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Mira Ličen Krmpotić PAESAGGI ISTRIANI E MOMENTI PARIGINI PAISAGENS ISTRIANAS E MOMENTOS PARISIENSES Mira Ličen Krmpotić Paesaggi istriani e momenti parigini / Paisagens istrianas e momentos parisienses 74 0,5$ /,þ(1 .50327,ü Mira Ličen Krmpotić ha scelto la carriera di pittrice sin dalla scuola elementare: terminato il ginnasio a Capodistria, ha studiato all’Accademia di Lubiana dove ha frequentato anche il corso specialistico in restauro. Dopo il 1973, anno del diploma e della prima mostra personale, la creazione gurativa diventa il suo primario modus vivendi. Un serio approccio allo studio, alla ricerca e alla sperimentazione nel campo della pittura quale media espressivo e poi di diversi generi e tecniche pittoriche, parallelamente all’ininterrotto lavoro nel settore del restauro e della conservazione l’hanno portata a produrre un signicativo numero di opere. Nel primo decennio dopo il diploma all’Accademia, agli inizi degli anni Ottanta, ai motivi più frequenti legati agli ambienti dell’entroterra rurale dell’Istria ed ai paesaggi rivieraschi, alle barche, ai porti, alle marine, alle nature morte, ma anche al corpo umano, specie ai nudi femminili, si aggiunge la tematica biblica. E in quel periodo era una dei rari artisti che si dedicavano con la stessa intensità alle tematiche religiose, che interpretava con il suo linguaggio ben identicabile e sensibile al gusto moderno. Oggi appartiene sicuramente alla schiera di quegli autori sloveni che possono vantare una particolarmente copiosa produzione di opere d’arte sacra, che è componente insostituibile dell’arte gurativa nazionale degli ultimi trent’anni. 0,5$ /,þ(1 .50327,ü Mira Ličen Krmpotić escolheu a carreira de pintora desde a escola primária: terminados os estudos secundários em Capodistria, formou-se na Academia de Lubiana, onde frequentou tem frequentado também o curso de especialização em restauro. Depois de 1973, ano da primeira exposição pessoal, a criação gurativa tornou- se o seu primeiro modus vivendi. Uma séria abordagem ao estudo, à pesquisa e à experimentação no âmbito da pintura como medium expressivo e no âmbito de outros géneros e técnicas pictóricas, paralelamente ao ininterrupto trabalho no setor do restauro, levaram-na a produzir um signicativo número de obras. Na primeira década após o diploma na Academia, no início dos anos ‘80, os motivos mais frequentes ligados aos ambientes do interior rural da Ístria e às paisagens da ribeira, aos barcos, aos portos, às naturezas mortas, mas também ao corpo humano, nomeadamente nus femininos, associam-se à temática bíblica. Naquele período Mira era um dos poucos artistas que se dedicavam com intensidade às temáticas religiosas, que interpretava com a sua linguagem bem identicável e sensível ao gosto moderno. Hoje pertence certamente à escola daqueles autores eslovenos que podem vangloriar-se de uma grande produção de obras de arte sacra, que é a componente insubstituível da arte gurativa nacional dos últimos 30 anos. Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas

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Mira Ličen KrmpotićPAESAGGI ISTRIANI E MOMENTI PARIGINI

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Mira Ličen Krmpotić ha scelto la carriera di pittrice sin dalla scuola elementare: terminato il ginnasio a Capodistria, ha studiato all’Accademia di Lubiana dove ha frequentato anche il corso specialistico in restauro. Dopo il 1973, anno del diploma e della prima mostra personale, la creazione figurativa diventa il suo primario modus vivendi. Un serio approccio allo studio, alla ricerca e alla sperimentazione nel campo della pittura quale media espressivo e poi di diversi generi e tecniche pittoriche, parallelamente all’ininterrotto lavoro nel settore del restauro e della conservazione l’hanno portata a produrre un significativo numero di opere. Nel primo decennio dopo il diploma all’Accademia, agli inizi degli anni Ottanta, ai motivi più frequenti legati agli ambienti dell’entroterra rurale dell’Istria ed ai paesaggi rivieraschi, alle barche, ai porti, alle marine, alle nature morte, ma anche al corpo umano, specie ai nudi femminili, si aggiunge la tematica biblica. E in quel periodo era una dei rari artisti che si dedicavano con la stessa intensità alle tematiche religiose, che interpretava con il suo linguaggio ben identificabile e sensibile al gusto moderno. Oggi appartiene sicuramente alla schiera di quegli autori sloveni che possono vantare una particolarmente copiosa produzione di opere d’arte sacra, che è componente insostituibile dell’arte figurativa nazionale degli ultimi trent’anni.

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Mira Ličen Krmpotić escolheu a carreira de pintora desde a escola primária: terminados os estudos secundários em Capodistria, formou-se na Academia de Lubiana, onde frequentou tem frequentado também o curso de especialização em restauro. Depois de 1973, ano da primeira exposição pessoal, a criação figurativa tornou-se o seu primeiro modus vivendi. Uma séria abordagem ao estudo, à pesquisa e à experimentação no âmbito da pintura como medium expressivo e no âmbito de outros géneros e técnicas pictóricas, paralelamente ao ininterrupto trabalho no setor do restauro, levaram-na a produzir um significativo número de obras. Na primeira década após o diploma na Academia, no início dos anos ‘80, os motivos mais frequentes ligados aos ambientes do interior rural da Ístria e às paisagens da ribeira, aos barcos, aos portos, às naturezas mortas, mas também ao corpo humano, nomeadamente nus femininos, associam-se à temática bíblica. Naquele período Mira era um dos poucos artistas que se dedicavam com intensidade às temáticas religiosas, que interpretava com a sua linguagem bem identificável e sensível ao gosto moderno. Hoje pertence certamente à escola daqueles autores eslovenos que podem vangloriar-se de uma grande produção de obras de arte sacra, que é a componente insubstituível da arte figurativa nacional dos últimos 30 anos.

