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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IRATI COLÉGIO ESTADUAL PARIGOT DE SOUZA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO MÉDIO INÁCIO MARTINS 2011

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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IRATI

COLÉGIO ESTADUAL PARIGOT DE SOUZA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO MÉDIO

INÁCIO MARTINS 2011

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SUMÁRIO PREÂMBULO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 LÍNGUA PORTUGUESA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

04

ARTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

14

EDUCAÇÃO FÍSICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

18

MATEMÁTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

25

FÍSICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

33

QUÍMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

37

BIOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

42

HISTÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

48

GEOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

54

LEM – ESPANHOL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

59

SOCIOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

67

FILOSOFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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PREÂMBULO

A escola de hoje visa uma educação que vê o aluno como um sujeito ativo e construtor do seu conhecimento e o professor como orientador desse processo de construção.

Seguindo esse objetivo e com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais, a escola, no Ensino Médio, propõe um trabalho de resgate de valores e auto-estima dos alunos, também de construção de referências para a elaboração de projetos que envolvam os temas da vida cidadã, que tratam de assuntos como Saúde, Sexualidade, Vida familiar e social, Meio Ambiente, Trabalho, Ciências e Tecnologia, Cultura e Linguagem. Os projetos serão trabalhados na base nacional comum e podem ser mais amplos ou restritos, com elaboração a curto ou médio prazo, de acordo com o campo de possibilidades, ou seja, do contexto sócio – econômico e cultural em que a comunidade escolar está inserida. Para o desenvolvimento de tal trabalho, a escola precisa estruturar-se de maneira viva, dinâmica, estimulando os alunos a se manifestarem das mais diferentes formas; a produzir e partilhar suas produções dentro e fora da escola. Todos os trabalhos devem contar com a orientação de um professor; o qual deve escutar, acolher, interpretar, propor, organizar e orientar decisões com os alunos; deve desenvolver atividades que favoreçam o convívio extra classe, como: apresentações de danças, músicas, peças teatrais, gincanas, campeonatos, saídas para campo e festivais. A escola, através do professor orientador, deve estimular os alunos e oferecer subsídios para o enriquecimento das mais diversas manifestações e produções dos alunos, para que estes se reconheçam como produtores, capazes de propor e criar. E, no final de cada trabalho, devem-se mostrar os resultados, o que o aluno aprendeu e a mudança que o trabalho gerou na escola e na vida do aluno.

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LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XX, depois de já há muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do mesmo século. Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética, abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português. A disciplina de Português, com a Lei 5692/71, passou a denominar-se, no 1º Grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries) baseando-se principalmente nos estudos de Jakobson, referentes à teoria de comunicação. Em decorrência disso, a Gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino da língua e a teoria de comunicação torna-se o referencial, embora na prática das salas de aula, o normativismo continuasse a ter predominância. Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino de Língua Portuguesa pautava-se, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram ao Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista, geradora de um ensino baseado na memorização. A dimensão tradicional do ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. No Brasil, essas idéias tomaram corpo, efetivamente, a partir dos anos 80, com as contribuições teóricas dos pensadores que integraram o Círculo de Bakhtin. Deve-se a esses teóricos, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem, ou seja, a língua se configura em espaço de interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação. Ela mesma, a língua, só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Essa concepção diverge das abordagens de cunho formalista-estruturalista que enfocam o caráter normativo da língua. No que tange ao ensino da literatura, vigorou, até meados do século XX, a predominância do cânone. Para esse ensino, baseado na Antiguidade Clássica, o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até as décadas de 1960-70, a leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua, constituindo base para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos morais e cívicos. Como tentativa de rompimento com essa prática a abordagem do texto literário passa a centrar-se numa análise literária simplificada, a

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partir de questionários sobre personagens principais e secundários, tempo e espaço da narrativa. A partir dos anos 70, o ensino da Literatura restringiu-se ao então 2º grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. A partir dos anos 80, os estudos linguísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho nas salas de aula. A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem, delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para fazer frente ao ensino tradicional. Pretendia-se uma prática pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, na perspectiva de análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos ênfase na conotação moralista. A linguagem é vista, dessa forma, como ação entre sujeitos histórica e socialmente situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Como afirma Geraldi (1991, p.6) “a linguagem não é o trabalho de um artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que ela se constitui”. É a forma pela qual o homem interage com o meio ao qual pertence e através dela consegue expressar, defender, partilhar e construir sua visão de mundo, o que possibilita uma participação ativa deste para com a sociedade. As Diretrizes ora propostas assumem uma concepção de linguagem que não se fecha “na sua condição de sistema de formas (...), mas abre-se para a sua condição de atividade e acontecimento social, portanto estratificada pelos valores ideológicos” (RODRIGUES, 2005, p. 156). Nesse sentido, a linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social, econômica) entre os homens. (PARANÁ, 2008, p.49) Sendo assim, pretende-se desenvolver na disciplina de Língua Portuguesa atividades que visem à formação de um indivíduo crítico capaz de interagir com o meio em que está inserido, de forma clara, precisa e consciente, ou seja, com condições de expressar através da prática discursiva os seus pontos de vista, argumentando-os com embasamentos consistentes adquiridos em outras práticas como a leitura, a discussão das ideias de outrem, o contato com conhecimentos sócio-culturais e políticos, enfim, toda e qualquer possibilidade de aquisição cognitiva que preparem os educandos para exercer com mais aptidão a sua cidadania. Nas aulas de Língua Portuguesa serão contemplados conteúdos obrigatórios que abordam a história do Paraná; a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; Direito das Crianças e Adolescente, Educação Tributária e Educação Ambiental. Para tanto, o texto será o ponto de partida para o trabalho com as práticas discursivas, uma vez que fornece os mecanismos necessários para o desenvolvimento da

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linguagem por possibilitar a leitura, a interpretação e análise das ideias e a tessitura de produções orais e escritas. Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca: • empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; • desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção; • analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos; • aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita; • aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão. (PARANÁ, 2008, p. 54)

CONTEÚDOS

Conteúdo Estruturante O discurso como prática social que se concretiza no trabalho com a leitura, a oralidade e a escrita permeados pela análise linguística, é o conteúdo estruturante da disciplina de língua portuguesa. Os conteúdos serão abordados tendo, como base os gêneros discursivos.

Conteúdos Básicos: 1ª série Gêneros discursivos: Fábula; Poema; Teatro; Carta pessoal; Relato pessoal; Relatório de experiência científica; Seminário; Artigo de opinião; Debate; Descrição. Literatura: A literatura e sua origem; Quinhentismo; Barroco; Arcadismo;

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2ª série Gêneros discursivos: Debate; Conto; Noticia; Entrevista; Reportagem; Anúncio publicitário; Resenha crítica; Editorial. Literatura Romantismo(poesia e prosa); Realismo; Naturalismo; Parnasianismo; Simbolismo.

3ª série Gêneros discursivos: Crônica; Carta ao leitor; Carta argumentativa; Debate regrado; Texto dissertativo- argumentativo. Literatura Pré-modernismo; Modernismo; Literatura Contemporânea. Conteúdos para todas as séries: Leitura - figuras de linguagem; - expressões que denotam ironia e humor no texto. - polissemia; - sentido conotativo e denotativo; - informatividade; - operadores argumentativos; - aceitabilidade do texto; - argumentos do texto; - conteúdo temático; -Discurso direto e indireto; - Discurso ideológico presente no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Elementos composicionais do gênero; - Finalidade; - Informatividade;

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- Intencionalidade do texto; - Interlocutor; - Intertextualidade; - Léxico; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Marcas linguísticas. • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: • Situacionalidade; • Tema do texto; • Temporalidade; • Vozes sociais presentes no texto; Escrita modalizadores; operadores argumentativos;

• Acentuação gráfica; • Argumentatividade; • Concordância verbal/nominal. • Conteúdo temático; • Contexto de produção; • Discurso direto e indireto; • Divisão do texto em parágrafos; • Elementos composicionais do gênero; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Intencionalidade do texto; • Interlocutor; • Intertextualidade; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, conforme o gênero discursivo; • Ortografia; • Partículas conectivas do texto; • Processo de formação de palavras; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Situacionalidade; • Temporalidade; • Vícios de linguagem; • Vozes sociais presentes no texto; Oralidade • Conteúdo temático;

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• Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. • Argumentos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na realização das práticas discursivas serão considerados os conhecimentos prévios dos alunos, levando-se em conta também os níveis de aprendizagem e a possibilidade de aprofundamento dos conteúdos de acordo com a compreensão e autonomia linguística adquirida pelos educandos. Temáticas envolvendo os Conteúdos Obrigatórios, que são: história do Paraná, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; e Educação Tributária, serão abordados dentro da leitura, da oralidade e da escrita, buscando o encadeamento com os gêneros discursivos em estudo,de forma a ressaltar a influência destes temas em nossa realidade social e cultural.

Leitura

Propiciar leituras de diferentes gêneros textuais, ampliando também o léxico;

Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;

Estimular leituras que suscitem o reconhecimento do estilo que é próprio de cada gênero;

Instigar a identificação e reflexão das diferenças das palavras com sentido denotativo e conotativo, bem como as de expressão de ironia e humor;

Promover a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Proporcionar análises para estabelecer a progressão referencial do texto;

Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; explorar os estilos do autor, da época, situar o momento de produção da obra e dialogar com o momento atual.

Encaminhar discussões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

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Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

Propiciar leituras de diferentes gêneros textuais, ampliando também o léxico;

Relacionar o tema com o contexto atual;

Utilizar textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;

Escrita

Encaminhar a revisão dos textos abordados: revisando os argumentos e ideias que compõem o gênero;

Estimular o uso de figuras de linguagem no texto;

Incentivar o uso dos recursos de causa e consequência entre as partes do texto;

Proporcionar o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;

Conduzir, na reescrita, uma reflexão dos elementos discursivos textuais, estruturais e normativos.

Planejar a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;

Acompanhar a produção do texto;

Analisar se a produção textual está coerente e coesa, atendendo à finalidade, e adequação do contexto;

Conduzir, na reescrita, uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;

Encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos elementos que compõem o gênero proposto;

Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

Planejar a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;

Oralidade

Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;

Instigar a identificação e reflexão das diferenças das palavras com sentido denotativo e conotativo, bem como as de expressão de ironia e humor;

Promover a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.

Organizar as apresentações dos textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando os recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressões: facial, corporal e gestual, pausas e outros;

Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

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Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;

Relacionar o tema com o contexto atual;

Selecionar discursos de outros para analisar recursos de oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

Análise linguística

Construir e levantar hipóteses sobre os recursos linguísticos a partir da leitura, análise e escrita de textos diversos;

Oportunizar atividades de reflexão sobre o uso da linguagem em diferentes contextos;

Apropriar-se da norma padrão através da reflexão sobre o sistema linguístico e sobre os usos da língua;

Analisar os recursos expressivos utilizados no texto (metáforas, metonímia, paráfrase, citações, discursos diretos e indiretos, etc.)

Propiciar a fusão com o trabalho com os gêneros, na medida em que se contempla as condições de produção de textos e as escolhas linguísticas.

Proporcionar atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentido.

AVALIAÇÃO

A Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a

chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”), vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório.(PARANÁ, 2008, p.81)

De acordo com o PPP da Escola a avaliação deve se fazer presente, tanto como

meio de diagnóstico do processo ensino – aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim, a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo não é só a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,

numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem independentemente dos alunos apresentarem diferenças cognitivas, reconhecendo que a escola tem como fim desenvolver as capacidades cognitivas, afetivo-emocionais e sociais que potencializem o desenvolvimento pessoal, principalmente, os alunos com necessidades educativas especiais, os quais terão processo avaliativo diferenciado, dentro de suas

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possibilidades e limitações, havendo, portanto, adequação do sistema de avaliação às suas necessidades.

Nesse sentido, a avaliação será desenvolvida diariamente, através das atividades em

sala de aula e acompanhamento constante do progresso do estudante. Para tanto, o professor utilizará 70% das atividades em avaliações escritas diversificadas e 30% fica destinado a outras atividades, como seminários, debates e trabalhos, sendo que todas as atividades realizadas pelos alunos serão somativas.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Leitura

Posicionar-se argumentativamente;

Compreender as diferenças decorridas do uso de palavras e expressões no sentido conotativo;

Conhecer e utilizar os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Deduzir os sentidos das palavras e expressões a partir do contexto;

Entender o estilo próprio de cada gênero.

Reconhecer as palavras e expressões que estabelecem a progressão referencial;

Referente à obra literária, ampliar seu horizonte de expectativas, percebendo os diferentes estilos e estabelecer relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual;

Ampliação do léxico; do seu horizonte de expectativas;

Identificação da ideia principal do texto, do tema;

Localização das informações explícitas e implícitas no texto;

Perceber o ambiente no qual circula o gênero:

Produzir inferências a partir de pistas textuais;

Realização de uma leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais.

Escrita

Empregar adequadamente os recursos linguísticos como a pontuação, o uso e a função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio,dentre outros;

Empregar as palavras e expressões no sentido conotativo;

Entender o estilo próprio de cada gênero.

Perceber e usar os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência.

Reconhecer palavras ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;

Elaboração/reelaboração de textos de acordo com os encaminhamentos solicitados atendendo: clareza, adequação dos recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, dentre outros em estudo no gênero discursivo; recursos textuais como coesão e coerência, temática; situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...).

Oralidade

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Utilizar de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

Contra-argumentar ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões, e outras adequados a situação discursiva;

Analisar e discutir os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações;

Organização da sequencia de sua fala de modo que as informações não se percam;

Apresentação das suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;

Compreensão dos argumentos usados no discurso do outro;

Explanação dos diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;

Exposição oral de suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;

Respeito aos turnos de fala;

Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal).

Serão utilizados como instrumentos avaliativos análises textuais, produções de textos, apresentações de seminários, participação em debates, reescrita de textos, apresentação de leituras, prova de conhecimento específico, pesquisas, cartazes, e atividades extraclasse.

A recuperação paralela de estudos ocorrerá a partir da retomada de conteúdos com

atividades e metodologias diversas que propiciem a assimilação do conteúdo respeitando à aprendizagem de todos os alunos.

Os alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados a partir de suas

especificidades, atendendo ao disposto nos artigos 58 e 59 da LDB 9394/96.

REFERÊNCIAS AMARAL, Emília. Português: Novas Palavras: literatura, gramática. São Paulo: FTD. APOSTILA DO POSITIVO. Sociedade Educacional Positivo. Copyright, 1998. FARACO, Carlos Alberto e Tezza, Cristóvão. Prática de Texto Língua Portuguesa para nossos estudantes. Petrópolis: Vozes, 1992. FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Ensino Médio. Base, 1ª ed, 2005. FIORIN, José Luiz; FRANCISCO, Platão Savioli. Para entender o Texto – Leitura e redação. 16. ed.. São Paulo: Ática,2002 GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para Educação Básica. 2008. SILVA, Antonio de Siqueira e BERTOLIN, Rafael. Curso Completo de Português. IBEP. TUFANO, Douglas. Estudos de Literatura Brasileira. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 1995.

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ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino arte tem como objetivo levar a dança, a música, o teatro, as artes visuais e os movimentos e períodos para serem aprendidos na escola. Com isso, a esta disciplina visa desenvolver no aluno maior criticidade frente aos processos de comunicação. Os positivistas defendiam a necessidade do ensino de Arte valorizar o desenho geométrico como forma de desenvolver a mente para o pensamento científico. Os liberais preocupados com o desenvolvimento econômico e industrial defendiam a necessidade de um ensino voltado para a preparação do trabalhador. O aluno aprende com mais sentido para si mesmo quando estabelece relações entre seus trabalhos artísticos individuais ou em grupos e a produção social de arte, assimilando e percebendo correlações entre o que faz na escola e o que é e foi realizado pelos artistas na sociedade no âmbito local, regional, nacional e internacional. O objetivo maior manifesta-se na necessidade do jovem em aprender o universo criativo, estimulando-o a estabelecer leituras coerentes de vários exercícios de comunicação em nossa sociedade. A vivência prática e a teórica estará presente na inter-relação de códigos e linguagens com as manifestações artísticas presentes no cotidiano do aluno. Uma leitura do espaço da cidade como um cenário mutante e passível de revelações artísticas e comunicacionais, estimulará o jovem a olhar para o ambiente exterior com os olhos investigadores e criativos a partir de experiência, de união entre a teoria e a prática educacional na área das artes e comunicações. Inclusão:

Necessidades educacionais especiais que interferem na aprendizagem devido a disciplina atende a alunos de inclusão, ou seja, alunos que apresentam à sua capacidade cognitiva, mas as dificuldades enfrentadas pelos professores na sala de aula do ensino regular para o atendimento a esses alunos são muito grandes, uma vez que alguns não estão preparados para receber, atender e entender as deficiências, apesar da assistência que recebem. Há que se ressaltar também, que a inclusão não acontece apenas com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, mas com relação à etnia, situação sócio-econômica, aptidão sexual, religião etc., pois essa diversidade faz parte da realidade de todas as escolas.

