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Autoridades fortalecem propostas de combate a crimes de corrupção Em Macaé, mobilização do Ministério Público Federal promove integração entre a sociedade e agentes públicos que atuam no combate ao crime, fortalecendo proposta que ganha espaço a nível nacional Área rural também é alvo de especulação imobiliária e requer planejamento e infraestrutura KANÁ MANHÃES Moradores solicitam da prefeitura reconstrução de acesso sobre canal que corta o local Na cidade onde as práticas do maior esquema de malversação do dinheiro público descoberto no país causam efei- tos significativos no cotidiano da socie- dade, as '10 medidas de combate à cor- rupção', propostas pelo Ministério Pú- blico Federal (MPF) conquistam, além de apoio, a integração entre cidadãos e agentes públicos responsáveis por atuar contra práticas criminosas que vão de encontro às regras de convivência salu- tar e de harmonia entre os brasileiros. Na semana em que o Promotor Flávio de Carvalho Reis, da Procuradoria da República em Macaé, alcançou a mar- ca de 1,2 mil assinaturas recolhidas em menos de 15 dias, em apoio à formata- ção do projeto de iniciativa popular que será encaminhado ao Congresso no fim do ano, a discussão sobre a criação de regras mais rígidas para condenação de crimes contra o erário, contou com duas contribuições de peso: o delegado para questões de crimes eleitorais da Polícia Federal no município, Júlio Ribeiro e o tenente-coronel da Polícia Militar, o macaense Ramiro Campos. Mais que as 10 medidas propostas pelo MPF, que possuem três pilares principais: prevenção dos crimes, eficiência no julgamento dos casos e severidade na punição dos condenados, os agentes da segurança pública ampliaram também o debate sobre o esquema criminoso da malversação do erário nacional. PÁG. 3 P erto da cidade e distante da infraestrutura. Essa é a reali- dade do Aterrado do Imburo que, apesar de estar localizado na área rural, vem sofrendo um forte crescimento nos últimos anos. A visi- ta mais recente do Bairros em Debate aconteceu em junho, no entanto, nes- se tempo poucas das promessas feitas pelo poder público foram atendidas. O bairro foi criado há pouco mais de 20 anos. Por estar situado a poucos minutos da Linha Azul, essa região vem crescendo ao longo desse tem- po. Para se ter uma ideia, estima-se que hoje vivam uma média de 1.200 pessoas ali. Conversando com os mo- radores, é possível ver que muitas melhorias em infraestrutura estão sendo feitas. No entanto, o bairro ainda sofre com a falta de itens bási- cos, como a rede de abastecimento de água e o saneamento. Para quem vive no local, as caixas d'água comunitá- rias são a única saída para ter acesso ao recurso natural, essencial à sobre- vivência humana. PÁG. 8 IMBURO TEM NOVA REALIDADE Verão no Brasil terá recordes de calor Curso do IFF recebe nota 4 do MEC ÍNDICE TEMPO ESPECIAL EDUCAÇÃO CIDADE Pesquisa aponta variação climática gerada por degradação PÁG. 10 Avaliação de curso de Engenharia e Automação alcançou excelência PÁG. 9 WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL História de Matsuda é contada através do esporte Diretor do Campus, Paulo Rogério Tratado provocou imigração de Matsuda Mestre Shiro Matsuda chegou a Macaé há 55 anos, onde está radicado PÁG. 11 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 33º C Mínima 21º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA GERAL GERAL CADERNO DOIS Drogas apreendidas no bairro da Âncora Corrupção gera reflexo na violência Enem confirma inscrição de alunos Macaé ganha Mont Blanc Medical Center Polícia Militar encontra cocaína e maconha PÁG. 5 Herança histórica ainda é presente na sociedade PÁG. 5 Documento não será entregue pelos Correios PÁG. 9 Pioneirismo no mundo médico- científico chega à cidade CAPA BAIRROS EM DEBATE KANÁ MANHÃES Governo divide pauta do petróleo com a indústria POLÍTICA Macaé sediará neste ano um encontro que deverá con- quistar um marco na história recente do Norte Fluminense com a principal atividade econô- mica no país: o petróleo. Através da iniciativa da Abespetro e da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Om- petro), pela primeira vez, repre- sentantes das cidades do 'emi- rado' regional e representantes das grandes empresas offshore dividirão visões, expectativas e planejamentos voltados à cons- trução de um novo ciclo para a cadeia do petróleo local. PÁG. 3 Dr. Aluízio preside a Ompetro O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda- feira, 12 de outubro de 2015 Ano XL, Nº 8835 Fundador/Diretor: Oscar Pires KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon ASSALTOS AFASTAM ALUNOS EM MACAÉ MERCADO OFERECE PREÇOS PROMOCIONAIS EDUCAÇÃO ORGANIZA ELEIÇÃO DE DIRETORES R$ 1,50 POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 EDUCAÇÃO, PÁG.9

Noticiário 11 e 12 10 15

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Page 1: Noticiário 11 e 12  10 15

Autoridades fortalecem propostas de combate a crimes de corrupção

Em Macaé, mobilização do Ministério Público Federal promove integração entre a sociedade e agentes públicos que atuam no combate ao crime, fortalecendo proposta que ganha espaço a nível nacional

Área rural também é alvo de especulação imobiliária e requer planejamento e infraestrutura

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Moradores solicitam da prefeitura reconstrução de acesso sobre canal que corta o local

Na cidade onde as práticas do maior esquema de malversação do dinheiro público descoberto no país causam efei-tos significativos no cotidiano da socie-dade, as '10 medidas de combate à cor-rupção', propostas pelo Ministério Pú-blico Federal (MPF) conquistam, além

de apoio, a integração entre cidadãos e agentes públicos responsáveis por atuar contra práticas criminosas que vão de encontro às regras de convivência salu-tar e de harmonia entre os brasileiros. Na semana em que o Promotor Flávio de Carvalho Reis, da Procuradoria da

República em Macaé, alcançou a mar-ca de 1,2 mil assinaturas recolhidas em menos de 15 dias, em apoio à formata-ção do projeto de iniciativa popular que será encaminhado ao Congresso no fim do ano, a discussão sobre a criação de regras mais rígidas para condenação de

crimes contra o erário, contou com duas contribuições de peso: o delegado para questões de crimes eleitorais da Polícia Federal no município, Júlio Ribeiro e o tenente-coronel da Polícia Militar, o macaense Ramiro Campos. Mais que as 10 medidas propostas pelo MPF,

que possuem três pilares principais: prevenção dos crimes, eficiência no julgamento dos casos e severidade na punição dos condenados, os agentes da segurança pública ampliaram também o debate sobre o esquema criminoso da malversação do erário nacional. PÁG. 3

Perto da cidade e distante da infraestrutura. Essa é a reali-dade do Aterrado do Imburo

que, apesar de estar localizado na área rural, vem sofrendo um forte crescimento nos últimos anos. A visi-ta mais recente do Bairros em Debate aconteceu em junho, no entanto, nes-se tempo poucas das promessas feitas

pelo poder público foram atendidas. O bairro foi criado há pouco mais de 20 anos. Por estar situado a poucos minutos da Linha Azul, essa região vem crescendo ao longo desse tem-po. Para se ter uma ideia, estima-se que hoje vivam uma média de 1.200 pessoas ali. Conversando com os mo-radores, é possível ver que muitas

melhorias em infraestrutura estão sendo feitas. No entanto, o bairro ainda sofre com a falta de itens bási-cos, como a rede de abastecimento de água e o saneamento. Para quem vive no local, as caixas d'água comunitá-rias são a única saída para ter acesso ao recurso natural, essencial à sobre-vivência humana. PÁG. 8

IMBURO TEM NOVA REALIDADE

Verão no Brasil terá recordes de calor

Curso do IFF recebe nota 4 do MEC

ÍNDICETEMPO

ESPECIAL EDUCAÇÃO CIDADE

Pesquisa aponta variação climática gerada por degradação PÁG. 10

Avaliação de curso de Engenharia e Automação alcançou excelência PÁG. 9

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

História de Matsuda é contada através do esporte Diretor do Campus, Paulo Rogério

Tratado provocou imigração de MatsudaMestre Shiro Matsuda chegou a Macaé há 55 anos, onde está radicado PÁG. 11

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 33º CMínima 21º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA GERAL GERAL CADERNO DOIS

Drogas apreendidas no bairro da Âncora

Corrupção gera reflexo na violência

Enem confirma inscrição de alunos

Macaé ganha Mont Blanc Medical Center

Polícia Militar encontra cocaína e maconha PÁG. 5

Herança histórica ainda é presente na sociedade PÁG. 5

Documento não será entregue pelos Correios PÁG. 9

Pioneirismo no mundo médico-científico chega à cidade CAPA

BAIRROS EM DEBATE

KANÁ MANHÃES

Governo divide pauta do petróleo com a indústria

POLÍTICA

Macaé sediará neste ano um encontro que deverá con-quistar um marco na história recente do Norte Fluminense com a principal atividade econô-mica no país: o petróleo. Através da iniciativa da Abespetro e da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Om-petro), pela primeira vez, repre-sentantes das cidades do 'emi-rado' regional e representantes das grandes empresas o�shore dividirão visões, expectativas e planejamentos voltados à cons-trução de um novo ciclo para a cadeia do petróleo local. PÁG. 3

Dr. Aluízio preside a Ompetro

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015Ano XL, Nº 8835Fundador/Diretor: Oscar Pires

KANÁ MANHÃES WANDERLEY GIL

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

ASSALTOS AFASTAM ALUNOS EM MACAÉ

MERCADO OFERECE PREÇOS PROMOCIONAIS

EDUCAÇÃO ORGANIZA ELEIÇÃO DE DIRETORES

R$ 1,50

POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 EDUCAÇÃO, PÁG.9

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015

CidadeEDIÇÃO: 296 PUBLICAÇÃO: 17 DE OUTUBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

EMOP recebe auto de embargo Municipal mas só paralisa obra com ordem superior

Iniciada em terreno do Colégio Luiz Reid, a constru-ção da Escola Estadual, com 14 salas de aula para atender 1.500 alunos em três turnos, foi proibida oficialmente pela Prefeitura na tarde de quinta-feira, quando o chefe da Re-sidência de Obras da EMOP - Empresa de Obras Públicas - Engenheiro Joaquim Daflon, recebeu pelo Correio com “Aviso de Recebimento (AR), o Auto de Embargo dirigido ao Governo do Estado do Rio de janeiro, assinado pelo fis-cal Manoel Sobrinho, com o visto do Secretário Municipal de Obras, Elmo Nunes.

Semana Médica será comemorada dia 24

Marcada para iniciar amanhã, dia 18, a VIII Semana Médica de Macaé, com Missa na Igreja São João Batista e Culto na Primeira Igreja Batista, a Associação Médica local programou uma série de conferências cujas palestras serão proferidas por ilustres personalidades científicas, como o professor Julio Sanderson de Quiroz, professor Walter Tavares, entre outros.