Ass. Cult.Sete Sóis Sete Luas

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CATÁLOGO N. 75

1) El puerto de las Maravillas – Los navios antiguos de Pisa, 2001. T. Stefano Bruni e Mario Iozzo. Ed. PT, ES2) Maya Kokocinsky, Translusion II, 2002. T. Pinto Teixeira. Introduction de Oliviero Toscani. Ed. PT, ES.3) Oliviero Toscani, Hardware+Software=Burros, 2002. Ed. IT, PT.4) As personagens de José Saramago nas artes, 2002. Introduction de José Saramago. Ed. PT.5) Stefano Tonelli, Nelle pagine del tempo è dolce naufragare (2002). Ed. IT, PT.6) Luca Alinari, Côr que pensa, 2003. Ed. PT, ES.7) Riccardo Benvenuti, Fado, Rostos e Paisagens, 2003. Ed. IT, PT.8) Antonio Possenti, Homo Ludens, 2003. T. John Russel Taylor et Massimo Bertozzi. Introduction de José Saramago. Ed. IT, PT.9) Metropolismo – Communication painting, 2004. T. Achille Bonito Oliva. Ed. IT, PT. 10) Massimo Bertolini, Através de portas intrasponíves, 2004. T. R. Bossaglia, R. Ferrucci. Ed. IT, PT.11) Juan Mar, Viaje a ninguna parte, 2004. Introduction de José Saramago. Ed. IT, PT.12) Paolo Grimaldi, De-cuor-azioni, 2005. T. de Luciana Buseghin. Ed. IT, PT. 13) Roberto Barni, Passos e Paisagens, 2005. T. Luís Serpa. Ed. IT, PT.14) Simposio SSSL: Bonilla, Chafer, Ghirelli, J.Grau, P.Grau, Grigò, Morais, Pulidori, Riotto, Rufino, Steardo, Tonelli, 2005. Ed.: ES, IT, PT.15) Fabrizio Pizzanelli, Mediterrânes Quotidianas Paisagens, 2006. Ed. IT, PT.16) La Vespa: un mito verso il futuro, 2006. T. Tommaso Fanfani. Ed. ES, VAL.17) Gianni Amelio, O cinema de Gianni Amelio: a atenção e a paixão, 2006. T. Lorenzo Cuccu. Ed. PT.18) Dario Fo e Franca Rame, Muñecos con rabia y sentimento – La vida y el arte de Dario Fo y Franca Rame (2007). Ed. ES.19) Giuliano Ghelli, La fantasia rivelata, 2008. T. Riccardo Ferrucci. Ed. ES, PT.20) Giampaolo Talani, Ritorno a Finisterre, 2009. T. Vittorio Sgarbi et Riccardo Ferrucci. Ed. ES, PT.21) Cacau Brasil, SÓS, 2009. Ed. PT.22) César Molina, La Spirale dei Sensi, Cicli e Ricicli, 2010. Ed. IT, PT.23) Dario Fo e Franca Rame, Pupazzi con rabbia e sentimento. La vita e l’arte di Dario Fo e Franca Rame, 2010. Ed. IT.24) Francesco Nesi, Amami ancora!, 2010. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, ES.25) Giorgio Dal Canto, Pinocchi, 2010. T. Riccardo Ferrucci e Ilario Luperini. Ed. PT. 26) Roberto Barni, Passos e Paisagens, 2010. T. Giovanni Biagioni e Luís Serpa. Ed. PT.27) Zezito - As Pequenas Memórias. Homenagem a José Saramago, 2010. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT.28) Tchalê Figueira, Universo da Ilha, 2010. T. João Laurentino Neves et Roger P. Turine. Ed. IT, PT.29) Luis Morera, Arte Naturaleza, 2010. T. Silvia Orozco. Ed. IT, PT.30) Paolo Grigò, Il Volo... Viaggiatore, 2010. T. Pina Melai. Ed. IT, PT.31) Salvatore Ligios, Mitologia Contemporanea, 2011. T. Sonia Borsato. Ed. IT, PT.32) Raymond Attanasio, Silence des Yeux, 2011. T. Jean-Paul Gavard-Perret. Ed. IT, PT.33) Simon Benetton, Ferro e Vetro - oltre l’orizzonte, 2011. T. Giorgio Bonomi. Ed. IT, PT.34) Noé Sendas, Parallel, 2011. T. Paulo Cunha e Silva & Noé Sendas. Ed. IT, PT, ENG.35) Abdelkrim Ouazzani, Le Cercle de la Vie, 2011. T. Gilbert Lascault. Ed. IT, PT.36) Eugenio Riotto, Chant d’Automne, 2011. T. Maurizio Vanni. Ed. IT, PT.37) Bento Oliveira, Do Reinado da Lua, 2011. T. Tchalê Figueira e João Branco. Ed. IT, PT.38) Vando Figueiredo, AAAldeota, 2011. T. Ritelza Cabral, Carlos Macedo e Dimas Macedo. Ed. IT, PT.39) Diego Segura, Pulsos, 2011. T. Abdelhadi Guenoun e José Manuel Hita Ruiz. Ed. IT, PT.40) Ciro Palumbo, Al di là della realtà del nostro tempo, 2011. T. A. D’Atanasio e R. Ferrucci. Ed. PT, FR.41) Yael Balaban / Ashraf Fawakhry, Signature, 2011. T. Yeala Hazut. Ed. PT, IT, FR.42) Juan Mar, “Caín”, duelo en el paraíso, 2012. T. José Saramago e Paco Cano. Ed. PT, IT43) Carlos Macêdo / Dornelles / Zediolavo, Caleidoscópio, 2012. T. Paulo Klein e C. Macêdo. Ed. PT, IT.44) Mohamed Bouzoubaâ, “L’Homme” dans tous ses états, 2012. T. Rachid Amahjou e A. M’Rabet. Ed. PT, IT, FR.45) Moss, Retour aux Origines, 2012. T. Christine Calligaro e Christophe Corp. Ed. PT, IT.46) José Maria Barreto, Triunfo da Independência Nacional, 2012. T. Daniel Spínola. Ed. PT, IT.47) Giuliano Ghelli, La festa della pittura, 2012. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, FR.48) Francesco Cubeddu e Marco Pili, Terre di Vernaccia, 2012. T. Tonino Cau. Ed. PT, FR.49) Rui Macedo, De Pictura, 2012. T. Maria João Gamito. Ed. IT, FR. 50) Angiolo Volpe, Passaggi pedonali per l’ infinito, 2012. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, IT.51) Djosa, Criôlo, 2012. T. Jesus Pães Loureiro e Sebastião Ramalho. Ed. PT, IT, FR.52) Marjorie Sonnenschein, Trajetória, 2013. T. Marcelo Savignano. Ed. PT, IT.

