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Página 2 Sexta-feira, 20 de janeiro de 1950 O GLOBO SPORTIVO

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MIAM 1CE-UDERÂHÇA DO RIOf-

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C Turcão persegue Luizinho, que se prepara para arrematar

NOVAMENTE DERROTADO 0 S, PAULOS. PAULO, janeiro (De 1». Frank, especial para O GLOBO

SPORTIVO) — Decididamente o São Paulo, bi-campeão pau-lista, não está atravessando um período favorável. Estreando noRio-São Paulo, foi espetacularmente batido pelo Corintians, nu-ma peleja em que era cotado como favorito. Frente ao Bota-fogo, em Pacaembú, obteve uma vitoria apertada, num prelio demuitos tentos, que bem evidenciou a falha atuação de seu sis-tema defensivo. Em São Januário cumpriu seu terceiro compro-misso, tendo por adversário o Fluminense e foi novamente ven-cido. O prelio contra a Portuguesa de Desportos, que a exem-pio do Corintians, vem cumprindo boa atuação no torneio, eraa sua oportunidade para resgatar os resultados adversos, re-cuperando em parte o terreno perdido. Mas ainda não foi destavez possível fazer as pazes com a vitoria. Encontrando na equi-pe lusa um adversário voluntarioso, jogando à base de grandevelocidade e deslocaçõcs, baqueou novamente a equipe bi-cam-peã paulista, mercê da falha atuação de sua retaguarda e daincompleta atividade de seus avantes. Sem contar com a pre-sem. a de Remo, o "motorzinho" da equipe, de Friaça, licenciadoe de Teixeirinha contundido, o tricolor teve de lançar mão deuma nova ofensiva, que não produziu o esperado. Augusto, Pon-ce, Leonidas, Leopoldo e De Camilo, este depois substituído porLuizinho, mostraram-se impotentes para vencer a sólida barreiraem que se constituiu a defesa lusa, com Brandãozinho em gran-de tarde, e Santos, Nino e Pedro bastante firmes, alem da dis-posição do novato Zinho. O ponto mais fraco do São Paulo,porem, não esteve na linha de frente. A má atuação de Maurona zaga e da linha media, onde somente Rui, na primeira fase,chegou a jogar bom football, foi o principal fator da má pro-dução dos avantes e, consequentemente, da equipe. Algo emba-raçados, os defensores sampaulinos foram vencidos quase sem-pre pela maior velocidade dos avantes lusos, especialmentePinga I e Nininho, que fugiam facilmente à marcação e des-frutavam à vontade os tiros á meta, empenhando por variasvezes o arqueiro "Poy,

que ocupou o arco na ausência de Marioe Bertolucci, ambos contundidos.

Çlaxambú foi empenhado poucas vezes e nada pôde fazernos tentos tricolores. Nino e Pedro formaram uma zaga bastan-te firme, anulando eficientemente o esforço ,de Leonidas e seuscompanheiros. Santos, Brandãozinho e Zinho, substituído porHélio no último minuto da pugna, atuaram bem, servindo oataque com bolas em profundidade otimamente aproveitadaspor Pinga I e Nininho. Na linha destacaram-se Pinga I e Nini-nho, muito velozes e perfeitos finalizadores, seguidos de pertopor Niquinho, Renato e Mota. Pinga II e Valter, que substitui-iam, respectivamente, Niquinho e Mota, mantiveram o mesmoritmo dos anteriores, cooperando para a justa vitoria obtidasobre o São Paulo.

O arqueiro Po.v, muito embora tenha-se apresentado algonervoso em face da insegurança manifestada pela zaga, espe-cialmente Mauro, praticou intervenções firmes, nada podendolazer nas bolas que foram ter às suas redes. Saverto disputouuma partida regular, tendo seu trabalho comprometido pelasfalhas dc Mauro, que esteve bastante inseguro. Na linha me-dia, Rui jogou um bom primeiro tempo, decaindo em seguida.Bauer tentou algumas incursões contra o campo adversário,mas esteve muito longe de apresentar uma atuação normal.Noronha bastante esforçado, auxiliando bastante o ataque. En-ire os atacantes, merece registo especial o ponteiro Augusto, quedisputo» ótima partida, sendo ainda autor de dois magníficostentos. Leonidas, sem encontrar auxilio em seus companheiros,Illtou com muito ânimo, enquanto que Leopoldo, Poncc dc Lconc De Camilo apareceram modestamente. Luizinho substituiu DeCamilo, dando mais agressividade ao ataque.

A Portuguesa marcou, somente no período final, por inter-médio de Sajvtos, cobrando um penal dc Noronha, Pinga I, Re-nato e Nininho.

S. FAÜLO — Poy; Saverio e Mamo (Renato); Bauer (Rui).Rui (NejO) e Noronha: Augusto (Luizinho), Ponce de Leon. LCo-nidas {Augusto), Leopoldo ((Leonidas) e De Camilo (Leopoldo).

PORTUGUESA — Caxambú; Mino e Tedro Santos; Brandão-isinho e Zinho (Hélio); Niquinho (Pinga II). Renato. Nininho..Pinga I e Mota ÍWalter).'O"juiz foi o Sr. Amaral Sobrinho, que estreou em p.cüos deresponsabilidade, apresentando falhas craves.

A remU foi de Cr? 196.832,00.

