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Miguel Antonio Caro Obras I

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OBRAS COMPLETAS

DON MIGUEL ANTONIO CARO

T O M O I

FL05 POEIHRUM—E& CINeO DE M A R DE JYlflNZONI

EDICIÓN OFICIAL

hecha bajo la dirección de Víctor E. Caro y Antonio Gómez Restrepo

B O G O T Á IMPRENTA NACIONAL

1918

OBRAS C O M P L E T A S y D E

DON MIGUEL ANTONIO CARO

T O M O I

FL05 POEtflRUMi—EL dNCO DE M H R DE MHNZONI

EDICIÓN OFICIAL

hecha bajo la dirección de Víctor E. Caro y Antonio Gómez Restrepo

B O G O T Á IMPRENTA NACIONAL

1918

EsLLia d e d o n M i j a e l A n t o n i o C a r o , i n a u g u r a d a e n B á j a l a el 10 da n o v i a m b r e da 1917.

L K Y N U M E R O 12 D E 1911

(30 D E SEPTIEMBRE)

por la cual se honra la memoria de un colombiano ilustre.

El Congreso de Colombia

DECRETA:

A r t í c u l o I o L a R e p ú b l i c a honra el n o m b r e de don M i ­guel A n t o n i o Caro , h i j o i lustre de Co lombia , quien p o r sus v ir tudes eximias , p o r su a b n e g a c i ó n y p r o b i d a d , p o r sus ta­lentos y saber , hizo h o n o r a la patr ia y la sirvió durante lar­gos años c o m o maestro , c o m o publ ic ista y l i ló logo , c o m o legis lador y p r i m e r M a g i s t r a d o .

A r t í c u l o 2 o E n el patio pr inc ipa l del edif icio de Santo D o m i n g o , en B o g o t á , se levantará una estatua de b r o n c e del g r a n d e h o m b r e , con esta ins c r ip c i ón :

A MIGUEL ANTONIO CARO

LA REPÚBLICA D E COLOMBIA

A r t í c u l o 3 9 Las o b r a s de Caro se pub l i carán a costa del Erar io Nac ional , previa la autorización de su famil ia . L a edic ión será o r d e n a d a y d i r ig ida p o r una Comisión que d e ­s ignará el Minis tro de I n s t r u c c i ó n P ú b l i c a , y se dest inará la cuarta parte para d istr ibuir la en las b ib l io tecas n a c i o n a ­les y e x t r a n j e r a s , y las o tras tres cuartas partes para e n t r e ­garlas a la familia de Caro , p o r d e r e c h o s de autor .

A r t í c u l o 4 o E n el P r e s u p u e s t o se i n c o r p o r a r á n las p a r ­tidas necesarias para dar c u m p l i m i e n t o a esta L e y .

A r t í c u l o S 9 U n e j e m p l a r a u t ó g r a f o de esta L e y será e n t r e g a d o a la famil ia de Caro .

Dada en B o g o t á a ve int iocho de s e p t i e m b r e de mil no -vecieLtos o n c e .

El P r e s i d e n t e del Senado , P E D R O A N T O N I O M O L I N A . El Pres idente de la C á m a r a de R e p r e s e n t a n t e s , M I G U E L A B A D Í A M É N D E Z — E l S e c r e t a r i o del Senado , Carlos Tama-yo—El S e c r e t a r i o de la C á m a r a de R e p r e s e n t a n t e s , Miguel A. Penaredonda.

Poder Ejecutivo—Bogotá^ 30 de septiembre de ign.

P u b l í q u e s e y e j e cú tese . C A R L O S E . R E S T R E P O

El Min i s t ro de G o b i e r n o , P E D R O M . CARREÑO

DISCURSO pronunciado en la inauguración de la estatua de don Miguel Antonio Caro, por Antonio Gómez Restrepo, en nombre del Qo-

biero Nacional y de la Academia Colombiana.

El G o b i e r n o Nac iona l , c u m p l i e n d o una ley de la R e p ú ­blica, ha levantado este h e r m o s o palacio , para que sirva de mansión a la A c a d e m i a Co lombiana , y de re l icar io a la efi­gie del insigne varón que h o n r ó el n o m b r e de Migue l A n ­tonio Caro .

E l G o b i e r n o , no obstante las dif icultades de una época azarosa, se ha esforzado p o r dar c ima a esta o b r a en el me ­nor t é r m i n o posible , pues el Jefe del Es tado ha q u e r i d o que durante su A d m i n i s t r a c i ó n se r inda este h o m e n a j e al h o m ­bre civil más i lustre que ha p r o d u c i d o la c iudad de B o g o t á , desde los t i empos de A n t o n i o N a r i ñ o .

A q u í , d o n d e se y e r g u e la i m p o n e n t e fachada de este edificio, s i rv iendo de f o n d o al b r o n c e g lor i f i cador , se levan­taba no há m u c h o la modest í s ima casa, ún i co pa t r imon io que poseyó el h o m b r e que r i g i ó p o r seis años los destinos de la N a c i ó n , y tuvo en sus manos los caudales públ i cos en t iempos anormales de g u e r r a civil. A q u í , la p e q u e ñ a sala que él c ruzaba a g r a n d e s pasos, c o m o león apris ionado, en épocas de vo luntar io e n c i e r r o ; aqu í el j a r d í n minúsculo , en c u y o c e n t r o luc ía el bus to de V i r g i l i o , n u m e n tutelar del poeta ; aqu í el cuar to de t r a b a j o , tapizado de l ibros , y adon­de ba jaron tantas veces , ya la musa de la ind ignac i ón , ya la de la severa y cristiana filosofía. A q u í r esonába la voz so l em­ne y grave del padre y del maestro , e n t r e c o r t a d a con f ran ­cas risas, que desarrugaban el c e ñ o o l í m p i c o del varón c o n s u l a r . . . . t odo esto era ayer , y ya ha pasado a la historia; t odo esto se b o r r ó de la vista, p e r o no de la m e m o r i a de los co l ombianos ; y del seno de esa h u m i l d a d s u r g e hoy la p r e ­sente g lor i f i cac ión . E n este rec into , d o n d e el s i lencio veló los ú l t imos años de la vida de Caro , resuena hoy la voz de la N a c i ó n , que ensalza, no a un po l í t i co , no a un P r e s i d e n t e , sino a un g r a n co l ombiano , a un h o m b r e que e n c a r n ó nobi ­l ísimos rasgos de su raza, y e n t r e g ó a la a d m i r a c i ó n de la poster idad un t ipo de se lecc ión espiritual y de belleza m o ­ral, que p u e d e e n o r g u l l e c e r a todos sus compatr i o tas , sin dist inción de pr inc ip ios ni de co lores po l í t i cos .

vi -

La glor i f icación de los h o m b r e s v e r d a d e r a m e n t e g r a n ­des une a los pueblos y armoniza a los espír itus que son ca­paces de c o m p r e n d e r la g lor ia . El culto de la m e d i o c r i d a d anarquiza y e m p e q u e ñ e c e . ¡ A y de los pueb los que no t e n ­gan tipos representat ivos en los cuales c o n t e m p l a r su prop ia imagen , depurada de transitorios acc identes y de inev i ta ­bles imper f e c c i ones ! L a s razas dotadas de vitalidad concen ­tran de vez en c u a n d o sus fuerzas para p r o d u c i r figuras super iores , que rescatan la in fer ior idad de millares de seres anónimos, destinados al o lvido. N o s i e m p r e esos h o m b r e s son c o m p r e n d i d o s durante su vida; su prop ia super io r idad los aisla a veces , hac iéndoles p e r d e r el contac to con sus con­temporáneos ; ' su madre misma, la patria que los p r o d u j o , después de recrearse en su g lor ia suele desconocer los y ha­c e r con ellos las veces de « c r u e l madrastra , » s egún la frase del poeta (-1); p e r o cuando las pasiones se aquietan y el pol­vo de la lucha se aplaca al inf lujo del gé l ido r o c í o de la muerte , entonces la efigie surge transf igurada, convert idas en estrellas las her idas abiertas por las espinas de la co rona de desengaños , y resp landec iente la túnica, con ese fu lgor de nieve qu-e ostentaban las vestiduras de los ángeles , g u a r ­dadores del sepu l c ro y e n c a r g a d o s de anunciar al m u n d o el día de la r e s u r r e c c i ó n .

Caro , p o r sus condic iones nativas era un representante de este pueb lo , en 0113-0 seno pasó toda su ex istenc ia ; p e r o su c a r á c t e r y su inte l igencia eran de t e m p l e y de elevación tan excepc iona les , que establec ieron un desequi l ibr io entre este h o m b r e super i o r y las c i rcunstanc ias que lo r odearon . Su cond i c i ón de humanista , h o m b r e de Estado , le habr ía alcanzado laureles d ignos de su f rente en un país de tradi ­c iones clásicas, donde sean espectácu lo normal un M a c a u -lay, insigne o r a d o r po l í t i co y autor de los Cantos de la anti­gua Roma, y un Gladstoae , j e f e de part ido , c o m e n t a d o r de H o m e r o y t r a d u c t o r de H o r a c i o . Su talento general iza­d o ^ su c o n c e p t o filosófico de las altas cuest iones públ icas e internacionales , le habr ían p e r m i t i d o trazar las g r a n d e s lí­neas de la pol í t ica de una nación poderosa , y ser c o n s e j e r o e s cuchado en los gab inetes y en los c ongresos de las nacio­nes; sin t ener que mezclarse en las luchas de intereses y ambic iones , para la cual no estaba dispuesto . P o r q u e él ha­bía nacido para vivir en la c ontemplac i ón de las ideas puras , c u y o trato es sereno , aquie tador y luminoso ; p e r o no c o n o ­cía la pol í t ica prác t i ca , arte mudab le y engañoso , que r e ­qu iere , en quien lo cultiva, una p e n e t r a c i ó n genia l para s o r p r e n d e r los ocul tos móviles de las acc iones , una g r a n d e afición al m a n e j o de los h o m b r e s y una cur ios idad no m u y

(1) Ortiz, La monja desterrada.

— VII —

distinta de la que mueve al d r a m a t u r g o y al novelista, para pene t rar en el o s curo y tor tuoso laber into de las almas.

Caro era, inte lec tualmente , un h i j o de la civilización la­tina, un l e jano descend iente de la ant igua R o m a . Su g e n i o tenía la solidez, la sever idad de líneas, la g rand ios idad de las c ons t rucc i ones romanas . P o r q u e no so lamente el espír i ­tu latino s igue i n f o r m a n d o nuestra civil ización, sino que de vez en c u a n d o s u r g e n en las naciones m o d e r n a s h o m b r e s a quienes hub ie ra venido bien la t o g a consular y h u b i e r a n hab lado d i g n a m e n t e en el augusto rec in to del F o r o . De és­tos era Caro . D e aquí la elevación y r ig idez de su pensa­miento , la concis ión majestuosa de su frase , que consagra cuando r inde un h o m e n a j e , y cuando condena , se estampa c o m o h ie r ro e n c e n d i d o . A s í hablaban los ant iguos romanos , cuyas sentencias, ' hechas para inscr ib irse en láminas de b r o n c e , p e r d u r a n en las páginas eternas de T i t o L iv io .

H a b í a h e r e d a d o también del espíritu lat ino, que b u s c ó la unif icación del m u n d o , la tendenc ia a la unidad, no en f o r m a t i ránica ni opresora , sino c o m o aspirac ión s u p r e m a de un talento o rgan izador y s intét ico . A m ó la unidad de fe sin impos ic iones de into lerancia ; la unidad del id ioma, sin es t recheces ni t imideces de p u r i s m o e x a g e r a d o ; la unidad de la patria, d e n t r o del f e c u n d o desarrol lo secc ional . Con­t e m p l ó a la A m é r i c a , no c o m o c a m p o de batalla, d o n d e c o m ­baten intereses y odios regionales , sino c o m o una inmensa liga anfict iónica, d o n d e pueb los hermanos , iguales en el de ­recho , si distintos en extens ión y r iqueza, p reparan ampl io y magní f i co c a m p o a la civilización del porven i r . Quiso ver a los co lombianos todos , unidos en la aceptac ión voluntaria y consc iente de c ier tos pr inc ip ios const i tucionales , tutela­res del o r d e n rel igioso y social, c o o p e r a n d o al servic io de la patria c o m ú n , en m e d i o de las naturales d ivergenc ias de c redo po l í t i co , y de organizac ión administrat iva : ideal her ­moso, que no p u d o ver realizado p o r q u e su G o b i e r n o se des­arrolló en época de pasiones i r reduc t ib l e s que desdeñaban toda intel igencia con el c ontrar i o . E r a prec i so que una con­vulsión pavorosa pusiera al país a! b o r d e del abismo, para que la sensatez empezara a r e i n a r e n las luchas pol ít icas y se estableciese, p o r m u t u o a c u e r d o , un c a m p o neutral en el cual pudiesen todos los h o m b r e s de buena voluntad ser­vir a la patria y c o l a b o r a r en el G o b i e r n o , sin t e m o r a m e ­r e c e r el deshonroso calificativo de t ráns fugas o de trai­dores .

E l m o m e n t o más luminoso d é l a vida pol í t ica de Caro fue aquel, en que , a b a n d o n a n d o el cult ivo re t i rado de los l ibros , se sentó en la c u r u l del const i tuyente para t o m a r parte impor tant í s ima en la reorganizac ión de la R e p ú b l i c a . L o s que estaban a c o s t u m b r a d o s a ver en él, exc lus ivamen­te, al l i terato y al poeta , dudaron al pr inc ip io de su aptitud

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p a r a l a s cuest iones j u r í d i c a s y const i tuc ionales ; y s o l ó s e r ind ieron a la evidencia cuando Caro intervino con s u p e ­r ior idad incontrastable en los debates y p r o n u n c i ó aquel los admirab les discursos, que son el m e j o r c omentar i o de la Const i tuc ión . Su acc ión fue decisiva en la r e d a c c i ó n de ese c ó d i g o , que en sus líneas esenciales p e r m a n e c e en pie , y ha de p e r d u r a r , Dios mediante , p o r voluntad de los c o l ombia ­nos, p o r q u e no es c o m o una p a g o d a or iental , c e r r a d a a los pro fanos , sino c o m o un edificio c lásico , sostenido en severa co lumnata , que p e r m i t e aprec iar la a r m o n í a de sus p r o p o r ­ciones y en c u y o rec into p u e d e n moverse l i b r e m e n t e todos los c iudadanos . Cuando pasó de la c o n c e p c i ó n teór i ca a la apl icación prác t i ca , sufr ió las d e c e p c i o n e s y tropiezos que han e n c o n t r a d o todos los g r a n d e s idealistas, c u a n d o han te ­n ido que adaptarse al arte realista de la pol í t i ca ; desde M a r ­co A u r e l i o , el sub l ime pensador de los Soliloquios, hasta L a ­mart ine y Castelar.

Caro fue g r a n pensador , g r a n poeta , g r a n o r a d o r par ­lamentar io . Su prosa t iene la diafanidad y la sencil lez de los maestros del s iglo diez y o c h o , p e r o c o n una e n e r g í a , un h e r v o r de vida que en ellos suele faltar . N o b u s c ó n u n ­ca la imitac ión arcaísta, y m i r ó con d e s p r e c i o los aportes traídos al id ioma p o r t o rpes neologistas. E s uno de los p o ­cos clásicos de la m o d e r n a l i teratura castellana. R e h u y ó las galas re tór i cas y los p r o c e d i m i e n t o s efect istas : su estilo es velo que de ja t ransparentar la viril musculatura del pen­samiento . Cuando la ind ignac ión mueve su p luma, su f ra ­se es ariete que d e r r i b a y pulveriza; c u a n d o se eleva en alas de la med i tac i ón , su estilo t iene austeridad y g randeza ; y un d e j o me lancó l i co p r o p i o del titán que después de ven­c e r monstruos y e j e c u t a r magní f icas proezas , se sienta a medi tar , con la f r ente entre las manos , r e c o r d a n d o que también es h o m b r e . A l g u n o s trozos de historia q u e d e j ó escritos , reve lan un n a r r a d o r a la inglesa, sobr io , expres ivo , inc l inado a b u s c a r la filosofía de los a contec imientos y más p r a g m á t i c o que p intoresco . Sus estudios de c r í t i ca l i teraria dan test imonio , no so lamente de su e rud i c i ón inmensa, sino de la intu ic ión genial con que pene t raba en lo más h o n d o de las obras ajenas, y después de d e s c o m p o n e r l a s c on el aná­lisis, a cer taba a dar la expres i ón sintética del c o n j u n t o . A u n t r a t a n d o temas filológicos, hallaba c a m p o para desp legar sus alas de pensador , c o m o en ese sabio d iscurso s o b r e El uso en sus i elaciones con el lenguaje, c u y a prec i s ión y p r o ­fund idad filosófica causaban la a d m i r a c i ó n del insigne Cuer ­vo: y que es d i g n o de quien se a b r e v ó en las enseñanzas de Bel lo y de L i t t r é . C o m o o r a d o r tenía la facu l tad de e x p o ­ner una tesis c o n r i g o r l ó g i c o implacab le , e levando a inmen­sa altura los debates ; y al p r o p i o t i e m p o , la de e n c e n d e r los án imos con su p e r o r a c i ó n ard iente , y a b r u m a r a los adver -

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sarios con frases que no se olvidan. En ocasiones l idió solo contra a g u e r r i d o s atletas, s e m e j a n t e a la roca acantilada, p o r el p o d e r de resistencia, p o r la solidez de su es t ruc tura , p o r la firmeza de su basamento , p o r la impavidez con que hace f rente a la furiosa acomet ida de las olas. E n t o n c e s era cuando su cabeza r o m a n a de t ípicas prominenc ias f rontales y coronada de negros cabel los , se i luminaba con luz supe ­rior y adquir ía toda su belleza. Qu ieues pud ie ron presen ­ciar los debate de la Const i tución y las sesiones del Senado en el p e r í o d o c r í t i c o de 1903 a 1904. gozaron de un espectá­culo que p r o b a b l e m e n t e no volverá a presentarse nunca en nuestra t ierra .

El talento c r í t i c o tenía tal fuerza en Caro , que lo hacía polemista irresist ible , pues le permit ía d e s c u b r i r ráp ida­mente el punto débil del c ont rar i o ; y p e n e t r a n d o p o r allí en la fortaleza enemiga , la c onmov ía con el e m p u j e de su dialéctica, t r i turando los a r g u m e n t o s para d e j a r a descu­b ierto su falsedad y endeblez . Y c u a n d o organizaba la de ­fensa de una tesis, sabía escalonar en t o r n o de ella series de razonamientos , enlazando el caso part i cu lar con pr inc i ­pios genera les ; de tal manera que el contrar io , aun c u a n d o no estuviese convenc ido , no hallaba manera de rep l i car ni medio de desembarazarse de aquella tupida t rama de prue ­bas y de ob jec i ones , que lo o p r i m í a n y paralizaban sus es­fuerzos.

C o m o Nisard y Brunet i e re , tenía Caro un severo gusto clásico, modif icado por el estudio de las l i teraturas modernas . Cuando nos hace e n t r a r en las int iminades de V i r g i l i o y Horac i o , y nos reveía las c ond i c i ones carac te r í s ­ticas de su genio y los secretos de su arte l i terario ; c u a n d o vierte luz sobre la in terpre tac ión filosófica y estética del Q u i j o t e ; cuando estudia las silvas de Bello 3' los cantos de O l m e d o con tanta pro fundidad y del icadeza, que a sus p r o ­pios autores habría s o r p r e n d i d o quizá la revelación de cosas que ellos apenas entrev ieron en medio de la misteriosa ela­borac ión de la obra de arte ; es Caro d i g n o representan­te de la alta cr í t i ca , de ese g é n e r o antes desdeñado c o m o s e -cundar i o y que en los t i empos m o d e r n o s ha alcanzado tan s ingular importanc ia , en manos de g r a n d e s pensadores y artistas. L o s cr í t i cos verdaderos son eficaces c o l a b o r a d o r e s del gen io c reador , e i luminan para los pro fanos las ab ismó­s e pro fund idades de las obras maestras, pon iendo de r e l i e ­ve sus más hondas bellezas y p e r f e c c i o n e s c o m o el f o c o p o ­tente que e n c e n d i d o en las entrañas de una g r u t a , disipa las espesas tinieblas y hace bri l lar las estalactitas, p e r m i ­t iendo aprec iar en toda su belleza la m á g i c a estancia, d o n ­de pretendían hallar guar ida las aves nocturnas . A s i l o s g r a n d e s cr í t i cos pusieron en fuga a los necios r e tó r i cos que oscurec ían con sus rastreros c omentar i o s las o b r a s de H o m e -

M. A. Caro—Prólog-o—11

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ro , de Dante y de Shakespeare ; e h ic ieron luc ir en todo su esp lendor esos m o n u m e n t o s del arte , inaccesibles p o r su misma grandeza a los o jos miopes y a c o s t u m b r a d o s a la m e ­dia luz de prosaicos censores .

L a poesía fue pasión dominante de Caro , desde sus p r i m e r o s años hasta los últ imos días de su existencia : y la cult ivó, ya c o m o t r a d u c t o r insigne, ya c o m o poeta or ig inal . T r a j o a nuestra l engua , con arte admirab le , preciosas f l o ­res de la poesía latina, entre otras , las e legías de T i b u l o y las epístolas de H o r a c i o . P e r o su o b r a capital fue la t r a ­ducc ión comple ta de V i r g i l i o , t raba jo c i c l ópeo e m p r e n d i d o y l levado a c a b o en su p r i m e r a j u v e n t u d . Este es el m o n u ­m e n t o , más d u r a d e r o que el b r o n c e , e levado por el poeta bogo tano a su maestro , j e fe y gu ía . V i r g i l i o fue el ídolo de Caro : halló en el cantor de la Eneida, si no esa poesía pr imi ­tiva, c e r cana a l a naturaleza, que c o r r e fresca, viva y m a ­jestuosa en los poemas homér i cos , sí el arte exquis i to , que logra fundir los varios e lementos de una o b r a vasta y c o m ­pl icada en una armonía s u p r e m a ; e ilumina con serena luz espiritual , no sólo el c o n j u n t o , sino hasta los más h u m i l ­des p o r m e n o r e s del p o e m a ; la delicadeza afect iva, que reemplaza la titánica grandeza de la edad hero ica , con la expres ión penetrante y patética de sent imientos t iernos y humanos ; el r i tmo , ya grave y r o t u n d o , ya b lando y d u l c í ­s imo; el plan grad ioso . que a r r a n c a n d o de los o r í g e n e s l e ­gendar i o s de R o m a , c o n d u c e la acc ión hasta la época de A u g u s t o y abre al pensamiento perspect ivas de futura i n ­acabable grandeza . ¡ V i r g i l i o ! él se alza en m o m e n t o p r o v i ­dencial de la historia, r e c i b i e n d o ref le jos l e H o m e r o y a l u m b r a n d o , a su turno , con rayo de inspiración cuasi p r o -fética. los le janos horizontes por donde ha de surg i r , siglos después, el astro de Dante . P a r a medirse con su poeta, Caro se p r e p a r ó l a r g a m e n t e , ensayando sus fuerzas y a c o ­piando todas las r iquezas y preseas de la lengua y de la v e r ­sif icación castellanas. Su t r a d u c c i ó n se levanta con la m a ­jestad de las cosas indestruct ib les , en el c a m p o de nuestra l i teratura ; y no hay hasta hoy en nuestro idioma otra que pueda c o m p e t i r con ella en b r í o de d i cc ión y en e leganc ia poética. ¡Dichoso el que , c o m o él. l ogra unir su n o m b r e al de un inmorta l , según la frase cé l ebre de L e o p a r d i !

C o m o poeta or ig inal , bri l ló Caro en la poesía grave y m e d i t a b u n d a , que hace a un t i e m p o pensar y sentir . N o tienen sus versos la sonor idad de la poesía románt i ca , hija de Zorr i l la , p e r o sí un r i t m o más hondo , que brota de las entrañas mismas del pensamiento . C o m o poeta c lásico aspi­ra a la prec i s ión , al rel ieve, a la pureza de la l ínea; p e r o a veces su inspiración se e x p a n d e en f o r m a de honda , s o l e m n e s infonía , que nos lleva le jos del m u n d o ; c o m o en la bel la compos i c i ón La vuelta a la -pauta, donde de estrofa en

estrofa vamos ascend iendo desde las bajas y oscuras reg io ­nes de la t ierra hasta las c lar idades del ideal divino. P e r o su o b r a maestra es la oda A la estática del Libertador. B o l í ­var fue su héroe , c o m o V i r g i l i o fue su poeta . En sus paseos por su c iudad nativa, d e l a c u a l n u n c a s a l i o . s e detuvo mu­chas veces a c o n t e m p l a r el b r o n c e inmortal de T e n n e r a n i , que representa al semidiós envuelto en el manto de la m e ­lancolía. Caro admiraba c o m o nadie el canto ép ico de O l m e ­do, donde aparece Bol ívar entre los esp lendores de la apo­teosis, y se c o m p l a c í a en o í r el e s t ruendo de la c u a d r i g a de caballos inmorta les que conduc ían al héroe a las c u m b r e s de la g lor ia . P e r o su gen io no lo incl inaba a. la oda p i n d á -rica, sino a la medi tac ión hero ica ; y c o n t e m p l a n d o esa c a ­beza tan bella c o m o la del A p o l o de Be lvedere , p e r o más c o n m o v e d o r a , p o r q u e expresa un do lor infinito, sintió las inspiraciones de la musa que consagra los s u p r e m o s infor ­tunios y convierte el mart ir io si lencioso en apoteosis t r iun­f a l ; la musa de la piedad y de la justicia, que da f o r m a im­p e r e c e d e r a a los o rácu los de la historia y expresa el fallo sereno y r e p a r a d o r de la poster idad . En esas estrofas lapi­darias la inspiración asciende con la majestad del vuelo del águila, que d e s c r i b i e n d o c í r cu los inmensos se remonta a las alturas andinas . N o canta al sol que des lumhra y c iega en el cénit , sino al astro rey , que en los le janos términos del horizonte, ya p r ó x i m o a mor i r , se ve más g r a n d e , velado por la tristeza de la hora final. N u e v a m e n t e Caro unió su destino al de un inmorta l ; c o m o lo unieron Manzoni y T e n -nyson al de los dos g u e r r e r o s que dec id ieron la suerte de Europa en el c a m p o de W a t e r l o o .

L a últ ima g r a n d e inspiración de Caro es el Cauto al Silencio, escr i to en terce tos dantescos , en que hay más pen­samientos que palabras. El f o r m i d a b l e luchador , el q u e tantas t empestades había desatado en t o rno s u y o con su pa­labra inflamada, invoca al s i lencio , p r e c u r s o r de la calma perpe tua . L o s últ imos años de Caro fueron de medi tac ión r e c o g i d a y silenciosa, de c o n c e n t r a c i ó n espiritual ; y c u a n d o la desgrac ia lo hir ió en lo más sensible , a r rebatándo le a su santa c o m p a ñ e r a , se dispuso a m a r c h a r en pos de ella, s o r d o a los rec lamos de la popular idad , que volvía a g o l p e a r a sus puertas disponiéndose a o t o rgar l e ot> -a ve? los más altos honores . V i o s e entonces que d e b a j o de la f é r rea coraza de aquel h o m b r e , a p a r e n t e m e n t e esto ico , latía un corazón sensible, capaz de los más vivos a fectos , y que si él hubiera escr i to sus confes iones ínt imas, las hubiera p o d i d o e n c a b e ­zar, c o m o el g r a n d e e m p e r a d o r r o m a n o sus Soliloquios ( ¡ y con cuánta más razón que é l ! ) , dando grac ias al c ielo por los b ienes domést i cos que le había dispensado.

G r a n d e s y múlt iples fueron los talentos de Caro ; p e r o quizá p o r ellos solos no habr ía m e r e c i d o este h o m e n a i e

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excepc i ona l ; p o r q u e m u c h o significa el gen io , p e r o para que sea benéf ico y útil a las nac iones debe apoyarse en el fun­d a m e n t o de la virtud. Y Caro fue , no so lamente poeta y c r í t i c o , o r a d o r y public ista, filósofo y jur i sper i to ; no sólo e n r i q u e c i ó las letras patrias con páginas perdurab les , sino que d e j ó e j emplos de esos que honran y enaltecen a un pue ­blo. N o fue él uno de esos carac teres t ímidos y acomodat i ­cios, que un gran d r a m a t u r g o est igmatizó ba jo el i r ón i co t ítulo de «los h o m b r e s de b ien , » que no hacen d i r e c t a m e n t e el mal, pero de jan e j e cu tar l o sin atreverse a f o r m u l a r una protesta y aceptan c ó m o d a m e n t e los hechos cumpl idos . Caro no era h o m b r e de virtud pasiva e indolente sino enér­g ica y activa. S i e m p r e estuvo listo a r o m p e r lanzas en d e f e n ­sa de sus convicc iones religiosas y pol ít icas; pero el que c ombat i ó con vehemenc ia a sus adversarios fue el mismo que , pon iendo el p e c h o al pe l igro , a b o g ó por ellos en m o ­mentos cr í t i cos de la-vida nacional . N u n c a tuvo t e m o r a nada ni a nadie, e x c e p t o a Dios y al test imonio de su c o n ­c iencia ; y en los más adversos trances ostentó la d ignidad de un hi jo de la R e p ú b l i c a romana. Y c o m o los héroes de ésta mostró s i empre el más absoluto desinterés , c on tento con a b r i g a r su pobreza en un g i r ó n del manto de la patria. N o hay en sus escritos un solo rasgo que manci l le la d i g n i ­dad del h o m b r e , ni que inspire ideas muelles y utilitarias. P o r d o n d e q u i e r a d e j ó lecc iones de fe , de constancia , de no­ble idealismo. N o c r e y ó l íc ito traficar con las cosas del alma, ni prost i tu ir la alteza de la poesía . A m ó a su patria con a fec to indomable , y sufr ió por ella « c u a n t o lengua mortal dec i r no p u d o . » E r r ó a veces , c o m o todos los h o m b r e s , pero q u e d a n d o s i empre a salvo la firmeza de su conv i c c i ón ; y en med io de los g r a n d e s desastres morales que !e t o c ó presen­ciar , p e r m a n e c i ó incó lume , revist iendo en la vida la majes ­tad que conserva en este b r o n c e . Por eso la Patr ia lo saluda con respeto , y los que fu imos su amigos y s egu idores nos d e s c u b r i m o s con e m o c i ó n y con jub i lo al ver instalada su efigie a m o d o de genio tutelar de esta c iudad que i luminó con MI talento r h c n r ó con sus v ir tudes .

raiuoo

GATULO

CARM. I. A CORNELIO N E P O T E

Quoi dono....

¿ A quién este ñ a m a n t e l ibro mío , Y a p o r la ár ida p ó m e z alisado, H a b r é de d e d i c a r ? — A ti, Corne l i o ; P u e s que a estas mismas bagatelas antes A l g ú n valor a t r i b u i r solías, C u a n d o ya , entre los ítalos , tú solo, T o d a en t res partes dividida, osaras L a historia desvolver de las edades , ¡ O b r a docta , p o r Jove! y a r d u o e m p e ñ o . V a l g a lo que valiere aqueste l i b ro , L o que t e n g o te o f rez co de buen g r a d o . R e c í b e l o p o r t u y o — ¡ E x c e l s a musa! C o n c é d e m e que el don no ind igno sea, Haz tú q u e más de un siglo viva, y d u r e .

II. AL GORRIÓN D E LESBIA Passer

Grac i oso pajar i l lo , Delicias de mi dueño , Quien ya c o n t i g o j u e g a , Y a te a b r i g a en su seno ,

O ya a tu p i co ansioso Con la y e m a del d e d o Ha laga , o le p r o v o c a A algún m o r d i s c o a c e r b o ,

M i h e r m o s a deseada ¿ Q u é trata, d i m e ? P ienso Q u e acaso en ti e m b e b i d a M i t i g u e o cu l to f u e g o .

¡ P u d i e s e y o c o n t i g o E n s e m e j a n t e s j u e g o s A d o r m e c e r do lo res Que acá en el alma s iento !

Pud ieses de mis males T r a e r m e tú-el r e m e d i o , Cual fue manzana de o r o D e alada ninfa p r e m i o .

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¡Manzana por quien dicen Que ella, tras largo tiempo, Desatar vio su zona Por mano de mancebo!

ni. A LA MUERTE D E L GORRIÓN D E LESBIA

Ltigete, o Veneres......

¡Llorad gracias, amores. Llorad el triste caso; Bien apuestos mancebos. Todos venid, lloradlo!

Muriósele a mi Lesbia Su gorrioncillo caro, La niña de sus ojos, Y todo su cuidado.

Garrido y halagüeño L a conocía tanto Como mimado niño El maternal reclamo.

Saltaba en torno de ella, Posaba en su regazo. Con su piar frecuente Su cariño mostrando.

Y ¡ay! agora camina Por los sombríos campos De donde a nadie, dicen, Acá volver fue dado.

Tinieblas maldecidas Del Aqueronte avaro, Que os lleváis cuanto tienen De bello los humanos.

¡Qué lindo pajarillo M e habéis arrebatado! ¡Ay , víctima inocente! ¡Ay , enemigos hados!

T u pérdida mi Lesbia Lamenta sin descanso, Y por ti sus ojuelos Hinche continuo llanto.

IV . CONSAGRACIÓN D E U N BARCO

Phaselus Ule

Aquel esquife que veis amigos, El más ligero bajel fue antes, T a l que ninguno jamás podría Aventajarle surcando mares, O bien las olas el remo hiriese, O bien las velas se desplegasen. Que vos sus glorias diréis espera, Playas que el Adria mugiendo bate Cicladas islas, célebre Rodas, Tracias comarcas inhospitales, Luenga Propóntide, áspero Euxino, Bosques do verde sacro follaje Tendió, y anuncios daba silbosos, Árbol entonces, si luego nave. Que vos sus glorias diréis espera, Cítoro umbrío, póntica Amastre, Pues él su frente en vuestras cimas (Mansión antigua de su linaje) Alzó a las nubes, y en las que os besan Mojó sus ramas, ondas suaves. A l mar lanzado después, sacóme Salvo por medio de sus embates, O al lado izquierdo, o al diestro diese, O igual el viento la lona hinchase. Antes que en este límpido lago Finalizara largos viajes. Voto ninguno le ha consagrado A las litóreas divinidades: Voto ninguno; mas ora, ajeno Por íin a escollos y temporales, Ora es muy justo que, envejecido, E n apacible quietud descanse. El a vosotros hoy se consagra, ¡Ea! benigna luz derramadle. Astros gemelos, Castor y Pólux, Númenes gratos al navegante.

v. A LESBIA

Vivamus, mea Lesbia

Vivamos, pues, y amemos, Lesbia mía. Y las hablillas de ceñudos viejos Un as no nos importen todas juntas.

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Sepúltanse los soles, y renacen ; N o s o t r o s , ¡a r ! fa l tando esta luz b r e v e , I r e m o s a d o r m i r p e r p e t u a noche . D a m e mil besos, Lesb ia , y c iento luego , Mi l besos luego y c iento vuelve a d a r m e , Y otros mil, y o t ros c i ento ; y c u a n d o h a y a m o s A c u m u l a d o miles s o b r e miles. C o n f u n d á m o s l o todo , y no haya cuenta , Y el n ú m e r o fijar.nosotros mismos Jamás p o d a m o s ; y espantada v iendo M o n t ó n de besos tal, calle la envidia.

VII . A LESBIA Ouaeris, quot mi/ii.

Q u é n ú m e r o de besos T u s labios d a r m e d e b e n , . P a r a que baste y s o b r e , S a b e r , mi Lesb ia , qu ieres .

Sabráslo a p u n t o fijo, Sabrás lo c o m o vueles A l lá a las aromosas L l a n u r a s de Cirene ,

Y cuantas arenillas H a y desde el t e m p l o h irv iente D e Jove hasta el s epu l c ro Del v ie jo Bato cuentes ;

C o m o cuentes los astros Q u e en la noche aparecen , De furt ivos amores Callados conf identes .

Quizá eso baste y s o b r e ; ¡Mas g u a r t e ! no sospeche E l n ú m e r o la envidia Y a enhechizarnos p r u e b e .

VIII . A ai MISMO Mi ser Catulle.

¡ P o b r e Catulo! N o ancles sin seso. De lo p e r d i d o D e j a el r e c u e r d o . Días de o r o Gozaste un t i e m p o

C u a n d o del labio Ibas suspenso D e lá que amaste Cuál b a j o el c ielo M u j e r n i n g u n a P u d i e r a ser lo ; Y sus desvíos A tus deseos M á s du l ce hac ían E l v e n c i m i e n t o . ¡Días de o r o Gozaste un t i e m p o ! O r a te m i r a L e s b i a con ceño . T ú no p r e t e n d a s Cazar los vientos: Busca el r eposo , V i v e c ontento . D e h o y más, Catulo , Hazte de hielo .

¡ A d i ó s , o h L e s b i a ! ¡ A d i ó s e t e r n o ! N o más esperes O í r mis r u e g o s ; Y a habrás , ingrata , De echar los menos . Días se te a b r e n T r i s t e s y negros , ¿ E n quién ahora P o n d r á s tu a fec to? ¿ T e n d r á s qu ien sea T u esclavo y dueño? ¿Quien venga a h u r t a r t e Sabrosos besos?

D e h o y más Catulo S e r á de hielo .

IX . A VERANIO

Ver&.ii, ómnibus

O h , ent re miles de amigos g r a n d e a m i g o i V e r a n i o ! ¿ E s c i e r t o q u e a tu casa, al s a c r o H o g a r , a tus h e r m a n o s entrañables H a s vuelto salvo, y a la m a d r e anc iana? C ie r to es, volviste y a . ¡D ichosa nueva! Y a v e r t e , o í r t e , d i s f rutarte p u e d o : -

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De Iberia tú, de sus diversos pueblos Hechos referirás, costumbres, sitios, Cual lo sabes hacer. A ti allegado, T u dulce boca besaré y tus ojos. ¡Oh! si puede haber dicha entre los hombres, ¿Quién hoy, cual yo, feliz se siente y goza?

X I . A FURIO Y AURELIO

Furi et Aureli

Furio y Aurelio, de Catulo amigos, Que por seguirme, a los remotos Indos Fuerais alegres, donde el mar las costas

Bate sonoro;

O ya a la Hircani y a la Arabia fértil, O al Cita, al Parto flechador; o al Nilo, Que al Golfo entrando multifauce, vuelca

Túrbidas ondas.

O a ver el Alpe superando, erguido. Los monumentos del potente César, El Rin famoso, o al que aislado mora

Rudo Britano:

Sí, Aurelio y Furio, por doquier vosotros Fuerais gozosos; mas volved, os ruego, Fieles llevando a mi querida ingrata

Duros adioses.

Que viva y reine entre amadores ciento, Que los fatigue en sus lascivos brazos, Siempre inspirando, sin sentirlos nunca,

Celos y amores.

N i a mirar vuelva si mi amor revive. Que su perfidia lo mató en mi pecho, Como, al pasar, el campesino lirio

Troncha el arado.

X X X . A A L F E N O

Alphene immemor,

¡Alieno ingrato, falso con tus amigos íntimos; Gon el que más te amaba, sin compasión, cruel! Engañarme no dudas, traición hacerme, pérfido. ¿Qué? ¿placerá a los dioses del hombre la doblez?

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Mas tú nada respetas y abandonas al mísero, De hoy más honrados pechos ¿en quién podrán creer? ¡Ah! tú al armado lazo me impulsabas solícito, Como a lugar seguro a deslizar el pie.

Y ya tus prendas vanas, y ya tus votos írritos Entregas de los vientos y nubes a merced. T e pesará algún día; tú olvidas, no los Númenes, Eternos vengadores de la violada fe.

X X X I . A LA PENÍNSULA D E SIRMIÓN

Peninsularum

¡Oh tú, de cuantas islas Y penínsulas sabe Sacar Neptuno a flote Doquier su imperio alcance!

¡Oh tú la más hermosa, Oh perla de los mares! ¡Salve tranquilo albergue, Sirmión risueña, salve!

Paréceme que sueño Al ver que ya distantes De Tracia y de Bitinia Atrás los campos caen.

Paréceme que sueño Mirando estos lugares, La mente sin enojos, Dejado un peso grande.

Pues a esta paz segura ¿Qué bien habrá que iguale, Cuando después de largos Contratiempos y afanes,

Cansado el peregrino Torna a sus propios lares, En su anhelado lecho Tranquilo a reclinarse?

¡Oh Sirmión, suspirado Fin de azaroso viaje! ¡Oh playas apacibles, La bienvenida dadme!

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Y tú, lago r iente , T u s blandas ondas trae ; Acá a a r ru l la rme vengan Con su r u m o r suave.

E c o s a lborozados D o q u i e r a se levanten. Y del ant iguo d u e ñ o T o d o la vuelta ac lame.

X X X I V . HIMNO A D I A N A

Dianae sttmus

Donce l las , castos j óvenes , Cultores de Diana; Donce l las , castos j óvenes , Cantemos su alabanza.

O h de Júpi ter M á x i m o , Laton ia , pro le magna , E n Délos ol iví fera N a c i d a tú y cr iada.

Para que montes a rduos Y a adulta dominaras . V e r d e s bosques , r e cónd i tos , Y resonantes aguas.

A ti, L u c i n a , invocante L a s h e m b r a s aque jadas ; T ú , poderosa H é c a t e . T ú , luna en noches claras.

T ú , diosa, en breves órb i tas M i d e s la anual j o r n a d a ; De f rutos h inches próv ida Del l abrador la g r a n j a .

Cualqu ier sagrado t í tulo Q u e re c ib i r te plazca, C o m o hasta aquí , de R ó m u l o L a ant igua g e n t e a m p a r a .

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XLV. D A F N E Y SEPTIMIO ( l )

Acmen Septimius,...

A Dafne en sus brazos t iene ' Septirnio, y d í c e l e : — « ¡ O h Dafne , «B ien m í o ! si h o y no te a m o , «Si a lguna vez no te amare « T a n d e s e s p e r a d a m e n t e . « C o m o a m a r no p u d o nadie , « P o r los des iertos de L ib ia «So lo y sin defensa vague , « Y a un león que me devore , « F u e r z a s u p e r i o r m e ar ras t re . »

D i c e ; y a m o r , que se mos t rara esquivo , Con fausto auspic io resonando ap laude .

Hac ia el galán la cabeza El la revuelve suave, Y sus e m b r i a g a d o s o j os , Besa con labios f ragantes . « ¡Septirnio , b ien de mi vida! «Si mi pasión es más g r a n d e , « M á s e m b r a v e c i d o el f u e g o « Q u e eu mis t iernos huesos a r d e , «Só l o a este de h o y más s irvamos, «Só l o a éste en nosotros mande .>

D i c e ; y a m o r , q u e s e mostrara esquivo , Con fausto auspic io resonando ap laude .

Con fausto auspic io iniciados V e d los amados amantes : Con m u t u o a fec to d ichosos , Septirnio pref iere a Dafne A cuantos tesoros Siria, A cuantos Britania g u a r d e , Mientras Dafne de Septirnio T o d a s las delicias hace-

¿Qué cop ia más galana de amadores? ¿De V e n u s qué alta prez que a ésta se iguale?

(1) L a eufonía castellana nos .ha obligado a mudar Acmé en Dafne.

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XLVI. V U E L T A D E LA PRIMAVERA

lam ver...

Calor esparce La primavera; Del equinoccio Los vientos cesan, Y en cambio suave Céfiro alienta. Los frigios campos Y de Nicea El clima ardiente Catulo deja. Por las ciudades Del Asia bellas Mi pensamiento Rápido vuela, Y ya moverse Mi pie desea. Dulces amigos, ¡Adiós! Nos llevan A nuestros lares Diversas sendas.

XLIX . A CICERÓN Dissertissime....

T ú . de la romana gente El más sabio y elocuente En ésta, en pasadas épocas Y en el tiempo que vendrá,

El que, como entre oradores Llevas los sumos honores, Lleva entre vates los ínfimos, Gracias, Cicerón, te da.

LI. A LESBIA Ule miki.

Igual a un dios, y si posible fuese. Aún más que un dios se me figura; ¡ay Lesbia! El que sentado faz a faz te mira,

T e oye riente.

E n tanto que él de tus ternezas goza Mísero yo desfallecer me siento, Que torno a verte y en el punto mismo

Todo me falta.

- - 13 —

T o r p e la lengua se me anuda, corre Llama secreta por mis miembros, zumban Y a mis oídos, y pesada noche

Cubre mis ojos.

Funesto el ocio te será, Catulo, Y tú en el ocio te solazas. ¡Guarte! Cetros el ocio y fortunadas villas

Ha sepultado.

OTRA TRADUCCIÓN

Soneto.

Igual a un dios, oh Lesbia, me parece, Más que un dios, si es posible, ese que asiento Tiene cerca de ti, 3r oye tu acento Y en tus dulces sonrisas se embebece.

Mirándote, mi seno se estremece, Fuego sutil que me penetra siento, Fáltanme ya las fuerzas y el aliento ( 1 ) , Y el corazón opreso desfallece.

Se anuda al paladar mi lengua yerta, Nubloso velo cubre mis miradas. Sordo rumor en mis oídos zumba.

¡ A y que te gozas en el ocio. Alerta, Catulo, alerta! Aún tronos y afamadas Gentes el ocio derribó en la tumba.

LII. A SÍ MISMO Quid est, Catulle,...

¿Qué más aguardas ya parr morirte, Catulo, di? Curul asiento ocupa Nonio; para obtener el consulado Vatinio jura en falso. Di, Catulo. ¿Qué más aguardas ya para morirte?

LV. A CAMERIO Orainns, si forte....

Dime, Camerio (y te ruego Que la indiscreción perdones) En qué escondrijos te ocultas. En qué impenetrable noche?

(1) Verso de Valbuena.

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Y a te he b u s c a d o en el C i r c o , P o r las t e r m a s y mesones , R e c o r r í el C a m p o de M a r t e , V is i té el t e m p l o d e J o v e ;

Del t eatro de P o m p e y o M i r é los a l r e d e d o r e s , Y al paso de tuve a cuantas M u j e r c i l l a s te c o n o c e n .

V i e n d o su aire ind i f e rente « L a d r o n z u e l a s , » d i j e , «¿a d ó n d e « T e n é i s ocu l to a C a m e r i o ? « ¡ M a l haya quien me lo r o b e ! »

A l g u n a del b lanco seno A l p u n t o el velo d e s c o g e , Y « e n t r e bo tones de rosa « A q u í se anida ,» r e s p o n d e .

E n fin, q u e cazarte es ya O b r a de H é r c u l e s , no de h o m b r e s ; Con tal esquivez, a m i g o , T e escabul les y te e n c o g e s .

¿ D ó n d e h a b r e m o s de e n c o n t r a r t e ? Dinos ya , ¡no más t e m o r e s ! A q u e l , cual la l eche b lanco , ¿Será el seno que te es conde?

Si la l engua no desatas P e r d e r del a m o r los g o c e s P o d r á s , que a V e n u s no p lacen T a c i t u r n o s a m a d o r e s .

O c e r r a d o ten el p i co , Y c o n m i g o no te enfosques , Y de una gent i l p a r e j a S e r y o el conf idente l o g r e .

¡ A h ! si del g i g a n t e T a l o T u v i e s e los pies de b r o n c e ; Si en volandas me llevase P e g a s o , a mi arb i t r i o dóc i l ,

Si P a d a s la planta leve, P e r s e o el ala ve loce M e diesen, R e s o el e m p u j e D e sus po t ros vo ladores ;

— 15 —

Si cuanto hay de fuer te y ági l , Si los r epar t idos dones D e las aves y los v ientos E n m í juntasen los dioses,

N i aun así hal larte l o g r a r a , Y d e s m a y a d o , a la pos t re , C o n m i g o en t i e r ra dar ía B a j o p e s a d u m b r e e n o r m e .

LXII. CANTO NUPCIAL

Vesper adest.

Mancebos,

AJzaos, amigos , que asaz esperada L u c i r de la tarde la estrella se ve; L a s mesas d e b e m o s d e j a r suntuosas, P r e s a g i o de instantes du lc í s imos es. El H é s p e r o asoma, la esposa se a c e r c a , Y el canto se anuncia de d i cha y p lacer . ¡Oh , vén. H i m e n e o , vén, dios de las bodas ! ¡ V é n , dios de las bodas , H i m e n e o , vén!

Doncellas.

T i e m p o es, c o m p a ñ e r a s , a l c é m o n o s l u e g o ; L u c i r de la tarde la estrel la se ve. Y ya a sus destel los los j ó v e n e s saltan, Con aire, mirados , de ufana altivez. Con ellos el canto l idiar nos i n c u m b e , P o r más que no en vano p r e s u m a n v e n c e r . ¡Oh , vén. H i m e n e o , vén, dios de las nupc ias ! ¡ V é n , dios de las nupcias , H i m e n e o , vén!

Mancebos.

N o fác i l , amigos , la palma se o f r e c e E l canto cons igo medi tan , ¿las veis? El canto no en vano medi tan ; no es le tra F u g a z , la m e m o r i a consérvalo fiel. N o s o t r o s , en tanto , t e n d e r el o í d o D e b e m o s , respuestas f o r j a n d o a la vez. Si a e m p e ñ o estudioso la pa lma se o t o r g a P o r ellas venc idos sa ldremos , a f e . N o i m p o r t a : l id iemos , que h o n o r lo d e m a n d a " Pensosos , ¡oh amigos , cal lad, a t e n d e d ! ¡Oh , vén, H i m e n e o , vén, dios de las nupc ias , ¡ V é n , dios de las nupc ias , H i m e n e o , vén !

— 16 —

Doncellas.

¡Héspero inclemente! ¿cuál astro en el cielo, Cuál hubo, que lumbre tan lúgubre dé? T ú arrancas del seno de madre amorosa Que llora, y en vano reclama su bien, L a tímida virgen, la arrancas, y en brazos, E n brazos la entregas de ardiente doncel. ¡Oh, vén, Himeneo, vén, dios de las nupcias! ¡Vén, dios de las nupcias, Himeneo, vén! E n plaza asaltada por armas sangrientas Guerrero ensañado ¿qué más podrá hacer? ¡Oh, vén, Himeneo, vén, dios de las nupcias! ¡Vén, dios de las nupcias, Himeneo, vén!

Mancebos.

¡Héspero benigno! ¿cuál astro en el cielo, Cuál hubo que lumbre más plácida dé? Unión acordada por padres y esposos, Fanal que tú enciendes vendrá firme a hacer: T ú sellas el pacto. ¿Cuál nunca a los hombres Hicieron los dioses más alta merced? ¡Oh, vén, Himeneo, vén. dios de las bodas! ¡Vén, dios de las nupcias, Himeneo, vén!

Doncellas.

T ú de nuestro gremio, tú nos arrebatas Una compañera, ¡Héspero cruel! Asomas, y alerta los guardas vigilan, ¡En vano! ya empujas la noche a esconder Audaces raptores, que, nombre distinto Tomando, seguros alumbres después. ¡Oh, vén, Himeneo, vén, dios de las bodas! ¡Vén dios de las nupcias, Himeneo vén!

Mancebos.

Héspero, ¿a las falsas quejosas escuchas? Su pecho te adora, su boca es infiel. ¡Oh, vén Himeneo, vén, dios de las bodas! ¡Vén, dios de las nupcias, Himeneo, vén!

Doncellas.

Mirad cuál se abre del céfiro al soplo L a flor solitaria de oculto vergel, Que el sol vivifica, refresca el rocío, Y nunca ultrajaron arado ni buey. V e d cual los zagales, ved cual las zagalas Al par la requieren; mas luego que fue

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Del tallo c o r tada , march í tase , y todos Y todas c on sesgo semblante la ven. Fe l i z así a todos la v i rgen encanta , L a p ú d i c a v i rgen , mas d e j a de ser Codic ia de aquéllos , de aquéllas c u i d a d o , Si al y u g o ha r e n d i d o la candida s ien. ¡Oh , vén H i m e n e o , vén, dios de las bodas ! ¡ V é n , dios de las bodas , H i m e n e o , vén!

Mancebos.

M i r a d ¡oh! cuan triste la vid aparece Q u e en y e r m a c a m p i ñ a c r e c i ó sin sostén! Jamás se levanta, j a m á s dulces f rutos C r i ó ; de la h u m i l d e raíz a nivel L o s vastagos t i ende , su peso la agob ia , Y b u e y y v iñero la ven con desdén . M a s ¡cuan d i f e rente si un o l m o lozano T e n d i e n d o los ramos le o f r e c e dosel ! E n t o n c e s , al verla, al par en su a b o n o Se e m p e ñ a el v iñero , esfuérzase el b u e y . A s í la donce l la que esposo no halla, T r i s t í s i m a espera la helada ve jez ; Si, e m p e r o , en b u e n hora sus v ínculos fija, U n p a d r e descansa, la adora un donce l , ¡Oh , vén H i m e n e o , vén, dios de las b o d a s ! ¡ V é n , dios de las bodas , H i m e n e o , vén !

Coro.

Mas , ¡ah! no pre tendas , ¡oh candida v i rgen ! ' N e g a r a las ansias del j o v e n a quien T e llevan tus padres , el du l ce tesoro . Q u e no t o d o es t u y o , las par tes son t res : Ced ió ya tu p a d r e , c e d i ó sus d e r e c h o s T u m a d r e , los tuyos o t o r g a t e m b i é n ; Corona esperanzas de padres y esposos, ¡ O h , v i rgen , y todos fe l i ces seréis ! ¡Oh , vén, H i m e n e o , vén, dios de las bodas ! ¡ V é n , dios de las bodas , H i m e n e o , vén !

LLXIV. LAMENTOS DE ARIADNA (12<—201)

Autut eam tris ti...

F a m a es que la infe l i ce c o m o loca, Del f o n d o de su p e c h o e n a r d e c i d o Gr i t os lanzaba de do lor a g u d o s ; Y ya t r e p a b a p o r las agr ias b r e ñ a s

M. A. Caro^-Traducciones—2

— 18 —

P a r a p o d e r desde elevada c u m b r e S o b r e el l e jano mar t e n d e r la vista; Y a , arregazada la l i gera veste, Iba al e n c u e n t r o de las crespas ondas , Y con h ú m e d o ros t ro entre sollozos He lados el p o s t r e r l amento exhala :

« ¿ Y así pudiste , ¡pér f ido ! a r r a n c a r m e « A l caro seno de los patr ios lares

« P a r a después d e j a r m e «Sola y cautiva en los des iertos mares?

« ¿ Y así a los justos dioses d e s p r e c i a n d o « T u s p r o m e s a s al aire u fano e n t r e g a s ,

« Y del p e r j u r i o in fando « H a c i e n d o - a l a r d e , hacia tu h o g a r navegas?

« ¿ Y nada p u d o del horr ib le intento « M o v e r t e ? Y en tu p e c h o de d iamante

« N o c u p o sent imiento « D e compas ión p o r tu infel ice amante?

«¡ Cuan o t ros tu promesa y mi deseo « F u e r o n m e m o r i a s de f u g a c e s días!

« L a p o m p a de H i m e n e o , « Y a m o r , e t e r n o a m o r m e p r o m e t í a s .

« ¡Oh crédulas m u j e r e s ! los acentos « D e l h o m b r e no escuchéis si queré i s vida:

« P r ó d i g o en j u r a m e n t o s «Sac ia su ardor , y el j u r a m e n t o olvida.

« ¡ T r a i d o r ! del iazo de la m u e r t e fiera « Y o te salvé con industriosa mano,

« Y o d e j é que g i m i e r a « L a s o m b r a airada del p e r d i d o h e r m a n o .

« Y en p r e m i o de los b ienes que te h i ce , « ¡ A b a n d o n a d a m o r i r é , y mis restos

« A y v í c t ima infe l i ce ! « A bestias y aves q u e d a r á n expuestos .

« N i quien me a m p a r e de ellas en mi m u e r t e « H a b r á ; cadáver y a c e r é d e s n u d o .

«Cuál t i g re en sí t e n e r t e , « O en qué caverna a l imentarte p u d o ?

« ¿ Q u é Scila, qué Car ibdis maldec ida , « Q u é sirte hirviente te a b o r t ó entre espumas ,

« A ti que a quien tu vida «Salvó , con todo tu p o d e r a b r u m a s ?

- 19 —

« ¿ P o r q u é , si de h i m e n e o te apartaba « D e anc iano p a d r e p r o h i b i c i ó n severa,

« N o m e l levaste esclava, « Q u e con ser tuya venturosa fuera?

« Y o misma con mis manos lavaría « T u s b lancos pies en l infa t ransparente ;

« Y o misma c u b r i r í a « T u r i co l e cho en p ú r p u r a f u l g e n t e .

« ¡ O h inútil a fanar del p e c h o m í o ! « ¿ A d ó n d e van mis t rémulos acentos?

« ¿ A dó mi desvar ío? « N i o í r ni r e s p o n d e r p u e d e n los v ientos .

« Y ya le jos , m u y le jos , la engañosa « N a v e las olas sosegadas h i e n d e ;

« T o r n o a m i r a r , la algosa « P l a y a vacía en d e r r e d o r se e x t i e n d e .

« N o e n c o n t r a r á mi voz un e c o a m i g o ; « R í e s e de mi b á r b a r o t o r m e n t o

« L a s u e r t e , y sin tes t igo « M i q u e j a exhalo y mi p o s t r e r l a m e n t o .

« ¡ O m n i p o t e n t e Júp i t e r ! ¡p luguiese « Q u e ática nave en malhadado día

«Jamás t o cado hubiese « E n los confines de la patr ia mía !

« Q u e n u n c a hubiese en Creta p e n e t r a d o « E s e odioso , ese pér f ido e x t r a n j e r o

« ¡Con el t r i b u t o usado « D e l laber into al habi tante fiero!

« Q u e nunca a A r i a d n a , huésped ominoso « F u e r a a i m p l o r a r y f e m e n t i d o amante ,

«Su corazón doloso « V e l a n d o con las grac ias del s e m b l a n t e !

« ¿ Y a d ó n d e he de mirar? ¿ S e r á que haya «Al iv io a tanto mal? ¿ V o l v e r al m u n d o ?

« ¿ A la Cretense p l a y a ? — « I n t e r p ó n e s e el p ié lago i r a c u n d o .

« ¿Será que un padre amante me dispense « A u x i l i o ? Y o le a b a n d o n é ya anc iano ,

« S i g u i e n d o a ese ateniense , « E m p a p a d o en la sangre de mi h e r m a n o .

« ¿ O p o d r é en el a m o r de un fiel esposo « E s p e r a n z a buscar , hallar consue lo?

- 20 —

« C r e y ó el r e m o m o r o s o « P a r a d e j a r m e en so ledad y due l o .

« N i n g ú n a b r i g o , habi tac ión n inguna , «Sola la p laya a b a n d o n a d a y tr iste ,

« Y la onda i m p o r t u n a «Con que ag i tado el p ié lago me embis te .

« F u g a , esperanza, t o d o me es n e g a d o , « N o hay quien se duela de mi a c e r b a suer te ;

« T o d o m u d o , y aislado, « Y d o q u i e r a la i m a g e n de la m u e r t e .

« M a s no se a le je esta án ima dol iente , « N o se c i e r r e n mis o j o s a la vida,

«Sin que en g r i t o v e h e m e n t e « C l a m e a los dioses y justicia p ida .

« D e mi ex istenc ia en las pos treras horas « M o v e r é a compas ión a las de idades .

« O h furias vengadoras « Q u e castigáis del h o m b r e las maldades !

« V o s o t r a s , a c u y o h o m b r o t u r b u l e n t a « L a m a d e j a de s ierpes se d e r r a m a ,

« Y en c u y o rostro alienta « C o n siniestro f u l g o r interna l lama!

« V o s o t r a s escuchad el g r a n g e m i d o « Q u e en su jus to f u r o r y a m o r b u r l a d o ,

« E n soledad y o lv ido « L a n z a mi corazón desesperado :

« Q u e el a b a n d o n o y due lo c o n g o j o s o « E n que hoy sumida , ¡ay mísera ! me veo .

« C o n su l inaje od ioso « S u f r a p o r s i e m p r e el i m p o s t o r T e s e o ! »

LXV. A HÓRTALO Essi me assiduo

V í c t i m a débi l de do lores g r a v e s , H ó r t a l o , n iego los presentes días A l c o r o de las v í r g e n e s suaves,

Y en el r u d o vaivén de olas impías Q u e m e envuelven, no l o g r a mi deseo C o n c e r t a r las usadas armonías .

¡ A y ! cada instante ante mis o j o s veo L a i m a g e n triste del h e r m a n o m í o Q u e en las calladas aguas del L e t e o

Baña el pie exangüe, y duerme el sueño frío De la muerte en remoto y hondo lecho, Allá, de T r o y a en el confín sombrío.

¡Ay , alma mía! ¿y al paterno techo N o has de venir ya nunca, ni tu blando Acento escucharé, ni contra el pecho

T e volveré a estrechar? Pero llorando T e amaré siempre, y tu temprana muerte Siempre estaré en mis versos lamentando,

Sin que más triste a querellarse acierte Procne, de un olmo entre el ramaje umbrío, A Itis llorando y su infelice suerte.

Empero, en tanto duelo, Hórtalo mío, Los versos que labró el hijo de Bato Y en tu obsequio tradujo, allá te envío.

No pienses ya que de tu dulce trato El recuerdo se aparta de mi mente Y tu encargo a los vientos doy ingrato,

Bien cual la virgen que si incautamente De su veste en los pliegues escondiera El don furtivo de amador ardiente,

Si ve entrar a su madre, a quien no espera, Se alza azorada: rápida la poma Huye , y la llama del pudor ligera En su mejilla a su despecho asoma.

LXX. INCONSTANCIA DE LA MUJER

NulH se dicit

Hoy la mujer que adoro así me dice: «Sólo a tu lado yo vivir anhelo; «Sin ti fuera infelice «De Júpiter consorte allá en el cielo.»

Mas, ¡ay! de la mujer el juramento, El juramento que hace a quien la adora, En las alas del viento Escrito está, y en onda bullidora.

— 22 -

LXXn. A LESBIA

Lesbia en felices días Amarme prometías, A mí exclusivamente, Y que a Jove potente Por mí despreciarías.

Dicebas .quondam

Y o entonces fui tu amante ; Amábate, no obstante, N o como a hermosa dama, Mas como el padre ama A l inocente infante.

¡Hoy conozco quién eres ! H o y que cruel me hieres, Todavía te amo. Aunque mujer te llamo Vil entre las mujeres.

¡Que portes tan ajenos De lealtad son buenos A hacer a los amantes Amar mucho más que antes Y quereí- mucho menos!

LXXIII. A UN INGRATO

Derine de quoquam

No habrá, aunque todo lo des Quien agradezca tus dones; E n todos los corazones La ingratitud reinar ves.

Hacer beneficios es Inútil. ¿Inútil digo? ¡Fuente de males!—Conmigo Nadie se encarniza así Como ese de quien yo fui El solo y único amigo.

LXXV. A LESBIA

Nulla potest mulier

Jamás mujer ninguna Tanto ni en tal manera Fue amada, cuánto y cómo T e amó Catulo, ¡oh Lesbia!

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Jamás hombre ninguno Hubo ni habrá que sepa, Tanto cual ' 0 a las mías, Ser fiel a sus promesas.

Y ahora a tal extremo Me arrastran tus ofensas, A extremo tal mi propia Constante fe me lleva,

Que no, si arrepentida, Que yo a estimarte vuelva Harás, ni que de amarte Deje, aunque más desciendas.

LXXVI. A SÍ MISMO

Si qua recordanti

Si volviendo a mirar la edad vivida. Remembrando los años que han pasado, Grato es ver que fue pura nuestra vida,

Que no hemos nunca el juramento hollado, Que nunca pudo haber quien se quejase De haber nosotros a la fe faltado,

En fuente de consuelo tornaráse, Catulo, aqueste amor, cuando tu mente, Andando el tiempo, en calma lo repase;

Pues cuanto bien el hombre juntamente Puede hacer y decir, tanto fue hecho Por ti, y dicho, en favor de la inclemente

Que esas memorias borra de su pecho Cual vano sueño. ¡Oh ciego desatino! ¿A qué afligirte sin ningún provecho?

¿Cuándo será que del fatal camino Salgas, y alcances con valor la palma, Venciendo los rigores del destino?

¡ A y ! ¡Es difícil arrancar del alma A m o r de largo tiempo en solo un día! Sólo así, empero, la anhelada calma

Conseguirás, de salvación la vía Única es ésta; no te arredre nada, Y difícil o nó, lucha, porfía!

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Dioses, si el infortunio os apiada, Si a alguno de la muerte en la agonía Salvó vuestro favor, una mirada

Volved, escudriñad la vida mía, Y , si la hallareis de maldad exenta. Libradme de este mal que noche y día,

Calando hasta los huesos, me atormenta, Fiebre que toda paz, todo recreo Y a de mi pecho para siempre ahuyenta!

N o pido, nó, lo que imposible veo, Que deponga la ingrata su inclemencia Y a serme fiel convierta su deseo.

Mas que, al fin, de esta mísera dolencia Libre quede, a mi paz restituido. Dioses, si algo os merece la inocencia, Fáciles dad lo que gimiendo pido!

LXXXIII. A QUINTIO

Quinti, si tibi vis

Quieres que por ti, Catulo, De la lumbre del sol goce; Y , si hay algo que, viviendo, M u y más que el vivir le importe,

¿Quieres, Quintio, eso te deba? Pues no la lumbre me robes Del sol, no aquello que vale Más que todo: mis amores.

LXXXVI. DE SU AMOR

O di et amo.

A m o a un tiempo y aborrezco. —¿Cómo ser puede?—No sé; Pero en mí lo siento, a fe; Y o esa tortura padezco.

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LXXXVII. QUINTIA Y LESBIA

Quintiaformosa est.

Hermosa parece a muchos Quintia. Y o digo que es blanca, Que es alta Quintia y esbelta, Y no he de ponerle tacha.

Mas si otros a ese conjunto Mujer hermosa le llaman. N o yo, que en cuerpo tan grande N o encuentro pizca de gracia.

Lesbia, demás de que es bella, Por partes examinada. Todas las gracias de todas Sola reúne, y encanta!

XCII. DE LESBIA Lesbia mi dicit.

Digo que Lesbia me ama Porque de continuo clama

Contra mí, ¿Me preguntáis porqué así? — Porque hablo contra esa dama

También yo, Mas si el labio dice nó, El corazón dice sí.

XCIII. CONTRA CÉSAR Nil nimiun studeo.

En poco, César, tendré Ser para ti o no ser grato, Ni de averiguar yo trato Si eres blanco, o negro, o qué.

XCVI. A CALVO, SOBRE LA MUERTE DE QUINTILIA

Si guidguam mu /¿í.-.-.-o-.-.

Si llevar puede, Calvo, algún consuelo A las calladas tumbas nuestro duele, Aquel pesar que adentro persevera Cuando viejos amores renovamos

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Y perdidas lloramos Las amistades de la edadprimera, N o a tu Quintilia, no tan dolorosa Será, amigo, su muerte prematura,

Cuanto, llorada esposa, Se gozará en tu amor que firme dura.

CI. AL SEPULCRO DE SU HERMANO

Multas per gentes.

Por regiones y mares espaciosas He venido a este límite lejano, Donde por siempre en soledad reposas,

Para rendir a tu sepulcro, hermano, Los últimos obsequios, y contigo, Muda ceniza, lamentarme en vano,

Y a que así el hado se ensañó conmigo, Robándote allá lejos la impia muerte En medio de los años sin testigo.

De nuestros padres en mi acerba suerte Siguiendo el rito venerable y santo, Vengo fúnebres dones a ofrecerte.

Acéptalos, te ruego, y este llanto Que ora sobre ellos de mis ojos rueda, Grato sea a tus manes. Entretanto Adiós, hermano, adiós por siempre queda.

CVH. A LESBIA Si quioquam cupido.

Si llega de repente A quien ya nada espera Lo que anheló ferviente, ¡Oh! dicha es eso, dicha verdadera.

Rotos creí estos lazos, Perdido mi tesoro Y súbito a mis brazos Vuelve ¡qué gloria! la mujer que adoro.

Cuando ya fallecía, Cuando menos lo espero, Vuelves, Lesbia. Oh gran día. Que yo con blanca piedra notar quiero!

— 27 —

¿Quién habrá pronunciado Más grata bienvenida? ¿Quién se verá obligado A amar tanto cual yo la dulce vida?

cix. A LESBIA [ucundum, mea vita.

M e propones, vida mía, Que antiguos lazos se anuden, Que mutuo amor nos cautive Y amor que jamás se mude.

Haced, dioses, que su labio Esta vez verdad me anuncie, Que del fondo de su pecho Vengan promesas tan dulces!

Bendecid el juramento, Misericordiosos Númenes, Y hasta el último suspiro Este santo afecto dure ( 1 ) .

(1) Verso de Valbuena-

OÜCRECID

LUGRETII GARI

e poemate de Ferum Natura excerpta.

Initium tibí i piimi, A ve-) su i ad /os).

INVOCACIÓN Y EXPOSICIÓN

ALneadum genitrix.

¡ M a d r e de los romanos , de los h o m b r e s Del ic ia y de los dioses, alma V e n u s ! ¡ T ú que presente a cuánto el sol otea , E n los c a m p o s del P o n t o navegables Y en el seno f r u g í f e r o resides D e las tendidas t ierras ! L o s vivientes T ú r e p r o d u c e s , y a la vida nacen Q u e tú dispensas. A tu vista ¡oh diosa! H u y e n las nubes y los vientos cesan. L a t ierra de sus flores el tesoro P r o d i g a , r íen los d o r m i d o s mares , Á b r e s e el c ie lo y resp landece el d ía !

A l empezar la p r i m a v e r a hermosa . V i d a d e r r a m a con aliento b lando Céfiro en la floresta. D e tu n u m e n L a s voladoras avecillas llenas T r i s c a n d o van, y tu venida anuncian . L a s fieras, los rebaños p o r tu inf lujo A m a n d o vagan y gozando , ¡oh diosa!; Va l lados bur lan , ríos atraviesan, Y van allí d o n d e el p lacer los l lama. T ú en med io de las aguas, en los montes , So el t e c h o de los pá jaros f r o n d o s o Y p o r c a m p o s y valles, a los seres P l á c i d o a m o r inspiras, y el deseo Insinúas, hac i endo que la vida L e g u e n d o q u i e r en sucesión constante .

¡Si de naturaleza, o m n i p o t e n t e Reina eres pues ; si cuanto bel lo existe De ti su esencia r e c i b i ó ; si nada A las reg iones de la luz se eleva Sino p o r ti, tu p r o t e c c i ó n i m p l o r o ! D a m e favor ; que dec larar intento La ley arcana de las cosas todas

— 32 —

A M e m n i o a qu ien de ingen io esc larec ido F á c i l ornaste y de v i r tudes tantas: P o r eso el verso majes tad r e q u i e r e . Mas p r i m e r o a la m a r y a las nac iones L a paz envía y de h o m i c i d a s armas Calle el r u m o r . T ú sola poderosa E r e s a tanto ; que el sangr i ento M a r t e D e a m o r a veces la p r o f u n d a her ida Siente en el corazón , y, e n c a d e n a d o , E n tu regazo y a c e deleitoso. ¡Qué es verle , el cuel lo l ángu ido , en los t u y o s F i j o s sus o j os , y a r r o b a d a el a lma! A s í en tu seno rec l inado , en t o r n o Cíñele tú con a m o r o s o lazo, Y de tu du l ce labio b landos r u e g o s D e j a caer , p o r q u e p e r m i t a a R o m a Q u e al fin en brazos de la paz descanse . P u e s no el poeta entre el t u m u l t o h o r r i b l e De agi tac iones populares , p u e d e L i b r e cantar , ni el g e n e r o s o a m i g o O í r su voz, c u a n d o a las puer tas santo D e b e r le l lama a d e f e n d e r la patr ia !

T ú , si es dable , a cu idados eno josos L a s horas hurta y fáci les o ídos , M e m n i o , a la voz de la verdad conv ie r te , N i esta que ahora con atenta y l a rga L a b o r e x p o n g o , y cual h u m i l d e o b s e q u i o , A r c a n a c ienc ia , te p resento , sea Desdeñada p o r ti, no c o m p r e n d i d a . Del c ie lo , de la esencia de los dioses D e b o p r i m e r o hablar , y de los seres L a razón e x p o n d r é : De la N a t u r a E x p l o r a r é la fuerza c r e a d o r a ; C ó m o conserva lo que e n g e n d r a ; en d ó n d e L o que disuelve deposita ; c ó m u Y en q u é lo c a m b i a : aquel lo que materia, Generativos cueifios ( exp l i cando El u n i v e r s o ) y gérmenes nosotros D e n o m i n a r so lemos , y principios, P o r q u e lo son de cuanto alienta y vive.

C o m o en la t ierra vegetase el h o m b r e P o r la Supers t i c i ón anonadado Q u e del c ielo sacando la cabeza Con f iero aspecto amenazaba al m u n d o , O s ó el p r i m e r o los morta les o j o s Del f a n g o un G r i e g o levantar y noble Res is tenc ia o p o n e r . Y no el t e m i b l e A l t o h o n o r de los n ú m e n e s , no el r a y o

33 —

Ni envuelto el cielo en hórrido estampido, L e arredraron: estímulos le fueron Para que pronto las ferradas puertas De la Naturaleza franquease.

Venció su grande espíritu, y salvando Los límites del mundo llameantes, Lanzóse con osado pensamiento E n el espacio. Vencedor retorna, Y lo posible y lo imposible enseña, Y las barreras que los seres tienen A su poder impuestas. Quebrantada Así quedó Superstición, del grande Vencedor a los pies: con la victoria Nos remontamos al igual de dioses.

T e m o que acaso receloso escuches Mi voz y te imagines que te inicio E n doctrinas impías, y en la senda Del crimen pruebo a introducirte. Olvidas De iniquidades cuántas causadora Fue la cruel Superstición? Por ella La flor de los guerreros, los caudillos Más célebres de Grecia, con la sangre De Ingenia inocente mancillaron E n Aúlide las aras de Diana. Ella en redor las virginales sienes Con la venda de víctima ceñidas, Como sintiese al afligido padre Presente ante el altar, y a los verdugos Por su causa envainando los aceros, Y el llanto oyese de piadosa turba, Muda de horror se derribó de hinojos, A y ! sin que fuese parte a redimirla El haber dado (en ominoso instapte) A l duro rey de padre el dulce nombre! Que por hombres llevada, temblorosa, Fue al altar conducida; y no (cual pudo; Que era en la flor de sus alegres días) Para que, el rito celebrado, hubiese De oír en torno nupciales cantos; Mas porque en su risueña primavera, Casta doncella en sacrificio impuro, Los pies en sangre al genitor tiñese; Para que hubiese favorables vientos La armada griega . . . ¡Iniquidad tamaña, Fiera Superstición, aconsejaste!

M. A, Caro—Traducciones—3

ELOGIO DE LA SABIDURÍA

Initium libri secundi (a v. 1 ad 60).

Suave mari m

Grato es mirar desde segura playa Cuando levanta el piélago las olas, De los que bogan el afán prolijo; N o porque puedan los ajenos males Sernos placer, mas porque al fin en ellos Que de ellos carecemos contemplamos. Grato también, si exentos de peligro, Las haces observar que la campaña Tendida ocupan y combate empeñan. Nada es empero al corazón tan dulce Como habitar el elevado, inmoble Templo que fabricó Sabiduría, Desde el cual a los hombres por la baja Tierra es dado mirar vagar perdidos Miles caminos al vivir buscando; Ora en ingenio compitiendo, y ora En nobleza de estirpe: sin reposo Cómo los días y las noches pasan, Y cómo todos levantarse ansian, Poder, riqueza arrebatar y honores. Cuántas sombras y afán! Qué mal se vive? Cuan mísera es de suyo aquesta vida! Oh de los hombres pensamientos vanos! Oh viejos corazones que no alcanzan A comprender lo que Natura exige: La paz del alma y la salud del cuerpo!

Por lo que al cuerpo mira, Se requiere Poco, a mi juicio; adquirirás con poco Delicias muchas: ni Natura a veces Indica lo mejor. N o si de estatuas De oró que niños semejando, tengan Fúlgidas hachas en la diestra inmóvil El nocturno festín iluminando Llenaras tu mansión: no si artesones Hubieras de marfil y de suaves Cítaras por las bóvedas contino Retumbara el concierto armonioso, Así fueras feliz, cual si a la sombra De árbol parrado sobre verde grama T e reclinares e n t r e amigas g'entes, Do al son de despeñados arroyuelos Las horas pases de sereno día , Muy más Cuando la dulce primavera Placeres siembra derramando flores.

— 35 —

Ni , aquejado de fiebre devorante,^ Más pronto sanarás si entre purpúreas Vestes yacieres que si en pobre lecho.

Si oro, gloria, nobleza, poderío A l cuerpo son inútiles, el alma Aun menos de ellos se aprovecha salvo Que el ver en la llanura tus legiones Llenas de ardor, o por la mar ondosa T u s naves ir y simular batalla, La imagen de la muerte y del averno Disipe de tu pecho y tu conciencia Tranquila deje y de temor segura. Pero si en eso en realidad hallamos Vanidad y miseria; si la cuita Veladora, del bélico tumulto N i de las armas huye ni respeta La púrpura y el oro, mas osada Entre los reyes y caudillos mora, Hasme de confesar que entre los hombres El mal abunda porque juicio falta.

Bien cual infantes que de noche tiemblan De todo sin motivo, así nosotros E n medio de la luz, y por ventura Más ridiculas son nuestras ficciones Que las que ellos se forjan. N o los rayos Menester hemos de fulgente día Sino los de Razón y de Natura, Única luz para tinieblas tales: ¡Oh, brillen luego y el error disipen!

INITIUM LIBRI QUARTI ( l - 2 5 )

Que en la enseñanza debe mezclarse la utilidad al placer.

« Avia Pieridum.»

Y o la región del Pindó visitando Sitios recorro por humana planta N o aDtes hollados: en intactas fuet tes Beber me place, y las que el suelo virgen Brota, recojo, peregrinas flores, Corona preparándome que nunca Otra igual las Piérides tejieron. Grande y nuevo el sujeto de mi canto Es; las que vil superstición labrara Férreas cadenas destrozar confío.

— 36 —

Mas no basta lo grande del sujeto; Que las materias explicando oscuras Es menester en luminoso estilo Menudear poéticos primores. Ni ejemplos faltan: médico prudente N o a enfermo niño da bebida amarga Sin que primero de la copa el borde Con miel suave dore; éste la apura Con el engaño la salud bebiendo. N o de otra suerte yo, que asunto trato Cuyo placer y utilidad no alcanza Quien no le profundice, y que se antoja Enfadoso al común de los lectores, E n versos exponértele procuro Amenos, endulzándole (digamos), Con poética miel, para que atento Y seducido así, ésta que explico De la Naturaleza de las Cosas Sana doctrina, sin sentirlo acojas.

v. 223-239

Cual náufrago piloto a quien arrojan Oscuras ondas a la playa, el hombre T r a s ajenos dolores, a la vida Débil, desnudo y asustado nace, Sin poderse valer, y solo acierta A llorar y gemir, cual si delante Mar de infortunios dilatarse viera.

TIBUQD

TIBÜLO

LIBRO I

Elegía i

Otro allegue riquezas en montones De oro esplendente, y gócese en ser dueño De fértiles y vastas posesiones:

De enemigo cercano el torvo ceño Azórale entretanto, y el sonido De trompeta marcial le roba el sueño.

Vivir quiero alejado y sin ruido, Sin penoso afanar mientras mediano Fuego en mi pobre hogar viere encendido.

Pondré, en hábito y artes aldeano, Las tiernas vides cuando él tiempo llegue, Y árboles plantaré con fácil mano.

N i el fruto cierto la Esperanza niegue, Antes la troje, en premio a mis labores, Venga a henchir, y el lagar en mosto anegue.

Pues yo a numen agreste rindo honores, O en tronco solitario a mí se ostente, O en vetusto pilar ornado en flores;

Y de los frutos el primer presente A consagrar a las deidades llego Que siempre honróla agricultura gente.

Con las espigas que en mi campo siego, Rubia Ceres! corona se entreteje Que iré a colgar ante tus atrios luego.

Príapo enrojecido, tú protege El pomífero huerto, con tremenda Guadaña que los pájaros aleje.

Custodios antes de abundosa hacienda, Y ahora de mi casa pobrecica, Oh lares fieles! acoged mi ofrenda.

- 40 -

N o ya innúmeras reses purifica Una novilla;—por redil mermado Séaos tierna cordera oblación rica;

Caiga! y en torno del altar sagrado La gente moza en gritos de alegría «Mies llena> os pida «y vino regalado.»

Y o , que en esta apacible medianía Con poco me contento y libre vivo, N o be de lanzarme a dilatada vía;

Antes la llama abrasadora esquivo De Sirio, bajo umbrífera enramada, Orillas de arroyuelo fugitivo.

Ni tengo a menos manejar la azada O a la reja tal vez el cuerpo inclino, Y sigo al tardo buey con la aguijada.

Si tímida ovejuela pierde el tino, Si al cabrito olvidó la madre acaso, E n brazos yo los volveré al camino.

Oh ladrones! oh lobos! no en escaso Ganadillo os cebéis; no a pegujales, A grey colmada encaminad el paso.

Cada año de mi campo y mis zagales Renovando las sacras lustraciones Rociaré en leche a la benigna Pales.

Dioses! no desdeñéis mis libaciones, Copa limpia, aunque frágil y sencilla, Y de mesa frugal humildes dones.

Vasos formados de obediente arcilla Usaron siempre aquellos hombres buenos Que en otra edad vivieron sin mancilla.

N o el caudal de mis padres echo menos, Ni anhelo insano recordar me hace Hórreos de bastimento siempre llenos.

Dormir en lecho rústico me place, Si basta a mi ambición pobre cosecha, Pobre albergue a mis gustos satisface.

Grato es sentir la tempestad deshecha Mientras al seno que de amor palpita El dulce objeto del amor se estrecha.

Grata al sueño los párpados invita Gélida lluvia que de noche al suelo Con el Austro invernal se precipita.

— 41 —

Este simple vivir me guarde el cielo, Y en buen hora a buscar tesoros vaya Quien la mar y las brumas ye sin duelo

Cuanto haya de oro y de esmeraldas haya Piérdase, y yo de mi beldad los ojos N o enturbie, ausente en ignorada playa!

T ú , Mésala, con bélicos arrojos Invade tierra y mar, deja cubierta T u morada de bárbaros despojos.

Y o aquí aherrojado quedo, aquí yo alerta, Cautivo de una hermosa, de su estanza Apostado guardián velo a la puerta.

N o busco de los hombres la alabanza, Oh Delia! viva yo en tu compañía Y otros me culpen de inacción y holganza.

Séame dado en el postrero día A ti volver los ojos, retenerte A ti, con mano desmayada y fría.

Ese consuelo llevaré en mi muerte; Llorando allí sobre el funéreo lecho T u s ósculos darás al cuerpo inerte.

Oh, sí, me llorarás! que no está hecho T u corazón de rígido diamante, N i es de bronce el sagrado de tu pecho.

Y de ese funeral qué mozo amante, Volverá, qué doncella a su morada Sin que lágrimas traiga en el semblante?

Mas ruégote no aflijas desolada A mis manes: perdona tu profusa Melena y tu mejilla delicada.

Hoy, pues no el cielo su favor rehusa, Amemos! ya vendrá la Muerte incierta Su faz cercando oscuridad confusa.

Y a vendrá la Vejez , triste y desierta, Y con greña canosa y mustia frente Mal el blando requiebro se concierta.

Dése a juegos de amor el mozo ardiente Que de abrir puertas con violenta mano Y de mover querellas no se afrente.

A q u í caudillo soy y veterano; — Mas vosotros, clarines y pendones, Proscritos id a término lejano!

— 42 —

Laurel sangriento, ricos galardones Llevad allá-^Mi condición prefiero; Ceñido a mis guardadas posesiones, Y o ni miseria ni opulencia quiero.

Elegía ií

Otra copa servid! Nuevos cuidados Quiero con vino mitigar, que luego Cierre mis ojos, de velar cansados.

Y si da Baco a mi dolor sosiego, E n olvido la mente sepultada, Que nadie venga a despertarme, os ruego.

A y ! un argos cruel guarda a mi amada, Y su puerta el acceso no consiente, Con cerrojo firmísimo ajustada.

Oh puerta, sorda a mi anhelar ferviente! La lluvia te deshaga, té convierta

Jove en cenizas con su rayo ardiente!

T e n de mí compasión! ábrete, puerta! Véate yo, pues temo tu crujido, Para mí solo y en silencio abierta!

Si antes pude, y no estaba enloquecido, Lanzar imprecación que no mereces, Que contra mi se vuelva, al cielo pido.

Más bien, más bien recuerda cuántas veces Vestida te dejé de blanda rosa Y a ti llevé mis lágrimas y preces!

Delia! engañar a tus guardianes osa; Animo! a quien de nada se intimida Ayudó siempre Venus poderosa.

Ella al mancebo enseña la escondida Senda; ella enseña la secreta llave A l a dama que aguarda su venida;

Ella del lecho a descender suave A hurtadillas; por ella sin ruido La planta leve deslizarse sabe,

Y crúzanse, por ella, ante el marido Disimulado gesto, seña aguda, Que el lenguaje recatan convenido.

— 43 • —

Mas no a todos adiestra así y escuda; Sólo al q u é en pie está listo, y sin q u e espante Las tinieblas le den, marchar no duda..

N o la asechanza temeré, por tanto, N i de artero ladrón, ni de asesino, Que Venus me protege con su manto.

Amantes fieles, por cualquier camino Andar podéis sin recelar de nada; Seguros vais con el favor divino.

N o la lluviosa noche dilatada, N o helado cierzo a detenerme es parte ; Qué importa? a darme va mi Delia entrada,

Y o iréme al ruido de sus dedos. Guafte Quienquiera que aparezcas! no consiente Sus misterios la diosa en confiarte.

N o el rumor de tus pasos me amedrente. N o preguntes quién soy, deslumbradora Antorcha no aproximes a mi frente.

Si alguno, empero, vídome en mal hora, Jure por todo el cielo soberano Que nada ha visto y lo que ocurre ignora.

Si a venderme llegase audaz profano, A Venus en su sangre probaría Nacida de lasangre de Océano.

N i fe el maridó mismo le daría; Que una adivina con solemne acento Así me lo promete, así lo fía.

Los astros descender del firmamento Y o he visto a su conjuro; he visto el río Volver atrás con raudo movimiento,

Y la tierra rasgar su seno umbrío; Y , las yertas cenizas animadas. Salir los muertos del sepulcro frío.

Las sombras con estrépito en bandadas Y a evoca, ya con lácteas aspersiones Allá torna a dejarlas sepultadas.

Rigiendo a su placer las estaciones Con nieves la campiña ora blanquea, Ora disipa densos nubarrones.

— 44 —

Ella sola los filtros de Medea Conoce, ella los canes con su hechizo Sola amansó de la triforme dea.

T ú los mágicos versos que me hizo T r e s veces canta, y tres escupe luego; • . !• • Vuelve así, al que te cele, engañadizo.

Será, cuanto a nosotros, sordo y ciego; Aunque llegue a encontrarme a par contigo, Torpe no sentirá, palpando, el fuego.

A mí con esa fórmula te ligo; Usar de ella otro amante no pudiera, Ni a tu lado eludir mortal castigo.

A qué atenerme? Dijo la hechicera Que con cantos o yerbas mis ardores También podrá extinguir cuando ella quiera.

Y de tea sangrienta a los fulgores Lustróme, y negra oveja en noche clara Fue inmolada a sus dioses protectores.

Oh! nunca le pedí que se alejara De mí tanta pasión, nunca olvidarte; Mas que igual a mi fe tu fe durara.

Pecho de bronce aquel a quien llamarte Suya fue dado, y de ambición la senda Seguir quiso más bien, sirviendo a Marte!

Triunfe ése allá en Cilicia en lid horrenda, Lleve delante la cautiva tropa Y en país conquistado alce su tienda.

Con oro y plata relumbrante ropa Ceñida luzca, y gócese aclamado Cuando en lozano pisador galopa.

Mas yo los bueyes unciré de grado, Harto dichoso con vivir contigo, O paceré en los montes mi ganado.

Sabrá cubrirnos en oculto abrigo, Si con tu amor a regalarme vienes, El sueño manso, de la paz amigo.

Pues qué aprovecha reclinar las sienes E n púrpura de Tiro , ay infelices! Si en vela habernos de llorar desdenes?

Muelles plumas, riquísimos tapices, De aguas sordo rumor, no harán que blando Desciendas, Sueño, y el dolor suavices.

— 45 —

Cuándo yo a Venus he ofendido? Cuándo Se atrevió a provocar la lengua mía Castigo justo con reniego infando?

Por ventura los templos yo algún día Quebranté? Y o al sagrario fui secreto Guirnaldas a arrancar con mano impía?

Si merecí la pena, me someto: A l venerando umbral llevar no dudo En ósculos humildes mi respeto,

Y arrastrándome, entrar, de hinojos, mudo, Demandando perdón, y con la frente Culpada el mármol golpear desnudo.

Y tú que ríes de mi mal presente Teme, teme por ti! que muda aprisa De víctimas el numen inclemente.

Y o vi al que un tiempo con maligna risa Tierno amor lastimó, después ya anciano Doblar al yugo la serviz sumisa.

Y hacer con flaca voz cantar liviano, Y de los años pretender la huella Borrar, aderezando el pelo cano,

Y la puerta asediar, o a la doncella De su beldad, en concurrida vía Curioso detener y hablar con ella;

Y en torno niños, mozos a porfía Acuden, y temiendo maleficio, Cada uno escupe al seno y se desvía.

T ú el rostro vuelve a mí, Venus, propicio! Oh, nunca a aquel de tu favor excluyas Que nunca desertó de tu servicio! Oh, estas mieses no quemes, que son tuyas!

Elegía ni

Mésala, por las ondas del Egeo Iréis sin mí: que con vosotros vaya Fiel recuerdo de mí, sólo deseo.

Y o quedo enfermo en la feacia playa; A h ! y pronto ha de ocultar tierra extranjera Mi cuerpo que ya exánime desmaya?

Suspende el golpe, oh Muerte! y considera Que ni una madre el seno enlutecido Abrirá a mis cenizas cuando muera,

— 46 —

Ni mi hermana, el cabello descogido, Vendrá a darme perfumes orientales, Llanto a mi tumba, al viento su gemido,

Allá Delia quedó. Temiendo males, Sé que en vísperas ya de mi partida, Pidió a todos los Númenes señales;

Por mano de un rapaz urna temida Ella tres veces consultó anhelante, T r e s veces el anuncio fue de vida;

Todo le dijo: «Volverá tu amante;» Mas, temblando, a la senda aterradora Siempre lloroso revolvió el semblante.

Y o mismo, consolándola en la hora De decir los adioses, todavía Buscaba ansioso causas de demora.

Algo siempre mi marcha difería: T a l vez el vuelo de las aves mudo. Y a también de Saturno el sacro día.

Y , aun habiendo salido, pienso y dudo Si me habrá dado el pie señal tremenda, Si acaso en el umbral tropezar pudo.

Nadie a despecho del amor emprenda Camino; o, si a partir se atreve, insano, Que va a los dioses desafiando entienda.—

Y a Isis, tu patrona, ay Delia! en vano Honraste? y veces tantas, sin provecho Los sistros golpeaste con tu mano?

Qué te sirvió, purificado el pecho, Asistir a piadosos sacrificios? Y , bien lo sé, dormir en casto lecho?

Mas, oh Diosa! si están tus beneficios Cien cuadros publicando en tu morada. Los ojos vuelve a mi dolor propicios.

Concede la ocasión de que mi amada Ante el sacro vestíbulo se siente, Cumpliendo el voto con la faz velada.

Y entre tu coro de egipciana gente Vaya a entonar los místicos cantares. Suelto el cabello en la modesta frente.

Oh! quién, restituido a sus hogares, Fiel cada mes a renovar volviera El grato incienso a los antiguos lares.

— 47 —

Qué buen vivir el de los hombres era E n tiempo de Saturno! A los caminos A u n no el mundo sus ámbitos abriera.

Aun no el cerúleo mar nadantes pinos Arrostraban, ni céfiro sonoro Hinchaba el seno de tendidos linos.

Ni andante mercader de perlas y oro, Desde apartadas costas su navio Tra jo cargado de letal tesoro.

N o había la cerviz toro bravio Doblado al yugo, ni tascaba el freno Como ahora el corcel, domado el brío.

Viviendo el hombre de zozobra ajeno, Ni con barras las puertas guarnecía, Ni alindaba con piedras el terreno.

Del tronco de la encina miel fluía; La oveja sin apremio de pastores, La ubres llenas a ofrecer venía.

Entonces ni discordias, ni furores, Ni artífice se vio de armas horrendas, Que acero diese a brazos vengadores.

Todo hoy, reinando Jove, son contiendas, Guerra doquier, y abiertas de repente A la muerte veloz miles de sendas.

Propicio mira, Padre omnipotente, A quien mentir y blasfemar no sabe Y de culpa y temor libre se siente.

Mas si esperanza de salud no cabe, Porque ha llegado de morir el día, Que esta letra en mi túmulo se grabe:

Aquí yace Tibulo: muerte impía Sególe, de Mésala yendo aliado, A quien por tierra y por la mar seguía.

Mas yo al culto de Venus consagrado, Sé que al Elíseo venturoso asiento Ella habrá de llevarme de buen grado.

Allí cantos y danzas; allí el viento, Poblado de avecillas vagarosas, Dulce resuena en perennal concento.

Suaves yerbas doquier, plantas hermosas Convidan, y florece abierto el prado, Siempre Vestido de fragantes rosas.

— 48 —

Allí a impulsos de A m o r regocijado, E l coro de los jóvenes se agita A l coro de las vírgenes mezclado.

Quien murió cuando amaba, luego habita Allá dichoso, y las guedejas blondas Ciñe en mirto que nunca se marchita.

Mas yace al par. bajo tinieblas hondas, Triste mansión al crimen destinada, Circúyenla mugiendo oscuras ondas.

Tisífone, de víboras crinada, Ensáñase en la turba delincuente, Que acá y allá corriendo huye espantada.

Y dé bronce las puertas, inclemente Guarda inmóvil Cerbero, y lanza aullidos, Y amenaza con bocas de serpiente.

Sus miembros ve Ixión, dando alaridos, En pena de sacrilego atentado, A la rueda veloz siempre ceñidos.

Cubre nueve yugadas Ticio echado, Y en él buitre insaciable se apacienta, A las negras entrañas aferrado.

Toca las aguas Tántalo, y sedienta La boca allega, y huyen no gustadas, Avivando el ardor que le atormenta.

Por crimen contra Venus condenadas Las Danaides allí la onda letea Vertiendo están en cubas barrenadas.

Allí, también allí penar se vea El que atente a mi amor y a mi ventura, Y prolijas campañas me desea!—

Pero tú, siempre fiel, guárdate pura; Siempre a tu lado compañera anciana Vele, custodia del amor segura.

Vele a la luz de lámpara cercana, Y más y más, mientras consejas cuente, Alargue el hilo de acopiada lana.

Y cerca la doncella diligente, Tarde , cansada, resistir no pueda A l sueño, y la labor deje pendiente.

Entonces sin que anuncio me preceda, Y o a ti enviado, al parecer, del cielo, . Allá habré de llegar con planta queda.

— 49 —

E n t o n c e s , Delia, c o m o estés, de un vuelo A c u d i r á s a r e c i b i r tu amante , E l pie desnudo , deslazado el pe lo .

A estos férv idos votos se adelante E l astro matinal , y a b r i e n d o el día E n sus róseos cabel los rut i lante , P r e s t o c o r o n e la esperanza mía.

Elegía IV

« A s í u m b r o s a e n r a m a d a te def ienda, « N i ya el sol con sus vividos destellos « N i la nieve al caer j a m á s te o f enda ;

« Q u e me digas, P r i a p o , a mozos bel los «Con qué arte engañas tu? P u e s ni cu idada « B a r b a t ienes ni und ívagos cabel los .

« Y s i e m p r e de b r u m o s a t e m p o r a d a « D e s n u d o arrostras el r i g o r , desnudo « L o s f u e g o s de Canícula inf lamada,»

T a l d i je y a mis súplicas el r u d o H i j o de B a c o , de h o j a c o rva a r m a d o , P e r m a n e c e r no quiso s o r d o y m u d o .

« C o n los anto jos del o b j e t o a m a d o « T ú — r e s p o n d i ó m e — s é c o n d e s c e n d i e n t e ; « N a d a resiste a o b s e q u i o c ont inuado .

« N i una ni o t ra repulsa te impac iente « A los pr inc ip ios ; c on el t i e m p o acaba « P o r incl inarse al y u g o esquiva f r e n t e .

« A n d a n d o el t i e m p o , aun al león desbrava « E l h o m b r e ; a n d a n d o el t i e m p o , p i edra dura «Desgasta y pule la onda q u e la lava.

« A c á el r a c i m o de la vid madura « L e n t o , con el g i r a r del año, y lentos «Su vuelta allá los astros dan segura .

« N i t emas e n g a ñ a r con j u r a m e n t o s , « Q u e p e r j u r i o s de a m o r en m a r l e jano « V a n a p e r d e r s e en alas de los vientos.

« G r a c i a s se den a Jove s o b e r a n o ; « P r o p i c i o él m i s m o a V e n u s , d e t e r m i n a « Q u e t e m e r a r i o voto salga vano.

M. A. Caro- Traducciones—

— 50 —

« D e Minerva j u r a r p o r la divina « C r e n c h a p o d r á s , p o d r á s i m p u n e m e n t e « J u r a r p o r las saetas de Dict ina.

« M a s ay, si te descuidas indo lente ! « H u y e n los años, h u y e n , y l igera « N i se para ni ce ja la c o r r i e n t e .

«Cuan pres to sus co lores la p r a d e r a « P u r p ú r e o s p i e r d e , y seca al viento a r r o j a « E l á lamo su verde cabe l lera !

« C ó m o de b r í o s la ve jez despo ja « A l corce l que adelante d isparado « E n El ide c r u z ó la arena r o j a !

« M á s de un m a n c e b o vi que h a b i e n d o e n t r a d o « E n la provecta, edad , atrás dol iente « M i r ó el t i e m p o p e r d i d o y no gozado .

« S u e r t e cruel! cada año la serp iente « R e m ó z a s e , y no es dado a la herm< sura « V o l v e r mañana al esp lendor p r e s e n t e !

«So lo en F e b o y en B a c o eterna d u r a « L a j u v e n t u d , qu£ a e n t r a m b o s ondeante « C a b e l l e r a gent i l les asegura .

« N i excuses a tu bien segu i r constante , « Y via je e m p r e n d e r , aunque sedienta « L a t i e r ra esté y el aire so focante ,

« O aunque la lluvia ya venir se sienta « E n las alas del iris, y ap lomada « N u b e anuncie vecina la t o r m e n t a .

« O , si esto a quien co r te jas más agrada , « R e m e tu brazo , y b a r c a leve impela « A las cerúleas olas conf iada .

« N i y a en labores rúst icas te duela « E n c a l l e c e r la mano b ien nac ida « Q u e contra oficios viles se rebe la .

«Si a bat ir montes la ocasión convida , « A c u d e y vé a c o r t a r el paso ab ier to , «Con la r e d en tus h o m b r o s sostenida;

« O en el j u e g o de e s g r i m a mueva inc i e r t o « T u brazo el a r m a imbe le , y al descu ido « O f r e c e al g o l p e el flanco des cub ie r t o .

« A s í el p r e m i o t e n d r á s a p e t e c i d o ; « Q u e el que en las l ides del a m o r c o m b a t a « S a b r á vencer si sabe ser vencido .—

« A T ! mal el s iglo que alcanzamos trata « A r t e s de a m o r . El s ó r d i d o interese « L a tierna j u v e n t u d nos vuelve ingrata .

« O h tú, el autor p r i m e r o de que fuese « V e n d i b l e a m o r , allá mis mald ic iones « L l e v a , allá sobre ti la t i erra pese !

« A las musas, sensibles corazones , « A los vates amad, nunca al hechizo « D e l verso antepongá is p r e c i a d o s dones .

«Grac ias al verso, su p u r p ú r e o rizo « A u n Niso ostenta entre el nevado pelo , « P é l o p e el h o m b r o de marfil postizo.

« A quien las musas en radioso vuelo « L e v a n t a n , vive, mientras rob les lleve « L a t ierra , ondas el P o n t o , astros el c ie lo .

« E l que es s o r d o a las Musas y se atreve « A vender el a m o r , cual Cor ibante « D e Cibeles al c a r r o unc irse d e b e .

« Y p o r c iudades c iento vague e r r a n t e , « Y los m i e m b r o s se a r r a n q u e , e n l o q u e c i d o «Con el c í m b a l o f r ig io resonante .

« V e n u s qu iere también que e n t e r n e c i d o « L l o r a r sepa el ga lán, V e n u s r iente « F a v o r e c e la súpl ica, el g e m i d o . » —

P r i a p o hab ló ; su plática e locuente A T i c i o luego t ransmit i r me o r d e n a ; Q u e o iga T i c i o , su esposa no consiente .

Ese a su amada r índrse sin pena ; T e n e d m e a m í p o r c o n s e j e r o vuestro L o s que des to tro a m o r lleváis cadena .

En algo cada cual se ostenta d iestro : Y o a b r o públ ica escuela, y o la vía A los amantes desdeñados muestro

V e n d r á , r o d a n d o el t i e m p o , v e n d r á el día En que la t u r b a juveni l , ya anciano . Me lleve en h o m b r o s cual maestro y g u í a .

Mas qué d igo? A y do lor ! qué a r d o r insano M e c o n m u e v e ? q u é llaga me devora Q u e no p u e d e c u r a r mi prop ia m a n o ?

¡ L e j o s de mí tu a n t o r c h a abrasadora ! N o me hagas, p o r p i edad , A m o r , delante A p a r e c e r de t u r b a b u r l a d o r a Falso maestro , desgrac iado amante .

Elegía v.

E s q u i v o anduve , y l ibre me c re ía , Y p r o c l a m é mi i n d e p e n d e n c i a u fano ; !Mas cuan pres to c a y ó mi b izarr ía !

A g i t ó m e cual g i ra en suelo plano L a peonza, del lá t igo afl igida Q u e sacude un rapaz c on ágil mano.

Cast ígame tú ahora : mi atrev ida L e n g u a enseña al s i lencio ; a b r u m a , acosa. Sé de h o y más el t o r m e n t o de mi vida!

A y , nó ! más bien p e r d ó n a m e piadosa, P o r lo que fu imos , p o r aquel e s t re cho F u r t i v o n u d o , p o r la Cipr ia diosa!

Y o , con mis votos, v iéndote en el l echo Del do lor , te salvé del t rance d u r o , Y o el hálito vital volví a tu p e c h o .

Y o lustré el aire con azufre p u r o E n t o rno , así q u e en t ierra d e r r i b a d a R e z ó la m a g a su final c o n j u r o .

Y o cu idé de a le jar de tu a lmohada Maléf icos ensueños , y o la o f r e n d a A d e r e c é de har ina consagrada .

Suelta la r o p a y con ceñ ida venda Y o a la diosa t r i f o r m e nueve veces Clamé de n o c h e en solitaria senda.

H i c e t o d o p o r ti ¡ Y así a g r a d e c e s Y pagas mis cu idados , Delia mía? O t r o g o z a del f r u t o de mis p r e c e s !

Cuan d i choso soñaba que ser ía C o n t i g o y o , si de salvarte hub ie ras ! M a s sueño fue de ilusa fantasía.

I r é a labrar el c a m p o . L a s paneras M i Delia cu idará , c u a n d o en verano L a mies se tril la en ca ldeadas eras.

V a s i j a s de uvas h e n c h i r á su mano , Y , suelto al r ebat i r de pie l i ge ro . C o g e r á en el lagar el mosto cano .

— 53 —

Contará la manada en el apero , O y a en su falda con halago y m i m o A l esclavillo a c o g e r á par l e ro .

P o r la viña al uios rúst i co un r a c i m o R e n d i r á , p o r la g r e y , vianda sagrada , U n haz de espigas p o r el f r u t o o p i m o .

Y m a n d e sobre todos , y acatada Disponga ella y vigile las l abores : Sea ella t odo en mi h e r e d a d , y o nada!

A l l í irá mi Mésala, y Del ia honores L e hará , y f rutas del h u e r t o o f r e c e r á l e , Cog idas de los árbo les m e j o r e s .

Justo es que ella a varón que tanto vale, Cual serv idor so l íc i to y devoto O b s e q u i e , y con m a n j a r e s le rega le .

E s o y o imaginé., tal fue mi voto , Y h o y de A r m e n i a e s p a r c i e n d o van mis p r e c e s P o r los f ragantes c a m p o s E u r o y N o t o !

E n vino y o mis penas cuántas veces Sepu l tar quise , y a p u r é del vino T r o c a d a s s i e m p r e en lágr imas las heces !

O tal vez a o t r o a m o r b u s q u é c a m i n o ; M a s al l l egar al g o c e deseado , L a i m a g e n de ella a h e l a r m e s o b r e v i n o ;

Y h u y e de m í c r e y é n d o m e hech izado , L a q u e así a mi pesar b u r l a d a fuera , Y el s e c r e t o revela , mal p e c a d o !—

M a s no usó de c o n j u r o s mi h e c h i c e r a : Con sus h e r m o s o s brazos mi deseo , Con su faz y su rub ia cabe l l e ra

C a u t í v a m e , cua l T e t i s de N e r e o P a s ó en f r e n a d o pez la azul l lanura Y , c on mostrarse , s u b y u g ó a P e l e o .

Y o la m a g i a p r o b é de la h e r m o s u r a , Q u e d é caut ivo , y r e l e g a d o l l o ro M i e n t r a s r i c o ga lán la d i cha a p u r ? .

¡Mald i ta la e m b a i d o r a vil q u e al o r o Y a dádivas ocultas la m o r a d a A b r i r l o g r ó de la be ldad que a d o r o !

Sienta mis mald i c iones la malvada: Q u e d e v o r e , de h o y más, m a n j a r cruento; Q u e b e b a hiél con b o c a ensangrentada ;

— 54 —

Fantasmas dolor idas p o r el viento L a aflijan revo lando , y n e g r a un ave Desde alto sitio con feral l amento ;

Hozando la enh ierbada t u m b a excave Y famél ica en huesos c a r c o m i d o s Q u e el l obo a b a n d o n ó , los dientes c lave ;

Y en t o rpe desnudez , lanzando ahull idos Corra p o r la c iudad , y en pos acudan L o s p e r r o s en trope l e n f u r e c i d o s !

A s í será ! los n ú m e n e s me a y u d a n , Clara vi la señal: V e n u s castiga A los osados que sus leyes m u d a n .

Aparta, aparta, Delia, a tu e n e m i g a . A esa rapaz e n g a ñ a d o r a — A y tr iste ! E l o r o , lo que a m o r ató, desl iga.

M i r a al amante p o b r e : c u á n d o viste S e r v i d o r más leal? El o b e d i e n t e E s el p r i m e r o que a tu lado asiste.

P a s a n d o en m e d i o de apiñada g e n t e E s t o r b o s él r e m u e v e con su brazo El c a m i n o mos t rándote patente .

E l , a do quieras ir, sin e m b a r a z o , F ie l , g u a r d a d o el sec re to , allá te gu ía ; E l de tus pies de nieve suelta el lazo.