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53) Ilias Selfati, Arrest, 2013. T. Marie Deparis-Yafil. Ed. PT, IT, FR.54) Pierre Duba, Un portrait de moitié Claire, 2013. T. Daniel Jeanneteau. Ed. PT, IT. 55) Weaver, WEAVER DISCOS pop descarado, 2013. T. Ritelza Cabral. Ed. PT, IT. 56) Giuliana Collu & Roberto Ziranu, Terra è Ferru, 2013. T. Tonino Cau. Ed. PT, FR. 57) 7sóis.CriArt, Os Laboratórios de Criatividade do Centrum Sete Sóis Sete Luas (2010-2012), 2013. Ed. PT, IT, FR.58) Laka, El Viajero, 2013. T. Marilena Lombardi, Roberto Brunetti. Ed. PT, IT.59) Ugo Nespolo, Il Mondo a Colori, 2013. T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, FR.60) Hassan Echair, Horizon plombé, 2013 T. Nicole de Pontchara, Jean L. Froment, Faïssal Sultan, Pierre Hamelin. Ed. PT, IT.61) Cristina Maria Ferreira, Esculturas do meu Fado, 2013 T. Sérgio Barroso, António Manuel de Moraes. Ed. IT, FR.62) Nela Barbosa, Olga Kulkchenko, Leomar e Tutú Sousa, Arte de Cabo Verde no Feminino, 2013 T. Daniel Spínola. Ed. PT, IT. 63) Marcello Scarselli, Il Lavoro Dipinto, 2014 T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, FR.64) Saimir Strati, Seven Stars, 2014 T. Ronald Galleta, Alida Cenaj. Ed. PT, IT.65) Ali Hassoun, Aqueles que vão - Quelli che vanno, 2014 T. Riccardo Ferrucci. Ed. PT, IT. 66) Charley Fazio, Con l’isola dentro, 2014 T. Antonio Lubrano. Ed. PT, IT.67) Fulvia Zudič, Istria, 2014 T. Enzo Santese. Ed. PT, IT.68) Ahmed Al Barrak, Geste et Lumière, 2014 T. Rachid Amahjour, Hafida Aouchar. Ed. PT, IT.69) Georges D’Acunto, Au Delà-du Regard, 2014 T. Odile Bochard, Simone Tant. Ed. PT, IT, FR.70) Alfredo Gioventù & Khaled Ben Slimane, Mãe Terra Mar, 2014 T. Alfredo Gioventù, Alice Pistolesi. Ed. PT, IT.71) Obras da colecção permanente do Centrum Sete Sóis Sete Luas de Ponte de Sor (2009-2014), 2014. Ed. PT.72) Maurício Oliveira, Tropiques Utopiques, 2014 T. Moisés Oliveira Alves. Ed. PT, IT, FR.73) Hamadi Ananou, Alcancía, 2015 T. Clara Miret Nicolazzi. Ed. PT, IT.74) Mahassin Kardoud, Receitas Artisticas, 2015 T. Said Choukairi. Ed. PT, IT.75) Mira Ličen Krmpotič, Paesaggi istriani e momenti parigini / Paisagens istrianas e momentos parisienses , 2015 T. Nives Marvin. Ed. PT, IT.

