas Gerais sta-te: municipalities of Lavras, São João Del Rei, and adjacent areas, with the re-vised checklist of the region. The south-central region of Minas Gerais state is com-posed by a mosaic of vegetation types for-med by transitional zones of Atlantic Fo-rest and Cerrado. Rupestrian fields ('cam-pos rupestres') also occur in the summit of mountains. The variety of habitats created by this mosaic of vegetation is responsible to a rich bird community. The preliminary bird checklist presented for Lavras munici-pality and adjacent areas was updated with new field records, now comprising more municipalities in this region, especially São João Del Rei. These new records im-plicate for the conservation of natural areas and for obtaining biological information on several bird species, since the area sup-ports rare and threatened birds besides en-demic species of the Atlantic Forest and Cerrado.

KEY-WORDS: birds, geographic distributi-on, Minas Gerais, Cerrado, Atlantic Forest.

INTRODUÇÃOA avifauna da região de Lavras e municí- te tipo de ambiente, ameaçado pelos in- ÁREA DE ESTUDO E MÉTODOS

pios adjacentes (centro-sul de Minas Gera- cêndios e pela coleta de plantas ornamen- A avifauna da região de São João Del Rei is) foi anteriormente inventariada, regis- tais, podem ocorrer na área, como Augas- vem sendo amostrada esporadicamente des-trando-se um total de 287 espécies tes scutatus (Vasconcelos et al. 2006). Os de 2002, com visitas regulares a certos loca-(D'Angelo Neto 1996, D'Angelo Neto et remanescentes de vegetação nativa que is, como no Sítio Ponte Velha (21°04'04”S, al. 1998, Ribon 2000, Vasconcelos et al. ainda existem na região são constante- 44°20'41”W). Imagens geradas pelo soft-

TM2002). Apesar do número bastante signifi- mente perturbados pela retirada seletiva ware Google Earth (Google 2006) de al-cativo, ele tende a aumentar devido à ex- de madeira, pisoteio do gado e por incêndi- guns dos locais amostrados encontram-se tensão e à diversidade de micro-hábitats os criminosos. nas Figs. 1-4. Durante as saídas de campo, da área em questão que, em grande parte, Este trabalho objetiva atualizar a lista da as aves foram identificadas por meio de ob-ainda não foram devidamente amostrados. avifauna publicada anteriormente para a re- servações com binóculos e/ou pelo reco-Esta região, localizada na bacia do Rio gião centro-sul de Minas Gerais (Vasconce- nhecimento de suas vocalizações. Sempre Grande, situa-se em uma área de transição los et al. 2002), agora abrangendo não só o que possível, foram realizadas documenta-entre a Mata Atlântica (floresta estacional município de Lavras e adjacências, como ções por meio de gravações de vocaliza-semidecidual) e o Cerrado (Eiten 1982), também São João Del Rei e municípios vizi- ções, coleta de espécimes e fotografias. As sendo que nas áreas mais elevadas (topos nhos (Anexo 1). Desde a publicação da últi- gravações foram depositadas no Arquivo das serras do Lenheiro e de São José, den- ma lista (Vasconcelos et al. 2002), novos re- Sonoro Prof. Elias Coelho (ASEC), Uni-tre outras) existem manchas isoladas de gistros também foram realizados em La- versidade Federal do Rio de Janeiro, e/ou campos rupestres. Espécies endêmicas des- vras e arredores. mantidas na coleção pessoal dos autores.

Novos registros ornitológicos parao centro-sul de Minas Gerais (alto RioGrande): municípios de Lavras, São João Del Reie adjacências, com a listagem revisada da região

Figura 1. Paisagem típica da região Centro-sul de Minas Gerais, mostrando pequenos fragmentos e corredores de mata intercalados por manchas de cerrado, pastos e plantações.

Nas áreas mais baixas, entre os morros, observa-se a formação de brejos. Fonte: Google™ Earth

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Os espécimes-testemunhos coletados fo-ram depositados na Coleção Ornitológica do Departamento de Zoologia da Universi-dade Federal de Minas Gerais (DZUFMG), no Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ) e no Museu de Zoologia da Uni-versidade de São Paulo (MZUSP). Penas em bom estado de conservação, ocasional-mente encontradas em campo, foram cole-tadas, identificadas e mantidas na coleção pessoal de VTL como forma de documenta-ção de algumas espécies. A ordem taxonô-mica e os nomes científicos das espécies de aves seguem o CBRO (2007).

