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MODELO DE PROPOSIÇÃO DE
INDICADORES GLOBAIS PARA
ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
DE RESPONSABILIDADE SOCIAL.
Andreia Silva de Sao Jose
(SEEDUC)
Marco Antonio Gaya de Figueiredo
(UERJ)
Resumo A proposição de indicadores globais dentro de dimensões de
responsabilidade social permite uma fácil mensuração, quando se há
disponíveis diversas variáveis informativas que possibilitem evidenciar
as propriedades de um sistema. Assim, a pproposta desse trabalho, de
forma exclusivamente teórica, busca apresentar um modelo de
raciocínio por meio da construção de indicadores globais por
segmento de informação, a fim de facilitar o desenvolvimento
organizacional, possibilitando a vantagem competitiva, a melhoria
contínua, além de permitir aos tomadores de decisão acompanhar e
avaliar o desempenho social da organização
Palavras-chaves: Organização de informações, Indicadores globais,
Responsabilidade Social
12 e 13 de agosto de 2011
ISSN 1984-9354
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
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Introdução
Queiroz (2000) afirma que os conceitos desenvolvidos no período pós-guerra sobre a
Responsabilidade Social das Empresas (RSE) consideravam a obrigatoriedade social das
organizações decorrentes de sua posição na sociedade. Por conseguinte, o termo
responsabilidade social passou a ser difundido no princípio da década de 70 e estava centrado
apenas em meios corporativos, quando esta visão se ascendeu em diferentes organizações que
reconheceram suas responsabilidades no desenvolvimento sustentável e ao bem-estar da
sociedade.
Segundo Melo Neto e Froes (2001)
“A consciência social dos empresários começou a
despertar quando eles próprios perceberam que os
problemas sociais atrapalhavam o desenvolvimento dos
seus negócios (baixo poder aquisitivo da população,
sistema educacional deficiente, violência, etc).”
Ao determinar a relevância de suas responsabilidades perante a sociedade, a
organizações compreenderam um relacionamento de interesses cuja significância permearia
entre a organização, seus observadores e a sociedade (ISO 26000). Nesta visão, o fator de
maior destaque encontra-se na dinâmica de uma sociedade, onde suas expectativas estão sob
constantes mudanças e, à medida que as preocupações da sociedade mudam, as expectativas
das organizações mudam para refletir essas preocupações. Assim, a identificação de questões
relevantes demonstra a compreensão dos interesses sociais e de desenvolvimento sustentável.
Desta forma, o desempenho de uma empresa vem, crescentemente, se fundamentando
na geração e interpretação de informações, por meio do uso de indicadores na interpretação
das variáveis que compõem todo o sistema empresarial. A disseminação de indicadores, por
sua vez, busca incorporar as dimensões de responsabilidade social como caminho de
estratégias empresariais que estabeleça objetivos e subsídios para alcançar e fixar as metas de
gerenciamento, conduzindo à promoção de vantagem competitiva.
Por essa razão, organizar as informações advindas de indicadores torna-se um
importante recurso para que as atuações empresariais possam relacionar a transversalidade de
sobrevivência e crescimento no mercado à contribuição do desenvolvimento social. A este
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fim, o presente artigo centra atenção na organização das informações de RS através de
segmentos que darão origem a indicadores globais.
O artigo tem por objetivo agrupar indicadores de uma determinada dimensão,
revelando informações com maior relevância, de modo a obter indicadores globais
consistentes na total abrangência do sistema. É neste contexto que se insere esta pesquisa; a
princípio, priorizam-se as variáveis que possuem maior influência na formulação estratégica,
bem como conhecer suas características qualitativa, quantitativa ou mista, em seguida, busca-
se verificar a quem estas variáveis estão vinculadas, (ESTY e WINSTON, 2008),
particularizando-as em suas respectivas áreas. E, finalizando, agregar nos indicadores
globais, um número razoavelmente expressivo de indicadores que seja representativo ao que
se pretende medir e um número suficientemente reduzido para que se torne possível a
avaliação (Pegado et al, 2001).