Ilha de Santana terá equipamentos de telecomunicações da Petrobras

A Petrobras vai instalar na parte mais alta da Ilha de Santa-

na uma Estação de rádio-repetidora em UHF, com antena e outros equipamentos que serão operados pela Divisão de Te-lecomunicações da empresa, integrando o sistema de apoio aos trabalhos de prospecção e produção da Bacia de Campos.

Presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis empossou Delegado em Macaé

Em almoço onde estiveram reunidas diversas au-toridades convidadas, o Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Rio de Janeiro, representado pelo Presidente Antonio da Rocha e Souza, empos-sou o Sr. Saad Mussi no cargo de Delegado em Macaé.

Município é referência em tratamento

Entre as mulheres, o câncer de mama é o tipo mais comum no mundo, sendo um dos cinco que mais matam no Brasil todos os anos. Diante disso, a campanha do Outubro Rosa reforça a importância de se fazer o preventivo, regular-mente, através do autoexame e da mamografia. Quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de cura. Em Macaé, o número de casos vem crescendo cada vez mais. De acordo com os médicos do Centro Oncológico do Hospital São João Batista, um dos fatos que mais chamam a atenção é que a maioria das pacientes são mulheres na faixa etária inferior a 50 anos.

A mudança das regras das atividades do petróleo no pa-ís, tornando o mercado com-petitivo através da concessão de áreas da maior descober-ta mundial de reservas de óleo bruto de boa qualidade, torna-se ponto crucial para a permanência das grandes empresas o£shore no Brasil. E esta é uma questão de so-brevivência para a economia e a gestão dos municípios si-tuados no Norte do Estado do Rio de Janeiro, em espe-cial Macaé. O ultimato sobre a necessidade de revisão do marco regulatório do pré-sal, tornando a concorrência para novas concessões mais competitiva, através da que-bra da posição da Petrobras como a operadora única dos blocos de exploração, foi da-

do pela indústria diante do baixo resultado obtido pela Agência Nacional do Petró-leo (ANP) na 13ª rodada de leilões, realizada na quarta-feira (7). A estratégia da ANP em criar uma nova dinâmica para o mercado do petróleo no país foi encerrada sem que um lance fosse dado para arrematar áreas de explora-ção na Bacia de Campos, uma situação encarada pela in-dústria como o mais expres-sivo sinal de alerta diante do risco vivido atualmente pelo mercado o£shore brasileiro. A frustração pelos resultados obtidos na 13ª rodada de lei-lões da ANP foi dividida pelas instituições que integram a Comissão Municipal da Fir-jan, durante encontro reali-zado na quarta-feira (7).

Indústria vive incertezas após fracasso do 13º leilão da ANP

O Dia do Professor, 15 de outubro, será festejado pelos educadores da rede municipal até sexta-feira (16). Antecipando a comemoração, na terça-feira (13), não haverá aula nas 108 escolas municipais

NOTA

KANÁ MANHÃES

Durante o Outubro Rosa, Centro Oncológico destaca importância de métodos de prevenção

Maurício Climaco, Luis Porto, Karina Schueler e Sávio Mussi

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015 3

PolíticaEVOLUÇÃO

Autoridades fortalecem medidas contra corrupçãoEm Macaé, mobilização do Ministério Público Federal conquista integração entre a sociedade e agentes públicos que atuam no combate ao crimeMárcio [email protected]

Na cidade onde as práticas do maior esquema de malversação do dinhei-

ro público descoberto no país causam efeitos significativos no cotidiano da sociedade, as '10 medidas de combate à cor-rupção', propostas pelo Minis-tério Público Federal (MPF) conquistam, além de apoio, a integração entre cidadãos e agentes públicos responsáveis por atuar contra práticas crimi-nosas que vão de encontro às re-gras de convivência salutar e de harmonia entre os brasileiros.

Na semana em que o Promo-tor Flávio de Carvalho Reis, da Procuradoria da República em Macaé, alcançou a marca de 1,2 mil assinaturas recolhidas em menos de 15 dias, em apoio à formatação do projeto de ini-ciativa popular que será enca-minhado ao Congresso no fim do ano, a discussão sobre a cria-ção de regras mais rígidas para condenação de crimes contra o erário, contou com duas contri-buições de peso: o delegado para questões de crime eleitorais da Polícia Federal no município, Júlio Ribeiro e o tenente-coro-nel da Polícia Militar, o macaen-se Ramiro Campos.

Mais que as 10 medidas pro-postas pelo MPF, que possuem três pilares principais: prevên-ção dos crimes, eficiência no jul-gamento dos casos e severidade na punição dos condenados, os agentes da segurança pública ampliaram também o debate sobre o esquema criminoso da malversação do erário nacional.

"Já ocorre uma evolução do processo judicial para que crimes de corrupção sejam in-vestigados e condenados. A Lei 12850/2013 instituiu a delação premiada. Sem essas regras, ficaria muito difícil descobrir esquemas de corrupção como o investigado pela Operação La-va-Jato", apontou Júlio Ribeiro.

Para o delegado da Polícia Federal, o amadurecimento da legislação contra a prática de crimes de corrupção precisa alcançar novas esferas.

"A legislação precisa alcançar também o braço político dessas operações. Na corrupção, existe quem se corrompe e também o corruptor. Por isso, eu até sugiro a criação da 11ª medida contra a

corrupção para que multas ele-vadas sejam aplicadas a agentes políticos de mandato, envolvi-dos nesses esquemas", apontou Júlio Ribeiro.

Segundo o delegado, a in-fluência do braço político nas operações da corrupção é uma das principais forças para que essas práticas se mantenham nas esferas administrativas brasileiras.

"O braço político é que opera esses esquemas. Por isso é pre-ciso que haja uma punição mais eficaz contra esses agentes, co-mo cassação do mandato em ca-sos como a Lava-Jato. A perda do diploma de eleito para can-didatos flagrados em esquemas eleitorais e outras ações que possam se tornar a 12ª medida contra a corrupção", sugeriu o delegado.

Júlio Ribeiro apontou tam-bém que a conscientização da população é um fator primor-dial para que o país possa vencer a 'mancha da corrupção'.

"O retorno dos chamados 'es-tudos sociais brasileiros' precisa ser garantido nas nossas esco-las. Esse amadurecimento pre-cisa começar na base da nossa sociedade. Só assim vamos con-seguir mudar esta triste realida-de", apontou o delegado.

IMPUNIDADE ABRE ESPAÇO PARA A CORRUPÇÃO

A contribuição da sociedade macaense, na formatação das 10 medidas contra a corrupção, já

representa o início do processo proposto pelo Ministério Públi-co Federal ao criar a mobiliza-ção nacional.

Para o Procurador da Repú-blica em Macaé, a sensação de impunidade é vencida à medida que o cidadão exerce o chamado controle social.

"As pessoas buscam trans-formar a insatisfação gerada por práticas criminosas, como a investigada pela Operação Lava-Jato, em atitudes que possam mudar esse comporta-mento. Percebemos essa pos-tura ao propor a mobilização que tem como alvo acabar com a impunidade que, para nós, é o que gera a criação de esquemas corruptos no país", analisou Flávio Reis.

O sucesso para alcançar este

amadurecimento está na cons-trução de um novo comporta-mento social que precisa nas-cer no seio familiar, conforme aponta Ramiro Campos.

"A família é uma parte funda-mental para este novo enfrenta-mento. É dentro de casa que um agente corrupto pode encontrar o apoio para realizar os atos ilí-citos, como também a orienta-ção de que ações como essa cau-sam sérios danos à nossa socie-dade. Portanto, as 10 medidas contra a corrupção precisam ser objeto de discussão dentro das casas das pessoas. Acredito que, assim, vamos ser capazes de alcançar o amadurecimen-to social, construindo um país mais transparente, com mais educação e com melhores con-dições de vida", disse Ramiro.

WANDERLEY GIL

Autoridades visitaram redação de O DEBATE nesta semana para analisar medidas contra a corrupção

MPF

10 medidas contra a corrupção ● CRIMINALIZAÇÃO do enriquecimento ilícito de agentes públicos ● PREVENÇÃO à corrupção, transparência e proteção à fonte de informação ● RESPONSABILIZAÇÃO

dos partidos políticos e criminalização do caixa 2 ● AUMENTO das penas e crime hediondo para a corrupção de altos valores ● REFORMA no sistema de

prescrição penal ● CELERIDADE nas ações de improbidade administrativa ● AUMENTO da eficiência e da justiça dos recursos no processo penal ● AJUSTES nas nulidades penais ● PRISÃO preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado ● RECUPERAÇÃO do lucro derivado do crime

Macaé sediará encontro entre gestores e a indústria offshore

AVANÇO

Macaé sediará neste ano um encontro que deverá con-quistar um marco na história recente do Norte Fluminense com a principal atividade eco-nômica no país: o petróleo.

Através da iniciativa da Associação Brasileira de Em-presas de Serviços do Petró-leo (Abespetro) e da Organi-zação dos Municípios Produ-tores de Petróleo (Ompetro), pela primeira vez, represen-tantes das cidades do 'emira-do' regional e representantes

Conferência Regional está sendo organizada pela Ompetro e a Abespetro

das grandes empresas o¢sho-re dividirão visões, expectati-vas e planejamentos voltados à construção de um novo ci-clo para a cadeia do petróleo local.

"A proposta é unir forças e defender medidas que pos-sam garantir a restruturação do mercado do petróleo. A Abespetro já conseguiu um canal de diálogo com o gover-no federal. Nós queremos tra-zer respostas e propor análi-ses também junto às cidades que recebem as operações da nossa indústria", explicou o gerente-executivo da Abes-petro, Gilson Coelho.

A expectativa é que o en-contro aconteça no Centro

de Convenções Jornalista Ro-berto Marinho, atraindo além de membros dos governos das cidades, representantes dos parlamentos municipais.

"A construção de um pacto regional neste momento é importante para toda a cadeia do petróleo", disse Gilson.

O discurso regional é capi-taneado pela Ompetro desde o início do enfrentamento aos efeitos da crise do mercado.

Antes do encontro em Ma-caé, o presidente da Organi-zação, o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB), levará a pau-ta regional à OTC (Offshore Technology Conference) que acontece entre os dias 27 e 29 deste mês, no Rio de Janeiro.

WANDERLEY GIL

Prefeito participará da OTC

Gilson Coelho (Abespetro) defende pacto regional para o fortalecimento do mercado do petróleo

NOTA

PONTODE VISTAA velha sabedoria popular já ensinava que, “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Pois é. Assim está o centro nervoso de Brasília, onde a presidente Dilma Rousse¢, ape-sar de todos os problemas enfrentados desde que reeleita decidiu mudar as regras, afetando de forma cruel os tra-balhadores, os empresários e até a própria classe política.

