273
COMANDO GERAL DE TECNOLOGIA AEROESPACIAL GRUPO ESPECIAL DE ENSAIOS EM VÔO ESQUADRÃO DE FORMAÇÃO EM ENSAIOS EM VÔO CURSO DE PREPARAÇÃO PARA RECEBIMENTO DE AERONAVES MATEMÁTICA AC-02

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COMANDO GERAL DE TECNOLOGIA AEROESPACIAL

GRUPO ESPECIAL DE ENSAIOS EM VÔO

ESQUADRÃO DE FORMAÇÃO EM ENSAIOS EM VÔO

CURSO DE PREPARAÇÃO PARA RECEBIMENTO DE AERONAVES

MATEMÁTICA

AC-02

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ii

CONTROLE DE REVISÕES

REVISÃO AUTOR(ES) DATA

ORIGINAL

1ª REVISÃO

2ª REVISÃO

3ª REVISÃO

4ª REVISÃO

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iii

SUMÁRIO

1 - NOÇÕES BÁSICAS (I)........................................... 1

1.1 - OBSERVAÇÕES SOBRE A OPERAÇÃO DIVISÃO....................... 1

1.2 - PROPRIEDADES DAS OPERAÇÕES ADIÇÃO E MULTIPLICAÇÃO (ENTRE NÚMEROS)................................................... 1

1.3 - PROPRIEDADES DA RELAÇÃO DE IGUALDADE (ENTRE NÚMEROS)....... 2

1.4 - POTENCIAÇÃO................................................ 3

1.5 - RADICIAÇÃO................................................. 4

1.6 - RESOLUÇÕES DE EQUAÇÕES..................................... 5

1.7 - EQUAÇÕES DO 2o GRAU ........................................ 6

1.8 - SISTEMAS DE DUAS EQUAÇÕES DO 1o GRAU COM DUAS INCÓGNITAS ... 8

1.9 - INEQUAÇÕES DO 1o GRAU ..................................... 10

1.10 - PRODUTOS NOTÁVEIS........................................ 10

1.11 - FATORAÇÃO DE POLINÔMIOS.................................. 11

1.12 - RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES.......................... 13

2 - NOÇÕES BÁSICAS (II)......................................... 15

2.1 - CONJUNTOS................................................. 15

2.1.1 - Noções Primitivas....................................... 15

2.1.2 - Definições.............................................. 16

2.1.3 - Operações com Conjuntos................................. 19

2.1.3.1 - Reunião (ou união) de conjuntos....................... 19

2.1.3.2 - Interseção de conjuntos............................... 19

2.1.3.3 - Diferença de Conjuntos................................ 20

2.1.3.4 - Complementar de B em A................................ 21

2.2 - CONJUNTOS NUMÉRICOS....................................... 23

2.2.1 - Conjunto dos Números Naturais: N........................ 23

2.2.2 - Conjunto dos Números Inteiros: Z........................ 24

2.2.3 - Conjunto dos Números Racionais: Q....................... 25

2.2.4 - Conjunto dos Números Reais: R........................... 26

2.2.5 - Reta Numérica........................................... 27

2.3 - MÓDULO.................................................... 29

2.3.1 - Definição............................................... 29

2.3.2 - Propriedades............................................ 30

2.4 - POTÊNCIA DE EXPOENTE REAL................................. 30

2.5 - LOGARITMOS................................................ 31

2.5.1 - Definição............................................... 31

2.5.2 - Propriedades dos Logaritmos............................. 33

2.5.3 - Logaritmos Especiais.................................... 36

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iv

3 - NOÇÕES BÁSICAS (III)........................................ 37

3.1 - GEOMETRIA................................................. 37

3.1.1 - Geometria Plana......................................... 37

3.1.1.1 - Ângulo................................................ 37

3.1.1.2 - Outras Definições Importantes......................... 38

3.1.1.3 - Triângulos............................................ 40

3.1.1.4 - Teorema das Paralelas (ou de Tales)................... 42

3.1.1.5 - Área dos Principais Polígonos......................... 44

3.1.2 - Geometria Espacial...................................... 47

3.2 - TRIGONOMETRIA............................................. 52

3.2.1 - Trigonometria no Triângulo Retângulo.................... 52

3.2.2 - Radiano................................................. 55

3.2.3 - Circunferência Trigonométrica........................... 56

3.2.4 - Arcos Côngruos.......................................... 58

3.2.5 - Relações Trigonométricas................................ 60

3.2.6 - Trigonometria num Triângulo Qualquer.................... 64

3.2.7 - Adição e Subtração de Arcos............................. 65

3.2.8 - Arco Duplo.............................................. 67

3.2.9 - Transformação em Produto (fatoração trigonométrica)..... 68

3.2.10 - Arcos Complementares................................... 69

3.2.11 - Redução ao Primeiro Quadrante.......................... 70

3.3 - GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA................................. 73

3.3.1 - O Ponto................................................. 73

3.3.2 - A Reta.................................................. 76

3.3.3 - Coeficiente Angular de uma Reta......................... 77

3.3.4 - Forma Reduzida da Equação da Reta....................... 78

3.3.5 - Feixe de Retas Concorrentes............................. 79

3.3.6 - Paralelismo e Perpendicularismo......................... 81

3.4 - POLINÔMIOS................................................ 83

3.4.1 - Introdução.............................................. 83

3.4.2 - Operações com Polinômios................................ 85

3.4.3 - Teorema do Resto........................................ 87

3.4.4 - Teorema de D’Alembert................................... 88

3.4.5 - Dispositivo Prático de Briot-Ruffini.................... 88

4 - FUNÇÕES.................................................... 102

4.1 - GENERALIDADES SOBRE FUNÇÕES.............................. 102

4.1.1 - DEFINIÇÕES 1........................................... 102

4.1.2 - Função Real de Uma variável Real....................... 104

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v

4.1.3 - DEFINIÇÕES 2........................................... 106

4.1.4 - Função Composta e Função Inversa....................... 108

4.2 - PRINCIPAIS FUNÇÕES ELEMENTARES........................... 113

4.2.1 - Função Constante....................................... 113

4.2.2 - Função Identidade...................................... 114

4.2.3 - Função Afim............................................ 114

4.2.4 - Função Modular......................................... 115

4.2.5 - Função Quadrática (ou Função Trinômio do 2o Grau) ...... 115

4.2.6 - Função f : x → x3 ..................................... 118

4.2.7 - Função Recíproca....................................... 119

4.2.8 - Função Exponencial de Base a........................... 120

4.2.9 - Funções Trigonométricas................................ 121

4.2.10 - Função Logarítmica.................................... 123

4.2.11 - Funções Trigonométricas Inversas...................... 124

4.3 - FUNÇÃO DEFINIDA POR VÁRIAS SENTENÇAS ABERTAS............. 126

5 - VARIAÇÃO DO SINAL DAS FUNÇÕES.............................. 135

5.1 - INTRODUÇÃO............................................... 135

5.2 - EQUAÇÕES................................................. 137

5.2.1 - Definições............................................. 137

5.2.2 - Equações Polinomiais................................... 138

5.2.3 - Equações Trigonométricas............................... 141

5.2.4 - Exemplos Diversos...................................... 145

5.3 - INEQUAÇÕES............................................... 148

5.3.1 - Definições............................................. 148

5.3.2 - Sinal das Funções Afim e Quadrática.................... 149

5.3.3 - Solução Geral de Inequação............................. 150

5.4 - IDENTIDADE............................................... 161

5.4.1 - Definição.............................................. 161

6 - LIMITE..................................................... 169

6.1 - NOÇÃO DE LIMITE DE UMA FUNÇÃO............................ 169

6.2 - LIMITES LATERAIS......................................... 173

6.3 - LIMITES INFINITOS........................................ 175

6.4 - LIMITES NO INFINITO...................................... 180

7 - CONTINUIDADE............................................... 197

7.1 - NOÇÃO DE CONTINUIDADE.................................... 197

7.1.1 - Definição.............................................. 197

7.1.2 - Definição.............................................. 198

7.1.3 - Definição.............................................. 198

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vi

7.1.4 - Definição.............................................. 198

7.1.5 - Definição.............................................. 198

7.2 - PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES CONTÍNUAS....................... 201

8 - DERIVADAS.................................................. 204

8.1 - INTRODUÇÃO - VELOCIDADE INSTANTÂNEA...................... 204

8.2 - DERIVADA................................................. 208

8.2.1 - Derivada no Ponto xo ................................... 208

8.2.2 - Função Derivada........................................ 210

8.2.3 - Tabela de Derivadas.................................... 211

8.2.4 - Derivadas Sucessivas................................... 213

8.2.5 - Equações Diferenciais.................................. 215

8.3 - GRÁFICOS E DERIVADAS..................................... 216

8.3.1 - Interpretação Geométrica da Derivada................... 216

8.3.2 - Derivada e continuidade................................ 217

8.3.3 - Variação das Funções................................... 219

9 - NOÇOES DE CÁLCULO INTEGRAL................................. 247

9.1 - INTRODUÇÃO - ÁREA........................................ 247

9.2 - A INTEGRAL DEFINIDA...................................... 249

9.2.1 - Partição............................................... 249

9.2.2 - Norma.................................................. 249

9.2.3 - Soma de Riemann........................................ 250

9.2.4 - Função Integrável...................................... 250

9.3 - O CÁLCULO DA INTEGRAL DEFINIDA........................... 250

9.3.1 - PRIMITIVA.............................................. 251

9.3.2 - CÁLCULO DA PRIMITIVA................................... 251

9.4 - ALGUMAS TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO........................... 254

9.4.1 - Integração por Substituição............................ 254

9.4.2 - Integração por Partes.................................. 255

9.4.3 - Exemplos:.............................................. 257

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AC-02

1

1 - NOÇÕES BÁSICAS (I)

1.1 - OBSERVAÇÕES SOBRE A OPERAÇÃO DIVISÃO

2

6= 3 pois 3.2 = 6

2

0 = pois O.2 = O

0

6 = nenhum número (operação inexistente), pois (nenhum

número) .0 = 6

0

0 = qualquer número (resultado indeterminado), pois

(qualquer número).O = O

1.2 - PROPRIEDADES DAS OPERAÇÕES ADIÇÃO E MULTIPLICAÇÃO (ENTRE NÚ-

MEROS)

1) Comutativa (comutar = trocar)

a + b = b + a (a ordem das parcelas não altera a soma)

a . b = b . a (a ordem dos fatores não altera o produto)

2) Associativa

(a + b) + c = a + (b + c)

(a . b) .c = a . (b. c)

3) Elemento neutro

- da adição é o número zero;

a + O = a e O + a = a, ∀a

Não existe divisão por zero

0

0 Símbolo de indeterminação

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AC-02

2

- da multiplicação é o número um.

a . 1 = a e 1 . a = a, ∀a

4) Propriedade distributiva da multiplicação em relação à

adição

x . (a + b) = x . a + x. b

1.3 - PROPRIEDADES DA RELAÇÃO DE IGUALDADE (ENTRE NÚMEROS)

1) Reflexiva: qualquer número se relaciona com ele mesmo

através da relação de igualdade (=)

aa = ∀a

2) Simétrica: se um número se relaciona com outro através

da relação de igualdade (=) , então a recíproca também

é verdadeira.

a = b ⇔ b = a ∀a, ∀b

3) Transitiva: se um número se relaciona com outro

através da relação de igualdade (=) e este outro com

um terceiro, então o primeiro se relaciona com o

terceiro através da igualdade (=)

cb

ba

==

ca =⇒ ∀a, ∀b, ∀c

Qualquer relação com estas três propriedades é denominada

relação de equivalência. Outros exemplos:

a - a relação "ser semelhante" (entre triângulos) é de

equivalência;

b - a relação "igualdade" (entre conjuntos) é de

equivalência;

c - a relação "ser perpendicular" (entre retas) não é de

equivalência.

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AC-02

3

1.4 - POTENCIAÇÃO

an = a . a . a ... . a

n fatores

expoente

25 = 2 . 2 . 2 . 2 . 2 = 32

base potência

Quando a base e o expoente é par ⇒ potência positiva

é negativa (-2)4 = 16

e o expoente é impar ⇒ potência negativa

(-2)3 = -8

- Propriedades

1a) am . an = am+n 27 . 29 = 216

2a) am : an = am-n 56 : 58 = 5-2

3a) (a . b)n = an . bn (-2x)4 = 16x4

4a) (a : b)n = an:bn 9

4)

3

2( 2 =

5a) (am)n = amn 1472 5)5( =

- Expoente um: torna a potência igual à base

51 = 5 ; 101 = 10

- Expoente zero: torna a potência igual a um

15o = 1 ; (-2)o = 1 ; 1)7

3( 0 =

- Expoente negativo: inverte a base (que não pode ser zero)

e torna-se positivo

15157

733 2)2

1(;

3

13;)

2

5()

5

2( === −−−

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AC-02

4

- Expoente racional: o denominador torna-se índice de um

radical 82/3 = 33;8 2/13 2 =

1.5 - RADICIAÇÃO

A raiz n-ésima de um número b é um número a tal que

an = b.

índice raiz

2325 = pois 25 = 32

(n ∈ N*) radical radicando

Outros exemplos:

283 = pois 23 = 8

283 −=− (-2)3 = - 8

- Propriedades (para a ≥ 0, b ≥ 0

1) m na =

p:n p:na 3 215 10 33 =

2) nnn b.ab.a = 2.36 =

3) nnn baba :: = (b > 0)

4

44

16

5

16

5=

4) m nnm a)a( =

3 553 x)x( =

5) mnm n aa = 105 33 =

- Base negativa e índice par

39e9)3(pois39 2 ==−−=−

bab nn =⇒=

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5

- Radicando negativo

8)2(pois28 33 −=−−=−

16)realnenhum(poisrealnenhum16 44 −==−

2)2(;0aseae0aseaa 22 =−<−≥=

1.6 - RESOLUÇÕES DE EQUAÇÕES

Isola-se a incógnita por transposição dos números (de um

membro para o outro da equação) e concomitante inversão das

operações por eles efetuadas:

adição subtração

multiplicação divisão

potenciação radiciação

Exemplos:

a) x + 2 = 7 ⇒ x = 7 - 2

b) p – 1 = 0 ⇒ p = 0 + 1

c) -2x = 8 ⇒ x = 2

8

Não existe raiz real de número negativo se o índice do radical for par.

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6

d) 2

7n + = 1 ⇒ n + 7 = 2 . 1

e) x3 = 8 ⇒ x = 3 8

f) 1x + = 3 ⇒ x + 1 = 32

x = 2, pois 24 = 16

g) x4 = 16 ⇒ x = ±4 16 = ±2

x = -2, pois (-2)4 = 16

1.7 - EQUAÇÕES DO 2o GRAU

São todas as equações na forma ax2 + bx + c= O, onde a, b e

c são números reais e a ≠ 0.

Chama-se discriminante da equação do 2o grau o número

∆ = b2 -4ac

- se ∆ < 0, a equação não tem raízes reais.

- se ∆ = 0, a equação tem duas raízes reais iguais.

se ∆ > 0, a equação tem duas raízes reais diferentes.

Nos dois últimos casos, as raízes podem ser encontradas

pela fórmula e resoluçao: a2

bx

∆±−=

Exemplos:

a = 3

a) 3x2 – x + 2 = 0 b = -1

c = 2

∆ = (-1)2 -4 . 3 . 2 = -23 ⇒ não tem raízes reais

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7

a = 4

b) 4x2 – 4x + 1 = 0 b = -4

c = 1

∆ = (-4)2 – 4 . 4 . 1 = 0 ⇒ uma raiz real

x = 2

1

8

4

4.2

0)4(==

±−−

a = 1

c) x2 + 2x - 3 = 0 b = 2

c = -3

∆ = 22 – 4 . 1 . (-3) = 16 ⇒ duas raízes reais

x =

−==

=±−

=±−

3x

1x

2

42

1.2

162

2

1

Vale também a relação:

x2 – Sx + P = 0 onde S = -b/a = x1 + x2

P = c/a = x1 . x2

Neste caso a equação pode ser resolvida por tentativa:

Exemplo:

a) x2 -5x + 6 = O

S = -b/a = 5)1

5( =−

P = c/a = 61

6=)(

==

=

=+∴

3x

2x

6x.x

5xx

2

1

21

21

b) 2x2 + 2x - 4 = O ⇔ x2 + x – 2 = O

S = 12

2−=

P = 2)2

4( −=−

−==

−=

−=+∴

2

1

2

1

2

1

21

21

x

x

x.x

xx

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8

1.8 - SISTEMAS DE DUAS EQUAÇÕES DO 1o GRAU COM DUAS INCÓGNITAS

Exemplo:

2x + 3y = 1

5x- 4y = 7

Existem vários métodos de resolução, entre os quais:

1) Método de Adição

Exemplos:

Somamos as equações membro a membro, desde que isto

provoque a eliminação de uma das incógnitas e a resolução da

outra.

3x + 2y = 2

x - 2y = -6

4x = -4

Se, x = -1 então, em qualquer das equações dadas

(por exemplo, a primeira) :

3(-1) + 2y = 2 ⇒2y = 2 + 3 ⇒

A solução é o par ordenado (-1 2

5, )

b) Só nos interessa somar as equações se nelas houver

termos que só diferem pelo sinal, pois eles serão eliminados na

soma. Caso contrário, escolhemos uma das incógnitas e, com os seus

coeficientes, preparamos as equações para serem somadas.

=−

=+

9y6x2

7y4x3

diferentealsincomxde

escoeficientostornando

=−

=+

− 9y6x2

7y4x3

3

2

x = -1

2

5y =

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AC-02

9

Multiplicando 26

13

27186

1486 −=

−=+−=+

yyx

yx ⇒

Substituindo por 2

1− numa das equações dadas (por exemplo,

a segunda):

2x – 6(2

1− ) = 9 ⇒ 2x + 3 = 9 ⇒

Solução do sistema: (3, - 2

1)

2) Método da Substituição

Isolamos uma das incógnitas em uma das equações e

substituímos, na outra equação, essa incógnita pela expressão

encontrada.

2x + 3y = 1

4x – 2y = 0 ⇒ 2

y31x

−=

⇒=−−⇒=−−

0262022

314 yyy)

y(

Substituindo esse valor numa das duas equações (por

exemplo, na segunda) :

4x -2(4

1) = 0 ⇒ 4x -

2

1 = 0 ⇒

A solução é o par ).,(4

1

8

1

2

1−=y

8

1x =

4

1y =

3x =

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10

1.9 - INEQUAÇÕES DO 1o GRAU

São desigualdades relacionadas pelas relações de ordem < e

≤ e suas respectivas inversas > e ≥. Podem ser resolvidas como as

equações do 1° grau (isolando-se a incógnita). Mas, se for

necessário multiplicar ou dividir os membros da inequação por um

número negativo, devemos inverter a relação de ordem.

5 - 3x ≤ 7 + 5x ⇒ -3x -5x ≤ 7 - 5 ⇒

8 passa dividindo

⇒ -8x ≤ 2 X ≥ 8

2

1.10 - PRODUTOS NOTÁVEIS

Por serem usuais, algumas multiplicações de expressões

algébricas podem ser efetuadas observando-se os seguintes modelos:

1) Produto da soma pela diferença:

(x3 + 5) (x3 -5) = (x3)2 – 52 = x6 – 25

Quadrado da soma:

(3m + 5n)2 = (3m)2 + 2 . 3m . 5n + (5n)2 = 9m2 + 30mn + 25n2

4

1x

−≥

(a + b) (a - b) = a2 – b2

(a + b)2 = a2 + 2ab + b2

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AC-02

11

Quadrado da diferença:

1a4

a11.

2

a2)

2

a()1

2

a(

2222 +−=+−=−

1.11 - FATORAÇÃO DE POLINÔMIOS

Podemos transformar polinômios em multiplicações de

expressões mais simples, aplicando os casos de fatoração, entre os

quais destacamos:

1° Caso) Fator comum aos termos: pode ser colocado em

evidência.

Exemplo:

4x2y + 6xy2 – 2xy = 2.2.x.x.y + 2.3.x.y.y – 2xy =

= 2xy . (2x + 3y – 1)

2° Caso) Diferença de dois quadrados: é o produto da soma

pela diferença (1° produto notável).

(a - b)2 = a2 - 2ab + b2

ax + bx = x (a + b)

a2 – b2 = (a + b) . (a –b)

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AC-02

12

Exemplo:

9x2 – 4 = (3x + 2) (3x – 2)

(3x)2 22

3° Caso) Trinômio quadrado perfeito: é o quadrado de uma

soma ou de uma diferença (2° e 3° produtos notáveis).

Exemplos:

a) x2 - 10xy + 25y2 = (x - 5y)2

(x)2 - 2.(x).(5y) + (5y)2

b) 36a4 + 12a2 + 1 = (6a2 + 1)2

(6a2)2 + 2.6a2.1 + (1)2

40 Caso) Trinômio do 2º grau: é o primeiro membro de uma

equação do 2o grau onde x1 e x2 são as raízes da equação

ax2 + bx + c = 0.

Exemplo: 2x2 - 4x -6 = a (x –x1) (x- x2)

a = 2

2x2- 4x - 6 = b = -4

c = -6

4

84

2.2

64)4(x64)6(.2.4)4( 2 ±

=±−−

=⇒=−−−=∆ x1 = -1

x2 = 3

Logo 2x2 -4x -6 = 2 .(x + 1) (x- 3)

a2 ± 2ab + b2 = (a ± b)2

ax2 + bx + c = a(x – x1) (x – x2)

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13

1.12 - RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

Consiste em eliminar os radicais do denominador sem alterar

a fração.

1º Caso) Radical com índice 2: multiplicam-se o numerador e

o denominador da fração pelo próprio radical a ser eliminado.

Exemplo:

10

53

52

53

552

53

52

3 .

.

.

.

.===

2º Caso) Dois radicais com índice 2: multiplicam-se

numerador e denominador pelo conjugado do denominador. (Obs: o

conjugado de a + b é a - b, e vice-versa) .

2

35

35

35

35

35

)notávelproduto1()35)(35(

)35(1

35

1

22

o

−=

−−

=−

==−+

−=

+

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14

SIMBOLOGIA

Exemplos

= igual a x . x = x2

< menor que 4 < 7

≤ menor ou igual a 8 ≤ 8

> maior que -3 > -5

≥ maior ou igual a 6 ≥ 5

≅ aproximadamente igual a

≠ diferente 532 ≠≠

∀ para todo, qualquer que seja ∀x, x - 1 < x

⇒ implica, então x > 2 ⇒ x > O

⇔ equivale, se e somente se x > 5 ⇔ 5 < x

∞ infinito (não é um número 0,1,2,3, ... ∞

tal que

∃ existe ∃ x 2x = 2

não existe xx + 1 = x

∃ existe um e um só ∃ x x = 4

⊥ é perpendicular a

// é paralelo a

∴ portanto

∈ é elemento de 3 ∈ {1,2,3}

⊂ é subconjunto de {3} ⊂ {1,2,3}

≅≅

14,3

73,13

41,12

π

/

/

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15

2 - NOÇÕES BÁSICAS (II)

2.1 - CONJUNTOS

2.1.1 - Noções Primitivas

No estudo da Teoria dos Conjuntos certas noções são

consideradas primitivas, isto é, aceitas sem definição. São

consideradas primitivas as noções de conjunto, elemento e

pertinência.

Atente para as seguintes frases:

- "conjunto das flores"

- "rosa pertence ao conjunto das flores"

- "rosa é um elemento do conjunto das flores"

Observe que, mesmo não sendo definidas as palavras

conjunto, elemento e pertinência, todos nós temos uma perfeita

compreensão do significado de cada uma delas.

Adotaremos as seguintes convenções:

conjunto: indicamos com maiúscula: A,B,C,

Elemento: indicamos com letra minúscula: a,b,c,

Pertinência: o símbolo ∈ deve ser lido como "é elemento

de" ou "pertence a". O símbolo ∉ é a negação de ∈.

Exemplos:

a) a ∈ A, deve ser lido: "elemento a pertence ao conjunto

A".

b) b ∉ C, deve ser lido: "elemento b não pertence ao

conjunto C".

c) B ∈ A está incorreto, pois relaciona conjunto com

conjunto.

Um conjunto pode ser representado de três maneiras básicas:

1o) Pela enumeração de seus elementos.

Exemplos:

a) conjunto das vogais: {a, e, i, o, u}

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16

b) conjunto dos números pares não negativos:

{0,2,4,6,8, ...}

c) conjunto dos inteiros de 1 a lO: {1,2,3, ..., 10}

2o) Enunciando uma propriedade que caracteriza seus

elementos.

A= {x | x possui tal propriedade} A barra vertical quer

dizer

"tal que".

Exemplos :

{x | x é vogal}

{x | x é número par não negativo}

{x | x = 5n e n ∈ Ζ} = conjunto dos múltiplos de 5.

3a.) Associando seus elementos a pontos dentro de uma linha

fechada que não se entrelaça {diagramas de Euler-Venn) {Fig. 2.1).

2.1.2 - Definições

Conjunto unitário é aquele que tem um só elemento.

Exemplos :

a) {1} b) {15} c) {x | x é mês com inicial d}

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17

Dois conjuntos A e B são iguais quando todo elemento de A

for elemento de B e todo elemento de B for elemento de A.

Simbolicamente, escrevemos:

A = B ⇔ (∀x, x ∈ A ⇔ x ∈ B )

Exemplos:

a) {1,5,7,9} = {9,7,5,1}

b) {2,4,6} = {4,2,6} (não interessa a ordem!)

c) {2,4,2,2} = {2,4} {elementos podem repetir!)

Se dois conjuntos são diferentes, escrevemos A ≠ B

Dois conjuntos são disjuntos quando não têm elementos em

comum.

Exemplos:

a) {3,4} e {2,5}

b) {a,e,i} e {b,f,g,h}

c) {3,4} e {3,4,5} são diferentes, mas não são disjuntos.

Chamamos de conjunto vazio aquele que não possui elemento e

indicamos por ∅ ou { }.

Exemplo: A = {x | x + 1 = x}

Portanto, A= ∅ ou A ={ } pois ∃ x | x + 1 = x.

Um conjunto A é subconjunto de um conjunto B se, e somente

se, todo elemento de A for também elemento de B. Notação: A ⊂ B

Lê-se: "A é subconjunto de B" ou "A está contido em B".

Simbolicamente, temos:

A ⊂ B ⇔(∀x, x ∈ A ⇒ x ∈ B)

Exemplos:

a) {0,1} c {0,1,2,3}

b) {2, 3, 5} ⊂ {1,2 ,3 , ...}

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18

c){1,2,3}⊂{1,2,3}

d) T ⊂ M

Observações:

1) Da mesma forma que dizemos que "A está contido em B",

podemos dizer que "B contém A" e anotamos: B ⊃ A.

2) ⊄ "não contido"

3) "não contém"

Já vimos que os símbolos ∈ e ∉ só podem ser usados para

relacionar elemento com conjunto; observe agora que os símbolos ⊂,

⊃, ⊄, só podem ser usados para relacionar conjunto com conjunto.

Assim:

A ⊂ B corretos

A ⊂ G

a ⊂ A (a é subconjunto de A), é incorreto, pois está

relacionando elemento com conjunto. O modo correto seria a ∈ A (a

é elemento de A).

4) O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto.

5) Dado um conjunto com n elementos, o total de

subconjuntos pode ser calculado por 2n.

Exemplos:

a) Dado o conjunto {1, 2, 3}, em que n = 3, teremos

23 = 2 .2 .2 = 8 subconjuntos, que são:

{1}, {2}, {3}, {1,2}, {1,3}, {2, 3}, {1,2, 3}, ∅

b) Dado o conjunto {a, b, c, d}, em que n = 4, o total de

subconjuntos será 24 = 2.2.2.2 = 16

M

T

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19

2.1.3 - Operações com Conjuntos

2.1.3.1 - Reunião (ou união) de conjuntos

Dados dois conjuntos A e B, chama-se conjunto união (ou

reunião) de A e B ao conjunto C dos elementos que pertencem a A ou

a B. Simbolicamente: C = A ∪ B lê-se: "A união B"

Exemplos:

a) {1,2} ∪ {3,4} = {1,2,3,4}

b) {1,2,3} ∪ {3,2,5} = {1,2,3,5}

c) {2,5} ∪ {2,4,5} = {2,4,5}

d) {1,2,3} ∪ ∅ = {1,2,3}

e) {1,2} ∪ {4,6} ∪ {3,4} = {1,2,3,4,6}.

f) Em diagrama:

Note, pelos exemplos c e d, que:

B ⊂ A ⇒ A ∪ B = A

2.1.3.2 - Interseção de conjuntos

Dados dois conjuntos A e B, chama-se interseção de A e B ao

conjunto C formado por elementos que pertençam a A e a B

simultaneamente. Simbolicamente: C = A ∩ B lê-se: "A inter B"

C = A ∪ B = {x ∈ A ou x ∈ B

C = A ∩ B = {x | x ∈ A e x ∈ B}

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20

Exemplos:

a) {1,2,3}∩{2,3,4} = {2,3}

b) {a,b,c,d}∩{a} = {a}

c) {2,4,6}∩ {246} = ∅

d) {1,3,5} ∩ {2,4,6} = { }

e) {1,2,3}∩{ } = { }

f) Em diagrama:

Note, pelos exemplos b e e, que:

B ⊂ A ⇒ A ∩ B = B

2.1.3.3 - Diferença de Conjuntos.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se diferença entre os

conjuntos A e B (nesta ordem) ao conjunto C formado pelos

elementos que pertençam a A e não pertençam a B.

Simbolicamente:

Exemplos:

a) A = {a, b, f}

B = {b, c, d, e}

A - B = {a, f}

B - A = {c, d, e}

b) {2,4} - {2,4,6} = { }

c) { } - {2,4} = { }

d) {2,4} - { } = {2,4}

C = A - B = {x | x ∈ A e x ∉ B}

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21

e) Em diagrama:

2.1.3.4 - Complementar de B em A

Dados dois conjuntos A e B, com a condição de B estar

contido em A, chama-se complementar de B em relação a A ao

conjunto A – B e escrevemos:

Observação:

Um conjunto U é chamado universo quando contém todos os

outros conjuntos considerados. O complementar de um conjunto A

qualquer em relação a U pode ser representado por A’, ou seja:

A' = AUACU −=

Exemplos:

a) B = {2,4,6} e A = {1,2,3,4,5,6}

BCA = A – B = {1,3,5}

b) A = {a,b,c} e B = {a,b,c,d,e}

B

AC não é possível, pois B ⊄ A

A

BC = B - A = {d,e}

c) U = {3,4,5,6,7,8} ; A = {3,5,6} e B = {5,8}

A' = {4,7,8}

B' = {3,4,6,7}

CA B = A - B

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22

d) Em diagrama:

Os exemplos abaixo ajudarão ao leitor fixar as definições

acima apresentadas.

A = {1,2,3,4}

B = {2,4,6,8}

C = {1,3,4,5,7}

1) A ∪ B ∪ C

Solução:

A∪B∪C = {1,2,3,4,6,8,5,7} = {1,2,3...,8}

2) A ∩ B ∩ C

Solução:

Só existe um elemento comum aos três conjuntos dados, logo

A∩B∩C = {4}

3) (A ∪ B) ∩ C

Solução:

Inicialmente fazemos A ∪ B = {1,2,3,4,6,8}

Depois, {1,2,3,4,6,8} ∩{1,3,4,5,7} = {1,3,4}

4) (A ∩ B) ∪ C

Solução:

A ∩ B = {2,4} logo, {2,4} ∪ {1,3,4,5,7} {1,2,3,4,5,7}

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23

5) (A - B) ∩ C

Solução:

A - B = {1,3} logo, {1,3} ∩ {1,3,4,5,7}= {1,3}

6) Dados os conjuntos A, B e C do diagrama abaixo,

hachure:

2.2 - CONJUNTOS NUMÉRICOS

2.2.1 - Conjunto dos Números Naturais: N

É o conjunto

N = {O, 1, 2, 3, 4, 5,.... }

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24

Excluindo-se zero desse conjunto, obtemos o conjunto dos

números inteiros positivos, indicado por

(*indica a exclusão do zero de um conjunto)

Observe que não é sempre possível fazer operações com os

naturais. Por exemplo:

12 + 7 = 19 (possível: 19 ∈ N)

12- 7 = 5 (possível: 5 ∈ N)

7- 7 = 0 (possível: 0 ∈ N)

7 - 12 = -5 (impossível, pois -5 não é natural: -5 ∉ N)

Logo, a subtração (a - b) só é possível em N quando a ≥ b

("a maior ou igual a b"), a, b ∈ N.

2.2.2 - Conjunto dos Números Inteiros: Z

É o conjunto

+Ζ* = conjunto dos números inteiros positivos

−Ζ* = conjunto dos números inteiros negativos

Este conjunto inclui os números inteiros positivos,

inteiros negativos e o zero como elemento central.

N* = {O, 1, 2, 3, 4, 5,.... }

Z = {....-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,... ...} I

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25

{ }0** ∪Ζ∪Ζ=Ζ −+

Dizemos que o oposto (ou simétrico) de 2 é –2, de -5 é 5 e

assim por diante.

Observe que qualquer subtração é agora possível em Z mas

nem toda divisão é ainda possivel:

(+10) : (-2) = -5 (possível, -5 ∈ R)

3 : 2 = 1,5 (impossível, pois, 1,5 não é inteiro:

1,5 ∉ Z)

2.2.3 - Conjunto dos Números Racionais: Q

Vamos permitir agora o aparecimento de números não inteiros

como resultado da divisão de dois números inteiros. Por exemplo:

(7 : 2) ∉ Z, então 7 : 2 = 2

7= 3,5 é um número não inteiro.

Todos os números que podem ser obtidos da divisão (razão)

entre 2 números inteiros são chamados números racionais e formam o

conjunto:

Observe: o número b não pode ser zero.

Exemplos de números racionais:

a) 4

10 = 2,5 ∈ Q

b) 3

18 = 6 ∈ Q

}∗∉∈= ZbeZab

aQ

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26

c) 3

10 = 3,333 ... ∈ Q

Atenção:

Vemos que representação decimal de um número racional:

1) ou é exata (4

7 = 1,75)

2) ou é periódica (11

7= 0,636363...)

Quer dizer: na divisão de 2 inteiros, ou a conta termina ou

prolonga-se repetitivamente (dízima períodica).

2.2.4 - Conjunto dos Números Reais: R

Existem números cuja representação decimal não é exata e

nem periódica, não sendo, portanto, números racionais. São

chamados irracionais.

1,4142135624.. Q∉2

3,1415926535...= Q∉π

Unindo o conjunto de todos esses números com o conjunto dos

racionais, formamos o conjunto R dos números reais.

Note que todo número natural é também inteiro, todo inteiro

é também racional e todo racional é também real, portanto:

RQZN ⊂⊂⊂

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27

2.2.5 - Reta Numérica

Uma representação muito prática para o conjunto R é ada por

uma reta (Fig. 2.3). Podemos associar cada um dos seus infinitos

pontos a um número real e vice-versa.

São importantes os seguintes subconjuntos de R:

- Conjunto dos reais não negativos (inclui o zero)

R+ = { }0≥∈ xRX

- Conjunto dos reais estritamente positivos (não inclui o

zero)

{ }0* >∈=+ xRxR

- Conjunto dos reais não positivos (inclui o zero)

{ }0≤∈=+− xRxR

- Conjunto dos reais estritamente negativos (não inclui o

zero)

{ }0xRxR* <∈=−

Subconjuntos de R como esses recebem o nome de intervalos.

Um intervalo chama-se fechado quando possui os dois números extremos.

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AC-02

28

Exemplo:

O conjunto dos infinitos números reais que vão de 2 até 5,

inclusive estes, pode ser indicado {x ∈ R | x ≥ 2 e x ≤ 5} ou

simplesmente {x ∈ R | 2 ≤ x ≤ 5}, ou ainda [2 ; 5].

Graficamente:

Exemplos:

1 - O conjunto {x ∈ R | -3 < x < 5}, de todos os números

reais entre -3 e 1, é um intervalo aberto, podendo ser indicado

]-3;1[ ou mesmo (3;1). Graficamente:

Podem surgir também casos como os que seguem.

{x∈R 0 < x ≤ 6} = ]0 ; 6]

(intervalo aberto à esquerda)

{x∈R x ≥ 3} = [3 ; ∞[

(intervalo aberto à direita)

Note ainda que:

R+ = [0;∞ [ R- = ]-∞;0]

*R+ = ]0;∞] *R− = ]-∞;0[

Um intervalo chama-se aberto quando não possui os dois números extremos.

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AC-02

29

2 - Dados os conjuntos A = {x | x ∈ R e x > 3} e

B = {x | x ∈ R e 2 < X ≤ 6}, encontrar

A ∪ B, A ∩ B, A - B e B - A.

- Solução:

Inicialmente, visualizemos os conjuntos A e B

representando-os graficamente. É conveniente arrumar as retas com

os números

mesmas posições.

Logo

A ∪ B = {x ∈ R | x > 2}

A ∩ B = {x ∈ R | 3 < X ≤ 6}

A – B = {x ∈ R | X > 6}

B - A = {x ∈ R | 2 < X ≤ 3}

2.3 - MÓDULO

2.3.1 - Definição

Sendo x ∈ R , define-se módulo ou valor absoluto de x, que

se indica por |x| , através da relação:

|x| = x se x ≥ 0

ou

|x| = - x se x < 0

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AC-02

30

Isto significa que:

1) o módulo de um número real não negativo é igual ao

próprio número;

2) o módulo de um número real negativo é igual ao simétrico

desse número.

Assim, por exemplo, temos:

|+2| = +2, |-7| = +7, |0| = 0, |-5

3| = +

5

3

33,22 +=++=−

2.3.2 - Propriedades

Decorrem da definição as seguintes propriedades:

I |x| ≥ 0, ∀x ∈ R

II |x| = 0, ⇔ x = 0

III |x| . |y| = |xy|

IV |x|2 = x2, ∀x ∈ R

V |x + y| ≤ |x| + |y|

VI |x| ≤ a e a > 0 ⇔ -a ≤ x ≤ a

VII |x| ≥ a e a > 0 ⇔ x ≤ -a ou x ≥ a

2.4 - POTÊNCIA DE EXPOENTE REAL

Sendo a um número real positivo, pode-se determinar para

cada número b ∈ R (racional ou irracional) um único número ab, que

denominamos potência de base a e expoente b de modo que se

verifiquem as propriedades:

P1 ab.ac = ab+c ; c ∈ R

P2 (a.b)c = ac.bc ; b > 0 e c ∈ R

P3 (ab)c = abc ; c ∈ R

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AC-02

31

P4 c

b

a

a = ab-c ; c ∈ R

P5 RCe0b;b

a)b

a(

c

cc ∈>=

Observações: Dados a ∈ R+, b e c números reais, temos:

1) a > 0 ⇒ ab > 0 (sempre)

2) b > c ⇔ ab > ac para a > 1

3) b > c ⇔ ab < ac para 0 < a < 1

Exemplos:

1) 21,5 = 21 . 20,5 ≅ 2,000.1,414 = 2,828

20,80 ≅ 1,741

2π ≅ 8,825

2) 4 < 7 ⇒ 24 < 27 e 74 )

2

1()

2

1( >

7,227/22

3232

)5

1()

5

1(e55

7

22

)3

1()

3

1(e3332

><⇒<π

><⇒<

ππ

2.5 - LOGARITMOS

2.5.1 - Definição

Dá-se o nome de logaritmo a todo expoente cuja base é

positiva e diferente de um.