1.Fundamentação teórica. 1.1 Panoramas Conceituais.
De acordo com Ursini e Sekiguchi (2005), a responsabilidade social, dentre suas
diversas definições, pode ser lida também como “Aquela que constitui uma relação ética e
transparente da organização com sua cadeia de relações que, por sua vez, também se
compõem de grupos de pessoas com seus valores, identidades e as inter-relações desses
princípios e os seres e organizações que os respeitam, em direção ao desenvolvimento
sustentável”.
Direcionando as definições para questões organizacionais, o Instituto Ethos de
Responsabilidade Social, discrimina a definição para responsabilidade social empresarial
(RSE) como “A forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa
com todos os públicos com os quais se relacionam e pelo estabelecimento de metas
empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando
recursos naturais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a
redução das desigualdades sociais” (ETHOS 2008).
Ainda neste contexto, Ribeiro (2006) defende que a responsabilidade social possui um
conceito dinâmico, já que suas variáveis influenciam e alteram regiões e gerações,
objetivando sempre contribuir para o desenvolvimento sustentável. Isto significa que as
discussões não residem apenas em teorias e conceitos, mas também, na abordagem para com a
sociedade e com as organizações.
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Segundo Macedo et al (2007) o conceito de responsabilidade social tem sofrido
diversas interpretações, e que apesar disto sempre segue quatro dimensões: a econômica,
legal, ética e filantrópica. Essas dimensões, mesmo estando relacionadas, freqüentemente
seguem posturas diferenciadas, no entanto, elas não existem separadamente, pois seu conjunto
conduz à incorporação de responsabilidade social (BERNARDO, 2005).
Dentro da complexidade deste tema está integrada a gestão de empresas que atua em
situações cada vez mais complexas, uma vez que assegura o êxito e a sustentabilidade
empresarial. Conforme descrito por Nicolau (2008), o desempenho de uma empresa em
relação à sociedade que a acolhe e seu impacto no meio ambiente transformaram-se em
medição de seu desempenho total, pois o reflexo do reconhecimento, junto à crescente
necessidade de possibilitar ecossistemas saudáveis, influenciou na percepção de uma
responsabilidade social empresarial.
Essa percepção engloba ainda a redução dos impactos negativos do processo produtivo
da empresa e a preservação dos recursos naturais, por meio de adoção de tecnologias
eficientes e atendimento aos aspectos econômicos. E o cenário, atualmente, de negócios em
uma sociedade globalizada vem requerendo uma inserção de atuações que consolide seu
comprometimento social.
Desta forma, a responsabilidade social corporativa não está associada apenas no
âmbito da caridade ou da filantropia, seu conceito está unido à estratégia de sustentabilidade
em longo prazo nas empresas, de modo que os efeitos das atividades desenvolvidas
proporcionem bem estar para seus observadores, melhoria de seu desempenho e lucros
(TINOCO, 2001). Para Nicolau (2008), o papel da responsabilidade social no
desenvolvimento da comunidade, gerado a partir do cumprimento e a superação das
obrigações legais, ampliam o conceito de cidadania aplicado nas organizações.
1.2 Normas e Diretrizes de Responsabilidade Social
As normas e certificações buscam atender permanentes melhorias ambientais e sociais
que permitam o crescimento da confiabilidade de seus observadores. Não são obrigatórias,
servem, no entanto, como balizadores para o desenvolvimento de responsabilidade social,
como apresentado no Quadro 1. Contribuem para a aplicação de auditorias e certificações
como também a ampliação da discussão dos vieses determinada por cada organização.