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Mira Ličen Krmpotič

Paesaggi istriani e momenti parigini

Paisagens istrianas e momentos parisienses

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Pontedera (Tuscany, Italy) - 07.03.2015 - 02.05.2015, Centrum Sete Sóis Sete LuasPonte de Sor (Alentejo, Portugal) - 23.05.15 - 29.06.15, Centrum Sete Sóis Sete Luas

Promoted Ass. Cult. Sete Sóis Sete LuasCâmara Municipal de Ponte de SorComune di PontederaComune di Pirano

Coordination Marco Abbondanza (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)Câmara Municipal de Ponte de SorPedro Gonçalves (Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor)

Production CoordinationMaria Rolli (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas) Installation assistantJoão Paulo Pita (Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor)Idrissa Diarra, Mohammed El Helou (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

TransportAlexandre Sousa

AdministrationSandra Cardeira (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

Staff Sete Sóis Sete LuasCelia Gomes, Barbara Salvadori, Luca Fredianelli, Paulo Gomes

Graphic DesignSérgio Mousinho (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

Press OfficeElisa Tarzia (Ass. Cult. Sete Sóis Sete Luas)

Printed Bandecchi & Vivaldi, Pontedera

Acknowledgements Lada TancerFulvia Zudic

Cover Photo Ulivo, 2014, acrilico su tela, 80 x 80 cm

[email protected]

“PAESAGGI ISTRIANI E MOMENTI PARIGINI”Mira Ličen Krmpotič (Istria, Eslovenia)

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Recebemos Mira Ličen Krmpotič em Ponte de Sor, na rede do Festival Sete Sóis Sete Luas com enorme carinho, sabendo que o enriquecimento das nossas comunidades neste projecto ímpar a nível europeu será profundamente importante e motivador.

Ponte de Sor sente-se feliz em receber no Centrum Sete Sóis Sete Luas / Centro de Artes e Cultura tão importante manifestação, fazendo votos que tal seja do agrado de todos, pois esta multiplicidade cultural permite augurar um futuro cada vez mais promissor.

Engº. Hugo Luís Pereira HilárioPresidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor

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Paesaggi istriani e momenti parigini / Paisagens istrianas e momentos parisienses

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Elementos em comum são:

- o nome: Centrum Sete Sóis Sete Luas;- a imagem do Centrum SSSL: o mosaico de uma onda que se estende sinuosa pela parede externa com os nomes das cidades que fazem parte da Rede dos Centrum SSSL;- a possibilidade de fazer ligações em directo, através da internet, com os diversos Centrum SSSL nos vários países;- um espaço dedicado à colecção permanente, com a memória da actividade local e internacional do Festival SSSL;- uma sala dedicada às exposições temporárias;- um laboratório de criação onde os artistas podem realizar as suas obras durante as residências;- uma art-library e um bookshop onde são apresentados ao público todas as produções culturais, artísticas, editoriais, gastronómicas do Festival Sete Sóis Sete Luas: cd’s, dvd’s, livros, catálogos e os produtos enogastronómicos e artesanais mais representativos dos Países da Rede SSSL;- uma sala de conferências para encontros, apresentações, debates, concertos, inaugurações…- quartos para os jovens estagiários da Rete SSSL e para os artistas;- um jardim mediterrânico e/o atlântico;

Estão neste momento activos os Centrum SSSL de Pontedera (Itália), Ponte de Sor (Portugal) e Frontignan (França). O projecto prevê ainda a criação dum Centrum Sete Sóis Sete Luas em Cabo Verde, na Ribeira Grande (ilha de Santo Antão).

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Paesaggi istriani e momenti parigini / Paisagens istrianas e momentos parisienses

Momentos istrianos e parisienses de Mira Ličen Krmpotić

As criações figurativas de Mira Ličen Krmpotić baseiam-se numa reconhecível Auto poética: a sua linguagem, declaradamente expressiva e feita de cores veementes, é sempre próxima ao abstrato, se bem que faça intuir uma matriz figurativa. Os motivos têm sempre inspiração na Ístria eslovena, quente e iluminada pelo clima ensolarado do Mediterrâneo, e na tradição espiritual-religiosa do espaço cultural europeu. Independentemente das temáticas representadas e da técnica pictórica, Mira expressa-se sempre de forma particular: indica uma relação extremamente pessoal, se não mesmo o seu modo de acolher as dimensões mais profundas e elevadas da esfera real e espiritual, dentro das quais confronta-se constantemente com a indestrutível força vital da natureza e com os universais interrogativos da existência. Estas são as razões que, no vasto panorama artístico esloveno contemporâneo, fazem-na figurar como uma importante linha de continuidade da rica tradição pictórica do paisagismo e da arte sacra.

As suas obras são como viagens dentro do ser humano, nos seus vários estados físicos e psíquicos, em diferentes situações da vida; chegamos mesmo à essência, dentro da nossa própria génese. Ao mesmo tempo, as obras de Mira oferecem-nos também o prazer de uma perceção prodigiosa e mágica de um verdadeiro universo de cores, que na superfície bidimensional expandem-se como singulares fluxos energéticos, como uma força indestrutível enraizada na profundeza do espaço pictórico. Esta bipolaridade entre concreto e transcendental, entre realístico e metafísico, balança-se de forma complementar graças à íntima e bem identificável linguagem da artista, reconhecível pelo seu código iconográfico pessoal, não comparável com nenhuma das poéticas figurativas destes tempos.

