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Maura Grimaldi Portfólio resumido 2014-2017

Maura Grimaldi - galeriavirgilio.com.brgaleriavirgilio.com.br/.../txt/mauragrimaldi_portfolioresumido2017.pdf · Portfólio resumido 2014-2017. Maura Grimaldi São Paulo, 1988 É

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Maura Grimaldi

Portfólio resumido2014-2017

Maura GrimaldiSão Paulo, 1988

É mestre pelo programa de Artes Visuais da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e mantém um trabalho como pesquisadora e artista.

Já participou de exposições em Belém, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outras cidades. Entre suas principais exibições e projetos destacam-se o Programa Independente do Museu de Arte de São Paulo – PIMASP, coordenado por Adriano Pedrosa e Tobi Maier (2017); residência PIVÔ Pesquisa (2017); VI Bolsa Pampulha no Museu de Arte da Pampulha em Belo Horizonte (2016); XI Residência Artística do Red Bull Station em São Paulo (2015); residência artística no Centro de Arte Jardim Canadá - JACA em Belo horizonte (2014); exposição A vanguarda está em ti em Portugal na ocasião dos 55 Anos do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (2014); I Mostra do Programa de Fotografia 2012/2013 no Centro Cultural São Paulo (2012) e a exposição Esquinas realizada no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (2012).

Em julho de 2017 a artista integra o grupo de artistas residentes da Associação Cultural HANGAR, em Lisboa. Atualmente estuda literatura e suas interseções com o campo das Artes Visuais.

Links:www.mauragrimaldi.com

Sobre o trabalho:

Considerando o recorte dos últimos três anos de seu trabalho, a artista Maura Grimaldi dá especial atenção aos estudos e práticas no campo do conceito de Projeção.

Majoritariamente seus projetos permeiram o universo da imagem projetada estática. Com enfoque desde o século XIX e seus desdobramentos no XX, essas investigações têm levantado questões que dizem respeito tanto aos aspectos técnicos dos materiais e máquinas, até problemas atinentes aos usos e funções que essa linguagem assumiu durante sua história.

De forma geral, em suas pesquisas convergem e dialogam três pontos de interesse: o da imagem como experiência mágica, o de sua ontologia e, por fim, os dispositivos técnicos e processos envolvidos na sua concepção, produção e circulação.

Assuntos como a fantasmagoria, o invisível, as tecnologias obsoletas, e os dispositivos que nos remetem a experiências imersivas e contemplativas (panoramas, câmaras escuras, lanternas mágicas e outros aparatos óticos), ajudam a artista a refletir sobre uma concepção ampla de imagem.

C.V.

Maura Castanheira Grimaldi.

São Paulo, 1988.

Formação:

2017 (Cursando): Graduação em Letras na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo .

2010/2012: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da ECA-USP Nível: Mestrado.

2010: School of the International Center of Photography, Nova Iorque, EUA.

2006/2009: Graduação em Artes Plásticas. Escola de Comunicações e Artes - Universidade de São Paulo .

Prêmios e bolsas:

2014: Edital Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais 2014 pelo projeto “Ronda - Elaboração de projeto autoral das artistas Flora Leite e Maura Grimaldi ”.

2013: Edital de Intercâmbio n.2/2012 da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. Residência artística em Tours, França/ ESBAT – TALM.

2012: Artista participante do projeto “Sinopses de vários territórios” (Residência artística em Tours, França/ ESBAT - TALM) laureado com a bolsa fornecida pelo edital de “Difusão e Intercâmbio Cultural e Cientifico 2012” oferecido pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo (PRCEU-USP).

2012: Autora do projeto “Esquinas” contemplado pelo Edital N° 31 do Programa de Ação Cultural – “Concurso de Apoio a Projetos de Primeira Obra de Artes Visuais no Estado de São Paulo” da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

2009: Coautora e artista integrante do projeto “Práticas Pictóricas” contemplado pelo Edital N° 16 do Programa de Ação Cultural – “Concurso de Apoio a Projetos de Artes Visuais no Estado de São Paulo” da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

Residências:

2017: HANGAR, Lisboa, Portugal.

2017: Pivô Pesquisa, Edifício Copan - São Paulo.

2016/2017: PIMASP - Programa Independente do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Programa de formação e acompanhamento critico de artistas. Coordenação de Adriano Pedrosa e Tobi Maier.