Quadro 1: Normas e Diretrizes de Responsabilidade Social.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
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NORMAS
SAI - SA 8000:2001
ABNT- NBR 16001:2004
DIRETRIZES
AA-1000:2003
SD -21000:2003
BS 8900:2006
NBR ISO 2600:2010
Em síntese:
Abordando critérios de responsabilidade social, a certificação de caráter multinacional,
AS 8000, foi lançada pela primeira vez em 1997 pela SAI (Social Accountability
International). Esta norma foca a melhoria das condições de trabalho e abrange direitos dos
trabalhadores como: saúde e segurança, liberdade de associação, limite de trabalho de horas,
compensação e garantias contra o trabalho forçado, qualquer tipo de discriminação e o
trabalho infantil.
ABNT NBR 16001 determina requisitos mínimos referentes a uma forma de
organização relativa à responsabilidade social, permitindo aos tomadores de decisões
formularem e, também, programarem uma política e objetivos que levem em conta as
exigências legais, os compromissos éticos e a preocupação com a promoção da cidadania e do
desenvolvimento sustentável. A transparência das atividades organizacionais é outro requisito
presente na norma.
As normas que integram o grupo de Diretrizes não possuem o propósito de
certificação, mas auxiliam as empresas na determinação de suas estratégias. Dentre as normas,
têm-se AA 1000, desenvolvida pelo Institute of Social and Ethical accountability (ISEA), que
associa a integração e a definição dos valores da organização. Ela busca melhorar a
qualidade da contabilidade, as auditorias e os relatos sociais e éticos, assegurando, deste
modo, transparência institucional.
Publicada em 2003 pelo Grupo francês AFNOR, a norma SD 21000 contempla os
elementos de sistema de gestão, integrando o desenvolvimento sustentável aos sistemas de
gestão organizacional, além de direcionar o estabelecimento político e estratégico da
empresa.
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Seguindo a mesma vertente, a norma inglesa BS 8900 é um guia de diretrizes cujo
objetivo está na melhoria de desempenho e eficácia do desenvolvimento sustentável das
organizações.
Por último, destaca-se a nova norma internacional sobre a responsabilidade social,
ISO 26000 publicada em novembro de 2010. Essa norma não tem caráter de sistema de gestão
e discute a necessidade das organizações se integrarem a um comportamento socialmente
responsável e, entre suas diversas orientações, a ISO 26000 tem como objetivo evidenciar a
credibilidade da organização em torno das perspectivas de responsabilidade social.
1.3 Indicadores de Responsabilidade Social
Considerando as características gerais, os indicadores são ferramentas, que em ciclo de
informações, permitem comparações auxiliando as tomadas de decisões (GIANNETTI e
ALMEIDA 2006). Os mesmos devem apresentar facilidade de mensuração, interpretação,
utilização e aplicação; além de aduzir baixo custo (HEINK e KOWARIK, 2009).
A princípio, os indicadores eram utilizados com propósitos específicos e em sua
grande maioria para medição econômica. Com o avanço do conhecimento estatístico, os
indicadores passaram a ser utilizados para contextualizar a necessidade de um sistema onde,
não somente é possível integrar um determinado tema, como também, tratar diversos
domínios. Assim nesta evolução, os indicadores tornaram-se um instrumento de
monitoramento, além de avaliar objetivos e metas (PARTIDÁRIO, 2000).
Em uma organização, os indicadores de responsabilidade social implicam em práticas
de diálogo e um relacionamento transparente com seus observadores. Eles permitem, dessa
forma, apontar prioridades, metas e iniciativas conjuntas empresa-sociedade, facilitando os
processos de gestão socialmente responsáveis nas cadeias de valor da empresa (ETHOS
2009).
Nicolau (2008) acrescenta ainda que a elaboração de indicadores sociais busque o
conhecimento e elaboração de ações voluntárias que promovam:
O bem estar dos observadores externos e internos;
A integração do desenvolvimento comunitário;
Assistência social, como saúde, alimentação, educação, esporte e cultura; e
Otimizar a imagem organizacional, gerando assim confiabilidade de seus observadores.
