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Necessidades de Saúde 1 ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem A história das profissões da saúde é uma história de vozes. “As vozes misteriosas do corpo: o sopro, o sibilo, o borborigmo, a crepitação, o estridor. As vozes inarticuladas do paciente: o gemido, o grito, o estertor. As vozes articuladas do paciente: a queixa, o relato da doença, as perguntas inquietas”. A voz articulada do profissional: a história, o exame clínico e sua interpretação. Moacyr Scliar. A paixão transformada. História da medicina na literatura. 1ª ed. Cia. das Letras. São Paulo-SP. 1996 p.7

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

A história das profissões da

saúde é uma história de vozes.

“As vozes misteriosas do corpo:

o sopro, o sibilo, o borborigmo, a

crepitação, o estridor. As vozes

inarticuladas do paciente: o gemido, o

grito, o estertor. As vozes articuladas

do paciente: a queixa, o relato da

doença, as perguntas inquietas”.

A voz articulada do profissional:

a história, o exame clínico e sua

interpretação. Moacyr Scliar. A paixão transformada. História da medicina na literatura. 1ª ed. Cia. das Letras. São Paulo-SP. 1996 p.7

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

Sumário

1. Apresentação.............................................................................................................................3

2. Introdução .................................................................................................................................4

3. Objetivo da 1ª série ...................................................................................................................7

4. Estrutura Curricular................................................................................................................7

4.1 Princípios curriculares..........................................................................................................9

� Aprendizagem centrada no estudante, auto-dirigida e em pequenos grupos................9

� Aprendizagem significativa.........................................................................................10

� Aprendizagem baseada em problemas........................................................................11

� Aprendizagem baseada na comunidade......................................................................12

4.2 Sistema de Avaliação .........................................................................................................12

5. Organização da Série..............................................................................................................14

6. Unidade Sistematizada: Necessidades de Saúde ..................................................................16

6.1 Objetivo..............................................................................................................................16

6.2 Processo ensino-aprendizagem..........................................................................................16

6.3 Atividades de ensino-aprendizagem...................................................................................18

6.3.1 Trabalho em pequenos grupos/sessões de tutoria ......................................................18

6.3.2 Conferências ...............................................................................................................20

6.4 Avaliação............................................................................................................................20

6.4.1 Avaliação do Estudante ..............................................................................................20

6.4.2 Avaliação da Unidade.................................................................................................26

7. Unidade Prática Profissional 1 ..............................................................................................27

7.1 Objetivo..............................................................................................................................27

7.2 Desempenhos e tarefas .......................................................................................................27

7.2.1 Desempenho: Identifica necessidades individuais de saúde.......................................27

7.3 Processo ensino-aprendizagem...........................................................................................28

7.4 Organização........................................................................................................................29

7.5 Avaliação............................................................................................................................30

7.5.1 Avaliação do estudante ...............................................................................................30

7.5.2 Avaliação da Unidade................................................................................................33

ANEXO I - Critérios de satisfatório, segundo desempenho....................................................34

ANEXO II - Categorização das necessidades de saúde...........................................................35

ANEXO III - Calendário Escolar - 2004...................................................................................36

ANEXO IV- Capacitação em Informática e Acesso à Informação em Saúde.......................37

Referências ..................................................................................................................................38

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

1. Apresentação

Os currículos dos Cursos de Medicina e Enfermagem da Famema estão em

permanente transformação por entendermos que esse processo permite uma construção

coletiva e democrática, afinada às necessidades e requerimentos da sociedade e atualizada em

função da evolução da ciência e da tecnologia.

A Faculdade de Medicina de Marília - Famema iniciou em 1997 e 1998,

respectivamente, para os cursos de medicina e enfermagem, um processo de mudanças

curriculares no sentido da integração básico-clínica e da utilização de metodologias ativas.

Nesse período, vimos trabalhando na perspectiva do desenvolvimento curricular permanente

que tem nos tornado melhores e permitido assumir o maior desafio – acreditar que sempre

haverá o que construir.

A participação da Secretaria Municipal de Higiene e Saúde de Marília tem sido

fundamental para o desenvolvimento do currículo dos cursos de Medicina e Enfermagem. Essa

parceria, construída ao longo das décadas de 80 e 90, representa, atualmente, um dos

principais eixos na transformação da educação de profissionais de saúde e do modelo de

cuidado em saúde. Além da inserção de estudantes e docentes na rede de serviços de saúde

municipais, os profissionais da Secretaria também participam da elaboração e execução das

unidades educacionais dos dois cursos, integrando o ensino e o trabalho em saúde.

O programa dos cursos de medicina e enfermagem é centrado no estudante, baseado

na comunidade e na aprendizagem significativa. A primeira série tem a grande responsabilidade

e o compromisso de iniciar os estudantes no programa, desafiando-os a descobrir e conhecer

os caminhos que lhes permitam aprender a aprender e construir sua formação profissional.

O desenvolvimento de um currículo inovador que trabalha com metodologias ativas de

aprendizagem, pressupõe uma postura bastante diferente do estudante em relação àquela

requerida pela organização curricular e método de ensino tradicionais. Pode gerar dúvidas e

conflitos que devem ser prontamente atendidos. Orientadores, tutores, professores,

responsáveis pelas unidades educacionais, a coordenação da 1ª série e o NUADI - Núcleo de

Apoio ao Discente - poderão ser acionados para oferecer suporte e orientações neste momento

de tantas mudanças.

Assim, esperamos encontrá-los e considerá-los como parceiros neste projeto

audacioso, inovador e baseado na formação de profissionais de saúde com um sólido

conhecimento, ancorado na responsabilidade social.

Sejam bem vindos e considerem que a principal missão dos programas de medicina e

enfermagem da Famema é a sua formação profissional e humana contribuindo para que a

aprendizagem seja uma experiência rica e profunda, e que os frutos deste trabalho sejam

colhidos pela comunidade, cuja saúde é nosso maior objetivo.

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2. Introdução

As mudanças curriculares implementadas em 2003, nos dois cursos, fazem parte do

Projeto Famema século XXI1 que tem como imagem objetivo a produção de conhecimento

referenciada no modelo de vigilância à saúde, a partir da prática e reflexão sobre ela, buscando

a transformação da prática profissional e da formação de profissionais de saúde, dos processos

de trabalho e da qualidade de vida e de saúde das pessoas e da população.

Os Cursos de Medicina e Enfermagem apresentam essas inovações em parceria,

respeitadas as especificidades e necessidades particulares de cada carreira.

O currículo dos cursos da Famema, para a coorte (turma) que se inicia em 2004 passa

a ser orientado por competência, ou seja, pela prática profissional. Essa orientação é retratada

na seleção de conteúdos, de atividades de ensino-aprendizagem, de cenários de prática e de

desenvolvimento de atributos que são trabalhados de modo articulado e integrado, no sentido

da construção do conhecimento e de outras capacidades. A definição e a utilização de

competência profissional para a formação na área da saúde está em consonância com as

diretrizes nacionais2 para os cursos de medicina e enfermagem e favorece a integração entre a

teoria e a prática e entre os mundos do trabalho e da aprendizagem.

Também representa uma proposta de formação profissional compromissada com as

necessidades e demandas da nossa sociedade, que requer profissionais com uma prática

integral, ética, crítica, criativa, em equipe e de aprendizado permanente (BRASIL.).

A noção de competência evoca um conceito de excelência que reconhecemos no outro

e que define uma área de atuação. Consideramos competência a capacidade de mobilizar

diferentes recursos para solucionar com pertinência e sucesso uma série de situações da

prática profissional (HAGER, P.; GONCZI, A.). Os recursos ou atributos são as capacidades

cognitivas, psicomotoras e afetivas que, combinadas, conformam a maneira pela qual cada

profissional realiza suas atividades cotidianas. Podemos inferir que alguém apresenta

competência através da observação e análise de sua atuação frente a situações reais,

considerando-se os atributos ou capacidades mobilizados nesse momento, ou seja, através do

desempenho que é o aspecto visível da competência.

Os desempenhos representam a síntese das tarefas e das capacidades mobilizadas

para a realização dessas. Os desempenhos orientam a seleção de atividades de ensino-

aprendizagem para o alcance do objetivo geral, segundo grau de autonomia e de domínio

específico para a série.

1 Apoiado pelo Promed – Programa de Incentivo a mudanças curriculares nos cursos de medicina com financiamento dos Ministérios da Saúde e da Educação

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As áreas de competência serão desenvolvidas ao longo dos seis anos do curso de

medicina e dos quatro anos do curso de enfermagem e encontram-se detalhadas no anexo I,

sendo que os critérios de excelência referentes ao curso de enfermagem ainda estão em

construção. Os desempenhos para os dois cursos, segundo áreas de competência, são:

Área de competência de Vigilância à Saúde

Sub-área: cuidado às necessidades individuais de sa úde, em todas as fases do ciclo

de vida em diferentes contextos e cenários;

• Identifica necessidades de saúde 3

• História clínica

• Exame clínico

• Formula o problema do paciente

• Elabora e executa o plano de cuidado

Sub-área: cuidado às necessidades coletivas de saúd e, em diferentes contextos e

cenários;

• Identifica necessidades coletivas de saúde

• Formula o problema de grupos de pessoas

• Elabora e executa o plano de intervenção

Área de competência: Organização e Gestão do trabal ho de Vigilância à Saúde

• Organiza o trabalho em saúde

• Avalia o trabalho em saúde

Estes desempenhos serão trabalhados ao longo de todo o curso de medicina e de

enfermagem, sendo que na primeira série será dada maior ênfase ao desenvolvimento da

capacidade de identificar necessidades individuais de saúde. Os demais desempenhos serão

explorados na medida correspondente ao grau de autonomia e domínio dos estudantes

segundo série e curso conforme representação esquemática nos quadros 1 e 2.

3 A abordagem utilizada para a identificação de necessidades de saúde tem como referencial a integração de necessidades biológicas, psicológicas e sócio-econômico-culturais, referidas ou percebidas e categorizadas como: necessidades de alimentação, respiração, proteção, autonomia,

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Quadro 1 - Desenvolvimento dos desempenhos, segundo áreas de competências e séries do

curso de Medicina, Famema, 2004.

Quadro 2 – Desenvolvimento dos desempenhos, segundo áreas de competências e séries do

curso de Enfermagem, Famema, 2004.

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3. Objetivo da 1 ª série

Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, afetivas e psicomotoras que

possam ser mobilizadas e integradas para a realização qualificada dos desempenhos das áreas

de competência de vigilância à saúde e de organização e gestão do trabalho, em cenários reais

e simulados da prática profissional de acordo com o grau de autonomia e domínio da primeira

série.