Portanto, para que a educação deixe de ser excludente e para que a inclusão ocorra em sua totalidade, torna-se necessário além do comprometimento e da conscientização de todos os envolvidos no sistema educacional, a visão de um ensino menos imposto e menos calcado nas diferenças; voltado para uma educação igualitária, que garanta o acesso e a permanência de todos os alunos com métodos e técnicas diferenciadas.

Demandas Sócio Educacionais:

Temáticas envolvendo os Conteúdos Obrigatórios, que são: história do Paraná, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; música, prevenção ao uso de

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indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; e Educação Tributária, serão abordados sempre que se fizer necessário e, ainda, através de palestras com profissionais capacitados, de forma a ressaltar a influência destes temas em nossa realidade social e cultural.

CONTEÚDOS

Estruturantes

Artes Visuais, Música, Dança e Teatro.

Elementos formais, a composição, movimentos e períodos.

Básicos Artes Visuais Elementos formais → Ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz

Composição → Bidimensional; Tridimensional; Figura e fundo; Figurativo; Abstrato; Perspectiva; Semelhanças; Contrastes; Ritmo Visual; Simetria; Deformação; Estilização. - Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos... - Gêneros: paisagem, natureza-morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia... Movimentos e Períodos →- Arte Ocidental; Arte Oriental; Arte Africana; Arte Brasileira Arte Paranaense; Arte Popular; Arte de Vanguarda; Industria Cultural; Arte Contemporânea; Arte Latino Americana. Música: Elementos Formais → Altura, duração, timbre, intensidade, densidade. Composição → - Ritmo; melodia; harmonia; escalas; modal, tonal e fusão de ambos;

- Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop... - Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista, improvisação.

- Música Popular Brasileira; Paranaense; Popular; Indústria Cultural; Engajada; Vanguarda; Ocidental; Africana; Latino-Americana. Movimentos e Períodos → Música Popular Brasileira, Paranaense; Popular; Indústria Cultural; Engajada; Vanguarda; Ocidental; Oriental; Africana; Latino-Americana. Teatro Elementos Formais →Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação; Espaço. Composição → - Técnicas: jogos teatrais, teatro diretor e indireto, mímica, ensaio, teatro-fórum, roteiro, encenação e leitura dramática.

- Gêneros: Tragédia; Comédia; Drama e Épico; Dramaturgia; Representação nas mídias; Caracterização Cenográfica; sonoplastia; figurino e iluminação; Direção e Produção. Movimentos e Períodos → Teatro Grego-Romano; Teatro Medieval; Teatro Brasileiro; Teatro Popular; Teatro

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Cultural; Teatro Engajado; Teatro Dialético; Teatro Essencial Teatro do Oprimido; Teatro Pobre; Teatro de Vanguarda; Teatro Renascentista; Teatro Latino-americano; Teatro Realista; Teatro Simbolista.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Conforme as Diretrizes Curriculares, é preciso considerar para quem as aulas de arte serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica: • Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles. Para isso será realizado durante as aulas: - Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro. - Teorias do teatro. - Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços. - Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. - Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social. Nas aulas de Arte serão contemplados conteúdos obrigatórios que abordam a história do Paraná; a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; Direito das Crianças e Adolescente, Educação Tributária e Educação Ambiental.

Os recursos didáticos e tecnológicos usados serão TV pendrive, internet, dvd, vídeos e quadro de giz, textos, livros Didáticos, etc.

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica regulada pela aprendizagem dos alunos, percebida e identificada no próprio processo das produções orais e escritas dos alunos no dia-a-dia, levando-se conta a: - Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea. - Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social. - Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

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O método de avaliação proposto no processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas. Além disso, têm um percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança. O professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor. A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades, e também através de atividades diversas e de avaliação escrita de conhecimento específico do conteúdo trabalhado. A somatória de todas as atividades, palestras debates, trabalhos, realizadas será 50% da nota bimestral e 50 % na avaliação escrita. A Recuperação Paralela ocorrerá diariamente oportunizando ao aluno a retomada das atividades que ainda não foram assimiladas, bem como a retomada de conteúdos, quando necessário.

Os alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados a partir de suas especificidades, atendendo ao disposto nos artigos 58 e 59 da LDB 9394/96.

REFERÊNCIAS BOSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte. São Paulo: Ática, 1991. FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. GRAÇA PROENÇA. História da Arte. São Paulo: Ática, 2003. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio. 2006.

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EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao refletirmos sobre a Educação Física e sua proposta de trabalho no Ensino Fundamental, não podemos deixar de relembrar os acontecimentos marcantes que contribuíram para sua evolução enquanto disciplina escolar, que é tão importante quanto as outras disciplinas e tem objetivos centrados numa formação que pode proporcionar um melhor desenvolvimento para a vida do aluno. Este aluno, que é o centro de nosso trabalho e de nossos estudos enquanto educadores preocupados com um mundo mais humano e digno, em que a escola pode ser um espaço de aprendizagem e troca de experiências entre todos os envolvidos, seja qual for sua condição social ou econômica, seu pertencimento étnico ou cultural, diante de suas possíveis necessidades especiais para a aprendizagem.

Essas características da disciplina devem ser tomadas como potencialidades para

promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar para todos, colaborando para uma dimensão de Educação Física que pode levar seus alunos a serem mais reflexivos e críticos, a ir além do fazer pelo fazer, como sujeitos e agentes dentro de sua própria história, atuando no mundo a partir do modo como o compreendem e como dele lhe é possível participar.

Iniciemos então pela Ginástica, antigo nome da Educação Física, que surgiu após a

chegada ao Brasil da família real portuguesa trazendo a preocupação com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal passou por influências provenientes da área médica (por exemplo, o higienismo), por interesses militares (nacionalismo, instrução pré-militar) e exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência.

Ao final do século XIX, após a proclamação da República, com a atenção voltada

para as instituições escolares, Rui Barbosa, autoridade influente da época, em 1882, emitiu o parecer nº 224, sobre a Reforma Leôncio de Carvalho denominado “Reforma do Ensino Primário e várias instituições complementares da Instrução Pública” dando destaque à Educação Física como fator formador de jovens. A partir de então a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares.

Na década de 70, com a implantação da Lei 5692/71, por meio de seu artigo 7º e

pelo Decreto nº 69450/71, a Educação Física mantém seu caráter obrigatório de disciplina em âmbito escolar, passando a ter uma legislação específica e sendo integrada como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.

Este decreto deu ênfase à aptidão física, tanto na organização de atividades como

no seu controle e avaliação e a iniciação esportiva se tornou um dos eixos fundamentais de ensino onde se buscava a descoberta de novos talentos que pudessem participar de competições esportivas tanto dentro como fora do país.

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Na década de 80, os efeitos desse modelo começaram a ser contestados pela comunidade científica e educacional, levando a uma profunda crise de identidade, que originou uma mudança expressiva nas políticas educacionais: a Educação Física Escolar passa a dar prioridade ao segmento de primeira a quarta séries e também a pré-escola. O objetivo passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno, buscando desatrelar sua atuação na escola, valorizando o processo de aprendizagem e não somente a execução de um gesto técnico isolado.

Com a reformulação da Educação Física surgiram novas tendências ou correntes de

ensino, como as abordagens desenvolvimentista e a construtivista. A primeira, desenvolvimentista, defende a idéia de que o movimento é o principal meio e fim da Educação Física. Já a abordagem construtivista, defende a formação integral sob a perspectiva construtivista-interacionista, incluindo as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano.

Depois disso, houve muitas discussões acerca das atividades que vinham sendo

aplicadas nas aulas, surgindo assim abordagens críticas a partir da década de 90 e se acreditava que qualquer consideração sobre a pedagogia mais apropriada devia versar não somente como se ensinam e como se aprendem os conhecimentos transmitidos pela escola, mas possibilitar compreensão, por parte do aluno, de que a produção cultural da humanidade expressa uma determinada fase e que mudanças ao longo do tempo foram acontecendo. Citamos aqui então as abordagens crítico-superadora e a crítico-emancipatória.

As abordagens referidas no parágrafo anterior colocam-nos as atividades

educacionais da Educação Física, nestas dimensões:

- Crítico-superadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia histórico-crítica e estipula como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de conteúdos como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança. O conceito de Cultura Corporal tem como suporte a idéia de seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado historicamente, acerca do movimento humano, para ser transformado em saber escolar. - Crítico-emancipatória: nesta perspectiva, o movimento humano em sua expressão é considerado significativo no processo ensino-aprendizagem, pois está presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o “ser no mundo”. Neste sentido, parte do entendimento de que a expressividade corporal é uma forma de linguagem pela qual o ser humano se relaciona com o meio, tornando-se sujeito a partir do reconhecimento de si no outro.

Tempos depois, iniciam-se as discussões para a elaboração do Currículo Básico no Estado do Paraná, que passou a orientar todas as escolas públicas do Estado, com grande influência sobre as práticas escolares. Este currículo veio reformular a educação, e consequentemente, a disciplina de Educação Física, a partir de reflexões históricas e sociais que desvelassem os mecanismos de desigualdade social e econômica, para então legitimar e concretizar um projeto de transformação social.

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Mais adiante, temos a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº9394/96), onde o Ministério da Educação (MEC) apresentou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que passaram a subsidiar propostas curriculares nos Estados e Municípios brasileiros. No que se refere a Educação Física escolar, ela é entendida como uma disciplina que integra o aluno na cultura corporal do movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas, em benefício do exercício crítico da cidadania, da melhoria de qualidade de vida e assinala aos alunos portadores de necessidades especiais, que estes não podem ser privados das aulas de Educação Física.

Atualmente, as Diretrizes Curriculares trazem uma reflexão sobre o fazer corporal e

a escola deve ser vista como um espaço da garantia de acesso ao conhecimento produzido historicamente pela humanidade. Dessa forma, a educação básica deve oferecer ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo.

CONTEÚDOS

Estruturantes 1ª/2ª/3ª Séries .Esporte .Jogos e Brincadeiras .Dança .Ginástica .Lutas Básicos .Esportes: -Esportes coletivos -Esportes individuais -Radicais .Jogos e Brincadeiras: -Jogos de tabuleiro -Jogos dramáticos -Jogos cooperativos .Dança: -Danças folclóricas -Danças de salão -Danças de rua .Ginástica: -Ginástica artística/olímpica -Ginástica de condicionamento físico -Ginástica geral

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.Lutas: -Lutas de aproximação -Lutas que mantêm à distância -Lutas com instrumento mediador -Capoeira

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As Diretrizes Curriculares apontam a Cultura Corporal como objeto de estudo da Educação Física, evidenciando a melhoria da saúde, de consciência corporal e identidade pessoal, de poder adquirir uma expressividade corporal consciente, e de poder levá-lo a refletir criticamente sobre estas práticas corporais levando-se em conta, o momento político, histórico, econômico e social em que os fatos estão inseridos.

Para o aluno que está ingressando em nossa escola, deve-se levar em conta aquilo

que ele traz como referência acerca do conteúdo proposto pelo professor em sala de aula. Este momento caracteriza-se como preparação do aluno para a construção do conhecimento escolar. Após breve mapeamento daquilo que o aluno conhece sobre o tema, o professor apresentará o conteúdo sistematizado, para que o aluno tenha condições de assimilá-lo e recriá-lo, podendo desenvolver assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática corporal.

Em relação aos conteúdos, aqui citados como conteúdos estruturantes propostos –

o esporte, jogos e brincadeiras, dança, ginástica e lutas, estes serão trabalhados de acordo com o grau de complexidade, onde haverá um aprofundamento dentro dos temas aplicados pelo professor, partindo de práticas educacionais que envolvam, a princípio, atividades lúdicas e educativas que possam contribuir para o processo de aprofundamento destes conhecimentos, e para possível avaliação do processo ensino/aprendizagem.

Para a apreensão crítica dos conteúdos sugere-se a organização das aulas em três

momentos: -Proposição do que vai ser executado; -Execução do que foi proposto; -Reflexão sobre o que foi executado.

Ao professor cabe a tarefa de organizar as atividades, a sistematização das práticas corporais que podem possibilitar a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. É interessante lembrar que a pesquisa para relacionar o que é específico da comunidade com o que é universal, em termos corporais, pode ajudar dentro deste processo de escolarização. Deve-se, além de observar os conteúdos específicos, aqui nesta proposta citados como conteúdos básicos, o professor deve levar em conta sua amplitude, complexidade e aprofundamento da série que se está trabalhando, com um olhar para as séries seguintes que o aluno poderá acompanhar.

Dentro das atividades a serem planejadas pelo professor, cabe acrescentar práticas

que levem a repensar regras para ampliar as possibilidades formativas, evitando formas de discriminação, segregação e competição exacerbada, não esquecendo que em situações

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conflitantes é tarefa do professor ser o mediador, dispondo de argumentos que favoreçam o esclarecimento dos sujeitos envolvidos no processo educativo.

Nas aulas de Educação Física serão contemplados conteúdos obrigatórios que

abordam a história do Paraná; a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; música, prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; Direito das Crianças e Adolescente, Educação Tributária e Educação Ambiental.

Os recursos didáticos que o professor poderá utilizar no planejamento das aulas de educação física são: tv multimídia, materiais esportivos disponíveis na escola, materiais elaborados e confeccionados pelos próprios alunos em sala de aula, aparelho de som, projetor de slides, computadores, dvd’s, vídeos, vídeo games, e outros materiais ainda que possam ser utilizados como recursos para uma aprendizagem mais eficaz e efetiva, além de considerar os possíveis espaços e estruturas físicas onde poderão ocorrer as práticas elaboradas pelo professor.

AVALIAÇÃO

De acordo com as especificidades da disciplina, a avaliação deve priorizar a qualidade no processo de ensino e aprendizagem para todos os alunos, atendendo os alunos da zona urbana como aqueles que são moradores na zona rural de nosso município, aquele que tem facilidades na aprendizagem e aquele que apresenta dificuldades. Através de um diagnóstico, o professor de educação física deverá levar em conta de fato a aprendizagem do aluno, de modo que essa aprendizagem seja o fator determinante nas ações pedagógicas para um ensino real e satisfatório.

A avaliação deve considerar experiências e sistematizações realizadas durante o

processo de aprendizagem, valendo- se de indicadores que evidenciem, através de registros, o que os alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, socialização, os (pré) conceitos sobre cada temática, a capacidade de resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor.

Devemos lembrar que tanto o professor quanto o aluno poderão revisar o trabalho

realizado, identificando os avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de re(planejar) e propor encaminhamentos que reconheçam acertos e ainda superem as dificuldades constatadas.

Podemos ainda dar destaque a organização e realização de festivais, torneios

intraclasse e interclasses, projetos, cuja finalidade é demonstrar os conhecimentos adquiridos, a capacidade de liberdade e autonomia dos alunos.

No momento em que o professor sentir necessidade de intervenção pedagógica

durante o transcorrer deste processo de aprendizagem, poderá utilizar instrumentos avaliativos como: dinâmicas de grupo, seminários, debates, júri-simulado, re(criação) de jogos, pesquisa em grupos, entre outros que possam colaborar, assim como provas e trabalhos escritos para redimensionar sua ação pedagógica. Dessa forma, será considerado 60% da nota em atividades práticas e 40% em atividades teóricas.