2016: 6ª edição do Programa Bolsa Pampulha, Belo Horizonte.

2015: XI Residência Artística do Red Bull Station, São Paulo.

2014: JA.CA Centro de Arte Jardim Canadá/ Jardim Canadá Art Center, Belo horizonte.

2013: École Supérieure des beaux-arts TALM, em Tours, na França. Esta residência fez parte do projeto “Sinopses de vários territórios” (*ver em Prêmios) apoiado pela Universidade de São Paulo e Ministério da Cultura.

2013: Maratona Fotográfica - Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte.

2012: Ateliê Aberto#6 oferecido pela Casa Tomada, São Paulo.

2010: Residência no Ateliê do Paco das Artes, ocupação do subsolo da instituição pelo Grupo de Pesquisas Cromáticas ECA/USP.

Exposições Individuais:

(Por vir) 2018, Maio: Exposição individual, Galeria Vírgilio, São Paulo, SP, Brasil.

2015: RONDA – Parte 1, Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais 2014. Casa Tomada, São Paulo, SP, Brasil.

2012: “Esquinas”. Museu de Arte Contemporânea de São Paulo – MAC/USP.

Exposições Coletivas:

(Por vir) 2017, Junho/Outubro: “Sala de Leitura”, curadoria Galciani Nevez, SESC São Carlos, São Carlos, Brasil.

2017, Janeiro/Junho: 8ª Salão dos Artistas Sem Galeria. Galeria Sancovsky (SP), Galeria Zipper (SP), Galeria Orlando Lemos (MG), Potrich Arte Contemporânea (GO) .

2016, Outubro: 6ª Bolsa Pampulha, Museu de Arte da Pampulha. Belo Horizonte, MG. 15 de Outubro de 2016 a Fevereiro de 2017.

2016, Julho: Exposição coletiva “Periscópio”, curadoria Fernando Velazquez, Galeria Zipper, São Paulo, SP. 09 de Julho a 07 de agosto.

2016: “E de novo montanha, rio, mar, selva, floresta”. Organização JACA (Centro de Arte Jardim Canadá - MG). SESC Palladium, Belo Horizonte.

2015: 11a Residência Artística do Red Bull Station, São Paulo.

2015: “O que caminha ao lado“, SESC Vila Mariana, São Paulo.

2015: Exposição do Seminário Nacional de Pesquisa Em Arte E Cultura Visual - Arquivos , memórias e afetos. Galeria da Faculdade de Artes Visuais da UFG, Goiânia.

2014: 3° Ciclo da Residência JA.CA + FCS. Centro de Arte Contemporânea e Fotografia de Belo Horizonte.

2014: “A vanguarda está em ti”, Coimbra, Portugal. 55 Anos do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra. Fragmentos de uma coleção.

2014: “Sinopses de vários territórios”. Conclusão de residência na ESBAT-Tours (França), Galeria Emma Thomas, São Paulo.

2013: “Todo mundo sabe (que nossas cidades e corpos foram feitos para ser destruídos)”, curadoria de Paulo Miyada, na Galeria Mônica Filgueiras, São Paulo.

2013: IV Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, Belém.

2013:“Festival Sessão Corredor”. Ateliê 397, São Paulo.

2012: Ateliê Aberto#6 oferecido pela Casa Tomada, São Paulo.

2012: “I Mostra do Programa de Fotografia 2012/2013- Coletiva” realizada no Centro Cultural São Paulo.

2011: “Espaços da Cor” organizada pelo Grupo de Pesquisas cromáticas (CAP/ECA/USP) realizada no Paço das Artes, São Paulo, SP.

2011: “4Cidades”. CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra. Coimbra, Portugal.

2010: “Grupo Cor – intervenções no subsolo do Paço das Artes”. Paço das Artes- 40 anos, São Paulo - SP.

2010: 16° Salão Unama de Pequenos Formatos na Galeria de Arte “Graça Landeira”, Belém, Pará.

2009: “Semana de Fotografia” - Programa de Exposições do Museu de Arte de Ribeirão Preto, SP.

2009: 60º Salão de Abril - Fortaleza (CE).

2009: 34º SARP – MARP: Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi.

2009: “Ateliê Código” – Projeto Práticas Pictóricas contemplado pelo ProAC - “Concurso de Apoio a Projetos de Artes Visuais” da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

2007: “Panacéia RJ” – Escola de Artes Visuais Parque Lage, Rio de Janeiro.