Não é a luz que a presidente Dilma Rousse¢ imaginou estar, só ela, enxergando. Mas desde que a crise do petróleo atin-giu de forma drástica a economia e os municípios produ-tores de petróleo viram minguar os recursos dos royalties, alguns prefeitos tentam embarcar em uma nau sem rumo e fazer empréstimos como antecipação de receita para ter mais dinheiro em caixa.

O que muitos perguntam é: Quando vai sair a licença para a construção do Terminal Portuário de São José do Barreto, para que o anel viário de Santa Teresa tenha razão de ser construído? Um passarinho contou que a decisão está nas mãos de Dr. Aluízio Junior. Ele tem a caneta na mão e, apenas assinando um decreto, pode virar o jogo e o município ser beneficiado com o porto.

Que a duplicação da rodovia RJ 106, de acesso à cidade, tenha sido uma obra necessária e deveria ser ampliada até Rio das Ostras, todo mundo sabe. Que a rodovia Norte-Sul também proporcionou mais facilidade ao tráfego para sair da cidade, também. Agora, a confusão formada próximo ao Parque de Tubos quando todos querem ir para casa, virou um suplício. Bem que agentes do trânsito poderiam colaborar.

Até domingo.

A pífia participação de interessados na rodada de licitações para os campos ofertados pela ANP, estimado pela ANP anteriormente para alcançar R$ 1 bilhão, mas atingindo apenas R$ 120 milhões, foi uma demonstração clara de que as regras devem ser mudadas. Todos torcem agora para que o projeto do senador José Serra seja aprovado e sancionado. Senão, a fuga de investidores será maior.

Manda quem pode...

Luz no fim do túnel

Os erros cometidos durante o período da primeira gestão, e procedendo de forma contrária ao mar de rosas prometido durante a campanha, ao afirmar que “os direitos dos trabalhadores não seriam al-terados, mesmo que a vaca tussa”, foram continuados de forma imperial, e a ne-cessidade do ajuste para recuperar a eco-nomia, acabou desagradando a gregos e troianos, uma vez que os primeiros a se-rem atingidos foram exatamente os tra-balhadores. E na sequência das medidas necessárias para recuperar a credibilida-de, de roldão também os empresários es-tão no alvo da canetada dos ministros do Planejamento e da Fazenda, consideran-do que a carga tributária está sendo au-mentada e a cobrança de mais impostos não saciou, ainda, a vontade do governo. Razão pela qual, numa grande cartada ti-raram da manga do colete a decisão de voltar a cobrar a CPMF, conhecida como o imposto do cheque, em que todos são atingidos. Embora a classe política co-nheça a voz das ruas que abomina esta cobrança, os representantes do povo no Congresso parecem ter esquecido que terão de voltar às bases para pedir votos outra vez. Como a confusão está forma-da e agora a disputa acirrada na Câmara

dos Deputados ganhou contornos mais difíceis de administrar, o líder do PMDB, Leonardo Picciani, imaginou que estava com a bola toda. Chamado ao Planalto para “dar uma pernada” em Eduardo Cunha, acusado de ter conta na Suíça proveniente de propinas do petróleo, ele até imaginou entrar na linha suces-sória pois, com a cassação de Eduardo Cunha, ele poderia ser eleito. Só que a liderança que ele exerce tem na linha de frente os liderados exatamente de Eduardo Cunha. Bastou Picciani fazer o acordo com a presidente Dilma Rousse¢, ganhar sete ministérios e imaginar que a presidente estaria dando a volta por cima, para Cunha mexer os pauzinhos e não favorecer o “toma lá dá cá”, ou seja, o quórum para apreciar os vetos apos-tos pela presidente em muitas matérias consideradas como “pautas bombas”, não foi atingido e o governo agora se vê em palpas de aranha. Ainda por cima, toda a crise ficou mais acentuada depois que o TCU rejeitou as contas da gestão de 2014, jogando agora a decisão para o Congresso Nacional. Só que, todo mun-do aposta que Renan Calheiros vai dar uma de Sarney, engavetar o processo e depois... Só Deus sabe.

Ora, por esse Brasil afora existem mais de 5.550 municípios e, até que o Supremo Tribunal Federal julgue a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), impetrada pelos governadores atingidos com a queda dos royalties desde a aprovação da nova lei que regula a distribuição, determinando que “por estar o óleo sendo extraído do mar ele pertence a União e todos tem o direito de receber os recursos”, vai durar um bom tempo. E haja tempo. Mas, deve-riam os prefeitos que já têm pela frente a possibilidade de perder o recebimento no futuro, fazer empréstimos por antecipação de receita? Muitos estão afoitos para ter mais dinheiro e eles seriam muito bem-vindo se fossem, como analisam as pes-soas mais sensatas, para serem aplicados em projetos definidos para evitar que “o dinheiro escorra pelos ralos da corrupção e não deixe nenhum legado”, ou seja, uma obra que seja de fundamental importância para a população. O prefeito de Macaé, Dr. Aluízio Junior (PMDB), agora presidente da Ompetro, que vem pautando sua admi-nistração com austeridade, para ajustar as contas a fim de sobrar caixa e investir principalmente em saúde e educação,

tem promovido e participado de todas as discussões e ouvindo a sociedade civil or-ganizada, para ter o apoio a fim de tomar a decisão. Mas, como todos devem se preo-cupar com o futuro, existem resistências, por sinal fortes, de fazer chegar ao pre-feito a mensagem de que ele não deveria entrar nesta aventura. Mesmo que possa isso servir para ajudar na sua reeleição, acreditam aqueles que acompanham com lupa as ações do governo, que é preferível ele continuar fazendo o dever de casa, ad-ministrando com austeridade, cortando abusos, acabando com vantagens ilícitas e subsídios, combatendo o desvio de dinhei-ro como a recente descoberta de fraude em pagamentos de IPTU e ISS, ele vai ganhar muito mais conceito. Que ele não enxergue a luz no fim do túnel como a presidente Dil-ma Rousse¢ conseguiu uma visão turva. E, sim, se guie pelos olhos de seus seguidores para continuar numa feérica avenida ilu-minada e seus olhos não possam se perder e Macaé reencontrar o caminho do cresci-mento e da prosperidade de maneira séria, honesta e capaz de servir de exemplo como modelo de administração. Agora, se for pi-cado pela mosca azul...

PONTADAS

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

Se faltava uma demonstração clara do risco gerado pe-la visão retrógrada da política energética nacional, o resultado da 13ª rodada de leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizada nesta semana, demons-trou que a crise ainda pode gerar uma avalanche sobre a economia do país, e particularmente a de Macaé.

O resultado da 13ª rodada de concessão de blocos de óleo bruto e gás natural realizada na quarta-feira (7) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) promoveu uma demonstração clara de que o mercado o�shore brasileiro precisa ganhar um novo estímulo para a competitividade.

Política x Competitividade

Estímulo à competitividade

Apesar da oportunidade criada para a apresenta-ção de uma nova estratégia

de reaquecimento do mercado offshore, aproveitando um ni-cho do expressivo potencial de reservas de petróleo já desco-bertas no país, o leilão apagou a esperança de empresas o�shore e fornecedores em ter acesso a novos investimentos, mesmo que reduzidos, para reativar projetos voltados ao campo de exploração e produção de óleo e gás.

Mesmo com a política de de-sinvestimentos aplicada pela companhia a partir de julho, após a atualização do Plano de Negócios 2015-2019, ainda se esperava da Petrobras uma ati-tude de estímulo à competitivi-dade pela concessão dos blocos leiloados pela ANP, fazendo jus ao seu posicionamento como operadora única do petróleo brasileiro, que ainda possui um grande valor no mercado in-ternacional. O que falta agora é prestígio!

Ao se mostrar alheia à concor-rência pelas áreas de exploração, ignorando a primeira importan-te pauta da indústria do petróleo para o enfrentamento da crise,

consolidada pela União apenas como um 'acalanto' em meio ao cenário desesperador, a Petro-bras afundou, por completo, a competitividade do petróleo nacional, dando uma demons-tração clara de ineficiência ad-ministrativa, e de colapso, em uma gestão impregnada pelo ranço da corrupção.

Até mesmo os recursos repa-triados, frutos dos acordos de leniência firmados pela inves-tigação da Operação Lava-Jato, originados pelos desvios, for-mação de quadrilha e a propina orquestrada em contratos da companhia, seriam suficientes para motivar grandes empresas o�shore a se interessar sobre as novas áreas de exploração, con-centradas também na Bacia de Campos.

Diante de mais uma derrota para a crise, o mercado do pe-tróleo quer saber se ainda have-rá vida para a Petrobras após a corrupção e os sucessivos erros de um projeto de poder instala-do apenas para destruir o que o país foi capaz de criar, com base em seu potencial e na força de homens e mulheres que sentem orgulho em vestir as cores verde e amarela.

O não registro de lances para os blocos da Bacia de Campos e do Espí-

rito Santo, onde está basea-da a principal infraestrutura operacional da produção de óleo e gás do país, reflete o atual perfil do mercado do petróleo nacional, onde a retração de investimentos afeta a cadeia de grandes empresas e também a for-necedores.

As reservas de petróleo de boa qualidade, já desco-bertas em nosso país, repre-sentam o grande potencial de um mercado que precisa tornar-se mais competitivo. Atualmente, a saída apon-tada pela indústria está no movimento criado no Congresso Nacional, que visa modificar o marco re-gulatório das atividades do petróleo no país.

O potencial geológico atribuído às descobertas anunciadas pela Petrobras, chanceladas pela ANP nos últimos anos, garantem que o pré-sal continua sen-do o grande atrativo de in-vestidores internacionais para o segmento offshore brasileiro.

N ú m e r o s a p r e s e n t a -dos, nesta semana, pela Associação Brasileira de E m p r e s a s d e S e r v i ç o s do Petróleo (Abespetro), apontam que grandes com-panhias do setor possuem

um capital de 700 bilhões de dólares para serem in-vestidos na exploração e produção de óleo e gás. E mesmo com todos os nos-sos desafios, o interesse internacional está voltado para o Brasil. Vale dizer que Macaé possui grande participação nisso.

Além do expressivo vo-lume de reservas já des-cobertas, o país possui um parque industrial de apoio às operações o�shore não encontrado em outras par-tes do mundo. E a expertise que garante as atividades de produção da principal matriz energética mundial está concentrada na cidade que possui, por vocação, a experiência e a infraes-trutura necessária para continuar sendo a Capital Nacional do Petróleo.

Como governo, e com o apoio da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), vamos manter a defesa de todas as medidas que pos-sam criar a competitivida-de, retomando o ambiente favorável de negócios que c o n st r u i u e m M a c a é o maior parque de operações do petróleo do Brasil.