4. Estrutura Curricular

A estrutura curricular dos cursos de graduação da Famema é anual (seriada) e está

organizada em duas unidades educacionais longitudinais complementares: as unidades

sistematizadas e as unidades de prática profissional, além de unidades educacionais eletivas a

partir da 2ª série.

Tanto as unidades educacionais sistematizadas como as de prática profissional estão

fundamentadas em metodologias ativas de ensino-aprendizagem, centradas no estudante e

baseadas na comunidade. O processo educacional considera o conhecimento e experiências

prévias, estimula a aprendizagem auto-dirigida, a busca e análise crítica de informações, a

construção de novos saberes e o trabalho em grupo. Distinguem-se pelo grau de sistematização

e controle das atividades educacionais e pela utilização de situações reais ou simuladas e,

conseqüentemente, diferentes cenários de ensino-aprendizagem.

As unidades educacionais eletivas visam proporcionar aos estudantes oportunidades de

participar ativamente da construção curricular, escolhendo e definindo áreas de seu interesse

de acordo com as diretrizes gerais do programa do curso.

A primeira série dos dois cursos é formada por duas unidades educacionais

longitudinais complementares: a Unidade de Prática Profissional 1 e a Unidade sistematizada

Necessidades de Saúde. Nos quadros 3 e 4 estão representadas as estruturas curriculares dos

cursos de enfermagem e medicina, cabendo ressaltar que a estrutura da 1ª série está definida e

das demais séries representam a perspectiva do desenvolvimento curricular para a coorte de

estudantes que ingressam em 2004.

Nas unidades sistematizadas, o estímulo para a aprendizagem é uma representação da

realidade (problemas de papel, filme, dramatização, relato de caso e outros) previamente

construída pelos docentes ou responsáveis e o foco da atividade é fundamentalmente

educacional.

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

Nas unidades de prática profissional o estímulo é originado em cenários reais (serviços

de saúde e a própria comunidade) a partir do contato dos estudantes com situações reais, nas

quais também se faz necessária uma intervenção profissional. O desenvolvimento de atividades

em cenários reais implica tanto na aprendizagem como no cuidado efetivo e integral da pessoa.

Não é exclusivamente uma relação de aprendizagem do estudante na qual o paciente é um

mero objeto para o desenvolvimento de capacidades. É uma relação com vínculo e

responsabilização, para com os pacientes e equipe de saúde, tal como ocorre na vida real.

Quadro 3. Estrutura curricular para a 1ª série e perspectiva para as demais séries do curso de

Enfermagem para a coorte ingressante em 2004.

Necessidades de Saúde

1ª série 2004

Prática Profissional 1

Unidade Sistematizada 2

2ª série

2005 Prática Profissional 2

Eletivo

Unidade Sistematizada 3 Unidade Sistematizada 3

3ª série

2006 Prática Profissional 3

Eletivo

Prática Profissional 3

4ª série 2007 Prática Profissional 4 Eletivo Prática Profissional 4

Quadro 4. Estrutura curricular para a 1ª série e perspectiva para as demais do Curso de

Medicina para a coorte ingressante em 2004.

Necessidades de Saúde

1ª série 2004

Prática Profissional 1

Unidade Sistematizada 2

2ª série

2005 Prática Profissional 2

Eletivo

Unidade Sistematizada 3 Unidade Sistematizada 3

3ª série

2006 Prática Profissional 3

Eletivo

Prática Profissional 3

Unidade Sistematizada 4

4ª série

2007

Eletivo

Prática Profissional 4

5ª série 2008 Eletivo Prática Profissional 5

6ª série 2009 Eletivo Prática Profissional 6

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

A partir do estímulo (simulado ou real) o processamento das necessidades de

aprendizagem segue percursos semelhantes. Na unidade de prática profissional, entretanto, as

novas sínteses e novos saberes construídos objetivam, além da aprendizagem dos estudantes,

a transformação da própria realidade, isto é, a produção de um melhor cuidado para pacientes e

famílias cujas necessidades foram o estímulo para a aprendizagem.

Há uma correlação entre os processos de ensino-aprendizagem e de cuidado à saúde

das pessoas. Ambos baseiam-se na identificação particularizada de necessidades e formulação

de planos singulares para o enfrentamento dos desafios/problemas.

4.1 Princípios curriculares

� Aprendizagem centrada no estudante, auto-dirigida e em pequenos grupos A aprendizagem centrada no estudante é uma aprendizagem individualizada que, uma

vez transferindo o foco de atenção do professor para o estudante, potencializa-se as chances

de que ocorra uma aprendizagem significativa. Neste programa, o estudante tem um papel mais ativo quando comparado ao seu papel

no ensino tradicional. Participa da exploração de problemas e situações trazendo seus saberes

(conhecimentos, valores, representações, experiências), construindo objetivos de

aprendizagem, buscando informações, analisando, discutindo, criticando, articulando,

integrando e aplicando o conhecimento de diversas disciplinas. Também é incentivado a

comunicar-se claramente e a desenvolver capacidades para um adequado trabalho em equipe,

com pacientes, familiares e com a comunidade. Desta forma, o programa centrado no estudante

visa oferecer as oportunidades para o maior e mais amplo desenvolvimento do estudante em

sua capacidade de aprender a aprender.

No ensino tradicional, o professor é ativo, funciona como fonte de informação que

transmite conhecimentos para um receptor passivo. Na aprendizagem centrada no estudante,

este é ativo e o professor, um mediador que favorece as aprendizagens, considerando as

necessidades individuais e o conhecimento prévio já acumulado.

A aprendizagem auto-dirigida e em pequenos grupos são estratégias que favorecem a

aprendizagem centrada no estudante.

O estudante deve aprender a buscar continuamente o saber, em função de sua

responsabilidade social como profissional e pela certeza de que os modelos das ciências estão

permanentemente sendo testados e investigados. Como bem sabemos, não há verdade

absoluta ou imutável. Pesquisadores desafiam e são desafiados a buscar mais, a questionar, a

revelar e a descobrir a todo o momento.

A fronteira deste processo é a própria capacidade humana, que dia a dia pode ser

superada. Na área da saúde, estes desafios são gigantescos, o que de alguma forma pode ser

verificado ao acompanhar notícias sobre a descoberta de um novo tratamento, prevenção de

doenças, ou novas possibilidades de cura e reabilitação de pessoas.

Um dos maiores desafios é o próprio entendimento das necessidades de saúde, como e

porque adoecemos e o que podemos fazer para mantermo-nos saudáveis bem como diminuir o

sofrimento humano motivado pelas doenças e suas seqüelas.

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

Ao longo de sua vida, em seu cotidiano, o profissional se depara com situações que

requerem o conhecimento e a avaliação crítica de novas informações. A distância física já não

representa mais um obstáculo à troca de experiências e contato com a produção científica de

ponta.

Estamos globalmente interligados e os profissionais de saúde necessitam incorporar as

habilidades que lhes permitam analisar e selecionar as informações úteis à sua prática. Isto

implica num processo contínuo de aprendizagem, e esta habilidade também é fundamental para

o processamento dos problemas simulados ou reais.

A aprendizagem em pequenos grupos foi escolhida porque propicia que o pensamento

crítico seja encorajado e argumentos levantados; idéias podem ser construídas de maneira

criativa, novos caminhos podem ser estabelecidos, permitindo a análise coletiva de problemas e

situações que espelhem a prática profissional.

O estudante deve desenvolver capacidades para tornar-se um integrante ativo, com

contribuições para o grupo, seja este um grupo de aprendizagem, de pesquisa ou de trabalho

formado por profissionais.

Os pequenos grupos representam, portanto, um laboratório para aprendizagem sobre a

interação e integração humana, onde estudantes podem desenvolver habilidades de

comunicação e relacionamento interpessoal e a consciência de suas próprias reações no

trabalho coletivo, constituindo uma oportunidade para aprender a ouvir, a receber e fazer

críticas, e por sua vez, oferecer análises e contribuições produtivas ao grupo.

É um fórum onde os recursos dos membros do grupo são mais efetivos que a somatória

das atividades individuais. Os pequenos grupos promovem a oportunidade para a auto-

avaliação, na qual o estudante pode analisar seu próprio progresso, seus pontos fortes e as

áreas que requerem atenção.

� Aprendizagem significativa

De forma oposta à aprendizagem repetitiva (fundamentada na memorização de conteúdos),

a aprendizagem significativa refere-se ao sentido que o estudante atribui aos novos conteúdos e

a forma como esse material se relaciona com os conhecimentos prévios e pode contribuir para

o crescimento pessoal e profissional do educando (AUSUBEL, D.P.; NOVAK, J.D.; HANESIAN,

H. e COLL, C.)

Para aprender significativamente, o estudante precisa ter motivação para estabelecer

vínculos (relações) entre os saberes prévios e os novos saberes, definindo, também, o grau de

clareza das novas relações estabelecidas (significados mais ou menos exatos, precisos).

Outro critério fundamental para a aprendizagem significativa é o reconhecimento da

aplicabilidade dos saberes (conhecimentos, habilidades, valores) aprendidos, isto é, o quanto

esses saberes podem ser, efetivamente, utilizados nas situações da prática profissional, em

questão.

Dessa forma, o valor educativo de um projeto educacional está na capacidade de

proporcionar aos estudantes experiências (atividades educacionais) que produzam um

desequilíbrio no seu conjunto de saberes (previamente organizado) e uma modificação desses

esquemas (revisão, construção, enriquecimento).

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Quanto mais atividades educacionais estiverem relacionadas à prática profissional, maiores

as probabilidades de se conseguir motivação por parte dos estudantes e aplicabilidade dos

conteúdos.

A aprendizagem significativa é potencializada pela integração entre teoria e prática,

entendendo-se aqui prática como sendo a prática profissional. Assim, o processo de teorização

(modificação dos esquemas de conhecimento) a partir dos saberes prévios dos estudantes é

ampliado quando se tratar de uma reflexão a partir de uma situação real na qual o estudante, de

alguma forma, esteve envolvido. Nesse sentido, promove-se um ciclo entre ação-reflexão-ação,

no qual pode-se observar o impacto do processo de aprendizagem não apenas nos esquemas

cognitivos (conhecimento), mas também nas habilidades (destrezas) e valores (atitudes)

envolvidos quando este estudante volta novamente para a ação. A orientação do currículo para

o desenvolvimento de competências fortalece a utilização do ciclo ação-reflexão-ação, uma vez

que define as ações (desempenhos) que devem ser desenvolvidas a partir da mobilização ao

mesmo tempo e, de maneira adequada, de diversos recursos.