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Para recuperação de conteúdos é necessário uma reflexão crítica sobre aquilo que

foi trabalhado e isso pode ocorrer de diferentes formas, dentre elas: a escrita, o desenho, a discussão e a expressão corporal. Serão utilizados também instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem, reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio processo de aprendizagem. Ainda em relação a recuperação, ela será considerada como uma nova forma de aprendizagem, conforme a necessidade do processo avaliativo, vislumbrando o processo de ensino e aprendizagem, ocorrendo de forma paralela ao tema aplicado em aula pelo professor.

Os alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados a partir de suas

especificidades, atendendo ao disposto nos artigos 58 e 59 da LDB 9394/96.

REFERÊNCIAS BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In: Caderno Cedes, ano XIX, nº48,agosto/99. _______, Valter. Pesquisa em ação: educação física na escola. 2ª Ed. Unijuí, 2005. BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura corporal da dança. São Paulo: Ícone, 2006. __________, Roseli Aparecida. Cultura corporal da ginástica: livro do professor e do aluno. São Paulo: Ícone, 2006. __________, Roseli Aparecida. Cultura corporal do esporte: livro do professor e do aluno. São Paulo: Ícone, 2007. __________, Roseli Aparecida. Cultura corporal do jogo. São Paulo: Ícone, 2007. CAPANOZ, Francisco Eduardo. Entre a educação física na escola e a educação física da escola: a educação física como componente curricular. 2ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005. CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: a história que não se conta. 2 ed., Campinas: Papirus, 1991. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez,1992. FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 1992. GOELLNER, Silvana Vilodre (org.). Educação Física/Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: Colégio Brasieira de Ciências do Esporte, 1999.

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica- Educação Física, Paraná, 2008. HISHIMOTO, Tizuto M. (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 8ª Ed. São Pauo: Cortez, 2005. LIBÂNEO, J.C. Democratização da Escola Pública: a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. São Paulo: Loyola,1985. LUNZ, Elenor. Transformação disático-pedagógica do esporte. 6ª ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004. MARCELLINO, Nelson Carvalho (Org.). Lúdico, educação e educação física. 2 ed., Ijuí: Unijuí, 2003. MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. 4ª Ed. São Paulo: Cortez, 2007. MEDINA, João Paulo S. O Brasileiro e seu corpo. 2ed., Campinas : Papirus,1990. OLIVEIRA, Sávio Assis de. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. 2ª Ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico_Crítica: Primeiras Aproximações. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1991. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Educação Fisica-Ensino Médio. Curitiba,2006. SOARES, Carmem Lucia. Imagens da educação no corpo: estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. 3ª ed. Campinas, SP: Autores Associados.

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MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Os povos da antiguidade tinham grande conhecimento da matemática ela fazia

parte da sua cultura, saber matemática era ser sábio somente quem tinha grande sabedoria poderia estudar essa ciência, mas com o desenvolvimento da humanidade essa Ciência passou a fazer parte da vida das pessoas e ela começou a ser estuda pelas classes dominantes, somente os filhos do clero tinha acesso às escolas, essas pessoas eram preparados pelos grandes matemáticos para assumir o poder da sociedade. Com o desenvolvimento do comércio e o surgimento das profissões como os artesãos surgiram à necessidade de ensinar outra matemática que viesse satisfazer o mercado de trabalho da época. Com a revolução industrial surgiram às fábricas e a necessidade de operários preparados para manusear as máquinas e a matemática passou a fazer parte da vida de todos os cidadãos, com a influência da mídia e necessidade do progresso a matemática vai ficando cada vez mais forte contribuindo para o desenvolvimento dos povos. Hoje a matemática já está integrada a informatização e o trabalhador que não acompanhar a evolução estarão fora do mercado de trabalho, pois quanto mais o mercado se desenvolve mais conhecimento matemático será necessário para entender a evolução e o desenvolvimento tecnológico.

Desde os tempos mais remotos os textos de matemática incluem problemas para os

leitores resolverem. Os textos mais antigos como os Egípcios, os Babilônios e os Chineses eram compostos por uma lista de problemas cujas soluções eram depois fornecidas. Por exemplo, o mais antigo destes textos, de origem egípcia, conhecido por Papiro de Rhind contém uma coleção de 85 problemas. Os problemas eram escolhidos como uma forma de ensinar, ao leitor, a matemática, sendo muitas vezes colocados por grau de dificuldades; por outro lado estes problemas refletem, muitas vezes, as necessidades das sociedades, os diferentes aspectos da vida quotidiana, etc.

Os conhecimentos que temos da matemática egípcia provêm, essencialmente, de

dois textos escritos em papiro: o papiro de Rhind (1600 a.C.) e o papiro de Moscovo (1800 a.C.). No entanto pensa-se que os conhecimentos matemáticos nele contidos datam de uma época anterior, provavelmente, mesmo do início da civilização egípcia.

O maior desenvolvimento da matemática grega deu-se no período helênico, de 300

a.C. a 200 d.C. Por volta de 300 a.C. o centro da matemática mudou-se de Atenas para a cidade construída por Alexandre, o Grande (358 - 323 a.C.) - Alexandria (no Egipto). Onde no Museu trabalharam matemáticos como Euclides (c. 325 - c. 265 a.C.). Alexandria permaneceu o centro das matemáticas durante cerca de um milênio. E embora, a matemática fosse produzida no Egito ela é considerada como grega, não só porque foi desenvolvida por matemáticos de origem grega, mas também porque era escrita nesta língua.

Na Arábia Como refere Victor Katz, não é possível escrever uma história completa

da matemática árabe, uma vez que muitos manuscritos ainda não foram estudados ou mesmo nunca foram lidos.

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Alguns dos trabalhos árabes são conhecidos devido à sua tradução para latim feita na Europa durante a Idade Média.

Na Europa no século X, houve um renascimento pelo interesse pela matemática

com o trabalho de Gerbert d'Aurillac (945-1003) que se tornou papa Silvestre II. Gerbert estudou na Espanha, então ocupada pelos muçulmanos, tendo provavelmente aí aprendido a sua matemática. Mais tarde este reorganizou a escola de Reims e reintroduziu o estudo da Matemática.

A matemática grega que era desconhecida em, praticamente, toda a Europa até

cerca do início do século XII; começou a ser traduzida, nessa época, para latim, essencialmente a partir de fontes árabes. Maior parte deste trabalho de tradução foi realizado em Toledo, na Espanha.

Quando comparado com o dos outros países latino-americanos, o desenvolvimento

da Matemática no Brasil foi muito tardio ganhando destaque a educação matemática: a etnomatematica surgiu na década de 1970, quando Ubiratan D’ Ambrósio propôs que os programas educacionais deveriam dar ênfase a matemática produzidas pelas diferentes culturas. O Programa Etnomatemática teve sua origem na busca de entender o fazer e o saber matemático de culturas marginalizadas.

Etnomatemática não se esgota no entender o conhecimento saber e fazer

matemático das culturas periféricas. Esse ciclo, inclusive a dinâmica cultural de encontros de indivíduos e de grupos. A Etnomatemática tem como objetivo entender o ciclo do conhecimento em distintos ambientes.

A Etnomatemática busca identificar manifestações matemáticas nas culturas

periféricas tomando como referência a matemática ocidental, a Etnomatemática tem como referências categorias próprias de cada cultura. .Etnomodelagem: Reconhecimento de estruturas matemáticas em situações reais. Pesquisa de diferentes estruturas "veiculadas" nos jornais. Percepção de modelos matemáticos em manifestações culturais. Aplicação dos recursos de etnomodelagem, em sala de aula.

Estudando a história da matemática junto com cada conteúdo o estudante terá

mais facilidade para compreender a existência e o sentido da disciplina, como ela surgiu, entenderá que o seu surgimento e a sua evolução está ligada a necessidade do ser humano de acompanhar o progresso e o desenvolvimento da humanidade. A matemática faz parte da revolução tecnologia, se não fosse a evolução dos conhecimentos matemáticos o homem não tinha chegado ao progresso atual. Não teria desenvolvido como, por exemplo, o avião, o computador, a internet, o celular o automóvel e muitos outros inventos que facilita a vida das pessoas. O desenvolvimento caminha com a rapidez com que a matemática desenvolve o seu conhecimento, se a matemática ficar parada o desenvolvimento não acontecerá, pois tudo está ligado a ela, as outras profissões fazem parte do ciclo de evolução desta disciplina.

Objetivo geral Relacionar a aprendizagem da Matemática com o cotidiano dos alunos explorando a

Etnomatemática nas diferentes culturas encontradas na escola

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Objetivos específicos - Desenvolver capacidade de analisar, relacionar, comparar, classificar, ordenar,

sintetizar generalizar e criar; - Adquirir habilidade especifica para medir e comparar, medidas, calcular, construir

e consultar tabelas, traçar e interpretar gráficos, utilizar e interpretar corretamente a simbologia da matemática;

- Adquirir informações e conhecimentos sobre diversos tipos de conceitos e métodos utilizados na matemática, bem como dar significado a essas informações;

- entender a matemática como modelo- ferramenta que auxilia na resolução de novos problemas, inclusive relacionado com as demais ciências;

- ser capaz de, a partir de uma situação problema, transferir os diversos conceitos trabalhados na tentativa de solucionar tal situação, e poder confrontar e analisar as diversas soluções e interpretar o erro.

- construir por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversas, visando à informação integral do ser humano e, particularmente do cidadão.

Justificativa Pretende-se buscara modos alternativos e diferenciado de ensinar matemática,

proporcionando a participação do aluno de forma espontânea e critica que possa contribuir com seu crescimento e desenvolvimento de aptidões. Oferecendo oportunidade para o aluno adquirir conhecimento dos conteúdos da Matemática relacionando os conceitos com sua realidade tornando-o capaz de solucionar problemas no seu dia-a-dia, desenvolver o raciocínio lógico e atitude investigativa para que ele possa ser sujeito ativo na busca e formação do seu próprio conhecimento.

CONTEÚDOS 1ª série Estruturantes Números e Álgebra Básicos - Equações e Inequações, exponencial, logaritmo e modular Estruturante Funções Básicos - Função Afim; - Função Quadrática; - Função Polinomial; - Função Exponencial; - Função Logarítmica; - Função Trigonométrica; - Função Modular; - Progressão Aritmética; - Progressão Geométrica.

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2ª série Estruturantes Números e Álgebra Básicos - Sistemas Lineares; - Matrizes e Determinantes Estruturantes Grandezas e Medidas Básicos - Medidas de área; - Medidas de volume; -Medicas de grandezas vetoriais; - medidas de Informática; - Medidas de energia; Estruturante Geometrias Básicos - Geometria Plana; - Geometria Espacial - Geometrias Não – Euclidianas. Estruturante Tratamento da Informação Básicos - Analise Combinatória; - Binômio de Newton; - Estudo das Probabilidades; - Estatística; 3ª série Estruturante Tratamento da informação Básico - Matemática Financeira. Estruturantes Grandezas e Medidas Básico - Trigonometria Estruturantes Números e Álgebra Conteúdos Básicos - Números reais;

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- Números complexos; - Polinômios; Estruturante Geometria Básico - Geometria Analítica;

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para poder propiciar ao educando que alcance seus objetivos e que relacione com

seu cotidiano pretende-se trabalhar a matemática de forma a atender as necessidades de todos os alunos já que possuímos alunos com varias culturas diferentes como por exemplos alunos indígenas, sem terras, assentados de periferias, filhos de agricultores, de bóias frias, filhos de empresários, filhos de trabalhadores em madeireiras entre outros. Trabalharemos a construção de conhecimento levando em conta as tendências metodológicas da educação matemática como a etnomatematica, modelagem matemática, mídia e resolução de problemas apresentam caminhos diferentes de trabalhos em sala de aula contribuindo para a prática pedagógica, e a aprendizagem matemática que ocorrem com a participação ativa do aluno/professor. O trabalho com a modelagem matemática que contribuirá para o desenvolvimento do aluno para que através da linguagem matemática possa melhorar compreender, prever e simular, ou ainda mudar determinados vias do conhecimento com estratégia enfatizando a importância da matemática para a formação do aluno desenvolver habilidades para a resolução de problema e estimular a criatividade. Trabalhar-se-á com o reconhecimento de estruturas matemáticas em situações reais, pesquisando diferentes estruturas matemáticas "veiculadas" nos jornais, bem como a percepção de modelos matemáticos em manifestações culturais. Também aplicar-se-á os recursos de etnomodelagem, em sala de aula, respeitando um enfoque intercultural e multi étnico, sempre enfocando o processo de resolução de problemas no processo investigativo.

Será utilizado o computador a calculadora os softwares, televisão, Internet entre

outros recursos como aliados no ensino aprendizagem. O trabalho com as novas tecnologias serão voltados ao estímulo do desenvolvimento e da criatividade do aluno contribuindo para a sua formação, por isso pretende-se trabalhar a matemática usando as tendências tecnológica de maneira racional para não causar a exclusão do aluno, construção de sólidos geométricos utilizando material concreto, jogos educativos, material de sucata, latas, caixa de papel, canudos, papeis dobradura, jornal, aulas expositivas, trabalhar a cultura matemática de cada comunidade, trabalhos em grupos de pesquisa para promover a interação entre os alunos das diferentes comunidade favorecendo a construção do conhecimento levando a reflexão e exploração do raciocínio trabalhar a solução de problemas trazidos pelos alunos sobre a sua comunidade por exemplos questão relacionada com a agricultura. Medidas como cada comunidade usa o conhecimento matemático no seu dia – a - dia levando em conta a educação matemática e a modelagem matemática que cada comunidade utiliza. Um trabalho de troca de conhecimento matemático entre os alunos dos assentamentos, dos sem terras dos indígenas, dos filhos de agricultores dos filhos de empresários dos filhos de bóias frias os que tenham acesso a tecnologia e os outros que nem tenham luz elétrica na sua comunidade.

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Os conteúdos obrigatórios que abordam a história do Paraná; a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; Direito das Crianças e Adolescente, Educação Tributária e Educação Ambiental serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina, propostos nas Diretrizes Curriculares.

Outro desafio será desenvolver o processo de inclusão, implementando a partir da

matrícula de uma criança na escola repensando o processo de planejamento das aulas, avaliação, currículo e do projeto pedagógico existente, bem como das crenças e resistências dos profissionais envolvidos, discutir o verdadeiro significado da inclusão em dimensão teórica e pratica. Isso tudo, para que se possa construir uma verdadeira Escola Inclusiva, onde aconteça a transformação nos diferentes segmentos, garantindo um processo de qualidade para todas as crianças. Dessa forma, o processo de inclusão desenvolvido pela escola regular torna-se um espaço educacional dentro de uma realidade inclusiva voltada para todos.

Afirmar que uma escola regular é inclusiva porque nela estuda uma criança com

deficiência, uma idéia esvaziada de conhecimento no processo de inclusão. O desfio que a escola regular tem a enfrentar para poder ensinar com igualdade a todos sem diferenças individuais não será mais aquele com transmissão de conteúdos mecânicos sem inovações.

Propõe-se buscar metodologias diversificadas que agucem envolvimento e interesse

do aluno na construção do conhecimento, transformando o trabalho da disciplina com significado satisfatório.

Uma das metodologias que será trabalhada em todas as series será a do

desenvolvimento do raciocínio lógico através de análise e resolução de problemas dos conteúdos estruturantes e básicos envolvendo os problemas correlacionados. Silogismo, Encontrando o Culpado, Psicotécnicos,, verdades e Validades, conectivos e Operações Lógicas, relação de Equivalência, Álgebra Proposicional, variável e Funções Proporcionais, Conjunto Verdade, Quantificadores, Dedução Lógica, Argumentos Dedutivos válidos, Regra de Inferências.

AVALIAÇÃO

A avaliação faz parte de todo o processo de aprendizagem e de formação dos

alunos. A avaliação não ficará centralizada somente no aluno e no seu desempenho, mas em todo o processo de ensino aprendizagem do professor e dos alunos, por isso alem de cumulativa e somativa a avaliação em matemática será formativa, a partir do acompanhamento e registro do desenvolvimento dos alunos em relação aos trabalhos realizados.

Esperando alcançar a superação das dificuldades que os alunos apresentam em

matemática, essas dificuldades serão trabalhadas através da resolução de problemas nas experiências sociais de cada um, de maneira que possa contribuir para uma mudança positiva.