S. PAULO, janeiro (De P Frank,especial para O GLOBO SPORTI-VO) — Vencendo de forma Indis-cutivel o Palmeiras, beneficiou-se oCorintians com o empate verificadono prelio Vasco x Flamengo, Isolan-do-se assim na vice-liderança, a umponto de diferença do lider, o clubeda Cruz de Malta. Aliás, as apre-sentações do Corintians no torneioentre os principais quadros dos doismaiores centros footballísticos dopaís, depois de sua desastrada es-tréia frente ao Flamengo, vêm sen-do pautadas por uma ascenção téc-nica apreciável, pois seu conjuntotem produzido com grande regulari-dade, fielmente traduzida nas duasgrandes vitorias já obtidas frente aoSão Paulo e o Palmeira*-. Em igual-dade de condições para obter a vi-toria, em face dos resultados an-teriores ou seja o triunfo do Pai-meiras sobre o Flamengo e do Co-rintians sobre o São Paulo, tornai»-se difícil qualquer prognóstico quan-

>to ao resultado da pugna entre ostradicionais rivais das canchas ban-deirantes. Ambos dotados, no mo-mento, de equipes novas, lutando poracertar no terreno da produção eda técnica, estavam capacitados aoferecer um espetáculo realmentebom à grande torcida que compa-receu ao Pfirnombú. Num jogo àbase de velocidade e entusiasmo, lo-graram corintianos e pnlmeirenser-corresponder, proporcionando umapeleja vistosa, onde não faltaramlances de sensação, inclusive um pe-nal chutado fora por Jalr e um vio-lento petardo do mermo Jair contraas traves de Fino, quando este jáfora vencido. Venceu o Corintiansmerecidamenle por contar com umaretaguarda mais sólida e uma linhade avantes entendendo-se às milmaravilhas e com nroíundo senso depenetração. Ao Palmeiras' faltoumelhor entrosamento em seu siste-ma defensivo, o que sem dúvida pre-judicou a produção de seu ataqueque aliás, não apresentou a mesmaagressividade de seu adversário. VI-torla justa portanto, e que, afigu-rando-se de inicio uma goleada, ter-minou com um placard apertado,que não reflete perfeitamente ocomportamento das duas equipes.PERFEITA A EXIBIÇÃO DO CO-

RINTIANSContando com Nilton c- Belfare

perfeitamente adaptados à zagacom Touguinha produzindo o quedele se esperava e com um ataqueimpetuoso, altamente técnico e insi-dioso, o Corintians vem apresentan-do magníficas exibições, fazendo es-quecer suas apagadas performancesdo campeonato paulista de 1949. Oquadro alvi-negro, afora o decepcio-nante derrota no prelio com o Fia-mengo. vem convencendo ampla-mente. Bino foi pouco empenhado,sendo vencido por duas bolas inde-fensaveis. Na zaga, os ex-mediosNilton e Belfare conduziram-se demaneira elogiavel, principalmenteNilton que disputou uma grandepartida, deslocando-se com rapideze precisão dentro da área. Na li-nha media. Touguinha repetiu seuótimo trabalho registado no preliocontra o São Paulo, travando inte-ressante duelo com Jair. no quallevou a melhor. Idario e Hélio com-pletaram a boa atuação üo centro-médio com muita dedicação e es-forço. Na linha de avantes residiaa ponto alto da equipe corintiann.Cláudio. Luizinho. Baltazar, Nelfi-nho e Colombo, este último substi-tuido por Noronha nos minutos fi-nais. disputaram excelente partida,criando situações dificílimas para aretaguarda pnl.meiren.se. nem sem-pre em condições de afastar o pe-rigo criado n^los déslocáções rioscorintianos.

FALHO O PALMEIRASOberdã. no arco. fe«_ o que lhe

era possível, não sendo culpado denenhum dos tentos corintianos. Vr-lorizou sua atuação com uma opor-tuna defesa de magnífica cabeçar'~de Baltazar. Na zaga. TurcãoGengo depois substituído por Sal-vador e deslocado para a asa mediaesquerda em lugar de Manduco,disputaram uma partida normal. Nalinha media Mexicano foi a melhorfigura, seguido de Túlio, sempre ba-talhador. Manduco pecou por ex-cesso de morosidade, sendo vencido

(Conclue na pag. 15)

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Corintianos e palmeirenses em ação

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O 2." goal do Corintiaii >s contra o Palmeiras

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Caxambú preparando-se para defender, uo jogo cem o São Paulo

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O GLOBO SPORTIVO

MAR I O F I ChÕSexta-feira, 20 de janeiro de 7950

O x7V'x7x%J_W colfrpEõesJ

Página 3

w a _m «iEm outros tempos, uma chuva assim, nem

-*• deixaria haver jogo. Chovia sem parar. E,apesar disso, os bondes iam carregados de gente pa-ra São Januário. Quando cheguei, as arquibanca-das estavam cheias de cogumelos pretos. Os torce-dores de guarda-chuva, logo que o jogo estivesse

para começar, teriam de se molhar, como os outros.O ano passado fora a mesma coisa. Alguns torcedo-res demorarassi a fechar os guarda-chuvas, laranjasem cima deles. Só estavam de guarda-chuva abertoos torcedores do lado de lá. Os da cruva se tinhasnarrumado debaixo da marquise. Podia chegar maisgente. Eu era capaz de apostar, apertando-se, em-purra aqui aperta acolá, a torcida acabaria arran-jando um jeito de ficar debaixo da marquise. Ostorcedores da curva tinham medo da chuva. Prefe-riam vêr o jogo de longe a voltar para casa de rou-pa molhada.