Publicações:

2016: Publicações do “Micro Centro de Estudos em Projeções: Diafilmes”. Material produzido na ocasião da 6ª edição do Programa Bolsa Pampulha, Belo Horizonte.

2015: “Construir um Farol e levá-lo à montanha”. Publicação a partir do projeto RONDA – Parte 1 (Bolsa FUNARTE 2015) em parceria com Flora Leite.

2014. “Uma documentação em 36 fotogramas”. Publicação realizada na ocasião da residência artística no Centro de Arte Jardim Canadá - JACA em parceria com a Fundação Clóvis Salgado em Belo horizonte (MG)

2012: “Convivência #6”. Publicação coletiva realizada na ocasião da residência artística Ateliê Aberto#6 oferecido pela Casa Tomada (SP).

2017, Janeiro: Documentação do espaço expositivo. Galeria Zipper, São Paulo, Brasil.Acima: Recorte de jornal onde foi publicado A Queda (O Estado de Minas) e divulgação do trabalho e exposição (Folha de São Paulo).

Maura Grimaldi.A Queda

2016/2017. Políptico. Fotografias e intervenção no jornal O Estado de Minas (MG, Brasil). Dimensões variadas.

A Queda surge de uma intervenção no jornal O Estado de Minas. Originalmente, a coluna é dedicada a divulgar trabalhos artísticos, no entanto, após conversa com o editor responsável, foi negociada a publicação de uma entrevista falsa. O diálogo narra a história de uma queda a partir de uma rocha.

2017, Julho: Documentação do espaço expositivo. IX Ateliê Aberto, Pivô Pesquisa, São Paulo, Brasil.

Maura Grimaldi.Foram sete anos desde que ele foi perdendo ele.

2017. Projeção. Três projetores Kodak Carousel, diapositivos, sistema de temporizador.

As três máquinas contam a história da relação entre o narrador e a sua convivência com um indíviduo em processo de perda de memória. Cada equipamento apresenta uma perspectiva, o primeiro anuncia a voz do narrador, o segundo a voz direta daquele que perde a memória, enquanto o último apresenta notas de observação externa a narrativa, tais quais uma nota de rodapé faria.

2017, Janeiro: Documentação do espaço expositivo. Galeria Sancovsky, São Paulo, Brasil.

Maura Grimaldi.- Você acha que os mortos voltam e vigiam os vivos?

2017. Projeção. Dois projetores Kodak Carousel, 84 diapositivos, adaptação para LED, sistema de temporizador.

O diálogo entre dois projetores sobre sua condição de máquina e de transmissores de dados é sincronizado a partir de 84 diapositivos que mesclam textos e algumas poucas imagens. O texto, quenão possui uma linearidade, parte da pergunta inicial “-Acha que os mortos voltam e vigiam os vivos?“ frase retirada do filme Rebecca (1940) de Alfred Hitchcock para refletir sobre o universo das imagens.

Maura Grimaldi.Micro Centro de Estudos em Projeções: Lanterna Ótica

2016.Madeira, lentes, e alumínio. Sistema de ventilação e iluminação através de led. 20x 15 x 20 cm.

Reprodução do modelo da lanterna ótica alemã Pouva da década de 1950. Modelo a partir de marcenaria e alumínio. Para a utilização de películas 135mm.

Micro Centro de Estudos em Projeções: Lanterna Ótica. 2016, Outubro: Documentação no espaço expositivo. 6ª edição do Programa Bolsa Pampulha. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil.

2016, Outubro: Documentação no espaço expositivo. 6ª edição do Programa Bolsa Pampulha. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil

Maura Grimaldi.Micro Centro de Estudos em Projeções: Diafilmes

2016. Tipografia e Risografia. Impressão em papel pólen. 22x10cm (formato fechado).

Reprodução de livretos baseados nos produzidos pelo ICNE (Instituto Nacional de Cinema Educativo) para Diafilmes. Cada um dos livretos apresenta um conteúdo distinto criado pela artista:

Os afãs: Livre tradução dos fragmentos do texto de Adolfo Bioy Casares, Los afanes.Deserto: Poema. Projeção: Ensaio textual sobre a condição técnica e sensorial das imagens projetadas.Histórico: Aspectos históricos da imagem projetada em especial os Diafilmes do ICNE e ICN.Cavernas óticas: História ficcional.