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A avaliação para os alunos com necessidades especiais será feita de maneira diferenciada para cada tipo de necessidades. Como por exemplo: alunos com altas habilidades/superdotação, necessidade de metodologia de ensino e avaliação baseada na criatividade, de modo a estimular suas capacidades, a avaliação da aprendizagem de natureza, diagnostica é importante para identificar as capacidades do aluno e elaborar estratégias de ensino mais eficaz. A avaliação diagnostica apresenta forte influencia para o avanço da aprendizagem e da inteligência, diante da superação de desafios em diferentes áreas do saber e do fazer. Dessa forma, a avaliação torna-se inclusiva, na medida em que, ao invés de centrar-se nas limitações desses alunos, direciona-se para o atendimento de suas necessidades e para a participação ativa de toda a comunidade escolar.

A avaliação será desenvolvida diariamente, através das atividades em sala de aula e

acompanhamento constante do progresso do estudante em relação à compreensão dos aspectos históricos, culturais da evolução das ideias em Física. Para tanto, o professor utilizará 70% das atividades em avaliações escritas diversificadas e 30% fica destinado a outras atividades, como seminários, debates e trabalhos, sendo que todas as atividades realizadas pelos alunos serão somativas.

A recuperação paralela dar-se-á após cada atividade avaliativa ou nas retomadas de

conteúdos quando não assimilados levando em consideração a evolução do aluno observando quais os pontos a serem retomados e verificando o conhecimento e habilidade que os alunos desenvolvem podendo dar continuidade a seu trabalho a ao professor retornar sua prática com novas metodologias prevalecendo sempre a nota maior.

REFERÊNCIAS AMBROSIO, U. D’. Da Realidade à Ação –Reflexão sobre Educação Matemática. 2ª ed. São Paulo Summus, Campinas: Editora da Universidade. _________, U. D’ Etnomatemática: Elo entre as tradições e a modernidade. 2ª ed. Editora Autentica Belo Horizonte 2005. BIEMBENGUT, M. S. & HEIN, N. Modelagem matemática. Ed. Contexto. São Paulo: 2005. BORBA, M. C. Um Estudo de Etnomatemática: Sua Incorporação na Elaboração de uma Proposta Pedagógica para o “Núcleo-Escola” da Favela da Vila Nogueira - São Quirino, Dissertação de Mestrado, IGCE/UNESP, Rio Claro 1987. CARVALHO, D. L. de. Metodologia do Ensino da matemática. Ed. Cortez. São Paulo: 1992 DANTE, R. L. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. 12ª Ed. Editora Ática 2005. DEWDNEY, A. K. 20.000 Léguas Matemáticas: um passeio pelo misterioso mundo dos números, Editora Jorge Zahar Rio de janeiro 2000. GERALDI, J. O texto na sala de aula 2ª ed. Cascavel Assoente, 1994.

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GERDES, P. Etnomatemática. Cultura, Matemática, Educação. Instituto Superior Pedagógico. Maputo, 1991. MACHADO, N. J. Matemática e Realidade 3ªed. Editora Cortez São Paulo 1991. MONTEIRO, A. Etnomatemática: As Possibilidades Pedagógicas num Curso de Alfabetização para Trabalhadores Rurais Assentados, Tese de Doutorado, FE/Unicamp, Campinas, 1998. PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares de Matemática para. Curitiba: 2008. POLYA, G. A Arte de Resolver Problemas. Editora Interciências Rio de Janeiro 2006. KRULIK, S.; REYS R. E. Resolução de Problemas na Matemática escolar. Ed. Atual. São Paulo: 1997. SMOLE, Kátia Stocco; Diniz, Maria Ignez. Ler, Escrever e Resolver Problemas: Habilidade básica para aprender matemática. Porto Alegre Artmed Editora, 2001.

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FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física surgiu como ramo independente da ciência a partir do século XVII, com os cientistas como Kepler, Galileu, Newton e muitos outros. Eles formularam princípios e leis, fizeram observações sistemáticas, verificações experimentais e, sobretudo, escreveram e publicaram suas ideias e resultados. Física é a ciência que trata dos componentes fundamentais do Universo, as forças que eles exercem e os resultados destas forças. O termo vem do grego physike, que significa natureza. Como ciência, a Física faz uso do método científico. A Física, incorporada à cultura e integrada como instrumento tecnológico, tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea. É um conhecimento que permite elaborar modelos de evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas que compõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas fontes de energia para uso da vida humana, transformar e criar novos materiais ou inventar produtos e tecnologias. A Física contribui para a formação de uma cultura científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação. É necessário que a cultura em Física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicos ou tecnológicos, que cercam o cotidiano doméstico, social e profissional. O Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem são grandes sínteses que constituem três campos de estudo da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do século XIX: • A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica); • A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule Clausius, Kelvin, Helmholtz e outros; • O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de homens como Ampére e Faraday. As concepções dos físicos a respeito dos fenômenos naturais sofrem reformulações ao longo do tempo. Do fim do século XIX ao início do século XX, houve mudanças revolucionárias na forma de a física entender a natureza. Essas reformulações ocorrem sempre que a própria comunidade científica se mostra insatisfeita com as leis e as teorias que a física estabelece para explicar determinados fenômenos, quando essas leis e teorias falham em suas previsões ou não prevêem os fatos como são observados experimentalmente.

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CONTEÚDOS Estruturantes

MOVIMENTO TERMODINÂMICA ELETROMAGNETISMO

1ª série Conteúdo Estruturante: Movimento Conteúdos Básicos:

Mecânica

Gravitação

Leis de Newton: 1ª Lei de Newton (Inércia), 2ª Lei de Newton, 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

2ª série Conteúdo Estruturante: Movimento Conteúdos Básicos:

Energia

Princípio da conservação da energia

Conservação da quantidade de movimento (momentum)

Variação da quantidade de movimento (Impulso) Conteúdo Estruturante: Termodinâmica Conteúdos Básicos:

Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, 1ª Lei da Termodinâmica e 2ª Lei da Termodinâmica

Comportamento Térmico dos gases Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo Conteúdos Básicos:

A natureza da luz e suas propriedades: Ondas e Som

3ª série Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo Conteúdos Básicos:

Carga elétrica

Campo elétrico

Corrente elétrica

Campo e ondas eletromagnéticas

Força eletromagnética

Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática, Lei de Coulomb, Lei de Ampere, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday

A natureza da Luz e suas propriedades

Física Moderna

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METODOLOGIA

O reconhecimento da física como um campo teórico com conceitos fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio de ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica.

Relacionar a Física com outros campos do conhecimento, textos de divulgação cientifica, literários, etc;

O contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto da cultura humana.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Análise de informações que ilustrem a importância da Física;

Discussões para interpretações de informações e situações que os alunos tragam de seu cotidiano;

Atividades para revisão e fixação de conteúdos;

Aulas práticas, com realização de experimentos que estejam dentro da realidade do aluno com materiais de fácil acesso e que sejam confeccionados por eles, para que participem mais integralmente das aulas podendo assim adaptar seus conhecimentos para o cotidiano, interpretando dados e tirando conclusões;

Organizar grupos de discussões em sala de aula para que sejam desenvolvidos os conhecimentos e as habilidades dos alunos;

Dos recursos didáticos: utilização do livro didático como apoio, incorporando outros meios que ampliem os conteúdos propostos como: TV, pendrive, retroprojetor, quadro de giz e giz, livros e textos, laboratório e material experimental que possa ser levado para sala de aula;

Elaborar hipóteses sobre práticas sociais, trabalhos orais e escritos, pesquisas, analise de filmes e interpretações;

Elaborar atividades extracurriculares sobre assuntos que envolvem o ensino de Física com desafios que estão sendo enfrentados no cotidiano do aluno, como a violência que muitas vezes utiliza tecnologias produzidas pela Física;

Conscientizar o uso indevido das drogas, com experiências destacando os problemas que as mesmas podem acarretar às pessoas e ao ambiente;

Demonstrar através de palestras, seus direitos deveres de cidadão no mundo;

Sobre a educação Fiscal e Ambiental, é de grande importância que o aluno saiba respeitar a ética, no que diz respeito a novas invenções relacionada ao mundo da Física, pois se não houver respeito, poderá acarretar graves problemas ao mundo muitas vezes irreversíveis;

Para ajudar o aluno a entender e interagir melhor com esses desafios da modernidade, o professor pode usar aparatos tecnológicos como simulações computacionais que estão presentes em vários sites da Internet.

AVALIAÇÃO A avaliação é um processo contínuo que deve ser reavaliado por toda equipe da escola, pois é um instrumento de autoavaliação para o aluno e um instrumento diagnóstico para o professor, com vistas a uma produtividade que venha alcançar a qualidade. Dessa

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forma, os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do professor e do aluno na busca dos objetivos não atingidos, pois é através da avaliação que o professor verifica o aproveitamento de suas aulas e proporciona, ao aluno, condições de resgatar e recuperar as falhas ocorridas durante o processo de ensino aprendizagem. Nesse sentido, o professor deve considerar a diversidade da turma, para que assim possa desenvolver uma prática pedagógica democrática e inclusiva. Portanto, o aluno será avaliado de forma diferenciada, visando seu crescimento e sua formação. Para isso, serão utilizadas no mínimo duas avaliações escritas, além disso, será realizada lista de exercícios, trabalhos produzidos individualmente ou em grupo, apresentados oralmente ou escritos, elaboração de relatórios individuais ou em grupos, compreensão do conteúdo físico expresso em textos científicos, compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada. A avaliação será desenvolvida diariamente, através das atividades em sala de aula e acompanhamento constante do progresso do estudante em relação à compreensão dos aspectos históricos, culturais da evolução das ideias em Física. Para tanto, o professor utilizará 70% das atividades em avaliações escritas diversificadas e 30% fica destinado a outras atividades, como seminários, debates e trabalhos, sendo que todas as atividades realizadas pelos alunos serão somativas.

Promover meios para a recuperação dos alunos com menor rendimento, bem como

estabelecer estratégias para a recuperação destes alunos. Cada conteúdo não assimilado pelo aluno será retomado na forma de recuperação paralela, propondo novos métodos e formas de ensino visando o ensino e a aprendizagem.

Os alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados a partir de suas

especificidades, atendendo ao disposto nos artigos 58 e 59 da LDB 9394/96.

REFERÊNCIAS

ANJOS, Ivan Gonçalves dos. Física – Novo Ensino Médio. Volume Único. Sistema de Ensino IBEP: São Paulo. BONJORNO, Regina Azenha, et al. Física Completa. Vol. Único, Ens. Médio, 2ª ed. São Paulo: FTD, 2001. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Física. SILVA, Djalma Nunes da. Física. Paraná: 5ª ed, 2ª impressão, Editora Ática, 2000.

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QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O desenvolvimento de saberes e práticas ligadas à transformação da matéria e presentes na formação das diversas civilizações foram estimulados por necessidades humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e posteriormente o domínio do processo de cozimento.

Esses saberes e/ou práticas (manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos ungentes, chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem ser classificados como a ciência moderna denominada Química, mas como um conjunto de ações e procedimentos que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século XVII.

Na historia dos conhecimentos químicos vários fatores podem ser lembrados como

forma de entender a constituição desse saber, como por exemplo, a alquimia. Os alquimistas europeus buscavam o elixir da vida eterna e a pedra filosofal prática

de transmutação dos metais em ouro. Dedicavam-se a esses procedimentos, mas agia de modo hermético, ocultista, uma vez que a sociedade da época era contra essas práticas por acreditar tratar-se de bruxaria. Esses alquimistas manipulavam diversos metais como o cobre, o ferro e o ouro, além das vidrarias que foram aperfeiçoadas e hoje muitas fazem parte dos laboratórios. Apesar da fantasia e da realidade contida nos textos alquimistas, permeados de escritos indecifráveis, aos poucos e clandestinamente, eles se difundiam pela Europa.

No final do século XIV e inicio do século XV, com o fim do feudalismo, a alquimia

adquiriu uma nova configuração. Esse período foi caracterizado por aglomerações urbanas emergentes, por péssimas condições sanitárias, pela fome, pelas pestes – incluindo a peste negra de 1347 - e isso gerou um desequilíbrio demográfico além de problemas relacionados ao trabalho, que também se modificava estruturalmente.

A burguesia, classe social emergente começava a comandar a reestruturação do

espaço e do processo produtivo no novo contexto econômico que se constituía. Decorre que houve um expressivo avanço dos estudos para a cura de doenças, em especiais com substancias químicas minerais.

A proximidade da química com a religião fez com que Baptiste Van Helmont, medico

que viveu entre os séculos XVI e XVII, fosse condenado varias vezes pela igreja, acusado de realizar práticas satânicas, uma vez que, em seus estudos fazia um misto de ciência e religião.

Entretanto, os conhecimentos químicos nem sempre estiveram atrelados à religião

e à alquimia. A teorização sobre a composição da matéria, por exemplo, surgiram na Grécia antiga e a ideia de átomo com os filósofos gregos, Leucipo e Demócrito, que lançaram algumas bases para o atomismo do século XVII e XVIII com Boyle, Dalton e outros. A teoria

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atômica foi uma questão amplamente discutida pelos químicos do século XIX, que a tomaram como central para o desenvolvimento da Química.

O fato é que a Química como ciência teve seu berço na Europa no cenário de

desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses econômicos da classe dirigente, da lógica das relações de produção e das relações de poder que marcaram a constituição desse saber.

No século XVII, na Europa, ocorria a expansão da indústria, do comércio, da navegação e das técnicas militares, particularmente em cidades como Paris, Londres, Berlim, Florença e Bolonha, onde existiam as grandes universidades.

Nesse contexto, foi fundada, em Paris, a Academie des Sciences e outra similar em Berlim, ambas subvencionadas pelo Estado e subordinadas a ele. Paralelamente, em Londres, foi criada a Royal Society, mantida pelos próprios participantes e sem qualquer relação com o Estado, livre para colocar em ação as teorias científicas aliadas às práticas populares e ao cotidiano das pessoas. Um dos integrantes da Royal Society, Robert Boyle, tornou público seus saberes e recebeu muitas críticas dos adeptos da Filosofia Natural, os quais consideraram sua pesquisa meramente especulativa e intuitiva.

Ao longo dos séculos XVII e XVIII, com o estudo da química pneumática (Boyle, Priestley, Cavendish) e com o rigor metodológico de Lavoisier, definiu-se um novo saber, que passou a ser conhecido como química, o qual foi dividido em diferentes ramificações procedimentais, dentre elas: alquimia, boticários, iatroquímica e estudo dos gases.

O experimentalismo marcou a ciência moderna e esteve presente no avanço da Química dos séculos XVIII e XIX em inúmeras investigações. Dentre as realizações dos químicos, nesse período, destacaram-se o isolamento de algumas substâncias gasosas (nitrogênio, cloro, hidrogênio e oxigênio) e a descoberta de muitos outros elementos metálicos: cobalto, platina, zinco, níquel, bismuto, manganês, molibdênio, telúrio, tungstênio e cobre. Com a Revolução Industrial, o modo de produção capitalista expandiu-se, o que teve como uma, dentre outras conseqüências, o impulso ao desenvolvimento da indústria química.

Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatro décadas do século XX passou-se a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de computação, com o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o que constitui uma era de transformações nas ciências que vêm modificando a maneira de se viver. Esse período, marcado pela: descoberta de novos materiais, engenharia genética, exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos estudos espaciais e pela farmacologia; marca o processo de consolidação científica, com destaque à Química, que participa das diferentes áreas das ciências e colabora no estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.

O conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de

conhecimentos isolados, prontos, acabados e inquestionáveis, mas em constantes transformações. Conhecer química significa compreender as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, e assim poder julgar, as

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informações resultantes da tradição cultural, da mídia e da escola e tomar suas próprias decisões, enquanto indivíduo e cidadão.

Pretende-se também situar o indivíduo como um agente da história,

proporcionando ao educando um suporte para a construção de sua profissão no futuro e, na interação com as demais disciplinas, tornar-se capaz de desenvolver seu espírito crítico, compreender suas relações com o ambiente natural e social, e, desta forma interagir construtivamente com ele.