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Finalizando este tema, o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
disponibiliza aos seus associados um questionário de indicadores de responsabilidade social
empresarial que serve como instrumento de avaliação para as empresas, reforçando a tomada
de decisões sobre o assunto. Os indicadores Ethos foram criados dentro da reflexão do ciclo
PDCA (planejar, fazer, verificar e atuar) e têm como base o questionário de avaliação que
possibilita o diagnóstico da situação específica da empresa, indicando o grau de efetivação da
responsabilidade social em suas atividades.
1.4 Objetivos e características dos Indicadores Sociais.
Um indicador social é uma medida em geral quantitativa dotada de significado social
substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato,
de interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de
políticas).
De acordo com Jannuzzi (2005) as características dos indicadores sociais abrangem:
Propriedade Descrição Validade A validade de um indicador corresponde ao grau de proximidade
entre o conceito e a medida, isto é, a sua capacidade de refletir, de
fato, o conceito abstrato a que o indicador se propõe a “substituir” ou
“operacionalizar”.
Confiabilidade A confiabilidade de um indicador é uma propriedade relacionada à
qualidade do levantamento dos dados usados no seu cômputo
Sensibilidade A sensibilidade de um indicador diz respeito a sua capacidade em
refletir mudanças significativas se as condições que afetam a
dimensão social referida se alteram.
Especificidade Especificidade do indicador corresponde a sua propriedade em refletir
alterações estritamente ligadas às mudanças relacionadas à dimensão
social de interesse.
Periodicidade de
atualização
A periodicidade com que o indicador pode ser atualizado e a
factibilidade de sua obtenção a custos módicos são outros aspectos
cruciais na construção e seleção de Indicadores
Sociais para uma dada temática
Inteligibilidade A inteligibilidade diz respeito à transparência da metodologia de
construção do indicador. Ademais, um bom indicador deveria ser,
tanto quanto possível, facilmente “comunicável”, compreensível aos
demais
1.5 Tipos de Indicadores
Considerando a dinâmica no processo de tomada de decisões, a pluralidade dos
indicadores oferece relatos de diversos temas relacionados ao gerenciamento de desempenho
socioambiental. Um agrupamento de indicadores que englobe as informações necessárias será
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fundamental para uma aplicação efetiva que reflita na sustentabilidade pretendida no
desenvolvimento empresarial e responsabilidade social.
De acordo com Giannetti e Almeida (2006) os indicadores podem ser dos tipos:
Indicadores absolutos: quando informam os dados básicos sem a análise ou interpretação.
Ex: quilograma de resíduos gerados.
Indicadores relativos: quando comparam os dados coletados com outros parâmetros. Ex:
quilograma de resíduo por tonelada de produto.
Indicadores agregados: quando agregam informações do mesmo tipo, mas de diferentes
fontes. Ex: quilograma de resíduo gerado por regiões.
Indicadores ponderados: quando mostram a importância relativa de um indicador em
relação a outro indicador.
1.5 A aplicabilidade dos indicadores de responsabilidade social.
Considerando a dinâmica no processo de tomada de decisões, a pluralidade dos
indicadores oferece relatos de diversos temas relacionados ao gerenciamento de políticas
sociais. Nesta relação dinâmica de diferentes escalas, sejam elas geográficas ou temporais,
um agrupamento de indicadores que englobe as informações necessárias será fundamental
para uma aplicação efetiva que reflita na sustentabilidade pretendida no desenvolvimento
social.
Segundo Melo Neto e Froes (2001), para a empresa chegar à Gestão de
Responsabilidade Social (G.R.S) ou a Gestão Social Cidadã, a organização deverá passar por
dois estágios, sendo a primeira gestão de Responsabilidade Social interna e a segunda gestão
de Responsabilidade Social externa. Considerando a primeira gestão, as ações acarretam no
aumento da produtividade no trabalho e em maiores motivação e auto-estima dentre seu corpo
funcional. Neste direcionamento, o gerenciamento eficaz resulta no aprimoramento do
ambiente de trabalho e estabelece o crescimento de qualidade de vida em seus trabalhadores.