Os torcedores da arquibancada descoberta,¦ exposta à chuva e ao vento, não. Levaram

mÊÊmguarda-chuva, fizeram chapéus de jornal. A

chuva continuaria a cair, era uma chuva que nãoacabaria tão cedo. Durante noventa minutos, semcontar com as interrupções, eles se inolhariam, po-deriam até apanhar uma pneumonia se os cariocasperdessem. C o m os cariocas atacando, marcandogoals, os torcedores das arquibancadas descobertasnão ficariam quietos. Ficariam quietos se os paulis-tomassem conta do campo. Então eles se encolhe-riam, tremendo de frio. A chuva atravessaria a rou-pa, a pele. chegaria até os ossos. Os torcedores dasarquibancadas descobertas tinham confiança na vi-tória.

3

Se não tivessem confiança na vitória 'ica-riam em casa, ao pé do rádio, ou iriam paradebaixo de uma marquise, um guarda-chuva

de cimento armado que não se fecharia. Era cedo,só daqui a duas horas é que principiaria o jogo. ha-via um torcedor de cadeira numerada, do outro la-do, as cadeiras do outro lado eram de ferro, já sen-tado, de capa de borracha, encolhido, e a chuva ca-indo. O campo verde, de grama fresca, que aindanão foi pisada. Parecia um tapete verde, segundo aimagem dos "speakers", macio, convidativo. A gen-te tinha a Impressão de que não chovia em campo.que só chovia na pista de carvão, na arquibancadadescoberta, nu;»

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O professor Castro Filho olhava para o cam-po com carinho. O campo ficara bonito, nemparecia aquele do jogo Vasco e Botafogo, du-

ro, de grama tostada, a terra abrindo bocas de sê-de. Antes do match, bem antes, fora preciso man-dar molhar o campo. O professor Castro Filho pe-dirá chuva naquele dia. a chuva não viera. A chu-va só chegara meses depois, hoje, quando ninguémprecisava dela. Os jogadores cariocas e paulistas iampisar a grama, iam afundar as chuteiras no tapetemacio. O professor Castro Filho olhava o campocom uma alegria triste. A grama fresca, molhada,quase brilhando, enchia-lhe o coração de alegria. Ocampo estava vazio, agora, daqui a pouco os joga-dores, atrás da bola, tripudiariam sobre o campo. Eisso entristecia o professor Castro Filho.

_ A tristeza de Rivadavia Corrêa Méier nada

^P tinha a ver com o campo, com a grama fres-ca, Rivadavia Corrêa Méier nem olhava para

o campo, olhava para os degraus vazios das arqui-bancadas. Nâo via os guarda-chuvas abertos, o* tor-cedores debaixo da marquise, via o cimento nu, de-flraus e degraus, subindo e descendo. Em um dia as-s«m não devia haver jogo. Tinha de haver jogo, so

-DA PRIMEIRA FILAnão houvesse jogo iam dizer que a CBD só queriasaber de dinheiro. E a CBD não queria apenas saberde dinheiro. Em Pacaembu chovera e debaixo dechuva houvera o jogo paulistas e gaúchos. Apesarda chuva, trezentos mil cruzeiros de renda. Se hojea renda chegasse a duzentos mil cruzeiros, Rivada-via Corrêa Méier ficaria satisfeito.

6

Talvez nem isso. Em Pacaembu não choveratanto. Nesri no ano passado. No ano passadochovera nos três a zero, nos seis a um, mas

desse jeito. Só snesmo a paixão poderia trazer tor-cedores. Na tribuna de honra, debaixo da marquise,embrulhado na capa de borracha, Rivadavia CorrêaMéier sentia frio. Pelo frio que sentia, êle podiaavaliar o frio dos outros, dos que estavam apanhan-do chuva. Os que estavasri apanhando chuva não seconformariam se alguém pensasse em marcar outradata para o match. Ninguém pensara em marcaroutra data para o match. Bastava olhar para o cam-po para ver que tinha de haver jogo.

A chuva como que não tocara no campo. Pelomenos a gente via o campo como um pradode manhã cedo, o orvalho ainda cintilando.

Tudo aquilo era ilusão. O campo fora revolvido, es-tava fofo, a terra bebia a água. Rivadavia CorrêaMéier queria ver era quando o jogo começasse, vin-te e dois jogadores, quarenta e quatro pés, pesadosde lama, pisando a grama, abrindo sulcos na gramafeito arados. O professor Castro Filho tinha razãoem estar preocupado. O Vasco não olhara despesaspara ver o campo bonito. Durante quarenta dias secuidara de revolver a terra, de plantar a grama, dedeixar a grama crescer, e um match estralaria ntrabalho de quarenta dias.