A utilização de problemas simulados também pode promover aprendizagem significativa,

desde que respeitem os pré-requisitos já explicitados (motivação do estudante, utilização de

saberes prévios, produção de desequílibrio/novo equilíbrio e aplicabilidade do conteúdo).

� Aprendizagem baseada em problemas

A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) pode ocorrer tanto de maneira individual

como em grandes ou pequenos grupos. Nela, o problema é utilizado como estímulo à busca de

saberes (conhecimentos, valores, representações, experiências) e compreensão de conceitos

desenvolvendo a capacidade de trabalhar por problemas, ou seja de explorar situações que nos

aproximem da realidade.

A seleção dos problemas se dá a partir de casos reais e prevalentes e sua análise

permite a exploração integrada de conteúdos de diversas disciplinas, articulando aspectos das

dimensões social, psicológica e biológica.

O processo de aprendizagem ocorre, fundamentalmente, a partir da ativação dos saberes

prévios do estudante, da identificação de suas necessidades de aprendizagem e pelo

desenvolvimento da capacidade de criticar antigos e novos saberes, construindo uma nova

síntese que possa ser aplicada a outras situações. Na ABP, nenhuma exposição formal prévia

de informação é dada pelo programa do Curso e a seguinte seqüência de passos é

aconselhada:

a. esclarecimento do problema/situação apresentada: aclarar o problema oferecido, explorando

os dados apresentados;

b. exploração e análise integrada e articulada dos dados do problema: identificar as áreas/pontos

importantes ao problema, através da definição de quais são as áreas relevantes de saberes

dentro das três dimensões: biológica, psicológica e social, considerando os objetivos de

aprendizagem em cada unidade educacional;

c. identificação do saber atual relevante para o problema (brainstorm);

d. desenvolvimento de hipóteses, a partir da explicação dos dados apresentados no problema, e

identificação dos saberes adicionais requeridos para melhorar a compreensão do problema,

baseado nas necessidades de aprendizagem individual e/ou do grupo (questões de

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

e. busca de novos saberes, utilizando os recursos de aprendizagem apropriados, dentre uma

diversidade: livros, periódicos (revistas), bases de dados local (Medline, Lilacs) ou remota

(Internet, Bireme), programas interativos multimídia, entrevistas com professores, profissionais

ou usuários, vídeos, slides, laboratórios, serviços de saúde, comunidade; isto é, quais são as

fontes de recursos mais apropriadas à exploração deste problema?;

f. síntese dos saberes prévios e novos em relação ao problema, baseada em sólidas evidências

científicas, como se pode explicar o problema agora?;

g. repetição de alguns ou todos os passos anteriores, se for necessário;

h. reconhecimento do que foi identificado como uma necessidade de aprendizagem, mas que não

foi adequadamente explorado, para incursões complementares;

i. síntese dos saberes auferidos e, se possível, teste da compreensão do conhecimento

construído por sua aplicação em outra situação ou problema;

j. Avaliação (auto-avaliação, pares, tutor, trabalho do grupo).

� Aprendizagem baseada na comunidade A orientação do programa à comunidade visa garantir a relevância da formação, uma vez

que é para trabalhar com os problemas da comunidade que estamos formando profissionais da

saúde. Desta maneira, os problemas mais freqüentes e seu gerenciamento, tanto no aspecto

individual como coletivo, são norteadores do conteúdo curricular dos programas de medicina e

enfermagem.

Por outro lado, um programa baseado na comunidade consiste na organização de

atividades que envolvem a participação da comunidade, durante toda a experiência educativa,

na qual não somente os estudantes e professores, mas também profissionais de saúde,

membros da comunidade e representantes de outros setores são ativamente engajados nos

processos educativos (OMS).

Essas opções aproximam os estudantes das formas de vida e trabalho da população e do

contexto onde ocorrem os problemas de saúde, proporcionando oportunidades de aprender e

intervir num contexto real. Nesse processo a aprendizagem as intervenções se tornam mais

significativas e têm maior potencial para transformar a formação de profissionais de saúde, no

sentido do atendimento às necessidades de saúde das pessoas, famílias e comunidade

(ALMEIDA, M.J. e SILVA, R.F.).

4.2 Sistema de Avaliação A avaliação é uma das atividades mais significativas e norteadoras do processo ensino-

aprendizagem. “Avaliamos e somos avaliados, continuamente, dentro e fora da escola, tanto

formal como informalmente” (Depresbiteris, 1989).

Considera-se, essencialmente, que avaliar é emitir juízo de valor e, por isso, há sempre

um caráter subjetivo envolvido na avaliação que ao invés de ser negado deve ser controlado e

bem utilizado. Para tanto, as informações válidas necessitam ser obtidas de diversas fontes e

em diferentes situações; devem, também, ser democraticamente discutidas para que os critérios

utilizados sejam validados, revelando evidências que permitam analisar processos e produtos,

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dar suporte a tomada de decisões para a melhoria do processo ensino-aprendizagem e a

verificação do grau de alcance dos objetivos previamente estabelecidos.

O sistema de avaliação da Famema compreende a avaliação de estudante e a avaliação

do programa.

A avaliação do estudante é referenciada em critérios. Isso significa que um padrão,

considerado apropriado, é utilizado para comparação com os desempenhos de cada estudante,

ao longo do curso.

A avaliação critério-referenciada permite que o estudante conheça o desempenho

considerado satisfatório, orientando sua aprendizagem. Além disso, favorece que diferentes

coortes de estudantes (turmas) alcancem padrões semelhantes de desempenho, contribuindo

para o estabelecimento de excelência. Permite, ainda, um acompanhamento da progressão das

aprendizagens, reduz a competição entre os estudantes e estabelece um diálogo mais

adequado entre professores e estudantes.

A avaliação dos estudantes focaliza o desenvolvimento dos atributos cognitivo,

psicomotor (habilidades) e afetivo (atitudes) e conta com instrumentos predominantemente

formativos ou somativos.

As avaliações formativas, ou de processo, têm como propósito identificar as áreas de

fortalezas e fragilidades buscando encaminhar sua superação. Todas as avaliações formativas

têm caráter obrigatório na sua realização. Este caráter configura o aspecto somativo desta

avaliação. Assim, embora a análise de rendimento do estudante não seja considerada para

efeito de progressão, a realização desta avaliação, por parte do estudante, é o critério de

satisfatório.

As avaliações somativas são aplicadas com o propósito de definição da progressão do

estudante ao longo das unidades e séries. O caráter formativo destas avaliações é

representado pelas oportunidades de recuperação (plano de recuperação).

A avaliação do programa também é referenciada em critérios e coleta dados sobre o

desenvolvimento das atividades de ensino-aprendizagem junto aos professores e estudantes. O

Núcleo de Avaliação de Programa realiza continuamente análises quantitativas e qualitativas

que subsidiam todo o processo de desenvolvimento curricular permanente em nossa escola.

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5. Organização da Série

A primeira série está estruturada em duas unidades educacionais: Necessidades de

Saúde e Prática Profissional 1. As atividades serão desenvolvidas no período de 08 de março a

03 de dezembro de 2004 totalizando 203 dias letivos (Ver anexo III – Calendário escolar 1ª série

2004)

Atividades coletivas (dias letivos)

22 e 23 de abril – Congresso Paulista de Educação Médica em Marília

16 de junho (período da manhã) – Pré-Fórum Desenvolvimento Curricular

08 a 10 de setembro – Fórum Desenvolvimento Curricular

Períodos com suspensão de atividades escolares:

09 de abril – Sexta feira da Paixão (feriado nacional)

21 de abril – Tiradentes (feriado nacional)

10 e 11 de junho – Corpus Christi (feriado nacional)

09 de julho – Revolução Constitucionalista (feriado estadual)

18 de julho a 01 de agosto – Férias escolares

06 e 07 de setembro – Dia da Pátria (feriado nacional)

11 e 12 de outubro – Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional)

28 e 29 de outubro – Dia do Servidor Público (feriado estadual)

01 e 02 de novembro – Finados (feriado nacional)

15 de novembro – Proclamação da República (feriado nacional)

08 de dezembro – Nossa Senhora da Conceição (feriado municipal)

A semana típica (ver quadro 5) está organizada com três períodos para a unidade

Necessidades de Saúde sendo dois em pequenos grupos e um período para conferências, e

três períodos para a unidade de Prática Profissional 1. Os demais períodos da semana

constituem-se de tempo pró-estudo.

Quadro 5. Semana típica da 1a. série dos cursos de Enfermagem e Medicina, Famema, 2004.

2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado

Manhã Necessidades de Saúde: pequenos

grupos

Conferência * Necessidades de Saúde: pequenos

grupos

Prática Profissional 1

*

Tarde Prática Profissional 1

* Prática Profissional 1

* *

* tempo pró-estudo

Na unidade Necessidades de Saúde o trabalho acontece em grupos de 8 estudantes para

o curso de Medicina e de 10 estudantes para o curso de Enfermagem, além de um

tutor/professor às 2as e 5as.feiras das 9 às 12 horas a partir do dia 22 de março. No horário das

8 às 9 horas os professores participam de reuniões de acompanhamento do desenvolvimento

da unidade e de educação permanente. As conferências acontecerão às 3as. feiras no período

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

da manhã, na forma de mesas redondas ou exposições e tem o objetivo de trazer para todos os

estudantes temas de interesse e/ou pertinentes ao desenvolvimento do curso e/ou série.

Na unidade Prática Profissional 1 o trabalho acontece em grupos de 12 estudantes sendo

8 de medicina e 4 de enfermagem e dois professores, um médico e um enfermeiro, às 2as e

4as. feiras no período da tarde e 6a. feira no período da manhã a partir do dia de 12 de abril em

unidades de saúde da família.

Estão programadas ainda, para as 5 primeiras semanas, atividades de acolhimento e

apoio ao desenvolvimento da primeira série. O detalhamento dessas atividades estarão

disponíveis oportunamente.

� 1ª semana – 08 a 11/03 – Semana de Recepção dos Calouros

� 2ª semana – 15 a 19/03 – Suporte Básico de Vida

♦ Essa atividade tem como objetivo desenvolver capacidades para realizar os primeiros

gestos de socorros de emergência em situações críticas, utilizando como instrumento a

análise primária e secundária de acordo com o protocolo de Suporte Básico de Vida.

� 3ª a 5ª semanas – 22/03 a 07 de abril – Informática e Acesso à Informação em Saúde

♦ Essa atividade tem como objetivo desenvolver capacidades para acessar informações em

saúde utilizando recursos de informática. Programação detalhada no anexo IV.