A segunda gestão tem como efeito crescentes vantagens – social, institucional, tributário-
fiscal, de mídia e econômica -, ela ainda aperfeiçoa os relacionamentos com seus
observadores e motiva o desenvolvimento sustentável do local e região.
Neste aspecto, a aplicabilidade dos indicadores de Responsabilidade Social tanto no
contexto interno quanto no contexto externo, serve como instrumentos de avaliação e
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gestão, proporcionando , assim, uma escala de medição/valor para analisar o grau de
Responsabilidade Social da organização.
1.6 Indicadores Globais
O indicador global (IG), reunindo um grupo de diversos indicadores, representa uma
forma de especificar a avaliação de desempenho organizacional. Estes indicadores que
compõem o IG, por sua vez, são combinados e agrupados a partir de parâmetros determinados
para o estabelecimento do mesmo. Levy e Beaumont (2009) consideram que, além de
informação, os indicadores globais permitem concluir a eficácia das medidas implementadas.
Deste modo, para que haja uma contribuição real dos indicadores globais, é necessário que
estes estejam pautados em um pequeno grupo de indicadores bem escolhidos que, ao
interpretar as variações, possa descrever todo o fluxo da área em estudo.
Neste ponto, é destacada a correlação existente de conceitos e condições específicas que
orientam a proposição do indicador global (JOSÉ, 2010). Dentre as quais, podem-se
encontrar:
Os Indicadores Globais serem específicos para um determinado grupo dentro de um
segmento ou sistema;
Os IGs serem apropriados para cada área, a fim de poder avaliar de melhor forma as
práticas da organização, segundo os preceitos do desenvolvimento sustentável adotados por
ela;
Ser possível a reavaliação temporal dos indicadores globais.
É importante ressaltar que o grupo de indicadores que compõe cada indicador global,
de natureza multidimensional, evolua de modo contínuo dentro do sistema, de forma a manter
as características alcançadas por sua sensibilidade, robustez e simplicidade nas respectivas
condições de mensuração e análise.
2. Fundamentação metodológica
Esta pesquisa pode ser caracterizada como descritiva (GIL, 2002), onde, por meio de
categorização e priorização, busca-se obter ferramentas de geração e interpretação de
informações. Para isto, o uso de indicadores relativos a diferenciados segmentos possibilitarão
o auxílio da interpretação das variáveis que compõem todo o sistema organizacional.
Ainda dentro da fundamentação metodológica, é importante considerar o levantamento
de informações feito por meio de adoção de procedimentos técnicos como, por exemplo, a
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análise documental. Ela consiste na “análise de materiais que não receberam tratamento
analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa, tais
como relatórios de empresas, documentos de arquivos e tabelas” (GIL, 2002). Por meio desse
procedimento, podem-se obter dados relevantes de vários registros documentais das
atividades socioambientais, tais como, relatórios, quadro de indicadores, descrição de projetos
sociais, fluxograma, material de divulgação, etc. Ou seja, informações que ofereçam
fundamentos investigativos para as etapas posteriores do Levantamento.
Desta forma, a construção dos indicadores globais para responsabilidade social ocorre
em quatro etapas que delimitam a interpretação da realidade de cada momento, conforme
apresentado na figura 1.
Figura 1: Etapas da metodologia de construção dos indicadores globais.
A etapa de Levantamento dos Indicadores de Responsabilidade Social inicia-se com a
definição das variáveis de interferência significativa dentro da organização e acrescidas as
prioridades empresariais.
Assim, neste momento, as informações passam por um refinamento, e, ao considerar
suas características e seus papéis específicos e distintos dentro da área analisada (Singh et al,
2009), são separadas conforme suas respectivas categorias (KRAEMER, 2009). Neste
refinamento, ainda é possível verificar a integração das informações advindas de modo
quantitativo eou qualitativo dentre os indicadores de responsabilidade social.