* O MAR: Trata-se do único livreto original apresentado na foto acima. O Mar foi produzido em 1964 pelo ICNE e serviu de modelo para a produção dos demais títulos elaborados para o projeto.

2016, Outubro: Documentação no espaço expositivo. 6ª edição do Programa Bolsa Pampulha. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Livreto elaborado para o trabalho Micro Centro de Estudos em Projeções: Diafilmes e Micro Centro de Estudos em Projeções: Cavernas Óticas e clichês tipográficos.

2016, Outubro: Documentação no espaço expositivo. 6ª edição do Programa Bolsa Pampulha. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Maura Grimaldi. Micro Centro de Estudos em Projeções: Cavernas Óticas

2016. Slideshow e livreto impresso. 40 diapositivos 35mm em looping acompanhado de impresso 22x10cm (formato fechado). Dimensões variáveis.

Trata-se de uma sequência de fotografias da segunda metade do século XIX que narra a exploração de uma das maiores cavernas do mundo. Junto com esse material é apresentado um livreto, baseado nos impressos do Instituto Nacional de Cinema Educativo, e relata a história das Cavernas Óticas. A narrativa mescla dados ficcionais com parte da história da exploração espeleológica em Minas Gerais e conta sobre uma suposta descoberta de uma cavidade semelhante a uma câmera escura.

2016, Outubro: Documentação Micro Centro de Estudos em Projeções: Cavernas Óticas. 6ª edição do Programa Bolsa Pampulha. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Maura GrimaldiMicro Centro de Estudos em Projeções: Apresentação Cavernas Óticas

2016. Aula-performance. Apresentação do slide-show e leitura do livreto Cavernas Óticas.

A ação foi realizada no dia da abertura da exposição do VI Bolsa Pampulha e propunha a leitura e exibição do conteúdo de imagem e texto da obra Cavernas Óticas.

A história, elaborada pela artista, contava sobre a descoberta de uma caverna na região que funcionaria exatamente como uma câmera escura.

O formato de apresentação, o discurso, bem como os materiais de imagem e o livreto, mimetizam os formatos utilizados durante os anos 30, 40, 50 e 60 para a divulgação de conhecimento em salas de aula no Brasil. Dessa forma, produzia-se uma dúvida sobre a veracidade do conteúdo que estava sendo apresentado em um modelo de seminário/aula.

2016, Outubro: Documentação Micro Centro de Estudos em Projeções: Apresentação Cavernas Óticas. 6ª edição do Programa Bolsa Pampulha. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Maura Grimaldi.Aparições: Painel de controle/ Documentos/ Morel/ Abadiânia.

2015. Construção de painel de controle para três projetores e sistema de reprodução de imagens em diapositivos. Fonte das imagens: arquivo da artista, arquivo da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, “Fautographie. Petite histoire de l’erreur photographique” de Clément Chéroux, “Les espace de l’image” de Gaelle Morel, “Dia /Slide /Transparency: Materialien zur Projektionskunst” de Peter Funken, “Curas espirituais” de Ismar Estulano Garcia.

Aparições: Painel de controle/ Documentos/ Morel/ Abadiânia exibe três narrativas distintas a partir da projeção de slides. Essa seqüência randômica das projeções é comandada por um painel de controle capaz de programar modos manuais e automáticos de passagem dos slides, bem como alterar o índice da luz que foi readaptado. Este painel foi desenvolvido pela artista especialmente para essa obra, desde a parte de prototipagem até a parte de programação (com a ajuda de um físico-programador). Enquanto isso, cada projetor se concentra em uma coleção distinta. O primeiro traz uma compilação da história da técnica e da construção do próprio aparato. O segundo trata-se de fotografias de arquivo pessoal que possuem um caráter fantasmagórico. Por fim, o que se apresenta na terceira narrativa é a documentação de uma visita feita à um dos mais importantes centros baseados na prática espírita no Brasil.

Fruto de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida desde 2014, este é um projeto que concentra-se na investigação a partir da conceituação de imagem, nos experimentos relacionados ao universo da linguagem técnica sobre a imagem projetada, e nos estudos que levam em consideração a dimensão do invisível, e que no caso, culminou em um estudo mais aprofundado sobre o espiritismo. A partir da análise desses três focos, é possível notar uma série de paralelismos. Muitas vezes os vocabulários são comuns, termos utilizados em um campo poderiam ser encontrados em outro de forma análoga, assim como cruzamentos históricos e geográficos apareceriam diversas vezes.