^- Enquanto o juiz não entrou em campo o pro-K fessor Castro Filho pôde olhar para o cam-

po, embevecido, esquecendo-se até, de quan-do em quando, de que ia haver jogo. Tudo estavapreparado para o match, as sociais do Vasco cheiasde gente, os guarda-chuvas abertos do outro lado,a mancha branca da torcida organizada. A chuvaapertava um pouco, a mancha branca da torcida or-gnizada desaparecia, ia para debaixo da arquiban-caba, ficavam os degraus de cimento, nus, de cimaa baixo. Para não estragar o campo a preliminar doAndraí com outro time ficara para outro dia. Oprofessor Castro Filho podia se iludir.

O capitão Lira levara atletas para o campo,ijjjffl çi.Ti-õtos e rapazes. Levara também um acol-

choado de ginásio. Os atletas estavam descal-ços. Corriam, davam saltos, caíam em cima do acol-choado, não estragavam o campo. Quando acaboua exibição dos atletas do capitão Lira, o campo es-tava como antes, dava gosto ver. Mas, de repente,João Etzel apareceu, de sapato de tênis, ainda bem,com os bandeirinhas. João Etzel, de sapato de tê-nis, pisava levemente. O professor Castro Filho nãotinha medo de João Etzel, tinha medo do que ia virdepois. João Etzel apitava, chamando os jogadorespara o campo.

E vieram os cariocas, os paulistas esperavamMa "¦ ipersas que os cariocas entrassem em campo

para entrar atrás deles. Assim não levariamvaia, pelo menos a torcida ficaria na dúvida, ou ba-

teria palmas para os cariocas ou vaiaria os paulis-¦.as. Os jogadores correram em volta do campo, bom-bas eram o barulho dos pés dos jogadores pisandoa grama, esmagando a grama. O campo, momen-tos antes vazio, claro, escurecera-se de jogadores,de fotógrafos, de todo mundo. Todo mundo entra-ra em campo, pisava o campo. O professor CastroFilho não quis vêr mais nada. Aquilo era de cortaro coração.

o atletismo1936 10.2s1941 10.2s1948 Í0.2S1932 10,3s1933 10.3S1934 10,3s1936 10,3s1936 10.3s1938 10,3s1936 10,3s1939 10.3s1941 10.3S1947 10,3s1947 10.3s1948 10,3s

1949 20,3s

1949 20,2s1935 20.3s1941 20,4s1926 20,5s1938 20.5S1949 20,5s1933 20,6s1934 20.6s1941 20,6s1942 20,6s1948 20,6s1949 20.6s

As melhores performances norteamericanas obtida» até ã pr«sente data;

100 METROS RASOS

J. Owens H. Davis N. Ewell E. Tolan R. Metcalfe E. PeacockP. Draper M. RobínsonB. Johnson S Stoller H. ThompsonP. JordanH. DillardA. Lawler M. PattonA. Staufield

200 METROS RASOS

M. Patton J. Owens H. Davis R. Locke C. Jeff rey P. Bienz R. Metcalfe E. Tolan W. Brown L. Tarrànt C. Parker A- Staufield

800 METROS RASOS

P. Moore E. Burrowes M. Whltfield E. Robinson G. Cunningham B. Eastman B. Eastman C. Kane T. Pí'fkinsH. Barten

400 METROS RASOS

A. Williams C. Bourland H.' Kerns W. Carr M. Whitfield J. Luvalle E. HarrisB. Eastman H. SmallwoodH. Diebolt

800 METROS RASOS

J. Woodruff P. Moore E. Burrowes M. Whltfield E. Robinson G. Cunnlngham B. Eastman C. KaneT. Perkins H. Barten

(Conclue no próximo ísúmcro)

1940 Im49r0s1940 lm49,2s1949 lm49,2s1937 lra49,6s1936 lm49,7s1934 lm49,8s1934 lm49.8s1940 lm49,9s1947 lm50.0s1948 ImoO.ls

1936 46. ls1941 46.1s1941 46,ls1932 46,2s1949 46.2s1936 46.3S1943 46.3s1932 46.4s1936 46.4S1941 46.4s

1940 lm48,6s1940 lm49,0s1940 lm49,2s1949 lm49.2s1937 lm49.6s1936 lm49.7.s1934 lm49.8s1940 lm49.9s1947 lm50,0s1948 lm50,ls

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Diretores: Roberto Marinho e Mario Ro-ilriçues Filho. Diretor Superintendente:Uenriquc Tavares. Gerente: Rubens de Oli-veira. Secretario: Ricardo Serran. Reda-ção, administração e oficinas: Rua Bethen-court da Silva, 21, 1.° andar, Rio de .lassei-ro. Preço do número avulso para todo oBrasil: Cr$ 0,80. Assinaturas: anual, CrÇ40,000; semestral, CrS 25,00.

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Página 4 Sexta-feira, 20 de janeiro de 1950 O GLOSO SPORTIVO

Sports Em Todo fslf nffli^F SBÊ BKEÈf ttttÊf BB&m&s&k ¦^™"^ffifinm jdflHBfek.

EM ROMA Tibério Mitri, campeão de box de. p eso médio, casou-se com FuJvia Franco, ex-MissItália de 1943, na Igreja de Santo Antônio de Tries te, em presença de numerosa multidão.