Levantamento
dos indicadores
Identificação dos
Indicadores
Priorização de
Indicadores
Construção dos
indicadores globais
1ª
Etapa
4ª Etapa
3ª Etapa
2ª
Etapa
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A partir disso, foram estruturados três vieses, levando em consideração o que fora
apresentado por Nicolau (2008), para o segmento de Responsabilidade Social, a saber: RS
junto aos colaboradores Internos, RS junto aos colaboradores Externos e RS de ações mistas
(junto aos colaboradores externos e internos) conforme apresentado na figura 2.
Figura 2: Os vieses de indicadores de responsabilidade social.
De acordo com Ashely (2005), P. 69 DISSERT. a evolução do conceito de RS ocorre
ante a ampliação da visão inclusiva e de consideração por parte da organização na relação
com seus observadores. Por essa forma, as categorias que fazem parte desta fase inicial do
Levantamento necessitam estar vinculadas, a ações relativas importantes para a credibilidade
da organização que englobem as dimensões sociais, econômica, ambiental do
desenvolvimento sustentável, conforme apresentados pelo instituto Ethos e as normas de
Responsabilidade Social, mencionadas neste artigo.
Deste modo, as categorias agrupadas, nos vieses apresentados estão contextualizadas
às seguintes normas: SA8000 (melhoria contínua das condições de trabalho), ISO 16001
(promoção da cidadania e desenvolvimento sustentável), OHSAS 18001 (avaliação de saúde e
segurança) e ao formulário Ethos (instrumento de acompanhamento e monitoramento das
práticas de responsabilidade social).
Em resumo têm-se:
Vieses Categorias
Responsabilidade Social aos
Colaboradores Internos
Capital Humano
Relação de Trabalho
Controle de Risco para os colaboradores
Comunicação
Indicadores
Sociais
RS junto aos
Colaboradores
Internos
RS de ações mistas
(junto aos
Colaboradores
Internos e Externos)
RS junto aos
Colaboradores
Externos
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É importante ressaltar no quadro que as categorias inseridas nos vieses englobam
vários aspectos dos conceitos de Responsabilidade social. Assim, no viés RS aos
colaboradores internos, suas categorias abrangem práticas que promovam, de modo contínuo,
motivação e valorização dos colaboradores. As categorias que abarcam o viés de RS de ações
mistas são direcionadas a ações que promovam o diálogo entre os colaboradores, alcançando
vários grupos específicos, além de atividades que valorizem a cultura combinadas a valores
como cidadania, preservação ambiental e ética. E no último viés, RS aos colaboradores
Externos, as categorias que agregam esse viés buscam sintetizar a demanda empresarial e as
particularidades da organização para que a sociedade reaja positivamente à marca da
organização que, por sua vez, obterá, além da dedução de impostos, poderá ainda aumentar
sua visibilidade perante o governo, o mercado consumidor e o empresarial. Outro fator
relevante a declarar é o papel que cada indicador assume dentro de cada categoria, pois suas
especificidades serão determinantes para sua inclusão ou exclusão nas fases posteriores de
construção dos indicadores globais.
Assim:
Responsabilidade Social de ações
mistas (aos Colaboradores Internos)
Transparência
Ações sociais locais e regionais
Responsabilidade Social aos
Colaboradores Externos
Influência social
Relação externa
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Viés
Categoria
1
Categoria
2
Categoria
3
Indicador
1
Indicador
2
Indicador
n
Indicador
1
Indicador
2
Indicador
n
Indicador
1
Indicador
2
Indicador
n
Para o início da segunda etapa,serão necessárias reuniões com a equipe de trabalho para
análise de todos os dados que incluem os indicadores de RS existentes da organização. Por
meio de informações são tecidas considerações que ajustem os argumentos mudando-os ou
repensando-os para a consolidação dos valores e objetivos da organização.