RESULTADOS E DISCUSSÃONo presente trabalho, 180 espécies de

aves foram documentadas por meio de pelo menos um dos métodos citados acima, cor-respondendo a 56,6% do total registrado (318 espécies). O registro feito para o beija-flor-de-garganta-azul (Chlorestes notata), citado nos estudos anteriores (D'Angelo Ne-to 1996, Vasconcelos et al. 2002), possivel-mente trata-se de um equívoco com um jo-vem do besourinho-de-bico-vermelho (Chlorostilbon lucidus) (SDN, obs. pess.) e deve, portanto, ser desconsiderado. Tam-bém é importante ressaltar que o registro do graveteiro (Phacellodomus ruber) apresen-tado anteriormente (Vasconcelos et al.

2002) foi retificado como sendo do joão-botina-do-brejo Phacellodomus ferrugine-igula (Vasconcelos & D'Angelo Neto 2005). Em decorrência da transição entre os biomas que ocorrem na região, popula-ções dos piprídeos Chiroxiphia caudata e Antilophia galeata entram em contato, re-sultando em híbridos que são ocasional-mente registrados (Vasconcelos et al. 2005). Recentemente, outros híbridos fo-ram vistos e gravados: um indivíduo no dia 10 de outubro de 2005, no Sítio Ponte Ve-lha, em um fragmento de mata semidecídua secundária e outro no dia 6 de outubro de 2007, na Reserva Florestal da UFLA (mu-nicípio de Lavras), que consiste também em um fragmento de mata semidecídua se-cundária, porém mais isolado. Nesta oca-sião, uma fêmea de Pipridae acompanhava o rei-dos-tangarás macho, mas não foi pos-sível determinar a qual espécie a mesma per-tencia.

Destaca-se também o registro de uma con-centração de dezenas de indivíduos de Ha-plospiza unicolor, no dia 26 de julho de 2007, no fragmento de mata do Parque Eco-lógico Quedas do Rio Bonito (município de Lavras), devido à frutificação em grande quantidade de uma espécie de taquara não identificada, possivelmente do gênero Chusquea. Sporophila caerulescens tam-bém estava presente, porém em menor quantidade. Espécimes testemunhos da ta-

Figura 2. Sítio Ponte Velha, ao sul o Rio das Mortes e suas lagoas marginais, importantes locais de alimentação de aves aquáticas. Fonte: Google™ Earth.

Figura 3. Vista aérea da Serrinha, área próxima ao município de Lavras. No fragmento de mata ao sul encontra-se grande parte das espécies de aves florestais da região, inclusive Pyroderus scutatus e Phibalura flavirostris, sendo uma parte dele

protegida pelo Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito. Fonte: Google™ Earth

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duos apresentava plumagem imatura. Ambos vocalizavam intensamente e, du-rante alguns segundos, sobrevoaram em cír-culos acima de VTL mostrando certa agres-sividade. No dia 24 de fevereiro de 2006, possivelmente os dois mesmos indivíduos foram observados no mesmo local, ambos loquazes e com plumagem adulta. A águia-cinzenta é ameaçada em Minas Gerais (Ma-chado et al. 1998), no Brasil (Machado et al. 2005) e globalmente (BirdLife Interna-tional 2006).

Chibante, Laniisoma elegans: No dia 24 de dezembro de 2005, a vocalização de um indivíduo foi ouvida por volta de 13:00 h na copa da Mata do Cambraia (21°05'S, 44°56'W), município de Perdões. O chi-bante é considerado ameaçado em Minas Gerais (Machado et al. 1998), com poucos registros neste estado (Anciães et al. 2001). Nesta mesma localidade foi registrado tam-bém o ameaçado pavó Pyroderus scutatus (Vasconcelos et al. 2002).

Os dados apresentados apóiam o que foi sugerido no estudo anterior (Vasconcelos et al. 2002) sobre a necessidade de conserva-ção da região que, por ser uma área que abri-ga espécies de aves ameaçadas e endemis-mos de dois “hotspots” mundiais, a Mata Atlântica e o Cerrado (Mittermeier et al. 1999), devem-se tomar medidas conserva-cionistas imediatas para que os últimos re-

quara foram coletados e depositados no her- Outro contato, documentado com grava- manescentes de vegetação nativa da região bário da Universidade Federal de Lavras ção, se deu a partir da observação de dois in- sejam devidamente protegidos. Dada a ca-(ESAL). divíduos pousados em uma árvore morta rência de conhecimento sobre a avifauna re-

Dentre os 33 novos registros, apresenta- num pasto abandonado no Sítio Ponte Ve- gional, novos estudos serão necessários pa-mos, abaixo, alguns detalhes sobre cinco es- lha, em 29 de abril de 2005. Um dos indiví- ra obtenção de dados imprescindíveis para pécies regionalmente raras e/ou ameaçadas de extinção:

Jacuaçu, Penelope obscura: Dois indi-víduos foram observados e gravados na ma-ta semidecídua secundária de uma pousada chamada “Chalé” (município de Lavras) no final da tarde de 15 de novembro de 2001. O jacuaçu é uma espécie ameaçada em Mi-nas Gerais (Machado et al. 1998).