EM LISBOA os conjuntos de football argentinos, San Lorenzo de Almagro e Racing, ora nestacapital, venceram as equipes portuguesas do Benfica e Sporting, respectivamente. As contagens fo-ram as seguintes: San Lorenzo 5 x Benfica 2; Racing 3 x Sporting 1

EM MENDOZA anuncia-se que pela décima q uarta vez, foi escalado o cume de Aconcágua. Essain-oçza esteve a car»o de uma expedição integrada pelo subtenente Ibanez, sub-oficial Bringas e pelo'andmista' Casi, tendo sulo realizada em homenagem a San Martin

,inn?iMH!°pVnAv YORK "The Ring Magazine" entregou a Ezzard Charles, pugilista que a Associação Na-cional de Box reconhece como campeão mundial de pesos pesados o troféu "Pugilista do Ano" e o

troféu Edward J. 0'Neil por ter sidoquem mais contribuiu para o pugilis-mo em 1949. Os troféus foram entre-gues no banquete anual realizado pelaAssociação dos Cronistas de Box deNova York: Lester Felton, meio-mediode Detroit, que foi homenageado comoo pugilista que mais progrediu duran-te o ano passado. Também receberamprêmios Ruby Goldstein, como o "ár-bitro do ano", o veterano cronista des-portivo Bill Cor um e Jimmy Bronson,manager dos lutadores.

E' um dos maiores jockeys do mundo, e corre nos EstadosUnidos Na gravura, vêmo-lo acariciando um dos muitos cava-los que levou à vitoria: Chama-sea) James Steverb) Fred Arcaro •-**"c) Ray Maxd) Bill Thorpe

(Solução na página 15)

— Qual foi o primeiro clube deprofissionais que Caxambú inte-grou?

— Antes de ingressar no Fia-mengo. em que clube jogava Zizi-nho?

— Quando nasceu Heleno? 1917.1923, 1920, 1925?

— Di Maggio é um nome fa-moso no tênis, rugby, automobilis-mo ou baseball?

— No campeonato mundial de1948, que país impôs maior scòre?

(Respostas na página 15)

ffclllí wè ^^^mm^ v ¦ fil

mfr^ s^m^^^^^^^Ê^^^^Ê WÈÊÊr* mÊÊÊÈÊ'% ** *

Áperfuras èe um jiiizComo a maioria dos juizes sporlivos, os do base-bal

norte-americanos são "os homens mais xingados do mundo",sofrem agressões, são alvos permanentes de garrafas vastase, se tudo isto não bastasse, saem de vez em quando docampo para o hospital, vítimas das bolas furiosas arreme-tidas pelos bastões dos jogadores. O que aqui vemos, maisfeliz que muitos teve o queixo deslocado por uma boi*, e re-cebe os primeiros socorros dos companheiros.

"*~^Ba^MBB^mm^m^„^m'

J. LINS DO REGO — Afinal de contas oshomens do football argentino resolveram repetir acomedia do último sul-americano. Não virão à Copado Mundo, E não virão, com desculpas de esíar-rapados.

VARGAS NETTO — Consideraram inamistosaa atitude da Confederação Brasileira de Desportos,que não permitiu ao Bangú jogar em Buenos Aires'em sua volta do Chile. Mas isso não é novidadepara a Associação de Football Argentina! E o Ban-gu quando daqui partiu já sabia que não deveriaatuar no território daquela Associação informal queassumira um compromisso e não cumprira.

ZE' DE SiO JANUÁRIO — Só podemos Ia-mentar a falta dos argentinos porque somos favo-ritos no pareo c andamos nas pontas dos cascos.*-ara nos é minto triste vermos o nosso adversáriofazer "forfait" sem estar manco ou com bicheiraComo o cartaz dos argentinos já foi rasgado hámuito tempo, pelo menos vinham ao Rio de Janeiropara asslstirem ao baile de gala. E desta vez, obaile de g-ala é no Municipal...

MARIO FILHO — O Campeonato do Mundoperde, não resta dúvida, um grande concorrenteMas a Argentina fazia mais falta ao Sul-Americanodo que vai fazer ao Campeonato do Mundo. A ver-dade é que a AFA náo quer submeter-se às regrasdo jogo que oferecem a todos os disputentes asalternativas de vitoria e derrota.

VALENTIN SUAREZ — Dev« acentuar, entre-tanto.^ que tais fatos não significam que a AFA con-sidera como rompidas as suas relações esportivascom a C.B.D. Todo esse malentendido pode serdesfeito rapidamente, uma vez que a C.B.D de-monstre os propósitos amistosos de permitir 0 in-tercambio de clubes argentina e brasileiros.

RWWaBMBTOWJWgiw^

"Os Bravos" de Lea-venwòrth estabeleceramrecentemente o que seconsidera um "record"em baseball. Perderamvinte e duas partidasem seguida, na tempo-rada do ano passado.

kit <*,

Pindaro, do Flumi-nense, é prático de far-macia e é contador. Aprimeira proposta querecebeu para jogar numclube carioca foi de dez mil cruzeiros de luvas por um anom-nn wo°w

afog°- E!,e recusou> c0™ também recusou üniâpi oposta de quinze mil cruzeiros do Flamengo, e acabou as-cruSirosT ]S2?

C°? ° ^uminen*; recebendo tnnta mücruzeiros de luvas pelo seu primeiro contrato.

