15
Crescimento por Condensação 1 4 - Crescimento por Condensação Anteriormente foi mostrado que uma pequena solução de gotículas tem que exceder o valor crítico R * e S * para crescer e se tornar uma gota de nuvem. Sendo que antes e depois da gotícula atingir o tamanho critico, ela cresceria por difusão das moléculas de vapor água para a superfície. Agora vamos estudar a taxa de crescimento por difusão de uma simples gota e depois para uma população onde elas têm que competir pela umidade disponível. Assumindo uma gota estacionária de raio r e com taxa de crescimento dr/dt. O crescimento desta gotícula será a partir da difusão do vapor d’água do ambiente, onde a temperatura da gota é Tr, a densidade de vapor d’água na superfície da gota é ρ vr , a temperatura do ambiente é Te a densidade de vapor d’água do ambiente é ρ v. Finalmente, assumimos que não existe interação entre as gotículas, ou seja, elas estão isoladas. Aplicando a lei de difusão ou lei Fick, temos: dr d D F v w ρ = onde D é o coeficiente de difusão do vapor d’água no ar. Analisando o fluxo de massa ou a taxa de transporte de massa através da superfície esférica, temos:

New - Crescimento por Condensação · 2011. 5. 24. · vr 2 4 * ρ ρ π ρ ∞− = => r c D v vr * 4π(ρ ρ) c*=4πrD (ρv∞−ρvr ) 4 rD ( v vr) dt dm =π ρ∞−ρ (1) esta

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • Crescimento por Condensação 1

    4 - Crescimento por Condensação

    Anteriormente foi mostrado que uma pequena solução de gotículas tem que

    exceder o valor crítico R* e S*para crescer e se tornar uma gota de nuvem. Sendo que

    antes e depois da gotícula atingir o tamanho critico, ela cresceria por difusão das

    moléculas de vapor água para a superfície. Agora vamos estudar a taxa de crescimento

    por difusão de uma simples gota e depois para uma população onde elas têm que

    competir pela umidade disponível.

    Assumindo uma gota estacionária de raio r e com taxa de crescimento dr/dt.

    O crescimento desta gotícula será a partir da difusão do vapor d’água do

    ambiente, onde a temperatura da gota é Tr, a densidade de vapor d’água na superfície

    da gota é ρvr, a temperatura do ambiente é T∞ e a densidade de vapor d’água do

    ambiente é ρv∞. Finalmente, assumimos que não existe interação entre as gotículas, ou

    seja, elas estão isoladas.

    Aplicando a lei de difusão ou lei Fick, temos:

    dr

    dDF vw

    ρ=

    onde D é o coeficiente de difusão do vapor d’água no ar.

    Analisando o fluxo de massa ou a taxa de transporte de massa através da

    superfície esférica, temos:

  • Crescimento por Condensação 2

    dt

    dmccteFrT

    AreaxFluxoT

    ww

    w

    ====

    =

    *4 2π

    sendo que a qualquer raio R distante da gota, o fluxo de massa através das bordas é

    constante e isotrópico. Porém a taxa de crescimento da gotícula, dr/dt, não é constante.

    *4 2 cdR

    dDr

    dt

    dm v == ρπ

    ∫∫∞

    =∞ r

    r

    v R

    dRcdD

    vr

    2*4

    ρ

    ρ

    ρπ

    =>=−∞ rc

    D vrv*

    )(4 ρρπ

    )(4* vrvrDc ρρπ −= ∞

    )(4 vrvrDdtdm ρρπ −= ∞ (1)

    esta é a equação de crescimento por difusão de vapor para uma gota isolada embebida

    em um ambiente com vapor d’água.

    Ela expressão mostra que uma gota irá crescer se vrv ρρ >∞ e irá evaporar se

    vrv ρρ

  • Crescimento por Condensação 3

    dt

    dmLdq v= (2)

    assumindo que o calor é dissipado através da condução, temos que o calor é

    dR

    dTKRdq 24π−= (3)

    onde K é a condutividade términca. Logo a partir das equações 2 e 3 podemos

    encontrar a taxa de crescimento da massa baseado no gradiente de temperatura entre a

    gota e o ambiente.