2015, Novembro: Documentação do espaço expositivo: 11ª Residência Artística - Red Bull Station.

Amostra de imagens presentes

CARROSSEL 01: Documentos históricos e técnicos.

CARROSSEL 02: Arquivo pessoal, imagens fantasmagóricas.

CARROSSEL 03: Visita à Abadiânia.

Maura Grimaldi.A invenção de Morel.

2015. Impressão fotográfica, a partir de imagens de arquivo pessoal, em edição original do livro.

Trata-se de uma intervenção fotográfica na obra “A invenção de Morel” do autor argentino Adolfo Bioy Casares. A idéia fundamentalmente era inserir imagens do meu acervo pessoal que fossem capaz de construir um diálogo com a narração. Fazendo uso das lacunas na mancha gráfica da publicação (o espaço entre os capítulos e parágrafos), realizei impressões que se aproximassem o máximo possível daquela presente no livro, a fim de gerar uma dúvida se aquelas fotografias faziam parte do projeto original do autor ou não. O livro teve de ser desmontado para passar pela impressão a jato de tinta das fotografias até ser, finalmente, remontado.

A razão pela escolha desse trabalho de Casares reside na própria narrativa do romance. Nessa obra, estão presentes assuntos como a interação com o mundo das imagens, o universo fantasmagórico das personagens, e as estruturas tecnológicas modernas através dos maquinários criados pelo cientista Morel. Uma obra que a todo instante repensa a interação temporal que estabelecemos com o universo das imagens.

2015, Novembro: Documentação do espaço expositivo: 11ª Residência Artística - Red Bull Station.

Maura GrimaldiDiagramas.

2015. Impressão em vinil adesivo a partir de projetos desenvolvidos ao longo da 11ª Residência Artística Red Bull Station, São Paulo. ~4,5 x 3m.

Diagramas baseia-se nos projetos elaborados na ocasião da 11ª Residência Artística - Red Bull Station. Alguns dos desenhos foram desenhados especificamente para este projeto, enquanto que outros são parte de manuais técnicos de instrução e operação dos equipamentos empregados ao longo da residência. Para a realização desse projeto foi necessário o aprendizado e a manipulação da cortadora a laser .

Diagramas. 2015, Maura Grimaldi. Impressão em vinil adesivo a partir de projetos desenvolvidos ao longo da 11ª Residência Artística - Red Bull Station.

Maura GrimaldiSem título.

2015. Projetor de slides e coleção de cromos. 130x87cm.

Essa obra trata-se de uma investigação sobre as relações das cópias e dos duplos. Partindo de uma única imagem, o retrato de um espelho que nada parece refletir, apenas o seu através, é que foram pensadas uma série de ações para serem projetadas.

O trabalho, que parte da investigação de como reproduzir um único slide em diversos outros, conta com três movimentos distintos. O primeiro movimento contempla oitenta diapositivos projetados ininterruptamente e que parecem ser sempre a mesma imagem. O segundo movimento é a projeção de um único slide que apresenta-se em preto e branco, mas que devido a sua deterioração e ao fato de ter sido reproduzido em uma película positiva colorida, passa a ganhar uma cor ao decorrer dos dias. Por fim, o terceiro movimento, é a projeção de todo o material residual do processo para se obter o melhor sistema de duplicação de slides. Nesse momento, entram diferentes técnicas de reprodução estudadas, re-fotografias de cópias em papel, re-fotografias de projeção, sensibilização através do contato direto das películas entre tantas outras, que por vezes mantém a imagem, e por vezes apenas destroem a informação matricial. Em sua última exibição o trabalho teve uma duração de aproximadamente 90 dias, sendo 30 dias para cada movimento.

2015, Ago-Nov.: Documentação do trabalho no espaço expositivo. Participação na exposição “O que caminha ao lado” curada por Isabella Rjeille no SESC Vila Mariana, São Paulo.

Maura Grimaldi (em co-autoria com Flora Leite). Ronda - Parte 1

http://rondaparteum.wix.com/rondaparteum

2014/2015. Em co-autoria com Flora Leite. 2014. Construção de farol deslocado para uma cadeia de montanhas em Minas Gerais. Dimensões variáveis. Vídeo, fotografia, texto, desenhos, peças gráficas e/ou outros.