CONTEÚDOS

1ª série Matéria e sua natureza é o conteúdo estruturante que identifica a disciplina de Química, por se tratar da essência da matéria, é ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos conteúdos estruturantes na disciplina de Química. Conteúdos básicos de Matéria e sua natureza - Estrutura da matéria - Substâncias - Misturas - Métodos de separação - Fenômenos físicos e químicos - Estrutura atômica - Distribuição eletrônica - Tabela periódica - Ligações químicas - Funções químicas - Radioatividade 2ª série Biogeoquímica – este conteúdo estruturante é caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera e historicamente constituem-se a partir de uma sobreposição de biologia, geologia e química. O conteúdo estruturante Biogeoquímica pode ser desdobrado nos seguintes conteúdos específicos: - Soluções - Termoquímica - Cinética química - Equilíbrio químico 3ª série Química sintética – este conteúdo estruturante foi consolidado a partir da apropriação da química na síntese de novos produtos e novos materiais e que permite o estudo que envolve produtos farmacêuticos, a indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes, agrotóxicos.

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O conteúdo estruturante Química sintética pode ser desdobrado nos seguintes conteúdos específicos: - Química do carbono - Funções oxigenadas - Polímeros - Funções nitrogenadas - Isomeria

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O conhecimento químico, assim como todos os demais saberes não é algo pronto, acabado e inquestionável, em constante transformação. Esse processo de elaboração e transformação do conhecimento ocorre em função das necessidades humanas, uma vez que a ciência é construída por homens e mulheres, portanto, falível e inseparável dos processos sociais, políticos e econômicos.

“A ciência não é mais considerada objetiva nem neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que, por serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios”. (CHASSOT, (1995, p 68).

Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e

reconstrução de significados dos conceitos científicos em sala de aula (MALDANER, 2003, p 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual, retoma cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos.

Nestas Diretrizes, propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento

químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as substancias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de parte do conhecimento cientifico, o qual, segundo OLIVEIRA (2001), deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência de seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é aproximação do aprendiz com o objeto do estudo químico, através da experimentação.

A abordagem metodológica partirá sempre que possível dos fatos do cotidiano, do

geral ao particular, do experimental-prático ao teórico, de experimentos intrigantes; de questionamentos, do histórico ao conjuntural. Sempre destacando a importância de estudar química, compreendendo as transformações químicas que ocorrem, modificando a realidade; levando em conta seu histórico, sua evolução e também a análise de suas ações sobre a sociedade. O ensino de química deve contribuir para que o estudante tenha uma visão mais abrangente do Universo.

Para tanto tais conteúdos serão desenvolvidos de acordo com a heterogeneidade

dos alunos. Considerando a realidade e a necessidade do contexto em que o educando vive, de forma que a diversidade cultural, social, econômica, cognitiva, enfim em todas as diferenças individuais sejam respeitadas, adotando-se uma metodologia condizente a

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contemplar a diversidade de alunos que a sala de aula apresenta, aumentando gradativamente a abordagem dos conteúdos.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação será contínuo, levando em consideração o desempenho individual e coletivo; os conhecimentos pré-adquiridos; a capacidade de interpretação de textos, gráficos e tabelas. Também será levado em conta a participação em aulas teóricas e práticas.

Para tanto, o professor utilizará 70% das atividades em avaliações escritas e orais, ficando os 30% restantes destinado a atividades cotidianas como: trabalhos em grupo e individual, relatórios, pesquisa e seminários entre outras, sendo que todas as atividades realizadas pelos alunos serão somativas.

Cada conteúdo não assimilado pelo aluno será retomado na forma de recuperação

paralela, como: atividades práticas e trabalhos escritos, propondo novos métodos e formas de ensino visando o ensino e a aprendizagem.

Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos poderão expressar

os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.

REFERÊNCIAS

- BAIRD, C. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

- NOVAIS, V. Química. São Paulo: Atual, 1999. v. 1. - PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Curitiba, 2006. - RUSSEL, J. B. Química Geral. São Paulo: McGraw-hill, 1981. - SANTOS, Wildson Luis Pereira, etal. Química e Sociedade: volume único. São Paulo: nova geração, 2005. - SARDELLA, Antonio. Química: volume único. São Paulo: Ática, 2005. - UTIMURA, Teruko Y. Química Fundamental: volume único. São Paulo: FTD, 1998.

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BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo. Nesse sentido, buscou-se na História da Ciência os contextos históricos nos quais pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.

A História da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm sua origem

registrada desde a Antiguidade. As idéias deste período que contribuíram com o desenvolvimento da Biologia, tiveram como principais pensadores e estudiosos, os filósofos Platão e Aristóteles, que deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As interpretações filosóficas buscavam explicações para compreensão da natureza.

Na Idade Média o conhecimento humano sobre a natureza foi sistematizado

quando as primeiras universidades foram criadas. Desta forma, ao romper com a visão teocêntrica e com a concepção filosófico-teológica medieval, os conceitos sobre o homem passam para o primeiro plano e a explicação para tudo o que ocorria na natureza inicia nova trajetória na história da humanidade.

O período entre a Idade Média e a Idade Moderna é marcado por grandes mudanças econômicas, políticas e sociais, que culminou na revolução industrial. Neste período, predominou uma perspectiva descritiva, com a observação direta da natureza, influenciada pelas idéias de Aristóteles. Surgem assim, novas contribuições para a Biologia, como o Moderno Sistema de Classificação dos seres vivos desenvolvido pelo naturalista Carl Von Linné, caracterizando o pensamento biológico descritivo, baseado somente na observação e descrição da natureza.

No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA é questionada.

Estudos sobre a mutação das espécies ao longo do tempo são apresentados principalmente por Etasmus Darwin, médico, poeta e naturalista e por Jean-Baptiste de Monet, cavaleiro de Lamarck. Para Lamarck, a classificação era importante, mas artificial, pois deveria haver uma “seqüência natural” para todas as criaturas vivas e que elas mudavam guiadas pelo ambiente. (RONAN, 1997, p. 9)

No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin, apresenta suas idéias

sobre a evolução das espécies, em que os seres vivos sofriam mutação ao longo do tempo, e que todos os seres vivos atuais e do passado tiveram origem evolutiva e que o principal agente de modificação é a ação da seleção natural sobre a ação individual. Cria-se desta forma, a base para a Teoria da Evolução das Espécies assentadas no ponto de intersecção entre o pensamento científico e filosófico. Nesse sentido, Mendel, em 1865, através de suas pesquisas com ervilhas propôs um modelo para explicar o mecanismo da hereditariedade, contribuindo com as Leis que regem a base da Genética Moderna.

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É importante destacar que a Biologia fez grandes progressos no século XIX, com a proposição da Teoria Celular. E no século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel provocando uma revolução conceitual da biologia. Esta concepção contribui para a construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos vinculando-os ao material genético, marcando a influência do pensamento biológico evolutivo.

Com os estudos do geneticista Thomas Hunt Morgan, a Genética se desenvolve

como Ciência, e aliada aos movimentos políticos e artísticos decorrentes das grandes guerras “a biologia começou a ser vista como utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras áreas”.

Assim, para a Biologia, com desenvolvimento da genética molecular, o potencial de

inovação biotecnológica se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo sofre mudanças em virtude da manipulação genética. Essas mudanças geram conflitos filosófico, científico e social, e põem em discussão o fenômeno VIDA. Um novo modelo explicativo passa a ser visto a partir do pensamento biológico da manipulação genética, demarcando a condição do homem em compreender a estrutura físico-química dos seres vivos e as conseqüentes alterações biológicas.

Desta forma, os momentos históricos apontados, têm como finalidade representar

como se deu a construção do pensamento biológico. Entretanto, para a Ciência, e em especial para a biologia, esta construção ocorre a partir de movimentos não-lineares, com momentos de crise, de revoluções, de mudanças de paradigmas, de questionamentos conflitantes, de busca constante por explicações sobre o fenômeno VIDA.

Indagações à cerca da própria Ciência provocam e exigem a crítica sob a qual se

demarcam saltos qualitativos do conhecimento científico, fortalecendo uma concepção de Ciência que nasce da luta contra o obscurantismo e a superação do senso comum (LOVO, 2000). A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser entendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim, é mais uma das formas de conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas necessidades materiais deste em cada momento histórico.

As Diretrizes Curriculares colocam que no ensino de Biologia, o que se tem que

discutir é o papel da rigorosidade metódica para o avanço da Ciência e as implicações deste avanço, perspectivando as conseqüências para a vida humana, para a saúde do homem, para os impactos ambientais. No campo educacional, as Diretrizes Curriculares recomendam a utilização do método experimental para a demonstração como recurso de ensino. Por mais simples que seja a experiência, ela se torna rica ao revelar as contradições entre o pensamento do aluno, o limite da validade das hipóteses levantadas e o conhecimento científico.

Conforme as Diretrizes Curriculares, a Biologia contribui para a formação de sujeitos

críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, desde que ao mesmo tempo proporcionem o entendimento do objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no funcionamento dos

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mecanismos biológicos; do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas; e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.

Deste modo, é importante que o educando, ao ter acesso ao conhecimento científico, compreenda a interdependência existente entre o meio ambiente, os seres vivos e o universo assim como, os aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que possa atuar de forma consciente em seu meio social e intervir nas questões ambientais emergentes, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que sustentam a vida. Os conhecimentos construídos no estudo de Biologia devem contribuir para que o indivíduo faça julgamentos e tome decisões com relação ao seu modo de vida no ambiente que ocupa e também na sua participação no meio social, contribuindo com sua formação na co-responsabilidade por uma vida digna neste planeta.

CONTEÚDOS Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude, que identificam

e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo disciplinar

sempre esteve pautado pelo fenômeno vida, influenciado pelo pensamento historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de cada época e à maneira de conhecer a natureza.

Segundo as Diretrizes Curriculares, são apresentados quatro modelos interpretativos do fenômeno vida, com base estrutural para o currículo de Biologia no ensino médio. Cada um deles deu origem a um conteúdo estruturante que permite conceituar vida em distintos momentos da história e, desta forma, auxiliar para que as grandes problemáticas da contemporaneidade sejam entendidas como construção humana.

Para a disciplina de Biologia no Ensino Médio, segundo as Diretrizes Curriculares são

apresentados quatro conteúdos estruturantes e seus conteúdos básicos, fundamentados na história da Biologia. São eles:

1. Organização dos Seres Vivos 2. Mecanismos Biológicos 3. Biodiversidade 4. Manipulação genética

Conteúdos Básicos: Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos; Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia; Mecanismos de desenvolvimento embriológico; Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos; Teorias evolutivas; Transmissão das características hereditárias; Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente; Organismos geneticamente modificados.

Todos os conteúdos básicos, apresentados com os estruturantes, são essenciais na disciplina de Biologia. No Plano de Trabalho Docente esses conteúdos básicos devem ser

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desdobrados em conteúdos específicos, com ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo, com vistas a dotar o aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível de ensino.

Temáticas envolvendo os Conteúdos Obrigatórios, que são: história do Paraná,

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; e Educação Tributária, serão abordados sempre que se fizer necessário e, ainda, através de palestras com profissionais capacitados, de forma a ressaltar a influência destes temas em nossa realidade social e cultural.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Compreender o fenômeno da vida e sua complexidade de relações, na disciplina de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural. Importa conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias primeiras do aluno, como elementos que também podem constituir obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levam à compreensão do conceito vida. Como recurso para diagnosticar as idéias primeiras do aluno é recomendável favorecer o debate em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a realidade. Dizer que o aluno deva superar suas concepções anteriores implica promover ações pedagógicas que permitam tal superação. Alguns elementos da prática pedagógica que devem ser valorizados e utilizados no ensino da Biologia, a saber:

A prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;

A problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a serem resolvidas na prática social e, por conseqüência, estabelecer que conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação desse conhecimento;

A instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional.

A catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em questão.

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O retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade mais igualitária.

Desta forma, para apoiar o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Biologia, adotar-se-á critérios pedagógicos e recursos didático-tecnológicos como livro didático, quadro de giz, vídeos, transparências, textos, roteiros de atividades práticas no laboratório de ciências, a busca de informações via Internet, utilizando o laboratório de informática e o portal Dia-a-dia Educação. A aula dialogada e expositiva será contemplada com o uso da TV-Pendrive, articulando dessa maneira, os conhecimentos apreendidos pelos alunos. A leitura, a escrita, a produção e interpretação de textos, são recursos de grande valor para desenvolver o raciocínio e potencialidade profissional dos educandos.

Assim, a proposta metodológica estará centrada numa pedagogia construtivista,

propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção, onde o aprendizado se dará pela interação professor, aluno e conhecimento.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem será ampla, de forma contínua e sistemática, ou seja, serão acompanhadas as atividades no dia-a-dia dos alunos, sua capacidade de observar e investigar, discutir idéias, formar conceitos, buscar novos conhecimentos através da pesquisa, e o desenvolvimento gradativo fazendo o uso de várias metodologias e instrumentos que possibilitem este acompanhamento e verificação, com a prevalência dos aspectos qualitativos.

Segundo Carvalho, torna-se necessário ampliar o conceito e a prática de avaliação

ao conjunto de saberes, destrezas e atitudes que interesse contemplar na aprendizagem de conceitos biológico, intervindo e reformulando os processos de aprendizagem sempre que for necessário.

Desta forma, a avaliação da disciplina de biologia, será de cunho diagnóstico, onde

além de avaliações escritas, serão realizados trabalhos individuais ou em grupos, através de pesquisas, apresentações dos resultados em seminários; debates, relatórios de vídeos, palestras ou atividades desenvolvidas em laboratório sobre os conteúdos estudados.

As avaliações terão valores diferenciados e seguirão os critérios descritos nas

Diretrizes Curriculares. Dessa forma, até atingir 70% do total da nota, serão provas escritas dissertativas, objetivas e de forma oral. Os 30% do restante da nota serão em forma de trabalhos individuais ou em grupos, atividades variadas em sala de aula. E a média semestral será o resultado da somatória das mesmas até atingir dez pontos, considerando-se sempre o crescimento pessoal do aluno. A recuperação de estudos será ofertada concomitante ao desenvolvimento dos conteúdos trabalhados e não assimilados pelos educandos, oportunizando uma nova aferição do processo de avaliação, podendo ser aplicada em forma de trabalhos, produção de textos, atividades de pesquisas ou avaliação escrita.

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O valor mínimo para a aprovação do aluno será a média 6,0 considerando uma freqüência mínima de 75% das aulas trabalhadas.

Os alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados a partir de suas

especificidades, atendendo ao disposto nos artigos 58 e 59 da LDB 9394/96.

REFERÊNCIAS

AMABIS, J. M. & MARTHO, G. R. Biologia, vol. único. Moderna, São Paulo, 1997. BOSCHILIA, C. Biologia-teoria e prática. Editora Rideel. São Paulo, 2001. CHIARADIA, A. M. L. Palavras em ação. Editora Claranto, 2003. DIAS, D. P. Biologia Viva. 1ª ed. São Paulo, Moderna: 1996. FAVARETTO, J. A. & MERCADANTE, C. Biologia. Moderna, 2000. FONSECA, A. Biologia, 34ª ed. São Paulo, Ática, 1992. LAURENCE, J. Biologia. Editora Nova Geração. São Paulo, 2005. LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje – citologia e histologia. 4ª ed. São Paulo, Ática, 1994. LOPES, S. Bio vol. Único, 6ª edição. Editora Saraiva. São Paulo, 1999. PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. PAULINO, W. R. Biologia no terceiro milênio. Editora Scipione, 2000. SENE, F. de M. Genética e evolução. São Paulo: EPU, 1981.

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HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

(...) disciplina fundamentalmente educativa, formativa, emancipadora e libertadora. A história tem como papel central a formação da consciência histórica dos homens, possibilitando a construção de identidades, a elucidação do vivido, a intervenção social e praxis individual e coletiva (FONSECA, 2003: 89).