    *14 2 cdt

    dmLdQ

    dR

    dTKR v ===− π

    dR

    dTKRc 24*1 π−=

    ∫∫∞∞

    =−r

    T

    Tr R

    dRcRKdT 2*14π

    r

    c

    rcTTK r

    *1)

    11(*1)(4 =−∞

    =− ∞π

    v

    r

    L

    rTTK

    dt

    dm )(4 ∞−= π (4) Eq. de Condução de Calor

    Utilizando as equações de Clausius Clapeyron e Kohler e as equações de Difusão e

    Condução podemos resolver a equação de crescrimento (dr/dt):

    −=

    −==

    ∞∞

    ∞∞

    rv

    vs

    rv

    vssrrr TTR

    Le

    TTR

    LTeeTe

    11exp

    11exp)()( (5)

    (eq. CC)

    e a equação do efeito de curvatura:

  • Crescimento por Condensação 4

    31

    r

    b

    r

    a

    e

    e

    s

    r −+= (6) (eq. Kohler)

    Iniciando com a eq. de difusão temos:

    )(4 vrvrDdt

    dm ρρπ −= ∞

    dt

    drr

    dt

    drrr

    dt

    d

    dt

    dm

    rm

    ll

    l

    223

    3

    433

    4

    3

    43

    4

    πρπρρπ

    ρπ

    ==

    =

    =

    dt

    drrrD lvrv

    24)(4 πρρρπ =−∞

    )( vrvl

    D

    dt

    drr ρρ

    ρ−= ∞

    −=

    =

    r

    r

    vl T

    e

    T

    e

    R

    D

    dt

    drr

    RTe

    ρ

    ρ

    )(

    1~

    1,min

    rvl

    r

    eeTR

    D

    dt

    drr

    TTdoassu

    −= ∞∞

    ρ

    (7)

    similarmente para a equação de condução temos:

    )( ∞−= TTLK

    dt

    drr r

    vlρ (8)

  • Crescimento por Condensação 5

    Lembrando que a Saturação ambiente é: ∞

    ∞=se

    eS

    Utilizando a eq. De difusão (7), temos:

    )(

    )(

    )(

    rsvl

    rs

    s

    vl

    rvl

    eSeTR

    D

    dt

    drr

    eee

    e

    TR

    D

    dt

    drr

    eeTR

    D

    dt

    drr

    −=

    −=

    −=

    ∞∞

    ∞∞

    ∞∞

    ρ

    ρ

    ρ

    Porém queremos expressar esta equação em termos de ∞s

    sr

    s

    sr

    e

    eou

    e

    e

    ∞∞

    ∞∞ −=−= s

    s

    rrs

    vl ee

    eSeSe

    D

    TR

    dt

    drr )()(

    ρ

    Mas

    −=

    −=

    dt

    drr

    De

    TRSee

    e

    e

    Xe

    dt

    drr

    De

    TRS

    e

    e

    s

    vlsrsr

    s

    r

    sr

    s

    vl

    s

    r

    ρ

    ρ

    −=∞

    ∞ dt

    drr

    De

    TRS

    e

    e

    e

    e

    s

    vl

    r

    sr

    s

    sr ρ (8)

    Agora utilizando a eq. de CC temos

  • Crescimento por Condensação 6

    ( )

    −≅

    −=

    −= ∞

    ∞∞

    ∞∞

    ∞∞ TTTR

    Le

    TT

    TT

    R

    Le

    TTR

    Lee r

    v

    vs

    r

    r

    v

    vs

    rv

    vssr 2expexp

    11exp

    Assumindo que ex =1+x, para x

  • Crescimento por Condensação 7

    definindo Fk=c1 como o termo termodinâmico que está associado a condução de calor

    e

    Fd=c2 com o termo de difusão do vapor.

    sr

    rkd

    sr

    r

    e

    eFF

    e

    eS

    dt

    drr

    +

    −= (10)

    note que não existe crescimento da gota até que exista saturação, sr

    r

    e

    e, se a temperatura

    do ambiente for fixa.