A y ! r u e g o inútil , súplica vacía Y o l levo a sus u m b r a l e s ; y o a su puer ta Con m a n o l lena g o l p e a r debía .

Y tú, que hora feliz, la ves abierta , Teme p o r ti; que la F o r t u n a g i ra V e l o z , 3- nadie a detener la ac ierta .

N o en vano p o r ahí ya r o n d a y mira A l g u i e n , que o ra acelera , o ra retrasa Cauteloso el andar , y se ret i ra ;

Y f inge transitar sin ver la casa, Y vuelve luego, solo y pensat ivo , Y a la p r u e b a l l egando , tose, y pasa.

N o sé qué te p r e p a r a a m o r fur t ivo . N o sé qué ocu l ta el mister ioso a m a g o . . . rú a p r o v e c h a el instante fugi t ivo , T ú b o g a el r e m o mientras d u e r m e el lago .

— 55 - -

Elegía vi

S i e m p r e , para i n d u c i r m e , tú p r i m e r o V i e n e s meloso , A m o r , con faz de a m i g o . Y tornaste después á s p e r o y fiero.

Q u é a ti c r u d o rapaz, qué a ti c o n m i g o ? Q u é g lor ia es para un dios a r m a r ce lada A un mísero mortal? De ti m a l d i g o !

Y a estoy v iendo en mi daño la e m b o s c a d a ; Y a Delia no sé a quién r e c i b e q u e d o Con el s i lencio de la n o c h e osada.

El la niégalo todo , mas no p u e d o Creer la : a su m a r i d o a y e r m e n t í a N u e s t r o s hur tos n e g á n d o l e sin m i e d o .

Y o la enseñé a b u r l a r insomne espía. A y do lo r ! de mis prop ios artif icios Y o v í c t ima cuan p r o n t o ser deb ía !

P r e t e x t o s la enseñé a buscar prop i c i o s P a r a quedarse sola, y puer tas duras A revo lver s obre cal lados quic ios .

Y a disipar con mág i cas mix turas Cua lqu ier c á r d e n o t inte , si el florido R o s t r o a jaron insanas m o r d e d u r a s .

T ú , de la falsa c r é d u l o mar ido ! P o r q u e a sus faltas ella otras no añada, A t i e n d e a mí también , p o r ella h e r i d o .

N o halague a g e n t e moza en p r o l o n g a d a Conversac ión , la veste no deslace E l seno d e s c u b r i e n d o recostada .

M i r a no avisos dé , si gu iños hace ; M i r a , si es q u e en la mesa el d e d o posa, N o con vino i gnorados s ignos t r a c e .

Si sale ora , y después , y no reposa . T i e m b l a s i e m p r e ! . . a u n q u e al r i to o cu l t o asista D e que a h o m b r e s e x c l u y ó la Buena Diosa.

Y o , si fías de mí , con planta lista .La segu i ré , y o solo iré hasta el ara, N i t e m o allí c o m p r o m e t e r mi vista.

M u c h a s veces d i ome ella a que m i r a r a Su sort i ja , y c o n t a c t o y o ha lagüeño G o c é , fingiendo ver la p i e d r a rara .

Con vino y o le p r o p i n a b a el sueño , Mas , al b e b e r c o n t i g o , agua mezc laba, De mis potenc ias y del c a m p o dueño .

L o confieso, p e r d ó n a m e : fue esclava M i voluntad, A m o r me c o m p e l í a ; Y quién de resistir a un dios se alaba?

Y o en el s i lencio de la n o c h e u m b r í a ( P a r a q u e t o d o y a de o í r l o acabes ) F u i aquel p o r quien tenaz tu can latía.

P a r a qué , si tu b ien g u a r d a r no sabes, Q u i e r e s m u j e r h e r m o s a ? V a n a m e n t e T o d o c e r r a d o ves, fijas las llaves.

Está c o n t i g o y p o r su b ien ausente El la suspira, y qué jase , y te j u r a Q u e la cabeza ado lor ida s iente.

Conf ía a mi custodia su h e r m o s u r a , Y tu esclavo seré , sin que me espante E l fiero azote, la cadena dura .

N o osará 3 ra p o n é r s e m e delante Quien con arte el cabe l lo o r n a d o lleva O la t oga caer d e j a flotante.

T o d o el que e n c u e n t r e , de inocenc ia p r u e b a M e d é — o le jos deténgase , o aprisa E l paso, a d o n d e va de ie jos , m u e v a ! —

A s í un n u m e n lo manda , así lo avisa E n alta voz, con s o b r e h u m a n o acento , V u e l t a hac ia m í la g r a n sacerdot i s ta .

Q u e , apenas de Be lona el m o v i m i e n t o C o n c i b e , entra en f u r o r , y ni v ibrante L l a m a teme ni lá t igo v io lento ;

A n t e s sus brazos con s e g u r ta jante H i e n d e , y puñados de su s a n g r e tira S o b r e la diosa, i m p á v i d o el s emblante .

H i n c a d a en el cos tado f é r r e a vira, L l a g a d o el seno, y é r g u e s e , y dec lara L o que la g r a n divinidad le inspira :

« O h ! respetad a la que A m o r ampara , « N o aprendá is c on tard í o sent imiento « L o que él a los sacr i l egos p r e p a r a .

«Sus b ienes disiparse en un m o m e n t o « V e r á n , c o m o esta sangre h u y e a raudales , « Y esta ceniza se desparce al v iento ! »

— 57 —

A h Del ia ! para ti no sé qué males P r e d i j o , y yo , p o r más q u e e r r a n d o s igas , Q u e anule r o g a r é sentencias tales.

P e r d o n ó t e , si bien tú no me ob l igas A p iedad ; p o r aquel la que te escuda , P o r tu m a d r e , mi có l e ra mit igas .

T u m a d r e en el u m b r a l velando muda , D e mis pasos, distantes todavía E l r u i d o p e r c i b e y de él no d u d a ,

Y a t ientas a las s o m b r a s se c on f ía H a c i a ti c o n d u c i é n d o m e c o n s i g o , Me a c o g e y a su mano une la mía.

Y o , b i e n h e c h o r a dueña , te b e n d i g o ; V i v e , vive feliz! d á d o m e fuese Mis p r o p i o s años c o m p a r t i r c o n t i g o !

N o será que j a m á s de amarte cese , Y a Delia p o r tu a m o r . A u n q u e me o f e n d a , S a n g r e es tuya , de serlo no le pese ;

A n t e s de ti fidelidad a p r e n d a , A u n q u e ni banda sus cabel los ate , N i l a rga estola hasta sus pies desc ienda .

Sumiso a duras leyes me maltrate Si alabo a o t ra m u j e r ; c o n t r a mis o j os C o m o cu lpab les su f u r o r desate ;

Celosa sin razón qu iera a m a n o j o s A r r a n c a r m e el cabe l lo , y de él asida A r r á s t r e m e , imp lacab le en sus e n o j o s .

N u n c a y o a go lpear la me dec ida , Y antes que justa có l e ra m e t iente V e r m e sin brazos a los dioses p i d a . —

N o p o r servil a m o r , mas c on la mente Sé casta, Delia; tú la fe j u r a d a P o r l e y de m u t u o a m o r guarda al ausente .

L a q u e a todos b u r l ó desamorada Se verá en la ve jez de cuitas l lena, A cruel i n d i g e n c i a . c o n d e n a d a ;

E n t o n c e s los vel lones es carmena , T r é m u l a v ibra el huso , u r d e la t r a m a , A t a r e a d a s i e m p r e en o b r a a j ena .

R isueña j u v e n t u d la ve, y p r o c l a m a M e r e c i d o el cast igo , t rae a c u e n t o Cuanto a la triste vejezuela in fama.

— 58 —

V e n u s la ve desde sub l ime asiento. Y desoye la q u e j a last imera P a r a que sirva a ingratas de es carmiento .

L e j o s caerá mi i m p r e c a c i ó n severa .— D e m o s e j e m p l o , oh Delia! a los humanos : Sí , de a m o r f i rme, aun en la edad postrera , E j e m p l o demos , los cabel los canos !

Elegía vn.

Cantaron ya las P a r c a s este día T o r c i e n d o los es tambres del Dest ino Q u e dios n i n g u n o deshacer podr ía .

A l héroe p r e d i j e r o n c u y o sino F u e humil lar de los fieros aquitanos L a i n d ó m i t a ce rv i z ;—y el héroe vino;

Y v ieron nuevos t r iunfos los romanos , Y a caudil los de bárbaras naciones E l p u e b l o atados vio l levar las manos.

Mésala ! o r n a d o en lauros, r i c o en dones , T ú ibas en c a r r o de marfil bri l lante Q u e t i raban albís imos trotones .

T e s t i g o y o de tu valor ; distante T a r b e l l a P i r e n a i c a lo p r e g o n a , Santoña con su p laya resonante ;

Y el R ó d a n o impetuoso 3' el SaoDa, Y el L o i r a con sus aguas azuladas, Y con soberb ias ondas el Garona .

O a ti, p lác ido Cidno , y tus calladas V u e l t a s d iré , y el seno t ransparente A d o n d e el c ielo en repe t i r te agradas?

O e m p i n a d o a las nubes , mole ingente , E l T a u r o en c u y o s f lancos se dilata Intonsa y r u d a la cil icia g e n t e ?

O al S iró , 3 c ó m o a la paloma acata Q u e va sobre sus densas pob lac iones T e n d i e n d o en vuelo i n m u n e alas de plata?

O al T i r i o , que de exce lsos t o r r e o n e s M a r e s ve q u e , el p r i m e r o , en f rág i l quil la O s ó h e n d e r y arros trar los aqui lones?

O cuál , mientras ard iente Sir io bri l la E n sedienta estación, N i l o f e c u n d o C r e c e y rebosa, y no c o n o c e oril la?

— 59 —

P a d r e Ni l o ! en tu curso v a g a b u n d o D e d ó n d e vienes? misterioso r í o P o r qué tus fuentes ocultaste al m u n d o ?

L o s c a m p o s de tu inmenso s e ñ o r í o N o han menes ter de lluvias, ni allí imp lora Á r i d a r e r b a el celestial r o c í o .

E l pueb lo que te canta, a Osiris llora Si ha m u e r t o el sacro b u e y ; de nuevo hallado, Grac ias te r inde y a su r e y adora .

Osiris fne quien inventó el arado ; Osiris con la r e j a el seno 3 r erto D é l a t ierra movió , no antes labrado .

E l c on larga s imiente , el h u e c o ab ier to T o r n ó f e c u n d o ; él t r a j o a que r ind iera Á r b o l d e s c o n o c i d o f r u t o c i er to ,

El pres tó apoyos a la vid l igera P a r a t r e p a r ; y, a t i e m p o , a r m a d o vino Con h i e r r o a her i r su verde cabe l l era ;

E hizo, en fin, de r a c i m o p u r p u r i n o , Q u e de amenos col lados fue o r n a m e n t o , Sacar a incultos pies j u g o divino:

P o r donde el h o m b r e c o m e n z ó su acento A m o d u l a r , y el c u e r p o a l igerado A l levar en r e d o n d o movimiento .

B a c o al cu l t ivador que fa t igado T r e g u a pide y descanso en sus faenas, E l peso alivia y l ibra de cu idado .

B a c o disipa del morta l las penas ; B a c o ahoga en el p e c h ó l o s do lores A u n al agr io sonar de las cadenas .

N i cuitas ni cu idados ve ladores S i g u i e n d o van, Osiris , tus pisadas Si no a m o r y p lacer , 3' h i edra y f lores,

Y , f lotando, las ropas p u r p u r a d a s Y del cu l to las cestas misteriosas, Y música de flautas a c o r d a d a s .

V é n , con j u e g o s y danzas bull ic iosas A h o n r a r el G e n i o de Mésala ; vente L a sien roc iada en vino, y b landas rosas,

E n su cabeza 3 r cuel lo el Gen io ostente Entre lazadas , 3 r desti le n a r d o De l undoso cabel lo re luc iente .

— 60 ~

E a ! abrevia a mi voz el paso tardo , Con incienso ante el ara y l ibac iones De ática miel, tu apar ic ión a g u a r d o .

L o g r e s , Mésala , ver g e n e r a c i o n e s Q u e c e r q u e n tu vejez , y tu dest ino H e r e d e n , y r ea l cen tus blasones.

T u s larguezas p u b l i q u e de cont ino Ese . a T ú s c u l o ab ier to y a los m u r o s A n t i g u o s de A l b a , esp léndido camino ;

P u e s a tu costa ya , s obre s e g u r o s L e c h o s , ampl io se ex t i ende el pav imento , U n i d o s con p r i m o r los cantos duros .

T a r d e al volver de la c iudad , c ontento , M a r c h a n d o sin tropiezo , en sus cantares E l l abrador dará tu n o m b r e al viento.

O h fausto aniversar io ! en los altares O f r e n d a s s i e m p r e renovadas veas; Vuelve a través de e d a d e s seculares , Y bel lo , y cada vez más bel lo seas!

Elegía vin.

Y a no hay mister ios para m í : ya s iento Q u é llevan las miradas del amante , Q u é la voz du l ce , el r e g a l a d o acento .

Y no p o r q u e la fibra palp i tante Consulte , o los o rácu los ent ienda, O el ave para m í su a u g u r i o cante :

A mág i cas cadenas , a t r e m e n d a Disc ipl ina su je to , sola p u d o H a c e r V e n u s que y o su c ienc ia a p r e n d a .

Cesa, pues , de fingir t u r b a d o y m u d o ; A quien ya de mal g r a d o r ind ió el cuel lo O p r i m e luego a m o r más fiero y c r u d o .

Q u é vale ya el c u i d a d o del cabel lo? T a n t a s veces , en f o r m a s variadas Q u é vale aderezarle l impio y bel lo?

Q u é con luc ido afeite ar rebo ladas L a s mej i l las , y q u é p o r hábi l mano De art í f ice las uñas perfi ladas?

— 61 —

E n vano mudas ya de t r a j e , en vano R e n u e v a s los adornos , y te c iñe A n g o s t a zapatilla el pie liviano.

E l la encanta , y el ros tro no se t iñe ; E n c a n t a , y no p o r q u e en labor pac iente La& nítidas m a d e j a s adel iñe.

Con qué c o n j u r o en m e d i o a la s i lente N o c h e p u d o maléfica h e c h i c e r a , Con qué ponzoñas p e r t u r b a r tu m e n t e ?

E l canto la v e c i n a s e m e n t e r a T r a s p o n e , el canto misterioso para El í m p e t u de v íbora l igera ;

Y aun d e r r o c a r intenta en noche c lara D e su c a r r o a la luna, y si metales N o sonasen a t i e m p o , lo acer tara .

M í s e r o ! c o m o a causa de mis males Y o l a s mág i cas artes mal c o n d e n o ; N u n c a usó la be ldad de engaños tales.

El la misma es el mal : ella el veneno Con su boca dulc í s ima p r o d i g a Y el f u e g o abrasador lleva en su seno .

O h F ó l o e ! no más c o m o e n e m i g a A l q u e ya enhechizaste así a t o r m e n t e s ; A la injusta y cruel, V e n u s cast iga,

N i dádiva re c lames : dé presentes Qu ien se p r o m e t e en su senil l o cura Q u e sus f r í g i d o s m i e m b r o s recal ientes .

Mu3 r más vale q u e el o r o la faz pura D e radiante d o n c e l , q u e aun no lastima L a acar ic iada flor c on b a r b a dura .

Suave tu niveo brazo en t o r n o o p r i m a A q u e l c u e r p o gent i l en t o r n o e s t re cho , Y reales tesoros desest ima!

S e r á n per las y d i j es de p r o v e c h o A ésa a qu ien y a b u r l a d o a n a n t e olvida Y sola se c o n s u m e en y e r m o lecho?

A y ! tarde el du l ce a m o r , la edad f lorida V u e l v e a l lamar aquel de q u i e n empieza A argentarse la sien e n v e j e c i d a .

E n t o n c e s c ó m o en c o n t r a h a c e r belleza, E n d o r a r los cabel los cuál se afana T i ñ é n d o s e de nuez con la corteza !

— 62 -

E n t o n c e s es el a r rancar la cana De raíz, y el rasar la faz march i ta P o r des cubr i r de nuevo tez lozana.

H o y risueña estación a amar te invita; Ea¡ aprovecha la estación risueña Q u e en descenso veloz se prec ip i ta .

N o así a M á r a t o aflijas zahareña Q u é proeza inmolar al inocente? A odiosos vie jos tu r i g o r enseña.

Míra le d e s m e d r a d o , fa l lec iente ; N o cu lpa su3 ra, mas p o r ti e n c e n d i d o A m o r l ívidos tintes da a su f r ente .

O h ! si el a m a r g o l l oro , si el g e m i d o Con que a la ausente causa de sus males Culpa, l legase a p e n e t r a r tu o í d o !

O igo le p r o r r u m p i r en q u e j a s tales: « P o r q u e así me desprec ia? ingrata , ingrata ! Y o atrevesar, y o puedo sus u m b r a l e s :

« A mi V e n u s mister ios no recata , Y o el arte sé de resp irar m u y q u e d o , C ó m o un ósculo a sordas se arrebata .

« A ú n de alta noche en el h o r r o r , sin m i e d o « M a r c h o con pie s e g u r o , y de callada, «Si una puerta me estorba , abr ir la p u e d o .

« M a s las artes de a m o r qué s irven? N a d a ; « P u e s que ella me a b o r r e c e , y aún rece la « D e mi s o m b r a , y del l e cho h u y e azorada.

«Si algo me ha p r o m e t i d o , fue cautela « P a r a p e r d e r m e , y con morta l c o n g o j a « A g i t a d o la noche paso en vela.

« P i e n s o que ha de venir , y si una h o j a «Se movió , si sent í el r u m o r más leve. « R u m o r de sus pisadas se me anto ja . »

S implec i l lo de ti! cesar ya debe Tanto do lor : en l ágr imas deshecho Ella te mira , y nada la c o n m u e v e !

Odian los dioses r i guroso p e c h o , Y no en sus aras q u e d a r á , a fe mía, Con tu incienso su e n o j o sat is fecho .

De M á r a t o te burlas , y él un día De míseros amantes se bur laba , N ú m e n e s vengadores no t e m í a .

T i e r n o llanto tal vez con risa prava M i r ó ; tal vez ( l o sabe quien lo d i c e ) A leve dio a l imento a h o g u e r a brava.

M u d a d a la f o r tuna , al infel ice C ó m o le o f enden hoy las altiveces Y de tapiadas puertas cuál mald i ce !

T ú l levarás la pena que m e r e c e s Si no te ablandas ya. Con votos vanos O h , c ó m o asir q u e r r á s una y c ien veces L a ocasión que se escapa de tus manos !

Elegía ix.

P o r q u é , de t iernos a m o r e s H a c i e n d o secreta bur la . M e halagaste así, y al c ielo T u l engua invocó p e r j u r a ?

In fe l i ce ! si al p r inc ip i o L a traic ión se dis imula, Con paso, aunque m u d o , firme Y a v e n d r á la pena justa .

P i e d a d esta vez m e r e z c a n I n e x p e r t a s c r ia turas ; P a r a la p r i m e r a falta P e r d ó n , de idades augustas !

P o r interés el l abr i ego B u e y e s al arado a3 runta, Y p e n o s a m e n t e a r ranca T r i b u t o a la t ierra dura .

P o r interés nao instable V i e n t o s arros tra , ondas surca , Y m i r a n d o a las estrel las El r u m b o t u r b a d o busca .

Q u é m u c h o que el d u e ñ o mío H o y al interés s u c u m b a ? V u e l v a agua un dios esas dádivas O a pavesa las reduzca !

Y a su faz m a n c h a r á el p j l v o E n cast igo de su culpa, El vendaval su t o c a d o Conver t i rá en g r e ñ a hirsuta ;

Q u e m a r á n su tez los soles. De jarán sus sienes mustias, Y con plantas do lor idas R e n d i r á j o r n a d a ruda .

— 64 —

A h ! cuántas veces le d i j e : « N o , no al o r o pros t i tuyas « T u s encantos ; suele el o r o « T r a e r largas desventuras .

« Q u i e n q u i e r a que p o r cod i c ia « P r o f a n a r e la h e r m o s u r a , « H a b r á de e n c o n t r a r a V e n u s «Contrar ia s i e m p r e y ceñuda .

« Q u e mi f rente m a r q u e el f u e g o , « T r a s p a s e acerada punta « M i s carnes , t o r c i d o azote « M i espalda c r u c e desnuda,

« A n t e s que algo p r o m e t e r t e « P u e d a s de trazas incultas! « H a y un Dios q u e sabe t o d o « Y lo más ar cano a lumbra .

« E l hace que un conf idente « A s irvientes que le escuchan « P o r sordos t enga , y en l a r g o « B e b e r secre tos d e s c u b r a ;

« Y que aun aquel que desp ier to « R e s e r v a g u a r d ó p r o f u n d a « H a b l e d o r m i d o , y revele « L o que en el p e c h o sepulta.>

A y mísero ! c ó m o entonces M u e r t o q u e d é ! con fe estulta C ó m o c r e í ser a m a d o C iego ent re las r e d e s b u r d a s !

Y aún en versos armoniosos U n a m o r que fue l o cura C e l e b r é : vergüenza siento P o r m í p r o p i o y p o r las Musas.

Cantos tan mal e m p l e a d o s M e r e c e n que l lama súbita L o s devore , que onda ráp ida L o s envuelva y los des t ruya .

L e j o s la m a n o que el peso L l e v ó de dádiva i m p u r a ! L e j o s de aqu í , y a mi m e n t e T a l e s r e c u e r d o s no a c u d a n !

A ti, c o r r u p t o r i n f a m e , Q u e de tu r iqueza abusas, Y o te dé tu m e r e c i d o , M u j e r en dolos f e c u n d a .

— 65 —

F u r t i v o s a m o r e s b r i n d e ; Luego, a justada la túnica, A tus caric ias responda Con esquivez tac i turna.

S i e m p r e señales rec ientes Infidel idad a r g u y a n ; A b i e r t a tu casa mires S i e m p r e a l ibert ina t u r b a .

N i ac ierte e n tanto a af irmarse De esa h e r m a n a inverecunda . Si en sus del ir ios más copas O más torpezas apura ;

P u e s diz que a las veces ella B á q u i c a fiesta n o c t u r n a P r o l o n g a hasta que en O r i e n t e Mat ina l destel lo apunta .

N o haya o t ra que en l iv iandades L a aventa je , no haya a lguna Q u e en c ien variados excesos L a n o c h e entera consuma.

P u e s de esa a p r e n d i ó tu esposa N o usada desenvol tura , Y no ves, desacordado L a a frenta que eso denunc ia?

S e r á q u e p o r c o m p l a c e r t e A s í se acicale y pula, Y c on peine fino aliñe H e b r a s que tenues ondulan?

P o r tu l inda faz acaso A s í los brazos anuda Con hilos de o r o , y l ozana Ciñe su seno con p ú r p u r a ?

N o a ti, s ino a esbelto mozo Bel la a p a r e c e r p r o c u r a , Y p o r él sacr i f i cara T u famil ia y tu f o r tuna .

Ni c o n d e n o su desvío , P u e s cuál es la j oven cul ta Á qu ien de achacoso v ie jo El abrazo no espeluzna?

Y s e d u c t o r ése ha s ido ! E a ! a la b e l d a d seduzcan T a m b i é n los monst ruos que habitan E n las selvas y en las g r u t a s .

M. A. C a r o - Traducciones—5

— 66 —

Oh tú, que v e n d e r osaste Y allá trasladar no dudas Ósculos que me debías . Caricias que no eran tuyas .

Y a g e m i r á s c u a n d o veas Q u e otra bel dad aqu í tr iunfa Y tus ant iguos d o m i n i o s C o m o soberana ocupa .

A V e n u s l i ber tadora Y o co lgaré , en mi ventura , Á u r e a palma d o n d e inscr ita Aques ta letra re luzca :

«Quien p o r ti respira, oh D e a , « D e un falso a m o r r e d i m i d o , « E s t e don a g r a d e c i d o « T e consagra : a cepto sea!

Elegía x.

Quién fue el que espadas f a b r i c ó p r i m e r o ? Quién fue , dec id ! Oh mano aquel la impía ! Oh p e c h o aquel en real idad de a c e r o !

Las armas y las g u e r r a s en un día N a c i e r o n , 3- b r i n d a r o n de r e p e n t e F r a n c o paso a la m u e r t e antes tardía .

N o al mísero culpéis : él so lamente A r m a s dio c on t ra fieros animales. Vo lv ió las contra sí la humana g e n t e .

Culpad al o r o , autor de nuestros males: Mientras en p o b r e asilo venturoso V a s o de encina o r n ó mesas f ruga les ,

N o se vio e n t o n c e s t o r r e ó n ni f o so , Y el pastor p u d o entre la g r e y rep le ta D o r m i r s e g u r o en p lác ido reposo .

Nac ie ra yo en edad tan mansa y quieta , Y a e s t r e m e c e r mi p e c h o sosegado N o l legara c l a n g o r de la t r o m p e t a !

O r a m a r c h o a c a m p a ñ a , mal mi g r a d o , A d o n d e alguien tal vez ya b lande c i e g o El d a r d o que ha de h incarse en mi cos tado .

V o s , patrios lares! p r o t e g e d m e , os r u e g o P u e s me criastes\ T a c u a n d o bull ía En to rno a vuestros pies en trisca y j u e g o .

— 67 —

Ni os a f rente h a b e r sido b r o n c e un d ía , Q u e así también p r o g e n i t o r ant iguo F ie l os tuvo en su casa y c o m p a ñ í a

G u a r d a n d o en ese t i e m p o a l b e r g u e e x i g u o Rús t i c o dios l abrado de madera N o vio mudable fe ni p e c h o a m b i g u o ,

Y hallábale p r o p i c i o quien le h u b i e r a Un r a c i m o o f r e n d a d o , un haz t e j ido D e espigas a su santa cabe l lera ,

O que a o f r e c e r volviese a g r a d e c i d o L a aderezada torta , en zaga y e n d o H i j a p e q u e ñ a con panal h e n c h i d o .

Dioses! p o r q u e de aqu í el tumul to h o r r e n d o , P o r q u e las armas alejéis funestas. C e r d o , e s cog ido en la p iara , o f r e n d o .

T r a s él las l impias vest iduras puestas , De m i r t o l levaré la sien ceñida , Y ceñidas de m i r t o irán las cestas.

V u e s t r o soy ; que o t r o e m p u ñ e a r m a homic ida , A M a r t e g r a t o , y r o m p a 3' despedace A l e n e m i g o fiero en lid reñida .

Después o i ré la narrac i ón que hace : Y o beba , él cuente , y con l icor su d e d o S o b r e la mesa c a m p a m e n t o s t race .

O h ! qué impac iente afán, qué i m p í o d e n u e d o Buscar m u e r t e violenta, si ella sabe P o r sí misma venir con paso q u e d o !

Y no con mies a legre o vid suave A l lá a b a j o v e r e m o s c a m p o s bellos Sino el h ó r r i d o Can, la Estigia nave,

Carón i n m u n d o , 3 t el t rope l de aquel los Q u e acuden a la f ú n e b r e r ibera , Must ia la faz, q u e m a d o s los cabel los .

O h ! cuanto más p r u d e n t e aquel que espera E d a d provec ta en su cabana humosa Con pro le que le c e r q u e p lacen 1 e ra !

V i v i e n d o a lcance y o vejez d ichosa , Y u fano con las canas de mi f rente Séame hablar de antaño dulce cosa.

E n los c a m p o s benéfica y ri'ente R e i n e en tanto la paz: su torva testa A n t e ella el t o ro d o b l e g ó o b e d i e n t e ;

P o r ella f r u t o dio la vid enhiesta, Y el padre al h i j o , de uva sazonada T r a n s m i t i ó el j u g o en ánfora repuesta ;

Y es ella quien la re ja y el azada H a c e l impias br i l lar , mientras conf ía A or ín c o n s u m i d o r lanza y espada.

P o c o sobr io , en su c a r r o , en c o m p a ñ í a D e la esposa y los hijos el l abr i ego T o r n a del sacro bosque a la a lquer ía

Y de V e n u s la g u e r r a empieza luego : E n a m o r a d o mozo puertas h iende Y el cabel lo a una hermosa arranca c i ego .

L l o r a indignada, y sin piedad o f e n d e El la la fina tez; mas ya el e x c e s o De su diestra insensata é! m i s m o ent iende .

Y a llora el v e n c e d o r ! Y el dios travieso Q u e con r e p r o c h e s có leras inflama E n med io de los dos se sienta ileso.

H o m b r e de roca o b r o n c e el que a su d a m a Osare g o l p e a r ¡Del alto c ielo E s e los dioses v engadores l lama!

Baste de seno esquivo el tenue veio D e s g a r r a r ; de las sienes a mano jos Basta aventar el ataviado pe lo ;

H a r t o t r iunfo una lágr ima a los o j os A r r a n c a r de tu amada ; harta ventura Q u e llore e n t e r n e c i d a tus eno jos !

Mas quien levante osado mano dura , Pase al c a m p o de M a r t e f u r i b u n d o Y d e j e el del A m o r y la T e r n u r a .

V é n , alma Paz, r e c o b i j a n d o al m u n d o , M u e s t r a en tu mano la dorada espiga, Y del regazo candido y f e c u n d o Copia de f rutos p o r d o q u i e r p r o d i g a !

L I B R O I I

Elegía i

P r o p i c i o s sed cuantos habéis ven ido : H o y la t ierra lustramos y sus b ienes , F i e l e s al rito antaño establec ido .

— 69 —

P o r q u é divino Baco , te det ienes? D e uvas dulces c a r g a d o el c u e r p o enhiesta. Y tú, Ceres , de espiga orna las sienes.

L a r e j a del a rado en alto puesta , D e paz el l abrador , de paz p r o f u n d a Dis f rute el s u e l e e n la sagrada fiesta.

L o s y u g o s desatad de la c o y u n d a , Y pare el b u e y de f lores c o r o n a d o A n t e el establo d o n d e el heno abunda ,

H o y todo sea al cu l to d e d i c a d o : N o la oficiosa m a n o la h i landera Ose llevar al c o p o c o m e n z a d o ;

L e j o s , pro fanos , del altar ¡Quien qu iera Q u e en la pasada n o c h e las dulzuras H a y a s p r o b a d o del a m o r , vé fuera!

P u r e z a al cielo p i d e : vest iduras T r a e d todos sin mancha , y de las fuentes V e n i d agua a c o g e r con manos puras .

V e d el sacro c o r d e r o a las fu lgentes A r a s ir ya, y la t u r b a en pos , de r a m o s De olivo ornadas las devotas f rentes .

O h patr ios dioses! hoy pur i f i camos A l l a b r a d o r a un t i e m p o y la labranza; L i b r a d del mal la t ierra que o c u p a m o s !

Y e r b a falaz no f rus tre la esperanza Del año; de las g r e y e s el sos iego N o t u r b e ya del l obo la asechanza.

P u e d e de hoy más el lúc ido l a b r i e g o F i a n d o en r ica mies, p o r o b r a vuestra Con gruesos leños avivar el f u e g o ,

Mient ras la t u r b a de rapaces , muest ra De h o l g u r a y b ienestar , bul le , y con varas F r á g i l e s casas en a r m a r se adiestra.

N i voto a cogen las b e n i g n a s aras: O h , ved c ó m o la entraña palp i tante De l divino favor da señas clarase

T r a e d acá, t raed el e spumante F a l e r n o , abr id las án fo ras de Chío , R o m p e d los sellos de época distante.

C o r r a h o y sin tasa el desatado r í o , H o y no os habéis de avergonzar si acaso T i t u b e a r e i s , el tonel vac ío .

— 70 —

M a s antes que llevéis inc i e r to el paso R e t u m b e el n o m b r e de Mésala ausente , « B i e n p o r Mésala !» al e m p i n a r el vaso.

T ú , v e n c e d o r de la aquitana g e n t e , D e s l u s t r e s , sí ya intonsos, g u e r r e a d o r e s , Mésala , más i lustre descend iente ,

V é n , esfuerza mi voz, q u e los loores D e los dioses del c a m p o a sus altares L l eva , grac ias r i n d i e n d o a sus favores.

Y o el c a m p o , yo sus dioses tute lares Q u i e r o cantar , por quien e! h o m b r e al uso R e n u n c i ó de selváticos man jares ,

P o r quien fáci les pér t igas dispuso, Y con verde fo l la je r e t e c h a d o Rús t i c o a l b e r g u e a la i n t e m p e r i e opuso .

El los mismos el t o r o d o m e ñ a d o T r a j e r o n a serv i r , y s o b r e rueda V e l o z d ieron impulso al c a r r o alzado.

S u c e d i ó entonces a la f ruta aceda L a cultivada p o m a , y l a r g o r i ego L l e v ó a férti les huer tos o n d a leda.

Pisadas uvas desataron luego Sus vivíficos j u g o s , y mezc lada Sobr ia l infa t e m p l ó del vino el f u e g o .

A t i e m p o que la t ierra ve agostada Su cabe l lera p o r la l lama estiva, R i n d i ó el c a m p o cada año mies co lmada .

A c a r r e a b a y a la a b e j a activa E n el vec ino seto a la c o l m e n a L o q u e en el cáliz de las flores liba.

Descansando de la áspera faena B u s c ó el cu l tor la ley de la a r m o n í a Cantando al son de la c a m p e s t r e avena,

Y en ho lgado solaz la poesía E n s a y ó , con cadenc ia y r i t m o c i e r to Q u e a o rnados dioses o f r e c e r deb ía .

El los p r i m e r o s c o ros i n e x p e r t o F o r m ó en tu h o n o r , oh B a c o ! a su a lbedr í o , E l ros tro en vivo b e r m e l l ó n c u b i e r t o .

Y a ti inmolado el m a c h o de c a b r í o F u e e g r e g i o don de la manada entera E l que de todos tuvo el señor ío .

— 71 —

Con flores el rapaz en p r i m a v e r a R e t e j i ó la c o r o n a con que vino L o s lares a ceñ i r p o r vez p r i m e r a .

M o s t r ó bañada ove ja b lanco y fino Su vellón, p o r los dioses reservado , A l t r a b a j o de manos f e m e n i n o .

D e allí n a c i ó la rueca y el tasado C o p o , y el huso fue de lá hi landera P o r lbs ági les d e d o s m e n e a d o .

Y a lguna, a quien M i n e r v a transmit iera Sus artes, mientras te je cauta, y ru ido H a c e a c o r d e , al pasar, la lanzadera.

F a m a es también que vino acá C u p i d o E n t r e hatos 3r ganados con su al jaba Y entre y e g u a s indómitas nac ido .

I n c i e r t o el a r c o entonces es trenaba ; H o y que e x p e r t a s sus manos y seguras , A y , y qué bien, adonde asesta, c lava!

N i p o r selvas, cuan antes, vaga oscuras , H o y pre f iere flechar t ierna donce l la Y de h o m b r e su je tar cerv i ces duras .

El al mozo a n üina a quien domel la ; I m p u d e n t e , p o r él, de a lguna esquiva A las puertas el v ie jo se quere l la .

Sus guard ianes , p o r él, j oven cautiva D o r m i d o s bur la , y al galán que adora Sola a buscar con huella va furt iva;

Cauto el pie mueve , y el t e m o r la azora D e i n c ó g n i t o p a r a j e , mas t end iendo L a s manos va y el c i ego r u m b o exp lora .

M í s e r o , a quien acosa A m o r t r e m e n d o ! D i choso a quien A m o r b e n i g n o inspira! V é n , pues , p lác ido dios, vén s o n r i e n d o !

A c u d e , acude a la c a m p e s t r e j i ra , P e r o i n e r m e : la f lecha esconde aguda , Y allá, l e jos allá la antor cha t ira .

Cantad t o d o s al dios, ped id le ayuda , P a r a nuestros rebaños con voz llena, P a r a vosotros mismos en voz m u d a , . . .

Y aun alto o rad , si os p lace ; que ya suena Bul l i c io asordador , y en f r ig ios sones L a corva flauta los espacios llena.

Daos prisa. 1 unce la noche sus br idones , Y de la m a d r e el c a r r o las estrellas Segu i rán en gent i les escuadrones .

Con alas oscur ís imas tras ellas C u b r i r á el sueño el á m b i t o p r o f u n d o Cal ladamente , y con inciertas huellas Falsas visiones pob larán el m u n d o .

Elegía ti.

B e n d i c i ó n ! b e n d i c i ó n ! a mis acentos Callad, h o n r a n d o el natalicio día; Cuantos cercá i s el ara estadme atentos.

A r d a el incienso, quémese a por f ía L o s aromas que el árabe enervado D e s ú s fért i les t é rminos envía.

El gen io mismo venga de buen g r a d o A rec ib i r adorac ión ferv iente De suaves guirnaldas c o r o n a d o .

De consagrados panes le apac iente , A b r é v e s e de vino en largo r i ego , N a r d o p u r o destile de su f r ente .

P l á c i d o venga y favorable al r u e g o . . . . V i e n e ! Q u é más, Cer into , dudas? E a ! C o n c e d e él lo que pidas: p ide luego!

« Q u e la fe de tu esposa firme sea» Ad iv iné tu anhelo . A u n no pi-ofieres El voto , y ya tu p e c h o el dios sondea.

El te ha o ído , sabe él que no pref ieres Al b ien que te cautiva y e n a m o r a N i c a m p o s , cuantos dan t r ibuto a Ceres .

N i perlas, cuantas pule y atesora, De l indo a for tunada convec ina , L a mar que al sol naciente se co lora .

V e s ? Con t rémulas alas se avecina T r a y e n d o a m o r a los amantes cuel los L a cadena nupc ia l : tú el cuel lo incl ina.

Lazos que firmes s i e m p r e y s i e m p r e bellos H a b r á n de ser mientras ve jez rugosa T a r d e l lega a a rgentar vuestros cabel los ,

— 73 —

E n t o n c e s esta fiesta venturosa V o l v e r á aún; c u a n d o seáis abuelos Ú f a n o s o s verá de pro le h e r m o s a , J u g a n d o a vuestros pies los nietezuelos .

Elegía ni.

Ella en el c a m p o está, vive en la aldea: Quien quiera que m o r a d a un p u n t o solo H i c i e r e en la c iudad , maldi to sea!

V e n u s misma ya de ja el albo polo P o r la a legre campiña , ya C u p i d o Con rúst icos a p r e n d e a hablar sin dolo .

O h ! si verla me fuese permi t ido , Br ioso allá con azadón pesado Cavara el férti l suelo e n d u r e c i d o ,

O , a f u e r de l abrador , con el arado T r a s los unc idos b u e y e s anduviera E n á m b i t o a la s i embra dest inado.

N o ya, si sol abrasador me hir iera , N o , si ampol la mis manos del icadas A b i e r t a s lacerase , me dol iera.

A s í el galano A p o l o en las pasadas E d a d e s , pues lo quiso A m o r , de A d m e t o A p a c e n t a n d o anduvo las vacadas.

Y qué la lira, en su anhelar inquieto , Q u é la g u e d e j a de o r o le aprovecha Ni de sus y e r b a s el p o d e r s e c r e t o ?

T o d a aquella arte de curar , deshecha V i o el dios entre sus manos , t raspasado E l corazón p o r invencib le f lecha.

E l mismo de los pastos el g a n a d o Sacaba , él a b e b e r lo c o n d u c í a A l ve rde margen de árbo les pob lado .

L a leche p o r sus manos espr imía , Y con m i m b r e enseñó a t e j e r liviana Cesta que al suero diese angost . . vía.

O h cuántas veces le e n c o n t r ó Diana C u a n d o alzado l levaba algún t e r n e r o , Y de vergüenza e n r o j e c i ó la h e r m a n a !

Cuántas veces cantaba en el o t e r o , Y las vacas el canto p e r e g r i n o R o m p e r osaron con m u g i d o fiero!

— 74 —

Consultaban su o r á c u l o divino Caudil los angust iados , y del santo T e m p l o , el que ansioso ent ró , b u r l a d o vino.

Da tona qué de veces , no sin l lanto, H ísp idos vio y revuel tos los cabel los Q u e fueron ya su a d m i r a c i ó n y encanto !

Ni quién p o d r í a r e p a r a n d o en ellos. G r e ñ a ahora de agreste vaquerizo R e c o n o c e r de un dios los rizos bellos?

T u Délo amena, oh F e b o ! qué se hizo? P i t ia d ó está? ¿Dejaste las c iudades Y a m o r te hospeda en aduar pajizo?

S ig lo d ichoso aquel , santas edades C u a n d o al a m o r , sin recatar su l lama, Serv ían en la t i erra altas de idades !

H o y de A p o l o re ís ; mas el que ama Q u e r r á mas bien ser risa de la g e n t e Q u e no un dios c u y o p e c h o no se inflama.

M á s tú, a quien leyes da c on triste f r ente C u p i d o , q u i e n q u i e r fueres , tus reales A c á traslada, en mi mansión, detente.

Sig lo el nuestro es de h i e r ro , y los mortales N o ya a V e n u s , tan sólo r i n d e n cul to A la rapiña; y qué t u r b i ó n de males!

Con ella la asechanza, el fiero insulto V i n o , ) r sangre y es t rago : ella escuadrones A r m a y conc i ta militar tumul to .

A l pe l i g ro de escollos y aquilones Ella añadió en la mar r iesgos ex t raños C u a n d o naves lanzó con espolones.

N i r iberas respeta ni a ledaños E l pirata, y ex t i ende el pensamiento A t ierra inmensa, a i n n ú m e r o s rebaños .

L o s m á r m o l e s d ivorc ia de su asiento: Y a co lumnas le llevan enter iza Cien yuntas en pesado mov imiento ;

Con moles y a las aguas esclaviza, Y en mar c e r r a d o el e s c o g i d o pece Sin t e m o r de borrascas se desliza.

E n tanto a legre mesa a ti se o f r e c e E n vajilla de S a m o s , a ti el vino Se escancia en b a r r o , q u e el d i m a n o c u e c e .

— 75 —

A y do lor ! si ya el p e c h o f e m e n i n o Sólo r inde a los r icos su altiveza. Y o con rapiñas me abr i ré camino .

P a r a que nade Némes i en r iqueza Y p o r las calles paseando ostente L a esplendidez deb ida a mi largueza.

V ís tase ella la gasa t ransparente D o n d e la hi ja de Cos el arte e x t r e m a M e z c l a n d o hilo sutil de o r o luc iente .

A c o m p á ñ e n l a , hac iéndole zalema, H o m b r e s que la India e n g e n d r a , a quien cercana , Del sol la l u m b r e los semblantes q u e m a .

V a r i a d a s co lores use ufana, B r i n d á n d o l e , a cual más, hermosa y leda P ú r p u r a T i r o y Á f r i c a su g r a n a .

Quién lo i gnora? De esclavos puesto en rueda E s e que h o y reina y tus favores gusta M o s t r ó m a r c a d o el pie con blanca g r e d a .

Mas , oh Ceres ! c o n m i g o diosa injusta Q u e a Némes i s me robas , la campiña L a p r o m e t i d a mies te niegue adusta!

Y oh tú, B a c o m a n c e b o , que la viña Enseñaste a plantar , si allá entret ienes A mi amada también , de hoy más no ciña

E l esperado p á m p a n o tus sienes: N o i m p u n e has de o c u l t a r m e la h e r m o s u r a N i a tal p r e c i o j a c tar te de tus b ienes .

V u e l v a a darnos sustento la segura Bellota, y desprec iado el r i co j u g o , Bébase el agua de las fuentes pura ,

Este sobr io tenor de vida p l u g o Del m u n d o a los ant iguos m o r a d o r e s , Y era de a m o r entonces blando el y u g o .

N o araban los e rrantes a m a d o r e s , P e r o V e n u s d o q u i e r a les b r i n d a b a Con fáci l l e cho de silvestres flores.

N o de argos y c e r r o j o s era esclava L a inocente pasión. O h edad fe l i ce ! O h , si volviese lo que allá se usaba!

Quién de estos artif icios no maldice Q u e la voz adul teran y el s emblante? M á s b ien velloso a b r i g o el c u e r p o enr i ce .

Si aquella por quien peno está distante, Si tarde o n u n c a verla ya me es dado . Q u é me i m p o r t a l levar toga ondeante?

L l e v a d m e allá de N é m e s i s al lado, L l e v a d m e ! y no habrá rústica faena Q u e m e a r r e d r e o fa t igue ; de buen g r a d o Al azote me o f rezco , a la cadena !

Elegía iv.

A d i ó s , nativa l iber tad ! Y a suena L a hora del caut iver io , a que r e n d i d o I n e x o r a b l e dama me condena .

Ue cadenas dur ís imas ceñ ido Ella de h o y más me o p r i m i r á ; ni espero Q u e a m o r las suelte atento a mi g e m i d o .

O inocente o cu lpable pr is ionero , A r d i e n d o estoy . O h b á r b a r a ! re t i ra Esas antorchas , que abrasado m u e r o !

T a l do lor evitase y tanta ira Y y o el peñasco fuese q u e en r e m o t a He lada c u m b r e e n d u r e c e r s e mira.

O el escol lo del mar d o n d e la rota N a v e se estrella al í m p e t u del viento S o b r e la onda encrespada que la azota!

Y no que ora redob lan mi t o r m e n t o N o c h e s amargas tras a m a r g o s días, Y cont inuo de hieles me apac iento .

Y qué valen mis t iernas elegías Si ella, ahuecando la mezquina diestra, Oro d e m a n d a en vez de melodías?

Id, Musas, le jos , si la a y u d a vuestra, Si la apol ínea inspiración es vana! Quise hacer y o de vuestros dones muestra ,

M a s no para cantar la g u e r r a insana Ni del sol los caminos , o el sos iego E inc ier tos pasos de su b lanca h e r m a n a .

Solo anhelé con armonioso r u e g o E n t e r n e c e r a la be ldad que adoro ; Id Musas , pues , a b a n d o n a d m e luego!

Y o b u s c a r é con c r í m e n e s el o r o , Y no más entre inútiles s u s p i r o s P u r o s u m b r a l e s bañaré con l loro.

— 77 —

Y o los t emplos y míst icos ret iros M e t e r é a saco , y g u a y ! que a ti p repara M i mano , V e n u s , los p r i m e r o s tiros.

T ú me esclavizas a m u j e r avara, T ú al mal me induces ; s iente la p r i m e r a M i s sacr i legas manos en tu ara.

Mald i to el que a los o j os l i sonjera T r a e la ve rde esmeralda , el que co lora B lanco vellón en p ú r p u r a e x t r a n j e r a !

D e s l u m h r a n a la joven en mal hora Galas de Cos y perlas del M a r R o j o , Y ansia de lu jo el p e c h o le devora .

A p e r d i c i ó n la lleva el c i e g o anto jo , Y mal su honest idad torvos guard ianes , Mal la def iende r í g i d o c e r r o j o .

V é de dádivas l leno, y sin afanes D e s p r e n d e r s e verás la c e r r a d u r a , D o r m i r los g u a r d a s y aun d o r m i r los canes ,

El dios que c o n c e d i ó de la h e r m o s u r a A codic iosas h e m b r a s el encanto , H u n d i ó el p lacer en mares de a m a r g u r a .

De ahí triste la d iscordia , a c e r b o llanto, Y t o d o , en fin, lo que al A m o r desdora , I n f a m e dios, h e r m o s o un t i e m p o y santo .

Mal hayan las riquezas que atesora M a n o venal, que al p u r o a m o r de f rauda ! Caiga f u e g o sobre ellas a deshora :

L a a legre j u v e n t u d mire y aplauda. N o haya s o c o r r o a lguno , y v iento fuerte L a l lama e m p u j e resonante y rauda.

O si antes, oh c rue l ! l lega la muer te Quien te l lore no h a b r á , nadie que quiera F ú n e b r e s h o m e n a j e s o f r e c e r t e .

N o así la i n c o r r u p t i b l e : aunque esa m u e r a De años c a r g a d a , l ágr imas y h o n o r e s L a segu irán a la mansión pos trera ;

Y a lguno , h o n r a n d o fiel v ie jos a m o r e s , Cada año volverá respetuoso El t ú m u l o e r i g i d o a o r n a r de flores,

Y d irá al re t i rarse : « T u reposo N a d i e t u r b e , y la t i erra a mi deseo Blanda g u a r d e tu sueño s i lenc ioso !»

— 78 —

P r e d i c o la verdad , y es devaneo , Y no hay que hablar ; que a luz de a m o r t irana Ella me ob l iga y r e d e n c i ó n no veo.

Si ella decre ta que a p r e g ó n mañana Mi pat r imon io ena jenado sea, Lares , adiós! mi voluntad se allana.

Junte filtros de Circe y de M e d e a , Mezc le al par cuanta y e r b a ponzoñosa G r a n h e c h i c e r o el Tesa l i ense emplea .

Cuanto a r d o r e m p l e ó la Cipria diosa E n la e spuma del seno destilada De la y e g u a selvática y furiosa:

Si de Némes i s du lce una mirada M e r e z c o al fin, a tan fatal c o n j u n t o Ella venenos mil, si qu iere , añada Y venga el vaso, b e b e r é l e al p u n t o !

Elegía v.

Sé favorable a nuestros votos, F e b o ! E n los misterios de tu t e m p l o santo H o y se r e c i b e sacerdo te nuevo.

Acude con tu c í tara entre tanto ; Gárru las cuerdas a pulsar empieza Y dulce a la alabanza incl ina el canto .

V é n , en t o r n o c i ñ e n d o a tu cabeza El laurel , de victoria noble sello; Y a el ara con o f r e n d a s se adereza.

P e r o d e gala vén, n í t ido y be l l o : Fest iva y no estrenada ropa viste. Pe ina bien el und ívago cabel lo .

M u é s t r a t e , en fin. cual ya resplandec is te Cuando en h imnos cantabas tú suaves T r i u n f a n t e a Jo ve y a Saturno tr iste .

T ú desde le jos lo f u t u r o sabes; P o r ti el a u g u r el inacorde g r i t o Y el c u r v o vuelo ent iende de las aves;

Y o b s e r v a n d o el arúspice tu rito V í c t i m a inescrutab le a o j o s pro fanos A b r e , y en ella el p o r v e n i r ve escr i to .

P o r ti j a m á s engaña a los r o m a n o s L a Sibila, q u e traza del dest ino E n e x á m e t r o v e r s ó l o s arcanos .

P e r m i t e que tus versos Mesal iuo T a m b i é n devuelva y a leer aprenda E l r e c ó n d i t o c a n t o sibi l ino.

A Eneas la Sibila, amiga senda M o s t r ó c u a n d o a su padre y a sus lares Salvos sacaba de la l lama h o r r e n d a ;

Y aun de R o m a le habló c u a n d o a los mares , Lanzándose , los o j os revolvía Y c o n t e m p l a b a a r d e r m u r o s y altares.

En aquel t i e m p o R ó m u l o no había F u n d a d o la c iudad de que su h e r m a n o R e m o j a m á s hab i tador sería .

V a c a s pacían el herboso llano Q u e hoy c u b r e n moles ; choza fue mezquina L o que hoy de Jove esp lendoroso fano .

R o c i a d o en l e che , a s o m b r a s de una enc ina , Guarec íase P a n , y hecha en m a d e r a P o r rúst i co escu l tor Pales divina.

Canora flauta do con blanda cera Desiguales cañutos en cont ino Descenso unidos van. en tonces era

O f r e n d a grata a n u m e n campes ino , Y el n ó m a d e pastor con fe sencil la De jába la suspensa en o l m o o pino,

Y d o n d e ahora se dilata y brilla El b a r r i o de V e l a b r o , era laguna P o r do a remos c r u z ó p o b r e barqui l la ,

Q u e en los días festivos t ra j o a lguna Complac i ente y g rac iosa zagale ja Al j oven mayora l de alta f or tuna ,

Con f rutos , que movida p o r la r e j a R i n d i e r a el haza, y queso rega lado Y el n iveo recenta l de b lanca ove ja .

« H e r m a n o fuer te del a m o r alado! «Constante Eneas , que en tus huecos p inos « L l e v a s los restos de I l i o n s a g r a d o !

« J ú p i t e r ya los c a m p o s laurent inos « T e ha señalado; hospitalario suelo « V a a r e c i b i r tus lares p e r e g r i n o s .

— 80 —

« A l l í santo serás ; allí de un vuelo « L a onda de N u m i c o veneranda « C o m o a dios tute lar te alzará al c ielo .

« Y a en t o r n o a tus cansadas popas anda « F i e l la V i c t o r i a , y la hi ja de Sa turno « A l p u e b l o que afligió desc iende blanda.

« A n t e mis o j os , entre h o r r o r n o c t u r n o , « D e los Rútu los arde el c a m p a m e n t o « Y m u e r t e anunc io a ti, b á r b a r o T u r n o .

« Y v iendo estoy los muros de L a u r e n t o , «Caudi l lo a Ascan io , y la Lavinia c o r t e , « Y miro de A l b a L o n g a el nuevo asiento;

« Y a ti también—sin que d e j a r te i m p o r t e , «Il ia, regia vestal, la ara o f e n d i d a — « C e d e r a los halagos de Mavor te .

« M i r o la venda de tu sien caída, « Y del dios que en s e c r e t o te e n a m o r a , « E l fuer te e s cudo que en la playa olvida.

« P a c e d , toros , paced la r e r b a ahora « D e las Siete Colinas; p r o n t o en ellas «Se e r g u i r á la c iudad dominadora .

« T ú , cuantos Ceres ve de las estrellas « F é r t i l e s c a m p o s , tanta t ierra esclava « V e r á s , oh R o m a ! y l levarás tus huellas

«A donde nace el Sol, y a donde acaba « E l curso de su rápida c u a d r i g a « Q u e en ondas crespas del s u d o r se lava,

« T i e m p o será en que T r o y a le b e n d i g a , « R e n a c i e n d o asombrada , y a ventura « T e n g a tan largo e r r a r , tanta fatiga.

« E n e a s , la verdad mi voz te augura ; « A s í de sacros lauros me al imente , « A s í p o r s i empre permanezca pura ! »

Es to p r e d i j o , oh F e b o ! la v idente , Y tu n o m b r e invocando , la erizada Me lena sacudió sobre la f r e n t e .

T a m b i é n fue ya tu in térprete inspirada Marpes ia , el p e c h o de tu n u m e n l leno, Y A m a l t e a , y Eróf i le sagrada ;

Y A l b ú m e a , que al través del Ani'eno E s p u m o s o raudal intacto p u d o L l e v a r tu l ibro en el e n j u t o seno.

— 81 —

Ellas vaticinaron cual sañudo Precursor de discordias, un cometa Y de guijarros aguacero rudo.

Y dicen que el clangor de la trompeta Oyóse, y choque de armas por el cielo Y el bosque de desastres fue profeta.

Y vino un año de terror y duelo E n que el sol por los aires, incoloro Guió su carro entre nubloso velo.

Divinos simulacros tibio lloro Sudaron, y en el campo nuevos males Tomando humana voz nunciaba el toro.

Prodigios de otro tiempo funerales! V é n clemente, y en mar embravecido Dígnate, Apolo, hundir presagios tales!

Ardiendo en tus altares dé estallido Favorable el laurel, y un año entero De paz anuncie y de abundancia henchido.

Albricias! estalló el infausto agüero. Albricias, labradores! Atestado Rebosará de frutos el granero,

Las uvas pisará de mosto untado El viñador; lagares y toneles N o bastarán al vino desatado.

Ebrios pastores, a su diosa fieles, Fiesta a Pales harán. De la majada Huid en tanto, huid, lobos crueles.

Montones extendiendo de tostada Paja, el ágil zagal saltará ileso Por cima de la sacra llamarada.

Crecerá la familia, y el travieso Rapaz, de las orejas al ufano Padre asirá para robarle un beso

Ni tendrá a menos venerable anciano Cuidar los nietezuelos en la casa Y balbucir con ellos mano a mano.

A honrar al Dios en la campiña rasa Irá la juvenil alegre tropa Do brinda árbol antiguo sombra escasa

M. A. Caro- Traducciones—6

- — 82 —

O con gu irna ldas atarán la ropa , I m p r o v i s a n d o to ldos , y de lante C o l o c a r á n la f es tonada copa .

M a n j a r e s cada cual a su talante T r a e r á , y de césped alto hará su mesa Y su asiento a la p a r . F é r v i d o amante

E n quien celos rabiosos haceu presa . Ases tará a su amada hir iente frase E n c e n d i d o én f u r o r que p r o n t o cesa.

Cuando el nub lado que le c i ega pase, . : -A l c ie lo hará de su in tenc ión test igo , Y l l orando , de insania cu lparáse .

Con;tu l icencia ¡oh F e b o ! y o m a l d i g o A r c o y flechas; el c ie lo las d e s t r u y a P o r q u e nunca las lleve a m o r cons igo !

Buenas las armas son c o m o arte t u y a , M a s en manos de a m o r , ¡oh cuanto e s t r a g o ! ¡ A y ! ¿quién h a b r á que de su a lcance huya?

D íga lo y o que ha t i e m p o h e r i d o y a g o Y encar iñado estoy con mis cadenas , ' Y mi prop ia dolenc ia , ¡oh t o r p e ! ha lago .

S i e m p r e a Némes is canto , y c u a n d o a jenas Mater ias t rato , mal los versos mido , N i versos hallo ni cadenc ias llenas*

Mas h o y , Ninfa c rue l , p e r d ó n te p i d o Y el favor de los N ú m e n e s d e m a n d o A los piadosos vates c o n c e d i d o ,

P a r a cantar a Mesal ino , c u a n d o E n c a r r o d e marfil vaya t r iun fante Un ramo de laureles e m p u ñ a n d o ,

Y escenar io marcial lleve delante , Y atrás, con lauro rúst ico en la f rente ¡Triunfo! el so ldado en voz robusta cante ;

Y viéndole pasar r e s p l a n d e c i e n t e . * El padre lance ac lamación festiva D a n d o h e r m o s o e spec tácu lo a la g e n t e .

P r o p i c i o F e b o mi o rac ión re c iba ; A s í adorne por s i e m p r e con galana Cabel lera la f r e n t e ; así le viva Casta por s i empre la apacib le h e r m a n a !

— 83 —

Elegía vi \

Hoy Macro sale a militar campana; -Y el delicado amor en este caso ¿Qué hará? Marcha también y le acompaña?

¿A todas partes seguirále acaso, Y peso de armas llevará doquiera Y a en medio de la mar, ya a campo raso?

Abrasa, abrasa oh niño, esa alma fiera! Quien tus ocios huyó, tu enojo pruebe; Vuelva ya el desertor a su bandera!

Mas si temerte el guerreador no debe, Aquí hay, aquí, quien ser soldado pida Que a coger agua él mismo el casco lleve.

Adiós damas y amores! Nueva vida -Emprendo, fuerte soy, nada me aterra; Marcial clarín al campo me convida. i--

Con voces tales apellido guerra; Mas si soberbias son, puerta inclemente Con soberbio silencio a ellas se cierra.

Cuántas veces juré solemnemente N o volver a ese umbral* y cuántas mudo Lo que juró la lengua el pie desmiente? .

Quisiera ver deshechas, amor crudo Esas que usas por armas, los hachones Hechos pavesa y roto el dardo agudo!

Y o contra mí profiero imprecaciones, Turbado por tu culpa el pensamiento; T ú mil blasfemias en mi labio pones.

Dado hubiera a mis males fin violento Si la esperanza al par no me llevara Iluso de un momento a otro momento.

Ella estimula al que los campos ara Y muéstrale, al fiar al surco el grano, La henchida mies que el año le prepara.

Ni en aire o aguas su favor fue vano. Ella al ave a caer en lazo obliga, Ella en sutil anzuelo al pez liviano.

Y del esclavo encadenado amiga. Ella va a consolarle: al pie el grillete Suena, y él canta en medio a la fatiga.

— 84 —

Ella a Némesis blanda me promete, Mas tú resistes, Némesis tirana; Oh! qu e a la diosa la mujer respete!

Ruégote por los huesos de tu hermana; As í breve reliquia en paz segura Duerma aquella a quien muerte hirió temprana!

Su alma venero yo candida y pura; Y o guirnaldas regadas con mi llanto Llevaré a su enyerbada sepultura,

Y embebecido en su recuerdo santo Con su ceniza, en oración callada, Hablaré allí de mi mortal quebranto.

Oiráme, y la tendré por abogada E n tu conciencia. Oh Némesis! no quede Su generosa intercesión frustrada.

Que cuando el carro de la Noche ruede Sobre el mundo en silencio sumergido, Mostrarse ensueños y afligirte puede,

Mustia la faz, el seno enrojecido, Como cayó precipitada un día De alta ventana a la mansión de olvido.

Mas callo: contristarla no querría, N i es justo que una lágrima siquiera Haya de derramar por causa mía.

Quién ojos a enturbiar osado fuera Que serenos hablando a quien los mira La inocencia del pecho sacan fuera?

Culpable aquella sí que en torno gira, Mensaje corruptor con maña y tiento Llevando, y en los labios la mentira.

Si desde el duro umbral adentro siento De Némesis la voz, ésa la niega Con el más descarado juramento,

Y en la noche a que estoy citado, alega Que el ama cayó enferma, o que amenaza Algún peligro, y que me aleje ruega.

Entonces pienso que a otro ella se abraza Y cuál, fácil y varia en sus anhelos, L e hace feliz mientras a mí rechaza.

Y a ti malvada Frine (oh rabia, oh celos!) Maldigo entonces, ya los diques rotos: Harto has de padecer, si oyen los cielos Parte alguna, aunque breve, de mis votos.

— 85 —

L I B R O I I I

Elegía i

Hoy la festiva luz al mundo asoma De las Calendas que consagra Marte, Por donde el año abrió la antigua Roma.

Mil presentes y mil por toda parte Calles, casas recorren a porfía Con pompa y esplendor, hijos del arte.

Musas! qué dar en tan solemne día A mi b e l d a d . . . . o a la que me es tan cara, Si error fue vano apellidarla «mía»?

Seduce el oro a la mujer avara, Mas el canto conviene a la hermosura: Versos, Neéra, mi amistad prepara.

Albo, con rojeante cobertura, A ti mi libro irá; mas antes debe Rasar el cano vello pómez dura.

Por cima de las finas hojas, breve El título aparezca, y señalado E n cifra, del poeta el nombre lleve

Uno, en fin, y otro extremo coronado De perilla, vistoso el rollo ostente; T o d o concurra a merecer tu agrado.

Y pues aquí la inspiración se siente Que os debo, Ninfas del Castalio coro, Por vuestra verde gruta y sacra fuente,

El nuevo auxilio conceded que imploro Y este libro llevad en nombre mío Así , flamante, a la beldad que adoro.

Ella os responderá: saber confío Si su afecto subsiste, o detrimento T a l vez padece, o si paró en desvío.

Como a Ninfa, con grave acatamiento Primero honradla, y luego con dulzura Esto decidle en cadencioso acento:

«Aquél a ti, beldad honesta y pura, «Que amante fue y hermano agora, envía «Humilde don que aceptes ruega, y jura

«Amante más que la alma luz del día, « O hermana suya gustes ser, Neéra, «O esposa fiel, que hacerte dios sería

— 86 —

«Más él aquesta dicha inmensa espera «Con fe constante, y no desmaya en tanto «Que el triste plazo llegue y luz postrera « Y baje el reino a ver de eterno espanto.»

Elegía n

Quien robó primero A un doncel su dama, Su esposo a una joven, Duro fue de entrañas.

Fue también de bronce Quien esposa cara Perdió así, y el hondo Pesar no le mata.

Para trances tales Las fuerzas me faltan; Aun pechos valientes El dolor quebranta.

Y dirélo todo: Muerta la esperanza Dé vivir, el tedio Penetró en mi alma.

A y ! cuando yo sea Sombra leve y vana, Y ceniza tornen Mi cuerpo las llamas,

Neéra llorosa A la pira vaya. Suelta por los hombros L a madeja larga.

Su madre con ella; Y lloren entrambas, L a hermosa a un amante^ Y un yerno la anciana.

Mis manos invoquen E n triste plegaria; Sus manos piadosas Purifique el agua;

Junten luego, suelta La veste enlutada, Los candidos huesos, Sola parte salva.

— 87 —

Sobre .ellos primero .Vino añejo esparzan, i . . Después viertan leche Cual la nieve .blanca.

La-humedad les limpien Con finas toallas, Y enjutos los pongan En marmórea estánza.

Y allí con aromas De lejas comarcas. Los que Asiria envía Y fértil Pancaya,

Lágrimas se mezclen Que del pecho nazcan: Tales honras quiero Que a mis restos hagan.

Y en la losa, aquesta Inscripción grabada, De mi muerte a todos Declare la causa:

«Aquí Ligdamo reposa, «De Neéra amante fiel: «Matóle dolor cruel; « L e arrebataron su esposa.»

Elegía m

De qué sirve, Ñeéra, al cielo santo Con votos fatigar, y siempre al ara Llevar incienso y súplicas y llanto?

A fe que yo jamás excelsa y clara Mansión pedí, donde impusiera leyes A m o ostentoso, y mármoles hollara;

N o que tierra vastísima mis bueyes Labrasen, no de mieses coronada, Verla, o cubierta de vagantes greyes;

Mas sí por largos años asociada A tu vida llevar la vida mía Y rendir en tu seno la jornada

Cuando el fatal irrevocable día Llegue en que al fin en la Letea nave, Habré de entrar desnuda sombra y fría.

— 88 -

Pues qué a mí el oro con su peso grave? Qué rebaños sin número ni cuento? N i qué, regia mansión, áureo arquitrabe;

Mármol frigio qué presta a mi contento O el que en Caristo o Ténero se corta; La alta columna, el terso pavimento?

Y si del huésped a la vista absorta Parques y grutas en redor tendidas Bosques sacros semejan, qué me importa?

Qué las nítidas perlas escogidas Que de la costa vienen Éritrea; Qué cuántas telas en Sidón teñidas,

T o d o en fin, lo que al vulgo lisonjea Y al que, dueño exclusivo, lo reúna, Sólo enojos y azares acarrea?

Nunca ese ahuyentará cuita importuna, Pues sabe ha de venir, sin saber cuándo, A derrocar grandezas la Fortuna.

Feliz, si pobre, de tu amor gozando, Viviera yo; sin ti, despreciaría Áulico honor, ilimitado mando.

Oh, cuándo tornarás, y cuando «mía» T e podré apellidar vuelta a mis brazos? Oh una y veces mil bendito día!

Mas si veda anudar tan dulces lazos Algún dios que el oído siempre cierra Y siempre alarga a mi anhelar los plazos,

N o en cambio, no, señorear la tierra N o Pactólo, arrastrado en áureo lecho, M e halagará, ni cuanto el mundo encierra.

Otro a eso aspire: bajo humilde techo Séame dado a mí con tierna esposa Ignorado vivir, tranquilo el pecho.

Oye mis votos tímidos piadosa, Oh hija de Saturno! y conducida E n leve concha tú, de Cipro diosa!

Mas si niegan la vuelta apetecida El Destino y las tétricas Hermanas Que conducen el hilo de la vida

Y las edades antevén lejanas, Pálido el Orco de sus reinos fríos Lléveme, con la grey de sombras vanas, A l negro lago, a los inmensos ríos!

— 89 —

Elegía iv

El cielo santo me valga Y mejor señal me dé; Lo que penando soñé Anoche oír, vano salga.

Volad, sueños fementidos, Volved la espalda, visiones, Y no a vuestras predicciones Esperéis que preste oídos.

Sólo los dioses no engañan; Sólo arúspices Toscanos De los destinos humanos El misterio desentrañan.

Mas nacen de noche y giran Fantasmas mil por el viento, Que al durmiente pensamiento Pánico terror inspiran.

De ahí que el triste mortal Nocturnas apariciones Intente aplacar con dones, Consagrando farro y sal.

Sea como quiera, o fe Preste yo a sueño veraz, O a burladora y fugaz Imagen crédito dé,

T ú , Lucina, de mi mente Borra esta odiosa impresión, Y nada haya con razón Turbado a un pecho inocente.

Si nunca actos criminales Concebí con mente loca; Jamás blasfema mi boca Ofendió a los inmortales.

Y a con sus negros bridones Corrido la noche había El cielo, y su carro hundía Allá en líquidas regiones;

Y aun me negaba descanso El dios que afanes serena; Al l í donde el alma pena T a r d e llega sueño manso.

— 90 —

Al fin, cuaado entre esplendores Febo asomó por Oriente, Cerré ya desfalleciente Los párpados veladores.

Entonces vi que un doncel El pie en la estancia ponía, A quien las sienes ceñía Casto ramo de laurel.

Abundoso, deslazado Luengamente, por el cuello. Caía el rizo cabello • • , E n aromas empapado.

Irradiaba esplendidez Como luna despejada; Mas con púrpura mezclada A la nieve de su tez.

Cual de zagala sencilla, Que da la mano de esposa Arde llama ruborosa E n la candida mejilla,

Así , en tejida corona Junto al lirio el amaranto; As í la manzana, en tanto Que el otoño la sazona.

Suelto ropaje, cual es Propio de un dios, rozagante, L e decora, y ondeante Desciende y juega a sus pies.

De arte oculto maravilla, Lleva a su izquierda pendiente Lira de concha luciente, Do a la vez el oro brilla.

Había el dulce instrumento Comenzado a puntear Con plectro ebúrneo, y al par Canto armonioso dio al viento.

Cuando el concierto suave De la voz y de la lira Cesó, piadoso me mira, Y así empieza dulce y grave:

«Oh, grato al cielo mil veces, «Casto, inspirado mancebol «Bien tú de Baco y de Febo, «Bien de las Musas mereces.

— 91 —

«Pero tas doctas hermanas « N o predijeron, el hijo. «De Sémele no predijo «Cosas-que j'acen arcanas.

« A ellos no es dado leer «En el tiempo venidero; «Sólo yo obtuve tal fuero «De mi padre, y tal poder,

«Poeta, escúchame ya, «Que un dios no te engaña, y sólo «Revelarte puede Apolo «Lo que a revelarte va.

«Aquella a quien has querido «Cuanto a sü hija no ama « L a madre, masque a su dama «El galán enardecido;

«Aquella por quien envías « T u s votos al cielo santo; «Qué es objeto de tu canto « Y tormento de tus días,

« Y cuando en lóbregos velos « T e envuelve la noche, halago «En sueños presente y vago, «Burlador de tus anhelos;

«Ella, tu Neéra hermosa « Y a guardarte fe no quiere, «Piensa en otro, a ése prefiere, « Y en su impio afán no reposa.

«Oh casta perjura! oh nombre «De mujer, quién de él se fía? «Maldita aquella que un día «Aprendió a engañar al hombre!

«Pero versátiles son « Y tú afirmar dulces lazos «Podrás, si tiendes los brazos « E n ferviente adoración.

* A y , que en trabajos sin par «Terrible A m o r nos empeña; ; «Terrible A m o r nos enseña «El fiero azote a besar!

«Que en un tiempo apacenté « Y o de Admeto la vacada « N o es fábula, nó, inventada «Para reír, verdad fue!

— 92 —

«En verdad que no podía «De la cítara gozar, «Ni atinaba a concertar «Con las cuerdas la voz mía.

«Allí su cantar doliente «En flauta rústica entona «El que es hijo de Latona « Y de Jove omnipotente!

« N o sabes lo que Amor es «Mientras tú de acerbo dueño « N o te sometas al ceño « Y al yugo el cuello no des.

« V é , corre a la ingrata luego, «Rendido implora, porfía; « L a condición más bravia «Cede a la fuerza del ruego.

«Si algo un oráculo mío «Fronunctado en templos vale, « V é allá, y en mi nombre dale «El anuncio que a ella envío:

*Ai>olo mismo te ofrece <Esta unión, y él la bendice: « Guárdala, y serás felice; «Otros lazos aborrece/>

Diciendo palabras tales El sueño se disipó. N o venga despierto yo iAy! a ver tamaños males.

¿ Posible es tal veleidad? ¿Que tanta dulce promesa Haya de parar en esa Horrible infidelidad?

Mas no el Ponto embravecido T e engendró, dulce Neéra; N o la espantable Quimera Que aliento arroja encendido;

Ni erizado de serpientes Trifauce Can te dio vida, Ni Scila, mujer fingida, Seno de monstruos rugientes;

Y no en entrañas llevada De atroz leona, en la triste Bárbara Scitia no fuiste N o en Sirte horrenda criada.

— 93 —

Nacida, sí, eii blanda cuna; Y más que todos tu padre Fue benévolo, y tu madre Apacible cual ninguna.

Torne en bien piadoso el cielo Los sueños de noche aciaga, O a cálidos Notos haga Que los barran en su vuelo!

Elegía v.

A vosotros Toscana Fuente ahora os cautiva Onda, sí, bajo estiva Canícula, malsana.

Pero baño salubre Que a cuantos hay supera Así que Primavera De gala el campo cubre;

Y a mí llámame en tanto Proserpina. temida En la flor de la vida Al reino del espanto.

¡Oh! a joven inocente Que los sacros arcanos Nunca enseñó a profanos, Mira, diosa, clemente!

Nunca mi diestra, uso Haciendo de raíces, Emponzoñó a infelices, N i a templo fuego puso;

Nunca infame palabra Vertí , ni odioso insulto; Remordimiento oculto Mi corazón no labra.

Aún no se encorva anciana Mi edad, al pie inseguro; En mi cabello oscuro Aún no apuntó la cana;

Que a mis padres reía Y o en el natal primero, Cuando al par golpe fiero A u n cónsul y a otro hería.

— - r 9 4

¡Oh diosa J di,, ¿qué mano Arrebatada y cruda Los árboles desnuda De su fruto temprano?

¿Qué ciega hoz despoja A la vid del racimo Que se desvuelve opimo Entre la verde hoja?

Sombras, austeros jueces, Mustias divinidades Que en la región morades De olvido, oíd mis preces:

¿Qué más os da que vea Y o el Elisio tan presto, Y el Estigio funesto Y la nave letea?

Dejad que antes mi frente Mostrar rugosa pueda Y a mozuelos en rueda Viejas historias cuente.

Cese el ardor violento Que en mis venas se c e b a . . . . ¡Ay ! quince, días lleva, Y ya morir me siento.

Vos. que gozáis los baños Délas Etruscas linfas Y veneráis sus Ninfas. Vivid felices años; .

Vividlos; ni por eso Me olvidéis, ya sucumba. Del borde de la tumba, Y a me levante ileso.

Conjurad mi destino: A la deidad tremenda Negras reses. y ofrenda Votad de leche y vino.

Elegía VI.

Así por siempre consagrado veas El pámpano en tu honor, así coronas Ciñas de hiedra a tu cabeza, oh Baco, Que alivies mi dolencia y .me socorras!

— c 5 —

Bien podrá remediar quien veces tantas Ha vencido al Amor, al que hoy le inyoca Hierva el Falerno en los henchidos vasos; Sus, mancebo, las ánforas trastorna.

Lejos de aquí, cortejo desabrido, Lejos vuelen cuidados y zozobras. Y a sus niveos alígeros dé suelta . Radiante el sol con desusada pompa.

Mas vosotros, amigos, el convite De buen grado aceptad. Si hay quien recoja Las velas ante el plácido certamen, Traición su amada le prevenga a sordas.

Un dios dilata el ánimo apocado, Un dios cervices inflexibles doma, Y las subyuga a la belleza; el mismo Que amansa las panteras y leonas.

A m o r tanto poder y aun más demuestra; Pero a nosotros, camaradas. toca-Hoy a Baco seguir; hoy de vosotros Quién intacta osará dejar la copa?

Apurad, apurad! Nunca se dijo Del dios del vino, que miradas torvas Haya lanzado a los que al par sus dones Disfrutan y el placer de la concordia.

Ceñudo es él con quien el ceño frunza, Y más furioso cada vez le acosa; Si arrostrar no queréis su airado numen, Alzad el vaso. La sangrienta historia

De la hija de Cadmó nos enseña Cuanto él se crece y qué venganzas toma, Tremendo a fe! —Nosotros sus parciales, Nada debemos recelar;—y sola

•'.Ella la fuerza de sus iras pruebe! Oh, qué insensato proferí? qué loca Imprecación! A disiparse vaya En las alas del viento vagarosas!

Aunque jamás del que te amó, Neéra, T e acuerdes, vive, y cuanto anheles, g o z a ! Volvamos a reír! Llegó sereno Un día al fin que los pasados borra.

A y ! no es fácil mostrar mentido gozo; No sientan bien sonrisas en la boca, N o suenan bien los báquicos acentos Cuando pena secreta nos devora.

— 96 —

Mas porqué, infortunado, te lamentas Y al amargo penar cobarde tornas? Lejos de aquí funestas aprensiones; Que el dios del vino los gemidos odia.

V e d a Ari'adna, del infiel Teseo Desamparada en solitaria roca; V e d a Baco acallando los lamentos Que Catulo en su canto conmemora.

Vosotros, compañeros, mis lecciones N o desdeñéis, oídme atentos ora; Que no es poco dichoso el que convierte Ajeno daño en experiencia propia:

N ó , si os detiene con amante brazo Y con voz enmelada os enamora, N o si os jura una bella por sus ojos, Por la alma Juno y por la Cipria diosa,

Fe le prestéis jamás! De las palabras Livianas del amor y engañadoras, Ríese Jove en su encumbrado asiento Y a céfiro fugaz las abandona.

Mas a qué siempre a mi querella eterna Volver? contra tenaz pasión qué logran Justas protestas y razones graves? Más bien yo allá pudiese, ingrata hermosa

Dichoso a par de ti dejar del día, De su noche dejar correr las horas! A h ! yo no merecí perfidia tanta! Pérfida y todo, el corazón la adora!

Vuela, lento sirviente;—el padre Baco A m a también las Ninfas de las ondas. Templa con agua pura el vino añejo; Que no he de gemir, nó, la noche toda,

Porque ella me abandone y a otro siga. Ea! mezcla más vino, el vino corra! Y o he debido hace tiempo mi cabeza Ungida en nardo coronar de rosas!

— 97 —

LIBRO C U A R T O

I

Incerti auctoti panegyricus Messallae.

Panegírico de Mésala, por incierto autor.

Elegía II

M a r t e ! en tu fiesta Sulpicia Se adorna : si t ienes g u s t o , Q u e ba jes del c ie lo es jus to A mirar la a tu p lacer . V e n u s te dará l i cencia ; M a s no te e m b e b a s de suerte Q u e sin sentir lo , dios fuer te , D e j e s las armas caer .

D e ella en los o j o s enc iende Sendas antorchas C u p i d o C u a n d o en su f u e g o t e m i d o Q u i e r e abrazar a algún dios. A d o q u i e r que ella re torna , E n el m e n o r mov imiento L a grac ia secre ta s iento Q u e s irviéndola va en pos.

Q u e al viento el cabel lo esparza N a d a hay que m e j o r le p r u e b e ; Q u e r e c o g i d o lo l leve. N a d a me parece igual . E n a m ó r a m e si arrastra R i c a p ú r p u r a de T i r o ; M e ena jena si la miro V e l a d a en b lanco cendal .

Con V e r u m n o la c o m p a r o Q u e allá en la mansión celeste S i e m p r e h e r m o s o en nueva veste. F o r m a s m u d a mil y mil. P o s e e r las r icas telas Q u e dos veces a r rebo la E l os t ro , m e r e c e sola El la , entre damas gent i l .

M. A. Caro-Traducciones—7

— 98 —

Sólo a ella el Árabe rico Enviar debiera en tributo Todo el cosechado fruto De su balsámica mies; Sólo ella las perlas todas Que en el Rojo Mar lejano Pesca el atezado indiano, Mirar debiera a sus pies.

A ésta, Piérides sacras, Venid a cantar ahora, Y tú, Febo, en la sonora Lira de que ufano estás. Vuelva siempre hermoso el día De Marte que ella honra tanto; Más digna de vuestro canto Otra no visteis jamás.

Elegía ni.

Gracia, jabalí bravio! Y a trates húmedas cañas, O ya umbríferas montañas, Gracia para el dueño mío!

Ni hacer quieras, ay de mí! De aguzado diente alarde; Amor allá me le guarde Y salvo tórnele aquí.

Ora por valles y cerros Llévale Delia consigo, Y yo de bosques maldigo Y de seguidores perros.

Pues qué, salir no es locura Con las manos lastimadas Por andar de empalizadas Rodeando la espesura?

Qué gusto es ir a hurtadillas T r a s las encovadas fieras, Tropezando en cambroneras Que ensangrientan las rodillas?

Mas si a tu lado concedes Que vaya, Cerinto, iré Por montes, gustoso a fe Con las retejidas redes.

— 99 —

Elegía iv

Vén, y a una joven doliente Febo, tu presencia salve; Gallardo muéstranos ya T u s cabellos ondeantes.

V é n ! si a una hermosa tus manos Benéficas aplicares, Haberla vuelto a la vida Y o sé que no ha de pesarte.

N o permitas que la fiebre Sus miembros invada exangües, Amarillez mortecina Su límpida tez no empañe.

Cualquiera que este mal sea, Cualquiera el que la amenace, Todo eso en rápida, onda Vaya a perderse en los mares.

Seguiré el rastro fugaz De medrosa cervatilía Y la pesada trailla Quitaré al sabueso audaz.

Selva hermosa para mí Aquella selva do al pie

• De la malla digan que Con mi Cerinto yací!

Y si a la trampa derecho Viene el jabalí bravio, Huirá, respetando pío De dos amantes el lecho.

Hoy a Cerinto en la oscura Floresta otro amor no encienda; Imite a Diana, y tienda Casta red con mano pura.

Si hay una Ninfa que goce De un amor que es sólo mío, Caiga en poder del impío Jabalí, que la destroce!

Y ora a la caza un instante Que te hurtes, Cerinto, ruego Y a descansar vengas luego En el seno de tu amante.

— 100 —

V é n , N u m e n santo, y c on t igo T o á o s l o s bálsamos t r a e T o d o s los rezos que puedan R e m e d i a r do lenc ia g r a v e .

N i a t o r m e n t e s al m a n c e b o Q u e t e m e funesto t r a n c e , Y p o r su dueño a d o r a d o V o t o s hace innu m e r a b l e s .

V o t o s , sí ; mas a las veces C r e y é n d o l a ya exp i rante Quizás c on ásperas q u e j a s O f e n d e a los inmorta les .

Cesa de t e m e r , Cer in to ; N o , no el dios a los amantes P e r d e r á ; tu a m o r p o r ella Sea firme, y salvaráse.

N i es ocasión de que l l ores ; Esas l ágr imas se g u a r d e n P a r a c u a n d o , acaso, un día Con c e ñ o a c e r b o te t rate .

A h o r a es tuya , toda t u y a ; Só l o en ti pensar le p lace ; T u r b a asidua al c ielo i m p l o r a . . Crédulos ! Su a m o r no saben.

Míra la p rop i c i o , F e b o ; T e n d r á s alabanza g r a n d e C u a n d o se diga y d ivu lgue Q u e tú en uno a dos salvaste.

Cuál te verás f es te jado C u a n d o a m b o s a los altares P o r la m e r c e d rec ib ida L l e v e n común h o m e n a j e !

T e dará los parab ienes E l c o r o de Jas de idades , Y envidiarán a por f ía L o s secretos de tü arte .

Elegía v

S a c r o y venturoso día , P o r m í entre los más so l emnes Será , Cer into , c ontado E l que a ti l igó mi suer te .

— 101 —

L a s P a r c a s c u a n d o naciste S o b r e todas las m u j e r e s E l señor ío anunc iaron Q u e dueño absoluto e j e r c e s .

Y o antes que todas me abraso , Y u fanada estoy si f u e r e Es te a m o r c o r r e s p o n d i d o : Séalo, Cer in to , s i e m p r e .

T e lo r u e g o p o r los du l ces H u r t o s que el a m o r p r o t e g e , Y p o r la luz de tus o j o s , Y p o r tu g u a r d i á n celeste .

Gen io p o d e r o s o ! a c o g e Sus o f r e n d a s y sus p r e c e s ; M i e n t r a s la m e m o r i a mía D e su p e c h o el a r d o r c e b e .

Mas si p o r o t ros a m o r e s L l e g a a suspirar , suspende T u pat roc in io y ya n u n c a A infiel h o g a r lo dispenses.

T ú , V e n u s , no injusta seas: Q u e él c o n m i g o se su je te A l a c o y u n d a que impones , O y o l ibre de ella q u e d e !

A h , n ó ! cadenas tan du l ces M á s se af irmen y se e s t r e c h e n , Y aun al g o l p e de los años N o hayan j a m á s de r o m p e r s e !

E s t o m i s m o que y o p i d o P i d e él, mas s e c r e t a m e n t e ; Mala vergüenza le e m b a r g a , Y exhalar sus votos t e m e .

P e r o tú, Nata l divino, P u e s nada hay q u e no pene t res , Ó y e m e ! qué da que a voces O que en s i lencio te r u e g u e !

Elegía vi

Diosa de los natalicios, E l inc ienso , Juno , acoge Q u e con sus hermosas manos T e o f r e c e iniciada j oven .

— 102 —

H o y todo te p e r t e n e c e , H o y se aliña, se d ispone V i s t osamente a o f r e n d a r E n tus altares sus dones.,.

D e aderezarse p r e s u m e Sólo para hacer te honores ; D e l levarse las miradas D e alguien, el anhelo e s conde .

A y ú d a l e , exce lsa diosa: A los que se aman la noche N o separe ; da cadena Q u e a galán t ibio apris ione.

Q u é gent i l copia con ellos H a r á s ! pues d ó n d e hallar, d ó n d e D a m a para él más prec iada , P a r a ella garzón más noble?

N i custodia vigilante S o r p r e n d e r l o s j a m á s l o g r e ; T r a z a s A m o r les enseñe Con que a la vista se r o b e n .

Acude, en ropa je envuelta D e r iqu ís imos co lores , A r e c i b i r , casta dea, T r i p l i c a d a s l ibac iones .

M a d r e acuciosa a la hi ja Q u é ha de p r e t e n d e r d ispone, Y ella a o t r o o b j e t o consagra Secre tas aspirac iones ;

Y arde , c o m o arde el inc ienso P r e s a de l lamas veloces , Y a u n q u e sanar f u e r e dado N o q u e r r á sanar de a m o r e s .

El la le e n a m o r e ; 3r c u a n d o Esta fiesta anual r e t o r n e , Y a de t i e m p o atrás l ogradas L a s dichas que anhela g o c e .

Elegía vil

A l fin l ogré tal a m o r : Q u e más conv iene a mi fama T a l vez d e s c u b r i r la llama Que ocultar la p o r p u d o r .

Citerea enternec ida P o r mis canc iones , acá T r á j o l e en brazos, y ya E n mi regazo le anida.

L a diosa así de b u e n g r a d o C u m p l e sus promesas fiel: H a b l e de mi gozo aquel D e quien d igan fue bur lado .

A las tablillas no f ío M i conf idenc ia , no sea Q u e lo que y o escr ibo lea A l g u n o antes que el b ien mío .

Y no me ar rep i ento , nó ; F u e r a , honri l la ! Q u é de m í D i r á n ? que de él d igna fui Y él de mí; que amé, y a m ó .

Elegía VIII

P r ó x i m o está, y en mal p u n t o L l e g a r á mi natalicio, E n la so ledad del c a m p o , Y le jos , ¡ay! del b ien m í o .

N a d a tan dulce cual R o m a ; Y a una joven qué atract ivos H a n de o f r e c e r en la aldea T i e m p o c r u d o , agrestes sitios?

Mésala, asaz cu idadoso D e mi suer te , y s i e m p r e listo A viaje i n o p o r t u n o . Q u e descanses te supl ico .

Si l ibre arb i t r i o me niegas O b e d e z c o , iré c ont igo ; P e r o voy muer ta : aqu í el a lma, A q u í d e j o los sent idos .

Elegía ix.

S a b e s que de aquel odioso V i a j e cesó el pe l igro? Cesó , Cer into , y en R o m a P a s a r é mi natalicio

P r e p á r a t e a c e l e b r a r l e E n gra ta reunión , Cer into , Y p o r la imprevista nueva R e g o c í j a t e c o n m i g o .

— 104 —

Elegía x.

H a r t o bien me ha p a r e c i d o Q u e en tal l iber tad me de jes , S e g u r o de que a deshora N o he de caer i m p r u d e n t e ,

Si t ogada mujerzue la , Si h i landera ruin pre f ieres A Sulpic ia , y en tan p o c o A la hi ja de Servio t ienes,

A q u í entre tanto no faltan Quienes p o r su h o n o r se inquieten Y sol íc itos vigilen N o a ignoto galán se e n t r e g u e .

Elegía xi.

Mientras la fiebre, Cer into , Consume mis m i e m b r o s , d í m e , ¿ E n m í p o r ventura piensas? ¿Con mi do lenc ia te afliges?

A fe que del mal presente N o q u e r r í a v e r m e l ibre Sino en caso de que iguales A n h e l o s tu p e c h o a b r i g u e .

P u e s la salud qué me i m p o r t a , Y el vivir de qué me sirve, Si tú c o n m i g o no s ientes , Si tú para m í no vives?

Elegía XII.

T e s t i g o s sean, b ien mío , Y hagan los e ternos dioses Q u e o b j e t o y o de tus ansias, C o m o hasta h o y , a ser no t o r n e ,

Si en estos mis verdes años P u d e , irref lexiva j oven , Fa l ta c o m e t e r a lguna Q u e así me pese y me agob ie ,

Cual la de haber te d e j a d o Solo en la pos t re ra noche Deseosa de e n c u b r i r t e De mi p e c h o los a rdores .

— 105 —

Elegía XIII.

Sólo busco tus favores , A ti sola serv i ré : Condic i ón pr imar ia fue Esta d e nuestros amores .

Sola y única me agradas ; Y a en R o m a no h a b r á m u j e r Q u e p u e d a e n c a n t o t ener , E x c e p t o tú, a mis miradas .

O ja lá que sólo a m í P luguieses , y los d e m á s N o te mirasen jamás ! S e g u r o anduviera así;

Y c o n t i g o vida mía, E n altos bosques sin n o m b r e , D o n u n c a huellas el h o m b r e H a d e j a d o , m o r a r í a ;

Y tú a m í en la advers idad Sólo r e f u g i o y consuelo , T ú en mis noches , c laro c ie lo , P o b l a r a s mi so ledad

Si del c ielo be ldad rara Bajase a ser c o m p a ñ e r a D e tu amante , en vano f u e r a ; V e n u s he lado le hallara.

P o n g o p o r test igo a Juno , T u p r o t e c t o r a , a la cual E n t r e los dioses igual N o se e n c o n t r a r á n i n g u n o .

¡Oh insensato! ¡qué p r o n u n c i o ! M o s t r a n d o todo mi a m o r , T ú renunc ias al t e m o r , Y o a mi l iber tad renunc i o .

V í c t i m a de mi i m p r u d e n c i a T e n d r é que g e m i r de h o y más, Y tú de o p r i m i r m e habrás Con insólita c l emenc ia .

E n t r e g ó m e a d i s c re c i ón , T u esclavo soy o b e d i e n t e . . . . M a s a lo menos consiente Q u e , de mi cadena al son,

— 106 —

Y o de V e n u s ante el ara L/leve mis súpl icas ;—el la A c o g e h u m i l d e quere l la , El la injustic ias repara .

Elegía xiv.

T r i s t e r u m o r p e r s i g ú e m e doqu iera D e faltas mil cu lpando a mi quer ida . ¡ O h ! ¡quién de b r o n c e a sus anuncios fuera ! ¡ C e s a , oh r u m o r , t o r m e n t o de mi vida!

PR0PERQ10

PROPERGIO

Elegía i Cynthia prima suis

Cintia fue , con sus o j o s , la p r i m e r a Q u e h u b o de caut ivarme : a ella r e n d i d o Q u e d ó quien nunca a m o r antess int iera .

Y o de mi voluntad d u e ñ o e n g r e í d o N o fui de entonces más : con pie insolente M i cuel lo o p r i m e sin p iedad C u p i d o ;

D e amistades honestas , de inocente T r a t o , p o r q u e él lo m a n d a , m e desvío , Y q u e vuelva a mi a c u e r d o no cons iente .

T o d o un año en aqueste desvarío M e ag i to , c o m o en m a r revuel to y b ravo , Y no hay dios q u e a l i b r a r m e acorra p ío .

Mi lanio , bien cual res ignado esclavo, T r a b a j o s p a d e c i e n d o , oh T u l o l ' u n día A la esquiva Ata lanta venc ió al cabo .

O r a visita la caverna u m b r í a , E r r a n t e en su a m o r o s o devaueo , Y a enerizadas fieras desafía;

O r a de ramos que desga ja Hi l eo , Cae h e r i d o , 3r a cogen su quere l la L a s solitarias rocas del L i c e o .

E l t r iun fó , en fin., de la fugaz donce l la : Q u e c o n t i n u o penar , c o n t i n u o r u e g o E n los p e c h o s más d u r o s hacen mella.

M a s no es así de mi pasión el f u e g o ; Q u e , en vez de a b r i r m e de salud caminos , C o m o a o t ros ya , el A m o r me torna c i ego .

V e n i d , encantadores y adivinos, Q u e os dais al cu l to de, n o c t u r n a diosa Y m u d a r p r e t e n d é i s nuestros dest inos:

Si tanto, p u e d e esa arte mister iosa E a ! r e s t i tu idme a mi a l b e d r í o O haced que de mi bella r igurosa

— 110 —

Pal idezca el semblante más que el m í o . Y a d m i t i r é y o entonces que cantando Bajáis un astro, detenéis un r í o .

O h c o m p a ñ e r o s que apiadados, c u a n d o P a s ó el m o m e n t o de esforzar razones, P r o c u r á i s al iviarme razonando .

R e m e d i o s dad de e n f e r m o s corazones : ¡ H i e r r o y f u e g o e m p l e a d ! d e j a d , e m p e r o , Q u e mi d e s p e c h o exhale en mald ic iones ;

L e j o s l l evadme , al t é r m i n o p o s t r e r o , P o r t i erra y mares , y m u j e r n inguna Del p r ó f u g o conozca el d e r r o t e r o .

L o s q u e de un m u t u o a m o r la alta f o r tuna L o g r á i s , c o m o inviolable el n u d o e s t re cho H o n r a d , que vuestras án imas aduna,

M i e n t r a s y o , s i e m p r e en lágr imas deshecho , Paso h e r i d o de a m o r sin esperanza, N o c h e s a m a r g a s en des ierto l e c h o .

Q u e si a lguno intentare infiel mudanza S o r d o a mi voz, d e n t r o de b r e v e s días Con qué do lor , p e r d i d o el bien q u e alcanza, H a b r á de r e c o r d a r pa labras mías !

Elegía ii Quid ornato.

A qué con tanto aliño la galana Cabeza, presentar te , vida mía , F i n a s sedas de Cos m o v i e n d o ufana?

A qué con m i r r a que el O r o n t e envía P e r f u m a r el cabe l l o , y tu h e r m o s u r a Esc lava h a c e r de ex t raña m e r c a n c í a ?

¿ N o ves q u e así las dotes de natura V i c i a n d o estás? q u e a la be ldad no de ja E l l u j o c a m p e a r lozana y p u r a ?

Buscas r e m e d i o tú? qué mal te a q u e j a ? R e i n a d e s n u d o A m o r ; a los a m o r e s L a p o m p a asusta y el e n g a ñ o ale ja .

M i r a c ó m o esparc ida de co lores R í e la t ierra , y c ó m o sin a y u d a Se enmaraña la h iedra , a b r e n las flores;

C ó m o el m a d r o ñ o en cueva ignota y r u d a E c h a raíz y e n v e r d e c i e n d o bri l la ; C ó m o el raudal sus ondas desanuda;

Cómo sus conchas la arenosa orilla Saca a lucir, y cómo no estudiadas Dulces endechas canta la avecilla!

No de Castor y Pólux las miradas A sí atrajeron con adorno ajeno Las hijas de Leucipo celebradas;

N o con ficción Marpesa, hija de Eveno, E n las nativas planas prendó un día A Idas feliz y a Apolo de iras lleno;

No con torpe disfraz Hipodamía A l galán que del circo los laureles Ganó sangrientos, cautivado había;

No ! la beldad sin joyas ni oropeles Sólo el color usaba que imitado Dejó en sus tablas el divino Apeles.

Ni ponían las damas su cuidado E n ganarse amadores, y eran bellas Con su candor y juvenil agrado.

Eres hermosa, noble sé cual ellas: Con un amante fiel quién necia aspira A rendir mozos y eclipsar doncellas?

T ú , más que nadie, a quien Apolo inspira El verso en blandas cláusulas sonoro, Y a quien cede Calíope su lira;

T ú que haces con tu gracia y tu decoro Que, a un tiempo Venus sonriendo y Palas, Festivo aplauda el apolíneo coro Desecha por tu bien postizas galas!

Elegía ni

Qualis Tkesea jacuit,.

Como, huyendo el amante fementido, Quedó Ariadna en solitaria arena. Envuelta en mudo sueño y alto olvido;

Como rota la bárbara cadena Pudo Andrómeda el ojo vigilante Cerrar por fin; cual de fatiga llena

T r a s loca danza, logra la bacante Dormir tendida en el herboso llano Que el Apídamo riega murmurante;

— 112 —

T a l , la sien puesta en la indecisa mano, T r a n q u i l a anoche mi be ldad d o r m í a , Paz esp i rando el ros tro soberano .

D e hachas, que m o r i b u n d a mi tardía V u e l t a gu iaban , a la luz, b e o d o M i pie t i tubeante se movía.

M a s no pr ivado de razón del todo . N o del todo p e r d i d o , con cautela L l e g a r m e p u d e y atentado m o d o .

P o r más que a un t i e m p o y sin p iedad me impela A l b l a n d a m e n t e d e p r i m i d o l e c h o D e A m o r y B a c o la punzante espuela,

A q u e aquel cuel lo l ángu ido en es t recho A b r a z o ciña, y ósculo amoroso E n la alba f r ente p o n g a , a su d e s p e c h o

T u r b a r no osé su p lác ido reposo , De l f u r o r de mi amada y su desvío E s c a r m e n t a d o asaz y t emeroso .

Cual los cien o j o s que c lavaba en l o A r g o s insomne, tal p o r l u e n g o rato E n su faz tersa el h o n d o m i r a r mío ,

Y ya a f rescas gu i rna ldas que desato D e mi sien, cu idadoso las conv ier to A c o r o n a r la que en s i lencio acato ;

Y a el cabel lo que vaga en d e s c o n c i e r t o C o j o , y con mano artificiosa anudo ; Y a t iernas pomas en las palmas v ierto

D o n e s furt ivos con que sólo al m u d o Sueño obsequ iaba ; dones que del b lando R e g a z o resbalaban a m e n u d o .

Y cuantas veces ella suspirando O se agitaba o d e m u d a b a el ceño C r é d u l o yo me suspendí , t e m b l a n d o ,

N o fuese que soñara y en el sueño V e n c i e r a ya su resistencia vana I g n o t o amante c o n v e r t i d o en dueño .

E n esto e m b o c a súbito Diana, Q u e en la bóveda etérea andaba e r r a n t e Su vaporosa, luz por la ventana;

Y dándo la de l leno en el s e m b l a n t e . El la el p á r p a d o mueve , se i n c o r p o r a , Y q u e j a s vierte de o f end ida amante :

— 113 —

. ¿ Y así te atreves a venir ahora? ¿ Y así de amor las leyes atropellas? Solo cuando ocultándose a la aurora

Su giro coronaron las estrellas, Porque otra te apartó de sus umbrales ¡Lánguido vuelves las Ingratas huellas!

Noches te quepan, fementido, tales Como estas ¡ay! en que por ti me veo Hundida, solitarias y mortales.

Purpúreo copo hilaba, de Morfeo Cerrando al vuelo la desierta estanza, O acordaba la cítara de Orfeo,

O fatigada ya, sin esperanza Lamentábame en mísero plañido De aquese desamor y vil mudanza

Hasta que al fin el dios de paz y olvido Sacudió la suave adormidera, Y muriendo en los labios mi gemido, Rodó en mi faz la lágrima postrera.

Elegía VIII Tune igitur demens. K.

¿Demente acaso estás, Cintia adorada? ¿Prefieres a mi amor la helada Iliria? ¿ T e irás sola con él donde te lleve? ¿Tanto le amas así y a mí desprecias? ¿Valor tendrás para dormir tranquila En el duro bajel y sin espanto Oirás el cano mar mugir furioso? . ¿De otro clima arrostrando los rigores Hollará tu pie blando ásperos hielos?

Quieran, quieran los cielos Que tarde el triste invierno se retire Y vanamente el marinero ocioso Por la luz de las Pléyades suspire!

Afórrese la nave, . N i mis votos deprima aura suave;

.No avenga que, parado en su ribera, Tendiendo yo la mano lastimera Llamándote de bronce a mis lamentos, Sólo me dejen sin piedad los vientos Callándose, y la quilla huya ligera!

M. A. Caro—Traducciones—8

— 114 —

P e r o si has de part i r , ¡vuela, p e r j u r a ! Y o y e : aunque mi do lor en nada est imes , N u n c a mal para ti mi alma desea: Á b r a t e fáci l p o r la m a r oscura Bonanc ib les caminos Galatea,

Y tras viaje d ichoso Salva de O r i c o el p u e r t o te r e c i b a . N o r o m p e lazos de mi fe constante U n nuevo enlace ni mi a m o r der r iba . Y o iré a tu u m b r a l , le bañaré con l loro Y p o r ti p r e g u n t a n d o a navegantes , « ¿ E n d ó n d e está ,» diréles , mi tesoro? Q u e ya i lustre de Etol ia la r ibera , Y a los Eleos campos , ella es mía, M í a t iene que ser aunque no qu iera .

Cintia no part i rá , c u m p l e sus votos. Gané , pese a mis émulos , la palma;

Cintia o y e mi quere l la . T r u e q u e ya su esperanza en desal iento Y ent ienda mi rival que Cintia bella O s c u r o s r u m b o s e x p l o r a r no q u i e r e . Á m a m e Cintia; y p o r mi a m o r , a R o m a . Cintia ya a t odo bien mi a m o r p r e f i e r e ,

Y apel l idarse mía E n h u m i l d e mansión más ambic i ona Q u e de El ide la espléndida corona , Q u e la dote real de H i p o d a m í a . N i o r o y o le b r i n d é ni índicas conchas , Y traic ión no m e hará si él más la d iese ; A m o r sólo le o f r e z c o y poesía ; Esa mi g lor ia , mi caudal es ése.

¡Grac ias , Musas , os d o y , grac ias , A p o l o ! M e r c e d vuestra o p o r t u n a

Es el favor q u e a r r a n c o a la f o r tuna , E l d o n de la victoria es vuestro solo. Q u e ora caiga la noche o luzca el día,

Cintia p o r s i e m p r e es mía.

Glor ioso v e n c e d o r los astros huel lo ; N o hay ya quien de mis brazos la a r r e b a t e ,

Y aun con f í o que acate Cana edad en mi sien lauro tan bel lo .

Elegía ix Dicebam Ubi..

S i e m p r e te d i j e que de a m a r tenías P ó n t i c o des lenguado y atrev ido ; Q u e ya a tus burlas t é r m i n o pondr ías .

- 115 —

M u j e r que a y e r m e r c a r a s e n g r e í d o , H o y de tu l iber tad las r iendas t oma ; H e t e a los pies de la be ldad r e n d i d o !

P u e s no con tanto ac ier to la pa l oma D e los caonios bosques vaticina C ó m o a rebe ldes la bel leza d o m a ;

Dolorosa e x p e r i e n c i a me adoc t r ina ; ¡ A h ! cuanto sé de a m o r d iera de g r a d o P o r s a b e r del a m o r la medic ina .

D i , ¿qué te sirve ahora, d e s d i c h a d o , E n p o e m a erud i t o , en verso g r a v e , H a b e r los m u r o s de Anf ión cantado?

E n mater ia de a m o r más p u e d e y sabe M i m n e r m o humi lde q u e sub l ime H o m e r o ; P l a c e al d ios b lando , en verso , lo suave.

D e j a , pues , alto asunto, m e t r o austero , Y haz cantares de fáci l atavío G r a t o a las damas y al a m o r l i gero ,

¿ Y q u é fuera de ti, q u e r i d o mío , Si desdenes te hiriesen de tu bella? H o y buscas agua en el c o r r i e n t e r í o .

T u ros tro aún la pal idez no sella, A ú n no abrasan tu p e c h o los a r d o r e s Q u e empiezan cautos cual sutil centel la .

P r o n t o de armen ios t igres los f u r o r e s Q u e r r á s p r o b a r , y de firmeza l leno P r o b a r a s del inf ierno los do lores ,

P o r no sent ir e f e c tos del veneno D e agudas flechas de C u p i d o insano Q u e hondas las clava en el h u m i l d e seno.

N u n c a da a m o r en apar ienc ia h u m a n o , Su ala fugaz , sin que , en verdad i m p í o N o s unza al c a r r o v e n c e d o r su mano .

N i un ros t ro te alucine manso y p í o ; Q u e empieza la m u j e r c o n d e s c e n d i e n t e Y es s o b e r b i o después su p o d e r í o .

Y a a m o r nos mina c u a n d o no cons iente M i r a r o t ros distintos embelesos , Pensa>- en o t r o n o m b r e d i f e rente ;

Mas no d i ce « a q u í e s t o y » mientras los hueso N o consuman sus llamas tra ic ioneras ; Teme halagos de a m o r , huye de excesos .

— 116 —

C e d e r los rob les a su iuflujo vieras, Y a su influjo la ro ca c e d e r í a ; ¿ Y tú, á n i m o débi l , resistieras?

E n a m o r a d o que su mal conf ía Hal la en penas de a m o r a lgún consue lo : T ú , venc iendo el p u d o r , la c o b a r d í a , T u e r r o r confiesa y ca lmarás tu due lo .

Elegía xi. Ecquid te mediis....

H o y que en el seno de la h e r m o s a Bayas , Cintia adorada , a tu p lacer resides ; M i e n t r a s m i r a n d o las tendidas playas

Q u e hizo famosas el po tente A l c i d e s , O el c a b o de Miseno , te e m b e b e c e s , ¿Será tal vez que de mi a m o r te olvides?

O aunque de m í tan separada a veces ¿ R e c u e r d a s nuestras noches venturosas , Y fiel a mis a m o r e s p e r m a n e c e s ?

O algún c o m p e t i d o r con engañosas V o c e s te roba , y con falaz halago A mi lira de c u e r d a s amorosas?

¡Oja lá tú p o r el L u c r i n o lago A batel indec iso confiada B o g a r a s con inc ier to r u m b o y vago !

O fueses sin sent ir encadenada P o r o n d a que b u r l a n d o te c iñera , De c i e g o r e m o sin cesar c o r t a d a

A n t e s q u e en verde y p lác ida r i b e r a , De o t r o a m a d o r prestases g r a t o o í d o A la atract iva voz y l i son jera .

T r u é c a s e la m u j e r que a d o r m e c i d o M i r a o ausente al que sus pasos vela, Y da sus j u r a m e n t o s al o lv ido .

M a s ¿esta fama de mi Cintia vuela? ¿ Q u é he visto y o para q u e j a r m e tánt.0? Culpa es de a m o r que entre t e m o r e s cela .

P e r d o n a tú de mi i m p o r t u n o canto E l e c o quere l l o so : los t e m o r e s Q u e e n g e n d r a a m o r , son causa de mi l lanto.

— 117 —

Maternales cuidados veladores N o a mi ternura igualan: viviría Cubierto de dolor sin tus amores.

T ú eres mi patria y la familia mía, T ú mi esperanza, y mi propicia estrella, Manantial de mi gloria y mi alegría.

Si gozo ostento o del pesar la huella, Y mis amigos el motivo inquieren, ¡Siempre respondo a sus preguntas: Ella!