Para Mira Ličen Krmpotić o processo criativo – apesar das técnicas e do formato escolhido – representa o modo mais íntimo de se expressar: a superfície pictórica, a argila, o vidro e os tecidos apenas, são simples espaços ou materiais, dentro dos quais nascem novas verdades e novos valores, dos quais irradia o espírito do ambiente concreto e a natureza filosófica das crenças da artista. Aqui, naturalmente, não deve ser subestimado o seu relacionamento com a herdade artística, especialmente a tradição eslovena e do litoral, e em particular a pintura paisagista e a arte sacra. Já durante os estudos entra em contacto com o expressionismo esloveno, ao qual se dedicavam alguns dos seus professores. Portanto, ela mesma desenvolve um código pictórico reconhecível, que por eficácia de expressão, certifica-se impulsivo, veemente, às vezes dramático, refletindo alguns caracteres distintivos do expressionismo, em particular aqueles existenciais. Contudo, não obstante o forte acento expressivo, as suas representações são sempre radiosas, iluminadas pela lucidez mediterrânica, pelo calor e pelo singular otimismo. Ao mesmo tempo na sua inteira produção encontra-se uma delicada homenagem à tradição abstratismo lírico

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do após-guerra: apesar do seu gesto sugestivo – às vezes agressivo – como importante ferramenta de expressão e não obstante a quase constante presença de formas estilizadas e reduzidas ao extremo, que evocam figuras e paisagens, as suas pinturas são atravessadas por uma peculiar mas discreto lirismo dos sentidos e dos sentimentos.

A inteira produção figurativa de Mira Ličen Krmpotić pode ser qualificada a partir da bipolaridade do seu postulado de conteúdos: nela entrelaçam-se constantemente micro e macro mundos, ambientes concretos e o cosmos sem tempo, tudo é consciência e inconsciência, a experiência dos sentidos e imaginária, a realidade e uma fé profunda e indestrutível ou seja uma sincera religiosidade. De tudo isso derivam os diferentes níveis de leitura das suas criações, definidas por uma reconhecível, instantânea espontaneidade de temperamento, que todavia tece-se continuamente e completa-se com uma específica, sempre intensa e íntima contemplatividade. Como se, imersa na caótica e complicada vida quotidiana, a pintora quisesse parar para descer no seu próprio íntimo, no seu mundo espiritual; gesto que lhe transmite sempre nova energia criativa, induze-a a empreender novas pesquisas no âmbito figurativo e puxa-a para novas interpretações como pessoais exortações extrínsecas. A artista é como uma peregrina “solitária”, máxima juíza e observadora de si mesma, que vê a criatividade como metáfora da vida e em particular da espiritualidade do homem. Nas suas obras redescobrimos continuamente uma força e um otimismo incríveis no confronto com a energia indestrutível da natureza, com a fé do individuo e com o destino das pessoas, da humanidade, de nós mesmos. Os seus excursus figurativos tornam-se assim mensagens universalmente atuais e de responsável empenho.

O instrumento mais mágico da sua expressão são as cores, vivas, brilhantes, opulentas e até contrastantes de forma controversa e os seus significados materiais e simbólicos, o seu recíproco dialogar. O seu cromatismo não é de facto comparável com as linguagens pictóricas contemporâneas e é singularmente mágico: é fisicamente palpável e ao mesmo tempo constantemente em mudança e evasivo nos seus raios de luz e nos seus valores essenciais. O filtrar da luz, a luminosidade e os efeitos de atmosferas sempre novas e únicas, mas emocionantes, são características que implementam a sua expressão artística pessoal, enriquecida por um clima particular. Este clima faz com que hajam constantes referências às seduções do litoral ensolarado ou à misteriosa e secreta iconografia cristã. A natureza e o cosmos, a vida terrena e o universo, o concretamente conhecido e tudo o que está longe, que é espiritual e portanto intangível para o ser humano, são os seus desafios quotidianos e o estímulo para um autoexame. Uma artista sensível e uma observadora crítica – Mira Ličen Krmpotić é assim – reinterpreta tudo isto no suporte elegido e com uma própria linguagem criativa bem reconhecível, numa magia de cores, elementos de maior inspiração na pintura: as suas obras estão cheias de ardentes e requintados magmas cromáticos, carregadas com irreprimível dinamismo e inundadas por uma luz particular, propriamente mística e sacra. É esta a luz – lux que vem dum ponto noto ou