Exemplos:

a) 23 = 8 ⇔ 3 é igual a logaritmo na base 2 do número 8

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AC-02

32

b) ⇔=16

1)

2

1( 4 4 é igual a logaritmo na base 1/2 do número

1/16

c) ⇔=−

9

13 2 -2 é igual a logaritmo na base 3 do número

1/9

onde 0 < a ≠ 1

b > 0

Nomenclatura:

1) c é logaritmo

2) a é a base

3) b é o logaritmando

Exemplos:

1) Calcular, pela definição, 813log

Solução:

813log = c ⇒ 3c = 81 ⇒ 3c = 34 ⇒ c = 4

2) Calcular a pela definição: 81log a = 4

Solução:

81log a = 4 e a > 0, a ≠ 1

então a4 = 81 ⇒ a = 4 44 381 ±=±

a = ± 3 ⇒ a = 3

a = - 3 (não convém)

3) Calcular, pela definição, o valor do logaritmando :

xlog2 = 3

Solução:

xlog2 = 3 ⇒ 23 = x ⇒ x = 8

C = logab⇒ ac = b

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AC-02

33

4) Calcular log23 64

Solução:

log2 3 64 = x ⇒ 2x = 3

1

64 ⇒ 2x = 3

1

62 )( ⇒ 2x = 22 ⇒

⇒ x = 2

Como conseqüências imediatas da definição, vem que sendo

0 < a ≠ 1, b > 0, c > 0 e α ∈ R, valem as propriedades:

1) ba bloga =

2) loga 1 = 0

3) loga a = 1

4) b = c ⇔ loga b = loga c

5) α=αaloga

Exemplos:

a) 52 5log2 =

b) log5 1 = 0 (o logaritmo de 1 é sempre zero)

c) log5 5 = 1

d) log5 x = log5 2 ⇔ x = 2

e) log5 52 = 2

2.5.2 - Propriedades dos Logaritmos

1a. propriedade: logaritmo do produto

desde que 0 < a ≠ 1 e b1 ,b2,b3,..... bn > 0

2a. propriedade: logaritmo do quociente

desde que 0 < a ≠ 1 e b, c > 0

ca

baa loglog)

c

b(log −=

loga (b1 . b2 ... bn) = loga b1 + loga b2 + … + loga bn

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AC-02

34

3a. propriedade: logaritmo da potência

desde que 0 < a ≠ 1 e b > 0 e α ∈ R

Conseqüências:

1a.)b

logb

loglog

a

ab

a11

1=−=

2a) blog.n

1blogblog a

n/1

an

a ==

Exemplos:

1) Calcular log3(9.27)

Solução:

Pela 1a. propriedade,

log3 log(9.27) = log39 + log327 = 2 + 3 = 5

2) Calcular )(log64

82

Solução:

Pela 2a. propriedade, )(log64

82 = log2

8 - log264 = 3 – 6 = -3

3) Calcular log3(815)

Solução:

Pela 3a propriedade log3(815) = 5 log3

81 = 5 . 4 = 20

4) Calcular log 5 3

7 7

ba

ba log.log α=

α

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AC-02

35

Solução:

log 5 3

7 7 = log7 73/5 =

5

3.log77 =

5

3.1 =

5

3

4a propriedade: mudança de base

Se a, b, c são números reais e positivos, sendo a ≠ 1 e c ≠

1 então:

logab = logac . logcb

que também pode ser escrito:

Conseqüência:

ba

ba

loglog

1= , b ≠ 1

Exemplos:

1) Passar o log416 para a base 2.

log416 = 4

16

2

2

log

log

2) 2

1

2

33

33

32

loglog

loglog ==

Observações: Dados a ∈ +*R - {1}, b e c números reais

positivos,

1) b > c ⇔ 1aseloglog ca

ba >>

b > 1 ⇒ 0log1loglog 1 >>> b

aa

b

a ase

0 < b < 1 ⇒ 0logloglog ba

1a

ba <⇒<

2) b > c ⇔ 10loglog <<< asec

a

b

a

alog

blogblog

c

ca =

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36

b > 1 ⇒ 1a0se0logloglog ba

1a

ba ≠<<⇒<

0 < b < 1 ⇒ 0logloglog 1a

1a

ba >⇒>

Exemplos:

1) 7 > 5 ⇒ 5

2/1

7

2/1

5

2

7

2 loglogloglog <> e

2) 2 < 3 ⇒ 3

5/12

2/135

25 loglogeloglog ><

3) 2x0loglog 25,0

x5,0 <<⇒>

4) 2xloglog 25

x5 >⇒>

5) 0loge0log 102/1

102 <>

2.5.3 - Logaritmos Especiais

Os logaritmos dos números reais positivos de base

denominam-se logaritmos decimais ou de Briggs. Indica-se logaritmo

de b > O na base 10 pelo símbolo:

log b

Os logaritmos dos números reais positivos de base e

denominam-se logaritmos neperianos. Indica-se o logaritmo de b > 0

na base e pelo símbolo:

ln b

Obs: e ≅ 2,7183 é um importante número irracional,

conhecido por número de Euler.

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AC-02

37

3 - NOÇÕES BÁSICAS (III)

3.1 - GEOMETRIA

Como a geometria abordada neste capítulo limita-se a

conceitos, definições e resultados vistos, apresentaremos o

assunto da maneira mais breve e direta possível.

3.1.1 - Geometria Plana

3.1.1.1 - Ângulo

Traçando num plano duas semi-retas de mesma origem,

dividimo-lo em duas regiões, que recebem o nome de ângulos.

O ângulo I diz-se convexo, o ângulo II côncavo. As

semi-retas formam os lados do ângulo e sua origem é o vértice do

ângulo.

Os ângulos convexos recebem nomes especiais conforme sua

abertura.

Note que dois ângulos retos consecutivos formam um raso e

dois rasos consecutivos formam um ângulo de uma volta.

Em relação a uma circunferência, um ângulo pode ocupar duas

posições principais: ângulo central e ângulo inscrito, conforme o

vértice esteja, respectivamente, no centro ou na circunferência.

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AC-02

38

Para medir ângulos usamos as mesmas unidades empregadas na

medida de arcos, assim:

ângulo central → mesma medida do arco subtendido

ângulo inscrito → metade da medida do arco subtendido

3.1.1.2 - Outras Definições Importantes

1ª) Duas retas no mesmo plano podem ser:

2a) Bissetriz é a semi-reta que eqüiparte um ângulo. Os

ângulos resultantes são, portanto, congruentes (mesma medida).

3a) Ângulos opostos pelo vértice (o.p.v.) são aqueles

formados por duas retas concorrentes. Ângulos o.p.v. são sempre

congruentes.

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AC-02

39

4a) Se duas retas concorrentes formam ângulos retos, elas

se dizem perpendiculares (r ⊥ s), caso contrário dizem-se

oblíquas.

5a) Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular

a ele por seu ponto médio. Propriedade da mediatriz: os seus

pontos eqüidistam dos extremos do segmento.

6a) Dois arcos (ou dois ângulos) dizem-se:

a) complementares quando a soma é 90°.

Exemplos: 20o é o complemento de 70o.

b) suplementares quando sua soma é 180°.

Exemplos: 140o é o suplemento de 40o.

c) replementares quando sua soma é 360°.

Exemplos: 160° é o replemento de 200°.

7a) Em relação a uma circunferência, uma reta pode ocupar

três posições: externa, tangente ou secante (respectivamente se

não intercepta a circunferência ou intercepta em um ou dois

pontos).

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AC-02

40

- Propriedades da reta tangente: ela é perpendicular ao

raio que passa pelo ponto de tangência.

3.1.1.3 - Triângulos

Classificação quanto aos lados:

- Eqüilátero: os 3 lados iguais;

- Isósceles: 2 lados iguais; e

- Escaleno: os 3 lados desiguais.

Classificação quanto aos ângulos:

- Acutângulo: os 3 lados agudos (menores que 90°);

- Obtusângulo: um ângulo obtuso (maior que 90°); e

- Retângulo: um ângulo reto (90°)

- Altura (relativa a um lado)

É o segmento perpendicular a esse lado (ou a seu

prolongamento) que o une ao vértice oposto.

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AC-02

41

As três alturas de um triângulo interceptam-se num mesmo

ponto, chamado ortocentro do triângulo.

- Mediana (relativa a um lado)

É o segmento que une o ponto médio desse lado ao vértice

oposto.

As três medianas encontram-se no ponto chamado baricentro.

- Incentro

É o ponto de interseção das bissetrizes dos ângulos

internos.

Propriedade do incentro: é o centro da circunferência

inscrita no triângulo.

- Circuncentro

É o ponto de interseção das mediatrizes dos lados do

triângulo

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AC-02

42

Propriedade do circuncentro: é o centro da circunferência

circunscrita ao triângulo.

- Lei Angular de Tales

- Semelhança de Triângulos

Dois triângulos são semelhantes (~) quando seus lados

homólogos (correspondentes) são proporcionais.

Assim, k,c

c,

b

b,

a

a=== (k chama-se razão de semelhança).

- Propriedade

Dois triângulos semelhantes têm os ângulos correspondentes

congruentes e, reciprocamente, se dois triângulos têm os ângulos

respectivamente congruentes, eles são semelhantes.

3.1.1.4 - Teorema das Paralelas (ou de Tales)

Um feixe de retas paralelas determina sobre duas retas

transversais, duas séries de segmentos respectivamente

proporcionais.

"A Soma dos três ângulos internos de um triângulo é sempre igual a dois retos (180o)

∆ ABC ~ ∆ A'B'C' ⇔ A = A', B = B', C

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AC-02

43

Exemplos:

- Relações Métricas no Triângulo Retângulo

Ao lado maior de um triângulo retângulo damos o nome de

hipotenusa; aos outros dois catetos.

A mais importante relação métrica é a de Pitágoras:

Assim,

Na figura abaixo, h é a altura relativa à hipotenusa a e a

divide nos segmentos m e n.

Para todos estes segmentos as seguintes relações são

válidas:

"O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”.

a2 = b2 + c2

h2 = mn b2 = na c2 = am bc = ah

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AC-02

44

Exemplos:

1. No triângulo da figura, quanto vale x?

Solução:

Trata-se de um triângulo retângulo onde a

hipotenusa mede 13. Logo, pela relação de Pitágoras:

132 = 122 + x2 ⇒ 169 = 144 + x2 ⇒ x2 = 169 – 144 ⇒

⇒ x2 = 25 ⇒ x = 525 ±=±

Por tratar-se de um problema geométrico, desprezamos o resultado

negativo. Logo, x = 5.

2. Qual é a altura de um triângulo eqüilátero (lado l)?

Solução:

A altura divide o triângulo em dois triângulos

retângulos congruentes, nos quais podemos aplicar a

relação de Pitágoras:

⇒±⇒±=⇒−⇒

⇒−=⇒==⇒+=

2

3

4

3

4

3

44222

2

2

222

2

2222

lll

ll

ll

ll

hh

hhh)(

3. Qual é a diagonal de um quadrado (lado l)?

Solução: Por Pitágoras vem:

d2= l 2 + l 2 ⇒ d2 = 2 l 2 ⇒ d = 22l± = ± ⇒2l

3.1.1.5 - Área dos Principais Polígonos

- Paralelogramo: é um quadrilátero com os lados opostos paralelos.

d = 2l

2

3l=h

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AC-02

45

A = 2

h).bB( +

A = 2

d.D

- Retângulo: é um paralelogramo com todos os ângulos retos.

- Quadrado: é um retângulo com todos os lados congruentes.

- Triângulo: sua área é a metade da de um paralelogramo.

- Trapézio: é um quadrilátero com apenas

dois lados paralelos. Também equivale à metade de um

paralelogramo.

B → base maior

b → base menor

- Losango: é um paralelogramo com todos os lados congruentes. Suas

duas diagonais são perpendiculares entre si.

D → diagonal maior

b → diagonal menor

Polígonos Regulares: têm todos os lados e todos os ângulos

respectivamente congruentes, sendo inscritíveis em

circunferências.

Apótema (m) é a distância do lado ao

centro do polígono regular.

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AC-02

46

Chamando de p à metade do perímetro (semi-perímetro) do

polígono regular, sua área é dada por:

Exemplos:

1. Qual o lado do quadrado de área 81 m2?

Solução: A = l 2 ⇒ 81 = l 2 ⇒ 81=l = 9 m

2. Um retângulo tem um lado medindo 4 cm e a diagonal 5 cm.

Calcule sua área.

Solução:

Por Pitágoras, 52 = 42 + h2 = h = 3

A = b . h = 4 . 3 = 12 cm2

3. Qual a área do paralelogramo de base 7 dm e altura 3 dm?

Solução: A = b . h = 7 . 3 = 21 dm2

4. Calcule a área do triângulo da figura ao lado.

Solução: 2482

128

212

8km

.h.bA

kmh

kmb===⇒

==

5. Um trapézio de área 28 cm2 tem uma base medindo 6 cm e a altura

40 mm. Calcule a outra base.

Solução:

A = p.m

cmbbbb

bbhbB

A

81622122821228

2)6(282

4)6(28

2

)(

=⇒=⇒=−⇒+=

⇒+=⇒+

=⇒+

=⇒

===

=

?b

cmmmh

cmB

440

6

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AC-02

47

6. Calcule a área do losango com diagonais medindo 12 dm e 10 dm.

Solução: 2602

1012

2dm

.d.DA ===

7. Calcule a área da região hachurada:

Solução:

No quadrado – A = l 2 = 42 = 16 m2

No círculo – A = r2π = 22π = 4π m2

Logo, a área procurada é 16 - 4π = 3,44 m2

8. Qual a área do triângulo eqüilátero de lado l ?

Solução:

A altura do triângulo eqüilátero é dada por 2

3l=h .

Logo sua área será: 4

3

2

2

3

2

2l

ll

===h.b

A

3.1.2 - Geometria Espacial

Se raciocinarmos espacialmente, podemos imaginar, "soltas"

no espaço, uma infinidade de figuras geométricas tais como as

representadas a seguir

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48

Observe o leitor que:

1a) Dizer que uma reta r passa por um ponto P

equivale a dizer que esse ponto P pertence à

reta r.

2a) Dizer que um plano α passa por uma reta r

equivale a dizer que a reta r está contida no

plano α.

3a) Dizer que uma reta r fura um plano α

equivale a dizer que entre eles há apenas um

ponto em comum.

Sabemos que, num plano, duas retas distintas ou são

concorrentes ou são paralelas mas, no espaço, ocorre a situação em

que duas retas nem se encontram nem são paralelas, como é o caso

das retas indicadas na figura a seguir.

Se duas retas são reversas não existe um plano que passe

pelas duas. Ou seja, nenhum plano contém simultaneamente duas

retas reversas.

Se considerarmos uma reta e um plano no espaço, veremos que

há três situações possíveis, conforme a seguir.

Duas retas distintas dizem-se reversas quando não são

nem concorrentes nem paralelas.

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AC-02

49

1a) Uma reta e um plano são paralelos, isto é, não tem nenhum ponto

comum ( φ=α∩⇔α r//r ).

2a) Uma reta fura o plano, isto é, entre ela e o plano há em comum

um e apenas um ponto. Esse ponto é a interseção da reta com o

plano, ou furo (ou traço) da reta no plano ( }P{r =α∩ ).

3a) A reta está contida no plano ( rrr =α∩⇔α⊂ ).

No caso de considerarmos dois planos no espaço há duas

situações possíveis.

1a) Dois planos são paralelos, isto é, não se encontram ou não têm

nenhum ponto em comum ( βα⇔φ=β∩α // ).

Quando dois planos são coincidentes também os consideramos

paralelos ( βα⇔β≡α // ).

2a) Dois planos são secantes, isto é, não são paralelos.

Entre dois planos secantes há em comum uma e apenas uma

reta.

Agora, no caso de considerarmos três planos secantes dois a

dois, é fácil perceber que eles têm três retas por interseção e

que há duas situações possíveis: as três interseções são paralelas

entre si ou são concorrentes num único ponto:

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AC-02

50

Ainda é interessante perceber que:

1a) Se uma reta é perpendicular a um plano ela é perpendicular a

duas retas concorrentes desse plano. Na verdade ela será

perpendicular também a todas as outras infinitas retas do plano

que passam pelo ponto de interseção.

2a) Um plano é perpendicular a outro se passar por uma reta

perpendicular ao outro. Em símbolos:

3a) Duas retas reversas dizem-se ortogonais se uma paralela a uma

delas for perpendicular à outra.

Por exemplo, as retas r e s que

passam pelas arestas do cubo da figura são

ortogonais. Com efeito, a reta t é paralela

as s e perpendicular r. Indica-se: r ⊥ s.

Outro exemplo: seja r ⊥ α.

Qualquer reta s do plano α que não passe

pelo traço P de r em α é ortogonal a r:

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AC-02

51

conduzindo uma reta t // s por P vemos que t ⊥ r

Dentre os mais variados tipos de sólidos imagináveis, vamo-

nos deter a dois casos particulares:

1o) Paralelepípedo retângulo

É limitado por seis retângulos,

dois a dois paralelos e congruentes.

O volume é dado pelo produto de suas três dimensões

(comprimento, largura e altura):

A área de sua superfície externa (área total) é a área dos

seis retângulos:

At= ab + ab + bc + bc + ac + ac = 2ab + 2bc + 2ac

2o) Cubo

É um paralelepípedo retângulo, mas

formado por seis quadrados iguais.

Logo, tem iguais todas as arestas.

V = a . a . a ⇒

A área dos seis quadrados é a área total:

Exemplo: Qual o volume do paralelepípedo retângulo cuja diagonal

mede 7 cm e duas de suas dimensões medem respectivamente 2 cm e

3 cm?

Solução: Esboçando uma figura e nela marcando

os dados do problema, vemos que é necessária

a medida x para calcular o volume. Mas

podemos, anteriormente, por Pitágoras,

calcular a medida y (diagonal de uma das faces):

Vcubo = a3

VParalelepípedo = a b c

At = 2(ab + bc + ac)

At = 6a2

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AC-02

52

y2 = 22 + 32 ⇒ y2 = 13 ⇒ y = 13

Usando Pitágoras, novamente, no triângulo maior (pois

também é retângulo) obtemos:

72 = ( 13 )2 + x2 ⇒ 49 = 13 + x2 ⇒ x2 = 36 ⇒ x = 6

Logo, o volume será: V = 2 .3 . 6 = 36 cm3

3.2 - TRIGONOMETRIA

3.2.1 - Trigonometria no Triângulo Retângulo

Num triângulo retângulo, se dividimos

a medida de um cateto pela medida da

hipotenusa obtemos sempre um número menor que

um, pois qualquer cateto é sempre menor que a

hipotenusa.

Assim, senos e cossenos de ângulos agudos são números

compreendidos entre O e 1.

No triângulo da figura anterior, o seno, o cosseno e a

tangente do ângulo α seriam, respectivamente:

sen α = a

c cos α =

a

b tg α =

b

c

Por outro lado, o seno, o cosseno e a tangente do ângulo β,

seriam:

sen β = a

b cos β =

a

c tg β =

c

b

seno de um ângulo agudo = hipotenusa

opostocateto

cosseno de um ângulo agudo = hipotenusa

adjacentecateto

tangente de um ângulo agudo = adjacentecateto

opostocateto

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AC-02

53

Podemos notar que:

1o) sen α = cos β = a

c

cos α = sen β = a

b

Por outro lado, sabemos que os ângulos agudos de um

triângulo retângulo são complementares, isto é, α + β = 90o.

Logo:

Abreviadamente:

e

2o) α

α=α⇒==α

cos

sentg

a

ba

c

b

ctg

Analogamente, β

β=β

cos

sentg

Vimos que seno e cosseno de um ângulo agudo são dois

números positivos menores que um. Dividindo agora um pelo outro, o

resultado poderá ser um número menor, igual ou até maior que um,

dependendo apenas do primeiro ser menor, igual ou maior que o

segundo, respectivamente.

Na mesma figura, podemos agora escrever: c

btg =β

Exemplos:

1. No triângulo ao lado temos,

sen α = cos (90o

- α)

O cosseno de um ângulo é igual ao seno do seu complemento

(donde o nome cosseno) e, reciprocamente, o seno é igual

ao cosseno do complemento.

cos α = sen (90o

- α)

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AC-02

54

em relação a B:

=

=

5

3

5

4

^

^

Bcos

Bsen

⇒ 3

4

5

35

4

==^

Btg

em relação a ^

C:

=

=

5

4

5

3

^

^

Ccos

Csen

⇒ 4

3

5

45

3

==^

Ctg

2. Calcule o valor de sen(60o)e sen(30o).

Solução: Recorremos a um triângulo.eqüilátero

(lado l) pois seus três ângulos internos têm

60°.Como a sua altura é dada por h = 2

3l

2

3602

3

60 =°⇒==° )(senh

)(senl

l

l

2

1)30cos(2)30cos( =°⇒=°

l

l

3. Calcule o valor de sen(45o).

Solução: Recorremos um quadrado (lado l), pois a

diagonal forma 45o com o lado. Como a diagonal de um

quadrado é dada por d = 2l

2

2)45(

2

1

2)45( =° →=== sen

dsen

andoracionalizo

l

ll

4. Calcule o valor do cos(30o), cós(45°) e cos(60°).

Solução: Tomando o complemento dos arcos dados, vemos que:

2

36030 =°=° )(sen)cos(

2

24545 =°=° )(sen)cos(

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AC-02

55

2

13060 =°=° )(sen)cos(

5. Calcule tg(30°), tg(45°) e tg(60°).

Solução:

3

3

2

3

2

1

30

3030 ==

°°

=°)cos(

)(sen)(tg

1

2

2

2

2

45

4545 ==

°°

=°)cos(

)(sen)(tg

3

2

12

3

60

6060 ==

°°

=°)cos(

)(sen)(tg

3.2.2 - Radiano

É uma unidade muito utilizada em trigonometria.

Logo, a circunferência toda tem 2π radianos (pois é 2π

vezes maior que o raio), e meia circunferência tem π radianos.

Em outras palavras, em uma circunferência cabem cerca de

6,28 radianos, assim como cabem 360 graus.

Correspondência entre radiano e grau:

Radiano é um arco de comprimento igual ao do raio da sua circunferência.

2π rad = 360o π rad = 180o

2

πrad = 90o

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AC-02

56

Vimos que 90° = 2

π rad e podemos ver facilmente que 45o =

4

π

rad ou que 270o = 2

3π rad.

Para converter qualquer medida de uma unidade para outra

basta utilizar a seguinte proporção:

ou a equivalente regra prática:

Exemplos:

a) rad.o

3180

6060

π=

π= ; e

b) °=π

π=

π270

180

2

3

2

3rad

Neste ponto da teoria, o leitor já está em condições de

entender e decorar a seguinte tabela:

6

π (30°)

4

π (45°)

3

π (60°)

Seno 21

22

23

Cosseno 2

3 2

2 21

Tangente 3

3 1 3

3.2.3 - Circunferência Trigonométrica

Estudamos até aqui relações trigonométricas só para os

ângulos agudos. Para um estudo mais generalizado da trigonometria

devemos, inicialmente, substituir a noção de ângulo pela noção

correspondente de arco.

π=

radianosemmedidagrausemmedida

180

de grau para radiano: multiplicar por π e dividir por 180

de radiano para grau:

multiplicar por 180 e dividir por π.

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AC-02

57

Uma circunferência pode ser orientada

em dois sentidos: horário (o mesmo dos

ponteiros do relógio) ou anti-horário. Em

trigonometria adota-se como sentido positivo o

sentido anti-horário.

Assim, na circunferência da figura,

podemos considerar quatro arcos orientados, pelo menos:

1o) um arco AB positivo, se formos de A para B no sentido anti-

horário;

2o) um arco. AB negativo, se formos de A para B no sentido horário;

3o) um arco BA positivo, se formos de B para A no sentido

anti-horário;

4o) um arco BA negativo, se formos de B para A no sentido horário.

Ciclo trigonométrico: é uma

circunferência orientada possuindo:

1o) raio unitário;

2o) centro na origem (O) de um sistema de

coordenadas cartesianas;

3o) um ponto A, de coordenadas (1,0)

chamado origem dos arcos.

Os eixos coordenados marcam no

ciclo os pontos A, B, A' e B', que o

dividem em quatro quadrantes, indicados por

I, II, III, IV.

Observações:

1o) Todas as medidas de arcos são feitas a partir do ponto A.

2o) Se for feita do sentido horário, a medida será negativa.

Exemplos:

a) O arco que vai de A até B no sentido anti-horário mede

2

π rad (ou 90o).

b) O arco que vai de A até B' no sentido anti-horário mede

2

3π rad (ou 270o).

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AC-02

58

c) O arco que vai de A até B' no sentido horário mede

2

π− rad (ou -90o ).

d) O arco que sai de A, dá uma volta no sentido anti-

horário e continua até o ponto B, mede 2

5π rad (450°).

e) O arco que sai de A, dá uma volta no sentido horário e

continua até o ponto B, mede -2

7π rad (ou –630o).

3.2.4 - Arcos Côngruos

São arcos que têm a mesma origem e a mesma extremidade.

Exemplos:

a) Dois arcos medindo 30° e 390° são côngruos, pois ambos

começam em A e terminam em M.

b) dois arcos medindo 300o e –60o.

c) Dois arcos medindo 2

5π rad e

2

π rad.

Um arco qualquer tem infinitos outros côngruos com ele.

Voltando ao primeiro exemplo teríamos:

...≡ -690o ≡ -330o ≡ 30o ≡ 390o ≡ 750o ≡ 1110o ≡ ...

Mas na Trigonometria, dado um arco AM, interessa-nos

somente a posição dos pontos A e M. Todos os arcos acima não

passam de diferentes determinações de um mesmo arco

trigonométrico, o arco AM da figura. Logo, basta saber a menor

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AC-02

59

determinação positiva (m.d.p.} do arco para que ele esteja bem

determinado.

De arco trigonométrico devemos ter uma noção geral: é o

conjunto de todos os arcos côngruos entre si.

Podemos indicar todas as medidas de um arco trigonométrico

AM assim:

e

x → m.d.p do arco AM

K ∈ Z

Quer dizer: colocando números inteiros no lugar de k vamos

simplesmente alterando o número de voltas e obtendo arcos côngruos

com x, sem alterar a posição do ponto M.

Existe um processo prático para encontrar a menor

determinação positiva, dada a seguir:

I) Sendo o arco positivo e medido em graus: efetue a divisão

aproximada de sua medida por 360° (sem suprimir zeros!) e tome o

resto.

Exemplo:

1000º→ 1000 |360º → 280º é a m.d.p. de 1000º

280 2

II) Sendo o arco positivo e medido em radianos: divida a medida do

arco por 2π, extraia os inteiros da fração obtida e subtraia-os; a

seguir multiplique de novo por 2π.

Exemplo:

rad..rad3

52

6

5

6

5

6

52

6

17

2

1

3

17

3

17 π=π→→==

ππ

→π

o.kxAM 360+=∩

πkxAM 2+=∩

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AC-02

60

III) Sendo o arco negativo: desprezando o sinal, faça como nos

dois primeiros casos, conforme seja grau ou radiano; então calcule

o replemento do resultado obtido.

Exemplos:

1o) -1210° → -1210° |360° → calculando o replemento:

130 3

360° - 130° = 230°

2o) - rad..rad3

22

3

1

3

1

3

11

3

4

2

1

3

8

3

8 π=π→→==

ππ

→π

calculando o replemento: rad3

4

3

22

π=

π−π

Para saber O quadrante de um arco basta examinar a sua

menor determinação positiva. Exemplo: 1000º tem por mdp 280º, que

está no IV quadrante. Logo 1000º é um arco do IV quadrante.

3.2.5 - Relações Trigonométricas

Ao ciclo trigonométrico vamos associar os seguintes eixos:

Ao ciclo trigonométrico são associados quatro eixos para o

estudo das funções trigonométricas:

1o) eixo dos cossenos (a)

direção: _

OA

sentido positivo: O → A

segmento unitário: |OA| = 1

2O) eixo dos senos (b)

direção: ⊥ a, por 0

sentido positivo: de O → B sendo B tal que ∩AM = π/2

segmento unitário: |OB| = 1

3O) eixo das tangentes (c)

direção: paralelo a b por A

sentido positivo: o mesmo de b.

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AC-02

61

4o) eixo das cotangentes (d)

direção: paralelo a por B

sentido positivo: o mesmo de a.

Sobre estes eixos definimos as seis funções

trigonométricas, dado um arco a 2

πk≠ .

OC)asec(cos

OS)asec(

BD)a(gcot

AT)a(tg

OM)acos(

OM)a(sen

==

==

==

2

1

A variação de sinais dessas seis funções conforme o

quadrante ao qual a pertença é dada na tabela a seguir:

I II III IV

sen + + - -

cos + - - +

tg + - + -

cotg + - + -

sec + - - +

cossec + + - -

As seguintes relações trigonométricas são válidas:

ππkxpara

xcos

xsenxtg)R( +≠=

21

πkxparaxsen

xcos

xtgxgcot)R( ≠==

12

π+π

≠= kxparaxcos

xsec)R(2

13

πkxparaxsen

xseccos)R( ≠=1

4

ππkxparaxtgxsec)R( +≠+=

215 22

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AC-02

62

π≠+= kxparaxgcotxseccos)R( 22 16

E ainda a Relação Fundamental (RFT):

Desta forma,

ou

(RFT1) (RFT2)

Observe que:

1O) seno e cosseno são definidos para qualquer arco;

2O) tangente e secante não são definidos para 90°, 270° e seus

côngruos;

3O) cotangente e cossecante não são definidas para 0°, 180° e seus

côngruos;

4O)

Exemplos:

1. a) se o 5

2−=senx , então a cossec x =

2

5− .

b) se o 4

1=xcos , então a 4=xsec .

c) se o 5−=tgx , então a cotg x = -5

1.

2. Dada a 2

,2secπ

<= xx , calcule as outras cinco funções

trigonométricas do arco x.

Solução: O valor da secante é o inverso do cosseno e vice-versa,

logo:

1°) 2

1

xsec

1xcos ==

Seno ← inverso de → cossecante

Cosseno ← inverso de → secante

Tangente ← inverso de → cotangente

cos2x = 1 - sen2x sen2x = 1 - cos2x

sen2x + cos2x = 1

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63

2°) ⇒=−=

−=−=4

3

4

11

2

11xcos1xsen

222

2

3senx

2

3senx

Iquadr = →±=⇒

3°) →=== andoracionaliz

3

2

2

3

1

senx

1xseccos cossec x =

3

32

4°) 3

2

12

3

===xcos

senxtgx

5°) 3

3

3

11===

tgxgxcot

3. Simplificar a expressão: xsen.xgcot

xsen21 −

Solução: Parra isso, vamos substituir as relações RFT2 e R2 na

expressão:

xcosxcos

xcos

senxsenx

xcos

xcos

senx.gxcot

xsen===

− 2221

4. Demonstrar a identidade:

cos x . sec x – tg x . sen x . cos x = (1 + sen x) (1 - sen x)

Solução: Demonstrar uma identidade é demonstrar que a igualdade é

verdadeira para qualquer valor da variável, para o qual as funções

expressas se definem. Podemos para isso empregar relações ou

identidades anteriormente demonstradas. Neste exercício aplicamos

R3 e R1 no primeiro membro, e um produto notável no segundo:

⇒−=− xsenxcos.senx.xcos

senx

xcos.xcos 221

1

xsenxsen 22 11 −=−⇒

5. Sendo 2

33

π<<π= xetgx , calcular cos x.

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AC-02

64

Solução: Utilizando a R5, temos:

( ) ⇒=+=+=⇒+= 4313112222 xsecxtgxsec

2

1

2

1124 3 −= →±== →±=±= xcos

xsecxcosxsec QuadrIIIR

3.2.6 - Trigonometria num Triângulo Qualquer

Seja a, b e c as medidas dos lados de um triângulo qualquer

e α, β e γ as medidas dos ângulos, respectivamente, opostos aos

lados, conforme a figura a seguir:

Então,

Lei dos cossenos

Obs.:

se α < 90° então cosα > 0 e a2 < b2 + c2

se α > 90o então cosα < 0 e a2 > b2 + c2

se α = 90o então cosα = 0 e a2 = b2 + c2

Lei dos Senos

γβα sen

c

sen

b

sen

a==

a2 = b2 + c2 – 2bc cosα

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AC-02

65

3.2.7 - Adição e Subtração de Arcos

Conhecidos os valores trigonométricos de dois arcos

quaisquer, podemos calcular os valores para o arco soma (ou

diferença) desses dois arcos, através das fórmulas seguintes:

(i) Soma

sen (a+b) = sen a . cos b + cos a . sen b

cos(a+b) = cos a . cos b – sen a . sen b

tg(a+b) = btg.atg

btgatg

−+

1

(ii) Diferença

sen(a-b) = sen a . cos b – cos a . sen b

cos(a-b) = cos a . cos b + sen a . sen b

tg(a-b) = btg.atg

btgatg

+−

1

Em resumo,

Exemplos:

1. Calcular o valor de sen(75o)

Solução: Vamos escrever 75o como a soma de 45o e 30o, pois 45o e 30o

são arcos de valores trigonométricos já conhecidos. Utilizando a

primeira fórmula, vem:

sen 75O = sen(45o + 30o) = sen 45o . cos 30o + cos 45o . sen 30o 3,29

29,34

26

4

2

4

6

2

1.

2

2

2

3.

2

2)75(sen =

+=+=+=°

sen(a±b) = sen a cos b ± cos a sen b cos(a±b) = cos a cos b m sen a sen b

tg(a±b) = btgatg

btgatg

m1

±

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AC-02

66

2. Calcule tg(15o)

Solução: Basta escrever 15° como a diferença entre 45° e 30°, e

utilizar a fórmula da diferença:

=+

=+

−=

+−

=−=

3

333

33

3

3.11

3

31

30tg.45tg1

30tg45tg)3045(tg15tg

oo

ooooo

( ) 3239

3369

33)33(

)33)(33()

adormindenoo

andoracionaliz(

33

33−=

−+−

=−+−−

⇒+−

=

3. Calcule cossec 285°

Solução:

6226

4

4

26

1

75sen

1

285sen

1285seccos

oo−=

+−

=+

−=

−==°

4. Sabendo que 2

y0ex2

π<<π<<

π,e dados

5

4ycose

13

12xsen == , calcule sen(x+y).

Solução:

sen (x + y) = sen x cos y + cos x sen y

Pela RFT:

⇒=−=

−=−=169

25

169

1441

13

121xsen1xcos)i(

222

13

5xcos

13

5

169

25xcos

)QuadrII( −= →±=±=

⇒=−=

−=−=25

9

25

161

5

41ycos1ysen)ii(

222

5

3ysen

5

3

25

9ysen

)QuadrI( = →±=±

Logo, 65

33

5

3

13

5

5

4

13

12=

−+=+ ..)yx(sen

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AC-02

67

3.2.8 - Arco Duplo

Conhecidos os valores trigonométricos de um arco qualquer,

podemos calcular esses valores para o arco que é o dobro do arco

dado, bastando para isso usar as fórmulas da soma.

sen 2a = sen (a + a) = sen a . cos a + cos a . sen a

cos 2a)= cos (a + a) = cos a . cos a – sen a . sen a

tg 2a = tg(a + a) = atgatg

atgatg

.1−+

2

k

4a,k

2a,

atg1

atg2a2tg

2

π+

π≠π+

π≠

−=

Exemplos:

1. Sendo cos x =4

1. Calcu1e cos 2x.

Solução:

cos 2x = cos2x – sen2x. Mas, usando a R.F.T.:

cos2x = 16

1)4

1( 2 =

16

15

16

11xcos1xsen 22 =−=−=

Logo, 8

7

16

14

16

5

16

12 −=−=−=xcos

2. Sendo sen x = π<<π

x2

e,6

5, calcule sen 2x.

Solução: sen 2x = 2 sen x cos x

sen 2a = 2 sen a cos a

cos 2a = cos2a – sen2a

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AC-02

68

Pela R.F.T

⇒=−=

−=−=

36

11

36

251

6

511

2

22 xsenxcos

6

11xcos

36

11xcos

)QuadrII( −= →±=

Logo, 18

115

6

11.

6

5.2x2sen −=

−=

3.2.9 - Transformação em Produto (fatoração trigonométrica)

Podemos transformar uma soma ou diferença de funções em um

produto, utilizando as chamadas fórmulas de Prostaférese:

Note que 2

qp + é a semi-soma (média aritmética) dos arcos

e 2

qp − é a semi-diferença.

Exemplos:

1. Fatore a expressão sen 70° – sen 20°

Solução: Fazemos p = 70° e q = 20° e utilizamos a segunda fórmula

de prostaférese:

⇒−+

=−2

2070sen.

2

2070cos220sen70sen

oooooo

oooo 25sen.225sen2

2225sen45cos2 ==⇒

sen p + sen q = 2 2

qpcos.

2

qpsen

−+

sen p - sen q = 2 2

qpsen.

2

qpcos

−+

cos p + cos q = 2 2

qpcos.

2

qpcos

−+

cos p - cos q = - 2 2

qpsen.

2

qpsen

−+

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AC-02

69

2. Transforme a soma cos 95° + cos 55° + cos 15° em produto.

Solução: Podemos associar as parcelas assim,

( ) ⇒+

−+=°+°+° o

oooo

55cos2

1595cos

2

1595cos255cos15cos95cos

ooo 55cos40cos55cos2 +

Colocando 2 cos(55°) em evidência,

)60cos40(cos55cos2)2

140(cos55cos2 ooooo +=+ , pois cos(60º) = ½

Fatorando novamente a expressão entre parêntese, fica

⇒−=−+

)10cos(50cos55cos42

6040cos

2

6040cos2(55cos2 ooo

ooooo

ooo 10cos50cos55cos4⇒

3.2.10 - Arcos Complementares

Sabemos que se dois ângulos são complementares

(x e 90° - x), o seno de um é igual ao cosseno do outro e

vice-versa, ou seja:

e

Isso é válido, também, para dois arcos quaisquer, desde que

sua soma seja 90o (ou côngruo de 90o) Agora, vejamos a tangente do

complemento de um arco:

tg x = )x90(gcot)x90(sen

)x90(cos

xcos

senx 00

0

−=−−

=

Ou seja, a tangente de um arco é igual à cotangente de seu

complemento e vice-versa.

e

Temos ainda:

)x90(sen

1

xcos

1xsec

0 −== = cossec (90° - x)

cotg x = tg (90o - x) °≠ 180kx

tg x = cotg (90o - x) °+°≠ 180k90x

cos x = sen(90o - x) sen x = cos(90o - x)

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AC-02

70

ou seja, a secante de um arco é igual à cossecante de seu

complemento e vice-versa:

e

Observação: chamamos de octante à metade de um quadrante.

Reduzir um arco do segundo para o primeiro octante significa

utilizar o que foi visto acima, para escrever a função de um arco

entre 0o e 45°.

Exemplos:

a) sen 60° = cos 30°

2° octante 1° octante

b) °=° 44sen46cos

c) °=° 10gcot80tg

d) cotg 89º = tg 1º

e) sec 20º = cossec 70º

f) cossec 85º = sec 5º

3.2.11 - Redução ao Primeiro Quadrante

Para conhecer os valores das funções trigonométricas de

arcos situados no II, III e IV quadrantes, basta conhecer esses

valores para os arcos do I quadrante, conforme veremos a seguir:

-Arcos no II quadrante

Se x é um arco do II quadrante, então o

seu suplemento 180o - x (ou π - x) será um

arco do I quadrante, e teremos:

Exemplos:

sen 160° = sen (180°-160°) = sen 20°

cos 160° = -cos (180°-160°) = - cos 20°

cos x = - cos (180o - x)

tg x = - tg (180o - x)

sen x = sen (180o - x)

cossec x = sec(90o - x) °≠ 180kx

sec x = cossec(90o - x) °+°≠ 180k90x

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AC-02

71

tg 160° = -tg (180° - 160°) = - tg 20°

Atenção: cosseno e tangente são negativos no II quadrante,

daí o sinal de menos ao fazer a redução.