Vandré Guimarães, secre-tário municipal de Desenvolvi-mento Econômico, Tecnológico e Turismo

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POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

A Feira da Roça de Macaé estará em novo endereço, a partir do próximo dia 24. Os feirantes deixam o espaço onde funciona atualmente - rua Tenente Rui Lopes Ribeiro, no Centro e passam para a rua Manoel Joaquim dos Reis, também no Centro, nas imediações do supermercado Extra.

DesfechoAs eleições para as 15 vagas que irão compor a formação do Conselho Tutelar de Macaé, durante o quadriênio 2016-2019, terão des-fecho nesta semana, após a reunião extraor-dinária que acontecerá na sexta-feira, dia 16, no Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (CMDDCA). Em pauta estará a apuração de duas urnas uti-lizadas no pleito de domingo passado, dia 4, onde foram identificados excessos de votos. A decisão pode mudar o resultado dos eleitos.

Festa Nesta segunda-feira (12), o Espaço de Convi-vência da Praia dos Cavaleiros receberá uma ação especial, alusiva ao Dia da Criança. Além das brincadeiras habituais e do teatro com pa-lhaços, o local contará com a estrutura amplia-da, oferecendo atividades que serão realizadas com apoio de secretarias municipais. A festa vai contar com roda de capoeira, beach soccer e distribuição de pipoca. A organização é do incansável 'Ben Johnson'.

Nepotismo A semana deve ser marcada também por exo-nerações do governo, em cumprimento ao Ter-mo de Ajustamento de Conduta (TAC) assina-do com o Ministério Público Estadual (MPE) no início do mês. Os cortes serão aplicados dentro do princípio do 'nepotismo', que veda a indicação de parentes de agentes públicos de mandato e ocupantes de 'cargos políticos' para assumir funções comissionadas (assessorias), gratificadas e contratos na prefeitura.

Imbróglio Servidores que perderam incorporações estão sendo auxiliados por procuradores do muni-cípio a adotar medida legal contra o decreto 175/2015, publicado no dia 30 de setembro pelo governo. Os casos podem seguir a ju-risprudência para as ações movidas por ser-vidores de Rio das Ostras, contra a mesma atitude adotada pela prefeitura da cidade em 2015. Mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deu parecer favorável à incons-titucionalidade do benefício.

Peixe Ainda dá tempo de comprar produtos de qualidade no Mercado Municipal com preços mais baratos. É que os proprietários de bancas aderiram à 'Semana do Peixe', uma iniciativa criada pelo Ministério da Pesca, para fomentar o consumo de peixes e crustáceos em todo o país. O pescado pode ocupar uma posição de destaque na mesa da população da cidade, por ser uma opção mais saudável, além de re-presentar um nicho antigo da economia local.

Controle Os dispositivos de fiscalização de trânsito que flagram imprudências como o avanço de sinal e a parada sobre a faixa de pedestres têm ge-rado resultado no município. Mais que a apli-cação de multas, o sistema reduz riscos de acidentes no principal eixo viário de Macaé. Os motoristas devem ficar atentos às alterações realizadas neste ano pela secretaria municipal de Mobilidade Urbana que pretende ampliar a cobertura da fiscalização eletrônica nas ruas.

Benefício Através da aprovação de projeto, a Câmara de Vereadores institui a gratificação para servi-dores do quadro fixo da Casa que cumprem atividades nos dias de sessão da Câmara Itinerante. Através da iniciativa, os profissio-nais passarão a receber R$ 200 pelo dia de trabalho excedido, um benefício defendido pela Mesa Diretora da Casa. Neste ano, o parlamento concedeu reajuste salarial de 6% que atendeu também a ocupantes de cargos comissionados.

LOAO Legislativo municipal deve se preparar também para iniciar neste mês a análise sobre a Lei Or-çamentária Anual (LOA) de 2016, um dos pro-jetos mais complexos de serem realizados pelo Executivo, principalmente diante do cenário de crise econômica. Diante da oscilação de fontes tributárias, não será surpresa se o texto final da proposta seja enviado à Câmara com alguns dias de atraso. A Lei Orgânica determina que o projeto seja votado até a primeira quinzena de dezembro.

CulturaSeguem até quinta-feira, dia 15, as inscrições para o 1º Festival Municipal de Dança Africana e Afro-brasileira de Macaé. O evento vai acon-tecer no dia 26 de novembro, às 13h, no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, através da iniciativa da secretaria municipal de Educação. Um dos principais objetivos é esti-mular a criatividade individual e coletiva, com desenvolvimento e competências culturais, por meio da produção de coreografias de danças.

Segue até segunda-feira (12) a Exposição de Flores de Holambra, realizada pelo Lions Clube Macaé, marcando uma das datas mais tradicionais e importantes do calendário oficial de eventos do município. Na estrutura montada na Praça Veríssimo de Melo é possível encontrar mais de 200 espécies de plantas que se tornaram uma atração especial para os macaenses que permaneceram na cidade neste feriado prolongado.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015 5

PolíciaCORRUPÇÃO

O processo de colonização do Brasil deixou re�exos quanto a corrupção no país

Sabemos que a corrupção não é um fenômeno novo no Brasil, desde o período pré-co-lonial (1500-1530) nosso país sempre foi vítima de corrup-ção, independente de classes sociais. Até que ponto a família não tem um papel importante para evitar estes fatos, ou pre-fere ser uma mero partícipe usufruindo dos benefícios?

COMO SE INICIOU A CORRUPÇÃO NO BRASIL?

Para maioria esmagadora dos historiadores, desde o seu descobrimento. Quem bem retrata esta situação é o Padre Antônio Vieira, em o sermão do bom ladrão: “Não são só ladrões, os que furtam bolsas, ou espreitam os que vão se ba-nhar no rio, para lhes colher as roupas; os ladrões que mais própria e dignamente mere-cem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos ou legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os que já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões rou-bam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de riscos; es-tes sem temor, nem riscos; os outros se furtam, são enforca-dos; estes furtam e enforcam". Quando os Portugueses che-garam ao Brasil, não tinham pretensões construtivas; que-riam extrair as riquezas na-tivas como Pau-Brasil e cana de açúcar, mandando o lucro para a Europa. Portugal com dificuldades de povoar as ter-ras descobertas enviou para a colônia, os encarcerados, de-gredados, falidos e os margina-lizados, enfim, aqueles que não tinham nenhuma perspectiva. A atitude frente nosso país era somente espoliadora.

O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DEIXOU MARCAS?

Certamente sofremos os reflexos até hoje, as condutas das autoridades da época eram banhadas de fraudes, negocia-tas e desvios. Fomos podados de um aprimoramento moral e cultural, pois a metrópole te-mia o surgimento de uma eli-te intelectualizada que viesse a contestar seu domínio. Para o filósofo Roberto Romano: “O Brasil é um Estado tirâni-co, que abre caminho para as pilantragens cotidianas; se o Estado funcionasse, se as ins-tituições funcionassem, não há porque trapacear".

O BRASILEIRO É CORRUPTO?

Pergunta difícil de respon-der, pois é personalíssima, de-pende de cada indivíduo. Você, leitor, que critica e abomina a corrupção e que já foi para as ruas protestar contra, res-ponda rápido e sinceramente: Você nunca comprou produto pirata ou sem nota fiscal; ou furtou sinal de TV a cabo; ou nunca fez um gato na energia elétrica ou na água; ou nunca sonegou imposto de renda; ou nunca deu atestado médico falso para justificar uma falta ao serviço; ou nunca bateu o ponto para um colega, ou as-sinou a lista de presença para ele; ou nunca subornou um agente da lei; ou nunca aces-sou ou colaborou com as redes sociais, para burlar a lei seca,

A família deve ser atuante para impedir que um familiar mantenha ações corruptas

informando a seus seguidores onde ela está sendo realizada; ou nunca aceitou troco a mais. Se a resposta foi negativa para todas as perguntas, parabéns não somos corruptos; porém se foi positiva, aí complica. Infelizmente não temos como aferir. Na verdade precisamos de uma nova consciência, uma nova cultura fundada em valo-res éticos profundos. Ela tem que nascer dentro de cada lar, dentro de cada escola, dentro da alma de cada cidadão. Des-ta forma ganhará força na po-pulação, nas instituições nas esferas públicas. Por fim os valores morais de um cidadão são forjados na sociedade que ele cresceu e devem ser atomi-zados para sua família.

QUAL O PAPEL DA FAMÍLIA NA CORRUPÇÃO?

A família é a base da socieda-de, quando ela é solida, existe a dignidade, moralidade, e por mais humilde que seja esses valores são preservados. Infe-lizmente existem casos como do ex- diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que em depoimento na Operação La-va-Jato, desabafou chorando que sua família (esposa, duas filhas e genros), estavam sen-do vítimas de um linchamento social, e que nada tinham a ver com seus erros. O leitor desa-visado, realmente se penaliza com a família dele, e ainda afirma que ninguém pode pa-gar pelos erros alheios. Porém, não penso desta forma, neste caso como muitos outros exis-te uma responsabilidade soli-dária. O supracitado possuía uma renda mensal declarada de aproximadamente 25 mil reais, porém, ele e toda famí-lia moravam em uma cobertu-ra de luxo na Barra da Tijuca/RJ, com valor aproximado de 5 milhões de reais; trimes-tralmente viajavam para ca-sa de praia em Miami, onde eram vistos passeando em uma lancha avaliada em 800 mil dólares; e tinham 5 carros importados. Por que será que em nenhum momento a famí-lia questionou a incompatibi-lidade dos bens? Preferiram aproveitar dos benefícios à custa de corrupção? Será que outras famílias não fazem a mesma coisa?

QUAL SEU CONSELHO PARA OS CORRUPTOS?

Fui criado em uma família humilde, porém meus pais me ensinaram a nunca pegar na-da de ninguém que não fosse meu, ou que não tivesse direi-to. Assim cresci e passo dia-riamente estes ensinamentos para minha filha de 18 anos e minha esposa; confesso que tenho sonhos materiais que ainda não realizei, mas não posso vender meu maior bem que é meu caráter, em troca de migalhas de prazer. Como iria conseguir olhar para mi-nha família e meus amigos, possuindo um patrimônio in-compatível com meu salário de policial militar? Será que eu teria credibilidade para escrever matérias para os jor-nais, que segundo uma leitora disse certa vez, conseguem mexer com os sentimentos e fazer com que algumas pesso-as reavaliem sua postura? Pa-ra quem escolheu esta opção de vida, peço apenas que seus familiares tenham severidade em fiscalizarem o seu cresci-mento patrimonial, e que não fiquem silentes, para os bene-fícios que surgem despropor-cionalmente, pois desta forma serão partícipes ou coautores de tudo.