Nesse trabalho, a estrutura náutica de um farol foi deslocada para as montanhas do interior do sul de Minas Gerais. As artistas desenharam e construíram uma peça tridimensional móvel, portátil e automática que foi levada sucessivas vezes ao Pico do Selado, divisa do estado de Minas Gerais com São Paulo (Brasil). Durante o período de seis meses as artistas passaram noites operando o farol em aproximadamente 5 expedições distintas.

O interesse no farol residia no fato dele ser algo capaz de contemplar tanto o universo dos instrumentos óticos com seu aparato de projeção (espelho, luzes e lentes) quanto na dimensão simbólica desse dispositivo que serve para guiar navios à terra com segurança.

Dessa pequena epopéia, surgiram uma série de trabalhos de fotos, vídeos, textos, desenhos, objetos e publicação. Entre eles está este ensaio fotográfico em preto e branco feito a partir de negativo 120mm que buscou ao mesmo tempo registrar e criar uma memória sobre o projeto, ao mesmo tempo em que ganhava autonomia plástica em si. O ensaio fotográfico, assinado apenas por Maura Grimaldi, assimila os erros, imperfeições e imprevistos possíveis de estar em um ambiente praticamente infotografável por dispor de pouca ou nenhuma luz. Igualmente reflete sobre a construção da paisagem, explorando as coincidências de composição dentro do próprio rolo de filme e compondo em um único fotograma diferentes desenhos das vistas. 2015, Agosto: Ronda - Parte 1. Fotografias a partir de filme 120mm feitas por Maura Grimaldi.

2015, Agosto: Ronda - Parte 1. Frames do vídeo 1B que compõe o projeto.

Maura Grimaldi (em co-autoria com Flora Leite). Ronda - Parte 1. Vídeo-instalação: 1B

http://rondaparteum.wix.com/rondaparteum

2014/2015. Em co-autoria com Flora Leite. 2014. Video 1B. 12min. ~350 x190 cm

VÍDEO 1BRealizada a partir do projeto Ronda – Parte 1 (construir um farol e levá-lo a montanha), a obra 1B trata-se de uma vídeoinstalação que projeta uma seqüência de diversos movimentos do farol. A trilha sonora é divida em duas trilhas em um mesmo fone de ouvido: de um lado o som direto, gravado com o farol na mata, e de outro uma trilha instrumental, partindo de acordes sucintos coincidindo com o tempo estabelecido pela rotação do farol.

2015, Agosto: Documentação do espaço expositivo: Casa Tomada, São Paulo.

Ronda - Parte 1

DOCUMENTAÇÃO DA EXPOSIÇÃO: RONDA - PARTE 1

2015, Agosto: Documentação do espaço expositivo. Casa Tomada, São Paulo.

Maura Grimaldi. Experimentos com a imagem projetada.

2014. Técnica mista. Dimensões variáveis. Projetor de slides, lentes, câmera fotográfica, slides, lanterna etc. Desenvolvido na ocasião do Semana Aberta do 3° Ciclo da Residência JA.CA + FCS, Belo Horizonte, MG.

Experimentos com a imagem projetada é um projeto que aborda os mecanismos de projeção ao mesmo tempo em que discute os processos de deterioração, desaparecimento e exposição das imagens fotográficas.

Ele é composto de três peças distintas: a primeira trata-se de projetar a imagem de uma montanha até que ela aos poucos se deteriore, a segunda é transformar o aparato da câmera fotográfica em um dispositivo de projeção, e a terceira, por fim, é a desconstrução do aparato de um projetor.

No caso da projeção da imagem da montanha, na medida em que o projetor permanecia ininterruptamente ligado, o calor e a luminescência provocavam uma deterioração na película fotográfica, fazendo com que a imagem em um primeiro momento tenha o seu campo cromático drasticamente alterado, e então se inicie o seu processo contínuo de apagamento.

2014, Outubro: Documentação Semana Aberta do 3° Ciclo da Residência JA.CA + FCS, Belo Horizonte, MG. Obra: Sem título#01. Lanterna, diapositivo e câmera fotográfica.Descrição: Projetar diapositivo utilizando a estrutura de uma câmera fotográfica como projetor.