Em Moscou conta uma agencia norte-americana, umcamponês estoniano, Henino Lipp. construiu marcar 7 780pontos numa prova de clecatlon, fato registrado pelos cro-istas locais como "o máximo conseguido por um atleta nosKffiSo^SJSÍ'^

°l:Slante- ° feit0 de ""íno não foicina^ oi iHivo1'ci"S

cVnffentes sportivos russos tem por prin-SttJ5,'2S"* ° -SP°rt em masSa* «^sinteressando-

Passoffdlnoi^í Crist°"íõiaTa~no team infantil do Vasco.nSS? pír K

rtimnqnUadro de jUVenis' classe em ^ie collü-onde se^onioTcSSo30 Se U"ansferir ^ara ° Bonsucesso,

pluma í— O novo campeão mundial dos peso-na r

«or. Harrv Ilartr Ví«i"'° ;""",ivs ae «?¦Ws. Depois que o vence-e 21 segmios Pet, IW ' ° * -,Ínha em Um* h0ra 37 minuttó

> seguiu Dreis coni a d.forenca apenas de 3/100 de segundo.

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O GLOBO SPORTIVOSexta-feira, 20 de janeiro de 1950

O Juiz E;Wt_Kt

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— Ali está o que entendo por

atf 1 / íSjTLf m/Mmf\ m^msUlgUClO... H

Página 5

Joaquim RoIIas-Foeuinho4*/.

§1Joaquim Rollas (Foguinho), apesar de estranhar nchma _ passa a todQ momentoVnJnço pela testanSro"-se u™ árbitr° ««eno, apitando pouco «apenas"

ontem '"f**"? Se puder rePetir » «»a performance aesua TmTorSrí"86 ^ ? i°ff° foi em cat"ara leníTl aG"Sbo?P Ç ° m Uma lembranÇa de boa hora. - (O

isss ügg -is jau?. -^b™ - -O desenvolvimento normal do prelio facilitou a «ia ^ y*fc^icJka

uma "bôa" jogadora!

,„~ Fo^uinho "velou precisão nas marcações discreeãn

és^ef ntS e.vontade de acertar. Se errou em afeuns lanS

™P ™f? tiveram maior significado, sendo justo eíperar

SI i° J°g0' maÍS COrrÍdo' possa aparecer melho? s™trabalho. Louve-se, por ultimo, a conduta dos dois quadrosda &Órie>°

dlSCiphnar' a merece* no*a máxima. ^SS

0 Qaotâall PcuUutt>*n A,utwelad.

Segundo ciados estatísticos for-necidos pela Federação Paulista deFootball, em sua primeira dividodeprooflssionais existem 12 clubescom 363 profissionais, 102 não-amadores; e 973 amadores registaidos. Na segunda divisão de profis-sionais, existem 47 clubes com 427profissionais. 724 não-amadores, eS09 amadores inscritos.^Independente dessas divisões aFederação Paulista de Footballpossue 178 clubes filiados no inte-nor com 5.242 amadores regista-dos. 28 ligas do interior e 191 ciu-totaj de 0.512 amadores regista-

Esses números todos somados re-Th» Tr n0;!nexií;te"^ cie 428 clubese üe 15.212 jogadores «entre todasas

categorias) registados na F.

Janeiro, 12—0 combinado&an Lorenzo - Independientederrota o combinado Vasco-Fia-mengo-Botafogo por 6 a 1, em&ao Januário — 13. Domingos,desanimado com cv footbal bra-sueiro, declara que não partici-Para tia Copa Roca — 14 OVasco vence um Torneio Re-Innepend.ente e o San LorenzoRr9?magr°„- No HipódromooVoTr,

Ie,át' Makal*. P«otado porJ-osme Morgado, vence a pro-va Principal Og estréia mag-_ir_5?C1íte Cm Buenos Aires'K»^». com um goal, a vi-

Se%P0-rnn3 a 2-K é gratificadoÇom 2.500 cruzeiros — 17dSf,a;Sfc,,que « ^amengosoívT & 115 coníos Para re-eoSL d,°S OS Pr«blemas da

tívn n iCServa no Vasc° » efe-trato l

America> e assina con-trato com os cruzmaltin _18 O Boca Júnior ofer^ 75contos pelo passe de Noriva-!, doMadureira. _ última hora. Auanrma contrato com o América

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I»>»~t%a,.

Imm* %M*€&> tmf&WWmt€£>

Sentenciou o professor: Sim, meus queri-dos meninos, onde Atila pisava, não cresciamais a herva.

E Joãozinho: — Então Atila foi goal-keeper!Oh, por que você diz isso, menino?Já notei que em todos os campos de

football, no lugar onde estão os arcos, nuncacresce a mais modesta grama.

AVISO ECONÔMICO DE UM APRENDIZDE ESGRIMISTA — Troco um jogo de espa-das de fabricação italiana por um olho de vi-dro de preferencia de côr castanha, paraadulto do sexo masculino. Dirigir-se ao Gina-sio dos Esgrimistas.

**H<etáeaftodOs Estados Unidos se farão repre-

sentar nos Jogos Olímpicos Pan-Ame-ricanos, que se realizarão em BuenosAires, em 1951, segundo informaçõesdadas por Avery Brundage, presiden-te da Associação Olímpica dos Esta-dos Unidos.

A informação partiu depois de umareunião da associação, quando ficoudecidida inteira participação do paísno certamen internacional. Brunda-ge declarou também que os jv>gosolímpicos que se realizarão em Bae-nos Aires diferirão, de certo modo,das usuais competições desta natu-reza.