Atualmente, os recursos educacionais podem ser considerados inesgotáveis. Alguns dos

recursos mais tradicionalmente utilizados, como por exemplo a biblioteca, também estão

passando por transformações tecnológicas que seriam inimagináveis há uma década. A

Famema tem investido na atualização do acervo da biblioteca e no acesso a bases de dados

remotas. Também são oferecidos alguns recursos considerados inovadores e imprescindíveis

para a nossa configuração curricular, tais como os laboratórios morfofuncional, de informática,

de prática profissional e de diversas disciplinas.

Um outro recurso que pode ser utilizado são as consultorias com especialistas,

profissionais de saúde, gestores e usuários dos serviços de saúde, lideranças comunitárias. As

consultorias poderão ocorrer tanto em sessões individuais como em grupos mediante

agendamento prévio na Secretaria de Graduação. É importante definir claramente qual o ponto

que motivou a procura da consultoria.

A investigação de um assunto a partir de diversas fontes de informação será estimulada,

uma vez que esta diversidade agrega novas perspectivas ao conhecimento, permitindo ao

estudante o exercício da análise crítica da informação.

Os docentes responsáveis pelo planejamento da 1a. série, colocam-se à sua disposição

para esclarecimentos necessários no decorrer do ano. Consideramos que a sua adaptação faz

parte do processo natural de mudança de método e, muitas vezes, de cidade e de vida.

Estaremos acompanhando esse processo de perto e buscaremos solucionar tudo o que estiver

ao nosso alcance e que for considerado pertinente. Portanto, além do contato direto que poderá

ser agendado com a coordenação da série e das unidades, os professores e os orientadores

são um importante elo entre os estudantes, grupos e a coordenação.

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

6. Unidade Sistematizada: Necessidades de Saúde

Essa unidade está orientada para o desenvolvimento de capacidades relacionadas à

identificação de necessidades de saúde4, do raciocínio clínico-epidemiológico e da

compreensão do processo saúde-doença na lógica da vigilância à saúde, a partir de situações

simuladas e originadas da prática.

Isso significa uma maior correspondência com as atividades e tarefas desenvolvidas na

Unidade de Prática Profissional e por fim, com os desempenhos da série, sem entretanto

guardar uma correlação direta e de temporalidade nas temáticas exploradas.

É um momento de aprendizagem sistematizada, quando todos os estudantes serão

expostos às mesmas situações abrindo, assim, possibilidades para sua exploração em

diferentes perspectivas.

6.1 Objetivo

Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, afetivas e psicomotoras que

possam ser mobilizadas e integradas para a identificação de necessidades individuais de saúde

e para a organização e gestão do trabalho em saúde, a partir de situações simuladas e

originadas da prática profissional.

6.2 Processo ensino-aprendizagem

Para o curso de Medicina, o trabalho na unidade sistematizada está fundamentado na

aprendizagem baseada em problemas. A exploração e análise de problemas ou situações que

simulam a prática profissional servem de estímulo à aprendizagem e ao uso de recursos

educacionais. Esses problemas/situações são elaborados pela equipe de docentes

responsáveis pela série.

Para trabalhar, processar e analisar um problema/situação é fundamental conhecer os

objetivos e desempenhos da série e unidade, pois estes estabelecem os principais eixos que

todos os estudantes devem explorar.

Os problemas estimulam e acionam os saberes prévios dos estudantes e representam

um ponto de partida para uma jornada de descobertas e redescobertas. Cada problema deve

estabelecer uma ponte com a realidade e esta ligação deve ser buscada nas vivências de cada

estudante e no conhecimento prévio acumulado. Os problemas possibilitam ao estudante

desenvolver capacidades de forma articulada e integrada, identificando a aplicabilidade do

conhecimento.

Um dos maiores desafios em relação ao objetivo da Unidade Necessidades de Saúde é

o de possibilitar que o estudante reconheça nos problemas apresentados, as dimensões

4 A abordagem utilizada para a identificação de necessidades de saúde tem como referencial a integração de necessidades biológicas, psicológicas e sócio-econômico-culturais, referidas ou percebidas e categorizadas como: necessidades de alimentação, respiração, proteção, autonomia,

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

psicológica, biológica e social envolvidas. Além de distinguí-las, é fundamental entendê-las no

processo saúde-doença, investigando os aspectos específicos relativos a cada dimensão e

como estes se articulam na explicação do problema. Uma discussão abrangente do problema é

necessária para que se possa explorar cada dimensão.

Assim, desde o primeiro momento o estudante desenvolve sua aprendizagem utilizando

situações que simulam a realidade na qual o futuro profissional irá desenvolver sua prática e

também sua auto-aprendizagem permanente.

Seqüência de Eventos na Aprendizagem Baseada em Pro blemas – ABP

� Esclarecimento do problema/situação apresentada;

� Exploração e análise integrada e articulada dos dados do problema;

� Identificação dos saberes atuais e relevantes para a situação (brainstorm);

� Desenvolvimento de hipóteses;

� Identificação dos saberes adicionais requeridos para melhorar a compreensão da situação (questões de aprendizagem);

� Identificação dos recursos de aprendizagem apropriados;

� Busca de novos saberes;

� Síntese dos saberes e novos em relação à situação; (repetição de alguns ou todos passos anteriores, se necessário);

� Repetição de alguns ou todos os passos anteriores, se for necessário;

� Reconhecimento do que foi identificado como uma necessidade de aprendizagem, mas que não foi explorado;

� Síntese do que foi aprendido, e se possível, testar a compreensão dos saberes construídos, por sua aplicação em outras situação/problemas;

� Avaliação (auto, pares, tutores, sessão).

Cada grupo conta com um tutor cujo papel é o de facilitador do processo de ensino-

aprendizagem. O grupo é uma oportunidade inigualável para o exercício de trabalho em equipe,

de comunicação, de avaliação, de responsabilidade e de estímulo e criatividade para a

construção de conhecimento. O trabalho do grupo é conhecido como sessão de tutoria, ocorre

duas vezes por semana e é um dos eixos de sustentação para o desenvolvimento do processo

de aprendizagem. Inicialmente os estudantes analisam o problema em grupo e definem as

questões de aprendizagem que deverão ser preparadas para discussão e análise na sessão

subseqüente.

Cada estudante, então, desenvolve seu processo particular de preparação do material

de pesquisa e estudo, que será utilizada na sessão seguinte, quando se faz o fechamento do

problema. Assim, a sua presença e participação são essenciais para o trabalho do grupo,

mesmo que você não se sinta seguro quanto ao conteúdo.

Para o curso de Enfermagem, o trabalho na unidade sistematizada está fundamentado

na aprendizagem significativa. Para o seu desenvolvimento serão utilizadas situações

simuladas que terão como propósito mobilizar os recursos dos estudantes para o

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

desenvolvimento dos atributos necessários à prática profissional, em pequenos grupos

coordenados por um professor.

O processo pedagógico, portanto, ocorrerá de acordo com as seguintes etapas:

� Apresentação e discussão de uma situação simulada;

� Elaboração de síntese provisória e levantamento de questões de aprendizagem;

� Busca de informações em diferentes fontes;

� Discussão em grupo e elaboração de nova síntese, e

� Avaliação: auto-avaliação, pares, professor.

6.3 Atividades de ensino-aprendizagem

6.3.1 Trabalho em pequenos grupos/sessões de tutori a

As sessões de pequeno grupo/tutorias ocorrerão às 2as e 5as feiras das 9 às 12 horas

no período de 22 de março a 15 de julho e 02 de agosto a 03 de dezembro. Os estudantes de

serão alocados aleatoriamente em 10 grupos de 8 estudantes (curso de Medicina) e 4 grupos

de 10 estudantes (curso de Enfermagem). No 2º semestre nova alocação aleatória será

realizada e os tutores/professores poderão ser diferentes.

Dias previstos para sessões de pequenos grupos/tutoria no 1º semestre

Março / abril Abril / maio / junho Junho / julho

22/03 2ª feira 29/04 5ª feira 07/06 2ª feira

25/03 5ª feira 03/05 2ª feira 14/06 2ª feira

29/03 2ª feira 06/05 5ª feira 17/06 5ª feira

`01/04 5ª feira 10/05 2ª feira 21/06 2ª feira

05/04 2ª feira 13/05 5ª feira 24/06 5ª feira

08/04 5ª feira 17/05 2ª feira 28/06 2ª feira

12/04 2ª feira 20/05 5ª feira 01/07 5ª feira

15/04 5ª feira 24/05 2ª feira 05/07 2ª feira

19/04 2ª feira 27/05 5ª feira 08/07 5ª feira

26/04 2ª feira 31/05 2ª feira 12/07 2ª feira

03/06 5ª feira 15/07 5ª feira

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

Dias previstos para sessões de pequenos grupos/tutoria no 2º. semestre

Agosto / setembro Setembro / outubro Outubro / nove mbro

02/08 2ª feira 13/09 2ª feira 21/10 5ª feira

05/08 5ª feira 16/09 5ª feira 25/10 2ª feira

09/08 2ª feira 20/09 2ª feira 04/11 5ª feira

12/08 5ª feira 23/09 5ª feira 08/11 2ª feira

16/08 2ª feira 27/09 2ª feira 11/11 5ª feira

19/08 5ª feira 30/09 5ª feira 18/11 5ª feira

23/08 2ª feira 04/10 2ª feira 22/11 2ª feira

26/08 5ª feira 07/10 5ª feira 25/11 5ª feira

30/08 2ª feira 14/10 5ª feira 29/11 2ª feira

02/09 5ª feira 18/10 2ª feira 02/12 5ª feira

Relação dos grupos e tutores (Curso de Medicina) e professores (Curso de Enfermagem) do 1º

semestre.

Curso de Medicina Curso de Enfermagem

Grupo Tutor Grupo Professor

1 Alcides Durigan Júnior 1 Antônio Carlos Siqueira Júnior

2 Anete Maria F. Bagnariolli 2 Cássia Regina Rodrigues Nunes

3 Cassandra Luchesi Dias 3 Ione Ferreira Santos

4 Celeste Maria Bueno Mesquita 4 Sílvia Franco da Rocha Tonhom

5 Vânia Maria Lopes Fiorini

6 Fábio Triglia Pinto

7 José Belon Fernandes Neto

8 Lídia Cristina Almeida Lourenço

9 Luciamare Perinetti A. Martins

10 Paulo Mota Craveiro

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

6.3.2 Conferências

Datas previstas para realização das Conferências

data tema data tema

23/03 Exercício Profissional 13/07

30/03 Processo Ensino-aprendizagem 03/08

06/04 Relações Sociais 10/08

13/04 17/08

20/04 24/08

27/04 31/08

04/05 14/09

11/05 21/09

18/05 28/09

25/05 05/10

01/06 19/10

08/06 26/10

15/06 09/11

22/06 16/11

29/06 23/11

06/07 30/11

6.4 Avaliação

A avaliação da Unidade Necessidades de saúde se dará de acordo com as diretrizes

adotadas pela Faculdade de Medicina de Marília e abrange:

• desempenho do estudante – por meio:

• do formato 3 (desempenho nas sessões de tutoria),

• do Exercício Baseado em Problema – EBP,

• Exercício de Avaliação Cognitiva – EAC e

• Teste Progressivo (somente para curso de Medicina);

• desempenho do tutor/professor por meio do formato 4;

• desenvolvimento da unidade educacional por meio do formato 5.