    Se 1=sr

    r

    e

    e, temos

    dk FF

    S

    dt

    drr

    +−= 1

    Integrando de um tempo inicial = 0 a um determinado tempo t, temos que a gotícula

    saira de um raio r0 até um raio r(t)

    ∫∫ +−=

    t

    dk

    tr

    r

    dtFF

    Srdr

    0

    )(

    0

    1

    tFF

    Srtr

    dk

    +−+= 12)( 20

    2

    tFF

    Srtr

    dk

    +−+= 12)( 20 (12)

  • Crescimento por Condensação 8

    A eq 12, descreve a curva parabólica de crescimento por condensação. Para pequenos

    intervalos de tempo, a taxa de crescimento é rápido (tabela abaixo)

    Tabela – Adaptação de Mason (1971). Tempo gasto em segundos para uma gotícula

    composta de NaCl crescer inicialmente de 0,75 microns. Cada coluna representa CCN

    com massas distintas.

    Raio (µm) 10-14 g 10-13 g 10-12 g

    1 2,4 0,15 0,013

    2 130 7 0,61

    4 1000 320 62

    10 2700 1800 870

    20 8500 7400 5900

    30 17500 16000 14500

    50 44500 43500 41500

    Por outro lado, podemos também utilizar essa equação para calcular a taxa de

    evaporação (S < 1 e logo dr/dt < 0) de uma gotícula. Este processo é rápido para gotas

    que tem CCNs grandes inicialmente. Basicamente um CCN grande necessita de uma

    menor Supersaturação para crescer. Neste sentido podemos modificar a eq (12) para

    levar em conta o efeito de curvatura e da solução:

    sr

    skd e

    eFF

    r

    b

    r

    aS

    dt

    drr

    +

    +−−=

    3)1(

    (13)

    quando as gotas são pequenas (r < 10 microns) os efeitos de 3r

    b

    r

    a + são importantes,

    mas para gotas maiores (S-1) é dominante.

    Nas 4 figuras abaixo é possivel observar o efeito das partículas pequenas, ou seja,

    dr/dt alto, o que implica em um crescimento rápido. Porém a medida que elas ficam

  • Crescimento por Condensação 9

    maiores, a mesma quantidade de vapor não é suficiente para aumentar a gotícula na

    mesma taxa. Por outro lado, é também importante mostrar que na presença de Super-

    saturações altas o crescimento é bem maior também (Figuras b,d)

    (a)

    (b)

    (c)

    (d)

  • Crescimento por Condensação 10

    Finalmente, podemos avaliar como a saturação varia a medida que as gotículas

    começam a crescer de tamanho. A saturação pode ser descrita por um termo de

    produção e outro de remoção. O termo de produção está associado ao processo de

    levantamento adiabático e consequentemente à velocidade vertical. Já o termo de

    remoção esta associado à remoção de vapor, ou seja, a condensação das gotículas de

    nuvens.

    Dessa maneira, temos:

    CPdt

    dS −= , onde P é a produção por levantamento e C a redução por condensação.

    Ou

    dt

    dQ

    dt

    dzQ

    dt

    dS χ21 −=

  • Crescimento por Condensação 11

    Sendo que o 1º termo é o aumento da saturação devido ao esfriamento adiabático e o segundo termo é a diminuição da saturação devido à condensação d’água. χ é o conteúdo de água líquida total. Para calcular estes termos assumimos que:

    • Existe uma velocidade vertical constante (u) • Não ocorre mistura da parcela de ar com o ar ambiente, ou seja, existe uma

    distribuição fixa de núcleos de condensação (NCN) e estes estão associados com uma gotícula e um NCN.