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ignoto e que com a sua viva clareza domina de forma elegante e imponente toda a ação da pintura. Não obstante a aparência contemporânea das formas, esta luz faz intuir uma presença silenciosa, um arquétipo, qualquer coisa de profundamente elementar. Como se fosse uma luz particular, pertencente a Mira, o seu lumen mundi que, como uma metáfora – apesar das reminiscências do ambiente no qual vive – simboliza a fonte de vida, o amor, a sinceridade e a beleza. Cria portanto uma atmosfera de concretas situações naturais e ao mesmo tempo uma aura de mistério que conduz o espetador para além do tempo e do espaço, nas infinitas extensões do universo, para uma nova existência, irracional e mística. A luz brilha e irradia uma atmosfera quente e lúcida, que personifica a vida interior condicionada pela orientação filosófica da artista. Conhecemos bem esta fluidez: é como um olhar aos infinitos horizontes do mar, ao céu, às suaves colinas ou aos intermináveis campos das salinas, às vigorosas oliveiras ou aos ciprestes curvados pelo vento, às fachadas avermelhadas das casas de pedra; mas é também infinitamente longe, misteriosamente indescritível e imparável, imaginário como uma singular força cósmica. A artista, usando o seu estilo e a técnica escolhida, revitaliza à sua maneira a originalidade e o caráter primordial da realidade material e da sua própria essência imanente e devolve-as, a nós no presente, enchendo-as de significados diferentes, dando-nos a capacidade de as analisar e de procurar novos caminhos para o futuro. Quase que impõe ao observador – dentro de uma vivência quotidiana globalizada e agressivamente técnica – de parar por um instante e de se deslocar para um outro espaço e para um outro tempo, numa dimensão paralela e alternativa, na meditação ou na contemplação dentro da qual são possíveis diferentes aventuras mentais e emocionais.

Também as obras expostas no ciclo Momentos istrianos e parisienses – Mira Ličen Krmpotić tem vivido por motivos de estudo na capital francesa – são, prescindindo dos diferentes desafios nos concretos motivos vistos e da grandeza de formato do suporte, expressivas obviamente no sentido do diálogo com o externo. São testemunhos profundos e sinceros das momentâneas experiências de vida, do seu mais íntimo sentimento para os tempos passados e para as metas da arte, das sensações concretas durante a sua permanência numa das capitais da arte figurativa, Paris, da sua arquitetura, dos parques, das hortas, das galerias, das paisagens e do universo mais amplo. As fontes de inspiração para a criatividade artística em casa, no atelier de Pirano ou em Paris, são sempre concretas: as hortas e os parques de Paris, os vitrages das célebres catedrais francesas e as suas atmosferas cromáticas, as visitas às galerias e aos museus, bem como certas obras de arte dos grandes mestres, mas também as paisagens dos arredores de Paris que, de acordo com a artista, são lembranças de sua Istria. Este específico ambiente de vida local obviamente com as suas realidades naturais, culturais e – em geral – de civilização, atesta-se como ininterrupta e nunca definitivamente exausta temática das pinturas. A linguagem metafórica sensível e espiritualizada de Mira permanece e é um dado que tem de ser avaliado pelos observadores: podemos acolhe-lo e senti-lo na própria interpretação ou como uma imagem universal e esteticamente estimulante.

Nives Marvin

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Paesaggi istriani e momenti parigini / Paisagens istrianas e momentos parisienses

Elementi comuni sono:

- il nome: Centrum Sete Sóis Sete Luas;- l’immagine simbolo del Centrum SSSL: un’onda mosaico si snoda sinuosa sulla parete esterna con i nomi delle città che fanno parte della Rete dei Centrum SSSL;- la possibilità di collegare in diretta, attraverso internet, i diversi Centrum SSSL nei vari paesi;- uno spazio dedicato alla collezione permanente, depositario della memoria delle attività locali ed internazionali del Festival SSSL;- una sala dedicata alle mostre temporanee;- un laboratorio di creazione dove gli artisti potranno realizzare le loro opere durante le residenze;- un art-library e un bookshop dove vengono presentate al pubblico tutte le produzioni culturali, artistiche, editoriali, gastronomiche del Festival Sete Sóis Sete Luas: cd’s, dvd, libri, cataloghi e i prodotti enogastronomici e artigianali più rappresentativi dei Paesi della Rete SSSL;- una sala conferenze per incontri, presentazioni, dibattiti, concerti, inaugurazioni…- foresterie per i giovani stagisti della Rete SSSL e per gli artisti;- un giardino mediterraneo e/o atlantico;

Sono al momento attivi i Centrum SSSL di Pontedera (Italia), Ponte de Sor (Portogallo) e Frontignan (Francia). Il progetto prevede anche la realizzazione di un Centrum Sete Sóis Sete Luas a Capo Verde, a Ribeira Grande (isola di Santo Antão).

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Momenti istriani e parigini di Mira Ličen Krmpotić

Le creazioni figurative di Mira Ličen Krmpotić si fondano su una riconoscibile auto-poetica: il suo linguaggio, fatto di colori veementi e dichiaratamente espressivo, è sempre prossimo all’astratto, sebbene faccia intuire una matrice figurativa. I motivi traggono sempre ispirazione dall’Istria slovena, calda e rischiarata dal clima assolato del Mediterraneo, e dalla tradizione spirituale-religiosa dello spazio culturale europeo. A prescindere dalle tematiche raffigurate e dalla tecnica pittorica, il suo modo di esprimersi è particolare: indica sempre un rapporto estremamente personale, se non addirittura il suo modo di recepire le dimensioni più profonde ed elevate della sfera reale e spirituale, all’interno delle quali si confronta costantemente con l’indistruttibile forza vitale della natura e con gli universali interrogativi dell’esistenza. Queste sono le ragioni che, nel vasto panorama artistico sloveno contemporaneo, la fanno figurare come un’importante continuatrice della ricca tradizione pittorica del paesaggismo e dell’arte sacra.