- Arcos no III quadrante

Se x é um arco do III quadrante, então x - 180 (ou x -π)

será um arco do I quadrante, e teremos:

Atenção: seno e cosseno são

negativos no III quadrante.

Observação: x e x - 180° dizem-se arcos explementares

(diferem de meia volta).

Exemplos: são explementares 10o e 190 o, 100o e 280o etc

- Arcos no IV quadrante:

Se x é um arco do IV quadrante,

então seu replemento 360° - x (ou 2π -x)

será um arco será um arco do I quadrante,

e teremos:

Exemplos:

sen 340° = - sen (360°-340°) = - sen 20°

cos 340° = cos (360°-340°)= cos 20o

tg 340° = - tg (360°- 340°) = - tg 20°

tg x = - tg (360° - x)

cos x = cos (360° - x)

sen x = - sen (360° - x)

tg x = tg (x - 180o)

cos x = - cos (x - 180o)

sen x = - sen (x - 180o)

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AC-02

72

Atenção: seno e tangente são negativos no IV quadrante.

Lembrando agora que 360°-x e -x (arco negativo) são

côngruos, podemos reescrever as três últimas relações assim:

Exemplos:

sen (-35°) = - sen 35°

cos (-100°) = cos 100o

tg (-80°) = -tg 80°

Observação: as funções secante, cossecante e cotangente, na

redução ao primeiro quadrante, comportam-se, respectivamente, como

as funções cosseno, seno e tangente.

Exemplo:

°−=

°⇒°−=°

40tg

1

320tg

140gcot320gcot

Resumo:

tg x = - tg (-x)

cos x = cos (-x)

sen x = - sen (-x)

III → tomar o suplemento do arco e trocar o sinal da função (exceto sen e cossec)

IIII → tomar o explemento do arco e trocar o sinal da função (exceto tg e cotg)

IIV → tomar o replemento do arco e trocar o sinal da função (exceto cos e sec)

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AC-02

73

3.3 - GEOMETRIA ANALÍTICA PLANA

3.3.1 - O Ponto

Num plano α tomemos duas retas perpendiculares num ponto O

e oriente-mo-las conforme a figura.

Reta orientadas chamam-se eixos.

Se convencionarmos uma das retas

horizontal e a outra vertical, teremos:

1o) um eixo horizontal, que chamaremos de

eixo das abscissas (eixo dos x);

2o) um eixo vertical, que chamaremos de

eixo das ordenadas (eixo dos y).

Estes eixos dividem o plano cartesiano em quatro regiões

chamadas quadrantes, que são numerados I, II, III e IV.

Tomemos agora no plano um ponto P (qualquer) e por ele

conduzamos duas retas r e s, r // Ox e s // Oy. As figuras mostram

possíveis posições do ponto P em cada um dos quadrantes:

Chamamos de medida algébrica de um segmento orientado em

relação a um eixo o módulo do segmento acompanhado de sinal (+) ou

(-), conforme o seu sentido seja concordante ou não com o sentido

positivo do eixo.

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AC-02

74

Considerando os segmentos orientados OM e ON, da figura, de

medidas algébricas xp e yp, respectivamente, chamamos:

- xp de abscissa do ponto P; e

- yp de ordenada do ponto P.

Dessa maneira, ao ponto P, do plano α, associamos um único

par ordenado de números reais (xp, yp) que chamamos de coordenadas

do ponto P.

Reciprocamente, a todo par ordenado de números reais

(xp, yp), existe no plano α um único ponto P a ele associado.

Observações:

1a.) Todo ponto de abscissa nula pertence ao eixo das

ordenadas e reciprocamente. Exemplo: E(O,4).

2a.) Todo ponto de ordenada nula pertence ao eixo das

abscissas e reciprocamente. Exemplo: F(4,O).

3a.) Todo ponto de abscissa igual a ordenada está na

bissetriz dos quadrantes (I) ou (III). Exemplo: G(2,2).

4a.) Todo ponto de abscissa igual ao oposto da ordenada

esta na bissetriz dos quadrantes (II) ou (IV) .Exemplo: H(2,-2).

A distância entre dois pontos pode ser facilmente calculada

no plano cartesiano. Marquemos dois pontos A(xa, ya) e B (xb, yb).

Três casos podem ocorrer conforme as figuras seguintes:

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AC-02

75

1o caso: AB // Ox

No 1o caso tem-se que

ABAB xxd −= , ou seja, a distância

entre dois pontos é a diferença entre

suas abscissas (tomada em modulo).

2o caso: AB // Oy

No 2o caso, tem-se que

ABAB yyd −= e neste caso, a distância

entre os dois pontos é a diferença entre

suas ordenadas (tomada em módulo).

3o caso: AB qualquer

Finalmente, para o terceiro

caso:

ABACAC xxxxd −=−= e

ABcBBC yyyyd −=−=

Como o ∆ABC é retângulo, aplicando-se Pitágoras, vem: 222

BCACAB ddd +=

2AB

2AB

2AB )yy()xx(d −+−=

ou seja:

Diferença Diferença das Abscissas das Ordenadas

22 )yy()xx(d ABABAB −+−=

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AC-02

76

3.3.2 - A Reta

No plano cartesiano a equação geral da reta que passa por

dois planos A (xA, yA) e B (xB, yB) dados é dada por:

(a, b, c ∈ R, a ≠ 0 ou b ≠ 0)

com a = yA – yB

b = xB – xA

c = xAyB - xByA

Observações:

1a) Devemos sempre ter em mente que a equação de uma reta

determinada por dois pontos é uma relação que todos os pontos

dessa reta devem satisfazer, inclusive os dois pontos que

determinam a reta.

2a) Se um ponto pertence a uma reta, então suas coordenadas

satisfazem a equação dessa reta, e vice-versa, se as coordenadas

de um ponto satisfazem a equação de uma reta, então esse ponto

pertence a essa reta.

3a) Para "pegarmos pontos de uma reta" damos valores às

abscissas (x) na equação da reta e calculamos as correspondentes

ordenadas (y) ou vice-versa.

4a) Se um ponto pertence a várias retas, então suas

coordenadas satisfazem as equações de todas essas retas.

Exemplos:

1. Determinar a equação geral da reta determinada pelos pontos

A(3,2) e B(2,1).

Solução: Do enunciado temos,

Logo, a equação da reta que passa pelos pontos A e B é:

x – y – 1 = 0

a = yA – yB = 2 – 1 = 1 b = xB – xA = 2 – 3 = - 1 c = xAyB – xByA = 3 – 4 = - 1

ax + by + c = 0

xA = 3; yA = 2

xB = 2; yB = 1

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AC-02

77

2. Verificar se os pontos P(3,2) e Q(-2,5) pertencem à reta r de

equação x – y – 1 = 0.

Solução: Pertencerá a reta o ponto cuja

(abscissa) – (ordenada) – 1 = 0

Temos, para o ponto P(3,2): (3) – (2) – 1 = 0 ⇒ P ∈ r

Temos, para o ponto Q(-2,5): (-2) – (5) – 1 = - 8 ≠ 0 ⇒ Q ∉ r

3.3.3 - Coeficiente Angular de uma Reta

Observações preliminares

1a) Esta teoria só vale para sistemas cartesianos ortogonais.

2a) Ângulo que uma reta forma com Ox, é o ângulo (α) convexo,

formado pela reta e o eixo Ox, medido sempre de Ox para a reta no

sentido anti-horário, conforme vemos na figura à seguir.

Declive ou coeficiente angular de uma reta não

perpendicular a Ox é o número real m tal que:

onde α é o ângulo entre r e Ox.

Com o auxilio da Trigonometria, são evidentes as

propriedades:

1a) Se α é agudo, então m é positivo.

2a) Se α é obtuso, então m é negativo.

3a) Se α é nulo, então m é zero.

4a) Se α é reto, então m não é definido.

m = tg α

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AC-02

78

O coeficiente angular de uma reta pode ser determinado

quando são conhecidas as coordenadas de dois pontos desta reta.

No ∆ABC, da figura temos tg α = m = AB

B

xx

yym A

−= , ou

Por outro lado, se é conhecida a equação geral de uma reta

ax + by + c= O, encontramos o seu coeficiente angular fazendo:

3.3.4 - Forma Reduzida da Equação da Reta

Seja r, no plano cartesiano, uma reta cuja equação geral é

ax + by + c = o.

Se b ≠ 0, teremos o valor de y, na equação geral, assim:

b

cx

b

aycaxby −−=⇒−−=

Mas -b

a = m e, fazendo -

b

c = q, teremos

que é a equação reduzida da reta r. O termo q recebe o nome de

coeficiente linear e nada mais é do que a ordenada do ponto em que

a reta intercepta Oy.

Exemplos:

b

am −=

x

ym

∆∆

=

y = mx + q

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79

1. Dar a equação reduzida da reta cuja equação geral é

3x + 2y- 5 = O e determinar o seu coeficiente angular e linear.

Solução: Basta na equação geral isolar o y,

3x + 2y -5 = O ⇒ 2y = -3x + 5 ⇒ y = -2

5

2

3+x

2

3−=m e

2

5=q

2. Determinar o coeficiente angular da reta determinada pelos

pontos A(3,2) e B(5,1).

Solução: Do enunciado,

xA = 3 e yA = 2

xB = 5 e yB = 1

2

1

35

21−=

−−

=⇒−−

=∆∆

= mxx

yy

x

ym

AB

AB

3. Determinar o coeficiente angular da reta que passa pelos pontos

A e B do gráfico.

Solução:

No gráfico A(3,0) e B(0,4)

3

4

30

04m

xx

yy

x

ym

AB

AB −=−−

=⇒−−

=∆∆

=

3.3.5 - Feixe de Retas Concorrentes

No plano cartesiano consideremos um ponto P(x0, y0} e todas

as retas que o contém. Seja m o coeficiente angular de r, uma

dessas infinitas retas, e A(x,y) um ponto genérico de r (ver

figura a seguir).

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AC-02

80

y – yo = m(x – xo)

Logo, o

o

xx

yymtg

−−

==α ou

que é a equação da reta que passa por P(x0, y0) e tem coeficiente

angular m.

Observação: Além das retas que têm coeficiente angular m devemos

destacar a reta x = x0, que é paralela a Oy e portanto não tem

definido coeficiente angular.

Exemplo: Determinar a equação da reta que passa por P(2,3) e tem

coeficiente angular m = 5.

Solução: A equação da reta que passa por P(x0,y0) e tem coeficiente

angular m é do tipo y – y0 = m(x-x0).

Do enunciado temos: x0 = 2, y0 = 3 e m = 5. Então:

y - 3 = 5 (x -2)

y – 3 = 5x-10

5x - 10- y + 3 = 0

5x - y -7 = 0

que é a equação geral da reta que passa por P(2,3) e tem

coeficiente angular igual a 5.

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81

3.3.6 - Paralelismo e Perpendicularismo

No plano cartesiano,sejam r e s

duas retas paralelas. Temos:

α1 = α2 ⇒ tg α1= tg α2

Logo:

Ou seja,

Sejam agora r e s duas retas perpendiculares. Temos:

122

α+π

(i) 2

12

π=α−α

Mas

(ii)

12

1212

tg.tg1

tgtg)(tg

αααααα

+−

=−

De (i) e (ii) ⇒ ( ) 0m.m10tg.tg1 rs12 =+⇒=+ αα

1m.m rs −=⇒ ou s

rm

1m

−=⇒

Ou seja:

Exemplos:

1. Verificar se as retas r e s dadas são paralelas ou

perpendiculares.

A)

=−+−=+−

0124

032

yx:s

yx:r

Se duas retas são perpendiculares, então o coeficiente angular de uma é o oposto do inverso do coeficiente angular da outra.

mr = ms

Retas paralelas têm o mesmo coeficiente angular.

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AC-02

82

Solução:

21

2

b

amr =

−−

=−

= e 22

4

b

ams ==

−=

Como mr = ms, então r // s.

B)

−−=

=+−

12

1

032

xy:s

yx:r

Solução:

21

2

b

amr =

−−

=−

= e 2

1ms −=

como mr ≠ ms ⇒ r não é paralela a s

mas, mr . ms = 2.

2

1= - 1, então r⊥ s

2. Qual é a equação geral e a reduzida da reta s que passa pelo

ponto P(-1,-2) e é paralela à reta r: 2x -y + 3 = O

Solução: O coeficiente angular da reta s procurada deve ser igual

ao da reta r dada, que é:

21

2=

−−

=−

=b

am

Pelo ponto P dado passa um feixe de retas cuja equação tem

a forma y - Yo = m(x – x0). Substituindo, vem,

y + 2 = 2(x + 1)

y + 2 = 2x + 2

y = 2x (equação reduzida) ou 2x - y = O (equação geral)

3. Encontrar a equação geral e a reduzida da reta t que passa pelo

ponto P(0,1) e é perpendicular à reta r que passa pelos pontos

A(-1, 2) e B(2,3).

Solução: O coeficiente angular da reta t procurada é o oposto do

inverso do da reta r dada.

Como 3

1

12

23=

+−

=∆∆

=x

ymr , então mt = -3.

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AC-02

83

A equação da reta t que passa pelo ponto P(0,1) e tem

coeficiente angular -3 é:

y –y0 = m(x - x0)

y - 1 = - 3x

y = - 3x + 1(equação reduzida) ou 3x + y -1 = 0 (equação

geral)

3.4 - POLINÔMIOS

3.4.1 - Introdução

Expressões literais são expressões nas quais representamos

números por letras. As letras são chamadas variáveis e podem

assumir quaisquer valores dentro de um conjunto de números.

Uma expressão é chamada monônio quando não apresenta as

operações adição e subtração. Exemplos:

a)5x Coeficiente: + 5

Parte literal:

b)-a2b5 Coeficiente: -1

Parte literal: a2b5

Uma expressão literal é chamada polinomial quando é formada

por uma soma algébrica de monômios. Exemplos:

a) x3 - 3x2y + 3xy2 - y3

b) a4 + 4a3b + 6a2b2 + 4ab3 + b4

Em Álgebra Elementar representamos polinômio na variável x,

pela expressão:

Grau de um polinômio P(x) é o maior expoente de x, cujo

termo tem coeficiente diferente de zero.

Exemplos:

a) P(x) = 4x3 -2x2 + 5x -6

coeficientes: 4,-2,5,-6

Onde termos: 4x3, -2x2, 5x, -6

grau: 3

P(x) = an xn + an-1 x

n-1 +... + a2x2 + a1x + a0

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AC-02

84

b) P(x) = 5x6 –3x4 + 2x3 + x2 -1

coeficientes:5,0,-3,2,1,0,-1

Onde termos: 5x6, 0x5, 3x4, 2x3, x2, 0x,-1

grau: 6

Observações:

1a) Em relação a qualquer variável, podemos dizer que os números

reais diferentes de zero são polinômios cujo grau é zero.

Exemplo: são polinômios de grau nulo: 3, 5, 2

1 -5; etc, pois podem

ser escritos

3xo, 5xo; 2

1xo; -5xo , etc

2a) O zero é polinômio de grau não definido pois:

0 = 0xo = 0x = 0x2 = 0x3 = ...= 0x20 = ...

O número que se obtém ao substituir a variável x por um

número qualquer, é chamado valor numérico do polinômio.

Exemplos: Dados o polinômio P(x) = x4 -2x3 + 5x -1 obter,

P(1) = 14 - 2.13 + 5.1 - 1 = 3

P(2) = 24 - 2.23 + 5.2 - 1 = 9

P(0) = 04 – 2.03 + 5.0 - 1 = -1

Quando dois polinômios assumem o mesmo valor numérico para

qualquer valor de x, eles são ditos idênticos:

Polinômios identicamente nulo são aqueles em que todos os

seus coeficientes são iguais a zero. Indica-se por P(x) ≡ 0.

Exemplos:

1. Determinar os valores de a e b para que o polinômio

(a-b)x2 + (2a-4)x seja identicamente nulo.

P1(x) ≡ P2(x) ⇔ P1(x) = P2(x), ∀ x

P(x) ≡ 0 ⇔ P(x) = 0, ∀ x

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AC-02

85

Solução:

P(x) = (a-b)x2 + (2a-4)x ≡ 0

Condição a – b = 0

2a -4 = 0

Resolvendo o sistema de equações: a = b = 2

2. Obter os valores de a e b para que os polinômios sejam

idênticos:

P1(x) = 7x2 + (a-b)x

P2(x) = (2a + b)x2 + 5x

Solução:

P1 ≡ P2 => 7x2 + (a -b)x ≡ (2a + b)x2 + 5x

Condição 7 = 2a + b

a - b = 5

Resolvendo o sistema de equações: a = 4 e b = - 1

3.4.2 - Operações com Polinômios

Para efetuar a adição e a subtração de polinômios, em

primeiro lugar devemos eliminar os parênteses e em seguida efetuar

a redução dos termos semelhantes.

Exemplos:

a) (2X4 – 3x2 + 5x) + (5x4 – 4x3 + 4x2 + 4x -1) =

= 2x4 – 3x2 + 5x + 5x4 –4x3 + 4x2 + 4x – 1 = 7x4 – 4x3 + x2 + 9x –1

b) (5x3 – 2x2 + 4x -1) -(-3x3 + 4x2 + 4x + 5) =

= 5x3 – 2x2 + 4x -1 + 3x3 - 4x2 - 4x - 5 = 8x3 - 6x2 -6

A multiplicação é feita primeiro multiplicando todos os

termos dos polinômios entre si e em seguida efetuando a redução

dos termos semelhantes.

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AC-02

86

= 2x4 – 5x3 + 2x - 2x3 + 5x2 – 2 =

= 2x4 – 7x3 + 5x2 + 2x - 2

Quando dividimos um polinômio D(x) por outro d(x), devemos

lembrar que se obtém um quociente Q(x) e um resto R(x), tal que:

Onde:

- o grau de Q(x) é igual ao grau de D(x) menos o grau d(x).

- o grau de R(x) é menor que o grau de d(x) .

Assim, ao dividirmos D(x) = 3x5 - 2x4 + 3x3 por

3x2 - 2x + 10, obtém-se um quociente Q(x) e um resto R(x), tal que:

- grau de Q(x) = 5 - 2 = 3

- grau de R(x) é menor que 2

Divisão pelo método da chave:

Vamos explicar esse método através de um exemplo. Sejam os

polinômios:

D(x) = 4x4 – 2x + 3x2 - 4x3 + 2

d(x) = x + x2 – 1

Roteiro:

1°) Ordenar os polinômios D(x) e d(x) na ordem decrescente das

potências de x.

2°) Dividir o primeiro termo de D(x) pelo 1° termo de d(x). O

resultado dessa divisão será o primeiro termo de Q(x).

3°) Multiplicar o termo obtido em Q(x) por d(x); em seguida

subtrair de D(x) o produto obtido.

D(x) = Q(x).d(x) + R(x)

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AC-02

87

4°) Repetir o processo para o resto obtido, até que o grau do

resto fique menor que o grau do divisor.

3.4.3 - Teorema do Resto

O resto da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio

(x – a) é P(a).

Exemplos:

1. Dar o resto da divisão do polinômio P(x) = 2x3 – 5x2 + 3x – 2

por x – 2.

Solução:

R = P(2) = 2.23 – 5.22 + 3.2 - 2 = 16 – 20 + 6 – 2 = 0

Portanto R = 0, isto é a divisão é exata.

2. Dar o resto da divisão dos polinômios:

A(x) | B(x)

Sendo

A(x) = 4x2 – 2x + 1; e

B(x) = x – 1.

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AC-02

88

Solução:

R = A(1) = 4.12 – 2.1 + 1 = 4 – 2 + 1 ⇒ R = 3

3.4.4 - Teorema de D’Alembert

3.4.5 - Dispositivo Prático de Briot-Ruffini

Este dispositivo é utilizado para a obtenção do quociente

Q(x) e do resto R(x) da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio

(x – a).

Exemplo padrão 1: Dividir P(x) = 5x3 + 4x2 + 3 por (x – 2)

1º) Observe que os termos de P(x) já estão ordenados. Como falta o

termo em x, o seu coeficiente é igual a zero.

2º) O dispositivo:

3o) Como P(x) tem grau 3, Q(x) terá grau 2. Portanto, Q(x) = 5x2 +

14x + 28 e R (x) = 59.

Exemplo padrão 2: Dividir P(x) = 6x3 – 5x2 + 10x-1 por 3x-1

1o) Os termos de P(x) já estão ordenados.

2o) P(x) = (3x-1).Q(x) + R(x)

P(x) = 3(x-3

1).Q(x)+R(x)

Um polinômio P(x) é divisível por (x – a) se, e somente se, P(a) = 0.

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AC-02

89

P(x) = (x-3

1).3 Q(x) + R(x)

Q1.(x)

Observe que Q1(x) = 3.Q(x) ⇒ Q(x) = 3

xQ1 )(

3o) Não podemos utilizar o dispositivo para dividir por (3x-1),

então vamos, inicialmente, obter Q1(x), dividindo por

(x-3

1), onde a =

3

1 :

Assim, Q1(x) = 6x2 – 3x + 9

Mas, como Q(x) = 3

xQ1 )(

teremos Q(x) = 2x2 – x + 3

e teremos R(x) = 2

Exemplos:

1) As diagonais de um losango cujo lado mede 5 cm estão na

razão de 1:2. Calcule as distâncias entre os lados paralelos.

SOLUÇÃO:

d1 = K d2 = 2k

AL = 221 k

2

dd=

.

AL = 5x ⇒ 5x=k2 ⇒

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AC-02

90

T.P ⇒ 4

k2 + k2 = 25 ⇒ k2 = 20

⇒ 5x = 20 ⇒ x = 4

RESPOSTA = 4 cm

2) A área de um círculo inscrito num hexágono regular é 3π

cm2. Calcular a área do hexágono.

SOLUÇÃO:

O raio m do círculo é o apótema do

hexágono

πm2 = 3π ⇒ m = 3

Do triângulo eqüilátero, vem: m

2

3=l

232

3=⇒= ll

3) A área de um triângulo retângulo é igual ao produto das

medidas dos segmentos determinados sobre a hipotenusa pelo ponto

de contacto do círculo inscrito no

triângulo.

SOLUÇÃO:

Tese: S = x . y

DEMONSTRAÇÃO =

2ryrxrxyS22

ryrxs +++=⇒

++=

)(.)( (1)

T.P. => (x + r)2 + (y + r)2 = (x + y)2 ⇒ xr + yr + r2 = xy

Substituindo em (1) vem:

2S = xy + xy => S = xy

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AC-02

91

4) a) No triângulo retângulo

da figura,

sen α = 25

7

50

14e

25

24

50

48==α= cos

b)Se a hipotenusa for unitária,

os catetos fornecem diretamente o seno e o cosseno:

Todo ângulo agudo tem um seno e um cosseno: basta construir

um triângulo retângulo sobre ele e dividir o cateto conveniente

pela hipotenusa.

Note que seno e cosseno, assim definidos, não são medidas

de coisa alguma, mas relações entre as medidas dos catetos e da

hipotenusa.

5) Calcule o valor de x na figura, sabendo-se que o seno do

ângulo é 3

2.

Solução:

O valor 3

2 indica a razão entre o

cateto oposto (x) e a hipotenusa (12), ou seja, 12

x

3

2= , logo,

x = 3

122 . = 8.

6) Sendo 0,6 o seno do menor ângulo agudo e 6 o menor

cateto, calcule o maior cateto de um triângulo retângulo.

Solução:

Sabendo que, num triângulo qualquer, o menor angulo opõe-se

ao menor lado, podemos esboçar a figura ao lado e escrever:

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AC-02

92

0,6 =h

6 (é o seno de α), logo

h = 10

O cateto maior é obtido usando

se Pitágoras:

102 = 62 + x2 = x ⇒ 8

7) Calcular a distância entre os parapeitos de duas janelas

de um arranha.céu, conhecendo os ângulos α e β {sendo α < β) sob os

quais são observados de um ponto do solo à distância d do prédio.

Solução:

∆ACD: tg β = d

AC ⇒ AC = d tg β

∆ABD: tg α = d

AB ⇒ AB = d tg α

x = AC – AB

x = d tg β - d tg α

x = d (tg β - tg α)

8) Calcular:

a) cos 75º b) cos 12

π

Solução:

a) cos 75º = cos (45º + 30º) ⇒ cos 75º =

= cos 45º . cos 30º - sen 45º . cos 30º ⇒

⇒ cos 75º = 2

1.

2

2

2

3.

2

2− =

4

26

4

2

4

6 −=−

b) cos 12

π = cos (

12

34 π−π) = cos (

43

π−

π) ⇒ cos

12

π =

= cos (3

π) cos (

4

π) + sen (

3

π) sen (

4

π) ⇒

⇒ cos 12

π =

2

2.

2

3

2

2.

2

1+ =

4

6

4

2+ =

4

62 +

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AC-02

93

9) Calcular sen (a + b) sendo dados

sen a= 3

1; cos b = -

5

3; e

2

π < a,b < π

Solução:

1 - Cálculo de cos a.

sen2 a + cos2 a = 1 ⇒ 9

1 + cos2 a = 1 ⇒ cos2 a =

9

8

Sendo 2

π< a < π, vem: cos a = -

3

22

9

8−=

2 - Cálculo de sen b:

sen2 b + cos2 b = 1 ⇒ sen2 b + 25

9 = 1 ⇒ sen2 b =

25

16

Sendo 2

π< b < π, vem: sen b = +

5

4

25

16=

3 - Cálculo de sen (a + b) :

sen (a + b) = sen a cos b + sen b cos a

sen (a + b)= 3

1.(-

5

3) +

5

4 . (

3

22− ) ⇒

⇒ sen(a + b)= 15

283 −−

10) Num triângulo ABC são dados: A= 60°, B = 75° e c =

22 . Calcular o perímetro do triângulo.

Solução:

Como A + B + C= 180°, A = 60° e B = 75°, segue que C= 45°.

Então:

°=

°⇒=

45sen

22

60sen

a

Csen

c

Asen

a ⇒ a

= 32a45sen

60sen.22=⇒

°°

°=

°⇒=

45sen

22

75sen

b

Csen

c

Bsen

b ⇒

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AC-02

94

b = 26b45sen

75sen.22+=⇒

°°

logo o perímetro é

a + b + c = 63223 ++

11) Calcular as diagonais de um paralelogramo cujos lados

medem 10 cm e 5 cm, e formam um ângulo de 120o.

Solução:

Calculemos a diagonal maior, x,

aplicando o teorema dos cossenos ao

triângulo ABC:

x2 = 102 + 52 - 2.10.5.cos 120o

x2 = 100 + 25 - 100 (- 2

1) = 175

x = cm75x175 =⇒

Calculemos a diagonal menor, y,

no triãngulo ABD:

y2 = 102 + 52 – 2 . 10 . 5 . cos

6O°

y2 = 100 + 25 – 100(2

1) = 75

y = cm35y75 =⇒

12) Sabendo que sen a = 0,6 e 90° < a < 180°, calcular as

demais funções trigonométricas de a.

cos a = asen1 2−− = - 36,01 = - 64,0 = -0,8

tg a = 75,08,0

6,0

acos

asen−=

−=

cotg a = ...333,16,0

8,0

asen

acos−=

−=

sec a = 25,18,0

1

acos

1−=

−=

cossec a = ...666,16,0

1

asen

1−=

−=

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AC-02

95

Obs.: 90o < a < 180o ⇒ cos a < 0

Se não fosse dado o intervalo ao qual a pertence,

deveríamos usar cos a = ± asen1 2−

13) Sabendo que cotg x = 2

x0ea2

a).1a( π<<

−, calcular as

demais funções de x.

Inicialmente observamos que:

⇒>−

⇒>⇒<< 0a2

a).1a(0xgcot

2x0

π

Temos:

=−

==a).1a(

a2

xgcot

1xtg

a4

1a2aa4

a4

a.)1a(1xgcot1xseccos

2

2

22 +−+

=−

+=+=

a

a

2

1+=

1

21

+==a

a

xseccossenx

1

1

1

2

2

1

+−

=

+

−==

a

a

a

a

a

a)a(senx.gxcotxcos

14) Sabendo que tg x = 2

3xe

12

5 π<<π , calcular o valor de

sen x

sen2 x = 169

25

144

251

144

25

xtg1

xtg2

2

=−

=−

Como x ∈ III° Q, então, sen x = -13

5

a > 1

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AC-02

96

15) Reduzir ao 1o quadrante:

a) sen 130o b)cos 240o c)tg 315o d)sec 3

2π e)sen

4

21π

Solução:

a) sen 130o = sen 50o

b) cos 240o =-cos 60o

c) tg 315o = - tg 45o

d) sec 3

2π =

3sec

3cos

1

3

2cos

1 π−=

π=

π

e) sen 4

21π

π+π

=π+π+π

=π+π

=π+π

44

54

45

44

20

4

21

4sen

4

5sen

4

21sen

π−=

π=

π (redução do 3° ao 1° quadrante)

16) Conduzir por P(5,4) retas que formam com o eixo dos x

os seguintes ângulos:

a) 45o b)90o c)135o d)60o e) arc tg (-3

4)

a) y –4 = 1(x-5), isto é

x – y – 1 = 0

b) x – 5 = 0

c) y –4 = -1(x-5), isto é

x + y – 9 = 0

d) y –4 = )5x(3 − , isto é

0354yx3 =−+−

e) y –4 =- )5x(3

4− , isto é: 4x + 3y – 32 = 0

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AC-02

97

17) (r) 3x + 6y – 1 = 0 e (s) 2x + 4y + 7 = 0 são paralelas

pois:

mr = - 2

1

6

3

b

a

1

1 −=−=

⇒ mr = ms

ms = - 2

1

4

2

b

a

2

2 −=−=

(r) 3x + 2y – 1 = 0 e (s) 4x - 6y + 3 = 0 são

perpendiculares pois:

mr = - 2

3

b

a

1

1 −=

⇒ mr . ms= = -1

ms = - 3

2

6

4

b

a

2

2 −=+=

(r) 3x - 11y + 4 = 0 e (s) 11x + 3y - 2 = 0 são

perpendiculares pois:

mr = - 11

3

b

a

1

1 =

⇒ mr . ms= = -1

ms = - 3

11

b

a

2

2 −=

(r) x = 3 e (s) y = - 1 são perpendiculares pois r ⁄⁄ y

e s ⁄⁄ x

Notemos que neste último caso não vale a relação

mr . ms = -1, uma vez que r é vertical.

18) Construção importante: obter uma reta s que passa por

um ponto P (dado) e é perpendicular a uma reta r (dada, não

horizontal).

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AC-02

98

Por exemplo vamos resolver este problema quando r tem

equação

5x + 7y + 1 = 0 e P = (6,-5):

mr = 7

5

b

a−=−

s ⊥ r ⇒ ms = - 5

7

7

5

1

m

1

r

=−

−=

Como s passa por P, a equação de

s é:

y – (-5) = )6x(5

7−

5(y + 5) = 7(x – 6)

5y + 25 = 7x – 42

19) f = 3x5 – 6x4 + 13x3 – 9x2 + 11x –1 e

g = x2 – 2x + 3

f→ 3x5 – 6x4 + 13x3 – 9x2 + 11x –1 x2 – 2x + 3 ← g -3x5 + 6x4 – 9x3 3x3 + 4x –1 ← q

r1 → 4x3 – 9x2 + 11x –1

– 4x3 + 8x2 – 12x

r2 → – x2 – x – 1

x2 – 2x + 3 – 3x + 2 ← r

3 -6 13 -9 11 -1 1 -2 3 -3 6 -9 3 4 -1 4 -9 11 -1 -4 8 -12 -1 -1 -1 1 -2 3 -3 2

20) Dividir f = 2x5 – 3x4 + 4x3 – 6x + 7 por

g = x3 – x2 + x – 1

7x – 5y – 67 = 0

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AC-02

99

2 -3 4 0 -6 7 1 -1 1 -1 -2 2 -2 2 2 -1 1 -1 2 2 -6 7 1 -1 1 -1 1 3 -7 7 -1 1 -1 1 4 -8 8

resposta: q = 2x2 – x + 1 e r = 4x2 – 8x + 8

21) Dividir f = x4 – 16 por g = x + 1

1 0 0 0 -16 1 1 -1 -1 1 -1 1 -1 -1 0 0 -16 1 1 1 0 -16 -1 -1 -1 -16 1 1 -15

resposta: q = x3 – x2 + x – 1 e r = -15

22) Dividir f = 3x4 – 2x3 +x2 – 7x + 1 por

g = 3x – 5 = 3 (x – 3

5 )

3 -2 1 -7 1 3

5

3 3 6 3 6

q’ = 3x3 + 3x2 + 6x + 3 ⇒ q = 3

'q = x3 + x2 + 2x + 1

r = 6

23) Dividir f = 4x3 + 5x + 25 por

g = 2x + 3 = )2

3x(2 +

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AC-02

100

4 0 5 25 2

3−

4 -6 14 4

q’ = 4x2 – 6x +14 ⇒ q = 2

'q = 2x2 – 3x + 7 e r = 4

24) Dividir f = 8x5 + 6x4 +4x3 +3x2 – 4x – 3 por

g = 4x + 3 = )4

3x(4 +

8 6 4 3 -4 -3 4

3−

8 0 4 0 -4 0

q’ = 8x4 + 4x2 – 4 ⇒ q = 4

1 . q’ = 2x4 + x2 – 1 e r = 0

25) Qual é a expressão S cujo logaritmo decimal é

2

1[log p + log (p – a) + log (p – b) + log (p – c)]?

Solução:

Temos:

log S = 2

1 [log p + log (p – a) + log (p – b) + log (p – c)] ⇒

log S = 2

1 log [ p.(p – a).(p – b).(p – c)] ⇒

⇒ log S = log [ p.(p – a).(p – b).(p – c)]1/2 ⇒

⇒ log S = log c) - (p b) - (p a) - (p p ⇒

⇒ S = c) - (p b) - (p a) - (p p

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AC-02

101

26) Qual é a expressão cujo desenvolvimento para o cálculo

com logaritmos é 3

2 [ log (a + b) + log (a – b) – 1]?

Solução:

Temos:

log x = 3

2 [ log (a + b) + log (a – b) – 1] ⇒

⇒ log x = 3

2 [log (a + b) + log (a – b) – log 10] ⇒

⇒log x = 3

2 log

10

b) - (a b) (a + ⇒

log x = 3

2 log

10

22 ba − ⇒ log x = log (

10

ba 22 −) 3

2

⇒ log x = log 3

222

100

)( ba −

x = 3222

100

)ba( −

27) Calcular cos (arc sen 3

1)

Solução:

Façamos α = arc sen 31 e calculemos, então, cos α.

Por definição, sen α = 31 e

2

π− ≤ α ≤

2

π. Logo:

sen2 α + cos2 α = 1 ⇒ 19

1 2 =α+ cos ⇒ 9

82 =αcos

sendo 2

π− ≤ α ≤

2

π, cos α > 0 e, portanto,

3

22

9

8=+=αcos .

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AC-02

102

4 - FUNÇÕES

4.1 - GENERALIDADES SOBRE FUNÇÕES

4.1.1 - DEFINIÇÕES 1

Dados dois conjuntos A e B, ambos não vazios, uma função de

A em B é uma “lei” ou “regra” que associa a todo x ∈ A um único

y ∈ B. Se f indica essa lei e x indica um elemento genérico de A,

então o único elemento y de B associado é indicado por y = f(x)

(lê-se “f de x” ou “f calculado em x”) é chamado imagem de x por f

ou valor assumido por f em x.

O conjunto A é o domínio e o conjunto B é o contradomínio

da função f.

Notação: f: A → B A = D(f), B = CD(f)

x → f(x)

Chama-se imagem da função f o conjunto constituído pelos

elementos y ∈ B para os quais existem algum x ∈ A tal que

y = f(x).

Im(f) = {f(x) | x ∈ A}

É claro que Im(f) ⊂ B.

Uma função f: A → B se diz injetora quando para

quaisquer x1, x2 ∈ A, x1 ≠ x2 ⇒ f(x1) ≠ f(x2) ou, em outras

palavras:

∀x1, x2 ∈ A, f(x1) = f(x2) ⇒ x1 = x2

Uma função f: A → B se diz sobrejetora quando

Im(f) = B, ou seja, para todo y ∈ B, existe em correspondência

x ∈ A tal que f(x) = y.

Uma função f: A → B se diz bijetora ou biunívoca quando

é injetora e sobrejetora.

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AC-02

103

Duas funções f: A → B e g: A → B são iguais se, e

somente, se f(x) = g(x), ∀x ∈ A.

Exemplo:

As figuras abaixo tornarão mais claras as definições

apresentadas anteriormente.

FIGURA 4.1 – f: A → B, com A = {0,1,2,3} B = {-1,0,1,2,3,4,9}

FIGURA 4.2 – Domínio, contradomínio e imagem

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AC-02

104

f é injetora f é sobrejetora f é bijetora

FIGURA 4.3 – Função injetora, sobrejetora e bijetora

4.1.2 - Função Real de Uma variável Real

Uma função f: A → B, onde A e B são subconjuntos não

vazios de , é chamada função real de uma variável real (ou função

de uma variável real a valores reais).

Daqui por diante, todas as funções de que trataremos serão

funções reais de uma variável real.

A Figura 4.4 representa f: → B com y = 2x.

FIGURA 4.4 – Função real

O gráfico de f: A → B é o conjunto

{(x,f(x)) ∈ 2 | x ∈ A} que pode ser representado no plano

geométrico, bastando para isso que se utilize um sistema ortogonal

de coordenadas cartesianas nesse plano. Desse modo, a cada par

ordenado (x,f(x)) fazemos corresponder um ponto P.

O leitor encontrará uma série de exemplos na seção 4.2.

Considere ainda os seguintes exemplos que ajudarão a

esclarecer as definições até agora apresentadas:

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AC-02

105

FIGURA 4.5 – Caracterização gráfica de funções

FIGURA 4.6 – Funções injetoras: nenhuma reta horizontal corta o

gráfico mais de uma vez

FIGURA 4.7 – Funções sobrejetoras: nenhuma reta horizontal no

contradomínio deixa de cortar o gráfico

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AC-02

106

FIGURA 4.8 - Função bijetora: cada reta corta o gráfico em um

único ponto

FIGURA 4.9 - Há funções que não são injetoras nem sobrejetoras.

4.1.3 - DEFINIÇÕES 2

A função y = f(x) é crescente no intervalo D1 ⊂ D se, para

dois valores quaisquer x1 e x2 pertencentes a D1, com x1 < x2,

tivermos f(x1) < f(x2).

Numa linguagem prática (não

matemática) , isto significa que a funçao

é crescente no intervalo D1 se, ao

aumentarmos o valor atribuído a x, o

valor de y também aumenta (Fig. 4.10).

FIG. 4.10 – Função crescente

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AC-02

107

Exemplo: a função y = 2x é crescente em pois:

x1 < x2 ⇒ 2x1 < 2x2

para todo x1 ∈ e x2 ∈ .

A função y = f(x} é decrescente no intervalo D1 ⊂ D se,

para dois valores quaisquer x1 e x2 pertencentes a D1, com x1 < x2,

tivermos f(x1} > f(x2}.

Numa linguagem prática (não

matemática}, isto significa que a

função é decrescente no intervalo D1

se, ao aumentarmos o valor atribuído

a x, o valor de y diminui (Fig.

4.11}.

FIG. 4.11 – Função decrescente

Exemplo: a função y = -2x é decrescente em pois:

x1 < x2 ⇒ -2x1 > -2x2

para todo x1 ∈ e x2 ∈ .

Notemos que a mesma função y = f(x} não tem necessariamente

um só comportamento (crescente ou decrescente) em todo seu domímio

D. É comum acontecer que a mesma função seja crescente em certos

subconjuntos de D e decrescente em outros. O gráfico da Figura

4.12 representa a função y = x2 a qual é crescente em + e

decrescente em -

FIGURA 4.12 – Função decrescente/crescente

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AC-02

108

Uma função f, de A em B, é denominada função par se, e

somente se:

f(x) = f(-x), ∀x ∈ A.

Isto é, dando valores simétricos à variável, obtemos o mesmo valor

para a função.

Da definição decorre que o gráfico de uma função par é

simétrico em relação ao eixo y pois:

(x,y) ∈ f ⇒ (-x, y) ∈ f

Exemplos:

a) f(x) = x é função par, pois -x = x, ∀x ∈ .

b) f(x) = x2 é função par, pois (-x)2 = x2, ∀x ∈ .

c) f(x) = 2x

1 é função par, pois

)x(

12− =

2x

1, ∀x ∈ *.

d) f(x) = cos x é função par, pois cos(-x) = cos x, ∀x ∈ .

Uma função f, de A em B, é denominada função ímpar se, e

somente se:

f(-x) = -f(x) , ∀x ∈ A

isto é, dando valores simétricos à variável, obtemos valores

simétricos para a função.

Da definição decorre que o gráfico de uma função ímpar é

simétrico em relação à origem do sistema cartesiano pois:

(x, y) ∈ f ⇒ (-x, -y) ∈ f

Exemplos:

a) f(x) = 2x é função ímpar, pois 2(-x) = -2x, ∀x ∈ .

b) f(x) = x3 é função ímpar, pois (-x)3 = -x3, ∀x ∈ .

c) f(x) = x

1 é função ímpar, pois ,

x

1

)x(

1−=

− ∀x ∈ *.

d) f(x) = sen x é função ímpar, pois sen(-x) = -sen x, ∀x ∈ .

4.1.4 - Função Composta e Função Inversa

Dados os conjuntos A={1, 2, 3, 4}, B={0, 2, 4, 6, 8, 9} e C

= {0, 4, 16, 36, 64, 81, 100}, consideremos as funções:

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AC-02

109

f: A → B, definida por f(x) = 2x.

g: B → C, definida por g(x) = x2.

Notemos que a cada x ∈ A associa-se um único y ∈ B tal que

y = 2x e a cada y ∈ B associa-se um único z ∈ C tal que z = y2.

Assim sendo, a cada x ∈ A associa-se um único z e C tal que:

z = y2 = (2x)2 = 4x2.

Isto é, existe a função h, de A em C, definida por h: x → 4x2, a

qual é denominada função composta de g e f e se indica por "g o f"

que se lê "g composta com f" (Fig. 4.13}.

FIGURA 4.13 – Função composta

Dados os conjuntos A, B e C e as funções f, de A em B,

definida por y = f(x} e g, de B em C, definida por z = g(y} chama-

se função composta de g com f a função h = g o f, de A em C,

definida por z = g(f(x}).

Desta definição decorre que a sentença aberta que define g

o f é obtida aplicando a seguinte regra:

g(f(x)) é obtida de g(x) trocando-se x por f(x).

Exemplos:

1°°°°) Dados os conjuntos A = {2, 3, 4}, B = {1, 2, 3, 4} e

C = {0, 2, 4, 6, 8}, consideremos as funções:

f, de A em B, definida por y = x – 1.

g, de B em C, definida por z = 2y.

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AC-02

110

Notemos que a função composta de g e f é: h = g o f, de A

em C, definida por z = 2y = 2(x - 1) = 2x - 2.

2º) Consideremos as funções:

f, de em , definida por f(x) = 2x.

g, de em , definida por g(x) = x3.

Notemos que a função composta de g e f é: h= g o f, de

em , definida por g(f(x)) = g(2x) = (2x)3 = 8x3.

Notemos que a função composta de f e g é: h' = f o g, de

em , definida por f (g(x)) = f(x3) = 2x3.

3º) Sendo f(x) = x2 - 1 e g(x) = x + 2, obter:

a) f(g(x)) c) f(g(1))

b) g(f(x)) d) g(f(0))

Para obter f(g(x)) basta substituir x por g(x) na expressão

f(x), portanto:

f(g(x)) = (x + 2)2 - 1 = x2 + 4x + 3

Para obter g(f(x)) basta substituir x por f(x) na expressão

g(x), portanto:

g(f(x)) = (x2 - 1) + 2 = x2 + 1

Para obter f(g(1)) basta trocar x por g(l) na expressão

f(x), portanto:

g(l) = 1 + 2 = 3 ⇒ f(g(1)) = f(3) = 32 - 1 = 8

Para obter g(f(0)) basta trocar x por f(0) na expressão

g(x), portanto:

f(0) = 02 - 1 = -1 ⇒ g(f(0)) = g(-1) = (-1) + 2 = 1

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AC-02

111

Seja f: A → B uma função bijetora. Sendo sobrejetora,

Im(f) = B, o que significa dizer que para todo y ∈ B existe pelo

menos um x ∈ A tal que f(x} = y, e esse x é único, porque f é

injetora. Podemos, então, definir uma função

g: B → A

que a y ∈ B associa o único x ∈ A, tal que f(x} = y, ou seja,

g (y} = x ⇔ f (x} = y

Definimos, então: se f: A → B é bijetora, a função g: B →

A definida por

g(y} = x ⇔ f(x} = y

denomina-se a função inversa da função f e indica-se por f-1 (fig.

4.14)

FIGURA 4.14 – Função inversa

Uma regra prática para se obter a inversa de y = f(x) é:

1º) na sentença y = f(x) trocamos x por y e y por x,

obtendo x = f(y);

2º) expressamos y em função de x, transformando

algebricamente a expressão x = f(y) em y = f-1(x).

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AC-02

112

Exemplos:

1º) Qual é a função inversa de f, função bijetora de em ,

definida por y = 2x - 4?

Vamos aplicar a regra prática:

I) permutando as variáveis: x = 2y - 4

II) expressando y em função de x:

X = 2y - 4 ⇒ 2y = x + 4 ⇒ 2

4xy

+=

Resp.: É a função f-l, de em , definida por 2

4xy

+= .

2o) Qual ê a função inversa de f, função bijetora de em ,

definida por y = x3?

Aplicando a regra prática, temos:

x = y3 ⇒ y = 3 x

Resp.: É a função f-1, de em , definida por y = 3 x .

3o) Qual ê a função inversa de f, função bijetora de + em +

definida por y = x2?

Aplicando a regra prática, temos:

X = y2 ⇒ y = x

Resp.: É a funçao f , de + em +, definida por y = x .

4o) Qual ê a função inversa de f, função bijetora de -

2

5 em

-

2

3 definida por y =

5x2

4x3

−−

?

Aplicando a regra prática, temos:

x = 5y2

4y3

−−

⇒ 2xy - 5x = 3y - 4 ⇒ 2xy - 3y = 5x – 4 ⇒

⇒ y(2x – 3) = 5x – 4 ⇒ y = 3x2

4x5

−−

Resp.: É a função f-1 , de -

2

3 em -

2

5, definida por

y = 3x2

4x5

−−

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AC-02

113

Os gráficos de f e f-1 apresentam uma propriedade. São

simétricos em relação à bissetriz dos quadrantes 1 e 3 do plano

cartesiano, conforme mostra a Figura 4.15.

FIGURA 4.15 – Função inversa

4.2 - PRINCIPAIS FUNÇÕES ELEMENTARES

Vamos agora ver uma relação de funções que são denominadas

elementares. Elas são assim denominadas porque são as mais

conhecidas e habitualmente usadas.

4.2.1 - Função Constante

É a função f: → que a

Cada elemento x ∈ R associa sempre o

mesmo elemento c ∈ R (Fig. 4.16).

O gráfico da função constante

é uma reta paralela ao eixo dos x e

passando pelo ponto (0,c). Sua imagem é o conjunto Im = {c}.

FIG.4.16 função constante

Exemplos:

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AC-02

114

4.2.2 - Função Identidade

É a função f: → que a cada

elemento x ∈ associa o próprio x.

O gráfico da função identidade é

a reta que contém as bissetrizes do 1o e

3o quadrantes. Sua imagem é o conjunto Im

= (Fig.4.17).

4.2.3 - Função Afim

É a função f: → que associa a cada x ∈ o elemento

(ax + b) ∈ , onde a ≠ 0.

Exemplos:

a) f(x) = 3x – 4 onde a = 3 e b =-4

b) f(x) = 5x + 7 onde a = 5 e b = 7

c) f(x) = -2x – 5 onde a =-2 e b =-5

d) f(x) = 3x onde a = 3 e b = 0

e) f(x) = -5x onde a =-5 e b = 0

Observação:

1o) Quando B = 0 a função afim se transforma em f: x → ax,

também chamada função linear.

2o) O gráfico da função afim é uma reta.

3o) A função afim é crescente se, e somente se, a > 0.

4o) A função afim é decrescente se, e somente se, a < 0.

Exemplos:

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115

4.2.4 - Função Modular

É a função f: → que a cada

elemento x ∈ associa o elemento |x|.

Assim sendo, a função modular f está

definida da seguinte forma:

f(x) = x se x ≥ 0

f(x) = - x se x < 0

O gráfico de f é a reunião das semi-retas de origem O, que

são bissetrizes do 1o e 2o quadrantes (Fig. 4.18).

A imagem da função modular é o conjunto Im = +, isto é, a

função modular só pode assumir valores reais não negativos.

Exemplo: Construir o gráfico da função f: x → |x - 1|.

De acordo com a definição dada, temos:

f(x) = x - 1 se x - 1 ≥ 0

f(x) = -(x - 1) se x - 1 < 0

portanto:

f(x) = x - 1 se x ≥ 1

f(x) = -x + 1 se x < 1

O gráfico de f também é a reunião das

semi-retas da figura.

4.2.5 - Função Quadrática (ou Função Trinômio do 2o Grau)

É a função que associa a cada x ∈ o elemento

(ax2 + bx + c) ∈ , onde a ≠ 0.

Exemplos:

a) f(x) = x2 + x onde a = l, b = l, c = 0

b) f{x) = 2x2 - 2x + 1 onde a = 2, b = -2, c = 1

c) f(x) = -x2 + 4x - 5 onde a = -1, b = 4, c = -5

d) f(x) = 3x2 - 10 onde a = 3, b = 0, c = -10

e) f(x) = -4x2 + 5x onde a = -4, b = 5, c = 0

f) f(x) = -2x2 + 1 onde a = -2, b = 0, c = 1

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AC-02

116

Observações (ver Fig. 4.19)

1o) o gráfico da função quadrática é uma parábola cujo eixo de

simetria é perpendicular ao eixo dos x;

2o) se a > 0, a parábola representativa da função quadrática tem a

concavidade voltada para “cima";

3o) se a < 0, a parábola representativa da função quadrática tem a

concavidade voltada para “baixo";

4o) sendo ∆ = b2 - 4ac (discriminante), a parábola: (*)

a) intercepta o eixo dos x em dois pontos distintos:

P1

∆+−

∆−−0,

a2

bPe0,

a2

b2

quando ∆ > 0.

b) tangencia o eixo dos x no ponto P

− 0,

a2

b, quando

∆ = 0. c) não tem ponto comum com o eixo dos x quando ∆ < 0.

(*) É preciso aqui recordar a fórmula para resolução das equações

do 2o grau:

y = ax2 + bx + c = 0 ⇒ x = a2

ac4bb 2 −±−

5º) O vértice da parabola é o ponto V

−−a4

,a2

b, o qual é ponto de

máximo se a < 0 ou é ponto de mínimo se a > 0.

FIGURA 4.19 – Função quadrática

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AC-02

117

Exemplos:

1o) Construir o gráfico da função f : x → x2.

Esta função é definida pela relação y = x2, isto é, a cada

número x ∈ associa o número x2. Sabemos que o gráfico de f é uma

parábola com a concavidade voltada para cima, eixo de simetria

vertical, tangente ao eixo dos x(∆ = 0) no ponto V tal que

0a4

y0a2

bx vv =

∆−==−= .

Fazemos a tabela:

x y Ponto

-3 9 A

-2 4 B

-1 1 C

0 0 D = V

1 1 E

2 4 F

3 9 G

20) Construir o gráfico da função f : x → x2 - 6x + 8.

O gráfico desta função é uma parábola com a concavidade voltada

para cima, eixo de simetria vertical, vértice no ponto V tal que

1a4

y3a2

bx vv −=

∆−==−= e corta o eixo dos x nos pontos

que têm como abscissas as raízes da equação y = 0, isto é, nos

pontos (2, 0) e (4, 0).

Fazemos a tabela:

x y Ponto

0 8 A

1 3 B

2 0 C

3 -1 D = V

4 0 E

5 3 F

6 8 G

A respeito da imagem da função

quadrática, obsservemos como conseqüência das propriedades já

citadas que:

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AC-02

118

1o) Se a > 0, a função admite o valor mínimo yv = a4

∆− e, assim,

Im = {y ∈ R | y ≥ a4

∆− }.

2o) Se a < 0, a função admite o valor máximo yv = a4

∆− e, assim,

Im = {y ∈ R | y ≤ a4

∆− }.

4.2.6 - Função f : x → x3

É a função f: → que a cada x ∈ associa o elemento

x3 ∈ .

Vamos inicialmente construir a tabela da Fig. 4.20 e plotar

os pontos no gráfico.

x Y = x3 Ponto

-2 -8 A

23− 8

27− B

-1 -1 C

21− 8

1− D

0 0 E

21 8

1 F

1 1 G

23 8

27 H

2 8 I

25 8

125 J

3 27 K

FIGURA 4.20 – Função x3

Observemos algumas propriedades da função f(x) = x3:

a) é uma função crescente em , isto é:

∀x1 ∈ , x2 ∈ , x1 < x2 ⇒ 32

31 xx <

b) quando x → +∞, temos x3 → +∞, (veja em 6.4 - Limites no

Infinito).

c) quando x → -∞, temos x3 → -∞.

d) sua imagem é o conjunto Im = .

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AC-02

119

O leitor poderá verificar que a função quadrática, a função

afim e a função constante são funções polinomiais de graus dois,

um e zero, respectivamente (ver 3.4).

A função x3 é um caso particular da função polinomial de

grau 3.

A função f : → , dada por f(x) = ao + a1x1 + ... + anx

n

(an ≠ 0) é uma função polinomial de grau n.

4.2.7 - Função Recíproca

É a função f : * → que a cada elemento x ∈ * associa

o elemento x

1 (Fig. 4.21).

x y = x1 Ponto

-4 41− A

-3 31− B

-2 21− C

-1 -1 D

21− -2 E

31− -3 F

41− -4 G

41 4 G’

31 3 F’

21 2 E’

1 1 D’

2 21 C’

3 31 B’

4 41 A’

FIGURA 4.21 – Função recíproca

A função recíproca é um caso muito particular da função

Racional fracionária, que é a função f(x) dada como quociente de

dois polinômios P(x) e Q(x) .

f(x) = ;)x(Q

)x(P D(f) = { x ∈ | Q(x) ≠ 0}

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AC-02

120

4.2.8 - Função Exponencial de Base a

É a função que a cada elemento x ∈ associa o elemento

ax, com 0 < a ≠ 1.

1o) Do que foi visto em 2.4, é fácil concluir que este fato pode

ser expresso assim: a imagem da função exponencial é *+ (a curva

está acima do eixo dos x, ∀a) .

2o) Se a > 1, a função exponencial é crescente.

3o) Se 0 < a < 1, a função exponencial é decrescente.

4o) O gráfico de toda função exponencial corta o eixo dos y no

ponto de ordenada +1 pois:

x = 0 ⇒ y = a0 = 1

Eis dois gráficos de funções exponenciais:

FIGURA 4.22 – Função exponencial

Exemplos:

1o) Construir o gráfico da função exponencial de base 2, isto é:

f : x → 2x

Inicialmente fazemos a tabela:

x y = 2x Ponto

-3 81 A

-2 41 B

-1 21 C

0 1 D

1 2 E

2 4 F

3 8 G

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121

2o) – construir o gráfico da função exponencial de base 2

1, isto é:

f : x → x

2

1

Inicialmente fazemos a tabela:

x y = 2-x Ponto

-3 81 A

-2 41 B

-1 21 C

0 1 D

1 2 E

2 4 F

3 8 G

4.2.9 - Funções Trigonométricas

Conforme vimos em 3.2.5, podemos escrever que na Fig. 4.23:

FIGURA 4.23 – Círculo trigonométrico

u = abscissa de P = OP1 = cosseno de x = cos x

v = ordenada de P = OP2 = seno de x = sen x

Assim, a todo x ∈ associamos um único número real u (tal

que -1 ≤ u ≤ 1) e definimos uma função à qual damos o nome de

função cosseno e indicamos:

f : x → cos x ou y = cos x

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122

e um único número real v (tal que -1 ≤ u ≤ 1) e definimos uma

função à qual damos o nome de função seno e indicamos:

f : x → sen x ou y = sen x

Estudando a variação de u e v quando x percorre o intervalo

[0, 2π], isto é, analisando o que ocorre com OP1 e OP2 quando P

parte de A e percorre o ciclo trigonométrico no sentido anti-

horário, podemos montar a tabela e construir os gráficos

x sen x cos x

0 0 1

6π 2

1 2

3

22 2

2

23 2

1

2π 1 0

32π

23 - 2

1

43π

22 - 2

2

65π 2

1 - 23

π 0 -1

67π - 2

1 - 23

45π - 2

2 - 22

34π - 2

3 - 21

23π -1 0

35π - 2

3 21

47π - 2

2 22

611π - 2

1 2

3

2π 0 1

FIGURA 4.24 - Funções seno e cosseno

A imagem das funções y = sen x e y = cos x é o conjunto.

Im = {y ∈ | -1 ≤ y ≤ 1}

Se cos x ≠ 0, definimos:

- funçao tangente f : x → tg x, onde tg x = xcos

senx.

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123

- função secante f : x → sec x, onde sec x = xcos

1.

Montando a tabela, construímos os gráficos Figura 4.25.

Se sen x ≠ 0, definimos:

- funçao cotangente f : x → cotg x, onde cotg x = xsen

xcos.

- função cossecante f : x → cossec x, onde cossec x = xsen

1.

Montando a tabela, construímos os gráficos da figura 4.26

A imagem da função tangente é o conjunto .

A imagem da função secante é o conjunto {y ∈ | y ≤ -1 ou y ≥ 1}.

FIGURA 4.25 – Funções tangente e secante

A imagem da função cotangente é o conjunto .

A imagem da função cossecante é o conjunto {y ∈ | y ≤ -1 ou y ≥ 1}

FIGURA 4.26 – Funções cotangente e cossecante

4.2.10 - Função Logarítmica

Consideramos a função f definida por y = ax, com 0 < a ≠ 1,

chamada função exponencial de base a. Sabemos que:

a) f é definida em e com imagens em +*;

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124

b) se a > 1, f é crescente em ;

c) se 0 < a < 1, f é decrescente em .

Em vista disso, a função f é inversível e a sua inversa é

denominada função logarítmica de base a.

Sabemos de 2.2.5 que: x = ay ⇒ y = logax.

A função logarítmica é definida em R+*, seu conjunto-imagem

é , é crescente se a > l ou decrescente se 0 < a < 1, conforme se

vê na Fig. 4.27.

FIGURA 4.27 – Função logarítmica

4.2.11 - Funções Trigonométricas Inversas

A função seno não é bijetora. Entretanto, a parte dela que

é denominada restrição principal e que é a seguinte:

sen : [ ]1 ,12

,2

−→

ππ

é bijetora. Portanto, admite inversa que é a função:

arcsen : [-1, 1] →

2,

2

ππ

de modo que x = arcsen y ⇔ y = sen x (x é o arco cujo seno é y).

Temos o gráfico:

FIGURA 4.28 – Função Arco-seno

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125

Chama-se restrição principal do cosseno a função:

cos : [0, π] → [-1 , 1]

e que é bijetora. Logo, admite inversa que é a função

arccos : [-1, 1] → [0, π]

de modo que x = arccos y ⇔ y = cos x (x é o arco cujo cosseno é

y). Temos o gráfico:

FIGURA 4.29 – Função arco-cosseno

Chama-se restrição principal da tangente a função

tg : →

que é bijetora. Logo, ela admite inversa que é a função

arctg : →

−2

,2

ππ

de modo que x = arctg y ⇔ y = tg x (x é o arco cuja tangente é y).

Temos o gráfico:

FIGURA 4.30 - Função arco-tangente

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126

4.3 - FUNÇÃO DEFINIDA POR VÁRIAS SENTENÇAS ABERTAS

Uma função f pode ser definida por várias sentenças abertas

cada uma das quais está ligada a um domínio Di contido no domínio

de f.

Eis alguns exemplos:

1o) Seja a função f, de R em R, definida

por:

f(x) = 1 para x < 0

f(x) = 2 para 0 ≤ x < 1

f(x) = 1 para x ≥ 1

Seu gráfico está representado na figura

ao lado. Sua imagem é o conjunto

Im = {1, 2}.

2o) Seja a função f, de em ,

definida por:

f(x) = -x para x < 0

f(x) = x2 para x ≥ 0

Seu gráfico está representado na figura

ao lado. Sua imagem é o conjunto

Im = +.

3o) Seja a função f, de + em ,

definida por:

f(x) = x para 0 ≤ x ≤ 2

f(x) = 2 para 2 < x < 3

f(x) = 5 – x para x ≥ 3

Seu gráfico está representado na figura

ao lado. Sua imagem é o conjunto Im = {y ∈ | y ≤ 2}

Exemplos:

1. Dada a função y = x2 - 4x + 3, determinar:

a) as raízes ou zeros da função

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AC-02

127

b) as coordenadas do vértice

c) o seu gráfico

d) o seu domínio e conjunto imagem

Solução:

y = x2 - 4x + 3 a = l, b = -4, c = 3

y = 0 ⇒ x2 - 4x + 3 = 0

∆ = b2 – 4ac ⇒ ∆ = (-4)2 - 4.1.3 = 4

a) Raízes:

32

24x1 =

+=

)1(2

4)4(x

a2

bx

±−−=⇒

∆±−=

12

24x2 =

−=

b) Vértice V(xv,yv):

xv = 2

2

4

)1(2

)4(

a2

b==

−−=

yv = 1)1.(4

4

a4−=

−=

∆−

c)

d) D =

Im = {y ∈ | y ≥ -1}

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AC-02

128

2. Determinar m para que o gráfico da função quadrática

y = (m - 3)x2 + 5x - 2 tenha concavidade voltada "para cima".

Solução:

Condição: a > 0 ⇒ m - 3 > 0 ⇒ m > 3

3. Para que valores de m a função f(x) = x2 - 3x + m - 2 admite

duas raizes reais iguais?

Solução:

Condição: ∆ = 0

∆ = b2 - 4ac

∆ = (-3)2 - 4(1)(m - 2) = 9 - 4m + 8 ⇒

⇒ -4m + 17 = 0 ⇒ m = 4

17

−−

⇒ m = 4

17

4. Sejam as funções reais f e g, definidas por f(x) = x2 + 4x - 5 e

g(x) = 2x – 3. Pede-se:

a) obter as leis que definem fog e gof

b) calcular (fog)(2) e (gof)(2)

c) determinar os valores do domínio da função fog que produzem

imagem 16.

Solução:

a) A lei que define (fog) é obtida a partir da lei de f, trocando-

se x por g(x):

(fog)(x) = f(g(x)) = [g(x)]2 + 4[g(x)] - 5 =

= (2x - 3)2 + 4(2x - 3) – 5 = 4x2 - 4x - 8.

A lei que define gof é obtida a partir da lei de g, trocando-se x

por f(x):

(gof)(x) = g(f(x)) = 2.f(x) - 3 = 2(x2 + 4x - 5) – 3

(gof)(x) = 2x2 + 8x - 13

b) Calculemos fog para x = 2

(fog)(2) = 4.22 - 4.2 - 8 = 0

Calculemos gof para x = 2

(gof)(2) = 2.22 + 8.2 - 13 = 11

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129

c) o problema em questão, resume-se em resolver a equação

(fog)(x) = 16, ou seja:

4x2 - 4x - 8 = 16 ⇒ 4(x2 - x - 6) = 0 ⇒ x = 3 ou x = -2.

5. Sejam as funções definidas por f(x) = x e g(x) = x2 - 3x - 4.

Determinar os domínios das funções fog e gof.

Solução

a) (fog)(x) = f(g(x)) = 4x3x)x(g 2 −−=

Para que exista (fog)(x) ∈ , devemos ter x2 - 3x - 4 ≥ 0, isto é:

x ≤ -1 ou x ≥ 4. Então

D(fog) = {(x) ∈ | x ≤ -1 ou x ≥ 4}

(gof)(x) = g(f(x)) = [f(x)]2 – 3f(x) - 4 = |x| - 3 x - 4.

Para que exista (gof)(x) ∈ , devemos ter x ≥ 0. Então

D(gof) = {x ∈ | x ≥ 0}.

6. Sejam as funções reais f(x) = 3x - 5 e (fog)(x) = x2 - 3.

Determinar a lei da função g.

Solução

Se f(x) = 3x - 5 então, trocando-se x por g(x), temos:

(fog)(x) = f(g(x)) = 3g(x) – 5

mas é dado que: (fog)(x) = x2 – 3, então:

3.g(x) - 5 = x2 – 3,

ou seja: 3

2x)x(g

2 +=

7. Sejam as funções reais g(x) = 3x - 2 e (fog)(x) = 9x2 - 3x + 1.

Determinar a lei da função f.

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AC-02

130

Solução

Se (fog)(x) = 9x2 - 3x + 1 então f(g(x)) = 9x2 - 3x + 1.

Como g(x) = 3x - 2, decorre x = 3

2)x(g + e então:

[ ] =+−−++=+

+

+

= 12)x(g4)x(g4)x(g13

2)x(g3

3

2)x(g9))x(g(f 2

2

= [g(x)]2 + 3g(x) + 3

logo, f(x) = x2 + 3x + 3.

8. Sejam f e g funções reais definidas por

<+≥++

=1x se ,4x3

1x se ,4x2x)x(f

2

e g(x) = x – 3

Obter a lei que define fog.

Solução:

Fazendo g(x) = y, temos (fog)(x) = f(g{x)) = f(y).

Temos de examinar dois casos:

1o) y ≥ 1

y ≥ 1 ⇔ = g(x) ≥ 1 ⇔ = x - 3 ≥ 1 ⇔ x ≥ 4

y ≥ 1 ⇒ f(y) = y2 + 2y + 4 ⇒ f(g(x)) =

= (g(x))2 + 2.g(x) + 4 ⇒

⇒ (fog)(x) = (x - 3)2 + 2(x - 3) + 4 = x2 - 4x + 7

2o) y < 1

y < 1 ⇔ g(x) < 1 ⇔ x - 3 < 1 ⇔ x < 4

y < 1 ⇒ f(y) = 3y + 4 ⇒ f(g(x)) = 3.g(x) + 4 ⇒

⇒ (fog)(x) = 3(x - 3) + 4 = 3x -5

Conclusão: (fog)(x)=

⟨−≥+−4xse,5x3

4xse,7x4x2

9. Seja a função f de - em +, definida por f(x) = x2. Qual é a

função inversa de f?

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131

Solução:

A função dada é f(x) = y = x2, com x ≤ 0 e y ≥ 0. Aplicando a regra

prática. temos:

I) permutando as variáveis:

x = y2, com y ≤ 0 e x ≥ 0

II) expressando y em função de x

x = y2 ⇒ y = x ou y = - x

Considerando que na função inversa f-l. devemos ter y ≤ 0 e x ≥ 0 a

lei de correspondência da função inversa será f-l(x) = - x .

Resposta: É a função f-l de + em - definida por f-l (x) = - x

10. Seja a função bijetora f de - {2} em - {1} definida por

f{x) = 2x

1x

−+

. Qual é a função inversa de f?

Solução:

A função dada é f(x) = y = 2x

1x

−+

, com x ≠ 2 e y ≠ 1.

Aplicando a regra prática, temos:

x = 2y

1y

−+

⇒ xy – 2x = y + 1 ⇒ xy – y = 2x + 1 ⇒

⇒ y(x - 1) = 2x + 1 ⇒ y = 1x

1x2

−+

Resp.: É a função f-l, de - {1} em em – {2} definida por

f-l(x) = 1x

1x2

−+

.

11. Sejam os conjuntos A = {x ∈ | x ≥ 1} e B = {y ∈ R | y ≥ 2} e

a função f de A em B definida por f{x) = x2 - 2x + 3. Obter a

função inversa de f.

Solução:

A função dada é f{x) = y = x2 - 2x + 3, com x ≥ 1 e y ≥ 2.

Aplicando a regra prática temos:

I) permutando as variáveis:

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AC-02

132

x = y2 – 2y + 3 com y ≥ 1 e x ≥ 2

II) expressando y em função de x

x = y2 - 2y + 3 ⇒ x = y2 – 2y + 1 + 3 - 1 ⇒

⇒ x = (y - 1)2 + 2 ⇒

.2x1you2x1y

2x1you2x1y2x1)-(y 2

−−=−+=⇒

⇒−−=−−=−⇒−=⇒

Considerando que na função inversa f-l, devemos ter y ≥ 1 e x ≥ 2,

a sentença que define a função inversa é f-1 (x) = 1 + 2x −

Resposta: f-l : B → A

f-l(x) = 1 + 2x −

12. Seja a função f de - {-2} em - {4} definida por

f(x) = 2x

3x4

+−

. Qual é o valor do domínio de f-1 com imagem 5?

Solução:

Queremos determinar a ∈ - {4} tal que f-1(a) = 5, para isto,

basta determinar a tal que f(5) = a.

a = f(5) = 7

17a

7

17

25

35.4=⇒=

+−

13. Seja a função bijetora de em definida por

f(x) =

⟨−≥−0xse1x

0xse1x2. Determinar f-1.

Solução:

Notemos que

1o) se x ≥ 0 então f(x) = y = x2 - 1, logo y ≥ -1.

2o) se x < O então f(x) = y = x -1, logo y < -1.

A função proposta é:

y = x2 - 1 com x ≥ 0 e y ≥ -1 ou y = x - 1 com x < 0 e y < -1.

Aplicando a regra prática:

I) permutando as variáveis, temos:

x = y2 - 1 com y ≥ 0 e x ≥ -1 ou x = y - 1 com y < 0 e x < -1

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AC-02

133

II) expressando y em função de x, temos:

y = 1x + com y ≥ 0 e x ≥ -1 ou y = x + 1 com y < 0 e

x < -1.

Logo, a função inversa f-1 é de em e definida por:

f-1(x) =

−⟨+−≥+1xse1x

1xse1x

14. Dadas as funções f e g em definidas por f(x) = 3x - 2 e

g(x) = 2x + 5, determinar a função inversa de gof.

Solução

1o Processo

Determinamos inicialmente gof e em seguida (gof)-1.

(gof)(x) = g(f(x)) = 2f(x) + 5 = 2(3x - 2) + 5 = 6x + 1.

Aplicando a regra prática, temos: x = 6y + 1 ⇒ y = 6

1x −

Portanto (gof)-1(x) = 6

1x −.

2o) Processo

Determinamos inicialmente f-1 e g-1 e em seguida f-1og-1 pois

(gof)-1 = f-1og-1

Aplicando a regra prática em f(x) = 3x - 2 e g(x) = 2x + 5 temos:

f-1(x)=2

5x)x(g e

3

2x 1 −=

+ −

6

1x

3

22

5x

3

2)x(g))x(g(f()x)(ogf(

11111 −

=+

=+

==−

−−−−

Portanto (gof)-1(x) = 6

1x −.

Resposta: (gof)-1 : →

(gof)-1(x) = 6

1x −

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AC-02

134

15. Seja a função f em definida por f(x) = 2x - 3. Construir num

mesmo plano cartesiano os gráficos de f e f-1.

Solução:

f(x) = 2x – 3 f-1(x) = 2

3x +

x y x y

-1 -5 -5 -1 0 -3 -3 0 1 -1 -1 1 2 1 1 2 3 3 3 3 4 5 5 4

16. Construir no mesmo diagrama os gráficos de duas funções

inversas entre si:

1o) f : x → 2x – 4 e f-1 : x → 2

4x +

2o) f : x → x2 e f-1 : x → x

3o) f : x → x3 e f-1 : x → 3 x

Solução

f(x) = 2x – 4 f-1(x) = 2

4x +

x y x y

-4 -12 -12 -4 -3 -10 -10 -3 -2 -8 -8 -2 -1 -6 -6 -1 0 -4 -4 0 1 -2 -2 1 2 0 0 2 3 2 2 3 4 4 4 4

f(x) = x2 f-1(x) = x

x y x y

0 0 0 0 1 1 1 1 2 4 4 2 3 9 9 3 4 16 16 4 5 25 25 5 6 36 36 6

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AC-02

135

f(x) = x3 f-1(x) = 3 x

x y x y

-3 -27 -27 -3 -2 -8 -8 -2 -1 -1 -1 -1 0 0 0 0 1 1 1 1 2 8 8 2 3 27 27 3

5 - VARIAÇÃO DO SINAL DAS FUNÇÕES

5.1 - INTRODUÇÃO

O gráfico da Figura 5.1 abaixo representa uma função

y = f(x) onde a, b, c e d são dados.

Observemos que:

1º) f(x) = 0 ⇒ x = a ou x = b ou x = c ou x = d. Dizemos

que a, b, c e d são raízes ou zeros de f(x) , isto é, são os

pontos do domínio de f para os quais f(x) = 0.

2º) f(x) < 0 ⇒ x < a ou c < x < d

3º) f(x) ≤ 0 ⇒ x ≤ a ou c ≤ x ≤ d ou x = b

4º) f(x) > 0 ⇒ a < x < b ou b < x < c ou x > d

5º) f(x) ≥ 0 ⇒ a ≤ x ≤ c ou x ≥ d

Ao estudo acima efetuado, chamamos de variação do sinal da

função f.

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AC-02

136

FIGURA 5.1 – Variação do sinal da Função

Outro exemplo: sejam os gráficos das funções f(x) e g(x) da

Figura 5.2, onde a, b, c e d são dados.

Observe que:

1º) f(x) = g(x) ⇒ x = a ou x = b ou x = c ou x = d (pontos de

intersecção das duas curvas)

2º) f(x) > g(x) ⇒ x < a ou b < x < c ou x > d (intervalos em que

os pontos de f(x) estão acima dos pontos de g(x))

3º) f(x) ≥ g(x) ⇒ x ≤ a ou b ≤ x ≤ c ou x ≥ d

4º) g(x) > f(x) ⇒ a < x < b ou c < x < d

5º) g(x) ≥ f(x) ⇒ a ≤ x ≤ b ou c ≤ x ≤ d

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AC-02

137

FIGURA 5.2 - Comparação entre f(x) e g(x)

Se definirmos a função h : → tal que

h(x) = f(x) - g(x), veremos que recaímos no caso anterior, isto é,

na análise da variação do sinal da função h(x). Por exemplo:

f(x) = g(x) ⇒ h(x) = 0

f(x) > g(x) ⇒ h(x) > 0

Evidentemente, a variação do sinal de uma função pode ser

obtida do seu gráfico, sem maiores complicações. Contudo, a

questão não é tão trivial quando só se dispõe da expressão que

define a função. Neste caso:

1o) obtemos os zeros da função resolvendo a equação f(x) = 0.

2o) obtemos os intervalos onde f(x) < 0 ou f(x) > 0, resolvendo

inequações.

5.2 - EQUAÇÕES

5.2.1 - Definições

Sejam f(x) e g(x) duas funções cujos domínios são D1 ⊂ e

D2 ⊂ , respectivamente. Chama-se equação na incógnita x à

sentença aberta (isto é, a afirmação que pode ser falsa ou

verdadeira dependendo do valor de x escolhido) do tipo:

f(x) = g(x) ou h(x) = f(x) - g(x) = 0, ∀x ∈ D1 ∩ D2

Resolver a equação significa determinar o conjunto S ou V

(denominado conjunto solução ou conjunto verdade) dos números

r ∈ D1 ∩ D2 tais que f(r) = g(r) seja uma sentença verdadeira.

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AC-02

138

Na resolução de uma equação procuramos sempre transformá-la

em outra equivalente mais simples, em que o conjunto solução possa

ser obtido com mais facilidade. Para isso, podemos fazer:

1o) f(x) + h(x) = g(x) ⇔ f(x) = g(x) – h(x)

2o) f(x) = g(x) ⇔ f(x).h(x) = g(x).h(x)

h(x) definida em D1 ∩ D2 h(x) ≠ 0

5.2.2 - Equações Polinomiais

Já vimos como resolver equações do lº e 2º graus. Façamos o

estudo para o caso geral.

Conforme o conceito de raiz apresentado, as raízes de um

polinômio P(x) são as raízes da equação P(x) = 0.

Para determinarmos essas raízes, isto é, resolver a equação

P(x) = 0, devemos saber que um polinômio P(x) de grau n pode ser

completamente fatorado em n1 fatores do 1º grau e n2 fatores do 2º

grau com n1 + 2n2 = n. Os n2 fatores do 2o grau são tais que ∆ < 0

para todos eles.

Por exemplo, P(x) = x2 - 5x + 6 (de grau n = 2) também pode

ser escrito P(x) = (x - 2)(x - 3) (2 fatores do lo grau),

P(x) = (x3 + x2 + x + 1) = (x + 1)(x2 + 1) (1 fator do 1º grau e 1

fator do 2º grau).

Atentemos agora para o seguinte fato: se uma multiplicação

tem resultado nulo, pelo menos um de seus fatores é zero.

Exemplo:

a . b . c = 0 ⇒ a = 0 ou b = 0 ou c = 0

assim:

Exemplos:

1. As raízes do polinômio (x - 1)(x + 2)(x - 7), logo do 3o grau,

serão as raizes dos fatores

x - 1 = 0 ⇒ x1 = 1

x + 2 = 0 ⇒ x2 = -2

Se um polinômio de grau n apresenta-se completamente de-

composto, suas raízes reais são as n1 raízes de cada um

de seus n1 fatores do 1o grau.

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AC-02

139

x - 7 = 0 ⇒ x3 = 7

2. O polinômio (x + 3)(x2 - 4x - 5) não está completamente fatorado

mas suas raizes ainda podem ser calculadas pois conhecemos métodos

para resolver uma equação do 2o grau.

x + 3 = 0 ⇒ x1 = -3

x2 – 4x - 5 = 0 ⇒

−==

1x

5x

3

2

3. Resolva a equação do 4º grau x(x + 1)(x - 1)(2x -3) = O

Solução:

Temos 4 fatores do primeiro grau. As 4 raízes serão:

x = 0 ⇒ x1 = 0

x + 1 = 0 ⇒ x2 = -1

x - 1 = 0 ⇒ x3 = 1

2x - 3 = 0 ⇒ x4 = 2

3

Logo: V = {0, -1, 1, 2

3}.

4. Resolva a equação do 3º grau x3 - 5x2 + 7x - 3 = 0, sabendo que,

fatorada, ela fica (x - 1)2(x - 3) = 0.

Solução:

(x - 1)2(x - 3) = (x - 1)(x - 1)(x - 3)

x - 1 = 0 ⇒ x1 = 1

x - 1 = 0 ⇒ x2 = 1

x - 3 = 0 ⇒ x3 = 3

Logo: V = {1, 3}

Observação importante:

O conjunto verdade apresenta apenas 2 elementos pois uma

das raízes é dupla. Dizemos que esta raiz tem multiplicidade 2.

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AC-02

140

5. Resolva a equação x3 + 2x2 - 3x = 0

Solução:

Como não conhecemos métodos para equações do 3o grau, devemos

tentar fatorar. Com efeito, basta por x em evidência:

X (x2 + 2x - 3) = 0

x = 0 ⇒ xl = 0

x2 + 2x - 3 = 0 ⇒

−==

3x

1x

3

2

Logo: V = {0, 1, -3}

6. Forme um polinômio do 3o grau cujas raizes sejam 2, 3 e -1

Solução:

Tal polinômio, decomposto, deve apresentar os três seguintes

fatores do 1o grau:

x = 2 ⇒ x - 2 = 0 ⇒ (x - 2)

x = 3 ⇒ x - 3 = 0 ⇒ (x - 3)

x = -l ⇒ x + l = 0 ⇒ (x + 1)

Multiplicando-se obtemos:

(x - 2)(x - 3)(x + 1) = x3 - 4x2 + x + 6

7. Resolva x3 - 7x + 6 = 0, sabendo que uma das raízes é 2.

Solução:

Como a equação é do 3o grau, devemos ter ao todo 3 raízes. Se uma

delas é 2, haverá um fator do 1o grau igual a (x - 2) multiplicado

por algum fator do 2o grau, Q(x). Ou seja:

x3 - 7x + 6 = (x - 2).Q(x)

Logo, esse fator será Q(x) = 2x

6x7x3

−+−

Efetuando esta divisão, por Briot-Ruffini vem

2 1 0 -7 6 1 2 -3

Q(x) = x2 + 2x – 3 = 0 ⇒

−==

3x

1x

3

2

V= {2, 1, -3}

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AC-02

141

5.2.3 - Equações Trigonométricas

Há três tipos de equações trigonométricas a que,

praticamente, todas as outras se reduzem:

===

tga tgx

cosa cosx

sena senx

onde a é um arco conhecido

1º tipo: sen x = sen a

O seno de x será igual ao seno de a,

evidentemente, se x ≡ a (côngruos), ou também

(figura) se x e a forem suplementares

(extremidades simétricas em relação ao eixo

dos senos).

Exemplos:

a) sen x = sen 50° ⇒

+=

+=

º360.k º130x

ou

º360.k º50x

(k ∈ )

b) senx = sen

+=

+=⇒

ππ

πππ

k23

2x

k23

x

3 (k ∈ )

2o) tipo: cos x = cos a

O cosseno de x será igual ao cosseno

de a se x e a forem côngruos ou também

(figura) se forem replementares (extremidades

simétricas em relação ao eixo dos cossenos).

sen x = sen a ⇒

+−=

+=

ππ

π

k2)a(xou

k2ax

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AC-02

142

+−=

+=⇒=

ππ

π

k2)a2(xou

k2ax

acosxcos , (k ∈ )

que pode ser escrito assim:

+−=

+=⇒=

π

π

k2axou

k2ax

acosxcos , (k ∈ )

ou, ainda mais simplesmente:

Exemplos:

a) cos x = cos 20º ⇒ x = 20º + k.360º, (k ∈ )

b) cos x = cos ⇒5

2π x = ±

5

2π + 2kπ, (k ∈ )

3o tipo: tg x = tg a

A tangente de x será igual à tangente

de a se x e a forem côngruos ou ainda

(figura), se forem explementares (extremidades

simétricas em relação ao centro da

circunferência).

tg x = tg a

++=

+=

ππ

π

kax

ou

kax

2)(

2

, (k ∈ )

ou simplesmente:

Exemplos:

tg x = tg 40o ⇒ x = 40º + k.180º, (k ∈ )

tg x = tg πππk

3

2x

3

2+=⇒ , (k ∈ )

tg x = tg a ⇒ x = a + kπ

cos x = cos a ⇒ x = ±a + 2kπ

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AC-02

143

Exemplos:

1. sen x = sen 200°

Solução:

É claro que x pode valer 200°, mas também pode ser o suplemento de

200°, que é 180° - 200° = -20° ≡ 340°

Logo, x= 200° + k.360° ou x = 340° + k.360°

2. sen x = 2

3

Solução:

Cuidado! Só podemos descobrir x quando tivermos outro arco no

segundo membro. Com efeito, 2

3 = sen ,

3

π e a equação pode ser

reescrita assim:

sen x = sen ,3

π donde

V = {x ∈ | x = 3

π + 2kπ ou x =

3

2π + 2kπ , k ∈ }

3. 2(cos x) - 1 .= 0

Solução:

Primeiramente vamos isolar cos x no primeiro membro:

2cos x = l ⇒ cos x = 2

1

Mas, 2

1 = cos

3

π, 1ogo, cos x = cos

3

π

Donde V = {x ∈ | x = ± 3

π+ 2kπ, k ∈ }

4. cotg x = 3

3

Solução:

Podemos reduzir essa equação para uma do tipo tg x = tg a.

Invertendo ambos os membros:

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AC-02

144

3tgx tg

3x tg3

3x tg

3

3

x cotg

1 andoracionaliz

π=

= →=⇒=

Logo: V = {x ∈ | x = 3

π + kπ, k ∈ }

5. cossec2 x = 2

Solução:

Invertendo ambos os membros fica:

2

1xsen

2

1

xseccos

1 2

2=⇒=

Isolando sen x no primeiro membro vem:

sen x = 2

2

22

21

2

1

2

1±=±=±=±

Devido ao ±, devemos resolver duas equações diferentes:

sen x =

+=

+=

⇒=⇒

ππ

ππ

π

k24

3x

ou

k24

x

4sensenx

2

2

sen x =

+−=

+−=

⇒−=⇒−

ππ

ππ

π

k24

3x

ou

k24

x

)4

(sensenx2

2

Portanto, os quatro pontos assinalados na

figura correspondem à solução. E como cada

ponto está distanciado do seguinte de 2

π

podemos escrever:

V = { x ∈ | x = ∈+ k,2

k

4

ππ }

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AC-02

145

6. Sendo U = {x ∈ | 0 ≤ x < 2π}, resolva 2cos2x - 7cos x + 3 = 0.

Solução:

Para maior clareza façamos uma mudança de variável, substituindo

cos x por t.

2t2 – 7t + 3 = 0 ⇒ t =

=

=⇒

±=

−±

2

1t

3t

4

57

4

24497

2

1

cos x = 3 ⇒ impossível (pois -1 ≤ cos x ≤ 1)

cos x = πππk2

3x

3cosxcos

2

1+±=⇒=⇒

Como o universo da equação é só a primeira volta,

V = }3

5,

3{

ππ

5.2.4 - Exemplos Diversos

Exemplo 1: resolver |x -2| = 5

1º) quando x - 2 ≥ 0, |x - 2| = x - 2 = 5 ⇒ x = 7

2º) quando x - 2 < 0, |x - 2| = - x + 2 = 5 ⇒ x = -3

S = {7, -3}

Exemplo 2: resolver 7x2

1x=+

Temos de considerar 2 casos:

1º) quando x - 1 ≥ 0, |x - 1| = x -1 e a equação fica:

7x2

1x=+

− ⇒ x - 1 + 2x = 14 ⇒ x = 5

2o) quando x – 1 < 0, |x - l| = -x + 1 e a equação fica:

- 7x2

1x=+

− ⇒ -x + 1 + 2x = 14 ⇒ x = 13

S = {5, 13}

Exemplo 3: resolver 2 |x - 3| + |x - 1| = 3

Temos de considerar 3 casos:

1º) quando x < 1:

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AC-02

146

+−=−

+−=−

1x1x

3x3x ⇒ 2(-x + 3) + (-x + 1) = 3 ⇒

⇒ x = 3

4 (não convém)

2º) quando 1 ≤ x < 3:

−=−

+−=−

1x1x

3x3x ⇒ 2(-x + 3) + (x - 1) = 3 ⇒

⇒ x = 2

3º) quando x ≥ 3:

−=−

−=−

1x1x

3x3x ⇒ 2(x - 3) + (x - 1) = 3 ⇒

⇒ x = 3

10

S = {2, 3

10}

Exemplo 4: resolver |x|2 - 3|x| + 2 = 0

Temos de considerar 2 casos:

1o) quando x ≥ 0, |x| = x e a equação fica:

x2 - 3x + 2 = 0 ⇒ x = 1 ou x = 2

2o) quando x < 0, |x| = -x e a equação fica:

x2 + 3x + 2 = 0 ⇒ x = -1 ou x = -2

S = {-2, -1, 1, 2}

Exemplo 5: Equações exponenciais

1º) 2x = 24 ⇒ x = 4

2º) 3x = 81 ⇒ 3x = 34 ⇒ x = 4

3º) 2x-1 = 8 ⇒ 2x-1 = 23 ⇒ x - 1 = 3 ⇒ x = 4

4º) 5x-2 = 25

1 ⇒ 5x-2 =

25

1 ⇒ 5x-2 = 5-2 ⇒ x – 2 = -2 ⇒ x = 0

5º) 3x+1 = 27-x+2 ⇒ 3x+1 = (33)-x+2 ⇒ 3x+1 = 3-3x+6 ⇒

⇒ x + 1 = -3x + 6 ⇒ 4x = 6 - 1 ⇒ x = 4

5

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AC-02

147

6º) 1x2x25

2

5

2

2

5

5

22x22x2

=⇒=⇒

=

=

7º) 9x - 10.3x + 9 = 0

32x - 10.3x + 9 = 0

Se 3x = y (mudança de variável), temos:

y2 - 10y + 9 = 0

=⇒=⇒=

=⇒=⇒=⇒

2x939y

0x131y

x2

x1

Exemplo 6: Resolver a equação 6x3x2 ++ - 3x = x2 + 4

Solução:

A equação proposta é equivalente a

x2 + 3x + 4 - 6x3x2 ++ = 0 ⇒ x2 + 3x + 6 - 6x3x2 ++ - 2 = 0

Fazendo 6x3x2 ++ = y, temos:

y2 - y - 2 = 0 ⇒ y = 2 ou y = -1

y = -1 não convém, pois y = 6x3x2 ++ ≥ 0

Para y = 2, temos:

6x3x2 ++ = 2 ⇒ x2 + 3x + 6 = 22 ⇒ x2 + 3x + 2 = 0 ⇒

⇒ x = -2 ou x = -1

S = {-2, -1}

Exemplo 7: Resolver a equação 54x21x2 =−++ .

Solução:

Antes de elevarmos ao quadrado. devemos transpor uma das raizes

para o outro membro. Assim. temos:

54x21x2 =−++ ⇒ 4x251x2 −−=+

⇒ ( ) ( ) ⇒−−=+22

4x251x2

⇒ 2x + 1 = 25 – 10 4x2 − + 2x – 4 ⇒

⇒ 10 4x2 − = 20 ⇒ 4x2 − = 2 ⇒ 2x - 4 = 22 ⇒ x = 4

x = 4 é solução, pois 44.214.2 −++ = 5

S = {4}

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AC-02

148

5.3 - INEQUAÇÕES

5.3.1 - Definições

Sejam as funções f(x) e g(x) cujos domínios são

respectivamente D1 ⊂ e D2 ⊂ . Chamamos inequação na incógnita

x, a qualquer uma das sentenças abertas abaixo:

f(x) > g(x) ; f(x) < g(x) ; f(x) ≥ g(x) e f(x) ≤ g(x)

O domínio de validade das inequações acima é D = D1 ∩ D2.

Resolver a inequação é encontrar seu conjunto solução, isto

é, o conjunto de todos os números reais x que tornam verdadeira a

desigualdade em questão.

Exemplo: Para 2x + 1 > x + 3 o conjunto solução é

S = {x ∈ | x > 2}

O número real 3 ∈ S é solução da inequação pois

2.3 + 1 > 2 + 3.

Observemos que o conjunto solução é sempre parte do domínio

de validade da inequação.

S ⊂ D

Na resolução de uma inequação procuramos sempre transformá-

la em outra mais simples, com o mesmo conjunto solução.

Para isso,

1o) podemos transpor um termo de membro para outro trocando o sinal

do termo considerado, isto é

h(x) + f(x) < g(x) ⇒ f(x) < g(x) - h(x)

2o) podemos multiplicar os dois membros pela mesma expressão,

mantendo ou invertendo o sentido da desigualdade, conforme essa

expressão seja positiva ou negativa, respectivamente, isto é:

f(x} < g(x} ⇒

<>><

0 h(x} se , h(x} g(x} h(x} f(x}

0 h(x} se , g(x}h(x} f(x}h(x)

para h(x} definida em D1 ∩ D2

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AC-02

149

5.3.2 - Sinal das Funções Afim e Quadrática

As inequações ax + b > 0 e ax + b < 0, a ≠ 0 podem ser

resolvidas através do gráfico da função afim (Fig. 5.3}.

FIGURA 5.3 - Sinal da Função Afim

Por exemplo:

3x + 6 > 0

x > - 2

S = {x E | x > -2}

Compare esta solução com a solução gráfica.

As inequações do 2o grau ax2 + bx + c > 0 e

ax2 + bx + c < 0, a ≠ 0, podem ser resolvidas através do gráfico da

função quadrática (Fig. 5.4}.

Exemplo:

-2x2 + 3x + 2 ≥ 0

f(x} = -2x2 + 3x + 2

As raízes de f são x1 = -2

1 e x = 2; a = -2 < 0.

Da Figura 5.4 temos: S = {x ∈ | -½ ≤ x ≤ 2}

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AC-02

150

FIGURA 5.4 - Sinal da Função Quadrática

5.3.3 - Solução Geral de Inequação

Dada uma função h(x) definida em D e sendo conhecidos os

zeros e os pontos de descontinuidade (isto é, os pontos onde a

função não está definida) fica razoavelmente simples resolver uma

inequação do tipo h(x) > 0 se nos recordarmos de algumas

propriedades dos números reais:

1º) a > 0 e b > 0 ⇒ a.b > 0, b

a > 0

2º) a > 0 e b < 0 ⇒ a.b < 0, b

a < 0

3º) a.b = 0 ⇒ a = 0 ou b = 0

4º) b

0 = 0 e 0

a ∉

5º) a < b < c ⇒ a < b e b < c

6º) a ≤ 0 e n ∈ é par ⇒ an ≥ 0; n a ∉ , a < 0

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AC-02

151

n ∈ é impar ⇒ an ≤ 0; n a ≤ 0

7º) ver as desigualdades dadas em 2.3.2, 2.4 e 2.5.2.

Exemplos: II

1) Resolver 3x + 2 < -x + 3 ≤ x + 4

I

Temos que resolver duas

inequações:

I) 3x + 2 < -x + 3 ⇒ 4x < 1 ⇒ x < 4

1

II) -x + 3 ≤ x + 4 ⇒ -2x ≤ 1 ⇒ x ≥ -2

1

A intersecção destes dois conjuntos é

S = {x ∈ | - 2

1 ≤ x <

4

1

Podemos estender o raciocínio empregado no estudo dos

sinais de um produto de dois fatores para um produto com mais dois

fatores.

2) Resolver a inequação (3x - 2)(x + 1)(3 - x) < 0 em .

Analisando os sinais dos fatores, temos:

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AC-02

152

A inequação f(x).g(x) ≥ 0 tem por conjunto solução S a

reunião do conjunto solução S1 da inequação f(x).g(x) > 0 com o

conjunto solução S2 da equação f(x)g(x) = 0, isto é:

3 - Resolver a inequação (3x + 1) (2x - 5) ≥ 0 em .

A inequação (3x + 1)(2x -5) ≥ O é equivalente a:

=+

>+

(II) 0 5)- 1).(2x (3x

ou

(I) 0 5)- 1)(2x (3x

Resolvendo (I) temos S1 = {x ∈ x < -3

1 ou x >

2

5}

Resolvendo (II) temos S2 = {-3

1,2

5}

O conjunto solução é:

S = S1∪S2 = {x ∈ x < -3

1 ou x >

2

5} ∪ {-

3

1,2

5}

Ou seja:

S = {x ∈ x ≤ -3

1 ou x ≥

2

5}

Se recorrêssemos ao quadro-produto, teríamos:

f(x).g(x) > 0

f(x).g(x) ≥ 0 ⇔ ou

f(x).g(x) = 0

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AC-02

153

4 - Resolver em as inequações abaixo:

1º) (3x - 2)3 > 0 ⇒ 3x - 2 > 0 ⇒ S = {x ∈ x > 3

2}

2º) (4x - 3)6 > 0 ⇒ 4x - 3 ≠ 0 ⇒ S = {x ∈ x ≠ 4

3}

3º) (2x + 1)5 < 0 ⇒ 2x + 1 < 0 ⇒ S = {x ∈ x < -2

1}

4º) (x - 2)4 < 0 ⇒ S = ∅

5º) (3 - 5x)7 ≥ 0 ⇒ 3 - 5x ≥ 0 ⇒ S = {x ∈ x ≤ 5

3}

6º) (4x - 5)2 ≥ 0 ⇒ S =

7º) (8 - 2x)4 ≤ 0 ⇒ S = {4}

5) Resolver em R a inequação 21

43≤

−+x

x. Temos:

Solução:

01

)1(24302

1

432

1

43≤

−−⋅−+

⇒≤−−+

⇒≤−+

x

xx

x

x

x

x

01

25≤

−+

⇒x

x

Fazendo o quadro-quociente,temos

}15

2{ >−≤∈= xouxRxS

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AC-02

154

Podemos resolver a inequação 21

43≤

−+x

x, multiplicando por

h(x)= 1 – x e examinado os dois casos

a)h(x)= 1 – x > 0, isto é, x < 1

5

2)1(2432

1

43−≤⇒−≤+⇒≤

−+

xxxx

x

}5

2{}

5

2{}1{1 −≤∈=−≤∈∩<∈= xRxxRxxRxS

b) h(x)= 1 – x < 0, isto é, x > 1,

5

2)1(2432

1

43−>⇒−>+⇒>

−+

xxxx

x

}1{}5

2{}1{2 >∈=−>∈∩>∈= xRxxRxxRxS

=∪= 21 SSS }15

2{ >−≤∈ xouxRx

6)Resolver em R a inequação (x – 3)5 (2x + 3)6 < 0

Solução:

Estudemos separadamente os sinais das funções f(x)=(x-3)5 e

g(x)=(2x+3)6. Lembrando que a potência de expoente ímpar e base

real tem o sinal da base, então o sinal de (x-3)5 é igual ao sinal

de x-3, isto é

A potência de expoente par e base não nula é sempre

positiva, então (2x+3)6 é positivo se x ≠ - 3/2 e (2x+3)6 é nulo se

x = -3/2, isto é

Fazendo o quadro-produto, temos:

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AC-02

155

}2

33{ −≠<∈= xexRxS

7) a)Resolver em R: 312 <+x

b)Resolva em R: 534 >−x

Solução:

a)

123123312 <<−⇒<+<−⇒<+ xxx

}12{ <<−∈= xRxS

b)

⇒>−−<−⇒>− )534 ou 534(534 xxx

2 ou 2

1>−<⇒ xx

}2 ou 2

1{ >−<∈= xxRxS

8) Resolver em R a inequação 2x -7 + 01 ≥+x

Solução:Notando que

<−−−≥+

=+-1x se 1

1 se 11

x

xxx

Devemos então, considerar dois casos

a) se 1−≥x , temos

2x -7 + 2017201 ≥⇔≥++−⇒≥+ xxxx

a solução S1 é

}2{}2{}1{1 ≥∈=≥∈∩−≥∈= xRxxRxxRxS

b) se x < -1, temos

2x -7 + 8017201 ≥⇔≥−−−⇒≥+ xxxx

a solução S2 é

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AC-02

156

∅=≥∈∩−<∈= }8{}1{2 xRxxRxS

A solução da ineguação proposta é

=∪= 21 SSS }2{ ≥∈ xRx

9)Resolver as inequações irracionais

a) 232 <− xx

b) 152 +≤+ xx

Solução:

a)

<−≥−

⇒<−⇒<−43

034323

2

222

xx

xxxxxx

<<−≥≤

<−≥−

⇒(II) 41

(I) 3 ou 0

43

032

2

x

xx

xx

xx

}}43 ou 01{ <≤≤<−∈= xxRxS

b)

+≤+≤≥+

⇒+≤+ 2)1x(5x20

01x1x5x2

≥−≤

−≥

−≥

≥−≥+≥+

+<+≥+

≥+

(III) 2x ou 2x

(II) 2

5x

(I) 1x

04x

05x2

01x

)1x(5x2

05x2

01x

22

}2{ ≥∈= xRxS

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AC-02

157

10)Resolver a inequação 23

≤−x

x

Solução:

Para resolvermos esta inequação, devemos multiplicar ambos

os membros por x, não esquecendo que dependendo do sinal de x, o

sentido da desigualdade será mantido ou invertido

1ª Possibilidade x > 0 (I)

⇒≤−≤⇒≤−⇒≤− 2430232

3xxxx

x

x

≥−≤

⇒≥−+

≥−⇒

≤−≥−

⇒ (III)

4

3 ou 1

(II) 3

034

03

43

0322 xx

x

xx

x

xx

x

}34

3{1 ≤≤∈= xRxS

2ª Possibilidade x < 0 (IV)

4

303232

3 )02(

≤⇒≥−⇒≥−⇒≤− <

xxxxx

x x

}0{2 <∈= xRxS

A solução da inequação proposta é dada por

=∪= 21 SSS }2{ ≥∈ xRx

11 – Determinar x para que log2 (2x – 3) exista Solução: ∃ log se: a) 2x – 3 > 0 ⇒ x > 3/2, onde 2x – 3 é o logaritmando.

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AC-02

158

>ℜ∈=

2

3x/xD

12 – Determinar o valor de x para que log2x - 5 5 exista Solução:

∃ log se: a) 2x – 5 > 0 ⇒ x > 5/2 e

b) 2x – 5 ≠ 1 ⇒ 2x ≠ 6 ⇒ x ≠ 3

≠>ℜ∈= 3xe

2

5x/xD

13 – Determinar o valor de x para que log5x - 15 (2x – 8) exista Solução:

∃ log se: a) 2x – 8 > 0 ⇒ 2x > 8 ⇒ x > 4

b) 5x – 15 > 0 ⇒ 5x > 15 ⇒ x > 3

c) 5x – 15 ≠ 1 ⇒ 5x ≠ 16 ⇒ x ≠ 16/5

Como as condições a, b e c devem ser satisfeitas

simultaneamente, tomamos os valores de x da interseção dos três

intervalos:

{ }4x/xD >ℜ∈=

14 – Resolver as seguintes inequações logarítmicas

1°) 7logxlog55

>

Solução:

Como 7x05 >⇒>

2°) xlog5log 22 >

Solução:

Como 0x502 >>⇒>

3°) 2log)1x(log 77 >−

Solução:

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AC-02

159

Como 3x121x007 <<⇒<−<⇒>

4°) 3logxlog3

1

3

1 >

Solução:

Como 3x013

10 <<⇒<<

5°) xlog7log3

1

3

1 <

Solução:

Como 0x713

10 >>⇒<<

6°) xlog7log3

1

3

1 >

Solução:

Como 7xoux713

10 ><⇒<<

7°) 5log)2x(log5

4

5

4 >−

Solução:

Como 7x52x15

40 >⇒>−⇒<<

15 – Resolver a inequação –2x2 + 3x + 2 ≥ 0 Solução:

Considerando f(x) = –2x2 + 3x + 2, temos a = -2<0, ∆ = 25>0 e os

zeros x1 = -1/2 e x2 = 2, então

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AC-02

160

<<−>

=−==

>−<<

2x2

1para0)x(f

2xou2

1xpara0)x(f

2xou2

1xpara0)x(f

Como a inequação e f(x) ≥ 0, vem:

≤≤−ℜ∈= 2x

2

1/xS

16 – Resolver a inequação (x2 – x - 2)(-x2 + 4x –3)> 0 em R

Solução:

Analisando os sinais dos fatores, temos:

Fazendo o quadro-produto

{ }3x2ou1x1/xS <<<<−ℜ∈=

17 – Resolver a inequação 0xx2

1xx22

2

≤−

−+ em R

Solução:

Analisando os sinais do numerador e do denominador, temos:

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AC-02

161

Fazendo o quadro-quociente, vem

>≤<−≤ℜ∈= 2xou

2

1x0ou1x/xS

5.4 - IDENTIDADE

5.4.1 - Definição

Dadas duas funções f(x) e g(x) de domínios D1 e D2,

respectivamente, diremos que f(x) é idêntica a g(x) quando e

somente quando f(x) e g(x) assumirem valores iguais para todos os

valores de x, para os quais as duas funções existem. Em símbolos,

indicaremos:

Exemplos:

1. Demonstrar as seguintes identidades:

a) 12 244 −=− acos.asenacos

Primeiro membro = ( )( ) ⇒−+=− asenacosasenacosasenacos 222244

( ) ( ) 1211 22222 −=−−=−⇒ acosacosacosasenacos. =Segundo membro

b) ( ) ( )( )senaacos.acossena −+=++ 11212

Primeiro membro = ( ) ( ) ⇒++++ acossena.acossena 11

( ) acos.acos.sena.sena.acosasen 2221 22 +++++⇒

( ) ( ) ⇒+++=+++⇒ 12122222 senaacossenaacos.acos.sena.sena.

( )( )senaacos. −+⇒ 112 = Segundo membro

3. aseccos.atggacotatg 2=+

f(x) ≡ g(x) ⇔ f(x) = g(x), ∀ x ∈ D sendo D = D1 ∩ D2

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AC-02

162

Segundo membro = ⇒+= )agcot.(atgaseccos.atg 22 1

( ) agcotatgagcot.agcot.atgatg +=+ = Primeiro membro

4. ( ) ( ) ( ) 1222 =−−−+− tgxgxcotsenxxseccosxcosxsec

Primeiro membro =

( ) ( ) ( ) =+−−+−++−= xtgxgcotxsenxseccosxcosxsec 222222 222

( ) ( ) ( ) ( )xsenxcosxgcotxseccosxtgxsec 222222222 ++−+−+−−= =

= 1 + 1 + 1 – 2 = 1 = segundo membro

5. asenasecacosatg 2222 −=+

Segundo termo – Primeiro termo = =−−− acosatgasenasec 2222

( ) ( ) 02222 =+−− acosasenatgasec

6. asec

asen

atg

tga=

+ 21

Primeiro termo = asec

asen

acos

1

sena

acos

1acos

asen

asec

tga

2

2=== = Segundo membro

7. ( )

acos.asen.gacotatg

gacotatggacotatg 4

2

=+

−−+

Primeiro membro = ( ) ( )

⇒+

−−+gacotatg

gacotatggacotatg 22

( ) ( )⇒

+=

++−−++

asen

acos

acos

asengacotatg

agcotatgagcotatg 422 2222

acos.asen.

acos.asen

acosasen4

422

=+

= = Segundo membro

8. xsec.xtg.xtgxsec 2262 31 +=−

Primeiro membro = ( ) ( ) ⇒−+=− xtgxtgxtgxsec 632632 1

( ) ⇒++=−+++ xtg.xtg.xtgxtgxtgxtg. 226642 13131

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AC-02

163

xsec.xtg 2231 += = Segundo membro

9. ( ) ( ) ( )22211 −=−+− xsecxcosxsentgx

Segundo membro = )x(hxsec.xsec =+− 122

Primeiro membro = ⇒+−++− xcosxcos.xsentgx.xsen.xtg 222 212

( ) ( ) ⇒+

+−=++

+−+ 12221

22222

22

xcos

xcosxsen.xsecxcosxsenxcos.

xcos

xsenxtg

)x(hxsec.xsec =+− 122

Exemplos do Capítulo

1. Resolver a equação logarítmica 10

8

2

8 33 xlogxlog. =+ .

Solução: Devemos ter x > 0

⇒=+⇒=+ xlog.xlog.xlogxlog. 8

2

8

10

8

2

8 103333

03103 8

2

8 =+−⇒ xlog.xlog.

Fazendo xlog8 = y, temos a equação 3y2 – 10y +3 = 0 ⇒

y = 3 ou y = 3

1

Então:

1°) 38 =xlog ⇒ x = 83 ⇒ x = 512

2°) 3

18 =xlog ⇒ x = 81/3 ⇒ x = 2

S = {2,512}

2. Resolver a equação 2.cos2x + 3.senx – 3 = 0

Resolver: substituindo-se cos2x por 1 - sen2x, temos,

2.(1-sen2x) + 3.senx – 3 = 0

- 2.sen2x + 3.senx - 1 = 0

2.sen2x - 3.senx + 1 = 0

4

13

4

893 ±=

−±=xsen

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AC-02

164

π+π

−π=π+π

=⇒

π

=⇒=

π+π

=⇒=

kxoukxsenxsenxsen

kxxsen

26

2662

1

22

1

S = {x | π+π

= kx 22

ou π+π

−π=π+π

= kxoukx 26

26

}

3. Resolver a equação cos2x + 4.cosx + 3 = 0.

Solução: Substituindo-se cos2x por 2.cos2x – 1, temos,

(2.cos2x – 1) + 4.cosx + 3 = 0

2.cos2x + 4.cosx + 2 = 0

cos2x + 2.cosx + 1 = 0

cosx = 2

442 −±− = - 1 π+π=⇒ kx 2

S = {x | π+π= kx 2 }

4. Resolver a equação tgx + cotgx = 2.

Solução:

0122121 22 =+−⇒=+⇒=+ tgx.xtgtgx.xtg

tgxtgx

Assim, 2

442 −±=tgx ⇒ tgx = 1 ⇒

π

=4

tgtgx

S = {x | π+π

= kx4

}

5. Demonstrar a identidade: sen(a+b).sen(a-b) = sen2a – sen2b.

Solução: d = sen(a+b).sen(a-b) – (sen2a – sen2b)

⇒ ( )( ) bsenasenacos.senbbcos.senaacos.senbbcos.senad 22 +−−+=

⇒ ( ) bsenasenacos.bsenbcos.asend 222222 +−−=

⇒ ( ) ( )asen.bsenbsen.asend 2222 −−−=

⇒ 02222 =⇒+−= dasen.bsenbsen.asend

∴ sen(a+b).sen(a-b) – (sen2a – sen2b)

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AC-02

165

6. Resolver as equações:

a) 023 33 =+− xx b) 0124 =−+ xx

Soluções:

a) Fazendo yx =3 e x3 = y2, temos,

y2 -3y + 2 = 0 ⇒ y = 1 ou y = 2

mas y = 3x , logo

111 33 =⇒=⇒= xxx

333 442 =⇒=⇒= xxx

S = {1, 3 4 }

b) Fazendo yx =3 e 2yx = , temos,

2y2 + y – 1 = 0 ⇒ y = 2

11 ou y = - 1

Agora calculemos x:

∉⇒−= xx 14 R

16

1

2

14 =⇒= xx

S = {16

1}

7. Resolver a inequação mx –n > 3, sendo m < 0.

Solução: mx –n > 3 ⇒ mx > n +3

Dividindo os dois membros por m (note que m < 0), vem:

m

nx

3+<

S = {x ∈ R | m

nx

3+< }

8. Resolver (x – 5)4 ≤ 0

Solução:

(x – 5)4 ≤ 0 ( )( )

=⇒=⇒=−⇒=−

φ=⇒<−⇒

}{Sxxx

ou,Sx

550505

05

1

4

1

4

Desta forma, S = S1 ∪ S2 }{S 5=⇒

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AC-02

166

9. Resolver (2x + 3)13 ≥ 0.

Solução:

(2x + 3)13 ≥ 0 ⇒ 2x + 3 ≥ 0 ⇒ x ≥ 2

3−

S = {x ∈ R | 2

3−≥x }

10. Dar o conjunto solução da ineqüação: 4

32

4

3

12 xxx−>

−−

Solução:

⇒>+−−−−

⇒>+−−

−−

012

336)4.(6)12.(40

43

2

4

3

12 xxxxxx

8x – 4 – 6x + 24 – 36 + 3x > ⇒ 5x – 16 > 0

x > 5

16

S = {x ∈ R | 5

16>x }

11. Determine o valor de x para satisfazer as equações.

1°) 4x 22 = Solução: 4x =

2°) 813x = Solução:

4x33 4x =⇒=

3°) 82 1x =− Solução:

4x31x22 31x =⇒=−⇒=−

4°) 25

15 2x =−

Solução:

0x22x555

15 22x

2

2x =⇒−=−⇒=⇒= −−−

5°) 2x1x 273 +−+ = Solução:

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AC-02

167

4

5x

16x46x31x33)3(3 6x31x2x31x

=⇒

−=⇒+−=+⇒=⇒= +−++−+

6°) 2x2

2

5

5

2−

=

Solução:

1x2x25

2

5

22x2

=⇒=⇒

=

7°) 093109 xx =+⋅− Solução:

=⇒=⇒=

=⇒=⇒=⇒

=+−−==+⋅−

2x939y

0x131y

09y10ysetemy3fazendo,093103

x2

x1

2xxx2

12. Para que valores de x é descrescente a função 4x2)x(f −⋅= ?

Solução: Vamos definir f através de várias sentenças. Como primeiro passo, temos:

<−−

≥−=

0xse,4x2

0xse,4x2)x(f

e finalmente vem:

−≤−−<<−+<≤+−

≥−

=

2xse,4x2

0x2se,4x2

2x0se,4x2

2xse,4x2

)x(f

A derivada de f é, portanto:

−<<<−><<−

=2xou2x0se,2

2xou0x2se,2)x´(f

e não é definida para x = 0 ou 2 ou –2. Assim, f é decrescente para x pertencente ao conjunto

13. Determinar o conjunto dos valores de x para os quais a função

xlogx)x(f e−= 2 é crescente.

Solução: Devemos calcular a derivada de f e determinar em que

conjunto a função f’ é não negativa. Temos:

x

x

xx)x('f

1212

2 −=−=

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AC-02

168

2

20

2

20

120

2

≥<≤−⇒≥−

⇒≥ xouxx

x)x('f

Lembrando que D(f) = *R +, vem a resposta: f é crescente para

2

2≥x .

14. resolver as inequações:

a) 253 ≥−x

b) 4273 2 −>+− xx

c) 212 −>− xx

Solução:

a) 3253253 2 ≥⇒≥−⇒≥− xxx

}3{ ≥ℜ∈= xxS

b) 2 ou 3

102734273 22 ≥≤⇒≥+−⇒−>+− xxxxxx

}2x ou 3

1{ ≥≤ℜ∈= xxS

c)

≥−−>−<−≥−

⇒−>−(II) 02 e )2(12

(I) 02 e 012212 2

xxx

xxxx

resolvendo (I), temos

<

⇒<−≥−

(IV) 2

(III) 2

1

02

012

x

x

x

x

}2x2

1x{S1 <≤ℜ∈=

resolvendo (II), temos

≥<<

⇒≥−

<+−

⇒≥−

−≥− (VI) 2x

(V) 5x1

02x

05x6x

02x

)2x(1x2 22

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AC-02

169

}52{2 <≤ℜ∈= xxS

}52

1{21 <≤ℜ∈=∪= xxSSS

6 - LIMITE

6.1 - NOÇÃO DE LIMITE DE UMA FUNÇÃO

Seja a função )1(

)1)(12()(

−−+

=x

xxxf definida para todo x real e x

≠ 1. Se x ≠ 1, podemos dividir o numerador e o denominador por x -1

obtendo f(x) = 2x + 1.

Estudemos os valores da função f quando x assume valores

próximos de 1, mas diferentes de 1.

Atribuindo a x valores próximos de 1, porém menores que 1,

temos:

x 0 0,5 0,75 0,9 0,99 0,999

f(x) 1 2 2,5 2,8 2,98 2,998

x-1 -1 -0,5 -0,25 -0,1 -0,01 -0,001

f(x)-3 2 -1 -0,5 -0,2 -0,02 -0,002

Se atribuirmos a x valores próximos de 1, porém maiores que

1, temos:

x 2 1,5 1,25 1,1 1,01 1,001

f(x) 5 4 3,5 3,2 3,02 3,002

x-1 1 0,5 0,2 0,1 0,01 0,001

f(x)-3 2 1 0,5 0,2 0,02 0,002

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AC-02

170

Observemos em ambas as tabelas que, quando x se aproxima

cada vez mais de 1, f(x) aproxima-se cada vez mais de 3, isto é,

quanto mais próximo de 1 estiver x, tanto mais próximo de 3 estará

f(x).

Pelas duas tabelas vemos que:

|x- 1| = 0,1 ⇒ |f(x) -3| = 0,2

|x- 1| = 0,001 ⇒ |f(x) -3| = 0,02

|x- 1| = 0,0001 ⇒ |f(x) -3| = 0,002

Observemos que podemos tornar f(x) tão próximo de 3 quanto

desejarmos, bastando para isto tomarmos x suficientemente próximo

de 1.

Um outro modo de dizermos isto é dizer: podemos tornar o

módulo da diferença entre f(x) e 3 tão pequeno quanto desejarmos

desde que tomemos o módulo da diferença entre x e 1

suficientemente pequeno.

Dizemos, então, que o limite de f(x) é 3 quando x tende a 1

e escrevemos simbolicamente:

3)(lim1x

=→

xf

Consideremos, agora, o caso geral de uma função f definida

num intervalo aberto ao qual pertence o número real a, exceto

eventualmente em a. Se for possível tornar o módulo da diferença

entre f(x) e L tão pequeno quanto desejarmos, tomando para isso o

módulo da diferença entre x e a suficientemente pequeno,

escrevemos:

Lxfa

=→

)(limx

isto é, para fazer f(x) ficar tão próximo de L quanto

desejarmos, basta fazer x ficar suficientemente próximo de a.

É importante observamos nesta definição que nada é

mencionado sobre o valor da função quando x = a, isto é, não é

necessário que a função esteja definida em a. Assim, no exemplo

anterior, vimos que

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AC-02

171

3)1x2(lim)1x(

)1x)(1x2(lim

1x1x=+=

−−+

→→

mas )1x(

)1x)(1x2()x(f

−−+

= não está definida para x = 1.

Pode ocorrer que a função esteja

definida em a e )()(lim afxfax

≠→

Por exemplo, na função

=≠+

=15

112)(

xse

xsexxf

temos:

FIGURA 6.1- Limite

)1(3)12(lim)(lim11

fxxfxx

≠=+=→→

É importante ter sempre em mente no cálculo de )x(flim

ax→

que interessa o comportamento de f(x) quando x aproxima de a e

não o que ocorre com f quando x = a.

O leitor poderá facilmente intuir que uma função não pode

aproximar-se de dois números diferentes quando x se aproxima de a,

ou seja, o limite, quando existe, é único.

A tabela 6.1 a seguir, resume as principais propriedades

operacionais de limite (propriedades L)

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AC-02

172

TABELA 6.1- Propriedades operacionais de Limite

[ ][ ][ ][ ][ ] [ ]

)0

0()(lim)(lim.8

)0()(lim

)(lim)()(lim.7

)(lim)()(lim.6

.)(lim).(lim)().(lim.5

)(lim)(lim)()(lim.4

)(lim)(lim)()(lim.3

.)(lim.)(.lim.2

lim.1

:)(lim)(lim

*

≥∈==

≠==

==

==

−=−=−

+=+=+

==

=

==

→→

→→

→→→

→→→

→→→

→→

→→

Leímparén

seouLeNnSeLxfxfL

MM

L

xg

xfx

g

fL

LxfxfL

MLxgxfxgfL

MLxgxfxgfL

MLxgxfxgfL

LcxfcxfcL

ccL

entãoMxgeLxfSe

nn

ax

n

ax

ax

ax

ax

nn

ax

n

ax

axaxax

axaxax

axaxax

axax

ax

axax

Uma conseqüência importante das propriedades L acima é a

regra para obter o limite de uma função polinomial.

O limite de uma função polinomial para x tendendo para a é

igual ao seu valor numérico para x = a, ou seja,

n

nax

xaxaaxpapxp +++==→

...)(),()(lim 10

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AC-02

173

A seguir resumimos outros limites importantes:

[ ]

0,ln1

lim

01,,)1(lim

10,0)(limloglogloglim

10,0logloglim

10,)(limlim

10,lim

)(1sen

lim

,2

,lim

,coscoslim

,sensenlim

0

1

0

)(lim)(

)(lim)(

0

>=−

≠<−ℜ∈=+

≠<ℜ∈>===

≠<ℜ∈>=

≠<ℜ∈===

≠<ℜ∈=

=

Ζ∈+≠∀=

ℜ∈∀=

ℜ∈∀=

→→

aax

a

xxex

aaecxfcom

aaebcom

aaecxfcomaaa

aeaaa

lFundamentaricoTrigonométLimitex

x

kkatgatgx

aax

aax

x

x

x

x

bx

c

a

xf

a

xf

abx

b

a

x

abx

bx

cxf

xf

bx

bx

bx

x

ax

ax

ax

bx

bx

ππ

O leitor não precisa decorar estes resultados. A lista

acima deve servir como auxílio para o cálculo de outros limites.

Convém notar, ainda, que muitos dos limites acima são

"visualizados" diretamente no gráfico da função cujo limite está

sendo considerado.

6.2 - LIMITES LATERAIS

Lembremos que ao considerarmos )x(flim

ax→ estávamos

interessados no comportamento da função nos valores próximos de a,

isto é, nos valores de x pertencentes a um intervalo aberto

contendo a mas diferentes de a e portanto, nos valores desse

intervalo que são maiores ou menores que a.

Entretanto, o comportamento em algumas funções, quando x

está próximo de a, mas assume valores menores que a, é diferente

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AC-02

174

do comportamento da mesma função, quando x está próximo de a, mas

assume valores maiores que a.

Assim, por exemplo, na função

>−=<−

=12

10

14

)(

xsex

xse

xsex

xf

atribuindo a x valores próximos de 1, porém menores que 1,

(à esquerda de 1), temos:

x 0 0,5 0,75 0,9 0,99 0,999

f(x) 4 3,5 3,25 3,1 3,01 3,001

e atribuindo a x valores próximos de 1, porém maiores que

1, (à direita de 1), temos:

x 2 1,5 1,25 1,1 1,01 1,001

f(x) 0 -0,5 -0,75 -0,9 -0,99 -0,999

Observamos que, se x está próximo de 1, à esquerda de 1,

então os valores da função estão próximos de 3, e se x está

próximo de 1, à direita, então os valores da função estão próximos

de -1.

Em casos como este, onde supomos x assumindo valores

próximos de 1, mas somente à esquerda ou somente à direita de 1,

consideramos os limites laterais pela esquerda ou pela direita de

1. Escrevemos, então:

dax

Lxf =+→

)(lim (limite à direita)

eax

Lxf =−→

)(lim (limite à esquerda)

Mais genericamente, se f é uma função definida em um

intervalo aberto ]a,b[, denotamos o limite de f(x), quando x tende

para a pela direita, por )x(flim

ax +→ e limite de f(x) , quando x

tende para a pela esquerda, por )x(flim

ax −→ .

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AC-02

175

As propriedades de limites (propriedades L) e as demais

propriedades de limite vistas até agora são válidas se

substituirmos "x → a” por “x → a+" ou por "x → a-“ Exemplo:

Na função definida por

>−=−<−

=13

11

14

)(

2

xsex

xse

xsex

xf

temos:

3)4(lim)(lim

2)3(lim)(lim

2

11

11

−=−=

=−=

−−

++

→→

→→

xxf

e

xxf

xx

xx

No exemplo acima, dizemos que )x(flim

1x→ não existe porque

os limites laterais são diferentes.

De um modo geral, dizemos que o limite de uma função num

ponto existe se e somente se existirem os limites laterais neste

ponto e eles forem iguais.

6.3 - LIMITES INFINITOS

Seja a função por 2)1(

1)(

−=

xxf para todo x real e x ≠ 1

(Fig. 6.2a) .Atribuindo a x valores próximos de 1, à esquerda de

1, temos:

x 0 0,5 0,75 0,9 0,99 0,999

f(x) 1 4 16 100 10000 1000000

e atribuindo a x valores próximos de 1, à direita de 1., temos:

x 2 1,5 1,25 1,1 1,01 1,001

f(x) 1 4 16 100 10000 1000000

Observamos nas duas tabelas que os valores da função são

cada vez maiores, na medida em que x se aproxima de 1. Em outras

palavras, podemos tornar f(x) tão grande quanto desejarmos, isto

é, maior que qualquer número positivo, tomando valores para x

bastante próximos de 1 e escrevemos:

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AC-02

176

∞+=−→ 21x )1x(

1lim

Onde o símbolo “+∞” lê-se “mais infinito” ou “infinito

positivo”.

Tomemos agora a função g como sendo o oposto da função f,

isso é, 2)1(

1)()(

−−

=−=x

xfxg definida para todo x real e x ≠ 1. (fig.

6.2b).

FIGURA 6.2 – Limites Infinitos

Os valores da função g são opostos dos valores da função f.

Assim, para a função g, quando x se aproxima de 1, os valores g(x)

decrescem ilimitadamente. Em outras palavras, podemos tornar os

valores g(x) tanto menores quanto desejarmos, isto é, menores que

qualquer número negativo, tomando valores de x bastante próximos

de 1 e escrevemos:

∞−=−−

→ 21x )1x(

1lim

O símbolo “-∞” lê-se “menos infinito” ou “infinito

negativo”.

Consideremos agora a função h definida por 2

)1(

1)(

−=

xxh para

todo x real e x ≠ 1.

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AC-02

177

Atribuindo a x valores próximos de 1, porém menores que 1,

temos:

x 0 0,5 0,75 0,9 0,99 0,999

f(x) -1 -2 -4 -10 -100 -1000

Atribuindo a x valores próximos de 1, porém menores que 1,

temos:

x 2 1,5 1,25 1,1 1,01 1,001

f(x) 1 2 4 10 100 1000

Observemos que se x assume valores próximos de 1, à

esquerda de 1, os valores da função decrescem ilimitadamente e se

x assume valores próximos de 1, à direita de 1, então os valores

da função crescem ilimitadamente. Estamos considerando os limites

laterais que são "infinitos" e escrevemos:

∞−=−−→ 2

1x )1x(

1lim e ∞+=

−+→ 21x )1x(

1lim

FIGURA 6.3 - Limites Laterais Infinitos

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AC-02

178

Seja, agora, o caso geral de uma função f definida num

intervalo aberto que contém a, exceto eventualmente em a. Os três

casos de limite acima definidos são simbolicamente escritos:

1) +∞=→

)(lim xfax

2) −∞=→

)(lim xfax

3) −∞=+→

)(lim xfax

e +∞=−→

)(lim xfax

Os símbolos "+∞" e "-∞" não representam nenhum número

real, mas indicam o que ocorre com a função quando x se aproxima

de a.

É interessante notar que se f e g funções tais que

0)(lim ≠=→

cxfax

e 0)(lim =→

xgax

, então:

1) 0)(

)(

)(

)(lim >+∞=

→ xg

xfse

xg

xf

ax quando x está próximo de a;

2) 0)(

)(

)(

)(<−∞=

→ xg

xfse

xg

xfiml

ax quando x está próximo de a;

Recomendamos ao leitor que releia os exemplos de limites

infinitos inicialmente apresentados, agora sob esse novo enfoque.

Para os limites infinitos valem as propriedades resumidas

na Tabela 6.2 (pág. 10), lembrando que as proposições permanecerão

válidas se substituirmos o símbolo "x → a" por "x → a+" ou "x →

a-"

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AC-02

179

TABELA 6.2 – Limites Infinitos

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AC-02

180

Não podemos estabelecer uma lei para os seguintes casos:

6.4 - LIMITES NO INFINITO

Seja a função f definida por x

xxf

2)(

+= para todo x real e

0≠x (Fig. 6.4} .Atribuindo a x os valores 1,5, 10, 100, 1000,

l0000 e assim por diante, de tal forma que x cresça

ilimitadamente, temos:

x 1 5 10 100 1000 10000

f(x) 3 1,4 1,2 1,02 1,002 1,0002

Observamos que, à medida que x cresce através de valores

positivos, os valores da função f se aproximam cada vez mais de 1,

isto é, podemos tornar f(x} tão próximo de 1 quanto desejarmos, se

atribuirmos para x valores cada vez maiores.

Escrevemos, então:

12

lim =+

+∞→ x

x

x

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AC-02

181

FIGURA 6.4 – Limites no Infinito

Consideremos novamente a função x

xxf

2)(

+= .

Atribuindo a x os valores -1, -5, -10, -100, -1000, -10000

e assim por diante, de tal forma que x decresça ilimitadamente,

temos:

x -1 -5 -10 -100 -1000 -10000

f(x) -1 0,6 0,8 0,98 0,998 0,9998

Observamos que, à medida que x decresce através de valores

negativos, os valores da função se aproximam cada mais de 1, isto

é, podemos tornar f(x) tão próximo de 1 quanto desejarmos, se

atribuirmos a x valores cada vez menores. Escrevemos, então:

12

lim =+

−∞→ x

x

x

Seja a função f(x) = x2, definida para todo x real (Fig.

6.4).

Atribuindo a x os valores 1, 5, 10, 100, 1000 e assim

sucessivamente, de tal forma que x cresça ilimitadamente, temos:

x 1 5 10 100 1000

f(x) 1 25 100 1000 10000

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AC-02

182

FIGURA 6.5 - Limites Infinitos no Infinito

Observamos que, à medida que x cresce através de valores

positivos, os valores da função também crescem, e ilimitadamente.

Em outras palavras, dizemos que podemos tornar f(x) tão grande

quanto desejarmos, isto é, maior que qualquer número positivo,

tomando para x valores suficientemente grandes e escrevemos:

∞+=+∞→

f(x) limx

Se agora atribuirmos a x os valores -1, -5, -10, -100, -

1000 e assim sucessivamente, de tal forma que x decresça

ilimitadamente, temos:

x -1 -5 -10 -100 -1000

f(x) 1 25 100 1000 10000

Observamos que, à medida que x decresce através de ,valores

negativos, os valores da função crescem e ilimitadamente. Em

outras palavras, dizemos que podemos tornar f(x) tão grande quanto

desejarmos, isto é, maior que qualquer número positivo, tomando

para x valores negativos cujos módulos sejam suficientemente

grandes e escrevemos:

∞+=+∞→

f(x) limx

Para uma função genérica f(x), definida em um intervalo

aberto ]a,+∞[, escrevemos simbolicamente:

Lxfx

=∞+→

)(lim se f(x) se aproxima de L quando x cresce

ilimitadamente (ou "tende para infinito positivo")

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AC-02

183

+∞=∞+→

)(lim xfx

se f(x) cresce ilimitadamente quando x cresce

ilimitadamente

−∞=∞+→

)(lim xfx

se f(x) decresce ilimitadamente quando x

cresce sem limites.

Analogamente, para f(x) definida em um intervalo aberto

[,] a∞− definimos:

Lxfx

=∞−→

)(lim ; −∞=∞−→

)(lim xfx

e +∞=∞−→

)(lim xfx

Para os limites no infinito, valem as seguintes

propriedades da Tabela 6.3 (lembrando que as proposições continuam

verdadeiras se trocarmos o símbolo "x → +∞" por "x → - ∞"

TABELA 6.3 – Limites no Infinito

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AC-02

184

Não podemos estabelecer uma lei para os seguintes casos:

NOTA: Símbolos do tipo ,,,0

0∞−∞+

∞∞

, são chamados de formas

indeterminadas ou de símbolos de indeterminação. Seu estudo merece

um capítulo a parte, mas o exemplo abaixo tornará mais claro seu

significado:

Sejam 23)( 3 −−= xxxf e 27)( 23 +−+= xxxxg

Temos 0)(lim2

=→

xfx

e 0)(lim2

=→

xgx

. Para calcular )(

)(lim

xg

xf podemos

usar o dispositivo prático de Briot-Ruffini.

Obtemos

19

9

1x3x

1x2xlim

)1x3x)(2x(

)1x2x)(2x(lim

)x(g

)x(flim

2

2

2x2

2

2x2x==

−+++

=−+−++−

=→→→

Vemos que f(x) e g(x) tornam-se, para x → 2, cada vez mais

próximos de zero, porém, o quociente tende para o valor 1.

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AC-02

185

X 3 2,5 2,25 2,1 2,01 2,001

f(x) 16 6,125 2,6406 0,961 0,0906 0,0090

g(x) 17 6,375 2,7031 0,971 0,0907 0,0090

f(x)/g(x) 0,941 0,961 0,977 0,990 0,999 1,000*

(*) A diferença está na quarta.casa decimal.

Ainda outro exemplo:

Sejam 34)( xxf = e 32)( xxg = . Temos +∞=+∞→

)(lim xfx

e +∞=+∞→

)(lim xgx

Todavia, 22

4lim

)(

)(lim

3

3

==∞→∞→ x

x

xg

xf

xx

Vemos que, embora f(x) e g(x) cresçam ilimitadamente quando

x → +∞, o quociente tende para o valor 2.

X 1 5 10 100 1000 10000

f(x) 4 500 4000 4x106 4x109 4x1012

g(x) 2 250 2000 2x106 2x109 4x1012

f(x)/g(x) 2 2 2 2 2 2

Para os limites no infinito, valem ainda os seguintes

resultados:

0b,xb...xbxbb)x(q

e0a,xa...xaxaa)x(pcom

xb

alim

)x(q

)x(plimex

b

alim

)x(q

)x(plim

0a,xa...xaxaa)x(pcom

)xa(lim)x(plime)xa(lim)x(plim

0xlimxlim

imparénse

parénsexlimexlim

cclimclim

mm

m2

210

nn

n2

210

mn

m

n

xx

mn

m

n

xx

nn

n2

210

nn

xx

nn

xx

n

1

x

n

1

x

n

x

n

x

xx

≠++++=

≠++++=

=

=

≠++++=

==

==

∞−∞+

=+∞=

==

−∞→−∞→

+∞→+∞→

−∞→−∞→+∞→+∞→

−∞→+∞→

−∞→+∞→

−∞→+∞→

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AC-02

186

( ) ( )( ) ( )

0xou1x/x,ex

11lim

x

11lim

1a0ealoglimeloglim

1aealoglimeloglim

1a0ea,alime0alim

1aea,0alimealim

x

x

x

x

xa

0x

xa

x

xa

0x

xa

x

x

x

x

x

x

x

x

x

>−<ℜ∈=

+=

+

<<ℜ∈+∞=−∞=

>ℜ∈−∞=+∞=

<<ℜ∈+∞==

>ℜ∈=+∞=

−∞→+∞→

→+∞→

→+∞→

−∞→+∞→

−∞→+∞→

+

+

Exemplos:

1) Calcule os seguintes limites:

a) )253(lim 2

2+−

→xx

x

b) 34

)32(lim

2

1 −−+

−→ x

xx

x

c)

22

1 23

12lim

−+−

→ x

xx

x

d) 32

23

2 34

232lim

+++−+

−→ xx

xxx

x

Solução

a) Pelo teorema da função polinomial , vem:

422.52.3)253(lim 22

2=+−=+−

→xx

x

b) 7

4

7

4

)3x4(lim

)3x2x(lim

3x4

3x2xlim

1x

2

1x)7L(2

1x=

−−

=−

−+=

−−+

−→

−→

−→

c) 42)23(lim

)12(lim

23

12lim

23

12lim 2

1

2

1)7(

22

1

)6(2

2

1==

+−=

−+−

=

−+−

→→ x

xx

x

xx

x

xx

x

xL

x

L

x

d)

28

)34(lim

)232(lim

34

232lim

34

232lim

3

32

2

23

2)7(

32

23

2

)8(

32

23

2

−=−

=++

+−+=

+++−+

=++

+−+

−→

−→

−→−→ xx

xxx

xx

xxx

xx

xxx

x

xL

x

L

x

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AC-02

187

2) Calcular x2x

4xlim

2

2

2x −−

Solução

Temos 0)4x(lim 2

2x=−

→ e 0)x2x(lim 2

2x=−

→ e nada podemos concluir

ainda sobre o limite procurado.

Os polinômios )4( 2 −x e )2( 2 xx − anulam-se para x = 2, portanto, pelo

teorema de D’Alembert, são divisíveis por x – 2, isto é:

x

2x

)2x(x

)2x)(2x(

x2x

4x2

2 +=

−−+

=−

Considerando que no cálculo do limite de uma função, quando x

tende a a, interessa o comportamento da função quando x se

aproxima de a e não o que ocorre com a função quando x = a,

concluímos:

2x

2xlim

x2x

4xlim

2x2

2

2x=

+=

−−

→→

3) Seja a função f definida por

=

≠−

+−

=1xse3

1xse1x

2x3x

)x(f

2

Calcular )(lim1

xfx→

.

Solução

Como no cálculo do limite de uma função, quando x tende a a,

interessa o comportamento da função quando x se aproxima de a e

não o que ocorre com a função quando x = a, temos:

1)2x(lim)1x(

)2x)(1x(lim

1x

2x3xlim)x(flim

1x1x

2

1x1x−=−=

−−−

=−

+−=

→→→→

4) Calcular 1x3x2

2xx4x3lim

23

23

1x +−+−−

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AC-02

188

Solução

Temos 0)243(lim 23

1=+−−

→xxx

x e 0)132(lim 23

1=+−

→xx

x

Efetuando as divisões de 243 23 +−− xxx e 132 23 +− xx por x – 1,

temos:

12

23

)12)(1(

)23)(1(

132

2432

2

2

2

23

23

−−−−

=−−−−−−

=+−

+−−xx

xx

xxx

xxx

xx

xxx

então:

12

23lim

132

243lim

2

2

123

23

1 −−−−

=+−

+−−→→ xx

xx

xx

xxx

xx

mas

0)23(lim 2

1=−−

→xx

x e 0)12(lim 2

1=−−

→xx

x

então

3

5

12

23lim

)12)(1(

)23)(1(lim

12

23lim

112

2

1=

++

=+−+−

=−−−−

→→→ x

x

xx

xx

xx

xx

xxx

5) Calcular 353

142lim

23

23

1 −+−+−+

→ xxx

xxx

x

Solução

Temos 0)142(lim 23

1=+−+

→xxx

x e 0)353(lim 23

1=−+−

→xxx

x

Os polinômios )142( 23 +−+ xxx e )353( 23 −+− xxx anulam-se para 1=x ,

portanto, pelo teorema de D’Alembert, são divisíveis por )1( −x ,

isto é, 1−x é um fator comum em )142( 23 +−+ xxx e )353( 23 −+− xxx .

Efetuando as divisões de )142( 23 +−+ xxx e )353( 23 −+− xxx por 1−x ,

obtemos:

)32(

)132(

)32)(1(

)132)(1(

353

1422

2

2

2

23

23

+−−+

=+−−−+−

=−+−+−+

xx

xx

xxx

xxx

xxx

xxx

Então

232

132lim

353

142lim

2

2

123

23

1=

+−−+

=−+−+−+

→→ xx

xx

xxx

xxx

xx

6) Calcular 3

21lim

3 −−+

→ x

x

x

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AC-02

189

Solução

Como 021lim3

=−+→

xx

e 0)3(lim3

=−→

xx

, não podemos aplicar a propriedade

L7 (limite do quociente). Multiplicando o numerador e o

denominador da fração pelo “conjugado” do numerador, temos:

)21(

1

)21)(3(

)3(

)21)(3(

)21)(21(

3

21

++=

++−−

=++−

++−+=

−−+

xxx

x

xx

xx

x

x

e, então

4

1

21

1lim

3

21lim

33=

++=

−−+

→→ xx

x

xx

7) Calcular 15x3

2x32x −−

−→

lim .

Solução

Notemos: )(lim 2x2x

−→

= 0 e )(lim 15x332x

−−→

= 0

Lembrando da identidade a3 – b3 = (a – b) (a2 + ab + b2),

vamos multiplicar o numerador e o denominador por [( 5x33 − )2 +

5x33 − + 1].

15x3

2x3 −−

− =

])()[()(

])[()(

15x35x315x3

15x35x32x

3233

323

+−+−−−

+−+−− =

= )(

])[()(

2x3

15x35x32x 323

−+−+−−

= 3

15x35x3 323 +−+− )(

e então

15x3

2x32x −−

−→

lim = 2x→

lim3

15x35x3 323 +−+− )( = 1

8) Calcular 31x4

22x3

2x −+

−−→

lim

Solução

Como 22x32x

−−→

lim = 0 e 31x42x

−+→

lim = 0, multiplicamos

o numerador e denominador pelo “conjugado” do numerador e também

pelo “conjugado” do denominador.

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AC-02

190

31x4

22x3

−+

−− =

)(.)(.)(

)(.)(.)(

22x331x431x4

31x422x322x3

+−++−+

+++−−− =

= )(.)(

)(.)(

22x32x4

31x42x33

+−−

++− =

)(

)(

22x34

31x43

+−

++

e então

31x4

22x3

2x −+

−−→

lim = 2x→

lim)(

)(

22x34

31x43

+−

++ =

8

9

9) Calcule:

a) 21x 1x

2x3

)(lim

−+

b) 22x 2x

x1

)(lim

−−

Solução

a) Como 1x→

lim (3x + 2) = 5 e 1x→

lim (x – 1)2 = 0, estudemos o

sinal de 21x

2x3

xg

xf

)()(

)(

−+

= quando x está próximo de 1

-2/3 1 x

sinal de

f(x) 3x + 2 - 0 + +

sinal de

g(x) (x – 1)2 + + 0 -

sinal de

21x

2x3

xg

xf

)()(

)(

−+

= - 0 + -

Notemos que 21x

2x3

xg

xf

)()(

)(

−+

= > 0 quando x está próximo de 1,

então:

1x→lim

21x

2x3

)( −

+ = + ∞

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AC-02

191

b) Como 2x→

lim (1 – x) = -1 e 2x→

lim (x – 2)2 = 0, estudemos o

sinal de 22x

x1

xg

xf

)()(

)(

−=

1 2

sinal de

f(x) = 1 - x + 0 - -

sinal de

g(x) = (x – 2)2 + + 0 +

sinal de

22x

x1

xg

xf

)()(

)(

−=

+ 0 - -

Notemos que 22x

x1

xg

xf

)()(

)(

−= < 0 quando x está próximo de 2,

então 22x 2x

x1

)(lim

−−

→ = - ∞

10) Calcule

a) 1x

1x2

1x −+

−→lim

b) 1x

1x2

1x −+

+→lim

Solução

Como )(lim 1x21x

+−→

= )(lim 1x21x

++→

= 3 e )(lim 1x1x

−−→

= )(lim 1x1x

−+→

= 0,

estudemos o sinal de 1x

1x2

xg

xf

−+

=)(

)( quando x está próximo de 1.

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AC-02

192

-1/2 1

sinal de

f(x) = 2x + 1 - 0 + +

sinal de

g(x) = x - 1 - - 0 +

sinal de

1x

1x2

xg

xf

−+

=)(

)(

+ 0 - +

Notemos que 1x

1x2

xg

xf

−+

=)(

)( < 0 quando x está próximo de 1, à

esquerda, então 1x

1x2

1x −+

−→lim = - ∞ e

1x

1x2

xg

xf

−+

=)(

)( > 0 quando x está próximo de 1, à direita,

então, 1x

1x2

1x −+

+→lim = + ∞

Observemos que não tem significado falarmos em 1x

1x2

1x −+

→lim ,

pois 1x

1x2

1x −+

−→lim = - ∞ e

1x

1x2

1x −+

+→lim = + ∞.

11) f(x) = x2 – 1 g(x) = (x – 1)2

Temos )(lim)(lim xg0xf1x1x →→

== , mas 2

2

1x1x 1x

1x

xg

xf

)(lim

)(

)(lim

−−

=→→

= ∞

12) Encontre:

a) x

x2senlim

0x→

b) x5sen

x3senlim

0x→

c) 20x x

xcos1lim

−→

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AC-02

193

Solução

a) x

x2senlim

0x→ = )

x

x2sen.2(lim

0x→ = 2 . 1

b) x5sen

x3senlim

0x→ = )

x5sen

X5.

X3

x3sen.

5

3(lim

0x→ =

5

31.1.

5

3=

c) 20x x

xcos1lim

−→

= =+

+−→ )xcos1(.x

)xcos1()xcos1(lim

20x

= )xcos1

1.

x

)xsen((lim

2

2

0x +→ =

2

1

13) Encontre:

ax

asenxsenlim

ax −−

Solução

Da trigonometria, temos:

sen x – sen a = 2 sen 2

axcos.

2

ax +−

então

ax

asenxsenlim

ax −−

→ =

ax2

axcos.

2

axsen2

limax −

+−

→ =

= )2

axcos.

2

ax2

axsen

(limax

+−

→ = 1 . cos a = cos a

14) Calcular

a) x2

x)x

11(lim +

∞+→

b) x

x)x

31(lim +

∞−→

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AC-02

194

Solução

a) x2

x)x

11(lim +

∞+→ = 2x

x])

x

11[(lim +

∞+→ = e2

b) Fazendo w = 3

x, temos:

x

x)x

31(lim +

∞−→ = w3

w)w

11(lim +

∞−→ = 3w

w])

w

11[(lim +

∞−→ = e3

15) Calcular: x

x)

1x

1x(lim

−+

∞+→

Solução

x

x)

1x

1x(lim

−+

∞+→ = x

x)

x

1xx

1x

(lim −

+

∞+→ =

x

x

x )x

11(

)x

11(

lim

+

∞+→ =

x

x

x

)x

11(

)x

11(lim

++∞→ =

=

e

1

e = e2

16) Encontre

a) )3x7x4(lim 2

x+−

+∞→

b) )3x5x2x3(lim 23

x+−+−

+∞→

c) )2x3x4x5(lim 23

x+−−

−∞→

d) )4x5x2x7x3(lim 234

x−−+−

−∞→

Solução

a) )3x7x4(lim 2

x+−

+∞→ = )x4(lim 2

x +∞→ = +∞

b) )3x5x2x3(lim 23

x+−+−

+∞→ = )x3(lim 3

x−

+∞→ = -∞

c) )2x3x4x5(lim 23

x+−−

−∞→ = )x5(lim 3

x −∞→ = -∞

d) )4x5x2x7x3(lim 234

x−−+−

−∞→ = )x3(lim 4

x −∞→ = +∞

17) Encontre:

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AC-02

195

a) 1x5

2x3limx −

++∞→

b) 3x2

x45limx −

−−∞→

c) 2x3

3x4x5lim

2

x ++−

−∞→

d) 2x5x3

1x4lim

2x −+−

−∞→

Solução

a) 1x5

2x3limx −

++∞→

= x5

x3limx +∞→

= 5

3limx +∞→

= 5

3

b) 3x2

x45limx −

−−∞→

= x2

x4limx −∞→

= )2(limx

−−∞→

= -2

c) 2x3

3x4x5lim

2

x ++−

−∞→ =

x3

x5lim

2

x −∞→ =

3

x5limx −∞→

= +∞

d) 2x5x3

1x4lim

2x −+−

−∞→ =

2x x3

x4lim

−∞→ =

x3

4limx −∞→

= 0

18) Encontre

)x2x3x(lim 2

x−++

+∞→

Solução

Observemos que

2x3xlim 2

x++

+∞→ = +∞ e )x(lim

x +∞→ = +∞, mas carece de

significado o símbolo (+∞) - (+∞)

Para obtermos o limite procurado, multiplicamos e dividimos

)x2x3x( 2 −++ por )x2x3x( 2 +++ . Assim, temos:

)x2x3x( 2 −++ = )x2x3x(

)x2x3x()x2x3x(

2

22

+++

+++−++ =

= x2x3x

2x3

2 +++

+

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AC-02

196

Notemos que ∞+=++∞→

)(lim 2x3x

, )(lim x2x3x2x

++++∞→

= +∞ e o

símbolo ∞+∞+ não tem significado. Fazemos então:

x2x3x2 −++ =

1x

2

x

31x

x

23x

2+++

+

(

)(

=

1x

2

x

31

x

23

2+++

+ )(

portanto

)x2x3x(lim 2

x−++

+∞→ =

1x

2

x

31

x

23

2

x+++

+

+∞→

)(

lim = 2

3

19) Encontre

a) 1

22lim

2

++−

+∞→ x

xx

x b)

1

22lim

2

++−

−∞→ x

xx

x

Solução

Observemos que

+∞=+−=+−−∞→+∞→

22lim22lim 22 xxxxxx

, +∞=++∞→

)1(lim xx

,

−∞=+−∞→

)1(lim xx

e não têm significado os símbolos ∞+∞+ e

∞−∞+.

Notemos que

)1

1(

221.||

1

)22

1(

1

22 22

2

2

xx

xxx

x

xxx

x

xx

+

+−=

+

+−=

++−

Portanto:

11

1

221

lim

)1

1(

221.

lim1

22lim

222

=+

+−=

+

+−=

++−

+∞→+∞→+∞→

x

xx

xx

xxx

x

xx

xxx

e 11

1

221

lim

)1

1(

221.

lim1

22lim

222

−=+

+−−=

+

+−−=

++−

−∞→−∞→−∞→

x

xx

xx

xxx

x

xx

xxx

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AC-02

197

20) Calcule 1

52lim

3

2

−+

+∞→ x

x

x

Solução

Sejam 52)( 2 += xxf e 1)( 3 −= xxg . Temos:

+∞=+∞→

)(lim xfx

e +∞=+∞→

)(lim xgx

, mas

01

1

52

lim1

1

52

lim1

52lim

)(

)(lim

3

2

3

3

2

2

3

2

=

+

+=

+

+=

−+

=+∞→+∞→+∞→+∞→

xx

x

xx

xx

x

x

xg

xf

xxxx

21. Calcule 2

4

limx

x

x +∞→

Solução

4)( xxf = , 2)( xxg = )(lim)(lim xgxfxx +∞→+∞→

=+∞=

Porém,

+∞===+∞→+∞→+∞→

2

2

4

limlim)(

)(lim x

x

x

xg

xf

xxx

7 - CONTINUIDADE

7.1 - NOÇÃO DE CONTINUIDADE

7.1.1 - Definição

Seja f uma função definida em um intervalo aberto I e a um

elemento de I. Dizemos que f é continua em a, se. )()(lim afxfax

=→

.

Notemos que para falarmos em continuidade de uma função em

um ponto é necessário que este ponto pertença ao domínio da

função.

Da definição, decorre que se f é contínua em a então as

três condições deverão estar satisfeitas:

1 - existe )a(f

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AC-02

198

2 - existe )x(flimax→

3 - )a(f)x(flimax

=→

7.1.2 - Definição

Seja f uma função definida em um intervalo aberto I e a um

elemento de I. Dizemos que f é descontínua em a se f não for

contínua em a.

Observemos também que para falarmos em descontinuidade de

uma função em um ponto é necessário que esse ponto pertença ao

domínio da função.

Da definição decorre que, se f é descontínua em a, então as

duas condições abaixo deverão estar satisfeitas:

1 - existe f(a)

2 - não existe )x(flimax→

ou )a(f)x(flimax

≠→

7.1.3 - Definição

Dizemos que uma função f é contínua em um intervalo aberto

se f for contínua em todos os pontos desse intervalo.

7.1.4 - Definição

Seja a um ponto do domínio da função f.

Dizemos que f é contínua à direita de a se )a(f)x(flimax

=+→

e dizemos que f é contínua à esquerda de a se )a(f)x(flimax

=−→

.

7.1.5 - Definição

Dizemos que uma função f é contínua em um intervalo fechado

[a,b] se f for contínua no intervalo aberto ]a,b[ e se também for

contínua em a à esquerda, e em b, à direita.

Exemplos:

1 - A função f(x) = 2x + 1 definida em R é contínua em 1,

pois )x(flim1x→ = )1x2(lim

1x+

→ = 3 = f(l) (ver Fig. 7.1a)

Notemos que f é contínua em R, pois para todo a ∈ R, temos

)a(f1a2)1x2(lim)x(flimaxax

=+=+=→→

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AC-02

199

2 - A função

=−≠+

=1xsex1

1xse1x2)x(f

definida em R é descontínua em 1, pois

)1(f43)1x2(lim)x(flim1x1x

=≠=+=→→

(Fig. 7.1b)

Observemos que f é contínua em R -{1} pois para todo a ∈ R

-{1}, temos:

)a(f1a2)1x2(lim)x(flimaxax

=+=+=→→

3 - A função

>−≤+

=1xsex1

1xse1x)x(f

definida em ℜ é descontínua em 1, pois

2)1x(lim)x(flim1x1x

=+=−− →→

0)x1(lim)x(flim1x1x

=−=++ →→

(Fig. 7.1c)

portanto, não existe )x(flim1x→

Observemos que f é continua em R -{1} pois para todo a ∈ R

-{1}, temos:

se a > 1, então )a(fa1)x1(lim)x(flimaxax

=−=−=→→

se a < 1, então )a(f1a)x1(lim)x(flimaxax

=+=+=→→

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AC-02

200

FIGURA 7.1- continuidade

4 - Na função x

|x|)x(f = definida em R* (Fig. 7.2a) não

podemos afirmar que f é descontínua em x = O, pois x = 0 não

pertence ao domínio da função.

Observemos que

<−>

==0xse1

0xse1

x

|x|)x(f

é continua em R* pois, para todo a ∈ R*, temos:

se a > O, então )a(f11lim)x(flimaxax

===→→

se a < 0, então )a(f1)1(lim)x(flimaxax

=−=−=→→

5 - Na função 1x

1x)x(f

2

−−

= definida em R -{1} (Fig. 7.2b)

não podemos afirmar que f é descontínua em x = 1, pois x = 1 não

pertence ao domínio da função.

Notemos que f é continua em R -{1} pois, para todo a ∈ R -

{1}, temos:

)a(f1a)1x(lim1x

1xlim)x(flim

ax

2

axax=+=+=

−−

=→→→

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AC-02

201

FIGURA 7.2- continuidade

6 - Os resultados de limite apresentados para as funções

constante, polinomial de grau n, seno, cosseno, tangente

exponencial e logarítmica, mostram que essas funções são contínuas

em seus respectivos domínios.

7.2 - PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES CONTÍNUAS

C1 -Se f e g são funções contínuas num intervalo I, então

são contínuas as funções f+g, f-g, f.g e f/g, neste último caso,

desde que g(a) ≠ 0, a ∈ I.

C2 -Se a função g é contínua num intervalo I e a função f é

contínua em g(a), ∀ a ∈ I então a função composta fog é contínua

em I.

EXEMPLOS:

1. Verificar se a função definida por

≥−<−

=227

21)(

2

xsex

xsexxf

é contínua em 2x =

Solução

Devemos verificar se )2(f)x(flim2x

=→

a) f(2)=7-2.2=3

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AC-02

202

b) 3)1x(lim)x(flim 2

2x2x=−=

−− →→

3)x27(lim)x(flim2x2x

=−=+→+→

então )2(f3)x(flim2x

==→

logo f é contínua em 2=x

2. Calcular 1x

1xlim

2

0x ++

Solução

Como 1

1)(

2

++

=x

xxf é contínua para 1−≠x segue que

110

10)0(

1

1lim

22

0=

++

==++

→f

x

x

x

3. Calcular limite xcos2

xcosx2senlimx

+π→

Solução

Como x

xxxf

cos2

cos2sen)(

+= é contínua para ππ

kx +≠2

, com Ζ∈k ,

segue que

2

1

)1.(2

10

cos2

cos2sen

xcos2

xcosx2senlimx

=−

−=

ππ+π

=+

π→

3. Calcular 1x

1xlim

2

1x −−

Solução

Como para 1≠x temos

)(1)1(

)1)(1(

1

1)(

2

xgxx

xx

x

xxf =+=

−+−

=−−

=

e g é contínua, segue que

2)1()1(lim1

1lim

1

2

1==+=

−−

→→gx

x

x

xx

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AC-02

203

5.Calcular 34

35

0 83

28lim

xx

xx

x +−

Solução

Para 0≠x , tem-se

)x(g8x3

2x8

)8x3(x/

)2x8(x/

x8x3

x2x8)x(f

2

3

23

34

35

=+−

=+−

=+−

=

Logo, como g é contínua para 38−≠x

4

1

8

2

8x3

2x8lim

x8x3

x2x8lim

2

0x34

35

0x−=−=

+−

=+−

→→

6. Calcular 2

2lim

2 −−

→ x

x

x

Solução

Temos, para 2≠x ,

)x(g2x

1

)2x)(2x(

2x

2x

2x)x(f =

+=

+−−

=−−

=

Logo, como g é contínua,

22

1)2(g

2x

1lim

2x

2xlim

2x2x==

+=

−−

→→

7. Calcular: 5x

5xlim

33

5x −−

Solução

Temos, para 5≠x ,

)(55.

1

)55.)(5(

5

5

5)(

3 2333 23 2333 233

3333

xgxxxxx

x

x

xxf =

++=

++−

−=

−−

=

Como g é contínua, segue que

33333 25x

33

5x 253

1)5(g

255.xx

1lim

5x

5xlim ==

++=

−−

→→

8. Calcular 36

xx8xlim −−

+∞→

Solução

Para todo x podemos escrever

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AC-02

204

3636

6636

8

8

8

88)(

xxxx

xxxxxf

+−

−=

+−

−−=−−=

Logo,

0x8x

8lim)x(flim

36xx=

+−

−=

+∞→+∞→

8 - DERIVADAS

8.1 - INTRODUÇÃO - VELOCIDADE INSTANTÂNEA

Consideremos o problema de determinar a cada instante, a

velocidade de uma partícula que se move sobre um linha reta,

dispondo de uma trena e um cronômetro.

Vamos estabelecer um sistema de coordenada escolhendo um

ponto de referência sobre a linha como a origem O. Todo outro

ponto da linha será associado a um número x que indica a distância

do ponto à origem (abscissa). O valor de x depende da unidade

escolhida para medir a distância. Escolheremos o metro.O sinal de

x depende da sua posição relativa à origem O; é positivo quando x

está à direita, e negativo, no caso de x estar à esquerda.

Admita que a nossa partícula está na posição x1 no instante

t1 no ponto x2 no instante t2. Imaginemos que a posição seja

determinada em vários outros instantes de tempo ao longo da

trajetória.

Construamos a tabela 8.1 de dados que se segue tomados

deste movimento ao longo do eixo Ox. As quatro primeiras colunas

são constituídas de dados experimentais. Os símbolos s referem à

Figura 8.1, na qual a partícula está se deslocando da esquerda

para a direita, isto é, no sentido positivo do eixo Ox. ,

partícula estava na posição x1 (100 m da origem), no instante t1

(1,00 s) e na posição x2 no instante t2. Ao considerar diferentes

valores para x2 e os correspondentes diferentes instantes t2

encontraremos os valores tabelados a seguir.

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AC-02

205

Figura 1 - Movimento na Reta.

TABELA 8.1 - Velocidade Instantânea

x2-x1 t2-t1 ∆ x/ ∆ xt x1(m) t1(s) x2(m) t2(s)

= ∆ x(m) = ∆ t(s) (m/s)

100,0 1,00 200,0 11,00 100,0 10,00 10,0

100,0 1,00 180,0 9,60 80,00 8,60 10,0

100,0 1,00 160,0 7,90 60,00 6,90 10,0

100,0 1,00 140,0 5,90 40,00 4,90 10,0

100,0 1,00 120,0 3,56 20,00 2,56 10,0

100,0 1,00 110,0 2,33 10,00 1,33 10,0

100,0 1,00 105,0 1,69 5,0 0,69 10,0

100,0 1,00 103,0 1,42 3,0 0,42 7,1

100,0 1,00 101,0 1,14 1,0 0,14 7,1

Fica claro, através da tabela, que à medida que tomamos

valores de x2 mais próximo de x1, ∆t se aproxima de zero e a

relação ∆x/∆t tende para o valor aparente da velocidade no

instante t1 que é igual a 7,1 m/s. Escrevemos então:

A modificação da posição da partícula, x2 - x1 é denominada

o deslocamento da partícula. É comum utilizar a letra grega ∆

(delta maiúsculo) para indicar modificação numa grandeza. Assim, a

modificação de x é escrita como ∆x. A notação ∆x (leia "delta x")

indica uma única grandeza; a modificação de x não é produto de ∆

por x, da mesma forma que cos x não é o produto de cos por x. ∆t é

o intervalo de tempo gasto para a partícula se deslocar de x1 a x2

e é t2 – t1.

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AC-02

206

Suponhamos, agora, o movimento de uma segunda partícula. Ao

invés de construir uma tabela, vamos plotar o gráfico da função

x(t). Os pontos determinados diretamente são ligados por uma curva

suave, de modo a se obter a curva da Figura 8.2a.

A velocidade média da partícula é definida como o

quociente do deslocamento ∆x pelo intervalo de tempo ∆t

12

12

mtt

xx

t

xV

−=∆∆

=

Observe que não só o deslocamento, mas também velocidade

média, podem ser positivos ou negativos, de acordo com o fato de

ser x2 maior ou menor que x1 (admitindo ser ∆t positivo) .Quando

qualquer das grandezas é positiva, o movimento se dá para a

direita, os valores negativos indicam movimento para a esquerda.

Na Figura 8.2b (pág. 8.4) aparece uma linha reta traçada do

ponto (x1, t1) até o ponto (x2, t2).Esta linha é hipotenusa do

triângulo retângulo cujos catetos são ∆t e ∆x. A razão ∆x/∆t é

denominada coeficiente angular da reta Geometricamente, é uma

medida da inclinação da linha reta em relação à horizontal. Sendo

dado um intervalo de tempo ∆t, a linha será tão mais inclinada

quanto maior for o valor de ∆x/∆t. Uma vez que esta razão é, por

definição, a velocidade média no intervalo ∆t, temos uma

interpretação geométrica desta grandeza: ela é o coeficiente

angular do segmento de reta que liga os pontos (x1, t1) e (x2, t2).

Em geral, a velocidade média depende do intervalo de tempo. Na

Figura 8.2b, por exemplo, caso o intervalo de tempo fosse menor,

com o instante t’2 mais próximo de t’1, a velocidade média seria

maior, conforme se vê pela maior inclinação da reta que liga os

pontos P1 e P2.

A Figura 8.2c (pág. 8.4) é a mesma curva de contra t da

Figura 8.2b, mostrando uma seqüência de intervalo de tempo ∆t1,

∆t2, ∆t3 cada qual menor que o seu antecedente Em cada intervalo

∆t, a velocidade média é representada pela inclinação da reta

pontilhada pertinente ao intervalo. A figura mostra que enquanto

os intervalos de tempo diminuem, as retas tornam-se mais

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AC-02

207

inclinadas, mas não mais inclinadas que a tangente à curva no

ponto correspondente a t1. Definimos a inclinação(coeficiente

angular) da reta tangente à curva, no instante t1 como a velocidade

instantânea. Ela é, como já vimos limite do quociente ∆x/∆t quando

∆t se aproxima de zero.

Assim, para achar a velocidade instantânea em qualquer

instante t, basta traçar a tangente à curva no ponto (t, x(t)) do

gráfico.

Figura 2 - A Reta Tangente.

O leitor pode verificar que o cálculo da velocidade

instantânea recai num interessante caso de indeterminação do tipo

0/0. Na realidade, à primeira vista, parece impossível definir a

velocidade de uma partícula num determinado instante, isto é, num

dado tempo. Num instante t1, a partícula está num único ponto, x1 e

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AC-02

208

se está neste ponto, como pode estar movendo-se? Por outro lado,

se não está se movendo, não deveria permanecer indefinidamente no

mesmo ponto? É este um velhíssimo paradoxo que pode ser resolvido

quando se observa que para analisar o movimento, e defini-lo, é

preciso verificar a posição do corpo em mais de um instante. É

possível, então, definir a velocidade num instante, mediante um

processo de passagem ao limite.

8.2 - DERIVADA

8.2.1 - Derivada no Ponto xo

Seja f uma função definida em um intervalo aberto I e xo um

elemento de I. Chama-se derivada de f no ponto x o limite

)x(flimax→ =

o

o

xx

)x(f)x(f

−−

se este existir e for finito.

A derivada de f no ponto xo é habitualmente indicada com

uma das seguintes notações:

oo xxo

xxo

dx

dyou),x(Df,

dx

df),x('f

==

para y = f(x).

A diferença ∆x = x – xo é chamada acréscimo ou incremento

da variável x relativamente ao ponto xo. A diferença ∆y = f(x) -

f(xo) é chamada acréscimo ou incremento da função f relativamente

ao ponto xo. O quociente o

o

xx

)x(f)x(f

x

y

−−

=∆∆

recebe o nome de razão

incremental de f relativamente ao ponto xo.

Frisemos que a derivada de f no ponto xo pode ser indicada

das seguintes formas:

x

)x(f)xx(flim)x´(fou

x

ylim)x´(fou

xx

)x(f)x(flim)x´(f o0

0x0

0x0

o

o

xx0

0 ∆−∆+

=∆∆

=−−

=→∆→∆→

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AC-02

209

Quando existe f´(xo) dizemos que f é derivável no ponto xo.

Dizemos também que f é derivável no intervalo aberto I quando

existe f´(xo) para todo xo ∈ I.

Se nos reportarmos ao item anterior, veremos que a

velocidade instantânea é a derivada da função deslocamento no

instante t1.

O leitor deve estar atento para o fato de que agora a

variável independente é x1 enquanto que no item anterior fizemos t

("de tempo") ser a variável independente. É apenas uma notação,

não devendo causar qualquer embaraço.

Seguem alguns exemplos:

1º) Calculemos a derivada de f(x) = 2x no ponto x0 = 3.

23x

)3x(2lim

3x

6x2lim

3x

)3(f)x(flim)3´(f

3x3x3x=

−−

=−−

=−−

=→→→

Outra maneira de proceder seria esta:

22limx

6)x3(2lim

x

)3(f)x3(flim)3´(f

0x0x0x==

∆−∆+

=∆

−∆+=

→∆→∆→∆

2º) calculemos a derivada de f(x) = x2 + x no ponto x0 = 1.

3)3x(limx

x3)x(lim

x

]11[)]x1()x1[(lim

x

)1(f)x1(flim)1´(f

0x

2

0x

22

0x

0x

=+∆=∆

∆⋅+∆=

∆+−∆++∆+

=

∆−∆+

=

→∆→∆

→∆

→∆

3º) calculemos a derivada de f(x) = sem x em x0 = π/3.

2

1)3

cos(

2

x

)2

x

3cos()

2

x(sen

lim

x

)2

x

3cos()

2

x(sen2

lim

x

)3(sen)x

3(sen

lim)3

´(f

0x

0x

0x

=∆

∆+

π⋅

=

∆+

π⋅

=

π−∆+

π

→∆

→∆

→∆

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AC-02

210

8.2.2 - Função Derivada

Seja f é uma função derivável no intervalo aberto I. Para

cada xo pertecente a I existe e é único o limite f´(xo) =

x

)x(f)xx(flim oo

0x ∆−∆+

→∆ portanto, podemos definir uma função f´: I →

R que associa a cada xo ∈ I a derivada de f ponto xo. Esta função é

chamada função derivada de f ou, simplesmente, derivada de f.

Habitualmente a derivada de f é representada por

f´, dx

df, Df ou y´.

A lei f´(x) pode ser determinada a partir da lei f(x),

aplicando-se a definição de derivada de uma função, num ponto

genérico x ∈ I:

x

)x(f)xx(flim)x´(f

0x ∆−∆+

=→∆

É isto que faremos logo em seguida para calcular as

derivadas de algumas funções elementares:

1) função constante: f(x) = c, c ∈ R

0x

ylim)x´(f0

x

cc

x

)x(f)xx(f

x

y

0x=

∆∆

=∴=∆−

=∆

−∆+=

∆∆

→∆

Logo, f(x) = c ⇒ f´(x) = 0.

2) função seno: f(x) = sen x

)2

xx(cos.

)2

x(

)2

x(

sen

x

)2

xx(cos)

2

x(sen2

x

senx)xx(sen

x

y

∆+∆

=

=∆

∆+

=∆

−∆+=

∆∆

xcos)2/xx(coslim.2/x

)2/x(senlim

x

ylim)x´(f

0x0x=∆+

∆∆

=∆∆

=→∆→∆

Logo, f(x) = sen x ⇒ f´(x) = cos x.

3) função exponencial f(x) = ax, com a ∈ R e O < a ≠ 1

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211

x

1aa

x

aa

x

)x(f)xx(sen

x

y xx

xxx

∆−

=∆

−=

∆−∆+

=∆∆ ∆∆+

an.a.x

1alim.alim

x

ylim)x('f x

x

0x

x

0x0xl

∆−

=∆∆

=∆

→∆→∆→∆

Logo, f(x) = ax ⇒ f´(x) = a. l n ª

No caso particular da função exponencial de base e, f(x) =

ex, temos o resultado notável:

f(x) = ex. ⇒ f´(x) = ex

Logo, f(x) = ex ⇒ f´(x) = ex

8.2.3 - Tabela de Derivadas

Trabalhando convenientemente a definição de derivada e as

propriedades de limites, pode-se construir a Tabela 8.2 (pág. 8.9)

de extrema importância para o cálculo de derivadas.

Os exemplos ao final do capitulo mostram de forma bastante

clara a utilização desta tabela. A propriedade D9 merece um

comentário à parte. Trata-se da "regra da cadeia" ou derivada da

função composta.

Sendo y = F(x) = g(f(x)) e u = f´(x), vale o seguinte

resultado:

F´(x) = g´ (f(x)) . f´(x)

ou, em notação mais sugestiva:

dx

du.

du

dy

dx

dy=

Obs.: a propriedade D8 é a derivada da função inversa.

Usando a regra da cadeia, constrói-se a tabela 8.3.

REGRAS DE DERIVAÇÃO D1. ℜ∈=→= k´,kvykvy

D2. vuyvuy +=→+=

D3. ´uvvuyuvy +=→=

D4. 0v,v

vy

v

1y

2≠

−=→=

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212

D5. 0v,v

uvvuy

v

uy

2≠

−=→=

D6. ´u´u´uyuuuy n21n21 +++=→+++= KK

D7. ´uuuu´uuuu´uy

uuuy

n21n21n21

n21

⋅⋅+⋅+⋅⋅+⋅+⋅⋅+⋅=→⋅⋅⋅=

KKK

K

D8. g é inversa de f: )0)y´(f(,))x(g´(f

1

)y´(f

1)x´(g ≠==

D9. )x´(f))x(f´(gy)x)(fg(y ⋅=→= o

D10. vulnuuvu)´ulnv(uyuy v1vvv +==→= −

TABELA 8.2 – Derivadas

FUNÇÕES ELEMENTARES

1. ℜ∈αα=→= −αα ,xyxy 1

2. 1casoxy,xn

1yxy n

1

n 1n

n ==→=−

3. 1a0,alnayay xx ≠<=→=

4. 1a0,alnx

1yalogy ≠<=→=

5. xcosyxseny =→=

6. xsenyxcosy −=→=

7. xsecyxtgy 2=→=

8. xseccosyxgcoty 2−=→=

9. xtgxsecyxsecy ⋅=→=

10. xgcotxseccosyxseccosy ⋅−=→=

11. 2x1

1yxarcseny

−=→=

12. 2x1

1yxarccosy

−=→=

13. 2x1

1yxarctgy

+=→=

14. 2x1

1yxgcotarcy

+−

=→=

15. 1xx

1yxsecarcy

2 −⋅=→=

16. 1xx

1yxecarccosy

2 −⋅

−=→=

Nesta tabela u = f(x) e v = g(x), isto é, u e v são funções deriváveis de x.

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AC-02

213

TABELA 8.3 – DERIVADA DE FUNÇÃO COMPOSTA

1. vvyvy 1−αα α=→=

2. vvn

1yvy

n 1n

n

−=→=

3. valnayay vv =→=

4. valnv

1yvlogy a ⋅=→=

5. vvcosyvseny ⋅=→=

6. vvsenyvcosy ⋅−=→=

7. vvsecyvtgy 2 ⋅=→=

8. vvseccosyvgcoty 2 ⋅−=→=

9. vvtgvsecyvsecy ⋅⋅=→=

10. vvgcotvseccosyvseccosy ⋅⋅−=→=

11. vv1

1yvarcseny

2⋅

−=→=

12. vv1

1yvarccosy

2⋅

−=→=

13. vv1

1yvarctgy

2⋅

+=→=

14. vv1

1yvgcotarcy

2⋅

+−

=→=

15. v1vv

1yvsecarcy

2⋅

−⋅=→=

16. v1vv

1yvecarccosy

2⋅

−⋅

−=→=

Nesta tabela u = f(x) e v = g(x), isto é, u e v são funções deriváveis de x.

8.2.4 - Derivadas Sucessivas

Seja f uma função contínua em um intervalo I e seja I1 o

conjunto dos pontos de I em que f é derivável. Em I1 já definimos a

função f´, chamada função derivada primeira de f. Seja

I2 o conjunto dos pontos de I1 em que f´ é derivável. Em I2

podemos definir a função derivada da f´ que chamaremos de derivada

segunda de f e indicaremos por f´´

Repetindo o processo, podemos definir as derivadas

terceira, quarta, etc de f. A derivada de ordem n de f

respectivamente por f(n).

Exemplos:

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214

1o) Calcular as derivadas de f(x) = 3x2 + 5x + 6.

Temos:

f´(x) = 6x + 5

f´´(x) = 6

f´´(x) = f(4)(x) = f(5) (x) = ...= O

2o) Calcular as derivadas de f(x) = sen 2x.

Temos:

f´(x) = 2.cos 2x

f´(x) = -4.sen 2x = 22.cos (2x + 2

π)

f´(x) = -8.cos 2x = 23.cos (2x + ·)

f(n) = 2n cos(2x + 2

)1n( π−)

3o) Determinar todas as derivadas de f(x) = x3 + 2x2 + 1.

f´(x) = dx

df = 3x2 + 4x

f´´ dx

´df = 6x + 4

f(n)(x) = dx

df )1N( −

= 0 para todo n ≥ 4.

4o) Obter todas as derivadas de y = x

1

y’= dx

dy = -

2x

1

y” = dx

'dy = -

3x

2

y”’ = dx

"dy = -

4x

6

y(n)= 1n

n

1n

n)1n(

x

!n.)1(

x

1)....2n)(1n(n.)1(

dx

dy++

−=−−

−= .

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215

8.2.5 - Equações Diferenciais

Considere as equações abaixo e seus respectivos conjuntos-

verdade.

1) x2 -5x + 6 = 0; V1 = {2,3}

2) 3x - 9 = 0; V2 = {2}

3) sen x = 0; V3 = {x = kπ, k ∈ z}

Dizemos que x ∈ R é solução de uma equação quando na

verdade a sentença aberta correspondente. Por exemplo:

1) 22 - 5.2 + 6 = O (V)

2) 32 - 9 = O (V)

sen (3π) = O (V)

De modo análogo, podemos construir equações envolvendo

funções e suas derivadas, isto é, agora as variáveis são funções

deriváveis. Por exemplo:

1) y" - y = 0; V = {y = a cos x + b sen x ; a e b ∈ R}

de fato: y' = -a sen x + b cos x

y" – y = -a cos x –b sen x

logo y" -y = (-a cos x –b sen x) + (a cos x + b sen x) = 0

(V)

2) xdx

dy - y + x2 ou xy' - y – x2 = 0, y = f(x)

V = {y = x2 + cx, c ∈ R}

De fato: y' = 2x + c

xy' - y - x2 = x(2x + c) – (x2 + cx) - x2 = 2x2 + cx - x2 -

cx - x2 = 0.

A solução de equações diferenciais não é assunto simples.

Seu conceito foi apresentado para que o leitor se familiarize com

as mesmas. As equações diferenciais são muito comuns em Física e

estão envolvidas na resolução de uma infinidade problemas tratados

nesta ciência.

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216

NOTA: Na Mecânica, como os problemas que surgem estão relacionados

o movimento dos corpos, muitas vezes aparecem derivadas com

relação ao tempo. Neste caso é costume usar a seguinte notação:

)t(xparadt

)t(xd);t(fpara

dt

)t(df 2

&&&

8.3 - GRÁFICOS E DERIVADAS

8.3.1 - Interpretação Geométrica da Derivada

No item 8.1 - vimos que a velocidade no instante t podia

ser obtida pela reta tangente à curva do deslocamento, no ponto

(t1, x(t1)).

Generalizando podemos dizer que:

A derivada de uma função f no ponto xO é igual ao

coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f no ponto de

abscissa xo.

A fórmula y - yo = m(x - xo) fornece a equação de uma reta

passando por p (xO, yO) e com coeficiente angular m = tg αx

conforme Figura 8.3.

Em particular se queremos a equação da reta tangente ao

gráfico de uma função f no ponto (xO, f(xO)), basta fazer yO =

(f(xO) em = f´(xO). A equação da reta fica:

y – f(x0) = f´(x0)(x-x0)

Figura 3 - Equação da Reta Tangente

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217

Exemplos:

1) A equação da reta tangente à parábola de equação y = x2

em seu ponto de abscissa xO = 2 é

xO = 2 ⇒ yO = 22 = 4 ⇒ P(2,4)

y = x2 ⇒ y' = 2x ⇒ y'(2) = 2 .2 = 4

logo y - 4 = 4(x -2) é a equação da reta t (Fig. 8.4a)

2) A equação da reta tangente à curva de f(x) = x3 na

origem P(0,0) é:

f´(x) = 3x2 ⇒ f´(0) = 3.02 = 0

logo y - 0 = 0 (x-0)

y = 0 (eixo dos x) é a equação da reta t (Fig. 8.4b)

Figura 4 - Equação da Reta Tangente

8.3.2 - Derivada e continuidade

Pode-se mostrar que, se uma função é derivável num ponto,

ela é contínua nesse ponto, não valendo a recíproca, isto é

existem funções contínuas num ponto x0 e não deriváveis em x0

De fato, numa interpretação nada rigorosa, podemos dizer

que uma função continua é aquela cuja curva pode ser desenhada

"sem se tirar a ponta do lápis do papel". Porém, essa curva pode

formar "bicos", onde fica impossível definir uma reta tangente.

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218

Evidentemente, uma função descontínua num ponto, não é

derivável neste ponto.

Vejamos os seguintes exemplos:

1) f(x) = x – 2, para x ≤ 3

2, para x> 3

f é descontínua em xo = 3

f não é derivável em xo = 3 (Fig. 8.5a)

2) f é contínua em xo = c

f não é derivável em xo = c

(não existe reta tangente no "bico") (Fig. 8.5b)

3) f(x) = |x|

f é contínua em xo = 0

f não é derivável em xo = 0 (Fig. 8.5c)

4) f(x) = 3 x

f´(x) = 3 2x3

1, x ≠ 0

f é contínua em xo = 0.

f´ não existe em xo = 0 (Fig. 8.5d)

Neste caso existe a reta tangente à curva, porém ela é

paralela ao eixo dos y.

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219

Figura 5 - Derivada e continuidade

8.3.3 - Variação das Funções

Consideremos a Figura 8.6 abaixo:

Figura 6 - Máximos e mínimos

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AC-02

220

A curva representa a função f{x) = x3 + x2 - 5x. Vemos que

a função tem um máximo em x = -5/3 e um mínimo em x = 1. É fácil

perceber que f´(x) = 0 nestes pontos (verifique!).

Estamos interessados em resolver o seguinte problema: dada

uma função f(x), ela tem máximo e mínimo? Em caso afirmativo, como

determinar as abscissas correspondentes?

Em busca da solução do problema acima, vamos apresentar

alguns novos conceitos:

1o) Máximo e mínimo são conceitos relativos ou locais

conforme mostra a Figura 8.7a. No gráfico abaixo a função f(x)

assume um máximo local no ponto a que é menor que um mínimo local

em b.

Figura 7 - Máximos e Mínimos Locais

2o) A função pode ter um ponto extremo (máximo ou mínimo),

sem ser derivável no ponto. É o que mostra o ponto D (máximo

absoluto), da curva da Figura 8.7b. Ainda,

A, C e E - pontos de mínimo relativo

B - ponto de máximo relativo

F e G - pontos de máximo e mínimo

OBS: l) muitas vezes nos referimos à abscissa do ponto no

lugar do ponto. Por exemplo: a é ponto de mínimo.

2) Dizemos que xo é um ponto de máximo relativo ou

local de f se f (x) ≤ f(xo), ∀x nas proximidades de xo; que xo é um

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AC-02

221

ponto de mínimo relativo ou local de f se f(x) ≥ f(x), ∀x nas

proximidades de xo.

3) Nas vizinhanças de um ponto de extremo, a tangente

muda sua inclinação, ou seja, a derivada muda de sinal (Fig. 8.8).

Figura 8 - Sinal da Derivada Primeira e Extremantes

OBS: O sinal da derivada tem a seguinte interpretação

geométrica mostrada na Figura 8.9.

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AC-02

222

Figura 9 - Sinal da Derivada Primeira

Concluímos então que a mudança de sinal de f´(x) fornece os

pontos de extremo, mesmo quando a curva forma "bicos" nestes

pontos.

4) O estudo da concavidade da curva também pode apontar

pontos extremos, embora o método apresentado acima seja mais

geral. vejamos a Figura 8.10 abaixo:

Figura 10 - Concavidade

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AC-02

223

(1) Concavidade positiva em xo: curva acima da reta

tangente ou voltada "para cima”

(2) Concavidade negativa em xO: curva abaixo da reta

tangente ou voltada "para baixo”.

A Figura 8.11 abaixo fornece um critério para determinar se

um gráfico tem concavidade positiva ou negativa.

Se tivermos f´(x) crescente, isto é, f´´(x) > 0, a curva

terá concavidade voltada para cima (Fig. 8.11a).

Se tivermos f´(x) decrescente, isto é f´´(x) < 0, a curva

terá concavidade voltada para baixo (Fig. 8.11b).

Daí concluímos que o sinal da derivada segunda f´´(x) é que

decide a concavidade de y = f(x).

Figura 11 - Sinal da Derivada Segunda

Se observarmos a Figura 8.8a, veremos que em

xo f´´(xo) > 0 (ponto de mínimo). Na Figura 8.8b, temos que

f´´(xo) < 0 (ponto de máximo).

5) Pode acontecer a seguinte situação, representada na

Figura 8.12: f´(xo) = 0. e f´(x) não muda de sinal nas vizinhanças

de xo.

Se repararmos melhor, a concavidade muda de sinal em xo.

De um modo geral o ponto Po (xo, f(xo)) é dito ser o ponto

de inflexão do gráfico da função f (contínua num intervalo que

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AC-02

224

contenha xo), quando a concavidade troca de sinal em po. A Figura

8.13 fornece alguns exemplos.

Assim uma análise no sinal da f´´(x) em torno de xo

apontará se ele é ou não uma abscissa de um ponto de inflexão.

Figura 12 - Ponto de Inflexão

Outro método menos geral, pois exige que f seja derivável

em xo diz que:

- se f´´(xo) = O e f´´´(xo) ≠ O então xo é a abscissa de um

ponto de inflexão;

- será ponto de flexão horizontal se f´(xo) = 0 (Fig. 8.13

(2));

- será ponto de inflexão obliqua se f´(xo) ≠ 0 (Fig. 8.13

(1));

Na Figura 8.13 (3) temos um ponto de inflexão vertical.

Observe que a função não é derivável em xo.

Se o leitor se reportar à Figura 8.6, e calcular f´(-1/3),

f´´(-1/3) e f´´´(-1/3), verificará que se trata de um ponto de

inflexão obliqua.

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AC-02

225

Figura 13 - Tipos de Pontos de Inflexão

Resumindo

- Método 1

Seja f(x) uma função contínua com derivadas continuas num

intervalo I.

I - Se f´(xo) = O e f´´(xo) ≠ O, então

a) f(xo) é máximo relativo de f(x) se f´´(xo) < 0

b) f(xo) é mínimo relativo de f(x) se f´´(xo) > 0

c) xo é abscissa de ponto de inflexão horizontal se f´´(xo

) = 0

II - Se f´(xo) = 0, f´´(xo) = 0 e f´´´(xo) ≠ 0, então xo é

abscissa de um ponto de inflexão oblíqua.

- Método 2

Seja f(x) uma função contínua num intervalo I.

I - a) se x < x ⇒ f´(x) > 0 e x > xo ⇒ f´(x) < 0 então xo

é um ponto de máximo local.

b) se x < xo ⇒ f´(x) < O e x > xo ⇒ f´(x) > O então xo

é um ponto de mínimo local.

II - se x < x ⇒ f´´(xo) < O e x > xo ⇒ f´´(xo) > 0

x < xo ⇒ f´´(xo) > O e x > xo ⇒ f´´(xo) < 0

então xo é abscissa de um ponto de inflexão.

Obs: Não vamos considerar o caso em que f´´´(xo) = 0

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AC-02

226

EXEMPLOS:

1. Determinar a função derivada das seguintes funções:

a) y = 4x3;

b) y = 2x3 + 44x2 - 5x – 2;

c) y = sen x + cos x + tg x;

d) y = (x2 + 1)4;

e) y = 4(2x2 - x – 1)3;

f) y = x sen x + cos x

g) y = sen4 x

h) y = [x ex + cos x]5

SOLUÇÃO:

a) 4455

x20)x5(4dx

)x(d4

dx

)x4(d

dx

dvc

dx

)cv(d===⇒=

b) 5x8x6dx

)2(d

dx

)x5(d

dx

)x4(d

dx

)x2(d

dx

dy 223

−+=−−+=

c) Aplicando a propriedade da derivada da soma, temos:

xsecxsenxcosdx

)xtg(d

dx

)x(cosd

dx

)x(send

dx

dy 2+−=++=

d) dx

duun

dx

)u(d 1nn

⋅⋅= −

Neste exemplo, u = x2 + 1 e n = 4, então,

3222

2 )1x(x8)x2()1x(4dx

)1x(d)1x(4

dx

dy+⋅=⋅+⋅=

+⋅+⋅=

e) Temos u = 2x2 –x - 1 e n = 3, então:

)1x4()1xx2(12dx

)1xx2(d)1xx2(34

dx

dy 222

2 −⋅−−⋅=−−

⋅−−⋅⋅=

f) Neste caso tem-se:

xcosxxsenxsenxcosx

dx

)x(cosdxsen

dx

dx

dx

)x(sendx

dx

)x(cosd

dx

)xsenx(d

dx

dy

⋅=−+⋅=

+⋅+=+⋅

=

g) Temos u = sen x e n = 4, então:

xcosxsen4dx

)x(sendxsen4

dx

dy 33 ⋅⋅=⋅⋅=

h) Temos u = x ex + cos x e n = 5, então:

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AC-02

227

)xseneex)(xcosex(5

dx

)xcosex(d)xcosex(5

dx

dy

xxx

x4x

−+⋅+⋅⋅=

+⋅⋅+⋅⋅=

2. Determinar a função derivada das seguintes funções:

a) 2x

1y = ;

b) 1x

2y

+= ;

c) 1x

x2y

2 += ;

d) x

ey

x

= ;

e) xcos

xsen1y

+= ;

f) xsen

xlogy e= ;

g) x

2

e

1xxy

++= ;

h) xtg

xy

2

= ;

SOLUÇÃO:

Todas essas funções são quociente de outras duas funções, então:

22 v

´uvvu

vdx

dvuv

dx

du

dx

)v

u(d −

=⋅−⋅

=

a) u = 1, du/dx = 0, v = x2 e dv/dx = 2x, então:

3422

2

x

2

x

x2

)x(

x21x0

dx

dy−=−=

⋅−⋅=

b) u = 2, u´ = 0, v = x + 1 e v´= 1, então:

22 )1x(

2

)1x(

)1(2)1x(0

dx

dy

+−=

+⋅−+⋅

=

c) u = 2x, u´ = 2, v = x2 + 1 e v´= 2x, então:

2

2

2

2

)1x(

2x2

)1x(

x2x2)1x(2

dx

dy

++−

−=+

⋅−+⋅=

d) u = ex = u´, v = x e v´= 1, então:

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AC-02

228

2

x

2

xx

x

)1x(e

x

1exe

dx

dy −=

⋅−⋅=

e) u = 1 + sen x, u´ = cos x, v = cos x e v´ = -sen x, então:

xcos

xsen1

xcos

xsenxsenxcos

)x(cos

)xsen)(xsen1(xcosxcos

dx

dy

22

22

2

+=

++=

−+−⋅=

f) u = loge x, u´ = 1/x, v = sen x e v´ = cos x, então:

xsen

xcosxlogxsenx

1

dx

dy2

e ⋅−⋅=

g) u = x2 + x + 1, u´ = 2x + 1, v = ex = v´, então:

x

2

2x

x2x

e

)xx(

)e(

e)1xx(e)1x2(

dx

dy +−=

⋅++−⋅+=

h) u = x2, u´ = 2x, v = tg x, v´ = sec2x, então:

xtg

xsecxxtgx2

dx

dy2

22 ⋅−⋅=

3. Determinar a função derivada das seguintes funções:

a) y = sen 5x;

b) y = sen (x2 – 1);

c) y = 2 cos 5x2;

d) y = tg 2x2;

e) y = sec 2x;

f) y = cos (sen x);

g) 2

2

ex1

xlogy

+= ;

h) xsen1

xsen1logy e −

+= ;

SOLUÇÃO:

Todas essas funções são compostas, então:

y = v(u(x)) ⋅⋅==⇒dx

du

du

dv

dx

dyy

a) u = 5x e v = sen u

x5cos5)5()u(cosdx

)x5(d

du

)u(sendy ⋅=⋅=⋅=

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AC-02

229

b) u = x2 - 1 e v = sen u

)1xcos(x2)x2()u(cosdx

)1x(d

du

)u(sendy 2

2

−⋅=⋅=−

⋅=

c) u = 5x2 e v = 2 cos u

)x5sen(x20)x10()usen2(dx

)x5(d

du

)ucos2(dy 2

2

⋅⋅−=⋅−=⋅=

d) u = 2x2 e v = tg u

)x2(secx4)x4()u(secdx

)x2(d

du

)utg(dy 222

2

⋅⋅=⋅=⋅=

e) u = 2x e v = sec u

)x2(tg)x2sec(2)2()utgu(secdx

)x2(d

du

)u(secdy ⋅⋅=⋅=⋅=

f) u = sen x e v = cos u

)xsen(senxcosxcosusendx

)x(send

du

)u(cosdy ⋅−=⋅−=⋅=

g) ulogvex1

xu e2

2

=⋅+

=

22

222

2

e

)x1(

x2x)x1(x2

u

1

dx

)x1

x(d

du

)u(logdy

+⋅−+

⋅=+⋅=

)x1(x

2

)x1(

x2

x1

x

1222

2

2 +=

+⋅

+

=

h)Notemos que xcos

)xsen1(

)xsen1()xsen1(

)xsen1()xsen1(

xsen1

xsen12

2+=

+⋅−+⋅+

=−+

e xcos

xsen1log

xsen1

xsen1logy ee

+=

−+

= , cos x > 0

Temos ulogvexcos

xsen1u e=

+=

xcos

xsen1

u

1

dx

)xcos

xsen1(d

du

)u(logdy

2

e +⋅=

+

⋅=

xsecxcos

1

xcos

xsen1

xsen1

xcos2

==+

⋅+

= .

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AC-02

230

4. Obter as derivadas das seguintes funções

a) y = 3 xx + d) y =

3 12 +x

b) y = 522 −+ xx e)y = 3 2cos x

c) y = 22 xa − f) y =

5 2xe

SOLUÇÃO:

a) =+=+=+=−− 1

3

11

2

13

1

2

1

3

x.3

1x.

2

1

dx

dx

dx

dx

dx

xd

dx

xd

dx

dy

3 2

3

2

2

1

x3

1

x2

1

3

x

2

x+=+=

−−

b)y = v(u(x)) sendo u = x2 + 2x – 5 e v = u , então

5x2x

1x)2x2(

u2

1

dx

du

du

dv

dx

dy2 −+

+=+⋅=⋅=

c)y = v(u(x)) sendo u = a2 – x2 e v = u , então

22)2(

2

1

xa

xx

udx

du

du

dv

dx

dy

−=−⋅=⋅=

d)y = v(u(x)) sendo u = 2x+1 e v = 3 u , então

3 23 2 )1x2(3

2)2(

u3

1

dx

du

du

dv

dx

dy

+=⋅=⋅=

e)y = v(u(t(x))) sendo t = 2x, u = cos t e v = 3 u , então

3 23 2 x2cos3

x2sen22)tsen(

u3

1

dx

dt

dt

du

du

dv

dx

dy −=⋅−⋅=⋅⋅=

f)y = v(u(t(x))) sendo t = 2x, u = et e v = 5 u , então

5 x8

x2t

5 4 e5

e22e

u5

1

dx

dt

dt

du

du

dv

dx

dy=⋅⋅=⋅⋅=

5. Obter as derivadas das seguintes funções

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AC-02

231

y = 2x1

xarcsen

+

y = xcos1

xsenarctg

+

SOLUÇÃO:

a)u =2x1

x

+ e v = uarcsen , então

22

2

2

2 )x1(

x1

xxx11

u1

1

dx

du

du

dv

dx

))u(v(d

dx

dy

+

+⋅−+⋅

⋅−

=⋅==

)x1(

1

x1)x1(

1x1

x1)x1(

1

x1

x1

1222

2

22

2

2 +=

++⋅+=

++⋅

+−

=

b)u = xcos1

xsen

+ e v = uarctg , então

22 )xcos1(

)xsen(xsen)xcos1(xcos

u1

1

dx

du

du

dv

dx

dy

+−−+

⋅+

=⋅=

2

1

)xcos1(

)1xcos(

xcos22

)xcos1(

)xcos1(

)1xcos(

)xcos1(

xsen1

12

2

2

2

2=

++

⋅++

=+

+⋅

++

=

6. Dar a função derivada de:

y = x)1x2( −

y = xcos)x(sen

SOLUÇÃO:

]u

uvulogv[uyuy e

vv ⋅+⋅⋅=⇒=

u = 2x - 1 e u´= 2, v = x e v´= 1, então:

]1x2

2x)1x2(log1[)1x2(y e

x

−⋅−−⋅⋅−=

]1x2

x2)1x2([log)1x2( e

x

−−−⋅−=

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AC-02

232

u = sen x e u´= cos x, v = cos x e v´= -senx, então:

xsen

xcosxcosxsenlogxsen[)x(seny e

xcos ⋅+⋅−=

7. Determinar a derivada segunda da função y = cos2 3x e a derivada

terceira de y = loge(1+x)

SOLUÇÃO:

Para y = cos2 3x

y´ = 2 cos 3x .(-sen 3x) . 3 = -6 . sen 3x . cos 3x

= -3 . (2 . sen 3x . cos 3x) = -3 sen 6x

y´´ = -3 .cos 6x . 6 = -18 cos 6x

Para y = loge(1+x)

321 )1x(2´´´y)1x(´´y)1x(x1

1y −−− +⋅=⇒+−=⇒+=

+=

3)1x(

2´´´y −+

=

8. Mostrar que a função y = e-x.cos x verifica a equação

diferencial y(4) + 4y = 0, onde y(4) é a derivada quarta de y

SOLUÇÃO:

xcose4y

)xcosxsen(e2)xsenx(cose2y

)xsenx(cose2xcose2xsene2´´´y

xsene2)xsenx(cose)xcosx(sen)e(´´y

)xcosx(sene)xsen(excos)e(y

x)4(

xx)4(

xxx

xxx

xxx

⋅−=

−−⋅+−⋅−=

−⋅=⋅+⋅−=

=−−+⋅−=

+⋅−=−⋅+⋅−=

−−

−−−

−−−

−−−

então

0xcose4xcose4y4y xx)4( =⋅+⋅−=+ −−

9. Verificar se a função f(x) definida por

>+≤

=2x se 2x

2x se x)x(f

2

, é derivável no ponto x=2

SOLUÇÃO:

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AC-02

233

Se x < 2 temos f´(x) = 2x

Se x > 2 temos f´(x) = 1

Temos portanto

1)x´(flim)x(f

4)x´(flim)x(f

2x

´2x

´

==

==

+

→+

→− , logo não existe f´(2)

Notemos que, apesar de não ser derivável no ponto 2, f(x) é

contínua nesse ponto pois )2(f4)x(flim2x

==→

.

10. Dada a função y = x5, calcular a derivada de sua função inversa

no ponto y = 32.

SOLUÇÃO:

5 44

45

y5

1

x5

1

dx

dyx5

dx

dyxy ==⇒=⇒=

para y = 32 temos 80

1

)32(5

1

dx

dy

5 432

==

11. Um ponto percorre uma curva obedecendo à equação horária s = t2

+ t – 2. Calcular a sua velocidade no instante t0= 2.(Unidades S.I)

SOLUÇÃO:

A velocidade no instante t0 = 2 é igual à derivada de s no instante

t0:

s´(t0) = s´(2)= 2t

)224()2tt(lim

2t

)2(s)t(slim

2

2t2t −−+−−+

=−−

→→

s/m5)3t(lim2t

)3t)(2t(lim

2t

6ttlim

2t2t

2

2t=+=

−+−

=−

−+=

→→→

12. Um ponto material em movimento sobre uma reta tem velocidade

3 tv = no instante t. Calcular a aceleração do ponto no instante

t0 = 2.(Unidades S.I)

SOLUÇÃO:

A aceleração no instante t0 = 2 é igual a derivada de v no instante

t0

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AC-02

234

v´(t0) = v´(2)= 2t

2tlim

2t

)2(v)t(vlim

33

2t2t −−

=−−

→→

3 233 23 233 233

33

2t 2222

1

)2t2t)(2t(

2tlim

+⋅+=

++−

−=

2

3s/m

43

1=

13. Um móvel desloca-se sobre um segmento de reta obedecendo à

equação horária s = cos t (Unidades SI). Determinar:

a) sua velocidade no instante t = π/4 s;

b) sua aceleração no instante t = π/6 s.

SOLUÇÃO:

a) A derivada de s nos dá em cada instante a velocidade do móvel,

isto é, v = s´(t) = -sen t.

No instante t = π/4 s, temos:

v(π/4) = - sen (π/4) = - 2/2 m/s2.

b) A derivada de v nos dá em cada instante a aceleração do móvel,

isto é, a = v´(t) = - cos t.

No instante t = π/6 s, temos:

a(π/6) = - cos (π/6) = - 2/3 m/s2.

14. Obter o valor da derivada da inversa da funão f(x) = x3 + x no

ponto x0 = 1.

SOLUÇÃO:

y = x3 + x ⇒ y´ = 3x2 + 1 ⇒ 1/y´ = 1/(3x2 + 1) = dx/dy.

Para x = 1 tem-se dx/dy = 1/(3+1) = 1/4

15. Calcular a derivada de cada uma das seguintes funções:

a) f(x) = ex . sen x + 4x3;

b) g(x) = (x2 +x + 1)5;

c) h(x) = (ex . cos x – x2)4.

SOLUÇÃO:

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AC-02

235

f deve ser vista como soma de duas parcelas: ex . sen x e 4x3.

Portanto, f’ é a soma das derivadas das parcelas, sendo que a

primeira parcela é um produto; então:

f’(x) = Df(x) = D(ex .sen x) + D(4x3) =

= D(ex) . sen x + ex . D(sen x) + D(4x3)=

= ex . sen x + ex . cos x + 12x2

Fazendo x2 + x + 1 = u(x), vem g(x) = [u(x)]5, então:

g’(x) = 5 . [u(x)]4 . u’(x) = 5 (x2 + x + 1)4 (2x + 1)

Fazendo ex . cos x – x2 = u(x), vem h(x) = [u(x)]4, então:

h’(x) = 4 . [u(x)]3 . u’(x) =

= 4 . (ex . cos x – x2)3 . (ex . cos x – ex . sen x – 2x)

16. Determinar a função derivada das seguintes funções:

a) f(x) = log2 x e) f(x) = xsen

b) f(x) = log2 cos x f) f(x) = arc sen x2

c) f(x) = x g) f(x) = arc cos ex

d) f(x) = 3 2x h) f(x) = arc tg (ln x)

SOLUÇÃO:

f’ = 2lnx

1

vamos aplicar as a regra para funções compostas:

y = cos x e z = log2 y então, f’(x) = z’(y) . y’(x) =

= 2ln.y

1 . (-sen x) = -

2ln.xcos

xsen

f(x) = x = x1/2 ⇒ f’(x) = 1

2

1

x.2

1 − = 2

1

x.2

1 − =

x2

1

f(x) = 3 2x = x1/3 ⇒ f’(x) =

13

1

x.3

1 − = 3

2

x.3

1 − =

3 2x.3

1

Fazendo y = sen x e z = y , temos:

f’(x) = z’(x) . y’(x) = y2

1 . cos x =

xsen2

xcos

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AC-02

236

Fazendo y = x2 e z = arc sen y, temos:

f’(x) = z’(x) . y’(x) = 2y12

1

− . 2x =

4x1

x2

Fazendo y = ex e z = arc cos y, temos:

f’(x) = z’(x) . y’(x) = 2y1

1

−− . ex =

x2

x

e1

e

Fazendo y = ln x e z = arc tg y, temos:

f’(x) = z’(x) . y’(x) = x

1.

y1

12+

− = )xln1(x

12+

17. Dada a função f(x) = [u(x)]v(x), calcular sua derivada.

SOLUÇÃO:

f(x) = [u(x)]v(x) = [eln x u(x)]v(x) = ev(x) . ln u(x)

Aplicando a regra de derivação da função composta, temos:

y = v(x) . ln u(x) e z = ey

então:

f’(x) = z’(x) . y’(x) =

= ey . [v’(x) . ln u(x) + v(x) . )x(u

1 . u’(x)]

e finalmente:

f’(x) = [u(x)]v(x) . [v’(x) . ln u(x) + v(x) . )x(u

)x('u]

18. Obter a derivada da função f(x) = (cos x)x.

SOLUÇÃO:

Empregando a regra que acaba de ser deduzida, vem:

f’(x) = (cos x)x . [1 . ln cos x + x . xcos

xsen−] =

= (cos x)x . (ln cos x – x . tg x)

19. Qual é a equação da reta tangente à curva y = x2 – 3x no seu

ponto de abscissa 4?

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AC-02

237

SOLUÇÃO:

x0 = 4 ⇒ f(x0) = 42 – 3 . 4 = 16 – 12 = 4.

Então, P(4,4) é o ponto de tangência.

f’(x0)= f’(4) = 4x

4)x3x(lim

2

4x −−−

→ =

4x

)1x()4x(lim

4x −+−

→ =

= 4x

lim→

(x + 1) = 5

Portanto, o coeficiente angular de t é 5, e sua equação é:

y – 4 = 5(x-4)

20. Determinar a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) = tg

x no ponto de abscissa x0 = 4

π.

SOLUÇÃO:

x0 = 4

π ⇒ f(x0) = tg

4

π = 1 , então P(

4

π, 1) é o ponto de

tangência.

f’(x0) = f’(4

π) =

4x

4tgxtg

lim

4x π

π−

π→

=

4x

4cos.xcos

)4

x(sen

lim

4x π

π

π−

π→

=

=

ππ−

π−

π→

4cos.xcos

1.

4x

)4

x(senlim

4x

=

4cos

1

2 π = 2 e a equação da reta t é

y – 1 = 2 (x - 4

π)

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AC-02

238

21. Obter a equação da reta tangente ao gráfico de f(x) = cos x no

ponto (2

1

3,

π).

SOLUÇÃO:

O coeficiente angular da reta procurada é:

f’(3

π) = - sen

3

π = -

2

3.

Portanto, a equação da reta é:

y - 2

1 = -

2

3 (x -

3

π)

22. Obter a equação da tangente à curva y = x2 sen (x-2) no ponto

de abscissa 2.

SOLUÇÃO:

x = 2 ⇒ y = 22 sen(2-2) ⇒ 0 ⇒ P(2,0) é o ponto de tangência

y’ = 2x sen(x-2)+ x2 cos(x-2) ⇒

⇒ y’(2)= 2 • 2 sen 0 + 22 • cos 0 = 4

Assim, a equação da reta tangente é: y - 0 = 4 (x-2)

23. Verificar se f(x) = x2 – 6x + 8 tem extremante.

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AC-02

239

SOLUÇÃO:

calculamos f’(x) = 2x – 6

obtemos as raízes de f’(x) = 0

f’(x) = 2x-6 = 0 ⇒ x = 3

analisamos o sinal de f’ (x)

x < 3 ⇒ f’(x) < 0 e

x > 3 ⇒ f’(x) > 0

e concluímos que x = 3 é ponto de mínimo relativo de f(x) e min.

f(x) = f(3) = 32 – 6(3) + 8 = -1

24. A derivada de f(x) é f’(x) = (x-1)(x-2)2(x-3)3(x-4)4.

Determinar os extremantes de f(x) e as abscissas dos pontos de

inflexão de f(x).

SOLUÇÃO:

Os pontos críticos de f(x) são as raízes de f’(x):

f’(x) = (x-1)(x-2)2(x-3)3(x-4)4 ⇒

⇒ x = 1 ou x = 2 ou x = 3 ou x = 4.

25. Calcular o valor máximo assumido pela função f(x) = 2)ax(e −− .

SOLUÇÃO:

f´(x) = -2(x – a). 2)ax(e −−

f´(x) = 0 ⇒ -2(x – a). 2)ax(e −− = 0 ⇒ x = a.

Como 2)ax(e −− > 0 para todo x ∈ R, temos :

x < a ⇒ x – a < 0 ⇒ f´(x) > 0;

x > a ⇒ x – a > 0 ⇒ f´(x) < 0;

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AC-02

240

Assim, x = a é um ponto de máximo local de f. O valor máximo de f

é: f(a) = .1ee 0)aa( 2

==−−

26. Obter os extremos absolutos de f (x) = x3 + x2 – x + 1 no

intervalo

−2

1,2 .

SOLUÇÃO:

Como f é derivável em

−2

1,2 ,

)3

1)(1(3123)(' 2 −+=−+= xxxxxf e os zeros de f ’ são os números -1 e

3

1.

Analisando a variação de sinal de f ’, temos

-1 1/3 x

f ’(x) + 0 - 0 +

Então -1 é ponto de máximo interior e 1/3 é ponto de mínimo

interior. Calculemos o valor de f nesses pontos críticos e nos

extremos do intervalo

−2

1,2 :

f (-2) = -8+4+2+1=-1, f (-1) = -1+1+1+1 = 2, e 8

71

2

1

4

1

8

1)

2

1( =+−+=f

O valor máximo absoluto de f no intervalo

−2

1,2 é o maior dos

números f (-2), )2

1(f e f (-1), portanto é f (-1) = 2.

O valor mínimo absoluto de f no intervalo

−2

1,2 é o menor do

números f (-2), )2

1(f e )

3

1(f , portanto é f (-2) = -1.

O gráfico da função ilustra o exposto.

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AC-02

241

27. Verificar se f (x) = x4-4x3 tem extremante.

SOLUÇÃO:

f ’(x) = 4x3-12x2 tem raízes 0 e 3.

Analisemos a variação de sinal da função f ’(x)=4x3-12x2=4x2(x-3):

0 3 x

x2 + + +

x-3 - - +

f ’(x) - - +

Existem vizinhanças de 0 em que f ’(x)<0, portanto 0 não é

extremante de f . Há vizinhanças de 3 em que f ’(x) passa de

negativa a positiva, isto é, 3 é ponto de mínimo local.

O gráfico abaixo ilustra como varia a função f .

28. Quais são os extremantes da função f :]0,2¶[→ dada por f (x)

= 2 sen x + cos 2x ?

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AC-02

242

SOLUÇÃO:

Calculando a derivada:

f ’(x) = 2 cos x – 2 sen 2x = 2 cos x – 4 sen x.cos x= = 2.cos x.(1

– 2 sen x)

Os valores de x que anulam f ’(x) são as raízes das equações cos x

= 0 e sen x = 2

1, isto é,

2

π,

2

3π,

6

π e

6

5π.

Analisando o sinal de f ’(x), temos:

0 π/6 π/2 5π/6 3π/2 2π x

cos x + + - - +

1–2senx + - - + +

f ’(x) + - + - +

Verificamos que 6

π e

6

5π são pontos de máximo local, enquanto

2

π e

2

3π são pontos de mínimo local.

O gráfico da função f confirma nossa análise.

29. Um triângulo está inscrito numa semi-circunferência de raio R.

Seus lados medem a, b e 2R. Calcular a e b quando a área do

triângulo é máxima.

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AC-02

243

SOLUÇÃO:

Notemos primeiramente que numa semi-circunferência de raio R é

possível inscrever diferentes triângulos, todos retângulos.

Observemos que a e b, medidas dos catetos, variam de um triângulo

para outro e percorrem o intervalo ]0,2R[, isto é, 0<a<2R e

0<b<2R. Para um mesmo triângulo são verificadas as seguintes

relações:

S=2

ab e a2+b2=4R2

onde S é a área do triângulo.

Para determinarmos o máximo de S, devemos colocar S como função de

uma variável só (a ou b). Eliminando b, pois b= 22 aR4 − , temos:

S=2

1.ab=

2

1. 22 aR4 − =

2

1 422 aaR4 −

Provemos que S tem um ponto de máximo:

S’=2

1.

422

32

422

32

aaR4

aaR2

aaR42

a4aR8

−=

S’=0 ⇒ 2R2a-a3=0 ⇒ a=R 2

0<a<R 2 ⇒ a2<2R2 ⇒ a3<2R2a ⇒ S’>0

R 2 <a<2R ⇒ 2R2<a2 ⇒ 2R2a<a3 ⇒ S’<0

e, então, a= R 2 é um ponto de máximo local.

Conclusão: o triângulo de área máxima é aquele em que a= R 2 e

b= 22 24 RR − = R 2 , isto é, é um triângulo isósceles.

30. Um triângulo isósceles de base a está inscrito numa

circunferência de raio R. Calcular a de modo que seja máxima a

área do triângulo.

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AC-02

244

SOLUÇÃO:

Seja ABC o triângulo isósceles de base a=AB e altura h=CE. Sua

área é dada pela fórmula

ah2

1S =

No triângulo retângulo BCD, a altura BE é medida geométrica entre

os segmentos que determina hipotenusa CD, então:

( ) ( )( )EDECBE 2 = ⇒ ( )hR2h2

a2

−= 2hRh22a −=

ah2

1S = = 2hRh2h − = 43 hRh2 −

Procuremos o valor máximo de S para 0 < h < 2R:

43

32

hRh22

h4Rh6'S

−= =

43

32

hRh2

h2Rh3

S’ = 0 ⇒ 0h2Rh3 32 =− ⇒ 2

R3h =

Como S = 0 para h = 0 ou h = 2R e

2

R3h = ⇒

16

R81

8

R27R2S

43

−= = 16

R27 4

= 4

R33 2

então 2

R3h = é ponto de máximo para S e, neste caso,

4

R9

2

R3R2a

2

−⋅= = 3R

31. Dada a função f(x)= x3 - 3x2, determine para quais valores de x

ela é crescente e para quais ela é decrescente.

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AC-02

245

SOLUÇÃO:

A função f(x) = x3 - 3x2 tem derivada f’(x) = 3x2 - 6x,

Então 0≤x ou 2≥x ⇒ 0)(' ≥xf

x≤0 2≤ ⇒ 0)(' ≤xf

portanto:

f é crescente ⇔ 0≤x ou 2≥x

f é decrescente ⇔ x≤0 2≤

32. Determinar o conjunto dos valores de x para os quais a função

f(x) = x2 - loge x é crescente.

SOLUÇÃO:

Devemos calcular a derivada de f e determinar em que conjunto a

função f’ é não negativa. Temos:

f’(x)= 2x-x

1=

x

x 12 2 −

f’(x)≥ 0 ⇒ 012

≥−x

x ⇒ 0

2

2<≤− x ou

2

2≥x .

Lembrando que D(f)= +*, vem a resposta: f é crescente para

2

2≥x .

33. Como é o gráfico da função f(x)= cos x, para [ ]π2,0∈x ?

SOLUÇÃO:

Temos f’(x) = -sen x e f’’(x) = -cos x.

Notando que:

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AC-02

246

f’’(x)< 0 ⇔ -cos x < 0 ⇔ 2

≤≤ x ou ππ2

2

3≤< x

f’’(x)> 0 ⇔ -cos x > 0 ⇔ 2

3

2

ππ<< x

Concluímos que nos intervalos

2,0

π e

ππ

2,2

3 a curva tem

concavidade negativa e no intervalo

2

3,

2

ππ a concavidade é

positiva. Confira com o gráfico abaixo.

34. Como é a concavidade da curva y = x4 - 4x3?

SOLUÇÃO:

y = x4 - 4x3 ⇒ y’ = 4x3 - 12x2 ⇒ y’’ = 12x2 - 24x

Notando que y’’ = 12x (x-2), temos:

x<0 ou x>2 ⇒ y’’>0 ⇒ cavidade positiva

0<x<2 ⇒ y’’<0 ⇒ cavidade negativa

35. Determinar os pontos de inflexão do gráfico da função f: →

tal que f(x) = x4 - 2x3 - 12x2 + 12x - 5.

SOLUÇÃO:

Temos

f’(x) = 4x3 - 6x2 - 24x + 12

f’’(x) = 12x2 - 12x - 24

As raízes da equação f’’(x) = 0 e f’’’(-1) = -24 – 12 = -36 ≠ 0

portanto, 2 e -1 são abscissas de pontos de inflexão e esses

pontos são:

P = (2,f(2)) = (2,-29) e Q = (-1,f(-1)) = (-1,-26)

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AC-02

247

9 - NOÇOES DE CÁLCULO INTEGRAL

9.1 - INTRODUÇÃO - ÁREA

Historicamente, foi da necessidade de calcular áreas de

figuras planas cujos contornos não são segmentos de reta que

brotou a noção de integral.

Por exemplo, consideremos o problema de calcular a área A

da região sob o gráfico da função f:[a,b] → R, onde f(x) > O {ver

Figura 9.1a).

Admitindo conhecida uma noção intuitiva de área de uma

figura plana, e ainda, que a área de um retângulo de base b e

altura h é b .h, vamos descrever um processo para determinar a

área A.

Se f(x) fosse constante e igual a k em [a,b], área

procurada seria a área de um retângulo e teríamos:

A = k .(b - a) {Fig. 9.1b)

Não sendo f(x) constante, dividimos o intervalo [a,b] em

sub-intervalos suficientemente pequenos para que neles f(x) possa

ser considerada constante com uma boa aproximação (Fig. 9 .1c).

Em cada sub-intervalo podemos calcular, aproximadamente, a

área sob o gráfico, calculando a área do pequeno retângulo que

fica determinado quando supomos f(x) constante; a área procurada

será, aproximadamente, a soma das áreas destes retângulos.

FIGURA 9.1 - Noção de Integral

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AC-02

248

Vamos descrever mais precisamente o procedimento acima

relatado. A divisão de [a,b] em sub-intervalos é feita

intercalando-se pontos, x1, x2 ,..., xn-1 entre a e b como segue:

a = xo < x1 < x2 <... < xi-1 xi <...< xn-1 < xn = b

Os n sub-intervalos em que [a,b] fica dividido tem

comprimentos ∆ix = xi – xi-1, i = 1,2,..., n. Escolhemos 1x ∈ [xi-1,

xi] e supomos f(x) constante e igual a f( 1x ) em [xi-1, xi] =

1,2,..., n. Graficamente, temos:

FIGURA 9.2 - Aproximação da Integral

A área A é aproximadamente a soma das áreas dos retângulos,

e escrevemos:

A ≈ f( 1x )∆1x + f( 2x ) ∆2x +...+ f( ix )∆ix +...+ f( nx )∆nx ou

seja:

A soma que aparece no 2° membro das igualdades anteriores

se aproxima mais e mais da área procurada à medida em dividimos

mais e mais [a,b], não deixando nenhum sub-intervalo grande

demais.

De um modo geral, se f é uma função continua definida em

[a,b], o número de que as somas xxf i

n

i

i ∆∑=

)(1

se aproximam

xxfA i

n

i

i ∆≅∑=

)(1

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AC-02

249

arbitrariamente à medida em que todos os ∆ix se tornam

simultaneamente pequenos é chamado integral de f em [a,b] e é

representado por ∫b

af(x)dx. Assim, podemos dizer que, sendo ∆ix

pequeno, i = 1,2, ...,n, temos a igualdade aproximada:

No caso da área A que estávamos calculando, podemos

escrever:

Em muitas outras situações não diretamente ligadas ao

cálculo de áreas, somos levados através de um raciocínio

semelhante ao exposto acima, a considerar uma função f definida em

[a,b], formar somas do tipos ( ) xxf i

n

i

i ∆∑=1

e determinar o número de

que tais somas se aproximam à medida em que os ∆ix diminuem, ou

seja, somos levados a um processo de integração. Estabelecer a

noção de integral desta forma geral é o que faremos no próximo

item.

9.2 - A INTEGRAL DEFINIDA

Vamos agora estabelecer de um modo geral a noção de

integral de uma função f definida em um intervalo [a,b].

9.2.1 - Partição

Uma partição de [a,b] é um conjunto Ρ = {xo, x1, x2, ...,

xi-1, xi, ..., xn} com xi ∈ [a,b], i = 1,2,...,n e a = xo < x1 < x2

<... < xi-1 < xi <... < xn = b

9.2.2 - Norma

Chamamos norma da partição o número u, máximo do conjunto

{∆1x, ∆2x, .., ∆ix, ..., ∆nx} onde ∆ix = xi - xi-1, i = 1,2,...,n.

∫b

a f(x)dx xxf i

n

i

i ∆≅∑=

)(1

A = ∫b

af(x)dx

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AC-02

250

9.2.3 - Soma de Riemann

Sendo ix escolhido arbitrariamente no intervalo [xi-1, xi], i

= 1,2,...,n, a soma f( 1x )∆1x + f( 2x )∆2x +...+ f( ix )∆ix +...+

+ f( nx )∆nx ou seja ∑=

n

i 1

f( ix )∆ix se chama soma de Riemann de f em

[a,b] relativa à partição Ρ e à escolha feita dos xi.

9.2.4 - Função Integrável

Sob certas condições bem gerais, que estabeleceremos a

seguir, as somas de Riemann se aproximam arbitrariamente de um

número fixo I, quando a norma u da partição Ρ se torna cada vez

menor, independentemente das escolhas dos xi.

Em outras palavras, o limite da soma de Riemann, ,quando

u → 0 qualquer que seja a escolha dos 1x em [xi-1, xi] é o número

I.

Quando isto ocorre, dizemos que a função f é integrável em

[a,b] e I é a integral de f em [a,b]. Representamos, então:

Existe um Teorema do Cálculo Integral que nos fornece uma

condição geral da integrabilidade. Ele afirma que toda função

continua num intervalo [a,b] é integrável em [a,b].

9.3 - O CÁLCULO DA INTEGRAL DEFINIDA

Na seção de exercícios deste capítulo, apresentamos ao

leitor alguns exemplos de cálculo de áreas pela definição. Vê-se

que este é um método bastante trabalhoso se não dispusermos de uma

calculadora programável. Vamos agora procurar um processo para

calcular a integral de f em [a,b] sem termos que recorrer à

definição.

∫ =b

aIdxxf )(

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AC-02

251

9.3.1 - PRIMITIVA

Seja I um intervalo e f uma função definida neste

intervalo. Uma função F: I → R, tal que

F'(x) = f(x), ∀x ∈ I

é denominada uma primitiva ou integral indefinida de f em I. f é

chamada o integrando.

Verificamos que, dada a primitiva, é fácil obter a função

integranda ou integrando: basta derivar a primitiva. O leitor não

terá dificuldade em perceber que se F(x) for uma primitiva de

f(x), então G(x) = F(x) + C, onde C é uma constante real, também

será uma primitiva ou integral indefinida de f.

O símbolo ∫ f(x)dx, representa o conjunto de todas as

primitivas de f(x) , ou seja:

∫ f(x)dx = F(x) + C, C ∈ R

Assim, por exemplo, se f(x) = x2, são primitivas de f as

funções 3

,3

33xx+5, ou, de um modo geral,

3

3x + C, e escrevemos:

∫ x2 dx =

3

3x + c

Outros exemplos: 1. ∫ x5 dx =

6

6x + c

2. ∫ ++

=+

cn

xdxx

nn

1

1

3. ∫ 1 dx = ∫ dx = x + c

4. ∫ cos x dx = sen x + c

5. ∫ sen x dx = -cos x + c

6. ∫ ex dx = ex + c

9.3.2 - CÁLCULO DA PRIMITIVA

Façamos agora o raciocínio inverso, isto é, dada a função

integranda ou integrando, obtenhamos a função primitiva. O

procedimento é mais complicado e existem diversas técnicas ou

"truques" para se obter a primitiva de uma função.

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AC-02

252

Algumas primitivas são chamadas primitivas imediatas, pois

podem ser obtidas diretamente das fórmulas de derivação

apresentadas na Tabela 8.2, através da seguinte propriedade:

- se F é uma função derivável num intervalo I, tem-se que

F' admite primitiva e

∫ F'(x)dx = F(x) + C

ou seja, dada f (integrando), devemos pensar que f = F' e F é a

primitiva, ou seja, a primitiva é a função que derivada resulta em

f. Por exemplo:

Seja f(x) = 3x5 o integrando

f(x) = F'(x) = 1xc)cx(

dx

d −αα α=

então

=α=

=α=α

=−α=α

6

21c

6

3c

51

3c

então F(x) = c xα

F(x) = 1/2 x6

Uma primitiva genérica será do tipo 1/2 x6 + C

Como conseqüência de propriedades conhecidas para

derivadas, temos ainda:

Seguem mais alguns exemplos que ilustram a aplicação das

propriedades acima.

1- ∫ ++=∫+∫ =+ cxsen4

xdxxcosdxxdx)xcosx(

433

2 - ∫ +⋅=∫ ⋅= c4

x5dxx5dxx5

433

3 - cx72

x3dx)7x3(

2

++=∫ +

∫ ∫+∫ =+ dx)x(gdx)x(fdx))x(g)x(f(

∫∫ ⋅=⋅ dx)x(fkdx)x(fk , k =constante ≠ 0

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253

4 - ∫ ++−=+ csenx4xcos3dxcos)4xsen3(

5 - ∫ +++=++ cx32

x5

3

xdx)3x5x(

232

Observe o leitor que qualquer uma das fórmulas acima é

facilmente justificada por derivação. Seja o resultado do exemplo

1 anterior:

xcosxc)xsen(4

xcxsen

4

x 3''

'4'4

+=++

=

++

Repare ainda que dado (x3 + cosx), o cálculo da primitiva

exigiu o conhecimento de duas primitivas imediatas.

A tabela a seguir será muito útil no cálculo de primitivas.

Deve ser usada como fonte de consulta, não necessita ser decorada.

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AC-02

254

9.4 - ALGUMAS TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO

Até agora determinamos ∫ f(x)dx utilizando as regras

derivação e algumas propriedades das derivadas. Entretanto, como

já dissemos, o cálculo de uma primitiva pode não ser uma tarefa

simples ou imediata. Vejamos alguns exemplos:

1 - cxsendxxcosx2 22 +=∫ ⋅

2 - c)1x(3

2dx1x.x2 3332 +−=−∫

3 - cxcosxsenxdxxcos.x ++=∫

4 - ceexdxe.x xxx +−=∫

Nestes casos, algumas técnicas são requeridas, a fim de

determinarmos a integral indefinida. Nestas noções iniciais sobre

integral, examinaremos duas: a integração por substituição e

integração por partes.

9.4.1 - Integração por Substituição

Consideremos o cálculo de uma primitiva de f(x)= 2x.cos x2.

Fazendo a substituição x2 = u(x), teremos u'(x) = 2x, e então f(x)

= u'(x)cos u(x) .Lembrando da regra da cadeia, do cálculo das

derivadas, uma primitiva de u'(x)cos u(x) é

c)x(usendx)x(ucos)x('u +=∫

De modo geral, se f(x) pode ser escrita na forma g(u) . u',

onde u = u(x), então uma primitiva de f(x) será obtida tomando-se

uma primitiva de g(u) e substituindo u por u(x), ou seja:

c))x(u(Gdx)x('u)u(gdx)x(f +=∫ ∫ ⋅=

onde G(u) é tal que G´(u)= g(u)

No caso dx1xx3 32 −∫ temos:

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255

u(x) = x3 -1, u'(x) = 3x2

c)1x(3

2c

2/3

)1x(

c2/3

udx'u.udx1xx3

332/33

2/332

+−=+−

=

=+=∫=−∫

9.4.2 - Integração por Partes

Sabemos que para a derivada de um produto u(x).v(x) vale a

equação:

(u(x).v(x))´, = u'(x)v(x) + v'(x) .u(x)

Assim, segue que uma primitiva de (u(x) .v(x))´ é igual à

soma de uma primitiva de u'(x)v(x) com uma primitiva de v'(x)

.u(x) (a menos de uma constante),ou seja:

∫ (u(x).v(x))' dx = ∫ v(x).u'(x) dx+ ∫ u(x).v'(x) dx

Mas uma primitiva de (u(x).v(x))' é u(x).v(x); logo:

Isto significa que,

e que, uma primitiva de v(x).u'(x) pode ser obtida através de uma

primitiva de u(x) .v'(x), caso isto seja conveniente.

Por exemplo, procuremos uma primitiva de x.ex, temos:

∫ x.ex = ∫ v(x).u'(x)dx

Como u'(x) = ex ⇒ u(x) = ex

v(x) = x ⇒ v'(x) = 1

∫ v(x).u'(x) dx = u(x) .v(x)- ∫ u(x).v'(x) dx

segue que

∫ x.ex = x.ex - ∫ e

x dx

= x.ex - ex + c

Um outro exemplo: procuremos ∫ x.cosx dx.

u(x) .v(x)= ∫ v(x) .u'(x)dx + ∫ u(x) .v'(x)dx

∫ v(x).u’(x)dx = u(x).v(x) - ∫ u(x).v'(x)dx

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AC-02

256

Fazendo v(x) = x e u'(x) = cosx, segue que:

∫ x.cosx dx = ∫ v(x).u'(x)dx

Temos então: u'(x) = cosx ⇒ u (x) = senx

v(x) = x ⇒ .v'(x) = 1

Lembrando que ∫ v(x).u'(x)dx = u(x).v( x)- ∫ u(x).v'(x)dx

segue que

∫ x cosx dx = x.senx - ∫ senx dx = x.senx + cosx + c

Não existe uma regra geral para o cálculo de integrais

indefinidas, aplicável a todas as funções. Entretanto, utilizando

a tabela de primitivas imediatas e as técnicas acima apresentadas,

o leitor está capacitado a calcular um grande número delas.

Agora, apresentaremos o resultado que permitirá o cálculo

da integral definida sem precisarmos recorrer à definição.

O procedimento para determinar a ∫ba dx)x(f , onde f é uma

função continua em [a,b] deve ser o seguinte:

a - procuramos uma primitiva de f(x),que chamaremos F(x).

b - vale que ∫ba dx)x(f = F(b) - F(a).

OBS: O cálculo de integral, conforme apresentado, continua

valendo para f(x)<0. Neste caso associamos o conceito de área

negativa à área abaixo do eixo das abscissas. Por exemplo, para a

função f(x) da Figura 9.3 temos:

∫b

af(x)dx = A1 + (–A2)

FIGURA 9.3- Área "negativa"

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AC-02

257

9.4.3 - Exemplos:

1)Faça uma estimativa da área A sob o gráfico de f(x) = 250

-10

2x , 0 ≤ x ≤ 50, dividindo o intervalo [0, 50] em sub-intervalos

de comprimento 10.

A área A terá o valor aproximado:

A ≅ xxfxxfxxfxxfxf 5544332211 )()()()(x ) ( ∆+∆+∆+∆+∆

Efetuando os cálculos, resulta:

A ≅ 8375

O valor correto, conforme veremos, é 83333

1 , sendo o erro

cometido da ordem de 0,5%, apesar do número de subdivisões ser tão

pequeno.

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AC-02

258

2)Calcule, pela definição, a integral de f(x) = 5x + 7 em

[1, 5].

Solução :

Devemos calcular ,)75(5

1dxx +∫ como a função f(x) = 5x + 7 é

contínua em [1, 5], sabemos pelo Teorema de integrabilidade do

Cálculo Integral que a integral existe, pois a função é contínua

no intervalo de integração. Dividindo [1, 5] em n sub-intervalos

iguais e comprimento n

4 , temos:

xo = 1, x1 = 1 + n

4 , x2 = 1 + 2 n

4 , ..., xi-l = 1 +(i -1) n

4 ,

xi=1 + i. n

4 ,...,xn = 5

Escolhendo, por exemplo, em cada sub-intervalo, ix como

sendo o ponto médio, resulta:

ni

n

in

inxx

x ii

i

241

2

41)1(

41

2

1 −+=++−+

=+

= −

Segue que f( ix ) = 5 ix + 7 = 12 + n

in

1020− ,

nni

nxxf ii

4)

102012()( −+=∆ , ou seja

innn

xxf ii 22

804048)( +−=∆ , logo:

∑∑∑ ∑=== =

+−=+−=+−=∆n

i

n

i

n

i

n

i

ii inn

inn

nn

ninnn

xxf1

21

22221 1

.8040

48.8040

.48

.)804048

()(

como ,2

)1.(

1

+=∑

=

nni

n

i

resulta que

)1

.(4040

482

)1.(.

804048)(

21 n

n

n

nn

nnxxfi jj

n

i

++−=

++−=∆=∑

=

como ∆1x = ∆2x = ∆ix = ... = ∆nx = ,4

n a norma u será igual a

,4

n; logo quando u se aproxima de zero, temos:

a) n cresce arbitrariamente

b) ,4

n se aproxima de zero

c) n

n 1+ se aproxima de 1

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AC-02

259

d) xxf i

n

i

i ∆∑=

)(1

se aproxima arbitrariamente do número

48-0+40.(1) ou seja:

u ≅ 0 ⇒ 88)(1

≅∆∑=

xxf i

n

i

i

temos, então:

De fato calculando a área sob o gráfico de

F(x)= 5x+7 entre x = 1 e x = 5

A = )2

3212(

+ . 4 = 88

3)Determine primitivas para as funções:

a) f(x) = x d) f(x) =2

1

1

x+

b) f(x) = 3

1

x e) f(x) =

2

21

x

x −

c) f(x) = x-2/5

Solução:

Lembrando das regras de derivação já estabelecidas, temos:

a) f(x) = x1/2 ;F(x) = 2/32/3

3

2

2/3x

x=

b) f(x) = x-3;F(x) = 2

2

2

1

2 x

x −−

c) f(x) = x-2/5;F(x)= 5/315/2

3

5

15

2x

x=

+−

+−

d) f(x) = 21

1

x+; xarctgxF =)(

e) f(x) = 1 - 2

1

x;

xxxF

1)( +=

Em cada caso. F(x) + c onde c é constante, também é uma

primitiva de f(x). Poderíamos escrever, genericamente: ,3

2 2/32/1cxdxx +=∫

etc.

∫ =+5

188)75( dx

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AC-02

260

4)Calcule ∫2/π

ocos x dx.

Solução:

Uma primitiva de f(x) = cos x é F(x) = ∫ = xdxx sencos . Segue

que

102

cos2/

0=−=∫ sensendxx

ππ

Também costumamos indicar cálculos como segue:

1020

2cos

2/

0=−==∫ senxsendxx

πππ

5)Calcular ∫ xx

dx22 cossen

Solução: Observando que

xxxx 2222 sen

1

cos

1

cossen

1+=

vem

∫ xx

dx22 cossen= Cgxtgxdxxdxx +−=+ ∫∫ cotseccossec 22

6)Calcule ∫4

1( x2+5x-9)dx e interprete o resultado obtido.

Solução:

Temos F(x) = ∫ (-x2+5x-9)dx = - x

xx9

2

5

3

23

−+

∫4

1( x2+5x-9)dx = F(4) – F(1)

= (-2

21

6

63)

6

41()

3

52−=−=−−

O número -21/2 é o simétrico da medida da área indicada na

figura abaixo:

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AC-02

261

Lembrando que a medida de uma área é um número sempre não

negativo). De um modo geral, se f(x)<0 em [a,b], resulta que:

-f(x)>0 em [a,b] e ∫ (-f(x))dx = - ∫ f(x)dx. Logo, se f(x) < 0 em

[a,b], ∫b

af(x)dx = - A, onde A é a área da região situada entre o

eixo x e o gráfico de f no intervalo [a,b].

7)Calcular ∫ (5x3 - x2 + l)dx.

Solução:

Tem-se

∫ (5x3- x2 + l)dx = ∫ 5x

3dx - ∫ x2dx + ∫ ldx = 5 ∫ x

3dx - ∫ x2dx + ∫ ldx =

Pela fórmula 1 da tabela 9.1 vem,

∫ (5x3- x2 + l)dx = Cx

xx++−

34.5

34

8)Calcular ∫ ( ) dxxa2

Solução:

Temos

( ) dxxa2

− = a-2 xxa +

logo,

∫ ( ) dxxa2

− = ∫ dxxdxxa2adxdx)xxa2a( ∫+∫ ∫ −−=+−

= ∫+∫∫ −⋅ xdxdxxa2dxa 2/1=

= Ca3

ax4

2

xxC

2

x

2

3

x.a2ax

22/3

+

+−=++−

9)Calcule ∫π2

osen x dx e interprete o resultado.

Solução:

Temos ∫ sen x dx = - cos x

∫π2

osen x dx = (-cos 2π)-(-cos 0) = -1 – (-1) = 0

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AC-02

262

Como sen x ≥ 0 em [0, π] e sen x ≤ 0 em [π, 2π]

∫π

osen x dx = A1 (conforme a figura acima)

∫π

πsen x dx = -A2 (conforme a figura acima)

Como por simetria, sabemos que A1 = A2, segue que

∫π2

osen x dx = A1 + (-A2) = 0

1O)Calcule a área sob o gráfico de f(x) = x2 - 5x + 9, para

1 ≤ x ≤ 4.

Solução:

A área A será igual a ∫4

1)( dxxf

logo,

F(x)= xxx

dxxx 92

53

)95(23

2 +−=+−∫

)1F()4F()95(4

1

2 −=+−⇒ ∫ dxxx =

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AC-02

263

= 2

21

6

41

3

52=−

11)Calcular as áreas da região compreendida entre as curvas

y = x2 e y = - x2 + 4x.

Solução:

Nos pontos de intersecção das curvas temos:

x2 = -x2 + 4x ⇒ 2 x2 – 4x = 0

⇒x = 0 ou x = 2

A área A pode ser calculada

assim,

A= dxxdxxx∫ ∫−+−2

0

22

0

2 )4(

ou equivalentemente

[ ]dxxxxA ∫ −+−=2

0

22 )()4(

temos, então dxxxA )42(2

0

2 +−= ∫

e segue que 2

4

3

2)42()(

232

0

2 xxdxxxxF +−=+−= ∫

e3

80)8

3

16()0()2( =−+−=−= FFA

12)Calcular J = dtt

ttt∫

−+2

352

Solução:

Tem-se

Ct

tntCt

tnt

dttdtt

tdtdtt

tdt

t

tdt

t

tJ

+++=+−

−+=

=−+=−+=

∫∫ ∫∫∫∫

25

2

15

152

52

22

1

2

2

3

222

3

ll

13)Calcule dxxex∫

Solução:

Fazendo

)()´(

1)´()(

==⇒==⇒=

∫ xxxedxexgexg

xfxxf

Logo, calculando a primitiva por partes, tem-se

2xy =

42 +−= xy

4

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AC-02

264

CxeCexedxexedxxexxxxxx +−=+−=−= ∫∫ )1(.1

14)Calcular ∫ nxdxl

Solução:

Fazendo

=⇒=

=⇒=

xxgxgx

xfnxxf

)(1)('

1)(')( l

vem,

CnxxCxxnxdxxx

xnxxdxn +−=+−=−= ∫∫ )1(.1

llll

15)Calcular xdxnxnl∫

Solução:

Fazendo

+=⇒=

=⇒=+

1)()('

1)(')(

1

n

xxgxxg

xxfnxxf

nn

l

vem

Cn

nxn

x

Cn

x

nnx

n

x

dxn

x

xnx

n

xxdxnx

n

nn

nnn

+

+

−+

=

+++

−+

=

=+

−+

=

+

++

++

∫∫

1

1

1

1.

1

1

1

1

1

1

1

11

11

l

l

ll

16)Determine as primitivas indicadas:

a) ∫ 7.sen 7x dx d) ∫ (x + 1)17 dx

b) ∫ cos 3x dx e) ∫ esenx.cos x dx

c) ∫ ex2.x dx

Solução:

a) Fazendo u(x) = 7x, temos u’(x)= 7 e segue que

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AC-02

265

∫ 7sen 7x dx = ∫ u’sen u dx = - cos u + c = -cos 7x + c

b) Fazendo u(x) = 3x, temos u’(x) = 3 e segue que

∫ cos 3x dx = 3

1 ∫ 3.cos 3x dx = 3

1 ∫ u’cos u dx = 3

1 sen u + c =

= cx

+3

3sen

c) Fazendo u(x) = x2, temos u’(x) = 2x e segue que:

cecedxuedxxedxxe xuuxx +=+=⋅=⋅=⋅ ∫∫∫222

2

1

2

2

12

2

1

d) Fazendo u(x) = x + 1, temos u’(x) = 1 e segue que

∫ (x + 1)17 dx = ∫ u

17 u´dx = 18

18u + c = c

x+

+18

)1(18

e) Fazendo u(x) = sen x, segue que

∫ esen x cos x dx = ∫ e

u.u’ dx = eu + c = e sen x + c

17)Calcular ∫ (x3 + 1)4 3x2 dx

Solução:

Observando que f(x)dx = (x3 + 1)4 3x2 dx contém a função

t = x3 + 1 e sua diferencial dt = 3x2 dx,

tem-se

∫ (x3 + 1)4 3x2 dx = ∫ t

4 dt = 5

5t = + C

logo

∫ (x3 + 1)4 3x2 dx = C

x+

+5

)1(53

18)Ca1cular J = dxx

x∫

+15 4

3

Solução:

Chamando t = x4 + 1, tem se dt = 4x3 dx,

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AC-02

266

logo,

CxCt

tt

dtdx

x

xJ

++=+=

===+

= ∫∫−

5 445

4

5

1

55 2

3

)1(16

5

5

44

1

4

1

4

1

1

4

4

1

19)Calcular J = dxxsen

x∫ 3

cos

Solução:

Chamando t = sen x, tem-se dt = cos x dx

logo

J = Cxsen

Ct

dttt

dt+−=+

−==

−−∫∫ 2

23

3 2

1

2

20)Calcular xdx∫ 2cos

Solução: Fazendo

f(x) = cos x => f'(x) = - sen x, e

g’(x) = cos x => g(x) = sen x

vem

xdxxxxdx ∫∫ += 22 sencossencos

Substituindo sen2x = 1 – cos2 x tem-se

∫ cos2x dx = sen x cosx + ∫ (1 - cos

2x)dx

ou seja,

∫ cos2x dx = senx cosx + x - ∫ cos

2x dx

Logo,

2 ∫ cos2x dx = senx cosx + x + C1

ou,

∫ cos2x dx =

2

x +

2

cossen xx + C )

2( 1CC =

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AC-02

267

21)Calcular a área limitada pela parábola f(x) = 6 + x - x2

, pelo eixo Ox, e pelas retas x = -2 e x = 3

Solução:

Tem-se

A(F)=

=

−+=∫ −+

−−

3

2

3232

2

3

x

2

xx6dx)xx6(

6

520

6

125

3

82129

2

918 ⋅==

++−−

−+=