    1º Passo:

    Não há condensação, logo , 0=dt

    dt

    dzQ

    dt

    dS1=⇒ (1)

    , lembrando que se

    eS =

    −==⇒

    dt

    dee

    dt

    dee

    edt

    eed

    dt

    dS ss

    s

    s2

    1)/((1)

    Porém ε

    ε wpep

    ew s =⇒=

    Portanto

    (1a)

    wp

    dt

    d

    dt

    de, como não há condensação w = constante

    dt

    dz

    gRT

    pw

    dt

    dz

    g

    w

    dt

    dz

    dz

    dpw

    dz

    dz

    dt

    dpw

    dt

    dpw

    dt

    de RTp

    gdz

    dp

    dz

    dzx

    ερ

    εεεερ

    ρ

    − →− →=→=⇒=−=

    dt

    dz

    RT

    ge

    dt

    de −=⇒

    Assim 1a torna-se

    dt

    dz

    RT

    ege

    dt

    dee ss −=⇒

    (1b)

    dt

    dz

    dz

    dT

    dT

    de

    dz

    dz

    dt

    dT

    dT

    de

    dt

    dT

    dT

    de

    dT

    dT

    dt

    de

    dt

    de ssdzdz

    xssdT

    dTx

    s =→=→⇒

    Sendo que

    pd

    v

    svs

    c

    g

    dz

    dT

    TR

    eLClapeyronClausius

    dT

    de

    −=Γ=

    =→ 2.

  • Crescimento por Condensação 12

    dt

    dz

    c

    g

    TR

    eL

    dt

    de

    pv

    svs2−=

    Portanto temos que 2a � dt

    dz

    c

    g

    TR

    eLe

    dt

    dee

    pv

    svs2−=

    Inserindo 1a e 1b temos:

    dt

    dz

    c

    g

    TR

    L

    RT

    g

    e

    ee

    dt

    dz

    c

    g

    TR

    eLe

    dt

    dz

    RT

    ege

    edt

    Sd

    pv

    v

    s

    s

    pv

    svs

    s

    +−=

    +−= 22221

    dt

    dz

    RcTR

    L

    T

    Sg

    dt

    dz

    RT

    g

    c

    g

    TR

    LS

    dt

    dz

    c

    g

    TR

    L

    RT

    g

    e

    e

    dt

    Sd

    pv

    v

    pv

    ve

    eS

    pv

    v

    s

    s

    −=

    − →

    +−== 11

    22

    Mas ε=R/Rv

    dt

    dz

    cT

    L

    RT

    Sg

    dt

    dz

    RcRT

    L

    T

    Sg

    dt

    Sd

    p

    v

    p

    v

    −=

    −= 1111 εε

    Sendo assim, temos que:

    −= 11p

    v

    Tc

    L

    RT

    SgQ

    ε

    2º Passo: Temos somente condensação,

    dt

    dwQ

    dt

    dQ

    dt

    Sd22 −=−=

    χ (2)

    ctePdt

    dee

    dt

    dee

    ee

    e

    dt

    d ss

    ss

    =

    −=

    ,

    12

    Sendo que

    dt

    dwpwp

    dt

    d

    dt

    de

    εε=

    =

    e

    dt

    dw

    dw

    dT

    dT

    de

    dw

    dw

    dT

    dT

    dt

    de

    dt

    de sss ==

    CCdT

    des .= � (2a)

    Lembrando que da 1º e da 2º lei da termodinâmica em um processo isobárico temos:

    p

    vdppv c

    L

    dw

    dTdpdTcdwLdQ −= →−=−= =0,α

    Então temos que:

    dt

    dw

    TRc

    eL

    dt

    dw

    c

    L

    TR

    eL

    dt

    de

    vp

    sv

    p

    v

    v

    svs2

    2

    2 −=

    −= � (2b)