As reuniões alcançam dois momentos, no primeiro, serão discutidas a relevância e
disponibilidade dos dados advindos dos indicadores. Conforme defendido por Palladini
(2008) apud Vianna (2009), nesse momento resguarda a necessidade dos indicadores
apresentarem componentes básicos, como os elementos, os fatores e as medidas, para que
suas características possam evidenciar suas influências no processo em que está inserido.
Neste momento é possível ter-se a leitura de diversos tipos de indicadores como
absolutos, relativos, agregados e os ponderados. Para melhor direcionamento de eficácia das
informações, é importante que cada indicador, independente de seu tipo, estabeleça dados
relacionados. Neste processo, encontram-se também indicadores absolutos com dados de alta
relevância para construção do indicador global, desta forma tem como sugestão relacionar
esses indicadores a períodos temporais e/ou geográficos, como por exemplo. Segundo
Meirelles (2011) os indicadores possuem dois aspectos relevantes a serem considerados: “os
que abordam a sua utilização e os que consideram sua importância relativa”, assim neste
artigo, é ponderada a relevância dos indicadores relativos que podem apresentar maior
eficiência no processo de tomada de decisão da organização. Porém, a escolha de indicadores
relativos não é uma obrigatoriedade e sim uma tendência que estará sob influência da
estrutura e visão organizacional.
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No momento seguinte, os indicadores considerados de informações relevantes e
disponíveis são alistados em uma planilha de matriz simplificada para a segunda rodada de
discussão. A matriz simplificada para priorização é composta por colunas e linhas. Para
posição de colunas, foi descriminada a estrutura dos indicadores, simultaneamente, estas
informações foram ponderadas através de linhas matriciais formuladas a partir dos critérios
levantados por François (2004) que corresponderam às seguintes afirmativas:
O relacionamento entre o indicador e o objetivo da empresa;
A dificuldade de obtenção dos dados do indicador;
As condições para a competitividade.
Foram descritos ainda, notas e pesos que no entendimento de Matarazzo(1995) aponta
a importância de cada indicador. Para isto, serão obtidos produtos entre as notas (N),
valoração de 1 a 10, e os pesos (P), de 1 a 5, atribuídos a cada critério considerado, na qual
apontará a importância de cada indicador de acordo com o valor total obtido, tendo os valores
mais baixos, menor expressão e valores mais altos uma maior expressão no processo
decisório. A matriz tem como objetivo viabilizar a identificação dos indicadores que farão
parte dos indicadores globais para a avaliação do desempenho social.
A este propósito, foi utilizado o Método de Soma Ponderada que permite selecionar os
indicadores de maiores eficiências neste processo. Dentre os métodos, esta técnica é
amplamente utilizada para transformar um problema de múltiplo objetivo para um único
objetivo cujo propósito agrega a transformação das grandezas vetorial em escalar,
relacionando-as aos pesos (Osycka, 1984 apud Lobato 2006). O método ainda evidencia o
resultado da atividade de triagem de indicadores de viabilidade técnica e econômica
(FREEMAN, 1990).
Em síntese temos:
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Através da utilização dos indicadores priorizados, por meio da utilização da matriz
simplificada, são definidos os grupos de indicadores cuja relevância tenha sido mais
significativa em relação à relevância de outros indicadores, dentro de cada viés identificado
na análise. Dessa forma, foram alcançadas as condições necessárias que fundamentam a
seguinte etapa do estudo, a identificação do indicador global.
Assim, nesta última etapa, os indicadores globais são construídos por cálculos que
abrangem o somatório da matriz simplificada dos indicadores de cada viés e os dados reais
obtidos na organização.