Le sue opere sono come dei viaggi dentro l’uomo, nei suoi vari stati psichici e fisici, in diverse situazioni di vita; approdiamo nell’essenza stessa, nella genesi di noi stessi. Allo stesso tempo ci offrono anche il piacere di una percezione prodigiosa e magica di un vero e proprio universo di colori, che sulla superficie bidimensionale si espandono come singolari flussi energetici, come una forza indistruttibile ancorata nelle profondità dello spazio pittorico. Questa bipolarità tra concreto e trascendentale, tra realistico e metafisico, si accorda in maniera complementare grazie all’intimo e ben identificabile linguaggio dell’artista, riconoscibile dal suo codice iconografico personale, non paragonabile ad alcuna delle coeve poetiche figurative.

Per Mira Ličen Krmpotić il processo creativo – a prescindere dalla tecnica e dal formato scelti – rappresenta il modo più intimo di esprimersi: la superficie pittorica, l’argilla, il vetro, i tessuti non sono che semplici spazi o materiali, all’interno dei quali nascono nuove verità e valori, da cui si irradiano lo spirito di un ambiente concreto nonché la natura filosofica e le convinzioni dell’autrice. Qui, naturalmente, non va sottaciuto il suo rispettoso rapportarsi con l’eredità artistica, specie quella della tradizione slovena e del Litorale, ed in particolare la pittura paesaggista e l’arte sacra. Già durante gli studi viene in contatto con l’espressionismo sloveno, cui si dedicavano alcuni dei suoi professori. Quindi anche lei stessa sviluppa un codice pittorico riconoscibile, che per efficacia d’espressione si certifica impulsivo, veemente, anche drammatico e riflette alcuni caratteri distintivi dell’espressionismo, specie quelli di natura esistenziale. Tuttavia, nonostante il forte accento espressivo, le sue raffigurazioni sono ancor sempre radiose, illuminate dalla specifica lucidità mediterranea, dal calore e da un singolare ottimismo. Allo stesso tempo nella sua intera produzione si coglie un velato richiamo alla tradizione dell’astrattismo lirico del dopoguerra: a dispetto del suo gesto suggestivo - talora addirittura aggressivo -

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Paesaggi istriani e momenti parigini / Paisagens istrianas e momentos parisienses

quale importante mezzo d’espressione e nonostante la quasi costante presenza di forme stilizzate e ridotte all’estremo, che ancora evocano figure e paesaggi, i suoi dipinti sono pervasi da un peculiare, ma discreto lirismo dei sensi e dei sentimenti.

L’intera produzione figurativa di Mira Ličen Krmpotić si può qualificare con la bipolarità del suo postulato contenutistico: in essa si intrecciano costantemente micro e macro mondi, ambienti concreti ed il cosmo senza tempo, tutto quanto è coscienza e incoscienza, l’esperienza dei sensi e quella immaginaria, la realtà e una fede profonda e incrollabile ossia una sincera religiosità. Da tutto ciò derivano i diversi livelli di lettura delle sue creazioni, definite da una riconoscibile, istantanea spontaneità di temperamento, che tuttavia si intreccia di continuo e si completa con una specifica, sempre intensa ed intima contemplatività. Come se, immersa nella caotica e stressante vita quotidiana, l’autrice si volesse spesso scientemente arrestare per calarsi nel proprio intimo, nel proprio mondo spirituale; gesto che le trasmette sempre nuova energia creativa, la induce a intraprendere nuove ricerche in campo figurativo e la spinge a nuove interpretazioni come personali esortazioni estrinseche. L’artista è come una pellegrina “solitaria“, massimo giudice e osservatrice di sé stessa, per la quale la creatività è la metafora della vita ed in particolare della spiritualità dell’uomo. Nelle sue opere riscopriamo di continuo una forza e un ottimismo incredibili nel confronto con la forza indistruttibile della natura, con la fede del singolo ed il destino delle persone, dell’umanità, di noi stessi. I suoi excursus figurativi diventano così messaggi universalmente attuali e di responsabile impegno.

Lo strumento più magico della sua espressione sono i colori, vividi, accesi, opulenti, anche contrastanti in maniera controversa, e le loro valenze materiali e simboliche, il loro reciproco dialogare. Il suo cromatismo non è di certo paragonabile ai linguaggi pittorici contemporanei ed è singolarmente magico: è fisicamente palpabile e allo stesso tempo costantemente mutevole e inafferrabile nei suoi sprazzi di luce e nei suoi valori essenziali. Il filtrare della luce, la luminosità e gli effetti di atmosfere sempre nuove e irripetibili, ma eccitanti, sono caratteristiche che implementano la sua riconoscibilissima espressione artistica personale, arricchita da una particolare temperie. Questa consente rimandi alle seduzioni del Litorale assolato o alla misteriosa, segreta iconografia cristiana. La natura e il cosmo, la vita terrena e l’Universo, il concretamente noto e quanto c’è di lontano, spirituale, e per l’uomo fisicamente intangibile, sono le sue sfide quotidiane e lo stimolo per un autoesame. Un’artista sensibile e un’osservatrice critica – e Mira Ličen Krmpotić lo è – reinterpreta tutto ciò nel media prescelto e con un suo proprio linguaggio creativo ben riconoscibile, in una magia di colori, elementi di maggiore ispirazione in pittura: le sue opere sono piene di ardenti e ricercati magma cromatici, colme del loro irrefrenabile dinamismo e inondate da una luce particolare, propriamente mistica e sacra. È questa la luce – lux, che proviene da un punto noto o ignoto e che con la sua vivida chiarezza domina in maniera elegante ed imponente tutta l’azione del dipinto. Nonostante la resa contemporanea delle forme, questa luce fa intuire ancora una presenza silenziosa, un archetipo, un qualcosa di profondamente elementare. Come se fosse una luce particolare, propria di Mira, il suo