    Logo, inserindo 2a e 2b em 2

  • Crescimento por Condensação 13

    dt

    dwS

    pTc

    LS

    e

    RT

    dt

    dwS

    pTc

    L

    e

    e

    e

    RT

    dt

    dwS

    pTc

    L

    e

    e

    e

    RT

    dt

    dS

    dt

    dwS

    pTc

    L

    e

    RT

    dt

    dw

    e

    e

    pTc

    L

    e

    RT

    dt

    dw

    P

    e

    Tc

    LRT

    edt

    dS

    dt

    dw

    PTc

    eLRT

    edt

    dw

    P

    R

    TcR

    eLRT

    edt

    dS

    dt

    dw

    cTR

    eLRT

    edt

    dw

    cTR

    Le

    p

    edt

    dS

    dt

    dw

    cTR

    eLe

    dt

    dwpe

    edt

    dee

    dt

    dee

    ee

    e

    dt

    d

    dt

    dS

    p

    v

    p

    v

    sp

    v

    s

    p

    v

    s

    e

    eS

    sp

    v

    sp

    v

    s

    p

    v

    s

    R

    R

    pv

    v

    s

    R

    PT

    pv

    v

    s

    RTp

    pv

    v

    s

    pv

    svs

    s

    ss

    ss

    s

    v

    +=

    +=

    +=

    + →

    +=

    +=

    + →

    + →

    + →

    +=

    +=

    −=

    =

    =

    ==

    =

    222

    222

    22

    2

    2

    2

    2

    2

    2

    22

    11

    11

    11

    εε

    ρεε

    ρεε

    ρ

    εε

    ρεε

    ρεε

    ρ

    ρεε

    ρρε

    ρ

    ερ

    ε

    ε

    ερ

    ρ

    dt

    dw

    pTc

    L

    e

    RTS

    dt

    dS

    p

    v

    +=→2ε

    ερ

    Portanto, temos que Q2

    +=pTc

    L

    e

    RTSQ

    p

    v2

    2

    εε

    ρ

    Sendo assim a taxa de variação da saturação pode ser expresso como:

    dt

    d

    pTc

    L

    e

    RTS

    dt

    dz

    Tc

    L

    RT

    Sg

    dt

    dQ

    dt

    dzQ

    dt

    dS

    p

    v

    p

    v χεε

    ρεχ

    +−

    −=−=2

    21 1

    Então, utilizando a equação de crescimento da gotícula com o efeito da saturação, curvatura e soluto, ou seja,

    dk FFr

    b

    r

    aS

    dt

    drr

    +

    +−−=

    3)1(

    e a equação da variação da saturação, podemos avaliar a evolução do espectro de gotículas, a partir da definição de uma distribuição de NCN e uma velocidade vertical. Por exemplo, assumindo uma velocidade vertical (dz/dt) de 15 cm/s e uma concentração de NCN moderado na base da nuvem, Mordy (1959) apresentou os seguintes resultados, Figura 1.

  • Crescimento por Condensação 14

    Figura 1. Crescimento de gotículas de nuvens (curva contínua preta) para diferentes massas e variação da super-saturação acima da base da nuvem (Adaptado de Mordy, 1959) (linha tracejada em vermelho) Destas simulações os seguintes resultados podem ser concluidos:

    • As gotículas pequenas se movem com o ar a uma velocidade de 15 cm/s, porém as maiores não;

    • Todas as gotículas começam a crescer a medida que elas ascendem na base da nuvem, umas com maior eficiência do que as outras.

    • A super-saturação (SS) aumenta e tem uma máximo de 0,5% aproximadamente a 10 m acima da base da nuvem. Basicamente, o termo de produção (Q1xdz/dt) proporciona um aumento da saturação, entretanto várias gotículas começam a se formar (condensação) até um ponto que o termo de produção não vence a quantidade de vapor condensada. Adicionalmente, observa-se um segundo máximo da S entre 50 e 70 m acima da nuvem. Basicamente, as gotículas pequenas (

  • Crescimento por Condensação 15

    Figura 2. Caracteristicas do crescimento de gotículas de nuvens em uma nuvem com corrente ascendente de 0,5 m/s (azul) e 2 m/s (vermelho) a partir da base da nuvem, ou seja, quando a saturação é 1,0.

    • A saturação é maior para uma parcela de ar com velocidade vertical maior. Basicamente com o aumento da velocidade vertical maior é a produção de vapor. O nível de SS máxima também é mais alto, uma vez que mais partículas pequenas serão ativadas, o que irá proporcionar uma equiparação com o termo de remoção por condensação.

    • A concentração de gotículas ativas é proporcional à SS, ou seja, quanto maior a

    SS maior o número de particulas menores a ser ativadas. Sendo que o máximo coincide com o máximo de super-saturação. Uma vez ativadas, a concentração não varia.

    • A parcela de ar com menor velocidade vertical apresenta gotículas com maior

    raio, uma vez que para SS baixas, somente os NCN grandes são ativados, e o mesmo raciocínio vale para o conteúdo de água liquida