Trânsito passa por alterações para realização de obras em algumas vias dos bairros: Glória, Novo Cavaleiros, Granja dos Cavaleiros, Cancela Preta e São Marcos

NOTA

INSEGURANÇA

Universitários deixam faculdade por medo de assaltosEstudantes têm temido os frequentes roubos próximo à instituição e optam em trancar ou transferir os seus cursosLudmila [email protected]

O aumento da violência no município acaba mudan-do a rotina e a forma de

agir da população. Com o intui-to de evitar roubos, a população acaba abandonando atividades que terminem mais tarde, dei-xam de passar por determina-das vias após certos horários, entre outras providências. Isso acontece principalmente nas grandes capitais. Contudo, os macaenses já estão adotando medidas preventivas.

Como exemplo de tais inicia-tivas, estudantes de uma facul-dade localizada em bairro nobre da cidade, na Praia Campista, estão optando por cursos na modalidade a distância, ou mes-mo trancando a faculdade, já que por falta de tempo somente conseguem realizar a atividade no turno da noite, e muitos de-pendem do transporte público para voltar às suas casas, ficando

à mercê de bandidos nos pontos de ônibus.

De acordo com alunos, que preferem não ser identificados, o problema de assaltos na região vem acontecendo há muitos meses. Entretanto, nos últimos três, quase que diariamente, al-guém passa por um episódio de violência no local.

Os universitários estudam no turno da noite e costumam sair por volta das 21h-22h da insti-tuição, e é neste momento que os alunos têm sido seguidos e assaltados. De acordo com os relatos, os casos acontecem quando a pessoa está sozinha nos pontos de ônibus próxi-mos à Universidade. Por conta disso, os próprios estudantes se organizaram para que a saí-da seja feita sempre em grupos, evitando que fiquem sozinhos à espera do transporte público, ou caminhando pelas ruas.

O último episódio aconteceu no dia 7 de outubro, quando uma aluna, caminhando sozi-

nha, por volta das 20h, sofreu uma tentativa de assalto. De acordo com testemunhas que conseguiram ver a cena, o ban-dido só não conseguiu levar os pertences da vítima porque um homem apareceu na rua e aca-bou inibindo a ação do ladrão.

“Este caso ocorreu poucos dias após o último assalto no ponto de ônibus próximo à fa-culdade. No dia 22 de setem-bro, quatro meninas estavam aguardando o ônibus, quan-do um Gol vermelho parou, o carona desceu, colocando uma arma na cintura de uma das meninas e mandou todas passarem as bolsas. Duas das meninas saíram correndo, uma delas atravessou a via em tanto desespero, em meio aos carros, que acabou gerando um acidente de pequenas propor-ções”, disse uma aluna.

Segundo os alunos, guardas municipais chegaram logo em seguida, mas disseram que não podiam fazer nada. Somente

após meia hora do ocorrido, uma viatura da Polícia Militar foi até a faculdade e conversou com as pessoas envolvidas.

Os alunos também informa-ram que, após as mudanças na Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), o ponto de ônibus ficou um pouco mais distante da fa-culdade, o que tem prejudicado a segurança dos alunos. A dire-tora da instituição teria entrado em contato com a Prefeitura, solicitando retorno do ponto para mais próximo da institui-ção. No entanto, a Prefeitura teria alegado que não é possível por conta de fator logístico.

O problema não é restrito a apenas um bairro da cidade. A falta de policiamento é um dos principais motivos de reclama-ção dos macaenses quanto à se-gurança pública do município. A situação tem gerado diversos transtornos aos macaenses que continuam pedindo o patrulha-mento ostensivo da Polícia pe-los bairros de Macaé.

Polícia realiza operação e recupera veículos roubados

AÇÃO

Policiais militares rea-lizaram uma operação com intuito de reprimir os crimes de roubos, sequestro e homicídio no município.

Durante a ação, que aconte-ceu em diferentes pontos da ci-

Ações aconteceram em diferentes bairros com intuito de coibir crimes

dade, três veículos constatados como produtos de roubo foram recuperados pelos agentes. No bairro Jardim Franco, uma mo-to de cor vermelha, modelo Ti-tan, foi encontrada. Já no Cen-tro, o veículo recuperado foi um carro, modelo Siena, E por fim, uma motocicleta no bairro Sol Y Mar, modelo Falcon.

Os veículos foram encami-nhados para a 123ª DP.

DIVULGAÇÃO PM

Três veículos identificados como produtos de roubo foram encaminhados para a 123ª DP

Drogas são apreendidas no bairro ÂncoraRIO DAS OSTRAS

Um suspeito também foi detido e encaminhado para a delegacia

Guarnição da Polícia Militar (PM) apreendeu maconha, cocaí-na e um suspeito de praticar a ven-da de drogas no bairro Âncora, em Rio das Ostras.

De acordo com as informações da PM, os policiais receberam uma denúncia de que um homem estaria vendendo drogas na Rua Lírio da Paz. No local, os militares tiveram êxito em

encontrar o suspeito com 51 papelotes de cocaína e 10 buchas de maconha.

O homem e o material foram en-caminhados à 128ª DP para a apre-ciação da Autoridade Policial.

KANÁ MANHÃES

Praia Campista vive onda de assaltos e universitários são obrigados a desistir de cursos ou optar pela modalidade a distância

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Leandro Gama Alvitos Especialista em Direito Público

Leandro Gama Alvitos

NOTA

PESCADO

Dia das crianças com ação especial no Mercado de PeixesNo evento serão oferecidos petiscos como nuggets, almôndegas, quibe e até hambúrgueres à base de frutos do mar

Guilherme Magalhã[email protected]

Nesta segunda-feira (12), uma ação es-pecial será montada

no Mercado Municipal de Peixes para comemorar o Dia das Crianças em grande estilo. O evento faz parte da Semana do Peixe, que vai até a próxima sexta-feira, 16.

De acordo com Rizete Ri-beiro, subsecretária de pes-ca, bancas com várias igua-rias serão montadas para comemorar a data.

“Além de distribuir, vamos preparar nuggets, almônde-gas, quibe e até hambúrgue-res, tudo à base de peixe. O objetivo é unir a data com a importância de conscien-tizarmos as crianças sobre alimentação saudável. O evento faz parte da Semana do Peixe, que está sendo rea-lizada no município desde o último dia 28 de setembro”,

Agricultura familiar movimenta economia e leva qualidade à merenda escolar

ressaltou Rizete, acrescen-tanto que o evento está pre-visto para ter início às 10h e contará com a parceria do Procon e da Fundação Ins-tituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj).

Ainda sobre a “Semana do Peixe”, várias espécies de pescado seguirão sendo vendidas abaixo do preço. O evento ocorre há 12 anos com o objetivo principal de incentivar o consumo de pescado no país.

Segundo o vendedor Car-los Menezes, a pescada, que antes custava R$ 17, agora pode ser comprada entre R$ 15 e R$ 13. Já a posta de dourado limpo foi de R$ 25 para R$ 20.

PESCADO TEM PREÇO COMPETITIVO

Recentemente, uma pes-quisa realizada pelo jornal O DEBATE indicou que, além de ser uma opção mais sau-dável, diversas espécies de pescado comercializadas no município têm preços com-petitivos frente os cortes de carne. Em números especí-ficos, segundo os números levantados no último dia 25 de setembro, peixes popula-res como anchova (R$ 15); corvina (12), e até mais no-bres como dourado (R$ 16) e linguado (R$ 15), saem, em média, por 48,1% do valor do contra-filé, por exemplo, va-riando na data em torno de R$ 29,90 e R$ 25,99 nos dois principais supermercados do Centro da cidade. Quan-do a comparação é com uma carne menos nobre, como o quilo da alcatra, o resultado é parecido: saindo hoje en-tre R$ 28,90 e R$ 23,99, a va-riação média com o preço do pescado também é superior a 40%.

Considerado como uma das principais referências d e p e s c a d o n a r e g i ã o, e responsável pela renda de quase 1500 pescadores no município, de acordo com dados da secretaria de De-senvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo, em média, o local comercializa entre 4 mil e 5 mil quilos por semana.

O DEBATE

Evento terá inicio ás 10h, em frente ao Mercado Municipal

O cidadão-proprietário, uma herança imperial

Analisando a legislação brasileira, desde tempos imperiais, podemos per-ceber que o processo his-tórico de construção e de-senvolvimento da nossa cidadania possui natureza peculiar, uma vez que se entrelaça com o próprio processo de consolidação do Estado brasileiro. Uma evidente confusão entre os conceitos de cidadania e nacionalidade se apresenta na Constituição outorgada de 1824 como uma tentati-va de criar um sentimento de pertencimento, de nação brasileira, com vias a for-talecer as bases do Estado, recém-criado, para supor-tar possíveis investidas que atentassem contra sua in-dependência.

L e m b r a m o s q u e t r a -

tamos de um período de grande fragilidade social, em que boa parte das pes-soas que aqui estava, era es-trangeira, oriunda das mais diversas partes do mundo, e ainda sem vínculo com o país. Outro grande contin-gente existente à época era o de escravos, que sequer eram encarados como pes-soas, mas sim como coisas, propriedades de alguém.

Apesar de trazer a refe-rida coincidência com o conceito de nacionalida-de, a Constituição de 1824 fixou as bases dos direitos de cidadania do período imperial, e não nos restam dúvidas de que o aspecto político da cidadania era condicionado e restrito aos cidadãos detentores de cer-to poder econômico.

Condições econômicas para eleger e ser eleito

A Constituição Imperial de 1824 claramente divi-dia os cidadãos em ativos e inativos, a depender da capacidade econômica que detinham, sendo con-siderados ativos somente a q u e l e s q u e r e c e b i a m quantia superior a 100 mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. Requisito ain-da mais severo era exigido para a candidatura a cargo eletivo, condicionando-se para concorrer a cargo de Deputado que o cidadão

tivesse renda líquida su-perior a 400 mil réis, além de outras restrições.

É possível notar que a referida Constituição, a bem da verdade, dotada de fundo liberal, conferia os direitos políticos de votar e ser votado somen-te àqueles que tivessem a comprovação de um patri-mônio mínimo ou alguma riqueza, ou seja, encon-trava-se instituído o cen-sitarismo como condição de votar e de concorrer em eleições.

A Constituição de 1988

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 14, traz a determinação de que a soberania popular será exercida pelo sufrágio uni-versal e pelo voto direto e secreto, com valor igual pa-ra todos, e em seu parágrafo terceiro determina que as condições de elegibilidade, são: a nacionalidade brasi-leira; o pleno exercício dos direitos políticos; o alista-mento eleitoral; o domicílio

eleitoral na circunscrição; a filiação partidária; e a idade mínima estabelecida.

Perceba-se que, ao con-trário da Constituição Imperial, a Constituição de 1988 não traz qualquer condição patrimonial co-mo requisito para a elegi-bilidade, o que, em tese, conferiria um amplo aces-so às cadeiras eletivas tanto do Poder Executivo quanto do Legislativo.