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Nives Marvin

lumen mundi che, come una metafora – a prescindere dalle reminescenze dell’ambiente in cui vive – simboleggia la fonte della vita, l’amore, la sincerità e la bellezza. Crea, quindi, un’atmosfera di concrete situazioni naturali e allo stesso tempo un’aura di mistero che conduce l’osservatore al di là del tempo e dello spazio, nelle distese infinite dell’universo, verso una nuova esistenza irrazionale e mistica. La luce risplende e irradia una calda e lucida atmosfera, che personifica la vita interiore condizionata dall’orientamento filosofico dell’autrice. Il fluido raggiunto ci è noto, presente e vissuto: è come uno sguardo agli infiniti orizzonti del mare, al cielo, al dolce paesaggio collinare o agli infiniti campi delle saline, ai vigorosi alberi d’olivo oppure ai cipressi piegati dal vento, alle facciate infuocate delle case di pietra, ma è anche infinitamente lontano, misteriosamente inafferrabile e irrefrenabile, immaginario come una singolare forza cosmica. L’autrice, servendosi della sua maniera e della tecnica prescelta, rivitalizza a suo modo l’originalità ed il carattere primordiale della realtà materiale e della sua propria essenza immanente e ce li restituisce nel presente colmandoli di significati diversi, concedendoci la possibilità di analizzarli e di cercare nuove strade per il futuro. Impone quasi all’osservatore – all’interno di un vissuto quotidiano globalizzato e aggressivamente tecnicistico – di fermarsi per un istante e spostarsi anche in un altro tempo e in un altro spazio, in una dimensione parallela e alternativa, nella meditazione o nella contemplazione all’interno delle quali sono possibili diverse avventure mentali ed emozionali.

Anche i dipinti esposti del ciclo Paesaggi istriani e momenti parigini – nella capitale francese Mira Ličen Krmpotić ha più volte soggiornato per motivi di studio – sono, a prescindere dalle diverse sfide nei concreti motivi visti e dalla grandezza del formato del supporto, espressivi, ovviamente nel senso del dialogo voluto con l’esterno. Sono testimonianze profondamente sincere delle momentanee esperienze di vita, del suo più intimo sentire i passati periodi e i traguardi dell’arte, delle sensazioni concrete durante la sua permanenza in una delle capitali mondali dell’arte figurativa, Parigi, della sua architettura, dei parchi, degli orti, delle gallerie, del paesaggio e dell’universo più ampio. Le fonti di ispirazione per la creatività artistica sia a casa nell’atelier piranese sia a Parigi sono sempre concrete: gli orti ed i parchi di Parigi, i vitrage delle celebri cattedrali francesi e le loro atmosfere cromatiche, le visite alle gallerie e ai musei nonché determinate opere d’arte dei grandi Maestri, ma anche i paesaggi dei dintorni di Parigi che, secondo l’autrice, ricordano la sua l’Istria. Questo specifico ambiente di vita locale ovviamente con le sue realtà naturali, culturali e in genere di civiltà e il suo retaggio è comunque l’ininterrotta e mai definitivamente esaurita tematica dei dipinti. Il linguaggio metaforico sensibile, spiritualizzato di Mira rimane e ed è dato da valutare ai visitatori: lo possiamo accogliere e sentirlo nella propria interpretazione oppure come un’immagine universale ed esteticamente stimolante.

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Ulivi, 2010, olio su tela, 80 x 80 cm

Fontanigge, 2011. Acrilico su tela, 70 x 60 cm

Mulio a vento, 2011. Acrilico su tela, 80 x 70 cm

Saline, 2011. Acrilico su tela, 80 x 70 cm

Caduta, 2012. Acrilico su tela, poliptico 4 x (70 x 70 cm)

Dialogo I, 2012. Acrilico su tela, 70 x 70 cm

Dialogo II, 2012. Acrilico su tela, 70 x 70 cm

Essenza, 2012. Acrilico su tela, poliptico 4 x (70 x 70 cm)

Il percorso d’ amore 1, 2012. Acrilico su tela, 70 x 70 cm

Il percorso d’ amore 2, 2012. Acrilico su tela, 70 x 70 cm

Il percorso d’ amore 3, 2012. Acrilico su tela, 70 x 70 cm

Il percorso d’ amore 4, 2012. Acrilico su tela, 70 x 70 cm

Riposta, 2012. Acrilico su tela, poliptico 4 x (70 x 70 cm)

Medveja, 2013. Acrilico su tela, 50 x 50 cm

Capodistria - porto, 2014. Acrilico su tela, 80 x 80 cm

Val Stagnon, 2014. Acrilico su tela, 80 x 80 cm

Ulivo, 2014. Acrilico su tela, 80 x 80 cm

Pirano, 2014. Acrilico su tela, 80 x 80 cm

Padna, 2014. Acrilico su tela, 80 x 80 cm

Marina, 2014. Olio su tela, 80 x 80 cm

INDEX OBRAS // INDEX OPERE

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Festival Sete Sóis Sete Luas

CATÁLOGO N. 75