"O jogo de polo é a principal ai-teração sofrida no programa. Será aprimeira vez que se disputará tal es-pécie de esporte em competições dogênero olímpico. Cerca de 15 espéciesde esportes serão disputados, aotodo."

Brundage declarou que a Olímpia-da Pan-Americana deveria ser dispu-tada em 1942, mas teve que ser adia-da em virtude da guerra.

-2jo- /eSHflG

O profevftor Sada Muyako è seu aindante M. KaJrihara, que em 1909 Stadas fotografias supras, ensinavam ji„-jitsu a bordo do navio escola "BeniamiuConstant". No segundo plano dois mar,-EoSo?S Praticand° a Iuta Japonesa, a

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-—---_-________««_____________^--»m»mmmmm»mmt»mmmmmmMmmmm \.-v

Janeiro 13: O Vüa Nova, campeão deMinas, perde de 3 a 1 para o Flamengo,no estádio do Fluminense. Sá, Alemão eAlfredinho foram os marcadores dospontos cariocas. — E' inaugurada a pis-cina do C. R. Guanabara — Com umaassistência reduzida, Carnera derrota oamericano Harris por knock-out ao oi-tavo round, em São Paulo — No Cam-peonato Sul-Americano de Football^ emLima, o Uruguai derrota o Perti por uma zero. —_ 15: Mais uma tentativa cie"pacificação" sem .êxito: o Sr. Luiz Ara-nha res-pfcide "não" à Liga de Sports daMarinha. — Mais uma derrota do VilaNova, que é derrotado pelo Fluminensepor 4 a 3. — Chega ao Rio a delegaçãodo Boca Juniors, de Buenos Aires. Fa-zem parte Moisés, Bibi e o treinador Ma-rio Fortunato. — Basket: o "five" do Ti-jucá vence o campeão Capixaba por 20"\_16- "**"¦ 16: Para enfrentar Carnera,chega ao Rio Ervin Klaussner. — E oVila Nova despe.de-se, empatando com oBonsucesso de í a 3.

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Página ó Sexta-feira, 20 de janeiro de 1950 O GLOBO SPORTIVO

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ü^_____^____^liliHELVIO — zagueiro do Santos

F. c. — num desenho do leitorHélio Devinar, de Porto Alegre,R. G. Sul.

UBIRATAN FRANCISCO DEAMORIM — PIEDADE — RIO DEJANEIRO — Rejeitados os seus de-senhos de Hélvio — Nilton — Do-mingos da Guia e Mário Viana.

JOSÉ BORGATO — CURITIBA— PARANÁ — 1) — Ao nosso verfoi o arqueiro Rei, o jogador para-naens«e que maior destaque teve nofutebol brasileiro. — 2) — O Vás-co nos seus dois últimos jogos noMéxico, em 1949, venceu o Atlas por4 a 0 e empatou com o combinadoEspanha-Asturias" por 0 o 0. Na via-gem de regresso, desceu na Guate-mala onde enfrentou e venceu umaseleção local por 2 a 1. — 3) — Pa-tesk é gaúcho. — 4) — Cireno an-dou acanhado nos primeiros treinosda seleção e só apareceu com desta-que mesmo no exercãcio de despe-dida de Poços de Caldas, quando jáestava decidido o seu desligamentodo scratch. — 5 Rejeitados os seusdesenhos de Maneco — Canhotinho— Rocinha. — 6) — Quando a re-clamação sobre o preço desta revis-ta, aí em Curitiba, escreva, por fa-vor, diretamente à Gerencia, indi-cando o local e se puder o nome dodono da banca, para que sejam to-madas as devidas providências.

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ISALAS DE OLIVEIRA — RIODO SUL — SANTA CATARINA —Sentimos muito decepcioná-lo, masos seus desenhos de Ademir — Li-ma (do Palmeiras) — Orlando —Domingos — Barbosa — Mário Via-na — Zezinho e Irmãos Pinga (daPortuguesa) foram todos rejeitados.

—o—

EDUARDO DE CARVALHO —RIO DA PRATA — RIO DE JA-NEIRO — 1) — Os resultados doVasco do campeonato dos campeões,no Chile, foram estes: Vasco 2 x ElLitoral (da Bolívia) 1; Vasco 4 xNacional (de Montevidéu) 1; Vasco4 x Municipal (de Lima) 0; Vascoí x Emelec (do Equador) 0; Vasco1 x Colo Colo (de Santiago) 1; eVasco 0 x RÍver Plate (de BuenosAires) 0. —- 2) — As idades pedi-das são estas: Rafanell 29 anos —Chico 28 — Maneca 25. — 3) —Rejeitados os desenhes de Rigoni,César e Friaça.

. .JOSÉ MARINHO — JACOBI-NA -= BAÍA — Rejeitados os seusdesenhos de Osni, Maneco e Ranul-fo, do América; Ipojucan e Ademir,,do Vasco; Alvarez, do Bonsucesso eSr» Diogo Rangel, ex-diretor de fu-tetro i vascaino.