Huyan tus pies cual presurosos fueren, Huyan de aquesas corruptoras playas, Donde la paz y las promesas mueren, ¡Triunfa el amor de la ominosa Bayas!

Elegía XII. Quid mihi desidiae....

¿Porqué me culpas sin cesar, amigo, De ociar en Roma lento y descuidado, Cual del amor en misterioso abrigo?

Cuanto el uno del otro separado, Hipanis su raudal desencadena, Y Erídano soberbio, yo del lado

Disto de la que adoro. Ni serena Y a con tierno mirar el alma mía, N i su voz dulce en mis oídos suena.

Fuile yo grato en venturoso día, Y tal era mi amor, mi fe tan pura, Que a todos en amar ventaja hacía.

Breve la historia fue de mi ventura. ¿Cuál dios le puso fin? ¿cuál hechicera Infames artes en mi ruina apura?

Muy otro soy de lo que entonces era: Muda la ausencia a las mujeres, y hace Que inmenso amor en breve punto muera.

Mi corazón desfallecido yace, Las noches paso solitario en vela, Sólo escucho mi voz, que me desplace.

Feliz aquel que su dolor no cela, Y en la presencia de la que ama, llora, Y el amor con sus lágrimas consuela!

Y feliz el que, al menos, de señora Si se ve desdeñado, mudar puede, Y mudando sus penas aminora!

— 118 —

Q u e l ibre al fin de mis cadenas q u e d e O las cambie p o r otras , e n e m i g o N o y a el hado a mis súplicas c o n c e d e : Cintia! tu a m o r fa l l e ce rá c o n m i g o .

Elegía xiv. Tu licet abjectus,..,

Cuando a orillas del T í b e r M u e l l e m e n t e reposas, T a l vez de néc tar lesbio A p u r a s áureas copas ;

Y barcas mil c ontemplas , Y a las más voladoras Deslizarse, y sub iendo T r a b a j a d a s las otras ;

Y el monte q u e de ve rdes Bosca jes se co rona , Cuales g i m i e n d o el alta Caucásea c u m b r e agob ian :

Mas del a m o r al lado Q u é vale lo que gozas? Riquezas m e n o s p r e c i a A m o r , envuel to en s o m b r a .

Oh T u l o ! el fausto día , L a n o c h e venturosa Q u e con mi Cintia paso E n j u e g o s y victorias,

B a j o mi t e c h o rueda P a c t ó l o en áureas olas, Y c o j o cuantas perlas L o s mares atesoran;

Y r í n d e n m e los r e y e s Sus c e t r o s y c o r o n a s ! . O h , d u r a d mientras viva, D u r a d fe l i ces horas !

Si A m o r se está c e ñ u d o , L o s d ineros qué i m p o r t a n ? N a d a , sin los auspic ios Y o de la c ipr ia diosa>

A n h e l o ; de los héroes El la los p e c h o s d o m a , Y sus saetas bur lan L a s aceradas cotas .

Ni regio umbral la ataja, Ni columnas marmóreas; Penetra, y en el lecho Que en púrpura se adorna,

Al joven infelice Agita y acongoja; Y plumas ni brocados Sosiegan la zozobra.

Goce yo sus sonrisas Y las riquezas todas Rechazaré de Alcínoo; Y oro y poder y glorias!

Elegía xv. Saepe ego multa tuae.

Siempre de tu inconstancia me temía Muestras amargas; pero nunca pude Imaginarme tanta alevosía.

Ves el peligro que a turbarme acude, V e s mi temor; y no será por ello Que el color de tu rostro se demude.

Tranquila te aderezas el cabello Y te desvelas porque más se ostente El rostro tuyo peregrino y bello.

Ornase el pecho en perlas de Oriente, Y así, en fin, te dispones, cual pudiera Para sus bodas la beldad riente.

N o fue, Cintia cruel, en tal manera Como dei Itacense la partida Calipso vio, de Ojijia en la ribera,

Allí, la cabellera desparcida Maldijo al mar, y en su dolor agudo Días y noches yogo fallecida.

Y si esperanzas fomentar no pudo Saboreaba de su bien perdido Y sus amores el recuerdo mudo.

V e n g ó la muerte de su infiel marido Alfesibea, y de la sangre el santo Vínculo fue por el amor rompido.

Hipsípile en su alcázar, entretanto Que confiaba al céfiro sonante Jason sus velas, inexhausto llanto

— 120 —

D e r r a m a b a : de e n t o n c e en adelante N o h u b o o t r o a m o r : su vida consumía , L a pérd ida l l orando de su amante .

L a casta Evadne en el f u n é r e o día Q u e vio abrasado al infel ice esposo , Se a r r o j ó audaz sobre la l lama impía .

Y de tales e j e m p l o s p o d e r o s o N i n g u n o ha sido a h a c e r que desearas Cintia, tu n o m b r e dilatar famoso !

A renovar p e r j u r i o s te p r e p a r a s , T e m e e n c e n d e r el rayo o m n i p o t e n t e ; ¡ N o violes más las o f end idas a r a s ! . . . .

A n t e s será que p r i m a v e r a ostente Must ia la sien, 3' el resonante r í o M e t a en el ponto sin r u m o r la f r e n t e ,

Q u e del e n a m o r a d o p e c h o mío V u e l e la i m a g e n h e c h i c e r a tuya , R o b a d o r a tenaz de mi a lbedr í o ,

A n t e s que a mi qu ie tud me rest i tuya Ni o lvidar p u e d a tus o jue los bellos, P o r más que engaños su terneza a r g u y a .

T ú me j u r a b a s , pérf ida, p o r ellos P i d i e n d o al c ie lo que si a ser p e r j u r a L legases , se apagaran sus destel los.

Y ora el sol tornas a m i r a r s e g u r a Y no a inspirarte pál idos t e m o r e s El r e c u e r d o es capaz de tu impostura .

Quién te ob l i gaba d í m e , los c o l o res De l s emblante a m u d a r , l á g r i m a presta De tus o j os r o d a n d o engañadores?

T o d a la causa de mi mal es ésta. Y o d i ré e s c a r m e n t a d o a los que s ienten Cual y o , el i m p e r i o de pasión funesta : T e m e d halagos! las m u j e r e s mienten !

Elegía xvii.

Et mérito quoniam....

(Imitacióli del estilo de Fernando de Herrera).

P u e s fui osado á d e j a r mi bella aurora, , B ien es q u e ansí en c on fuso e r r o r n a v e g u e Y al des ier to .a l c ión invoque ahora , . :

— 121 —

Y que en el orbe etéreo su luz niegue El astro que la nave adiestra al puerto; Y a la playa, do va mi voz, no llegue.

Mira, Cintia, y atiende cómo cierto T e venga el austro, y cuál la flaca antena Abate embravecido sin concierto!

Quién ya de oscura tornará en serena La onda, antes que arroje el cuerpo inerte A do yaga olvidado en triste arena?

T ú en manso afecto el gran rigor convierte, Sosiégame del ponto los enojos Que amenaza entre nublos impia muerte.

¿O sustentaras con enjutos ojos Del fiel amador tuyo el caso fiero N o pudiendo aun dar honra a sus despojos?

Erró en daño común el que primero, Sin rendirse al temor de adverso hado Sulcó el mar bravo en leño aventurero.

Culpado error! Mas si a sufrir de grado Mi bella desdeñosa, me avezara, No tal me viera en infelice estado;

Ni entre sombrosas ínsulas vagara Perdido, ni en la esfera buscaría La estrella al navegante leda y cara.

Oh! si allá fuese mi funéreo día, Y anunciase sin voz marmórea losa El fin de la cuitada pena mía;

Ella su apuesta trenza y abundosa M e ofrendara con tierno sentimiento, Y mis huesos pusiera en blanda rosa;

Y con voz fallecida diera al viento Mi nombre, y conjurara a la alma tierra Que me hospedase en grato acogimiento.

Vos , ninfas, que el profundo golfo encierra O divinas Nereides! Con presura Venid al que en las ondas ciego yerra.

Si amor a vuestra húmida hondura Bajar cuidó tal vez de su alta cumbre, Aura al lino inspirad benigna y pura, Pues compañero os soy de servidumbre.

•- 122 —

Elegía XVIII.

Haec certé deserta loca ...

Silencio y soledad! cuan anchamente Se extiende el bosque, taciturno calla: Céfiro sólo suspirar se siente!

Si ya mi amor contra perfidias halla Sólo entre rocas favorable puerto, Rompe, oh dolor, y con lamento estalla!

Cintia cruel! A señalar no acierto Dó tu desdén empieza y tiranía, Y este raudal que de mis ojos vierto.

Y o sólo sé que se me dijo un día Entre amadores amador felice, Y hoy marca llevo de exclusión impía!

Porqué tantos rigores? qué te hice? T e m e s que a otra cediendo victoriosa, De mi pecho tu imagen se deslice?

Niegúeme el cielo que jamás mi esposa Seas, si alguna vez en mis umbrales Sentó otra dama la sandalia hermosa!

Venganza quieren menosprecios tales; Mas no el enojo me enajena tanto, Que insano fuera a completar mis males,

Provocando tus iras o con llanto Haciendo se enturbiasen tus ojuelos Que mi tormento son, y dulce encanto.

O fueron causa a tus injustos celos Turbados de mi rostro los colores? Mi amor testificad y mis desvelos,

Arboles todos, suspirando amores, Haya, abundosa de suave arrimo, Pino agradable al dios de los pastores!

Cintia! en vosotros, árboles, imprimo; Cintia! suenan los ecos acordados De vuestras sombras, donde lloro y gimo..

O Cintia! qué de penas y cuidados T u desdén me ocasiona, solamente A tu umbral silencioso encomendados!

Con labio mudo y con humilde frente Sufrir he usado tu altivez; parlero Nunca brotó el dolor que el alma siente.

— 123 —

Sólo tal vez por áspero sendero, V o y a los huecos del peñasco frío, V o y a las playas del torrente fiero,

Y a g o aquí en paz inquieta y desvarío, Y a la agreste paloma arrulladora. T u rigor, Cintia, y mi dolor confío.

Por más que oprimas al que fiel te adora, Triste tu nombre a mis acentos vuelva Eco que en estas cavidades mora; T u nombre cubra de dolor la selva!

Elegía xix.

Non ego nunc, tristes....

N o es, nó, la muerte lo que amando temo; N i me conturban, Cintia idolatrada, L a pira ardiente y el dolor supremo.

T e m o que del olvido la oleada Anegue mis cenizas; y delante De temor tanto, los demás son nada.

N o es tan frágil mi amor que en el instante Que yo muera, se apague: mi ceniza Verás bullir y palpitar amante.

Protesilao sombra olvidadiza N o fue, bajando a l a región medrosa; Veloz de allá su sombra se desliza,

Y del amor antiguo deseosa, Vuelve impalpable a la región primera, Y al seno fiel de la atractiva esposa.

Así habrán de seguirme, comoquiera Que exista yo, tus gracias peregrinas; Salva A m o r , de Aqueronte, la ribera!

Allá veré los corros de heroínas, Y cuanta al griego candida doncella, T r o y a rindió entre llamas y ruinas.

Ninguna, empero, como Cintia bella Será a mis ojos, ni a mi pecho cara: Gracias por tanto a mi inmutable estrella.

Que si sobrevivirte me tocara E n la rugosa senectud y fría, N o tu ceniza llantos mendigara.

— 124 -

Si tú hubieras así de a m a r la mía Q u é agradab le v in iérame la m u e r t e E n cua lqu ier l echo , y en cua lqu iera dial

T e m o , oh do lor ! q u e a lgún rival más f u e r t e Q u e tus r e c u e r d o s , te pers iga , y p u e d a A l fin, de mi s e p u l c r o r e t r a e r t e ;

Y e n j u g a d a la l á g r i m a que r u e d a H i j a del corazón , p o r tu s e m b l a n t e , A l fin tu p e c h o a sus halagos ceda .

Q u é hacer? es f rági l la m e j o r amante P e r o entre tanto , a m é m o n o s : la v ida A los o j o s de A m o r es b r e v e instante ; A m o r a aprovechar l o nos conv ida .

Elegía xx. Tu qui consottem

T ú que del sitio h o r r e n d o D e Perusa sal iendo . H e r i d o h u y e s la m u e r t e Q u e a m í me c u p o en s u e r t e ,

P o r q u é hacia todos lados Revuelves espantados L o s o j o s y sangr ientos A l o í r mis lamentos?

Y o p o r el e n e m i g o V e n c i d o fui c on t igo ; Vuelve a a legrar al padre Y a la l lorosa m a d r e .

M i p o b r e h e r m a n a en tanto D e s c u b r a p o r tu llanto Q u e eterna es ay ! mi ausencia. H a b i e n d o la inc l emenc ia

Del e n e m i g o a c e r o Ev i tado l i g e r o V i n e a m o r i r a manos D e t ra idores villanos.

T ú , si en los montes estos T r i s t e s h u m a n o s restos E n c o n t r a r e s p o r suer te , Q u e son de Galo adv ie r te .

Noviembre: 1865.

— 125 —

LIBRO SEGUNDO

Elegía ii.

Lifier eram, et cacuunt.

L i b r e fui un t i e m p o , y p r o m e t e r m e p u d e , M í s e r o engaño de veloces días, V i v i r p o r s i e m p r e en l ibertad segura . . . . A m o r sus flechas aguzando estaba! V u e l v e la edad en que bellezas tales Nazcan las t ierras a habi tar? Discu lpo , Júpi ter , tus ant iguos extrav íos , V e d esa rubia cabel lera , ondosa , V e d los perfi les de la b lanca mano , Y ese talle gent i l que envidiar ía L a reina del O l i m p o ! As í a p a r e c e Palas , c u a n d o a las aras se adelanta D e Dul iqu io , y en la ég ida , radiante De s ierpes mil , c on majestad se escuda . A s í h e c h i c e r a se most ró la v i rgen Q u e los centauros , del fest ín , instando B a c o y a m o r , a r rebatar quis ieron ; Y así orillas del lago t ransparente A l r u e g o de M e r c u r i o . P r o s e r p i n a L a s pr imic ias r ind ió de sus favores . V o s o t r a s , diosas que en la c u m b r e ¡dalia E m u l a s depusisteis ante el f r i g i o P a s t o r las rozagantes vest iduras , C e d e d el t r iunfo , mi de idad os vence . Y tú, ve jez , si es dable (as í los años Cuente de la c u m e a pro fet isa ! ) P o r vez p r i m e r a a la be ldad p e r d o n a .

Elegía ni.

Qui ntillam Ubi dicebas.

T ú que ya invulnerable te cre ías , Caíste al fin, y d e s m a y ó tu al iento ! L levas un m e s de calma y poesías.

V u e l v e a inspirarte a m o r con su t o r m e n t o ; Y o t r o l i b ro , ende , escr ibes , que dec lare T u pasión lamentab le y r e n d i m i e n t o .

Quise saber si es d a d o que se e n m a r e Gustoso el jabal í , q u e d e g e n e r e E l pez, y de las ondas se s epare ;

— 126 —

Quise saber si es dado persevere Y o en austeros estudios . . . oh locura! Treguas hace el amor, más nunca muere!

Ni es tanto lo que adoro su hermosura Su faz cual lirio virginal preciosa, Cual tinta en bermellón la nieve pura;

O cual candida leche en que rebosa Diáfano cristal, do sobrenada Hoja temblante de purpúrea rosa;

No sobre el hombro ebúrneo deslazada Su cabellera, no sus ojos, guía De mi infelice vida y agitada.

N o aquesas vestes que la Arabia envía Son lo que vale y me enajena tanto: Ni es tan contentadiza el alma mía.

Su gracia me enamora y dulce encanto; Su garbo en el danzar, cuando semeja Que Ariadna un coro dirigiese; el canto

Que el vulgo de cantoras atrás deja; Su continente, el arte peregrina, Con que la eolia cítara maneja;

Sus escritos que hubieran a Corina Afrentado; sus versos, con los cuales N o compitiera la famosa Erina.

Cintia! sin duda amor en tus natales Riyó, augurando tu feliz fortuna; T u s dotes son presentes divinales.

Nó , no a la madre que meció tu cuna Tanta belleza y donosura y gala Debes, no a aquel que te enjendró. Ninguna

De las hijas de Roma a ti se iguala; Sola y única eres: para esposa Júpiter j'a sin duda te señala.

Mujer naciste, mas pareces diosa, Y lo serás: Helena la primera, T ú eres del mundo la segunda hermosa.

Y admiraremos que abrasada muera Por ti la juventud, cuando podrías Haber hecho también que T r o y a ardiera?

Maravillóme en los pasados días Que tan sólo una joven espartana Origen fuese a tantas demasías;

— 127 —

Y que hubiesen por ella en la troyana Arena largamente batallado Asia y Europa con crueza insana.

Que hicisteis bien, ya en fin me persuado T ú , Menelao, en requerir tu bella, T ú en retenerla, París porfiado

Bien justo fue que Príamo por ella, Que aún Aquiles su sangre derramase: Fue bien fundada la fatal querella.

Pintor ganoso de que a todos pase T u nombre! a la beldad que me enamora T o m a en modelo tú. Para que rabrase

Al mundo amor, su imagen vencedora A l confín apartado se presente De Occidente, y al reino de la aurora, Y la aurora arderá y el occidente!

Elegía V .

Y a de tu infidelidad Óyelo, mujer ingrata, Más cada vez se dilata El rumor por la ciudad.

Y es este el premio que tanto M e prometiste? Si el viento Se llevó tu juramento, Llévese también mi canto.

Y o entre tanta fementida Fácil alguna hallaré; Que no es poca dicha a fe Ser del mundo conocida.

Y tú con inútil llanto Sola te hallarás sin mí; Que te amé, que te serví T a n largos años, y tanto!

Cólera inspira el dolor. Tiempo es este de romper; Que si amainare, volver Puede furtivo el amor.

Ni te habrás de libertar Si al punto no te libertas: Las olas vagas, inciertas Que se' elevan en el mar,

— 128 —

L a s nubécu las e r rantes A l soplo del A q u i l ó n , M e n o s veleidosas son Q u e en sus iras los amantes .

R o m p e ! si tu so ledad L l o r a s la n o c h e p r i m e r a , Y a te la harán l levadera E l t i e m p o y la l iber tad .

O h Cintia! al pie del altar T e c o n j u r o de L u c i n a , Q u e insensata tu ru ina N o te e m p e ñ e s en l a b r a r .

N o sólo el novil lo embiste C o n d u c i d o al m a t a d e r o : Hasta el h u m i l d e c o r d e r o E n h i r iéndo le , resiste.

N i pienses que y o , p e r j u r a , R o m p a tus puertas , te h iera , T e a r r a n q u e la cabe l lera , Y r a s g u e t u vest idura.

Quédese eso para qu ien , Rús t i c o amante y vu lgar , N o haya p o d i d o a d o r n a r Con docta h iedra la s ien.

V e n g á r a m e un verso solo: Cintia entie bellezas mil Bella, y. cuanto bella vil D u r a lo que. a p r u e b a A p o l o .

Cintia! aunque a fec tes t ener E n nonada el q u é d irán Esas pa labras te harán T u r b a r t e y pa l idecer !

Noviembre, 1865.

Elegía viii. Eripitur novis

Me arrancan mi be ldad , oh d u r a s u e r t e ! Y tú , a m i g o , l lorar védasme austero? R o m p i m i e n t o en a m o r rabia es de m u e r t e ; M a t a d m e de una vez que eso pre f iero .

— 129 —

V e r rotes de mi d i cha ant iguos lazos, O í r de o t r o l lamar la que era mía, M i r a r a la que amé de o t r o en los b r a z o s . . . . Y t ranqui lo mi p e c h o callaría?

U n a vez venc imiento , o t ra victor ia : T a l g i ra instable del a m o r la r u e d a ; Cae c o m o el a m o r todo en la historia: T e b a s no existe , de I l ion q u é queda?

Q u é versos no la hice? Cuántos dones , Q u é muestras no la di de a m o r s incero? S u f r í de ella y su casa humil lac iones , Y , ah dura ! a lguna vez d i j o : « T e q u i e r o » ?

A sus pies la c rue l m e vio cont ino , Y hora insulta mi a m o r , r íe mis daños! N a d a espero , mor i r es mi d e s t i n o . . . . Muere, P r o p e r c i o , en tus floridos años!

Muere, sí, muere: la s o b e r b i a amante D e tu m í s e r o fin saque ufanía ; Búr lese de tus manes a r r o g a n t e . Hue l l e tus restos c on su planta impía !

Qué? no supo mor i r H e m ó n tebano A l ver sin vida a A n t í g o n e ? su p e c h o N o hend ió valiente con su prop ia mano? N o hizo para a m b o s de la t u m b a un lecho?

T ú , ingrata , es justo , .has de m o r i r c o n m i g o ; D e a m b o s la sangre ve r t e rá mi espada. Q u e en eso hay deshonor? M o r i r á s , d igo , Y mi mano p o r ti q u e d e a f rentada !

T a m b i é n , r obada al ver su linda esclava C o l g ó A q u i l e s las armas en su t ienda, E impasible en el c a m p o c o n t e m p l a b a D e H é c t o r la l lama dilatarse h o r r e n d a ;

E impasible a Pat ro c l o vio p o r t ierra M a n c h a d o en polvo vil, si antes b izarro . V u e l t a la esclava al fin, torna a la g u e r r a , Y f iero, a H é c t o r venc ido ata a su c a r r o .

S u f r i ó Aqu i l e s de a m o r el d a r d o a g u d o . E s temib le el a m o r sin esperanza! Contra él qué haré si nada un hér Je pudo? Y a a m o r me arrastra a e j e c u t a r venganza!

M. A . Caro—Traducciones—í

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DESPECHO

Elegía ix. Iste quod est..

L o que ése, a quien hoy premias , 3 tO era un día ; O t r o vendrá después. P o r largos años D e s t e j i e n d o r t e j i e n d o , n o c h e y día , P e n é l o p e escudóse con engaños : Ella, que torne Ulises, no conf ía . N i p o d e r de la edad c u r a r los daños ; Mas , a culpa aun venial, en sola estanza, P r e f i e r e e n v e j e c e r sin esperanza.

Cuando Aqu i l e s dob ló mustia la f r e n t e , Br ise ida le acudió., su amante esclava; A u s e n t e el g e n i t o r . T e t i s ausente , Ella en el S ímois sus her idas lava, Y en el seno leal g u a r d a do l iente L a s cenizas del héroe a quien amaba . Salve Grec ia , feliz con h i jas , ta les ! E l p u d o r habitaba aún los reales.

P e r o tú, infiel a tu a m a d o r ferv iente , Caes en un instante; i n g r a t a ! i m p í a ! Asististe al festín c o n d e s c e n d i e n t e Y br indaste con fácil a legr ía ; Quizás allí, n e g á n d o m e , i m p u d e n t e . T u boca de mi n o m b r e mofa hac ía ; Y al que d e j ó tu casa en hora tr iste , Con halagüeño ros tro sonre is te .

G o z a la reconquis ta vil que has h e c h o ! P a r a esto y o r ogaba al cielo santo, Cuando , agob iado de do lor tu p e c h o , Y a te aguardaba el re ino del espanto . Y amigos fieles c e r c a de tu l e cho V e l á b a m o s ver t iendo a c e r b o l lanto! E n el t rance cruel, viste, t ra idora , A ése a quien das tu corazón ahora?

¿Qué fuera ya, si de país l e jano L a vuelta r e t a r d a d o hubiese lento , O m e clavase en m e d i o al o céano L ú g u b r e ausencia de prop i c i o viento? S i e m p r e armada te hallara de t i rano Desdén o de ingenioso fingimiento. Sois varias del a m o r en los altares A u n más que ho ja en el bosque , ola en los mares !

— 131 —

Mas pues ella lo manda, ella lo q u i e r e , C e d o , y mi r u m b o solitario s igo . V o s o t r o s , c ondo l idos de quien m u e r e , A c e l e r a d , A m o r e s , el cast igo : A g u z a d más el d a r d o que me h iere , H i n c a d l o todo , y acabad c o n m i g o ; H a b e d en mí vuestra m e j o r v ictor ia , M i d e s p o j o llevad en vuestra g lor ia !

Mas antes atest igua, noche os cura , T a m b i é n lo sabes, matutina estrel la, Y tú, u m b r a l m u d o , ab ier to a mi ventura , Q u e nada amé j a m á s cual la amé a ella. A m ó l a aún en mi f ebr i l l o c u r a ! P e r o mi a f e c t o en su r i g o r se estrella; O t r o s a m o r e s cult ivar no qu ie ro . Y g e m i r solo, hasta e x p i r a r , pre f i ero .

O h , si place a los dioses soberanos P r e m i a r mi fe constante , el p r e m i o sea Que él, al mirar mi j o y a entre sus manos . T o r n a r s e en hielo sus ardores vea! O cual l idiaron p r í n c i p e s tebanos A n t e la m a d r e en funeral pe lea . C o m b a t a yo con él, ella p r e s e n t e : Mataré a i rado , o m o r i r é valiente!

Elegía xi. Scribant de te alii

Q u e otros canten tus prendas , Cintia mía , O pases sin aplauso entre la g e n t e . Q u é más te da? Quién te c e l e b r e , fía A estéril roca mísera s imiente .

Cintia noble y hermosa ! T o d o , todo la M u e r t e en su c o r r i e n t e A r r a s t r a y mezcla en la p r o f u n d a fosa, Y nada queda , n a d a !

T e hol lará e¡ pasa jero ind i f e rente Y no dirá do l iente : « F u e este polvo m u j e r maravillosa ! »

Elegía XII. Quicunque Ule fuit

Pintar a A m o r de niño en apariencia , N o fue o c u r r e n c i a H a r t o feliz ?

— 132 —

Quien la tuvo, mi ró a los amadores A n d a r sin seso, a caza de do lores , V í c t i m a s de un c a p r i c h o pueril.

Y le añadió , no baladíes galas, A m b a s las alas; P a r a que así

E n el alma revue le : los amantes . J u g u e t e s de las auras vacilantes, F l u c t ú a n de onda en onda en ondas mil .

Y d e m á s de esto, púsole en la mano , T a m p o c o en vano, F l e c h a sutil.

Y al h o m b r o le c o l g ó la r i ca al jaba; Q u e él, sin dar t i e m p o a que uno se precava , T i r o s asesta, con que mata al fin.

A m o r en m í capr i chos tales muestra , Su a r m a d a diestra Muest ra también .

M a s para m í sus alas qué se han hecho? N i un instante se aparta de mi p e c h o , Saetas s i e m p r e e n s a n g r e n t a n d o en él.

Con que en un alma al cabo devorada , Mansión te agrada , B á r b a r o , hacer?

A l e j a , a l e j a p o r p u d o r s iquiera : R o b u s t o s pechos tu venganza h i e r a . . . N o y o , mi s o m b r a , lo que azotas es!

Teme esta s o m b r a r e m a t a r , aleve: Mi musa leve Será tu prez ,

P u e s de una bella canta y eterniza, L o s negros o jos , cabel lera riza, Y el muelle andar de sus m e n u d o s pies.

Elegía x x .

Quid fies, abducta,

A qué esa que ja a g u d a Cual no la exhalar ía R o b a d a H i p o d a m í a N i A n d r ó m a c a viuda? A qué con ira loca P o r q u e a vengar te acuda , T u labio al cielo invoca Y al m í o aleve llama?

N o tan triste d e r r a m a El ru iseñor su canto Bajo el n o c t u r n o manto Desde la hojosa rama : Con lágr imas no l lora N i o b e tan pro l i jas L a suerte de sus hi jas. Mis brazos en b u e n h o r a Ciñese f é r r e o anillo; De Dánae m e e n c e r r a r a U n dios en el castillo; Y p o r ti suspirara . Mi a m o r me h ic iera f u e r t e ; R o m p i e r a el d u r o h i e r r o Bur lara el h o n d o e n c i e r r o , V o l a r a , Cintia, a ver te . R u m o r e s atrevidos Q u e tu c o n d u c t a h i e ren , L l e g a n a mis o ídos , Y en mis o ídos m u e r e n . Justo es que así te e s cudes , Y de mi fe no dudes . So l emne j u r a m e n t o H a g o sobre la huesa D e mis padres (si miento De e n t r a m b o s , e n e m i g a L a s o m b r a me p e r s i g a ) : J u r a m e n t o y p r o m e s a S o l e m n e h a g o de serte F ie l hasta el pos t re r d ía ; L a hora de tu m u e r t e S e r á también la mía .

Si de tu ros tro be l lo Y o el r e c u e r d o p e r d i e r a , Del y u g o b lando y p í o T u y o , que adoro , el cuel lo N u n c a soltar pud iera , Siete veces Diana C o m p l e t ó su c a r r e r a Desque tu n o m b r e al m í o Púb l i ca voz h e r m a n a

Q u é de veces abierta N o me ha sido tn puer ta? Q u é de veces tu m a n o N o m e b r i n d ó co lmada Su copa de p laceres P o r o tros mil en vano P e d i d a , y cod ic iada?

— 134 —

T ú mis t iernos amores A d ineros pref ieres ; P u e s c ó m o , Cintia, qu ieres Q u e olvide esos favores?

P r i m e r o me c o n d e n e E n severo ju i c i o E a c o ; y desenfrene M e g e r a en m í sus sañas, Y un bu i t re , c o m o a T i c i o M e roa las entrañas; O cual Sísifo g i m a , Con el r isco t r e m e n d o T r e p a n d o a la alta c ima! N o más, Cintia, a tu amante A b r u m e s , e s c r ib i endo Quere l las last imeras: V i v e , vive segura ! Y o no a m o a la ventura , Y c u a n d o a m o , es de veras.

Elegía xxix. Heiterna, mea lux.

A n d a n d o la o tra noche a la ventura , T r a s t o r n a d a la m e n t e con el vino, Solo y e r rante entre la s o m b r a oscura ,

R a p a c e s me sal ieron al camino Q u e y o contara , si a d e j a r la cuenta N o el t e m o r me obl igase repent ino .

A l j a b a aqueste sonorosa ostenta, A n t o r c h a aquél de vacilante l lama, A u d a z esotro e n c a d e n a r m e intenta,

D e s n u d o s todos . « L e a taremos , » c lama E l más audaz; « p u e s , f e m e n t i d o amante , « C ó l e r a justa de inocente dama

« L e pone en nuestras m a n o s » . . Y al instante Con una soga el cuel lo me rodea . « E n m e d i o de nosotros se ade lante , »

O t r o g r i taba « C o n f u n d i d o sea .» « E l que en su insensatez» a lguno d i ce , « Q u e dioses somos desprec iab les c r e a !

« N o sé de qué p laceres se desl ice « E n pos tu p ie : velando, tu l legada « H o r a tras hora aguarda la infe l i ce ,

— 135 —

« Q u e , la veste p u r p ú r e a desatada, « A gozar , insensato! te dar ía « L a dulce languidez de su mirada ,

« Y , s obre aquellas que la A r a b i a envía « E n v i d i a b l e y prec iosa , la f raganc ia « Q u e a m o r en senos de alabastro c r í a . »

O t r o diz: « P e r d o n é m o s l e : constancia « N o s p r o m e t e de h o y más: a los umbra les « T o c a m o s ya de la d ichosa estancia.»

Y h u y e n , vo lv iendo con palabras tales A mis h o m b r o s la túnica : « V é ahora, « Y , cuenta si o tra vez de n o c h e sales!»

Bri l laba ya la r u b i c u n d a A u r o r a , Y quise ver si a mi adorada estrel la Sola hallaría, e n t r á n d o m e a deshora .

A h ! sola estaba, y más que nunca bella. N o se mostrara con hechizo tanto Si a V e s t a fuese con cal lada huella,

Cual otras veces , y en p u r p u r e o manto A inqu i r i r si e n c e r r a b a desventura A l g ú n ensueño que le d iera espanto .

Tanto a mis o j os d e s l u m b r a n t e y pura Se m o s t r ó al d e s p e r t a r ! Sin atavío Tanto encanta y s u b y u g a la h e r m o s u r a !

« Q u é aqu í te t rae , i n d a g a d o r t a r d í o , » D i c e « d e tu inocente c o m p a ñ e r a ? « ¿P iensas que es c o m o el t u y o el a m o r mío?

« B á s t a m e un solo amante , o tú , o cua lquiera « Q u e a ser más fiel y g e n e r o s o ac ier te : « N o tan fáci l m e j u z g u e s o l igera .

« R e p a r a si en mi l e cho , si p o r suerte « E n mi resp i rac ión , en mi semblante , «Señal a lguna mi inconstanc ia adv ier te . »

D i c e , y obsequ ios de mi labio amante R e c h a z a , el pie a p o y a n d o con p r e s u r a E n la b r e v e sandalia. E n adelante N o c h e n inguna ob tuve de ventura .

— 136 —

LIBRO III

Elegía i.

Callimachi manes.

Oh manes de Ca l imaco divino! O h s o m b r a de Fi le tas !

Grata acog ida en vuestro bosque d a d m e , Clarís imos poetas .

Y o sacerdote de e x t r a n j e r a Musa Q u i e r o a la patr ia mía

P u r a s t raer las regaladas notas D e la g r i e g a e leg ía .

E n cuál antro , d e c i d m e , mi lagroso , Se ensayó vuestro acento?

D ó asentasteis el pie? qué fuente el labio Os r e f r e s c ó sediento?

Q u é a mí , sagradas s o m b r a s , con la g u e r r a , Q u e versos p ide graves?

F l u y a n los míos , de mi b o c a f luyan L i g e r o s y suaves,

Cuales me conc i l iaron los honores D e r e m o n t a d a fama,

Y caric ias de Musa victoriosa Q u e a su c a r r o me l lama:

A r r á s t r a n l e co r ce l es laureados , Y fác i les amores

E n to rno vuelan, y sus ruedas s igue T u r b a de imi tadores .

Mas, oh atrevidos émulos ! en vano So l tando larga r ienda ,

E n t r a r pensáis al t e m p l o de mi M u s a ; Q u e harto angosta es la senda.

R o m a ! vates h a b r á que tus anales E n verso alt i locuente

Desvuelvan, s iendo l ímite a tus g lor ias E l rosado O r i e n t e .

Mas y o el único soy que al He l i c ona P o r s e n d e r o c e r r a d o

V a a conquistarte páginas que leas E x e n t a de cu idado .

— 137 —

Musas ! aperc ib id para mi f rente E n t r e m e z c l a d a s flores:

N o asientan duros lauros al que solo Canta b landos amores .

E n h o r a b u e n a n i e g ú e m e la envidia L o o r que con usura

H a de vo lverme , mi ceniza h o n r a n d o , G e n e r a c i ó n fu tura .

T o d o desaparece con el t i e m p o ; Mas la g l o r ia se a g r a n d a :

C r e c e el n o m b r e que sale de una t u m b a , Y entre las gentes anda .

D o n d e no, de las t o r res que h u n d i ó aleve Caballo de m a d e r a ,

D e los r íos que a A q u i l e s p e r s i g u i e r o n , Quién la historia supiera?

¿Quién la g lor ia del Ida , que de Jove R o d a r vio la áurea cuna?

D e H é c t o r , atado al fin al g r i e g o c a r r o , Quién la varia f o r tuna?

T ú , D e í f o b o , y tú , P o l i d a m a n t e , Y a c i e r a i s en o lv ido ;

O h Par i s ! Con tu patr ia f e n e c i e r a T u n o m b r e ma ldec ido .

N a d i e hablar ía de I l i o n , dos veces T o m a d o p o r A l c i d e s ,

M a s c r e c e H o m e r o , y del cantor al lado L o s v ie jos adal ides!

R o m a d irá mi n o m b r e a las edades C o m o blasón lat ino;

Y hará luc i r s obre mi huesa e ternos L o s días que adivino.

Y pues mis votos f avorece A p o l o , Mi n o m b r e alas se viste:

P o c o me i m p o r t a que g r a b a d o d u r e E n m o n u m e n t o tr iste .

V o l v a m o s , Musa, a nuestra esfera entanto ; Y la q u e r i d a mía

A la cadenc ia a c o s t u m b r a d a , o í d o F á c i l pres te , y sonr ía .

Elegía II.

Orphea ditinuisse

O r f e o los leones con su a c e n t o D o m ó en los bosques h ó r r i d o s y oscuros , Y de r íos detuvo el m o v i m i e n t o :

A n f i ó n arrastró peñascos duros , Q u e de suyo se alzaban sin reposo D e T e b a s a f o r m a r los altos muros ;

Y P o l i f e m o en Etna cavernoso Cantaba , y a su canto Galatea P a r ó el h ú m i d o c a r r o impetuoso .

Q u é m u c h o q u e mis cantos (pues f ebea Insp i rac ión me e n c i e n d e ) e n a m o r a d a T u r b a de niñas con p l a c e r los lea?**

Si t e c h u m b r e no t e n g o en mi morada , Q u e visos dé con el marfil y el o r o , E n c o l u m n a s m a r m ó r e a s sustentada,

N i de A l c i n ó en mis huertos el tesoro , N i g r u t a s de r e c r e o , a c u y o a b r i g o Bulla cont inuo manantial sonoro ;

T e n g o divina inspirac ión c o n m i g o , Y en sacras danzas los a legres días C o n s u m i e n d o , a Cal íope fa t igo .

Dichosa aquel la que en las obras mías V i v i e r e ! M o n u m e n t o s inmorta les Serán de su be ldad mis e legías .

L a s soberb ias p i rámides reales, L o s del t e m p l o de Ol impia , artesonados A l ta chonado firmamento iguales,

Y de m u r o s ceñ ida f o r t u n a d o s , D e Mauso lo la r ica sepul tura , S u c u m b i r á n al g o l p e de los h a d o s ! . . . .

N o e m p e r o así p a r e c e la h e r m o s u r a Q u e en noble verso c e l e b r ó el poeta ; E l nob le verso de la m u e r t e o s c u r a L a salvará, que el t i e m p o la respeta !

— 139 —

Elegía ni.

Visus eram molli

Soñé que r e c o s t a d o B a j o las s o m b r a s de H e l i c ó n s a g r a d o A l ru ido s o r d o de la aonia fuente ,

A l b a , tu hero ica historia P e n s a b a , y de tus r e y e s la m e m o r i a , Con p l e c t r o débil ensalzar d e m e n t e .

Pensaba en mi ufanía D e las ondas b e b e r en d o n d e el sabio P a d r e de la r o m a n a poesía L a sed t e m p l a b a del divino labio, C u a n d o cantó de H o r a c i o la v i c tor ia ;

L o s Cur ios ; la alta nave D e Pau lo Emil io , de despo j os g r a v e ; L a victoriosa lent i tud de F a b i o ;

O el es trago d e Canas; L o s númenes , p o r fin de las romanas , R e g i o n e s blandas al r o g a r f e rv iente ; Del conf ín de la Italia a r m i p o t e n t e

A n í b a l expe l ido , Y l i ber tado el capito l io santo D e ánsares ve ladores al g razn ido .

I m p r o v i s o me m i r a D e s d e un laurel del antro mister ioso , F e b o , a p o y a d o en la d o r a d a lira,

Y , « A d o n d e el estravío P r o p e r c i o , d i c e , te a r rebata , a d o n d e ?

G u a r d a ! que de ese r ío N i a ti b e b e r las aguas c o r r e s p o n d e , N i del h e r o i c o verso n u m e r o s o N o m b r e esperar q u e en las edades viva.

Con fác i l , fugit iva R u e d a atraviesa el florecido p r a d o , Si qu i e res q u e cont ino r e g i s t r a d o P o r la be ldad tu l i b ro , c u a n d o vele A un amante esperando , la consue le .

N o c a r g a a b r u m a d o r a t í p r e p a r e s : R e m a de un lado y o t r o , tal que vaya L a costanera navecil la tuya R a y e n d o s i e m p r e la nativa p laya , N o si la engo l fas en los altos m a r e s B r a m a d o r h u r a c á n te la d e s t r u y a . »

— 140 —

Dice y al p u n t o con la lira de o r o Señala el antro del castalio c o ro , A do me g u í a p o r secre ta ruta , E n el musgo vivaz rec ién trazada:

V e r d e era y f resca g r u t a . C u b r e n su suelo p iedrezuelas miles, De su b ó v e d a p e n d e n tambor i l es ; H e r m o s e a n , de arcil la fabr i cadas , D e las Musas la efigie y de Si leno, P a n , y tus flautas el sagrar io a m e n o .

Y las aves de V e n u s , mis amores , Sus picos , en co lores Del m ú r i c e rivales,

Zabul len en los l íqu idos cristales.

P o r los a l r ededores L a s nueve hermanas candidas , r ientes , A p e r c i b e n magní f i cos presentes :

Cuál los tirsos r odea De y e d r a , cuál en c o m b i n a r se e m p l e a L o s versos dulces con la l ira g r a t a ; Cual m i r t o y rosas en t re te j e y ata. De ellas una (a j u z g a r p o r el s emblante , E r a el alma C a l í o p e ) delante

P o n i é n d o s e m e , d i c e :

N o montes tú, poeta , Corce l g u e r r e r o de fiereza suma; N ó : tu c a r r o t i rado se desl ice P o r b landos cisnes de nevada p luma . Q u é a ti los ecos de marc ia l t r o m p e t a , N i t r iunfos de esp léndido estandarte? D e nuestro bosque en el t ranqui l o seno N o tú las armas resonar de M a r t e , H a g a s j a m á s ; no a c e l e b r a r te arrestes C ó m o p o r M a r i o y la esforzada R o m a Rotas se v ieron del T e u t ó n las huestes ; N i cuál ta rdo y q u e j o s o r o d ó el R e n o , De sangre y c u e r p o s destrozados l leno.

T ú canta los a m o r e s Y las fugas de a m o r , o la osadía, Y con tus versos vigi lancia i m p í a Bur le el amante y se c o r o n e en flores. T a l hablaba Cal íope r i e n t e , Y mi labio con gotas mi lagrosas H u m e d e c i ó de la vecina fuente .

— 141 —

Elegía x.

Mirabar quiduam misissent.

H o y en t o rno a mi l echo , no sabía P o r cuál las musas raro benef i c io T o d a s estaban, al rayar el d ía .

N u n c i a b a n de mi amada el natalicio, Con las palmas tres veces p lacentera Señal hac i endo de feliz auspic io

D u é r m a s e el viento en la tend ida es fera , N i las nubes c a m i n e n p o r el c ielo , N i las ondas c o m b a t a n la r ibera .

N o haya h o y tristezas, t u r b a c i ó n ni duelo N í o b e misma e n j u g u e el triste l lanto Con que a la p i edra anima en su desvelo .

A l c i ó n ! suspende el quere l loso canto ; F i l o m e n a infeliz, o lvida agora L a s e m p i t e r n a voz de tu q u e b r a n t o .

Y tú, de mi c ontento causadora , T ú que a la d icha y al p lacer naciste , L e v á n t a t e , a los númenes a d o r a ;

D e j a en las aguas somnolenc ia tr iste ; L a cabe l lera tersa y abundosa D i s p o n en trenzas; el r o p a j e viste

Con que p o r vez p r i m e r a , v ictoriosa, M e dejaste a tus plantas d e s l u m h r a d o ; T i e m b l e en tus sienes co lorada rosa.

Q u e inmorta l i cen tu be ldad y a g r a d o P i d e luego a los dioses; que tu amante Su esclavitud b e n d i g a y tu re inado .

Y después que el incienso se levante Del c o r o n a d o altar, y resp landores F a u s t o s llenen tu casa, la abundante

Mesa nos l lame, a legres a n a d o r e s , Y el t i e m p o co r ra , y c o r r a a par el vino, Y o lor esparzan las f ragantes ñ o r e s .

R o n c a la flauta, del danzar cont ino V e n c i d a caiga ; l ibre y afluente Sales bro te tu l ibro p u r p u r i n o .

— 142 —

Sueños ingratos el festín a h u y e n t e , Y salga, y a lo le jos se d e r r a m e S o n o r o el e co de p lacer ard iente .

Kueden los dados y la suerte ac lame Quien sea aquel a quien C u p i d o c i e g o Con más a r d o r el corazón le inflame.

A la algazara seguiránse luego Mister ios de la blanda Citerea, Desdén fingido y victorioso r u e g o : Este el fin dulce de tu fiesta sea.

Elegía xn. Postume, plotanteni

Postumo! será justo Que a tu Gala abandones Del v ictor ioso A u g u s t o S i g u i e n d o los pendones . Sin a tender s iquiera A su voz last imera?

Qué tr iunfos pues tan c laros En c a m b i o te prev ienes? Perezcan los avaros. Si es posible , y a qu ienes N o el a m o r t ierno basta De esposa dulce y casta!

De c lámide c u b i e r t o Con el y e l m o en la mano Y de fat iga m u e r t o , Del A r a x e s l e jano I rás a la c o r r i e n t e A apagar sed ard iente .

Y ella aqu í p o r tu suerte Suspirará , de miedo Q u e te impela a la m u e r t e T u intrepidez , o el m e d o R á p i d a flecha a r r o j e . Y en tu sangre la m o j e ;

O a su cabal ler ía Q u e avanza con es t ruendo , A l lá en su fantasía T e verá s u c u m b i e n d o . Con el b r i d ó n , en vano De o r o luc iente u fano .

— 143 —

O mustia y tac i turna , P e n s a r á si se envuelven T u s restos en la urna Sepulcra l : así vuelven L o s que en le janas t ierras S u c u m b e n en las g u e r r a s !

P o s t u m o , tú del lado De tan modesta y bel la. A m a n t e separado ! A l g u n a menos que ella Sensib le y amorosa , Deb ie ra ser tu esposa.

Mas indefensa y sola, Q u é dios h a b r á p r o p i c i o Que de la fáci l ola L a l iberte del v i c io , De que la c iudad nuestra Es v í c t ima y maestra?

P a r t e , e m p e r o , s e g u r o : A r u e g o y dones ella Será d e s o r d o y d u r o B r o n c e : y que a su q u e r e l l a T ú cerras te el o í d o , Eso lo da al o lv ido .

Si tornas salvo un día De los c a m p o s de M a r t e , Radiante de a legr ía A c o r r e r á a abrazarte , Y p o r su a m o r e terno T e hará Ulises m o d e r n o .

N o al rey aquél , de daños O r i g e n fue la ausencia: Diez laboriosos años De l id, la resistencia De los traces , que d o m a . D é I smaro la t o m a :

P o l i f e m o , a quien q u e m a El o j o sangr i ento ; C i r ce , en maldad e x t r e m a Sabia; el encantamiento De loto ; 3 mil ba j í os , Y escol los mil imp íos :

M a r i n e r o s osados A r o b a r a L a m p e c i a , Del p a d r e los ganados ,

— 144 —

D e A p o l o , que c o n rec ia T o r m e n t a p o r la suma A u d a c i a los a b r u m a :

Calipso fiel, que baña E l tá lamo des ierto E n lágr imas ; la saña Del invierno, que y e r t o Su f r i ó noches y días, E n las olas s o m b r í a s :

De mudas s o m b r a s llena L a honda reg i ón de olvido, D o ba ja ; la s irena F a l a c e , a que el o í d o S u p o c e r r a r p r u d e n t e ; El a r c o finalmente,

Q u e muer te repent ina De audaces amadores Da a la turba , 3' t e rmina V i a j e s y t e m o r e s : D e tanto y más no en vano Saliera l ibre y sano.

De tanto y más sobrada R e c o m p e n s a , en la cor te Ans iando su l legada Halla a su fiel c onsor te : Y aun no en v irtud iguala P e n é l o p e a Elia Gala!

Elegía xxi.

Magnuvi iter ad doctas

Q u i e r o part i r para la doc ta Atenas , Y a largo viaje c o m e t e r mis penas. M á s a m o a Cintia mientras más la veo, Y es de su p r o p i o est ímulo el deseo . P o r l i b e r t a r m e de ese dios t irano, N a d a he d e j a d o de tentar , 3' en vano, Q u e más y más me o p r i m e . Mi adorada Si viene acaso a mi mansión, se agrada E n bur lar con desdenes mis amores : E l más leve y m e n o r de sus favores , Si al fin lo o b t e n g o , oh cuántono m e cuesta!

Solo un r e m e d i o i esta:

— 145 —

P a r t i r ! al paso que a la infiel y o d e j e Conf ío q u e el a m o r de mí se a le je . A l mar , amigos ! A m o v e r el r e m o P r e v e n i o s en o r d e n : al e x t r e m o Del c o r o n a d o mástil la serena V e l a f lamee, y de la patria arena Z a r p e p o r fin nuestra animosa nave A los soplos del céf iro suave. H e r m o s a p a t r i a ! . . . . c o m p a ñ e r o s caros ! A d i ó s q u e d a d ! . . . . es fuerza abandonaros . A l lá también , no obstante tus desvíos, Cintia, allá vuelan los adioses míos !

E l A d r i á t i c o undoso V e r é , t í m i d o huéspe , y sin reposo M i s votos volarán a las de idades Q u e g o b i e r n a n las roncas tempestades .

Del T o n i o en las tendidas ondas luego Resba lará la nave, y con sosiego Cansadas lonas, de Cor into en f r e n t e , I rá a c o g e r . El i s tmo i n t e r y a c e n t e Q u e c o n j u r a d o el mar c iñe y q u e b r a n t a Y a pasaré con animosa planta.

Es tando en el P i r e o , A la c iudad sagrada de T e s e o

E m p r e n d e r é c a m i n o T o m a n d o el alto m u r o .

B u s c a r é allí la c ienc ia en el d ivino P l a t ó n , o en los j a rd ines de E p i c u r o ; •E iré , ya en la e locuenc ia v e n c e d o r a

De Demóstenes , y o ra Del buen M e n a n d r o en las d iscretas sales, H a b l a hermosa a gustar . L a s capitales O b r a s veré a s o m b r a d o de p intura , Y el b r o n c e y el marfil q u e de natura E m u l a n el p o d e r a c o m p e t e n c i a .

P o c o a p o c o la ausencia, Y los años y mares interpuestos

B o r r a r á n los funestos Res iduos de pasión. L l e g a r á el día Q u e p o n g a fin a la existencia mía ; M a s no el a m o r , lo fijará la suer te , Y p lác ida será , y honrada m u e r t e .

M. A. Caro—Traducciones—10

LA SOMBRA DE GORNELIA

L I B R O I V

Elegía xi. Desine, Paulle,

O h P a u l o ! cesa de a p r e m i a r con l lanto M i túmulo . N o hay fuerza, no hay p o r f í a Q u e l o g r e a b r i r los re inos del espanto .

E l q u e desc iende a la r e g i ó n u m b r í a , A l a m b i e n t e vital tornar no espera ; P u e r t a de b r o n c e le c e r r ó la vía.

Y a u n q u e P l u t ó n te oyese , qué s irviera? B e b e r í a tus lágr imas o s c u r a Y sorda s i e m p r e la fatal r i b e r a .

M u e v e el r u e g o a los dioses de la a l tura; L a s esperanzas con la m u e r t e acaban; C u b r e herboso tapiz la sepul tura .

E s t o f ú n e b r e s t r o m p a s r e c o r d a b a n , Cuando las l lamas de la p i ra odiosa Mis morta les despo jos devoraban .

Q u é m e valió de P a u l o ser esposa? Q u é de mis padres la tr iunfal c a r r e r a ? Q u é sirvió e j e c u t o r i a tan famosa?

F u e c o n m i g o la P a r c a menos fiera? H é a q u í la g r a n Cornel ia es polvo h o y día Q u e infantil mano levantar pud ie ra !

A v e r n o sepulcra l ! N o c h e s o m b r í a l T r i s t e c á r c e l ! L a g u n a ind i f e rente ! V o s , algas, que ceñ ís la planta mía !

Bajo aqu í sin sazón, p e r o inocente : Mi s o m b r a de P l u t ó n l o g r e acog ida , M e n o s severa su c e ñ u d a f r e n t e .

E a c o agite ya la urna temida , Y los jueces señale en el m o m e n t o Q u e han de j u z g a r de mi pasada vida.

Y Minos tome y R a d a m a n t o asiento, Y , las fieras E u m é n i d e s al lado , Calle a mi voz el auditor io atento .

— 147 —

Sísi fo l o g r e en el fatal co l lado , Ixiíón en su rueda , pausa grata , T á n t a l o b e b a del raudal vedado ;

N o a las s o m b r a s C e r b e r o r o n c o lata, M a s t o m á n d o l e un punto sueño a m i g o , L a cadena se afloje que le ata.

Y o misma m e def iendo, y si es que d i g o , M i causa al a b o g a r , ment i ra a lguna, Su f ra de las Danaides el cast igo .

I lustre , si las h u b o , fue mi cuna : F i j a r o n mis abuelos Esc ip iones E n Á f r i c a y N u m a n c i a la f o r t u n a ;

Y p o r l ínea materna a los L i b o n e s , Generosa p r o g e n i e , e rgu i r se veo , Y ambas ramas c o m p i t e n en blasones.

C u a n d o al f u l g o r del hacha de h i m e n e o D e p u s e la p r e t e x t a , y ruborosa V i adornarse mi sien de nuevo a r r e o ,

E n t o n c e s , Pau lo , me llamé tu esposa; C o m o s o m b r a pasé q u e se desliza; PREMIÓ A UN SOLO HOMBRE , se l eerá en mi losa.

Invoco p o r test igo la ceniza D e aquéllos héroes que s i rv iendo a R o m a , Á f r i c a , h ic ieron en tus c a m p o s riza;

Y la de aquel , que c u a n d o P é r s e o asoma A A q u i l e s r e m e d a n d o , su ascendiente , Su t ienda abate y su ar roganc ia d o m a ,

Q u e nunca a mi d e b e r falté i m p r u d e n t e , Q u e ocu l to en mi mansión n ingún p e c a d o D e mis Penates s o n r o j ó la f r e n t e .

N ó : Cornel ia no fue d e g e n e r a d o V a s t a g o de su raza; p o r ventura E n t r e t a n t o s mode los fue d e c h a d o .

C o r r i ó mi vida igual , y s i e m p r e pura ; T a l la antorcha me halló del h i m e n e o , Y tal la que a l u m b r ó mi sepul tura .

Q u e unida andaba con mi sangre c r e o L a v irtud que h e r e d é : no la a c r e c i e r a T e m o r de v e r m e ante mis j u e c e s reo .

— 148 —

H o y no hará su sentenc ia , aunque severa , Que pueda desdeñar mi c o m p a ñ í a L a más noble m u j e r , la más austera:

N i tú, doncel la , que arrastraste un día Con lazo desatado a tu c intura L a nave que Cibeles detenía ;

N i tú, vestal, que en tu virtud s e g u r a , E x t i n t a al ver la l lama milagrosa , A r r o j a s t e , y ard ió , tu vest idura.

Y tú, amada E s c r i b o n i a , a lguna cosa Hallaste improp ia en la hija que perd is te , O , e x c e p t o su part ida , dolorosa?

T u l lanto me honra , y el l amento triste Del p u e b l o t odo , y la funérea rama Con que César mi túmulo reviste .

. César de su hi ja , en públ i co , me l lama D i g n a h e r m a n a ; y el p u e b l o o y ó el g e m i d o , Y las l ágr imas vio que un dios d e r r a m a .

De m a d r e de varones el vestido F e c u n d a esposa m e r e c í : mi m u e r t e Des ier to no d e j ó mi h o g a r q u e r i d o .

L é p i d o , P a u l o ! al g o l p e de la suerte E x p i r é en vuestros brazos, y ahora s iento Q u e resuc i to en vuestras almas fuer te .

Dos veces o c u p ó curu l asiento M i h e r m a n o , y con el prez del consulado R e c i b i ó de mi ausencia el sent imiento .

T ú , bien nacida a noble magis trado , A m a , hi ja , y da tu m a n o a solo un h o m b r e ; Guarda en mi e j e m p l o mi m e j o r l e g a d o ;

Y d ignos todos p e r p e t u a d mi n o m b r e ; — Res ignada me aparto de esa zona Sin que.la adusta e tern idad me a s o m b r e .

El m e j o r g a l a r d ó n de una matrona E s la fama que alzándose en su p ira , Su vida cuenta y su v irtud c o r o n a .

Ó y e m e , oh Pau lo ! p o r mis hi jos mira ; Salva la t u m b a el sent imiento bel lo Q u e aun estos votos a mi labio inspira.

— 149 —

P a d r e , haz veces de m a d r e ; f ío en el lo : L a s p r e n d a s que d e j é , la m a d r e ida, C o r r e r á n juntas a abrazar tu cue l lo .

Sus l ágr imas e n j u g a , p o r tu vida, Y dales con tu beso el beso m í o ; Mi pro le toda en tu favor se anida.

Desata a solas c o m p r i m i d o r í o , Y al volver, s e renado ya el s emblante , R e n u é v a l a s car ic ias manso y p ío .

P a r a l lorar la n o c h e no es bastante? N o basta esa vigilia, oh P a u l o ! y ese A m a r g o sueño en q u e me ves delante?

E n d u l z a r tu a m a r g u r a no te pese ; V é , y platica en se c re to c on mi bus to , Y d ime t o d o cual si y o te o y e s e .

H i j o s , si a vuestro p a d r e viene en gus to L l e v a r s e g u n d a esposa al puesto m í o . Madras t ra para vos de c e ñ o adusto ,

A c a t a d humi ldosos su a l b e d r í o , Y de ella, con car iño y m a n s e d u m b r e , T o r n a d a m o r el que e m p e z ó desvío .

N i ensalcéis mi m e m o r i a p o r c o s t u m b r e ; Q u e e n t e n d e r , last imada, ella p o d r í a E n prop ia humi l lac ión cuanto me e n c u m b r e .

M a s si él, h o n r a n d o mi ceniza f r ía , E x c u s a h a c e r cuanto a mi s o m b r a o f e n d a , F ie l hoy y s i e m p r e a la m e m o r i a mía ,

Al lanad luego a su ve jez la senda , Y o r n e de su v iudez el d e s p o b l a d o D e todo vuestro a m o r constante o f r e n d a .

V i v i d los años que me r o b a el h a d o ; Y consuelos d is frute sin m e d i d a M i esposo de mis h i jos r o d e a d o .

N u n c a ausencia cruel l lore en mi vida; M i m u e r t e fue en mi h o g a r p r i m e r vac í o ; T o d o s l l oraron mi final par t ida .

Y ceso . A t e s t i g u a n d o el d i cho m í o , Alzaos los q u e m e honrá is con vuestro l lanto: Al l u g a r de mis p a d r e s ir c o n f í o Si, fiel a mi d e b e r , m e r e z c o tanto.

P 5 E U D D B ñ ü Q

PSEUDO GALO

FRAGMENTOS

Non fuit Arsacidttm

A y ! mujercilla infame Que seducirla intenta, Dádivas le presenta

Que en oculto llevó, de mi rival. De aquel que las envía Ella con artería

Las dotes luego empieza a ponderar.

La faz que esmalta a penas El bozo delicado, El rubio, desatado

Cabello undoso, la armoniosa voz Que la lira a c o m p a ñ a . . . . Y de hórrida campaña

Hácele ver la eterna duración.

Dícele que de canas Mi frente está vestida, Que a causa de una herida

Muevo ya desigual el tardo pie. A y ! temo que en mi bella Sus trazas hagan mella

Y al fin vacile su jurada fe.

Que por naturaleza Es la mujer instable, Y penetrar no es dable

Si amar sabe u odiar con más ardor. Múdase a cada instante, Sólo en eso constante,

Y extremos busca, el odio o el amor.

Oh! qué he dicho insensato? Nada conmueve, nada Conmoverá a mi amada: .

Ni de astuto rival precioso don, Ni autoridad de un padre Ni instancias de una madre,

Ni de edad juvenil la hermosa flor.

Enmedio del Egeo Tal se eleva la roca Que el ímpetu provoca

De ronco viento y de mugiente mar.

— 1 5 4 —

A s í e n c u b i e r t o f u e g o Cobra fuerzas, y luego

L u z más p u r a comienza a destel lar .

Con fiel p resent imiento El la aguarda mi vuelta, Y en si lencio da suelta

A los dulces ensueños del a m o r . A u s e n t e , ella m e mira , N o c h e y día suspira,

Invoca día y n o c h e a su a m a d o r .

P a r a él en o r o y plata Capas ricas su a g u j a B o r d a n d o está, y d ibu ja

L a últ ima g u e r r a en que lidiaba y o ; C a m p e o n e s su diestra R e t r a t a , y hace muestra

De hazañas q u e la fama d ivu lgó .

L a s águilas romanas A l l í verás tr iunfantes , V e r á s las ondas que antes

Eufrates sublevó , cautivas ya; El persa, antes u fano , Del v e n g a d o r r o m a n o

A l l í a las plantas d e r r i b a d o está.

A l l í entre los p r i m e r o s Se ve la i m a g e n mía ; A m o r su m a n o gu ía ,

Y su m a n o mi i m a g e n pone allí: L a suya de o t r o lado , E l ros tro d e m u d a d o

L l o r a , y p a r e c e un n o m b r e ba lbuc i r .

•UIDID

OVIDIO

AMOR—LIBRO I

Elegía i Arma gravi numero«.,««.*•

Cantar p r o p ú s e m e un día D e la g u e r r a y sus h o r r o r e s , V e r s o s m i d i e n d o m a y o r e s , Cuales e l j tema ped ía .

E l r e n g l ó n s e g u n d o fue A l p r i m e r o igual : C u p i d o Detrás r i y ó , y al descu ido , De l s e g u n d o b o r r a un p ie .

Rapaz ! c o l é r i c o e x c l a m o Q u é t ienes que ver c o n m i g o , P e n d o n e s de A p o l o s igo N o tuyos : canto , no a m o .

Sal, i m p o r t u n o ! Q u é f u e r a V e r a la lasciva diosa B landir la lanza, y de rosa Coronarse la g u e r r e r a ?

Q u é , si en las selvas al b r u t o Ceres con dardos s iguiese Y Diana recog iese D e los c a m p o s el t r ibuto?

Si en c a m b i o del m o r r i ó n g r a v e A M a r t e diese el de bel los Y destrenzados cabel los L a su c í tara suave?

T o r n o a mi l abor : y p r u e b o De nuevo el verso acabar , Y el pie pos t rero a b o r r a r T o r n a C u p i d o de n u e v o .

Insisto y o : C ó m o qu ieres Q u e pulse amorosa lira? N a d a la t u r b a me inspira De amorc i l l os y m u j e r e s .

V a s t o s tus dominios son: E n ellos manda ! O acaso Qu ieres también el Parnaso? N a d a basta a tu a m b i c i ó n ?

— 158 —

Mas él con ágil rodilla Para el arco armado al punto, Y , toma, me dice, asunto Que tratar a maravilla.

Clavado siento, a' de mí! E n el alma luego el dardo, Y todo en amores ardo Cuanto dellos libre fui.

Cada exámetro seguido Será de metro diverso, Que de las guerras y el verso Que las sirve, me despido

De mirto florido, pues, Coronada la cabeza. Musa a combinar empieza Los once métricos pies.

Elegía ni.

Justa precor

Es justo mi ruego: Que me haga felice Mi reina, o atice Traviesa mi fuego.

Y aun menos la pido: Que esquiva no sea Blanda Citerea Oiga mi gemido!

Oh mi luz, mi encanto! N o desprecies dura A l que amor te jura Inviolable y santo!

Verdad, no poseo Ingente riqueza, Timbres de nobleza, Granjas de recreo.

Mas no pobre y solo Me juzgues: camino Con el dios del vino, Las Musas y Apolo.

Llevo éstos al lado, Y dentro y conmigo El dios enemigo Que a ti me ha entregado.

— 159 —

H o n r a d e z q u e bri l la R i c a sobre el o r o , Modes t ia atesoro , Y verdad sencil la.

Esc lavo y amante S e r é de ti sola: D e a m o r no en la ola N a v e g o inconstante .

Mi vida y la t u y a A v a n c e n unidas, Y a un t i e m p o dos vidas L a m u e r t e des t ruya !

P e r m í t e m e en tanto Cantar mis a m o r e s : D e ti, tus favores D i g n o hagan el canto.

L a v i rgen que v ido Su f rente enastada; L a v i rgen bur lada P o r cisne m e n t i d o ;

L a que al c u e r n o asida D e albo t o ro , andaba S o b r e la o n d a brava D e co lor p e r d i d a ,

Si famosas tanto V e n c i e r o n la m u e r t e , M á s que de la suer te Dádiva es del canto..

Q u e vuelen con f í o Y o del m i s m o m o d o P o r el o r b e t o d o T u n o m b r e y el mío .

L I B R O I I

Elegía vi Psittae.us £vis.

M u r i ó mi p a p a g a y o ! L l o r a d , aves del c ielo A l h i jo d o c t o y g a y o Del r e m o t o indo suelo . Con voces p lañideras , Dadle , p l egada el ala. V u e l t a en luto la gala, Las honras pos t r imeras .

— 160 —

G r a n d e fue , mas añeja L a causa es de tu l lanto, O h ! F i l o m e l a ! de ja D e r e c o r d a r l a tanto . T u s g e m i d o s convierte Q u e escucha el bosque u m b r í o , Del p a p a g a y o mío A lamentar la m u e r t e .

A v e s , cuantas la esfera Cruzáis, l lorad ahora ; P e r o tú la p r i m e r a . T ó r t o l a amante , l lora : E l en du lce r e c r e o V i v i ó s i e m p r e c on t igo : N o fue m e j o r a m i g o Ores te ni T e s e o .

Mas qué contra la m u e r t e P u d o , mísero , aquella F ide l idad valerte? Q u é el a m o r de mi bella? E s inflexible el hado : L l e g a el c rue l m o m e n t o , Y caes, o r n a m e n t o Del e j é r c i t o a lado!

Con tu rosaceo p i c o E l m ú r i c e a frentaras ; Con tu p l u m a j e r i c o Las esmeraldas raras. Con tu lengua el sonido Q u e hubieses es cuchado , L o dabas imitado E n g a ñ a n d o el o í d o .

A p e n a s un m o m e n t o Q u e del habla al cult ivo Negases , al sustento L a dabas fug i t ivo ; Pues era so lamente A l g u n a nuez tu vianda, Y a d o r m i d e r a b landa , Con agua de la fuente .

D e la paz b e n d e c i d a , D u l c e a m a d o r par lero , T e r o b ó de la vida T i r o de Envidia , a r t e ro ,

- 161 —

Y estos así p e r e c e n Mient ras las p e n d e n c i e r a s Codorn i ces en fieras Batallas e n v e j e c e n .

Y , nunc io de a g u a c e r o , V i v e el g r a j o ; el mi lano , Q u e amenazante y fiero, G i r a en el é ter vano, E l b u i t r e , q u e de presa E n pos h a m b r i e n t o v a g a ; Y la c o r n e j a ac iaga Sig los m o r i r ve ilesa!

Q u e es l ey indef ic iente E n toda la natura. Q u e acabe lo e x c e l e n t e M i e n t r a s lo inútil dura . Bur lón T e r s i t e s mira R o t a la hueste aquea Y Par i s b izarrea Mient ras H é c t o r e x p i r a .

L l e v á r o n s e los vientos L o s votos de mi amada : Sus votos, sus lamentos , D e m u e r t e al ver pos trada A l ave p e r e g r i n a Q u e con voz last imera H a b l ó p o r vez pos t re ra D i c i e n d o : « A d i ó s , Cor ina ! »

E n el El íseo existe O p a c o un b o s q u e ; el suelo D e y e r b a y flores viste I n m o r t a l a r r o y u e l o . N i a p á j a r o s da entrada O i n m u n d o s o inc lementes , Q u e es de aves inocentes Pac í f i ca morada .

A l l í en c o n c o r d i a suma F é n i c e s v ividores , Cisnes de b lanca p l u m a ; E l pavón sus co lores Desp l i ega c a m p e a n d o , Y la pa loma tierna Sus ósculos a l terna Con el arrul lo b lando .

M . A . Caro—Traducciones—11

— 162 - •

E n t r e ellos r e c i b i d o El p a p a g a y o ahora. E m p i e z a a g r a d e c i d o A hablar de su señora ; Y el vu lgo c i rcunstante A t ó n i t o o atento O y e su c laro acento A l nuestro s eme jante .

Su c u e r p o ya reposa Inanimado y leve ; L e c u b r e e x i g u a losa, E s su epitafio b reve : « D e l re ino de la A u r o r a « V i n e , a s o m b r o a la g e n t e ; « M á s que ave fui e l o cuente : «Cor ina fiel m e l lora .»

Elegía xi. P/ima malas docuit,...

L a s pe l igrosas sendas del mar fiero Del alto Pe l i on el añoso p ino A los morta les enseñó p r i m e r o ,

Q u e entre escol los abr iéndose c a m i n o P u s o a las ondas con sonante p r o r a E s p a n t o y t r u j o el á u r e o vel locino.

P o r q u é en hondos abismos a deshora N o le p rec ip i t ó , para escarmiento D e osados pechos , t empestad sonora?

H o y mi Cor ina al pérf ido e l emento , D e j a n d o el patr io sol, sus dulces lares , Osa e n t r e g a r s e , a la m e r c e d del v iento .

N o altos muros , no verdes ol ivares P ienses , Corina, que en los m a r e s haya : T o d o es igual en los azules mares ,

Del ba je l sólo la espumosa raya E n ellos ver esperes ; no las bellas P iedrezue las y conchas de la p laya ,

E n la p laya , si os p lace , b reves huel las Niñas , d e j a d : el j u e g o es d i f e rente Con las ondas ; o s c u r o es t o d o en ellas.

Bastante os sea que el v ia jero os c u e n t e Del viento vario y la escondida r o c a Del r a y o fiero y de la sirte h irv iente .

— 163 —

E s o saber lo , no p r o b a r l o os toca ; P r e f e r í s t empestades v e r d a d e r a s A tempestades en a jena boca?

L e v a d a el ancla, en vano pre tend ieras V o l v e r ya , las miradas con tard í o D e s e n g a ñ o t o r n a n d o a las r iberas .

Cor ina , el nauta en t e m p o r a l b rav io V e tan c e r c a la m u e r t e andar le , c u a n t o L a s r u g i d o r a s ondas al navio.

O h ! cuál será tu pal idez y espanto Si altos montes el p ié lago r e m e d a ! Cuál , en ca lma fat íd i ca , tu l lanto!

T r i s t e ! a los h i jos fú lg idos de L e d a Invocarás ; con voz enf laquec ida ¡Fel iz , d irás , la que en su h o g a r se q u e d a !

Dí lo ahora más b ien ; y entre ten ida C o n l ibros y armoniosos ins t rumentos , V i v e una dulce y descansada vida.

M a s si das mis conse jos a los vientos B ien hayas p o r do fueres ; Galatea R i j a de tu ba je l los mov imientos !

N ú m e n e s de la mar ! sagrada os sea L a be ldad que a vosotros se con f ía : Mansas las olas a su paso vea!

Y tú, consuelo y esperanza mía , N o al h o m b r e olvides que entre tanto vela F ie l e sperando de tu vuelta el d ía .

P r o n t o a esta costa el o lea je i m p e l a L a luna, el m a r ; y zéfiro s o n o r o D e l leno dando en la t u r g e n t e vela ;

V e l a que anunc ie a l a m u j e r que a d o r o . Y o al verla c lamaré r e g o c i j a d o : Salve, oh ba je l , q u e traes mi tesoro !

Y a , en idea, en mis h o m b r o s te tras lado A tranqui la mansión; q u e estoy ya c r e o D e tu risa gozando y de tu lado .

Y entre los dulces dones de L i e o O i g o t e ya del b u q u e c o m b a t i u o Contar el pe l igroso c a b e c e o ;

Y c ó m o tú, cual p á j a r o a su n ido , T o r n a n d o a m í , ni o s cur idad temías Ni el animoso viento y su ruido.

— 164 —

Aunque fuesen aéreas fantasías, Las oiré cual oráculos divinos: Porqué matar las ilusiones mías?

Oh! presto entre celajes purpurinos Aurora dando a sus bridones suelta, Anuncie tan magníficos destinos, Mi ventura sellando con tu vuelta!

LIBRO II

Elegía xvi.

Pat s me Salmo tenet.

Heme pues en Sulmona, Nuestro cantón tercero: Es reducido; empero Sal ubridad le abona.

Rayos del sol ardientes N o agostan sus verdores: E n los alrededores Bullen alegres fuentes.

T r i g o aquí se cultiva, Que es tierra asaz fecunda; Crece la vid, y abunda La generosa oliva.

Doquier hay agua y sombra, Y frescos emparrados; Y vístense los prados De matizada alfombra.

Mas ay! mi amor, presente N o está. . . Mi amor? qué digo? Sobrado está conmigo, Quien le inspira está ausente.

E n vano alzar el vuelo Y o a los astros pudiera: Sin mi deidad, me fuera Aborrecible el cielo.

Perezcan, y el reposo N o encuentren que dejaron, Los que surcar osaron L a tierra y mar ondoso!

— 165 —

Si evitarlo no es d a d o , Q u e l ey al menos fuese Q u e la be ldad part iese Del a m a d o r al lado !

Y o entonces con la mía , Si hollara el hielo alpino, E l áspero camino . D e rosas m e ser ía .

O bien los arenales D e l Á f r i c a arros t rara ; O velas d e s p l e g a r a Con rec ios vendavales .

N o entonces a Malea , A c i a g a a los v ia jeros ; N o a Scila, q u e de fieros Mast ines se r o d e a ;

N o a Car ibd is , q u e impía , D e v o r a los navios N i escollos ni ba j í o s C o b a r d e t e m e r í a .

Si al m a r el v iento insulta, L a n o c h e el c ielo a r ropa , Y onda insana la p o p a Con sus dioses sepulta ;

T ú en mis h o m b r o s , y o a nado , ¡Oh dulce c a r g a ! a p u e r t o Saldré , con r u m b o c i e r t o , Br i oso y u fanado .

L e a n d r o hacia su bel la N a d a b a t r i u n f a n t e : S e h u n d i ó c u a n d o delante Se o s c u r e c i ó su estrella.

V a n o es pues que d e s p l i e g u e n Su fol laje las viñas; Q u e en t o r n o las campiñas A r r o y o s c laros r i e g u e n ,

Y su cristal se r o m p a , O manso y lento g i r e ; Y céfiro suspire E n t r e la verde p o m p a .

— 166 —

Sin ti, que estoy olvido E n mi dulce Sulmona; Y que este es de Pomona País favorecido;

Y en la Escitia estar creo O en las rocas que ciñe El mar, o en las que tiñe Sangre de Prometeo.

No al olmo desampara L a vid, que le es querida: A y ! a mí de mi vida El hado me separa!

Porqué culpar al hado? T ú por tus ojos bellos Jurábasme, y con ellos, Siempre estar a mi lado.

Leve es el juramento De la mujer, cual hoja De que al bosque despoja Fugaz e instable viento!

Si la piedad, no obstante, N o del todo perdiste, E l desamparo triste C o n t e m p l a de tu amante.

Monta en carroza luego: Con crespa crin, veloces Los potros a tus voces, Galopen sin sosiego.

Vos a los ruegos míos Y de ella al paso, oh montes, E n planos horizontes, Que diosa es grande, abrios!

LIBRO III

Elegía ix Memmona si mater.

Si a Memnón su madre un día Lloró, si lloró su madre A Aquiles, y excelsas.diosas Sienten también nuestros males;

— 167 —

Hoy tú, llorosa Elegía, Al viento el cabello esparce; Justo es que el nombre que llevas Hoy más que nunca te cuadre.

Tibulo, el vate inspirado -• Que a tu fama dio realce, N o existe: en fúnebre hoguera Sus yertos despojos arden.

Mira de Venus al hijo, Con qué tristura y desaire Vuelto el carcaj, roto el arco Y el hacha apagada trae;

Mira su andar lastimoso, Cómo las alas abate, Y golpeándose el pecho Da de su dolor señales.

Por su cuello las guedejas E n llanto empapadas caen, Y arrancando hondos sollozos Con labio convulso plañe.

Así de Eneas, su hermano, Acompañando el cadáver Fue visto dejar un día, Bello Julo, tus umbrales.

Venus morir ve a Tibulo, Y no con dolor más grande Victima de hórrido monstruo Caer vio su tierno amante.

Y santos a los poetas Nos juzgan, de altas deidades Favorecidos, y aun llenos De un numen que hablar nos hace!

Nada hay santo que la impía Muerte a deshora no ultraje; Lleva ella doquier sus manos Negras y todo lo invade.

Qué su padre al tracio Orfeo, N i qué las maternas artes Con que amansaba las fieras, Hubieron de aprovecharle?

— 1 6 8 —

A L i n o también , a L i n o M a l o g r a d o , el mismo padre Cantó con lira inacorde E n solitarios bosca jes .

V e d a H o m e r o de quien mana Cual de fuente inagotable L a onda pier ia , a d o . a c u d e n A t emplar su sed los vates:

A ése también h u n d i ó el h a d o E n las s ombras infernales ; I n m u n e s la ávida p ira Sólo los cantos evaden.

L a o b r a del cantor p e r d u r a : D e T r o y a allí los c o m b a t e s . A l l í el r e t e g e r la tela Q u e ard id n o c t u r n o deshace .

A s í N é m e s i , así Delia V i v i r á n en las edades , Esta de él p r i m e r o amada , A m a d a aquélla más t a r d e .

Q u é ya , dec id , vuestras presas, Q u é los eg ipc i os t imbales , Castas noches o f r e c idas P o r su b ien, dec id , qué valen?

C u a n d o s u c u m b e n los buenos , P e r d o n a d que lo dec lare ! M a l la existencia m e exp l i c o D e los dioses inmorta les .

V i v e p iadoso ;—piadoso M o r i r á s : de los altares A l s e p u l c r o dest inado V e n d r á la m u e r t e a a r rancar te .

E n el poét i co gen io C o n f í a ; — T i b u l o y a c e : D e lo que fue , sólo q u e d a L o que en urna estrecha c a b e .

Y a ti, divino poeta , A ti esas l lamas voraces T e envuelven, y no han t e m i d o E n tu corazón cebarse?

— 169 —

L o s sacros dorados t emplos Q u é m u c h o será que abrase F u e g o que atreverse p u d o A pro fanac i ón tan grave?

L a que sobre E r i c e reina D i c e n que apar tó el semblante , Q u e r e p r i m i r s e no p u d o , Q u e c o r r i ó su l lanto, añaden.

M á s tr iste , e m p e r o , que hubiese M u e r t o l e jos de sus lares Y allá en Corc i ra , en vil fosa, T i e r r a ex t raña le ocultase .

C e r r a r sus nub lados o j o s P u d o a q u í una t ierna m a d r e Y o f r e c e r a sus cenizas L o s pos t reros h o m e n a j e s .

A q u í una h e r m a n a que el fiero M a t e r n o do lor c o m p a r t e , Mesándose los cabel los , Asist ió a sus funerales ;

A q u í N é m e s i s y Delia Con sus ósculos suaves A despedir le v inieron P a r a el eternal v ia je .

« T o c ó m e a m í m e j o r suer te , » D i ce Del ia al r e t i rarse ; « M i e n t r a s en mi a m o r ardía , « T ú de la vida gozaste .»

Y a ella N é m e s i s vo lv iendo : « H a y algo en que has de e n v i d i a r m e ; «Con m a n o desfal lec ida « E l me re tuvo e x p i r a n t e . »

Si a lgo más q u e un vano n o m b r e , Si a lgo más que inciertos^manes N o s sobrev ive , T i b u l o I rá a los El is ios valles.

T ú , las juveni les sienes De h iedra or ladas, ya sales D e tu Calvo a c o m p a ñ a d o , D o c t o Catulo, a encont rar l e .

— 170 —

T a m b i é n , oh Galo ! si allá N o alcanza ca lumnia i n f a m e , D e s p r e c i a d o r de la vida, P r ó d i g o tú de tu s a n g r e .

Quie tos en tanto en s e g u r a U r n a tus huesos descansen, Y en su regazo la t ierra Blanda tus cenizas g u a r d e n !

M E T A M

LIBRO i, 452, 599.

Pritnus amor Phoebi.

Dafne P e n e y a fue la q u e p r i m e r o A A p o l o el corazón r o b ó y la ca lma, N o p o r capr i chos de f o r tuna c iegos , M a s p o r las iras del a m o r insanas.

P u e s c u a n d o A p o l o p o r el t r iun fo hab ido S o b r e P i t ó n h o r r e n d o se j a c taba , V i e n d o a C u p i d o que a justaba al a r c o L a saeta veloz: « A qué preparas ,

« N i ñ o travieso ,» con desdén le d ice , « E s e i n s t r u m e n t o que a mis h o m b r o s c u a d r a ? « Y o sólo sé t emib les e n e m i g o s « H e r i r de m u e r t e y fieras al imañas;

«Só l o y o c on innúmeras saetas «Dest rozar supe la serp iente h inchada « Q u e l a r g a m e n t e p o r abiertos c a m p o s « V e n e n o s o s anillos desrol laba.

« N o son estas tus artes : vé, tu antor cha « V a n o s a m o r e s p o r d o q u i e r esparza, « P e r o no aspires a e m u l a r mis g lor ias « P e r o no pienses m a n e j a r mis a r m a s ! »

Mas el h i j o de V e n u s le r e s p o n d e : « A p o l o , el a r c o t iende , f lechas lanza, «Hiere de m u e r t e a fieras y enemigos , « Q u e a ti y o h a b r é de her i r . Cuanto levantas

« S o b r e ellos tú la victoriosa f r e n t e , « T a n t o así me eres i n f e r i o r . » T a l habla, Y hacia el P a r n a s o d i r i g i e n d o el vuelo Con r a u d o aletear el aire rasga.

L l e g a a la exce lsa c u m b r e , y dos saetas D e v ir tud d i f e rente luego saca Del car ca j b ien provisto . L a que inspira E l b lando f u e g o del a m o r , es áurea

Y de aguzada punta ; mas aquel la Q u e el b lando f u e g o del a m o r apaga, Sin punta vuela, en el astil l levando P l o m o , tard ía en el a l cance .—Clava

U n a a la ninfa el dios, mientras la o tra H o n d a ocul ta de A p o l o en las entrañas : A p o l o al p u n t o se abrasó , la n infa O d i a tenaz mientras tenaz él ama.

Busca las grutas , a las fieras s igue , M o r a en los antros , p o r los bosques vaga, E imi tando a la v i rgen cazadora , Con b lanco lazo sus cabel los ata.

M u c h o s de entonces la s igu ieron , ella H u y e de todos , vive solitaria; Y si tal vez el g e n i t o r la d i j o : « P r o l e amorosa a mi vejez cansada

« D e b i e r a s dar , » cual de n e f a n d o c r i m e n A q u e l l a idea el corazón la espanta; E n t o r n o al cuel lo lángu idos los brazos L e t iende con la faz a v e r g o n z a d a ,

Y así le d ice en t r é m u l o s acentos : « P a d r e m í o ! c o n c é d e m e la g rac ia « D e c o n s e r v a r m e inmaculada s i e m p r e , « J ú p i t e r esto c o n c e d i ó a Diana . »

V e r d a d , le c o n c e d i ó , mas tu belleza O h v i rgen , a tus votos es contrar ia ; T u belleza se o p o n e a que conserves Esa v i rg in idad . L o s días pasan

A p o l o deseando y e sperando , Sin q u e prop ios o rácu los le valgan, A r d i e n d o t o d o , c o m o a r d e r p u d i e r a L iv iano a cervo de reseca pa ja .

O b ien c o m o el c e r c a d o de m a d e r o s Si demas iado el v ia jador un hacha

r C e r c a le puso , o la a r r o j ó al d e s c u i d o , Con la p r i m e r a luz de la mañana.

T a l cont ino arde el dios, a l imentando V a n o a m o r con inútil esperanza: V e l o s cabel los de la h e r m o s a ninfa Q u e p o r el cuel lo en crespas ondas b a j a n ,

Y en idea los c iñe en t iernas ho jas , V e las negras pupilas y le encantan M á s que luceros ; ve los labios r o j o s Y el ver los sólo a su ansiedad no basta.

Míra la absorto , y mientras más la miras, A ú n más encantos y bellezas halla; El la , e m p e r o , l i g e r a c o m o v ienta H u y e , sin a tender a sus palabras .

«Aguarda. N i n f a , el a m a d o r la d i c e : — « O h ! no m e juzgues e n e m i g o ; aguarda! « H u y e la c ierva del l eón , del l o b o « L a corder i l la ; y con t r e m e n t e s alas

« D e l águila rapante la pa loma, « ¡ Y tú de tu a m a d o r ! Deten ; no vayas « A caer en las ásperas malezas « P o r d o n d e vuelas, y p u n z a n t e zarza

« T u s b lancos pies last ime. O p o r lo menos « N o co r ras con p r e s u r a demasiada: « M e n o s veloz te segu i ré : no qu ie ro « S e r t e y o nunca de do lores causa.

« O h ! Si p o r un m o m e n t o quién es este « A m a n t e que te s igue , medi taras ! « Q u e soy pastor acaso te imaginas « O inculto hab i tador de las montañas?

«Cons idéra lo b i en ; que tú no sabes « D e quién huyes , h u y e n d o t emerar ia : « T é n e d o s , Claros , Pátaras y Del fos « O b e d e c e n mi voz.— Re ina en el alta

« R e g i ó n mi p a d r e entre de idades c i en to : «Sé lo que todas las edades g u a r d a n « Q u e fueron y serán : a m í se d e b e n « L a s sonorosas cuerdas y las blandas

« V o c a l e s armonías . Más que todas— « E x c e p t o la que el p e c h o me traspasa— « C e r t e r a s en her i r , y b ien t emida s i e m p r e , «Son las saetas de mi rica al jaba.

— 173 —

« C o n o c e d o r de saludables y e r b a s , « L o s pac ientes me invocan. A h ! mi sabia « M a n o , q u e alivia los do lores todos , « E s t e do lor a r e m e d i a r no alcanza!»

A s í dec ía ; sin o ír le en tanto Iba h u y e n d o la v i rgen , a quien alza Del leve manto los movib les p l iegues E l v iento , y los cabe l los le esparrama.

A s í más bella el inmorta l m a n c e b o P a r é c e l e ; y y a estériles y vanas Juzgando las querel las , a rdoroso S igúe la en pos con voladora planta.

Cual lebre l ga l i cano , q u e si mira T í m i d a l i ebre en las l lanuras vastas. E n fat igosa y rápida c a r r e r a Lánzase en pos ; y aunque a la p a r se afana

L a triste p o r salvarse, y c o r r e , y vuela. M á s cada vez se acorta la distancia; Y a con ella t ropieza , ya p a r e c e C o m o q u e de los d ientes se le escapa;

T a l iba A p o l o tras la ninfa bel la: E l de amoroso y ella de asustada C o r r e n cual v ientos : al t e m o r , e m p e r o , E l a m o r p o r lo alado se aventa ja .

C e r c a siente la v i rgen al amante Y su aliento le vuela p o r la espalda L a s flotantes m a d e j a s ; desfal lece Cansada de c o r r e r , de fuerza exhausta .

Y al divisar las ondas de P e n e o , A s í m u r m u r a férv ida p l egar ia : « O h p a d r e ! oh p a d r e ! a y ú d a m e ! si tanto P u e d e n los r íos , mi figura cambia!»

A p e n a s voz para dec i r l o tuvo ; Q u e sus sent idos súbi to se e m b a r g a n , F i r m e corteza en d e r r e d o r la c u b r e , Sus cabel los se a c r e c e n y d e r r a m a n

E n temblorosas ho jas c o n v e r t i d o s ; E x t i é n d e n s e sus brazos , y se a largan R a m o s hermosos , a d h e r i d o q u e d a Su pie a l a t i erra que veloz hol laba;

Su coroni l la es ve rde copa , y t odo , M e n o s f rescura juveni l , le falta, M a s no A p o l o desiste, todavía A m a a aquel á rbo l , la bur lada pa lma

A la nueva corteza apl ica, y d e n t r o Siente latir un corazón . A b r a z a Aque l l o s ramos cual si m i e m b r o s fueran , Mil ósculos i m p r i m e , a u n q u e repara

Q u e el fo l laje sus ósculos esquiva, Y triste a un t i e m p o y orgul loso e x c l a m a : «Si niega el hado que mi esposa seas « Á r b o l mío serás , laurel . T u s ramas

« O r n a m e n t o serán de mis cabel los , « D e mi sonante c í tara y mi a l jaba ; « P r e m i o más tarde al t r i u n f a d o r lat ino, «Su f rente han de ceñ i r , c u a n d o a o leadas

« T o d o un pueb lo le lleve al Capito l io ; « F i e l custodio , p o r fin, de augusta estancia, « A sus puertas e c h a n d o hondas ra íces « L a c o r o n a de enc ina a ti f iada

«Suspensa m a n t e n d r á s . Cuanto f amoso « S o y p o r mi b londa cabe l lera larga , « S e r á de la f r e s c u r a de tus ho jas « E t e r n a entre los h o m b r e s la alabanza.»

Dice el dios, y las ho jas que b r o t a n d o P r o f u s a m e n t e el árbo l engalanan, T e m b l a r se vían, y la verde c o p a Cual la faz del que asiente se inc l inaba.

T R Í S T

L I B R O I I

Elegía ni.

Cum subit illius

C u a n d o pienso en la n o c h e , d e h o r r o r l lena E n que patr ia y h o g a r

D e j é p o r s i empre , aquel la misma escena Se me o f r e c e delante , y de mis p á r p a d o s V u e l v e aún ora una l ágr ima a rodar .

A c e r c á b a s e ya , l l egaba el día E n que el pos t rer c on f ín

D e Asonia , h u y e n d o , abandonar deb ía ; C o n c e d i d o m e fuera ho lgado t é r m i n o , Que mi a s o m b r o en l e targo t r o c ó al fin.

N i n g u n a provis ión ni c o m p a ñ í a H u b e de aprestar y o ,

Q u e inerte así y e x á n i m e yac ía C o m o el mísero queda a quien de J ú p i t e r F u l m i n e o g o l p e de razón p r i v ó .

R e n a c i e n t e do lor el velo denso R a s g ó , a mirar volví;

D e c i r adiós a mis amigos p ienso : Cuan l a rgo de ellos antes era el n ú m e r o ! Y uno u o t r o no más d e s c u b r o allí.

Mi esposa me es t rechó , sumida en l lanto, E n más la rgo raudal

Bañado su inocente ros t ro , en tanto Q u e mi hi ja , ausente en las reg iones l íb icas , N o alcanzaba a saber desgrac ia tal.

T o d o , a d o q u i e r mirases, l lantos era, C o m ú n lamentac ión ;

Q u e l loraban a un m u e r t o se c r e y e r a ; N o h u b o e x e n t o de lágr imas un á n g u l o , N o c h e de due lo , en mi infeliz mansión.

Si acaso con lo g r a n d e lo p e q u e ñ o E s dado c o m p a r a r ,

A q u e l t rance c rue l después de un sueño , De T r o y a entrada a saco en noche t r á g i c a , P a r é c e m e el aspecto renovar .

L a t ierra estaba en ca lma : voz ninguna Sonaba en d e r r e d o r ,

N i de h o m b r e s ni de canes, y la L u n a Al ta gu iaba sus caballos ráp idos D e r r a m a n d o tr ist ís imo esp lendor .

Y o , los o j o s alzando al astro e r r a n t e , T o r n á b a l o s de allí

A l Capitol io , de su luz radiante , Q u e en vano a mi mansión miraba p r ó x i m o , Y a R o m a mis acentos d i r i g í :

« O h espír i tu que el á m b i t o vec ino «Señoreas , y vos,

« D e la c iudad exce lsa de Qu i r ino . « N ú m e n e s , t emplos y luc ientes cúpulas , « Q u e d a o s todos para s i e m p r e , adiós!

— 176 —

T a r d e a c u d o al b r o q u e l , de m u e r t e h e r i d o ; Mas al menos mi honor

Salvad! que p o r vosotros ins t ru ido E l semid iós q u e me p r o s c r i b e , o h n ú m e n e s ! C r i m e n no j u z g u e lo que fue un e r r o r . »

A s í exhalé mis súplicas; mi esposa V e r t i ó mil p r e c e s más,

Sue l to el cabe l lo y con la voz l lorosa, Y al f o c o ext into de mis lares t r é m u l o I m p u s o el labio y la dol iente faz.

Mient ras ellos su q u e j a last imera D e n e g á b a n s e a o í r ,

Avanzaba la N o c h e en su c a r r e r a , Y , m u d a vo l teando , la Osa A r c á d i c a M e int imaba el m o m e n t o de par t i r .

Q u é har ía , de la patr ia e n c a d e n a d o Y o p o r el b lando a m o r !

A u n q u e el plazo fatal era l l egado , Si la h o r a a lguno consul tó so l í c i to , « A y ! » e x c l a m é » ; respeta mi do lor !

«De d ó n d e me despides cons idera , « O a d ó n d e , p o r p i edad ! »

F i n g i e n d o aún que d á r s e m e p u d i e r a M á s prop i c ia ocasión, i luso el á n i m o L u c h a b a con la h o r r i b l e rea l idad .

T r e s veces fui al u m b r a l , y ante el ab ismo R e t r o c e d í ; ni sé

Si entonces era d u e ñ o de m í mismo , P u e s , cual de ocu l ta resistencia c ó m p l i c e , N e g á b a s e a m a r c h a r pesado el p ie .

A y ! cuántas veces , c u a n d o ya salía, A e n c a r e c e r volví

A q u e l l o mismo que e n c a r g a d o había ; A y ! cuántas veces l osadioses ú l t imos Y el ósculo s u p r e m o r e p e t í !

C ó m o los o j o s con inquie to anhelo T o r n a b a sin cesar !

« C o n que he de abandonar el patr io suelo? « C o n que he de s e p u l t a r m e en pueb los bárbaros? « O h ! dejadme un instante resp i rar !

« V i v o m e p i e r d e mi infeliz esposa, « Y y o la p e r d e r é .

« O h dulce h o g a r ! oh patr ia del ic iosa! « O h corazones para m í tan ínt imos , « Q u e de T e s e o renováies !la f

— 177 —

« H o r a p u e d o a b r a z a r o s . . . después , n u n c a . . . « V e n i d todos a m í ! » . . . .

Q u e d a en mis labios la pa labra t r u n c a , Y atra igo hacia mis brazos, en esp ír i tu , Cuantos seres amé, cuanto p e r d í .

Mient ras hablo y l loramos j u n t a m e n t e , Y a empezaba su luz

D e la mañana el astro r e f u l g e n t e A d e r r a m a r p o r los celestes á m b i t o s , D e mi in for tunio pavoroso a u g u r .

A r r a n c a n d o de allí, me p a r e c í a De m í mismo a r r a n c a r ,

E n partes div idido , c o m o un día M e c i ó sus m i e m b r o s p o r cuadri l la i n d ó m i t a Sint ió a puntos diversos ar ras t rar .

N u e v o s gr i t os entonces o i go a g u d o s Alzarse en t o r n o a m í ,

T r i s t e s manos her i r pechos desnudos , Y mi esposa, a f e r r á n d o m e , a sus l á g r i m a s U n i ó la voz de su do lor así:

« N o hay fuerza h u m a n a que de ti me apar te , « N a d a me hará c e d e r ;

«Juntos i r emos a cua lqu iera par te ; « P r o s c r i t a esposa de un pros c r i t o mísero—• « E s t á h e c h o t o d o ! — m e verán d o q u i e r .

« P e s o leve seré , f a r d o a l legado « A l ba je l vo lador .

«Partes; César lo manda ! y o a tu lado « I r é del o r b e a los p ros t re ros l ímites ; « L o manda , César para mí , el a m o r ! »

T a l f o r c e j a b a , y c u a n d o al fin r e n d i d a Cedió , s a l g o — o más b ien

A q u e l l o fue mi funeral en v i d a — L a faz hirsuta descompues ta , escuál ido , R e v u e l t o el pe lo en la nublada sien.

D í c e n m e q u e al r i g o r de su t o r m e n t o D e s m a y ó la infeliz,

Y así que del he lado pav imento A c e r t ó a levantar los m i e m b r o s débi les Y c u b i e r t a de polvo la cerviz ,

T o r n ó a ve r t e r el abundoso Harto A n t e el des ierto altar,

M i n o m b r e a r e p e t i r y a g e m i r tanto Cual si a h i ja o esposo, ya cadáveres , V i e s e a la p ira f ú n e b r e l levar.

M, A. Caro—Traducciones—

— 178 —

Y aunque envidiara del s epu l c ro f r í o El sueño y la qu ie tud ,

M o r i r no quiso p o r respeto m í o . — O h ! viva, dando a mis do lores bá lsamo L a esperanza que c i f r o en tu v i r tud !

LIBRO III

Elegía ii Ergo erat in fatis....

Estaba d e c r e t a d o : y o d e b í a V e n i r a Scitia y a habitar ¡a zona Q u e dominan las Osas, triste y f r ía .

Y al que os fue c onsagrado en H e l i c o n a N o pud is te i s , P i é r i d e s , no p u d o F a v o r e c e r el h i j o de L a t o n a ;

N i c on t ra g o l p e tal, cast igo r u d o De canto a legre , sin razón cu lpado , F u e la inocenc ia de mi vida escudo .

M á s antes mil pe l igros he pasado P o r t i erra y mar , y al fin me da acog ida E l P o n t o , p o r los hielos ago tado .

. Y o , que nac í a l levar ho lgada vida, E l c u e r p o a las fat igas i n e x p e r t o , El alma de negoc i os desasida,

Q u é no he su f r ido ya? M a r e s sin p u e r t o E incógni tas r eg i ones mi c a r r e r a H a n visto p r o c e l o s a , — y aun no he m u e r t o !

F l a q u e a e l c u e r p o , mas el alma entera F u e r z a s le da para t raba jos tales Q u e o t r o a su e m p u j e s u c u m b i d o hub iera .

En tanto que arros traba tempora les , El cont inuo a fanar , la varia escena T e m p l a b a n la memor ia de mis males;

Mas, cesando del viaje la faena, C u a n d o al p res c r i t o t é r m i n o ya l l ego Y pa lpo ya el l u g a r de mi c o n d e n a ,

Q u é h a c e r no t e n g o , y a l lorar me e n t r e g o , Y bro ta el l lanto cual de p r o n t o r u e d a F u e n t e helada deshecha en l a r g o r i ego .

V u e l v e la m e n t e a R o m a , allá se hospeda , Y t o rna a ver la casa deseada Y cuanto allá de mí p e r d i d o q u e d a .

— 179 —

A y ! cuántas veces quise la j o r n a d a R e n d i r , y del s e p u l c r o ya c e r c a n o T o q u é a la puer ta , y la e n c o n t r é c e r r a d a !

P o r q u é entre aceros evad i rme sano P u d e , y s obre mi f r ente el firmamento Tantas veces t ronaba , y t r o n ó en vano?

O h dioses, c u y o inf lujo adverso s iento , P a r t í c i p e s constantes del e n o j o De l dios que ha d e c r e t a d o mi t o r m e n t o !

O í d mi ú l t imo r u e g o , a vos me a c o j o : N o más la M u e r t e me den iegue asilo, Y en t ierra extraña , mísero d e s p o j o , P u e d a y o al menos descansar t ranqu i l o !

Elegía ni. Haec mea si,...

E x t r a ñ a r á s p o r ventura R e c i b i r de m í esta carta N o trazada p o r mi mano : Y o la d i c té , e n f e r m o estaba.

E n f e r m o , de m u n d o ignoto E n las partes más le janas, Sin saber , en t rance tal, Q u é será de m í mañana.

¿Qué á n i m o , di , q u e d a r p u e d e A l que en r eg i ón tan ingrata Pos t rado se e n c u e n t r a , en m e d i o De los Getas y los Sár matas?

A q u í el aire me es noc ivo , N o m e a c o s t u m b r o a estas aguas, T o d o , en suma, me desplace . N o sé d e c i r p o r q u é causa.

H a b i t a c i ó n j a l imentos P r o p i o s de un e n f e r m o , faltan; Quien con apol íneas artes A l iv io dé , no se halla.

N o hay quien venga a conso larnos ; N i un a m i g o que c on g ra ta P lát i ca el peso a l igere De horas y noches tan largas .

Desfal lezco en los conf ines D e las t i erras habitadas , Y en mi espír i tu dol iente Cuanto p e r d í se re t rata .

— 180 —

B u e n a y cara esposa mía! T u r e c u e r d o a todos gana ; Sola t ienes, más que en p a r t e , E n mi corazón morada .

Cont igo hablo estando ausente , Sola a ti mi voz te l lama; N i de día ni de noche D e m í tu imagen se aparta .

Y aun d icen q u e me han o í d o E n t r e c o r t a d a s palabras, Q u e tu n o m b r e se entendía , Q u e c o n t i g o de l i raba.

Cuando ya mi l engua yer ta Es té al paladar pegada , Y a t r e c h o s gotas de vino Mal r e f r e s q u e n mi g a r g a n t a ,

Si m e dicen que acá vienes, M e verán c o b r a r el habla; Sí , vivir, vivir me h ic iera D e tu vista la esperanza.

E n t r e la vida y la m u e r t e Q u e d o aquí ; tú descu idada Al lá entre tanto quizá, Quizá el t i e m p o a l egre pasas.

N o tal, no es c i er to , lo j u r o ! Sé, du l ce mitad de mi alma. Sé bien q u e , ausente , no cesas De sentirte desdichada.

Q u e si ésta f u e r e la ú l t ima De las horas que contadas M e dio el destino, si ya V o y a r e n d i r la j o r n a d a ,

Q u é os costaba, g r a n d e s dioses! H a c e r m e al menos la g r a c i a D e que mi c u e r p o no fuese Sepu l tado en t ierra extraña?

O para el fin de mi vida L a o r d e n fatal se aplazara, O a mi part ida mi m u e r t e Se ant ic ipara t e m p r a n a .

E n t o n c e s esta ex is tenc ia V o l v e r o s p u d e sin tacha; A h ! vivir se me c o n c e d e P a r a m o r i r en desgrac ia .

— 181 —

Sí , para m o r i r tan le jos , E n desconoc idas playas, P a r a que el sitio en que m u e r o H o r r o r a la m u e r t e añada!

N o m o r i r é en l e cho p r o p i o , N i en la funerar ia cama E x p u e s t o seré , ni h a b r á Dol ientes que en t o r n o plañan.

N i mi t ierna c o m p a ñ e r a . M i e n t r a s c on l lanto me baña , Sos tendrá breves instantes. U n a vida que se acaba.

N i haré finales e n c a r g o s ; N i c e r r a r á mano p lác ida M i s o j o s sin luz, a t i e m p o Q u e el e te rno adiós se c lama.

Sin exequias , sin honores Sepulcra les , no l loradas, O c u l t a r á mis rel iquias E n su seno t ierra b á r b a r a .

Sin duda c u a n d o esto ent iendas , R o m p i e n d o el do lor las vallas, H e r i r á s tu casto p e c h o Con m a n o convulsa, insana,

Y t enderás a esta par te Del hor izonte las palmas, Y a g r i t os darás al v iento Mi n o m b r e , pa labra vana.

M a s no el cabel lo te meses , N i a tu ros t ro o fensas hagas; N o es esta la vez p r i m e r a Q u e h a d o in justo nos separa .

Q u e p e r e c í , t e n p o r c i e r to D e s d e que p e r d í la patr ia , Y esa mi p r i m e r a m u e r t e M á s g r a v e fue y más a m a r g a .

T ú , si p u e d e s , — n o p o d r á s ! Q u e a m o r razones rechaza: Gózate , iba y o a d e c i r t e , V i e n d o finar penas tantas.

P u e d a s , sí, c o n t r a la suer te Q u e nuevo g o l p e p r e p a r a , D e m o s t r a r la fortaleza Q u e ya de atrás te a compaña .

— 182 —

Y o ja lá q u e con el c u e r p o P e r e z c a también el ánima, Y que de la ávida p ira N a d a de m í q u e d e , nada!

P u e s si el espíritu l ibre Inmor ta l , a etéreas auras V u e l a , y del vie jo de Samos Ciertas son las enseñanzas,

E n t r e sarmát icas s o m b r a s T r i s t e una s o m b r a romana , V a g a r á , entre Manes fieros E x t r a n j e r a y solitaria.

M a s cu ida q u e en urna breve A R o m a mis restos vayan, Y así, quien m u r i ó en des t i erro P r o s c r i t o también no yazga.

N a d i e lo i m p i d e : r e c u e r d a Q u e una pr incesa tebana A l m u e r t o h e r m a n o h o n r a r supo B u r l a n d o r e g i a amenaza.

Mezcla con ho jas suaves L o s huesos, po lvo d e r r a m a D e a m o m o , y haz que rec iban Sepul tura s u b u r b a n a .

Y en c a r a c t e r e s que p u e d a n Del pasa jero a distancia S e r le ídos , en el m á r m o l D e mi túmulo esto graba:

« C a n t o r de t iernos amores « A q u í en paz N a s ó n descansa, « E l poeta c u y o ingenio « D e su in for tunio fue causa.

« C a m i n a n t e , si no ignoras « L o que es amar , de pasada « A Nasón saluda, y d í : «Séate la t ierra b landa . »

Y nada más q u e esas l íneas, Q u e para epitafio bastan: M o n u m e n t o mis p o e m a s M a y o r , más bel lo me labran ;

Q u e si al mal c o n t r i b u y e r o n D e su autor , t e n g o esperanza Q u e al través de las edades L leven doqu iera su fama.

— 183 —

Mas tú, piadosa, a mi t u m b a Lleva o f rendas funerar ias , En tu llanto h u m e d e c i d a s L leva a mi tumba guirnaldas ,

A u n q u e en cenizas mi c u e r p o T o r n a d o hub ieren las l lamas. A q u e l puñado de polvo S e r á sensible a tus lágr imas .

A u n más quisiera dec i r t e , P e r o , d i c tando , desmayan Las fuerzas; seca la l engua Siento ya; y la voz escasa.

R e c i b e este adiós, el ú l t imo T a l vez que mi b o c a exhala: B ien mío , g u á r d e t e el c ielo , Mientras mi vida se apaga.

Elegía v Usus amiciticiae.

Cont igo amistoso trato T u v e , tan escaso y débi l , Q u e sin notarse la falta Ser pudiste i n d i f e r e n t e .

N i quizá e s t re chado habr ías A q u e l l o s lazos tan tenues Si con viento bonanc ib le Mi b a r c a b o g a d o hubiese .

Mas l lega el día t r e m e n d o , Y cuando , Caído al v e r m e , H u y e n o t ros y a la ant igua A m i s t a d la espalda vuelven,

D e la desolada casa Pasar tú el u m b r a l no t emes , Y un c u e r p o q u e el r a y o ha h e r i d o D e Jove , a t o car te atreves ,

P r e s t a n d o aquel los servic ios T u amistad, a u n q u e nac iente , Q u e sólo de amigos v ie jos D o s o t res pres taron fieles.

Yo vi tu afl igido ros tro Y una palidez d e m u e r t e N o t é en él, c o m o si tú A u n más q u e y o padec ieses .

— 184 —

L l o r a r a cada palabra T e vi, y aun hoy m e p a r e c e Q u e esa voz suena en mi o í d o , Q u e mi boca llanto b e b e .

M i r o tus brazos abiertos , C r e o que a mi cuel lo p e n d e n ; De tu sollozante labio M i faz el ósculo siente.

Y luego , de m í tan le jos . Caro amigo , m e def iendes ( Y caro a m i g o al l lamarte Bien d i c i endo estoy qu ien eres ) .

D e tu a fec to manifiesto A u n otras p r u e b a s te d e b e E l que con ellas tu n o m b r e G r a b a d o en el p e c h o t iene .

H a g a n los cielos que a b o g u e s P o r tus p r o t e g i d o s s i e m p r e , Con esfuerzo tan ga l lardo , Con menos contrar ia suerte .