6.4.1 Avaliação do Estudante

� Observação do desempenho do estudante nas atividade s de ensino-aprendizagem em pequenos grupos/tutoria – Formato 3

� datas previstas para aplicação no 1º semestre 03/05 (formativo) e 08/07 (somativo)

� datas previstas para aplicação no 2º semestre 23/09 (formativo) e 25/11 (somativo)

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

pequeno grupo/tutoria. Avalia a capacidade do estudante de analisar problemas, formular

questões/hipóteses, buscar ativamente informações, selecionar e analisar criticamente as fontes

e as informações, desenvolver raciocínio, articular as dimensões psicológica, biológica e social

e integrar conteúdos de diversas disciplinas. Também avalia atitudes e habilidades para o

trabalho de grupo, o cumprimento de tarefas (respeito, comunicação, responsabilidade e

avaliação) e o desenvolvimento da aprendizagem auto-dirigida. Esse documento é a síntese

das avaliações de tutores/professores, auto-avaliação e avaliação dos colegas realizadas ao

longo da unidade educacional e aplicado 2 vezes por semestre. O primeiro formato de cada

semestre tem caráter formativo e o segundo, caráter somativo.

⇒ Critério de aprovação

O conceito satisfatório no formato considera os seguintes critérios estabelecidos segundo

série:

� na 1ª série: o estudante mostra ter começado e estar empenhado em participar e

contribuir para a aprendizagem em pequeno grupo;

� na 2ª série: o estudante mostra na maioria das vezes ser capaz de participar e contribuir

para a aprendizagem em pequeno grupo;

� nas séries seguintes: o estudante mostra na maioria das vezes e com domínio

(apropriadamente) ser capaz de participar e contribuir para a aprendizagem em pequeno

grupo.

⇒ Critérios de aprovação, recuperação e reprovação � O estudante com conceito insatisfatório na 1ª avaliação somativa deve realizar um plano de

recuperação elaborado e supervisionado pelo tutor/professor, durante a primeira metade do

segundo semestre da unidade. O primeiro F3 de caráter formativo do 2º semestre será

válido como 2ª avaliação.

� O estudante com conceito insatisfatório na 2ª avaliação somativa terá como plano de

recuperação a aplicação da avaliação do salto triplo. Nessa avaliação, o estudante é

observado e avaliado pelo tutor/professor e um responsável pela unidade, num exercício

que reproduz os passos da sessão de tutoria, porém individualmente, no período de férias,

antes do início do próximo ano letivo.

� O estudante que mantiver o conceito insatisfatório na recuperação da 1ª e/ou da 2ª

avaliação terá conceito insatisfatório na unidade e, consequentemente, será reprovado na

série.

� O estudante alcança progressão na unidade se obtiver conceito satisfatório nas duas

avaliações somativas (1ª e 2ª) ou se obtiver conceito satisfatório nos planos de recuperação

da 1ª ou da 2ª avaliação.

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

� Exercício Baseado em Problemas – Auto-avaliação

� datas previstas para aplicação: 26 de abril e 23 de agosto

Avaliação da capacidade individual dos estudantes de analisar, formular

questões/hipóteses, buscar ativamente informações, selecionar e analisar criticamente as fontes

e informações, desenvolver raciocínio, articular as dimensões psicológica, biológica e social e

integrar conteúdos de diversas disciplinas. É realizado individualmente e é baseado em um

problema ou situação. O estudante deve analisar o problema (articulando as três dimensões na

explicação do problema em 1 página). Deve também retirar do problema 3 questões relevantes

para melhor explicá-lo. A realização desse exercício ocorre apenas na 1ª série, sendo o

conceito satisfatório obtido pela presença do estudante e sua realização. É aplicado durante

uma das sessões de pequeno grupo (tutoria), utilizando-se um dos problemas da unidade. Após

a aplicação, os estudantes devem discutir suas análises frente ao gabarito que recebem. As

questões levantadas também devem ser analisadas frente a critérios (ver roteiro a seguir) e o

grupo deve escolher quais delas deverão ser selecionadas como questões de aprendizagem

para prosseguimento do trabalho em pequeno grupo (tutoria).

Roteiro para análise das questões de aprendizagem:

� Clareza na redação.

� Especificidade na definição do campo de investigação, não deixando dúvidas em relação ao

assunto a ser estudado.

� Relevância do tema em relação ao problema e aos objetivos da unidade.

� Elaboração das questões baseadas no conhecimento que está faltando para a elucidação

do problema (esclarecimento e/ou aprofundamento).

� Formulação desafiadora e estimulante para busca ativa de dados.

� Construção que possibilite a articulação e integração de disciplinas e/ou dimensões,

estabelecendo um elo com a análise do problema.

� Exercício de Avaliação Cognitiva – EAC

calendário realização EACs 1ª série

� 1º EAC – formativo – 21 de maio

� 2º EAC – somativo – 16 de julho

� 3º EAC – formativo – 01 de outubro

� 4º EAC – somativo – 03 de dezembro

Este instrumento destina-se à avaliação da capacidade individual dos estudantes de

analisar e sintetizar respostas às perguntas formuladas com base em problemas. As perguntas

devem estimular o raciocínio e evidenciar o entendimento do estudante em relação aos

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identificadas nos problemas e relevantes aos desempenhos da série e objetivo da unidade.

Permite que o estudante expresse seu entendimento geral sobre um tópico e mostre sua

capacidade de organizar idéias, ser criativo, crítico e sintético. É um instrumento de resposta

escrita, sem consulta, aplicado ao longo da unidade.

Quando o estudante não alcançar a compreensão de uma determinada área de

conhecimento, essa deve ser retestada, não de forma específica, e sim buscando a aplicação

do conhecimento a uma nova situação que permita ao docente inferir se o estudante conseguiu

superar seus pontos de não compreensão ou hiatos anteriormente evidenciados.

De modo prático, os problemas e as perguntas do EAC representam uma amostra da

área de conhecimento a ser inferida. A retestagem (2ª avaliação) deve ser uma nova amostra e,

portanto, não deve repetir a mesma pergunta. No plano de recuperação deve, então, ser

explicitada a área do conhecimento representada pela pergunta formulada na primeira avaliação

e não o conteúdo específico que o estudante não alcançou naquela pergunta.

Os EACs da 1ª série terão 3 partes (A, B e C). A parte A, formada por problemas com

abordagem ampliada, possibilita a exploração integrada dos aspectos biológicos, subjetivos e

sócio-culturais do paciente, família ou grupos sociais. Na parte B, os problemas têm abordagem

focalizada e podem ser apresentados no formato de vinhetas que permitam a exploração das

situações de saúde-doença, visando a articulação básico-clínica e o raciocínio clínico-

epidemiológico. A parte C destina-se à exploração cognitiva dos desempenhos prioritariamente

desenvolvidos na série.

Na 1ª série serão aplicados 4 exercícios ao longo do ano, sendo dois formativos e dois

somativos. Cada semestre terá um exercício formativo na metade do período e outro somativo

ao final do período. O exercício somativo abrangerá todo o conteúdo do semestre. Todos os

exercícios serão corrigidos pela equipe elaboradora, que será igualmente responsável pela

devolutiva e planos de recuperação. O número total de questões do EAC formativo deve ser de

aproximadamente 10 e do somativo 30.

Revisão do EAC

� divulgação do gabarito: o gabarito deve estar disponível logo após a realização da avaliação

para reforçar o caráter de oportunidade, considerando-se o desejo do estudante de

identificar o que sabe e o que falta saber. O gabarito constitui-se somente da parte

somativa, ou seja, a condição para o conceito satisfatório de cada questão)

� devolutiva com a classe: atividade de caráter formativo na qual os responsáveis pela

correção devem apresentar os fundamentos e evidências que balizam os gabaritos e

comentar a relevância dos conhecimentos que foram focalizados. Cada estudante recebe,

somente, seu plano de recuperação (formato 2), ressaltando-se que a compreensão do

conhecimento em uma situação diferente daquela inicialmente investigada é que será

focalizada no 2º EAC e não a memorização de respostas ou gabaritos. A capacidade dos

estudantes aplicarem o conhecimento a novas situações pode garantir que eles tenham

alcançado a compreensão dos conteúdos. Os estudantes que não concordarem com seus

planos de melhoria devem agendar, na secretaria geral, revisão do plano de recuperação,

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

� o EAC formativo, depois de corrigido pelos elaboradores, também tem devolutiva nos

grupos de tutoria, quando os estudantes recebem seus exercícios, podendo rever e

rediscutir o que inicialmente responderam, frente ao gabarito e às evidências científicas

existentes sobre o tema;

� revisão do plano de recuperação para os EACs somativos (questões que o estudante acha

que foi satisfatório e o avaliador teve opinião distinta): deve ser realizada na presença do

estudante e do professor responsável pela correção da questão que será revisada; é

situação condicionante para o pedido de revisão de plano de recuperação a presença do

estudante na devolutiva realizada com a classe.

⇒ Critério de aprovação

Obter conceito satisfatório em todas as questões do EAC

⇒ Critério de recuperação

O estudante que obtiver conceito insatisfatório em quaisquer das questões das partes A

e B do EAC deve cumprir o plano de recuperação estabelecido e realizar a 2ª avaliação. O

estudante insatisfatório na parte C deverá recuperá-la como parte B. O estudante terá direito à

duas oportunidades de melhoria em todos os Exercícios de Avaliação Cognitiva.

A 2ª avaliação do EAC do primeiro semestre será aplicada ao final da primeira semana

do segundo semestre. A 2ª avaliação do EAC do segundo semestre será aplicada na semana

de avaliação.

A 3ª avaliação dos EACs realizados no 1º e 2º semestres deverá ocorrer nas férias do

final do ano letivo. O prazo último para a aplicação da 3ª avaliação é de uma semana antes do

início da série subseqüente.

⇒ Critério de reprovação A manutenção do conceito insatisfatório na 3ª avaliação reprova o estudante na

Unidade e na série.

