Upload
vagner-mallmann-deves
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
1/36
MICOBACTRIAS EESPIROQUETDEOS
CINCIAS BIOLGICASBACHARELADO 5 TERMO 1-2012
Profa. Ana Rita
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
2/36
Micobacterias - morfologia So bacilos aerbios,
finos (0,2 a 0,6 x1 a10m).
Parede rica em lipdeoscomplexos - cidosgraxos (ac. miclicos) eceras.
Superfcie resistente descolorao com cidos- bacilos lcool-cidoresistentes (BAAR).
Crescimento lento -tempo de gerao 12a24 h culturas 3 a 8semanas de incubao.
BAAR
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
3/36
Micobactrias espcies deinteresse clnico
Mycobacterium tuberculosis
Mycobacterium avium-intracellulare
Mycobacterium kansasii
Mycobacterium gordonae
Mycobacterium leprae - hansenase
tb
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
4/36
M. tuberculosis -Patogenia Inalao de aerossis infectados vias
areas multiplicao nos macrfagosalveolares lise celular linfcitosatrados formao de granulomas.
Poucos bacilos controle por macrfagosativados (resposta Th1) leses mnimas.
Muitos bacilos e resposta celular intensa necrose tecidual.
Disseminao de macrfagos infectadospara linfonodos locais e para outros rgos
(medula, bao, rins, SNC).
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
5/36
Tuberculose
Rx do pulmo com tb Corte histolgico, mostrandoinfiltrado celular
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
6/36
Teste intradrmico de tuberculina
(PPD)
Verificaimunidade celular se h linfcitos T sensibilizadospelo antgeno (se houve contato com o bacilo).
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
7/36
M. tuberculosis- Epidemiologia
Causa a tuberculose, principal causade morte entre as doenas infectocontagiosas.
A cada ano 8 a 10 milhes deinfectados infectam outras 100 milhesde pessoas levando a morte cerca de 3milhes de pessoas.
80% da populao infectada habitapases subdesenvolvidos inclusive oBrasil.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
8/36
M. tuberculosis- Epidemiologia Aumento da incidncia desde 1990.
Transmisso: contato direto porinalao de aerossis infectados.
Grave problema de sade pblicaindigentes, usurios de drogas,prisioneiros e infectados pelo HIVpropagao para outras populaes.
Principal medida de controle:identificar os infectados e propiciar-lhes
terapia adequada.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
9/36
Diagnstico laboratorial datuberculose
1. Demonstrao de bacilos lcool-cidoresistentes (BAAR) empreparaes coradas pela tcnica deZiehl-Neelsen ou colorao fluorecente.
2. Isolamento e identificao de M.tuberculosis ou outras espcies.
3. Antibiograma teste de sensibilidadein vitro aos frmacos antituberculosos.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
10/36
Procedimentos de segurana
Risco biolgico classe3 (elevado).
Zonas separadas dolaboratrio e dotadasde meios especiaiscomo cabines de
segurana (fluxolaminar) Centrfugas seguras.
Fluxo laminar
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
11/36
Exame bacterioscpicocolorao de Ziehl-Neelsen
Esfregao fixado pelo calor.
Fuccina concentrada, comaquecimento (penetrao do
corante).Enxague com gua.
Descoramento com 3% de HClem 70% de lcool (os BAARpermanecem corados).
Enxague com gua.
Azul de metileno (colorao de
fundo).
BAAR corados em
vermelho.
Clulas, leuccitos edemais bactrias coradosem azul.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
12/36
Isolamento de micobactrias emcultura pura
o Meios de cultura:
Lwenstein-Jensen Caldo 7H9 ou 7H11 (para
amostras estreis) Middlebrook Incubao: 30 C, 3 a
11% de CO2, por 7 a 10dias.
Sistemasautomatizados: BACTEC
Colnias de M. tuberculosis(pigmento amarelo).
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
13/36
Identificao clssica
Provas bioqumicas,morfolgicas e de fisiologia.
Temperatura tima (28-37 C),velocidade de crescimento (3-60 d),produo de pigmentos (napresena e na ausncia de luz),
acmulo de niacina, reduo denitrato nitrito, hidrlise do tween80, urease e outras.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
14/36
Identificao por quimiotaxonomia
Anlise de cidos miclicos pela tcnica decromatografia em camada delgada.
Cromatografia lquido-gasosa.
Cromatografia de alta presso (HPLC).
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
15/36
Identificao por sistemascomerciais
Sistemas automatizados: BACTEC.
Sistemas manuais: Sepi-ChekSystem (BBL), MGIT (BectonDickinson).
Tcnicas de biologia molecular: PCRe outras.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
16/36
Antibiograma Necessrio: M. tuberculosis resistente amltiplas drogas. Convencional Placas de Petri divididas em 4 quadrantes
com 5 mL de meio em cada (meio 7H10basal). O 1 sem droga, os demais com diferentes
concentraes da droga em estudo (utilizadano tratamento).
Droga adicionada aps esfriamento do gar a45 C. Prova em caldo resultados mais precisos e
mais confiveis. BACTEC
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
17/36
M. avium-intracellulare
Ambiente (solo, gua, alimentos) Indivduos imunocompetentes -
colonizao transitriaassintomtica.
Tuberculose em pacientes comfuno pulmonar comprometida.
Tuberculose em pacientes comAIDS infeces graves,disseminadas, atingindo quasetodos os rgos.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
18/36
M. leprae - Patogenia Causa a hansenase Manifestaes clnicas dependem da
resposta imune do hospedeiro.
Forma tuberculide forte respostacelular (Th1), muitos linfcitos,numerosos granulomas nos tecidos epoucos bacilos.