P u e s si saber deseares ( C r e í b l e es que lo desees ) , Q u é vida y o en tan remotas R e g i o n e s p e r d i d o , l leve,

Ó y e m e : esperanza e x i g u a ( .Ay! qu i tárme la no intentes ) A b r i g o , e x i g u a esperanza D e aplacar iras celestes.

O temerar ia sea ella, O y a razonable f u e r e , E m p é ñ a t e tú en p r o b a r m e Q u e de razón no c a r e c e .

Y toda aquel la facundia Q u e el c ielo te dio , se emplee E n d e m o s t r a r q u e mis votos A l g o valen, a lgo p u e d e n .

A r g u m e n t o s no te faltan: E l más g r a n d e es más c l e m e n t e ; U n corazón g e n e r o s o F á c i l m e n t e se c o n m u e v e .

M a g n á n i m o es el l eón , Sat is fecho c u a n d o vence : P o s t r a d o el c ont rar i o en t ierra , Y a no hay l u c h a , el f u r o r c e d e .

- 185 —

P e r o el l o b o , el oso h o r r e n d o , Y de más innoble espec ie O t r o s brutos , en la presa E x p i r a n t e se e n c r u e l e c e n .

Quién en el sitio de T r o y a M á s que A q u i l e s fue valiente? Del v ie jo P r í a m o , Aqu i l e s Con el l lanto se c o n d u e l e .

Cuánto el m a c e d ó n caudi l lo F u e piadoso al par que f u e r t e , D í g a n l o P o r o y de Dár io L o s funerales so lemnes .

De h u m a n a c l emenc ia e j e m p l o D e j a n d o , c o n t e m p l a a H é r c u l e s Q u e , de e n e m i g o de Juno , Y e r n o de Juno a ser viene.

N o es posible , en fin, que a lguna Esperanza no a l imente Cuando pienso que mi causa C a r g o de sangre no envuelve .

N u n c a genera l desastre B u s c a n d o asesté d e m e n t e A la cabeza cesárea, A quien el m u n d o o b e d e c e .

N a d a d i j e , ni o fensiva M i l engua ha sido, ni a legre B a c o a desatarla vino E n l e n g u a j e i r r e v e r e n t e .

U n del i to vi en mal hora , M a s con o j o s inocentes ; N o h a b e r sido entonces c i e g o E s la cu lpa q u e m e p i e r d e .

N i , p o r q u e así e s cr ibo , ent iendas Q u e en t o d o e x c u s a r m e piense ; P e r o e r r o r más q u e malicia, P a r t e en mi desgrac ia t iene .

Y así, a lo m e n o s c o n f í o Q u e m u d a n d o qu ien lo p u e d e E l l u g a r de mi des t i e rro , M i t i g u e mi triste suert . s

O j a l á q u e , p r e c u r s o r a Del sol q u e anhelo esp lendente , L a estrel la de la mañana Sus cabal los ace lere .

— 186 -

A P E R I L A

Elegía vil

Vade Salutatum....

A s í trazada de p r o n t o V u e l a , t i erra y mares cruza, Carta mía, y fiel ministra L l e g a , a Per i la s a l u d a .

O a par la hallarás sentada D e la dulce m a d r e suya , O absorta entre favori tos L i b r o s que su mente i lustran.

Mas lo que estuviere hac i endo Ella , al ver te , con presura , D e j a ya , y qué e n c a r g o llevas, Y p o r mí , por m í p r e g u n t a .

Responderás l e que vivo, P e r o vida de a m a r g u r a s Q u e en su c o r r e r si lencioso El t i e m p o solo no endulza;

Y , aunque nocivas me f u e r o n , V u e l v o al t rato de las Musas , Y al usado m e t r o a l terno T a m b i é n mis penas se a justan.

Y tú en la c o m ú n tarea P o r tu parte allá te ocupas? T o d a v í a , y no en el patr io Est i lo , versos modulas?

P u e s j u n t o c on la belleza, Per i la , c o s t u m b r e s puras , Raras dotes , c laro ingenio , Ben igna te d io N a t u r a .

Y o ese ingenio de H e l i c o n a Guié a las fuentes y g r u t a s , N o en mal hora se perd iese V e n a tan rica y f e c u n d a .

Y o d e s c u b r í en tus a lbores Esa inc l inación ocul ta ; Como p a d r e , c o m o a hi ja , T e di e j e m p l o y presté a y u d a .

— 187 —

A s í que , si el f u e g o sac ro H o y nutr i endo cont inúas , Só lo a la lira de L e s b o s C e d e r p o d r á la que pulsas.

Mas t e m o que tus p r o g r e s o s R e t a r d e mi desventura , Y que tu ingen io d o r m i t e P o r q u e nadie lo estimula.

O r a maestro , juez ora , F u i cont igo , y veces muchas T e le í mis poesías, T ú me leíste las tuyas.

C o m p o n í a s p o r q u e atento Y o escuchaba tus lec turas ; P o r m í te rubor izabas Cuando a lgo acusaba incur ia .

Quizás v iendo el f ruto a m a r g o Q u e he r e c o g i d o , te asustas D e c o r r e r p o r un s e n d e r o Q u e har to pe l igroso juzgas .

P e r o , nó : mientras no p u e d a A f i r m a r donce l la a lguna Q u e a a m a r le enseñan tus versos , N o hay que t e m e r , vas segura .

Sacude , pues , la desidia E a , doc t í s ima a lumna, A las letras y a las artes Cul to f é r v i d o tr ibuta .

Y a tu meji l la lozana T o r n a r á n los años mustia, Y a tu despe jada f rente A s u r c a r v e n d r á la ruga .

V e j e z , que nada p e r d o n a P r o f a n a r á tu h e r m o s u r a : Avanza , acércase , l lega Con m a r c h a c ier ta a u n q u e m u d a .

Y te af l igirás si a l guno « E s t a fue h e r m o s a » m u r m u r a Y de infiel quizá a tu e s p e j o Culparás , si le consultas .

— 188 —

T ú , d igna de o t ros m a y o r e s , B ienes medianos disfrutas, P e r o supon qué tesoros N o soñados acumulas .

Q u é más da? F a v o r e s b r i n d a Y a su arb i t r io la f o r t u n a L o s ret i ra : al que fue Creso E n I r o de p r o n t o muda .

E n fin, nada poseemos Q u e no se p ierda o destruya , Si el talento, si los b ienes Del espíritu exceptúas .

Y o Patr ia , famil ia , amigos , N á u f r a g o en roca desnuda, H e p e r d i d o , cuanto p u e d e A r r e b a t a r suerte injusta.

Q u é d a m e mi p r o p i o ingenio , E l me consuela y me escuda; Hasta allá el p o d e r no alcanza Q u e al universo s u b y u g a .

T a m b i é n q u i t a r m e la vida P o d r á una acerada punta , P e r o g lor ioso mi n o m b r e Se alzará sobre mi t u m b a ;

Y d o q u i e r seré l e ído E n las edades futuras , E n cuantos pueb los otea L a c iudad de M a r t e augusta.

T ú , en cond i c i ón más prop i c ia T u labor subl ime anuda, T a m b i é n del hado y la m u e r t e E n alas del g e n i o t r iunfa .

L I B R O IV

Elegía ix. Si licet et pateris...

T u n o m b r e y tu c o n d u c t a , f e m e n t i d o , Si es to f u e r e posible y tú cons ientes , E n t r e g a r é a las aguas del o lv ido ,

P u e d e s aún, los o j o s h e c h o s fuentes , I m p e t r a r con tus l á g r i m a s p e r d o n e s , Si muestras que de veras te arrep ientes ,

— 189 —

Si, cuanto debes , detestando acc iones D e T i s í f o n e propias , vida nueva A e m p r e n d e r , aunque tarde , te d ispones .

Mas si en mí, tu odio pert inaz se ceba , V e r á s c ont ra tus í m p e t u s insanos Cuál mi do lor a r m a d o se subleva;

V e r á s en estos t é rminos le janos D o n d e m o r o expatr iado , e rgu i r se altiva Y a ti mi ind ignac ión llevar las manos ,

César de mis d e r e c h o s no me priva, N i me c o n d e n a ( r e c o r d a r l o d e b o ) Sino a que le jos de mi patria viva;

Y aun h a b r á de vo lvérmela ! M e a t r e v o , Si él no falta, a esperar lo : fu lminada P u e d e la enc ina e n v e r d e c e r de nuevo .

Si a mi justa venganza medi tada O t r o s r e cursos faltan y auxi l iares , M e darán las P i é r i d e s su espada.

A u n q u e huésped de Scit ia, las polares Constelaciones, convec inas miro , N u n c a incl inadas a besar los mares ,

Desde este apartad ís imo re t i ro M i s que jas lanzaré c o m o p r e g o n e s Q u e hagan, r o d a n d o , de la t i erra el g i r o .

Contra ti volarán i m p r e c a c i o n e s Mas allá de la m a r y el cont inente , S o b r e la vasta faz de las naciones ,

E l eco volverá de ocaso a o r i ente , Y en todas las edades a p o r f í a M a l d e c i d o serás de g e n t e en g e n t e .

L i s to estoy : no he mostrado todavía L a fuerza de los c u e r n o s ; el m o m e n t o N o ha l l egado , y que l legue no q u e r r í a .

A u n no o f r e c e espec tácu lo sangr i ento E l c i r c o , mas el t o ro a p e r c i b i d o E s c a r b a ya , y arena esparce al v iento .

M á s d i je de lo que es p o r h o y d e b i d o ; Toca , Musa , señal de ret irada. Quiéra lo y su m e m o r i a , a r r e p e n t i d o , Q u e d e en alto s i lencio sepultada.

— 190 —

Elegía x.

lile ego quifuerint

L a vida del cantor de los A m o r e s , Cuyas obras sin él, t endrás delante , N o será bien, Pos ter idad , que ignores .

E n sitio que de R o m a está distante N o v e n t a millas, en Sulmona , t ierra D e f rescos manantiales a b u n d a n t e ,

N a c í aquel año ,—el c ó m p u t o no y e r r a — E n que a un t i empo , en defensa de un p a r t i d o , M u r i ó uno y o t r o cónsul en la g u e r r a .

Y fui (si esto algo vale) bien nac ido : R a n g o , no p o r m e r c e d , de cabal lero T u v e , mas de abo lengo rec ib ido .

P e r o no p r i m o g é n i t o h e r e d e r o H u b e de ser : venido al m u n d o había U n h e r m a n o m a y o r , que fue el p r i m e r o .

N a c í al año cabal : en ese día M i casa c on o f rendas dupl icadas A m b o s natales c e l e b r a r solía.

D e las c inco a M i n e r v a consagradas E s la fiesta en que e s g r i m e n c a m p e o n e s , H o n r a n d o a la G u e r r e r a , las espadas.

M i p a d r e nuestros t iernos corazones F o r m ó , y de h o m b r e s insignes p o r su c iencia F u i m o s en R o m a a r e c i b i r l ecc iones .

Ded i cóse mi h e r m a n o a la e locuenc ia , P u e s del br ioso c o n t e n d e r del F o r o G u s t ó desde su verde adolescencia .

M a s y o aspiraba a celestial tesoro ; Y a sus misterios ya s e c r e t a m e n t e M e conv idaba el apol íneo c o r o .

M u c h a s veces mi p a d r e , « N o i m p r u d e n t e S igas , » me d i jo « o c u p a c i ó n tan vana; H o m e r o mismo no m u r i ó i n d i g e n t e ? »

Dóc i l o y e n d o su adver tenc ia sana R e n e g u é de la amena poesía, Y p r o c u r é escr ib i r en p rosa llana,

— 191 —

M a s las voces al r i t m o y la a r m o n í a V e n í a n p o r sí mismas, mal mi g r a d o , Y cuanto iba a escr ib i r verso salía.

E l t i e m p o en tanto en su c o r r e r cal lado L l e g ó , para nosotros imprev is to , D e t o m a r el viril r o p a j e ho lgado .

V í s t e se ya mi h e r m a n o y y o me visto L a ancha f ran ja p u r p ú r e a : persevera E l en su estudio , en mi afición y o insisto.

E n la edad de veinte años l i sonjera L a m u e r t e le l l evó a la t u m b a oscura Y una parte de m í r o b ó m e fiera.

T r i u n v i r o , candidato a la cues tura , H u b e de optar , y p r e f e r í en honesto O c i o l levar la ecuestre vest idura.

A mis débi les fuerzas el molesto T r a b a j o no cuadraba ; é rame odioso E l fasto vano , el eminente puesto .

A la paz me invitaban y al r eposo L a s sacras Nin fas de m o r a d a u m b r í a , O b j e t o a mis anhelos deleitoso,

U n a especie de culto y o rend ía A los vates entonces florecientes; Dioses en ellos d e s c u b r i r c re ía .

Sus Aves M a c r o anciano, y sus Serpientes Y 2'erbas r e c i t ó m e , ya en venenos . Y a en ocu l tos ant ídotos potentes .

C laro en lo hero i co , P ó n t i c o , no menos Q u e en los y á m b i c o s Basso, c o m p a ñ í a B r i n d á b a n m e a la par de envidia a jenos .

A P r o p e r c i o , f erv iente en la e leg ía , A m e n u d o escuché , y a unirnos vino L a z o e s t re cho de firme s impat ía .

E x t a s i á b a m e el canto p e r e g r i n o D e H o r a c i o , que a r r a n c ó p o r arte rara S o n e s no usados al laúd latino.

A V i r g i l i o vi apenas : suer te avara N o dio t i e m p o a q u e fuese c o m p a ñ e r o D e T i b u l o y su t ra to d is f rutara .

— 192 —

Este a P r o p e r c i o p r e c e d i ó : p r i m e r o A e n t r a m b o s Galo p r e c e d i d o había , Y o en la serie del t i e m p o fui p o s t r e r o .

C o m o a o t ros y o más mozo h o n r a r sol ía, De los que en pos vinieron fui a tendido , Y acredi tóse en breve mi T a l í a .

N o había por t e r c e r a vez ra ído M i barba , y c o r t e j a d o p o r la fama, Y a con aplauso en púb l i co , era o ído .

Con falso n o m b r e c e l e b r é a una dama, Corina la l lamé: tal n o m b r e luego V u e l a , y doqu ie ra la atención rec lama .

M u c h o s versos c o m p u s e , mas no c i e g o A m o r les tuve : de lo mal f o r j a d o E n c o m e n d é la c o r r e c c i ó n al f u e g o .

C u a n d o salí de R o m a , d e s p e c h a d o , Q u e m é otras poesías, que ahora pienso H u b i e r a n , si viviesen, a g r a d a d o .

N a t u r a un corazón me dio inde fenso Contra los t iros de C u p i d o aleve, Y a toda fáci l impres ión p r o p e n s o .

Mas , s iendo y o de a m o r j u g u e t e leve, N o caí en aventura vergonzosa Q u e fuera pasto a la mal igna p l ebe .

Casi niño me d ieron una esposa Con quien viví m u y p o c o , pues no era D i g n a de mis a fec tos ni hacendosa .

Buena fue mi s e g u n d a c o m p a ñ e r a ; Esta también p o r breve t e m p o r a d a M i l e cho c o m p a r t i ó cual la p r i m e r a .

L a que vino a aliviar mi edad cansada Eie l c o m p a r t e , con noble gal lardía , De l proscr i t o la suer te desgrac iada .

Casada en t iernos años la h i ja mía, F e c u n d a veces dos, no de un m a r i d o , H í z o m e abuelo en venturoso día .

N u e v e lustros h a b i e n d o ya c u m p l i d o Mi p a d r e , y nueve más, de su c a r r e r a A l t é r m i n o l l egar le vi r e n d i d o .

— 193 —

L l o r é , c o m o él p o r m í l lorado hub iera ; M i m a d r e a p o c o en duelo c o n d u c i d a F u e a acompañar le en la mansión pos trera .

F e l i c e s uno y o tra en su part ida Y en sazón sepultados o p o r t u n a , A n t e s que viesen mi h ó r r i d a ca ída !

Y feliz y o , pues mi crue l f o r tuna N o el sueño va a t u r b a r que los r e c i b e , N i antes de m í tuv ieron q u e j a a lguna!

Si más que un n o m b r e del m o r i r se inhibe , Si la pira en cadáveres se c eba , Mas h u y e de ella el alma y sobrev ive ;

Si hasta allá, augustas sombras , triste nueva I r p u e d e , y ante jueces infernales Contra m í a lguna acusación se lleva,

Sabed que nunca f u e r o n cr iminales Mis actos ,—ni pud iera y o engañaros ; Q u e fue un e r r o r la causa de mis males .—

Esta o f r enda , excusad , l e c tores caros , A los Manes deb ida . El hilo anudo ; V o y del fin de mi historia cuenta a daros .

Cuanto en r isueña edad p l a c e r m e p u d o H u y ó , y mis sienes ya con m a n o f r ía Comenzaba a a r g e n t a r el t i e m p o m u d o .

Y a c ontar des q u e vi la luz del día , Diez veces y a de Pisa en las c a r r e r a s L a oliva el v e n c e d o r ceñ ido había ,

C u a n d o o f e n d i d o p r í n c i p e a e x t r a n j e r a s P layas lanzóme: o b e d e c í el d e c r e t o , M a r c h é a T o m o s , del P o n t o en las r iberas .

De l caso la verdad no fue un se c re to P a r a nadie ; tú, Musa , no reveles L o que callar d e b e m o s p o r respeto .

D e amigos y domést i cos infieles N o h a b l e m o s : penas m e m o r a r rehuso N o menos que esta p r o s c r i p c i ó n crue les .

A l pr inc ip i o mi espír i tu con fuso , Sus fuerzas luego r e c o g i ó , y valiente A arros t rar el dest ino se dispuso.

M. A. Caro—Traducciones - 1 3

— 194 —

N o t o g a d o cual antes , no indo lente , E m b r a c é armas insólitas, aquellas Q u e el caso d e m a n d ó , d u r o y u r g e n t e .

P o r t ierra y mar de mi in fortunio huellas D e j é , cuantas el c ie lo c o n o c i d o . Cuantas el po lo o cu l to g u a r d a estrellas.

T r a s l a rgo r o d e a r al fin res ido E n pob lac ión de Sármatas : h o r r e n d o A m a g a el Geta con c a r c a j t e m i d o .

En med io s i e m p r e de marcial e s t r u e n d o Paso día tras día, año tras año, Y consué lome versos e s c r ib i endo .

N a d i e hay a quien leerlos , p o r q u e e x t r a ñ o E s el l e n g u a j e , sin e m b a r g o escr ibo , Y así a d u e r m o el do lor y el t i e m p o e n g a ñ o .

Sí , aunque tanto padezco , p ienso y vivo, Y aquel tedio mortal no m e domina Q u e a e x t r e m o s lleva al mísero inactivo,

E s o lo d e b o a ti, Musa divina: T ú eres única fuente de consuelo , T ú en mis males descanso y med i c ina ;

Y guía a un t i e m p o y c o m p a ñ e r a , al hielo T ú me robas de ! Istro , y de He l i c ona M e llevas a la c ima en b lando vuelo,

Y el r e n o m b r e me das y la corona Con que esquiva la fama so lamente A los que ya finaron ga lardona .

P r o n t a a ensañarse en lo que ve presente , E n o b r a mía hasta hoy ia Envidia i n m u n d a Clavar no ha osado el ponzoñoso diente .

N u e s t r a edad en poetas fue f e c u n d a , Mas el honor que l ogran m e r e c i d o En daño d e mi ingenio no r e d u n d a .

A u n q u e con m u c h o s mi valer no mido , N o in fer ior se me juzga , y a doqu iera P e n e t r o , en copias múltiples le ído .

Si presumirse d e b e verdadera L a previs ión de un vate, yo p r e d i g o Q u e no he de mor i r todo , cuando muera .

- 195 —

Si es d e b i d a al f a v o r , l e c t o r a m i g o , M i f ama , o p o r mis cantos ia m e r e z c o , N o lo sé y o ; mas tu p iedad b e n d i g o Y mi p e r e n n e g r a t i t u d te o f r ez co .

L I B R O v

Elegía i.

Hunc quoque de Getico

Haz q u e a los o t ros cuat ro , l e c to r m í o , Este l ibro de versos se reúna Q u e de las playas gét i cas envío .

T a m b i é n éste será de mi f o r t u n a M u e s t r a adecuada ; así que en verso tanto A l e g r e nota no hallarás n inguna ;

• P o r q u e es razón que en lo que es c r ibo el l lanto

D e j e sentir que de mis o j o s mana, C o r r e s p o n d i e n d o a la mater ia el canto .

A l l á en mi juveni l edad lozana Canté los gustos a que a m o r conv ida ; H a r t o rae duele esa labor insana.

Conservo de mi súbita ca ída P e r p e t u a la impres i ón , p e r p e t u a m e n t e T e m a a mi canto da mi prop ia her ida .

C o m o en desierta oril la, c u a n d o siente Su fin c e r c a n o el c isne, entre mor ta les Ansias d icen que canta en s o n do l iente ,

A costas a r r o j a d o inhospitales D o nadie ha de o f r e n d a r m e honores p íos , So lemnizo mis p r o p i o s funera les .

Quien guste de amorosos desvarios Y lascivo cantar , lo que desea N o espere hallar en esos l ibros míos .

M á s bien de Galo af ic ionado sea, E s c u c h e de P r o p e r c i o el blanr'o acento , De T i b u l o genti l las obras lea.

A y me ! que en ese n ú m e r o me cuento . N u n c a fuera con ellos y o n o m b r a d o P o r los métr i cos j u e g o s que hoy lamento !

— 196 —

D u r a fue la exp iac i ón de mi pasado : E l que cantaba al flechador C u p i d o M o r a entre escitas, cabe el Is tro he lado ,

Y o t r o s cantos ensaya ar repent ido , Dest inados a púb l i ca l e c tura ; Salven ellos su n o m b r e del o lv ido .

« P o r q u é » d i r á m e a lguno p o r ventura , Só lo empleas tu p luma en lamentarte? C o n t e m p l a d mi desgrac ia y cuál p e r d u r a !

N o p o r o b r a de ingenio ni del arte C o m p o n g o y o : la inspirac ión p r o c e d e De mi prop ia desdicha . M a s qué par te

A tantos in for tunios se c o n c e d e E n lo que escr ibo? M í n i m a , a fe mía ; Fel iz qu ien n u m e r a r sus males p u e d e !

• Cuantas ramas la selva lleva u m b r í a .

Cuantas el r o j o T i b r e arrastra arenas, Cuantas de M a r t e el c a m p o yerbas c r ía ,

A s í el n ú m e r o ha s ido de mis penas Sin o tra medic ina , o t r o consuelo . Q u e el divino favor de las Camenas .

« C u á n d o , Nason , a cánt i cos de duelo T é r m i n o has de p o n e r ? » d i rásme a h o r a ; — Cuando lo p o n g a a mi desgrac ia el c ielo .

Ella es de poesía g e m i d o r a P e r p e t u o manantial , voz last imera Q u e p o r mi labio , en mis palabras, l lora.

A mi patr ia , a mi du lce c o m p a ñ e r a R e s t i t u i d m e , serenad mi f r e n t e , V u e l v a o t ra vez y o a ser lo q u e antes era,

Qu iera el invicto César ser c l e m e n t e C o n m i g o ; y c ó m o en h imnos de a legr ía V e r á s t rocarse mi do lor c l e m e n t e !

Mas no cantaré ya lo que solía, P u e s de su grave postrac ión quién , loco , L a infausta causa renovar q u e r r í a ?

Mis cantos p lacerán a aquél que invoco Luego q u e de éstas h ó r r i d a s guar idas P e r m i t a al menos q u e me ale je un p o c o .

— 197 —

O t r a cosa entre tanto no me pidas Q u e las notas de flauta p lañidera A c e r e m o n i a s f ú n e b r e s debidas .

O i g o que a r g u y e s : « ¿ y m e j o r no fuera A r r o s t r a r c on valor la suerte mala H a c i é n d o l a en s i lencio l l e v a d e r a ? »

Q u é ex iges? a mi pena cuál se iguala? M a l t r e c h o a g o l p e s o en t o r t u r a i m p í a Quién , d í m e , g r i t o s de do l o r no exhala?

Fá lar i s m i s m o al mísero que había E n la b r o n c í n e a máqu ina m e t i d o Q u e j a r s e con m u g i d o s no i m p e d í a .

« N o l levó a mal A q u i l e s el g e m i d o

D e P r í a m o ; ¿y en mí , cruel, te e n o j a L o que fue de e n e m i g o s consent ido?

De sus hi jas a N í o b e despo ja A p o l o , mas no l lega a tal e x c e s o Q u e el l lanto cu lpe que su ros tro m o j a .

A l g o se alivia, susp irando , el peso D e inevitable mal. P r o g n e d e m e n t e Y A l c í o n e a g e m i r se dan por eso;

Y en f r í o antro , m o r d i d o de serp iente , L o s peñascos de L e m n o s fat igaba E l h i j o de Pean con g r i t o h i r iente .

L a pena, c o m p r i m i d a , ahoga : es lava Q u e se resuelve p o r abr i rse b r e c h a , Y hierve adentro , cada vez más brava .

Sé i n d u l g e n t e , l e c t o r : o b ien deshecha T o d a s , sin dist inc ión, las obras mías, Si te es noc ivo lo que a m í aprovecha .

N o lo será , t e m e r l o no podr ías ; Só lo a su autor en h o r a desgrac iada D a ñ o h u b i e r o n de h a c e r mis poesías.

Q u e escr ibo mal , confiésolo; mas nada T e fuerza eso a leer , o a que , l e y e n d o , N o sueltes luego el l i b ro si te enfada.

C o m p o n g o sin estudio 7 nunca e n m i e n d o ; Q u e lo que en t ierra b á r b a r a fue escr i to N o os suene allá tan b á r b a r o p r e t e n d o .

— 198 —

Con poetas romanos no compito: Ser juzgado cualSármata reclama El que vive entre Sármatas proscrito.

No animarán estímulos de fama A enfermo ingenio; en vano de serenas Cimas la Gloria, al que desciende, llama.

Procuro solo adormecer mis penas. Que aflojan por momentos, y con brío A embestir vuelven, de piedad ajenas.

Porqué escribo sabéis; porqué os envío Mis versos preguntáis, amigos caros? Estar presente, en Roma siempre ansio Quiero allá de algún modo acompañaros.

Elegía xii.

Scribis ut obleclem

Eso, amigo, me escribes? que mi suerte Con el estudio alivie? que mi vena N o extinguir deje en desaliento inerte ?

Eso aconsejas? E s labor amena La poesía, pide su cultivo Paz en el alma y libertad serena;

Y a mí el hado se muestra tan esquivo, A l náufrago privando de esperanza, Que caso más acerbo no concibo.

Quieres que de sus hijos la matanza Príamo aplauda, que a su mal consuelo Níobe busque en bulliciosa danza.

El que a vivir se obliga en agrio suelo, Peregrino entre incultas gentes, díme, De gala debe estar o estar de duelo?

Si a arrostrar la ruina que me oprime Traer acá de Sócrates la entera Virtud lograses y el saber sublime,

A esta gran pesadumbre se rindiera; Que a humana fortaleza y bizarría El furor de los Númenes supera:

— 199 —

El sabio ant iguo a quien A p o l o un día T í t u l o dio de soberana g lor ia , En este caso e n m u d e c i d o habr ía .

T ú de patria y amigos la memor ia A l e j a de mi espír i tu dol iente , B o r r a , si puedes , mi funesta historia:

A u n así, en esta alarma p e r m a n e n t e , O en m e d i o del estrépi to de M a r t e , C ó m o a estudio apacible dar la m e n t e ?

F u e r a de que el artíf ice g r a n par te De su destreza p i e r d e , y le abandona A l fin, p o r él a b a n d o n a d o el ar te .

N o ya dones de Ceres o P o m o n a Copiosos vuelve , más a b r o j o s c r ía C a m p o a quien r i e g o falta y nadie abona

El c o r ce l que a los vientos desafía, Se enerva , si en rec in to angosto pace , Y , vuelto al c i r c o , el ú l t imo sería .

H iéndese c a r c o m i d a y se deshace L a b a r c a que p o r l u e n g o espacio a fuera Del usado e l e m e n t o , inútil y a c e .

A s í mi ingen io , en su modesta esfera, ( P u e s nunca a c o r o n a r l l e g ó la a l tura) N i a eso p o c o q u e fue t o r n a r espera .

B a j o el peso de e n o r m e desventura T i e m p o ha que y a c e en la inacc ión d o r m i d o , Y el q u e fue luz escasa es s o m b r a os cura .

C ier to que a veces las tablillas p ido , Y revivir intento , y a la Musa M é t r i c a s f o r m a s a o r d e n a r c onv ido .

M a s ella entonces su favor rehusa, O a lgo e s c r ibo , cual esto, que a quien lea, M i lastimosa decadenc ia acusa.

E l que adornarse de laurel desea, F u e r z a r e c i b e del f e c u n d o anhelo D e g lor ia , q u e su mente señorea .

Y o también iba en pos de aquel señuelo , Y las velas a l egre descog ía Con soplo favorab le , en l a r g o vuelo .

— 200 —

N a d a m e i m p o r t a ya la n o m b r a d l a ; Fe l i z y o si, de todos i g n o r a d a , C o r r i d o hub iese la ex istenc ia mía !

¿ O a r g u y e s que en la f ama ya alcanzada M i r a r d e b o l e g í t i m o tesoro , Y qu ieres que a a c r e c e r l o me persuada ?

O h sacras N in fas del castalio c o r o ! P e r d o n a d , mas vuestro hál ito p rop i c i o Causa dio no p e q u e ñ a al mal que l loro .

Cual del t o ro de b r o n c e , atroz supl ic io , F u e el inventor la v í c t ima p r i m e r a , D e mi arte así y o p r u e b o el maleficio.

Q u e a m í con versos, p u e s ? M á s bien deb ie ra H u i r del m a r que lleva ro to el leño Y desnudo me a r r o j a a la r ibera .

Y en aquesta r e g i ó n si en l o co sueño A la fatal labor volver med i to , Q u é habrá que pueda est imular mi e m p e ñ o ?

N i un l i b ro aquí , ni nadie—si rec i to P o e s í a s — q u e o í d o fáci l preste A la voz misteriosa del p ros c r i t o .

M u n d o de razas bárbaras es este; Solo óyese d o q u i e r del Geta h o r r e n d o E l habla ruda , el alarido agreste .

Y o el g é t i c o y sarmát i co ya ent iendo , Y hab lando en l engua extraña , cada día V o y la latina e l o cuc ión p e r d i e n d o .

Mas a dec i r verdad , la Musa mía, Irresist ible tentadora , al j u e g o P o é t i c o o t ra vez mi mente guía .

E s c r i b o , y lo que escr ibo doy al f u e g o , . Y las rel iquias últ imas del canto Ceniza desd ichada al aire e n t r e g o .

N o h a c e r versos quis iera , mas el l lanto Y el verso f luye al par , y al f u e g o a r r o j o N o sé si lo que l loro o lo que canto .

— 201 —

Al lá va de mi i n g e n i o a l g ú n d e s p o j o , P o r aventura o p o r p iadoso e n g a ñ o Salvado de la l lama o de mi e n o j o .

O j a l á que los versos q u e mi daño Causaron imprev i s to , a la m a n e r a Q u e arden h o y los q u e inspira el desengaño , H u b i e s e n f e n e c i d o en viva h o g u e r a !

E L G A M P O R E M E D I O D E L A M O R

REM. AM. V. 169 .59

Rura quoque oblectant.

E l c a m p o deleitoso y su cult ivo B r i n d a también a quien de a m o r p a d e c e , R e m e d i o c ier to o b lando lenit ivo.

Y a el cuel lo el fuer te t o r o al y u g o o f r e c e P o r q u e , a tu impulso , el d iente del arado L a t ierra d u r a a r e m o v e r e m p i e c e .

Y a el haza removis te : de buen g r a d o O r a al revuel to sulco el g r a n o e n t r e g a Q u e luego c o g e r á s mult ip l i cado .

M i r a el h u e r t o feraz , la r i ca vega; C o n t e m p l a c ó m o la c a r g a d a r a m a A l peso de sus f ru tos se d o b l e g a .

Y a a los r iscos la cabra se e n c a r a m a , Y a da a la pro le h a m b r i e n t a la u b r e l lena, M u e r d e la ove ja la m e n u d a g r a m a .

O y e con qué r u m o r tan b lando suena Desatado el raudal ; con qué sent ido T o n o el pastor su carami l lo estrena.

A c á su recental c on g r a n b r a m i d o L a m a d r e l lama; al í m p e t u del v iento A l lá el bosque susurra c o n m o v i d o .

Y qué , c u a n d o con s o r d o mov imiento E n j a m b r e z u m b a d o r del h u m o insano H u y e , b u s c a n d o favorab le asiento!

P o m a s o toño , espigas da el verano , F l o r e s la p r i m a v e r a ; a l egre f u e g o E l r i g o r t e m p l a del inv ierno cano .

E n prec i sa estación c o g e el l a b r i e g o L a s uvas q u e p u r p ú r e a s ven los o j o s , Y el mosto en el lagar desata l u e g o .

— 203 —

En precisa estación ata en manojos L a mies, y barre con rastrillo abierto De cegada campiña los despojos.

Poner podrás tú mismo en fresco huerto El pino, y el raudal que se derrama Unido encaminar por cauce cierto,

O en sazón maridar rama con rama Por ver el árbol que con otro enlaces Ornado con los frutos que desama.

Cuando en estas labores te solaces, Huyendo amor del pecho en que hizo nido, Débil las alas batirá fugaces Y le verás en aire convertido.

MGRHCID

H O R A G I O

CARM I — 2 Jatn satis terris

Asaz de nieve y a y granizo c r u d o E n v i ó el P a d r e ; asaz c on r o j a diestra, Bat ió alcázares sacros , a t e r r a n d o

A la c iudad y al m u n d o ,

Hac i éndo les t e m e r tornase el s ig lo D e P i r r a , que prod ig i o s vio espantables C u a n d o toda su g r e y llevó P r o t e o

A montes empinados .

Y peces mil p e g á r o n s e a los o lmos . Conoc ida mansión de las palomas, Y sobre alto y t end ido m a r nadaron

L a s t ímidas gacelas .

V i m o s al T i b r e de la etrusca oril la T u r b i o volver las rechazadas ondas , V í m o s l e a reg ios atr ios , y de V e s t a

A m e n a z a n d o el t e m p l o .

M i e n t r a s sensible de Ilia a los g e m i d o s , Sin p e r m i s o de Júp i ter , venganzas A n u n c i a , y la siniestra m a r g e n c u b r e ,

A m a r t e l a d o r í o .

Q u e a civil g u e r r a se aguzaron armas Q u e al Persa osado cast igar deb ie ran , O i r á c o n t a r p o r culpa de sus padres

G e n e r a c i ó n m e r m a d a .

Cuál dios, t a m b a l e a n d o ya el i m p e r i o , E l pueb lo ha de invocar? Con qué p legar ias P o d r á n sagradas v í r g e n e s a V e s t a

M o v e r , ya sorda al canto?

A quién el c a r g o de e x p i a r el c r i m e n Jove ha de c o m e t e r ? A nuestro r u e g o , V e l a d o en nube los radiantes h o m b r o s ,

V é n ya , adivino A p o l o !

O , si pref ieres , tú, leda Er i c ina , De quien Risa y A m o r en t o r n o vuelan; O, si autor tú de nuestra raza, t o rnes

A mirar a tus nietos,

— 208 —

Cansado y a de divers ión tan larga , T ú , a qu ien place el c l a m o r , los l impios y e l m o s L a torva faz q u e , en t ierra , vuelve el M a u r o

A l a g r e s o r c r u e n t o ;

O tú, q u e t r a s f o r m á n d o t e a q u í aba j o , T o m a s aspecto de m a n c e b o , alado H i j o de M a y a , y el r e n o m b r e admites

D e v e n g a d o r de César:

O h ! tarde vuelve al c ie lo y l a r g o t i e m p o P r e s i d e en tanto al p u e b l o de Q u i r i n o ; Q u e no, c on nuestros vicios mal hal lado,

T e r o b e aura imprev is ta .

P lázcante aqu í más bien g r a n d e s t r iun fos , Y que P a d r e y que P r í n c i p e te ac lamen , Y q u e , m a n d a n d o tú, no más el M e d o

C o r r a los c a m p o s , César!

CARM i—3 Sic te Diva

A s í de Ch ipre , oh nave! L a poderosa diva, D e H e l e n a así los fú lg idos G e m e l o s te d i r i j an ;

Y el p a d r e de los vientos E n cárce l los r e p r i m a Y d e j e al Cauro solo Su ala t e n d e r prop i c ia ,

Q u e mires b ien , te r u e g o , L a deuda a que te ob l i gas ,— Y o h ! salva, sálvame esa Mitad del a lma mía.

De rob l e y tr ip le b r o n c e E n t r a ñ a s g u a r n e c i d a s T u v o el q u e h e n d i ó p r i m e r o M a r bravo en f rág i l quil la.

N i de a r r e d r a r l e h u b i e r o n L a s ominosas Híadas , N i el Á f r i c o impetuoso Q u e al Bóreas desaf ía ;

— 209 —

N i el N o t o , que en el A d r i a M á s que todos domina , Y a su anto j o las olas O e n c r e s p a o apac igua .

Q u é aspecto de la m u e r t e A m e d r e n t a r p o d r í a A l que nadantes monstruos Con sosegada vista

M i r ó en torno , y alzado E n espumantes c imas E l p ié lago , y de E p i r o L a s rocas maldec idas?

Quiso Dios que las t ierras El ab ismo divida; M a s ya el vedado l inde Naves saltan impías .

El h u m a n o l inaje C r e c i e n d o en osadía, A t r o p e l l o p o r t odo Y al mal se prec ip i ta .

El h i j o de Japeto A u d a z al suelo un día T r a j o el f u e g o , r o b a d o A la mansión divina.

S o b r e la t i erra al punto Pal idez en fermiza Y de i gnorados males C a y ó plaga s o m b r í a .

L a m u e r t e , si forzosa, A l e j a d a y remisa, R á p i d o desde entonces A c á el paso encamina .

Alas del h o m b r e a jenas T o m a Dédalo , y l ibra Su c u e r p o al viento vago P o r la r e g i ó n vacía.

H i e n d e el h e r c ú l e o esfuerzo Del Aquer .ón la s ima; Y a nada es a r d u o , nada A l morta l int imida.

M. A. Caro—Traducciones—14

- 2 1 0 —

Contra los c ie los mismos N u e s t r a insania consp ira , Y e n c e n d e m o s los rayos Q u e Jove a irado v ibra .

CARM i—4

Solvituí acris hymes....

Cede el Inv ierno al soplo de P r i m a v e r a y Céfiro, Y máquinas arrastran el b a r c o e n j u t o al mar ;

N i en su establo el r e b a ñ o , ni en su h o g a r goza el rúst ico N i el p r a d o , con escarchas e n c a n e c i d o está.

Coros o r d e n a V e n u s c u a n d o la L u n a espléndida A s o m a , y mientras N in fas y Grac ias a c o m p á s

E l suelo airosas baten , V u l c a n o de los C í c l opes L a s estupendas f raguas no cesa de avivar.

T i e m p o es de o r n a r con verde mir to la f rente nít ida, O con flores que el c a m p o del seno ab ier to da;

T i e m p o es de que i n m o l e m o s a F a u n o en b o s q u e u m b r í f e r o Corder i l l o o cabr i to , lo que te plazca más.

L a M u e r t e maci lenta a la choza del m í s e r o Y al palacio del p r í n c i p e g o l p e a con pie igual ,

O h a for tunado Sext i o ! b reve la vida ob l íganos A r e p r i m i r los vuelos de la a m b i c i ó n audaz.

Y a la l ó b r e g a N o c h e , y a los Manes fat íd i cos , Mans ión desmante lada te espera el O r c o ya ;

Y allá tú no a e c h a r suertes para e leg i r el a r b i t r o Del vino en los banquetes , no allá des cenderás

A ver al t ierno L í c i d a , p o r quien todos los j óvenes H o y arden , p o r quien l u e g o las mozas a r d e r á n .

CARM I — 5 Quis multa gracilis...

Quién es el p e r f u m a d o Galán q u e en g r u t a h e r m o s a , E n t r e o d o r a n t e rosa, T e asedia, P i r r a , q u i é n ; —

A l q u e así con t o cado Senci l lo f resca agradas , L a s hebras de o r o atadas, A d o r n o de tu sien?

El , que suave ahora Y suya toda entera T e ve, y c r é d u l o espera T e n e r t e s i e m p r e así;

El, que inocente i g n o r a Cuánto es el aura, inc ierta , Q u é a s o m b r o , c u a n d o advierta T o t a l mudanza en t i !

L l o r a r á de tu vana P r o m e s a el triste engaño , Y vueltos en su daño L o s dioses del a m o r ;

Y de repente cana V e r á la azul l lanura, Y que t o r m e n t a oscura L a r o m p e con f u r o r .

Mísero , al que e m b e b e c e Celando ab ismo ignoto , T u f a z ! — Y o fiel al voto . Co lgué j u n t o al altar

Un c u a d r o en q u e a p a r e c e N á u f r a g o r e d i m i d o Q u e el h ú m e d o vestido Consagra al dios del mar .

CARM i—6

Scriberis Vario.,

Celebre tus a r r o j o s y victor ias V a r i o , en meonio canto de alto vuelo , D iga cuanto alcanzar b a j o tu m a n d o

F e r o z g u e r r e r o p u d o , Y a en naves, ya a cabal lo g u e r r e a n d o .

Y o eso, A g r i p a , cantar? y o el inflexible F u r o r de A q u i l e s , o de Ulises dob le L a r g a s navegac iones? y o la casa

De P é l o p e s a n g r i e n t a ? . . ¡Mater ia g r a n d e para voz escasa!

Mi c o r t o ingenio , t ímida la Musa Q u e sólo muel le lira tañer sabe , N o de César y A g r i p a vencedores

I rán , nó , los laureles A deslustrar con pál idos loores .

Quien a M a r t e , que l impio a c e r o viste, O envuelto a M e r l ó n en n e g r o polvo ,

— 212 —

Cantará d i g n a m e n t e , o levantado E l h i j o de T i d e o

P o r Palas de los N ú m e n e s al lado?

Fes t ines y o , c o m b a t e s de doncel las Y o sé cantar , q u e c on cor tadas uñas M a l se def ienden de ardoroso amante ,

O a n inguna me inc l ine , O a ésta, a aquélla talvez, s i e m p r e inconstante .

CARM i—7

Laudabunt alii

O t r o s la espléndida Rodas , A E f e s o o a Mit i l ene , O los m u r o s de Cor into Q u e entre dos mares se y e r g u e ,

O a T e b a s loen, o a D e l f o s , — L u g a r p o r A p o l o aqueste , A q u é l p o r B a c o a f a m a d o — O ya la Tesa l ia T e m p e ,

D e la v i rgen Palas unos Cantando el alcázar s i e m p r e , S i e m p r e ho jas f rescas de olivo Buscan para or lar la f r ente ;

Mient ras en h o n o r de Juno , D e A r g o s los nobles c o r c e l e s , L a s r iquezas de M i c e n a s O t r o s ensalzar pre f i eren .

N o así, e m p e r o , la c o m a r c a Del E s p a r t a n o pac iente , N i así caut ivarme p u d o D e Lar i sa el c a m p o fér t i l ,

Cual la A l b u m e a rumorosa , T u m b o s del A n i o , bosquetes D e T i b u r n o , huer tos que aguas Bul l idoras h u m e d e c e n .

C o m o e n c a p o t a d o c ie lo S e r e n o el N o t o a las veces D e s p e j a , y b a r r i e n d o nubes , L luv ias no e n g e n d r a p e r e n n e s ,

— 213 —

L a tristeza y los t raba jos D e la vida tú, p r u d e n t e , Con vino, oh P l a n e o , suave M i t i g a r p o d r á s si qu ieres ,

O r a en sitios d o n d e insignias Mil i tares resp landecen A c a m p e s , o en seno u m b r o s o T í b u r haya de a c o g e r t e .

C o m o y a de Salamina T e u c r o y de su p a d r e huyese , R o c i a d a s p o r L i é o , D e á lamo or ladas las s ienes,

A consternados amigos D i c e n que habló de esta suer te : « E n brazos de la f o r t u n a , A d o q u i e r que ella nos l leve,

« M á s qué un p a d r e amiga , i r e m o s Al lá , c o m p a ñ e r o s fieles; T r a n c e s más g r a v e s c o n m i g o Pasasteis con p e c h o f u e r t e ,

« N o temáis , que T e u c r o os g u í a , Y T e u c r o os anunc ia b ienes ; N u e v a Salamina A p o l o A l lá le jos le p r o m e t e .

« B e b e d ahora, y q u e el vino Tr i s tezas del a lma a le je , V o l v e r d e b e m o s mañana A h e n d e r el p ié lago i n g e n t e . »

CARM I—-8

Lydia, dic, per omnes

P o r q u é tú a S íbar is , d i m e , L y d i a , p o r los dioses todos ! P o r q u é en echar le te e m p e ñ a s A p e r d e r , de a m o r e s loco?

E l , que avezado gozaba E n su fr i r el sol y el po lvo , P o r q u é el d e s p e j a d o c a m p o De M a r t e mira con od io ;

— 214 —

Ni ya b izarro cabalga Con sus c o m p a ñ e r o s mozos, N i con áspero b o c a d o R i g e ga l i cano po t ro?

P o r q u é a l legar no se atreve Oril las del T i b r e r o j o , Y más que sangre de v íbora T e m e de atletas el ol io;

N i ya p o r el uso de armas Cárdenos muestra los h o m b r o s , N i disco a r r o j a o venablo Q u e la raya pase airoso?

P o r q u é anda ocu l to , cual d icen Q u e fue , p o r m a t e r n o dolo , G u a r d a d o Aqu i l es , de T r o y a E l l ú g u b r e fin ya p r ó x i m o ,

P a r a que no le arrastrase T r a j e de varones p r o p i o , S o b r e las fr ig ias catervas A terr í f i co destrozo?

CARM I-." 9 Vides ut alta....

De nieve c o r o n a d o V e s c ó m o allá S o r a c t e r e s p l a n d e c e ,

Y el bosque t r a b a j a d o C ó m o al peso rend irse ya p a r e c e , Y el hielo las c o r r i e n t e s e n t o r p e c e ?

Contra el f r í o i n c l e m e n t e L e ñ o s en jutos s obre el f u e g o hacina

Y , a fuer de c o m p l a c i e n t e R e y de fest ines, án fora sabina Q u e vino de cuatro ho jas g u a r d e , incl ina

L o d e m á s e n c o m i e n d a A los dioses; que si ellos con su mano

De vientos liza h o r r e n d a H a n ca lmado en el f é rv ido O c é a n o , N o se mueve el c iprés ni el f resno anciano

V i v i e n d o con el día, Haz cuenta , si a o t r o alcanzas, que la Suer te

Grac ioso d o n te env ía ;

- 215 —

M i e n t r a s tarda en l legar canez inerte , T ú en a m o r e s y danzas te d iv ier te .

En el c a m p o de M a r t e M u é s t r a t e , sitios públ i cos visita,

Y con la n o c h e , a ho lgar te , E n la hora sosegada de la cita, V é a do sabroso susurrar te invita;

Y a mozuela g a r r i d a S o r p r e n d e en un r i n c ó n , si la delata

Risa de allí nacida, Y al brazo o a los dedos p r e n d a g ra ta Q u e a d e f e n d e r no ac ier ten , le arrebata .

CARM I - 10 Mercuri, facunde.

A ti, M e r c u r i o , cantaré , de At lante N i e t o e locuente , que a los h o m b r e s rudos Con habla dulce y generosos j u e g o s

Háb i l puliste :

De Jove nunc io y de los altos dioses, Q u e inventor fuiste de la corva l ira, Y ágil también , p o r flivertirte, ocultas

Cuanto te p lace .

C o m o feroz te conminase A p o l o P o r las vaquillas que le hurtaste niño, R ióse al fin, c u a n d o se vio de p r o n t o

F a l t o de al jaba.

Con dones p u d o , de Ilion sal iendo P r í a m o h o g u e r a s de e n e m i g o c a m p o Salvar, b u r l a n d o a los Atr idas fieros;

T u le gu iabas .

L a s almas pías a mansión dichosa Llevas , y r iges c on tu vara de o r o L a g r e y de S o m b r a s , al O l i m p o g r a t o ,

G r a t o al A v e r n o .

CARM I—11 Tu ne quaesieris,

Cual fin a m í los dioses, cual fin a ti L e u c ó n o e H a y a n de reservarte , no quieras indagar , , N i en consultar te e m p e ñ e s los babi lonios n ú m e r o s ; C e r r a d o a h u m a n o s cá lculos el p o r v e n i r está.

M e j o r es res ignarnos a lo q u e venga , o Júp i ter B e n i g n o o t ros inviernos c o n c e d a y o t ros m á s , O éste el ú l t imo sea q u e h o y en rocas inmóvi les A deshacer sus t u m b o s lleva el T i r r e n o m a r .

Sé c u e r d a , vinos filtra y es t recha en b r e v e c í r c u l o L a s largas esperanzas. Esquiva nuestra edad V u e l a mientras hab lamos , paso! N o f íes c r é d u l a E n día ven idero , goza éste que se va.

Quem virum. CARM i—12

A cuál varón o semid iós , oh Cl ío ! Q u e r r á s con l ira o con a g u d a flauta, A cuál dios c e l e b r a r ? D e quien repi ta

E c o festiva el n o m b r e ,

O p o r los senos de H e l i c ó n u m b r o s o s , O s o b r e el P i n d ó o en el H e m o he lado , D e d o n d e un t i e m p o al armonioso O r f e o

S i g u i e n d o iban las selvas,

Q u e , usando de maternas artes , supo L o s vientos de tener , parar los r íos , Y suave a t ra j o con tañer c a n o r o

L o s árbo les oyentes?

L l e v e ante t o d o , el h o m e n a j e usado E l P a d r e que g o b i e r n a a h o m b r e s y a dioses, E l mar , la t i erra , y con med idas horas

El g i r o de los cielos.

N a d a de él nace que le e x c e d a , nada Exis te q u e le iguale o a él se a l l egue ; Palas, con t odo , aunque a distancia, o c u p a

M á s que o t ros sitio exce lso .

N i a ti, a r r o j a d o en las cont iendas , B a c o , N i a ti , in t rép ida v i rgen cazadora, H e de cal lar, ni a ti p o r tus cer teras

F l e c h a s temib le , A p o l o .

N i a A l c i d e s , ni de L e d a a los g e m e l o s , E s t e j inete , g l a d i a d o r el o t r o ; Q u e , así que a m b o s al nauta en radiante

Constelac ión se muestran ,

D e los r iscos la e s p u m a se desata, Cesan los v ientos y las nubes h u y e n , Y , a su divino inf lujo , o n d a encrespada

S o b r e la mar se t i ende .

— 217 —

A R ó m u l o después , la paz de N u m a O d e T a r q u i n o los .soberbios faces N o sé si deba , o de Catón la nob le

M u e r t e cantar p r i m e r o .

A R é g u l o también , a los Bscauros , P r ó d i g o a P a u l o de su g r a n d e al iento M i e n t r a s el P e n o t r iunfa , en verso d i g n o

Ensalzará mi Musa.

Y a F a b r i c i o , a Camilo , y d e s g r e ñ a d o A Cur io , a qu ienes y a pobreza d u r a E n t e c h o h u m i l d e , en los paternos c a m p o s

F o r m ó para la g u e r r a

C r e c e , cual á rbo l , sin sentirse c u a n d o , L a fama de M a r c e l o ; y cual la luna E n t r e m e n o r e s l u m b r e s , entre todas

Bri l la de Julio el astro .

P a d r e y custod io de la h u m a n a g e n t e , Jove , h i j o de Saturno ! a ti f iado E s t á de César el dest ino ; i m p e r a

T ú p r i m e r o , él s e g u n d o .

Y a a los P a r t o s que el L a c i o amenazaban E n t r iun fo jus to d o m e ñ a d o s l leve, E n el r e m o t o Or i ente so juzgados ,

L o s Seras y los Indos .

E l r e g i r á p r u d e n t e el a n c h o m u n d o , A. ti i n f e r i o r , tu a O l i m p o e s t r e m e c i e n d o E n g r a v e c a r r o , lanzarás centel las

A p r o f a n a d o s bosques .

CARM i—13 Cuín; tu Lydia.

C u a n d o de T é l e f o , L id ia , L a sonrosada g a r g a n t a Y de T é l e f o los brazos Cual h e c h o s de c e r a alabas,

A y de m í ! f e rv iente bilis E n t u m e c e mis entrañas ; Q u e mudo de c o l o r s iento Y que la razón me falta.

E n t o n c e s p o r mis mej i l las C o r r e una fur t iva l á g r i m a Reve ladora del í n t i m o F u e g o que mi p e c h o abrasa.

A r d o todo , si en la mesa A l t e r c a c i ó n e n g e n d r a d a P o r los excesos del vino. T u s b lancos h o m b r o s u l tra ja .

A r d o t o d o si el m a n c e b o Q u e ya no respeta nada, E n tus labios del irante Señal d u r a d e r a estampa.

N ó , si un m o m e n t o me escuchas , Creerás en la constancia Del que tan g r o s e r a m e n t e L o s dulces besos pro fana

Q u e en su quinta esencia V e n u s De sus néctares empapa . T r e s y más veces d ichosos L o s que m u t u o a m o r enlaza ;

A m o r tan firme, qué pueda , Q u e j a s evitando amargas , M a n t e n e r hasta la m u e r t e Indivisibles dos almas.

C A R M ' I — 1 4 O navis, refetent.

Q u é , nuevas olas a la mar te vuelven? Ba je l , a d ó n d e vas? Detente, a férra A l p u e r t o ! N o estás v iendo tu costado

Y a de r e m o s desnudo ,

Y del á b r e g o el mástil af l igido, Y c ó m o g i m e n las entenas, c ó m o Sin jarc ias resistir mal p u e d e el casco

, A l t empora l que arrec ia?

N o t ienes vela sana? ya no hay dioses A quien en nuevo t rance invocar puedas . A u n q u e p ó n t i c o pino te p roc lames ,

N a c i d o en noble selva,

E s t i r p e y n o m b r e alegarás en vano. N o ha de f iarse ya en pintadas popas A z o r a d o el pi loto . G ü a y ! no seas

L u d i b r i o de los vientos.

Causa a y e r para m í de afán y tedio , H o y de pesar y de inquietud no leve , De l mar que entre las Cicladas lumbrosas

T i e n d e sus ondas , h u y e !

— 219 —

CARM 1 — 15

Pastor cum traheiet.

Pastor ment ido , el r o b a d o r de H e l e n a , P o r los mares su huéspeda traía E n idalio ba je l , cuando N e r e o , P a r a n d o el vuelo de los vientos ráp ido ,

Calma siniestra impuso

P a r a cantar desastres: « E n mal hora « L l e v a s a tu país esa a quien G r e c i a « R e q u e r i r á con huestes c o n j u r a d a s « E n deshacer tus bodas y de P r í a m o

« E l secular i m p e r i o .

« A y ! cuánto espera a los caballos, cuánto « S u d o r a los j inetes ! Q u é de duelos « A la raza de D á r d a n o acarreas ! — « Y a , ya a p e r c i b e Palas 3'elmo y ég ida ,

«Su c a r r o 3 sus f u r o r e s .

« E n vano tú con el favor de V e n u s « S o b e r b i o , pe inarás tu cabe l lera , « Y lángu idos cantares , a las damas « G r a t o s , a cordarás con blanda c í tara ;

« E n tu tá lamo en vano

« E l bote de las lanzas, y sutiles «Cre tenses flechas, y el t rope l , y el g o l p e « D e A y a x veloz, evitarás; que tarde . « M a s sin r e m e d i o , la melena nít ida

« A d o b a r á s con polvo .

« N o ves detrás al hi jo de Laer tes , « A z o t e de tu g e n t e , al Bil io N é s t o r ? « Y a , ya en tu s e g u i m i e n t o el salaminio « T e u c r o i m p á v i d o vuela, vuela Esténelo ,

« A luchas avezado,

« Y , si es prec i so g o b e r n a r b r i d o n e s , « N o inerte aur iga , a M e r i ó n presente « V e r á s t a m b i é n . Y g u a y ! que ya se a c e r c a , « M á s f u e r t e que su p a d r e , atroz b u s c á n d o t e .

« E l h i j o de T i d e o ;

« Y de él, cual c i ervo que en la parte opues ta « D e l valle visto el l obo , desalado « S e olvida dé p a c e r , tú j adeante « H u y e n d o irás; no a tu quer ida , mísero ,

« N o aqueso p r o m e t i s t e .

— 220 —

« D i f e r i r á la có lera de A q u i l e s « E l t é r m i n o a Ilion y a las matronas « F r i g i a s ; inv iernos c o r r e r á n contados , Y e n t o n c e s . . . , nada q u e d a r á de P é r g a m o ,

« P r e s a de aquivas l lamas.»

CARM i—16 O ¡nutre pulchra

Oh tú, de m a d r e bella hi ja más bel la! Haz que de un m o d o u o t r o , para s i e m p r e Mis maldic ientes y a m b o s desparezcan:

Q u e el f u e g o los d e v o r e , O si te p lace , que en la m a r perezcan .

N o Cibeles ni de antros misteriosos E l P i t io hab i tador , ni B a c o exalta A s í de sus in té rpre tes la mente ,

N i así los Cor ibantes De h e r i d o b r o n c e al e s t r idor f r e c u e n t e

Cual la Có lera el á n i m o ena jena ; Q u e no la ataja, no , filo de espada, A b r a s a d o r a l lama, ab ismo h o r r e n d o ,

N i d e s p l o m a d o Jove Con r u d o g o l p e y f r a g o r o s o es t ruendo .

A la masa de l imo P r o m e t e o E s fama que a a g r e g a r se vio o b l i g a d o L o que de aqu í y de allí e x t r a e r supiera ,

Y en nuestro seno puso Del insano león la rabia fiera.

L a Cólera a T i e s t e h u n d i ó espantosa; E l la excelsas c iudades de su asiento A r r a n c ó al fin, y con hostil arado

E j é r c i t o insolente P u d o el m u r o cruzar desmenuzado .

Calma tu e n o j o ya . T a m b i é n un t i e m p o , A l lá en lozana j u v e n t u d , la ira Mi p e c h o e m b r a v e c i ó con sus f u r o r e s ,

Y c i ego , d e s p e c h a d o , L á n c e m e a h e r i r con y a m b o s voladores .

Mas ahora t r o c a r las cosas q u i e r o Y cuanto fui agres ivo ser ga lante ; Ofensas que r e p u d i o echa en o lv ido ,

Y que amigos seamos Y q u e me vuelvas tu favor te p ido .

— 221 —

CARM I—17

Velox amoenum

M u c h a s veces h u y e n d o del L i c e o , A l a m e n o L u c r é t i l se traslada F a u n o con ágil p ie , y aqu í gozoso D e ard iente estío y de pluviosos vientos

A m p a r a mis cabri l las .

P o r el bosque s e g u r o , sin re ce l o , E l o cu l t o m a d r o ñ o y el tomil lo A q u í y allá las h e m b r a s del o l iente M a r i d o , e s p a r r a m a d a s van buscando ,

Y ni verdes cu lebras

T e m e n , ni asalto de rapaces lobos, T í n d a r i , desde el punto que en los valles Y de Ust ice inc l inado en las desnudas P e ñ a s , del carami l lo melod ioso

L o s ecos resonaron .

L o s dioses me p r o t e g e n ; p rec ian ellos Mi p iedad y mi musa. A q u í , opulenta Con tesoros del c a m p o la abundanc ia D e r r a m a r á s e del h e n c h i d o c u e r n o

P a r a ti sin m e d i d a .

D e inflamada canícu la al a b r i g o , A q u í podrás en el repuesto valle Cantar al son de la T r o y a n a lira A P e n é l o p e y C i r c e , a un t i e m p o mismo

D e un m i s m o a m o r p e n a n d o .

Copas del L e s b i o inofensivo vino A q u í a la s o m b r a b e b e r á s , sin r iesgo D e que el h i j o de Sámele a deshora D e sus dones c o n f u n d a la a legr ía

Con f u r o r e s de M a r t e ;

N i has de*temer q u e a Ciro , a r d i e n d o en celos, A c o r r a , y la gu i rna lda q u e a tus sienes H a y a s c e ñ i d o , y tú incu lpada veste, F u e r t e él, tú i n e r m e , con airadas manos

A destrozar se lance .

— 222 —

CARM 1—18

Nullam, Vare...

De T í L u r en la p lác ida c o m a r c a , En t ierras que de Cátilo dominan L o s m u r e s , p r e f e r i r no debes , V a r o , A l de la sacra vid cult ivo a lguno . Males sólo reserva adverso n u m e n A quien vino no p r u e b a ; sólo el vino A u y e n t a los cu idados roedores . Quién , después que ha b e b i d o , los t raba jos De la milicia o la pobreza acusa? Quién , más bien, no te invoca a g r a d e c i d o , P a d r e Baco , y a ti, V e n u s r iente? Mas no hemos de abusar del don prec ioso Q u e con tasa nos br inda el buen L i e o . H a r t o el pe l i g ro nos advierte aquella L i d sobre c h a r c o s de l i cor t rabada P o r Centauros y Láp i tas ; lo advierte N o manso el dios para los T r a c e s c u a n d o L lenos ya de pasión, b o r r a d o el l inde, El bien y el mal a d iscernir no alcanzan. N o iré y o a conc i tar te mal tu g r a d o , C á n d i d o Basareo . ni misterios Q u e f rondas varias a la vista ocul tan A la luz sacaré . T ú aquieta, aquieta. L a t r o m p a ber i c int ia y los h irv ientes T í m p a n o s de que viene en s e g u i m i e n t o C i e g o a m o r de sí m i s m o , la jac tanc ia Q u e su cabeza h u e c a i rgue entre nubes , Y la fe que el s e c r e t o antes g u a r d a d o M á s clara que el cristal d e j a patente .

CARM i—19 Mater saeva

H o y la m a d r e cruel de los deseos. H o y el h i jo de Sémeles T e b e n a ,

Y L i b e r t a d traviesa, A los a m o r e s idos

Quieren que vuelva el alma y los sent idos .

Sí, que el br i l lo de G l í c e r a m e abrasa, Más p u r o que el de m á r m o l e s de Paros ,

Su grac iosa altiveza Su rostro c icalado

A do la vista de tener no es dado .

V e n u s h u y e de C ipro , y pesa toda S o b r e mí ; ni al Escita cantar p u e d o

N i al P a r t o , audaz la b r i d a V o l v i e n d o de r e p e n t e ;

N a d a ella e x t r a ñ o a mi pasión cons iente .

T r a e d m e aquí , garzones , c ésped v ivo , Y verbenas e inc ienso y ancha taza, Con vino de dos hojas. V e n d r á , e s p e r o ,

M e d i a n d o el sacr i f ic io , Con á n i m o a mis votos más p r o p i c i o .

CARM i—21 Dianam tenerae,,

L o a d , t iernas doncel las , a Diana L o a d , garzones , al c r inado Cintio . Y , juntos , a Latona , de ellos m a d r e ,

De Jove pred i l e c ta .

Voso t ras , a la v irgen que se goza En ondas y en bosca jes , en el f r e s co Á l g i d o , en selvas de E r i m a n t o oscuras ,

O ya en el ve rde C r a g o .

V o s o t r o s , a la vez, cantad , garzones . A T e m p e , a Délos , cuna ya de A p o l o Sus h o m b r o s que o rnan s i e m p r e rica a l jaba

Y la f ra te rna l ira.

L lorosa g u e r r a y h a m b r e h o r r i b l e y peste L e j o s del p u e b l o l levará y de César. E l dios, s obre los Persas y Br i tanos

M e r c e d a vuestros p r e c e s .

CARM i—22 Intéger vitae..

H o m b r e inocente y de conc ienc ia p u r a N o necesita, F u s c o , de mor iscos Dardos , ni de arcos , ni de al jaba h e n c h i d a

De enherbo ladas flechas,

O deba ya p o r las hirvient.es S ir tes Pasar , o p o r el Cáucaso intratable , O p o r reg i ones que las ondas r iegan

De Hidaspes fabuloso .

— 224 —

A mí , que errante en los Sabinos bosqu A L á l a g e cantando , d istra ído P e r d í la senda, a p a r e c i ó m e un lobo ,

Y h u y ó v i éndome i n e r m e .

M o n s t r u o cual no la bel icosa Daunia Cr iar p u d o en sus vastos robledales , N o la t i erra de J u b a , de leones

Á r i d a e n g e n d r a d o r a .

P o n m e en los c a m p o s ater idos d o n d e Jamás árbo l gozó de estivo al iento, L a d o del m u n d o que las nieblas sitian

Y aire aflige inc l emente ;

P o n m e del sol b a j o la rueda , en zona A vivientes negada , iré doqu iera , A la de dulce voz, dulce sonrisa,

A Lá lage cantando .

O T R A T R A D U G G I O N

N a d a tema en este m u n d o E l que no ha o f e n d i d o a nadie ; F u s c o , a la inocenc ia sola F a v o r e c e n las de idades .

Sin eso, a qué javalinas Mor iscas? qué el a r c o vale, N i de herbo ladas saetas L o s bien provistos carca jes?

Q u i e n q u i e r que de Á f r i c a intente L o s hirvientes arenales Atravesar , o las breñas Del Cáucaso inhospitable ,

O el país p o r do sus ondas Mister ioso rueda Hidaspes , Ceñirse de armas no c u r e , P u r a conc ienc ia le g u a r d e .

D í g o l o p o r mí ; que un día Mientras d is tra ído , e r rante , ^Canto de L á l a g e a m o r e s P o r los Sabinos bosca jes .

P e r d í la senda, y de p r o n t o H é t e m e un l o b o de lante ! I n e r m e el paso suspendo , M í r a m e la fiera y vase.

— 225 —

P u e s no la g u e r r e r a Daunia E n sus vastos rob leda les M o n s t r u o igual c r i ó , ni adusta L i b i a , de leones m a d r e .

L l é v a m e a c l imas b r u m o s o s A l lá , a y e r m o s d o suave N o se c o n o c e aura estiva Q u e árbo les mustios ha lague ;

O en la r e g i ó n que d e b a j o D e las ruedas del sol cae , D o ser viviente no habita, C o l ó c a m e , si te p lace : —

Y o te j u r o que doqu iera L á l a g e ha de a c o m p a ñ a r m e , A mi espír i tu presente Con su risa y sus donaires .

CAEM 1—23 Vitas hinnuleo..

H u y e s de mí . Cloe esquiva, Cual cervati l lo m e d r o s o Q u e a la m a d r e fugit iva Busca con paso dudoso P o r in tr incado b o s c a j e ,

Con vano h o r r o r del v iento y del r a m a j e . P u e s si árbo les ha sent ido A l f resco soplo erizados D e pr imavera , o el r u i d o D e los lagartos p intados Q u e entre zarzas se g u a r e c e n

Su p e c h o y sus rodil las se e s t r e m e c e n . N o , no a ti c o m o a f r i cano L e ó n , o cual t i g r e h o r r e n d o , P a r a destrozarte insano P ienses que te voy s igu iendo . D e j a al fin, que harto has c r e c i d o ,

D e j a a tu m a d r e ya , t e n d r á s m a r i d o .

M. A . Caro—Traducciones-

— 226 —

CARM I—24 Quis desiderio.

Q u é l ímite al do lor , qué f r e n o al l lanto L a pérd ida de aquél que a m a m o s tanto C o n s i e n t e ? — T ú a quien lira y voz canora , M e l p ó m e n e , dio el P a d r e , d icta ahora,

D i c ta l ú g u b r e canto .

Y es verdad? con que el sueño e terno pesa S o b r e Quiot i l i o y a ? — P u d o r , F e ilesa, D e la Justicia h e r m a n a , hi ja del c ie lo , C u á n d o p o d r á n , y la verdad sin velo,

O t r a alma hallar cual esa?

Se va, de m u c h o s buenos lamentado , D e nadie tanto cual de ti l l orado , V i r g i l i o . — E n vano en tu p iedad , r e n d i d o , P i d e s al c ielo un bien, ya. c o n c e d i d o ,

A y ! p e r o no en tal g r a d o .

Si más dulce v ibrara a tu deseo E n tus manos la c í tara de O r f e o Q u e c u a n d o selvas arrastraba un día, N o la sangre a la s o m b r a volvería

Q u e , el tr iste c a d u c e o ,

B land iendo , haya a la os cura g r e y j u n t a d o M e r c u r i o , aquel e j e c u t o r del H a d o , I n e x o r a b l e a terrenal l a m e n t o ! — D u r a l ey ! Mas alivie el su f r imiento

L o q u e m u d a r no es dado .

CARM i—25

Parcius juncias

Y a con menos insistencia A tus c e r r a d a s ventanas M e n u d e a n d o sus g o l p e s Mozos atrev idos l laman.

E l sueño ya no te qui tan; Y a firme al u m b r a l se arra iga L a p u e r t a que s o b r e quic ios F á c i l e s antes r odaba .

Y a cada vez o y e s menos A q u e l l o de , « N o c h e s largas « A q u í pena tu caut ivo « Y tú d u e r m e s , L id ia ingrata . »

— 227 —

CARM i—26 MUSÍS amicus... •

F a v o r e c i d o de las Musas q u i e r o Tr i s tezas y aprens iones

E n c o m e n d a r a rá faga i racunda Q u e allá en el m a r las hunda .

Cuál r e y ahora se en t ron i ce f iero E n las gél idas árt icas reg iones , Q u é g r a n d e espanto a T i r i d a t e in funda ,

Y o , solo y o , no i n q u i e r o . D u l c e P i m p l e a , que en raudales p u r o s

T e gozas, ven con flores Q u e el c e r c o a b r e n r i en te ,

T e j i d a s p o r tu m a n o . V e n , de mi L a m i a a c o r o n a r la f r e n t e .

Mi h o m e n a j e sin ti resul ta vano; A. honrar l e , a h o n r a r l e , h i r i e n d o

Con el p l e c t r o lesbiano c u e r d a s nuevas V e n i d , tú y tus hermanas j u n t a m e n t e .

A tu vez, enve j e c ida , T ú la afrentosa a r r o g a n c i a D e mozalbetes p e r d i d o s L l o r a r á s desesperada,

En noche sin luna, en triste Cal le juela solitaria, Cuando rá fagas del N o r t e Con más fur ia se desatan,

Mient ras a m o r , c on el f u e g o L i b i d i n o s o que inflama A las yeguas , se e m b r a v e c e E n tus l lagadas entrañas.

Y g e m i r á s v iendo c ó m o L a juventud se solaza M á s que con o s c u r o m i r t o Con y e d r a verde y lozana,

A t i e m p o que ho jas march i tas Q u e c a y e n d o van, consagra M í s e r o d e s p o j o , al H e b r o Q u e al c r u d o inv ierno a c o m p a ñ a .

— 228 —

CARM I—27 Natis in usum....

Q u e d e allá para los T r a c e s , Bien cual armas homic idas , B landir las copas nacidas P a r a fiestas y solaces.

L e j o s usanza salvaje, L e j o s de aquí ! no t r o q u e m o s L l e g a n d o a fieros e x t r e m o s De B a c o el cu l to en u l t ra je .

Mal y o el h ó r r i d o machete D e los M e d o s c o m p a g i n o Con el rega lado vino Y a legre luz de un b a n q u e t e .

Cese, camaradas , cese E l t e m e r a r i o a l tercado , Cada, uno , el c o d o h incado , Qu ie to en su lugar estese.

Queré i s que ya del severo F a l e r n o mi parte p r u e b e ? — S í ; — m a s de M e g i l a debe E l h e r m a n o hablar p r i m e r o .

Quién su corazón flechó? P o r quién venturoso m u e r e ? R e h u s a hablar? Nad ie espere Q u e , si él calla, b e b a y o .

N o dudes soltar la l engua ; Y a sé que en tu h o n r a d o a m o r N a d a h a b r á que dé r u b o r , N a d a que r e d u n d e en m e n g u a .

D í m e l o m u y q u e d o , aquí , C o m o a u n s e p u l c r o , en mi o í d o , — A h ! en qué Car ibdis met ido A n d a b a s , p o b r e de ti!

A h ! d igno de m e j o r suer te . Q u é m a g a habrá , ni qué hechizo , Q u é tesalio bebed izo , Q u é dios ya que te l iber te?

De esa t r i f o r m e Q u i m e r a El mismís imo P e g a s o A duras penas acaso Desenredar te pud iera .

— 229 —

CARM 1—28

Te maris et terrae....

A ti, del m a r y de la t ierra , A r q u i t a s , Sabio m e n t o r , que el n ú m e r o incontable De las arenas calcular supiste , Y a de m e n u d o polvo c o r t o obsequ io Basta a ceñir te en la Mat ina p laya . Y de nada sirvió que p e n e t r a n d o E n las r eg i ones de la luz, hubieses E l á m b i t o de po lo r e c o r r i d o Con suerte audaz, pues que a m o r i r naciste , D e P é l o p e también el p a d r e , un día D e dioses comensal , finó; finaron T i t ó n , l levado a las supernas auras Y de Júp i ter Minos con f idente ; Y y a al h i j o de P a n t o e n c i e r r a el h o n d o T á r t a r o , al O r c o al fin p r e c i p i t a d o , A u n q u e h a b i e n d o el b r o q u e l r e c o n o c i d o Q u e l levó un t i e m p o en la t ro r ana g u e r r a M o s t r a r a que antes a la oscura huesa P ie l sólo y nervios e n t r e g a d o había, E l , que fue de verdad y de N a t u r a N o desprec iab le in té rpre te a tu ju i c i o .

Sí , que una noche misma espera a todos Y todos el camino de la M u e r t e H a n de hol lar una vez. A otros las F u r i a s L levan en espec tácu lo ante el t o rvo M a r t e ; a nautas devora el m a r h a m b r i e n t o . E n confuso t rope l vie jos y mozos Desc i enden a la t u m b a , y a n i n g u n o P r o s e r p i n a cruel d e j ó o lv idado . A m í también , de O r i o n , c u a n d o dec l ina, I m p e t u o s o c o m p a ñ e r o el N o t o E n I l ír icas ondas a n e g ó m e . T ú , hora , oh navegante , tú a mis huesos Y cabeza insepultos , un p u ñ a d o D e movediza arena no den iegues . A s í , p o r más que a las Hesper ias olas A m a g u e el E u r o , r e c i b i e n d o el g o l p e L o s bosques de "Venucia, i n m u n e salgas, Y hágante g r a n m e r c e d quienes lo p u e d e n , Júp i ter jus t i c i e ro , y de la sacra T a r e n t o n u m e n p r o t e c t o r , N e p t u n o . A d e f r a u d a r m e vas, y no te i m p o r t a D e j a r a tu inocente descendenc ia

— 230 —

H e r e n c i a de do lor? S o b r e ti p r o p i o Pese el c a r g o fatal, y a tu vez l legues Con c r e c e s a l levar tu m e r e c i d o . N o a p r e c e s sin a lcance abandonado Q u e d a r é , ni h a b r á ya exp iac i ón a lguna Q u e del cast igo a r e d i m i r t e bas te .— A u n q u e de prisa vas. cor ta es la o b r a ; E n cuanto hayas tres veces t i erra e c h a d o S e g u i r p u e d e s en paz tu d e r r o t e r o .

CARM i—29 Icci beatis....

T e s o r o s que A r a b i a e n c i e r r a Miras , I c c i o , c on deseos

E n c e n d i d o s ; Y a piensas en s o n de g u e r r a I r a los r e y e s Sábeos

N o venc idos ;

O a e n c a d e n a r v ictor ioso A los M e d o s te aper c ibes ,

G e n t e brava. Di , qué doncel la , el esposo M u e r t o , en tu t ienda rec ibes

P o r esc lava?

Q u é rapaz, solo avezado F l e c h a a lanzar vo ladora

E n la estancia P a t e r n a , en tu mesa ahora , Con el cabe l lo a r o m a d o .

V i n o es canc ia?

T r e p e n los a r r o y o s ya , P u e d a el T i b r e atrás volver

Su c o r r i e n t e . P u e s l ibros q u e aqu í y allá Ibas tú c o m p r a n d o a y e r

Di l igente ,

P r e c i a d a s o b r a s escritas P o r socrát i cos d o c t o r e s ,

P o r hispanas L o r i g a s t r o c a r m e d i t a s . — P r o m e s a s de ti m e i o r e s

F u e r o n vanas!

CARM 1—31 Quid dedicatwm.

Q u e viene hoy a p e d i r el vate a F e b o En la ded i cac ión de sus altares, A l verter de la copa l i cor nuevo?

Las mieses no apetece Con que feraz C e r d e ñ a le e n r i q u e c e ,

N i los ganados l levarán su anhelo Q u e en la ard iente Ca labr iase apac ientan, N i el o r o ni el marfil del indo suelo ,

N i las t ierras que en b lando Curso el L i r i s a sordas va minando .

E s g r i m a la Caleña p o d a d e r a Quien r icas viñas d e b a a la F o r t u n a , Y vinos, que con g é n e r o s adqu iera

T r a í d o s de L e v a n t e , B e b a en copas de o r o el m e r c a d a n t e ,

Y grac ias a los dioses dé opu lento , P u e s tres veces y cuatro el mar cada año Salvo repasa. Basta a mi sustento

E l f ru to de la oliva, Y la achicor ia y malva inofensiva.

D a m e , h i j o de Latona , dios c l e m e n t e , Dis f rutar de los b ienes acop iados Con salud firme, y lúc ida la m e n t e ,

V e j e z no deshonrada , N i de la du lce c í tara pr ivada.

CARM i—32 Poscimur, si quid,..

P i d e n que cante . Si a la s o m b r a oc ioso Cont igo , oh L i r a ! me ensayé t e m p r a n o , Canto latino q u e p o r s i e m p r e d u r e

Dic ta prop i c ia .

L e s b i o patr iota te pulsó p r i m e r o , E l q u e ora en m e d i o de las armas , o ra A h ú m e d a playa el azotado leño

Salvo t ra jese .

Cantando , a B a c o , c e l e b r ó , las Musas , V e n u s , y el niño que d o q u i e r la s igue , Y a L i c o apuesto , el de los n e g r o s o j os ,

N e g r o cabel lo .

— 232 —

T ú , h o n o r de F e b o , y a los dioses g ra ta D e Jove s u m o en los fest ines , du l ce Al iv io tú de nuestros males, o y e ,

O y e mi r u e g o !

CARM 1—33 Albi, ne doleas,

A l b i o , no e x t r e m e s tu do lor , c ont inuo E n Gl i ce ra pensando r i gurosa , N o en verso p lañ idero s i e m p r e g imas P o r q u e , falsa y crue l , a ti pre f iere

O t r o galán más j oven .

L i c o r i s , la de breve y tersa f r e n t e , D e Ciro en el a m o r se abrasa; C iro T r a s F ó l i o e se va, y esquiva aquesta Jura que habrán de ho lgarse las cabri l las

Con los lobos de A p u l i a

A n t e s que ella c e d e r a t o r p e a m a n t e . — V e n u s quiére lo así; V e n u s contrar i os Genios y f o r m a s que entre sí no casan, Y u g o de b r o n c e a r e c i b i r constr iñe

E n desp iadado j u e g o .

Y o p r o p i o , desdeñando a m o r p r o p i c i o , F u i en el gr i l le te a dar , con que m e o p r i m e Mir ta l e , aquel la de l ibertos hi ja Brava más q u e la onda q u e en Calabria

Senos labra p r o f u n d o s .

CARM 1—34 Parcus deorum....

V a n o y audaz filósofo, V e n e r a d o r remiso F u i de los altos n ú m e n e s : V o l v e r m e ya es p rec i so , O t r a vez o r i e n t á n d o m e C o r r e g i r é mi e r r o r .

P u e s que l levar vi a Júpi ter , N o ya nubloso velo Con r a y o h e n d i e n d o fú lg ido , S ino p o r l impio c ie lo Sus caballos flamígeros Y el c a r r o vo lador ;

— 233 —

Y al p u n t o conmov iéronse L a t i e r ra inerte , el r í o , Y las puer tas de Téna>"0, Y el lago Est ig io u m b r í o , Y hasta el c on f ín A t l á n t i c o V i b r a n d o el g o l p e va.

Dios lo humi lde y r e c ó n d i t o Alza , y lo exce l so humil la : F o r t u n a en vuelo r á p i d o D i a d e m a q u e aqu í bril la Q u i t a n d o con estrépito . V u e l a a poner la allá!

CARM I—35

Ad fortunam. O Diva

O h Diva, a quien la p lác ida A n c i o por reina adora , P r o n t a s i e m p r e , ora al mísero A alzar del po lvo , y ora A t o rnar rama f ú n e b r e E l t r i u n f a d o r laure l !

A ti en su choza el rúst ico R e q u i e r e supl icante , Y de los mares arbitro, E n p u e r t o s de L e v a n t e T e invoca quien da al p ié lago C a r g a d o su ba je l .

Y el Dac io agres te , el N ó m a d e Scita, y pueblos enteros ; T e implora el fuer te lac io ; M a d r e s de r e y e s fieros, Y p u r p u r a d o s p r í n c i p e s T e acatan con pavor ,

T e m i e n d o que de súbito Impe las con p ie a irado L o s asentados m á r m o l e s , Y en ruina del Es tado A r r a s t r e a los pací f i cos M o t í n a s o r d a d o r .

M o s t r a n d o en manu f é r r e a G r a n d e s clavos, y h o r r e n d o Garf io , y cuñas, y l í q u i d o

— 234 —

P l o m o , tu m a r c h a abr i endo , S o r d a a r u e g o s inútiles V a la N e c e s i d a d .

T e honran al par, y s í guente Cuando , t r o c a n d o veste, De jas r icos alcázares, Esperanza celeste , F e pura , el l ino candido C u b r i e n d o su be ldad ;

Mient ras a m i g o pér f ido , Cortesana p e r j u r a , T o d o ese ind igno séquito Q u e h o y las heces apura . H u y e n , al y u g o indóc i les H u r t a n d o el cuel lo infiel.

César, que ya a los ú l t imos Br i tanos m a r c h a , cuente Con tu favor ! merézcalo Esa l eg ión que a Or i ente V u e l a , y al R o j o O c é a n o , Br iosa , aunque novel !

O h g r a n vergüenza ! oh c r í m e n e s ! De atroz lucha ent re h e r m a n o s L a s c i catr i ces , míseros , Señalan nuestras manos ! G e n e r a c i ó n sacr i l ega Q u é p e r d o n ó , dec id !

Q u é aras no hol ló f r ené t i c o Desmán? Séanos dado Q u e en nueva f o r j a el í m p i o A c e r o así mel lado . H o y cont ra Getas y Á r a b e s Se aguce a m e j o r l id!

CARM i—36

Et thut e etfidibus....

Con c í taras e inc ienso , L a p r o m e t i d a v í c t ima inmolando ,

H o y dar grac ias nos c u m p l e A los dioses de N ú m i d a guard ianes ,

Q u e sano y salvo t o rna D e los confines ú l t imos de H e s p e r i a ,

— 2 3 5

Y , vie jos camaradas V o l v i e n d o a ver , sus ósculos p r o d i g a ,

A L a m i a más q u e a todos , A su L a m i a q u e r i d o , r e c o r d a n d o

Q u e , y a en la escuela juntos , Juntos después la toga r e c i b i e r o n .

A q u e s t e h e r m o s o día N o o lv idemos m a r c a r con p i e d r a b l a n c a ,

Q u e , a voltear dispuesta, E l ánfora no p a r e ; que no cesen,

A usanza d e los Salios, De g i r a r a c o m p á s ági les plantas.

Dámal i b e b e d o r a A p o s t a n d o a vac iar h e n c h i d o vaso

A estilo de los T r a c e s , N o a B a c o d e j e atrás; en el b a n q u e t e

F r e s c a s rosas no fa l ten, E l apio vividor, el fugaz l i r io .

T o d o s al fin los o j o s E n Dámal i p o n d r á n langu idec i entes

Y Dámal i de nuevo Galán no h a b r á de d e s p r e n d e r s e , asida

Con más es trechos lazos Q u e vueltas goza en dar lasciva h iedra

CARM 1—37

Nunc est bibendum....

Y a es t i e m p o , amigos , de b e b e r ; y a el suelo Con planta l ibre , g o l p e a r es d a d o :

Grac ias d e m o s al c ie lo , Y o r n e m o s con sal iáricos m a n j a r e s L a mesa de los dioses tute lares .

A n t e s v e d a d o fuera E l c é c u b o sacar .de ant igua cava, .

Mient ras re ina e x t r a n j e r a D e r r o c a r insensata el Capitol io Y e n t e r r a r el i m p e r i o med i taba .

Con e n f e r m o r e b a ñ o D e h o m b r e s i n m u n d o s se c r e y ó p o t e n t e , Y , ebr ia c on el dulzor de su f o r t u n a ,

N o h u b o esperanza a lguna Q u e no halagara en su a m b i c i ó n d e m e n t e .

— 236 —

M a s su del i r io c i e g o T e m p l ó , salva al q u e d a r sola una nave,

Y de l l e t a r g o luego Q u e le b r i n d a el n a r c ó t i c o suave, L a a r r a n c ó César con espanto g r a v e .

H u y e n d o ella de Italia, él la pers igue R e m a n d o de coht ino ,

C o m o a pa loma el gavilán a vuelo , O a l i ebre el cazador c ruzando el hie lo ; E l va a a h e r r o j a r el m o n s t r u o del Dest ino !

Ella, en tanto, más nob le M a n e r a de m o r i r trata cons igo ; N i t e m b l ó , cual m u j e r , de las espadas,

N i a velas desplegadas E n incógn i ta p laya b u s c ó a b r i g o .

Su palacio y a c e n t e V i o con ros tro sereno ,

Y áspides i rr i tados con su mano C o g e r osó , no en vano

A la n e g r a ponzoña ab ier to el seno.

S e g u r a de que l ibre m o r i r í a .Mostróse altiva y fiera;

Q u e ya, en naves l iburnias pr is ionera . S o b e r b i o t r iun fo a realzar no iría P o b r e cautiva la que reina fuera .

CARM I - "38 Peisicos odi,..,

Pérs i cas galas od io , ni coronas , Garzón , c on tilo enderezadas , q u i e r o ; N o el sitio busques do tard ías p u e d a n

Rosas hallarse.

N i el m i r t o intentes r e c a r g a r : senci l lo N o mal te s ienta, escanc iador modes to , N i a m í a la par , mientras de parra densa

B e b o a la s o m b r a .

— 237 —

CARM I I — 1 Motum ex Metello

L a s civiles d iscordias , e n g e n d r a d a s A l lá desde los t i empos de Méte l o , L a s causas de la g u e r r a , los e r r o r e s ,

L o s mane jos , el j u e g o De la f o r tuna , capr i choso y c i ego ,

D e caudil los t r e m e n d a s coal ic iones . A r m a s tintas en sangre aun no exp iada , E s o intentas n a r r a r ! o b r a azarosa;

D o q u i e r que el pie deslizas, G u a r d a n f u e g o engañosas las cenizas.

Q u e tu Musa de t r á g i c o s acentos Fa l te un p o c o , Po l i ón , en el teatro , Mientras coord inas tú la patr ia historia:

Con el c o t u r n o g r i e g o A esotra g r a n labor tornarás luego ,

Oh b u e n pat rono de afligidos reos, O h del Senado tú l u m b r e r a y gu ía , A quien , ceñida , de laurel la f rente ,

Inmarces ib l e g lor ia Confir ió la Dalmát i ca v ictor ia !

Con el r u m o r de retadoras t r o m p a s Mi o í d o h ieres ya , c lar ines suenan , Y a de las armas el f u l g o r espanta

A l cabal lo l i ge ro , Y hace el ros tro vo lver al cabal lero ,

Y o í r c r e o a los g r a n d e s capitanes Con polvo no a frentoso e n n e g r e c i d o s , Y , e x t e n d i e n d o la vista, so juzgada

M i r o la t i erra entera , E x c e p t o de Catón el alma fiera.

Al Á f r i c a venc ida y no vengada Juno y toda de idad de su par t ido , A b a n d o n ó i m p o t e n t e ; y ved ! con nietos

De aquel los v e n c e d o r e s De Y u g u r t a a los m a r e s r inde h o n o r e s .

P o r la latina sangre f e c u n d a d o Q u é c a m p o no r e c u e r d a con sepu l c ros Nues t ras impías cont iendas , y de H e s p e r i o

L a estruendosa caída, Al lá , del M e d o en lontananza o ída?

— 238 —

Q u é ríos ya, q u é abismos han q u e d a d o Q u e aquestas g u e r r a s l ú g u b r e s i g n o r e n ? Q u é m a r destrozos de la g e n t e Daunia

A e n r o j e c e r no f u e r o n ? Q u é playas sangre nuestra no b e b i e r o n ? —

Detente . Musa ! Del Ceano vate T ú los plañidos renovar no intentes ; V é n , y al a b r i g o que nos b r i n d a V e n u s ,

B a j o f rondosos ramos Fác i l e s tonos a buscar volvamos.

CARM i i — 2

Nullus argento....

Plata que el seno de la t ierra ocul ta Color no t iene : tú el metal , Salustio, A p r e c i a s solo si a p r u d e n t e e m p l e o

D e b e su br i l lo .

V i v i r á siglos P r o c u l e y o i lustre . Q u e a sus h e r m a n o s p r o t e g i ó cual p a d r e ; Con ala firme le alzará en su vuelo

Postuma F a m a .

P r o p i a s mansiones d o m i n a n d o , a d q u i e r e s M a y o r p o d e r , que si a la Libia juntas L a aislada Gades , y te dan t r i b u t o

A m b a s Cartagos (1 ) .

Consigo m i s m o h i d r ó p i c o i n d u l g e n t e , L a sed aviva, ni aplacarla es dado Mientras el mal que e m p a l i d e c e el c u e r p o

V i c i e sus venas.

N o la V i r t u d , p o r q u e de Ciro al t r ono V o l v i ó F r á a t e s , p o r feliz le cuenta ; Del nec io vu lgo los e r rados ju i c ios

El la r e f o r m a ,

Y la realeza, la c o r o n a , el lauro Sólo cual p rop ios al varón conf iere Q u e a m i r a r montes de r iquezas, n u n c a

V u e l v e los o j o s .

(1) O, Dos Océanos, si se. admite la conjetura de Schrader, Uierque Fontus.

— 239 —

CARM. I I "3

Aequam memento

A n i m o igual en la contrar ia suerte P r o c u r a conservar , sereno y fuer te , Y así también , en t i e m p o de bonanza, E x e n t o de orgul losa conf ianza, O h Del io a m i g o , dest inado a m u e r t e ,

Y a en p e r e n n e tristeza nunca rías, Y a dis frutes de puras a legr ías , Y en la g r a m a tend ido , en f r e s c o p r a d o , B e b i e n d o tu fa lerno reservado L e d o consumas ios festivos días.

A q u í , d o n d e sus r a m o s b l a n q u e c i n o Á l a m o enlaza a los de ingente pino Y con dob lada s o m b r a nos invitan; A q u í , do linfas t rémulas se agitan Q u e h u y e n d o de través se a b r e n camino ,

V i n o , y suaves esencias, y lozanas F l o r e s manda t r a e r — r o s a s galanas Q u e tan pres to se van! A l e g r e vive M i e n t r a s la edad fugaz no lo p r o h i b e Y el n e g r o e s tambre de las t res h e r m a n a s .

Día v e n d r á en que t o d o lo abandones , T u casa, tus c o m p r a d a s posesiones, T u quinta , q u e del T i b r e ves bañada ; Día , en que de r iqueza a c u m u l a d a O c u p e tu h e r e d e r o altos montones .

Q u e del t r o n c o de I n a c o e n g r e í d o V a s t a g o , en la opu lenc ia hayas vivido , O b ien a la i n t e m p e r i e ín f imo esclavo, L o m i s m o te dará , v í c t ima al c a b o Del O r c o , s o r d o a terrenal g e m i d o .

T o d o c a m i n o a un m i s m o fin c o n d u c e ; T o d a suer te en la urna se i n t r o d u c e , Y , h o r a o mañana, a qu ien le t o q u e ob l i ga A que adiós para s i e m p r e al m u n d o d i g a Y en triste b a r c a el A q u e r o n t e c r u c e .

- 240 —

CARM. I I — 4 Ne sit ancillat

N o el a m o r de una c ierva te a v e r g ü e n c e , Jancia a m i g o , r e c u e r d a que ya un día Br ise ida esclava con su tez de nieve

P r e n d ó al s o b e r b i o A q u i l e s ;

A y a x de T e l a m ó n ced ió al encanto D e su cautiva la gent i l T e o m e s a ; R o b a d a v i rgen hechizó al A t r i d a

E n med io de su t r iunfo ,

Después que p u d o el T é s a l o impetuoso L e g i o n e s arro l lar , y H é c t o r deshecho Hizo al cansado sit iador más fáci l

D e P é r g a m o el asalto.

Q u é sabes si no te honran c o m o a y e r n o P a d r e s dichosos de tu Fil is rubia? El la el r i g o r de sus penates l lora,

S iendo de reg ia est irpe .

C r é e m e , no de cr iminal ralea P u d o salir la h e r m o s a p o r quien mueres , N i m u j e r tan leal, tan desprend ida ,

N a c e r de m a d r e in fame .

Su faz, sus brazos, sus r edondas f o r m a s , Y o alabo sin pasión; nada rece les D e quien , u r g i d o p o r la edad que avanza,

C u m p l i ó su oc tavo lustro .

CARM. II —5 Nondum subacta

Ella aun no p u e d e , la cerviz dob lando , Su f r i r el y u g o ; aun c o m p a r t i r no p u e d e Con fuerza igual las c o n y u g a l e s cargas , N i resistir de e n a r d e c i d o t o ro

El í m p e t u lascivo.

D e tu novilla la a tenc ión absorben L o s c a m p o s florecidos: o ra el g r a v e Calor mit iga en las c o r r i en tes aguas, O r a de h ú m e d o s sauces a la s o m b r a

Con los b e c e r r o s j u e g a .

— 241 —

Déjala así, no quieras i m p r u d e n t e C o g e r la uva en agraz . V e n d r á el o t o ñ o Q u e , sus p u r p ú r e o s t intes e s p a r c i e n d o , Y a sazonado o f r e c e r á a tus o j o s

E l pá l ido r a c i m o .

El la te ha de s e g u i r : la edad sin f r e n o V a c o r r i e n d o , y los años q u e te quita A ella los c e d e r á : L á l a g e e n t o n c e s Con á n i m o resuel to y f r e n t e l ibre

D e m a n d a r á mar ido ,

Grata más que lo fue la esquiva F ó l o e , Y más que Clor i ; c on sus b lancos h o m b r o s R e s p l a n d e c i e n t e cual serena L u n a Q u e en la n o c h e callada él m a r re f le ja ,

O c o m o el G n i d i o G i g e s ,

Q u e si al c o r o de v í r g e n e s se junta , A l más sagaz o b s e r v a d o r p e r p l e j o H a de d e j a r , la d i f e renc ia ocul ta , M o s t r a n d o allí la cabe l lera suelta,

Indef in ido él ros t ro .

CARM 11—6 Septimi, Cades..

Septirnio , p r o n t o a s e g u i r m e A d q q u i e r a q . u e y o v a y a ; Q u e a Gades c o n m i g o ir ías, A la indómi ta Cantabr ia , A h ó r r i d a s Sirtes , a d o n d e . H i e r v e la o n d a Maur i tana

O h , si T í b u r , p o r arg lvo Co lono mansión fundada . F u e s e a mi ve jez r e f u g i o ! O h , s i de fat iga tanta, D e mar , . v ia j e s y g u e r r a , .Yo allí p o r fin descansara! . •

Si allá las P a r c a s me c i e r ran E l paso, a buscar las aguas Iré del Gáleso , r ío . . Du l ce a ove jas abr igadas , L o s c a m p o s d o n d e Fa lante R e i n ó , v iniendo de Espar ta .

M. A. Caro—Traducciones-

— 242 -

Más que todos en el mundo A mí ese rincón me encanta Que por sus mieles a Himeto N o reconoce ventaja, Y por sus verdes olivas A Venafro se equipara.

Allí, por merced de Jove, Las primaveras son largas, N o rigurosas las brumas; Allí el Aulón, de lozanas Vides ornado, a Falerno No tiene que envidiar nada.

Ese sitio, esas dichosas Cimas a entrambos nos llaman; T ú allí algún día, Septimio, Darás, tributo del alma, A las calientes cenizas Del vate amigo una lágrima.

CARM I I — 7 O saepe mecum

Oh tú, a quien veces tantas a mi lado Tuve en camparía, hasta el final momento, Mandando Bruto, ciudadano ahora Quién a los patrios dioses, quién de Italia

T e restituye al cielo,

Pompeyo, de mis viejos camaradas Oh tú el primero, con quien tantas veces Con vino el peso aligere del día, La frente orlada y con perfume sirio

Ungidos los cabellos?

Contigo yo en Filipos la derrota Y el violento tropel sentí, el escudo No bien dejado, cuando roto el brío, Tocaron con la frente el suelo inmundo

Los que antes braveaban.

Mas a mí, espavorido entre enemigos, Sacóme en densa nube ágil Mercurio; A ti otra vez en hervorosos senos Vino a sorberte, y te llevó a la guerra

De nuevo la oleada.

— 243 —

A Jove , pues , con la ob l i gada o f r e n d a A c u d e ahora ; d e tan larga lucha Cansado el p e c h o , b a j o el lauro m í o R e c l í n a t e , y toneles no p e r d o n e s

P a r a ti dest inados .

V é n , y pul idas copas de s u a v e M á s i c o h i n c h e , e n g e n d r a d o r de o lv ido , Y de co lmadas c o n c h a s v ierte o lores . Quien de h ú m i d o ap io va. o de m i r t o

A p r e p a r a r coronas?

A quién la suer te ind i cará de V e n u s C o m o r e y d e l . b a n q u e t e ? — N o más s o b r i o Q u e el T r a c e b e b e d o r , h o l g a r m e q u i e r o Q u e r e c i b i e n d o al deseado a m i g o ,

E n l o q u e c e r m e es g r a t o .

CARM I I — 8 1

Ulla si juris

Infiel Bar ina , si con pena a lguna P a g a r te viese el j u r a m e n t o hol lado , Si en diente o uña tus tra ic iones , f ea

M a r c a de jasen .

Y o en ti c r e y e r a ! P e r o más h e r m o s a Cada vez bri l las cuanto más p e r j u r a , Y a l egre vas, de j u v e n t u d amante

P ú b l i c o o b j e t o .

E a ! los restos de tu m a d r e invoca, L o s astros m u d o s de la n o c h e , el c ie lo T o d o , los dioses, a qu ien n u n c a asalta

Gé l ida M u e r t e !

R í e s e de eso V e n u s misma, r íen , S imples las Ninfas, y C u p i d o f iero Mientras en p i e d r a ensangrentada ard iente

F l e c h a s aguza.

Y a para ti la j u v e n t u d c r e c i e n d o , L lévate esclavos; y los más ant iguos A u n q u e a m e n a c e n ret i rarse , t o r n a n ,

C r u d a , a tus puer tas .

T e m e n las m a d r e s p o r sus hi jos , t e m e n . V i e j o s guardosos ; la rec ién casada A solas t i embla q u e el m a r i d o incauto

Caiga en tus redes .

— 244 —

CARM I I — 9

Non semper ünbres

N o s i e m p r e sobre c a m p o s erizados Ba ja la lluvia del nub lado c ie lo , N i el Caspio mar borrascas monstruosas A t o r m e n t a n d o están; no t o d o el año

D e A r m e n i a en las l lanuras

T o r p e el hielo p e r d u r a , V a l g i o amigo , N i al e m p u j e de fieros aqui lones Del G á r g a n o los altos enc inares O p r i m i d o s se ven, y de sus h o j a s

L o s f resnos despo jados .

T ú de cont inuo en flébiles acentos L l a m a n d o estás a tu p e r d i d o Miste , Y tu dol iente a m o r no e n c u e n t r a alivio O r a el H é s p e r o asome, ora se ocu l te

Del sol h u y e n d o al rayo .

Mas no el anciano que c u m p l i ó tres veces L a edad de un h o m b r e a A n t í l o c o el amable A ñ o tras año l a m e n t a n d o estuvo, N i a T r o i l o m u e r t o en flor padres y h e r m a n o s

L l o r a r o n sin descanso . . . . o

Suspende y a tus lánguidas quere l las , Y vén más bien a c e l e b r a r ahora N u e v o s t ro feos del A u g u s t o César: A las vencidas g e n t e s a g r e g a d o s

Él r í g i d o Ni fa tes ,

El E u f r a t e s , que ya menos s o b e r b i o A r r a s t r a allá sus encrespadas ondas , Y , a l ímites prec isos c i r c u n s c r i t o s , Revo lv iendo sus po t ros los G e l o n o s

E n r e d u c i d o c a m p o .

CARM I I —10

Rectiui vives

M e j o r L i c in i o , vivirás, no s i e m p r e B o g a n d o mar adentro^ ni, m e d r o s o De borrasca , a r r i m a n d o con e m p e ñ o

A la erizada costa.

— 245 —

Quien b ien aprec ia su áurea medianía S e g u r o las miserias de ruinoso T e c h o , y , sobr io , de alcázar envid iado

E l e sp lendor r e h u y e .

M á s se e m b r a v e c e c o n t r a el y e r t o p ino E l v iento , caen con m a y o r fracaso T o r r e s altas, las c u m b r e s de los montes

El r a y o h e r i r pre f i e re .

E n la desgrac ia espera , y en la d i cha T e m e el á n i m o a t o d o bien d ispuesto , . T o r n a Jove a t r a e r t o r m e n t a os cura ,

Y la dis ipa él mismo .

Si h o y mal te va no , mal te i rá o t r o día . Suele A p o l o a la Musa silenciosa A n i m a r con su c í tara , y no s i e m p r e

T e n d i d o el a r co lleva.

E n t rances duros animoso y f i rme M o s t r a r t e sabe, y a la vez p r u d e n t e . Si ves que e x t r e m a el v iento sus favores ,

Coge la inflada vela.

CARM n — 1 2

Nolis tonga fetae

N o quieras que la indómi ta constancia D e la feroz N u m a n c i a ,

O la fiereza que A n i b á l respira , O , a costa de Cartago ,

V u e l t o el S iculo mar sangr iento lago A l son se a justen de liviana lira; —

N i los Lap i tas rudos , ni de Hi léo E l t orpe devaneo ,

N i , pos t rados p o r H é r c u l e s p o t e n t e , L o s monstruos de la T i e r r a

Q u e al ant iguo Sa turno hac i endo g u e r r a T e m b l a r hic ieran su mansión fu lgente

D e César tú la vida g lor iosa M e j o r en fáci l prosa ,

M e c e n a s , trazarás: e s c r i b e , muestra L o s r e y e s más t emidos

P o r nuestras calles al pasar venc idos Con cuel lo atado y act i tud siniestra.

— 246 —

P e r s u á d e m e la Musa a que entre tanto Y o el melod ioso canto

Ce l ebre de L i c i m n i a tu señora , L a s p lác idas centel las

Q u e sus o j o s desp iden , luces bellas Con q u e al par te r esponde y te enamora ;

L i c i m n i a , q u e a la danza no desdeña L l e v a r el p ie , o r isueña

T e r c i a r e n j u e g o o plát ica galana, O , t e n d i e n d o los brazos

Con v í r g e n e s t e j e r suaves lazos E n las so lemnes fiestas de Diana.

¿Acaso tú p o r los inmensos b ienes Q u e p o s e y ó A q u e m e n e s ,

P o r cuanto f r u t o r i co y p iedras raras M i g d ó n acop ió un día ,

P o r cuanto F r i g i a r inde , A r a b i a c r ía ; D e L i c i m n i a un cabe l lo , d i , t r o caras ,

Sea q u e al labio t u y o e n a m o r a d o V u e l v a el cuel lo de g r a d o ,

O esquiva al p a r e c e r , c e d e r no qu iera E l óscu lo p e d i d o ,

Y q u e tú lo arrebates al descu ido O r o b a r l o a su t u r n o ella pref iera?

CARM n — 1 3 Ule et nefasto,...

Con ímpia mano y en nefasto día Á r b o l , aquel que te p lantó prev ino R u i n a a sus nietos y al l u g a r o p r o b i o . E s e , no hay duda , al g e n i t o r pos t rando , Púso le al cuel lo la rodil la, y ese D e su huésped con sangre en alta noche M a n c h ó su h o g a r . De có lqu i cos venenos P r o p i n a d o r y de torpezas p a d r e F u e quien aqu í te trasladó, maldito , D o n d e a dueño inocente reservases E l b u e n rega lo de caer le enc ima .

P o r más que evite el h o m b r e los p e l i g r o s , N u n c a es harto p r u d e n t e . E l navegante Cartaginés el Bosforo t e m i e n d o , N o sabe más allá p o n e r la vista D o c i e g o él hado le amenaza. T e m e N u e s t r o g u e r r e r o la veloz saeta

— 247 —

Q u e el P a r t o h u y e n d o ráp ido desp ide Y cadenas el P a r t o , y del R o m a n o T e m e él p o d e r ; más improvisa a todos Asalta , y s i e m p r e asaltará la m u e r t e .

C u a n c e r c a estuve y o de ver los re inos D e la n e g r a P r o s é r p i n a , del jus to E a c o el t r ibunal , y de almas puras L a repuesta mansión! O í d o habr ía A Safo , que pulsando eolias c u e r d a s Qué jase de las hi jas de su patria, Y , A l c e o , a ti, que con tu p l e c t r o de o r o E n voz ro tunda , la azotada nave Cantas, dest ierro a m a r g o , g u e r r a c r u d a .

D e e n t r a m b o s o y e n el cantar suave D i g n o de alto s i lencio , las l igeras S o m b r a s en t o r n o ; y si r e m e m b r a A l c é o L a hero i ca lid q u e h u n d i ó la t iranía, E n denso g r u p o el canto ávidas b e b e n . M a s qué m u c h o , si el Can de c ien cabezas T i e n d e la o r e j a y hórr idas serp ientes A la c r in de las F u r i a s e n r e d a d a s Mansas incl inan los cerú leos cuel los? Y P r o m e t e o y T á n t a l o se olvidan D e sus t o r m e n t o s , y O r i o n no acosa F i e r o s leones y medrosos l inces .

CARM I I — 1 4 Eheu\ fugaces,

A y ! cuan p res to la vida E n su fugaz c o r r i e n t e ,

Postumo, ca ro Postumo, se va! Y no hay v ir tud que impida Q u e aren rugas tu f r e n t e : L a j u v e n t u d ya es ida.

Inevitable fin se a c e r c a ya !

P a r a salvarte en vano M o v e r intentarías

Con diarias h e c a t o m b e s a P l u t ó n , A l que c iñe t i rano Al lá en aguas s o m b r í a s Q u e cruza t o d o h u m a n o ,

A T i c i o y al t r i f o r m e Geri 'on.

E l a cuanto sustento R e c i b e n de la t i e r ra

R i c o s y p o b r e s , e n c a d e n a igual .

— 248 —

N i hu í r vale el sangr iento T u m u l t o de la g u e r r a , Y el m a r q u e agita el v iento ,

Y la br isa pes t í f era otoñal .

H a s de ver el Coc i to A r r a s t r a r su onda i m p u r a

E n g i r o perezoso , a par de ti; Del l ina je mald i to D e Dánao la t o r t u r a , Y a Sísifo p r e c i t o

A esfuerzo inmenso c o n d e n a d o allí.