A História (seja a historiografia ou o ensino de história) enfrentou ao longo de sua própria trajetória inúmeros desafios, pois se nos atermos a uma análise mais teórica observaremos o tamanho embate que se enfrentou no século XIX para dar a história um status de ciência, e embora muito contestado posteriormente, o positivismo apresenta-se neste momento como a base de fundamentação teórica capaz de transformar a filosofia histórica em uma história científica, ainda que para isso fosse necessário forçar a ilusória ideia da existência de uma verdade histórica. A partir da década de 1930, o modelo tradicional da historiografia passa a ser questionado pelo marxismo e pela recém inaugurada Escola de Annales. Estas novas perspectivas historiográficas previam uma história mais crítica e de valorização aos até então marginalizados, substituindo a história do Estado e seus heróis políticos, por uma história de temáticas diversificadas. Esta significativa mudança na historiografia que se esboçou ao longo do século XX, repercutiu no ensino de história que pouco a pouco, após enfrentar muitos obstáculos, foi se transformando em uma disciplina voltada principalmente a formação de um sujeito reflexivo. Nesta perspectiva, o ensino de História atualmente tem como papel fundamental levar aos indivíduos, o conhecimento acerca da trajetória histórica dos sujeitos sociais (e nesse caso, todos os sujeitos e grupos sociais) a fim de que, analisando os erros e acertos da História, tenhamos suporte para sermos construtores de uma sociedade mais igualitária. A História aparece como disciplina no Brasil no ano de 1837, com a criação do Colégio Pedro II, mesmo ano em que foi fundado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). O ensino de História nesta época estava amparado na corrente historiográfica positivista, a qual estava em evidencia na Europa e previa tanto uma produção historiográfica quanto um ensino da história pautado “em linhas gerais, por uma racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais como fonte e verdade histórica e, por fim, pela perspectiva da valorização política dos heróis” (DCE 2009, P.38). Este modelo tradicional de ensino de História presente no Brasil desde o Segundo Reinado até pelo menos o final da República Velha (1930) estava em consonância com os interesses da elite brasileira, a qual, sendo formada por uma aristocracia agrária, defendia ideias como o branqueamento da população, e ainda, a impossibilidade de ascensão social das camadas populares. Uma história neutra e linear era tudo o que a elite brasileira idealizava. Em hipótese alguma a História deveria abrir espaço para o questionamento. A única mudança significativa no ensino de História durante a República Velha, por sinal, uma mudança que proporcionou efeitos negativos, foi a inclusão do ensino da

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História do Brasil no currículo de ensino da História universal. Ou seja, a história brasileira passa a ser vista como um mero apêndice da história europeia. Fica evidente, neste contexto, a presença ainda bastante forte de uma visão eurocêntrica de mundo. A História do Brasil consegue novamente seu espaço somente durante o Estado Novo (1937-1945), quando o retorno da História e principalmente de uma ideia de civismo apresentavam-se como mecanismos ideológicos favoráveis à manutenção do governo ditador de características facistas, de Getúlio Vargas. A partir da década de 1930, motivado pelo surgimento da Escola dos Annales (1929) na França, pela chegada de novas experiências acerca da disciplina vindas dos Estados Unidos, e ainda, pela própria criação do Ministério da Educação e da Cultura, iniciam-se uma série de debates acerca do ensino de História, mas, na prática, alterações significativas não ocorreram. Em 1964 inicia-se a Ditadura Militar, período negro da História brasileira. Tenta-se impedir que os indivíduos apresentem-se como agentes sociais, as forças repressoras tentam calar a voz, principalmente daquelas pessoas que tinham uma opinião diversa a opinião do grupo que comandava a política brasileira. Dessa forma, evidencia-se a manutenção de uma história tradicional, que coloca o Estado como principal corpo social. Nesta época o avanço da industrialização do Brasil contribuiu para o desenvolvimento de um modelo tecnicista de educação, onde expandem-se as escolas profissionalizantes passando-se a formar indivíduos operários e não indivíduos pensantes. O ensino de História e Geografia foi marginalizado. No Primeiro Grau, as disciplinas de História e Geografia foram condensadas como área de Estudos Sociais, dividindo ainda a carga horária para o ensino de Educação Moral e Cívica (EMC). No Segundo Grau, a carga horária de História foi reduzida e a disciplina de Organização Social e Política Brasileira (OSPB) passou a compor o currículo. O esvaziamento da disciplina de História deu-se também devido a proliferação de cursos de Licenciatura Curta em Estudos Sociais, que abreviavam e tornavam polivalente a formação inicial, seguida da simplificação de conteúdos científicos. A reabertura política do Brasil a partir de 1985, consolidada pela aprovação de uma nova Constituição (CF 1988), embasada nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, colocou novamente os rumos do ensino de História em discussão. O ensino deveria entrar em consonância com a nova perspectiva de sociedade que despontava. O sistema educacional deveria ser democrático e inclusivo. No entanto, num primeiro momento, devido a própria contemporaneidade das mudanças, observa-se inúmeras falhas, principalmente no que se refere os conteúdos que deveriam ser priorizados. As novas ideias presentes nos PCN's deixavam os conteúdos de História em segundo plano, colocando assim em evidência temas como ética, cidadania, e outros. Priorizou-se a História Geral e a História do Brasil. A história do Paraná é apresentada apenas como um apêndice da História do Brasil, caindo portanto, ao esquecimento. Porém, as discussões acerca de uma democratização do ensino continuaram ao longo da década de 1990, e como fruto desses debates verificamos a criação de Diretrizes Curriculares em diversos estados, dando a eles, a possibilidade de promover uma considerável autonomia em relação aos conteúdos e organização do ensino.

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De acordo com as DCE (2009, p. 41) “No Paraná, houve também uma tentativa de aproximar a produção acadêmica de História ao ensino desta disciplina no Primeiro Grau, fundamentada na pedagogia histórico-crítica, por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná (1990). Essa proposta de renovação tinha como pressuposto a historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético, e indicava alguns elementos da Nova História”.

Dessa forma, a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente. As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas sócio-históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para escolhas e projetos de futuro. A investigação histórica voltada para descoberta das relações humanas busca compreender e interpretar os sentidos que os sujeitos atribuem às suas ações. É importante salientar que com a implantação das Diretrizes Curriculares para o ensino de História no estado do Paraná opta-se pela escolha de conteúdos estruturantes (relações de trabalho, relações de poder, relações culturais), os quais apresentam-se como base para a organização dos conteúdos básicos e específicos, aderinde-se o compromisso com a História do Paraná, e ainda, com a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, passando portanto a estar de acordo com as seguintes leis: - Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná; Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura dos povos Indígenas do Brasil.

CONTEÚDOS 1ª Série Conteúdos Estruturantes Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais Conteúdos Básicos Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre Urbanização e industrialização 2ª Série Conteúdos Estruturantes Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais

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Conteúdos Básicos O Estado e as relações de poder Os sujeitos, as revoltas e as guerras 3ª Série Conteúdos Estruturantes Relações de Trabalho Relações de Poder Relações Culturais Conteúdos Básicos Movimentos sociais, políticos e culturais; as guerras e revoluções Cultura e religiosidade

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Nas aulas e no ensino de História, serão utilizados métodos interpretativos que possibilitem o entendimento e a reconstrução histórica das diferentes sociedades, trabalhando com aulas expositivas, leituras e interpretações do textos do livro didático (entre outros livros de importância na disciplina de História e nas disciplinas afins), promovendo debates, elaborando textos, atividades em grupo, fortalecendo o vínculo entre professor e aluno, e ente alunos e comunidade escolar. Também serão desenvolvidos hábitos de leitura, interpretação, argumentação e exposição de ideias fundamentadas em conceitos históricos, procurando chamar a atenção para as relações que se estabelecem entre o presente e o passado. Entre os materiais disponíveis e necessários às aulas de História destacamos os recursos audiovisuais, seja a partir da exibição de filmes, ou ainda, em aulas elaboradas na TV multimídia. A utilização deste recurso torna as aulas mais atrativas, e consequentemente, mais satisfatórias, no que se refere a construção do conhecimento. No entanto, não se deve desconsiderar a importância de materiais didáticos mais tradicionais como rádio, textos, quadro, giz, cartazes. Pois embora estejamos vivenciando uma revolução das novas tecnologias de informação, devemos ter consciência de que a grande maioria da população está muito longe de ter estes recursos à sua disposição, e ainda que tenhamos o privilégio de já poder contar com considerável tecnologia nas escolas públicas, sabemos que o quadro e o giz serão ainda úteis por muito tempo. Seguindo a proposta das Diretrizes Curriculares, os conteúdos específicos serão trabalhados de forma que tenham sempre como referência os conteúdos básicos e estruturantes, que compõem conhecimentos mais abrangentes. Deve-se ainda estar atento a possibilidade de haver uma correlação entre história e outras disciplinas, pois a interdisciplinaridade, ao ser promovida de forma planejada, torna-se eficiente recurso pedagógico. O Colégio Estadual Parigot de Souza contempla no currículo o desenvolvimento de atividades relativas aos temas: Educação Fiscal, Educação Ambiental, Combate à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas”, seguindo o que determina a Lei nº

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11.525 de setembro de 2007. Serão promovidas pesquisas e estudos referentes à Cultura Afro-brasileira, Africana (Lei nº10.639/03), Indígena (Lei nº 11.645/08) e História do Paraná (Lei n] 13.381/01) paralelamente aos conteúdos curriculares da disciplina de História, quando estes se encaixem nos temas e quando surgirem situações que que oportunizem o trabalho destes assuntos de maneira imediata em sala de aula. Torna-se importante o desenvolvimento de ações interdisciplinares, que abordem temas da atualidade e que despertem a consciência de aluno, a fim de que ele se torne um agente transformador da realidade e construa a partir do conhecimento que já possui, suas “verdades”, sua organização. Dessa forma, o conhecimento não é somente reproduzido, mas produzido. O ideal é que o aluno tenha espaço para questionar, debater, confrontar e expressar suas opiniões.

AVALIAÇÃO

O processo avaliação serve para análise dosa avanços da aprendizagem . Para isso é necessário levar em consideração alguns aspectos como: oque o aluno já conhecia previamente, qual é sua bagagem cultural e quais são suas dificuldades. Somente a partir daí imprimir um ritmo de estudo capaz de dar conta das necessidades dos discentes. A avaliação diagnóstica passa a ser regulada pela aprendizagem dos alunos, a qual não é mais classificada pelo número de informações dominadas em determinado período de tempo, mas é percebida e identificada no próprio processo das produções orais e escritas dos alunos, em momentos de discussões coletivas, na realização de trabalhos em grupos e de atividades individuais. Bem como na pesquisa, apresentação escrita e oral de trabalhos, análise e interpretação de documentos, imagens, etc. Esta avaliação tem por finalidade possibilitar ao aluno a apreensão das ideias e conceitos históricos em relação ao tema abordado, desenvolver capacidade de síntese e relação de narrativas e leituras de documentos com linguagens contemporâneas, tais como: cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, música, televisão.

Instrumentos de Avaliação: pesquisas, trabalhos em grupo, estudo de mapas, analises de filmes, provas escritas. No desenvolvimento poderá haver exclusões ou inclusões de métodos avaliativos, dependendo do aluno, da turma e dos resultados obtidos. Sendo que serão atribuídos 70% em avaliações escritas e 30% nas demais atividades acima citadas, e estas terão caráter somatório. Os conteúdos não assimilados pelo aluno serão retomados em forma de recuperação paralela, propondo-se novos métodos e formas de ensino, visando a aprendizagem dos alunos.

Critérios de Avaliação: - Valorizar a diversidade sociocultural brasileira e de outros povos; - Identificar diferentes fontes históricas e utilizá-las em suas atividades escolares; - Conhecer realidades históricas diferentes; - Ampliar o conhecimento sobre o mundo atual por meio do estudo da humanidade; - Respeitar e valorizar a cultura de todos os povos; - Conscientizar-se da necessidade de preservação da natureza e dos patrimônios históricos;

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- Valorizar as diferentes opiniões e crenças religiosas; - Apresentar posicionamento crítico e colaborador.

Levando em consideração o fato de que a escola trabalha com uma diversidade de

alunos, e entre eles, alunos com alguma necessidade educacional especial, deve-se considerar que estes possuem suas respectivas limitações, portanto, devemos avaliá-los dentro de suas possibilidades. Neste caso, avaliar torna-se um grande instrumento medidor. Através da avaliação podemos perceber o quanto e como esse aluno está ou não evoluindo, conseguindo traçar estratégias que atendam o educando. Assim, os professores também são avaliados, principalmente as técnicas utilizadas, bem como, percebendo suas falhas. O mesmo deve recorrer ao seu conhecimento e aperfeiçoar-se para desenvolver novas técnicas, maneiras e novos saberes que irão proporcionar o encontro de nossos alunos com o saber.

Portanto, avaliar não é apenas dar notas, entretanto, precisamos cumprir com as normas educacionais e as notas devem ser dadas conforme o desempenho e rendimento do aluno, de forma diferenciada e de acordo com as técnicas elaboradas pelo professor. Dessa forma, a pontuação deve ser estabelecida de acordo com os parâmetros de desenvolvimento e limitações do aluno, pois sempre há um desenvolvimento e rendimento, e assim deve ser avaliado. O rendimento do aluno com NEE não não será do mesmo nível dos outros alunos que não apresentam NEE, mas sim um desenvolvimento que deve ser avaliado levando em consideração também as dificuldades e possibilidades. Para tanto, a avaliação deve ter a participação dos pais, pedagogos e professores, tendo assim uma concordância entre os mesmos, levando em consideração as dificuldades que o aluno apresenta para que não seja prejudicado.

REFERÊNCIAS

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação: Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental, 2006. FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de História. Campinas, SP: Papirus, 2003. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo. Cia das Letras, 1995. HISTÓRIA VIVA: TEMAS BRASILEIROS. Presença Negra. São Paulo: Duetto, 2006. OLIVEIRA, Ricardo Costa de. A construção do Paraná Moderno: políticos e política no governo do Paraná de 1930 a 1980. Curitiba: SETI, 2004. RODRIGUES, Joelza Ester. História em Documento. São Paulo: FTD, 2002.

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GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

“A humanidade se divide em dois grupos: o grupo dos que não comem e o grupo dos que não dormem, com medo da revolta dos que não comem” (Josué de Castro).

Ao desenvolver a agricultura, os primeiros povos levaram em consideração alguns

conhecimentos como as estações do ano, o ciclo reprodutivo da natureza, as variações climáticas, entre outros; esses conhecimentos contribuíram para que o homem se fixasse em determinados lugares.