Do censitarismo velado

Muito embora a Consti-tuição Federal de 1988 dis-ponha de forma contrária, ao analisarmos as presta-ções de contas das últimas campanhas eleitorais, em decorrência dos valores exorbitantes apresentados, resta-nos necessário refletir sobre a perpetuação, porém agora de forma disfarçada, da necessidade de se ter certa condição financeira para concorrer com alguma chance de sucesso nos pleitos eleitorais.

Será que existem chances mínimas de vitória nas elei-

ções por parte de cidadãos que não possuam certo patri-mônio para investir ou poder de angariar financiadores de campanha? Um candidato que não disponha de boas condições financeiras com-pete em grau de igualdade com aquele capaz de mo-vimentar grandes aportes econômicos a seu favor? Es-tendendo o questionamen-to, será que candidatos com pouco patrimônio a ser in-vestido têm reais condições de disputar cargos eletivos de projeção nacional? Dei-xamos, por ora, a reflexão.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015

BAIRROS EM DEBATE Aterrado do Imburo

Aterrado do Imburo caminha no oposto das melhoriasÁrea rural vem sofrendo crescimento, no entanto, sofre as consequências da falta de infraestrutura Marianna [email protected]

Perto da cidade e distante da infraestrutura. Essa é a realidade do Aterrado

do Imburo que, apesar de estar localizado na área rural, vem sofrendo um forte crescimento nos últimos anos. A visita mais recente do Bairros em Debate aconteceu em junho, no en-tanto, nesse tempo poucas das promessas feitas pelo poder pú-blico foram atendidas.

O bairro foi criado há pouco mais de 20 anos. Por estar situ-ado a poucos minutos da Linha Azul, essa região vem crescen-do ao longo desse tempo. Para se ter uma ideia, estima-se que hoje vivam uma média de 1.200 pessoas ali.

Conversando com os mora-dores, é possível ver que muitas melhorias em infraestrutura estão sendo feitas, no entanto o bairro ainda sofre com a falta de itens básicos, como a rede de abastecimento de água e o sa-neamento.

Mesmo sendo um direito de todo ser humano, muitos ci-dadãos não têm acesso a esse recurso em suas torneiras. No caso do Aterrado do Imburo a água vem de caixas comunitá-rias instaladas em vários pon-tos do bairro.

No último Bairros, o presi-dente da associação de mora-dores, Carlos José de Araújo Toledo, destacou que a pre-feitura tinha prometido fazer a reforma delas e, em alguns casos, até fazer a troca por no-vas. Apesar disso, quatro meses depois, a situação permanece da mesma maneira.

Mas não é só a estrutura que é alvo de insatisfação. A quan-tidade de água colocada nas 10 caixas d'águas comunitárias não atende mais a demanda do bairro. “A prefeitura tem cum-prido o seu papel e abastecido duas vezes na semana. O pro-blema é que a quantidade não é suficiente. O ideal seria abas-tecer, no mínimo, três vezes na semana”, sugere o presidente da associação.

KANÁ MANHÃES

Sem rede de abastecimento, moradores dependem de caixas comunitárias que não atendem à demanda

Praça precisa de manutençãoDesde o último Bairros em Debate, a lista de reclamações ganhou mais um item: a ma-nutenção da praça. Ela é hoje a única opção de lazer para os moradores, principalmente as crianças. E são elas que estão correndo o maior risco na hora da diversão.

“Precisamos que a prefeitu-ra faça a reforma dos bancos, que estão na maioria quebra-dos, e do parquinho. Essa se-mana mesmo uma criança se acidentou ali devido a falta de conservação do brinquedo. E esse não é o primeiro caso”, conta Carlos.

O presidente fala que é preci-so concluir as obras da estrutu-ra onde ficam os banheiros e as salas, onde, até então, seria im-plantado o projeto Educa Mais. “Está tudo abandonado há mais de cinco meses. Estamos sem saber quando as obras serão retomadas e se serão. Enquanto nada é definido, as crianças es-tão correndo risco de sofrerem algum acidente, porque elas vêm todas às segundas e terças-feiras para a praça como ativi-dade de lazer da escola e usam a pia do banheiro, que está com uma vala aberta e sem ilumina-ção, além de poder se cortar em um dos vidros quebrados das janelas”, explica.

Outro pedido feito é o serviço de poda nos coqueiros. “Não só na praça, mas como no bairro, estamos precisando de uma atenção da secretaria de Am-biente”, reforça.

LIMPEZA É ALVO DE RECLAMAÇÕES

A limpeza também também não tem agradado. “O serviço de varrição está sendo feito pe-la metade. As funcionárias che-gam às 7h e 10h estão pegando o ônibus e indo embora”, relata o presidente.

Já o serviço de capina, não foi finalizado. “Eles deixaram toda a sujeira no canto da estrada. Não adianta nada ter esse tra-balho todo para deixar a sujeira no local depois”, diz o morador.

SERVIÇO DE DENTISTA O posto de saúde do bairro é

uma das poucas coisas que os moradores dizem funcionar bem, no entanto, desde março a especialidade de dentista foi suspensa. “As crianças são as que mais sofrem. Quando estão com dor de dente, ou qualquer outro problema, os pais pre-cisam se deslocar para outras localidades. É um serviço que está fazendo falta para a comu-nidade do Aterrado do Imburo”, enfatiza Carlos. Manutenção em praça e conclusão de obras são prioridades

Pontes se tornam ameaçasAs duas pontes que existem no bairro estão em péssimas condições. Além de serem de madeira, tendo que suportar o peso de caminhões e ônibus, elas não apresentam nenhuma segurança para quem passa ali.

“Recentemente teve um senhor que morreu após cair dela com a carroça. Ele ma-

chucou a perna em um verga-lhão e acabou vindo a falecer. Não queremos que outras tragédias como essa conti-nuem acontecendo. Se não puder mudar a estrutura da ponte agora, que pelo menos coloquem guarda-corpos para evitar a queda de uma pessoa”, apela o presidente.

Pontes em péssimo estado colocam em risco a população

Imprudência resulta em acidentesOs motoristas que passam pela Estrada Edésio Carvalho precisam ter atenção redobra-da. E o principal responsável por isso é quem está atrás do volan-te. A imprudência muitas vezes resulta nos acidentes relatados pelos moradores.

O último Bairros em Debate, os moradores sugeriram a instalação de redutores de velocidade. “Eles prometeram colocar em três pon-tos mais críticos mas, até então, apenas dois deles foram feitos. A gente pede agora à secretaria de Mobilidade Urbana para ver se pode colocar em frente à praça, onde tem muita criança atra-vessando. Aqui existem muitos eventos que atraem pessoas de fora, e que transitam aqui dentro em alta velocidade, sem respeitar

os moradores. Já tivemos vários acidentes”, conta Carlos.

Outro ponto ressaltado é a necessidade de reforçar a sina-lização, tanto a vertical, quanto a horizontal. “Também necessi-tamos que seja feito novamente o recapeamento, pois o asfalto está em condições ruins para trafegar”, diz.

De acordo com a secretaria de Mobilidade Urbana, ela já rea-lizou ações no Aterrado do Im-buro, com reforço da sinalização na estrada. No entanto, diante da nova solicitação, uma equipe será enviada para avaliar a neces-sidade do reforço na sinalização horizontal e vertical no local. Já sobre a instalação dos redutores de velocidade, além dos que já foram instalados, outras solicita-

ções que chegaram à Mobilidade Urbana também foram incluídas no cronograma para a análise técnica que define a viabilidade da instalação.

Vale ressaltar aos motoristas que o Código de Trânsito Brasi-leiro (CTB) prevê que deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a se-gurança do trânsito ou trafegar em velocidade incompatível “nas proximidades de escolas, hos-pitais, estações de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimenta-ção de pedestres” são conside-radas infrações gravíssimas. O infrator poderá ser multado e, dependendo do caso, sofrer pena de detenção, que pode variar de seis meses a um ano. Moradores denunciam motoristas que abusam dos limites de velocidade

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015 9

Geral Diversão marca Semana Municipal da Criança e do Adolescente, na segunda-feira (12), os eventos de entretenimento, diversão e esporte acontecerão na orla da Praia dos Cavaleiros e no Espaço de Convivência do bairro, das 9h às 13h

NOTA

TRIÊNIO

Eleição vai de�nir novos diretores da rede municipal

Encerra na terça-feira (13) o prazo para inscrição dos profissionais interessados em concorrer às eleições para dire-tores de escolas da rede munici-pal. O processo seletivo terá va-lidade de três anos (2016, 2017 e 2018). De acordo com o edital, a iniciativa visa a democratização da educação.

A seleção dos candidatos se-rá constituído de três etapas, sendo a primeira o processo de certificação profissional, que habilitará o candidato a concor-rer para as respectivas funções (diretor ou diretor-adjunto), cujas inscrições terminam no dia 13 de outubro das 10h às 16h na sede da Secretaria de Educa-ção, Rua Antero Perlingeiro, nº 402 - Centro.

No ato da inscrição, o candi-dato deve apresentar a docu-mentação solicitada no edital. Os resultados serão divulgados através do número de inscri-ção dos candidatos no dia 10 de novembro na Semed. O prazo para recursos vai ocorrer entre os dias 11 e 13 e o resultado final será divulgado no dia 17 de no-vembro.

O segundo passo será a for-mação das chapas. De acordo com o edital, os candidatos

Interessados em participar do processo seletivo devem ficar atentos ao prazo para inscrição na Secretaria de Educação

aprovados na primeira etapa deverão inscrever as chapas para concorrerem ao proces-so eleitoral. O procedimento deve ser feito entre os dias 18 e 20 de novembro, das 10h às 16h, também na Semed junto à Comissão eleitoral, mediante a entrega dos documentos espe-cificados no edital.

A segunda etapa (obrigatória) da seleção será realizada através da apresentação do plano de gestão à comunidade escolar, devendo conter a identificação e caracterização da unidade es-colar e os aspectos financeiros, administrativos e pedagógicos, conforme especificado na lei nº 2.550/2004. Os candidatos devem realizar o procedimen-to entre os dias 23 e 27 de no-vembro.

Já a terceira etapa consiste no

processo eleitoral que deverá obedecer o calendário eleitoral. A campanha deverá ser feita en-tre os dias 23 e 27 de novembro e as eleições vão acontecer no dia 1º de dezembro, das 8h às 17h, nas unidades escolares que tenham até dois turnos de fun-cionamento, e das 8h às 20h nas unidades com até três turnos.

O resultado final será divul-gado no dia 3 de dezembro, a partir das 16h, na Semed.

A votação será aberta a membros do magistério e de-mais servidores públicos lota-dos na unidade escolar, além de alunos, pais, responsáveis legais ou responsáveis pelos alunos perante a escola. O pe-ríodo de transição será de 16 a 30 de dezembro.