Y t ierna esposa, amados Penates , c a m p o s bel los

D e j a r á s , y esos árbo les que ves C r e c e r p o r tus cu idados . D u e ñ o e f í m e r o ! de ellos Só lo fiel a tus hados

H a de segu i r te el l ú g u b r e c iprés .

Y vinos que condenas B a j o de llaves c iento ,

A h e r e d e r o más d igno legarás , Q u e sepa a copas llenas Bañar el p a v i m e n t o E n l i co r cual en c e n a s

N o c o r r i ó de pont í f i ces j a m á s !

CARM I I — 1 5 lam pauca aratto.

Moles s o b e r b i a s d e j a r á n bien p o c a T i e r r a que arar . M á s anchos q u e el L u c r i n o , L a g o s d o q u i e r veránse artif iciales, Y el p látano c r e c i e n d o solitario,

D e s t e r r a r á los o lmos .

O r a arrayanes , cuadros de violas, Y esotras plantas que el o l fato adulan, E s p a r c i r á n o lores d o n d e el f r u t o P u d o de p r o d u c t i v o s ol ivares

C o g e r el d u e ñ o ant iguo ;

O r a tup idos bosques de laureles ' Paso al sol n e g a r á n . — N o sancionaran R ó m u l o n u n c a ni Catón severo Usanzas tales, ni esa fue la n o r m a

De los h o m b r e s de antaño;

— 249 —

Q u e era c o r t o el haber pr ivado , y g r a n d e L a r iqueza c o m ú n . A nadie entonces L í c i t o fuera , para darse gus to , Cons t ru i r vasta ga ler ía , expuesta

A l Septentr i ón u m b r í o ;

N i g l e b a deparada p o r la suer te L a s l eyes desdeñar le p e r m i t i e r o n , Q u e o r d e n a b a n a expensas del Es tado Con p iedra nueva o r n a r c iudades sólo

Y venerados t emplos .

C A R M n—16

Otium divos...

P i d e a los dioses en el vasto E g é o Descanso el navegante , si en t re nubes Se ha o cu l tado la luna, y g u i a d o r a s

Estre l las no d e s c u b r e .

Descanso p ide en g u e r r a el T r a c e h o r r e n d o , E l M e d o flechador: sos iego i n m u n e Q u e no adqu ie re el que p ú r p u r a , o r o y per la ,

P a r a c o m p r a r l o j u n t e .

N o reg ia p o m p a o consular insignia A q u i e t a la pasión que d e n t r o bul le , N o ale ja cuitas que artesón d o r a d o

R e v o l a n d o c i r c u y e n .

B ien se vive c on p o c o , d o n d e en sobr ia Mesa el salero que h e r e d a m o s , luce , D o no hay t e m o r ni s ó r d i d o apet i to

Q u e el sueño manso t u r b e .

A qué , ceñ idos en tan breve espacio , T a n l e j os asestar? q u é da que m u d e s D e c l ima a q u í y allá? L a Patr ia de jas ,

P e r o de ti no huyes .

S u b e el A f á n a la f e r r a d a nave, T r a s l i g e r o e s c u a d r ó n al c a m p o a c u d e ; N o del c i ervo la planta, no es del E u r o

M á s r á p i d o el e m p u j e .

Con lo p r e s e n t e el á n i m o c o n t e n t o N o i n d a g u e más allá; lo a m a r g o e n d u l c e S e r e n o s o n r e í r . D i cha c u m p l i d a

N o existe , no la busques .

— 250 —

Cien g r e y e s t ienes en Sicilia, y vacas M u g i r , y y a para cuadr igas útil O y e s la y e g u a re l inchar : ret intas

E n a f r i cano m ú r i c e

R o p a s te visten. P e q u e ñ u e l o s c a m p o s Y un destello m e dio del g r i e g o n u m e n V e r a z la p a r c a , y d e s p r e c i a r la nec ia

P r o f a n a m u c h e d u m b r e !

CAKM n—17

Cur me querelis

P o r q u é así l amentándote me afliges? N o han de q u e r e r l o s dioses, ni y o admi to Q u e antes r indas que y o el pos t re r a l iento ,

M e c e n a s , poderoso A p o y o de mi vida y o r n a m e n t o !

Si de faltar hubieses tu a deshora , Mi tad de mi existencia , y o que haría , Mi tad sobrev iv iente y m e n o s cara?

A l lá en c o m ú n r u i n a Ese día funesto me arrastrara .

Y no h a b r á de faltar mi j u r a m e n t o : I r e m o s , d igo , i remos , c o m o q u i e r a Q u e abras la marcha , a ti a cua lquiera parte

E n la final j o r n a d a Resuel tos a s egu i r t e , a a c o m p a ñ a r t e .

Q u i m e r a atroz c on l lameante soplo , G igante de cien brazos vuelto al m u n d o N o h a b r á n de s e p a r a r m e de tu lado ;

A s í p o r la Justicia A s í está p o r las P a r c a s d e c r e t a d o .

O ya L i b r a me asista, o ya d o m i n e T r i s t e E s c o r p i ó n , que ent re los astros todos T i e n e en la hora natal inf lujo insano,

O acaso C a p r i c o r n i o , D e las ondas hespér i cas t i rano,

El astro t u y o con el m í o g u a r d a A r c a n a afinidad. Jove e n f r e n t a d o , D e la influencia de S a t u r n o i m p í a

T e sustra jo , y el vuelo Del hado presuroso a ta jó un d ía ,

— 251 —

C u a n d o en p leno teatro , al verte salvo Gozoso aplauso resonó tres veces ; — Y a m í hundiéndose un árbo l me aplastara.

Si F a u n o no me l ibra , Q u e a los a lumnos de M e r c u r i o a m p a r a .

T ú , c ons t ru i r el p r o m e t i d o T e m p l o N o descuides , y h a c e r los sacrif ic ios Q u e el N u m e n b i e n h e c h o r de ti y a e spera ,

Mecenas ; y o en t re tanto L levaré , o f r e n d a h u m i l d e , una c o r d e r a .

CARM n—20 Non usitaía

Con ala me p r e p a r o , B i f o r m e vate, insólita y s e g u r a

A h e n d e r el é ter c laro : S u p e r i o r a la i m p u r a

Envidia , d e j a r é la t i erra os cura

Y o a quien q u e r i d o n o m b r a s , M e c e n a s , y o de h u m i l d e nac imiento ,

N o de o lv ido en las s o m b r a s M e h u n d i r é , ni en el l ento

R í o que c iñe el O r c o mac i lento .

S iento la piel que en t o r n o Mi c u e r p o hacia los pies dura g u a r n e c e ,

Cisne arr iba m e t o r n o , M i cuel lo r e sp landece ,

L e v e p l u m a p o r dedos y h o m b r o s c rece . ,

Y p á j a r o canoro I ré , más r a u d o que I c a r o en mi vuelo ,

A l B o s f o r o sonoro , Y al h i p e r b ó r e o hielo ,

Y de Getul ia al abrasado suelo .

El Co i co , el D a c o , aleve D e s d e ñ a d o r del ítalo g u e r r e r o ,

Qu ien del R ó d a n o b e b e M e o irá , y el sabio I b e r o ,

Y allá el G e l o n o en su r i n c ó n p o s t r e r o .

N o h o n r a r mi ausencia qu ieras Con exequias ociosas, l loro triste

Y voces last imeras ; N o en eso, no , consiste

L a g lor ia y prez del q u e inmorta l ex is te .

— 252 —

GARM rrx—1 Odi projanum

H u y o de la p ro fana m u c h e d u m b r e , Si lenciosa a tenc ión prestad vosotros : Y o , sacerdote de las Musas , versos Q u e nadie antes o y ó , p a r a doncel las

Y para niños canto .

S o b r e h u m a n o s r ebaños con t r e m e n d o P o d e r los r e y e s de la t i erra m a n d a n , S o b r e los r e y e s Jove, el que Gigantes L a n z ó al ab ismo , y con su c e ñ o solo

C o n m u e v e el universo .

Q u e tal h o m b r e más que o t r o , las hi leras D e sus viñas di late; éste en buen hora B a j e al c a m p o de M a r t e , p r e t e n d i e n t e M á s nob le ; aquél , m e j o r p o r sus c o s t u m b r e s

Y el lustre de su f a m a ;

L e v a n t e a o t r o más larga c l i e n t e l a . . . . Y qué más d a ? N e c e s i d a d ter r ib l e Saca a la suer te a g r a n d e s y a pequeños , P a r a todos igual ; en urna ho lgada

T o d o n o m b r e se agita.

A quien desnuda sobre el cuel lo i m p í o P e n d i e n t e espada ve, no han de b r indar l e G r a t o sabor m a n j a r e s de Sicilia, N i de aves ni de c í taras el canto

H a n de volverle el sueño :

E l sueño de senci l los aldeanos, B e n i g n o , no desdeña las humi ldes M o r a d a s ni la f resca oril la u m b r o s a , N o los amenos huertos que suaves

L o s Céfiros orean .

A qu ien modes to su ambic i ón acorta Ceñida a lo prec i so , no le inquieta A l b o r o t a d o el mar , ni vario el c ie lo , O r a dec l ine t empestuoso A r t u r o ,

Y a sur jan las Cabri l las;

N i los v iñedos que el granizo azota Y el p lant ío falaz, n e g a d o el f ru to , O r a a las lluvias cu lpe el á rbo l must io , O al rayo estivo que abrasó los c a m p o s ,

O al invierno i n c l e m e n t e .

— 253 —

Sienten los peces que. la mar se estrecha Por moles invadida: allá pedruscos V a el constructor con su servil caterva Acarreando, de la tierra el dueño

Allá a espaciarse acude.

CARM ni—2 Angustam amice

S u f r i d o en la escasez el j o v e n sea Y en militar fatiga c r e z c a f u e r t e : A l f i e ro P a r t o a te r re en la pelea

L a lanza q u e b landea, Y e n t r e a cabal lo d e s c a r g a n d o m u e r t e .

Y a c a m p e al raso, y n u n c a se re t i re A n t e el pe l i g ro , los pe l igros a m e ; Desde el adarve con t e r r o r le m i r e

Real matrona , y suspire , Y la nubil donce l la , y así e x c l a m e :

« A y ! bisoño no p r u e b e la pujanza De ese f i ero león el reg lo esposo! Cuál, t o cado , se encrespa ! a la matanza

C ó m o su a r d o r le lanza . V e l o z p o r m e d i o al c a m p o sanguinoso ! »

Du l ce y bel lo es m o r i r , c u a n d o se m u e r e P o r la patr ia : también la m u e r t e acosa A o t ro , a quien t i emblen las rodil las, h iere

' Espaldas que volvieré H u y e n d o el r iesgo juventud medrosa .

I n m a c u l a d a bril la, y a vulgares Desaires la V i r t u d su honor , no e x p o n e , N i a m e r c e d de las auras popu lares

Insignias consulares V e m o s que ora conquis te , ora abandone .

Sí , hasta los cielos la V i r t u d eleva A l que m o r i r no d e b e : osada e x p l o r a H u y e n d o de las turbas , senda nueva,

Y allá, l e jos , le lleva Del suelo i n m u n d o , en ala voladora.

T a m b i é n p r e m i o s e g u r o al fiel sigilo G u a r d a d o está: de quien de Ceres p u d o Reve lar los misterios , y o al asilo

N o entraré , ni t ranqui lo .. . M e f iara con él al mar sañudo .

— 254 —

Que envolver suele al bueno en duro trance E l malvado que a Júpiter enoja. Por más que impune, al parecer, avance,

Rara vez no dio alcance La pena al reo, aunque zaguera y coja.

CARM ni—3

Justutn et tenacem,...

Al varón justo y en su intento firme De sus quicios no mueve

Turba irritada que desmanes pida, No de tirano amenazante el ceñó; Ni , el Adria revolviendo, el Austro oscuro, Ni Jove mismo, de su diestra enorme Lanzando haces de rayos iracundo; Sobre su frente impávido sintiera Hecho pedazos desplomarse el mundo.

Así, por esa fuerza, Pólux pudo, Pudo Hércules errante

Elevarse a las fúlgidas mansiones, Adonde Augusto reclinado entre ellos, Y a con purpúreo labio néctar bebe; Así , oh Baco, los tigres de tu carro Indóciles trajiste a la coyunda; Quirino así, en corceles de Mavorte, Huyó del Orco la región profunda.

A los dioses entonces congregados Habló plácida Juno:

« A Ilion, a Ilion, fatal, impuro Juez y mujer advenediza, en polvo Tornaron—Ilion, que a mí de antaño, Con su pueblo y caudillo, y a la casta Minerva fue entregado, por el dolo De Laomedón, cuando el pactado precio Osó a Neptuno denegar y a Apolo.

« N o ya el huésped de adúltera espartana Ufano gallardea,

Ni a la casa de Príamo perjura, Los tenaces Aquivos rechazando Con indómito brazo Héctor sustenta; Guerra por nuestras iras prolongada Cesó, y el nieto odioso, de quien madre Fue troyana vestal, yo, con olvido De grave ofensa, torrtaré a su padre.

— 255 —

« Q u e venga a las mansiones luminosas , Q u e el néctar saboree

Y en paz en la serena j e r a r q u í a D e los dioses se cuente , a eso me allano M i e n t r a s s i rv iendo entre I l ion y R o m a T i e n d a sus ondas di latado el P o n t o . Fe l i z d o q u i e r a el des te r rado m a n d e , E n tanto que de P r í a m o y de Par i s G a n a d o l ibre p o r las t u m b a s ande ,

« Y allí amamanten sin t e m o r y a b r i g u e n L a s fieras sus c a c h o r r o s :

F ú l g i d o el Capitol io en pie se ostente , R o m a soberb ia a los venc idos M e d o s L e y e s d i c te , y terr í f i co su n o m b r e T a n t o en t o r n o dilate, que a las costas Ul t imas l l egue y al e s t recho vaya Q u e ent re Á f r i c a y E u r o p a se i n t e r p o n e , Y adonde el N i l o sus raudal exp laya ;

« Y más valor en desdeñar d e m u e s t r e T e s o r o s no t o cados

( Q u e así más bien b a j o la t ierra y a c e n ) , Q u e en pers igu ir los p r o f a n a n d o t o d o ;— A v a n c e ! y do sus últ imas b a r r e r a s L e o p o n g a el m u n d o , allá sus armas t o q u e n , Y en ver se afane a d o n d e agosta el suelo Calor e m b r a v e c i d o , y d o le afligen Cl ima l luvioso, e n c a p o t a d o c ie lo .

« E s t o al g u e r r e r o p u e b l o de Q u i r i n o P r o m e t o ; más c u i d a d o !

N o piadoso en e s t r e m o y e n g r e í d o Su ant igua T r o y a r e s taurar p r e s u m a . Con l ú g u b r e s augur i o s r e n a c i e n d o V o l v i e r a ella a su f r i r el g r a n desastre ; L a hueste victoriosa n u e v a m e n t e Y o m i s m o acaudi l lara, y o , la esposa. Y o , la h e r m a n a de Jove O m n i p o t e n t e .

Si veces t res con el favor de A p o l o T o r n a m u r o de b r o n c e

A alzarse, veces t res p o r mis A r g i v o s T o r n e a caer deshecho , y otras tantas H i j o s y esposo l lore la caut iva!» Musa, d o vas? N o lira a l egre a tanto LJega; no audaz de r epe t i r blasones P lát i cas de altos n ú m e n e s , lo exce l so , N o así d e p r i m a s con humi ldes sones.

— 2b6 —

C A R M í n — 4 Desande cáelo....

Desc iende ya del c ie lo , s oberana Cal íope ! y raudal me lod ioso Suelta al viento, o c on flauta, o c on v ibrante V o z , o cuerdas p u l s a n d o . . . . p o r ventura

La c í tara de A p o l o .

E s c u c h a d ! o s e r á q u e me enajena G r a t o del ir io? Q u e o igo m e p a r e c e , P a r é c e m e que voy con paso inc ier to P o r bosques santos d o n d e fuentes bul len

Y céf iros suaves.

S iendo y o niño , en V ú l t u r e de Apul ia , A l l e n d e el sitio que nutr ió mi infancia, Cansado de j u g a r , r e n d i d o al sueño , V i n i e r o n de ho jas t iernas a c u b r i r m e

Milagrosas palomas.

Y aquel los habitantes, cuantos hacen Su n ido de A q u e r e n c i a en las alturas, Cuantos de Banc io tratan las florestas Y de F o r e n t o humi lde el férti l suelo , ;

A t ó n i t o s q u e d a r o n ;

A tón i t o s , m i r a n d o cuan s e g u r o De osos y negras v íboras , c u b i e r t o De laurel sacro y de apiñado mir to . P e q u e ñ u e l o animoso , no sin alto

A u x i l i o , reposaba .

Y o vuestro soy , oh Musas! vuestro t odo , Y a las sabinas c u m b r e s t r e p e u fano , O ya f r es co P r e n e s t e más m e halague , O tal vez las laderas T ibur t inaS ,

T a l vez h ú m i d a Bayas .

De vuestras fuentes y o , de vuestros c o r o s A m i g o , nada h a c e r contra mi vida P u d o la rota d e F i l ipos , nada Á r b o l enhechizado , ni en las ondas

Sicanas P a l i n u r o .

H a c i é n d o m e vosotras c o m p a ñ í a Del B o s f o r o la fur ia nauta osado A r r o s t r a r é y ard ientes arenales R e c o r r e r é , del l i toral de Siria

E x p l o r a d o r br ioso .

- •• 257 —

M. A. Caro—Traducciones—17

Y al Britano veré, que atroz degüella Sus huéspedes, y al Cóncanó sediento De sangre de caballo, y al Celono De aljaba armado, iré de Scitia al río,

Viajero siempre inmune.

Luego que César tras campaña larga. Sus cansadas cohortes acuartela Poner término ansiando a sus fatigas, A solazarle os dedicáis vosotras

En la Pieria gruta.

Templanza aconsejáis, y gozáis luego E n haberla inspirado, oh Bienhechoras!— El fin de los sacrilegos Titanes Sabemos, cuál sus ímpetus deshizo

Con rayo desatado.

Aquel que a un tiempo la pesada tierra Y el mar tempestuoso, ias ciudades Y los sombríos reinos, a los dioses Y a los mortales, señorea y rige,

Solo él, con justo imperio.

Gran terror infundiera a Jove aquella Hórrida juventud que la victoria A sus brazos fiaba, los hermanos Que levantar el PeÜon intentaban

Sobre el oscuro Olimpo;

Mas qué Tiféo mismo, qué el forzudo Mimante, y Porfirión, torva la frente, En actitud amenazante, y Reto, Y.audaz a pulso descuajados troncos •

Encelado arrojando,

De Palas contra el égida sonante Qué hacer podían embistiendo juntos?— Allí Vulcano diligente, y Juno, Regia matrona, allí el que de sus hombros

Nunca el arco depone,

Y en los raudales de Castalia puros Lava el suelto cabello, y ora trata De Licia los vergeles, ya la amena Selva natal, de Pátara y de Délo

Dios renombrado, Apolo.

— 258 —

La fuerza que prudeucia no conoce A tiarra viene por su propio peso; SI la razón la guía, nuevas creces Le da el cielo, enemigo de los fuertes

Que el mal ciegos maquinan.

Con sus cien brazos soterrado Gigas Comprueba las verdades que proclamo, Y , ofensor de la púdica Diana Orion, domeñado por saeta

Que disparó la virgen.

Sobre monstruos que cubre a su despecho, Gime la tierra, y los engendros llora Que en las sombras del Orco abismó el rayo; Bullente fuego a consumir no alcanza

El Etna echado encima;

Allí de Ticio osado las entrañas Nunca abandona el vigilante buitre, Apostado guardián de su torpeza; Allá a Pirito atentador constriñen

T r e s veces cien cadenas

CARM m — 5 Cáelo tonantem....

Reina en la altura Júpiter, no en vano Anunció su poder la voz del trueno: Acá en la tierra numen soberano Muéstrase Augusto, al Persa y al Britano Trayendo ahora del imperio al seno.

Y de Craso vivir pudo el soldado Torpe marido allá de una extranjera? Y aquel Marso, aquel Apulo nombrado, Bajo enemigos suegros—oh atentado Contra la Patria y la conciencia!—espera

Ocioso la vejez? de honor desnudo, Sirve a un rey Medo, y otro nombre toma? Y así la toga, y el marcial escudo, Y así el fuego de Vesta olvidar pudo. Estando erguido Jove y firme Roma?

Esto ya deplorando en profecía, Rehusó Régulo odiosas condiciones, Porque ejemplo funesto a ser vendría Salvar a quien piedad no merecía Redimiendo cobardes campeones.

— 259 —

«Las romanas insignias enclavadas «En los templos yo vi cartagineses.» Dijo: «de las ciudades las entradas «Patentes vi, y en vegas arrasadas «Por nuestras armas, ondear las mieses.

« Y yo vi desfilar nuestros guerreros «Con labio mudo y con humildes ojos; «Agobiados de hierros extranjeros « V i espaldas de hombres libres, los aceros « N o ya en sus manos ni de sangre rojos.

«El oro del rescate se perdiera «Cual se perdió el honor: muera el cautivo! «Ni la teñida lana recupera «Su color, ni varón que degenera «Recobra nunca el pundonor nativo.

«Cuando a embestir al cazador acierte «Cierva de estrechas mallas libertada, «Quien sus brazos atar sintiendo inerte, «Fió a enemigo pérfido su suerte, «Brioso volverá a blandir la espada.

« Y a la guerra la paz mezcló a deshora «Desatinado por salvar la vida; «Qué vergüenza! Oh Cartago vencedora! «Si grande ayer, sobre las ruinas ora «De la humillada Italia, enaltecida!»

Calló; y es famaque en aquel instante. Cual si caído de su rango hubiera, De honesta esposa el ósculo, 3r la amante Prole apartó de sí, torvo el semblante, Fija en el suelo la mirada fiera.

Aguardando tan sólo que el Senado A seguir el dictamen se decida Por él, nunca por otro sustentado,— Para marchar, glorioso desterrado, Entre amigos que lloran su partida,

El premio a recibir que le prepara Fiero sayón: lo sabe, y no flaquéa: Camino emprende, y la familia cara Que se interpone, intrépido separa, Y la turba que densa le r o d e a ,

Cual si largos negocios de clientes A término llevado hubiera acaso, Y paz buscando y goces inocentes De Venafro o Tarento a los ríentes Campos ahora encaminara el paso.

— 260 —

CARM III—6

Delicta maiorum

Delitos pagarás de tus m a y o r e s , R o m a n o , tú, sin cu lpa ,

Si pres to de los dioses no restauras P r ó x i m o s y a a caer los t emplos sacros ,

Y las manchas no b o r r a s Con que el h u m o afeó sus s imulacros .

Reinas , p o r q u e a los dioses o b e d e c e s . A ellos, causa p r i m e r a .

E l éx i to se d e b e , a ellos la g lor ia . D e s p r e c i a d o s p o r ti los Inmor ta l e s

A la l lorosa H e s p e r i a Q u e no enviaron ya de a c e r b o s males?

D e Moneses y P á c o r o las huestes , De l e j é r c i t o nuestro

Q u e auspic ios a r r o s t r ó des favorables , De l e m p u j e dos veces rechazaron ,

Y a col lares e x i g u o s R i c o d e s p o j o en añadir g o z a r o n .

A R o m a , presa de inter ior d iscord ia , A l canto de su ruina

E l D a c o y el E t í o p e t r a j e r o n , F o r m i d a b l e mov iendo aqueste a g u e r r a

P o r mar c o n espolones , Con a r m a arro jad iza aquél p o r t i erra :

T i e m p o s preñados de maldad, p r i m e r o L o s l echos c o n y u g a l e s

M a n c h a r o n , y l inajes y famil ias; A q u e l l a fue de c o r r u p c i ó n la fuente

Q u e c r e c e y se d e s b o r d a S o b r e la patr ia y la r o m a n a g e n t e ,

N o fue de tales padres e n g e n d r a d a L a j u v e n t u d br iosa

Q u e el mar t iñó c o n afr icana s a n g r e , L a que a P i r r o abat ió , la que al ingente

A n t í o c o , y de A n í b a l H u m i l l a r supo la soberb ia f r e n t e .

H i j o s f u e r o n de rúst icos , m a n c e b o s N a c i d o s a la g u e r r a ,

Con la azada Sabina a c o s t u m b r a d o s El suelo a r e m o v e r , y haces de leña

A c a r g a r a por f ía , De austera m a d r e atentos a la seña,

— 261 —

Hasta que el sol m u d a n d o de los montes L a s s o m b r a s , y del y u g o .-.'<.

L o s b u e y e s aliviando, b a j o el peso R e n d i d o s ya , de reposar la hora

• M a r c a b a al despedirse A l e j á n d o s e en rueda voladora.

Q u é no gasta y apoca el t i e m p o m u d o ? E n virtud nuestros padres

F u e r o n g e n e r a c i ó n a las pasadas I n f e r i o r ya ; nosotros , sucesores

M á s que ellos deca ídos , H i j o s ven imos a e n j e n d r a r peores .

CARM I I I — 7

Quid fies, Asterie.,.

P o r q u é a tu a m a d o ausente A s í l loras, A s t e r i e ? P r e s t o , pres to Las brisas le t raerán de pr imavera ,

F i e l p o r s i e m p r e a tu lado, De g é n e r o s prec iosos abastado.

A l b o r o t a d o el N o t o P o r los fuegos insanos de A m a l t é a , A O r i c o le l levó y allí le t iene ;

E l en des ierto l e cho L a s noches pasa en lágr imas deshecho .

A s t u t o m e n s a j e r o D e apasionada huéspeda le asedia; D í c e l e que en a m o r q u e es t o d o tuyo ,

Cloe se abrasa y m u e r e , Y con su labio seduc i r l e q u i e r e .

Cuéntale c o m o a P r e t o C r é d u l o , infiel m u j e r , a su venganza A t e n t a , a que m o r i r sin t i e m p o al casto

B e l e f o r o n t e h i c i era Con falso test imonio i n d u j o ar tera ;

O ya c o m o T e s é o Q u e d o casi en el T á r t a r o ab i smado P o r q u e halagos de Hipó l i ta h u y ó esquivo ;

Y de uno en o t r o c u e n t o Busca s i e m p r e al desliz nuevo a r g u m e n t o .

E n vano! que él más s o r d o Q u e las rocas de Icar ia o y e y resiste.

— 262 —

Aunque nadie le emule, Ora en círculo estrecho ágil y diestro Corcel fogoso en revolver se ufane,

Ora al seno arrojado Del T ibre , cruce la corriente a nado.

T u casa a prima noche Cierra tú, y a la calle no te asomes Cuando suene la flauta gemidora;

Antes dura mil veces T e llamen, porque firme permaneces.

CARM ra—18

Faune Nynpharum

Fauno, amador de fugitivas Ninfas, T ú por aquí, por mis abiertos campos Pasa, te ruego, y lo que en cierne veas

Mira propicio,

Y a que un cabrito para ti yo inmolo Cada año, y copas que corona Venus Vino rebosan. En altar vetusto

Arde el incienso,

Trisca el ganado en la menuda grama, Cuando tus Nonas de Diciembre tornan, Con el buey suelto el aldeano alegre

Huelga en el prado;

Discurre el lobo entre la grey tranquilo, Hojas agrestes te prodiga el bosque; La tierra ingrata el cavador tres veces

Bate danzando.

CARM n i - 22

Montium cusios..

Virgen que bosques y collados guardas Que a parturientas, si en su afán tres veces T e han invocado, de la muerte libras.

Diosa triforme;

Este alto pino de mi granja, sea T u y o ! yo haré que, ofrenda anual, de un cerdo Que herir en vano de través intente,

Corra la sangre.

— 263 —

CARM ni—29 Tyrthena regum

T i r r e n o sucesor de est irpe regia , M e c e n a s ! g u a r d o a q u í para obsequ iar te Suave vino en tonel aún no inc l inado , Y para tus cabel los rosas t e n g o

Y esencias preparadas .

R ó b a t e a t odo , y al convite a cude , N o allá el h ú m e d o T í b u r , no allá s i e m p r e T ú las pend ientes de Esula , y las cumbres . Q u e al p a r r i c i d a T e l e g ó n r e c u e r d a n ,

H a s de estar c o n t e m p l a n d o .

H u y e de esa abundanc ia hastiosa, de ese Pa lac io q u e a las nubes se e n c a r a m a ; P o r b r e v e t i e m p o tu atenc ión no e m b a r g u e n El h u m o , la opulenc ia y el bul l ic io

De la dichosa R o m a .

T a l vez m u d a r de escena p lace al r i co ; L i m p i o s man jares b a j o h u m i l d e t e c h o Q u e p ú r p u r a y tapices no c o n o c e , T a l vez sup ie ron d e s p e j a r a lguna

M e d i t a b u n d a f r e n t e .

V e s ? ya el p a d r e de A n d r ó m e d a d e s c u b r e Su f u e g o ocu l to , y P r o c í ó n se inflama Y el astro del L e ó n e n f u r e c i d o A r d i e n d o está, mientras el sol los días

V u e l v e a t raer sedientos .

Con su lánguida g r e y zagal cansado V a la s o m b r a buscando , el a r r o y u e l o , D e l h ó r r i d o Si lvano los breñales ; A u r a s f u g a c e s a an imar no l legan

La tac i turna oril la.

A ti el púb l i co bien p r e o c u p a en tanto ; V e l a n d o tú p o r la c i u d a d , observas L o q u e allá m a q u i n a n d o estén los Seres , Y Bac t ra , d o m i n a d a y a p o r Ciro ,

Y revoltoso el T a ñ á i s .

Só l o Dios sabe el porven i r , y en n o c h e Caliginosa lo recata , y r í e Si a lgún morta l p o r d e s c u b r i r se afana L o q u e v e d a d o e s t á . — T ú lo p resente

Con equ idad regula ;

— 264

Q u e lo que ha de venir , v e n d r á cual r í o Q u e , p o r su l e cho natural r o d a n d o , Q r a manso camina al m a r T i r r e n o , Y ora , de p r o n t o , rocas car comidas ,

Y d e s c u a j a d o s t r o n c o s ,

Y rebaños y casas de l a b r i e g o s Confusamente arrastra , r e t u m b a n d o L o s montes y las selvas convec inas , Cuando h o r r e n d o diluvio las calladas

Corr i entes e m b r a v e c e .

Gra ta existencia , d u e ñ o de s í mismo . L l e v a r á quien al fin de cada día P u e d e d e c i r : viví: muestre mañana E l P a d r e universal , c on n e g r a s nubes

E n c a p o t a d o el c ie lo ,

. 0 inúnde lo de luz, volyer no p u e d e I r r i t o lo q u e atrás c u m p l i d o q u e d a . N i r e f o r m a r ni h a c e r que no haya s ido A q u e l l o que una vez la hora que pasa

A r r e b a t ó en su vuelo .

Gozosa s i e m p r e en su cruel tarea, J u g a n d o s i e m p r e s o r p r e n d e n t e j u e g o , Sus inc iertos favores la F o r t u n a A q u í y allá transf iere , ya c o n m i g o ,

Y a con o t r o b e n i g n a .

B e n d í g o l a si a q u í se posa, y luego Si agita el ala ráp ida , res igno L o que me dio , y en mi v irtud me e m b o z o , Y abrazo la pobreza , a c o m p a ñ a d a

De p r o b i d a d , sin dote .

N o es m í o , si la entena al peso m u g e D e a fr i cana bor rasca , a humi ldes p r e c e s A c u d i r , ni c o n votos o b l i g a r m e A c a m b i o de que nó de C h i p r e o T i r o

P r e c i a d o c a r g a m e n t o

R iqueza añada a la del P o n t o avaro. E n t r e el h e r v o r de las Egéas ondas , E n m i b i r r e m e , el aura sano y salvo M e sacará, g u i a n d o desde el c ie lo

G e m e l o s luminares .

- 26^ —

CARM III —30

Exegi monumenium..

P e r e n n e m o n u m e n t o M á s que los b r o n c e s só l ido , M á s alto que la f á b r i c a R e a l de las P i r á m i d e s , H e levantado ya .

N i arrasadoras lluvias, N i aqui lones indómi tos L e abat irán, ni el ráp ido T i e m p o , q u e años sin n ú m e r o T r a s sí d e j a n d o va.

N o soy morta l y o t o d o ; A las futuras épocas H a de pasar, salvándose De o lv ido y triste f é r e t r o , N o b l e p o r c i ó n de mí . '<

M i e n t r a s él Capitol io T o r n e a sub i r c on v í rgenes Calladas el Pont í f i c e , R e n o v a r á s e el ínc l i to R e n o m b r e que adqu i r í ;

P o r q u e , g r a n d e de h u m i l d e , D o pueb los D a u n o rúst icos R i g i ó en c o m a r c a s ár idas , Y do las ondas de A u f i d o R a u d a s c o r r e r se ven,

Y o a itálicos acentos T r a s l a d é el r i t m o e ó l i c o . — Gózate , pues , M e l p ó m e n e , Y con el l auro d e i f i c o A c u d e a o r lar mi sien.

CARM i v — 3

Quem tu Melpómene,

A quien hayas t o r n a d o , M e l p ó m e n e , al nacer , o j o s prop i c i o s ,

E s e del pugi ladn E n istmios e j e r c i c i o s

La pa lma a d isputar no irá forzado ;

— 266 —

Ni, por corcel ardiente Llevado en carro acaico, su alta gloria

Celebrará la gente; Ni en premio de victoria

Deificas hojas ceñirán su frente;

Ni será conducido En triunfo al Capitolio, ni aclamado

Caudillo esclarecido, Por haber quebrantado

De reyes fieros el poder temido.

A ése le inmortaliza Merced al canto eolio, aquella vena

Que a Tibur fertiliza Corriendo, aquella amena

Floresta hojosa que Favonio riza.

Roma, ciudad Señora, Quiere que de sus vates se me cuente

En la amable, canora Familia; en mí su diente

Y a hinca menos la envidia roedora.

T ú , que lira de oro Dulce haces resonar; tú, que si quieres,

Piéride, del coro De los cisnes transfieres

A peces mudos el cantar sonoro!

Si en Roma soy nombrado Y al pasar me señalan con el dedo

Cual músico extremado. Débolo a ti; yo puedo

Alentar y agradar por ti, si agrado.

CARM iv—4

Qualem tninisttum,.,,

Cual del rayo la fiel ministradora A quien el reino de las aves dio De los dioses el rey, cuando a deshora A l rubio infante arrebató veloz;

Que se apartó del nido a los primeros Impulsos de su ingénita altivez, E idos los vernales aguaceros, Sobre las auras vaciló después; ,

— 267 —

Audaz más tarde impetuosa embiste A los rebaños; invencible al fin Busca al fiero dragón que la resiste, De presa ansiosa y de sangrienta lid:

O cual león que de la madre roja Separado, los dientes a ensayar. Sobre la cabra tímida se arroja Que incauta pace en el florido val;

Druso ental modo su denuedo ostenta Cuando anheloso de luchar, al pie De los réticos Alpes se presenta Y con temblor los bárbaros le ven.

Quién de hachas amazónicas el uso Entre ellos, en la oscura antigüedad Introdujera, averiguar excuso; Ni todo al hombre revelado está,

Mas su nación que entre naciones tantas Potente en triunfos se ostentó sin fin, Vencida entonces conoció, a las plantas Derribada del joven adalid,

Adonde alcanza el ánimo robusto Que en fausto alcázar se educó en el bien; Cuánto el cuidado paternal de Augusto Fecundo en pro de los Nerones fue.

Fuertes engendra el fuerte: el brío asoma De la raza, en el toro, en el bridón: ¿Alguna vez la tímida paloma Se vio nacer del águila feroz?

Jamás! Pero el ejemplo y la enseñanza Más fuerza a pechos generosos da: Y allí do el vicio se introduce, alcanza La heredada virtud a mancillar.

Roma! el Metauro ensangrentado diga Cuánto de los Nerones al valor Debes; dígalo el sol que la enemiga Oscuridad de Italia disipó,

Y nos pudo el primero, coronado De sagrada victoria, son :eír, Desde que el africano desbordado Recorrió nuestro mísero país

— 268 —

C o m o entre seco matorra l serpea T a l vez el f u e g o r á p i d o y voraz, O c o m o el E u r o indómi to espolea Sus cabal los flamígeros al m a r !

H i j o s tuyos de e n t o n c e s v e n c e d o r e s E m p u ñ a r o n , oh R o m a , tu p e n d ó n , Y n ú m e n e s se i r g u i e r o n v e n g a d o r e s E n los t emplos que el p e n o devastó .

S incero A n í b a l p o r la vez p r i m e r a , « V a m o s cual c iervos , » triste d i j o al fin, « E n pos del l obo , c u a n d o t r iun fo fuera « B u r l a r sus risas con astuto ard id .

« E s a nación que p o r los anchos mares « A la p laya latina trasladó « N i ñ o s y ancianos y venc idos lares « Q u e arrancara á las l lamas de I l ion ,

«Se alza entre ruinas con aliento dob le , «Cual en la á lg ida selva, que a la luz « E n t r a d a s niega, d e s m o c h a d o el rob le « S a c a v igor de la tenaz s e g u r .

« C o r t a d a s i e m p r e y s i e m p r e r e c r e c i e n d o , « N o e m p e r o a A l c i d e s con fiereza tal « L a h idra a te r ró , ni m o n s t r u o tan h o r r e n d o «Co i cos ni T e b a s a b o r t ó jama?.

« A r r o j a d l o s al m a r ; saldrán más f ieros! « P o s t r a d l o s ; se alzarán para v e n c e r ! « N u n c a falta proeza a sus aceros « Q u e g r a t o asunto a sus esposas dé .

« N o ya a Car tago nunc ios de victoria « A g u a r d a r cabe ni esperar salud: « M a r c h i t o está el laurel de nuestra g l o r ia ! « T o d o , A s d r ú b a l , c a y ó , c a y e n d o tú ! »

Quién ya p o n d r á a los Claudios resistencia? Jove b e n i g n a p r o t e c c i ó n les da, Y con valor r e g i d o de p r u d e n c i a . T r a n c e s e x t r e m o s saben arros t rar .

— 269 —

CARM I V — 7

Diffugere nives

P a s ó la nieve c r u d a : Su cabe l lera inquieta

T o r n a al bosque y al p r a d o su v e r d o r . D e aspecto el suelo m u d a ; Y el m a r g e n y a respeta Q u e rebasó sañuda

L a co r r i ente de a r r o y o bu l l idor .

T e j i e n d o muel le danza, . Suel to el r o p a j e leve ,

L a s Grac ias con las N in fas van a par . « A b r e v i a d la esperanza!» N o s d i ce el año breve -Y la hora que avanza

E l día más esp léndido a r o b a r .

E l céf iro ga lano L l e g a y f r íos mitiga-

Mas y a march i ta la campiña ves A l peso del verano ; T r a s él, f ru tos p r o d i g a

' O t o ñ o ; inv ie rno cano R e t o r n a luego con pesados pies .

F e b o su d e t r i m e n t o E n los etéreos d o m o s

R e p a r a : p e r o , qu ién m o v e r p o d r á De aquel apar tamiento D o polvo y s o m b r a somos , • D o A n c o y T u l o o p u l e n t o

Y el p ío Eneas des cend ieron ya?

Sabes , T o r c u a t o caro , Si o t r o día de vida

T e dará el c ie lo? En r e c r e a r t e a q u í Gasta pues sin r e p a r o : De la m a n o e n c o g i d a D e sucesor avaro

Eso habrás r e d i m i d o para ti.

En l l egando Ja m u e r t e P r o f e r i r á sentencia

Minos , sentado en alto t r ibunal ; Y fi jada tu suerte , Clara alcurnia , e locuenc ia . V i r t u d . . . . nada vo lverte

P o d r á la que hoy te anima aura vital.

— 270 —

Diana en el Letéo V e a Hipólito, y porfía

En rescatar al púdico doncel: Temerario deseo! Ni la cadena un día

„ Romper pudo Teséo Que a Pirito, su amigo, ata cruel.

CARM i v — 9

Ne forte credas.

No pienses, nó, que cubrirá el olvido Los versos que con arte nunca usada Asocio yo a la lira, yo, nacido

Allá donde el Aufido Hace lejos sonar su onda agitada:

Que, si Homero a la cumbre alzarse sabe, N o por eso de Píndaro confusa Se ve, ni de Simónides suave,

O Estesícoro grave O Alcéo tronador, callar la Musa.

Aun hoy el tiempo respetuoso mira De Anacreonte al deleitoso juego; De la infeliz que la pulsaba, expira

Aun hoy la lesbia lira Las vivas ansias, el ardiente ruego.

N o sólo a Helena deslumhró y sedujo Huésped infiel con su cabello hermoso, Y veste rica de oro, y regio lujo,

Y el séquito que trujo; Ni Teucro el arco disparó de Gnoso

Con mano cual ninguna antes certera; Ni fue un solo Ilion dado al saqueo; Ni proezas, que el canto honrar pudiera,

Hizo por vez primera Esténelo o el grande Idomenéo;

Ni Deífobo o Héctor los primeros, Por las castas esposas arrostraron Y por la tierna prole golpes fieros;

Valerosos guerreros Antes de Agamenón muchos brillaron.

Pero no hay quien los llore, quien acate Nombres que envuelve noche alta y sombría;

— 271 —

Que el valor, si faltó piadoso vate, Ignorado se abate

Contiguo a sepultada cobardía.

Mas no a ti, Lolio, faltará en mi canto El encomio a tus méritos debido: Y o no he de permitir que esfuerzo tanto

Cubra envidioso manto, Y robe tu memoria injusto olvido.

T ú conoces la vida, tú en la prueba Eres el mismo que en el tiempo bueno; Contra el oro, que todo en pos lo lleva,

T u virtud se subleva, Y a fraudes y a rapiñas pones freno;

Y honor de Cónsul, ju?z de ti, mantienes Cuando el cerco de aunadas tentaciones Rompe tu brazo, y con altivas sienes

A dádivas, desdenes, Y el deber santo al interés opones.

N o a quien posea grandes heredades Llamamos con razón dichoso. El hombre Que sabe aprovechar de las deidades

Los dones y bondades, Ese merece de dichoso el nombre.

Sí, quien pobreza dura, adversa suerte Sereno afronta, de quien más temida Fue siempre la deshonra que la muerte,

Y sabe, varón fuerte, Por Amistad y Patria dar la vida.

CARM i v — 1 0 O crudelis adhuc.

Oh tú, siempre cruel, y con los dones De Venus poderoso! cuando venga T u soberbia a humillar bozo imprevisto,

Y caigan los cabellos Que por tus hombros hoy vuelan ufanos, Y desmaye el color de tus mejillas Que hoy se aventaja al de purpúrea rosa,

Cuando por tal mudanza Híspida faz Ligúrino presente. Cuantas veces te vieres al espejo

Y no te reconozcas, « A y ! » dirás suspirando:

«¿Porqué cual siento ahora no sentía Cuando niño? o porqué no vuelve ahora Aquella fresca tez que tuve un día?»

— 272 —

CARM IV—12

Iam veris comités

Y a , compañeros del verano, alados Vientos llegan de Tracia

Que, el mar calmado, impelen los navios; N i yerto el campo está, ni acrecentados Con la nieve invernal suenan los ríos.

La cruel que de bárbaro marido Mal vengó el torpe ultrajé,

Mengua eternal del ateniense trono, Avecilla infeliz cuelga su nido Y a Itis llora en mísero abandono.

Y en la reciente yerba, acompañados . De flautas los pastores

Entonan cantilenas peregrinas Al dios a quien complacen los ganados Y umbríferas de Arcadia las colinas.

Sed trae la estación: Mas tú, si piensas, Y a que a la mesa asistes

De mozos nobles, apurar conmigo • Vino sudado en las Caleñas prensas, Con nardo has de comprarle, buen amigo,

Breve concha dé nardo, sin tardanza Sacará de los hórreos

De Sulpicio un tonel de regalado Vino, que aliento dando a la esperanza Temple la fuerza del mayor cuidado (1 ) .

Si te halaga el convite, vén, la parte Trayendo que te cumple;

Que yo de balde a ti no a copas llenas. En mi mesa, Virgilio, he de abrevarte Como alto potentado en reglas cenas.

N o tardes, no hagas cuentas, a p r e s u r a . . . . Allí , la odiosa pira;

Acá, el momento de gozar, propicio Mezcla al grave pensar breve locura; Es bueno,"en la ocasión, perder el juicio.

(1) Verso de Arguifo.

CARM I V — 1 3 Audivere, Lyce.

O y ó el c ie lo mis votos, L i c e ; el c ie lo M i s votos , L i c e , o y ó . Y a tú enve je ces ,

Y en tu i m p u d e n t e anhelo D e p a r e c e r hermosa ,

R í e s y bebes , y con voz temblosa ,

E b r i a cantando invitas a Cup ido . E l de moza genti l diestra en la danza

Busca el ros tro florido L a meji l la de rosa,

Y a tu súplica s o r d o , allá se posa.

B r u s c o , s obre la c ima de vetusta E n c i n a , el vuelo t iende , y te abandona,

P o r q u e la ruga adusta P o r q u e el l ív ido diente

T e han afeado y la nevada f r e n t e .

Y no de Cos la g r a n a rozagante T e ha de volver, ni r ica p e d r e r í a ,

A aquella edad distante Q u e el T i e m p o de pasada

D e j ó en públ icas tablas consagrada .

Q u é se hizo g rac ia tanta? a d ó la bella Color? d ó n d e el andar voluptuoso?

Q u é fue de aquélla, aquélla Q u e en t o rno d i fundía

A m o r , y el corazón r o b ó m e un d í a ?

Sola, después de Cinara, ésta ufana Re ina fue del p lacer y la h e r m o s u r a ;

S e g ó m u e r t e t e m p r a n a A Cinara , y a L i c e

S u e r t e h u b o de tocar más infe l ice ;

P u e s que ella de c o r n e j a vividora E m u l a haya, de ser , p l u g o al dest ino ,

Y que y o desde ahora L o s que mozos ard ían ,

V u e l t a el hacha tizón, miren y r ían.

M. A . Curo—Traducciones—18

CARM IV—14

Quae cura pattum

Con qué honores deb idos a tu g lor ia , E l Senado sabrá , sabrá el R o m a n o P u e b l o , de tus v i r tudes la m e m o r i a

Escu lp ida en la histor ia L levar , A u g u s t o , al t i e m p o más l e jano?

P r í n c i p e , en cuanto el sol de luz inunda Oh tú el m a y o r ! — E l cuel lo inobed iente N e g a b a el V i n d e l i c i o a la c o y u n d a ;

E n ruina p r o f u n d a H o y todo el peso de tu brazo s iente.

Druso , más de una vez, con tus leg iones , De Genaunos la fiera m u c h e d u m b r e Y a los ági les B r e u n o s c a m p e o n e s

Bat ió , y sus t o r r e o n e s V o l c ó del A l p e en la enriscada c u m b r e .

Luego el m a y o r de los N e r o n e s t raba C o m b a t e con los Re tos . Quién le viera Cuando a fuerza de e s c o m b r o s aplastaba

G e n t e que nunca esclava De m o r i r l ibre el j u r a m e n t o h ic iera !

Q u e , c o m o r o m p e el Aus t ro el g o l f o h i rv iente Cuando , nublos hend iendo , luz envía De P l é y a d e s el c o r o , él impac iente

P o r m e d i o al c a m p o ard iente Su fogoso cabal lo revolvía.

C o m o el Auf ido m u g i d o r , que baña L o s t é rminos de Apul ia , l u e n g a m e n t e L o s c u e r n o s a b r e en devorante saña,

Y c u b r e la campaña Di latando abundosa su c o r r i e n t e ,

A s í el caudil lo a quien en dar te a g r a d a s Conse jo , y fuerzas, y el favor del c ie lo , Sin p é r d i d a c a r g a n d o en oleadas,

Igua ló las f erradas E n e m i g a s fa langes con el suelo.

A l e j a n d r í a ya, tres lustros antes, T e abr i ó p u e r t o y alcázar sol itario ; T u s huestes tornas a mirar t r iun fantes ,

Y tus lauros bri l lantes Realza venturoso aniversario .

El C á n t a b r o , a quien nadie antes d o m a r a , E l M e d o , el Indo , el Scita v a g a b u n d o , Culto te dan, divinidad prec lara ,

T ú , c u y o brazo ampara . A Italia, a R o m a , capital del m u n d o !

El Ni l o , que su or igen g u a r d a arcano , El Is tro , el T i g r i s de revue l ta onda , H u m i l d e o y e tu voz, y el O c é a n o

Q u e . a m a g a n d o al Br i tano , M u g e , en monstruos h i rv iendo a l a r e d o n d a .

Ó y e l a el Galo , que la muerte espera Con faz tranqui la , y el I b e r o r u d o , Y el S i c a m b r o , que goza ent re la fiera

Matanza, te venera . Puestas las armas , en si lencio m u d o .

CARM v ( E P O D . ) — 2 Beatus Ule..

Bien haya aquel que a j eno de negoc ios , C o m o antaño los mortales .

L i b r e de usuras, l a b r a con sus b u e y e s C a m p o que fue de sus padres .

N o a las armas le llama hórr ida t r o m p a , Ni arrostra agitados mares ;

Ni el F o r o quiso ver, ni suntuosos V e s t í b u l o s de magnates .

Al lá , pues, o con á lamos e r g u i d o s Mar ida sarmientos g r a n d e s ,

O la m u g i e n t e g r e y mira de le jos Suelta en a b r i g a d o valle.

O va, ramas estériles c o r t a n d o . Otras ingiere feraces ,

O bien en l impias ánforas r e c o g e L a miel de r icos panales,

O las ove jas débi les esquila. Y cuando en f rutos suaves

Ornada la cabeza alza e¡ Otoño , C ó m o en c o g e r se c o m p l a c e

Y a la pera adoptiva, ora las uvas De la p ú r p u r a rivales.

Q u e a ti . P r i a p o , o f r e c e , a ti, Si lvano, V i e j o s agrestes guard ianes !

T e n d i d o a veces b a j o añosa enc ina O en t u p i d o césped yace ,

Y o y e el r u m o r de despeñadas aguas Q u e ruedan por hondo c a u c e ,

276 —

Y el g e m i r de las t iernas avecillas Ocultas en el fo l la je ;

A par con la c o r r i ente el bosque suena Y el sueño apacib le t rae .

Cuando acop io de nieves y de lluvias A n u n c i a Jove tonante ,

A l fiero jaba l í sitia, y le host iga De aqu í y acullá con canes,

O clara red en pért iga l igera T i e n d e a los t o rdos voraces ,

O du lce ga lardón , c o g e en el lazo L i e b r e fugaz, grul la e r rante ,—

Quién no olvida de a m o r cuitas.y eno j o s E n med io de g o c e s tales?

Q u e si honesta m u j e r — c u a l la Sabina O cual del A p u l o ágil

T o s t a d a por el sol la fiel c o n s o r t e — En la parte que le cabe

V e p o r la casa y por los dulces hi jos, Y . mientras l lega de tarde

F a t i g a d o el mar ido , arr ima al fuego Leña en juta , y en cañales

E n c e r r a n d o el a legre ganadi l lo . V a c i a las ubres t irantes.

Y vino sirve de la dulce pipa Con no c o m p r a d o s m a n j a r e s , —

N o habrá L u c r i n a s ostras, no h a b r á r o m b o Ni escaros que así me a g r a d e n

(Si a lgunos a este mar tal vez a r ro ja M a r e j a d a de L e v a n t e ) ,

N o ave afr icana o f ranco l ín de Jonia, Q u e mi paladar halague

Cual la ace i tuna de cargados ramos Cog ida en los prop ios árbo les

O la acedera que los prados ama, O las malvas saludables.

O la c o r d e r a al dios sacri f icada E n las fiestas T e r m i n a l e s ,

O cabrit i l lo , de rapante lobo A r r e b a t a d o a las fauces .

Q u é es ver, mientras la cena, las ove jas , Al apr i sco apresurarse

Repletas , y l legar , vuelto el arado , L á n g u i d o s los b u e y e s g raves !

Q u é es ver los esclavillos, de la ho lgada V i v i e n d a c r e c i d o e n j a m b r e .

Asentados en paz a la r e d o n d a De los re luc ientes lares! —

— 277 —

A s í A l f i o el usurero habló , y ansioso De m u d a r de vida y aires .

T o d o el d inero r e c o g i ó en los Idus , Y a p r e m i o en las Calendas vuelve a dar le !

CARM V ( l i P O D . ) — 7

Quo, quo scelesti,

A d ó n d e , a d ó n d e os despeñáis , insanos? A qué el repuesto acero desnudar? N o es bastante la sangre de romanos Q u e ha c o r r i d o en la t ierra y en el mar?

Y no para humil lar a émula altiva T o r r e s de otra Cartago hac iendo a r d e r , O al B r e t ó n , si de nuevo el y u g o esquiva, O t r a vez a h e r r o j a d o aqu í t r a e r ;

Mas p o r q u e el P a r t o sat is fecho viera A R o m a destronarse sin p iedad. Q u é l obo , o qué león , dó está la fiera Q u e en casta prop ia e jerza su c rue ldad?

E s c i e g o a rdor? fatal idad? p e c a d o Ocu l t o ? Cuál la causa, d e c i d , cuál? — E l pán i co su espíritu ha e m b a r g a d o , Callan, y ostentan palidez morta l .

S í ; a b r u m a a los romanos dura suerte P o r la cu lpa de R ó m u l o . V e r t i ó S a n g r e inocente en la paterna m u e r t e , Y a su p r o g e n i e la exp iac i ón l l egó .

CARMEN S A E C U L A R E

Phoebe silvarumque

F e b o , y tú que las selvas señoreas Diana, altas l u m b r e r a s , d i g n o o b j e t o D e e t e r n o cul to , dad lo que os p e d i m o s

En este t i e m p o santo,

E n que los versos sibilinos qu ie ren Q u e v í rgenes en c o r o y castos niños A los n ú m e n e s canten g u a r d a d o r e s

De las Siete Colinas.

Sol c r i a d o r , que en re fu lgente c a r r o T r a e s el día y lo sepultas, nuevo S i e m p r e y el mismo , nada a ver tú l legues

Más grand ioso que R o m a .

Suave en abr i r las puertas de la vida, T ú , Ilitía, a las m a d r e s f a v o r e c e : O ya L u c i n a o Genet i l te n o m b r e n .

S i e m p r e invocada diosa,

Generac i ones de h o m b r e s mult ip l ica , Y haz que las patrias previsoras l eyes Q u e c o n y u g a l e s v ínculos consagran

F e c u n d i d a d re c iban ;

A s í cuando o n c e décadas c o r r i d o H u b i e r e n , estos cánt icos y fiestas P o d r á n volverse a c e l e b r a r tres días

Con sus a legres noches .

P a r c a s , vosotras que cantáis veraces L o que una vez para hora inevitable Se d e c r e t ó , seguid nuestra dichosa

Histor ia desvolviendo

R i c a la T i e r r a en f rutos y ganados Con gu irna lda de espigas o r n e a Ceres , Y cuanto c r í e b i enhechoras lluvias

N u t r a n y auras suaves.

P l á c i d o tú, g u a r d a d a s las saetas, O y e , A p o l o , a los niños que te invocan; B i c o r n e reina de los astros, L u n a ,

T ú a las v í rgenes o y e :

Si R o m a es o b r a vuestra, si un puñado De T r o y a n o s g a n ó la E t r u s c a orilla, Dest inado a m u d a r , r o d a n d o el m u n d o ,

De h o g a r e s 3r de patr ia ,

A l que ileso por m e d i o de las l lamas, Re l iqu ia de un g r a n p u e b l o , el justo Eneas A e n c o n t r a r más de lo que atrás de jaba

A b r i ó senda segura ,

O h , a dóci l j u v e n t u d puras c o s t u m b r e s , O h , a la cansada senec tud reposo , Dioses, y b ienes dad , y pro le y g lor ia

A la R o m ú l e a g e n t e ,

Y cuanto , al inmolar cien b lancos toros , De A n q u i s e y V e n u s descend iente i lustre, D e m a n d e el que al r ebe lde humil lar sabe ,

Y al r end ido p e r d o n a .

— 279 —

Y a p o r t ierra y por mar fuerzas potentes E l M e d o t e m e y los A l b a n o s fasces; Y a el Esc i ta , s o b e r b i o a3 r er, y el I n d o

R e c u r r e n supl icantes .

L a F e y la Paz, H o n o r , P u r e z a antigua R e v i v e n , la V i r t u d menosprec iada V u e l v e animosa, y la A b u n d a n c i a el c u e r n o

D e b ienes muestra h e n c h i d o .

Si el dios pro fe ta , el que ar co re luc iente L leva , F e b o , a las nueve Musas g r a t o , E l q u e artes usa que el do lor alivian

Y la salud restauran,

P r o p i c i o mira al Pa lat ino monte , E l b ien de R o m a y el p o d e r latino De una edad a o tra edad l levando vaya

Con esp lendor c r e c i e n t e .

Y , de A v e n t i n o y de A.lgido señores , D e los Q u i n c e las súplicas Diana B e n i g n a aco ja , y a infantiles votos

P r e s t e indu lgente o í d o . —

Con f iado en que Jove, en que los dioses T o d o s asienten, se ret ira el Coro Q u e amaestrado a cantar loores vino

De F e b o y de Diana.

S Á T I R A S

LIBRO I I — S A T . V I

Hoc eraí in votis.

Esta era toda mi a m b i c i ó n : ser d u e ñ o De un c a m p o así, p e q u e ñ o :

Q u e un bosquete mi casa dominase Y manantial p e r e n n e la arrullase E m b a l s a m a d a p o r j a r d í n r isueño. L o s cielos más de lo que y o ped ía M e c o n c e d i e r o n . Bien está; ni sueño

Con más, si de estos b ienes T ú , M e r c u r i o , en el g o c e me mant ienes , Y pues al f r a u d e la f o r t u n a mía

N o d e b o , y desperd i c i os N o ha de h a b e r por mi cu lpa o por mis vic ios ,

N i e x c l a m o en son de q u e j a : « T u v i e s e y o esa punta de t e r r e n o « Q u e mi heredad acabalar no de ja ; « C á n t a r o hallase de monedas l leno ,» C o m o el gañán aquel , a quien la r e j a T e s o r o d e s c u b r i ó que le g u a r d a r a B e n i g n o A l c i d e s en el c a m p o a j eno Q u e al p u n t o c o m p r a y c o m o s u y o ara; Y pues c ontento estoy y a g r a d e c i d o , H i j o de M a y a , con mi h a b e r , te p ido

Q u e c e b e s mi g a n a d o Y cuanto , en suma, en mis dominios veas, Solo el e n t e n d i m i e n t o e x c e p t u a d o ; Y cual lo has sido, mi custodio seas.

O r a que a R o m a h u r t á n d o m e , t ranqui l o , M e amural lo en mi m o n t e dele itoso ,

Q u é h a c e r en mi reposo M e j o r que versos de pedestre estilo, Y a que en mis re inos la a m b i c i ó n no c r e c e , N i el soplo asolador de med iod ía M e amenaza, ni o t oño que a la impía Diosa de las exequias e n r i q u e c e ? Dios matut ino , o si pref ieres , Jano! T ú a quien invoca, al empezar su of ic io Cual lo o rdenan los dioses, el h u m a n o ; A q u í ya en fin d e s p e r t a d o r me seas P a r a h a c e r versos, tú que me a l d a b e a s E n la c iudad para que abone a a lguno ,

¡ S u s ! g r i t a n d o i m p o r t u n o ,

N o o t ro más listo se ant ic ipe , aviva! Y aunque en las calles silve aquilón d u r o , Y haga invierno que un c í r c u l o descr iba M á s b r e v e el día. a r ráncasme de j u r o , A que c o r r a y p r o n u n c i e con voz c lara, L o que acaso después caro me cueste .

A c a b o , y es prec i so Salir p o r entre todos , y si piso

A l que estorba o se para. Desata la maldita : « Y e n d o a M e c e n a s éste,

« T o d o lo e m p u j a y lo atropel la : insano!» Confiésolo de plano.

Es to me sabe a m i e l . — P e r o al m o m e n t o Q u e a las Esquil ias ominosas toco , Cosa es aquel la de volverse l oco . A c á un n e g o c i o , allá o t ro , y veinte y c iento Juntos me asaltan y me caen enc ima . — R o s c i o te r u e g a que a las o c h o al f o r o V a y a s . — L o s oficiales del tesoro

Desean tu asistencia P a r a un asunto de alta t rascendenc ia .—

Quinto mío , haz, te r u e g o , Q u e suscr iba M e c e n a s este p l i e g o . — Si d igo , allá veré, «Cosa es sencil la Si lo qu ieres , » añade, y acr ib i l la .—

O c h o años hará presto Q u e a M e c e n a s e n g r a c i o ;

Mas toda su amistad consiste en esto: S á c a m e en co che c u a n d o al c a m p o sale,

Y c o n m i g o platica T o c a n t e a lo que nada significa. — Q u é hora e s ? . . Del s iró g lad iador y el t r a c i o

Cuál j uzgas s o b r e s a l e ? . . . . Y a de los pocos precav idos de ja L a mañana sentirse p o r lo f r í a . . . . Y cosas de esas que sin r iesgo fía E l labio fáci l a indiscreta o r e j a D e s d e entonces la envidia r o e d o r a C r e c e de día en d ía y de hora en hora . « A l c i r c e , ai c a m p o con nosotros iba,

« Y h o y con los g r a n d e s pr iva» ; T o d o s d i cen : « h i j o es de la f o r t u n a . »

Si en los Ros t ros a lguna Mala noticia nace y se derrama, . r

T o d o aquel que me alcance a ver , me l lama: — P u e s con los dioses andas mano a m a n o , Q u é sabes de los Dacios . di?—-Ni j o ta . — T ú s i e m p r e todo e c h á n d o l o a chacota ! — C o n f ú n d a n m e los dioses si te miento .

— B i e n está; y de las t ierras que Octaviano P r o m e t i ó a los soldados, en Sicilia Se hará , o acá en Italia, el par t imento? Juro en vano q u e nada sé: z o r runo C r é e n m e , y sigiloso cual n inguno .

T a l e s mis días sucederse miro • Y con pasión suspiro :

¡O c a m p o ! c u á n d o a ti volveré? c u á n d o De obras del t i e m p o ant iguo en la l e c tura , Y en dulce sueño y deliciosa h o l g u r a M u d a s las horas se me irán volando?

T o r n a r é a ver sobre mi mesa el haba Q u e p r i m a de P i t á g o r a s se alaba, Y l e g u m b r e s guisadas con toc ino? ¡Oh noches que celestes me imagino , C u a n d o reúno , ante el f o g ó n c o m i e n d o , A mis vecinos , y de rato en rato

V i a n d a s d e mi plato A mis esclavos dec idores t i endo ! L a sed cada uno cual la s iente sacia, De d e b e r e s t i ránicos e x e n t o : Gran copa, alza éste y sin parar la vacia, P e q u e ñ a estotro y se h u m e d e c e lento . P lá t i ca a l egre trábase en seguida , N o sobre casa a jena, a jena vida, N i de si L e p o s baila o n ó c on g rac ia ; Mas de aquel lo que a cada cual atañe Y estudiar d e b e : cuál de b ienandanza

L o s g é r m e n e s entrañe , Si opu lenc ia o v i r tud : si confianza O interés amistades afianza:

Cuál la naturaleza Sea del b ien y su ma3'or alteza. Con fábulas de antaño mi vec ino

Cerb io , verboso la cuest ión salpica; Y si en m u c h o , a distancia, a l g u i e n valora L a r iqueza de A r e l i o inqu ie tadora ,

De este m o d o se exp l i ca :

« C u e n t a n que a visitar al c a m p e s i n o « R a t ó n en su a g u j e r o « E l de la c o r t e vino.

« V i e j o s amigos eran , y el p r i m e r o « P a r c o e n g a s t a r de provis ión g u a r d a d a ;

« M a s en l l e g a n d o el día «Jovial era y 3r r u m b o s o . — A l c a m a r a d a «Sus garbanzos y avena ora f r a n q u e a ,

« Y pasas acarrea , « Y llévale en la boca

— 283 —

« T r o z o no intacto de p e r n i l . — E n vano « C o n lo vario desea

« D e l m a n j a r avivarle el apet i to ; « Q u e el c iudadano los m a n j a r e s toca

« C o n desdeñoso diente , « M i e n t r a s , a fin de q u e él lo m e j o r t ome « E n pa ja f resca e chándose el bend i t o « A m o de casa, zonzos g r a n o s c o m e .

« Y seguirás pac iente . « P r o r r u m p e al fin, v iviendo en la espesura « D e agr io monte? A esta vida escasa y d u r a « D e la cor te pref iere el mov imiento .

«Sé dóc i l ; vén c o n m i g o . « Y vivirás c ontento « M i e n t r a s dado te fuere ,

« Q u e todo pasa en este m u n d o , a m i g o , « Y así el p e q u e ñ o c o m o el g r a n d e m u e r e ! »

Saltó veloz del casti l le jo o s c u r o El ratón campes ino , Y e n t r a m b o s c o m p a ñ e r o s Pimprendieron camino

Colar pensando por d e b a j o el m u r o E n la c iudad , n o c t u r n o s forasteros , El curso de las horas p r o m e d i a n d o Callado el c ielo volteaba, cuando En s o b e r b i o palacio se in t roducen .

P u r p ú r e a s telas lucen S o b r e altos lechos de marfil, y en cestos De o p í p a r a c o m i d a andan los restos.

S o b r e tapete b lando Al huésped c o l o c a n d o ,

D i s curre el cor tesano p o r 1 <x sala Bien c o m o a r r e m a n g a d o m e s o n e r o , Y con ricas v iandas le rega la . Y a fuer de adulador c e r e m o n i o s o N a d a le br inda sin p r o b a r p r i m e r o .

E n suave reposo E l rúst ico engul l ía , de mudanza T a n p r ó s p e r a e n c a n t a d o . — D e r e p e n t e Se a b r e de par en par una g r a n p u e r t a : C o r r e n los dos p r e c i p i t a d a m e n t e , Ni p o r d o n d e escapar se les alcanza;

Y quedan sin sent ido Cuando de roncos canes al ladr ido S ienten que t i embla el edif ic io e n t e r o . « ¡ A d i ó s ! si esta es la d i cha no la q u i e r o . » B a l b u c e el c a m p e s i n o : « m á s me a g r a d a R o n z a r lente jas sin t e m o r de nada, En mi repuesto bosque y mi a g u j e r o ! »

E P Í S T O L A S

LIBRO I—1 Prima dicte mihi

T ú , a quien ya fueron mis p r i m e r o s cantos T ú a quien irán los últ imos, Mecenas , P o r q u é al c i r c o vo lverme , d o n d e luengo T i e m p o me he dado a c o n o c e r , intentas? D i , no he c o m p r a d o mi ret i ro? acaso E s esta edad c o m o la edad aquel la? M i r a a V e y a n i o : de H é r c u l e s al ara C o l g ó sus armas, y a vivir se aleja A l c a m p o en dulce o s cur idad , no al pueb lo A p e d i r g r a c i a tras las lizas vuelva. Suéname de cont inuo en los o ídos Y a ociosos esta voz: «Sé c u e r d o ! huelga « D a al c o r ce l que e n v e j e c e ; no a desd icha « L l e g u e al fin a caer de la c a r r e r a « Y se r ía de ti la m u c h e d u m b r e . »

A los versos y esotras bagatelas , A d i ó s he d i cho , y a estudiar me he dado De la verdad , de la virtud la c iencia , • Y de b ienes p r o c u r o a p e r t r e c h a r m e D e que se rv i rme con el t i e m p o pueda . Si a cuál maestro adhiero o qué doc t r ina H a y a adoptado aver iguar deseas, A n i n g u n o he j u r a d o vasallaje: Y o soy la ola que a d o q u i e r me lleva. O r a la vida activa abrazo, y busco El social trato , de virtud austera R í g i d o part idar io : de A r i s t i p o O r a resbalo a la moral , la c u e r d a Sol tando sin sentir , y a m í las cosas A n t e s amoldo que a m o l d a r m e a ellas.

C o m o la noche a aquel parece larga Q u e vanamente aguarda a infiel mozuela. C o m o el día al cansado j o rna le ro , C o m o el año al pupi lo a quien severa M a d r e supervig i la , así enfadoso Y lento el t i e m p o me parece , mientras N o p u e d o a los estudios c o n s a g r a r m e Q u e al h o m b r e , o r i co o p o b r e , le interesan, Y que j a m á s menosprec ia r le es dado Sin que , joven o v ie jo , mal le avenga .

- 285 —

Con tan sanos pr inc ip ios conso larme Y c o n d u c i r m e a su tenor me resta. A u n q u e (así hablo c o n m i g o ) de L i n c e o N u n c a la vista penetrante adquieras , Mas no descuides tus e n f e r m o s o jos .

Si de G l i cón las invenc ib les fuerzas N u n c a será que ostentes , no p o r eso F r a n c a a la go ta de j es tú la puer ta . M á s vale algo que nada. El alma envidia O malos apetitos te laceran? Pa labras hay , conse jos que te sanen Al iv iando por g r a d o s la dolencia . ¿ H i n c h a d o estás de vanagloria? P u e d e s Hal lar páginas de o r o , que a leerlas Con atenc ión te sentirás cambiado . E n suma, envidia, có lera , pereza, Beodez, sensualidad, no hay vicio a lguno , N o hay pasión incurab le , si se presta P a c i e n t e o í d o a l a doc t r ina sana. Quien h u y e el vicio, a la v irtud se al lega. M e n g u a de insensatez raya en c o r d u r a . V e s cuánto de do lores de cabeza, Cuánto cuesta de afán el m i e d o vano A oprob iosa exc lus ión , a escasa renta , Cosas que el vulgo c i e g o de los h o m b r e s C o m o males e n o r m e s cons idera?

Á v i d o m e r c a d a n t e la der ro ta T o m a s tú de la India , la pobreza H u y e n d o , y h iendes los tendidos mares Y a escollos haces ros t ro y a t o rmentas . O h ! si e s cuchar , si a p r o v e c h a r quisieses L a voz de quien te advierte q u e la pena N o vale ese señuelo que pers igues ! Cuál rehusara , v a g a b u n d o atleta, E n los j u e g o s o l í m p i c o s la palma R e c i b i r que sin lid se le o f r e c i e r a ?

P u e s si o r o más que plata, más que e n t r a m b o s Es la v i r tud que tan barata cuesta. « M e d r a r , m e d r a r , amigos ! p r o c u r e m o s « L a s v i r tudes después de las m o n e d a s . » E n la p laya de Jano a la cont ina Suena eso: ancianos , j ó v e n e s lo rezan, B a j o el brazo el reg i s t ro y bolsa en mano . V a l o r , honradez t ienes, afluencia, T a l e n t o s ; si fa l tándote , c on todo Seis, siete mil s ex te r c i o s , no c o m p l e t a s L o s cuatroc i entos mil, del p u e b l o eres .

— 286 —

Con más aviso c i er to , c u a n d o j u e g a n , Rey ha dése? el que mejor se -porte Repi ten los muchachos .—Se atr inchera Bien y rebién aquel que mantuv iere L i m p i a la f rente y pura la conc ienc ia . Y o esto c r e o : tú cuál pref ieres , d í m e , L a ley Roscia , u aquella cantinela H o n r a d a p o r los Curios y Camilos , ^ Q u e la corona al mér i to dispensa? A l lá , se te aconseja que por medios L í c i t o s , o si nó, c o m o te sea M á s fáci l , adelantes tu f or tuna . Y todo p o r q u e puedas más de c e r ca De P u p i o ver los lagr imosos dramas ; A c á , que la cerviz tan firme y e r g a s Q u e a ap lomarte no basten in fortunios : Di , cuál pref ieres de los dossistenías?

Se me d irá : p o r q u é , si en R o m a vives, N o cual los o t ros c iudadanos piensas? P o r q u é no amas lo que aman, ni a b o r r e c e s L o que a b o r r e c e n ellos, si paseas E n sus calles y pór t i cos? R e s p o n d o L o que al león e n f e r m o la vulpe ja : «Esas huellas me asustan; que son todas « N o c o m o de quien sale, de quien entra . » A d e m á s , cuál maestro , cuál doc t r ina Segu i r ? T ú el monstruo de las cien cabezas E r e s , p u e b l o r o m a n o . D e tus hi jos . Estos se afanan por t o m a r las rentas Del Estado en a r r i e n d o ; aquellos tratan D e ganarse viudas avarientas Con frutas de rega lo y gul lor ías , O ancianos sin malicia, a quienes llevan A l corra l luego , c o g e n en sus redes : Mil con usuras clandestinas m e d r a n . Q u e cada cual sus gustos t enga , pase; Mas quién s iquier un hora los conserva? Con m u c h o es Bayas !o m e j o r del m u n d o : Esto pronunc ia el opulento , y t iembla El g o l f o su f renét i co entusiasmo; Mas cata ahí que si le da la vena, Mañana , a lboreando , hacia T e a n o , L o s o b r e r o s se irán con la herramienta . E r e s casado? el ce l ibato envidias: Cél ibe? quién casado, dices , fuera ! P u e s c ó m o encadenar este P r o t e o ? Y el p o b r e ? E s de r e í r ! De baño y mesa A cada paso y de b a r b e r o m u d a , Y c o m o al opu lento la ga lera

- 287 —

Q u e goza en p r o p i e d a d , así le a b u r r e El b a r q u e t e alqui lado en que pasea.

Si acaso a visitarte con remiendos Mal g u a r d a d o s d e b a j o de una nueva T ú n i c a l lego , o t rasqui lado a c ruces , O si la toga desigual me cue lga . A sabor re irás . Mas si cons igo Mi alma en sus op iniones no c o n c u e r d a , Si del flujo y re f lu jo de los mares E l c u a d r o melancó l i co presenta . Si ora ama y odia luego , alza y d e r r i b a , Y h a c e r r e d o n d o lo c u a d r a d o anhela, L a l o cura de todos los mortales Dices que tengo , 3' a re í r no aciertas N i que he menester méd i co barruntas O c u r a d o r de p o b r e s . — Y eso piensas. T ú que eres mi sostén; tú que no sufres Q u e mal, ni en parte mín ima , padezca Quien para ti, no más, y p o r ti vive.

E n suma, e x c e p t o Júpi ter , campea S o b r e todos el s o l i o . — L i b r e , h e r m o s o Y de honores c o l m a d o y de r iqueza. R e y es de reyes , y en salud b o y a n t e , C o m o la g o t a a i m p o r t u n a r no venga .

IÍP. 1—2 Irojani belli

Mientras tú en R o m a en d e c l a m a r te ensa3 7as L o l i o , en P r e n e s t e yo a leer he vuelto A l n a r r a d o r de la t r o y a n a g u e r r a , M e j o r que C r á n t o r ni Cris ipo en h e c h o D e mostrar c laro de virtud la senda: O y e el p o r q u é , si no te qu i t o el t i e m p o .

El p o e m a que cuenta la t e r r ib l e L a r g a lid que entre b á r b a r o s y g r i e g o s T r a b ó s e , grac ias al a m o r de Par i s , Las pasiones, los locos devaneos De p r í n c i p e s enseña y de naciones . Q u e la manzana de d iscordia luego Se qui te , opina A n t é n o r : P a n s n iega Q u e a re inar puedan y a vivir con hue lgo F o r z a r l e . N é s t o r conci l iar en tanto Quiera al h i j o de T e t i s y al de A t r é o , T o m a d o este de a m o r , a m b o s de e n o j o : Re3^es las hacen y las paga el pueb lo . Revueltas , iras, a m b i c i ó n , en suma Reina el mal m u r o afuera y m u r o adentro .

— 288 —

E n el o t ro poema nos presenta El escr i tor , para enseñar que dello E l valor p u e d e 3' la p r u d e n c i a alcanza. Delante de los o j os el e j e m p l o Del héroe aquel que v e n c e d o r de T r o y a , Ciudades y usos estudió diversos, Y p o r la mar , el s u y o p r o c u r a n d o Y de sus c o m p a ñ e r o s el r e g r e s o . T a n t o sufr ió , sin que bastase a h u n d i r l e N u n c a la ola del destino adverso . L a voz de las sirenas, el b reva je D e Circe sabes: que si Ulises, c i ego . Insensato además , c o m o los o t ros A apurar le ar ro járase . en e terno P o r la maga falaz esclavizado Can fuera i n m u n d o u e n f a n g a d o c e r d o !

P a r a hacer bulto y regalar el v ientre L o s más serv imos só lo : verdaderos A m a n t e s de P e n é l o p e , venimos , Y de A l c i n ó o a serios palac iegos , Del c u e r p o esclavos, a d o r m i r usados Hasta que toca la mitad del cielo E l sol, 3' a conc i l iar con el sonido Suave de las c ítaras el sueño . Quizá a matar a un h o m b r e , se levanta E n alta noche el r o b a d o r : tú e m p e r o . N u n c a en tu bien a desper tar aciertas? Si excusas sano el e j e r c i c i o , luego T e ob l igará a c o r r e r la h idropes ía : Si nunca un l ibro y una luz, p r i m e r o Q u e ría el a lba, p ides ; si al estudio N u n c a te das 3r a pensamientos serios , H a b r á , c u a n d o r e c u e r d e s , insidiado A m o r o envidia tu infe l ice p e c h o , E n el o j o una pa ja te molesta, Y a sacártela vas en el m o m e n t o . Mas c o m o un vicio el alma te saltee, P a r a luego difieres el r e m e d i o . Sabio arréstate a ser ; mano a la o b r a : E s el paso dif íc i l el p r i m e r o ; Dalo ! Quien sana c o r r e c c i ó n dilata, N o es más que un nec io v ia jador , atento P a r a pasar, a que delante un r ío Pase , que c o r r e 3r s egu irá c o r r i e n d o .

Busca un h o m b r e caudal , m u j e r , y en ella A l e g r e sucesión? Con d u r o h i e r r o Inculta selva e n h o r a b u e n a allane.

— 28') —

M a s lo prec i so hab iendo , a sus deseos P o n e r l ímite debe . P o r ventura Fér t i l e s avanzadas, ni soberb ios Palac ios , ni o r o a c u m u l a d o y plata L a fiebre curan o el pesar del dueño? Q u i e r e salud de la r iqueza el g o c e . A l que t e m e o desea está el d inero C o m o un c u a d r o al m i o p e , al q u e un o í d o Due le , sonora música, o . f o m e n t o s A l gotoso . N o s iendo p u r o el vaso, Se agria el l i cor . P laceres h u y e c u e r d o : Caros saldrán si con dolor se c o m p r a n . En la ind igenc ia vive el avariento : G u á r d a t e tú de serlo . El envidioso E n ascuas vive con el bien a j eno : L a envidia! no idearon los t iranos S í cu los n u n c a tan c rue l t o r m e n t o ! E l fáci l de irr i tar que a la venganza Se a r ro ja , habrá de arrepent i rse pres to . E s la có l e ra un rato de l o cura : T i r a n o es s i e m p r e el corazón o s iervo; E n esa alternativa, dominar le D e b e s ; pónle en cadena , tasque el f reno . A andar con g r a c i a y a volver de g r a d o M u e s t r a el j ine te sin t raba jo al nuevo Corce l , b lando de b o c a p o r la cuenta . T i e r n o can que ha ladrado a piel de c i ervo , L u e g o al m o n t e va a caza. T ú , lo m i s m o , D e b e s desde ahora a la v i r tud , m a n c e b o , T u c o n d u c t a amo ldar y sus l e c c i ones E n la mente esculp ir . El vaso, l u e n g o T i e m p o al l i cor p r i m e r o que c on tuvo H u e l e . — P o r mí , qife apriesa andes , que lento , N i a g u a r d a r c u r o a quien atrás m e queda , N i atener con quien vaya de lantero .

I C P . i—3 Juli Flore.,

Q u é reg i ones del o r b e c on sus armas Claudio , de A u g u s t o el entenado , o c u p a , D e ti e spero saber , a m i g o F l o r o . O s det iene la T r a c i a p o r ventura , Y c on gr i l los de hie lo el H e b r o atado? C e r c a de la c o r r i e n t e vais q u e ondu la E n t r e c é l e b r e s torres , o del As ia M o n t e s holláis y fért i les l lanuras? L a d o c t a comit iva en qué t r a b a j e , T a m b i é n cur iosa mi amistad p r e g u n t a . Q u i é n de A u g u s t o escr ib i r la historia e m p r e n d e ?

M, A , Caro—Traducciones—19

Quién legar a r emota edad futura A n a l e s de la paz y de la g u e r r a ? Y qué hace T i c i o , aque l que c o n f o r t u n a A n d a r á en breve en b o c a de las gentes , P o r q u e a b e b e r de P í n d a r o en la ocu l ta F u e n t e acud ió sin inmutarse , y f r a n c o s L a g o s y r íos desdeñoso excusa? Goza salud? R e c u e r d a a los amigos? L o s p indár i cos n ú m e r o s ajusta A la r o m a n a c í tara , f iado E n los auspicios de b e n i g n a Musa, O en el g é n e r o t r á g i c o se ensaya Con tono apasionado 3' voz ro tunda? Y Celso? A c o n s é j e l e , y m u c h a s veces Vué lvo l e a aconse jar que se reduzca A su propia cosecha , y no se afane P o r tratar cuantos l ibros acumula E l Palat ino A p o l o , no s u c e d a Que a r e c l a m a r los p á j a r o s sus p lumas L l e g u e n , y la c o r n e j a mueva a risa. D e los co lores que r o b ó , desnuda.

Y tú en qué te e jerc i tas? Q u é tomillos-R o n d a s en vago revolar? N i inculta . N i escasa, ni vu lgar inte l igenc ia Demuest ras , o ra aguces tu facundia E n forenses discursos , o de l eyes I n t é r p r e t e , respondas a consultas; Y si escr ibes amables poesías, H i e d r a tr iunfa l las sienes te c i r c u n d a , Y a ti desc iende la p r i m e r co rona . Q u é te falta? Si in t rép ido renunc ias A f r íos paliativos de inter iores Dolenc ias , p r o n t a m e n t e a las alturas A d o n d e celestial sab idur ía T e g u í e , l legarás . E n esa lucha T o d o s , g r a n d e s o ch i cos , p o r f i e m o s , Si aspiramos a h a c e r nuestra c o n d u c t a Grata a la Patr ia 3' a nosotros mismos.

D i m e también si p o r M u n a c i o d u r a T u amistad, o si mal tan du l ces lazos E m p a l m a n , y o t ra vez se desanudan. Y a el a r d o r de la sangre , o la i g n o r a n c i a Del m u n d o , con cerviz r e b e l d e y d u r a A mal t raer indómi tos os l leve, D o q u i e r a estéis vosotros dos , que nunca F r a t e r n a int imidad r o m p e r deb iera is , Sabed q u e , en voto a las de idades , una T e r n e r a a vuestra vuelta consagrada , P a c i e n d o está del c a m p o la v e r d u r a .

KV. i —-4 Albi nostf oritift.

¿Qué harás ahora en la reg ión P e d a n a , A l b i o , de mis poét i cos d iscursos C á n d i d o juez? Opúscu los escr ibes Q u e a Casio venzan, el de P a r m a o r iundo? O en bosques salut í feros deslizas L a s errantes pisadas tac i turno , Y sólo te p reocupas , med i tando L o que a varón c o n v e n g a sabio y justo? N o eres c u e r p o de espíritu vacío : H e r m o s u r a te ha dado el c ielo , y j u n t o Con la r iqueza el arte de gozarla . Q u é más nodriza amante al t ierno a l u m n o P u d i e r a desear, sino que ent ienda, Y e x p r e s a r l ogre lo que siente, y m u c h o F a v o r , fama r salud le t oque en suerte , . A s e a d o manjar , caudal seguro? Haz cuenta entre esperanzas y rece los . Y en med io ele las có leras y sustos, Q u e es cada día el ú l t imo que vives; N o e sperado p lacer vendrá más p u r o . Y ven a ver tú mismo con tus o j os Q u é bien c u i d a d o estoy, cuan g o r d o y lucio , C u a n d o quieras re í r te c o n t e m p l a n d o Un c e r d o de la piara de E p i c u r o .

íoi'. i — 5 Si potes

(Convídale en vísperas de día festivo a una cena frugal con íntimos amigos. Elogio del vino).

T o r c ü a t o , si en tr ic l inios mal labrados Descansar no rehusas, 3' no temes Cenar varia l e g u m b r e en plato h u m i l d e , Con la puesta del sol, a casa vente . J u g o , que ent re P e t r i n o de Sinueva Y la h ú m e d a Minturnas , en toneles Depos i tóse c u a n d o vez s egunda T a u r o fue cónsul , mi amistad te o f r e c e . Si a lgo t ienes m e j o r , t raer lo cu ida ; Si no , la ley admit i rás del huésped . Y a están a r e c i b i r t e a p e r c i b i d o s El l impio h o g a r 3' aderezados muebles . A l p r o c e s o d e M o s c o da de mano , Y ambic ionc i l las , pleitos de intereses

— 292 —

N o te p r e o c u p e n . Sin contar las horas L a estiva noche en plática indulgente A l a r g a r e m o s , pues natal de César Mañana es día en que d o r m i r se p u e d e .

C o n c e d i d o caudal de qué me sirve S i al par el uso no se me c o n c e d e ? E l que p o r bien de su h e r e d e r o , a h o r r a Y es t recho vive, acércase a d e m e n t e . Y o a esparc i r flores y a b e b e r me p o n g o ; B e b e r ! y de a turd ido me m o t e j e n . Q u é de mi lagros la ebr i edad no l o g r a ? D e s c u b r e lo r e c ó n d i d o ; c onv ie r te L o s sueños de ventura en real idades; E m p u j a a los c o m b a t e s al inerte ; De l peso de cu idados que le o p r i m e n Alivia al corazón ; trazas s u g i e r e ; Y a quién de vino rebosantes copas , E l o c u e n t e no h ic ieron? Cuántas veces D é la dura pobreza entre los gr i l los A l infeliz la l iber tad no vuelven? Y o que mi ob l igac ión ent iendo y c u m p l o Gustoso c u i d a r é que los tapetes A s e a d o s estén, que no te hagan T o r c e r el ges to só rd idos mante les ; Q u e puedas , si los miras , a ti p r o p i o E n los j a r r o s mirar te y en las fuentes ; Q u e entre fieles amigos no haya a lguno Q u e fuera del u m b r a l , lo que hablen l leve, Y t rabados estén los comensales . Cada cual c on aquel que le conv iene . A q u í a Sept i c io te hallarás, y a Butra , Y si anter ior invitac ión, o redes M á s gratas no le i m p i d e n , a Sabino T r a e r é también al f raternal b a n q u e t e . H a y puestos dest inados para s o m b r a , Bastantes ( p e r o acuérdate que e m p e c e . O l o r capr ino si el c o n c u r s o es denso ) , E n v í a m e a d e c i r con cuántas vienes; N e g o c i o s de ja , y sal p o r el post igo . En el atrio a g u a r d á n d o t e el c l i ente .

KP. i—6 /Vil admirari

N a d a dársenos de nada N u m i c i o , es la única cosa Con que la vida dichosa P u e d e hacerse y descansada.

El sol, los astros, la luna* L a s horas que al t enor g i ran De ocu l ta l ey , m u c h o s miran Sin admirac i ón n inguna .

¿ C ó m o deb ieran mirar L o s tesoros de la t ierra , L o s que a los indos enc i e r ra Y a los árabes el m a r ;

L o s aplausos de la p l ebe , Circos , teatros y fiestas? De cosas tales c o m o estas Q u é pensar el h o m b r e debe?

Quien t i embla venir a mal,. Quien ir a m e j o r desea, C o m o p e l i g r o se vea Se a tormentan al igual .

Escasez y ho lgura , a ser V i e n e n al fin es tupor , Sea exces ivo do lor . Sea exces ivo p l a c e r .

N o al jus to así b ien se llama,. D e j a el que es sabio de sello, C u a n d o lo b u e n o , lo bel lo Con m o d e r a c i ó n no ama.

V é , 3T de m á r m o l e s ahora D e b r o n c e s , vasos de plata, D e g i r o n e s de escarlata, Si te atreves, te e n a m o r a .

Busca p iedras est imadas. E s p l e n d o r e s de opu lenc ia , O fija con tu e locuenc ia . D e las g e n t e s las mi radas .

A c u d e al f o r o el p r i m e r o » Y el ú l t imo sal; no a M u t o R i n d a n sus c a m p o s t r i bu to , Q u e s o b r a r a a tu g r a n e r o ;

N a c i e n d o el ba ldón de ahí De que un in fe r i o r en cuna Más que tú a él, en fortuna,. Q u e envidiar te d iera a ti.

— 294 —

Guay ! los que hoy luc iendo estát L o s devorará la t ierra , Y o t ros que ocu l tos enc ier ra ¡51 t i empo , a su vez sa ldrán .

Que después que sin cesar T e hayas acá p o m p e a d o , Y de A g r i p a te hayas dado K n el p ó r t i c o a mirar .

Y asaz con tus equ ipa jes D e s l u m h r a n d o el A p i a vía, D o A n c o b a j ó y N u m a , el día V e n d r á también en que ba jes ,

Si te aque ja e n f e r m e d a d D e l c u e r p o , r e m e d i o empleas . P u e s si fe l ice deseas

V i v i r (quién nó? ) y si es verdad

Q u e lo o b t e n d r á s c o m o fueres V i r t u o s o , con valor Pon manos a la labor Y de ja vanos p laceres .

M a s si es la v irtud un vano N o m b r e en tu sent ir , cual es M a d e r a un b o s q u e , éa pues ! N a d i e te gane de mano .

D e Bitinia o de Cibira tín los puer tos , mil talentos Busca , sin p e r d e r m o m e n t o s , Y a dupl icar los aspira.

Q u é ! tr ip l ícalos . M u j e r N o s da el d inero , nobleza, Créd i to , amigos , belleza: O m n í m o d o es su p o d e r !

De Capadoc ia el rey t iene L a r g a s e r v i d u m b r e al paso Q u e anda su tesoro escaso: S e r r i co así no conviene .

Cuentan de L u c u i o q u e P a r a el t ea tro cien mantos Se le p id i e ron : « n o tantos H a b r á , » d i jo , « m á s veré . »

— 295 —

A l rato escr ib ió t ener Mi les hal lados; de arte Q u e b ien pod ían de par te O de todos d isponer .

E n casa de acaudillados T o d o a c o l m o es fuerza que haya, Q u e el a m o en ello no caya , Y aproveche a los c r iados .

N o excuses molestia alguna Si en eso la d i cha está; Si es el favor el que da Y el fausto buena f o r tuna .

Esc lavo que j u n t o lleves Y a quien de los t ranseúntes N o m b r e y t í tulos p r e g u n t e s , C o m p r a r sin tardanza debes .

E l cual , p o r q u e no te e m b a r g u e s E n t r e uno y o t r o e m b a r a z o , V a y a dándote en el brazo P a r a que ¡a mano a largues .

Este ( t e d i rá ) en la g e n t e V e l i n a , notable es; E s t o t r o que c e r c a ves, Con los F a b i o s inf luente.

M u c h o aquel o t r o c on mil I m p o r t u n i d a d e s p u e d e ; L a s fasces quita y c o n c e d e Y la curu l de marfil .

N i d e j e s pasar n i n g u n o Sin l lamarle h i j o , o b ien p a d r e , S e g ú n el n o m b r e que c u a d r e A la edad de cada uno .

Si b ien vive quien bien c o m e , Si esto juzgas , con la f resca Sa lgamos a caza o pesca S e g ú n l a gu la nos t o m e ;

Cual Garg i l i o que solía Con p r e v e n c i o n e s de ca ;a L l e n a r las cal les y plaza A p e n a s rayaba el d ía ;

— 296 —

P o r q u e de m u c h o s , trajese De tarde un mulo c a r g a d o Con un jabal í c o m p r a d o , Y el p u e b l o su entrada viese.

Sin pensar si es malo o b u e n o , Si nos redunda o no en daño, M e t á m o n o s en el b a ñ o Con el e s t ó m a g o l leno ,

Cual c iudadanos de Ceres , Cual los que a Ulises s igu ieron , Q u e a la Patr ia pre f i r i e ron I l eg í t imos p laceres .

Si en fin a M i m n e r m o c rees , Si sólo b r o m a y amores T e ap lacen , que te enamores S e r á b u e n o , y que b r o m e e s . —

A d i ó s ! Si sabes, a m i g o , A l g o m e j o r , d i m e l ó P a r a mi i n s t r u c c i ó n : si nó , E n todo frisa c o n m i g o . —

JCP. i—7 Quinqué dies

Cinco días te d i je que estaría E n el c a m p o , no más ; se pasa agosto , Y t éngo te a g u a r d a n d o el mes e n t e r o : Q u e de in formal m e r iñes, y a te o i g o . M a s no m e qu ieres b u e n o s i e m p r e y sano? P u e s l iber tad q u e al e n f e r m a r m e t o m o , E s jus to que t a m b i é n m e la c oncedas Si de e n f e r m a r tal vez p e l i g r o c o r r o . Y no ves al ca lor , q u e h igos sazona, Mul t ip l i car los lechos m o r t u o r i o s D e su n e g r a c o h o r t e rodeados? P a d r e s y m a d r e s , con la m u e r t e al o j o , T i e m b l a n p o r los h i jue los : de la cor te L a baraúnda y t r á f a g o del f o r o F i e b r e s causa y d e s c u b r e testamentos . Luego q u e inv ierno vista en niveos copos L o s c a m p o s de A l b a , iráse tu poeta L a s r iberas a ver del m a r sonoro , Y allí a b r i g a d o pasará l e y e n d o ; Mas , de irte a ver , feliz c u m p l i r á el voto , Con tu l i cencia , du l ce a m i g o , apenas L a s go l ondr inas vuelvan y el Favon io .

T ú has q u e r i d o de dádivas c o l m a r m e , N o b l e M e c e n a s ; p e r o no del m o d o Q u e al huésped b r i n d a el Calabrés sus f rutos . — C ó m e l a s ! — d i c e con f e r v o r . — N o p o c o T o m é . — R e c o g e lo que más te plazga. — G r a c i a s , r e p i t o . - - P e r o no p e r d o n o Q u e a lguna f r io lera a tus ch icue los N o l leves .—El obsequ io r e c o n o z c o Cual si c a r g a d o fuese.— C o m o gustes ; M a s ten que a c e r d o s , lo que reste , a r r o j o . - -A s í el rüín es p r ó d i g o ; así o f r e c e L o que no ha menes ter : p o r eso a r o d o Coséchase cada año mies de ingratos . M a s el h o m b r e de veras generoso H a c e m e r c e d a aquel que la m e r e c e ; N i el que farsantes sacan, juzga o r o . P o r h o n o r tuyo en m e r e c e r me e m p e ñ o . Caro Mecenas , el favor que l o g r o : Mas si qu ieres también viva a tu lado. V o l v e r m e debes la salud de mozo . N e g r o s rizos que mi ancha f rente a ch iquen , Du l ce sonrisa y atract ivo tono , Y p o d e r a tu mesa con donaire De una bel la q u e j a r m e y sus eno jos .

En un cesto de g r a n o s se e n t r ó a y u n o Breve ratón p o r a g u j e r o angosto ; Cebóse allí, y en vano p r e t e n d í a Salir luego, es forzando el c u e r p o r o m o . V i o l e una c o m a d r e j a desde le jos Y habló le a este t e n o r : — Q u e r i d o , sólo Escaparás volviendo a tu tamaño ; P o r do uno ñaco e n t r ó , no sale g o r d o . Si la espec ie me apl ican, v e r m e p u e d e n A t o d o r e n u n c i a r : pues no , cual o tros , Después de un gran b a n q u e t e las tranqui las N o c h e s del p o b r e , inconsecuente loo ; Y a fe que t r u e q u e p o r la A r a b i a entera Mi du lce l iber tad y mi reposo ! Mi sobr i edad has alabado m u c h o , Y y o mi dueño y p a d r e ros t ro a rostro T e he d i cho , y p o r de trás : falta q u e ensayes Si el d o n que acepto a l egre , a legre t o rno . Esta el h i j o de Ulises al de A t r é o Bella respuesta d i o : — N o hallan los po t ros Buenos pastos en Itaca, ni t ienen C a m p o s allí para espaciarse idóneos : Usa en mi n o m b r e un d o n qua usar no puedo . -M e c e n a s , al p e q u e ñ o basta p o c o .

Y o p o r mi par te , en la opu lenta R o m a A e s p a r c i r m e no ac i e r to , y más me gozo E n la callada so ledad del T í b u r , De T a r e n t o en el seno deleitoso.

Las dos ser ían de la tarde c u a n d o F i l ipo , aque l jur is ta noble y d o c t o Y valiente o r a d o r , c o m o volviese A su casa q u e j o s o p o r q u e el F o r o P a r a él, anc iano ya , q u e d a b a le jos . E c h ó de ver que bien rapado y m o n d o E n una b a r b e r í a a r r i n c o n a d o L a s uñas se igualaba un car i o c i o so . — D e m e t r i o ! ( e ra un esclavo que a F i l i po E l pensamiento ad iv inaba) p r o n t o V é , y p r e g u n t a qu ien es, qué oficio t iene , A quién s irve, y en d ó n d e vive y c ó m o . D e m e t r i o vuela, y trae razón—Se llama V u l t e y o M e n a el tal; su h a b e r es c o r t o , Y el p r e g o n e r o púb l i co ; le t ienen G e n e r a l m e n t e p o r h o n r a d o y p r o b o : Sabe buscar , y lo que gana , a t i e m p o Gasta: vive en h o g a r h u m i l d e y p r o p i o ; Con a lgunos amigos anda, y suele A espec tácu los ir p o r desahogo . — S a b e r l o q u i e r o de su misma b o c a : D i que a cenar le a g u a r d o . — M e n a absorta Q u e d a , lo piensa, en suma da las grac ias . — Y q u é ! rehusa?-— O a p o c a d o u hosco La invitación el malandr ín no acepta .

A l o t r o día al p r e g o n e r o en c o r r o F i l i po halló vend iendo barat i jas ; P á r a s e y le saluda. -Mis negoc ios , S e ñ o r , el t i e m p o y la atenc ión me r o b a n ; -M e n a responde , c o n afán y a s o m b r o : P e r d o n a d si no fui p o r la mañana, Y hora no os saludé p r i m e r o . — O t o r g o E l p e r d ó n c o m o asistas esta tarde . — S í haré . — A las tres ; y no lo d iga a sord S igue hora con tu venta, y buen p r o v e c h o

C o n c u r r i ó nuestro M e n a , y a su anto j o D e s p e p i t ó c u a n t o al m a g í n le v ino , Y a d o r m i r le enviaron ya b e o d o . V i e n d o que el pez el c e b o f r e c u e n t a b a , P u e s de sa ludadores en el c o r o T e m p r a n o estaba, y a la mesa luego . E n las fiestas latinas el p a t r o n o

Invitóle a ana g r a n j a que tenía C e r c a de la c iudad, V u l t e y o o r o n d o A n d a b a caba l lero s obre un j a c o . H a c i e n d o a d iestro y a siniestro e n c o m i o s Del c ie lo y de los c a m p o s de Sabina. V e l e F i l i p o y se lo r íe . y c o m o Solaz en todo y d is tracc ión buscaba , Dónale siete mil sexterc ios , y o t ros Siete mil le p r o m e t e dar prestados P a r a que c o m p r e un p e g u j a r . C o m p r ó l o , Y ( abrev iaré p o r no cansar) t rocóse D e c iudadano g u a p o en gañán tosco : Só lo hablaba de surcos y de viñas. Só lo pensaba en o r d e n a r sus o lmos . Y le nac i e ron p r e m a t u r a s canas D e p u r o cavilar en los ahorros . E m p e z ó a ver que cabras y o v e j u e l a s M e r m a b a n , ya con pestes, ya p o r robos , Q e o ra la s e m e n t e r a se perd ía , Y o ra e x p i r a b a de fat iga un to ro ; Y no p u d i e n d o más, a media n o c h e S e levanta, un t ro tón e m b r i d a , y torvo V a s e d e r e c h o a casa de F i l ipo . El cual al verle d e s g r e ñ a d o y roto , — V u l t e y o — d i c e — a mal t raer te trae L o m u y a f a n a d o r . — M á s bien de l o co T r a t a d a este infeliz! A que a mi estado A n t i g u o me tornéis , a vos a c o r r o ;

, P a t r ó n , p o r vuestros lares os lo r u e g o , Y p o r vos mismo, y p o r los dioses t o d o s ! —

El que e c h e menos lo que en c a m b i o ha da P r o c u r e , d e s t r o c a n d o , su r e c o b r o .

Si a nuestro p ie calzamos, y vestimos A nuestro talle, a f o r tunados somos .

TCP. I — 8 Celso gauderc

A Celso A l b i n o v a n o vuela, oh Musa, De N e r ó n sec re tar i o y c o m p a ñ e r o Y o f r é ce l e mis votos más cord ia les P o r su dicha y salud. Si te i n t e r r o g a E n q u é m e o c u p o , le d irás que muchas Y magní f i cas cosas p r o y e c t a n d o N o vivo e m p e r o b ien , ni estoy c o n t e n t o ; N o que mis vides el granizo azote, N i mis olivos el calor c o n s u m a ;

- 300 —

Ni que en c a m p o s r e m o t o s desfallezcan M i s ganados e n f e r m o s . Es el caso Q u e de alma menos sano que de c u e r p o , N a d a qu ie ro saber ni o í r que alivie Mi dolencia . L o s m é d i c o s me irr i tan, Con mis fieles amigos me i n c o m o d o , P o r q u e a r r a n c a r m e sin d e m o r a qu ieren A l funesto l e targo que me a b r u m a . P e r s i g o lo que me es noc ivo , y h u y o De lo que p u e d e a p r o v e c h a r m e . En R o m a P o r T í v o l i suspiro , y ve le idoso Si ya en T í v o l i estoy , p o r R o m a anhelo .

P r e g ú n t a l e después , si bien lo pasa. C ó m o así p r o p i o se c o n d u c e , y c ó m o Sus negoc i os mane ja , y en q u é g r a d o Sabe del j oven p r í n c i p e y su c o r t e G r a n j e a r s e el favor . Si te rep l i ca : « A maravil la t odo , » lo p r i m e r o El parab ién darásle , y e n s e g u i d a Susúrrate al o í d o esta sentencia : « C o m o tu suerte tú llevar supieres , Celso, así los demás te t ra taremos . »

I S P . i — 9

A Claudio Tiberio Nerón.

Claudio, no hay quien ent ienda cual Septirnio L o m u c h o en que me t ienes. M e ha r o g a d o , Y a esto en suma con súplicas me ob l i ga Q u e y o a ti le presente y r e c o m i e n d e C o m o m e r e c e d o r de que le at ienda Y le dé entrada un p r í n c i p e q u e sólo L o más g r a n a d o a su persona al lega. E l , de a m i g o más p r ó x i m o las veces Juzga que p u e d o e j e r c i t a r ; y en ello M u e s t r a que , más que y o , ve c laro y siente Cuál es c e r c a de ti mi val imiento . M u c h a s razones a legué , p o r d o n d e H u r t a s e el c u e r p o . M a s p o r o tra parte N o q u i e r o se imag ine que me finjo P o b r e c i l l o , 3r que o cu l to en mi p r o v e c h o , C o n s u m a d o egoísta , mis r e cursos . H u y o , pues , de esta nota, p o r más fea, Y ául ica palma a d isputar me allano. Si apruebas , c o m o obsequ io y sacri f ic io Q u e o f rezco a la amistad, mi desenfado , P o r t u y o alista al b u e n Septirnio , y c o m o A h o m b r e fiel 3' legal d ígnate honrar l e .

— 301 —

E P . i—10 I'ibis amatar em

A ti a m a d o r de la c iudad , saludo Y o a m a d o r de los c a m p o s , y no d u d o Q u e sólo en esto r o de .ti d is iento ; M í o es p o r lo d e m á s tu pensamiento , P u e s n u n c a q u i e r o lo que tú no qu ieres Y a m i g o soy de lo que a m i g o eres . Cual h e r m a n o s g e m e l o s , c a r o Fusco ,

A n t e s cual los pa lomos De la fábula somos , Q u e tú g u a r d a s el n ido

Mient ras y o vuelo y el t o r r e n t e busco ; El t o r r e n t e me place y su ruido . Y los r iscos de musgo c o ronados , Bosques f rondosos y mul l idos prados .

S iento , en fin, que revivo R e y de mí prop io , al v e r m e de las trabas L i b r e de la c i u d a d , c u y o atract ivo ,

V o l u n t a r i o cautivo T ú así cual m u c h o s , de e n c o m i a r no acabas. C o m o a los sacerdo tes el c r i a d o . De miel y o f r e n d a s del altar ahito , Se escapa al fin, de pan neces i tado , T a l d e j o la c iudad ; pan neces i to ! El q u e una casa edif icar p r o c u r a

T r a z a sitio p r i m e r o : Sit io d e b e trazar el que a natura P r o c u r e a t e m p e r a r s e . Cuál e m p e r o M e j o r h a b r á que el c a m p o venturoso? D ó n d e el inv ierno es menos r i g u r o s o ? El soplo de las auras rega lado

D ó n d e m e j o r la l lama Del C a n c r o , o los f u r o r e s

Del león templa , c u a n d o el sol le inflama? D ó el r o e d o r c u i d a d o

T u r b a menos los sueños? P o r ventura C e d e r á al pav imento de co lores C a m p o o loroso q u e matizan flores? O surte en tubos de metal más p u r a E l agua , que si l ibre se abre calle E n c a n e c i e n d o al desga jarse al valle? M a s es lo s ingular , A r i s t i o mío , Q u e u m b r o s o bosque ent re c o l u m n a s planta

El r i c o c iudadano , Y palacios levanta

Q u e d o m i n e n el c a m p o c o m a r c a n o :

L a natura expu lsamos , y al descu ido Ella se vuelve, y t r iunfa sin ruido Y su ant iguo domin io r e c u p e r a .

Mal anda el m e r c a d a n t e Que nunca dist inguió la verdadera P ú r p u r a de la falsa: s e m e j a n t e R i e s g o c o r r e el que no halla d i f e rente Del g e n u i n o bien el aparente . Si nos s e d u j o la f o r tuna amiga , N o s abate a su t u r n o la enemiga ,

Y somos infel ices C u a n d o el b ien que a volver se nos ob l iga , T o r c i ó en el p e c h o incauto hondas ra í ces . E v i t e m o s p o r tanto la grandeza ; M a s q u e quien t rono o c u p a y lleva el n o m b r e R e y p u e d e ser en p o b r e choza el h o m b r e . E n c a m p o ab ier to do con él pac ía El c i ervo al p o t r o i m p o r t u n a b a un día : In fe r i o r en la pugna y la c a r r e r a B u s c ó éste al h o m b r e , que le e m b r i d a , y l leno De a r d o r lanzóse y alcanzó victor ia , Sin que de entonces a r r o j a r p u d i e r a Del l omo al h o m b r e , de la b o c a el f r e n o .

A h í t ienes la historia Del que p i e rde p o r miedo a la pobreza La l ibertad , que es la m e j o r r iqueza, Y vil cadena arrastra de cont ino P o r q u e a usar lo prec i so no se avino. Quien no acierta a f i jar la medianía

Camina con calzado Que o le lastima, e s t recho en demasía , O andar le impide p o r lo m u y h o l g a d o ;

Sabio l lamo al que supo Al destino amoldarse que le c u p o . T e n presente esta reg la , Ar is t io a m i g o , Ni me de jes , te r u e g o , sin cast igo Si vieres que in fr ing iéndo la me afano

T r a s lo superf luo y vano, Y a más aspiro mientras más adqu iero . N o hay m e d i o : o rey o esclavo es el d i n e r o :

N o vale más que sea El mezquino , y no y o , quien cabestrea? P u n t o p o n g o a esta epístola, d ic tada T r a s ruinoso t emple te de V a c u n a , Por tu a m i g o , c o n t e n t o en su for tuna Y E quien, e x c e p t o tú, no falta nada.