Colhereiro, Platalea ajaja: Um indiví-duo imaturo foi registrado no mês de feve-reiro de 2005, junto a um bando de Egretta thula em lagoas lamacentas formadas pela vazante do Rio das Mortes, que delimita o Sítio Ponte Velha. Esta espécie é considera-da ameaçada em Minas Gerais (Machado et al. 1998).

Cabeça-seca, Mycteria americana: Seis indivíduos foram observados sobrevoando o Sítio Ponte Velha em 11 de junho de 2006. A espécie também é considerada ameaçada em Minas Gerais (Machado et al. 1998).

Águia-cinzenta, Harpyhaliaetus coro-natus: No dia 10 de fevereiro de 2005, um indivíduo adulto foi observado pousado em um moirão de cerca na BR-265, próximo a Lavras (C. O. Gussoni, com. pess. 2005).

Figura 4. Serrinha, localidade de registro de Porphyrospiza caerulescens. Observam-se manchas de cerrado na vertente norte e campos rupestres nos afloramentos

rochosos, além de campos limpos no topo da serra. Fonte: Google™ Earth.

Figura 5. Foto mostrando, em primeiro plano, o cerrado, logo após a floresta estacional semidecidual (Parque Ecológico Quedas do Rio Bonito). Ao fundo, observa-se

a cadeia de serras que se estende pela região (Foto: Maycon Ailton de Rezende)

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Machado, A. B. M., G. A. B. Fonseca, R. B. Machado, ruber na região sul de Minas Gerais, Brasil. Co-de campo. MFV agradece à CAPES e à L. M. S. Aguiar & L. V. Lins (1998) Livro verme- tinga 23:83-84.Brehm Foundation pelo apoio financeiro lho das espécies ameaçadas de extinção da fau- Vasconcelos, M. F., S. D'Angelo Neto & A. Nemésio

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(2002) Avifauna de Lavras e municípios adja-açadas e deficientes em dados. Belo Horizonte: Agradecemos a Carlos Otávio Gussoni pe-centes, Sul de Minas Gerais, e comentários sobre Fundação Biodiversitas.lo registro da águia-cinzenta fornecido e a sua conservação. Unimontes Cient. 4:153-165.Mittermeier, R. A., N. Myers, P. R. Gil & C. G. Mitter-

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ons. Mexico City: CEMEX. Universidade Federal de Lavras. Rua Ala-Ribon, R., I. R. Lamas & H. B. Gomes (2004) Avifau-REFERÊNCIAS meda dos Ipês, 163, 37200-000, Lavras,

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Anexo 1 – Lista das espécies de aves registradas na região centro-sul do estado de Minas Gerais entre os anos de 1994 e 2007.Os destaques em negrito correspondem aos novos registros obtidos durante as amostragens realizadas entre 2002 e 2007, atualizando a

lista publicada anteriormente (Vasconcelos et al. 2002).Município: LV = Lavras; BS = Bom Sucesso; IJ = Ijaci; PD = Perdões, IB = Ibituruna, IT = Itumirim; RV = Ribeirão Vermelho; SJ = São

João Del Rei; TR = Tiradentes.Endemismo e/ou estado de conservação: CE = endêmica do Cerrado; MA = endêmica da Mata Atlântica; MG = ameaçada de extinção

em Minas Gerais; BR = ameaçada de extinção no Brasil; AM = ameaçada globalmente; QA = quase ameaçada globalmente; IN = espécie introduzida (conforme Cracraft 1985, Silva 1995a, b, Ridgely & Tudor 1989, 1994, Sick 1997, Machado et al. 1998, 2005, Stattersfield et al. 1998, Birdlife International 2006).

Tipo de registro: E = espécime; G = gravação de vocalização; P = pena coletada; N = ninho coletado; F = fotografia; FN = fotografia do ninho; O = observação; V = registro de vocalização; R = espécie registrada exclusivamente por Ribon (2000) no município de Ijaci.

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