Em caso de conceito insatisfatório no 3º EAC, é facultado ao estudante uma contra-

prova com um docente designado pela coordenação da série. Se houver divergência nos

conceitos dos avaliadores, prevalecerá o conceito favorável ao estudante. Somente será

oportunizada uma contra-prova.

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

� Teste Progressivo: auto-avalição (somente para o Cu rso de Medicina)

� Datas: 26 de maio e 20 de outubro

Esse instrumento é formado por testes de múltipla escolha (80 à 120) para avaliação

cognitiva e é aplicado num mesmo período para estudantes de todas as séries do curso médico.

O resultado individual é sigiloso e deve ser utilizado para a auto-avaliação do estudante.

O resultado das séries será utilizado para avaliação de fragilidades específicas na resolução de

testes de múltipla escolha e para a elaboração de planos de melhoria, principalmente voltados

para os estudantes da 6ª série. Embora o estudante não tenha acesso ao teste, as áreas e

temas abordados são discutidos com especialistas em data oportuna após sua realização, em

caráter de devolutiva. Como esse tipo de teste ainda é muito utilizado para exames de

residência médica, admissionais e de especialização, o programa o mantém,

fundamentalmente, para o exercício da habilidade de responder testes dessa natureza

⇒ Critério de aprovação

O teste é obrigatório para todos os estudantes, sendo o conceito satisfatório obtido pela

presença do estudante e sua realização. O não comparecimento do estudante por motivos

previstos no regimento, por férias ou eletivo fora do Estado de São Paulo implica na realização

de um teste substitutivo. O primeiro teste substitutivo será oferecido em outubro e o segundo

em novembro.

O resultado não é considerado para efeitos de progressão no curso, uma vez que se

considera os testes de múltipla escolha com baixo realismo, sujeitos à adivinhação e à

capacidade de responder eliminando os distratores (alternativas incorretas), tendo pouca

possibilidade de medir certos tipos de capacidades cognitivas como a organização das idéias,

síntese, comunicação escrita entre outros.

⇒ Critério de reprovação

O estudante que não comparecer ao teste e não apresentar justificativa prevista no

regimento deverá será considerado insatisfatório nesta modalidade de avaliação o que

configura reprova automática na série, sem oportunidade de recuperação.

� Freqüência às atividades

Os estudantes devem cumprir freqüência mínima obrigatória de 75% em cada uma das

atividades programadas da unidade, ou seja, nas sessões de pequeno grupo (tutoria), nas

atividades práticas e nas conferências, independentemente dos resultados das avaliações,

conforme o artigo 116 do Regimento Escolar, para ser aprovado na unidade.

A presença constante nas atividades é fundamental para o desenvolvimento dos

desempenhos e principalmente, de vínculo e responsabilidade no trabalho junto ao grupo.

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6.4.2 Avaliação da Unidade

� Avaliação do desempenho do tutor/professor – Format o 4

� datas previstas para aplicação no 1º semestre: 03/05 e 08/07

� datas previstas para aplicação no 2º semestre: 23/09 e 25/11

A avaliação do tutor/professor é realizada verbalmente ao final das sessões de pequeno

grupo/tutoria. Uma síntese do conjunto dos desempenhos do professor após um determinado

período, é formalizada em um documento escrito que deve ser entregue na Secretaria Geral no

prazo estabelecido. A avaliação deve ser preenchida pelos estudantes individualmente e

objetiva a melhoria da atividade docente. A identificação do estudante nesse documento não é

obrigatória.

� Avaliação da unidade educacional – Formato 5

� datas previstas para entrega no 1º semestre 03/05 e 08/07

� datas previstas para entrega no 2º semestre 23/09 e 25/11

A unidade deve ser avaliada rotineiramente, tanto por estudantes como por professores.

Os aspectos avaliados são: objetivo, problemas, recursos educacionais, atividades práticas e

conferências. Deve ser formalizada uma síntese das observações em documento próprio a ser

entregue na Secretaria Geral no prazo estabelecido e a identificação do estudante nesse

documento não é obrigatória. Essas avaliações são elaboradas para o acompanhamento,

revisão e reformulação da unidade.

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

7. Unidade Prática Profissional 1

O desenvolvimento de atividades em cenários reais da prática profissional implica tanto

na aprendizagem como no cuidado efetivo e integral do paciente. Não é exclusivamente uma

relação de aprendizagem do estudante na qual o paciente é um mero objeto para o

desenvolvimento de capacidades. É uma relação com vínculo e responsabilização, para com as

pessoas e equipe de saúde, tal como ocorre na vida real.

7.1 Objetivo

Promover o desenvolvimento de capacidades cognitivas, afetivas e psicomotoras que

possam ser mobilizadas e integradas para a realização qualificada dos desempenhos das áreas

de competência de vigilância à saúde e de organização e gestão do trabalho, em cenários reais

da prática profissional de acordo com o grau de autonomia e domínio da primeira série.

7.2 Desempenhos e tarefas

Os desempenhos representam a síntese das tarefas e das capacidades mobilizadas

para a sua realização. As tarefas chave, agrupadas segundo desempenhos e áreas de

competência, descrevem uma profissão e constituem uma visão de todo o campo de atuação do

profissional.

7.2.1 Desempenho: Identifica necessidades individua is de saúde

� Tarefa: História clínica Identifica situações que exijam intervenção imediata e/ou impeçam a realização da história

clínica e encaminha alternativas quando necessário. Apresenta-se e obtém o consentimento da

pessoa ou responsável para a realização da história e aplica procedimentos de biossegurança.

Caracteriza o estado mental geral da pessoa (orientação, atenção, linguagem, memória e

responsividade) e identifica suas barreiras e aquelas do contexto que podem interferir na

comunicação, encaminhando alternativas.

Estabelece relação empática e utiliza linguagem coerente com a capacidade de compreensão

da pessoa visando a identificação de necessidades de saúde referidas e percebidas nas

distintas fases do ciclo de vida:

• caracteriza o contexto de vida e situações familiares relevantes;

• identifica e caracteriza os sinais e sintomas referidos e/ou percebidos e as relações

entre eles;

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

Formula o problema da pessoa, focalizando necessidades de saúde. Esclarece dúvidas, explica

e orienta a pessoa e/ou responsável em relação à interpretação dos dados observados,

assegurando a compreensão das informações prestadas. Identifica limites e possibilidades no

estabelecimento de vínculo e encaminha alternativas.

Registra dados relevantes de forma clara e orientada ao problema da pessoa.

� Tarefa: Exame clínico

Obtém consentimento da pessoa ou responsável após esclarecimento em linguagem

compreensível, sobre o(s) procedimento(s) a ser(em) realizado(s), respeitando valores, a

autonomia da pessoa e o cenário da prática (real ou simulado).

Cuida da privacidade e conforto da pessoa e adota postura ética e medidas de biossegurança

enquanto:

• acomoda a pessoa nas posições necessárias para o exame, considerando o contexto

no qual o procedimento é realizado;

• coleta, traduz e interpreta os dados antropométricos, considerando-se as constituições

étnicas e fenotípicas e as diferentes fases do ciclo de vida da pessoa;

• realiza inspeção geral, analisando o estado físico geral, estado de higiene, vitalidade e

umidade da pele e mucosas, temperatura, estado nutricional e facies; considerando as

diferentes fases do ciclo de vida e as constituições étnica e fenotípica;

• coleta, traduz e interpreta os dados vitais segundo as diferentes fases do ciclo de vida

da pessoa;

Esclarece suas dúvidas e as do paciente, explica e orienta a pessoa e/ou responsável em

relação à interpretação dos dados observados, assegurando a compreensão das informações

prestadas. Caso o procedimento não tenha tido sucesso na realização, avalia com a pessoa

e/ou responsável os motivos e encaminha alternativas, com o consentimento dela(es). Formula

o problema da pessoa articulando os dados da história e exame clínicos, focalizando as

necessidades de saúde. Registra informações relevantes no prontuário de forma clara,

organizada e orientada ao problema da pessoa.

7.3 Processo ensino-aprendizagem

O processo de ensino-aprendizagem fundamenta-se na Aprendizagem Significativa.

Assim os atributos serão desenvolvidos a partir da observação/realização de tarefas da prática

profissional – ou confronto experiencial – que permite uma exposição e exploração dos valores,

conhecimentos e destrezas que cada estudante já possui (capacidades prévias), reflexão e

análise com construção de novas capacidades que serão alcançadas em situação da prática.

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Este movimento favorece a atribuição de sentido (significado) ao que se aprende em função da

sua aplicação na realidade.

Dessa forma, a prática é entendida como o eixo que estrutura a construção coletiva do

conhecimento – é o aprender fazendo. Essa é uma pedagogia individualizada, uma vez que a

construção de significado envolve a problematização dos conteúdos prévios já assimilados e a

exploração os valores sócio-culturais construídos ao longo da vida, requerendo uma abordagem

particular e um tempo específico para cada estudante.

O trabalho pedagógico deve fluir numa trajetória estimulante que possibilite a

construção de significados, o desenvolvimento de capacidades para o trabalho em saúde, o

reconhecimento das próprias dificuldades e a elaboração de propostas de superação dessas.

As atividades educativas favorecem essa construção, na medida em que, partindo de ações

mais livres, que consideram as capacidades prévias dos estudantes (construindo desta forma

uma linha de base do grupo), para ações educativas mais instrumentalizadoras que permitam a

aplicação, com excelência, dos métodos clínico e epidemiológico para o trabalho em saúde.

As verificações de processo serão, entretanto, contínuas e sistemáticas de tal forma

que o desenvolvimento individual e grupal possam ser monitorados e o planejamento e

programação de atividades educativas adaptados às necessidades manifestas e percebidas no

grupo. Cada grupo apresentará um movimento único que está relacionado às suas

necessidades de aprendizagem, peculiares à própria história e acúmulo de seus participantes.

Nesse sentido, importa ressaltar que o desempenho do estudante tem autonomia e

domínio crescentes requerendo, assim, o trabalho de supervisão dos docentes, cujo papel é o

de facilitador e estimulador dessas conquistas e do crescimento pessoal e profissional dos

estudantes.

Momentos do processo pedagógico nas atividades reais da prática profissional:

� confronto experiencial numa situação real da prática (observação/realização de atividades);

� elaboração de síntese provisória e levantamento de questões de aprendizagem;

� busca e análise de informações e fontes;

� elaboração de nova síntese.

7.4 Organização

As atividades ocorrerão em grupos nas Unidades de Saúde da Família, no período de 12 de

abril a 02 de julho e de 02 de agosto a 03 de dezembro. Cada grupo se reunirá às 2as. e 4as.

feiras no período da tarde e às 6as. feiras no período da manhã e em todas as ocasiões

planejadas para o desenvolvimento das atividades.