Quid tibí visa Cchios

Q u é tal te p a r e c i ó la íncl i ta Samos? S a r d e , c o r t e de un r e y , L e s b o s y Sc í o , Y E s m i r n a , y Co lo fón , q u é ta l es ? . . . . ¡ V a m o s !

Son cual d i cen , o más, Bulac io m í o ? O menos? O no valen, juntas , nada, A par del T i b e r i n o c a m p o y r ío?

De Á t a l o una c iudad tal vez te agrada? O ya . de viajes y del mar cansado , A L é b e l o pre f ieres p o r morada?

L é b e l o ! Miserab le despob lado M á s que Gabia o F i d e n o ; 3r y o mi nido En él, con todo , h ic iera de buen g r a d o ,

O lv idando a los h o m b r e s , y a su o lv ido C o n d e n á n d o m e , y le jos , desde el p u e r t o C o n t e m p l a n d o a N e p t u n o e n f u r e c i d o .

M á s di, a u n q u e de agua y lodo esté c u b i e r t o , Q u i é n se arraiga en posada, si v ia jaba De Capua a R o m a ? A u n q u e de f r í o y e r t o ,

Quién estufas y baños así alaba Cual si ellas deparasen al deseo V i d a dichosa y la f o r tuna esclava?

A s í el que p a d e c i ó t o r m e n t a , c r e o Q u e su nave no es justo que e n a j e n e , Sal tando en t ierra allende el mar E g é o .

Si R o d a s ni la h e r m o s a Mit i l ene Son buenas p a r a un h o m b r e salvo y sano, Cual túnica l igera no conviene

E n invierno , ni abr igos en verano ; N i en b r u m a l estación el T i b r e f r í o , N i h o r n o s en el ca lor de A g o s t o insano.

M í r e t e la f o r t u n a sin desvío , Y e n c o m i a desde R o m a , en lontananza, A Samos la gent i l . R o d a s o Sc í o .

Cosecha , g r a t o al c ie lo y sin tardanza, M o m e n t o s de p l a c e r y de a legr ía , Y no a un año dilates la esperanza.

— 304

V iv i rás bien viviendo con el día : Si matar el afán que nos devora , Cual puede la p r u d e n c i a , no p o d r í a

Ciudad naval, .de ab ier to mar señora . M u d a de c l ima, y no de sent imiento Qu ien le jas t ierras, navegando , exp lo ra .

Inquieta oc ios idad nos da t o r m e n t o H a c i é n d o n o s r o d a r en c o c h e o nave: A q u í mismo, aun en U l u b r e , el c on tento Que buscas, halla qu ien vencerse sabe .

I C P . i — 13 (H projiciscenle)

Despac io y m u c h a s veces , V i n i o mío . T e lo d i je al part i r : darás a A u g u s t o L o s l ibros que enrol lados te c o n f í o .

Si b u e n o está y a l egre , 3r t iene gus to E n ped i r l os él p r o p i o . Y o no q u i e r o Q u e mis p o b r e s poemas a od io injusto

C o n d e n e s , p r o c e d i e n d o de l i g e r o . C o m o quien nada ve y a nada a g u a r d a P o r echar la de act ivo m e n s a j e r o .

Si el f a rdo de mis versos te a c o b a r d a , Dé ja lo , antes q u e allá, do el paso guías . V a y a s a dar de hoc i c os en la a lbarda;

Q u e tu asnal ape l l ido así podr ías R e c o r d a r , y al festivo c o r tesano Dar mater ia de risa en m u c h o s días .

Ea, pues , pasa monte , y r í o , y l lano. Br ioso , y c u a n d o al t é r m i n o p r e s c r i t o H a y a s l l egado al fin t r iunfante y sano,

C o m o te d i j e a carrearás mi escr i to , N o b a j o el brazo el ro l lo a c o m o d a d o Cual rúst i co q u e c a r g a a lgún c a b r i t o ,

O cual l leva ebr ia P i r r i a el c o p o h u r t a d o , O , c e n a n d o en p l e b e y a c o m p a ñ í a , Sus pantuflas y g o r r o el conv idado .

N i dirás q u e sudaste en la por f í a De c o n d u c i r a César un pu l ido A^olumen de d iscreta poesía

— 305 —

Q u e á par su vista halagará y su o ído . A d i ó s ; sabes mis ó r d e n e s . ¡Cuidado Con ir c a b e c e a n d o de a turd ido , O faltar en un ti lde a lo m a n d a d o !

E P . i—14 Ai mayordomo de su labor.

Compara el poeta su firme afición al campo con el inquieto an­helar de su mayordomo, que ahora suspira por Roma.

Guard ián del b o s q u e y c a m p o q u e r isueño A m í a mi l iber tad me rest i tuye , P a r a m í g r a n d e , a tu a m b i c i ó n p e q u e ñ o ;

Pues , aunque en sí familias c inco inc luye , Y c i n c o h o m b r e s de cuenta a V a r i a envía, N o tu in justo desdén se d i s m i n u y e :

Quieres, d i , que e s cardemos a por f ía Y o el a lma, el suelo tú, y veamos c laro Quién va m e j o r , si el a m o o la a lquer ía?

E n R o m a me de t i ene el d e s a m p a r o De mi L a m i a , que l lora sin consue lo La ausencia e terna del h e r m a n o c a r o .

Mas a ese m o n t e , o b j e t o de mi anhelo , M i espír i tu impac iente , que f r a n q u e a In terpues tos espacios , va de vuelo .

Fe l i z y o l lamo al que se está en la a l d e a , T ú al c iudadano . Cada cual su suerte Mald i ce , y esa misma o t r o d e s e a .

T o d o s culpan su estado, y nadie advierte Q u e los males no d e j a en el camino Quien de sí p r o p i o a hu i r también no ac i e r te ,

M u d o esclavo aspirante a campes ino , Con R o m a , y baños , y teatro sueñas Después que a lo que ansiabas te dest ino .

E n m í de veleidad d e s c u b r e s señas? C u á n d o part i r me viste sin eno jos Si algún n e g o c i o me a r r a n c ó a estas breñas?

V e m o s las cosas con distintos o j o s ; Y es tu op in ión tan otra de la mía , Q u e d o n d e tú desolación y abro j o s ,

A m e n i d a d hallara y a legr ía Qu ien s int iendo cual yo , r e p ' i t a f e o L o que vistoso a ti se anto jar ía .

M. A.. Caro—Traducciones —20

Espuelas pone a tu i n q u i e t u d — l o v e o , — Del gras iento figón la perspec t iva Y apetito de t o rpe r e g o d e o ,

Y el que antes l o g r e ahí, c o m o nativa Cr iar g o m a y p imienta forastera , Q u e c o g e r uvas quien la vid cult iva;

Mient ras f ranca taberna a q u í te espera , D o b e b e r p u e d e s y bailar pesado A l s o n que t oque i m p ú d i c a ga i tera .

A h ! en vez de eso un t e r r u ñ o no tocado De azadones, H o r a c i o te c o m e t e . D o y a b u e y suelto absorbe tu cu idado ,

Y a en fatiga m e j o r te c o m p r o m e t e , Enseñar a c r e c i d o r iachue lo A que el alzado malecón respete .

Disent imos los dos. P o r q u é ? Diré lo . Sabes que antaño tu señor solía T o g a fina gastar y ungirse el pe lo ;

Q u e Cinara de g r a d o le admit ía , P a r a o t ros codic iosa , y él c o l m a d a Copa empinaba desde el med iod ía .

Una cena frugal o r a me agrada , Y conci l iar s obre la g r a m a el sueño A l m u r m u l l o de fuente despeñada.

N o el gozado p lacer mi ro con c eño ; P e r o d e j a r conv iene la part ida Con t i empo , y y o en de jar la mi hora e m p e ñ o .

A l lá en agreste so ledad no anida El od io insomne , ni la envidia m e d r a Q u e ponzoñosa m u e r d e a jena vida-

Y aquella risa, en c a m b i o no me a r r e d r a F r a n c a , con que me mira a lgún vec ino S u d a n d o r e m o v e r t e r rón o p iedra .

T ú en R o m a con el s iervo mediast ino Quisieras c o m p a r t i r el ruin b o c a d o Q u e tasado a roer se da al mezquino ;

Y él, más c u e r d o , te l lama a for tunado , Y en el uso te envidia y el m a n e j o De la leña, del huer to y del g a n a d o .

— 307 —

E P . i—15

A NUMONIO VALA

Quae sii hyems

Pídele noticias sobre el clima y condiciones generales de Velia y de Salerno, porque allá, y no ya a Bayas, ha de ir a tomar baños.

Pregunta también por las comodidades que aquellos parajes puedan ofrecerle, dado que, no contento con mejorar de salud, de­searía vivir agradablemente; y con una anécdota, explica su modo de desear con arreglo a las circunstancias.

Cuánto es c r u d o el invierno De V e l i a , c ó m o el c l ima de Salerno . A m i g o V a l a , q u i e r o que me cuentes ; Y el camino qué tal?; qué tales g e n t e s . P u e s sabrás que no voy cual o t ros años

De Bayas a los baños Q u e Musa desest ima; —

Sin que o b e d i e n c i a al m é d i c o m e e x i m a D e que aquel los vecinos c o n e n o j o M i r e n que en m e d i o de estación tan c r u d a F r í o raudal para b a ñ a r m e es co j o .

Moléstales sin duda , N o sin razón, que g e n t e s enseñadas

A sus g r u t a s u m b r o s a s Y a sus cálidas aguas a famadas Contra dolencias c rón i cas nerviosas, Y a intrépidas en Clusio a c h o r r o he lado , Cabeza o v ientre s o m e t e r pref ieran

Y a en el d e s a b r i g a d o C a m p o de Gabios solazarse q u i e r a n .

P:P. I—16

Ne perconteris....

P a r a que en adelante , Quint io amigo , N o más sobre mis c a m p o s me p r e g u n t e s Si con olivas o arbust ivas parras M e e n r i q u e c e n , o f rutas me p r o d u c e n . B ien es que de su sitio y de s i f o r m a Satisfactoria re lac ión escuches .

— 3 0 8 —

E n la imaginac ión una cadena F i g ú r a t e de montes que i n t e r r u m p e Va l l e p r o f u n d o : la d e r e c h a s i e m p r e El sol le dora con t e m p r a n a l u m b r e Y la izquierda le baña en rayos tibios Cuando su c a r r o en O c c i d e n t e se h u n d e . El c l ima es de e n c a n t a r . — Y pues , en g r u p o s A r b o l e s imagina que se c u b r e n De cerezas retintas y c iruelas : Rob l es , carrascas que a distancia lucen Y a su dueño con s o m b r a dilatada Y con sustento al ganadi l lo a cuden . C r e y e r a s que los bosques de T a r e n t o Y o me hubiese r o b a d o . A l e g r e bulle F u e n t e que respetable al r iachue lo H a c e con cuyas aguas se c o n f u n d e . El c laro r ío que la T r a c i a r iega N o será que en f r e s cura s o b r e p u j e N i en transparenc ia su caudal modes to . A d e m á s , acredítase salubre Contra males de v ientre y*de cabeza. A este re t i ro a t r i b u i r no dudes L a salud que conservo en el o toño : R e t i r o a m e n o y para m í tan du l ce .

P o r lo que mira a ti, feliz te c r e o Si eres ni más ni menos cual p r e s u m e n : Fel iz há t i e m p o te proc laman todos . Mas t e m o que del alma el bien g r a d ú e s P o r lo que d i cen , no p o r lo que sientes, O que d icha posible te f igures Sin que prudenc ia 3r p r o b i d a d la f o r m e n . T e m o que , c o m o el pueb lo c o n c e p t ú e Q u e de salud rebosas, sus hablillas T e halaguen y la fiebre disimules Hasta que en med io del fest ín, b e o d o . T i e m b l e n tus manos y tu mal d e n u n c i e n : A y ! cuántas veces el p u d o r las llagas H a c e incurables que insensato e n c u b r e !

Si a adular tus o re jas ociosas L l e g a a lguno , y victorias te a t r ibuye T e r r e s t r e s y navales, y te d i ce : «Jove s u p r e m o que te g u a r d a y une «Con tu vida la g lor ia de tus pueblos , « P e r m i t a que por s i empre se dispute «Si más tú los amaste o más te amaron » ; S e r á que en tales frases se te ocu l te De A u g u s t o la alabanza? Y si te aclaman P r o b o y veraz, que r e s p o n d e r te c u m p l e

- 309 —

E n tu n o m b r e ¿ p o r q u é a juzgar te atreves? P l á c e m e , te confieso, que me e n c u m b r e P o r h o n r a d o la f ama ; mas no olvido Q u e el púb l i co q u i t a r m e cuando guste P u e d e lo que h o y me br inda , cual los fasces Quita al que ind igno de llevarlos j u z g u e . Da lo prestado , m e d i r á . Daré lo , T r i s t e si usarlo c o m o tal no supe . L o mismo, aunque ladrón , incestuoso M e apell ide ese públ i co , o me acuse D e que a mi padre ahogué con impio .azo, N o es razón que me e n r o j e ni me angust ie . Allá el vicioso vano y aparente T e m a dic ter ios y l isonjas b u s q u e !

Quién pues es h o m b r e honrado? El que respeta Del Senado la voz, y las c o s t u m b r e s Y la sagrada l ey? que por f iadas Dif icultades zsn ja , y rest i tuye S i e m p r e la paz con desp legar los labios? Mas su casa y vecinos sus v ir tudes M e j o r c o n o c e n , y quizás le tengan P o r alma vil que de alba piel se c u b r e .

— N o hur té ni me f u g u é , d ice mi esclavo. R e s p o n d o : — P u e s no temas que te z u r r e . — N u n c a di m u e r t e — N o serás de aquel los Q u e cuervos ceban sobre tr istes c r u c e s . — L u e g o soy b u e n o y v i r t u o s o , — A espacio ! L o b o s , milanos, gavi lanes h u y e n De sus presuntas v íct imas, apenas Q u e andan t rampas ocultas c o n j e t u r e n . P o r q u e a m a l a virtud no peca el b u e n o , T ú , sólo p o r t e m o r . F u e s e s i n m u n e , L o p r o f a n o y lo santo allanarías, P o n g o que de entre mil sólo me hur tes D e habas un m o d i o : no te justif ica El ser leve la pérd ida que tuve.

A s í aquel a quien di je que los j u e c e s Y el pueb lo miran cual varón i lustre, Cuando un b u e y sacri f ica, o ya un v e r r a c o , Invoca a A p o l o y hace que r e t u m b e Su voz; mas p o r lo ba j o , t emerosa D e que a lguien o iga « r u é g o t e » b a l b u c e , «Bel la L u v e r n a , que m e a m p a r e s s i e m p r e : « C o n s é r v a m e de jus to y santo el lustre , « M i s c r í m e n e s s e p u l t a en n e g r a n o c h e , « Y mis f raudes envuelve en densa n u b e . »

— 310 —

E n qué es m e j o r , más l ibre que un esclavo Qu ien se incl ina ruin c o m o c o l u m b r e A l g ú n as en el suelo , y al c o g e r l o V e que c lavado está, saber no p u d e ; P u e s quien codic ia , t e m e , y el que vive T e m b l a n d o , anda s u j e t o a s e r v i d u m b r e . N i a un pr is ionero has de matar , si p u e d e s V e n d e r l o c o m o esclavo, y él ser útil : Q u e t r a b a j e ! r ebaños apac iente , C a m p o s are ; o traf ique, y mares c r u c e E n m e d i o del invierno ; o provis iones A c a r r e e , y t ra j ine s i e m p r e y sude .

H o m b r e de bien y o l lamo y varón sabio A quien , l l egando la ocasión, no e x c u s e H a b l a r a s í : — P e n t é o , oh r e y de T e b a s ! C o n q u e afligir mi espír i tu presumes? T e qui taré tus b ienes .—Si ganados , T i e r r a s , muebles , d inero const i tuyen N u e s t r o s bienes , d e s p ó j a m e en b u e n h o r a . — T e e n t r e g a r é a un v e r d u g o que te a b r u m e Con cadenas .—Al p u n t o en que y o quiera V e n d r á potente a l i b e r t a r m e un Numen.—• Esto es, « sabré m o r i r . » L a m u e r t e es raya F ina l : todo allá va, y allá c o n c l u y e .

E P . 1—17

Del trato con los grandes. Motivos de dejar la corte y de se­guirla. Paralelo entre la filosofía acomodaticia de Aristipo y las arrogantes excentricidades de Diógenes. Arte de cultivar el favor de los poderosos.

Bien a ti p r o p i o , oh Sceva , te aconsejas , Y sabes con los g r a n d e s b a n d e a r t e ;

Más algo todavía E n tal dif íci l arte

A p r e n d e r puedes si enseñar te de jas P o r este humi lde a m i g o . — C ó m o ! Un c i e g o

S irv iéndonos de g u í a ! — Ó y e m e en paz, te r u e g o ,

Y vé si en lo que d igo a lguna idea Pescas tal vez que aprovechab le s e a .

A m a s b l a n d o reposo Y d o r m i r con el f resco matut ino?

El polvo y el con ti no Estrép i to de ruedas te molesta?

L a t aberna te apesta? P u e s m a r c h a r te r e c e t o a F e r e n t i n o .

— 311 —

A bien que la ventura M o n o p o l i o no fue del poderoso , Y mortal h u b o que pasó d ichoso Con o s c u r o vivir y m u e r t e oscura .

Mas si útil a los tuyos ser te agrada Y aun m e j o r trato dar a tu persona, E n j u t o acude al que en r iquezas nada .

Si aprendiese a c o m e r , cual y o , v e r d u r a A r i s t i p o a los r e y e s no s iguiera . Y si a los r eyes m a n e j a r supiera

C o m o y o los m a n e j o , Su insípida hortaliza

Desechara el que a mí me sat i r i za . -Cuál de estos p a r e c e r e s ,

Cuál de uno y o t r o p r o c e d e r pref ieres? Calla, y y o he de dec i r ( q u e soy más v ie jo

P o r q u é la p r e f e r e n c i a M e r e c e de A r i s t i p o la sentenc ia .

A s í cuentan que él m i s m o De D i ó g e n e s b u r l ó el mordaz c in i smo : « Y o soy mi adulador , tú de la p l e b e ; « M á s justa es mi c o n d u c t a y más honrosa «Si y o h o m e n a j e s a r end i r me o b l i g o ,

« Q u e caballo me lleve « Y me sustente rey así cons igo .

« ¡ Y tú, que te envaneces « D e que no has menes ter n inguna cosa, « P o r d e b a j o te quedas , vil m e n d i g o , « D e l mismo que te da groseras heces !» A t o d o aspecto , y c ond i c i ón , y f o r m a F á c i l m e n t e amoldábase Ar i s t ipo ; A s p i r a b a tal vez a exce lso t ipo , Sin r e p u d i a r de la ocasión la norma . N o así el que abraza su f r imiento triste Y envuel to vive en su dob lada capa : Si cesan de la suerte los favores . Mal sabrá a c o m o d a r s e a sus r igores .

P r u d e n t e aquel no atrapa P u r p ú r e a vest imenta,

A n t e s según las c i rcunstanc ias viste, A c o n c u r r i d o s p ó r t i c o s asiste Y uno y o t r o papel b ien representa .

Mas éste de opulenta Clámide de Mi le to .

Cual de v íbora o p e r r o , h u y e c on susto: — S i no me dais el sayo b u r d o m í o ,

M e he de m o r i r de f r í o . - -Dénselo , y q u e el ruin viva a su gus to .

— 312 —

T e n e r m a n d o s u p r e m o , y g e n t e s fieras M o s t r a r en pos del c a r r o de victor ia , V a l e alzarse a las célicas esferas Y c o m p a r t i r de Júp i ter la g lor ia .

E m p r e s a , y mer i tor ia Es ganar de los g r a n d e s la alta estima; N o a Cor into feliz cualquiera arr ima .

Quien t e m e mal suceso Rezagado sentóse en el camino . Sea en buenahora . Y se d irá por eso Q u e valor no e m p l e ó sino for tuna E ! que a la meta deseada vino? O es esta la cuest ión, o no hay n inguna.

L l e g a un h o m b r e y no p r u e b a L a carga a levantar que a b r u m a r í a Su raqu í t i co aliento y c u e r p o enano; V i e n e o t ro , álzala en h o m b r o s , se la lleva. O es sólo la v irtud un n o m b r e vano, O el que in trép ido esfuerzos no p e r d o n a M e r e c e el p r e m i o y la tr iunfal c o rona .

M á s l ogra el que en presenc ia Del r ey , de su pobreza nunca chista, Q u e el que a ruegos y que jas le i n c o m o d a .

De t o m a r con violencia, R e c i b i r con d e c o r o , leguas dista; Y el secre to aqu í está y el arte toda.

« T e n g o a mi m a d r e anciana « E n la miseria, y sin dotar mi h e r m a n a ;

« M i p r e d i o ni se vende « N i da de qué vivir .» H a d icho c laro , Quien habló de esta suerte , « D a d m e a m p a r o . »

Y o t ro le ha o í d o y chil la: «Subd iv ídase el d o n que éste p r e t e n d e ,

Y a l cánceme también mi partec i l la . » A l cuervo , si callara A t e n t o a la rapiña,

T a n t o más de la presa le tocara Cuanto menos de envidias y de riña, A br ind is conv idado marcha a lguno T a l vez, o a la amenís ima S o r r e n t o , Y a maldec i r empieza descontento

E l l lover i m p o r t u n o , E l f r í o , los tropiezos del v ia je , R o t o el c o f r e , r o b a d o el e q u i p a j e .

As í , sandio r e c u e r d a L a sabida art imaña

D e mujerzue la vil que hurtados l lora O r a el col lar , los brazaletes o r a .

— 313

A p u n t o que después , cuando algo p i e rda , Y en l lanto se convierta v e r d a d e r o

Su lagr imosa charla Nad ie quiera escuchar la .

N i el que una vez c a y ó en el lazo, c u r a Sacar de ato l ladero

A l peri l lán de pie d e s c o y u n t a d o , Q u e en vano m u c h a lágr ima d e r r a m a Y p o r Osiris sacrosanto jura « C r e e d m e , no me b u r l o , » en vano c lama; « H o m b r e s crueles ! levantad a un c o j o ! » — « A l que no te conozca ¡ m a r r u l l e r o ! » G r ú ñ e n l e acá y allá voces de e n o j o .

EP. i—18

A LOLIO

N o b i l í s i m o Lo l i o , te conozco Y sé que cuando a m i g o en ser te gozas Pape l de adulador hacer no sabes . C o m o en todo d iscrepa la matrona De la vil cortesana, así el a m i g o Del infiel l i son jero dista. H a y otra Manía y es peor , que a esta se o p o n e : L a rústica aspereza, b u r d a , b r o n c a . Q u e la rapada piel y n e g r o s dientes Cual t ítulos presenta que la abonan, Y so capa de s imple independenc ia V e r d a d e r a virtud de ser blasona.

E P Í S T O L A X I X

A MECENAS

De la originalidad de la poesía. Ridiculiza a los que remedan a los poetas creyendo imitarlos. Gloríase de haber sabido conciliar la originalidad en los asuntos 3'en el modo de tratarlos con la imitación métrica de ciertos modelos. Agradece el aprecio que le dispensan los hombres bien educados y satiriza a los que en público afectan despreciarle.

Si al ant iguo Grat ino Créd i to h e m o s de dar , d o c t o M e c e n a s , N o gus tarán ni se a b r i r á n c a m i n o . De abst inente escr i tor las canti lenas, Después que r e d u t ó poetas B a c o ,

— 314 —

Q u e hic iesen, p o r q u e el seso t ienen flaco, A sátiros y faunos c o m p a ñ í a ,

Y a las dulces Camenas A vino o l ieron en r a y a n d o el día. P u e s canta el vino, b e b e d o r fue H o m e r o , Y aun E n i o venerable no escr ib ía H e r o i c o s versos sin b e b e r p r i m e r o .

« H o m b r e sobr io y a g u a d o « Q u e al F o r o vaya y de L i b ó n al pozo ; « N o cante quien se n iegue al a lborozo , »

N o bien la h u b e sacado, L o s poetas que o y e r o n tal sentenc ia ,

Copas a c o m p e t e n c i a Ded í canse a e m p i n a r la tarde toda, Y amanecen también con voz beoda .

Y qué? P o r q u e c e ñ u d o , Con toga estrecha y b u r d a y pie desnudo ,

Este a Catón r e m e d a H e c h o un Catón en las v irtudes queda? Cier to Jarbita r eventó de rabia

P o r q u e intentó la labia E m u l a r de T i m á g e n e s u r b a n o Con t o r p e l engua y con esfuerzo insano. M o d e l o que d e f e c t o s ver p e r m i t e ,

P e r d e r á a quien le imite ; Y o sé que algunos a t omar se dieran Desangrados cominos , si mi cara Pá l ida alguna vez ponerse vieran. R e m e d a d o r e s ! ah! servil p iara ! Cuántas veces mi bilis ha movido , Y mi risa también , vuestra algazara!

P o r no usado s e n d e r o Y o llevé mis pisadas de lantero ; N o en huella a jena se es tampó la mía. Quien fe tuvo en sí p rop io , e n j a m b r e s g u í a . Y o en el Lac io i n t r o d u j e el patr io y a m b o ;

Do el r i tmo , el mov imiento De A r q u í l o c o imité , no el a r g u m e n t o , N o las palabras con que hir ió a L i c a m b o . Si s e g u í de sus versos la mensura ,

N o pienses que eso achica El lauro que a mi f rente se a d j u d i c a . T a m b i é n su musa la viril Lesb iana A los m e t r o s de A r q u í l o c o a t e m p e r a ;

Y a emplear los se allana A l c e o , p e r o no sin que difiera

E n asunto y manera : N i le verás con n e g r o

— 315 —

Baldón m a n c h a r al s u e g r o , N i en sátira famosa

E c h a r dogal al cuel lo de la esposa. Su estrofa p e r e g r i n a

Q u e antes nadie imitó , y o osé el p r i m e r o T r a s l a d a r a la c í tara latina;

Y ya me r e g o c i j o P o r q u e tales c reac i ones presentando ,

D e g e n t e culta las miradas fijo Y cod i c iado entre sus manos ando .

Si ahora saber se qu ie re P o r q u é hay algún l e c to r ingrato , in justo , Q u e a sus solas mis obras ve con gusto , Y mis obras en púb l i co zahiere ,

R e s p o n d e r é , M e c e n a s , Q u e de la p lebe los livianos votos

N o c o m p r o dando cenas, R e g a l a n d o vestidos med io rotos ; Y bien que o y e n t e y de fensor me cuento

De todo buen escr i to , Cátedras no f r e c u e n t o

Y c o r r e s de g r a m á t i c o s evito. De aquí que alcen el g r i t o ;

Y si he d i cho tal vez: « Y o no me atrevo « A n t e denso auditor io « A quien respeto debo ,

« A rec i tar mis versos, ni me agrada « N e g o c i o g rave h a c e r de una nonada . » « T e bur las , » salta el o t ro , « los destinas « O r e j a s a halagar semidivinas; « Q u e poét icas mieles atesoras

« T u s ó l o , ya imaginas « D e ti solo te pagas y enamoras . »

Y o , sin h a c e r un ges to , Q u e a cor tante arañazo fuera expuesto , « C ó m o d o aqu í no es toy , » sólo far ful lo , Y p id i endo l i cenc ia , me escabu l l o ; Q u e una b r o m a en disputa se c onv ie r te , Y disputa encrespada a r d o r respira ,

Y nacen de la ira F i e r a s enemistades , g u e r r a a m u e r t e .

- 316 —

EP. 1—22

A su libro.

Mouteja a su libro de impaciente; anúuciale burlando los destinos que le esperan; y le instruye de las noticias que ha de dar a lectores curiosos acerca del autor.

P a r é c e m e que a Jano y a V e r t u m n o , L i b r o mío , conviertes ya el semblante , Y que alisado por la pómez qu ieres De los Socios luc ir en los estantes.

N o a ti, los que al modesto , Gustan sellos ni llaves;

Q u e j o s o estás si te mane jan pocos , Y reuniones públ icas aplaudes . N o tal; y o te cr ié . Vete si quiere.- ; N u n c a podrás r e t r o c e d e r si partes . « Q u é hice , m e n g u a d o ? Q u é esperé , m e z q u i n o ? » T e dirás cuando a lguno te maltrate , O sientas que en brev í s imo vo lumen F a t i g a d o el l e c tor vuelve a enro l larte .

Si e n o j o de tu culpa A e r r o r no induce al vate,

Pro f e t i zó te y o que , en R o m a , oh l ibro ! G r a t o serás mientras la edad te pase: Callando cebarás sorda polilla Cuando vil manoseo ya te gaste ,

O a Utica o a L e r d a A t a d o harán que marches .

El que fue deso ído c o n s e j e r o * E n t o n c e s a tu costa re iráse . C o m o aquel que a su asnillo inobediente A y u d ó , a irado al fin, a despeñarse .

A l que en rodar se e m p e ñ a Quién se e m p e ñ a en salvarle?

Y te anunc io también que tar tamuda Anc ian idad te l levará a distante

Escue la , a que los niños En ti a leer se ensayen .

Si el sol con r a y o t ibio en t o r n o t u y o N u m e r o s o s o y e n t e s ver te atrae ,

Cuéntales que y o tuve Un l iber to p o r p a d r e ,

Y que sal iendo del e s t recho nido Crec idas alas e x t e n d í en los aires.

Cuanto a mi alcurnia quites , A mi v irtud añade ;

- 317 —

E P . I I — 1

Cum tot sustineas

Cuando tantos negoc i os y tan graves , César, tú solo sobre ti sustentas, T ú que los fueros de la Pat r ia sabes

Con armas d e f e n d e r , y al par c imientas

En justas leyes el p o d e r latino Y con c o s t u m b r e s su esp lendor aumentas ,

Si escr ib iéndote usara de cont ino . T i e m p o robar que tanto bien p r o d u c e R a y a r a en cr iminal mi desatino.

R ó m u l o y Bacp , Castor y P o l u c e , A quien ya en la r eg i ón de las edades La fama de sus h e c h o s i n t r o d u c e .

Cuando honraban agrestes so ledades Y a r e p r i m i r sejváticos f u r o r e s . A part i r c a m p o s y a fundar c iudades

Dedicaban desvelos b i enhechores . T u v i e r o n que sentir que mal supiera C o r r e s p o n d e r el m u n d o a sus favores ,

A q u e l d o m i n a d o r de la hidra fiera A quien l abró privi legiada suerte De inmorta les t raba j os la car rera ,

Con su propia exper ienc ia nos advierte Q u e n inguno a la envidia a c e c h a d o r a P o d r á , sino m u r i e n d o , darle muer te .

A l vulgo vil la i r r a d i a c i ó n devora De aquel que sobre todos se levanta, Y a este mismo, en m u r i e n d o , se le l lora.

Díles que en paz y en g u e r r a bien me estiman L o s varones de R o m a pr inc ipa les ;

M e pintarás en suma, De talla e x i g u a , y antes

De t i e m p o e n c a n e c i d o ; a soles h e c h o ; P r o n t o al eno j o , y de c a l m a r m e fáci l .

Y si a lguno p r e g u n t a Mi edad, « s i endo , dirásle ,

«Cónsu les Lo l i o y L é p i d o , d i c i e m b r e s « C u a r e n t a y cuatro más c u m p l i ó cabales . »

— 318 —

Mas a ti en vida b i e n h e c h o r te canta Con sazonada admirac i ón la p u r a Grat i tud de tu pueb lo , y ara santa

T e e r ige , y p o r tu n o m b r e en ella j u r a . Y admit imos que igual varón la historia N o vio, ni le verá Ja edad futura .

M a s un pueb lo que sabe a la m e m o r i a De varones de aqu í c o m o de G r e c i a Justo y p r u d e n t e anteponer tu g lor ia ,

Del p rop io m o d o lo demás no aprec ia . Y escr i tos que los l indes no salvaron Del espacio y del t i empo , menosprec ia .

L a s tablas en que leyes c ompi la ron L o s g raves decenv iros ; p e r g a m i n o s En que romanos p r í n c i p e s pac taron

Con los gab ios y r íg idos sabinos ; Y ponti f ic ios l ibros y confusas P r o d u c c i o n e s de ant iguos adivinos,

Cosas son q u e , p o r rancias, hay ilusas Gentes que piensan que en el monte A l b a n o Dictadas fueron p o r las sacras musas.

Si, p o r q u e es lo m e j o r lo más l e jano E n G r e c i a , infieren que de igual manera Se ha de trazar el mér i to r o m a n o ,

N o hay más cuest ión ; ' tanto d e c i r val iera L o del r e f r á n , q u e «ni p o r d e n t r o d u r a E s la ace i tuna, ni la nuez p o r f u e r a , »

O q u e , pues l lega R o m a a inmensa altura T a m b i é n atrás a los aqu ivos 'de ja E n pug i la to , en música y p intura .

Si, c o m o el vino, la poesía añe ja E s m e j o r , ¿ cuántos años nada menos H a c e n a una o b r a a un t i e m p o buena y vieja?

V e r s o s q u e un s iglo c u m p l a n , ya son buen O han de tenerse aún c o m o de ogaño Y , p o r lo mismo , de i m p o r t a n c i a a jenos?

F í j e s e — y pleitos no h a y a — e l a ledaño, — B u e n o es y ant iguo autor el que c o m p l e t a Un siglo.— Y si le falta un mes o un año

P a r a tocar la cod ic iada meta , L levará en nuestra edad y en la s iguiente N o m b r e de i lustre, o de infeliz poeta?

— 319 —

Ese tal a quien falte so lamente Un m e s o un año, ant i c ipado el f r u t o R e c o j a , y en t re ant iguos se le c u e n t e .

— L a r e b a j a ampl iaré , no la d isputo , Y c o m o aquel que sin t irón violento C e r d a a c e r d a a r r a n c ó la cola a un bruto ,

O t r o año y o t ros qu i taré de c iento , Y , cual f o f o montón se d e s m o r o n a , As í verá deshecho su a r g u m e n t o

Q u i e n f e c h a s c i ta , y mér i to p r e g o n a Ú n i c o el q u e a los años es d e b i d o

' Y a cuanto h o n r ó la parca h i m n o s entona.

E n i o , el sabio varón , el a g u e r r i d o . A quien , c o n f o r m e s , de s e g u n d o H o m e r o L o s c r í t i c os c o n c e d e n apel l ido ,

P a r e c e no cu idar del p a r a d e r o D e sueños a justados al s istema Q u e a c r e d i t ó P i t á g o r a s p r i m e r o .

Quién lee a N e v i o ? Mas caer no t ema ; F r e s c o en b o c a del vu lgo vive y c r e c e , Q u e así hace la vejez santo a un p o e m a !

Controv iér tese cuál de dos m e r e c e M á s l o a ? De más d o c t o alcanza fama P a c u v i o , más sub l ime A c c i o a p a r e c e .

C o m p i t e A f r a n i o en el t o g a d o d r a m a Con M e n a n d r o ; en la acc ión P l a u t o es vehemente Y é m u l o d e E p i c a r n i o se le ac lama.

T e r e n c i o artista osténtase e m i n e n t e , Grave Cec i l io . En r e d u c i d a escena V a a éstos densa a ap laud i r R o m a po tente .

A éstos estudia, y de ufanía l lena, De L iv io acá, cual gen ios super i o res A éstos aplaude , a los d e m á s c o n d e n a .

At inar suele el pueb lo , y en e r r o r e s Cae también . N o es justo ni d i s c re to Si, h o n r a n d o a los ant iguos escr i tores ,

Piensa que nadie n u n c a igual respeto H a de alcanzar. Mas si el estilo d u r o , Este t é r m i n o flojo, o t r o obso le to ,

Censura en ellos c o m o y o c ensuro , A p l a u d i r é su fallo jus t i c i e ro , Y que Jove lo a p r u e b a esté s e g u r o .

— 320 —

Ni a L iv io he de inc repar , ni que ardan q u i e r o V e r s o s que me d i c tó , c u a n d o era niño, Orb i l i o , el p e d a g o g o aquel severo ;

Mas lo c i e g o me a turde del car iño Con que de excelsa p e r f e c c i ó n rayano Juzgan m u c h o s su tosco desal iño.

Q u é vale acá y allá verso galano? R a r a expres i ón feliz q u é significa P e r d i d a en un c o n j u n t o chabacano?

Confieso y o que a indignac ión me pica V e r que no p o r descuidos y b o r r o n e s . Mas p o r nuevo , un escr i to se cr i t i ca ,

Y que en favor de añejas p r o d u c c i o n e s N o la indu lgenc ia p iden que se d e b e . Sino c u m p l i d o aplauso y ga lardones .

Si d igo que no sé si bien se mueve De A t t a el e n r e d o entre a r rayán y flores, «Qu ién sin p u d o r a r e p r e n d e r se a t reve , »

A l punto gr i tarán los senadores , « L o que ya Rosc i o doc to , Esopo g r a v e , A l púb l i co o f r e c i e r o n c o m o actores?»

Y de este p r o c e d e r está la clave O en ser c o m ú n , que sin p o n e r l o en tela De ju i c io , lo que gusta eso se alabe,

O en que a uno caminar en pos le duela De g e n t e moza, y confesar que anciano D e b e olvidar lo que a p r e n d i ó en la escuela.

Cuando en h imnos de N u m a alguien ufano M e asegura que él sólo desentraña L o que y o en vis lumbrar me esfuerzo en vano,

Ni ése a los m u e r t o s honra , ni me engaña ; Contra escr i tores que vivimos, ése Maléfico a l imenta envidia y saña.

Si este h o r r o r a lo nuevo en G r e c i a hubiese Pr ivado c o m o aquí , ¿qué l ibro habr ía Q u e ant iguo ahora y t r a q u e a d o fuese?

Cuando Atenas tras bélica por f ía P u d o terc iar a do el p lacer nos llama, R o b á n d o l e el reposo la e n e r g í a ,

Al j inete veloz entonces ama, P r e m i a los lances del atleta fuer te , O r a aplaude la música, ora el d r a m a ;

— 321 —

A l que en vivas imágenes conv ier te E l marf i l , b r o n c e o m á r m o l , ga lardona , O ros tro y alma fija en cuadro inerte ,

A m a n e r a de niña j u g u e t o n a Q u e a la nutriz versátil i m p o r t u n a Y , gozado un c a p r i c h o , lo abandona .

N o enfada o place s i e m p r e cosa a lguna: E n G r e c i a i n t r o d u j e r o n modas tales M á s ho lgado vivir, m e j o r f o r tuna .

Mudanzas R o m a nos presenta iguales: Sol ían m a d r u g a r nuestros pasados A despachar en casa m u y formales ,

Reso lv i endo tal vez c o m o letrados L a s consultas de a c t o r en civil ju i c i o O d ineros pres tando asegurados .

D e ancianos a p r e n d i ó g a r z ó n novic io Y a mozos enseñó varón de seso A a c r e c e r el caudal , a h u i r del vicio .

Esta g e u e r a c i ó n no piensa en eso; O t r o g é n e r o adqu ie re de aficiones Y son las Musas su único embeleso .

Con mozuelos al par g raves varones, D e parnáseo laurel la sien ceñ ida . Cenan, y versos dictan a montones .

Y o p r o p i o , que ni un verso haré en mi vida Juro , y cual la del Par to , incont inente Resulta mi promesa f ement ida ;

P u e s no ha salido el sol p o r el Or i en te , Cuando a impulso de métr i ca manía R e c a d o de escr ib i r p ido impac iente .

E n labrar ar te fac tos no por f ía Quien de oficios no ent iende , el mar respeta Quien r e g i r una b a r c a no sabr ía .

Só lo el m é d i c o ant ídotos rece ta ; Mas se hacen versos h o y p o r arte infuso, Y el zafio, c o m o el doc to , es ya poe ta !

P u e s este mismo ext ravagante abuso Si p o r justas razones se c ondena , C o m o inocente incl inación lo excuso .

M. A. Ca.ro—Traducciones—21

El poeta del m u n d o se enajena, En sus versos absorto : a s e r v i d u m b r e N o la dura codic ia le condena .

Desplómase incendiada la t e c h u m b r e ? H u y e n sus siervos? a r ru inado queda? N a d a espanto le causa o p e s a d u m b r e .

N o en f raude in fame al c o m p a ñ e r o enred N o al pup i lo : legu mbres . pan g r o s e r o , C o m e , y la cuita su festín no aceda .

N o a la salud c o m ú n , p o r mal g u e r r e r o , Inútil fue : lo humi lde a lo e m i n e n t e , Sirve, la b landa lira al fuer te a cero .

El labio de los niños ba lbuc iente E d u c a el vate, y su atenc ión aleja Del halago de plát ica indecente .

Con suaves p r e c e p t o s aconse ja Y al j oven corazón desembaraza De airado a r r a n q u e , de envidiosa q u e j a .

N o b l e s acc iones c o m o e j e m p l o traza, Con que al o s c u r o p o r v e n i r nos g u í a ; A l e n f e r m o y al mísero solaza.

¿ D ó n d e sus h imnos a a p r e n d e r iría Cánd ido niño, v i rgen inocente , Si maestro no diese la poesía?

P o r él propic ia a la deidad pres iente E l b lando c o r o ; que su lluvia envíe A l c ielo ruega en plát ica e l o cuente ,

Y hace que la ep idemia se desvíe Y h u y a la nube de temibles males: L a paz florece, la abundanc ia r í e .

Aplacanse en favor de los morta les P o r el canto , los dioses super iores . P o r el canto , los manes infernales .

F r u g a l e s y f o rn idos labradores . En el descanso la esperanza puesta, T r a b a j a b a n en paz nuestros may'ores.

En los días ho lgábanse de fiesta ( H a b i e n d o en t r o j e s r e c o g i d o el g r a n o ) Con pro le , y mozos, y la esposa honesta .

Con un p u e r c o a la t ierra , al buen Si lvano Con leche p r o p i c i a b a n , y con flores A l Genio , a n u n c i a d o r de fin t e m p r a n o .

De fesceninos versos vo ladores E m p e z ó a usar el rúst ico labr iego , Y h u b o en métr i ca lid c o m p e t i d o r e s .

T o r n ó cada año el inocente j u e g o , P e r o t r o c a d o en áspera diatriba. L a paz de las familias t u r b ó luego.

Q u e j ó s e del f u r o r de la invect iva A q u e l a quien m o r d i ó , y al par con ese T e m i ó l a a quien tal vez no fue nociva;

Y d e f e n d i e n d o el p ú b l i c o interese V e d ó una ley la l icenciosa vena Y c o n m i n ó al que sátiras hiciese.

Calló el a t rev imiento p o r la pena Y sacó a plaza el vate campes ino Fes t ivo cuento y alabanza amena.

V e n c i ó al agreste v e n c e d o r latino Grec ia , ya i n e r m e , con sus artes bellas Q u e ahuyentaron al verso l iber t ino .

Gusto más p u r o se f o r m ó p o r ellas, P e r o del s iglo de Sa turno r u d o Q u e d a r o n , y aun se advierten hoy , las huellas.

Sólo c u a n d o cesó el f u r o r c e ñ u d o D e las cont iendas púnicas , t ranqui lo Desvolver l ibros el r o m a n o p u d o .

T a r d e entonces g o z ó del g r i e g o esti lo, Y t rasegó el r e c ó n d i t o tesoro D e Sófoc les , de T e s p i s , y de Esqu i l o .

Sacar de minas áticas el o r o Quiso , y d i g n o el ensayo halló de est ima, Q u e nervio tuvo y a la par d e c o r o .

El t r á g i c o r o m a n o audaz sub l ima El vuelo ; p e r o i m p í d e l e funesta P r e o c u p a c i ó n e j e r c i t a r la lima.

Dicen que h a c e r comed ias nada cuesta, P o r q u e de asuntos el autor d ispone Fác i l e s , que el c o m ú n vivir le presta;—•

A n t e s m a y o r t r a b a j o aquel lo i m p o n e D o n d e menos del p u b l i c o se a g u a r d e Q u e las faltas benévo lo p e r d o n e .

¿Consigue P lauto que sus partes g u a r d e V i e j o avaro , rufián dé insidias l l eno Liv iano j oven que en a m o r e s a r d e ?

— 324 —

Q u é mal el zueco se calzó DoseDo! C ó m o saca en la escena a cada paso Cien parás i tos a engul l i r sin f r e n o !

Q u e en pie su o b r a persista, o con fracaso S u c u m b a , qué le i m p o r t a ? él sólo anhela Q u e no resulte el benef ic io escaso.

A l que en el c a r r o de la,gloria vuela, Y a los t r iunfos escénicos conv ier te L a punzante ambic ión que le desvela,

Cansado espec tador le da la m u e r t e , A t e n t o espec tador le da la vida. Y un c a p r i c h o dec ide de su suerte .

N o al teatro iré yo , si a la salida F l a c o he de estar, negados los honores . O rollizo, la palma conced ida .

Gentes que son en n ú m e r o m a y o r e s Y valen menos p o r virtud y c iencia . A c o b a r d a n también a los autores .

¡Qué estól ida ignoranc ia y qué insolencia! P r o n t o s , si noble e spec tador disiente, Con g o l p e s a p r o b a r su p r e p o t e n c i a .

I n t e r r u m p e n el acto de repente P a r a que salga un púgi l , u oso fiero, A d ivert ir a la m e n u d a g e n t e .

Cesa el gusto de o í r del cabal lero Y empieza el de mirar revueltas cosas A los inc iertos o j os l i sonjero .

P o r cuatro horas y más salen vistosas T r o p a s a pie , a cabal lo , el a rma al c into , A l g ú n cautivo rey que lleva esposas;

De car ros y Uteras laber into ; Baje les apresados , y a por f ía B r o n c e s , marfi l , d e s p o j o s de Cor into .

Si viviese D e m ó c r i t o hoy en d ía , V i e n d o un camel lo allá, mitad pantera , O un albino e le fante , re ir ía .

Mas con menos razón la h í b r i d a fiera Q u e el que en ella alelado mientes para, P e r e g r i n o espec tácu lo le d iera :

Cuanto al mísero autor , se imaginara Q u e d i r ige su fábula a un j u m e n t o S o r d o , en m e d i o de horr í sona algazara.

— 325 —

¿Qué voz a d o m i n a r el mov imiento D e un p u e b l o a lborozado , s eme jante A selva ho josa o mar que agita el viento,

C u a n d o palmas bat iendo , al c omed iante Saluda que en las tablas gal lardea Con e x t r a n j e r a s galas d e s l u m b r a n t e ?

— H a h a b l a d o ? — N ó . — P o r q u é se palmotéa? — P o r q u e el manto de lana que trae puesto Con tintes de T a r e n t o se hermosea .

Si c omed ias no escr ibo , no p o r esto A l que las hace super iores , p a g o T r i b u t o a medias con mal igno ges to ;

A n t e s r eputo que se a c e r c a a m a g o Y que sabrá en el a ire , si lo p ruebas , S o b r e un hilo danzar, quien tanto halago

Dio a una ficción, y sensaciones nuevas L e in funde de t e r r o r o s impat ía Y a a A t e n a s t ras ladándome , ora a T e b a s .

Si qu ieres la apo l ínea l ibrer ía D e o b r a s dotar , y de alas al que trate Del florido He l i c ón la áspera vía.

T a m b i é n tu p r o t e c c i ó n dispensa al vate Q u e se con f ía a j u z g a d o r se c re to , N o a espec tador que in justo le maltrate .

So l emos los poetas al respeto F a l t a r acaso y c o m e t e r sandeces ( Y a ves q u e p o r mi c a m p o el hacha meto )

O estés de afán o a descansar empieces E l e g i m o s ingrata c o y u n t u r a P a r a enviarte un v o l u m e n ; otras veces

Si algún a m i g o un verso nos censura , Saltamos, y nos duele que las gentes El p r i m o r y exquis i ta c o n t e x t u r a

N o est imen d é l o s trozos más val ientes: A rec i tar entonces lo l e ído V o l v e m o s , aunque rabien los o y e n t e s ;

Y esperamos , en fin, que si el r u i d o D é los versos que hacemos vuela, y pasa El r u m o r encomiás t i co a tu o ído ,

N o s l lamarás al punto , y nuestra escasa H a c i e n d a a c r e c e r á s con larga m a n o Y escr i tores s e r e m o s de tu casa.

D e b e s ya con ac ier to s o b e r a n o E l e g i r tns cantores y cronistas C o m o custodios de inviolable fano.

Canten ellos tus bél icas conquistas Y v i r tudes pací f icas , no el c o r o Ma ld i t o de famél icos versistas.

Con g r u e s a s u m a de filipos de oro De Chér i lo los métr i cos b o r r o n e s P r e m i ó el M a g n o A l e j a n d r o , y fue d e s d o r o (

A ensuciarte con tinta no te e x p o n e s ¿ Y a u n astroso j u g l a r d e j a r podr ías Q u e m a n c h e , no tus dedos , tus blasones?

A q u e l mismo que a troces poesías Caras c o m p r ó i de artí f ices noveles P o r ed i c t o e n f r e n ó ¡as valentías :

Só lo , en b r o n c e , a L is ipo , en tabla a A p e l e s P e r m i t i d o les fue sacar del busto Del g r a n d e e m p e r a d o r traslados fieles.

T r a t a n d o de artes , ref inado el gusto F u e del g u e r r e r o m a c e d ó n ; p r o b ó l o A q u e l ed i c t o , si severo , jus to ,

M a s era su op in ión , c u a n d o de A p o l o Juzgaba a los a lumnos mal conc i l io . D e r u d o beoc iano d igna sólo.

T ú , a m i g o trato y dadivoso auxi l io Q u e al p a r tu ju i c i o y corazón revela, H a s d ispensado a u n V a r i o y a un V i r g i l i o .

Y aciertas, que si fija b r o n c e o tela E l aspecto e x t e r i o r de los varones. L a M u s a ahonda y lo inter ior modela .

Bien quisiera d e j a r m e de razones Q u e andan rastreras , y es forzando el vuelo. C e l e b r a r tus m a g n á n i m a s acc iones :

L a s t o r r e s levantadas hasta el c ie lo S o b r e los m o n t e s ; s o j u z g a d o y l lano Con tus auspic ios el indóc i l suelo ;

E n h o n o r de la paz caut ivo Jano ; E l P a r t o , s iendo tú nuestro caudil lo , E s c a r m e n t a d o del p o d e r r o m a n o .

P e r o no admite soberano br i l lo Canto h u m i l d e : m e m i d o , y te respeto , Y en mi c e r c o p r u d e n t e me encasti l lo ,

Suele oficioso serv idor inquieto D a ñ a r , y .más . cuando a la Musa invoca P o r ser a su p a t r o n o más aceto; '

Q u e a c u a l q u i e r rasgo que a re í r provoc M á s que o t r o que de e n c o m i o d igno sea, Gusta , y se aplaude , y va de boca en boca .

¿Qué g a n o con que el púb l i co me vea ;

E n mal busto de cera figurado, O en versos nec i os mi alabanza lea?

N o qu iero , de infeliz cantor al lado , E n andas ir allá donde venales Se envuelven en papel desest imado , D r o g a s , inc ienso , especias, cosas tales..

E P Í S T O L A D E H O R A G I O

A LOS PISONES SOBRE EL ARTE POÉTICA

(Traducción hecha en el mismo número de versos del original]

Si a h u m a n a faz cerviz de p o t r o uniese Un p intor , y a d o r n a n d o con diversas P l u m a s m i e m b r o s d i s cordes , en h o r r i b l e P e z terminase lo que dama hermosa

5. C o m e n z ó a ser , ¿la risa contuvierais L l a m a d o s a juzgar? T a l es, P i sones , O b r a que aune ideas cual ensueños D e e n f e r m o absurdas , ni u n i f o r m e lleve P r i n c i p i o y fin.—Mas atreverse a t o d o

10. D e p in tores es f u e r o y de poetas ! L o sé: f u e r o que a un t i e m p o o t o r g o y p i d o C o m o h o r r o r y belleza no h e r m a n e m o s , L a s ierpe al ave ni el c o r d e r o al l obo .

T r a s l a r g o e x o r d i o que p r o m e t e m u c h o , 15. P ú r p u r a a lguno que a retazos luzca

Z u r c e , ya el bosque y t e m p l o de Diana, Y a el iris pluvioso , el Rh in descr iba , O un a r r o y o entre f lores s e rpenteante : Mas no era allí el l u g a r . N i , a qué c ipreses

20. Pintas , si verse n á u f r a g o , p e r d i d o , Q u i e r e el que paga el c u a d r o ? a que del t o rno Sale un j a r r o , si una án fora empezaste? T o d a o b r a , en fin. sencilla y una sea.

¡O p a d r e y d ignos hi jos ! Bur lar suelen 25. De l b ien las apariencias al poeta :

P o r ser b r e v e , es o s c u r o ; o de e legante , F r í o y sin nerv io : elévase y se h incha ; O euros t e m e , y s e g u r o asaz, ratea. ¿ V a r i a r un tema a maravilla qu iere?

30 P e c e s pinta en el bosque , en el m a r c iervos : Sin arte , hu i r de un vicio es dar en o t ro . P o r la escuela de E m i l i o hallar es fác i l Quien labre uñas en b r o n c e y sueltos rizos, Sin que artista feliz, un todo o r d e n e .

35 N o más poeta de esa catadura M e halaga ser , que con nariz d e f o r m e M o s t r a r cabel lo n e g r o y n e g r o s o j os .

Sus fuerzas mida el escr i tor : de espacio P r u e b e que alcanzan a llevar sus h o m b r o s

— 329 —

40 Y qué no. .—Quien asunto es coger supo , F a c u n d i a ostentará , luc idez y o r d e n . Del o r d e n , a mi ver , la fuerza y grac ia Consiste en aduc i r lo que es del caso. P a r a luego aplazando lo accesor io .

45 Si versos haces que se esperan, c u e r d o E n la e lecc ión de voces , cuál apaña, Cuál de ja : bien escr ibe el que remoza Gastadas voces con enlace astuto. ¿ N u e v a idea te ex ige un n o m b r e nuevo?

50 L o que no o y e r o n los c e t egos rancios T e es l í c i to f o r j a r , mientras no abuses; Y la flamante voz t o m a r á vuelo Si de o r i gen es g r i e g o y bien la amoldas. ¿ P o r q u é lo-que Ceci l io o P l a u t o p u d o ,

55 V a r i o o V i r g i l i o nó? Si al patr io id ioma Q u e algo acarree yo ¿será mal visto? L í c i t o ha sido, y lo será , con sello N u e v o acuñados emit i r vocablos ;

60 Q u e cual las ho jas de que el año al bosque Desnuda o viste, los vetustos caen, M e d r a n los juveni les y e n v e r d e c e n . Pasa el h o m b r e y sus o b r a s ! Y a cautivo , O b r a de un r e y , a b r i g u e el mar las flotas;

65 Y a inútil lago que azotaban r e m o s Sienta el arado y la c o m a r c a abaste; Y a el r ío ac iago a Ceres , cauce y senda Se abra m e j o r , cuanto es del h o m b r e , m u e r e ¿ Y las g r a c i a s del habla durar ían?

70 R e n a c e r á n m u c h o s vocablos ; o tros Q u e h o y privan, mor i rán , si p lace al uso, L e g i s l a d o r y n o r m a del l e n g u a j e .

Cuál verso a hazañas de héroes y de re j r es , Y a tristes g u e r r a s c u a d r e , most ró H o m e r o .

75 Gastó el Do lo r y ufano A m o r más tarde L o s des iguales versos pareados : Quién el m e t r o e leg iaco i n t r o d u j o Causa es pend iente y controvers ia docta , A A r q u í l o c o la ira a r m ó del f a m b o ,

80. Q u e adoptaron después zueco y c o t u r n o . P u e s p r o p i o para el d iá logo , el bul l ic io P o p u l a r vence y a la acc ión ayuda . L a O d a con lira dioses canta y héroes , At le tas y co r ce l es co ronados ,

85. T r a g o s l ibres y locos amor íos . M a s si estas tintas d i s cern i r no p u e d o , ¿ C ó m o h a g o el vate? ¿ Inmolaré el estudio P o r funesta vergüenza, a mi ignoranc ia?

T r á g i c o s g i r o s la c o m e d i a e x c l u y e , 90. Y el humi lde del zueco , insoportable

F u e r a , al narrar la cena d e . T i e s t e . T e n g a y g u a r d e su puesto cada cosa. : M a s tal vez la Comedia el tono alzando, C r e m o s truena e locuente en roncas voces,

96. Y en llano estilo la T r a g e d i a llora. P o b r e s , sin patria, T é l e f o y P e l e o N o al auditor io e n t e r n e c e r conf íen Si altisonantes fueren sus g e m i d o s .

N i sólo culto , el drama en sent imientos 100. Pa lp i te a un t i e m p o y palpitar nos haga.

De o t ros al l lanto o risa, el rostro h u m a n o R e s p o n d e : l lore , pues, quien l lanto e x i g e . P u e d o el caso de T é l e f o . o P e l e o • A s í sent ir ; mas si.el papel h ic ieren

105. Mal , o d u e r m o » me r ío . A l triste que jas Convienen , amenazas al furioso, . • Donaires al jovial , veras al ser io . B lando p e c h o y fiel voz nos da N a t u r a ; Ira inspire o p lacer , o nos arrastre

110. Y a b r u m e de do lor , cosas son éstas Q u e el p e c h o siente y que la voz retrata .

D i g a un ac tor lo que sent ir no d e b e ; Nob leza y p lebe soltarán la risa. Cuida pues , si habla un siervo o bien un héroe

115. Si es v ie jo astuto, o mozo ard iente ; dama N o b l e , o t ierna nutriz ; l abrador r i co O vago m e r c a d e r ; si asirio o co i co , O si ya en T e b a s se e d u c ó o en A r g o s .

Fie l sé a la historia; en la ficción c o n c o r d e . 120. Si haces salga o t ra vez al c a m p o A q u i l e s ,

Co lér i co , implacab le , impetuoso , L e y e s no sufra ni la espada envaine. F é r r e a M e d e a , atroz; Y n o llorosa, S o m b r í o sea Ores te , e r rante l o ,

125. F e m e n t i d o Ixi 'ón. Si en nuevo asunto Osas c r e a r e m p e r o un persona je , Dale un c a r á c t e r que hasta el fin sostenga. V a g a s ideas e n c a r n a r no es fác i l : A or ig inales temas, para el d r a m a

130. P r e f i e r e pues , los que te br inda H o m e r o , P r o p i o harás lo de púb l i co d o m i n i o Si no en tr i l lado c e r c o te eternizas, N i , ó r g a n o fiel, pa labra p o r palabra T r a d u c e s , ni imitando , all í ' te metes

135. D o el pie las reglas o el p u d o r te e m b a r g u e n .

N i c o u , c i e r t o autor, c r í t i c o así empiezas : « C a n t o a I l ion, sus r e y e s .y. s u s . g u e r r a s ! » ¿ Q u é h a b r á de dar p r o m e t e d o r tan hueco? G i m i ó e l .monte , y ¿qué nace? un ratonci l lo .

140. Imita a aquel que nunca hablaba en vano: « D i , Musa, del varón que , hundida T r o y a , P u e b l o s , c o s t u m b r e s e x p l o r ó distintas.» N o h u m o de la luz, mas luz,del h u m o Saca , al narrar los prod ig iosos casos

145. D e A n t í f a t e s y Escila y P o l i f e m o . N o a los huevos de L e d a , la t royana G u e r r a ; no al m u e r t o t ío , de D i o m e d e s L a vuelta sube : ai desenlace marcha : Cual ya. instruidos , nos traslada al c a m p o ;

150. L o que no espera .abr i l lantar , desecha; Y verdad y ficción hábil fund iendo . P r i n c i p i o y med io , y med io y fin c o n c u e r d a

Q u é e x i j o con el púb l i co , ora at iende . Si qu ieres que encantados a g u a r d e m o s

155. Al aplaudid del c o r o . Las c o s t u m b r e s N o t a de cada edad, y al gen io el vario

^Semblante da que adqu iere con ¡os años. N i ñ o que ya en andar y hablar se adiestra Con sus iguales j u e g a , y capr i choso

160. De iras breves y breves gustos vive. A m a , l ibre del ayo . el mozo i m b e r b e , Potaos , canes, abiertos hor izontes : De cera al mal cuanto al c o n s e j o indóc i l . N a d a prevé , tira el d inero , y fácil

165. E s a amar y a olvidar, vano y altivo. Cambia en la edad viril: r iquezas busca. A m i s t a d e s cultiva, aspira a honores , Y h u y e de hacer lo que pesarle pueda. Cercan al v ie jo a chaques y disgustos

170. Y a o r o junte y g u a r d a d o no le t oque . Y a fr ía , en juta mano alargue apenas: T e m e a la m u e r t e , y esperanza y plazos Dilata, y f lo jo y q u e j u m b r o s o , e n c o m i a Sus t i empos s i empre y r iñe a los mozuelos .

175. A s í r icos de dádivas los años V i e n e n , y vanse de despo j os r icos : N o de la vida los papeles t r u e q u e s ; Q u é a. cada edad caracter iza , estudia.

L a acc ión pasa en,la escena, o se relata. 180. N o al corazón por el o í d o e n t r a n d o

L a s cosas mueve cual s> d e ellas c u e n t a L e dan los o j o s . — M a s a luz no saques N o , lo q u e a d e n t r o suponerse d e b e , / Q u e bien después se exp l i cará y a t i e m p o .

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185. N o ante el pueb lo M e d e a hi jos des tr i ce . N o entrañas de h o m b r e cueza el í m p i o A t r e o , N i ave se vuelva P r o c n e o s ierpe C a d m o : A b s u r d o s son que al audi tor io o f e n d e n .

C inco actos tenga el d rama que en la escena 190. Quiera vivir con r e p e t i d o aplauso.

N i acuda , a menos que lo ex i ja el nudo , Un dios, ni char le un cuar to persona je . E l c o r o apersonándose , las veces H a g a de ac tor , y nada entre los actos

195. I n c o n d u c e n t e o mal t r a m a d o cante . A l h o n r a d o aconse je r pa t roc ine , T e m p l e al a irado, amanse al o rgu l l oso ; L a sobr iedad y las sagradas leyes Y la paz f ranca y la just ic ia loe :

200. G u a r d e el s e c re to , y a los dioses pida Q u e al p o b r e e n c u m b r e n y al s o b e r b i o abatan.

L e v e y du l ce , no rica de metales Ni émula en t i e m p o del c lar ín , con pocos R e s p i r a d e r o s , ayudaba sola •

205. L a flauta al c o r o , con su voz l lenando L o c a l p o b r e de asientos que o c u p a b a P u e b l o no denso cuan senci l lo y sobr io . Este sus c a m p o s di lató y sus m u r o s T r i u n f a n t e luego, y, los festivos días

210. Dándose enteros al P l a c e r y a Baco , Canto y m e t r o admit ieron la l i cenc ia Q u e , indoc to y r u d o entre la g e n t e culta, Oc ioso d e m a n d a b a el l u g a r e ñ o . L u j o al arte añadió y acc ión , y r i co

215. M a n t o en las tablas arras t ró el flautista. T o m ó la g r a v e lira nuevos tonos ; R e m o n t ó la e locuenc ia atropel lada El suyo , y los o rácu los de Del fos R e m e d ó audaz con insolente p o m p a .

220. El que p o r p r e m i o d isputó un vil ch ivo , Sacó a las tablas sátiros desnudos , Sales mezc lando al t r á g i c o d e c o r o : A las beodas turbas que de fiestas T o r n a b a n , lazo y novedad vistosa.

225. Mas los sátiros leves, dec idores , A s í h e m o s de e d u c a r ; así en las bur las Las veras inger i r , que el dios o el héroe Q u e o r o y g r a n a arrastró , con b a j o estilo E n tiznadas tabernas no se escurra ,

230. Ni h u y e n d o la a b y e c c i ó n t r e p e a las nubes. A j e n a a charla en verso, honesta alterne

— 333 —

Con los sátiros l ibres la T r a g e d i a . Cual dama en fiestas a bailar forzada. N o en tales d r a m a s yo usaría sólo

235. Hab la vulgar . Pisones , ni del g i r o T r á g i c o me apartara hasta o lv idarme Si hablaba el s iervo Davo o la audaz Pit ia Q u e sus monedas a S imón sonsaca, O Si leno, ayo y famil iar de un N u m e n .

240. L o trivial a tal punto amable hic iera , Q u e cualquiera , igualarme p r e s u m i e n d o , Sudase luego en vano: el arte , el o rden ¡Tanto puede y así las cosas m u d a ! Sacas del bosque un F a u n o ? P o r mi voto,

245. N i cual nato galán, a foro o l i endo . E n versos se derr i ta a lmibarados . N i en broncas frases y baldones hierva. Patr i c i os , cabal leros y notables N o pasarán p o r esto, aunque ena jene

250. A l c o m p r a d o r de nueces y tostones.

Sílaba breve antes de larga, f o r m a El y a m b o , pie tan ráp ido , que hace L l a m a r t r í m e t r o al y á m b i c o aunque e n c i e r r e Seis pies iguales y de igual cadenc ia .

255. Este adqu i r i ó más lentitud no ha m u c h o . G r a t o a c o g i e n d o en el solar nativo A l sentado espondeo , aunque le veda S e g u n d o y cuar to puesto . T a l es raro D e A c c i o y Enio en los T r í m e t r o s famcsos .

260. Cuando en las tablas r e c a r g a d o un verso T r o p i e z a , o prisa en el autor o incur ia , O de las reg las i gnoranc ia a r g u y e .

P o r q u e no todos de cadenc ias juzgan , A b u s a r s e ha d e j a d o a nuestros vates.

265. ¿ Y habré p o r esto de escr ib i r a tientas? ¿ N o vale más censuras y no indulto . Cauto esperar? Ni c a r e c e r de faltas Y a es c o b r a r g lor ia : los autores g r i e g o s Día y noche o j e a d . Mas nuestros padres

270. L o s r i tmos y las sales ponderaban D e P lauto ! En ambas cosas indulgentes , N o diré necios , si del chiste u r b a n o Dis t ingu imos el b a j o y no el o í d o P a r a m e d i r nos falta, ni los dedos !

275. Pasa p o r inventor ái la T r a g e d i a T h e s p i s , que en mosto ung idos , sus farsantes Y al par cantores paseaba en c a r r o . j -

— 334 —

T a b l a d o humilde .a lzándoles Esqui ló , Máscara dioles, decoroso t ra je

280. Y noble tono , y les calzó el c o t u r n o . V i n o en pos con g r a n séquito la ant igua Comedia ; mas de l ibre , descarada , D e m a n d ó f r e n o , hab ló la l ey , y el c o r o N o p u d i e n d o zaherir , cal ló con m e n g u a .

¿Qué nuestros vates p o r tentar d e j a r o n ? El molde g r i e g o abandonar sup ieron A l fin, y asuntos e l ig iendo en casa,. T o g a y p r e t e x t a realzar con g lor ia . Cuan g r a n d e en armas y en valor, en letras F u é r a i o R o m a , si la lenta l ima A sus poetas fastidiara menos . N ie tos de N u m a ! desdeñad las obras Q u e no vuelva a b r u ñ i r su autor cien veces, Hasta que tersas q u e d e n y sin mancha . P o r q u e humil la D e m ó c r i t o al talento El vil arte , y del P i n d ó el ju i c i o a r r o j a . M u c h o s c r e c e r se de jan barba y uñas, Y aman la soledad y huyen los baños. Del b a r b e r o L i c i n o sus cabezas ( Q u e aun A n t í c i r a s tres no les s a c a r o n ) \ G u a r d a n , y helos poetas ! Y y o , nec io ! Purgóme en p r i m a v e r a de la bilis: Quién , si nó , m e igualara? M a s no vale L a pena: antes cual da la aguzadera Fi los n o s u y o s al t e m p l a d o acero , Sin prac t i car l e enseñaré el of ic io : D ó hallar caudal que al vate f o r m e y nutra ; Q u é asiente o nó ; do va el e r r o r , do el ar te .

Sana razón del escr ib i r con t ino 310. F u e n t e es y n o r m a : a Sócra tes repasa,

Q u e h a b i e n d o ideas, las palabras b r o t a n . Quien sabe y mide qué la Patr ia e x i g e , Q u é la amistad; qué a padre , h e r m a n o , huésped Se d e b e ; al juez , al senador qué c u m p l e ,

315. Q u é al genera l a c o m b a t i r enviado, • F i e l m e n t e a cada cual dará lo s u y o . Imi tador del h o m b r e ! al h o m b r e estudia: A hacer le hablar , a p r e n d e en sus c o s t u m b r e s Sentencias propias , buenos carac te res ,

320. A u n q u e artificio falte y g r a c i a y nerv io . M á s al p u e b l o entret ienen que p o d r í a n H u e c o s versos, canoras bagatelas .

A p o l o dio a los g r i e g o s , sólo avaros D e g lor ia , ingenio , alt ísonos acentos :

335 —

325. N o así de nuestros niños, que con largas • Cuentas el as en c é n t i m o s d iv iden. - C inco onzas menos una, h i j o de a lb ino , ¿Qué valen? P r o n t o ! —Un t e r c i o . — O l a ! ya p u e d e s T u caudal m a n e j a r . — C i n c o más una?

330. — M e d i o a s — ' T o r p e interés los corazones M o h e c e así: y a g u a r d a r e m o s versos Q u e en ca jas vivan de c iprés b r u ñ i d o ?

De instruir trata o de a g r a d a r : a un t i e m p o A m b a s cosas p r o p ó n e s e el poeta .

335. Si a lgo enseñas, sé b r e v e , p o r q u e dóci l L a m e n t e lo r e c i b a y fiel lo g u a r d e ; N i de inepcias la l lenes que rebosen . F i c c i ó n que gustar qu iera , veros ími l Sea; ni esperes c r é d i t o si arrancas

340. V i v o a una b r u j a el devorado infante . V e r s o s sin f r u t o odia el anc iano ; el j oven , V e r s o s sin flores.—General aplauso L leva el q u e util idad mezcla 3T du lzura , Y al l e c to r d iv i r t i endo , le a lecc iona.

345. Su o b r a e n r i q u e c e a los l i b reros socios , Pasará el mar y e terno hará su n o m b r e .

Faltas hay que gustosos p e r d o n a m o s : T a l vez al tacto infiel y a lá esperanza, D a s o n la c u e r d a a g u d o en vez de g r a v e ,

350. N i s i e m p r e a do se apunta el d a r d o h iere . N o entre bellezas mil tal cual descu ido M e o f e n d e , tal cual mancha , inevitable E n nuestra flaca c o n d i c i ó n . — M a s cuenta ! Copista q u e adver t ido al y e r r o t o rne

355. N o halle p e r d ó n ; del t a ñ e d o r r i y a m o s Q u e s i empre haga chil lar la c u e r d a misma. Y o a Quér i l o , de autores malos t ipo , A c á y allá b u r l ó n a d m i r o ; al paso Q u e si H o m e r o d o r m i t a , en ira m o n t o

360. Y en o b r a larga ¿a quién no asaltó el sueño?

P i n t o r es el poeta : de sus cuadros , Este gusta de c e r ca , aquél de l e j os ; Cuál busca media luz, cuál desafía L a luz abierta y del par i to el fallo;

365. P i e r d e éste, esotro con el t i e m p o gana .

P i són , h i jo m a y o r ! A u n q u e tu p a d r e Y tus prop ios talentos te adoc t r inan , Ó y e m e : hay pro fes iones que toleran M e d i o c r i d a d : jur ista y a b o g a d o

— 336 —

370. Notab le p u e d e haber sin la facundia De Mésala o la c ienc ia de Caseiio. N o así vate mediano ; que ni dioses N i h o m b r e s le su fren ni las p iedras mismas!

Miel sarda, ungüentos rancios , disonante 375. Música e m p e c e n en cua lqu ie r convi te ,

Q u e si exce lentes , menes ter no fueran . Solaz de lu jo así la poesía, Se h u n d e , del c ie lo al desviarse un punto . N o a las armas, al t r o c o , a la pelota

380. Juega, o al disco, el que j u g a r no sabe, T e m i e n d o eche a re í r la m u c h e d u m b r e : Y hoy cualquiera hace v e r s o s . . ! P e r o vamos: E s hidalgo y sin mancha, y ante todo . El t i m b r e ecuestre pagará de sobra .

385. N a d a harás tú a despecho de Minerva Que es sano tu talento. — Sufra e m p e r o El e x a m e n de M e c i ó y de tu padre L o que escr ibas , y el mío , y hasta un año De rec lus ión: matar podrás si gustas,

390. La voz cautiva; la que h u y ó no vuelve.

P o r q u e intérprete O r f e o de los dioses Sacó del Losque al .hombre f ratr i c ida . Diz que fieros leones amansaba. Diz que las p iedras del t ebano m u r o

395. A l z ó A n f i ó n con su laúd cantando . L o santo y lo p r o f a n o , el bien de todos Y el pr ivado fijó sab idur ía ; E n f r e n ó el vicio, al tá lamo dio fueros ; G r a b ó en tablas la ley, f u n d ó c iudades .

400. De ahí al divo poeta y a sus cantos Glor ia i n m o r t a l . — D e s p u é s i rguióse H o m e r o ; T i r t e o p r e n d i ó en án imo robusto Bél ico a r d o r : de orácu los , doc to res , F u e l engua el verso, p r o p i c i ó a los reyes ,

405. Y arduas empresas c o r o n ó con g o c e s . Y de las Musas tú desdeñar ías L a du lce lira y el cantar de A p o l o ?

Q u é valga más, naturaleza o arte . Se disputa. — Y o af irmo que ni estudio

410. Sin numen sirve ni el talento agres te : M u t u o requ ie ren y amigab le a p o y o . El que a la palma en la c a r r e r a aspira, Su f r i ó y b r e g ó de niño, al sol, al f r í o ; De a m o r se abstuvo y vino: har to el maestro

— 337 —

M. A.. Caro—Traducciones—22

415. T e m b l ó el que toca la apol ínea flauta. M a s d e c i r basta: « S o y un g r a n poeta ! « M e n g u a el de atrás ! N i pararé , ni aquel lo « Q u e no a p r e n d í , con fesaré q u e i g n o r o . »

Cual a p r e g ó n el v e n d e d o r postores , 420. A l son del o r o l i sonjeros l lama

V a t e h a c e n d a d o y r i c o . — Y si su mesa F r a n q u e a , y f ía al apurado , y salva A l que en la oscura red se h u n d i ó del f o ro , S e g u r o está que al v e r d a d e r o a m i g o

425. P o r suerte suya del mendaz dist inga. N i al que algo das o promet i s te , l lames E n su a lborozo a que tus versos o iga . « O h ! B r a v o ! » saltará: pál ido el ros tro , L á g r i m a s ver terá , y ena jenado ,

430. H u n d i r á con los pies el pav imento . Cual gana en apariencias al dol iente P lañ idera alquilada, el que te bur la M á s ru ido hará que quien veraz a p r u e b a , Diz que los r eyes p e n e t r a r q u e r i e n d o

435. Si a lguno les m e r e c e conf ianza Copas le l lenan y a l i cor le hastían. T ú , si haces versos, g u á r d a t e de zorros .

Consul tado Quinti l io .— Esto dec ía , M u d a y esto, si gus tas .—Impos ib l e :

440. Y a lo intenté diez v e c e s . — P u e s b o r r a r l o ; Y verso mal f o r j a d o , al y u n q u e t o rne . Si en vez de dóci l ser , t e r c o alegases, T i e m p o a h o r r a n d o y t r a b a j o , ir te d e j a b a P r e n d a d o sin rival de tus e n g e n d r o s .

445. E l r e c t o y nob le c o n s e j e r o i m p r u e b a El verso flojo, el d u r o ; lo prosa ico T i l d a con n e g r a raya ; adornos p o d a ; M a n d a ac larar lo equ ív oco , lo o s c u r o ; Señala, en fin, cuanto ha m e n e s t e r l ima,

450. N u e v o A r i s t a r c o . N i , « ¿ P o r q u é al a m i g o , D i ce , « en nonadas last imar?» N o n a d a s Q u e en serias bur las pararán más tarde ! P u e s c o m o de lunát ico o leproso , F a n á t i c o o i c t é r i co , los c u e r d o s

455. H u y e n del mal poeta y a host igarle C o r r e n m u c h a c h o s que el p e l i g r o i gnoran . Si ex imios versos b o r b o t a n d o e r rante , Cual descu idado cazador de mirlas, D a en pozo o zanja, aunque dol iente g r i t e :

460. « ¡ S o c o r r o , c iudadanos !* nadie acuda .

— 338 —

Q u e si a lguien le va a e c h a r piadosa c u e r d a , «Si fue a d r e d e » d i ré , «si hue lga de l lo . » Y t raeré a c u e n t o al vate de Sicil ia: « P a s a r p o r dios E m p é d o c l e s q u e r i e n d o ,

465. F r e s c o al f o n d o zampóse de E t n a ard i ente : Mátense pues los vates a su gus to : Qu ien salva a o t r o p o r fuerza, es asesino! N i es vez p r i m e r a : si se l ibra ni h o m b r e Se a v e n d r á a ser , ni a fa l l ecer sin g lor ia .

470. P o r q u é hace versos dúdase , o violase Del r a y o la señal o la pa terna T u m b a : ello, l o co e s t á . — L a s re jas , oso F e r o z , r o m p i ó , y a doc tos y a i gnorantes A h u y e n t a ahul lando versos .—Al que agarra

475. Se ha de secar l eyéndo le , cual c h u p a Hasta hartarse tenaz la sangui jue la . »

1866

NOTAS

(a las epístolas de Horacio).

( H O R . , E P . 1, 5)

i

1. Archiaás. L e c c i ó n de casi todos los Mss . M u c h a s edic iones l e y e r o n Archa'ós. En una u o t ra f o r m a , p a r e c e este ad jet ivo der ivado del n o m b r e de a lgún c a r p i n t e r o q u e fabr i caba camillas ord inar ias para la mesa, y a se l lamase afc/tias, ya archaicus. M u c h o s , sin más autor idad q u e este pasaje de H o r a c i o , en tend ie ron archaicus c o m o a d j e t i v o c o m ú n , ca l cado s o b r e el g r i e g o « a r c a i c o , » ant i cuado , a la ant igua.

2. Olus omne. «Cua lesqu iera l e g u m b r e s . » « E n s a l a d a . » E n consonancia con los mal labrados tr ic l inios y m o d e s t a s escudil las, advierte H o r a c i o que no h a b r á viandas e x q u i s i ­tas y costosas, sino algo c o m o las « n o c o m p r a d a s » del Bea-tus Ule.

P e r s i o habla de la p l e b e y a ace lga , p lato de artesanos , según Marc ia l . B u r g o s ent iende « o m n e » c o m o s inón imo d e « t o t u m » : a c e p c i ó n autorizada p o r C i c e r ó n , a u n q u e no c r e o que se halle o t r o pasaje horac iano q u e la c o n f i r m e . S e g ú n esta i n t e r p r e t a c i ó n los platos ser ían p o c o s y h a b r í a q u e comérse los enteros.

3. Toiquate. P a r e c e ser el m i s m o a b o g a d o a quien d i r i ­g i ó H o r a c i o la oda 7* del l i b ro v i l . E s t r é s pone que en ambas piezas se trata de un A u l o T o r c u a t o m u n c i o n a d o p o r N e p o t e , V i d a de Á t i c o , c o m o indiv iduo del e j é r c i t o r e ­pub l i cano , q u e s u c u m b i ó en F i l ipos .

4. Iterum lauro (consule). A ñ o 728 de R o m a . Diffusa. Diffundere vinum: p o n e r el vino en toneles para g u a r d a r l o en bodega;—de_funciere ( n Sat. 2^, 58) , pasarlo de los t o n e ­les ( c a d o s s i c c a r e ) a los j a r r o s para serv ir lo en la mesa.

6. Melius quid. « A l g o m e j o r » ; no sólo se ref iere al v ino , A r c e s s e , Supl . Id . « T r á e l o e n h o r a b u e n a . » E n o t ra ocas ión . ( O d . iv. 12^, 1 7 ) , H o r a c i o c o n v i d ó a un a m i g o a c o m e r , advirt iéndole que llevase a lgo cons igo a la mesa. O t r o s e r ra ­damente s o b r e n t i e n d e n me: « L l é v a m e a c o m e r a tu casa .» Vel. « O más b ien . » N o establece c o n t r a d i c c i ó n c o m o aut, sino que i n t r o d u c e una c o r r e c c i ó n inmediata y natura l . C o m p . Epis t . i, 17 9-, 16: « D o c e ; vel iunior audi . »

8. Leves opes el certamina divitiarum. Y o he t r a d u c i d o

«Ambiciónenlas, pleitos de intereses.»

— 340 —

Las expres iones de H o r a c i o son algo ambiguas . B u r ­g o s i n t e r p r e t a y t r a d u c e :

—el esperar liviano Y en gastos competir con poderosos.

Quizá esto ú l t imo en consonanc ia con Sat. i, I a , 112.

10. Vcniam somnhmique. Hend iad i s ; esto es: «ven iam d o r m i e n d i . » Impune. « L i b r e m e n t e , » « n o sin r i esgo , » c o m o t r a d u c e B u r g o s .

11. Tendere. « A l a r g a r l a n o c h e . » « V a r i o n o c t e m s e r m o ­ne t rahebat . » V i r g . A e n . i, 748.

16. Designat. « Q u i t a el sel lo .» Q u é a d o r m e c i d a s p o ­tencias no despierta el yino, qué cosas no saca a luz? C o m o si d i jese : « ¡ Q u é mi lagros no hace ! » Cf, « m i r a c u l a p r o -mit , » A d . Pis . 1 4 4 . — « O p e r t a rec lud i t . » C o m o « a r c a n a p r o ­m o v e r é l o co . » O d . iv , 11, 14. Espec i f i ca , r espec to de los secretos pensamientos , la idea g e n é r i c a conten ida en « q u i d non des ignat . »

17. Spes iubet esse Tatas Otras veces d i j o H o r a c i o que el vino vuelve la esperanza al án imo , O d . ni , 21, 17, que «da esperanzas nuevas,» iv, 12, 19. Cf. Epis t . i, 15, 19. E l pensamiento es que el vino alienta y con f i rma la esperanza: B u r g o s lo e x a g e r a :

En posesión transforma la esperanza.

Inertem. M e j o r que hiermem, l e c c ión de algunas edi­c iones .

18. N o me p a r e c e c o n g r u e n t e la metá fora . El peso «onus , » no inquieta , «sol l ic itos f a c e r é , » sino que a b r u m a .

Addocet arles. H o r a c i o a t r ibuye al vino el m i s m o p o d e r que V i r g i l i o a la neces idad : el de ser inventor .

19. Faecundi. « F é r t i l e s » en sent ido act ivo , c o m o « f e l i x » en V i r g i l i o . « C o p a s inspiradoras . » Otros ; « l lenas, r e b o ­santes .»

20. Contracta.... solutum. M e t á f o r a c o n g r u e n t e . El vino da soltura, l iber tad , en med io de la es trechez de la pobreza .

21. Imperor: « M e o b l i g o . » 26. Tibh p a r e c e ind icar que H o r a c i o d a r á a T o r c u a t o

p o r c o m p a ñ e r o s en la mesa a los amigos que aqu í n o m b r a . 27. Prioi, potioi. D i f e renc ia aguda : « a n t e r i o r invitación

a c o m e r , o más agradab le cita de otra c lase .» 28 Umbris. S o m b r a s se d e n o m i n a b a a los que asistían

a un convite no invitados p o r el amo de casa, sino l levados p o r a lgunos de los c o n c u r r e n t e s . Plutibus. N o , « cuantas quieras , » c o m o t r a d u c e B u r g o s , sino unas c inco o seis, las que pudiesen l lenar un tr ic l inio j u n t o con T o r c u a t o y los dos o tres c o m p a ñ e r o s que aqu í se menc ionan .

— 341 —

( E p . i, 2 7 ) .

22. Gloria Se t o m a b a unas veces en b u e n a parte c o m o s inónimo de ñoños, y otras en mala, c o m o aquí , p o r vanaglo ­ria o vanidad. L a Glor ia .está aqu í personi f icada c o m o en m u c h o s o t ros lugares , p o r e j e m p l o Epís to la ii, 1, 177. Glo-. riavestit es idea análoga a la de patientia velat ( E p . i, 17, 25; véase mi n o t a ) , y f o r m a estudiada antítesis con el nudat del v e r s o a n t e r i o r : el j u e g o y el a m o r desnudan a nuestro h o m b r e , la vanidad le viste.

25. Ref iérese que D i ó g e n e s fue el p r i m e r o que usó d o ­ble sayo o capote (dup l i c i panno ) que le resguardase del f r í o y le s irviera para d o r m i r , «patientia» es una personi f ica­c ión: el su f r imiento envuelve aqu í en su capa al filósofo, así c o m o en la epístola s iguiente la V a n a Glor ia (v . 22) viste y p e r f u m a al cor tesano . Diríase que en la mente del poeta la doble capa de D i ó g e n e s es una especie de cota : idea asocia-ble al robur et aes triplex, O d a , i, 3, 9.

( E p . i. 1 9 ) ,

3. Aquae potorUms. Idea que en castellano se e x p r e s a con el solo adjet ivo signif icativo aguado, que adelante he e m p l e a d o en la t r a d u c c i ó n de esta misma epístola. A los e j e m p l o s de Espine l y Q u e v e d o , que trae el Diccionario de Autoridades para c o m p r o b a r tal a c e p c i ó n , p u e d e n añadirse los s iguientes , s iendo el de A r g e n s o l a tan c o n c l u y e n t e c o m o expres ivo :

Y a las campiñas secas Empiezan a ser verdes, Y porque no beodas Aguadas enloquecen.

V I L L E G A S

«Preguntándole algunos de qué modo Puede ser uno aguado y abstinente, Dijo: «Con ver los gestos de un beodo.»

Lupercio de Argensola. Epístola, Aquí donde en Afranio y en Petreyo.

17. Dedpit. « M o d e l o que presenta a la imitac ión lados de fec tuosos induce natura lmente a e r r o r a los que le i m i ­tan, p o r q u e de o rd inar io s u c e d e que éstos sólo ac ier tan a copiar lo malo . » En el A r t e Poét i ca vuelve a señalar nuestro autor , en t é rminos más genera les , la dif icultad de la i m i t a ­c ión, p o r la falta de d i s cern imiento del imi tador , y válese del mismo v e r b o : « D e c i p i m u r spec ie r e c t i , » 25. L o s c o m e n ­tadores f ranceses ilustran o p o r t u n a m e n t e el l u g a r que aqu í anoto, con este pasaje de M o l i e r e :

Quand sur une personne on prétend serégler, C'est par les beaux cetés qu'il lui faut ressembler; Et c'est ne point du tout la prendre pour modele, Ma soeur, que de tousser et de cracher comme elle.

— 342 —

B u r g o s t r a d u j o p r i m e r o : Nunca, nunca se imita sin perjuicio Lo que es sólo imitable por el vicio.

D o n d e está de más y daña al sent ido el a d v e r b i o « só l o » para no d e c i r nada de la e x p r e s i ó n i m p r o p i a «sin p e r j u i ­c i o . » E n la s e g u n d a t r a d u c c i ó n c o r r i g i ó el pasa je e chán ­do lo a p e r d e r :

Yerra el que cree que un modelo imita Cuando a imitar sin faltas se limita.

C o m o el v e r b o ref le jo « l imi tarse» e x p r e s a una a c c i ó n voluntaria y consc iente , el sent ido de este díst ico resulta a b s u r d o o r id í cu lo -

E P . I I , 1. 93. Ut fiimun posU's. D e s c r i b e a q u í el poeta , para

e x o r n a r su a r g u m e n t o , el estado social de los g r i e g o s (es d e c i r , de los atenienses, pues sólo a ellos se re f ieren r e c t a ­m e n t e sus pa labras ) , después de las g u e r r a s c on los persas , y espec ia lmente b a j o el g o b i e r n o de P e r i c l e s . L o s edificios públ i cos des t ru idos p o r J e r j e s f u e r e n reemplazados p o r o t ros más espléndidos , o r n a m e n t a d o s p o r el gen io de P id ias y o t ros a rqu i te c tos y escul tores de g r a n n o m b r a d l a . Con los p r o g r e s o s del arte d r a m á t i c o a c re centóse el gus to p o r las divers iones ; con esa posesión de las r iquezas sobrev in i e ron los l it igios; el cult ivo de las c iencias f o m e n t ó la sofistería, y el p o d e r púb l i co d e s p e r t ó las pasiones y la influencia de los d e m a g o g o s . T h i r w a l l , Gieda.

95. Atletas: aquel los ún i camente que en los g r a n d e s j u e g o s O l í m p i c o s , í s tmicos , Ñ e m e o s y P í t i cos , d isputaban los p r e m i o s dest inados a la fuerza y la destreza en diversos e j e r c i c i o s .

99. Velut si luderet hifans. G r e c i a , a m o d o de niña q u e j u e g a vigilada p o r su nodriza , m u d a b a de gustos , tan p r o n ­to anhelando una cosa, tan p r o n t o cansándose de aquel lo m i s m o que más le h u b o s e d u c i d o . Esta es la i n t e r p r e t a c i ó n c o m ú n . P e r o acaso luderet tiene c i er ta fuerza de p l u s c u a m ­p e r f e c t o (c f . ferentem, v. 141). y en este caso infans se o p o n e a. plena: « C o m o niña que ha salido de la potestad de la nodriza, c o m e n z ó a desprec iar lo que antes le e n l o q u e ­c í a . » D e todos m o d o s sub no t iene serv ic io material sino m o ­ral, y se trata de c a m b i o de j u e g o s o d ivers iones , y no , c o m o t r a d u c e B u r g o s , de o p o n e r los ratos en que el n iño se d iv ierte , al descanso de q u e va a d is f rutar luego en brazos de su nodr iza :

Harta dejando, cual rapaz travieso De su tierna nodriza en el regazo, Lo que antes deseó con más anhelo.

El ep í t e to tierna es i m p e r t i n e n t e .

— 343 —

117. ScHUmus. T o d o s h a c e m o s versos . B u r g o s t r a d u c e inf ie lmente :

Mas en llegando a hablar de poesía Lo aiismo charla el docto que el discreto.

H o r a c i o d ice que todos se han vuelto poetas ; su t r a d u c ­tor le hace q u e j a r s e de que todos se hayan e r i g i d o e a c r í ­t icos , cosa e n t e r a m e n t e distinta y aun i n c o n g r u e n t e c on o t ros c o n c e p t o s de esta misma epístola .

128. Mox. Después de h a b e r f o r m a d o la p r o n u n c i a c i ó n del n iño , y en t re ten ído l e desde la t ierna edad , apar tándo le de malas conversac iones , después inspira también b u e n o s y nobles sent imientos al ado lescente . B u r g o s ref iere t o d o a los niños, sin parar mientes en la intenc ión de las frases jam nunc, mox etiam.

131. Aegrum. E n f e r m o de alma o de c u e r p o : doliente. L a e x p r e s i ó n latina envuelve a m b o s c o n c e p t o s en uno .

140, 141. « E n los días festivos r e c r e a b a n el c u e r p o y también el á n i m o que solía sobre l levar ( o había s o b r e l l e v a ­d o ) el t r a b a j o de buen g r a d o , a lentado p o r la esperanza de descanso . » B u r g o s traslada la esperanza del descanso a los días en que p o r el descanso la esperanza q u e d a satisfecha.

Recreaban con dulces esperanzas En los días festivos alma y cuerpo.

168 — 181. Es di f íc i l e s t a b l e c e r l a c o n g r u e n c i a de e s t e pasaje, q u e ado lece de o s cur idad y de aparentes c o n t r a d i c ­c i ones .

Si es di f íc i l h a c e r una b u e n a c o m e d i a p o r q u e el p ú b l i c o esté menos dispuesto a p e r d o n a r en ella los de fec tos , ¿ c ó m o dice después el poeta q u e qu ien sólo piensa en g a n a r d ine ­ro con malas c omed ias solicita y alcanza el aplauso púb l i co? H o r a c i o d ist ingue aquí , c o m o en o t ros lugares , el voto de los inte l igentes y el c a p r i c h o s o ju i c i o del p ú b l i c o q u e asiste a una representac i ón teatral . Con esta dist inción i m p o r t a n t e p o d r á n l lenarse los vacíos que d e j a l a conc is ión latina, y establecerse el e n c a d e n a m i e n t o de este t r o z o . H é a q u í mi in te rpre tac i ón , en la que va de bastardil la lo que se añade :

«Créese n e g o c i o que no d e m a n d a t r a b a j o el h a c e r c o ­medias , p o r cuanto los asuntos se t oman de la vida c o m ú n . N ó : los inteligentes e x i g e n m a y o r verdad y convenienc ia en este g é n e r o de compos i c i ones , y el ac ier to , por ese lado, es más di f íc i l . P l a u t o mismo, por más que el público le aplau­da, no sostiene b ien c ier tos c a r a c t e r e s . D i r e n o , por su par­te, d iv ierte a los e spec tadores por medios reprobados por la gente educada, lo cual no le c o n c e d e el t í tulo de b u e n autor c ó m i c o . Uno busca d inero , contentándose con un aplauso efímero, y p o c o le i m p o r t a que después de tina representa­ción concurrida no vuelvan a a c o r d a r s e de su o b r a . Otro,

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ansioso tínicamente de g lor ia , fía su suerte al caprichoso j u i ­cio del auditor io , que aplaudiéndole le h e n c h i r á de satisfac­c ión, y s i lbándole le in fundirá p r o f u n d o desal iento . Si esto es así, si la apiobación legitima y duradera ha de buscarse en otra pai'te, y si el aplauso del teatro , vano o injusto, sólo ha de t raduc i rse en l u c r o , r enunc io para s i empre a ensa­y a r m e en la c ompos i c i ón d r a m á t i c a . »

182. Esta c ont rad i c c i ón entre los gustos de los espec ­tadores ha exist ido y exist irá s i e m p r e , mientras haya dis­tintas clases sociales y cada una de ellas no t enga sitios de espectáculos adecuados a su cond i c i ón . L a sat ír ica des ­c r i p c i ó n que hace H o r a c i o de las diversiones g roseras q u e ped ía y con que se solazaba la p l e b e , es interesante y cur i o ­sa, y r e c u e r d a las invectivas de ¿los clasiquistas del pasado s iglo , y espec ia lmente las de M o r a t í n en muchís imos l u g a ­res de sus obras , en que hab ló « e x abundant ia co rd i s . » Y a en la Lección Poética que escr ib ió a los veint idós años ha­l lamos una e n u m e r a c i ó n de las ex t ravaganc ias teatrales que mutatis mutandis, repi te el c u a d r o de H o r a c i o :

Allí se ven salir conjuntamente Damas, emperadores, cardenales . . .

Luego aparece amontonado y junto (Así lo quiere mágico embolismo) Dublín y Atenas, Mentís y Sagunto.

185. Si discordel cques. L o s cabal leros y la p lebe sen­tábanse separadamente en el teatro . P o d í a n , c o m o es o b ­vio, manifestar unán ime a p r o b a c i ó n o desaprobac ión ( A d . P is . , 113 ) ; p e r o a las veces marcábase ab ie r tamente la d i f e ­renc ia de op in ión entre los cabal leros y la p lebe . (Sat. i, x , 7 6 ) . H o r a c i o pre f iere cons tantemente la a p r o b a c i ó n de las personas de buena e d u c a c i ó n al aplauso popular .

188. Incerlos oculos. E n o t r o lugar pre f iere H o r a c i o , c o m o más vivo y d i r e c t o , el test imonio de la vista al del o ído . ( A d . P . , 180) : se juzga m e j o r de un h e c h o presenc ián ­dolo ( c o n o j os y o í d o s ) que o j ' e n d o la re lac ión del suceso . L o que aqu í dice H o r a c i o no está de n ingún m o d o en c o n ­t rad i c c i ón con el c i tado p á r r a f o del Arte Poética. L o s c a ­bal leros están interesados en la representac ión de la c o m e ­dia, que habla a la vista y al o í d o , si bien la m í m i c a se su­bord ina al d iá logo . L o s o tros espectáculos sólo ha lagan a los o j os , y o j os inciertos, es dec i r , que no saben a qué a t e n ­der , p o r q u e se trata de o b j e t o s h e t e r o g é n e o s , sin un idad . Inceitos oculos no signif ica a q u í o j o s que se engañan fác i l ­m e n t e ( M a c l e a n e ) , sino o j o s que pasan de un o b j e t o a o t r o , sin saber en qué fijarse. Esta in te rpre tac i ón se c o m p r u e b a con el verso 196, converteret.

195. « A n i m a l c ruzado , mitad pantera , mitad came l l o . » Camaleto—pardaUs o giróla. B u r g o s t r a d u c e : «una g i -

ra fa . »

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245. De se. Es to es, de ipsis. ( Virgilio Varioque). 246. Multa laude. Con g l o r i a o para g lor ia , del g e n e r o ­

so p r o t e c t o r . L a g lor ia resulta p r i n c i p a l m e n t e , según el c o n t e x t o , de que la e lecc ión fue acer tada y la p r o t e c c i ó n justa ; y no , c o m o ent iende R i t t e r , de los e logios c o n q u e aquel los poetas c o r r e s p o n d i e r o n al favor . DanÚs fija el a lcance de Laus. L a g l o r ia del que da, es dec i r , la g lor ia de h a b e r dado . H a y doc tos a lemanes que p a r e c e n e m p e ­ñados en e n t e n d e r las cosas r evesadamente .

248. Nec. H a c e re lac ión al ñ e q u e del verso 245; p o r m a n e r a que el sent ido de la frase d e b e enlazarse al de la p r e c e d e n t e : « T ú has p r e m i a d o a v e r d a d e r o s poetas ; y no en vano, o no te has q u e d a d o atrás de A l e j a n d r o en cuanto él e n c o n t r ó y g a l a r d o n ó a insignes artistas; p o r q u e si éstos representan el h o m b r e ex ter i o r , aquéllos re tratan el a lma . »

BTTRGOS. IMÁGENES QUE OMITE

97. Suspenda pida vultum mentemqui tabella. Este verso e x p r e s a la a d m i r a c i ó n q u e causa un c u a d r o ,

y él mismo es p intoresco , p o d r í a dar mater ia a un c u a d r o . « F i j ó absorto rostro y alma en una tabla p intada , »

Tal vez la cautivaron las pinturas.

E n B u r g o s la i m a g e n y la e x p r e s i ó n d e s a p a r e c e n . 173. Edacibus. B u r g o s t r a d u c e pu l idamente viles, y

desaparece la i m a g e n de un teatro p lagado de parásitos c o -m e l o n e s .

BURGOS. FIGURAS QUE NO TRADUCE O QUE ALTERA

i, 5, 1. Recumbere leclis. « C e n a r en una mesa h u m i l ­de . » L o que p o d í a o f e n d e r a T o r c u a t o no era la idea de recostarse en toscos lechos : no la humildad ( t é r m i n o vag-o) de la mesa.

20. Contracta quem non in paupertate solutum? A q u i e n en la e s t re cha p o b r e z a no da soltura el vino? B u r g o s t ra ­d u c e :

Cuántas veces con ella No endulzó el pobre su gemir amargo!

L a antítesis desaparece y la i m a g e n se conv ier te en o t ra idea equiva lente en lo esencial , p e r o no horac iana . Y qué d i r e m o s de la e legant ís ima e x p r e s i ó n fecundi cálices c o n ­ver t ida en prosaica botel la?

22. Ne sórdida mappa corrugat nares. Q u e no v e n g a una sucia toalla o servil leta a ob l i gar al c onv idado a t o r c e r

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el ges to (las nar i ces ) . I m a g e n de idént ica clase a la que e m ­plea V i r g i l i o ( G . n, 2 4 6 ) , c u a n d o dice q u e el ca tador t u e r c e el ges to (la b o c a ) . B u r g o s d ice p o r nota que Quint i l iano fue el p r i m e r o que usó esta frase, y no se d igna t raduc i r la ni en verso ni en prosa .

24, 25. Ne... 'sft qid dicta Joras eliimhiet. N o b a y a qu ien saque a fuera lo que hab lemos . R e m i n i s c e n c i a de la c o s ­t u m b r e que h u b o en Espar ta de que en los banquetes una persona de respeto mostrase a los convidados las puertas , d ic iéndoles : P o r ahí no ha de salir una sola palabra . H o r a ­cio e m p l e ó el ant i cuado v e r b o eliminare. B u r g o s quita a la idea toda su enérg i ca prec i s ión , y t r a d u c e : « N o haya quien venda nuestra conf ianza.»

NOTAS AL ARTE POÉTICA

ADVERTENCIA

E n t r e las t r a d u c c i o n e s q u e t e n e m o s en verso de la Ep ís to la de H o r a c i o a los P isones , v u l g a r m e n t e l lamada A r t e Poé t i ca , hay dos leídas y est imadas: la de don Javier de B u r g o s y la de Mar t ínez de la Rosa . Esta ú l t ima, a pesar de no c o r r e s p o n d e r en su nimia e legancia a la nerviosa con­cisión de H o r a c i o , es con todo m u y super i o r a la p r i m e r a y de m é r i t o no vulgar , si se at iende a la sonor idad de sus r i t ­mos y e leganc ia de su e locuc ión .

N o obstante esto y p r e s c i n d i e n d o de que n u n c a será t i e m p o p e r d i d o re i terar ensayos sobre las obras clásicas de la ant igüedad , hayrazones especiales que me incl inan a c r e e r no se m i r a r á c o m o excusada una nueva t r a d u c c i ó n del A r t e P o é t i c a .

E n p r i m e r lugar , la que presento al púb l i co es c on m u ­c h o , si no me engaño , la más concisa de cuantas se c o n o c e n . H a b i e n d o e m p l e a d o en ella tantos versos e x a c t a m e n t e cuan­tos cont iene el t ex to or ig inal , a h o r r o más de dosc ientos , en c o m p a r a c i ó n de las dos que he c itado c o m o las m e j o r e s entre las castellanas, y que al p r o p i o t i e m p o son las m e n o s difusas: conc is ión r e c o m e n d a d a p o r H o r a c i o en esta misma Ep ís to la c o m o de la re^or impor tanc ia en toda o b r a d i d á c ­t ica . P o r o tra par te , c on un ensayo de esta naturaleza p r o p e n d o a d e m o s t r a r que e n t r a n d o en c o m p e t e n c i a c on los pr inc ipa les id iomas de E u r o p a m o d e r n a , aun que a a l ­g u n o s de ellos hayamos de r e c o n o c e r l e s c iertas p r e e m i n e n ­cias, t iene el castellano medios p o r d ó n d e compensar las ; y antes que d e f e c t o suyo , culpa es de quien lo m a n e j e , si al­guna vez ha p o d i d o quedarse atrás de todos ellos, s egún este cá l cu lo aprox imat ivo h e c h o p o r M o n f a l c ó n en el p r e ­fac io de su H o r a c i o po l ig l o to : Dix veis de cet auieur, d i ce , demandent souvent a Pespagnol vhigt ligues, quinze a Vcin­gláis, douze ou quatorze au /raneáis, seize a VUalien. E s m á s : p r o p e n d o a d e m o s t r a r que , sin e m b a r g o de las venta­jas de que goza la c o n s t r u c c i ó n lat ina sobre la castellana y el e x á m e t r o ant iguo sobre nuestro endecas í labo , éste no está m u y le jos de c o r r e r pare jas con aquél en una t r a d u c ­c i ón , en q u e si no se r e p r o d u c e n todos los vocablos , se c o n ­serve sí su fuerza y s igni f icac ión, y se l imite su g r a c i a al c o ­l o r ido .

E n s e g u n d o lugar , además de la de ser conc iso , he p r o ­c u r a d o un g é n e r o de f idelidad más lato al p a r q u e minuc io -

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so. Sin hablar de la t r a d u c c i ó n de Ir iarte , que adolece de las dos faltas capitales de r edundanc ia y prosa í smo , ni t ra ­tar de levantar las que a aquélla p r e c e d i e r o n , del justo o l ­vido y descréd i to en que se ven caídas, dec laro que en la de B u r g o s 3r en la de M a r t í n e z de la Rosa , y m u y especial ­mente en la p r i m e r a , he ten ido ocasión de r e p a r a r varios casos de inf idel idad: ya sea un pasaje t o r c i d a m e n t e inter ­p r e t a d o ; ya una equivalencia incomple ta ; ya una imagen t r i s temente desco lor ida ; ya una expres ión meta fó r i ca y vi­gorosa t rocada en o t ra llana y débi l . Estos de fec tos he tra­tado de evitar, y m u c h o me l isonjeara de h a b e r acer tado a h e r m a n a r con la concis ión y la fidelidad a lguna parte de la e legancia posible y permi t ida en este g é n e r o . A los inteli­gentes , a c u y o fallo me someto , supl i co sólo no se desen­t iendan del valor e t imo lóg i co o la a c e p c i ó n figurada de al­g u n o s vocablos , ni desaprueben sin e x a m e n la novedad (a veces sólo aparente ) de c iertos g i ros y cons t rucc i ones de que echo mano para l lenar s imul táneamente las estrictas ob l igac iones que c o m o t r a d u c t o r me he impues to .

E n las Notas ctíHcas que van e n s e g u i d a c o m p r u e b o con ant iguos e j e m p l o s lo que arr iba d i je acerca de las inco ­r r e c c i o n e s e inf idel idades en que suelen i n c u r r i r los dos t r a d u c t o r e s p r e f e r e n t e m e n t e c i tados. Justifico i gua lmente , aunque de paso, la manera c o m o t raduzco o i n t e r p r e t o éste o esotro pasaje, r e fu tando acepc iones consagradas que no m e satisfacen, y p r o p o n g o p o r vía de c o n j e t u r a algunas c o ­r r e c c i o n e s al t ex to or ig inal . U n a que otra observac ión o ca ­sional y tal cual variante sobre la t r a d u c c i ó n en lugares de dudoso sent ido , c o m p o n e n el resto de las anotaciones . A y ! que cualquiera que sea su mér i to , t ienen, en cuanto cabe , el de la or ig inal idad .

E n e r o de 1866.

ig. Mas no era allí el lugar. Sanadon y B u r g o s en su versión pr imit iva , modi f icaron el g i r o de este pasaje ; y y o con ellos, a ser l ícita esta l ibertad , p r e f e r i r í a t raduc i r des ­de el verso 15 así:

Hay quien el templo y bosque de Diana, El iris pluvioso, el Rin describe, O un arroyo entre flores serpeando: Púrpura zurce que a retazos luzca, Mas no era allí el lugar.

32 Por la escuela de Emilio Este es quizá el pasaje más c o n t r o v e r t i d o en la presente epístola.

D e j o aparte las varias in terpre tac i ones que dan de él los c o m e n t a d o r e s y t r a d u c t o r e s , para just i f icar la q u e p r e ­sento . P a r é c e m e evidente que H o r a c i o no individualiza al

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estatuario ; d i jera entonces : Circo, ludiim. .est qui.. . . o de o t r o m o d o s e m e j a n t e .

Esto y los fu turos exprimet, imitabitur hacen inacepta­ble el unus en sent ido de aliquis,j el imus en las distintas s igni f icaciones que se le han dado .

A h o r a pues : imus se, ínfimus, es superlat ivo faber imus, el aitista Ínfimo, ín f imo en cuanto artista.