O edital completo está dispo-nível em www.macae.rj.gov.br.

RENOVAÇÃO

Engenharia e Automação do IFF é avaliado pelo MEC com nota 4

O Curso de graduação de Engenharia de Controle e Au-tomação Industrial do Institu-to Federal Fluminense (IFF) Campus Macaé foi avaliado, recentemente, pelo Ministério da Educação e obteve nota 4 de um total de 5 na avaliação de renovação do reconhecimento.

Para a direção do Campus, a nota é de fundamental impor-tância e serve para a instituição ver o que precisa ser melhorado. “Ela funciona como um indica-dor e nos possibilita avaliar o que e onde precisamos melho-rar”, ressaltou o diretor da ins-tituição Paulo Rogério.

Interessados em ingressar no curso no próximo ano letivo devem ficar atentos. As inscri-ções já estão abertas e devem ser feitas até o dia 6 de novem-bro. De acordo com a direção do campus estão previstas duas en-tradas para o curso, sendo uma em cada semestre. O acesso ao curso pode ser via vestibular ou pelo Sistema de Seleção Unifi-cada (SISU).

O curso baseia-se em uma for-mação multidisciplinar do alu-no, possibilitando a atuação do egresso nas mais diversas áreas

A graduação recebeu nota 4 de um total de 5 do Ministério da Educação. A nota é considerada excelente

da Indústria, caracterizando-se por prover sólida formação em ciências básicas e de engenha-ria. Ele tem uma carga horária de 5.100 horas distribuídas en-tre disciplinas de conteúdos bá-sicos, disciplinas de conteúdos profissionalizantes e disciplinas de conteúdos específicos.

São estes os objetivos da graduação: dar ao aluno uma formação crítica e reflexiva, tornando-o capaz de assimilar e desenvolver novas tecnologias; avaliar mais profundamente os problemas do mundo con-temporâneo nos seus aspectos políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais; propor soluções inovadoras às deman-

das da sociedade moderna; formar recursos humanos que sejam capazes de atender às demandas do setor produtivo; aplicar soluções inovadoras; estabelecer um canal de inte-gração com o setor produtivo regional; formar profissionais para executar, eficientemente, atividades de desenvolvimen-to de projetos de automação industrial; promover atualiza-ção tecnológica de processos já existentes; gerenciar equipes de manutenção e criar novas em-presas voltadas para áreas que utilizam tecnologias de ponta. A atividade tem duração de cinco anos, o que equivale a 10 períodos.

WANDERLEY GIL

O diretor do Campus, Paulo Rogério, destaca a importância da nota

PROVA

Candidatos ao Enem devem imprimir o cartão con�rmação Documento está disponível em http://enem.inep.gov.br/participante e não será enviado pelo Correios como nas edições anteriores Juliane Reis [email protected]

Faltam menos de quinze dias para o Exame Na-cional do Ensino Médio

(Enem) 2015, considerado a principal porta de entrada na educação superior, em espe-cial nas universidades públicas. Quem vai participar da edição deste ano deve ficar atento. O cartão de confirmação já está disponível em http://enem.inep.gov.br/participante

Para acessá-lo, o participan-te deve informar CPF e senha para visualizar e imprimir o documento. De acordo com orientações do Instituto Na-cional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), quem esqueceu a senha, deve entrar na Página do Parti-cipante para recuperá-la. Para isso, basta informar o CPF e a data de nascimento. Uma no-va senha será encaminhada por email ou mensagem no celular (SMS).

Ainda segundo o órgão, no cartão contém os dados do participante como data, hora e local de realização das provas; nome; CPF; número de inscri-ção no Enem; opção de língua estrangeira (inglês ou espa-nhol); necessidade de atendi-mento especializado ou espe-cífico (quando houver); além de indicação de solicitação de certificação do ensino médio (se for o caso).

A edição deste ano do Exame conta com mais de 7,7 milhões de estudantes inscritos de to-

do o país. No total são 7.746.057 inscritos e diferente das edi-ções anteriores, os candidatos isentos da taxa de inscrição

WANDERLEY GIL

As provas serão aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro em todo país

que não comparecerem nos dois dias de provas perderão o direito à isenção no exame de 2016. O objetivo da mudança

no critério é diminuir o índice de abstenções e evitar desper-dício de recursos públicos.

As provas serão aplicadas nos

dias 24 e 25 de outubro. Sendo no dia 24 as provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas

tecnologias, com duração de 4 horas e 30 minutos e no dia 25 as provas de linguagens, códi-gos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnolo-gias, com duração de 5 horas e 30 minutos.

Nos dois dias, considerado, sempre, o horário oficial de Brasília, a aplicação das provas começará às 13h30 e os candi-datos terão acesso aos locais do exame a partir das 12h. Os portões serão fechados às 13h, em todas as unidades da Fede-ração. Assim, quem mora em Manaus, por exemplo, terá de chegar ao local de prova até às 12h local; em Rio Branco, às 11h.

Lembrando que este ano o cartão de confirmação não se-rá enviado pelos Correios, por isso os candidatos devem ficar atentos e acessar o site para imprimi-lo.

A nota do exame pode ser usada como critério de acesso à educação superior por meio do Sistema de Seleção Unifica-da (Sisu), que oferece vagas em 115 instituições públicas, e do Programa Universidade para Todos (ProUni), para receber o benefício do Fundo de Fi-nanciamento Estudantil (Fies), participar do programa Ciência sem Fronteiras ou ingressar em vagas gratuitas dos cursos téc-nicos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unificada da Educa-ção Profissional e Tecnológica (Sisutec). Estudantes maiores de 18 anos podem também ob-ter a certificação do ensino mé-dio por meio do Enem.

KANÁ MANHÃES

O processo seletivo será realizado por meio de três etapas

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015

CLIMA

Verão brasileiro terá recordes de calorCombinação inédita de elevação da temperatura média do planeta por conta do aquecimento global e um fenômeno El Niño muito intenso já registram dias de calor intenso em algumas regiões

Martinho Santafé

Os pesquisadores já não têm dúvidas: o próximo verão promete ser um

dos mais quentes de todos os tempos no Brasil, com as tem-peraturas ultrapassando facil-mente os 40ºC por vários dias seguidos nos locais tradicional-mente mais quentes, como Rio de Janeiro, Piauí e Tocantins. Segundo meteorologistas, os termômetros podem registrar calor até 4ºC acima da média.

A primavera já registra dias de calor intenso em algumas regi-ões, isto porque, pela primei-ra vez, está acontecendo uma combinação inédita: a elevação da temperatura média do pla-neta por conta do aquecimento global e um fenômeno El Niño muito intenso.

De acordo com especialis-tas, o mundo já está 0,8ºC mais quente por conta do aqueci-mento global provocado pela ação humana. E tudo indica que 2015 deverá ser o ano mais quente já registrado. Para pio-rar, a previsão para este ano é de que tenhamos um super El Niño, ou mesmo um El Niño monstro, como já vem sendo chamado; dos mais intensos já registrados.

O fenômeno está relacionado ao aquecimento das águas do Pacífico Sul e, em geral, à eleva-ção das temperaturas globais. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o EL Niño deste ano pode ser tornar um dos quatro mais quentes dos últimos 65 anos.

"Podemos esperar um verão mais quente, com temperaturas até quatro graus Celsius acima da média", diz o meteorolo-gista José Antonio Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).

"Isso ocorre por uma combi-nação de fatores: o aumento da

temperatura por conta do aque-cimento, as ilhas de calor das ci-dades e um El Niño intenso que estará em sua atividade máxima justamente em novembro, de-zembro e janeiro."

O climatologista Carlos No-bre, atualmente na presidência da Coordenação de Aperfeiço-amento de Pessoal de Nível Su-perior (Capes), diz que já é pos-sível saber que o próximo verão será seco em várias partes da

DIVULGAÇÃO

De acordo com especialistas, o mundo já está 0,8oC mais quente por conta do aquecimento global provocado pela ação humana

Amazônia e também registra-rá menos chuvas do que a mé-dia no Nordeste. O Sul do país, por sua vez, será castigado por chuvas mais intensas. A grande incógnita para os especialistas é o que acontecerá no Sudeste.

"O verão terá temperaturas mais altas no Sudeste, isso po-demos dizer, por conta da in-fluência do El Niño. Mas não dá para saber ainda como será o regime de chuvas", diz Nobre.

ESTIAGEM PODESE AGRAVAR

A estiagem registrada nos últimos dois anos - com graves consequências para os níveis dos reservatórios de água - pode agravar ainda mais o problema, se voltar a se repetir. Setembro foi de chuvas na região, mas, novamente, não há ainda como prever como será o próximo mês.

O Rio de Janeiro está entre as cidades com o verão mais quente do país, ao lado de Te-resina, no Piauí, e Palmas, no Tocantins. E mesmo São Pau-lo, tradicionalmente mais frio, terá temperaturas mais altas. "Na Europa, na onda de calor de 2003, mais de 30 mil mortes foram atribuídas ao calor", lem-bra Nobre. "E as temperaturas foram de três graus acima da média”.

Carlos Nobre observa que no Sul e no Sudeste, as cidades têm planos apenas para enchentes. No Nordeste, para a seca. Mas, até agora, por incrível que pare-ça, nenhuma cidade brasileira tinha um plano emergencial para lidar com o calor. Pela pri-meira vez, o Centro de Opera-ções da Prefeitura do Rio - que reúne diferentes secretarias e órgãos municipais com o objeti-vo de responder à emergências de forma integrada - elabora um plano para ondas de calor intenso, como as que atingiram recentemente a Índia e o Pa-quistão, deixando milhares de mortos.

"A falta de previsão é motivo para estarmos ainda mais pre-parados. Não podemos correr riscos, não podemos esperar duzentas pessoas morrerem para começarmos a agir", afirma o diretor do Instituto Pereira Passos, Sérgio Besserman, que integra a força-tarefa da prefei-tura do Rio.

Leitos extras em hospitais, atendimento de emergência e campanhas públicas educativas incentivando a hidratação são algumas das medidas que fazem parte do plano de ação. As pes-soas mais vulneráveis ao calor são os idosos e os bebês, cujos organismos têm menos capaci-dade de adaptação e defesa.

De acordo com os especia-listas, o maior problema do calor para a saúde não é o pico de temperatura mais elevada, mesmo que acima dos 40ºC. O grande risco é quando, ao longo de pelo menos três dias conse-cutivos, a temperatura máxima passa dos 36ºC e a mínima não

cai abaixo dos 21ºC. Quando isso ocorre, o corpo não consegue se resfriar e tende ao superaqueci-mento, o que pode levar a para-das cardíacas e derrames.