Os professores são, em sua maioria, profissionais médicos e enfermeiros das próprias

unidades de saúde da família onde serão desenvolvidas as atividades da UPP1. Essa

participação de profissionais dos serviços nas atividades de ensino-aprendizagem são fruto da

parceria construída com a Secretaria Municipal de Higiene e Saúde. Acreditarmos que esses

profissionais poderão realizar o trabalho aliando tanto as capacidades da docência como de

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a formação de profissionais de saúde em cenários reais da prática profissional. Sua atuação

como professores está formalizada pela criação da figura do professor colaborador da Famema

e celebração de aditivo ao convênio existente entre a Famema e a Prefeitura de

Marília/Secretaria Municipal de Higiene e Saúde. Esses professores colaboradores têm sido

incorporados à prática educativa há quatro anos sempre a partir de um processo seletivo

seguido de sua inserção num processo de educação permanente, que contempla ainda, sua

participação como co-tutores nas unidades de Apresentações Clínicas e Interação Comunitária

da 4ª série.

Quadro 6. Relação dos grupos, Unidades de Saúde da Família e professores responsáveis:

Grupos USF Professores

1 Aniz Badra Érica Dias Rocha Denise Elaine Garozi

2 Parque das Nações Fabiano Milan de Freitas Denise Gili Ferreira

3 Vila Real Elaine Ribeiro Lino Margarido Vanessa B. de A. Barbosa

4 Padre Nóbrega Jorge Luiz Ferreira Márcia A. Padovan Otani

5 Jânio Quadros Ayrton Margarido Rosana da Silva Degani

6 Lácio Luiz Takano Daniela Martins Ramos

7 Figueirinha Ricardo Gomes Beretta Kátia Alves Rezende

8 Vila Barros Eliane Alves Figueiredo Mara Quaglio Chirelli

9 Aeroporto Celso Norikazu Tanahara Cássia R. Rodrigues Nunes

10 Altaneira Alexandre E. W. U. F. Perez Luciane Cristine O. Ribeiro

7.5 Avaliação

A avaliação da Unidade de Prática Profissional se dará de acordo com as diretrizes

adotadas pela Faculdade de Medicina de Marília e abrange:

• desempenho do estudante – segundo os instrutores e auto-avaliação, por meio do

formato 3, portfolio e EAPP;

• desempenho do(s) professor(es) por meio do formato 4;

• desenvolvimento da unidade educacional por meio do formato 5.

7.5.1 Avaliação do estudante

� Formato 3 (F-3)

É um formato destinado à síntese do desenvolvimento do estudante nas atividades de

ensino-aprendizagem da UPP. Avalia a capacidade do estudante de: observar, realizar síntese

provisória (registro individual da observação e reflexão em grupo), construir novos

conhecimentos e novos significados (busca e análise crítica de informações) e desenvolver

atitudes ética e cooperativa nas relações interpessoais e no trabalho em grupo.

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Os aspectos avaliados e os critérios de satisfatório são utilizados de forma contínua na

avaliação do estudante durante o desenvolvimento de cada uma e de todas as etapas do

processo pedagógico. O docente registra sua síntese sobre esse desenvolvimento em dois

momentos: ao final do 1º semestre (1ª avaliação) e ao final do ano letivo (2ª avaliação) e utiliza

a auto-avaliação do estudante para emitir seu julgamento.

Aspectos a serem avaliados

� Confronto experiencial (observação/realização de atividades)

� Desenvolvimento dos desempenhos da prática profissional

� Síntese individual e/ou grupal (reflexão)

� Identificação do conhecimento prévio e dos hiatos de conhecimento

� Formulação de hipóteses

� Busca de informação (dados secundários e dados primários)

� Análise crítica de fontes e das informações

� Desenvolvimento de raciocínio clínico e epidemiológico

� Articulação de dimensões

� Integração de atributos (cognitivos, psicomotores e afetivos)

� Atitudes (organização de um sistema de valores)

� Reconhecimento dos próprios limites

� Respeito à diversidade

� Cooperação

� Conduta ética

� Postura empática

� Profissionalismo

⇒ Critério de satisfatório

� O estudante mostra estar empenhado (receptividade e valorização) em desenvolver tarefas e atributos

relacionados aos desempenhos da prática profissional previstos na série.

⇒ Critérios de aprovação, recuperação e reprovação � O estudante com conceito insatisfatório na 1ª avaliação deve realizar um plano de

recuperação elaborado e supervisionado pelo professor, durante o segundo semestre da

unidade. Os conceitos do plano de recuperação e da 2ª avaliação podem ser distintos ou

coincidentes.

� O estudante com conceito insatisfatório na 2ª avaliação deve realizar recuperação,

planejada e supervisionada pelo professor, no período de férias, antes do início do próximo

ano letivo.

� O estudante que mantiver o conceito insatisfatório na recuperação da 1ª e/ou da 2ª

avaliação terá conceito insatisfatório na unidade e, consequentemente, será reprovado na

série.

� O estudante alcança progressão na unidade se obtiver conceito satisfatório nas duas

avaliações (1ª e 2ª) ou se obtiver conceito satisfatório nos planos de recuperação da 1ª ou

da 2ª avaliação.

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� Portfolio Reflexivo

No portfolio o estudante documenta, registra e estrutura as ações, as tarefas e a própria

aprendizagem através de um discurso narrativo, elaborado de forma contínua e reflexiva. O

portfolio reflexivo é um instrumento de diálogo entre o professor e o estudante, na medida que é

compartilhado com o professor e enriquecido por novas informações, novas perspectivas e

continuado suporte afetivo e pessoal para a formação profissional, auxiliando na sistematização

da avaliação processual das experiências de ensino-aprendizagem e dos desempenhos. Desta

forma permite ao estudante uma “ampliação e diversificação do seu olhar, forçando-o à tomada

de decisões, à necessidade de fazer opções, de julgar, de definir critérios, de deixar invadir por

dúvidas e por conflitos, para deles poder emergir mais consciente, mais informado, mais seguro

de si e mais tolerante quanto às hipóteses dos outros” (Sá-Chaves).

O uso de portfolio na UPP é uma estratégia que potencializa a reflexão sistematizada

sobre as práticas desenvolvidas, assegurando a construção do conhecimento, do

desenvolvimento pessoal e profissional dos envolvidos (docentes e discentes).

O portfolio ainda se constitui num instrumento que facilita os processos avaliativos,

tanto a auto-avaliação como a avaliação formativa realizada pelo professor, permitindo, em

tempo útil, equacionar conflitos cognitivos, afetivos e psicomotores dos estudantes e garantindo

condições de desenvolvimento progressivo da autonomia e da identidade do estudante.

O portfolio será analisado pelo professor ao longo do ano, no qual registra suas

considerações. Essa avaliação subsidia a elaboração do formato 3.

⇒ Critérios de aprovação, recuperação e reprovação � O conceito satisfatório é obtido pela realização e entrega do portfolio nos prazos oficiais

estabelecidos para a avaliação ou recuperação.

� O estudante com conceito insatisfatório deve cumprir plano de recuperação durante o

período de férias.

� O estudante que mantiver o conceito insatisfatório na recuperação terá conceito

insatisfatório na unidade e, conseqüentemente, será reprovado na série.

� Exercício de Avaliação da Prática Profissional

O exercício de avaliação da prática profissional focaliza o desempenho do estudante

para a inferência de competência. Fundamenta-se na exploração de uma situação simulada da

prática profissional, na qual o estudante deve realizar tarefas e discutir, com o avaliador, a

fundamentação e evidências mobilizadas na realização dessas. A avaliação combinada de

tarefas e capacidades (atributos mobilizados e empregados) possibilita uma análise mais

integrada do desempenho, evitando abordagens reducionistas, fragmentadas ou

comportamentalistas da prática profissional.

O EAPP da primeira série terá duas estações e será realizado na semana de avaliação.

As estações apresentam situações relacionadas às atividades desenvolvidas com os

estudantes e aos desempenhos esperados na série.

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⇒ Critérios de aprovação, recuperação e reprovação

� A participação do estudante no EAPP é o critério de aprovação nessa modalidade de

avaliação e um dos critérios de aprovação da unidade educacional de prática profissional 1.

� O estudante cujo desempenho for insatisfatório em alguma das estações deve receber um

plano de melhoria a ser desenvolvido na série subseqüente, conforme plano de

recuperação elaborado pelo instrutor/avaliador.

� Freqüência às atividades da unidade

Os estudantes devem cumprir freqüência mínima obrigatória de 75% nas atividades

programadas da unidade, conforme o artigo 116 do Regimento Escolar, para ser aprovado,

independentemente dos resultados das avaliações.

A presença constante nas atividades é fundamental para o desenvolvimento dos

desempenhos e principalmente, de vínculo e responsabilidade no trabalho junto ao grupo, à

equipe de saúde, pessoas e comunidade.

7.5.2 Avaliação da Unidade

� Avaliação do desempenho do professor – Formato 4

datas de preenchimento e entrega: final do 1º semestre e final do ano letivo

A avaliação do professor é realizada verbalmente e rotineiramente ao longo da unidade.

Uma síntese do conjunto dos desempenhos do professor após um determinado período, é

formalizada em um documento escrito que deve ser entregue na Secretaria Geral no prazo

estabelecido. A avaliação deve ser preenchida pelos estudantes individualmente e objetiva a

melhoria da atividade docente. A identificação do estudante nesse documento não é obrigatória.

� Avaliação da unidade – Formato 5

datas de preenchimento e entrega: final do 1º semestre e final do ano letivo

A unidade deve ser avaliada rotineiramente, tanto por estudantes como por professores. Os

aspectos avaliados são: objetivo, processo de ensino-aprendizagem e organização da unidade.

Deve ser formalizada uma síntese das observações em documento próprio a ser entregue na

Secretaria Geral no prazo estabelecido e a identificação do estudante nesse documento não é

obrigatória. Essas avaliações são elaboradas para o acompanhamento, revisão e reformulação

da unidade.

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

ANEXO I - Critérios de satisfatório, segundo desemp enho

Quadro 1 Critérios de satisfatório *, segundo desem penho, Curso de Medicina, Famema, 2004.

Área vigilância à saúde: sub-área cuidado às necess idades individuais em todas as fases do ciclo de vida

Realiza história clínica

Estabelece uma relação ética, respeitosa e cooperativa com o paciente/acompanhante, utilizando linguagem compreensível ao paciente e postura acolhedora que favoreçam o vínculo. Identifica necessidades de saúde considerando-se os aspectos biológicos, psicológicos e sócio-culturais, favorecendo o relato do contexto de vida do paciente/família. Obtém dados relevantes da história clínica de maneira empática e cronologicamente organizada. Esclarece dúvidas e registra informações de forma clara e orientada às necessidades referidas e percebidas.