P e r o no p u e d e ser un superlat ivo absoluto : lo es relativo; d ó n d e está el t é rmino tác i to o e x p r e s o , de la c o m p a r a c i ó n ? C laramente , a mi ver, en área ludum: urbis faber imus sería el artí f ice ínf imo de los de la c i u d a d : Aemüium drea Udum faber imus, el artí f ice ínf imo ( d e los) de c e r c a de la escuela d e e s g r i m a de E m i l i o .

P o r ú l t imo, los fu turos exprimet imitattbur hacen ver que faber imus está p o r vel faber imus: el ínfimo p o r hasta el ínfimo.

P o r q u e esos futuros , si b ien de indicat ivo , vienen a ser potencia les , no pudiéndose les cons iderar sino c o m o apó -dosis de una propos i c i ón condic ional eu que está callada la hipótesis .

Del mismo m o d o en castellano p o d e m o s d e c i r : El Ofi­cial más infeliz haria o hacía eso: o b ien H A R Á eso; suponién­dose tác i tamente un h e c h o causal o cond i c i ona ] , c o m o lo ser ía en el p r i m e r caso: Sise le llamase o llamara; Si llegase o llegara la ocasión; y en el s e g u n d o : Si se le llama, o llamare; Si llega o llegare la ocasión. Mi i n t e r p r e t a c i ó n es pues ésta, c iñéndo la lo posible al t e x t o :

C i r ca l u d u m A e m i l i a n u m , vel f a b e r imus illorum qui muci illúet veTsanlur-, et u n g u e s e x p r i m e t ( e x p r i m e r e po-test) et molles imi tab i tur ( imitari) aere capil los.

L o mismo que en otras palabras d igo en la t r a d u c c i ó n . 45. Si vosos haces. S igo la transposic ión de B e n t l e y ,

que hallo adoptada en las m e j o r e s ed i c i ones— q u e se espe­ran: promi'si. N o le t r a d u c e Mart ínez de la Rosa.

63. Ya cautivo. T o d o este pasaje en que p o n d e r a H o ­rac io la f rag i l idad de las humanas obras , le traslada M a r ­tínez de la Rosa i n c o r r e c t a m e n t e , a g l o m e r a n d o verbos cu ­yos su je tos , que hay que supl ir , son distintos.

83. La Oda . .. canta. El t ex to a q u í ' e s : Musa dedit fidi-bus referre: lúa Musa dio a las cuerdas que d i j esen : g i r o demasiado atrev ido , y que ado lecer ía de i m p r o p i e d a d , si no a l ternando lo restante , conv ir t iésemos con B u r g o s y M a r ­t ínez de la Rosa referre en cantar. Y a c on o t ra ocasión lo o b ­servó así G ó m e z Hermos i l l a Juicio Crítico, t o m o 2.°, pág ina 360); y no es de imitarse H e r r e r a c u a n d o d i ce :

Si alguna vez mi pena Cantaste tiernamente, lira mía.

97. No.... entetnecer confíen. Si anhelan tiernos, Ira-

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d u c e Mar t ínez de la Rosa, c o n f u n d i e n d o , p o r dec i r l o así, el f u e r o in terno c o n el e x t e r n o . E l deseo de interesar es del actor; e.\gem*do con que interesa, del personaje: éste d e b e se r t i e rno , aquél no p u e d e ser lo .

113. Nobleza y -plebe solía? án la risa. En toda Roma, a g r e ­g a Mar t ínez de la Rosa, y m u y mal a mi ver ; p o r q u e lo q u e el poeta qu ie re dec i r es que así los Senadores y caba l leros , q u e se sentaban los p r i m e r o s en los asientos de o rques ta y los s e g u n d o s en c a t o r c e filas de bancos detrás de aquél los , c o m o el pueb lo que o c u p a b a el resto del teatro , darían a una muestras de desaprobac ión . De un m o d o igual habla V i r g i l i o de los aplausos, G e o r g . n, 508-10 :

—Ilunc plausus hiantem— Per cuneos geminatus enim plebisque patrumque Conripuit:

119. En la ficción, concorde. Esta es la i n t e r p r e t a c i ó n genera l , de la cual se separan Garga l l o y B u r g o s , re f i r iendo sibil a famam. H é aqu í una variante en ese sent ido :

Sigue la historia, o sin herirla, inventa.

120. Si haces salga Aquiles. E l abate Galiani , c i tado p o r L e m a i r e , i n t e r p r e t a honoratum en el sent ido q u e t iene en la mil ic ia nuestro part i c ip io d e p o n e n t e retirado, c o m o c u a n d o d e c i m o s , ve rb igrac ia , Oficial retirado: i n t e r p r e t a ­c ión ni natural ni o p o r t u n a . Y o c r e o que el r e p r o d u c t i v o reponis da la clase del honoratum. V o l v e r s e a sacar a la es ce ­na un su je to y a h o n r a d o , impl i ca que lo ha s ido p o r h a b é r ­sele antes sacado al mismo fin. A q u i l e s h o n r a d o vale s e g ú n eso, A q u i l e s que ha ten ido la h o n r a de serv ir de asunto a poetas ép icos y d ramát i cos . N a d a i m p i d e t a m p o c o que ho­noratum se t raduzca aqu í , celebrado. Sarnoso, c o m o lo han h e c h o varios: a c e p c i ó n que les es f r e c u e n t e . C o m o q u i e r a , e x c u s a d o es el homereum que p r o p o n e y def iende Bent l ey con g r a n cop ia de e r u d i c i ó n .

122. Ni la espada envaine. L i t e r a l m e n t e : No sufra ley: todo al acero encargue.

Mart ínez de la Rosa , atrevida y e l e g a n t e m e n t e : su ra­zón, sus armas.

132. Sino en tiUlado campo. I r iarte t r a d u c e :

No sigas, que esto es fácil, el conjunto L a serie toda, el giro y digresiones Que usa el original que te propones.

Y diga lo que qu iera en su Donde las dan las toman, es la verdad que las t r a d u c c i o n e s poét icas no deben ser c o ­mentar ios r imados . C u a n d o el or ig ina l presente una m e t a -

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f o r a c lara y c o m p r e n s i b l e , d e b e ver terse c on p r e c i s i ó n y c lar idad : si fuese c o m o en el presente caso, de dudosa i n t e ­l igenc ia , conviene r e p r o d u c i r l a aún con más fidelidad, t ra ­tando de darla la posible l iber tad , p e r o sin d e j a r de a t e m ­p e r a r el g i r o del autor . P o r estas razones y o he c r e í d o a q u í d e b e r adoptar un m e d i o entre la l ángu ida ampl i f i cac ión de Ir iarte y una t r a d u c c i ó n tan r i g u r o s a m e n t e l i teral cual sería si la hubiese h e c h o en esta f o r m a :

Si no en torno a vil círculo y abierto Demoras; ni palabra por palabra Viertes fiel.

N o se d iga que in f r in jo la reg la t raduc iéndo la ; p o r q u e H o r a c i o no habla a q u í de t raduc to res . V é a s e la nota de B u r g o s al verso 133 del t e x t o .

146-7. La troyana guerra: be l lum T r o j a n u m . M a r t í n e z de la Rosa t r a d u c e : el asedio y fin de T r o y a , — y B u r g o s : la catástrofe t royana .

P e r o H o r a c i o no d ice eso; ni H o m e r o , sino V i r g i l i o , cantó la ruina de T r o y a .

149. Nos traslada al campo. Mar t ínez de la Rosa t r a d u c e

— conocido El principio supone y hasta el medio Eñ su curso arrebata a sus lectores;

des l iendo las t res palabras latinas hi medias res en las o n c e q u e van de bastardi l la . E l e r r o r d e b i ó de consist ir en c r e e r que medias res s ignif icaba cosas intermedias, no s igni f i cando : o t ra cosa que medio o mitad de las cosas. E s un id iot ismo de que abundan e j e m p l o s : Vefe primo (al p r inc ip i o de la pr i ­mavera ) ; Summomonie, V i r g i l i o (en lo más alto del m o n t e ) .

B u r g o s t r a d u j o m u c h o m e j o r :

En medio de hechos que el oyente ignora Cual si ya los supiera, le traslada;

si b ien lo que señalo con le tra cursiva es una adic ión g r a ­tuita del t r a d u c t o r , que en par te hace r e d u n d a n t e el s e n ­t ido y en par te le modi f i ca . H o r a c i o no d ice s ino: en medio de los hechos: no especi f ica éstos c on la frase relativa: que el oyente ignora. M e j o r me p a r e c e la vers ión de B a t t e u x : 77 emporte ses lecteuis au mUieu des dioses, quHl suppose leur etre connues. E n la equ ivocac ión d e M a r t í n e z de la Rosa han i n c u r r i d o o t ros t r a d u c t o r e s , entre los cuales me s o r ­p r e n d e hallar el prosa i co p e r o e rud i t o y sensato I r ia r te .

1 5 6 . - - y al genio el vario .. N o obstante s o n a r m e b i e n la c o r r e c c i ó n que hizo Bent l ey en este l u g a r , t r o c a n d o en m la n inicial de naturas, no la he q u e r i d o s e g u i r en esta t ra ­d u c c i ó n , ya p o r ser ella c on t ra Ja fe de los manuscr i tos , y a p o r q u e hace que el verso diga menos . T e n g o el gus to de en-

r i q u e c e r estas notas c o a las s iguientes observac iones q u e m e ha c o m u n i c a d o mi a m i g o R . J. Cuervo en favor de la l e c c i ón ant igua.

«Natura ( d i c e ) no significa exc lus ivamente natura l , o índo le , sent ido en q u e no se le p o d r í a ap l i car el e p í t e t o mobiUs, pues, c o m o dice nuestro re f rán , natural y figura hasta la sepultura. T a m b i é n se t o m a p o r c a r á c t e r , g e n i o , el cual sí puede variar, c o m o todos los d í a s vemos , y en e s ­pecial con el t ranscurso del t i e m p o , c on la edad . C o m o p r u e b a de esta a c e p c i ó n , véase el si g u í e n t e e j e m p l o de Ci­c e r ó n , Epíst. ad. dhersos, ra, 8.:

" L i b e r a l i t a s tua ut hominis nobi l iss imi , latius in p r o ­vincia patuit . N o s t r a si angust ios (ets i de tua pro l i xa b e -nef icaque natura Umav'it aliquid p o s t e r i o r annus, p r o p t e r q u a m d a m tr ist iam t e m p o r u m ) , non d e b e n t mirar i h o m i n i s . ' '

« A d e m á s , o c u r r e mólñle apl icado a i-ngenium, s inón imo en este caso de natura : P l iu . , j u n Ep í s t , n , 11.

« A c a s o más esencial que la observac i ón de las c o s t u m ­bres es el c o n o c i m i e n t o de los gen ios y c a r a c t e r e s , y de las var iac iones que en ellos t ienen lugar en las disti ntas é p o ­cas y c i rcunstanc ias de la vida.

« U n poeta d r a m á t i c o que conozca m u y b ien las cos­t u m b r e s , p o d r á tal vez dar a la escena c uadros vivos y ani­mados ; mas si no c o n o c e el f u n d a m e n t o de esas c o s t u m b r e s y los varios móvi les del corazón h u m a n o , n u n c a p o d r á con ­m o v e r y arrastrar los án imos de los espec tadores con a q u e ­llos t oques prop ios del v e r d a d e r o genro .

« E l mismo H o r a c i o da la clave de esto, pues en la p i n ­tura que hace de las edades de la vida, habla de las unas y de los o t r o s .

« P o r esto me p a r e c e q u e la vers ión de M a r t í n e z de la Rosa enc ierra más doc t r ina que la de aquel los q u e s i guen la o t ra l e cc ión : lo mismo d igo de la W i e l a n d , au n q u e más l i b re : Debes p intar e x a c t a m e n t e cada e d a d , y saber dar le puntua lmente a cada una el c a r á c t e r y co lor q u e le c on ­v iene . »

P o r ú l t imo, observo que los t é rminos mobiUs y matu*us no son en r i g o r antitéticos, c o m o sostiene en sus notas B u r ­gos , el cual , a pesar de t odo , se d e j a en el t intero el mobUi-bus. A l e j e m p l o c i tado de C i c e r ó n , p u e d e a g r e g a r s e este verso de Juvenal , Sat. x m , 263:

Móbilis et varia est ferme natura malorum.

Sainte Beuve d ice que la de Chateaubr iand era une va ture motile.

L a expres i ón anni mobUes p u d i e r a p o r su par te a l e g a r este verso de V i r g i l i o . G. m , 165:

Dum fácilis animi juvenum, dum mobilis aetas.

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El que pref iera a la ant igua l e c c i ón la c o r r e c c i ó n b e n t -leyana, p u e d e leer en mi t r a d u c c i ó n :

— L a s costumbres Nota de cada edad; y los inquietos Años fielmente y los maduros pinta.

162. Abiertos horizontes. M a r t í n e z de la Rosa e l e g a n t e ­m e n t e :

E l mozo imberbe huélgase en los campos.

A u n q u e ésta no es la i n t e r p r e t a c i ó n genera l , p u e s t o -dos ent i enden aqu í el ap'i-cus campus del de M a r t e , es c on t o d o más fiel. Y también , en mi ju i c i o , es más o p o r t u n a que aquella idea, para d e t e r m i n a r l o s gustos y aficiones de la j u v e n t u d , la c i r cunstanc ia del deseo de l ibertad y espar­c imiento que así en lo f ís ico c o m o en lo moral e inte lectual siente el h o m b r e , espec ia lmente en esa estación de la vida.

172. Teme. Pav idus p o r avidus: c o r r e c c i ó n de B e n t l e y , q u e adopto .

189-90. Que en la escena quiera vivir.

Para que pida el público y concurra A un drama repetido, guarde exacta L a común división de cinco actos.

A s í t r a d u c e aqu í Mar t ínez de la Rosa, y me atrevo a d e c i r que i n c o r r e c t a e i m p r o p i a m e n t e ; ya p o r q u e -pedir y concurrir t ienen distinto r é g i m e n , ya p o r q u e el repetido, puesto en d ó n d e y c o m o está, parece indicar que la o b s e r ­vac ión de los c inco actos es pos ter ior a la r e p r e s e n t a c i ó n ; y a p o r q u e según la c o n s t r u c c i ó n , el su j e to de guarde ser ía piíblico.

192. Ni quarta loqta laboret no es lo mismo que loqua-tur: ni la idea de H o r a c i o la que e x p r e s a B u r g o s d i c i e n d o :

Ni hablen en una escena cuatro actores.

193. El coro, apeísonándose. A s í i n t e r p r e t o el offirium virile: la que he e n c e r r a d o en la variante q u e s igue , es del autor de las observac iones copiadas en la nota al verso 156:

De actor las veces y papel de hombre Haga el coro; ni cosa entre los actos Inconducente o mal tramada cante.

197. Amanse al orgulloso. E n c o n t r a de la l e c c i ón amet peccare Unientes, es de observarse la p o c a analogía que un sent imiento de esa naturaleza g u a r d a con la ac c i ón , o al menos , mov imiento y e x p r e s i ó n e x t e r n a que impl i can los

M. A. Caro—Traducciones—23

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o t ros verbos negat, laudet, oret. Amet placare es l e c c i ón se ­m e j a n t e a loqui labor et,

212. Que indocto y rudo. De sent ir es que Mar t ínez d e la Rosa escr ibiese aqu í una frase tan ant igramat ica l y c o n ­fusa c o m o la que c o p i o :

—ni ¿qué esperarse De una turba ignorante, apenas libre Del rústico trabajo, aunque se uniese A l ciudadano culto, confundiendo L a gente comedida y (la) desenvuelta?

229. En tiznadas tabernas. N i n g u n o de los t r a d u c t o r e s españoles que t e n g o a la vista (Esp ine l , I r iar te , B u r g o s , Mar t ínez de la R o s a ) t r a d u c e esta o p o r t u n a y grac iosa ima­g e n .

242. El orden. V a r i a n t e : el modo. 254. Seis -pies iguales. Lia observac ión que hace a q u í

H o r a c i o respec to al verso y á m b i c o , es una apl i cac ión p a r ­t i cular de un pr inc ip io m é t r i c o universal que ha pasado inadvert ido y que me p r o m e t o desenvolver en m e j o r o c a ­sión. P o r ahora sólo haré algunas breves observac i ones , t o m a n d o p o r punto de c o m p a r a c i ó n el endecas í labo caste ­l lano. Su r i tmo , c o m o advierte Bel lo , es y á m b i c o : su f o r m a t íp i ca es pues la de los buenos endecas í labos ingleses , los de P o p e , p o r e j e m p l o . Mient ras más largas sean sus sí labas pares y más breves las impares , será él más cadenc ioso y cantab le :

Condena blando Amor el verso fiero. Q U E V E D O

D e c i r que si no t iene el acento en la 6^ lo ha m e n e s t e r en la 4* y en la 8^, equivale a e x i g i r la cesura en la 5^ y 9^ L a única e x c e p c i ó n que pud iera alegarse ser ía el caso en que p o r ser la palabra a g u d a p u e d e h a b e r acento sin cesu­ra ; p e r o esta e x c e p c i ó n es aparente ; p o r q u e toda sí laba terminal que lleve acento r í t m i c o , o toma c ierta p r o l o n g a ­c ión seme jante a la e m u d a f rancesa c u a n d o se halla al fin de verso, equival iendo entonces a dos sílabas, o d o n d e nó , el vocab lo que la s igue la da la p r i m e r a suya c o m o cesura . As í en este verso de M o r a t í n :

El llanto acalla en el horror eterno,

la sílaba inicial e de eterno se apega a la anter ior , c o m o la lia se desprende algo de la voz a que p e r t e n e c e . P r o b l e m a insoluble ha p a r e c i d o el fijar la re lación q u e d e b e ex is t i r entre los versos g r i e g o s y latinos y los de las lenguas ro­mances , p e r o no lo fuera tanto si no se p r o c e d i e r a s o b r e una base falsa, c o m p a r a n d o las sílabas largas con nuestros acentos . Es te es un e r r o r f u n d a m e n t a l , p o r q u e nuestros acentos r í t m i c o s c o r r e s p o n d e n e x a c t a m e n t e a los que las

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cesuras prosód icas indican; y las sílabas largas y b reves son un e l emento aunque no independ iente , distinto, que no se ha s o m e t i d o a reg las , p e r o que d e s e m p e ñ a un papel i m p o r ­tante en la versi f icación. El verso cop iado , si le modi f i cá ­r a m o s en esta f o r m a :

El llanto acalla en el horror profundo,

sería más l leno : p o r q u é ? p o r q u e las dos consonantes i>r ha­cen más larga la ú l t ima sílaba de horror. N i el a r t í cu lo def inido ni el indef inido llevan acento , y sin e m b a r g o el úl ­t imo es algo más largo , c o m o se p r u e b a con este verso de M o r a :

Y de cláusulas un conjunto labra, —separada

De la tumba por un espacio breve.

M O R A — E l prim. Conde dz Casi.

Y arrojándose en un sillón mullido.

ID .—Las dos cenas.

—aplica Leche a sus labios y con un rocío De agua fresca humedece el negro rostro.

D. D E RivA.s—Mor. Ex. Rom. V.

Q u e no lo ser ía sus t i tuyendo el a un. L a cant idad de éste está a d e m á s realzada por la consonante que le s igue ; lo que se e c h a r á de ver m e j o r p o n i e n d o en vez de con­junto una voz que e m p i e c e p o r vocal .

A h o r a b ien : dice H o r a c i o que el y a m b o es tan veloz que ob l iga a l lamar trimeho al senario y á m b i c o : q u i e r e d e ­c ir que este verso d iv id ido en seis med idas , no lo está sino en tres p o r las pausas. En nuestro endecas í labo , a u n q u e tenga todos los acentos r í tmicos , nos d e t e n e m o s prec i sa ­mente en los indispensables , pasando p o r c ima de los o t ros ; y estos acentos indispensables , que son los q u e p r e c e d e n a las cesuras , están, en la f o r m a sáfica, en los pies pares .

L a censurab le i n t r o d u c c i ó n de espondeos en los p ies pares del y á m b i c o , de que habla H o r a c i o , t iene mucha s e ­mejanza con la i n t r o d u c c i ó n de acentos o sí labas pesadas en el p r i m e r lugar d é l o s pies pares de nuestro endecas í labo , la cual suele o f e n d e r el o ído , al paso que es ind i f e rente y agradable a veces en los pies impares . Baste esto para de jar ver la ínt ima re lac ión que existe e n t r e el senar io y á m b i c o latino y el endecas í labo castel lano. Igua les o b ­servaciones p u d i e r a n hacerse c on r e s p e c t o al e x á m e t r o , con cuyas cesuras s u c e d e lo mis r i o e x a c t a m e n t e que con los acentos de nuestro endecas í labo , acentos que , c o m o he notado , no son sino inde fec t ib les c o m p a ñ e r o s de aquéllas;

s u c e d e , d igo , que si falta la del med io , son menes ter la que i n m e d i a t a m e n t e p r e c e d e y la que inmediatamente s igue para equi l ibrar el verso . P e r o m e he e x t e n d i d o demas iado , y ya es t i e m p o de p o n e r t é r m i n o a esta nota.

267. Ni evitar aquéllas. A lo que c r e o , no se ha p e n e ­t rado bien el sent ido de este pasa je , que y o así para f raseo : N i sólo basta h a c e r versos bien m e d i d o s , evitando a s i l a c r í t i ca de los inte l igentes : para merecer alabanza se n e c e ­sita darles la var iedad de g i r o s y cadenc ias que las reg las no p r e s c r i b e n , y que s o l ó s e a p r e n d e n con la l e c tura de los b u e n o s versi f icadores. Estudiad pues a los g r i e g o s , p o r q u e los latinos han sido en esa -parte m u y descu idados : en esa parte se alababa a P lauto en t i empos pasados; nada qu ie ro dec i r : también se alababan sus chistes, y b ien sabemos le que éstos valen. C r e o que B u r g o s y Mart ínez de la Rosa no volvieron la idea del autor , d i c i endo aquél :

Perdón podré obtenet mas no alabanza, y estotro :

Así al menos evito el vituperio Y a que no obtenga aplauso, nías vosotros Los modelos de Grecia noche y día No dejéis de la mano.

284. No pudiendo zaherir. V a r i a n t e : Quitado el aguijón. 293. Que 110 vueha a bruñir. Es, d ice B u r g o s , una m e ­

táfora t omada de los que t raba jan en m á r m o l , que pasan la uña sobre la o b r a para ver si está bien pu l imentada . Y sin e m b a r g o t r a d u c e así:

Condenad los poemas que con pausa Xj3.lima no pulió y hasta diez veces No enmendó una atención prolija y sabia.

Suele B u r g o s i n c u r r i r en este d e f e c t o g rav í s imo de no trasladar las i m á g e n e s y el co l o r ido del or ig inal . V é a n s e en con f i rmac ión de lo que d i g o las equivalencias que da de los versos 115, 225, 245 a 50, 330 -2 , 348, 360, 435 y otros , del t e x t o .

312. Quien sabe y mide. H o r a c i o hace notable d ist inc ión entre los sacrificios que d e b e m o s a la patria y a la amistad, y el amor y b u e n o s oficios que se m e r e c e el padre , el h e r ­mano y el h u é s p e d . B u r g o s lo c o n f u n d e todo y ni aun g r a ­dación g u a r d a c u a n d o d i ce

E l que conoce bien lo que se debe A padre, amigo, huésped, deudos, patria.

E l asonante se l levó al ú l t imo lugar lo que H o r a c i o , y no p o r p u r o c a p r i c h o , n o m b r a en el p r i m e r o .

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315. A combatir enviado: missi. Este par t i c ip io realza l o s d e b e r e s de un genera l aqu í indicados : no es y a un W M -batiente; es un h o m b r e en quien la patria pone su confian­za enviándole a que la def ienda o la engrandezca . Y sin e m " b a r g o no le t r a d u c e n I r iar te , B u r g o s ni M a r t í n e z de la Rosa .

326. Céntimos. Mar t ínez de la Rosa i n c o r r e c t a m e n t e : en c ien partes y cien. E n este ú l t imo caso no es l íc i ta la a p ó c o ­p e ; y lo q u e más admira , es que la e m p l e a r a sin e x i g i r l o la m e d i d a del verso.

327. Chico onzas- D iá logo que i n t r o d u c e H o r a c i o c o m o muestra de un e x a m e n de c ó m p u t o a r i tmét i c o , b u r l á n d o s e así del interés con que se miraba en R o m a que los niños adelantasen en ese estudio exc lus ivamente . Mas al vo lver a t o m a r la palabra, son de ind ignac i ón las en que p r o r r u m p e .

347. Gustosos: veHmus. N o dan la idea los t r a d u c t o r e s que t e n g o a la vista, salvo Sanadón y algún o t r o .

355. No halle perdón. H e variado el g i r o del or ig ina l , p o r q u e no q u e d a bien en nuestro id ioma; s u p r i m i é n d o l a s palabras comparat ivas , 37 c onv i r t i endo en s u b j u n t i v o s los indicat ivos curet, ridetur. De un m o d o s e m e j a n t e t r a d u j o el escrupuloso I r iar te , respetable autor idad en mater ia de in terpre tac i ón y de l e n g u a j e . Mar t ínez de la R o s a vierte

Mas qué regla seguir? Que cual se niega Perdón al mal copista que advertido Siempre en el mismo punto se equivoca; O cual se expone un músico a la burla Si en una misma cuerda siempre yerra, Así un autor plagado de descuidos Es para mí otro Quérilo.—

L a s lenguas m o d e r n a s e x i g e n más que las ant iguas aquella exac t i tud lógica y convenienc ia de ideas que se echa de menos en la e n u n c i a c i ó n de esa c o m p a r a c i ó n ; la cual sin e m b a r g o no la presenta H o r a c i o , y sí su t r a d u c t o r p o r lo visto, c o m o una regla que d e b e m o s seguir: idea a b ­surda y d isparatada. H o r a c i o no p r e g u n t a Qué regla seguir? ni la da en segu ida : lo que hace es, p o r dec i r l o así, l lamarse al o r d e n con estas palabras : Quid ergoest? que q u i e r e n d e ­c ir , En qué quedamos pues?; y pasa no a p r e c e p t u a r sino a advert i r lo que voy a exp l i car en la s iguiente nota . V é a s e la de Ir iarte a este lugar .

358. Burlón. 359. En ira monto. P o r reg la g e n e r a l H o ­rac io p e r d o n a a lgunos pocos d e f e c t o s en g r a c i a de las m u ­chas bellezas, y c o n d e n a sin compas ión a los q u e nunca des­mienten su cond i c i ón m e n g u a d a con a lgún rasgo de inge ­nio. A ñ a d e sin e m b a r g o que c u a n d o el escr i tor es c o m o Quér i lo , que acierta p o r casualidad a largas distancias, su eno j o se c a m b i a en bur l ona sorpresa y a d m i r a c i ó n ; y q u e , p o r el c o n t r a r i o , c u a n d o es un poeta tan g r a n d e c o m o H o -

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m e r o , su voluntaria indu lgenc ia se conv ier te hasta en ind ig ­nación si alguna vez le ve d o r m i t a r , sin que valga la cons ide ­rac ión de que en toda o b r a larga es natural se insinúe el sueño sin sent ir lo . Es una de aquellas del icadas y hermosas alabanzas que solía h a c e r H o r a c i o del p a d r e H o m e r o .

365. Pierde este. T r a t á n d o s e a q u í de cuadros figurada­m e n t e . B u r g o s , en l u g a r de sostener la metá fora , c o n f u n d e de una m a n e r a m u y desagradable el sent ido r e c t o c on el traslaticio c u a n d o d i ce :

El uno agrada alguna vez, y el otro Mientras más repetido más agrada.

H o r a c i o d ice repetita, p e r o ref ir iéndose a poesis, no a pictura. D e m á s de esto las otras palabras q u e he puesto de letra cursiva hacen mal ís imo sent ido .

373. P i edras . L a in te rpre tac i ón más c o m ú n p ide esta var iante :

—ni los postes mismos.

385. Nada harás a despecho de Minerva. Mal i n t e r p r e ­tado ha sido este pasaje , si no me engaño . H a y qu ien t ome las p r i m e r a s palabras- c o m o un c o n s e j o ; l eyéndose en a lgu­nas ed ic iones esto p o r est en el verso 386:

Nada a despecho de Minerva hagas,

t r a d u c e B u r g o s . P e r o si a lgunos entend ieron esto rec ta ­mente , todos han t r a d u c i d o el si quid lamen sctipseris, si algo sm embargo llegas a escribir, u o tra cosa s e m e j a n t e : en lo que se c o m e t e n dos e r r o r e s : l 9 , sust ituir al 5 / q u e eti ­m o l ó g i c a y g r a m a t i c a l m e n t e le c o r r e s p o n d e , mas no s iem­p r e ni en r i g o r le es equivalente en fuerza y s igni f i cac ión; p o r cuanto el p r i m e r o con indicat ivo (scripserts es a q u í la s e g u n d a persona de scripsero) es m u c h o menos h ipoté t i co que el s e g u n d o que p o r el g e n i o de nuestra l engua no se junta con los t i empos de indicat ivo (amar ía , habr ía a m a d o , amaré , h a b r é a m a d o ) para e x p r e s a r re lac ión de poster i ­dad ; y 2 . " , t o m a r el tamen c o m o una c o n j u n c i ó n c o r re c t i va de una probab i l idad tácita en contra del m i s m o h e c h o que , p o r el e r r o r anter ior , se ha e x p r e s a d o , no c o m o c o n d i c i ó n sino c o m o suposic ión o hipótesis . El sent ido es pues : Quam-vis tu nihil invita facies Minerva , tamen qu idqu id s c r i p -seris o l im, cun t e m p u s s c r ibend i erit tibi , d e s c e n d a t . . . . quia vel de lere l i cebit q u a m non ed ider is ; vox autem missa ne r eversura quidem.

388. Lo que escribas. Y a he dado la razón de p o r q u é t ra - ' duzco así; y a g r e g a r é que el si latino no sólo no t iene toda la fuerza hipotét ica del nuestro , sino que a las veces a p a r e c e c o m o un m e r o adverb io relativo, equivalente según p ida el

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c o n t e x t o , a apenas, cuando, luego que, siempie que, como, no bien, así como, luego como, y o t ros adverb ios o frases nues­tras adverbiales . S t o m a c h a b a t u r s e n e x si quid aspetius dixefam, Cic . Nat. DeoY. i, 33. De qu ibus d i c e r e a g g r e d i a r , si pauca -ptius de instituto atque iudic io meo d'xero. Id . off n ( la t r a d u c c i ó n de V a l b u e n a ) . V . además , P laut . , Aul'a-, 5, 7; 6, 5. T e r . , Ph. n, 18. Sallust. Tng. 50; y los que c ita Q u i c h e r a t , Thesaut'us Poeticus, voz Si. En nuestra l engua o c u r r e n e j e m p l o s de s e m e j a n t e uso en los t i e m p o s de p r e ­tér i to :

Si atribulado estuve, tu caricia Ensanchó el afligido Pecho,

dice Carvajal , t r a d u c i e n d o estas palabras del sa lmo iv , según la vulgata : in l/ibulaiione dilatasti mihi; y con el mis­mo g i r o vuelve los versos 10 y 11 del x x x :

¡Oh Cintia! Dije, si ya con inocentes manos Y puro corazón el sacro fuego En tu altar encendí, venga la llama Que la pérfida Ninfa en mi ha encendido.

Q U I N T A N A , Pastor Pido.

IB. Y hasta un año. El l e c to r a quien tal novedad e s ­candal i ce , p u e d e leer desde luego , y nueve años. Este plazo ha p a r e c i d o a todos demasiado largo , y e c h a n d o p o r el ata jo , p r e t e n d e n que no se debe t omar l i t era lmente : in terpre ta ­c ión arb i t rar ia mientras subsista la l e c c i ón tal c o m o está; p o r q u e nonum annum no p u e d e ser una expres i ón p r o v e r ­bial o f o rmular ia , c o m o terque, quaterque, deáes y otras . N u e v e años no son diez ( c o m o t r a d u c e B a t t e n x ) , ni m u ­chos , sino nueve , ni más ni menos . W a l k e n a e r , c i tado en la ed ic ión de clásicos de H a c h e t t e , intenta aclarar el p u n t o di­c i endo que no es sino un c o n s e j o d i r ig ido al h i j o m a y o r del Cónsul P isón que era aún m u y joven a su cuenta . S e m e j a n t e exp l i cac ión nada vale, p o r q u e el oUm de ar r iba hace ver que el plazo de los nueve años había de contarse , no desde la época en que hablaba el-poeta, sino desde que el m a y o r de los P isones hubiese de escr ib i r , prev io el estudio y la ma­durez que traen lósanos . P o r estas razones me atrevo a p r o ­p o n e r c o m o una c o n j e t u r a , esta c o r r e c c i ó n :

— N O T U M Q U E , prematur in annum,

L e c c i ó n que no difiere de la vu lgar sino en una letra y o f r e c e un sent ido c laro y natural . T o d o lo que hagas, d ice el poeta , sométe lo a nuestro e . iamen, y una vez conocido y e x a m i n a d o p o r nosotros , ocúlta lo hasta p o r un año . E l m i s ­m o H o r a c i o , E p í s t . n, 21, 23:

— 360 —

Grata sume manu, nec dulcía diffet m ANNUM: final del verso s eme jante . L iv . 31, 2: Duas Híspanlas &mdin*am-que ob tenent ibus p r o r o g a t u m IN ANNUM i m p e r i u m . Ov . Met, II , 47 , -8 :

—Cunus rogat i lie paternos, Inque diem alipedum jus et moderamen equorum.

390 . La voz cautiva. M e atrevo a s e p a r a r m e aun o t ra vez de las edic iones , para l eer :

Quam non edideris; nescitvox missa revertí.

C o r r e c c i ó n que f u n d o en estas razones: I a , es más p r o p i o y natural delere vocem que delere quidiqu'd non edhum fuerU; supuesto que ese verso no significa nunca corregir, c o m o qu ie ­r en los t r a d u c t o r e s , sino borrar, ora se t o m e en sent ido rec to , ora en acepc i ón figurada. N o p a r e c e razonable que el poe ­ta se figurara p o d r í a l legarse a j u z g a r d igno de a b r o g a c i ó n lo que tres jueces tan c o m p e t e n t e s hubiesen e x a m i n a d o y m a n d a d o g u a r d a r : ni sería una expres i ón cortés para c on el h i j o de L . P i són ; 2 a , non edidisse y mittere se c o r r e s ­p o n d e n , y el quod r o m p e la c o r r e s p o n d e n c i a ; 3 a , membra-nis intus positis y quod non edideris eran una ine legante r edundanc ia con la puntuac ión que l levaban, hasta que Bent l ey a cer tó a qui tar el punto que se veía en annum para poner le enpositis: esta nueva corre 'cc ión que p r e s e n t o no es más que el c o m p l e m e n t o de la de aquel sabio c r í t i c o , pues no hace sino acabar de l igar con lo subs iguiente la f ra ­se que él p o r justo mot ivo independizó de lo que la p r e c e ­d e ; 4 a , esta c o r r e c c i ó n , p o r ú l t imo, hace m e j o r sent ido y da lugar a una antítesis bella y a dos imágenes coherentes . A l vocablo que no hayas soltado de tu escr i tor io (d i c e el p o e t a ) podrás darle m u e r t e i m p u n e y c landest inamente ; e m p e r o , él una vez escapado , no sólo sino que no volverá n u n c a a tu domin io .

391. Porque interprete. Este admirab le pasaje no lo es menos que en el or ig inal en la t r a d u c c i ó n de M a r t í n e z de la Rosa : no p u e d o resistir a la tentac ión de c o p i a r los pr i ­m e r o s versos :

Intérprete del cielo el sacro Orfeo, De la vida salvaje y mutuo estrago Alejó con horror a los mortales, Y por eso.se dijo que su lira Logró amansar los tigres y leones; Cual a Anfión la fama le atribuye Porque de Tebas levantó los muros, Que el eco de su cítara movía L a s piedras de su asiento, y que a doquiera Con seductor encanto las llevaba.

— 361 —

448. Manda aclarar. L o mismo expl i ca Juvenc io : j u b e -bit o b s c u r a i l lustrari . L a t r a d u c c i ó n de : parum claris lu-cem daré coget, es -poco claros den luz, o c o m o t r a d u c e B u r ­g o s :

Aclarará lo equívoco... .

P u e s el v e r b o cogo es transitivo. Y en e fec to , H o r a c i o qu ie re que el v i c e - A r i s t a r c o note de fe c tos ( r e p r e h e n d e t , cu lpabi t , l u c e m daré c o g e t , a rgue t , n o t a b i t ) , y aunque b o ­r r e y s u p r i m a (al l inet a t rum s i g n u m , r e c i d e t ) ; p e r o en ma­nera a lguna que c o r r i j a de p o r sí y ante sí, ni que haga variac iones ni sust ituciones. P o r esta razón, si B u r g o s tra­d u j o ant igramat i ca lmente , lo e x p r e s a d o , Mar t ínez de la Rosa i n t e r p r e t ó con p o c o ac ier to , a mi ver , el culpabit duros, ver t i éndo le : corregirá los duros (vs. 4 4 5 - 6 ) . M á s ati­n a d a m e n t e p r o c e d i ó I r iar te , p o n i e n d o en este l u g a r :

Condenará los ásperos e ingratos

Y en el o t r o s obre que versa la presente nota:

Lo que está oscuro, mandará se aclare.

456. Muchachos que el peligro ignoran. Re f i e ro el in-cauti a pueri en la a c e p c i ó n que acaba de verse : es una exa ­g e r a c i ó n prop ia de H o r a c i o y del lugar . B u r g o s t r a d u c e aturdidos. O t r o s con menos razón lo sustantivan, t r a d u c i e n ­do : y los incautos le siguen. ¿ N o ser ía esta una s impleza que des luc ir ía el c u a d r o ?

467. Quien salva a otro por fuerza, es asesino. ídem fa-cU ocádenti: he len ismo que B u r g o s t r a d u c e :

— E l que a otro salva Cuando perecer quiere, le asesina;

Y qu iere dar esto c o m o f u n d a m e n t o y p r u e b a de que toda esta d e s c r i p c i ó n del poeta es una a legor ía , c o m o sueña B a t t e u x . T a l in te rpre tac i ón no se p u e d e d e f e n d e r p o r el c o n t e x t o ni con la g r a m á t i c a . N u e s t r o autor acaba de d e ­c i r que los poetas t ienen el d e r e c h o de matarse , y ahora añade que quien salva a o t r o , r e p u g n á n d o l o , hace lo m i s m o que el que mata ( o c c i d e n t i ) . E s dec i r , así c o m o dar m u e r t e a a lguno es violar el d e r e c h o que t iene a la vida, no d e j a r a un poeta que se mate es violar un d e r e c h o no menos sa­g r a d o . H o r a c i o re fuerza su idea adv i r t i endo que no es la p r i m e r a vez que aquel l o co lo intenta, y que si se salva, no p o r eso se c o n f o r m a r á con ser h o m b r e : jiet homo es una alusión a l a s descomunales pretens iones de E m p é d o c l e s (1) .

(1) A l pie de estas notas escribió el autor : «.Notas juveniles (1865). Hay que revisarlas y refundirlas.»

UIRBIQÍD

V I R G I L I O (1)

CRÍA DE CABALLOS

Geórg. n i . 73-94.

Tu modo quos in spem Statues.

L o s po t ros tú, que p r o d i g a r la vida D e b a n después , desde su edad p r i m e r a Severo e l ige , y d i l igente c u i d a

O b s e r v a al que ga lán la de lantera T o m a n d o s i e m p r e la m e n u d a p lanta E n sus nativos c a m p o s ace lera .

Q u é a c o r t a r las c o r r i e n t e s se adelanta O a p u e n t e ignota avánzase d e r e c h o ; N i vano ru ido en d e r r e d o r le espanta.

A l t a cerviz , cabeza en juta , e s t re cho V i e n t r e , la g r u p a di latada y l lena, N e r v u d o h inchado el e m i n e n t e p e c h o .

T o r d i l l o azul y b a y o o s c u r o , b u e n a Señal te dan; al b lanco u cenizoso E n p o c o est imes. Si de l e jos suena

El eco de la t r o m p a c l a m o r o s o , V i b r a la o r e j a , t i embla ; ni m o m e n t o N i ya lugar e n c u e n t r a de r e p o s o .

P r o f u s a s c r ines que desparce al v iento Caen al d iestro lado ; al aire e n c i e n d e Su ancha nariz con anhelante al iento.

D o b l e la espina la canal e x t i e n d e A lo l a r g o del l o m o : el suelo en tanto S o r d o r e t u m b a , que su casco h iende .

T a n noble esfuerzo y animoso espanto Cí laro p u d o respirar un día S u j e t o a P ó l u x g l a d i a d o r , y tanto ,

L o s que ensalzó la g r i e g a poesía, P o t r o s de M a r t e , y fieros p i sadores Q u e el g r a n d e A q u i l e s a su c a r r o u n c í a .

A s í , t o m a n d o cascos vo ladores C u a n d o vio p o r su esposa s o r p r e n d i d o s S a t u r n o sus i l íc itos amores ,

(1) L a traducción de estos fragmentos es distinta de la que figu­ra en la versión completa de las Geórgicas, que se incluirá en otro volumen de esta colección.

— 366 —

S a c u d i ó los cabe l los des cog idos Y el alto Pe l i on p r e s u r o s o h u y e n d o , Con el e c o l lenó de sus buf idos .

EL POTRO DESTINADO A LA GUERRA Y AL CIRCO

Geórg-. n i 179-201.

Sin ad bella magis.

Si la g u e r r a , si e j é r c i t o s f e r o c e s P r e f i e r e s ; si en la o l í m p i c a c a r r e r a A m a s con c a r r o s c o m p e t i r ve loces

E n el bosque de Jove , a la r i b e r a Del sacro A l f e o , edúquese el o í d o Del p o t r o , al e c o de la t r o m p a fiera.

D e aceros y de f renos el ruido E n el establo a t o l e rar a p r e n d a , De su l cadoras ruedas el chi l l ido .

E l cont inente y la a r m a d u r a h o r r e n d a De los g u e r r e r o s m i r e : y c on del ic ia D e su señor la a p r o b a c i ó n c o m p r e n d a .

A l e g r e de su m a n o la car i c ia Sienta en el cue l lo : apenas destetado , A s í en el arte militar se inicia

A u n i n e x p e r t o y t r é m u l o de g r a d o A l b lando lazo la cerviz incl ina; E m p e r o , el año cuar to c o m e n z a d o ,

A e j e r c i c i o m a y o r se le destina; E l f i rme paso que a l ternado suena Y a con l impieza y var iedad c o m b i n a ;

O c o r t a n d o la a tmós fera serena , F l o j a la b r i d a , l ibre se a r rebata Sin hol lar casi la tend ida arena .

T a l aqui lón s o b e r b i o se desata, Y p o r la Escit ia , ráp ido b a j a n d o , L a s estéri les nubes desbarata .

L a mies se eriza con m u r m u l l o b lando , Mient ras g i m e n los altos enc inares , Mient ras hac ia las p layas , a fanando ,

Se p re c ip i tan olas a mil lares ; Q u e él los c a m p o s b a r r i e n d o va en su h u i d a Y la ancha faz de los des iertos mares .

— 367 —

AVENTURA DE EURIDICE Y ORFEO

Geórg-. ni-457-527.

Illa quidem dum te fugeret.

P e r s e g u i d o r tú fuiste de E u r i d i c e : ( l ) P o r la vistosa m a r g e n de u n a f u e n t e , De ti, veloz, huía la in fe l i ce ,

C u a n d o una h o r r i b l e a c u á t i c a se rp iente Q u e se o cu l taba ent re la y e r b a y flores P i s ó con planta incauta. E n s o n do l iente

L a s Dr íadas en c o r o sus c l a m o r e s E s p a r c i e r o n p o r selvas y p o r p r a d o s F a t i g a n d o los ecos g e m i d o r e s .

Y alto el P a n g e o , y H e b r o , y los col lados Del R ó d o p e , y Or i t i a , y bel icosa D e R e s o la r e g i ó n l l oró sus hados ;

Y el Geta los l l oró . L i r a amorosa Pu lsaba en tanto en flébil melod ía O r f e o s i e m p r e , oh ! desgrac iada esposa!

Y c a n t a n d o tu n o m b r e repe t ía E n la playa m o n ó t o n a y des ierta , O r a naciese, ora exp irase el d ía -

D e s e s p e r a d o , la tenar ia p u e r t a F o r z ó , y a la mansión b a j ó atrev ido , Q u e y a c e de do lor y h o r r o r c u b i e r t a .

P r e s e n t ó s e al t i rano a b o r r e c i d o Y a las d e i d a d e s que del h o m b r e al l lanto D u r a s c e r r a r o n corazón y o í d o .

M a s a su voz con del ic ioso espanto L a s leves, maci lentas , desoladas S o m b r a s l legaban a e s cuchar el canto ;

C o m o al caer la tarde , o aventadas Del t e m p o r a l , las aves con p r e s u r a En el b o s q u e se a c o g e n a bandadas .

T a l S2 a g r u p ó la m u c h e d u m b r e os cura D e s o m b r a s , que o matronas f u e r o n antes O ya aquéllas que en flor la sepul tura

D e v o r a r a donce l las rozagantes , O héroes segados en civil pelea, O m a l o g r a d o s , candidos in fantes ,

— 368 —

De quienes f o r m a en t o r n o la letea O n d a , con m u d o h o r r o r , c í r cu los nueve , Y t o r p e , invadeable , los rodea .

D e p lacer el averno se c o n m u e v e ; Gózanse azules v íboras sin cuento . Me lena de las F u r i a s : no se m u e v e

L a r u e d a de I x i ó n , que escucha atento Y en sus tres fauces que abre , el r o n c o ahul l ido C e r t e r o acalla al celestial c o n c e n t o .

T o d o obstácu lo , en fin, d e j ó venc ido , Y t r iunfante el cantor el p ie volvía, Y arrancada a las s o m b r a s del o lv ido ,

E u r i d i c e sus pasos fiel segu ía ( C o n d i c i ó n que P r o s é r p i n a p u s i e r a ) T o r n a n d o a legres a la luz del día.

C iego ena jenamiento se a p o d e r a Del amante : El A v e r n o p e r d o n a r a Su desliz iay si p e r d o n a r sup iera !

Y a b a j o el re ino de la luz, se para Súbi to , y o lv idado , y en su p e c h o V e n c i e n d o el r e p r i m i d o a m o r , la cara

A su E u r i d i c e vuelve sat is fecho ; Su t r iun fo al p u n t o ve desvanec ido Y lo pac tado c on P l u t ó n deshecho .

Del averno , tres veces c o n m o v i d o A l r e c o b r a r su presa , el desd i chado O y e el l ó b r e g o und ísono b r a m i d o .

« O r f e o , ay ! ¿ q u é d e m e n c i a a nuestro estado « M o r t a l nos vuelve? ( c o n acento t i e rno « E u r i d i c e p r o n u n c i a ) . M a n d a el hado

« T o r n a r a las reg iones del averno , « Y al p á r p a d o que en vano le resiste « A b r u m a con el sueño s e m p i t e r n o .

« A d i ó s ! A r r e b a t a d a en n o c h e triste « ¡ E n balde t iende a ti débi les manos , « ¡ A y ! la que t u y a a apel l idar volv iste !»

D i j o ; y cual h u m o p o r los aires vanos H u y e a sus o j os . E l con i m p o r t u n a Q u e j a los brazos e x t e n d i e n d o insanos,

T r a s el señuelo de falaz f o r t u n a S o m b r a s apalpa solo. E n s o r d e c i d o El g u a r d a d o r de la fatal laguna,

— 369 —

T o d o su b ien que r e c o b r a r a , h u n d i d o , ¿ Q u é hará ya el infeliz? ¿ A d ó n d e el vago P i e moverá? ¿ A los manes cuál g e m i d o

A b l a n d a r á , ni p o d e r o s o h a l a g o ? . . . El la , pál ida s o m b r a , en la l i gera Quil la c ruzaba el pavoroso lago !

V í c t i m a O r f e o de su angust ia fiera M o r ó p o r siete meses en oscuras Cavernas , de E s t r i m o n a la r i b e r a .

Y cantando sus g r a n d e s desventuras L o s t igres del des ierto enternec ía , Y el corazón de las encinas duras .

Cual de o l m o anciano sobre rama u m b r í a F i l o m e n a la p é r d i d a dep lo ra D e sus hi juelos q u e c on mano i m p í a

Del n ido el l a b r a d o r r o b ó , en malhora I m p l u m e s observándo los ; mas ella T o d a la n o c h e se lamenta y l lora

Sin desviarse de la rama aquel la , Y hasta el c on f ín p o s t r e r o el e c o triste Su voz va rep i t i endo y su quere l la .

A s í el cantor de lutos se reviste Y de p lacer pr ivado y de consuelo A l b lando halago f emeni l resiste.

P láce l e sólo visitar el suelo , So lo las c u m b r e s ásperas que g rava E t e r n a m e n t e el h i p e r b ó r e o hielo .

Su p e r d i d a E u r i d i c e lamentaba Y el don ment ido de P l u t ó n h o r r e n d o ; Y p o r q u e a las Bacantes desprec iaba ,

E n t r e la o r g í a y nocturnal e s t ruendo C e r e m o n i o s o , mátanle , y f e r o c e s , V a n sus m i e m b r o s en trozos e sparc i endo .

Su cabeza sangr ienta en las ve loces O n d a s c a y ó del H e b r o ; y todavía P u d o , Euridice, en m o r i b u n d a s voces ,

Euridice infeliz, su l engua f r ía M u r m u r a r . P o r las playas el t o r r e n t e , Euridice, Euridice, r epe t ía .

Ts". A . Caro—Traducciones-

• u c n n n

L U G A N O

P A R A L E L O E N T R E CÉSAR Y P O M P E Y O

Phars. Lib. I . -V. 121.

Tu, nova ne veteres

A n t e nuevas empresas las ant iguas T e m e s , P o m p e y o , se o s curezcan h o r a , Y q u e al lauro que en Asia conquistaste E l que las Galias dan, se s o b r e p o n g a .

L a r g a serie de h o n o r e s , de t r i u n f o s E n orgul losa altura te co locan César, q u e o t r o le e x c e d a ; el g r a n P o m p e y o Q u e o t r o a la par descue l le , no s o p o r t a .

¿Con más just ic ia cuál c iñó la espada? P o r cada cual sagrado voto a b o g a : A l v e n c e d o r el c ie lo f a v o r e c e ; Catón la causa del venc ido adopta .

M a s no iguales al c a m p o c o n c u r r i e r o n : E n el uso t ranqui lo de la t o g a P o m p e y o olvida cuál se b lande el h i e r r o , Y la t ra idora edad b r í o s le r oba .

A m a d o r de la f ama voc ing l e ra E n t r é g a s e a la p lebe que le adora ; De l aura popu lar , de su teatro E n el r u m o r , en los aplausos goza.

N i fuerzas nuevas preven i rse cura : B a j o el dosel de sus ant iguas g lor ias , Sat i s fecho descansa y descu idado : D e un n o m b r e a u g u s t o venerab le s o m b r a !

A s í tal vez en la feraz c a m p a ñ a Osténtase la enc ina que se adorna Con los sagrados dones y t ro feos D e ant iguos pueb los y diversas t ropas .

N o la raíz, él peso la sostiene; N i el suelo en d e r r e d o r c on ancha c o p a A s o m b r a ya ; mas c on nudosos r a m o s Q u e el t i e m p o de v e r d o r al fin despo ja .

— 374

Y aunque p o m p o s o s árbo les la c e r q u e n , Y a u n q u e del e u r o a los amagos , p r o n t a Es té a caer , la adorac i ón usada R e c i b e e m p e r o , d o m i n a n d o sola.

César no sólo en el r e n o m b r e y f ama De p o d e r o s o Capitán se apoya : A aquel r e n o m b r e su valor anuda Q u e ni se debi l i ta ni reposa .

I n d ó m i t o , i m p a c i e n t e , sólo mira , De l t r iun fo en la tardanza, la deshonra : D o n d e el f u r o r le l lama o la esperanza F é r v i d o allí sin vacilar se a r r o j a .

N o a la mano da paz, no envaina el h i e r r o : E m p u j a al t i e m p o , a la f o r t u n a acosa; D e ella o b t i e n e favor o lo a r r e b a t a : Ru inas m a r c a n su paso y s a n g r e ro ja .

T a l parte el r a y o de encontradas nubes , C o n e s t r u e n d o los á m b i t o s asorda , Y c on vivo f u l g o r c u l e b r e a n d o Ec l ipsa el día , y a las g e n t e s postra ;

Sus t emplos h ie re , m á r m o l e s traspasa, Con es t rago d i s c u r r e p o r las hondas T i e r r a s , y c o n es t rago , r e c o g i e n d o L a s esparc idas l lamas, se r e m o n t a .

D E S T R U G G I O N D E U N B O S Q U E S A G R A D O

É N LAS C E R C A N Í A S D E M A R S E L L A

Libro ni.—V. 399 Lucus erat.

Hubo inviolable y respetado un bosque Desde remota antigüedad: sus ramas Relazadas cual bóveda cubrían, Siempre al rayo solar negando entrada,

Espacio tenebroso y frescas sombras. Y no los dioses que los campos guardan L e habitaron, caprípedos silvanos N i alegres ninfas que en las selvas danzan.

En él bárbaro culto se ofrecía; Lúgubres sacrificios: sangre humana Los árboles bebían de contino, Sangre corría en las informes aras.

Y si la antigüedad observadora De rito tanto y ceremonia vana Alguna fe merece, ni las aves Sobre sus ramas detenerse osaban.

Ni las fieras buscar acogimiento E n su espesura; ni gemir las auras N i los rayos caer. Sin sus rumores, T o d a era horror la selva solitaria.

De sus musgosas rocas desprendidas Aguas oscuras en lo oscuro manan: E n lo oscuro, los bustos de sus dioses, Imágenes antiguas mal formadas

De rudo leño, inmóviles habitan: El sitio mismo, la actitud, la falta De color, la carcoma de los troncos, T o d o es sombrío en ellos, todo espanta.

N o así el mortal a las deidades teme Que en formas de costumbre a BUS miradas Se ofrecen: mientras menos las. conoce Más las respeta. Divulgó la fama

— 376 —

Q u e aquel los antros con t e m b l o r g e m í a n ; Q u e los ca ídos árbo les levantan N u e v a m e n t e sus copas , q u e de p r o n t o T o d a la selva en ondeantes l lamas

A r d e r p a r e c e , y de los v ie jos t r o n c o s F i e r o s d r a g o n e s e n r e d o r se enlazan. Con respeto los pueb los sus o f r e n d a s L l e v a n allí; mas n u n c a se adelantan

A l santuario : el sacerdo te mismo En m e d i o de la noche o c u a n d o lanza R a y o s el sol en su m a y o r altura. P á l i d o a c e r c a la medrosa planta.

César la selva d e r r i b a r o r d e n a , A l c a m p o s u y o viéndola c e r cana , E i nmob le en m e d i o a descua jados bosques , Q u e d a d o había entre las g u e r r a s salva.

T e m b l a r o n los robustos al mandato ; L a majestad del sitio los e m b a r g a , Y s obre sus cabezas se figuran Q u e vuelven ya las violadoras hachas.

E l , v iendo a sus cohor tes cuyas manos E l t e m o r pusi lánime embaraza , H a c h a cor tante de improv i so e m p u ñ a , Y alzándola en los aires la des carga

S o b r e un e r g u i d o y c o r p u l e n t o r o b l e . Clávala allí y a los medrosos habla : « N i n g u n o tema o b e d e c e r . ¡Si hay c r i m e n , C r i m e n es m í o ; s obre César ca iga ! »

Y todos o b e d é c e n l e ; no tanto P o r fuerza del e j e m p l o : entre las altas Iras de ocu l to Dios y las de César Optan a su pesar , en s imultánea

E m b e s t i d a . L o s álamos, amigos De l mar undoso , las nudosas hayas , Silvestres fresnos, f ú n e b r e s c ipreses , T o d o s deponen la abundante , opaca

Cabel lera , a la luz abr i endo paso P o r vez p r i m e r a y con g e m i d o estallan: R í n d e s e el b o s q u e ; aunque t rabado , espeso, L u e n g o espacio vacila y amenaza.

R O T A D E G U R I O N

Libro iv.—V. 746

June primum paíuere doli..

D e s c ú b r e s e el a r d i d : los a fr i canos O c u p a n las col inas c i r c u n d a n t e s : T i e m b l a n los j e f e s viéndose p e r d i d o s , T i e m b l a la turba en el p r o f u n d o valle.

Y no el val iente a lid desesperada , N o a presta f u g a se l i b r ó el c o b a r d e ; Q u e ni a su voz ni al s o n de los c lar ines H u b i e r o n los b r i d o n e s de animarse .

Mas en vez de tascar el d u r o f r e n o B l a n c o de espuma, d e r r a m a n d o al aire L a c r in , v ibrando la empinada o r e j a Y los callos bat i endo resonantes ,

D e t e m o r y cansancio des fa l lecen , L a pesada cerv iz sin fuerza abaten. Baña sus m i e m b r o s el sudor , que h u m e a ; L a r g a ar ro jan la l engua ; r o n c o s salen

P r o f u n d o s resopl idos que en violenta A g i t a c i ó n fat igan sus i jares , Y la reseca , ard iente espuma c u b r e E l f r e n o a b r u m a d o r teñ ido en sangre .

N a d a el f u r o r del lát igo sonoro , N i los f r e c u e n t e s espolazos valen; Y si a lguno al b r i d ó n despedazado O b l i g a a que , t e m b l a n d o , un p o c o avance .

N a d a g a n ó , que ni amenaza aquel lo N i a comet ida fue , sino llevarle M á s c e r c a de los t iros enemigos , Caminar a la m u e r t e , no al c o m b a t e .

Mas apenas los leves a fr i canos O y e r o n la señal, de todas partes V u e l a n s o b r e la presa ; sus co r ce l es T e m b l a r el suelo con los cascos hacen ,

Y a ga lope t end ido , r u m o r o s o , R o b a n el día y las ' in ieb las traen E n las nubes de polvo que a g l o m e r a n , Cual desencadenados huracanes .

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S u f r i e n d o la impetuosa a r r e m e t i d a , L a infanter ía , no el terr ib le t rance Dudoso fue , y el t i empo que a la m u e r t e Bastó , d u r ó la l i d . — Q u e ni adelante

M o v e r el pie pod ían los romanos , N i el brazo sacudir : sobre ellos cae Una nube de aceros vo ladores Y el peso de los rudos go lpes g r a v e .

R e c ó g e n s e las alas hacia el c e n t r o , Y se c o m p a c t a n : si h u b o quien tratase De entrarse a c o b a r d a d o , los amigos H i e r r o s le o p o n e n m u e r t e miserab le .

Cuanto más c a m p o c e d e n los p r i m e r o s Se estrechan más las o p r i m i d a s haces : Fa l ta el espacio ya para m o v e r s e , Y resp irar : cub i e r t o s de fatales

A r m a d u r a s , los pechos se c o m p r i m e n Sin v ida al fin. N o al m a u r o de su g r a n d e V i c t o r i a el e spec tácu lo q u e espera F u e dado c o n t e m p l a r : no las parc ia les

R e n d i c i o n e s g o z ó de los v e n c i d o s , N i v i o los r íos o n d e a r de s a n g r e : Sus espantados o j o s sólo hal laron I H ó r r i d o hac inamiento de c a d á v e r e s !

Eb eiNQUE JYIH6610

Canto de ¿Uejandro fAanzon)

a ía m u e r t e de n a p o l e ó n

Nuevas versiones poéticas en latín- y en castella no con un discurso preliminar y comentario crítico.

DISCURSO PRELIMINAR

Quizá n o s e r í a aventurado pensar q u e II Cingue Maggio de A l e j a n d r o Manzoni ha sido y es aún, entre todos los can­tos l í r i cos de la misma índo le que ha p r o d u c i d o el s iglo x i x , el más g e n e r a l m e n t e a p r e c i a d o de los inte l igentes . N o se me ocul ta que a lgunos eminentes c r í t i c os t ienen otras p r e ­f e renc ias ; resístese también el o r g u l l o nacional a c o n c e d e r la p r i m a c í a a una o b r a e x t r a n j e r a . S o m e t i d o el p u n t o a vo ­tac ión , s u p o n g o que en cada nac ión se div idir ía la m a y o r í a de los sufragios entre varios poetas y entre p r o d u c c i o n e s diversas, y s e g u r a m e n t e no habr ía poesía a lguna, ni aun vate l í r i co , que obtuviese la m a y o r í a de votos de pueb los d i f e rentes . C r e o que en Italia p o d r í a dividirse la op in ión ent re Manzoni y L e o p a r d i , t ratándose de poetas , y que la balanza se inc l inaría a favor de éste; p e r o en cuanto a odas per f e c tas , pocas ser ían allí las d iscrepanc ias , y hay motivos p a r a p r e s u m i r que , si salvando las ex igenc ias del o r g u l l o nacional , no se tratara de señalar el p r i m e r puesto , sino la p r i m e r a fila, dest inada p o r e j e m p l o a poesías l í r icas , p o c o s votos, si a lguno , le faltarían a la oda consabida , y que n i n ­g u n a otra en votación que c o m p r e n d i e s e varias piezas, al­canzaría igual n ú m e r o de a d h e r e n t e s en un c o n c u r s o e c u ­mén i co .

I n d ú c e m e a pensar así la vox fofuli (hasta d o n d e ha l legado a mis o í d o s ) , e s t o e s , el voto de l i teratos y escr i tores d iseminado en pub l i cac iones de t o d o l ina je ; y se exp l i ca esta extensa y firme ce l ebr idad de El Cinco de Mayo p o r la variedad de c i rcunstanc ias re levantes y de cond i c i ones al p a r e c e r inasociables, reunidas y maravi l losamente conci l la ­das en esta poesía. En ella al interés h istór ico y po l í t i co se reúne el sent imiento rel ig ioso y la serenidad art íst ica ; c on el tono l í r i co h e r o i c o se c o m b i n a n las melancó l i cas notas de la e leg ía ; a la severa f o r m a clásica, horac iana , se asocia la osadía y la l ibertad de la nueva escuela de que Manzoni fue en Italia el más i lustre r epresentante ; en esta oda, la más poét ica de las l enguas r o m a n c e s ( c o m o para c o m p r o b a r la tesis de M a c a u l a y ) a par de su r e c o n o c i d a suavidad y du lzura , ostenta su fuerza y ma jes tad . A t o d o esto se a g r e ­g a una f o r m a prec isa , c lara, b r e v e , armoniosa , que g r a ­vándose f á c i lmente en la m e m o r i a , saca el pensamiento de la m u e r t a página , y le da nueva y p e r p e t u a vida en la men­te de los h o m b r e s .

Const i tuyen el f o n d o de este « c á n t i c o , » c o m o le l lamó su autor m i s m o , dos g r a n d e s contrastes : p r i m e r o , el que o f r e c e n ent re sí los dos g r a d o s e x t r e m o s de grandeza y de

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postrac ión del h o m b r e ; y s e g u n d o , el q u e presenta la h u ­mana ex is tenc ia con todos sus a l t ibajos de f o r t u n a , c on sus esp lendores y miserias , en f r ente de la serena fach vicio de l a m u e r t e . Estos son los dos g r a n d e s pensamientos de la inmorta l oda de Manzoni ; las d e m á s ideas son accesor ias , casi todos bel l ís imos cuadros , abrev iados en estrofas aladas y bri l lantes, y a veces en una sola p ince lada , ve rb igrac ia :

Come sul capo al naufrago L'onda s'avvolge e pesa.

E sull'eterne pagine Cadde la stanca m a n . . . .

Chinati i rai fulminei. L e braccia al sen conserte. . . .

E il concitato imperio E il célere ubbidir.

A b r a z ó , pues , en este canto Manzoni , c o m o de una o j ea ­da, los g r a n d e s y patét icos contrastes de la vida humana , d e j a n d o sólo en la s o m b r a la antítesis que o f r e c e n los p lác i ­dos días de la niñez con las pasiones tempestuosas o desen­f renadas ambic i ones del h o m b r e c r e c i d o . E n t r e los r e c u e r ­dos que revolvía el héroe cautivo en Santa E lena , falta a q u í , al p a r e c e r , la m e m o r i a de la infancia . Este natural r e c u r s o e m p l e a d o p o r los c ompos i t o res de óperas en o p o r t u n o s racconü, f o r m a también una h e r m o s a pág ina del Masanielo del D u q u e de Rivas, en la que , según c r e o , s igue las pisadas del h is tor iador Baldacel ini .

« M a s a n i e l o — d i c e — a c a b a b a de desper tar , pasado acaso el acceso de d e m e n c i a , y desde la ventana de la ce lda c o n ­t e m p l a b a en ca lma el mar que había arru l lado su p o b r e cuna , que había sido c a m p o de sus e j e r c i c i o s juveni les , el p r o v e e d o r del escaso sustento de toda su vida. Y acaso, o lv idado de p o d e r y de f o r tuna , vagaba su imag inac ión p o r reg iones más humi ldes , c u a n d o r e p a r ó en las galeras , y su p r o x i m i d a d y aparato bé l i co le r e c o r d a r o n las ideas de m a n d o y de p o d e r í o . »

Ei ripensó—

Mas, c o m o q u i e r a que sea nota carac ter í s t i ca de esta poesía la fidelidad a la verdad histórica i luminada , i dea l i ­zada p o r el g e n i o poét i co , mas no a l terados ni falseados los h e c h o s en pasaje a lguno p o r ficción exó t i ca , no d e b e m o s acaso ex t rañar en ella la ausencia de r e c u e r d o s c onsagra ­dos a los apacibles días de una feliz ado lescenc ia , p o r q u e desde la edad más t e m p r a n a empezaron para N a p o l e ó n las c o n t r a r i e d a d e s de la lucha, los est ímulos de la a m b i c i ó n .

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« Y o n a c í — d e c í a él en carta a P a o l i — c u a n d o s u c u m b í a la patr ia , » e n t e n d i e n d o p o r patria, no c i e r tamente a F r a n ­cia, sino a C ó r c e g a . E n la época misma de su nac imiento , su m a d r e , h u y e n d o de las t ropas francesas que o c u p a r o n el país , anduvo e r rante p o r los montes ; y así él, desde su ni­ñez, se vio r o d e a d o de las agitac iones y pe l igros de la g u e ­rra . H a b l a n d o de sus p r i m e r o s años, r e c o r d a b a sus r e y e r ­tas y c a m o r r a s con sus h e r m a n o s y sus condisc ípu los y también sus ambic iones ( l ) . Desde edad t e m p r a n a , o y e n ­do hablar de la g u e r r a de i n d e p e n d e n c i a de la isla, c o n ­c ib ió religiosa venerac ión hacia S a m p i e r o , hacia Paol i , hacia todos los héroes corsos , y soñaba con l legar a la edad de e m p u ñ a r las armas . De diez años fue enviado al Co leg io de A u t u n . de allí pasó en breve a la Escue la Mil i tar de B r i e n n e . Sus c o m p a ñ e r o s se bur laban de él p o r q u e hablaba mal f rancés y t r a b u c a b a las palabras. Aque l las bromas , a q u e él contestaba a veces con sorna, a veces con có lera , p u ­sieron a p r u e b a su energ ía . R e c o n c e n t r a d o en sí mismo , ded i cóse con afán al estudio para sobresal ir , y l o g r ó al c a b o a d q u i r i r g r a n d e ascendiente s obre sus c o m p a ñ e r o s . E n 1784 pasó c o m o cade te a la Escue la Mil i tar de Par í s . Su proce losa c a r r e r a pr inc ip i ó , pues , desde la infancia; o n u n ­ca fue niño, o lo fue s i e m p r e ; y, cuan le jos , qiiam long'sti-me, pod ía r e m o n t a r la m e m o r i a , i di che furono no le r e ­presentaban otra cosa que agitación constante y cont inua lucha ( 2 ) .

L o s temas más grand iosos en el c o m ú n sent ir de las gentes , aquel los que más p r e o c u p a n la imaginac ión p o p u ­lar, son los más di f íc i les de tratar c o n éx i to , p o r q u e si b ien p o r una parte el púb l i co rec lama un poeta que en f o r m a armoniosa y r e c o r d a b l e i n t e r p r e t e el sent imiento genera l , y p a r e c e dispuesto a a g r a d e c e r la sat is facc ión de aquel la necesidad imper iosa , p o r o tra parte el a m o r y el c o n o c i ­miento del asunto le hace s obrado e x i g e n t e , i m p o n e g r a v e c o m p r o m i s o al artista, y le p rovoca , c o m o a t r i b u n o p o p u ­lar , a e x a g e r a c i o n e s contrar ias a la ingenua y serena ins­p i rac i ón . M á s hábil es el poeta que evita reg i ones e x p l o r a -

(1) Mon frére Joseph était battu, mordu, et j'avais porté plainte contre lui. quant il comrreníait a peine a se reconaitre. Bien m'en prenait d'etre alerte: mamam Letizia eut reprime mon humeur be-lliqueuse, elle n'eut pas souffert mes algarades. Satendresse etait severe, punissait, recompensait, indistinotement Vi bien, le mal, elle nous comptait tout.

(2) Podía Napoleón hablar de aquella cdisciplina» de las armas que le llevó a una cumbre, como habló Cicerón de la de las letras, que le llevó a otra cima, en pasaje harto traqueado de los estudian­tes de latín, como que por ahí principia la oración pro Aichia: «A qua ego nullum confíteor actatis m ^ae tempus abhorruisse.. . . quoad longissime potest mens mea respicere spatium praeteriti temporis etpueriliac memoi iam i ecordari nltimam....»

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das, y exp lo ta lo descu idado , lo que p r o m e t e p o c o ; q u e p r e ­fiere d e s c u b r i r a i lustrar; que p r o c u r a más b ien caut ivar la atenc ión con cosas ignoradas que con f o r m a s nuevas. M á s s o r p r e n d e el sacar f u e g o del h u m o ( l ) , que de e n c e n ­d ida l lama nuevas centel las .

E l n o m b r e sólo de N a p o l e ó n es tan sonoro , lleva cons igo tantos r e c u e r d o s y sug iere tales re f lexiones , que t o d o can­to a su m e m o r i a debe p a r e c e r débi l y pál ido . En estos casos el arte del poeta se c i fra en olvidarse un tanto de su misión de in té rpre te de la opinión c o m ú n , en e x p r e s a r c on v i g o r e i n d e p e n d e n c i a sus sent imientos personales c o m o aislado y s e r e n o espec tador . Manzoni , al mismo t i e m p o q u e l e v á n t a l a figura de N a p o l e ó n sobre toda g lor ia morta l , d u d a si a q u e ­llo fue g lor ia ve rdadera , y con misterioso acento manda s u s p e n d e r el fal lo :

Fu vera gloria? A i posteri L a ardua sentenza!

El in térpre te de la mult i tud se transf igura así en i n ­t é r p r e t e del Cielo ; sin h a c e r que el o y e n t e aparte la vista del co loso , c o n m u e v e su espír i tu y dilata el hor izonte de la vi­s ión inter ior . 1 Deus, ecce Deus!

N o me parece del t odo jus to el s iguiente c o n c e p t o del señor M e n é n d e z P e l a y o , autor idad d igna de respeto c o m o la que más alto raye en materias histór icas y l i terar ias ; mas no le c i taré sin anotar la f e cha en que , m u y j oven aún, es tampó este ju i c i o el eminente c r í t i c o español :

« E n uno de sus úl t imos estudios calificó F o s e ó l o c on desusado r i g o r , a la nueva escuela l i teraria r e p r e s e n t a d a espec ia lmente p o r Manzoni . C o m e n z ó este g r a n d e y s i m ­pát i co escr i tor su c a r r e r a con dos poemitas en verso suel to y al m o d o c lás ico , de los cuales se a r rep in t i ó luego , y e n verdad que no tuvo razón para ello, a lo menos en lo q u e hace a la Urania, c ompos i c i ón d igna de M o n t i . P e r o no le l lamaba Dios p o r ese c a m i n o , en el cual sólo hub ie ra s ido el s e g u n d o , c u a n d o estaba dest inado a a b r i r nueva senda y llevar el arte p o r nuevas derro tas . Y deshecho con los Him­nos Saa os se puso a la cabeza de los l í r i cos crist ianos de nuestro s iglo , mos t rando en insuperables e j e m p l a r e s , d o n d e la sobr iedad c o m p i t e con la u nción piadosa y con la g randeza , de q u é suerte p u e d e n tratarse sin varios adornos ni falsas re tór i cas , en p leno siglo de inc redu l idad , los altos mister ios de nuestra re l ig ión santísima. El h i m n o de Pentescostés y el de la Pasión s u p e r a n , e n m u c h o a las dos c o m p o s i c i o n e s de asunto no sagrado que en la c o l e c c i ó n manzoniana en ­c o n t r a m o s . Sé que no es ésta la o p i n i ó n c o m ú n , p e r o la o p i ­nión c o m ú n me p a r e c e p o c o fundada . E n el famoso Chico

( l ) «Sed exfumo daré lucem cogitat.» Hor. De Art. Poet. 143.

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de Mayo ( p o r o t ros t í tulos a d m i r a b l e ) vese patente la a fee tac ión y el estudio , no hay aquella generosa onda de afee tos y de poesía que se desborda en los Himnos Sacros. ¿ N c ó m o había de ser natural en la p luma cristiana de Manzo ­ni el e logio de N a p o l e ó n , es dec i r , la apoteosis del d e r e c h o de la fuerza? D i g a m o s que al g r a n poeta l o m b a r d o le des­l u m h r ó la grandeza del coloso ca ído , y no n e g u e m o s que en esta oda q u e d ó in fer ior a sí mismo. S u p e r i o r e s son a El Cin­co de Mayo los coros de Carmagnola y de AdelcJü, super i o r el h e r m o s o canto a la revo luc ión milanesa de 1821» ( 1 ) .

Siéntese aqu í un tanto la influencia de la sangre g e n e ­rosa de qu ien , en los Heterodoxos Españoles, e scr ib ió las más e locuentes páginas en h o n o r de los que en la península ibé ­r i ca res ist ieron a la invasión f rancesa , pág ina d igna de la ¡mor ta l idad en los mode los solutae orationis, c o m o lo es II Cingue Maggio en las antologías poét icas de todos los t i empos y naciones . Las g r a n d e s almas, los ex imios escr i to ­res , viven p o r el e n t e n d i m i e n t o y el corazón , tanto en los pasados t i empos , c o m o en el siglo en que florecen; M e n é n -dez P e l a y o es un español c o n t e m p o r á n e o de Daoiz y V e l a r -de tanto c o m o de H e r n á n Cortés , o de Gonzalo de C ó r d o ­ba, o de P e l a y o . C r o o k e no pod ía expl i carse la «v i ru lenc ia personal» de Macau lay para con persona jes m u e r t o s hace siglos. / / Cingue Maggio es p o r m u c h o s t í tulos « a d m i r a ­b l e , » p e r o una oda a la m e m o r i a de N a p o l e ó n no podía ser para un P e l a y o , paisano de o t r o P e l a y o , sino e f e c t o de un dep lorab le « d e s l u m b r a m i e n t o . » . . . .

Con p e r d ó n de mi i lustre a m i g o M e n é n d e z , dado que no haya t e m p l a d o su r i goroso fallo en los años c o r r i d o s des­de 1877, t i e m p o vivido p o r él con más intensidad y p r o v e ­c h o que p o r la g r e y perezosa a que p e r t e n e c e el que estas l íneas escr ibe , Manzoni , aunque cante s o b r e la t u m b a de N a p o l e ó n , no hace en esta oda «la apoteosis del d e r e c h o de la fuerza» : descr ibe , sí, a g r a n d e s rasgos, cual le c u m p l í a , los e fec tos de admirac i ón , de a s o m b r o y de t e r r o r c on que p r e o c u p ó a los pueb los el p r i m e r Capitán y c o n q u i s t a d o r del s ig lo ; no había t o m a d o par te su musa en las ovac iones ni en los anatemas; no se atreve a dec id i r si aquel p o d e r antes no visto const i tuye « v e r d a d e r a g l o r i a » ; no r e c o n o c e el p o ­d e r í o del h o m b r e c o m o fuerza prop ia , que es el e r r o r de la idolatr ía , sino c o m o aliento pres tado p o r el C r e a d o r a un i n s t r u m e n t o cua lqu iera de sus altos designios ; p o n d e r a la g randeza del invicto caudi l lo , para hacer más sensibles las per ipec ias de una vida e x c e p c i o n a l , la durac ión e f í m e r a del p o d e r po l í t i co , la vanidad, los sueños ambic iosos y el t e r r ib l e

(1) Letras y Literatos Italianos, carta a Pereda, fechada en Ve-necia—Milán a 13 de maj'o. 1877, publicada en la Revista de Ma­drid, 1881.

M. A.. Caro—Traducciones - 2 5

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desper tar de la caída, los p e r e n n e s esp lendores de la f e , la majestad de aquella s u p r e m a y vengadora v e r d a d : ¡la m u e r ­te ! P o r la impres ión que p r o d u c e en el án imo equivale esta oda brev ís ima a una homil ía sub l ime sobre el e t e r n o t ema , Vamfas vanttatum: sólo Dios es grande ( 1 ) .

A d m i r o c o m o quien más la suavidad de a fec tos y la pureza de estilo de los Himnos Sacros, y no negaré que en un debate l i terario no p o d r í a y o d e m o s t r a r que U Cingue Maggio los supere . P e r o el señor M e n é n d e z P e l a y o c o n ­fiesa que su opinión no es '« la op in ión c o m ú n , » a su ju i c i o , p o c o fundada . Del aplauso que r e c i b e una obra ar t í s t i ca en su estreno , o en sus p r i m e r a s exhib i c iones , p o d e m o s des­confiar, con tanto m a y o r razón cuanto vemos que m u c h a s veces el ju i c io de la poster idad no ha con f i rmado el de los c o n t e m p o r á n e o s . P e r o pasan años, y la opinión c o m ú n , le jos de debi l i tarse, se robustece y se dilata, y ha r motivos para juzgar que ha pr inc ip iado 37a la poster idad a p r o n u n c i a r la « a r d u a sentenc ia , » contra la cual p o c o vale el proverb ia l Habent sua tata UbelU. Nad ie cita fuera de Italia los Himnos Sacros, y muchas frases de 7 / Cingue Maggio se han h e c h o proverb ia les . Del más a fectuoso y espontáneo de los Him­nos Sacros, Pentecostés, t e n e m o s una t r a d u c c i ó n m u y supe­r ior a casi todas las de 77 Cingue Maggio, y nadie la c o n o ­ce . E s pues forzoso r e c o n o c e r que la oda a la m u e r t e de N a p o l e ó n posee un talismán, uua v irtud secreta , de que carecen aquellos o t ros h imnos , p o r p e r f e c t o s que sean. E n el punto de vista rel ig ioso , no es el asunto mismo lo q u e dec ide del e f e c to ; la divina g rac ia es misteriosa en sus ca­minos ; y el e j e m p l o de un Deus terrestris que s u c u m b e y m u e r e t r i bu tando adorac i ón al Dios del Calvario, es más eficaz c o m o p r á c t i c o a r g u m e n t o que el poé t i co r e c u e r d o de sucesos sagrados de más re cónd i ta s igni f i cac ión. E l poeta en 77 Cingue Maggio habla a los o j o s y a la mente del m u n d o c o n t e m p o r á n e o ; y en sus Himnos Sacros sólo habla a escogidas almas.

N o t a el señor M e n é n d e z P e l a y o en II Cingue Maggio « la a fec tac ión y el es tudio» ; y ésta no es solo op in ión suya , sino de a lgunos o t ros c r í t i c os . P e r o es bien sabido q u e

(1) Carducci discrimina y define en estos términos el carácter de los grandes líricos del siglo de sus compatriotas Manzoni y Leo-pardi: «Cinque venti diversi del medesimo spirito... II Byron í'egois mo libérale, lo Shelley il soeialismo idéale: il Lamartine la medita-zione sentimentale mística, l'Hugo la concitazione representativa stórica; il Plateri l'espressione classica della sensualitá romántica; il Heyne la plástica elevazione della imaginosa nativitá popolari il Manzoni l'umanazione della divinite cristiana negl'inni, e ne, tre cori e nelle due odi Pesetazione de la provvidenza nella storia; il Leopardi l'elegia della sofferenza umana e della doglia mondiale.» (G. Carducci, Degli spiriti e delle fot me nella poesía di Giacomo Leopavd', ~Bo\ogna., 1898, p. 6).

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Manzoni escr ib ió estas estrofas de p r i m e r a intenc ión , y p o r dec i r lo así en un cuarto de hora feliz, no bien había l le­g a d o a su notic ia la m u e r t e de N a p o l e ó n , de m o d o que aquella impres ión p r o f u n d a que en las p r i m e r a s l íneas a t r i b u y e el poeta al o r b e t o d o c u a n d o él solo pod ía c o n j e ­turar la , es la expres ión del estado de su p r o p i o espíritu en esos m o m e n t o s . Sólo ac ierta a e char una rápida mirada r e ­trospect iva s ó b r e l a proce losa c a r r e r a del h o m b r e e x t r a ­ord inar io , Vuom fataíe que acaba de e x p i r a r . N o se atreve a juzgar— nohtc judicare,—dejando a la poster idad el di f íc i l , el « a r d u o » vered i c to ; inclina la f rente ante Dios, autor del f e n ó m e n o es tupendo ; más que la grandeza del coloso ca ído , admira la pequenez de esa grandeza , y luego la grandeza de esa pequenez , c u a n d o le ve humi lde incl inarse ante la Cruz ; entrégase a aquel o r d e n de ideas y de sent imientos adonde llevan al h o m b r e espiritual las p r o f u n d a s c o n m o ­ciones, el t e r r e m o t o , la t empestad en el mar , la p o m p a de la M u e r t e en sus f o r m a s más so lemnes . Di jérase que este canto es sustanc ia lmente una versión poét ica de la admira ­ble perorac i ón de la O r a c i ó n f ú n e b r e de C o n d e p o r Bos-suet .

¿ D ó n d e está, pues , la a f e c tac i ón , o si se qu i e re , re tór i ca que el autor adoptó? P e r o esas f o r m a s artificiales son aquellas en que el poeta c o m o el o r a d o r e x p r e s a n natural­mente sus pensamientos . Estudio se p e r c i b e , p e r o no es­fuerzo, estudio , y g r a n d e , p e r o no actual , sino el resultado de bien a p r o v e c h a d o s estudios, no el studeTe sino el studuis se, el f ru to de todo aquel lo que el poeta c o s e c h ó en su la­b o r secreta y p r o f u n d a — l e c t u r a s y m e d i t a c i ó n — y que ha sab ido asimilarse en la d i c c i ón selecta , en los p r o c e d i m i e n ­tos favoritos , que se convierten en s e g u n d a naturaleza de los autores , y a p a r e c e n en sus o b r a s más espontáneas . En 11 Cingue Maggio Manzoni renovó t oques de los Himnos Sa­cros, aprovechóse de reminiscenc ias prop ias , e i n c u r r i ó además , en tal cual repet i c i ón y p e q u e ñ o descu ido que no se c o m p a d e c e n , en o b r a tan b r e v e , con una e j e c u c i ó n de ­masiado reflexiva y l imada (1) .

En Italia m i s m o / / Cingue Maggio es la o b r a clásica de Manzoni . E l P r o f e s o r Pucc iant i en su Antr>logia delta -poesía italiana moderna e logia los Himnos Sacros p o r la pureza del sent imiento re l ig ioso que se aparea y c o n f u n d e con el a m o r de los h o m b r e s y de la h u m a n i d a d , p o r la sencil lez p o d e r o ­sa de la e x p r e s i ó n , p o r el ca lor l í r i co . Con estas dotes se c o m b i n a , a su ju i c io , una arte e smerada « q u e medi ta y pesa cada i m a g e n , cada frase , cada p a l a b r a » ; el pensamiento le parece s u b l i m e ; a u n q u e en a lgunos lugares « a l g o arti f ic io­so .» E n c u e n t r a este c r í t i c o en los Himnos Sacros el mismo

(1) Véase nota al v. 10.

estudio y artificio que c h o c ó a M e n é n d e z P e l a y o en 77 Cin­gue Maggio. ¿ H a b r á algún poeta en cuyas o b r a s una aná­lisis sabia no descubra eso mismo que denotan las palabras «es tudio y art i f ic io»? ¿ N o será c o n d i c i ó n p r o p i a de t o d o eminente artista, juntar la fidelidad en lo g r a n d e con la fidelidad en lo m e n u d o , la fe l i c idad del c o n j u n t o con el p r i m o r de los detalles?

A h o r a bien, al pie de II Cingue Maggio se lee en la misma Antología este breve y exac to ju i c i o :

« E n t r e tantas cosas c o m o m e r e c e n citarse en esta oda sub l ime que todos los italianos saben de memoria, desear íamos que los j óvenes observasen espec ia lmente c ó m o el poeta toma y presenta en ella la historia c o n t e m p o r á n e a en su aspecto más v e r d a d e r o y al p r o p i o t i e m p o en el más ideal y p o r lo mismo el más poé t i co . E l no adorna su asunto c on ideas, si poét icas , extrañas ; sino que lo trata en sí m i s m o , en su esencia, c o n t e m p l á n d o l o de lo alto, y con mirada de águila, en toda la sub l ime poesía que cont iene , y tal c o m o él lo ve, lo hace patente a la imag inac ión de los l e c ­tores . L a vida, las empresas , las g lor ias y desventuras del uom /ata le están a q u í representadas c on aquel la rapidez , con aquel a r d o r del gen io , que entre mult i tud de o b j e t o s sólo el ige los más p r o m i n e n t e s y significativos—fastigia re-rum—y los expresa con las i m á g e n e s más adecuadas para realzar su g r a n d e z a . »

Si se trata de señalar el m e j o r rasgo de esta pieza, l íc ita es la variedad de ju ic ios allí, d o n d e a c o m p e t e n c i a tantas bellezas se o f r e c e n . P a r a mí el pasaje más admirab le es aquel en q u e el sent imiento más espontáneo y el arte exquis i to , de consuno y c o m o identi f icados, e x p r e s a n la transic ión de las agitac iones y miserias de esta vida mortal a la paz e terna p r o m e t i d a a los que m u e r e n reconc i l iados con Dios :

Ah! forse a tanto strazio Cadde lo spirto anelo, E disperó: ma valida Venne una man dal cielo E in piú spirabil aere Pietosa il trasportó!

E l'avvio sui floridi Sentier della speranza, A i campi eterni, al premio Che i desideri avanza, Dov'é silenzio e tenebre L a gloria que passó.

N ó t e s e el e f e c to maravil loso de la cesura métr i ca . E disperó; ese a g u d o en aquel sitio sirve para m a r c a r la des­esperac i ón del héroe , c o m o c o n c e p t o final e i r r e m e d i a b l e ; p e r o al p u n t o se e n t r e a b r e la g l o r ia ! L a s expres i ones püí

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spirabil aete, silenzio e tenebre son v e r d a d e r a m e n t e mágicas ; más allá no ha ido ni acaso p u e d e ir el p o d e r del canto .

Só lo dos pasajes poét i cos r e c u e r d o que con este de Manzoni puedan c o m p a r a r s e p e r la feliz contrapos i c i ón de las ideas de m o v i m i e n t o y reposo , de ag i tac ión y paz, de estrépi to y si lencio. U n o de ellos, el trozo del L i b r o v i de la Eneida relativo a M a r c e l o ; el o t r o p e r t e n e c e a la c a n c i ó n de R o d r i g o Caro A las Ruinas de Itálica. Después de dec i r concisa y h e r m o s a m e n t e el poeta que

Todo despareció: cambió la suerte Voces alegres en silencio mudo;

nos hace sentir p r o f u n d a m e n t e y casi a un t i e m p o , el e s ­p l e n d o r d é l a grandeza , la violencia de la d e s t r u c c i ó n , y la tristeza del s i lencio , en estos maravil losos versos que q u e ­dan para s i e m p r e g r a b a d o s en el á n i m o del q u e una vez los haya l e ído :

Fabio, si tu no lloras, pon atenta L a vista en luengas calles destruidas Mira mármoles y arcos destrozados, Mira estatuas soberbias, que violenta Némesis derribó, yacer tendidas, Y ya en alto silencio sepultados

Sus dueños celebrados.

N ó t e s e el prod ig ioso e fec to de la cesura . Némesis de­rribó, s e m e j a n t e a la de Manzoni . Edisperó.

L a medi tac ión de L a m a r t i n e Bonaparte, ga l l a rdamente t r a d u c i d a p o r la g r a n poetisa amer i cana G e r t r u d i s G ó m e z de Ave l laneda , cont iene evidentes reminiscenc ias de II Cin­gue Maggio, p o r más que su autor dec larase , en una nota, h a b e r escr i to aquel los versos propitia minerva.

V í c t o r H u g o cantó varias veces a N a p o l e ó n . E n su pr i ­m e r t o m o de poesías Odas y Baladas, 1822) se reg i s t ran tres extensas compos i c i ones ded icadas a la m e m o r i a del h o m b r e e x t r a o r d i n a r i o : Buonaparte, La columna de la •plaza Vendomme ( t r a d u c i d a p o r P a r d o y A l i a g a ) , y Les deux Hes ( es to es, C ó r c e g a y Santa E l e n a ) : piezas en genera l ampulosas , y m u y in fer iores en sent imiento a la h e r m o s a oda a Luis xv i i , de la misma co l e c c i ón . Les deux lies cont iene un b r e v e pasaje n o b l e m e n t e sent ido , que m e ­r e c e destacarse . Cítalo M . de G o d e f r o y c o m o «perf i l m a r a ­villoso del g i gante c a í d o , » y puesto en castel lano b a j o el t itulo Napoleón, hállase inc lu ido en mis Traducciones poéti­cas (1899) .

M u y s u p e r i o r a los anter iores es la poesía NapoleónII, escr i ta en 1832 con motivo de la m u e r t e del D u q u e de Re is -chstadt , sólo que al fin se rep i te el poeta y decae el canto . P o d r í a bien esta c o m p o s i c i ó n reduc i r se a la parte t r a d u -

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c ida en mi c itada c o l e c c i ó n . G o d e f r o y la califica c o m o de «la más espléndida insp irac ión , » y añade que « e n n inguna de sus co l e c c i ones l ír icas se elevó j a m á s V í c t o r H u g o a ma­y o r a l tura .»

Ser ía materia de no breve m o n o g r a f í a , c o m o todo lo que a N a p o l e ó n se ref iere , la e n u m e r a c i ó n de poesías e s ­critas a su m e m o r i a . A u n en el Parnaso Colombiano t e n e ­mos dos buenos sonetos a este asunto, uno de F e r n á n d e z M a d r i d , o t ro de la señora A c e b e d o de G ó m e z .

S i g n o inequ ívoco de la adaptabi l idad de esta oda a las diversas f o r m a s del l engua je h u m a n o , y del aprec i o que de ella hace el públ i co l i terario , sin dist inción de nacional ida­des, c o m o autorizado p r e c u r s o r de la pos ter idad just i c ie ­ra, es el haber sido t raduc ida en verso a las pr inc ipales len­guas de E u r o p a . El t r a b a j o que se emplea en una esmerada versión anuncia p r e d i l e c c i ó n firme y pac iente ac l imatac ión de un es cog ido f ru to .

N o he l o g r a d o ver n inguna co lecc i ón de estas t r a d u c ­c iones (1) , y de las latinas sólo conozco la del P a d r e R i c c i , P r e p ó s i t o genera l de las Escuelas Pías . T u v e ocasión de leer esta versión (en díst icos) en el t o m o Varia lathiUas, que me envió de Italia un a m i g o p o c o s años há. L a s vidas de E s c o ­lapios, otras piezas en prosa y las inscr ipc iones p a r e c i é r o n ­m e en genera l e legantes , y he r e p e t i d o con p lacer la l e c tu ­ra de algunas de esas páginas . N o me satisficieron en igual m o d o las Latinas Interfretaiiones o t raducc i ones en versos latinos de algunas poesías de L e o p a r d i y de / / Cingue Mag­gio de Manzoni . A r d u a cuanto ingrata es esta especie de forzada c o m p e t e n c i a con poetas cé lebres , y no es de e x t r a ­ñar , de o t ro lado, que un a for tunado a d m i r a d o r de C i c e r ó n no luzca las relevantes dotes de versi f icador de que c a r e c i ó C i cerón mismo. Non omnia possumus omnes. Ello es que la l e c tura de aquella versión latina de II Cingue Maggio me an imó a p r o b a r mis fuerzas en el mismo e m p e ñ o . N o t a ­ré algunas de las asperezas de la t r a d u c c i ó n del P a d r e R i ­c c i , para justi f icar mi atrev imiento , sin que p r e s u m a haber le aventa jado en el c o n j u n t o ni d e j a d o de i n c u r r i r en d e f e c t o s distintos de los que traté de evitar.

P a r e c e natural e m p l e a r alcaicos u o t r a estrofa l ír ica en la versión latina de una oda m o d e r n a . Y o , c o m o R i c c i , p r e ­f e r í p r i m e r o los díst icos, ya p o r q u e esta f o r m a cuadra m e ­j o r que o tra alguna al g é n e r o l í r i co e leg iaco a que II Cin­gue Maggio p e r t e n e c e , ya p o r q u e el e x á m e t r o y p e n t á m e ­t ro suenan aún en nuestros o ídos c on r i t m o y a r m o n í a p e r f e c t a m e n t e sensibles y s o b r e m a n e r a agradables , m a y o r ­mente entre italianos y españoles, p o r más que les falte el

(1) Veo citado Llansás, El Cinco de Mayo, famosa oda italiana etc., Barcelona, folleto.

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realce de una dist inción exact í s ima de cant idades silábicas, largas y breves , en la e locuc ión c o m ú n .

L a p r i m e r a dificultad que o f r e c e una versión latina consiste en p o d e r c o n c i l i a r i a fidelidad deb ida a las ideas con la p r o p i e d a d de la lengua y la índole de la poesía a n t i ­gua . N o basta t raduc i r las palabras:

Nec verbum verbo curabis reddere fidus Interpres

P r e c i s o es dar nueva f o r m a conceptua l al pensamiento , naturalizado en la l engua a que se t r a d u c e , y de aquí g i ros 3' modos d i ferentes de expres i ón . ¿ C ó m o habr ía d i cho esto mismo V i r g i l i o , u H o r a c i o , u Ovidio? H é aqu í lo que el tra­d u c t o r debe tener en mira . Y aun puesto , verb igrac ia , en la c o r r i e n t e de V i r g i l i o , f o r m a s horacianas hay que p o d r í a n resultar disonantes. L a t r a d u c c i ó n no p u e d e ser sino una imi tac ión , p e r o no demasiado l ibre . Esta dificultosa tarea, en que a las veces se inclina el á n i m o a d u d a r de la t raduc i -bi l idad de la poesía m o d e r n a a las lenguas muertas :

E sulle dotte (1) pagine Cadde la stanca man;

sirve al menos para dist inguir dos especies de o r ig ina ­l idad: la del poeta mismo y la de su s iglo ; aquélla más que ésta s o r p r e n d e al c o n t e m p o r á n e o ; la últ ima más que la pr i ­mera c h o c a al que intenta vaciar el p o e m a en moldes a n t i ­guos . P u e d e ser un poeta a l tamente or ig inal sin salir del ancho cauce de la t rad ic ión poética. L a p intura que hace Manzoni de las tristezas de Napo león en sus últ imos días, la c o m p a r a c i ó n del conf inado m o r i b u n d o con el náu f rago , los celestiales consuelos que r e c i b e al pasar a m e j o r vida, t o d o esto es or ig inal sin p u g n a r con el gen io ant iguo . L a p e r s o ­nif icación de los dos siglos que entre sí c o m b a t í a n , el h o ­m e n a j e que el g r a n g u e r r e r o tr ibuta «al d isonor del G ó l g o -ta » , son rasgos modern í s imos , en c i e r to m o d o intraduc ib ies .

Ot ra dif icultad part i cu lar o f r e c e en el presente c a s ó l a t r a d u c c i ó n en díst icos , t u r q u e s a que no c o r r e s p o n d e e x a c ­tamente a las d imensiones de la estrofa manzoniana. Se hace prec i so , p o r tanto, a c o m o d a r las ideas sin p e r t u r b a r su m o v i m i e n t o natural a los p e r í o d o s de aquel la f o r m a poét i ­ca ( 2 ) , ev i tando las durezas, enjambement, de que abusaron a lgunos grec izantes versi f icadores latinos del s iglo pasado.

Sirva de muestra del mal resultado a q u e c o n d u c e el o lv ido de estas p r e s c r i p c i o n e s el s iguiente pasaje ver t ido p o r R i c c i :

(1) Aquí sí viene bien dotte en vez de eterne.

(2) L a traducción de Ricci consta de 35 dísticos; la mía de 39, tiene 8 líneas más.

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L a procellosa e trépida Gioia d' un gran disegno L'ansia d'un cor che indocile Serve pensando al regno, E il ginuge, e tiene un premio Ch'era follia sperar Tutto ei provó . . . .

Túrbida consitu et trepidantia gaudia magni,

Curamque indocilis qui sibi sceptra (1) petit Férvidas atque tenet; quaeque arreciare cupido Visa est dementis, praemia consequitur Cuneta subit

L a t raducc i ón es casi literal, y p o r lo mismo la c o n s ­t r u c c i ó n no es castiza en latín, y resulta del t odo i n i n t e l i g i ­ble para quien no t e n g a prev io c o n o c i m i e n t o de lo que el autor d i j o . Las dis locaciones que he puesto de cursiva mar ­can el d ivorc io entre las ideas y el genial g i r o poét i co . N o fluye allí la onda d é l a inspiración ( 2 ) . P r e s c i n d o a q u í de la i m p r o p i e d a d de a lgunos términos y de la inextr i cab le f r a ­se « q u a e que a fec tare . . . . c o n s e q u i t u r , » especie de mal d i b u j a d o m o n o g r a m a d o n d e un mismo rasgo hace par te de diversas letras.

Ex is ten varias t raducc iones de la oda de Manzoni en versos castel lanos. Har tzenbusch , Pesado , G a r c í a de Q u e -

(1) «Sibi sceptra,» y en otros pasajes de la misma traducción «utque stetit,» «perculsa stetit,» «rursusque stetit,» «perqué spei,» «quoque scribe,» en que dos consonantes que no son licuante y l í ­quida siguen a una vocal breve, son combinaciones disonantes e inusitadas. Apenas podrá citarse en su abono algún ejemplo en Ovi­dio, rarísimo (Ex. P. 3, 1, 59, 3, 7, 7), o evidentemente viciado sciipia, T . 5. 12. 35, coepta Zinzerling; tua stat, E x . P. 2, 4, 7, «praesens quattuor libri,» Heins). En Vrg . no se halla más que un caso de stigmalismo. A . 9, 309, donde algunos lo excusan por la fuerte pausa «Ponite spes,» que libra a la vocal de la influencia de la subsiguiente; otros conceptúan que la frase «Spes». . . . hasta el fin del verso, es espuria. No se concibe cómo eximios poetas latinos modernos (Rapin, por ejemplo), han podido incurrir frecuentemente en una falta que el oído se apresura a condenar.

(2) Otros ejemplos: Venales nunquam tandes nec proba secutus Ignava, hoc súbito conditur in te.nebris Dum tantum jubar, excutior Labitur, augusto septusque in limite vitae Clara suae laudem témpora clausit iners Castraque nota locis, subitum fu\gxxrque maniplum Fractaque valla armis undaque quadmpedum Huic subcunt

Nam mage sublimis proboso Golgothae honores Ligno vit umquam detulit ullus adhuc Omnia tu ciñere a fesso mala verba repette. . . .

En verso cada palabra representa una idea, y debe ocupar el puesto que le corresponde. Cuanto a la métrica la sinalefa «Golgo­thae honores» es modo ilícito de abreviar el diptongo en tan delicado lugar del verso.

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vedo , doña Micae la de Silva, M a r t í y F o l g u e r a , Llausás , R i -sel, G u i l l e r m o Matta , la t r a d u j e r o n en el m e t r o del o r i g i ­nal ( l ) , Cañete y R o d r í g u e z R u b í en silva.

Don A n d r é s Bel lo , aquel g r a n poeta y sapient ís imo maestro , ref ir iéndose a las odas de H o r a c i o , hizo una justa observac ión , que d e b e admit irse c o m o reg la : las estrofas han de t raduc i rse en estrofas ( 2 ) . Con e f e c t o , las estrofas m a r c a n un r i t m o adic ional al del m e t r o , tan g r a t o al o ído c o m o a la mente . L o s pensamientos se presentan p r o g r e s i ­v a m e n t e , vaciados en mo ldes iguales, y esta o r d e n a c i ó n ar­tística da a cada uno de ellos el lugar y el m o m e n t o que le c o r r e s p o n d e en ia audienc ia . L a atenc ión se fija d i s t in ta ­m e n t e en cada uno de ellos, sin dañar a la aprec iac i ón del c o n j u n t o , y los r e c o g e luego la m e m o r i a en el m i s m o o r d e n en que le han sido presentados . El vuelo l ibre del p e n s a ­miento , r egu lado y f o r ta lec ido , no c i e r tamente encadenado p o r las prec isas l íneas de la estrofa , p r o d u c e e f e c to m á g i c o -

Puesta en silva la oda de Manzoni aparecen las ideas con fund idas y mezcladas en largos y desiguales p e r í o d o s y viciadas p o r la frase dec lamator ia y p o m p o s a , p r o p i a de l g e n i o poét i co de la patria de L u c a n o , y f avorec ida p o r la l iber tad de aquel la f o r m a métr i ca , casi más orator ia que l í r ica . L a versión de R u b í es una paráfrasis , d o n d e el poeta andaluz puso m u c h o de su cosecha , y en la que se admiran a lgunos trozos de sonora y br i l lante versif icación (3"); t o m a -

(1) No conozco las de los cuatro últimos, citadas por el señor Estelricti en su A?itología de poela.s líricos italianos, Palma de Ma­llorca, 1889. Menciona también la de Navarro Villoslada y Suárez Cantón. L a s de Hartzenbusch, García de Quevedo, Cañete y Rubí pueden verse en los preliminares de Los Novios, traducción castella­na, edición Garnier, la de Hartzenbusch en mis Traducciones poé­ticas, y con las enmiendas, casi todas desgraciadas, y en tal nú­mero que constituyen una segunda versión, que introdujo luego el traductor en edición postuma de sus obras Colección de Escritores Castellanos, Madrid, 1887, la de Pesado en la última y completa edición de sus poesías, Méjico, y en la Antología de Estelrich; allí mismo la catalana de Martí, distinta de la castellana del mismo, ambas en el metro original, la de doña Micaela de Silva, asturiana, en Poetas Líricos Italianos del mismo Estelrich, Palma. 1891.

(2) «Un poeta lírico debe traducirse en estrofas,» es la frase tex­tual de Bello; él quiso referirse indudablemente a las poesías líricas escritas en estrofa, que son las más rigurosamente líricas; pero la expresión no es exacta, porque en Horacio mismo encontramos algu­nas odas en versos seguidos de igual medida.

(3) Y quién creyera que fortuna tanta En hora bien fatal se cambiaría; Que aquel que holló los tronos con su planta

Sobre una roca solitaria y fría Que en medio de los mares se levanta, En el ocio su edad consumiría! Por su propia ambición encadenado, De sus contrarios el rencor profundo Hasta allí lo llevó, y allí olvidado Quedó el coloso que admiraba el mundo!

da en sí misma, c o m o o b r a nueva, el l e c to r se sent irá dis-^ puesto a p e r d o n a r los de fec tos ; p e r o si se c o m p a r a con la sencillez y pureza de la c ompos i c i ón or iginal , resaltarán los ripios, o f e n d e r á la exagerac i ón y a p a r e c e r á del t o d o c o m o una copia desgrac iada , c o m o una falsa in te rpre tac i ón . L a versión de Cañete, menos parafrást ica , adolece de faltas de la misma índo le ( l ) .

Mas si es c ierto que , emanc ipándose del sistema e s t r ó ­fico, la o b r a se desf igura y se adultera , la fiel su je c i ón al m e t r o del or ig inal o f r e c e inconvenientes de o tra clase y aun dif icultades insuperables . C ó m o h a c e r el mi lagro de conser ­var las mismas ideas, la misma vest idura métr i ca , la misma nativa e locuencia , m u d a n d o al p rop io t i empo palabras, f r a ­ses y casi todas las rimas? L a expres ión vendrá forzada, el pensamiento resultará a l terado o q u e d a r á mut i lado ; la e j e ­cuc i ón no c o r r e s p o n d e r á j a m á s al esfuerzo.

N a d a más pe l igroso , nada más desgrac iado forzosamen­te que una c o m p e t e n c i a tal. L o s poetas italianos se valen de finales a p o c o p a d o s o redondeados , según les conviene , y de c on t rac c i ones o disoluciones silábicas, l i cencias no permi t i ­das en nuestra versif icación ( 2 ) . Diráse que cada l engua t iene sus recursos prop ios de concis ión y energ ía . Cierto es; p e r o tales recursos no co inc iden , de suerte que quien el ige armas y t e r r e n o , esto es, el autor , lleva insuperables venta­jas al t r a d u c t o r , el cual, en metro , g i r o y frase p r e e s t a b l e ­c idos , no p o d r á maniobrar con l ibertad y bizarría, y l levará s e g u r a m e n t e la peor parte .

O c u r r e además en el caso especial de que aquí se trata, que en castellano apenas hay r imas agudas suficientes cuan­do se c o m p o n e o r i g ina lmente . N o c o m p r e n d o en ellas la repet i c i ón insufr ible de inflexiones idénticas ( 3 ) , verbi ­grac ia , los infinitivos. T a n p o c o son admisibles lss r imas agudas asonantadas, de que han abusado m u c h o s m o d e r n o s versi f icadores , s obre todo si no se emplean s i s temát i camen­te, sino interpoladas con otras consonantes o per f e c tas ( 4 ) ,

(1) Pero en el ocio terminó sus días, Por los fuegos del trópico agostado, De inmensa envidia y de piedad profunda De odio al par y de amor acompañado.

En su «libre escaramuza» por el campo de Manzoni, Rubí con­virtió el «si breve sponda» en «isla fría», Cañete en «horno».

(2) Cuando García de Quevedo traduce: Del Alpe a las Pirámides Del Manzanare al Riño,

El oído protesta. Tenemos Rin, vulg. y Reno ( lat. Rhenus), no Riño.

(3) El mismo Manzoni en las últimas estrofas incurrió en esta trivialidad: trasportó, passó, chinó, posó.

(4) Como cuando García de Quevedo rima está con hollar, ne­gué con vez, y Pesado, asentó con amor. Hartzenbusch se guardó de tales libertades.

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y si se hace dif íc i l hallarlas adecuadas en una compos i c i ón or ig inal , ¿qué s u c e d e r á c u a n d o la su j e c i ón al t ex to que se traslada res tr inge más y más la l ibertad de e lecc ión?

L o s esdrú ju los m u y repet idos t ienen c ierta dureza, t e m p l a d a en italiano p o r la ausencia de consonantes finales, c o m o las de nuestros plurales ( l ) , p o r la interpolac ión f r e ­cuente de un semiesdrú ju l o o falsos esdrú ju los ( 2 ) .