Em termos gerais, têm-se:
IGci = Σ (Vn..in) = V1.(i1)+V2.(i2)+Vn.(in) (1)
R. Social. IGcie =Σ (Vn..in) = V1.(i1)+V2.(i2)+Vn.(in) (2)
IGce= Σ (Vn..in) = V1.(i1)+V2.(i2)+Vn.(in) (3)
Reconhecendo:
Vn = Variável obtida por priorização.
In = Valor de desempenho do indicador na empresa.
IGci = Indicador global para responsabilidade social aos colaboradores internos.
IGcie = Indicador global para responsabilidade social aos colaboradores internos e externos.
IGce= Indicador global para responsabilidade social aos colaboradores externos.
Neste ponto, é importante elucidar que o potencial dos indicadores globais dependerá
de quanto maior a percepção de flutuabilidade dos seus dados em um determinado período de
tempo. E medidos os objetivos, são estabelecidas as metas e as vinculações de recompensa de
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desempenho (PALADINI, 2002). Assim, a implementação do IG de responsabilidade social
parte de conhecimentos teórico-prático, a fim de facilitar e melhorar sua aplicabilidade.
Neste âmbito, a harmonização das diversas informações é essencial, de forma a
compatibilizar os indicadores em suas respectivas dimensões delineados por seus vieses,
apresentado a seguir:
Considerando o procedimento metodológico adotado, é possível mensurar o
desempenho dos indicadores globais em um determinado período de tempo, observando suas
variações no período analisado e, destacando ainda, as condições especificadas, como limites
e critérios das dimensões de cada IG. Na mesma perspectiva, é possível perceber que a
utilização dos indicadores globais propostos pode responder às necessidades de uma
organização, tendo em vista sua visão sistêmica que podem ser entendidas a partir da
organização do todo (BACKX e OLIVEIRA, 2005).
Os indicadores que compõem cada IG são elaborados para simplificar, quantificar,
analisar e comunicar e visam ao gerenciamento das metas, permitindo aferir o desempenho
das ações e projetos da empresa, de modo a articular conceitos de responsabilidade social às
atitudes corporativas. Esta percepção tem como objetivo o aumento continuado da
produtividade, em virtude de gerar uma série de benefícios que atingem a empresa,
colaboradores e a sociedade como um todo
3.Considerações.
Buscando conhecer a postura interna e externa de cada organização, a proposição de
indicadores globais quantitativos e relacionáveis desconsidera o conceito fundamentado em
uma postura benevolente e filantrópica, tendo em vista a legitimação dos valores defendidos
na responsabilidade social. Já que, segundo Melo Neto e Froes (2001), a filantropia é
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considerada como atitude individualizada que não busca retorno, mas apenas o conforto moral
e pessoal de quem a pratica; enquanto a responsabilidade social é uma atitude coletiva que
abrange todos os colaboradores sejam eles, tanto internos quanto externos, é, contudo o
reflexo de um consenso que remete a ação estratégica da organização cujo propósito é um
retorno favorável.
Neste aspecto, as informações expressas pelos IGs são essenciais, visto que podem
nortear as práticas e os avanços, consolidando o engajamento social da empresa. Neste
contexto, a integração das informações posiciona-se como fator primordial para obtenção
desses IGs. A este fim, a organização que busca atingir um duplo efeito positivo articula
subsídios de caráter social e a competitividade empresarial em uma abordagem
multidisciplinar que será traduzida, ao médio ou longo prazo, em redução de custos e
sobrevivência no mercado.
Nesta perspectiva, a responsabilidade social, defende que, tanto as práticas referentes
aos colaboradores internos quanto às práticas aos colaboradores externos devem se mostrar
igualmente interconectadas, pois ambas possuem a mesma importância. Nesse sentido, o
comprometimento das práticas e suas interações, junto aos observadores, refletem em sua
identidade e proporciona à organização noções de si mesma e do mercado em que está
inserida. Neste ponto, a aplicabilidade dos indicadores globais de responsabilidade social
propostos pode subsidiar o monitoramento das práticas e dos avanços, consolidando o
engajamento social da empresa.
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