2014, Outubro: Documentação Semana Aberta do 3° Ciclo da Residência JA.CA + FCS, Belo Horizonte, MG. Obra: Sem título#02. Lanterna, lentes e diapositivo sobre papelão.Descrição: Desconstruir um projetor, fazendo uso de uma estrutura simples e improvisada capaz de resultar no mesmo efeito do maquinário já pronto.

2014, Outubro: Documentação Semana Aberta do 3° Ciclo da Residência JA.CA + FCS, Belo Horizonte, MG. Obra: Sem título #03. [Homenagem a Matthew Buckingham]Descrição: Projetar ininterruptamente, ao longo dos dias de exibição, o diapositivo, de forma a causar a sua deterioração. Projetor e diapositivo.

Uma documentação em 36 fotogramas

2014. Publicação impressa. 10,5x 15cm.

A publicação Uma documentação em 36 fotogramas é uma das obras que compõe um ensaio sobre a imagem dentro do universo da fotografia desenvolvido na ocasião da residência do JACA – Centro de Arte e Tecnologia em parceria com a Fundação Clóvis Salgado, Belo Horizonte, Brasil.

O projeto desenvolvido partia da seguinte indagação-motor: seria possível pensar um trabalho fotográfico a partir de fotografias nunca feitas? Para refletir sobre a questão, Uma documentação em 36 fotogramas discorre sobre a ausência da imagem, almejando criar uma espécie de inventário sobre o que não poderia ser fotografado.

Nesse livro de artista é possível verificar uma série de sentenças textuais que sugerem memórias, conceitos e sensações, mas que não possuem relações diretas com o universo das figuras. Juntamente ao texto, um filme fotográfico virgem, passou por todo o processamento químico de revelação e ampliação e depois digitalização dos fotogramas para compor as referências de cada sentença. Sendo assim, cada frase sugere o conteúdo de um dos 36 quadros, que se apresentam vazios aos olhos do leitor.

Abaixo seguem alguns exemplos:

26- o futuro do pretérito27 – o que está por vir28 – o trigésimo oitavo quadro29 – aquilo que já havia se passado antes.

30 – o prédio que fora demolido31 – a montanha que fora removido32 – a pergunta: planície extensa sobre uma montanha, 5 letras? X. Rechã33 – ninguém; o vento; a língua34 – qualquer x pertencente ao conjunto real que satisfaça a equação x ao quadrado igual a menos quatro.xE|R|x2 =-4 R: ØA x E| R| x2=-4 (falta).

Uma documentação em 36 fotogramas. Publicação impressa.Descrição: Elencar uma série de sentenças, através de texto, em que não seja possível pensar automaticamente em uma figura, a não ser que essa se configure através de representações simbólicas, metáforas ou figuras de linguagem.

Grafias

2014. Carta impressa a partir de fonte desenvolvida pela artista e verso de fotografia.

Durante o mesmo programa de residência em que foi produzido Uma documentação em 36 fotogramas e Experimentos com a imagem projetada, buscou-se estabelecer uma série de conexões livres (analogias) entre disciplinas, campos de cultura e saberes que se relacionam com o pensamento fotográfico, tomando a liberdade de migrar para outras áreas.

Nesse momento, a artista passou a realizar uma espécie de exercício ao reproduzir a caligrafia de um indivíduo que ocultou sua presença através da destruição de suas fotografias. Ao reproduzir a caligrafia, criando uma tipografia disponível para um uso em programas informacionais, há uma espécie de presentificação de algo ausente. Retoma-se um dado documental, característico de um indivíduo que a criou. A caligrafia de um indivíduo está diretamente conectada à sua presença física, tal como a sua imagem corporal. Nesse sentido, vejo procedimentos análogos entre reconstruir a caligrafia de alguém, com acessar os documentos fotográficos.

Juntamente com a elaboração de uma nova fonte tipográfica está a apresentação de uma breve sentença escrita no verso de uma fotografia, envolvendo a reconstituição da imagem - que está ocultada - através de um esforço mental.

2014, Outubro: Documentação Semana Aberta do 3° Ciclo da Residência JA.CA + FCS, Belo Horizonte, MG.

Fragmentos das fotografias deixadas pela autora da caligrafia. Todos os seus retratos foram recortados ainda em vida pela própria.

Essas fotografias serviram de base para o processo de elaboração de Grafias.