Las estrofas de finales agudos y con m a y o r razón aque­llas en que se c o m b i n a n s imétr i camente las tres armas p r o ­sód i cas—esdrú ju los , llanos y a g u d o s — f u e r o n desconoc idos de la g r a v e d a d castellana, hasta que M o r a t í n , que s i e m p r e tuvo delante de los o j os los modelos italianos, i n t r o d u j o en nuestra l engua estas novedades , imitando a Metastasio y a Par in i . P o r ello se alababa de h a b e r añadido nuevas c u e r ­das a la lira, y de ese m o d o aquel versi f icador tan c o r r e c t o c o m o f r í o vino a ser en la parte métr i ca quien abr ió la vía a los r ománt i cos , que así en la poesía l ír ica c o m o en la dra ­mát ica tuvieron p o r n o r m a llevarle la contrar ia a « I n a r c o Celenio . » Arr iaza en compos i c i ones más espontáneas y m e ­j o r sentidas, c o m o La despedida de Silvia, a c red i t ó aquellos p r o c e d i m i e n t o s , que p o r m u c h o t i e m p o estuvieron en b o g a s y a q u e r indió t r ibuto el mismo Bel lo ( m e z c l a n d o finale, l lanos y agudos ) en su admirab le t r a d u c c i ó n de La Oración

•por Todos de V í c t o r H u g o . A pesar de este e m p e ñ o innova­dor , nuestros poetas se han manten ido s i e m p r e más parcos que los italianos en el uso de los finales esdrú ju los , c o m o si la l engua misma se les volviese entre las manos r e b e l d e a la cont inuidad de esas t e rminac iones . L a estro fa de M o r a ­t ín , en su oda a la m e m o r i a de C o n d e , igual a la de M a n z o ­ni, salvo que en vez de los dos p r i m e r o s esdrú ju los , t iene o t r o p a r de finales graves aconsonantados , p a r e c e más aco ­m o d a d a p o r esa razón al gen io de nuestra l engua .

O fuéramos unidos Al seno delicioso Que en sus bosques floridos Guarda eterno reposo Aquellas almas ínclitas Del mundo admiración;

O a mí solo llevara L a muerte presurosa, Y tu virtud gozara Modesta, ruborosa, Y tan ilustres méritos Ufana tu nación.

(1) Inmóvili Piramidi, Tanai, pagine, fulminei son más sua­ves quei nmóviles, Pirámides, Tánais,páginas, fulmíneos. Además, en italiano hay mayor variedad de esdrújulos; formas verbales como scernere,furono, volsero, de que nosotros carecemos, matizan los sus­tantivos y adjetivos de la misma acentuación. Nuestros esdrújulos formados con proclíticos, si fáciles y naturales alguna vez, son en otras ocasiones durísimos e impropios.

(2) V i d . nota al v. 55.

Cuanto más c o r t o es el verso más a m e n u d o y p o r lo m i s m o más f u e r t e m e n t e se hace sentir el g o l p e del final e s ­d r ú j u l o , a punto de adquir i r , si m u y repe t ido , c i e r to sabor c ó m i c o contra la intenc ión misma del poeta ( 1 ) . A c a s o p o r esto, en versos octos í labos suene m e j o r el e sdrú ju lo q u e en los heptasí labos. E n estrofas de versos octos í labos , idénticas p o r lo demás a las de Manzoni , ensayé y o t r a d u c i r una poes ía l í r i coamator ia de V í c t o r H u g o (2 ) . Mas aunque el o c ­tosí labo, si bien mane jado , se a c o m o d a a todo asunto, no al« canza con todo aquel m o v i m i e n t o ráp ido y f u l m í n e o q u e p u e d e impr imirse al verso heptas í labo , el cual, al cabo , es sólo un hemist iquio del m o d e r n o verso h e r o i c o endecas í la ­b o . A l g u n o s de los m e j o r e s pasajes de 11 Cingue Maggio q u e d a r í a n más ho lgadamente t raduc idos , p e r o d e s m e j o r a d o s p o r el c a m b i o del r i tmo , si se pusiesen en versos c o m o éstos:

Si al fin del sarao espléndido Nunca tú aguardaste afuera, Embozado, mudo, tétrico, Mientras en la alta vidriera Reflejos se cruzan pálidos Del voluptuoso vaivén,

Para ver si como ráfaga Luminosa a la salida, Con un sonreír benévolo Te vuelve esperanza y vida Joven beldad de ojos lánguidos Ornada en flores la s i e n . . . .

Y no son las d i ferenc ias id iomáticas lo que dificulta la t r a d u c c i ó n ; al c o n t r a r i o , cuanto más diversa sea de nuestra l engua en léx i co , en s intaxis , en prosodia , la del poeta que intentamos t r a d u c i r , mas fác i lmente p o d r e m o s , t raduc i én ­dole, c o m p e t i r con él, superar le acaso.

A p o d é r a s e el t r a d u c t o r , en ese caso, del pensamiento del poeta , hácese bien c a r g o de los medios art íst icos de que se valió para expresar lo , y LUEGO, l ibre de toda p e r t u r b a -

(1) Despierto súbito Y me hallo prófugo Del suelo hispánico Donde nací, Donde mi. Angélica De amargas lágrimas El rostro pálido Baña por mí.

D. Á N G E L D E S A A V E D K A

(2) Quien no ama no vive, de Víctor Hugo, en mis Traducciones poéticas. En estrofas octosílabas, con rimas finales agudas, sin es­drújulos escribió Manzoni uno de sus Himnos Sacios, La Resurre-zione. En general me parece justa la siguiente observación del cita­do compilador y traductor señor Estelrich: «Declaro con sinceridad artística que el modelo de las silvas de Leopardi conviene más a nuestros poetas que la artificiosa estrofa manzoniaua, de difícil amoldamiento a nuestra lengua.»

Antología, p. x x i v .

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dora p r e o c u p a c i ó n p r o c u r a darle f o r m a e n t e r a m e n t e nue­va, si b ien la más adecuada al pr imi t ivo intento . S u c e d e lo. p r o p i o con las versiones de prosadores , y en genera l con el c o m e r c i o de las lenguas . L a s afinidades seducen , a l teran fá ­c i lmente en las versiones el g i r o castizo, y no es raro el caso de personas que p o r t ener que hablar en una l engua m u y s e m e j a n t e a la suya prop ia , l legan a confundir las y b a r a ­jarlas en un dia lecto de su uso par t i cu lar .

L a dif icultad de t r a d u c i r bien en verso del italiano, del p o r t u g u é s , del catalán, s igu iendo unas mismas n o r m a s m é ­tr icas , nace de la c o n c u r r e n c i a de afinidades y d i f erenc ias id iomát icas . T a n t ransparente es para nosotros el italiano que basta una l igera exp l i cac i ón de a lgunos t é rminos para que un español que no haya estudiado aquel la l engua p u e d a leer y saborear 11 Cingue Maggio. V e r s o s hay que apenas o f r e c e n a lguna insignif icante d i ferenc ia , acaso m e r a m e n t e o r t o g r á f i c a :

Ital. Dall'uno all'altro mar. Esp. Del uno al otro mar.

Ital. L a fug-ga e la vittoria. . . . Esp. L a fuga y la victoria.

Ital. Segno d'inmensa invidia E di pietá profonda, D'inestinguibil odio E d'indomato amor.

Esp. Signo de inmensa envidia Y de piedad profunda, De inextinguible odio Y de indomado amor.

Ital. L a gloria che passó. Esp. L a gloria que pasó.

P a r e c e a p r i m e r a vista, p o r tales afinidades l indantes con la ident idad, que la oda de Manzoni p u e d e volverse al español sin esfuerzo a lguno , que está escrita s i m u l t á n e a ­mente en ambas lenguas , mutatis mutandis, y que eso que hay que m u d a r es apenas una palabra : giofno, día; una l e ­tra, man, mano; un s igno o r t o g r á f i c o que no interesa a la p r o n u n c i a c i ó n : che, gue. El que t r a d u c e no e n c u e n t r a difi­cultad n inguna ; el que t r a d u c e , t ra tando de someterse a las leyes métr icas , e n c u e n t r a dif icultades insuperables de m e ­dida, de consonancia , de s inonimia. P o r e j e m p l o :

Venne una man dal cielo,

Se castellaniza natura lmente :

Viene una mano del cielo.

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P e r o la maldita o de mano añade una sílaba al verso, y no hay m o d o de r e d u c i r las o cho sílabas a s iete :

Cadde la stanca m a n . . . . Cae la cansada mano (1)

El verso d e b e ser a g u d o , sobra la o, y no hay med io de supr imir la .

Due volte nella polvere. . . .

Dos veces en el polvo.

M u y bien; pero polvere es esdrú ju lo , polvo nó, y e s d r ú ­ju lo debe ser forzosamente el final de este verso ; hay pues que cambiar l o , y t odo c a m b i o debe ser aqu í d e s g r a c i a d í ­s imo ( 2 ) .

Al tácito: Morir d'un giorno inerte

A l tácito: Morir de un día inerte.

La d i ferenc ia entre giorno y día no altera la m e d i d a , b ien que el verso castellano resulta algo débi l . P e r o inerte en italiano c o n c u e r d a con conserte, en español cruzados. L a ex igenc ia de la r ima ob l iga a r e f u n d i r la es tro fa . F u e r a de

(1) Cansada añade una sílaba a stanca, pero el monosílabo líci­to cae se la quita a cadde, y los dos versos quedan de igual medida, salvo el final agudo o grave. Sálvase de la final dificultad el catalán:

Ben tost cansada quéyali A l etern full la má.

( M A R T Í Y P U L G U E R A ) ;

Y a medias (ao) el portugués:

Enas eternas paginas Cahiu sem forca a mao.

( R A M O S C O E L L O ) .

(2) Pesado y García de Quevedo, acaso provisionalmente, des­esperando de hallar equivalente adecuado, lo dejaron así, faltando a la ley métrica:

Dos veces en el polvo.

¿A qué entonces respetar otras exigencias métricas convencio­nales? Malum ex quocumque defectu Admírese aquí la habi ­lidad de Hartzenbusch:

Due volte nella polvere Due volte sugli altar.

Se vio dos veces ídolo, Y dos rodó su altar.

En la refundición corrigió:

Dos pereció su altar.

Borrando así la imagen rodar con un verbo pálido e impropio como perecerá.

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que en castellano d e c i m o s « c o n d i c i ó n tác i ta ,» p e r o j a m á s « m o r i r tác i t o . » H a r t z e n b u s c h t r a d u c e :

Y mil veces al tétrico Fin de azaroso día Bajas las ígneas órbitas, A l pecho recogía Los brazos, recordándose Su prístino poder (1).

A h o r a pues , el l e c to r , que con l igeras indicac iones se e n c u e n t r a en aptitu'd de leer y a d m i r a r la oda or ig inal , des ­pués de tomar les el gusto a frases y f ó r m u l a s i r renunc ia -bles , tales c o m o

Due volte nell polvere.. . . Cadde la stanca man . . . .,

se p r e g u n t a r á natura lmente : « ¿ Q u é es lo que se p r o p o n e n estos t raduc to res ? ¿ H a c e r m e intel igible la ocla or ig inal? H a b r í a l e s bastado una versión prosaica , un modes to c o m e n ­tario que me sirviese de luz para p e n e t r a r en el santuario . ¿ R e p r o d u c i r la misma oda con c ierta fidelidad, p e r o en f o r ­ma nueva, con las galas y e legancias prop ias de nuestra len­g u a ? ¿ D e m o s t r a r que pueden presentarse esos mismos pen ­samientos , sin adulterar los , vestidos a la española? Pues .no lo han c o n s e g u i d o con traslaciones que no o f r e c e n la f r e s c u ­ra de la planta misma, ni la nueva vida de una ac l imatac ión o in jer tac ión a f o r tunada . »

D e todas las versiones poét icas castellanas que t e n g o a

(1) Acordándose de pedía la propiedad del idioma. En la refun­dición corrigió este defectillo, y echó a perder lo demás que tocó:

Bajas las ígneas órbitas Brazos con pecho unía, Y le asaltó en imágenes E l esplendente ayer.

De dos personas podrá decirse que se tocan hombro con hom­bro; de miembros cortados o muertos también se dirá que van mez­clados brazos con piernas. «Brazos con pecho unía» por «cruzaba los brazos sobre el pecho» no corre ni en lenguaje telegráfico. Y ¿qué ne­cesidad había de tan infeliz enmienda cuando, conservando todo lo demás, pudo decir:

Los brazos recogía Sobre el pecho, acordándose Del prístino poder;

o: De su esplendente ayer?

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la vista, la de H a r t z e n b u s c h en su pr imit iva f o r m a es la más fiel, la más castiza, la m e j o r en t o d o sent ido , y para cuantos sepan aprec ia r lo que vale la dif icultad vencida , prodig iosa en a lgunos pasajes ( 1 ) .

Mas si apartando la vista y la cons iderac ión del es fuer ­zo del t r a d u c t o r , y de toda causa atenuante , miramos sólo el resultado , ¡cuan débi l la t r a d u c c i ó n de H a r t z e n b u s c h c o m p a r a d a con la oda or ig inal ! Y ni a nuestra rica l engua castellana, ni al hábil versi f icador, autor de La Medianía de Ingenio y t r a d u c t o r de La Campana de Schi l ler , ha de i m ­putarse la in fer ior idad de la copia ; cu lpa es exc lus iva de las desiguales y violentas cond i c i ones de la c o m p e t e n c i a . Si el m i s m o Manzoni se hubiese propues to t r a d u c i r en la misma f o r m a y m e t r o a lguna cé l ebre poesía castellana de análogo c a r á c t e r , no habr ía sido más a fo r tunado .

N o a las t r a d u c c i o n e s en genera l , c o m o m u c h o s han c r e í d o , sino al m e n g u a d o éx i to de las de esta par t i cu lar í n ­dole , ref irióse Cervantes en aquel c o n o c i d o c o n c e p t o :

« M e parece que el t r a d u c i r de una l engua en otra , c o m o no sea de las reinas de las lenguas, la g r i e g a y la l a t i ­na, es c o m o quien mira los tapices f lamencos p o r el revés , que aunque se ven las figuras, son llenas de hilos que las os­c u r e c e n , y no se v$n con la lisura y lustre de la haz; y el t r a d u c i r de lenguas fáci les no a r g u y e ingen io ni e l o cuc i ón ( ¿ e r u d i c i ó n ? ) , c o m o no lo a r g u y e el que traslada ni el que copia un papel de o t ro papel ; y no p o r eso qu iero in fer i r que no sea loable este e j e r c i c i o del t r a d u c i r , p o r q u e en otras cosas peores se p o d r í a o c u p a r el h o m b r e y que m e n o s p r o v e c h o le t ra j esen . »

Se ve que Cervantes e x c e p t ú a de su c o m p a r a c i ó n las t raducc i ones del g r i e g o y del latín, y c o m o p o r entonces no se t raduc ían las l enguas del N o r t e , se d e d u c e q u e Cervan­tes se re fer ía sólo a las débi les versiones poét icas de p o e m a s

( 1 ) García de Quevedo ensayó, como Hartzenbusch, esta oda en el mismo metro del original, y ¡cómo la despedaza!:

Muda pensando en la última Hora fatal del hombre; Ni sabe si otra rápida Planta que tanto asombre Vendrá su polvo cárdeno Segunda vez a hollar.

¡Oh, cuántas veces férvido A l describir sus glorias Borró su mano gélida L a página inmortal!

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italianos y p o r t u g u e s e s ( 1 ) , p e r o p r inc ipa lmente a las v e r ­siones del toscano , puesto que aquella l engua cautivaba p o r entonces la inte l igenc ia de los conquis tadores españoles, c o m o el g r i e g o había caut ivado al v e n c e d o r r o m a n o . C o r r o ­b ó r a l o con lo que d i ce de las lenguas fáci les , y c on este más prec i so c o n c e p t o :

« Y aquí le p e r d o n a r í a m o s al señor Capitán ( J i m é n e z de U r r e a ) que no lo h u b i e r a t ra ído a España (el Orlando Furioso) y h e c h o castel lano; que le qu i tó m u c h o de su natu­ral valor , y lo mismo harán todos aquel los que l ibros de versos quis ieren volver en o t ra l engua , q u e p o r m u c h o c u i ­dado q u e p o n g a n y habi l idad q u e muestren , j a m á s l l egarán al p u n t o que ellos t ienen de su p r i m e r n a c i m i e n t o . »

A u n q u e p r o n u n c i a d a esta sentenc ia en té rminos a b s o ­lutos, p a r e c e que no tenía Cervantes ante los o j o s otras len­guas e x t r a n j e r a s sino las que él c onoc ía y q u e l lamaba « f á ­c i les .» T r a t á n d o s e de una t r a d u c c i ó n de l engua ex t raña , c e r r a d a c on siete sellos a la g r a n m a y o r í a de los c o m p a t r i o ­tas del t r a d u c t o r , ¿ cuántos serán los que p u e d a n e s t a b l e ­c e r c o m p a r a c i o n e s , j u z g a r c on ac ier to de la p r o p i e d a d de ambas , fallar c on cabal c o m p e t e n c i a ? E n ese caso la t r a d u c ­c ión es juzgada sin c o t e j o , y v e n d r á , si es buena , a e n r i q u e ­c e r la l i teratura patr ia . M a s si el or ig inal está al a l cance de m u c h o s , el t r a d u c t o r (al m o d o que el autor de t e x t o d e l e n g u a v iva ) se e x p o n d r á a diversas censuras justas e in jus ­tas. O c u r r e además , para m a y o r desgrac ia en esta labor ingrata , que los q u e sólo c o n o c e n a medias una l engua e x ­t r a n j e r a suelen incl inarse tanto a a p r e c i a r sus r iquezas y a desprec ia r lo de casa, que no admit i rán p o r buena t r a d u c ­c ión n inguna . N o p o c o s son los q u e no ac ier tan a e x p r e s a r nada c on grac ia y prec i s ión en la l engua que m a m a r o n c o n la l e che , y no sueltan la mulet i l la : « T a l o tal cosa, c o m o d i ­c e n los f ranceses , o los ingleses .»

C o m o q u i e r a que sea, sólo a las t r a d u c c i o n e s del i ta l ia ­no o de o t r a l e n g u a r o m a n c e del m i s m o o r i g e n y de la m i s -

(1) Benito Caldera había traducido y publicado desde 1580 Os Lusiadas (Alcalá de Henares). Indignaríanle a Cervantes justamen­te los encomios hiperbólicos y absurdos como este de Pedro Laynes, al final de un soneto:

El célebre Camoens cantó primero, Con voz suave y bien templada lira, El gran valor del pecho lusitano;

Y aunque el divino acento al Tajo admira, Tú admiras con el tuyo sobrehumano Al Tajo, al Mincio, ai Tebro, al patrio Ibero.

M. A. Caro—Traducciones—26

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m a índole prosód i ca (1) ap l i có Cervantes la c o m p a r a c i ó n de los « tap ices flamencos,» y en ese sent ido el s ímil es e x a c ­t ís imo, lo mismo que aquel lo de « tras ladar o cop iar de u n papel a o t ro pape l , » que hoy d e c i m o s ca lcar ; sólo q u e , si b ien es c ier to que un ca lco no r e q u i e r e « ingen io ni e l o c u ­c i ó n » ( 2 ) , no p o r eso es menos e fect iva , c u a n d o se t r a d u c e con su jec ión a prec isas n o r m a s métr i cas , la dif icultad de los c a m b i o s a que ob l iga la m e n o r d i s crepanc ia . C r e o y o q u e si el señor Conde de Cheste , en lugar de t r a d u c i r en el m e t r o del or ig inal los g r a n d e s poetas italianos Dante , T a s s o y Ar i o s to , nos h u b i e r a dado versiones poét icas del inglés o del a lemán, habr íase a h o r r a d o mucha enfadosa cr í t i ca . L a t r a d u c c i ó n del Orlando Enamorado p o r Bel lo es un t r iun fo prod ig i o so de nuestra lengua sobre su h e r m a n a , d e b i d o a la f enomenal c o n c u r r e n c i a de ingenio , e r u d i c i ó n , agi l idad y exquis i to gus to del t r a d u c t o r ; sin e m b a r g o , el m a y o r h o ­n o r q u e se ha t r ibutado a esta o b r a maravillosa consiste en ex imir la de la c r í t i ca y no hablar de ella para b ien ni para mal ! ! ( 3 ) .

Dos lenguas colaterales c o m o el italiano y el castel lano, o sea dos dialectos de una l engua m u e r t a l legados a la ma­y o r edad, pueden c o m p a r a r s e hasta c ier to punto , en lo q u e hace a t raducc iones , con dos fases de una misma l engua en épocas cultas distintas; p o r e j e m p l o , el v ie jo f rancés de las canc iones de Gesta y el f rancés de nuestros días; y en t é r ­minos más estrechos , con dos estilos distintos, con dos m a ­neras de tratar un m i s m o asunto, en una misma l engua en é p o c a d e t e r m i n a d a . ¡Cuántas veces no se ven dos o más t raducc i ones de una misma poesía, idénticas por la mater ia y tan diversas p o r la f o r m a , que una pueda cons iderarse o b r a magistral y otra no pase de miserable car i ca tura ! C a ­sos son estos que p a r e c e n calculados para d e m o s t r a r que la or ig inal idad l i teraria, más que en los pensamientos , se c i f ra en la manera part icular de sentirlos, de asimilárselos y de aprec iar los ; en el estilo, en el d e s e m p e ñ o , en t o d o aquel lo , al par ín t imo y e x t e r n o , que se c o m p e n d i a hoy b a j o la p a ­labra « f o r m a . »

De que si «un poeta l í r i co debe t raduc i rse en estrofas» no se s igue que hayan de adoptarse s i empre estrofas idén­ticas a las del t ex to or ig inal , lo que en c ier tos casos es i m ­posible y en otros p u e d e ser inconveniente . L o que i m p o r -

(1) El francés es colateral de las lenguas romances peninsula­res, pero de índole prosódica absolutamente distinta. Un verdadero poeta (como lo fue nuestro Bello) puede poner a una traducción poé­tica del francés sello de brillante originalidad.

(2) «Erudición,» probablemente.

(3) Permítaseme aquí, por primera vez, duplicar el signo orto­gráfico de admiración.

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ta es conservar el r i t m o es tró f i co , y que la c o m b i n a c i ó n métr i ca se adapte h o l g a d a m e n t e a la r e p r o d u c c i ó n de las ideas, y t a m b i é n al t ono y mov imiento de la c o m p o s i c i ó n or ig inal . E l pasaje de Bel lo a que me he r e f e r i d o es de este t enor :

« E n lo que j u z g a m o s que este cabal lero ( d o n Javier de B u r g o s ) d e s c o n o c i ó to ta lmente lo d e s p r o p o r c i o n a d o de la e m p r e s a a sus fuerzas, y pasó los l ímites de una razonable osadía, es en la e lecc ión de las estrofas en que ha v e r t i d o a lgunas odas. A s í le vemos , v io lentado de las t rabas m é t r i ­cas q u e ha q u e r i d o i m p o n e r s e , unas veces o s c u r e c e r el sen­t ido y o tras debi l i tar le . Un poeta lírico debe traducirse en es­trofas; p e r o hacer lo en estrofas dif icultosas es añadir m u ­chos g r a d o s a lo a r d u o del e m p e ñ o en que se c ons t i tuye un i n t é r p r e t e de H o r a c i o que trata de dar a c o n o c e r , no sólo los pensamientos , sino el nerv io y h e r m o s u r a del t e x t o . »

L a s estrofas latinas, p o r la d i f e renc ia de prosod ia y au­senc ia de r imas , no t ienen equivalente en las l enguas m o ­d e r n a s , e x c e p t o la estro fa sáfica. Con todo , una es tro fa sá-fica castel lana o italiana no r e p r o d u c e el c onten ido de una latina; de m o d o que en este caso m i s m o la estro fa sáfica que a d o p t ó a lguna vez B u r g o s q u e d a c o m p r e n d i d a p o r ese m o t i v o entre las «di f icultosas,» y establecida p o r lo m i s m o la neces id ad de variarla (1 ) . Y o dir ía que el t r a d u c t o r d e b e e leg i r una, estrofa que le p e r m i t a conci l iar la fidelidad con la l i b e r t a d d y mostrar , sin p e r j u i c i o de la exact i tud , c ier ta o r i g i n a l i d a p or m e d i o de nuevas f o rmas de expres i ón , de cadenc ia y de armonía .

Y aqu í deb ía p o n e r y o punto , sin sacar a luz, tras las observac iones cr í t i cas , mis def ic ientes ensayos , no sea q u e se piense que intento c o n f i r m a r la doc t r ina con el e j e m p l o , ni que el c o n o c i m i e n t o de causa sea motivo jus to para agra ­var la sentencia des favorable . T r a d u c i r en verso una poe ­sía c o m o 77 Cingue Maggio a r g u y e tal audacia , que mal se p e r d o n a si no se alcanza éx i to c o m p l e t o , ind iscut ib le . A l t r a d u c t o r se le ex ige demasiado , no se le abona la d i f i cu l ­tad venc ida , p o r q u e sólo se examina el resultado; la m e n o r falta se le enrostra , y la c o m p a r a c i ó n con el m o d e l o le ex ­pone a toda clase de acr iminac iones . Cada nuevo t r a d u c t o r c ensura a sus p r e d e c e s o r e s , y no debe i g n o r a r que él, a su vez, h a b r á de ser severamente juzgado . Y sin e m b a r g o no

(1) El dístico latino y el terceto castellano son como moldes de pensamiento perfectamente equivalentes. L a estrofa sáfica nuestra, al traducir la latina o griega, resulta violentamente escorzada; con-pirtiendo el pentasílabo en hepts sílabo (estrofa de Moratín en La Virgen de Lendinara) la estrofa se ensancha, sin perder del todo su fisonomía.

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faltan re inc idenc ias . ¿Será p o r q u e el pe l igro c i e r t o t iene un atract ivo part i cu lar ; que el desastre de los que nos p r e ­c e d i e r o n , en vez de escarmiento , nos sirve de es t ímulo , y q u e n u n c a escasean quienes l leven p o r divisa la frase de P r o p e r c i o : in magnis et voluisse sat est? Di jérase q u e no as­p i ramos al lauro del t r iun fo , que c e d e m o s , sino a la extrava ­gante vanidad del suic idio ruidoso . N o fa l tarán aeronautas q u e s igan las sendas de I c a r o , ni navegantes e m p e ñ a d o s en a r r a n c a r su s e c r e t o a las reg iones polares , así c o m o las ma­riposas y pá jaros n o c t u r n o s no cesan de estrel larse c ont ra los g r a n d e s f o cos de luz artificial.

E n m u c h o s casos el que t r a d u c e un p o e m a , c o m o el q u e copia un c u a d r o , más revela h u m i l d a d que soberb ia p r e s u n c i ó n . U n poeta , o s iquiera e j e r c i t a d o vers i f i cador , q u e t iene ab ier to el c a m p o de la invenc ión , o a lo m e n o s el de la l ibre asimilación de ideas ajenas, e x p l o t a d o sin e s c rú ­pulo p o r los poetas más or ig inales , y que pref iere d e d i c a r su t i e m p o a estudiar y cop iar p a c i e n t e m e n t e una o b r a f a ­mosa, no lanza audaz re to a quien r e c o n o c e p o r maestro , antes b ien , le t r ibuta h o m e n a j e de admirac i ón y respeto . T a l es el sent imiento que respiran las l íneas antepuestas p o r Sul ly P r u d h o m m e a su t r a d u c c i ó n del p r i m e r l ibro del p o e m a De rerum natuia:

« E m p r e n d í esta t r a d u c c i ó n c o m o m e r o e j e r c i c i o , para ped i r l e a1 más robus to y al más prec i so de los poetas el s e ­c r e t o de su j e tar el verso a la idea. M u c h a s veces d e j é de m a n o este t r a b a j o y m u c h a s t o rné a p r o s e g u i r l o , vo lv iendo s i e m p r e al p o e m a de la Naturaleza c o m o al m e j o r g imnas io , s i e m p r e que tenía neces idad de p r o b a r y r e t e m p l a r mis f u e r z a s . . . . E s este un estudio , y nada más q u e un e s ­t u d i o . »

N o de o t ra suer te el g r a n Chen ie r t r a d u c í a e s m e r a d a ­m e n t e trozos y pasajes de poetas g r i e g o s y latinos para p e ­ne t rar el s e c r e t o de varios r e cursos art íst icos .

E l e x a m e n p r o l i j o que se ve p r e c i s a d o a h a c e r de un a u t o r q u i e n le t r a d u c e , al p r o p i o t i e m p o q u e p e r m i t e a p r e ­c iar m e j o r su m é r i t o y p e n e t r a r más h o n d a m e n t e en sus bel lezas , d e s c u b r e t a m b i é n algunas inevitables i m p e r f e c c i o ­nes . E n las notas que van al fin he a p u n t a d o a lgunos d e f e c -tillos q u e , en r e p e t i d a l e c tura , he c r e í d o e n c o n t r a r en / / Cingue Maggio, lo cual p r o b a r á q u e el t r i b u t o de a d m i r a ­c i ón q u e r i n d o a este canto no es i rre f lex ivo y apasionado, s ino « rac iona l o b s e q u i o . »

IL G I N Q U E M A G G I O

Ei fu. S i c c o m e i m m o b i l e , D a t o il mor ta l sospiro , Stette la spogl ia i m m e m o r e O r b a di tanto sp i ro . COSÍ percossa , atónita L a térra al nunzio sta.

M u t a pensando al l ' u l t ima O r a de l l ' u o m fatale ; N e sa q u a n d o una simile O r m a di pié m o r í a l e L a sua c r u e n t a po lvere A calpestar verrá .

L u i f o l gorante in solio V i d e il mío g e n i o e t a c q u e ; Q u a n d o , con vece assidua, C a d d e , r isorse e g i a c q u e , Di mille voci al sonito Mista la sua non ha:

V e r g i n di servo e n c o m i o E di c o d a r d o o l t r a g g i o S o r g e o r c o m m o s s o al súbi to S par i r di tanto r a g g i o ; E sc iog l ie alPurna un cánt i co Che forse non m o r r a .

Dal í ' A l p i alie P i r a m i d i Dal Manzanarre al R e n o , Di que l s e c u r o il f u l m i n e T e n e a d ie t ro al ba leno , S c o p p i ó da Scilla al T a n a i , Dal l 'uno all ' a ltro m a r .

F u vera g lor ia? A i poster i L ' a r d u a sentenza: nui Chin iam la f r onte al Mass imo F a t t o r , che volle in lui Del c r e a t o r suo spir i to P iu vasta o r m a s t a m p a r .

L a proce l losa e t r ep ida Gioia d 'un g r a n d i segno , L 'ansia d 'un c o r che indoc i le

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Serve , pensando al r e g n o ; 4c E il g i u n g e , e t iene un p r e m i o Ch ' e ra follia sperar ;

T u t t o ei p r o v ó : la g lor ia M a g g i o r d o p o il per ig l io , L a f u g a e la vittoria, 45 L a regg ia e il triste esigl io : D u e volte nella po lvere , D u e volte sull ' altar.

E i si n o m o : due secoli , L ' u n coritro l 'a l tro armato , 5 o

Sommessi a lui si volsero, C o m e aspettando il fa to ; E i fe 's i lenzio, ed a rb i t r o S'assise in mezzo a lor .

E s p a r v e , e i di nell 'ozio 55 Chiuse in si b reve sponda , S e g n o d ' i m m e n s a invidia E di p ietá p r o f o n d a , D ' inest iguibi l od io E d ' indomato a m o r . 60

C o m e sul capo al n a u f r a g o L ' o n d a s 'avvolve e pesa, L ' o n d a su cui del misero , A l t a p u r dianzi e tesa, S c o r r e a la vista a s c e r n e r e 65 P r o d e r e m o t e invan;

T a l su que l l ' a lma il c u m u l o Delle m e m o r i e scese ! O h quante volte ai poster i N a r r a r se stesso i m p r e s e , 7 o

E sul l ' e terne pag ine Cadde la stanca man !

O h quante volte, al tácito M o r i r d 'un g i o r n o inerte , Chinati i rai fu lmine i 75 L e b r a c c i a al sen conser te , Stet te , e dei di che í u r o n o L'assalse il sovvenir !

E r ipensó le movili T e n d e , e i percoss i valli, 80 E il l ampo de 'manipo l i , E l ' onda dei cavalli,

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E il conc i tato i m p e r i o , E il cé lere u b b i d i r .

A h ! forse a tanto strazio 85 Cadde lo sp i r to anelo, E d isperó ; ma valida * V e n n e una man dal c ielo , E in piu spirabi l aere Pietosa il t raspor tó ; 9 o

E l 'avvió, pei floridi Sent ier della speranza, A i c a m p i eterni , al p r e m i o Che i desidéri avanza, D o v ' é silenzio e t e n e b r e 95 La g lor ia que passó.

Bella inmorta l ! benéf ica F e d e ai trionfi avezza! Scr iv i a n c o r questo , a l legrati ; Che piú superba altezza 100 A l disonor del G o l g o t a Giamai non si ch inó .

T u dalle s tanche cener i S p e r d i ogn i ria paro la : II Dio che a t terra e suscita, 105 Che affanna e c h e consola, Sulla deserta co l t r i ce A c c a n t o a lui posó .

E L G I N G O D E M A Y O

N o existe ! Y c o m o y a c e inmóvi l , y e r t o C u e r p o que alma tan g r a n d e y a no hospeda , A s í también c u a n d o se d i j o : « H a m u e r t o , » A t ó n i t o , en s i lencio el o r b e q u e d a ;

Y en las horas s u p r e m a s , en la t r u n c a V i d a al pensar de aquel predes t inado , P r e g ú n t a s e si h a b r á quien d e j e n u n c a M a r c a más honda en c a m p o ensangrentado .

V i l e sentado en r e f u l g e n t e t r o n o , Caer , t o r n a r a alzarse, hundirse luego , Y j a m á s , en su t r iun fo o su a b a n d o n o , M e z c l é mi voz a la del vulgo c i e g o .

D e vil l isonja y de c o b a r d e insulto P u r o me vi d u r a n t e su c a r r e r a , H o y , en su ocaso el l u m i n a r ocu l to , E x h a l o un canto q u e quizás no muera .

De l A l p e a las P i r á m i d e s , del Reno A m a g a n d o c e r t e r o al Manzanares , Iba él lanzando el rayo a p a r del t r u e n o P o r cuantas son las t i erras y los mares .

F u e g l o r ia c ier ta? A l t i e m p o ven idero El a r d u o fal lo ; acá la f r e n t e nuestra A l Dios se humil le que en el g r a n g u e r r e r o Dio de al iento c r e a d o r tan larga mues t ra .

E l zozobroso júb i l o que inspira U n g r a n des ignio , la pasión ard iente Del que indóc i l s i rv iendo al c e t r o aspira, Y alcanza audaz lo q u e soñó d e m e n t e ;

Q u é no p r o b ó ? tras el p e l i g r o inmenso M a y o r la g lor ia , t r i u n f a d o r , p r o s c r i t o ; Dos veces semid iós r e c i b i ó incienso, Dos veces del altar r o d ó maldito .

Dos s iglos , éste contra el o t r o a r m a d o Combat ían a m u e r t e : él se presenta , Y tórnanle a m i r a r , y a su m a n d a d o Callan, y entre ellos arbitro se asienta,

Y a a p u r a r fue después lenta agon ía R e l e g a d o a un p e ñ ó n , l e jos del m u n d o , Y allá le s iguen , en tenaz por f í a , R e n c o r inex t ingu ib l e , a m o r p r o f u n d o .

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Cual con ojos errantes la anhelada Playa el náufrago logra ver remota, De la cima de altísima oleada Que cayendo sobre él le hunde y le azota,

Así el héroe agitaba la memoria De su grandeza. Oh, cómo,siempre en vano A trazar comenzó su propia historia, Y lánguida caer dejó la mano.

Cuántas veces, al fin de ocioso día, E n el suelo clavando la mirada Y cruzados los brazos, revolvía Vivos recuerdos de la edad pasada!

En las armas el sol reverberando, Las levantadas tiendas, de bridones El ruidoso tropel; la voz de mando, El pronto obedecer de las legiones!

A h ! y al ver su presente desventura T a l vez d e s e s p e r ó . . . . Mano clemente Acudiéndole entonces de la altura Llevóle a respirar plácido ambiente.

Y por floridas sendas de esperanza A campos le guió donde supera A todo anhelo eterna bienandanza; Y es sombra muda lo que gloria fuera.

Bienhechora Virtud, Fe indeficiente! Agrega esta victoria a tus anales: A l a oprobiada cruz más alta frente Nunca inclinarse vieron los mortales.

Haz que al fúnebre lecho ultraje indigno N o llegue: el Dios que aflige y que consuela, Que postra y alza, descendió benigno Y acogió el alma, y en la tumba vela.

IL G I N Q U E M A G G I O

( S E G U N D A T R A D U C C I Ó N )

H a m u e r t o ! — A s í c o m o inmóvi les Después del suspiro ú l t imo , D e alma tan g r a n d e pr ivados Q u e d a r o n sus restos m u d o s , A s í espantada la t i erra Calla al imprev is to anunc io .

E l fin c o n t e m p l a n d o absorta Del h o m b r e p r e d e s t i n a d o ; Sin saber c u á n d o los t i empos V u e l v a n a t raer pie h u m a n o Q u e su haz ensangrentada M a r q u e con tan h o n d o rastro .

E n el sol io , f u l g u r a n t e , V i o l e impasible mi N u m e n ; V e c ó m o en vaivén cont inuo Cae, y r e s u r g e , y se h u n d e . Y al e s t ruendo de mil voces Y mil, su voz no c o n c u r r e

P u r o de servi l l isonja C o m o de c o b a r d e ofensa. H o y , v iendo súbi to el astro D e s a p a r e c e r , despierta Y en la t u m b a un canto exhala Q u e acaso m o r i r no deba .

El del A l p e a las P i r á m i d e s , Del Manzanares al R e n o , T r a s el r e l á m p a g o el r a y o S i e m p r e g u a r d a b a c e r t e r o ; F u l m i n ó de Scila al T a ñ á i s , Desde un mar al m a r opues to .

F u e eso g l o r ia ve rdadera? L a pos ter idad dec ída lo : A c á la f r e n t e nosotros H u m i l l e m o s al A l t í s i m o Q u e de po tenc ia c r e a d o r a M u e s t r a tan larga dar quiso .

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E l borrascoso , azorado, G o c e de es tupenda e m p r e s a , Ans ias de un p e c h o que indóc i l S irve , soñando grandezas , Y allá va, y su p r e m i o alcanza Q u e esperar lo era d e m e n c i a :

T o d o él lo p r o b ó : la g lor ia Q u e con los pe l igros c r e c e ; L a hu ida y el t r iun fo , alcázar R e g i o , y desolado a l b e r g u e : U n a vez y o t ra en el polvo , Y sobre el altar dos veces .

El dio su n o m b r e ; y dos siglos Q u e a m u e r t e a r m a d o s se retan , N o sin mister io a él se vuelven C o m o de final sentenc ia P e n d i e n t e s : s i lencio manda Y arbitro en m e d i o se asienta.

V a s e , y un vivir y a inútil E n l inde e s t re cho sepulta , B lanco allí de envidia inmensa Y de lástima p r o f u n d a , Y de od ios que no se e x t i n g u e n , Y de a m o r que no se m u d a .

Cual s o b r e el n á u f r a g o el onda Revue l ta y pesada cae . O n d a desde c u y a c ima Dilata, m o m e n t o s hace , U n a mirada angustiosa Hac ia playas, ay ! distantes;

A s í a b r u m a n los r e c u e r d o s A q u e l l a alma in for tunada ! Cuántas veces a los s iglos T r a z a r él su historia ensaya! Y ah! la m a n o desfal lece S o b r e las e ternas pág inas .

Cuántas veces , al cal lado Caer de un sol ing lor ioso , L o s brazos c ruzando , en t ierra Clavó los fu lmíneos o j o s , M e m o r i a s de ant iguos días Asa l tándo le de p r o n t o !

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Y ve allá las t iendas móvi les , L o s forzados parapetos , Y el t r o p e l de los caballos, Y el br i l lar de los aceros , Y aquel m a n d a r apremiante Y aquel p r o n t o acatamiento .

A y ! b a j o tan g r a n desastre Quizá el á n i m o dol iente D e s e s p e r ó . . . . M a s piadosa M a n o del c ie lo desc iende Q u e ase de él, y le traslada A más resp irab le a m b i e n t e ;

Y gu ía le p o r las sendas F l o r i d a s de la esperanza A e te rnos c a m p o s , a un p r e m i o A d o n d e anhelos no alcanzan, D o n d e lo que a q u í fue g l o r ia E s s i lenc io , y s o m b r a , y nada .

F e inmorta l ! V i r t u d exce lsa Avezada a t r iunfos ! goza E s t o a g r e g a n d o a tus fastos : Q u e no se ha visto en la historia Cerviz más fiera incl inarse A n t e el d e s h o n o r del G ó l g o t a !

D e estos restos fa t igados T o d a hostil pa labra a l e j a : E l Dios que aflige y c o n f o r t a , E l Dios que castiga y p r e m i a , S o b r e el t ú m u l o des ierto M i s e r i c o r d i o s o vela.

EPICEDIUM IN NAPOLEONEM IMPERATOREM

A t morta l i s erat ! decessit sp ir i tus ingens , L i t í o r e deser to c o r p u s inane jace t .

At ton i tas r u m o r g e n t e s pervad i t , et ipso E x a n i m o similes o b s t u p u e r e v i ro ,

E t tacite e x t r e m a m p e r p e n d u n t illius h o r a m , Cui d e d e r a n t s i g n u m f é r r e a fa ía s u u m ,

I n c e r t a e an veniat sasclis vo lvent ibus alter P u l v e r e a m tali qui p e d e calcet h u m u m .

V i d i m u s i n n i x u m solio radi isque s u p e r b u m : E n cadit , en surg i t , rursus et inde ruit .

Diverso interea popul i c l a m o r e f r e m e b a n t ; '. N o s í r a q u e testis erat nescia Musa loqui ; N a m , ñeque v i c t o rem servili ex to l l ere plausu,

N e c v i c tum decui t voce minante sequi . N u n c súbi to ext int i s u r g e n s hero is ad u r n a m

Carmina p r i m a c a n a m , for te vetanda m o r i ! Ule, ad P y r a m i d a s térras emensus ab A l p e ,

Scy l laes ad T a n a i n vectus ab usque sinu, Q u a q u e fluentisono d e c u r r i t l imite R h e n u s ,

H e s p e r i i q u e s imul qua fluit unda T a g i , P e r q u é f r e m e n s urbes , g e m i n i q u e p e r a e q u o r a ponti

A d d i d i t accensis fu lmina p r o m p t a minis. T a n t a n e , adepta sibi, d i c e n d a est g lor ia veré?

A r d u a ventur is res d i r i m e n d a cadet ; T a l e semel nobis divina potent ia m o n s t r u m

D u m p r o f e r í , pavidos procubu i sse sat es í . l i l i an imus m a g n o r e i u m mol imine laetus.

I m p e r i i q u e r a p a x , i m p e r i i q u e í e n a x ; l i l i quae so lum d e m e n í i a fingere posse í

P r a e m i a , sub valida vera r e p e r í a manu. M a r t e m ille a m b i g u u m bel l ique e x p e r í u s h o n o r e s

Que i s d e c u s ad j i c iunt spre ta per i c ia n o v u m , R e g a l e s q u e inter p o m p a s í u m i d u s q u e t r i u m p h i s

A c t u s ab i re f u g a est, e x i l i u m q u e pati . O m n e s ille v ices , casus tentavit et o m n e s ,

Bis ca l catur h u m i , bis tona í e c c e D e u s ! Saecula c e r tabant d ú o : v ix sese ille pro fessus ,

N o m i n i s ad son i tum vert i í u t r u m q u e c a o u í . Fata le e x p e c t a n t v e r b u m : ille silentia m a n d a t

A r b i t e r , et m e d i u s numinis instar adest .

— 414 —

M o x procu l a terr is tácito c o m m i t t i t u r aevo, A t q u e a r c t u m in g ) r r u m tristia fata subit .

H u c odia, h u c pietas absentem q u a e r e r e ce r tant , Invidia insequi tur , fidus o b u m b r a t a m o r .

A c veluti e saevae c u m vért i ce nau f ragus undae L i t t o r a adesse videt , non adeunda t a m e n ,

Ipsi qui extu lerant , fluctus se m u r m u r e volvunt , E t vasto p r e m i t u r monte ruent is aquae ;

Sic r e r u m plenos exu l r emin i s c i tur annos, F l u c t i b u s et vitae m e r g i t u r ipse suae.

A h , quot ies veteris voluit m o n i m e n t a labor is T r a d e r e , d u m sineret res m e m o r a r e do lo r !

A h , quot ies , quae aeterna f o r e t , si s c r ip ta fuisset, P a g i n a deserta est def ic iente m a n u !

C o n d e r e c u m solem lentas spec tare t in undas Q u e m l i b e t e multis , t e m p u s inane, d i e m ,

Brach ia c o n n e c t u s stetit , ignea lumina fixus, P r a e t e r i t i rapt im t u m sub iere dies ;

A t q u e vaga immens is memin i t tentor ia campis , A t q u e e q u i t u m turmas p r a e c i p i t e m q u e f u g a m ;

F u l g u r a q u e a r m o r u m , c r e b r o f rac ta i m p e t e castra; N u t u s igna dari , c u n c t a q u e jussa sequi .

A s p i c e i n e x p l e t o miserum nutare tumul tu ! Infirmas vires, spe f u g i e n t e , cadunt .

E c c e b e n i g n a manus cáelo descendi t , et aufer t I m m e m o r e m , atque aura dat mel iore f ru i ;

P e r q u é i ter aer ium duc i t , p e r florea rura , A d quos antevolans spes d o c e t iré locos :

H i c m a j o r votis m e r c e s ; d u m m á x i m a m u n d i Sublata ex ocul is , pulvis et urobra , latent.

A l m a F i d e s , fe l ix , magnis assueta tropaeis , L a e t a r e , et fastis h o c q u o q u e nec te tuis;

N a m q u e illo nullus p e r saecula m a j o r in armis Subdid i t indecor i p e c t u s i n e r m e Cruc i .

Ossibus et c iner i faveas te l lure r e c e p t o , F a c p r o c u l exs t inc to sint mala v e r b a r o g o .

F u l m i n e qui t e r r e t , stratos qui suscitat i d e m E t pater et custos, sola sepu l c ra tegit .

E I U S D E M G A R M I N I S T R A N S T L A T I O A L T E R A

IN A. D. III NON. MAI.

E r g o praeter i i t ! S icut et i m m e m o r O r b u s tanta anima t r u n c u s iners iacet , R u m o r e m acc ip iens attonita o b s t u p e t

V a s t o T e r r a si lentio ;

Fata l i sque hominis p e r t a c i t u m u l t imam H o r a m c o m m e m o r a t , nec scit an exeat U n q u a m qui paril i calce terat s u u m

M i x t u m sanguine p u l v e r e m .

F r u s t r a i l lum solio f u l g e r e v iderat , N i l noster Genius ; c e d e r é , s u r g e r e A l te rn i s v i c ibus ,—mi l l eque voc ibus

V o c e m i u n g e r e noluit .

A t n u n c , indecorae laudis, et i m p r o b a e P u r u s saevitiae, tale videns i u b a r S u b m e r g i , e x c u t i t u r , c a r m e n et elicit

D i g n u m forsitan haud mor i .

Ule ad P y r a m i d a s ibat ab A l p i b u s , A u t R h e n o ign ipotens inminet aut T a g o ; In S c y l l a m , in Tanaim, p e r g e m i n u m m a r e

P l e n u s fu lmin ibus tonat .

Q u i d c e r t e emer i tus? Solvite , poster i , Causam diff ici lem. N o s capita ad P a t r e m C u r v e m u s , voluit p r o m e r e qui suae

S i g n u m tale potent iae .

M a g n i proposi t i t ú r b i d a gaud ia , F e r v e n t i s t rép idos co rd i s anhel itus, D u m r e g n u m insequitur p r a e m i a q u e arr ip i t

A d quae t e n d e r e erat f u r o r ,

Cuneta i 11 í p r o p r i a haec : p r a e q u e p e r i c u l o L a u r u s nobi l ior , g l o r i a q u e et f u g a , A u l a a tque ex i l ium: pu lvere bis iacet ,

A r i s bis deus insidet .

— 416 —

N o m e n p r o d i d e r a t : cura d ú o saecula C e r t a r e n t , se ad e u m v e r t e r é , fa taque E x p e c t a r e s imul ; r i te si lentio

F a c t o , inter fu i t arb i ter .

I n g r a t o steril is m a r g i n e c laudi tur ; I n g e n s Invidia et p a r Miserat io Cer ta t im h u c subeunt , insatiabiles

H u c Irae indomi tusque A m o r .

A c mult is ut aquis fluctus agens p r e m i t Q u e m n u p e r tenuit vér t i ce in a r d u o S u s p e n s u m , u n d e miser nau f ragus hospita

F r u s t r a l i ttora c e r n e r e t ,

S i c m e n s o b r u i t u r , p lur ima cog i tans ! O ! sese quot ies t r a d e r e poster is S c r i p t u r u s volnit , fessaque, paginis

V i x coept is , cec id i t manus.

O ! so lem quot ies o c c i d u u m videns, F i x i s fu lminé is lumin ibus solo, I n n e x i s q u e s u p e r p e c t o r e bracch i i s ,

L u x i t praeter i tos dies.

O c c u r r u n t i t e r u m vela fluentia, A r m i s rupt i aditi , f u l g u r a q u e a g m i n u m Effusa unda e q ü i t u m ; conc i ta vix ducis ,

P a r e n d i o c i o r Ímpetus .

E h e u ! quantus adest m o e r o r ! ut illius V i r e s def ic iunt , spes fug i t u l t i m a ! — Cáelo d e x t r a po tens devenit , et pia

P u r u m tollit in aera ;

In s a c r u m inde n e m u s florida semita D u c i t , Spes comitat , vota ubi p r a e t e r i t M e r c e s , a tque h o m i n u m g lor ia d isper i t

U m b r i s m e r s a silentibuS.

A l m a , in tegra F i d e s , s e m p e r h o n o r i b u s V i c t r i x aucta novis, h u n c q u o q u e v ind ica ! F r o n s h u m a n a pr ius nul la s u p e r b i o r

T r i s t i est subd i ta G o l g o t h a e .

A s p r o tu c iñeres e x i m e v e r b e r e Defessos n i m i u m . Q u i p r e m i t et levat, Af f l i c tosque P a r e n s ipse resuscitat ,

Desertútn ad t u m u l u m sedet .

N O T A S

El 5 de m a y o de 1821 mur ió N a p o l e ó n en Santa Ele­na. Manzoni (n. Milán 1784, 1873) , aunque autor ya de los Inni Sacr¿ (1810) y de su p r i m e r a t raged ia r o m á n t i c a II Conté di Carmagnola (1820) , vivía p o r aquel t i empo casi desconoc ido en Italia, dice T o m m a s e o , c u a n d o esta oda vino a hacer saber a la nac ión, c o m o cosa nueva, que tenía un poeta. Hal lábase el poeta , c u a n d o rec ib i ó la not ic ia de aquel a contec imiento , en el j a r d í n de su quinta de Brusu -gl io (17 de m a y o ) . P r o f u n d a m e n t e impres ionado med i t ó , escr ib ió el día 18, re toce lo escr i to el 19, y no volvió a p o n e r mano en ello. E n carta a César Cantú dec ía : « D e s p u é s de tres días, p o r dec i r l o así, di convulsione, en que he c o m ­puesto esta corbeHería,» e tc . P o r una parte el poeta i n s p i r a ­do sintió que aquel lo que escr ib ía p o d r í a ser d igno de la inmorta l idad , y así lo e x p r e s ó (v . 324 ) c o m o tantos o t ros ant iguos poetas de su nación, Exegi monumenium ( H o r a t . C a r m . 3. 3 0 ) , p e r o t e m p l a n d o el g r i t o de su conc ienc ia o r -gullosa con un crist iano 3r modesto forse tal vez); por o t ra p a r t e , c onsecuente con esta modestia, p rop ia de su c a r á c ­ter , no se cu idó de sacar a re luc ir su poesía; de tal m o d o que / / Chique Maggio, esta oda mil veces pub l i cada en su or ig ina ! y en múltiples t raducc iones , no vino a ser dada a luz p o r medio de la i m p r e n t a sino en jun io de 1822, y no en la patria del autor , sino en L u g a n o , p o r el p ro f esor P i e t r o Solett i di O d e r z o , Erifanto Eritrense, que habiéndola t ra ­d u c i d o detes tab lemente en e x á m e t r o s latinos, la dio a la estampa, no e m p e r o sin la venia del autor , en edic ión tan incor rec ta que en la por tada misma aun el n o m b r e a c a d é ­mico del t raduc to r Eritrense aparece t r o c a d o en Cretense, y el de pila del poeta Alessandro en Alessadro: II giorno quinto di maggio voltato in exametii latí ni da Eríjante Cre­tense (Erittensé) con leltera al traductore di Alessadro (Alessandro) Manzoni.—Lugano, presso Francesco Neladhii o Comp. ( 1 8 2 2 ) . L a oda inmorta l aparec i ó así, en ed ic ión raquí t i ca y p lagada de erratas , y amparada p o r una t r a d u c ­c ión latina pésima. L a p r i m e r a ed ic ión del autor mismo es del año 45 en la c o l e c c i ó n : Opere varié di Alessandro Man­zoni, edizione riveduta dalP autote.—Milano: dalla tipografía di Giuseppe Redaelli, iSjj. L a s e g u n d a edic ión autorizada p o r Manzcn i es del año 1870: Opere varíe (ut s u p r a ) — M i ­lano. StabiUmento Redaelli dei FratelU Rechiedei. 1870. Esta s e g u n d a ed ic ión del autor aparece c incuenta años después

M. A. Caro—Traducciones—27

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de escritas aquellas nueve ( o si se qu iere diez y o c h o aladas estro fas ) , 792 sílabas, que pueden escr ib irse p o c o m a s o menos en diez minutos in terpre tadas ya en todas las l e n ­guas europeas . V e n g a H e r b e r t S p e n c e r u o t r o eminente soc ió logo a exp l i car ese f e n ó m e n o .

M e d i t e C a r d u c c i .

L o s n ú m e r o s se ref ieren a los versos del t e x t o italiano. 1. Ei fu. R i c c i t r a d u c e < I a m fuit . » « I a m » debil ita

la expres i ón , y p a r é c e m e que « f u i t » no p u e d e emplearse de un m o d o absoluto , sin un nominat ivo que sea al mismo t i em­p o p r e d i c a d o , c o m o en « f u i m u s T r o e s , fuit I l i on» : « T r o e s , > « I l i on» son t ítulos g lor iosos que indican la i m p o r t a n c i a y g randeza de las cosas que desaparecen . « Iam fu i t » y aun «ille fu i t » nada expresa . N o sé hasta q u é punto sea p r o p i o en italiano el i m p e r f e c t o latinismo «ei f u . » M á s natural me parece , p o r el c o n t e x t o , el « ¡o fu i » de L e o p a r d i , Le Ricor-danze.

N o p u d i e n d o dec irse en latín « fu i t , » prec i so es ve r t e r esta expres i ón p o r f o r m a s equivalentes ; p o r e j e m p l o :

Vixit et excedit: diffugit spiritus ingerís . . . . At mortalis erat: decessit . . . .

( «decess i t » m e j o r que «d i f fug i t , » p e r o inasociable, en la l í ­nea anter ior , a « e x c e d i t » ) .

lile adeo cecidit . . . .

( « a d e o , » en el sent ido afirmativo con que lo usa V i r g i l i o , espec ia lmente después de « j a m q u e , » « m i n e » o de un p r o ­n o m b r e personal : «s í , él ha muerto?J .

lile jacet cer te . . . .

( « T r o j a jace t c e r t e , » Ovid . H e r . 1.3, « j a c e t e c ce T i b u l l u s , am. 3 . 9 . - 3 9 ) .

Hunc quoque mors tetig-it.. . . Cursum il!e explevit.. . .

( C r e o que esta es la f o r m a que m e j o r expresa el p e n ­samiento or ig inal , p o r q u e «ei fu» significa p r o p i a m e n t e « c u m p l i ó su misión,» « c o m p l e t ó su c a r r e r a . » L a f o r m a ín ­t egra es la que e m p l e ó V i r g i l i o en aquellas palabras d e Dido m o r i b u n d a : « V i x i et q u e m dedera t cursum f o r t u n a , p e r e g i . » Sólo que pud ieran tacharse dos sinalefas juntas al p r inc ip i o del p r i m e r verso ) .

— 419 —

En quo pervenit.

A d o p t é la f o r m a que ha visto el l e c to r en la versión l a ­tina, y en castellano la expres i ón « n o ex is te» « ¡ P a s ó ! » ( R u b í ) es expres ivo , p e r o da la idea de una figura que des­fila y desaparece , de un m e t e o r o que se ocul ta , y no cuadra , p o r esto, con la i m a g e n de los despo j os morta les , que viene l u e g o .

P o r lo demás , el a r r a n q u e de esta oda es una r e m i n i s ­cenc ia ev idente del comienzo del Himno a la Resurrección p u b l i c a d o por el poeta , con los demás inni sacri, seis años antes ( 1815 ) :

E risorto.

1. Siccmme. L a c o m p a r a c i ó n parece algo forzada, e intempestiva en la p r i m e r a l ínea esta f o r m a re tór i ca , que c o r r e s p o n d e a un acto ref lexivo incompat ib le con la misma e m o c i ó n de sorpresa y a s o m b r o de que el poeta supone po­se ído el m u n d o . En la versión castellana me ceñ í al o r i g i ­nal; en latín llevé la c o m p a r a c i ó n al verso 4, a tenuándola p o r m e d i o del ad je t ivo «s ími les . »

2. moitalsosfiió). E n algunas edic iones leo respiro. Dícese « m o r t a l » de lo que causa la m u e r t e , y también de lo que la anuncia , c o m o « s e m b l a n t e m o r t a l » ; no obstante , la expres i ón « m o r t a l susp iro» p a r e c e i m p r o p i a , e impl i ca a lo m e n o s c ierta con fus ión de ideas: c u a n d o se exhala el último aliento vital, s obrev iene la m u e r t e . F e r n á n d e z A n d r a d a , en la c é l e b r e Epístola moral, d i j o con tanta c o r r e c c i ó n c o m o e leganc ia :

Como los ríos en veloz corrida Se llevan a la mar, tal soy llevado Al último suspiro de mi vida.

5. percossa, attonila). P a r e c e c o m o si Manzoni hubiese tenido presente aquel pasaje de Ov id io :

Sic cum manus impia saevit Sanguine Caesareo romanum extinguere nomen, Attonitum tanto subitae terrore ruinae Humanum genus est, totusque perhorruit orbis.

O VID. Met. 1.200

P r o b a b l e m e n t e es una involuntaria co inc idenc ia .

8. uom fatale. « E l h o m b r e p r e d e s t i n a d o . » « T o m a d a en buena parte esta expres i ón , r e c u e r d a el " fa ta le A e n e a m , " y es más latina que italiana.» N i c . T o m m a s i . — « F a t a l , » en castel lano, d isonaría : me ha p a r e c i d o m e j o r resuc i tar el t e r m i n o « h a d a d o , » que da la idea de un g u e r r e r o de e n c a n -

— 420

tadas armas o revest ido de p o d e r p r e t e r n a t u r a l . H a r t z e n -busch , en su segunda t r a d u c c i ó n , e s c r ibe , y no mal , «e l h o m b r e del dest ino .» E n la versión latina e s c r ib í p r i m e r o , s igu iendo las pisadas de R i c c i :

Et longum tacitis supremam mentibus horam Fata'is repetunt magnaque facta ducis.

R I C C I :

Sic psrculsa stetit tellus rumore, siletque Fatalis reputans fata suprema, ducis.

9. Né sa.. .. « N o falta quien tache de i m p r o p i a la expres i ón . V a l e : " N é sa quando un piede mortale ve r rá a s tampare u n ' o r m a simile sulla sua po lvere c r u e n t a . " N ó t e ­se que una es la p r o p i e d a d de la prosa y o tra la de la l í r i ca . N i las g r a n d e s obras de arte se han de juzgar en r i g o r ma­t e m á t i c o . » P u c c i a n t i .

En el final de la p r i m e r a estrofa y p r i m e r o s versos de la s e g u n d a ( « p e r c o s s a . . . . m u t a . . . . pensando . . . ne sa» ) la t ierra es el c o n j u n t o de las naciones, y está personi f i ca­da c o m o un s e r moral que se asombra , e n m u d e c e y medi ta . El «sua po lvere» del v. 11 presenta a la t i erra b a j o un as­p e c t o material , y daña al e f e c to de la personi f icac ión. En latín resulta más patente la i m p r o p i e d a d del posesivo. R i c c i t r a d u c e :

Nescia mortalis pes an vestigia rursus Tanta sito figet pulvere sanguineD.

A d v i é r t e s e además aqu í que «nescit a m » pide s u b j u n ­tivo, y que «suo , » fuera del inconveniente intr ínseco i n d i ­cado , t iene el de que g r a m a t i c a l m e n t e deb ie ra re fer irse al nominat ivo pes, que es el su j e to de la orac ión en que el po­sesivo está e n c a j a d o .

N ó t e s e cuánto disuena el posesivo en la versión de P e ­sado :

Muda, pensando e i la última Hora del hombre fiero, Ni sabe cuándo intrépido Otro mortal guerrero Como él su polvo fúnebre Sangriento pisará.

Con más prop iedad y fuerza t r a d u j o H a r t z e n b u s c h , desechando el posesivo:

Piensa en las horas últimas Del adalid, y calla Dudando si en el hóirido Polvo de la batalla Otro varón tan ínclito L a huella estampe ya.

— 421 —

En su segunda versión, H a r t z e n b u s c h t rató de r e p r o ­d u c i r con más fidelidad « l ' u o m fatale» y « o r m a di pié m o r ­ía le , » p e r o con mal éx i to en el c o n j u n t o , y s obre todo en el final de la estro fa :

L a hora contemplan última Del hombre del destino Y dudan que en el cárdeno Polvo de su camino Pie de mortal imprímase Que le semeje ya.

A q u í el posesivo no disuena, p o r q u e no se refiere a la t i erra sino a «el h o m b r e del dest ino , » su je to sustancial o idea dominante del p e r í o d o ; p e r o resulta o tra i m p r o p i e d a d , pues uo se trata de que o t r o g u e r r e r o o conqu is tador p u e ­da d e j a r igual huella en ; ¿ - « ( ; / c a m p o , sino en la e n s a n g r e n ­tada haz de la t ierra . lió??ido, /únebte, cárdeno ( G a r c í a de Q u e v e d o y H a r t z e n b u s c h , 2 a ) no satisfacen en lugar de « c r u e n t o , » que es el ep í te to prop io . ¡Fuerza del e s d r ú ­j u l o ! . . . .

10. Orina de fié moríale). L a i m a g e n ser ía más prop ia si se tratase de un héroe o g igante fabuloso c o m o H é r c u l e s . E l inevitable r e c u e r d o de la p e q u e ñ a estatura de N a p o l e ó n se in te rpone en la imag inac ión y hace desear que el pensa­miento que en sí mismo es v e r d a d e r o se hubiese e x p r e s a d o en f o r m a más inmater ia l , o que se aludiese a los e f e c tos , aunque materiales , del g ran p o d e r del caudil lo , no prec isa ­mente a la huella de su pie.

Con e f e c t o : Si del corso estremecieron Las miradas fulminantes A los pueblos que le vieron, Fue porque hombros de gigantes Sustentábanle los pies.

H A R T Z E N B U S C H , El dos de Mayo. « P i e m o r í a l e , » p o r otra parte , está nimium vicinus del

« m o r t a l sosp i ro»y « g r a b a r » se repite en sent ido mora l en el v. 36. Bien habr ía h e c h o el poeta en m u d a r el p r i m e r « m o r t a l e » y la p r i m e r a « o r m a » si este c a m b i o no hubiese e x i g i d o a lguna o t ra a l terac ión inconveniente .

15. vece assidua. E s t o e s , « p e r v i c e n d e cont inué , » o s e a , en r iguroso t u r n o de per ipec ias . Assidua me p a r e c e a q u í un t é r m i n o i m p r o p i o : «alia idea d 'assidua quella di vece r e p u g n a dice N i c . T o m m a s i .

23. urna). Este t é r m i n o s u g i e r e la idea de la c r e m a ­ción pagana , y p u g n a con «la spogl ia i m m e m o r e , » v. 3, con «la deserta c o l t r i c e , » v. 107, y con la verdad de los hechos . T o m m a s i lo ref iere a la escuela de F o s e ó l o :

All 'ombrAde' cipressi e dentro l ' u r n e . . . .

25. Estas expres iones « d a l l ' A l p e alie P i r á m i d e , » «da l Manzanarre al R e n o , » « d a S c i l l a al T a n a i , » t raduc idas , así escuetas , al latín ( « A l p e ad P y r a m i d a s , » «a Scy l la ad T a -nain ,» R i c c i ) p r o d u c e n mal e f e c to . R e q u i e r e n a lguna, aun­q u e sobr ia , e x o r n a c i ó n . El Manzanares no es menc ionab le en verso latino. R i c c i t r a d u c e «h i spanuo ab i lumine , » c o m o si no hubiese más que un r ío español. C o m o se trata de alu­dir a las g u e r r a s de España, y no s iendo posible segu i r fiel­mente el t ex to , me parec i ó bien, en la versión latina, m e n ­c ionar el h istór ico T a j o , c o m o ya lo hizo H a r t z e n b u s c h en su p r i m e r a versión castellana, y luego P e s a d o . H a r t z e n ­b u s c h , en la s egunda versión, sust i tuye el « G u a d a r r a m a . »

E n la versión española o m i t í a Scilla. P u d e r e p r o d u c i r t oda la g e o g r a f í a del t ex to d i c i endo :

Del Alpe a las Pirámides, del seno De Scila al Tañáis, y del Rin a Henares . . .

P e r o esta condensac ión sería algo violenta y dañaría al e f e c t o que trata de r e p r o d u c i r s e , amén de la caco fon ía Rin a Hen....

27, 28. Di qael si curo il fulmine Tenea dietro ü baleno). H a r t z e n b u s c h t r a d u c e : p r i m e r o

E l rayo que el relámpago Lanzaba aquel guerrero;

Y aun m e j o r a el texto , p o r q u e Tema dietro es e x p r e ­s ión débi l . L a t empestad anunc ia el p o d e r de Dios : « Q u i faci angelos tuos spir itus, et ministros tuos i g n e m u r e n t e m » ( P a s l m , 103); «Cáe lo t onatem c r e d i d i m u s Jovem r e g n a r e » ( H o r a t . C a r m . 3. 5 ) . La g u e r r a es una t empes tad , y los conqu is tadores i m á g e n e s en la t ierra de un Dios v e n g a d o r .

—praesens divus habebitur Augustus, adjectis Britannis Imperio, gravibusque Persis

H O R A T . , ib.

—Caesar dum magnus ad altum Fulminat Euphratem bello.

VIRG. C. 4. S 6 0 .

N a p o l e ó n fue un « T o n a n t e t e r r e s t r e , » tal es en el f o n d o la idea. P a r e c e que el poeta hubiese q u e r i d o d e c i r q u e la luz del r e l á m p a g o ( f o g o n a z o s ) iba delante del g r a n g u e r r e ­r o , anunc iando a distancia el destrozo que causaba con sus rayos (asaltos y batal las ) . C o m o el uso de la art i l ler ía ha h e c h o más exac ta la c o m p a r a c i ó n de la t empestad con la g u e r r a , p u d o el p o e t a d e c i r que el t r u e n o anunc iaba el r a y o , o sea q u e las detonac iones le janas eran el e co pavoroso de sus t r iunfos . P e r o la idea más adecuada para p intar el p o -

— 423

d e r terr í f i co de un t r iun fador que avanza es la de la si­multaneidad del e m p u j e , el f r a g o r y el destrozo : Veni, vidi,

No hay ardor que resista A'. ímpetu y ardor del león de España, Que vino, vio y venció. Y el agareno Probó, de susto lleno, A un tiempo amago y golpe de su saña. Cual suele ver, no sin mortal desmayo, Rasgarse en ronco trueno L a s pardas nubes y abortar el rayo, E l pasmado pastor, y todo junto. Arder cielo y encina a un mismo punto.

L Ü Z A N , Canción a la conquista de Oran.

Vibratus ab aethere fulgor Cum sonitu venit, et ruere omnia visa repente

V I R G . , A. 8 , 5 2 5 .

R u b í t r a d u c e e l e g a n t e m e n t e :

El rayo del coloso Del relámpago en pos siempre estallando Con eco pavoroso.

Pesado : En alas del relámpago Lanzó su diestra el trueno.

F o r m a feliz si la r ima le hubiese p e r m i t i d o c a m b i a r trueno p o r ?ayo, v e rb igrac ia :

En alas del relámpago Lanzaba el rayo horrendo

H a r t z e n b u s c h en su segunda versión dañó , en este lugar c o m o en o tros , la p r i m e r a :

Lanzó tras el relámpago El la celeste llama.

Garc ía de Q u e v e d o d e s t r u y e la imagen conv i r t i endo el tonante g u e r r e r o en g igante de l ibros de cabal ler ía , y des­t r u y e en seguida esta nueva g r o t e s c a i m a g e n con la idea abstracta :

Al son de su estentórea Voz se humilló el destino

Se h u m i l l ó . . . . el enano ( d e algún casti l lo) es lo que natura lmente o c u r r e , y así los dos versos p o d r í a n i n c o r p o ­rarse en el c u e n t o de M e ñ i q u í n .

In quel modo che fulmine o bombarda Co'l lampeggiar tuona in un punto e scoppia, Moveré ed arrivar, ferir lo stuolo, Aprirlo e penetrar fu un punto solo.

TASSO, Ger. Conq. 15 . 5 5 .

— 424 —

29-30 . Ovidio hablando de la f or tuna :

Quaque ruit, furibunda ruit, totumque per orbem Fulminat, et caecis caeca triunphat equis

Consd. Liv. 73.

30. R e p r o d u c c i ó n de un verso del h i m n o Pentecostés:

Che le tue tende spieghi Da l'uno a Paltro mar;

D o n d e el poeta a su vez t r a d u j o ( y lo cita al p i e ) aquel pasaje de los salmos 71, 8: « E t dominab i tur a mari usque ad m a r e . »

31. 36. « ¿ F u e aquel lo verdadera g lor ia? Dec ída lo la poster idad . A nosotros , asombrados testigos, tócanos sólo adorar al A l t í s imo H a c e d o r , que quiso dar al m u n d o con este h o m b r e f enomenal una muestra de su o m n i p o t e n c i a . » R e p r o d u c e el sent imiento de las pr imeras estrofas .

V i rg i l i o , hab lando del m a l o g r a d o j oven M a r c e l o , d i jo , en rasgo c é l e b r e :

Ostendent terris hunc tantum íata, ñeque ultra esse sinent.

Aen. 6, 869.

Esto es: « L o s hechos le mostrarán apenas al m u n d o , sin p e r m i t i r que bril le en todo su e sp lendor . »

Dios mostrólo un día A l mundo, y luego lo volvió a ocultar,

J. E . C A R O , Epitafio de M. Tobar.

El pensamiento es uno, en cuanto se r e c o n o c e que Dios es el autor de toda grandeza o p o d e r , doqu ie ra que éste se local ice o part i cu lar i ce ocas ionalmente ; p e r o en su apl ica­c ión la d i ferenc ia raya en antítesis. V i r g i l i o : « L o s H a d o s le mostraron al m u n d o y no quis ieron que bril lase más» ; c o m o si se indicase un sent imiento de envidia de los H a d o s , o de t e m o r de que aquel e m b r i ó n hubiese de c r e c e r d e m a ­siado. Manzoni , p o r el contrar io , da a e n t e n d e r c o m o si el P o d e r Divino hubiese h e c h o un esfuerzo especial para c r e a r aquel h o m b r e y d e m o s t r a r en él toda su fuerza c r e a d o r a .

Sin duda es más poét ico en este lugar V i r g i l i o : el fu tu ­ro c ont igente , c u b i e r t o p o r súbita s o m b r a vale más que el m a y o r esfuerzo realizado: lo ideal más que lo real.

32. nui.. .. De m u c h o s modos diversos he escr i to el d íst ico latino c o r r e s p o n d i e n t e a este p a s í j e sin q u e d a r nun­ca del t odo satisfecho. Ser ía versión más fiel en los t é rmi ­nos, aunque no pre fe r ib l e a la adaptada en el t ex to latino, esta:

Ast tali fulget dum rerum Maximus Auctor Prodigio, in vultus nos cecidisse decet.

— 425 —

Ricc i t r a d u c e : Ardua postgenitis tantarum arbitria rerum; Nos decet ante Deum tangere fronte solum. Namque impressa animis hunc sumus signa Creator Virtutis voluit máxima ferré suae.

Hunc, signa, máxima, dislocados p r o d u c e n una cons­t r u c c i ó n violenta y confusa.

E l plural «arb i t r ia r e r u m * no r e p r o d u c e la cuest ión c o n c r e t a « fu vera g lor ia?» « A n t e D e u m , » « t a n g e r e f r onte so lum, » « f e r r é s igna impressa animis ,» no satisfacen c o m o frase latina. Tangere fronte solum da de sí una idea material c o m o fronte jeiit terram, V i r g . Aen 10, 349. y no la mora l de rel igioso t e m o r , expresada por Manzoni en «Chin iam la f r o n ­te . » P o r lo demás , si en las lenguas modernas uno inclina la f rente , y muchos inclinan también « la f r e n t e , » en latín no p u e d e decirse que m u c h o s tengan caf>ut. -fiectus sino cá­fila, fectora, e tc .

34. In luí. Dios quiso dar una muestra ex t raord inar ia de su podei re f le jándolo grat is en un h o m b r e , en una cr ia ­tura suya, que lo mismo p u d o l lamarse N a p o l e ó n que A l e ­j a n d r o o G e n g i s - K h a n . El p o d e r del h o m b r e es pres tado . El p r o n o m b r e personal lu¿ no responde con prec i s ión al sent imiento cr ist iano que el autor ha e x p r e s a d o , p o r lo d e ­más, con c lar idad y fuerza.

P e s a d o t raduce «su c r i a t u r a » ; H a r t z e n b u s c h «el h o m ­b r e , » ref ir iéndose así a la especie h u m a n a representada ocas ionalmente por un indiv iduo ; p r i m e r a vers ión :

Si esta fue gloria dígalo Futura edad; la nuestra Humíilese al Altísimo, Porque tan larga muestra De su creador espíritu Quiso en el hombre dar.

S e g u n d a (del mismo H a r t z e n b u s c h ) :

Si esto fue gloria, juzgúelo Futura edad: la nuestra Humíllese al Altísimo Que dilatada muestra De su potente espíritu Quiso en el hombre dar.

La modi f i cac ión , aqu í c o m o en o t ros lugares , desgra ­ciada. « L a r g a mues t ra» y « c r e a d o r e sp í r i tu » son induda­b l e m e n t e pre f e r ib l e s a «d i latada m u e s t r a » y « p o t e n t e es;-p í r i t u . »

36. V é a s e la neta al v. 10.

37. 48. L a t r a d u c c i ó n de estas dos estrofas p o r H a r t ­z e n b u s c h me parece admirab le , i n m e j o r a b l e :

— 426 — El zozobroso júbilo

Que un gran designio cría, Los indomables ímpetus De quien reinar ansia Y obtiene lo que fuérale Vedado imagin r.

Todo lo tuvo: obstáculos Grandes y grande gloria; Y proscripción y alcázares. L a fuga y la victoria. Se vio dos veces ídolo Y dos rodó su altar.

Al re fund i r esta t r a d u c c i ó n Hartzenbusch no t o c ó de esta estrofa sino el ú l t imo verso, para dañar lo :

Dos pereció su altar.

Con el verbo « p e r e c e r » pál ido, amén de i m p r o p i o en la ocasión, b o r r ó la i m a g e n de d e r r u m b a m i e n t o que el v e r b o « r o d a r » despierta c o m o equivalente sustancial de «nel la pol -v e r e . »

E l único c a m b i o que y o habr ía p r o p u e s t o sería el de « o b t i e n e » p o r «a lcanza,» p o r q u e este v e r b o expresa m a y o r esfuerzo que el o t ro , y c o n él se evitaría además la repe t i ­c ión obtiene, tuvo.

43. Tutto ei-provó. « Y p o r t odo pasó , » t r a d u c e R u b í en frase del m e j o r sabor castellano, aun c u a n d o el D i c c i onar i o no reg i s t re este mod ismo .

46. La reggiae U triste csiglio.

Cum súbito in medio rerum certamine praeceps Corruit e patria pulsus in exilium.

V I R G . C A T . 12. 7. 55. 60.

E sparve e i di nell ozio Chiuse in si breve sponda, Segno d'inrrensa invidia E di pietá profonda, D'inestinguibil odio E d'indomato amor.

Ozio, invidia, odio ital.; ocio, envidia, odio, cast . , son en una y o tra l engua palabras llanas en med io de v e r s o . Contráense además en una sílaba, en italiano, también en m e d i o de verso , otras c o m b i n a c i o n e s de vocales que h o y en castel lano s i e m p r e se disuelven, c o m o abbia, dicea. M a y o r razón pues d e b í a h a b e r en italiano que en castel lano para cons iderar graves o llanas a fin de verso tales vocablos , c o m o ozio, invidia, odio.

Diríase que en un p e r í o d o r í t m i c o el sitio inf luye en la pro lac ión de las vocales c o n c u r r e n t e s , premiosas en m e d i o

— 427 —

d e verso ( d i p t o n g o ) , ho lgadas al fin (h iato ) . L a observac ión es exacta , b ien que esta h o l g u r a o aper tura de sonidos nun­ca sea igual en las l enguas r o m a n c e s a la que p r o d u c e la interpos i c ión de una consonante : indio será s i e m p r e distin­to de índico. P e r o d e j a n d o aparte esta o b j e c i ó n y c o n c e ­d iendo que al final de verso las vocales seguidas se disuel ­ven, natural ser ía que s i e m p r e se disolviesen allí; que indio valiese s i e m p r e tres sílabas en este sitio, y fuese en él, p o r lo mismo , esdrú ju lo . N o s o t r o s t o m a m o s indio s i e m p r e y en todo lugar c o m o voz llana, distinta; los italianos emplean voces tales a fin de verso c o m o esdrú ju las o c o m o llanas, s egún les conviene para sat is facer las ex igenc ias métr i cas ; esdrújulas c o m o en la estrofa que da mater ia a esta nota ; g raves c o m o en esta o tra ( 4 3 — 4 6 ) ; en la q u e . c o m b i n a d o s c on los mismos falsos esdrú ju los , aparece de bul to la i n c o n ­secuenc ia :

Tutto ei provó: la gloria Maggior dopo il periglio, L a fuga e la vittotia L a reggia e il tristo es ig l io . . . .

Gloria y vUtoiij, l lanos, perigUo y es'gHo, e n t r e m e z c l a ­dos ahí mismo, esdrú ju los . ¿ P o r q u é tal d i f erenc ia? ¿Axaso el l e c tor la establece en la e l o cuc ión? ¿Acaso la p e r c i b e el o ído? N ó , c i e r t a m e n t e .

A u n más patente se advierte la inconsecuenc ia en la m é t r i c a latinizada de C a r d u c c i , verb igrac ia , en sus estrofas alcaicas, que en los dos p r i m e r o s versos con finales e s d r ú ­ju los r e m e d a n los dácti los , y el t e r c e r o y cuar to se a c o m o ­dan , con voces llanas, o hab lando con más p r o p i e d a d , a f ína­les que t ienen la penúl t ima sílaba prec i samente larga . Y c o m o q u i e r a que en latín tibia, v e rb igrac ia , es tr is í labo, b r e v e la penúlt ima, nada o b j e t a r e m o s , desde el punto de vista del r e m e d o métr i c o , en una estrofa c o m o esta:

Dal rosso Adamo crebbe a Vesilio II lavorante primo: soveichio Gli parve nel mondo un fratello: Truce rise su'l percoso Abele

La Guerra.

P e r o aceptada esa regla , c ó m o admit i r c o m o e s p o n d a i -c o lo que antes fue dact i l i co en la misma oda, p o r e j e m p l o , en el t e r c e r verso de la estrofa :

De l'unico Alian solitario

O en el c u a r t o :

Fervere sentendo la bataglial

M á s l óg i ca , más r igurosa es nuestra m é t r i c a en esta p a r t e , y de a q u í resulta una nueva dif icultad para los q u e

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intenten t r a d u c i r en igual medida estrofas italianas que tengan c iertos finales esdrújulos . E n sus versiones de esta oda, acog iéndose a insólita l i cencia , G a r c í a de Q u e v e d o e m ­pleó c o m o esdrú ju los solio, encomio, -premio, e tc . , y P e s a d o solo, asiduo. H a r t z e n b u s c h , m á s s e v e r o , sólo i n c r o d u j o c o m o tales las voces lañáis y héroe, que por la co locac ión de las vocales se aprox iman más a aquella acentuac ión que otras palabras, tales c o m o las citadas, ocio, envidia, en que la vo­cal débi l p r e c e d e a la llena.

Ester l r i ch dice a este propós i to :

« P o r más que mi entusiasmo sea e x t r a o r d i n a r i o en lo que se refiere a la m o d e r n a poesía l ír ica italiana, aun ma­y o r es el entusiasmo que pro feso a la lengua castellana, y no quisiera jamás verla t o r turada con las galas exót i cas de es­drújulos que no lo son ni lo han sido nunca, sino ve? daderas palabras llanas terminadas en diptongo, o verbos a t ibor ra ­dos de postf i jos,» etc . Antología p. 401).

56. ln si brevs sponda.

Invidia me spatio natura coercuit acto, Ov. T . 2. 531.

66. Invan. Este adverb io modifica a scorrea y no a re­móte, y p o r lo mismo está mal co locado .

67. 72. L a p r i m e r a versión de Har tzenbusch es tan f e ­liz cuanto cabe :

Tal su memoria al héroe Le hundía en un abismo: Mil veces ay! propúsose Trazar su historia él mismo, Y mil su mano lánguida Cayó sobre el papel.

Estrofa que el t r a d u c t o r re fund ió en mal hora así:

Así abrumaba al héroe Tanto recuerdo amargo: «El de historiarse impúsose Mil veces el encargo Y mil cayóle ijiválida La mano en el papel.

A p e n a s se c o n c i b e tanto e r r o r en el c o r r e g i r . ¿ A qué variar las frases naturales, propias y e l e g a n t e m e n t e r ima­das?

Le hundía en un abismo. . . . Trazar su historia él mismo . . .

P a r a sustituir la s egunda con una c o n s t r u c c i ó n tan re ­vesada c o m o prosaica. Lánguida ( m a n o ) expresa bien el des fa l lec imiento de án imo , la falta de voluntad que se o b -

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serva en los movimientos e x t e r i o r e s : el ad jet ivo inválido de ­nota en castellano un estado c r ó n i c o en lo f ís ico , y ni en este caso se aplica a los m i e m b r o s inutilizados sino a las p e r ­sonas baldadas, espec ia lmente a los soldados. N i se p u e d e d e c i r que le cae a uno la mano c o m o le cae un b o r r ó n en el pape l , c o m o le cae el pelo p o r la f rente , o le cae la capa, e tc . , y menos que le cayó la mano.

E n latín sí hay artus invalidi, c o m o se verá en un e j e m ­plo de Ovidio , p e r o aun así no sería apl icable al caso la ex ­pres ión manus invalida.

69-72 . R i c c i :

Narrare o quoties sese est aggresus in aevum! Tantaque narrantis lassa manus cecidit!

V e r s i ó n casi l iteral , p e r o nafrare m aevum no es na­rrar ai-posten. Q u é es stancaman? N o una mano que se de ja caer p o r sueño o i n c o n c i e n c i a :

Blanda quies viotis furtim subrepit ocellís, Et cadit a mentó lánguida facta manus.

Ov. T— 3. 17.

N o art i cu lac iones cansadas de escr ib i r o de o tra tarea mecán i ca :

Iam satis inválidos cálamo lassavimus artus, Et manus officium longius aegra negat.

Ov. / / 21. 245.

Es una m a n o q u e s e de ja caer por a c o b a r d a m i e n t o : no inválida, no lassa, sino aegra ( p o r q u e aeger suele indicar e n f e r m e d a d o cansancio que viene del alma, aeg> i mortales, aeger airians, V i r g i l i o ) , o defic'ens ( T i b u l ) .

71. elernc pagine). « P á g i n a s destinadas a la inmortal i ­dad , » no prec i samente « inmorta les » puesto que al c a b o no se e s c r ib i e ron . E n la versión latina trate de fijar el verda­d e r o sent ido . En otras ed ic iones leo en el t ex to dotte pagi­ne, ep í te to bien infeliz por c i er to .

74. g'oruo inerte). El ep í te to sug iere el f orzado reposo del león cautivo. Har tzenbusch t r a d u c e : «azaroso , » que es p rec i samente lo c ont rar i o de « i n e r t e . »

77 -9 . El contraste del me lancó l i co mor i r de un día oc ioso con la imagen de pasados tumul tos y batallas, es ad­mirab le , 3r la expres ión fe l ic ís ima. En esta parte c r e o que mi versión latina r e p r o d u c e fielmente los c o n c e p t o s del or ig inal . En la parte final de la respect iva estrofa castella­na no acer té con la f o r m a que hub ie ra deseado . El epítetc « c e l e b r a d a s , » a que me incl iné s e d u c i d o p o r el r e c u e r d o de

— 430 —

c ier to noble pasaje de las Ruinas de Itálica ( c i tado en la in t roducc i ón ) , quizás resulte débil aquí . Con más fidelidad l i teral , p e r o sin m e j o r a r l o , p o d r í a variarse este l u g a r de mi versión española así:

—revolvía En su mente las horas ya pasadas,

M e dec laro venc ido ; fac'ant majo?a potentes.

79-90 . Esta bel l ís ima descr ipc i ón es en el f o n d o entera mente exac ta , c o m o lo advert i rá el l e c tor c o m p a r á n d o l a con la re lación b iográ f i ca de M i c h a u d , que t r a d u c i r e m o s a m o d o de c o m e n t a r i o .

Ei ' ripensó.. .. En su última e n f e r m e d a d , en m o m e n ­tos de del ir io , c re ía estar en c a m p o s de batalla, y l lamaba a Stenge l , Desaix , Massena . . « A d e l a n t e , » g r i taba , «a la c a r g a , ya los t enemos ! »

Cadde lo si>irto a?ielo . . . El des fa l lec imiento s o b r e v e ­nía luego con intervalos de luc idez .

—ma valida.... El 27 de abri l , pe rsuad ido N a p o l e ó n de que se a c e r c a b a su fin, d i c tó algunas disposic iones.

Y desde ese m o m e n t o no volvió a pensar sino en sus d e b e r e s de c a t ó l i c o — d i c e el c i tado M i c h a u d , uno de los más puntuales b i ógra fos de N a p o l e ó n ; — y no p e r m i t i ó q u e el P a d r e V i g n a l i se alejase de él un solo instante. « N a c í ( d í -jo le más de una vez) en la re l ig ión catól ica , deseo c u m p l i r con las ob l igac iones que me i m p o n e , y r e c i b i r todos los consue ­los y auxil ios q u e de ella p u e d o e sperar . » N o t a n d o en su m é d i c o señales de desaprobac i ón , d íce le en tono e n é r g i c o : « ¿Osar ía usted no c r e e r en Dios? T o d o p r o c l a m a su exis ­tencia , y las más altas intel igencias han c r e í d o en E l . » H u b o un m o m e n t o en que el méd i co se p e r m i t i ó r e í r a carca jas y del m o d o más indecente , de los preparat ivos o r ­denados p o r el E m p e r a d o r para una c e r e m o n i a rel igiosa; N a p o l e ó n le r e p r e n d i ó con dureza y en t é rminos tan f u e r ­tes, que M a r c h a n d , que los o y ó , no se ha atrev ido a r e p e ­tirlos. « E l 29 de a b r i l — d i c e el Conde M o n t h o l o n — h a b í a pasado y o veint inueve n o c h e s a la c a b e c e r a del E m p e r a d o r , sin que él hubiese p e r m i t i d o r eemplazarme al m i s m o G e ' neral B e r t r a n d . mi venerable c o m p a ñ e r o de caut iver io , en este piadoso y filial serv ic io , c u a n d o o c u r r i ó que en la n o ­che del 29 al 30 de abri l , mostrándose apesarado p o r mi fat iga, se e m p e ñ ó en que hiciese venir en mi lugar al abate V i g n a l i . Su insistencia me p r o b ó que hablaba ba j o el i m ­per io de una p r e o c u p a c i ó n ex traña al pensamiento q u e expresaba . C o m o él me permi t ía hablarle c o m o a un padre , me atrev í a dec ir le lo que entendía , y me respond ió sin vaci lar: Sí. al sacerdote es al que necesito; cuide usted de que ?ne dejen solo con él, y ?io diga nada. O b e d e c í y t rá je l e i n m e -

— 431 —

diatamente al abate V igna l i , a quien adver t í el santo mi­nisterio q u e deb ía d e s e m p e ñ a r . » Después de haberse c on ­fesado h u m i l d e m e n t e aquel E m p e r a d o r , tan s o b e r b i o antes, r e c i b i ó el v iát ico , la e x t r e m a u n c i ó n , y pasó toda la n o c h e en orac ión y en actos de p iedad , tan c o n m o v e d o r e s c o m o s inceros . Al día s iguiente , t e m p r a n o , al l legar el Genera l M o n t h o l o n , le d i jo en tono a fectuoso y l leno de sat is facc ión: « G e n e r a l , me siento d ichoso ; he c u m p l i d o con mis d e b e r e s ; deseóle a usted para la hora de su m u e r t e igual d icha. V e a usted, y o lo necesitaba. Y o S03 7 italiano, « en fant de classe» de C ó r c e g a . El tañido de las campanas me c o n m u e v e , la vista de un sacerdo te me a legra . Y o hacía un misterio de t o d o esto; d e b o , qu ie ro dar grac ias a Dios. D u d o que sea su voluntad vo lverme la salud. N o i m p o r t a : dé usted. G e n e ­ral, las ó r d e n e s del caso, h a g a co locar un altar en la pieza p r ó x i m a , que se e x p o n g a el Sant í s imo y se c e l ebren c u a ­renta horas . » El Conde de Montho lon se disponía a salir para p o n e r en e j e c u c i ó n lo o r d e n a d o , c u a n d o N a p o l e ó n le de tuvo d i c iéndo le : « N ó , usted tiene bastantes e n e m i g o s ; c o m o noble , se le a chacará h a b e r dispuesto estas cosas por su cuenta y p o r q u e t e n g o la cabeza débi l ; qu i e ro y o mismo dar las ó r d e n e s del caso .» En consecuenc ia , ret iróse el G e ­neral a su cuarto , y se e c h ó vestido sobre una cama. Estaba d o r m i d o c u a n d o sintió un ru ido e x t r a o r d i n a r i o , y vio al Genera l B e r t r a n d que entraba y le dec ía en tono m u y an imado : « ¿ Q u é significa esa capilla p e r m a n e n t e en la ha­b i tac ión del E m p e r a d o r , y el abate V i g n a l i o f ic iando allí?» — « P u e d e usted p r e g u n t á r s e l o al E m p e r a d o r m i s m o , » res­p o n d i ó M o n t h o l o n con ca lma. - « ¿ C ó m o es eso ,» rep l i ca B e r t r a n d , «si de usted sólo ha r e c i b i d " la o r d e n St . Denis?» F u e prec i so b a j a r a la habi tac ión del E m p e r a d o r , y allí B e r t r a n d , sin respeto ni mi ramiento , le hizo presente que aquel los actos t endr ían resonancia en E u r o p a , y que serían po l í t i camente nada convenientes , c o m o más prop ios de un rel ig ioso que de un veterano , de su E m p e r a d o r . . . . A estas palabras , N a p o l e ó n i n c o r p o r á n d o s e , e x c l a m ó con voz f u e r t e : « G e n e r a l , 'o estoy en mi habi tac ión ; usted no t iene que dar ó r d e n e s aquí , ni que rec ib ir las ; ¿a qué pues ha venido aquí? ¿Acaso ha visto usted que me m e z c l e y o en asuntos de su conc ienc ia?» E n t o n c e s B e r t r a n d , viéndose o b l i g a d o a salir, lo h izo de m o d o p o c o respetuoso , encog iéndose de h o m b r o s , y p r o n u n c i a n d o en tono de mal h u m o r algunas palabras , entre las cuales se o y ó bien el t é r m i n o capuchino. C o m o el altar había sido d e r r i b a d o , h u b o que res tab lecer lo , y cont inuaron las c e remon ias de o r d e n del E m p e r a d o r . T u v o todavía a lgunos m o m e n t o s lúc idos , y r e c o r d ó lo que durante su vida había h e c h o en favor de la Re l i g i ón . « Y o c o n c e b í el p r o y e c t o , d i j o , de reun i r todas las sectas del Crist ianismo, y así lo a c o r d a m o s con A l e j a n d r o en T i l s i t t ;

— 432 —

p e r o los reveses sobrevinieron l u e g o . . . . A l menos resta­b l e c í la Re l i g i ón , y así presté un servic io de incalculables resultados : ¿qué l legarían a ser los h o m b r e s sin la Re l i ­g i ón? » Después añadió : « N a d a tiene de terr ib le la m u e r t e ; la he tenido p o r c o m p a ñ e r a de a lmohada durante tres se ­manas, y y a va a apoderarse de m í para s i e m p r e . H u b i e r a deseado volver a ver a mi m u j e r y a mi h i j o ; p e r o que se haga la voluntad de Dios.» El 3 de m a y o rec ib i ó p o r se ­g u n d a vez el viático. A l día s iguiente , después de despe ­dirse de sus Generales , p r o n u n c i ó estas palabras: « Q u e d o en paz con el g é n e r o h u m a n o , » y añadió : « M o n Dieu ! » L a s palabras tete, armée, fueron las últ imas que salieron de sus labios, lo que indica que en el del ir io del m o m e n t o s u p r e ­m o su imaginac ión vagaba aún sobre un c a m p o de batalla. El día 5, a las seis d é l a tarde , e x p i r ó . ( M i c h a u d , EHogra-•ph'c de Nafoleóii).

79. 84. H a r t z e n b u s c h t r a d u c e :

Y al par las tiendas bélicas Y valles resonantes

"Los brutos ligerísimos, Y aceros centellantes, Y aquel mandar despótico Y el pronto obedecer.

E x c e l e n t e t r a d u c c i ó n , e x c e p t o l a . par te de cursiva. « A q u e l mandar despó t i c o » me parece super i o r al or ig inal . P a r e c e que el poeta después de p o n e r a la vista un c a m p a ­mento , quiso aludir con ráp idos y p intorescos rasgos, a l a s tres armas : bater ías , infantes , j inetes . H a r t z e n b u s c h ( « v a ­lles resonantes» ) , Cañete ( « h e r i d o s val les»\ R u b í ( « e l e co a t ronador de los cañones r e t u m b a n d o en el val le» ) , incu­r r i e ron en un cur ioso e r r o r de in te rpre tac i ón , t o m a n d o •vallo por valle, t érminos tan d i ferentes c o m o en castellano valla y valle, y en latín vallis y vallum. R i c c i c o r r e c t a m e n ­te : « F r a s t a q u e valla armis . »

H a r t z e n b u s c h e c h ó a p e r d e r aqu í su p r i m e r a t r a d u c ­ción en la, r e fund i c i ón que hizo luego, y no e n m e n d ó el anotado e r r o r de i n t e r p r e t a c i ó n :

Y violas tiendas móviles, Y armas el sol volviendo Y el galopar belígero Valles henchir de estruendo, L a s imperiosas órdenes Y el pronto obedecer.

91-96. V a r i a n t e para la t r a d u c c i ó n castel lana:

Donde alegre esperanza por florida Senda conduce a la eternal morada; Do el premio es cierto, y lo que fue se olvida, Y gloria que pasó se hunde en la nada.

— 433 —

101. Al disonor del Gólgotd). Esto es, ante la Cruz re­dentora de que los vanos y soberb i os se avergüenzan. San P a b l o habla de la p r e d i c a c i ó n de la Cruz, escándalo para los jud í o s , sandez para los gent i les . ( C o r . 1, 23) . E l pensa­miento está c laro , p e r o la expres i ón parece a lgo rebusca ­da, y de p r o n t o i r reverente , p o r su f o r m a e l ípt ica .

N o sé p o r q u é , ref ir iéndose a la época en que se p u b l i c ó II Chique Maggio, y a ludiendo a este pasaje , d i ce V a p e r e a u en su nota b iográ f i ca de Manzoni , que « e n El Cinco de Mayo la re l ig ión , con g r a n d e asombro del par t ido j u n t a m e n t e rel igioso y realista, rec lamaba a N a p o l e ó n c o m o s u y o . » Manzoni no d ice que N a p o l e ó n hubiese sido un b u e n cr is ­t iano en vida, sino que m u r i ó c o m o cr ist iano, y que j a m á s se vio a h o m b r e más p o d e r o s o incl inarse h u m i l d e ante un Cruc i f i j o : lo cual es pura verdad histór ica .

105 .— ( C h e aterra e suscita).

Humanaeque memor sortis quae tollit eosdem Et premit, incertas ipse verere vices.

Ov. T . 3. 11. 6?.

M. A. Caro—Traducciones—28

i í n d i c e :

PSgs.

Ley 12 de 1911 1 1 1

Discurso pronunciado en. la. in.aaiguraci.ON de la estatua de Caro, por Antonio Gómez Hestrepo v

F L O S P O E T A E U M

CA.TULO

Car-m. 1? Quoi dono 3

2» Passer 3

3» Lugete, o Veneres 4 ., 4 ' Phaselus Ule 5

,, 5?- Vivamus, mea Lesbia , 5 ,, 7? Quaeris quot, mihi.... 6

8» Miser Cakdle. . ................ 6

,, 9? Veratli, ómnibus 7 „ 11* Furi et AureU 8

., 30' Alphene immemor 8

" 31* Peninsular um, 9 ,, 34? Diande sumus 10 ,, 45* Acmen Septimius 1 1

,, 46» Jam ver 1 2

49? Dissertissime : 12 51* Ule mihi 1 2

" 52' Quid est Catulle 1 3

55» Oramus, si forte 1 3

62» Vesper aéest 1 5

„ 64» Aut ut eam tristi 1 7

65* Essi me assiduo 2 0

70» Nulli se dicit 2 1

72* Dicedas quondam 3 3

„ 73» Derine de quoquam 22 „ 75» N tilla potest mulier 2 3

„ 76» Si qua recordan^li 3 3

83' Quinti, si Ubi vis 3 4

.. 86' O di et amo 2*

., 87» Quintia formosa est ' 3 3

92* Leshia mi dicit 3 5

93? Nil nimium studeo • 25 '" 96' Si quidqnaw- mutis S5 ,, 101? Multas per gentes 26 ,. 1>07' Si quioquam cupido 3 6

109» Jucumdum, mea vita 2 7

LUCRECIO

Aeneadum genitrix (fragmento) 3 Avia Pieridum (fragmento) 3 a.

- 436 —

Libro I

Libro II

Libro III .

Libro IV

)>

í »

Libro I .

Libro II .

TIBULO

Elegías. Págs.

Elegía r- 30 2» 42 3* 45 4» 49 5* 52 6* 55 7* 58 8' 60 9' 63

„ 10' 66 Elegía 1* • . 68

2? 72 3' 73 4» 76 5? 78 6* 83

Elegía 1* 85 2» • 86 3» 87 4 ' 89 5* 93 6* . 94

Elegía 2' . . . 97 3' 98 4* 99 5» 100 fi' 101

» 7* . 102 « ' 103 9* 103

„ 10» 104 11» 104 12' 104 13» 105

.. 14* 106 PEOPEECIO

Elegía 1» Gyn\thia prima suis 1 ° 3

" 2 » Quid ornato 11° " 3» Qualia Thesea jacuit 111 " 8* Tune gitur demens 113 " 9' Diceoam tibi l i 4

" 11* Ecquid te mediis " 12» Quid nvihi desidiae H " " 14' Tu Ucet aojectus 1 1 8

" 15» ¡Saepe ego milita fuae I I 9

" 17» Et mérito quoniam, 12° ' ' 18?- Haec certe deserta loca • • 122 " 19* Non ego nunc. tristes... . . 123 " 20 ' Tu qui consortem 1 2 i

Elegía 2* Liber eram, et cacuum 125

— 437 —-

Págs.

" " 3 ? Oui mtíllam tibí dicebas 1~5 » 5» 7 137

" " 8' Eripitur novis . . • 1 3 8

9? 7«íe quod est 1 3 0

" " 11' Scribant de te alü 1 3 1

" " 12' Quicumque Ule fuit 1 3 1

" " 20? Quis fies abducta '- I 3 2

" " 29? Hesterna, mea lux 134 Libro 111. Elegía 1» Callimaehi manes 1 3 6

" " 2a Orphea ditinuisse. 1 3 8

" " 3 ' Visus eram molli 1 3 9

" " 10» Mirabar quidnam 1 4 1

" " 12' Postume plorantem 142 " " 21? Magnutn iter ad doctas ............ 144

Libro IV . Elegía 11? Desine, Paulle meum > 1 4 6

PSEDDO GALO

Fragmentos. Non fuit Arsaoidum 1 5 3

OVIDIO

Amor. Libro I . Elegía 1* Arma gravi numero 156

" " " 3 ' Justa precor 157 Libro I I . Elegía 6' Psifaeus Evis 158

" " ••• i l ' Prima malas doeuit. . . . 162 " " " 16' Pars m,ea Sulmo tenet . . . . 164 " Libro I I I . " .9* Memmona si mater 166

Metam. Libro I. 4S2 599 Primus amor Phoebi 170 T-rist. Libro I I . Elegía 3' Cum suUt Ulitis 171

" Libro III . Elegta 2? Ergo eratin fatis 178 " " " 3' Eaeo mea si. . . . I 7 9

" " " 5' Í7sws amicitiae 183 " " " 7 ? Vade salutatum 186 " Libro I V . Elegía 9' Si lioet et pateris 188

" " 10' lile ego qui fuerim 190 " Libro V . Elegía 1? Hunc quoque de Getico 195 " " " 12? Scribis ut oblectem 198

Eem. Am. V 59 169 Rura quoque oolectant 202

HORACIO.

Carm. Libro I . 2 ' Jam satis terris 2-07 3' Sic te Diva 208

" " 4' Solvitur acris hiems 210 " " 5' Quis multai gracilis 310 " " 6' Serioeris Vario. . . 211

" 7' Laudabunt alü 312 " " 8 ? Lydia, dio per omnes 213

9' Vides ut alta 214 " " 10' Mercuri, facunde 215 " " l l 3 Tu ne quaesieris 215 " " 1.2' Quem virum. ............ 2,16

13' Cum tu Lydia 217 " 14» 0 «acia, referent. .........218

" " 15 1 Pastor cum trahervt. . . . . . . 213

— 438 —

Págs.

16* O matre pulchra • • • - 2 3 0

17? Veloz amoenum 221 18' Kvllatn, Vare « j -19» Mater sacva *™

•' ai-» Vian<im tcnerae "\ 2:2» Intetier vitne 22'_' 23» Vitas hinnuleo 22? 24' Quis dcsiderio 2 ^ 25* Parchís ¡uñetas 2 " ¡ 5

" 36* MUSÍS árnicas 2 2

" 27» Na\tis in usum 2 2 8

>> » as> Te maris et 1errae 2 2 9

•' 39» Icci beatis. . 2 3 ( J 31* Quid dedicatum. .........23 J

» 32» Poscimur... si quid 3 3 1

H3». Albi, ne doleos 2 3 2

" •' 34» Parcas deorum s™ 3.1» O diva H¿

36 1 Et Ihure et fidibus 2 3 4

•> " 37? Nunc est bibendum 23a >• " ;)8» rc.rsicos odi ¿ i b

Carm. Libro TI. 1' Motum ex MeteUo 2 3 7

•> '• 2* Xullus argento ?• •' 3* Acquam memento. 2 3 9

4* A"e sil ancillae 2 4 0

» 5» Tfondum silbada 2 4 0

" •' 6» Scptimi, Gañes 2 4 1

» » 7» 0 saepc mecum 2 4 2

8» Tilla si furU • • • • 2 4 3

!« » 9» Non semper imbres • 2 4 4

1.0» Rectius vives 2 4 4

" 12* 'Nolis Zonga ferac 24,¿ 13' lile et nefasto "4° 14» Eheu fugaces 2 4 7

•i » 15» Iam pauca aratro 2 4 8

» 16» Otium divos 2 4 0

>• " 17» Cur me querelis 2 3 0

>» •> 20» Non usitata ^ .Ca.vin. Libro I I I . 1» Odi profanum._ 2 3 2

» " 2* Angustam amice ^ « 3» Justum et tenacem 2 3 4

» •' 4» Descende coelo 2 3 ( 5

•>. >» 5» Coelo tonantem 2 5 8

» " 6* Délicta majorum 2 6 0

» " 7» Quid fies Asterie 2 6 1

" 18» Faunc, Nymplmrum 2 , 5 2

'• " 2S» Montium cusios 2 6 2

» " 29» Tyrrliena regum 2 6 3

" •' 30» Fxegi monumentum 2 6 5

Carm. Libro IV . 3? Quem tu Melpomene 265 « " 4? Qualem ministrum 2 6 6

7* Diffugere nives 2 ¡ j9 « " 9» Tfe forte credas 2 7 0

" " io* O erudelis adhuc 2 7 1

•i » 1 2 * Vm» veris comités 2 7 1 " " 13* Audivere Lxjce 2 7 3

•' " 14* Quae, cura patrum 2 7 4

439 Pág-s.

Carin. Libro V . 2» Beatus ule 275 " " 7» Quo, quo soelesti 377

Carmen seculare. Fhoebe, sylvarumque 277 Satir. Libro I I . 6* Hoc erat invotis 280

Prima dicte milii 284 Trojani lelli 287 Juli Flore 2S9 Albi nostrarum 291

Si potes 291 Nil admirari 292 Quinqué dies 296 Celso gaudere 299

300 TJrois amatorem 301 Quid tidi visa Cilios 303 TJt proficdscentem- 304

305 Quae sit hyems . . • . ' • 307 Ñe perconteris 307

310 313

. . . . . . . . . . 313

316 Libro I I . 1» Cum tot sustineois 317 Epístola a los Pisones sobre el arte -poético 328 Notas a las Epístolas de ¡Horacio.- 339

Libro I . i* )í 2? n 3» ) ) 11 49-u 91 5 ' ii ii 6* n )> 7« j< ii 8? JÍ 11 9? 11 )» 1 0 ' !> » 11»

JJ 13» 11 í 14 13 í» 15» » 11 16» 11 i) 17» 11 ii 18» 31 il 19» 11 ti 2,3»

VIRGILIO

Cría de ¡caballos (fragmentos: Gearg. I I I ) 365 Potro destinado a la guerra y al circo (fragmento Georg. III). . . 366 Aventura de Etiridioe y Orfeo (frag. Georg III ) 367

LUCANO

Paralelo entre Césaf y Pompeyo (Bhars. Libro I) 373 Destrucción de Tin. bosque sagrado (Phars. Libro I I I ) . . . . 375 Rota de Curion (Plia-rs. Libro IV) 377

El "Chique Maggio."

:Diseuinso prediminar 381 El Cingue Maggio 40S El iciaico de mayo . . 408 Segunda traducción 410

Epicedium in Napoleonem Imperaiorem 413 Bjusdem Carminis translatio altera 415 Notas 4 1 7