Forma lepromatosa fraca respostacelular (Th1), muitos bacilos nosmacrfagos.
Formas intermedirias.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
19/36
Hansenase leses
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
20/36
M. leprae- Epidemiologia
Mais de 12 milhes de casos nomundo, a maioria na sia e frica.
Reservatrios: tatus. Transmisso contato interpessoal. Inalao de aerossis infecciosos ou
contato de pele com secreesrespiratrias e exsudatos de feridas.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
21/36
Diagnstico laboratorial dahansenase
Demonstrao de BAARem exsudatos deleses colorao de Ziehl-Neelsen.
M. leprae no cresce em meios de cultura. Teste intradrmico lepromina (Reao de
Mitsuda). Forma tuberculide: poucos bacilos na leso.
Reao de Mitsuda positiva. Forma lepromatosa: muitos bacilos na leso.
Reao de Mitsuda negativa.
BAAR dispostosem globias.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
22/36
Espiroquetdeos
Bactrias em forma de espiral, longas,
finas, mveis (rotao e flexo).
3 gneros: Treponema, Leptospira eBorrelia.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
23/36
Treponema palidum
Mede 2 a 20 m de comprimentopor 0,1 a 0,2 m de dimetro.
No visvel ao microscpiocomum.
Microscopia de campo escuro ouimpregnao pela prata.
No cresce em meios de cultura. Infeco experimental em testculos
de coelhos. Agente etiolgico da sfilis (DST).
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
24/36
Sfilis Congnita Transmisso: via transplacentria a
partir do 4 ms da gestao.
Leses no feto, morte do feto.
Adquirida Transmisso: via sexual, beijo,
transfuso sangunea, inoculaoacidental. Fases: Primria, secundria e
terciria.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
25/36
Sfilis primria
Presena de cancro duro, leso genital queaparece 10 a 20 dias aps infeco.
Leso com bordas endurecidas, e a baserecoberta por exsudao purulenta, rica emtreponemas.
Geralmente o cancro acompanhado delifadenite regional.
Mesmo sem tratamento a leso cicatriza em4 a 6 semanas.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
26/36
Sfilis secundria
Manifestaes aparecem 2 a 10 semanasaps o aparecimento do cancro.
Linfadenopatia generalizada e erupescutneas maculares e papulares, elceras rasas nas mucosas da boca,vulva, vagina e reto.
Leses cedem espontaneamente empoucas semanas.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
27/36
Sfilis terciria
Surge 8 a 25 anos depois da infecoinicial.
Leses destrutivas e graves em
qualquer tecido ou rgo. Maiscomum aorta, sistema nervoso centrale esqueleto.
Gomas granulomatosas e grandes,
com necrose, principalmente na pele eossos. Evoluo com perodos curtos de
sintomas e perodos longos de
remisso.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
28/36
Sfilis - Diagnstico Laboratorial Sifils primria: demostrao do T.pallidum na secreo da leso(cancro duro) por:
Microscopia decampo escuro(treponemasvivos e mveis)
Fontana Tribondeau(impregnao pelaprata)
ImunofluorescnciaDireta
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
29/36
Sfilis - Diagnstico Laboratorial
Aps desaparecimento do cancro:demonstrao de anticorpos(sorologia).
Anticorpos inespecficos VDRL(Veneral Disease ResearchLaboratory)
Anticorpos especficos FTA-ABS,
TPHA e ELISA.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
30/36
Sfilis - Tratamento
Penicilina (escolha). Cefalosporinas, tetraciclinas ou
eritromicina (alrgicos PN).
Negativao do VDRL 6 meses a 2anos aps tratamento.
Outros testes sorolgicos continuampositivos.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
31/36
Leptospira
L. interrogansagenteda leptospirose.
Sorotipo mais frequente:
icterohaemorrhagiae(causa sndrome deWeil).
Morfologia: 6 a 16 m
de comprimento por 0,1m de dimetro e umaextremidade em forma degancho.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
32/36
Leptospirose Reservatrios: animais silvestres e
domsticos. Rato principal. Transmisso: gua e urina dos animais,
principalmente ratos. Perodo de incubao: 10 dias. Penetrao das bactrias pela pele e depois de
proliferar no sangue vo para os rins, fgado eSNC.
Sintomas: febre alta com calafrios, dor decabea e dor muscular principalmente nosmembros inferiores, hiperemia conjuntival.Pode ocorrer nuseas, vmitos e diarria.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
33/36
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
34/36
Borrelia
B. recurrentis causa febre recorrente. Transmisso por piolhos ou carrapatos. Diagnstico laboratorial: demonstrao da
bactria no sangue em campo escuro.
Tratamento: tetraciclina. B. borgdorferi doena de Lyme,
enfermidade sistmica com alteraescutneas, articulares, neurolgicas e cardacas.
Rara no Brasil. Transmisso: carrapatos. Diagnstico laboratorial: demonstrao de
anticorpos (IFI ou ELISA). Tratamento: doxiciclina.
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
35/36
Borrelia burgdorferi Doena de Lyme leses articulares
Borrelia
7/31/2019 Micobacterias e Espiroquetideos
36/36
Bibliografia TRABULSI, L. R. & ALTERTHUM, F.
Microbiologia, 5 ed., So Paulo, Atheneu,2008.
MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; KOBAYASHI,
G. S.; PFALER, M. A. Microbiologia Mdica, 4ed., Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan,2004.
KONEMAN, A.; DOWELL, S. Diagnstico
Microbiolgico: Texto e Atlas Colorido, 6ed., Rio de Janeiro, Editora Mdica Cientfica,2008.
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes