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Lista de Livros
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Mrio Ferreira dos Santos: uma esfinge no labirintoQuem foi este
filsofo? - Um idealista libertrio e um professor incansvel -
Cristianismo, a religio do homem - Verbete da Enciclopdia Filosfica
Gallarate - Publicaes
"Todo homem deve viver e morrer como um guerreiro"Uma pessoa que
age sob o signo desta mxima nos aproxima da idia de quem era Mrio
Ferreira do Santos, de sua intensa produo intelectual e filosfica e
de sua interferncia positiva na cultura e, particularmente, no
mercado editorial brasileiro. Jamais seus valores se fecharam
diante de um pas que permanece ainda preconceituoso frente audcia
dos seus prprios pensadores maiores. Era para ele uma questo de
princpio romper com essas amarras dogmticas. Tipo "enciclopedista",
era um raro viajante esclarecido e, como tal, causava assombro,
estranheza e mal-estar. Lutador incansvel na afirmao do pensamento
brasileiro no grande caleidoscpio universal, expressava-se pela
caracterizao de uma busca incessante de uma nova linguagem
filosfica diante de um pensamento europeu consolidado no seu
esgotamento. Ousou pensar os antagonismos do seu tempo com uma
dignidade divergente e tpica daqueles que no escamoteiam seus
prprios problemas contraditrios e oponentes, exemplarmente munido
de uma coragem espiritual de quem no teme os absurdos. Prolfero,
profundo, marcante, heterogneo e polmico so adjetivos inscritos no
interior da produo de sua extensa obra.Dono de uma intensidade
impar, jamais procurou ficar imune diante do que se apresentava.
Herdeiro de uma formao escolstica slida, procurou construir seu
mtodo na afirmao do ciclo concreto "que pertence a todos os grandes
ciclos naturais da humanidade", desde os gregos at os nossos dias.
Formou-se em Direito e Cincias Sociais pela Faculdade de Direito de
Porto Alegre. Como livre-pensador foi preso em 1930, aos 23 anos,
em defesa de suas atitudes conscientes e de seus ideais libertrios,
aos quais se manteve fiel at o fim da vida. Foi advogado, diretor
de jornal, tradutor, professor, escritor multiprismtico. Dentre as
vrias tradues feitas para a Livraria do Globo, Porto Alegre,
destaca-se a obra de Friedrich Nietzsche, "Vontade de Potncia" com
o ensaio "O homem que foi um campo de batalha". Posteriormente em
So Paulo traduziu "Assim Falava Zaratustra" com anlise simblica.
Tradutor criterioso, procurava manter-se fiel ao ritmo, ao estilo e
s modalidades da expresso nietzscheana, tendo a subtileza da intuio
genial de ter-se "colocado sempre na posio de sentir como Nietzsche
escreveria se fizesse "Zaratustra" em portugus". Cria, com isso,
uma original interpretao simblica do pensamento do filsofo de
Sils-Maria.Compulsivo na criao de suas obras, Mrio escreveu artigos
polticos e de cultura para os jornais Opinio Pblica, de Pelotas, e
Dirio de Notcias e Correio do Povo, de Porto Alegre. Foram quase
duas centenas de artigos versando, principalmente, sobre aspectos
da II Guerra Mundial. Por essa poca, colabora com as revistas
Climax e Movimento, escrevendo ensaios, discusses sobre arte,
esttica e poesias. Mas ainda pouco para o seu esprito irrequieto,
que no pra de buscar um conhecimento mais consistente. Talvez por
isso, necessitando de um espao onde houvesse a condio de uma troca
mais radical, mudou-se para So Paulo, na esperana de encontrar ecos
mais significativos s inquietaes do seu trabalho filosfico. Em So
Paulo trabalhou em vrias editoras: Flama, Sagitrio, Livraria Ritz e
outras. Fundou a Livraria e Editora Logos e a Editora Matese. Como
empresrio foi pioneiro na implantao de venda no credirio no sistema
porta a portaIntelectual por demais contemporneo, em 1949,
dedicou-se a ministrar aulas. Redigia de forma cuidadosa, acessvel
e sem rebaixar o contedo dos cursos por correspondncia (novidade no
Brasil, pois os nicos que existiam vinham importados dos Estados
Unidos ou da Europa). Dizia que os cursos de Cultura e Filosofia
Geral importados "no iam evidentemente, de encontro s necessidades
do povo brasileiro". Iniciou os cursos com Oratria, seguindo-se
Filosofia, Esttica, Histria da Cultura e Histria da Arte. A sua
residncia, noite, aps as aulas, era inundada por grupos de
estudantes em fervilhante atividade, na busca de discusses livres e
penetrantes, em torno de temas polticos, econmicos e sociais da
atualidade.Homem de filosofia, no poderia deixar de interrogar-se
constantemente. No livro "Se a esfinge falasse", afirma: " do
destino do homem formular perguntas, e de sua necessidade
respond-las. Mas cada resposta a gnese de uma nova interrogao.
Enquanto o homem for homem, perguntar... Perguntar bem uma dimenso
humana". Recuperando, ento, essa dimenso humana atravs da escrita,
por sua apario mais indicada, que o livro, ousamos perguntar: por
que no reeditar Mrio Ferreira dos Santos? [1] Quem foi este
filsofo?"Que filsofo seria eu se no pudesse tratar filosoficamente
de cada cincia?"Estou realizando uma pesquisa cientfica sobre a
situao atual do pensamento filosfico brasileiro, a fim de
constatar, com objetividade, em que ponto se encontra a Filosofia
hoje no Brasil, como ela se desenvolve, que metas est visando e que
objetivos deve atingir. Durante esta pesquisa cientfica, ainda em
curso, descobri um Pensador de extraordinrio valor - Dr. Mrio
Ferreira dos Santos, nascido no dia 3 de janeiro de 1907 e falecido
no dia 11 de abril de 1968. A descoberta deste filsofo solitrio,
dedicado a uma intensa atividade de pensamento e produo literria,
surpreendeu-me no pouco e proporcionou-me a grata oportunidade de
entrar em freqentes contatos pessoais com ele, homem que ainda no
foi descoberto no Brasil". [2] A ele se referiu o Dr. Carlos Aurlio
Motta de Souza, seu ex-aluno: "Fue un pensador completo, que h
buscado sin rechazar nadie en sus estudios y pesquisas, pero tan
slo ha refutado lo que no fuera positivo, y no llevara al hombre a
conocerse en su totalidad.Por eso, y en esse sentido, fue un
gnoselogo humanizante, de pensamiento total, que nada excluye del
hombre ni de este desvalorice.La extrema fecundidad del trabajo de
Mrio Ferreira dos Santos nos ha legado una obra filosfica grandiosa
que, como tal, permanece a la disposicin de los estudiosos.Restan,
todava, decenas de trabajos inditos, que merecen ser conocidos, no
slo para memoria del extraordinario pensador, sino para
coronamiento de una obra producida en los momentos de su mayor
intuicin filosfica.Relegada progresivamente a planos inferiores de
la cultura, urge rescatar la filosofa humanizante, centrada en la
realidad del ser supremo, esta filsofo h buscado incesantemente la
integracin humanstica, abordando el ecumenismo, buscando la unidad,
procurando "un mtodo capaz de reunir los aspectos positivos de
diversas posiciones filosficas", "mtodo includente y no excludente,
que concilia positividades", combatiendo al mismo tiempo las
filosofias nihilistas, negativistas y pesimistas, que alienan,
desesperan y dividen el hombre y el mundo, sin darles la debida
concrecin, y la certeza del bien supremo.Bien por eso ha concluido
su auto-biografa apuntando hacia la reconciliacin de la filosofa
com la religin cristiana, como filosofa superior capaz de unir los
hombes y hacer que se compreendan, pues para l, Cristo representa
todo cuanto hay de ms elevado, es el hombre en cuanto voluntad,
entendimiento y amor, correspondiente a la concepcin de las tres
personas de la Santsima Trinidad". [3] O filsofo Olavo de Carvalho,
apesar de no t-lo conhecido pessoalmente, dedica-se ao estudo de
sua obra, trabalhando na organizao dos escritos inditos:"Cultuado e
respeitado, temido e odiado em vida, Mrio tornou-se, uma vez morto,
objeto de uma conspirao de silncios destinada a abafar o mais
paradoxal dos escndalos: este pas sem cultura filosfica deu ao
mundo um dos maiores filsofos do sculo, talvez de muitos sculos.A
obra de Mrio no tem similar, nem por sua extenso ocenica, mais de
cem volumes publicados e trinta inditos, nem pela orientao muito
peculiar de seu pensamento, onde as influncias mais dspares, de
Sto. Toms a Nietzsche, de Pitgoras a Leibniz, de Plato a Proudhon,
se harmonizam numa sntese radicalmente original.Um dos segredos
dessa originalidade justamente a absoro e superao de um imenso
legado filosfico. Dono de uma cultura prodigiosamente vasta, Mrio
se ocupou de buscar, na filosofia universal, as constantes ocultas,
os pressupostos latentes que, por trs da variedade e dos
antagonismo aparentes entre os sistemas, configurassem o quod
semper, quod ubique, quod ab omnia credita est (aquilo que todos,
em toda parte, sempre acreditaram). E no somente encontrou um ncleo
de princpios que estruturam algo como uma unidade transcendente das
filosofias, mas ainda o formulou em expresso sistemtica e lhe deu
variadas aplicaes na soluo de alguns dos mais difceis problemas da
metafsica, da teoria do conhecimento, da tica e da filosofia da
histria.Para sondar esse sistema de princpios, que ele denominava,
usando uma expresso pitagrica, mathesis megiste ( ensinamento
supremo ), Mrio criou um mtodo prprio, a dialtica concreta, que
sintetiza a lgica analtica tradicional com a lgica matemtica e com
as dialticas de Aristteles, Hegel e Nietzsche (um mtodo de
espantosa flexibilidade) que lhe permite levar suas demonstraes at
requintes de evidncia que superam tudo o que a mente mais rigorosa
poderia exigir". [4] Mrio Ferreira dos Santos costumava dizer: "No
sou um professor de Filosofia, sou um filsofo. H um silncio a minha
volta, mas no me importo. Quero que o leitor me julgue e s dele
quero receber a crtica boa ou m. Meus livros, 'observou' , foram
entregues ao seu prprio destino, sendo os leitores os nicos
propagandistas; j que eram eles que os aconselhavam outros e, desta
forma, foram tornando-se conhecidos e procurados". Sua meta: tornar
a filosofia compreensvel para todos, propiciando o conhecimento
sempre no sentido mais elevado. Acreditava na possibilidade do
nosso povo, pois comentava que todos aqueles que no Brasil
revelaram possuir mente filosfica, tenderam para um pensamento de
carter sinttico, de caracterstica universalizante, por isso "...o
Brasil atualmente um dos pases que est melhor capacitado para uma
nova linguagem filosfica, capaz de unir o pensamento..."No prefcio
de "Filosofia e Cosmoviso" (1953), temos uma explicao clara de seus
objetivos. Como ensinar filosofia a leitores que no tem os
conhecimentos bsicos? Havia necessidade de preencher estas lacunas,
por este motivo usou uma linguagem de rigor filosfico, mas
pressupondo a falta de escolaridade destes leitores, pois dizia "h
em nosso pas autodidatas de grande valor e de muita
criatividade".Paulatinamente foi publicando as obras que
aprofundavam o conhecimento, constituindo um verdadeiro curso:
"Psicologia", "Lgica e Dialtica, Teoria do Conhecimento, Ontologia
e Cosmologia, Tratado de Simblica, Filosofia da Crise, O Homem
perante o Infinito, Noologia Geral, Sociologia Fundamental e tica
Fundamental, Filosofia Concreta dos Valores, obras que constituem a
"Enciclopdia de Cincias Filosficas e Sociais" .Em Filosofia
Concreta estabelece seu modo de filosofar: H duas maneiras de
faze-lo: a) deixar o pensamento divagar atravs de meras opinies; b)
ou fund-lo em juzos demonstrados a semelhana da matemtica. Esta
segunda maneira usada nesta obra, pois nela a filosofia no
abstrata, mas concreta, fundada em demonstraes rigorosas. A
Filosofia Concreta no uma sncrese nem uma sncrise do pensamento
humano, no um acumulado de aspectos julgados mais seguros e
sistematizados numa totalidade; ela tem sua existncia autnoma, pois
seus postulados so congruentes e rigorosamente conexionados uns aos
outros". Partindo da proposio "alguma coisa h" constri 327 teses,
apoditicamente demonstradas, pois "o valor de nossa filosofia
proporcionado s demonstraes que ela usa e emprega; como construo
filosfica, ela valer na medida que valerem as suas demonstraes".
Como construir um mtodo capaz de reunir as positividades das
diversas posies filosficas?O mtodo dialtico inegavelmente o mais
completo, o melhor para estudar, sobretudo na cincia, quando nos
dedicamos ao mundo da ao do homem, ao mundo do pragma, porque
trabalhamos a com entidades que excluem e, portanto, no podem ter
aquele rigor da lgica clssica. Temos tambm o que chamo de
decadialtica, que uma espcie de esquema em dez providncias de tudo
aquilo que conveniente fazer quando se quer estudar um fato que
corresponda filosofia prtica. Esta metodologia permite, partindo de
uma pequena idia, construir uma srie de idias; trata-se de uma
questo de procurar subordinantes, subordinados e
colaterais".Analisou este mtodo em "A Sabedoria da Dialtica
Concreta" (manuscrito indito). E aplicou-o em "Pitgoras e o Tema do
Nmero", onde elucida o pensamento do filsofo grego, visto o
pitagorismo ter sido o movimento fecundador de todo conhecimento
humano. Inspirado nele criou, quando jovem, um personagem literrio,
Pitgoras de Melo, protagonista de vrios artigos e que retorna duas
dcadas depois, nos dilogos de "Filosofias da Afirmao e da
Negao".Queria reivindicar Pitgoras para o cristianismo, pois
considerava os "Versos ureos" um livro sagrado, que no futuro
deveria ser incorporado," porque no h ali um pensamento que no seja
cristo". Por este motivo decidiu fazer uma edio com a traduo
integral dos comentrios de Hirocles, aproveitando a contribuio de
outros estudiosos e fazendo uma espcie de sntese, acrescentando as
suas contribuies (obra indita).O Tratado de Simblica justifica a
simblica como disciplina filosfica, pois pode-se considerar todas
as coisas no seu aparecer, na forma como se apresentam, como um
apontar para algo ao qual elas se referem. Examina as principais
teorias e prope uma tcnica de interpretao baseada na dialtica
simblica, a qual utilizou para o estudo da hermenutica de "O
Apocalipse de So Joo".Em 1967 iniciou a publicao das obras da
Matese da Filosofia Concreta e assim se expressou:"Atualmente estou
terminando o trabalho maior da minha vida, que a obra de Matese
Megiste, que a tentativa de reconstruir a suprema instruo dos
pitagricos. A Sabedoria dos Princpios o ttulo do primeiro volume,
seguindo-se A Sabedoria da Unidade, "A Sabedoria do Ser e do Nada",
A Sabedoria das Leis, "A Sabedoria dos Esquemas", "A Sabedoria das
Tenses"( estes trs ltimos no publicados), e assim sucessivamente,
nos quais exponho o pensamento que julgo ser genuinamente pitagrico
que antecede a tudo quanto se fez, e d o fundamento mais profundo
do saber, porque se desenvolve atravs de demonstraes rigorosas e
apodticas, suficientes para permitir a formao de uma nova
linguagem, que possa unir os homens dos diversos setores do
conhecimento, evitando os estragos que os especialismos esto
fazendo atualmente. Desta maneira, homens provindos de todos os
setores do conhecimento humano, podem reunir-se num pensamento
capaz de ligar, polimateicamente, tudo quanto o homem realizou, e
oferecendo os fundamentos que Pitgoras desejou expressar, cujos
trabalhos no chegaram at ns seno atravs de fragmentos e de obras
esparsas e incompletas, que estamos lutando para reunir, graas
dialtica mattica, como chamamos, que uma dialtica concreta, que
permite ao partir de um postulado vlido de per se, ascender, pela
subordinao, e descer tambm, pelo mesmo caminho, e buscar os
colaterais, e, deste modo reunir concretamente um conjunto de idias
e de verdades, que estavam dispersas nos diversos
setores.Questionado de como atingir esta sabedoria,
respondeu::Estou trabalhando e tenho a convico de que consegui,
consegui alcanar a esta Matese que vai servir ento de cincia
arquitetnica, que poder facilitar a compreenso de todos os setores
terem uma linguagem comum, uma meta linguagem, uma sintaxe
universal que pode dar a ligao de todas as cincias". Mas possvel o
homem atingi-la?. "...que possvel, no h dvida, e prometido na
Bblia, foi prometido por todas as grandes religies. Na Bblia h
centenas de passagens que So Boaventura colecionou, onde h essa
promessa, que o que ele chama de Cincia Christi, a prpria cincia de
Cristo que dada, prometida ao homem, com a qual o homem poder
alcanar o entendimento. E So Boaventura chega a dizer mais, que
essa procura piedosa e anticristo no crer nessa possibilidade
porque ento como que marcar para todo o sempre a impossibilidade
dos homens se entenderem. E concluiu: "este estudo levar,
inevitavelmente a uma viso transcendental da realidade e sem ele no
se faz filosofia em profundidade, mas apenas de superfcie".Um
idealista libertrio e um professor incansvel"O homem um fim e no um
meio. Utiliz-lo, transform-lo em pea de uma mecanismo, ofender a
sua dignidade".Livre pensador, apaixonado pelos ideais libertrios,
foi um lutador, um quixote esgrimindo para todos os lados, sempre
procurando a elevao espiritual pelo saber. "O homem um viandante
(homo viator) que deve buscar a sabedoria, at quando lhe paire a
dvida, de certo modo bem fundada, de que ela no lhe est totalmente
ao alcance"."Meu ideal?... sei que no o verei vitorioso em minha
vida. Nem meus filhos o vero. Talvez nem meus netos. Talvez mesmo
nunca chegue a vencer. Que importa! Continuarei lutando pelo meu
ideal embora saiba que ele jamais ser vitorioso. Ele minha nica
razo de ser, porque na luta, para torn-lo vitorioso, est toda a
minha felicidade!..."Na defesa de idias no se furtava ao debate.
Apaixonado quando discursava e bastante polmico na controvrsia,
principalmente nos debates sobre questes sociais, no foram pouco os
adversrios adquiridos.Conhecedor das vrias correntes ideolgicas,
principalmente do marxismo, assim se referiu a um contestador:
...mesmo sendo marxista, dificilmente ele conhecer marxismo melhor
do que eu... Dentre os inmeros fatos pitorescos desta poca, um
deles ocorreu durante uma palestra, quando o conferencista defendia
o marxismo, mas de maneira elementar, Mrio levantou-se, pediu um
aparte, e comeou a expo-lo com argumentos slidos. O auditrio
admirou-se, pois era conhecido como defensor das idias libertrias.
Seus amigos chegaram a pensar que tivesse mudado de opinio, mas
logo em seguida rebateu, ponto por ponto, todos os itens antes
defendidos. Uma das suas preocupaes eram os problemas sociais: "...
Senhores, como o Brasil sair da misria? Apenas aplicando um sistema
de organizao social? Se no houver uma modificao psicolgica neste
povo? Se no despertarmos neste povo um outro sentimento de si
mesmo, uma outra maneira de ver a vida, e isto se fabrica da noite
para o dia? Isto no est exigindo lutadores? "Para conseguir esta
mudana que se deve fazer no Brasil? perguntaram-lhe.Bem a mudana
que se deve fazer no Brasil em ns, primeiro ns brasileiros temos
que mudar radicalmente se quisermos fazer alguma coisa, porque o
que temos l em cima um reflexo de nossa situao. Se l em cima vo
esses homens, porque no fomos capazes de evitar que l chegassem.
Precisamos criar elites de esprito brasileiro, preocupadas com
problemas brasileiros. Se assim no o fizermos, no criaremos uma
outra mentalidade, no criaremos a confiana em ns mesmos, no seremos
capazes de elevar este pas para o destino que merece. H muita gente
capaz, mas muitas vezes no podem fazer nada porque esto coarctadas
pela ao de grupos e de outros elementos que ocupam, s vezes, cargos
de mando. Vamos fazer uma nova elite no Brasil, vamos obrigar aos
nossos homens que estudem as nossas coisas e dem valor ao que
nosso.Para ele, "Os homens revelam-se pelos atos e no pelas
palavras. Prefiro mil vezes o meu idealismo consciente e de
perspectiva de pssaro do que o ignorante praticismo caolho de
perspectiva de r!"...Em "Invaso Vertical dos Brbaros" denuncia a
falsa cultura que avassala o mundo, propondo: "O que temos de fazer
hoje construir. Na realidade, o esprito destrutivo, o demonaco,
vence em quase todos os setores deste perodo histrico que vivemos
e, sobretudo, neste sculo, que talvez seja cognominado pelos
vindouros 'sculo da tcnica e da ignorncia'; porque se h nele um
aspecto positivo, que o progresso da tcnica, que chega at as raias
da destruio, a ignorncia aumenta desesperadamente, alcanando
limites que a imaginao humana nem de leve poderia prever. Mas o que
mais assombroso a auto-suficincia do ignorante, o pedantismo da
falsa cultura, a erudio sem profundidade, a valorizao da memria
mecnica, do saber de requintes superficiais, a improvisao das
solues j refutadas, a revivescncia de velhos erros rebatidos e
apresentados com novas roupagens. Tudo isso de espantar"."Estamos
em pleno agnosticismo, ceticismo, pessimismo, ficcionismo,
pragmatismo, materialismo, niilismo, "desesperismo"; so conseqncias
que surgiram do filosofar moderno".Costumava nas aulas conclamar os
alunos para lutarem contra as ms idias que invadiram o campo
cultural moderno, contra a filosofia de opinies que tantos males
causaram , contra os "ismos", contra o esprito da "novidade" e tudo
que leva ao negativismo e a confuso. "O resultado que vivemos num
mundo de utopias e quimera; como conseqncia, h desiluses, cujo
resultado final desespero",,,. "Portanto, inegavelmente, a reflexo
filosfica deve abrir-se para uma viso transcendental da realidade,
sob pena de nos perdermos em armadilhas feitas por ns mesmos,
afirmando uma deficincia que, na verdade, no temos".Advertia que
"devemos erguer as massas populares at a filosofia, atravs de um
desenvolvimento da cultura nacional, que tenda filosofia positiva e
no filosofia negativista e niilista que penetra em nossas
escolas".Como mestre e educador revelou uma preocupao especial em
relao aos jovens, e foi em tom apologtico que encerrou uma de suas
aulas: "Eu conclamo a juventude de hoje que no se torne aquela
juventude que perseguiu sempre os grandes homens, aquela juventude
que perseguiu Scrates, aquela juventude que perseguiu os
pitagricos, aquela juventude que levou condenao, morte a Anaxgoras,
mas sim aquela juventude que apoiou Plato, que apoiou Aristteles no
Liceu, que apoiou Pitgoras no seu Instituto, aquela juventude
estudiosa, aquela juventude que dedica o melhor de sua vida para
formar o seu conhecimento, aquela juventude que quer ser capaz de
assumir as rdeas do amanh, e no a juventude que quer apenas ser uma
massa de manobras de polticos demggicos e mal-intencionados, uma
juventude de agitao, mas sim uma juventude construtora, uma
juventude realizadora, uma juventude que lance para a histria da
humanidade os maiores nomes e os maiores vultos..."Cristianismo, a
religio do homem"O caminho que leva Sabedoria um caminho de
humildade e simplicidade. A converso nos exige que nos apresentemos
ante os outros com o pouco que temos e coloc-la disposio de todos.
No ensinamos, no damos, oferecemos e compartilhamos o que temos,
aprendemos e agradecemos o que nos ensinam todos os outros."Seu
pai, apesar de anticlerical, vendo a inclinao do filho para temas
filosficos, decidiu matricul-lo no Ginsio Gonzaga, pois considerava
os jesutas grandes educadores.Aos 14 anos sentiu despontar grande
ardor religioso, desejando entrar para a Ordem, porm o padre
confessor advertiu-o: "Mrio, deves ir para o mundo, teus caminhos
sero outros, porm mais tarde sei que voltars a ns". "Que mau padre
eu seria!", comentou anos mais tarde.Teve momentos de dvidas e
descrena " ...passei por uma longa noite obscura de trevas, em que
me abismei no atesmo. S depois, graas a ter guardado um pouco de
amor, que me havia ensinado um de meus mestres, que era uma devoo
que sempre tive por Virgem Maria, foi por ali que se abriram
novamente os meus olhos." Costumava dizer: "o meu cristianismo o
cristianismo do amor, to bem sintetizado no poema de So Francisco
Xavier: "Deus, eu te amo".O atesmo foi tema de estudos, abordado
primeiramente em "Teses da existncia e inexistncia de Deus" e
depois em " Homem perante o Infinito". Em resposta a pergunta: "Que
pensar sobre o problema do atesmo contemporneo?" disse:"Este tema
de uma vastido tremenda, j que o atesmo contemporneo no surge a
rigor de uma especulao filosfica, mas sim, de certas decepes de
carter mais tico do que filosfico. A meu ver, o atesmo no surge,
propriamente, em torno do Deus Uno e de seus atributos, mas, em
torno dos atributos do Deus Trino, ou Deus pessoal ou dos atributos
morais de Deus. No conheo nenhum trabalho, de nenhum atesta, que se
limite a atacar, especificamente, o Deus Uno. Conheo agnsticos e
cpticos, mas no atestas que tomem uma posio definitiva, negadora da
possibilidade de um Ser Supremo. O atesmo sempre o produto de uma m
colocao do problema de Deus. Como na Filosofia no h questes
insolveis, mas apenas mal colocadas, o atesmo moderno parece uma
questo insolvel, porque mal colocada. Todas as ocasies em que tive
a oportunidade de me encontrar com atestas, bastou-me pedir-lhes
que descrevessem o que entendiam por Deus, para, nessa descrio,
verificar quais as razes de seu atesmo. Foi-me fcil afast-los de
sua posio e coloc-los na aceitao de um Ser Supremo, o que , para ns
cristos, o ponto de partida para uma total recuperao".Em
Cristianismo, a religio do homem (manuscrito indito), demonstra que
esta a nica religio que no depende de raa nem de ciclo cultural,
pois surge de uma revelao atravs do prprio homem, pedindo a ele que
seja perfeito naquilo que lhe prprio, quer dizer, na superao
humana, que se realiza pela purificao da vontade, pela clareza e
pela acuidade do pensamento, e pelo acrisolamento do seu amor.Nos
ltimos anos dedicava-se, sobretudo, ao estudo da religio, com a
inteno de publicar Deus(manuscrito inacabado), que culminaria todo
seu pensamento numa sntese global, pois ...consideraria tudo que
estou fazendo na minha vida sem valor se no chegasse a uma
possibilidade de divulgar a idia religiosa de uma maneira mais s e
mais completa. E adiante confessa: O meu desejo foi sempre ter a
minha volta pessoas capazes de um dia ajudar num trabalho de pregao
religiosa, mas de pregao sria, independente das seitas,
independente das diversas igrejas, nesse verdadeiro sentido do
cristianismo. a religio do homem, abrindo as portas, porque ns
estamos hoje vivendo uma poca de desenvolvimento tcnico e de
desenvolvimento cientfico, de desenvolvimento cultural em muitos
aspectos, mas completamente esvaziada de espiritualidade e sem esta
espiritualidade tudo isso falho, tudo isso fraco. S o cristianismo
nos poder dar uma base que est nos faltando, pois o homem no pode
viver sem religio. Biografia da Enciclopedia Filosofica- Centro di
Studi Filosofici di Gallarate. Firenze, G.C. Sansoni Editore,
1969.SANTOS, Mrio Ferreira dos Filosofo brasiliano, n.a Tiet (San
Paulo) da famiglia portoghese il 3 genn.1907, m. ivi l'11 apr.
1968.Fece gli studi secondari nel collegio Gonzaga di Pelotas (Rio
Grande do Sul) e si lecenzi in diritto e scienze sociali
nell'Universit di Porto Alegre. Dopo breve periodo di avvocatura e
insegnamento, si ritir a vida privata, dedicandosi esclusivamente
allo studio della filosofia e scienze connesse. Fond a San Paolo
due case editrici per la divulgzione delle proprie opere (Ed. Logos
ed Ed. Matese).Scrittore e pensatore straordinariamente fecondo, in
appena tre lustri public una collezione dal titolo Enciclopdia de
Cincias Filosficas e Sociais che consta di 45 voll., in parte di
carattere teoretico in parte storico-critico. I pi importanti sono:
Tratado de Simblica (5 edd.), Filosofia da Crise (4 edd.),
Filosofia Concreta, 3 voll. (5 edd.), Filosofia Concreta dos
Valores (3 edd.), Sociologia Fundamental e tica Fundamental (3
edd.), Pitgoras e o Tema do Nmero (3 edd.), Aristteles e as Mutaes
(3 edd.), O Um e o Mltiplo em Plato (3 edd.), Mtodos Lgicos e
Dialticos, 3 voll. (5 edd.), Dicionrio de Filosofia e Cincias
Culturais, 4 voll. (5 edd.), ecc.La sintesi filosofica del F. dos
S. ad un tempo tradizionale e personale. Utilizzando le pi recenti
scoperte intorno a Pitagora, fatte specialmente dall'Associazione
internazionale dei Pitagorici sotto la direzione del dott.
Sakellariou, dell'Universit di Atene, tenta una conciliazione fra
la pitagorica Mathesis Megiste e la sapienza infusa di s. Tommaso,
como presentata specialmente nel commentario del De hebdomadibus di
Boezio. Essa si otterrebbe, secondo lo stesso Aquinate, per mezzo
di una cointuizione sapienziale e di un certo istinto divino. In
questo M. F. dos S. fa consistere la filosofia come scienza, o
meglio super-scienza e sapienza dei principi in quanto principi.
Essa concreta, cio ci fa conoscere la realt stessa delle cose nelle
loro intime radici e non solo problematica e probabile. Essa potr
gettare un ponte tra la metafisica e la religione cristiana
rivelata, e potrebbe costituire un nuovo metodo di apologetica e
catechesi specialmente adatto algi ambienti colti di oggi.
Raccogliendo in un sintesi pi profonda gli elementi di convergenza
dei maggiori filosofi, da Plitagora, Platone, Aristotele e s.
Tommaso, Scoto e Surez, e interpretando com maggior oggettivit,
alla luce delle contingenze storiche del pensiero, i punti di
divergenza, F. dos S. elabora un sistema al quale, in omaggio a
Pitagora e per il metodo dialettico adottato, h dato il nome di
Matese .Ad esso h dedicato una serie di opere, gi pronte e in corso
di pubblicazione. Comprender 15 voll., fra i quali: Sabedoria dos
Princpios, Sabedoria da Unidade, Sabedoria do Ser e do Nada,
Sabedoria das Tenses, Sabedoria das Leis Eternas, ecc.Alla
filosofia moderna e contemporanea F. dos S. rimprovera
atteggiamenti negativi, come: soggettivismo e astrattismo,
scetticismo, finzionismo, nichilismo, disperazionismo..., e ne
denuncia i frutti nefasti nel libro dal titolo significativo Invaso
Vertical dos Brbaro (1967). Tuttavia nei grandi maestri della
filosofia moderna scopre e mette a profitto verit parziali di non
poco valore. Esemplo di ci la sua interpetazione di Nietzsche, al
quale, oltre la traduzione portoghese delle opere principali, ha
dedicato varie monografie. Meritano di essere citati anche alcuni
lavori letterari, como Curso de Oratria e Retrica (1953 12 edd.),
Tcnica do Discurso Moderno (5edd.), Prticas de Oratria (5 edd.), e
vari volumi di divulgazione, como Convite Filosofia, Convite
Psicologia Prtica, Convite Esttica, tutti alla 6 ed.Apostolo
indefeso e solitario della sapienza nel senso tradizionale antico,
M. F. dos S. si sforzato di formulare una filosofia che, rimanendo
sempre aperta a nuovi problemi, fosse alto stesso tempo, di nome e
di fatto, perenne ed ecumenica.C.BeraldoTraduoSANTOS, Mrio Ferreira
dos Filsofo brasileiro, n. em Tiet (So Paulo), de famlia
portuguesa, aos 3 de janeiro de 1907, fal. Aos 11 de abril de 1968.
Fez seus estudos secundrios no colgio Gonzaga de Pelotas (Rio
Grande do Sul) e licenciou-se em direito e cincias sociais na
Universidade de Porto Alegre. Aps ter exercido, por breve perodo
advocacia e o ensino, retirou-se a vida privada, dedicando-se
exclusivamente ao estudo da filosofia e das cincias conexas com a
mesma. Fundou em So Paulo duas casas editoras, para a divulgao das
suas obras (Ed. Logos e Ed. Matese). Escritor e pensador
extraordinariamente fecundo publicou em menos de quinze anos, uma
coleo com o ttulo de Enciclopdia de Cincias Filosficas e Sociais
que abrange 45 volumes, em parte com carter teortico, em parte
histrico-crticos. Os mais importantes so: Tratado de Simblica (5
ed.), Filosofia da Crise (4 ed.), Filosofia Concreta, 3 vols. (5
ed.), Filosofia Concreta dos Valores (3 ed.). Sociologia
Fundamental e tica Fundamental (3 ed.), Pitgoras e o Tema do Nmero
(3 d.), Aristteles e as Mutaes (3 ed.), O Um e o Mltiplo em Plato
(3 ed.). Mtodos Lgicos e Dialticos, 3 vols. (5 ed.), Dicionrio de
Filosofia e Cincias Culturais,4 vols. (5 ed.) etc. F. dos S. acusa
a filosofia moderna e contempornea de atitudes negativas, como
subjetivismo, abstratismo, cepticismo, ficcionismo, nihilismo,
desesperacionismo... Ele aponta os frutos deletrios de tudo isto
num livro recente ao qual deu o ttulo significativo de Invaso
Vertical dos Brbaros (1967). Entretanto nos grandes mestres da
filosofia moderna descobre a aproveita verdades parciais de
relevante valor. Ele nos deixou um exemplo disto na sua interpretao
de Nietzsche, ao qual, alm da traduo em portugus das obras
principais, dedicou vrias monografias. Merecem ser citados tambm
alguns trabalhos literrios, como : Curso de Oratria e Retrica
(1953- 12 ed.), Tcnica do Discurso Moderno (5 ed.), Prticas de
Oratria (5 ed.), e vrios volumes de divulgao, como Convite
Filosofia, Convite Psicologia Prtica, Convite Esttica, todos j n 6
edio. Apstolo incansvel e solitrio da sabedoria no sentido
tradicional e antigo, M. F. dos S. se esforou por formular uma
filosofia que, embora ficando sempre aberta a novos problemas,
fosse ao mesmo tempo, de nome e de fato, perenne e
ecumnicaPublicaesObras publicadas pela Livraria e Editora Logos
Ltda.Curso de Oratria e Retrica 1 ed. 1953, 12 ed.Tcnica do
Discurso Moderno 1 ed. 1953, 5 ed..Lgica e Dialtica - 1 ed. 1954, 5
ed.Psicologia - 1 ed. 1954, 5 ed.Teoria do Conhecimento - 1 ed.