Na antiguidade clássica se ampliaram alguns conhecimentos sobre a relação sociedade/natureza, fundamentais para as organizações políticas e econômicas da época. Na idade média os saberes geográficos passaram a ser evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões referentes ao espaço e a sociedade. Porém até o Séc. XIX, não havia sistematização do ensino geográfico. As escolas nacionais do pensamento geográfico, principalmente a alemã e a francesa, desenvolveram pesquisas baseadas em expedições científicas para a África, Ásia e América do Sul, procurando conhecer as condições naturais desses continentes, o que acabou servindo aos interesses das classes dominantes. Enquanto na Europa, basicamente na Alemanha e na França, a ciência geográfica já se achava sistematizada e presente nas universidades, desde o séc. XIX, no Brasil isso só aconteceu mais tarde. Somente na década de 1930, a institucionalização da Geografia no Brasil se consolidou com pesquisas que buscavam compreender e descrever o ambiente físico nacional objetivando servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva do Nacionalismo Econômico. Essa forma de abordagem se estendeu por quase todo o Séc. XX, caracterizando a pesquisa geográfica como decorativa/enciclopedista, baseada na geografia francesa, focada na descrição do espaço, tendo um papel significativo na consolidação do Estado Nacional Brasileiro, principalmente nos períodos de governos autoritários. Essa corrente teórica e metodológica é conhecida como Geografia Tradicional. Na 2ª metade do século XX surgiram novos enfoques para análise do espaço geográfico, além da reformulação no campo temático da Geografia. A valorização da formação profissional tinha por finalidade adequar a educação à crescente necessidade de formação de mão-de-obra, para suprir a demanda que o surto industrial brasileiro, conhecido como milagre econômico geraria, principalmente na cidade, afetando principalmente as disciplinas relacionadas às Ciências Humanas, pois empobreceu o conteúdo das disciplinas fundidas (Geografia/História em Estudos Sociais). Nos anos 80 ocorreram mudanças visando o desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da História, ainda naquela década as discussões

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teóricas, centraram-se em torno da Geografia crítica dando novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia. No Paraná isso ocorreu no final da década de 1980 em cursos de formação continuada e em discussões sobre reformulação curricular promovido pela SEED. No entanto, essa incorporação da Geografia Crítica sofreu avanços e retrocessos, em função do contexto histórico e das condições políticas dos anos 1990. Organizações financeiras internacionais como o Banco Mundial passaram a condicionar seus empréstimos, a países como o Brasil, à implantação de políticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas mudanças. Foi nesse contexto que ocorreu a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), bem como a construção, à poucas mãos, dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). De acordo com as Diretrizes Curriculares, entende-se que a disciplina de Geografia deve contribuir para uma leitura crítica do mundo, com a nova ordem e desordem presente no espaço geográfico. O ensino da Geografia deve servir para o aluno como um referencial, ao levantar questões como Onde? Quando? Por quê? Como? Por que aqui e não em outro lugar? Com a velocidade que as coisas acontecem é necessário que se esteja “antenado” no mundo globalizado 24h por dia. O aprofundamento da globalização e a velocidade dos deslocamentos (de pessoas e mercadorias) nos remetem a uma atitude mais dinâmica e interativa diante dos fatos. Há que se desenvolver um “diálogo de saberes” com as novas abordagens que essa disciplina contempla, distribuídas nos conteúdos estruturantes, deste modo o ensino da Geografia estará fornecendo subsídios para que o aluno compreenda e interaja com a realidade e suas transformações na totalidade. A Geografia deve contribuir para a formação do cidadão que participa dos movimentos promovidos pela sociedade. Essa disciplina proporcionará situações que permitirão ao aluno, pensar sobre o tempo e o espaço de vivência, as transformações e a mundialização (globalização). Situações essas que serão colocadas em forma de reflexão. A Geografia despertará a consciência dos alunos mostrando que a comunicação de massa forma opiniões e pode direcionar os leitores a constituírem representações mentais e sociais com interesses que nem sempre visam a melhoria das condições de vida na sociedade, abrindo ao jovem a possibilidade de pensar o homem por inteiro em sua dimensão humana e social; permitindo assim, compreender o espaço geográfico como uma construção das sociedades humanas, as quais imprimem suas necessidades, suas representações, seus sonhos e seus valores. Apresentará também, o espaço geográfico como herança histórica de sua economia, da sua cultura e como os diferentes elementos desse espaço se relacionam, permitindo que o jovem entenda a dinâmica do meio biofísico para poder preservar o que ainda resta do

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meio natural, pois o desconhecimento da dinâmica dos sistemas naturais responsáveis pela vida na terra e o consumismo exagerado levam a desastres ecológicos que precisam ser entendidos em suas raízes. Proporcionará, através de observações, conhecer o espaço geográfico local e com isso entender e comparar a realidade desse espaço com outras épocas históricas e outros espaços regionais e/ou mundiais; porque como uma Ciência Social analisará, com especificidade a sociedade e a natureza, explicando como os dois conjuntos de elementos interagem sem deixar de lembrar que tanto a natureza como a sociedade guardam níveis de interações que lhes são específicas internamente.

CONTEÚDOS

Estruturantes: • Dimensão econômica do espaço geográfico; • Dimensão política do espaço geográfico; • Dimensão socioambiental do espaço geográfico; • Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico. Básicos: - Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. - Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. - A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. - A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. - A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. - O espaço rural e a modernização da agricultura. - O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. - A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. - A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. - As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. - A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. - A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. - Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. - As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. - O comércio mundial e as implicações socioespaciais. - As diversas regionalizações do espaço geográfico. - As implicações socioespaciais do processo de mundialização. - A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

Os Conteúdos Obrigatórios, referentes ao item “g” Instrução 009/2011 que são:

história do Paraná, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; e Educação Tributária, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos nas Diretrizes Curriculares.

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Com intuito de permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da disciplina, compreendendo o processo de produção e transformação do espaço geográfico. Desta forma, os conteúdos serão abordados de forma dinâmica, sempre relacionados a realidade do aluno, considerando o seu conhecimento prévio, assim relacionar ao conhecimento científico a fim de superar o senso comum, de situá-lo historicamente nas relações políticas, sociais, econômicas, culturais nas diversas escalas geográficas.

Os trabalhos serão desenvolvidos utilizando-se de: jornais, revistas, gravações de

programas jornalísticos, documentários, etc.; explorando os conhecimentos que os alunos possuem sobre localização espacial, através de debates envolvendo a construção e o uso de mapas para os mais diversos fins, usando modelos para representar o movimento de rotação e a sucessão dos dias e das noites (globo, esferas de isopor...), DVD's. A TV multimídia será utilizada para motivar os alunos através da visualização de vídeos, imagens, mapas, entre outros, que nos ajudem a ilustrar o conteúdo abordado.

Nas aulas de Geografia serão contemplados conteúdos obrigatórios que abordam a

história do Paraná; a História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; Direito das Crianças e Adolescente, Educação Tributária e Educação Ambiental. As Demandas Sócio Educacionais trazem as inquietudes humanas, as relações sociais, econômicas, políticas e culturais, levando-nos a avaliar os enfrentamentos que devemos fazer.

Os conteúdos podem ser abordados de forma interdisciplinar, já que cada disciplina

tem uma abordagem específica de cada conteúdo, com o objetivo de aprofundar o aprendizado dos educandos, de forma a torná-los cidadãos críticos e conscientes.

AVALIAÇÃO

A avaliação está presente em todas as etapas do aprendizado, de forma que o aluno e o professor percebam qual é o seu grau de envolvimento no processo. A partir dela deve-se rever o planejamento e a abordagem dos conteúdos e, se necessário, retomá-los na medida das dificuldades.

A avaliação será feita através de um processo contínuo de observação de todos os conteúdos propostos e por meio da avaliação diagnóstica perceber-se-á a utilização dos procedimentos da pesquisa, como: trabalhos em grupos, debates, leitura e interpretação (textos e imagens), entre outros, sendo que todas as atividades serão somativas.

Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em Geografia a

formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para a compreensão e intervenção na realidade. O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações Espaço – Temporais e Sociedade – Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

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A avaliação servirá ao professor como norteadora para a reorganização da prática educadora no dia-a-dia e através dela, a escola procurará resolver os problemas de ensino e aprendizagem. Para tanto, o professor utilizará 70% de avaliações escritas ou oral e 30% restantes em atividades avaliativas diversificadas, como: produção de textos, debates, seminários, pesquisas bibliográficas, análise de gráficos, tabelas e mapas, entre outras.

Cada conteúdo não assimilado pelo aluno será retomado na forma de recuperação

paralela, propondo novos métodos e formas de ensino visando à aprendizagem dos alunos, principalmente aqueles que apresentem algumas necessidades educacionais especiais (limitações físicas, motoras, sensoriais, cognitivas, lingüísticas ou ainda síndromes variadas, altas habilidades, condutas desviantes etc.), para os quais procurar-se-á dar abordagens diferenciadas aos conteúdos propostos, através de métodos e materiais diversificados de ensino (quebra-cabeças, trilhas, caça-palavras, entre outros), outro fator é a avaliação diferenciada desses alunos, de acordo com a necessidade de cada um. Já que a avaliação não é o fim, mas, um meio de o professor identificar os avanços e dificuldades do seu trabalho.

Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos poderão expressar

os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.

REFERÊNCIAS

CAVALCANTI, L. de S. Geografia Escola e Construção do Conhecimento. Campinas: Papirus, 1998. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, ed. 14ª, 1996. MOREIRA, I. A. G. Geografia: geografia geral e do Brasil/ 1ª Ed. São Paulo: Ática, 2005. OLIVEIRA, A.U. Para Onde Vai o Ensino da Geografia? São Paulo:Contexto,1989. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica. 2008. PEREIRA, D. A. C.; SANTOS, D.; CARVALHO, M. B. Geografia: Ciência do espaço. São Paulo: Atual, 1991. RAFESTIN, C. Por uma Geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993. SANTOS, M. Por outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. _______ Por Uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, 1986. VESENTINI, J. W. Sociedade e espaço. São Paulo: Ática, 1997.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A língua espanhola a cada dia esta sendo um dos quesitos mais presente e relevante para que o indivíduo consiga êxito na vida profissional, tanto para conseguir um emprego como para continuar os estudos, pois esse é o meio pelo qual ele terá oportunidade para acompanhar os acontecimentos que ocorrem no mundo.

O grande avanço tecnológico, a abertura de novos mercados através da globalização

em todos os meios como: comunicação, economia, e outros, fazem com que o conhecimento do espanhol seja cada vez mais importante para qualquer indivíduo.

É necessário pensar no ensino e a aprendizagem do espanhol no ensino médio em

termos de competência visando uma abrangência global e não estática, pois a língua será o meio para interação com os povos, porque através dela é que se conhece os costumes, tradições e culturas alheias, ela é um dos principais meios de comunicação de um povo. Adquirir o conhecimento sobre novas culturas implica em constatar que existe uma diversidade cultural, que uma cultura não é melhor nem pior que outra, mas sim diferente. Dessa forma, o conhecimento de outra cultura colabora para a elaboração da consciência da própria identidade, pois aí o aluno percebe-se sujeito histórico e socialmente constituído. A visão de mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e, conseqüentemente, a língua também, sofre alterações para expressar as novas formas de encarar a realidade. Nesse aspecto vê-se a importância de se conhecer um novo idioma, pois é através dele que se conhece a realidade de um povo, e ao conhecer essa nova realidade os preconceitos acabam de existir.

Percebe-se que a comunicação é uma ferramenta essencial para o mundo atual,

pois sem conhecer outra língua, torna-se difícil utilizar equipamentos de modo eficiente e produtivo. Nessa percepção, pretende-se desenvolver com o aluno estratégia eficientes, para que seu aprendizado seja um instrumento, onde ele possa interagir com o mundo globalizado.

Destaca-se que o comprometimento com o plurilinguismo como política

educacional é uma das possibilidades de valorização e respeito à diversidade cultural garantido na legislação, pois permite às comunidades escolares a definição da língua estrangeira a ser ensinada. Partindo desse princípio, a pedagogia crítica é o referencial teórico que sustenta o documento das diretrizes curriculares, por ser esta a tônica de uma abordagem que valoriza a escola como um espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade.

Propõe-se que a língua estrangeira moderna constitua um espaço para que o aluno

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Sendo assim, espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

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No ensino da língua estrangeira moderna, a língua, objeto de estudos dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino da língua estrangeira na educação básica, ou seja, ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.

Conforme as Diretrizes Curriculares, o ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno: • use a língua em situações de comunicação oral e escrita; • vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; • compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; • tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; • reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

As Diretrizes Curriculares colocam que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o reconhecimento da diversidade cultural. Dessa forma, as aulas de língua estrangeira se configuram como espaço de interação entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam o dia a dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais, políticas e econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

CONTEÚDOS

Estruturante

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso.

Básicos GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS 1ª Série - Álbum de Família - Músicas e Letras de músicas - Autobiografia - Biografia

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- Diálogo/Discussão Argumentativa - Charge e Tiras - Mapas - Cartazes - Publicidade Comercial - Carta de Emprego - Requerimentos - Bulas - Filmes 2ª Série - Bilhetes - Convites - Músicas - Receitas - Autobiografia - Biografias - Diálogo/Discussão Argumentativa - Artigo de Opinião - Horóscopo - Mapas - Cartazes - Publicidade Comercial - Carta de Reclamação - Declaração de Direitos - Bulas - Filmes 3ª Série - Adivinhas - Músicas - Trava-Línguas - Autobiografia - Biografias - Fábulas - Diálogo/Discussão Argumentativa - Resumo - Texto de Opinião - Mapas - Anúncio - Cartazes - Publicidade Comercial - Carta de Solicitação - Ofício - Bulas - Relato Histórico - Filmes

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Conteúdos para todas as séries LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Marcadores do discurso; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Vozes verbais; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica. ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Vozes sociais presentes no texto;

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• Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros; ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia ; • Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Conduza à utilização adequada das partículas conectivas; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero. • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimule produções em diferentes gêneros; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

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• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

No atual contexto escolar brasileiro é necessária uma metodologia inovadora, para

que o aluno saiba reconhecer as informações essenciais de um artigo de jornal, de uma publicidade ou algum produto importante. Para isso é fundamental que o aluno tenha contato com diversos textos como jornais, revistas e outros onde ele possa familiarizar-se com a língua alvo.

Nessa perspectiva pretende-se levar o aluno não somente a abordagem de

conteúdo lingüístico, mas também as sócio-progmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da língua-leitura, escrita e oralidade, dessa forma o aluno interage com a língua. Para tanto, é preciso levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da Língua Estrangeira ofertada, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto político-

pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos. Utilizar-se-á aulas expositivas (orais, leituras e escritas) discursos coletivos, trabalhos individuais e em grupo; pesquisas extraclasse: DVD’s, pendrive e outros.

Temáticas envolvendo os Conteúdos Obrigatórios, que são: história do Paraná,

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; música, prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; e Educação Tributária, serão abordados sempre que se fizer necessário e, ainda, através de palestras com profissionais capacitados, de forma a ressaltar a influência destes temas em nossa realidade social e cultural.

AVALIAÇÃO

LEITURA Espera-se do aluno: • Realização de leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicionamento argumentativo; • Ampliação do horizonte de expectativas; • Ampliação do léxico; • Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da ideia principal do texto; • Análise das intenções do autor; • Identificação do tema; • Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;

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ESCRITA Espera-se do aluno: • Expressão de ideias com clareza; • Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; • Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc; • Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto. ORALIDADE Espera-se do aluno: • Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Reconhecimento de palavras e/ ou expressões que estabelecem a referência textual; • Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresentação de ideias com clareza; • Compreensão de argumentos no discurso do outro; • Exposição objetiva de argumentos; • Organização da sequência da fala; • Respeito aos turnos de fala; • Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna, etc.; • Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

Conforme as Diretrizes Curriculares, busca-se em Língua Estrangeira Moderna,

superar a concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções. Para que o processo de ensino e aprendizagem seja bem sucedido, o trabalho desenvolvido com os alunos devem ser retomados em discussões e analisados tanto pelo educador quanto pelo educando.

Dessa forma a avaliação levará em conta a participação efetiva do aluno, tanto em

oralidade, escrita, leitura, discussões, pesquisas e produções coletivas ou individuais. Para tanto, o professor utilizará 70% das atividades em avaliações orais, escritas, leituras e 30% fica destinado a atividades cotidianas como: trabalhos em grupo e individual, relatórios e participação em pesquisas feitas durante as aulas, sendo que todas as atividades realizadas pelos alunos serão somativas.

Os conteúdos não assimilados pelos alunos serão retomados, propondo novos

métodos e técnicas diversificadas, visando o ensino e a aprendizagem. Isso será feito por meio de instrumentos avaliativos diversificados, como prova oral, escrita, leitura e seminários, os alunos poderão expressar os avanços na aprendizagem, na medida em que

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interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.

O valor mínimo para a aprovação do aluno será a média 6,0 considerando uma

freqüência mínima de 75% das aulas trabalhadas. Os alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados a partir de suas

especificidades, atendendo ao disposto nos artigos 58 e 59 da LDB 9394/96.

REFERÊNCIAS

GARCIA, Maria Los Angeles J.,Hermanadez, Josephine Sánchez. “Espanhol sin Fronteira”. Volume 1y2. Editora Scipione, 1998. Libro Del estudiante, curso gencial de español para adolescentes y adultos “Introducción”. Curso de español. Barsa Planeta, nº vel 1, 2 y3, Edicion especial para editorial Barsa Planeta.2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de LEM – Español para o Ensino Médio. 2008.