Identifica necessidades de saúde

Realiza Exame clínico

Cuida da privacidade e do conforto do paciente; explica e orienta o paciente sobre os procedimentos a serem realizados; adota medidas de biossegurança. Reage de forma empática e com segurança, em situações de recusa ou de falha na utilização de equipamentos, buscando alternativas. Mostra destreza e técnica adequada no exame clínico e na tradução e interpretação dos sinais identificáveis.

Formula hipóteses diagnósticas

Integra e organiza os dados obtidos na história e exame clínicos, elaborando hipóteses diagnósticas fundamentadas na aplicação do raciocínio clínico-epidemiológico do processo saúde-doença. Informa suas hipóteses e a investigação necessária para a formulação do problema, de forma ética, empática e compreensível ao paciente/acompanhante.

Formula o problema do paciente

Elabora investigação diagnóstica

Solicita e interpreta recursos complementares para confirmar ou afastar as hipóteses elaboradas (exames, visita domiciliária, obtenção de dados com familiares/cuidador/outros profissionais); justifica suas decisões baseando-se em princípios éticos e em evidências, considerando-se a relação custo/efetividade, o acesso e no financiamento dos recursos.

Elabora e executa o plano de cuidado

Plano de cuidado

Elabora e executa um plano de cuidado e terapêutico considerando princípios éticos, as evidências encontradas na literatura, o contexto de vida do paciente/família e o grau de autonomia destes e a situação epidemiológica do município; envolve outros membros da equipe ou recursos comunitários quando necessário; contempla ações de promoção da saúde e prevenção das doenças; considera o acesso e o grau de resolutividade dos diferentes serviços de atenção à saúde ao referenciar/contra-referenciar o paciente.

Área vigilância à saúde: sub-área cuidado às necess idades coletivas em saúde

Identifica necessidades de saúde

Coleta dados primários e utiliza dados secundários para o levantamento e priorização das necessidades coletivas de saúde. Na coleta de dados primários, estabelece uma relação ética, respeitosa e cooperativa com o entrevistado, utilizando linguagem compreensível e postura acolhedora que favoreçam o vínculo.

Formula e processa o problema

Utiliza as ferramentas do planejamento estratégico situacional para explicar o problema, identificar nós críticos e elaborar alternativas de intervenção sobre o(s) problema(s) selecionado(s), considerando-se o contexto e as distintas explicações dos atores envolvidos.

Elabora e executa o plano de intervenção

Elabora e executa ações considerando critérios éticos e de viabilidade, factibilidade (recursos e parcerias) e vulnerabilidade do plano, com avaliação contínua, prestação de contas e ajuste do plano, conforme as condições do contexto.

Área: organização e gestão do trabalho de vigilânci a à saúde

Organiza o trabalho em saúde

Organiza e cria condições para o desenvolvimento do trabalho coletivo, estabelecendo relação respeitosa e de colaboração com colegas e/ou membros da equipe, visando responder efetivamente às necessidades levantadas, tanto as individuais como aquelas da comunidade; mostra assiduidade e responsabilidade no cumprimento das tarefas; respeita normas institucionais; posiciona-se considerando, entre outros, valores de justiça, equidade e diversidade cultural e religiosa em sua prática profissional

Avalia o trabalho em saúde

Faz e recebe críticas respeitosamente e avalia o processo, resultados e impacto das ações desenvolvidas utilizando indicadores de qualidade do serviço de saúde no qual participa; propõe ações de melhoria.

* Os critérios de satisfatório estabelecem os padrões de excelência para cada uma das áreas, focalizando especificamente as tarefas que as caracterizam.

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

ANEXO I

Quadro 2. Critérios de satisfatório*, segundo desem penho, Curso de Enfermagem, Famema, 2004.

Área vigilância à saúde: sub-área cuidado às necess idades individuais em todas as fases do ciclo de vida

História Clínica

Identifica necessidades de saúde Exame

Clínico

Formula o problema do paciente

Elabora e executa o plano de cuidado

Área vigilância à saúde: sub-área cuidado às necess idades coletivas em saúde

Identifica necessidades de saúde

Formula e processa o problema

Elabora e executa o plano de intervenção

Área: organização e gestão do trabalho de vigilânci a à saúde

Organiza o trabalho em saúde

Avalia o trabalho em saúde

* Os critérios de satisfatório estabelecem os padrões de excelência para cada uma das áreas, focalizando especificamente as tarefas que as caracterizam. ANEXO II - Categorização das necessidades de saúde

Categorização das necessidades de saúde e sua relaç ão com atributos e processos a

serem explorados nas situações de ensino-aprendizag em-trabalho, segundo o referencial

do modelo de vigilância à saúde, Famema, 2004.

Necessidades Atributos e processos a serem explorados

Alimentação nutrição, digestão, excreção, crescimento, desenvolvimento, interdições culturais na alimentação, dieta saudável, regimes, acesso à alimentação

Respiração processo de respiração, qualidade do ar, questões ambientais

Proteção defesa do organismo, biossegurança, proteção ao direito ao acesso aos serviços de saúde, segurança e integridade física, direitos ao acesso à educação, ao lazer e a bens culturais em geral, proteção social, proteção relacionada a emprego/trabalho

Autonomia locomoção, repouso, sistema neuropsicomotor, identidade pessoal, desenvolvimento da personalidade, direitos a informações/aprendizagem e cidadania

Interação/Convivência sistemas e processos corporais, comunicação, relações afetivas, interação de papéis sociais, convivência sexual

Realização realização pessoal, profissional, sexual, reprodutiva, como ser

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

ANEXO III - Calendário Escolar - 2004

FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA

Calendário Escolar – Estudantes – 2004 - 1ª série M edicina e Enfermagem (Calendário aprovado nos colegiados de curso em 30/10 e 03/11/2003)

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

D S T Q Q S S X 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 X X X 26 27 28 29

D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

ABRIL MAIO JUNHO

D S T Q Q S S 01 02 03 X 05 06 07 08 X X X 12 13 14 15 16 17 18 19 20 X 22 23 24 25 26 27 28 29 30

D S T Q Q S S X 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 X X X 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

JULHO AGOSTO SETEMBRO

D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 X X 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 X X 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 X X 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 X X X 31

D S T Q Q S S X X 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 X 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

D S T Q Q S S 01 02 03 04 05 06 07 X 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 X 26 27 28 29 30 31

Dias letivos: 203

Curso Medicina Curso Enfermagem 08 a 12/03 – Recepção Calouros

15 a 19/03 – Suporte Básico de Vida 22/03 a 02/04 – Informática e Acesso à Informação

22/03 a 16/07 e 02/08 a 07/12 – Unidade Necessidades de saúde 12/04 a 02/07 e 02/08 a 03/12 – Unidade Prática Profissional 1

18/07 a 01/08 – Férias 26/05 e 20/10 – Teste Progressivo

06/12 a 17/12 – Avaliações

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

ANEXO IV- Capacitação em Informática e Acesso à Inf ormação em Saúde

Essas atividades serão realizadas no período de 22 de março a 07 de abril nos mesmos

dias da semana destinados à Unidade de Prática Profissional, que inicia a partir de 12 de abril nas unidades de saúde da família. A freqüência a essas atividades será computada na Unidade de Prática Profissional 1. Os locais serão no Laboratório de Informática e na Sala de Pesquisa da Biblioteca. A distribuição dos estudantes nos grupos serão publicados na Secretaria Geral.

Programa

Dia 22/março • Introdução • Funcionamento da Biblioteca e Laboratório de Informática • Cadastro de e-mail • Questionário de conhecimento prévio • Fontes de Informação

Dia 24/março • Base local BIBLIV • Base local ARTIGO • Carta de cadastro do e-mail

Dia 26/março • Exercícios nas bases locais (BIBLIV e ARTIGO) • Busca e localização de documentos na biblioteca

Dia 29/março • Site: Lis – Localizador de Informações em Saúde • BVS em Saúde Pública • Base de Dados LILACS

Dia 31/março • Base de Dados LILACS e PERIOD

Dia 02/abril • SciELO • Problema e seleção de fontes de informação

Dia 05/abril • Revisão do conteúdo e avaliação do treinamento

Dia 07/abril • Atividades eletivas: editor de textos e correio eletrônico

Horários

2as.e 4as.feiras no período da tarde

13:30 – 14:30 grupos 1 e 5

14:30 – 15:30 grupos 2 e 6

15:30 – 16:30 grupos 3 e 7

16:30 – 17:30 grupos 4 e 8

6as. feiras no período da manhã

08:00 – 9:00 grupos 1 e 5

09:00 – 10:00 grupos 2 e 6

10:00 – 11:00 grupos 3 e 7

11:00 – 12:00 grupos 4 e 8

Grupos 1 a 4 – 20 estudantes no Laboratório de Informática (LABI) Grupos 5 a 8 – 10 estudantes na Sala de Pesquisa da Biblioteca (BIBL)

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Necessidades de Saúde 1ª série 2004 – Cursos Medicina e Enfermagem

Referências

1. ALMEIDA, M.J. Educação médica e saúde : limites e possibilidades das propostas de

mudanças. 1997. 317 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.

2. AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional . Rio de Janeiro:

Interamericana,1980. 3. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara Educação

Superior. Resolução CNE/CES nº 4, de 7 de novembro de 200. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em med icina. Brasília, 2001. Disponível em : <http://www.mec.gov.br/Sesu/diretriz.shtm>. Acesso em 17 abr. 2003.

4. COLL, C. Psicologia e currículo : uma aproximação psicopedagógica à elaboração do

currículo escolar. São Paulo: Àtica, 2000. p.47-60. 5. HAGER, P.; GONCZI, A. What is competence? Medical Teacher , London, v.18, n.1, p.15-

18, Mar. 1996. 6. FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA. Caderno de Avaliação . Marília, 2004. 7. FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA. Guia do processo de ensino-aprendizagem .

Marília, 2003. 8. [OMS] Organización Mundial de la Salud. La educación del personel de salud centrada

en la comunidad : informe de um grupo de estudio de la OMS. Geneva, 1987. (série de informes técnicos, 746).

9. SÁ-CHAVES, I. Portfólios reflexivos: estratégia de formação e de supervisão . Aveiro:

Universidade, 2000. 57 p. (Cadernos didácticos. Série Supervisão; 1). 10. SILVA, R.F. Prática educativa transformadora : a trajetória da unidade educacional de

Interação Comunitária. 2000. 143 f. Tese (Doutorado) - Faculdade Saúde Publica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.