1954, 5 ed.,O Homem que Nasceu Pstumo 1 ed. 1954,3 ed.Curso de
Integrao Pessoal 1 ed. 1954, 5 ed.Anlise Dialtica do Marxismo 1
ed.1954.Filosofia e Cosmoviso 1 ed. 1955, 6 ed.Ontologia e
Cosmologia - 1 ed. 1955, 5 ed.Tratado de Simblica - 1 ed. 1955, 5
ed.Filosofia da Crise - 1 ed. 1955, 5 ed.O Homem perante o Infinito
(Teologia) - 1 ed. 1955, 5 ed.Aristteles e as Mutaes 1 ed.1955, 3
ed.Noologia Geral - 1 ed. 1956, 4 ed.Filosofia Concreta (3 volumes)
- 1 ed. 1956, 4 ed.Sociologia Fundamental e tica Fundamental 1 ed.
1957, 3 ed.Filosofias da Afirmao e da Negao 1 ed. 1957, 2
ed.Prticas de Oratria 1 ed. 1957, 5 ed.O Um e o Mltiplo em Plato 1
ed. 1958, 3 ed.Mtodos Lgicos e Dialticos ( 3 volumes) 1 ed. 1959, 5
ed.Pitgoras e o Tema do Nmero - 1 ed. 1960, 2 ed.Pginas Vrias 1 ed.
1960, 12 ed.Filosofia Concreta dos Valores 1 ed. 1960, 3 ed.Convite
Esttica 1 ed. 1961, 5 ed.Convite Psicologia Prtica 1 ed. 1961, 5
ed.Convite Filosofia 1 ed. 1961, 5 ed.Tratado de Economia ( 2
volumes) 1 ed. 1962, 2 ed.Filosofia e Histria da Cultura ( 3
volumes) 1 ed. 1962, 2 ed.Anlise de Temas Sociais ( 3 volumes) 1
ed. 1962, 2 ed.O Problema Social 1 ed. 1962, 2 ed.Obras publicadas
pela Editora MateseDas Categorias 1 ed. 1960, 2 ed.Dicionrio de
Filosofia e Cincias Culturais (4 volumes) - 1 ed. 1963, 4
ed.Dicionrio de Pedagogia e Puericultura ( 3 volumes) - 1 ed.
1965Origem dos Grandes Erros Filosficos - 1 ed. 1965Protgoras - 1
ed. 1965Isagoge de Porfrio - 1 ed. 1965Grandezas e Misrias da
Logstica - 1 ed. 1966Invaso Vertical dos Brbaros - 1 ed. 1967Erros
na Filosofia da Natureza - 1 ed. 1967A Sabedoria dos Princpios - 1
ed. 1967A Sabedoria da Unidade - 1 ed. 1967A Sabedoria do Ser e do
Nada - 1 ed. 1968Obras publicadas por outras editorasTeses da
existncia e da inexistncia de Deus - com pseudnimo de Charles
Duclos. So Paulo, Editora e Distribuidora Sagitrio, 1946.Se a
Esfinge Falasse - com pseudnimo de Dan Andersen. So Paulo, Editora
e Distribuidora Sagitrio, 1946.Realidade do Homem - com pseudnimo
de Dan Andersen. So Paulo, Editora e Distribuidora Sagitrio, 1947.O
Apocalipse de So Joo. So Paulo, Editorial Cone Sul,
1998.TraduesVontade de Potncia, de Friedrich Nietzsche. Porto
Alegre, Livraria do Globo, 1945A Fisiologia do Casamento, de Honor
de Balzac. Porto Alegre, Livraria do Globo, s.d.Os Pensamentos, de
Pascal. So Paulo, Editora Flama, s.d.Cartas Provinciais, de Pascal.
So Paulo, Editora Flama, s.d.Herman e Dorota, de Goethe. So Paulo,
Editora Flama, s.d.Histrias de Natal. So Paulo, Editora Flama,
s.d.Saudao ao Mundo, de Walt Whitman. So Paulo, Editora Flama,
s.d.Idias Absolutistas do Socialismo, de Rudolf Rocker. So Paulo,
Editora Sagitrio, s.d.Alm do Bem e do Mal, de Friedrich Nietzsche.
So Paulo, Editora Sagitrio, 1947.Aurora, de Friedrich Nietzsche. So
Paulo, Editora Sagitrio, 1947.Dirio Intimo, de Amiel. Livraria do
Globo, 1947.. . .Yolanda Lhullier Santos e Nadiejda Santos Nunes
Galvo
[1] Artigo publicado na revista "Livro Aberto", de autoria de Yolanda Lhullier e Miguel Jorge Machado, em agosto-setembro de 1996.[2] Declarao Prof.Dr.Pe.Stanislavs Ladusns S.I. (18-12-1968)[3] "Mrio Ferreira dos Santos y su filosofia concreta". Madrid, Revista Verbo, srie XXX. Nm. 29-296, mayo-junio-julio 1991.[4] "Futuro do Pensamento Brasileiro". Rio de Janeiro, Faculdade da Cidade Editora, 1997.voltar