AQUECIMENTO TRARÁ RISCOS À VIDA

Cientistas reuniram-se em Brasília na semana passada, entre eles alguns membros da elite da ciência do clima, como Carlos Afonso Nobre e José Marengo, membros do Painel Intergovernamental sobre Mu-danças Climáticas, e Sir David King, representante para Mu-danças Climáticas do Reino Unido, para tentar produzir uma avaliação de riscos de mudanças climáticas extremas.

O trabalho foi iniciado nos EUA, na Índia, na China e no Reino Unido e agora começa a ser feito no Brasil. King parte do princípio de que a proba-bilidade de que o aquecimen-to da Terra ultrapasse 4ºC é baixa, mas as consequências potenciais são tão dramáti-cas que os governos deveriam considerá-las na hora de tomar decisões sobre corte de emis-sões e adaptação.

“Trata-se de uma visão muito diferente da mudança climática”, afirmou King, um físico sul-africano que serviu durante anos como conse-lheiro-chefe para ciência do primeiro-ministro Tony Blair. “O IPCC fez um ótimo traba-lho, mas é preciso uma avalia-ção do risco de que aconteça algo catastrófico ligado à mu-dança climática.”

Ele citou como exemplo os piores cenários de mudança climática projetados para a China: elevações do nível do mar que afetassem a costa les-te do país, lar de 200 milhões de pessoas, quebras da safra de arroz - que têm de 5% a 10% de chance de ocorrer mesmo com elevações modestas na tempe-ratura - e ondas de calor que estejam acima da capacidade fisiológica de adaptação do ser humano.

“Com mais de três dias com temperaturas superiores a 40ºC e muita umidade você não consegue compensar o ca-lor pela transpiração e morre”, afirmou King.

Com um aquecimento de 4ºC a 7ºC, estresses múltiplos po-dem acontecer de uma vez em várias partes do mundo. “Esta-mos olhando para perdas ma-ciças de vidas”, afirmou King. “Seria o colapso da civilização.”

CENÁRIOS SÃO VARIADOS

O s m o d e l o s c l i m á t i c o s usados pelo IPCC projetam diferentes variações de tem-peratura de acordo com a con-centração de gás carbônico na atmosfera. Esses cenários se chamam RCP, sigla em inglês para “trajetórias representati-vas de concentração”, e medem quanto muda o balanço de ra-diação do planeta, em watts por metro quadrado. Eles vão de 2.6 W/m2 - o cenário compatível com a manutenção do aqueci-mento na meta de 2ºC, consi-derada pela ONU o limite “se-guro” - a 8.5 w/m2, que é para onde o ritmo atual de emissões está levando a humanidade.

“O RCP 8.5 nos dá quase 100% de probabilidade de o aqueci-mento ultrapassar os 4ºC no fim deste século”, afirmou Sir David King. E quais seriam as chances de mais de 7ºC? Até o fim do século, baixas. “Eu sou velho, então estou bem. Mas te-nho dois netos que vão viver até o fim do século, e eles vão querer ter netos também. Não ligamos para o futuro?”

Segundo Carlos Nobre, avaliar e prevenir riscos de um aqueci-mento extremo é como comprar um seguro residencial: mesmo com probabilidade baixa de um desastre, é algo que não dá para não fazer, porque os custos do impacto são basicamente im-possíveis de manejar.

Para o Brasil, esses riscos são múltiplos: vão desde a redução em 30% da vazão dos principais rios até o comprometimento do agronegócio e extinção de espé-cies. Cenários regionais traçados a partir dos modelos do IPCC já apontam para aquecimentos de até 8ºC em algumas regiões do país neste século, o que torna-ria essas áreas essencialmente inabitáveis por longos períodos.

“Mesmo se limitarmos as emissões a 1 trilhão de tonela-das de CO2, (limite compatível com os 2ºC) ainda podemos ultrapassar os 3oC”, afirmou o cientista, atualmente presiden-te da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Segundo ele, não há outro ca-minho a tomar que não seja li-mitar as concentrações de CO2 na atmosfera a 350 partes por milhão. Ocorre que já ultrapas-samos as 400 partes por milhão em 2014, e os compromissos registrados pelos países para o acordo de Paris não são capa-zes nem mesmo de garantir o limite de 1 trilhão de toneladas.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015 11

HISTÓRIA

“Não fosse o Tratado, eu jamais teria vindo para o Brasil”, diz Matsuda Celebração de amizade entre o Brasil e o Japão garantiu chegada do expoente das artes marciais em Macaé

A história milenar do Tra-tado Japão-Brasil re-tratada domingo (4) em

Macaé, repercutiu bastante e mereceu homenagem especial no programa do radialista Ze-zé Abreu. E o professor Shihan Matsuda, é um exemplo vivo desse pedacinho da história da imigração e por isso comemora-mos tanto o ano oficial da assi-natura do Tratado de Amizade, “pois se não fosse por esse trata-do, eu jamais teria vindo para o Brasil”, afirmou Matsuda.

Ele foi sim, um filho do Japão, de família Samurai, naturaliza-do brasileiro e que muito con-tribuiu com a cidade de Macaé, grande empreendedor e deste-mido desbravador.

O Cônsul Japonês Sr. Kondo Ken, que esteve prestigiando o Evento Haru Matsuri, fez ques-tão de chegar mais cedo e ir visi-tar o túmulo de Yamagata San, e junto com o professor Matsuda foram prestar sua homenagem oferecendo flores em lindas Ike-banas preparadas pela mesma equipe que fez a oficina da festa.

Falou-se também da constru-ção da Hidrelétrica de Macabu em 1939, onde após vencerem a licitação internacional o Japão chegou a enviar 100 operários de mão de obra para sua cons-trução. Em muitas fotos, se viu a instalação dos gigantes motores “Hitachi”, que estão em funcio-namento até hoje.

Outro agradecimento foi ao professor Marcelo Abreu Gomes por ter ajudado na bibliografia necessária para fonte de pesqui-sa e também ao Sr. Toshiharu Matsuoka, de Nova Friburgo que

gentilmente enviou também li-vros de história e pesquisa sobre o Centenário da Imigração.

A segunda parte dessa ex-posição em painéis, contava a trajetória de Matsuda San, um japonês que veio para o Brasil em 1960, aos 18 anos exata-mente num desses navios de imigração para a agricultura em São Paulo e que traziam jo-vens de muita coragem como os primeiros desbravadores, para

ARQUIVO

Há 55 anos em Macaé, Shiro Matsuda é expoente no esporte e também no ensino da vida

construírem um novo capítulo da história, mas com os mesmos métodos antigos e preservando suas culturas que pouco a pouco foram vencendo as diferenças e convivendo harmonicamente com a cultura brasileira.

O professor Matsuda é um exemplo vivo desse pedaci-nho da história da imigração e por isso comemoramos tanto o ano oficial da assinatura do Tratado de Amizade, “pois se

não fosse por esse tratado, eu jamais teria vindo para o Bra-sil”, afirmou Matsuda.

Talvez por todo esse conjun-to, essa festa muito o emocio-nou e em especial por ter sido montada e acertada em tempo recorde, em dois meses planeja-da mas apenas com a certeza da cessão do espaço físico do Clube dos Empregados da Petrobras, foi possível iniciar os prepara-tivos, e por isso a coordenadora Lúcia de Sá teve menos de um mês. “Mas Haru Matsuri pare-cia ter vida própria e foi toman-do corpo sozinha. Cada vez mais recebíamos contatos e a rede foi crescendo num grande encon-tro de amizades e parcerias e solidariedade, tanto japoneses quanto brasileiros, um exemplo a ser seguido e uma lição a ser aprendida, porque mostrou e comprovou que podemos unir nossas mãos, e trabalhar com afinco para realizar coisas con-sideradas impossíveis, podemos remover qualquer empecilho se tivermos a união e a intenção de resolver e fazer acontecer”, dis-se Lúcia de Sá, emocionada.

Segundo ela, os grandes pa-trocinadores não foram mui-tos, nem grandes empresas en-volvidas. Tudo veio dessa união de esforços, de cada um ceder o que tinha e colaborar muitas vezes com o próprio esforço em arregaçar as mangas e limpar, decorar e fazer a festa acontecer.

AGRADECIMENTOS E HOMENAGENS

Um agradecimento público e mais que especial da parceria com restaurante Sansai e San-sai Asiático, que foram destaque fundamental para o sucesso do evento, tanto no Bu¥et das au-toridades como no restaurante que montaram no primeiro an-dar. Com qualidade, simpatia e beleza.

Também agradecer e citar toda a ajuda do Sr. Robson Luiz Gama, presidente do Clube Ci-dade do Sol, e sua equipe, que não apenas cedeu o espaço, mas deu todo apoio e ajuda. Um lo-cal lindíssimo e bem estrutura-do para abrilhantar ainda mais todo o evento.

Outra razão de muita emo-

ção para o tão querido profes-sor Matsuda foi ter recebido tantas homenagens, com sua família e amigos presentes mas também, tendo ao seu lado seus conterrâneos, autoridades Ja-ponesas que compareceram à festa, não apenas ao Cônsul, mas ao presidente da Renmei, que seria como uma confedera-ção das associações japonesas, e os presidentes da Nikkei Rio de Janeiro e Nikkei Nova Friburgo, e diversos membros das direto-rias das mesmas. Essas Nikkei trouxeram do Rio o Taiko (tam-bores japoneses) que vibraram o coração das pessoas a um só ritmo, e de Nova Friburgo as danças folclórica e moderna tão encantadoras que coloriram os olhos macaenses.

Fechando a festa novas sur-presas aguardavam o Profes-sor Matsuda, sua homenagem foi feita diretamente por Zezé Abreu, proprietário da Rádio 101 FM, que leu um poema do Mestre e depois discursou algu-mas palavras que levou os dois, a uma grande emoção, e o abraço com lágrimas compartilhadas.

Terminamos com o Brinde de Sakê, Kampai!!!

E finalmente um parabéns pra você, com dois bolos. O de 120 anos de amizade entre o Brasil e o Japão e outro de ani-versário para o Shihan Matsuda, que completou naquela sema-na 74 anos de idade, 55 anos de Brasil e 49 anos ministrando aulas de Judô.

“Não faltam motivos para co-memorar e honrar esse homem, pessoa de uma humildade a to-da prova e de um carisma enor-me. Que venham muitas festas como essa, que tenha sido a primeira de muitas e que ainda tenhamos a oportunidade de comemorar muitos aniversá-rios com o Mestre. Lembrando que ano que vem terá de ser especial, pois serão Bodas de Ouro, 50 anos ministrando au-las de Judô em Campos e Ma-caé’, disse Lúcia de Sá, frisando: “Temos ao final, uma sensação de dever cumprido. Podem ter havido falhas pois acontecem em todos os eventos, mas temos a consciência que fizemos tudo com todo o carinho e enorme empenho em que ficasse o me-lhor possível”, acentuou.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé (RJ), domingo, 11 e segunda-feira, 12 de outubro de 2015