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SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Sociologia se pautará em explicar as ações individuais pensadas no relacionamento com outras ações em que os indivíduos incorporam regras determinadas pela sociedade ou práticas coletivas. A Sociologia não deverá tratar o individuo como um dado da natureza, um ser autônomo, livre e absoluto, mas como produto social. Faz-se necessário mostrar que a idéia de individualidade é historicamente constituída em cada sociedade em cada momento histórico especifico. A Sociologia possui um campo teórico capaz de orientar o estudo da cultura, dos processos de socialização, as relações políticas e ideológicas, os movimentos sociais, a indústria cultural, os processos de trabalho e produção num mundo globalizado e assim orientar os educandos a confrontar com a realidade em que vivem. Independente do caminho a ser seguido (teorias, conceitos ou temas) deve-se partir da prática social dos alunos, o que permitirá a tomada de consciência sobre essa prática, pensada como expressão social do grupo do qual faz parte. Teorizar sobre essa prática permitirá a busca de um suporte teórico capaz de desvelar, explicitar e explicar essa realidade. Este é o caminho pelo qual os alunos poderão passar do conhecimento empírico para o teórico, ou seja, passar do senso comum para conceitos científicos. Da teoria à prática, o aluno terá condições de poder se posicionar de maneira diferente em relação à sua prática, pois seu pensar e agir passam a ser em direção à transformação da realidade. A globalização promoveu o rompimento das fronteiras geográficas, a transferência de conhecimentos, tecnologias e informações de forma acelerada, agravando, ainda mais, a crise do ensino. Diante desse processo, a cultura escolar se vê às voltas com a necessidade de responder ao questionamento e às inquietações da juventude que freqüenta os bancos escolares. Nesse contexto, a Sociologia desempenha historicamente, o papel de focalizar os problemas que moldam a realidade, questionando-os e buscando, em diferentes sentidos e de diversas formas, respostas múltiplas para a construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva e a construção da justiça social e econômica.

CONTEÚDOS Conteúdos Estruturantes O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas O Processo de Socialização e as Instituições Sociais Cultura e Indústria Cultural Trabalho, Produção e Classes Sociais Poder, Política e Ideologia Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais Conteúdos Básicos

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1ª Série - O surgimento da Sociologia e seus precursores: Augusto Comte e Emile Durkhein. - Teorias sociológicas para compreensão do presente – enfoques micro e macro social. - A produção sociológica brasileira, fundamentados por Euclides da Cunha, Gilberto Freyre e Caio Prado Junior. - A instituição escolar. - A instituição religiosa. - A instituição familiar. 2ª Série - Diversidade cultural brasileira. - A criação e apropriação da cultura. - O processo de trabalho e a desigualdade social. - Globalização x dominação do capitalismo. 3ª Série - Ideologia como visão de mundo ou grupo social. - Formação do Estado Moderno. - Diferentes formas de governo. - Forma de governo vigente. - Movimentos Sociais. - Movimentos agrários no Brasil. - Ligas camponesas. - Movimentos estudantis.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA A Sociologia como saber científico firmou-se no contexto do desenvolvimento e consolidação do capitalismo trazendo a especificidade de tentativa de explicar a sociedade capitalista como forma de organização social. O tratamento de conteúdos referentes à Sociologia está fundamentado em teorias que se originaram de diferentes tradições sociológicas. Nesse sentido a Sociologia deve acolher essas particularidades como também recusar qualquer espécie de síntese teórica. A proposta das Diretrizes Curriculares da Sociologia Crítica caracterizada pelo questionamento do real e do pensado e da relação entre ambos. Questionamento que vão alem do que está dado como estabelecido e explicado, questionamentos que descortine as desigualdades, as diversidades e os antagonismos presentes no movimento histórico nos quais alunos e professores estão inseridos. O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de experiências e conhecimentos apreendidos como fragmentados, parciais e ideologizados, a experiência e conhecimentos aprendidos como totalidades complexas, procurando um tratamento teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as desigualdades sociais e econômicas. Dessa forma reconstitui-se o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já possui, para outro nível de compreensão. Dessa forma, faz-se necessário que o estudo de

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Sociologia seja permeado por atividades investigativas (individuais ou coletivas) de forma organizada e orientada em que o debate sociológico tenha um caráter dinâmico, participativo e problematizante. Entre os materiais disponíveis e necessários às aulas de Sociologia destacamos os recursos audiovisuais. Seja a partir da exibição de filmes, ou ainda, em aulas preparadas na TV multimídia, visto que a utilização deste recurso torna as aulas mais atrativas, e consequentemente, mais satisfatórias no que se refere a construção do conhecimento. Devemos levar em consideração as diferentes formas de pensamento para ampliar as possibilidades de análise, tendo em vista a complexidade dos fenômenos sociais, pois nenhum deles pode ser explicado apenas a partir de uma única perspectiva teórica. Dessa forma, a construção de um campo de análise que amplie a capacidade de compreensão da vida e do mundo, passa, necessariamente, pela busca de pensamentos diversos que possam colocar referências para uma investigação dos problemas contemporâneos. Nesse sentido, é desejável que os alunos desenvolvam habilidades para utilizá-las em diferentes níveis de análise e avaliação sobre as conseqüências sociais marcadas pelas dificuldades de ingresso e permanência no mercado de trabalho formal. Assim, precisará, entre outras coisas, dominar, apreender e compreender os conteúdos para que enriqueça seu raciocínio científico estabelecendo relações entre os diferentes elementos que compõe a sociedade.

Temáticas envolvendo os Conteúdos Obrigatórios, que são: história do Paraná, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; música, prevenção ao uso de indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental; educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; e Educação Tributária, serão abordados sempre que se fizer necessário e, ainda, através de palestras com profissionais capacitados, de forma a ressaltar a influência destes temas em nossa realidade social e cultural.

AVALIAÇÃO O aluno do Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária, alem de aspectos de linguagem, interesses pessoais e profissionais, necessidades materiais, devendo ter em vista as peculiaridades da região em que a escola está inserida e a origem social do aluno. A avaliação na disciplina de Sociologia deve intencionar na contribuição para a reflexão sobre algumas práticas pedagógicas que darão suporte para a construção do pensamento científico. O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, não importando que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, análise de filme, mas necessita que o aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria com a prática, rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

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Para isso, os educandos deverão elaborar hipóteses sobre práticas sociais, exercitando análises, interpretações e sínteses, desenvolvendo assim, uma percepção crítica da realidade social que os cerca. Além disso, através da problematização do cotidiano, participarão de pesquisas, debates e construção de propostas de ação, além de desenvolver a oratória.

Para tanto, o professor utilizará 30% das atividades em avaliações escritas e 70% fica destinado a atividades cotidianas como: trabalhos em grupo e individual, relatórios e participação em sala de aula, sendo que todas as atividades realizadas pelos alunos serão somativas.

Cada conteúdo não assimilado pelo aluno, será retomado na forma de recuperação

de conteúdos, propondo novos métodos e formas de ensino visando o ensino e a aprendizagem. Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos poderão expressar os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.

Os alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados a partir de suas

especificidades, atendendo ao disposto nos artigos 58 e 59 da LDB 9394/96.

REFERÊNCIAS ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996. BOSSI, A. Cultura Brasileira: Temas e situações. São Paulo: Ática, 1991. CARVALHO, L. M. G. de. Sociologia e ensino em debate. Ijuí: Ed. Universidade Ijuí, 2004. CHAUÍ, M. Cultura e democracia: O discurso competente e outras falas. São Paulo: Cortez, 1990. COMTE, August. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978. CASTRO, M. D. e FERNANDES, E. Contexto histórico de aparecimento da Sociologia. In: Introdução ao pensamento sociológico. São Paulo: Centauro, 2001. DIURKHEIM, É. Religião e conhecimento. In: Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1981. FERNANDES F. A educação numa sociedade tribal. In: PEREIRA, L; FORACHI, M. Educação e sociedade: leituras de sociologia e educação. São Paulo: Ed. Nacional, 1976. MARCUSE, Herbert. Razão e revolução.4 ED. Rio de JANEIRO: Paz e Terra,1978. PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio.

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FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Filosofia é indispensável para a elaboração de referências que permitam a articulação entre os conhecimentos, a cultura, as linguagens e as experiências dos alunos, possibiltando-lhes o desenvolvimento do pensamento reflexivo, o qual é fruto de uma aprendizagem significativa, que supõe o domínio e a posse dos procedimentos reflexivos e não apenas conteúdos programáticos. A disciplina de Filosofia é um espaço para o exercício do pensamento filosófico. Os passos para a experiência filosófica são a sensibilização, a problematização, o diálogo investigativo e a interlocução com o texto filosófico, no sentido de compreender seu conteúdo e seu significado para nosso tempo e finalmente a conceituação e sua ressignificação. Considera-se que a Filosofia, como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, pode viabilizar as interfaces com outras disciplinas para a compreensão da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte, apresentando-se tanto como conteúdo filosófico, quanto como ferramenta que possibilita ao estudante o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento. O currículo de Filosofia coloca-se diante de algumas experiências: a Filosofia não se confunde com o ensino de conteúdos e enquanto disciplina análoga a qualquer outra disciplina do currículo, tem nos seus conteúdos elementos mediadores fundamentais para que possa desenvolver o específico da Filosofia – a problematização, a investigação e a criação de conceitos. O ensino de Filosofia não se dá no vazio, mas requer dos estudantes compromissos consigo mesmos, com o outro e com o mundo. Num ambiente de investigação, de redescobertas e recriações, pode-se garantir aos educandos possibilidade de elaborar, de forma problematizadora suas próprias questões e tentativas de respostas. Portanto, a Filosofia como disciplina de ensino, é um conjunto de conhecimentos com características próprias no que se refere à formação, pois exercita capacidades intelectuais, requerendo algumas habilidades, mas é, antes de tudo, uma disciplina cultural, pois a formação que propicia diz respeito à significação dos processos culturais e históricos.

CONTEÚDOS

1ª série Conteúdos Estruturantes: Mito e Filosofia. Teoria do Conhecimento. Conteúdos Básicos: Saber mítico. Saber filosófico.

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Relação mito e filosofia. Atualidade do mito. O que é filosofia. Possibilidades do conhecimento. As formas de conhecimento. O problema da verdade. A questão do método. Conhecimento e lógica. 2ª série Conteúdos estruturantes: Ética Filosofia Política Conteúdos Básicos: Ética e moral Pluralidade ética Ética e violência Razão, desejo e vontade. Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas. Relações entre comunidade e poder. Liberdade e igualdade política Política e ideologia. Esfera pública e privada Cidadania formal e/ou participativa. 3ª série Conteúdos Estruturantes: Filosofia da Ciência. Estética. Conteúdos Básicos: Concepções da ciência. A questão do método científico. Contribuições e limites da ciência. Ciência e ideologia. Ciência e ética. Natureza da arte. Filosofia da arte Categorias estéticas- feio, belo, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc. Estética e sociedade.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O conteúdo de Filosofia leva à reflexão sobre as questões ético-políticas, através de momentos específicos que acontecerá por meio da sensibilização, do levantamento de hipóteses, da investigação e da elaboração de conceitos. Esses momentos irão enriquecer a formação do indivíduo como cidadão crítico e participante de uma sociedade democrática.

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Sendo assim, a História da Filosofia será trabalhada como ponto de partida para analisar, fazer comparações e apontamentos sobre os problemas vividos e vivenciados pelos jovens, através de questões colocadas ou levantadas, ao analisar a relação homem/sociedade. O ensino da Filosofia deve estar centrado na perspectiva de quem dialoga com a vida e é justamente nessa relação que o saber se produz. Por isso a importância, que na busca de resolução dos problemas, haja preocupação também como uma análise do atual, com uma abordagem contemporânea que leve o estudante a refletir sua própria existência. Dessa forma, o aluno precisará, entre outras coisas, dominar, aprender e compreender os conteúdos para que enriqueça seu raciocínio científico e contribua para a sustentação do mero espontaneísmo. Ao finalizar o processo, o estudante terá condições de ser construtor de ideia com caráter inusitado, criativo e socializá-lo com os demais, tendo condições de perceber o que está implícito nas ideias e como elas se transformam em conhecimento, criando assim a possibilidade de argumentos filosóficos, coerentes e críticos. Faz-se necessário que o estudo de Filosofia seja permeado por atividades investigativas (individuais ou coletivas) de forma organizada e orientada em que o debate filosófico tenha um caráter dinâmico, participativo e problematizante. Entre os materiais disponíveis e necessários às aulas de Filosofia destacamos os recursos audiovisuais. Seja a partir da exibição de filmes, ou ainda, em aulas preparadas na TV multimídia, a utilização deste recurso torna as aulas mais atrativas, e consequentemente, mais satisfatórias no que se refere a construção do conhecimento. No entanto, não se deve desconsiderar a importância de materiais didáticos mais tradicionais como aparelhos de áudio, textos, quadro negro, giz, cartazes. Pois embora estejamos vivenciando uma revolução nas novas tecnologias da informação, devemos ter consciência de que a grande maioria da população está muito longe de ter esses recursos a sua disposição diariamente, em seu cotidiano. E ainda que tenhamos o privilégio de já poder contar com considerável tecnologia nas escolas públicas, sabemos que o quadro e o giz serão ainda úteis por muito tempo. No ensino de Filosofia faz-se necessário o diálogo com a vida na constante busca de resoluções dos problemas, havendo a preocupação com a análise da atualidade numa abordagem contemporânea que remeta o estudante a sua realidade. Nesta perspectiva, a Filosofia terá como um de seus principais focos de análise os desafios contemporâneos. A partir do embasamento acerca das teorias filosóficas desenvolvidas ao longo dos séculos serão procuradas respostas para questões do cotidiano. É ainda evidente que não podem ficar alheios ao ensino de Filosofia temas relacionados à diversidade.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida na sua função de diagnosticar, subsidiar e redirecionar o processo de ensino - aprendizagem, objetivando garantir qualidade da construção individual ou coletiva, do professor ou do aluno.

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Para isso, os educandos deverão realizar pesquisas e entrevistas sobre alguns temas, reformulando questões e objeções com o pensamento ordenado e sistematizado. Além disso, desenvolver a oratória, através da reflexão e discussão sobre textos filosóficos. O ensino da Filosofia deve procurar avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio em criar conceitos ressignificando-os, observando qual o discurso que se tinha antes e qual o discurso que se obtém após o estudo, nas aulas de Filosofia. Neste sentido, o processo da avaliação inicia-se com o trabalho dos conteúdos estruturantes , coletando o que o estudante pensa antes (pré-conceitos) e o que pensa após o processo da criação dos conceitos. Sendo assim, é possível entender a avaliação como processo que se dá no interior da própria aula ao invés de um momento em separado destinado a avaliar. Para tanto, o professor utilizará 60% das atividades em avaliações escritas e 40% fica destinado a atividades cotidianas como: trabalhos em grupo e individual, relatórios e participação em sala de aula, sendo que todas as atividades realizadas pelos alunos serão somativas. Cada conteúdo não assimilado pelo aluno será retomado na forma de recuperação de conteúdos, propondo-se novos métodos e formas de ensino, visando o ensino e a aprendizagem. Por meio de instrumentos avaliativos diversificados, os alunos poderão expressar os avanços na aprendizagem, na medida em que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista. A escola pública, defensora da ideia de uma educação democrática e inclusiva, vem promovendo a integração de alunos com Necessidades Educacionais Especiais ao Ensino Regular. Nesta perspectiva, cabe aos educadores buscar seu aperfeiçoamento, a partir de uma formação contínua, e assim ter condições de promover um ensino de qualidade a todos os alunos, garantindo o seu direito de aprender. É ainda importante ressaltar, que alunos com Necessidades Educacionais Especiais não apresentarão a mesma facilidade para assimilar o conhecimento em relação aos demais alunos da turma. Nesta perspectiva, é fundamental seja sejam promovidas para esses respectivos alunos estratégias pedagógicas e métodos avaliativos específicos. É necessário que se tome os devidos cuidados para que a inclusão aconteça na prática, e não apenas teoricamente.

REFERÊNCIAS

BORDIEU, P. Contrafogos: táticas para enfrentar a invasão neoliberal. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. BRASÍLIA. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC/SEB, 2004. FERRATER, Mora. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2011. GALLO, Kohan, W. O. (ORGS). Filosofia do Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2002.

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GRAMSCI, Antonio. Obras escolhidas. São Paulo: Martins Fontes, 1978. JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo: Cutrix, 1971. MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1971. MONTESQUIEU. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1973. PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. RUSSEL, B. Os problemas da Filosofia. Trad. Antonio Sérgio. Coimbra: Almedina, 2001.