ÊJÈ _f _L Ws Êm È _L f-J?___" m mm m SB __B B ¦__> VBr____

CARLOS AR_AS

JOSEVALDO CERQUEIRA LI-MA — FEIRA DE SANTANA —BAÍA — 1) — O Flamengo jádisputou 88 jogos de campeonatocorn o Fluminense, tendo ganho 30jogos, empatado 30 e perdido 28.— 2) — Com o Vasco, o Flamengojá jogou 53 partidas oficiais de cam-peonato, tendo ganho 18, empatado9 e perdido 26.-3) — Com o Bo-tafogo jogou o Flamengo 73 jogosde campeonato, tendo ganho 29, em-tado 17 e perdido 27. — 4) — Sim,senhor. Garcia, da seleção paraguaia,foi o arqueiro mais destacado docampeonato sul-americano de 1949.Jair foi o avante mais destacado domesmo certame. — 5) — O melhorcentro médio carioca ainda é Da-nilo.

ANALDINO LISBOA DE OLI-VEIRA — ITAPAGIPE — BAfA— O seu desenho de Jair, se tives-se sido feito ã nanquim poderia seraproveitado, mas a lápis comum nãopode se-»-

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ESQUERDINHA — ponteiro doFlamengo — num desenho do lei-tor D avia Zylbersziayn, de Nilo-polis, Estado do Rio.

DORILAU COSTA — JUIZ DEFORA — MINAS — 1) — Zizi-nho nasceu a 14 de setembro de 1921e Ademir a 8 de novembro de 1921.A diferença, portanto, é de ummês e vinte quatro dias. — 2) —Farah é funcionário do Departa-mento Financeiro do Flamengo, enão tem jogado porque não quermais. — 3) — Índio joga ainda nojuvenil do Flamengo, tendo por-tanto menos de 19 anos. — 4) —Francisco desistiu de jogar por suaprópria vontade.

—o—ROBERTO A. MOURA — BE-

LO HORIZONTE — I) — O Vas-co da Gama foi campeão nos anosde 1923 — 1924 — 1929 — 19341936 — 1945 — 1947 — 1949,sendo estes três liltimos invictos. —2) — O Flamengo foi campeão nosanos de 1914 — 1915 (invicto) —1920 (invicto) — 1921 — 1925 —1927 — 1939 — 1942 — 1943 —1944. — 3) — O Botafogo foi cam-peão nos anos de 1910 — 1930 —1932 — 1933 — 1934 — 1935 —1948. — 4) — O Bangu foi cam-Deão uma vez em 1933 e o São Cris-tóvão foi também campeão uma vez,em 1926. — 5) — O Fluminense éo que tem maior número de cam-peonatos: quatorze, a saber: 19 0 6(primeiro campeonato carioca) —1908 — 1909 — 1911 — 1917 —1918 — 1919 — 1924 — 1936 —1937 — 1938 — 1940 — 1941 —1946. — 6) — Rejeitado o seu de-senho do arqueiro Barbosa. — 7)Para fazer uma assinatura anualdo GLOBO SPORTIVO, basta fazero pedido à Gerência do "Globo Ju-venil" — rua Betheoncourt da Sil-va — 21 — primeiro andar, juntan-do cheque, vale postal ou regista-

do com valor declarado, na impor-tância de Ci$ 40,00.

RÔMULO LUlS — SETE LA-GOAS — MINAS — 1) — Emborafundado em 1898 como clube náu-tico o Vasco só em 1916 aderiu aofutebol. Começou na terceira divi-são da Liga Metropolitana de Des-portos Terrestres e chegou-à primei-ra divisão em 1923, quando sagrou-se logo campeão da cidade. Foicampeão, depois, em 1924, ainda naL. M. D. T. em 1929 na A. M. E. A.,em 1934 na Liga Carioca de Futebol,em 1936 na Federação Metropolita-na rie Desportos, e. em 1945 — 1947— 1949. na Federação Metropolita-na de Fctebol. — 2) — Wilson, za -gueiro do Vasco, é carioca de nas-cimento. — 3) -- Os resultados dosjogos entre Fluminense e Vasco, noscampeonatos oficiais, de 1937 a 1949foram estes: 1937 — Fluminense 4a 2 e empate 0 a 0. 1938 — Empa-te 1 a 1 e Fluminense 3 a 1. 1939 —Fluminense 2 a O — Fluminense 3a 0 e Fluminense 3 a 2. 1940 —Fluminense 2 a O — Fluminense 4a 2 e Vasco 2 a 0. 1941 — Flumi-nense 6 a 2 — Fluminense 2 a 1 —Fluminense 3 a 1 e Vasco 1 a 0. 1942

Fluminense 4 a 1 — Fluminen-se 1 a 0 e Fluminense 2 a 1. 1943

Fluminense 3 a 0 e empate 2 a 2.1944 — Empate 3 a 3 e Fluminen-

NC«V

iviLI Ma — o meia esquerda ao

Vasco — num desenho do leitorLauro Nery, do Rio Grande dn Sul,

se 2 a 1. 1945 — Vasco 3 a 1 e em-pate 1 a 1. 1946 — Fluminense 2 a 0e Vasco 3 a 2. 1947 — Vasco 5 a 3e empate 1 a 1. 1948 — Fluminen-se 2 a 0 e Vasco 2 a 0. 1949 — Vas-co 5 a 3 e Vasco 2 a 0.

JURANDIR FABEL — BELOHORIZONTE — MINAS — 1) —O velho Fried chama-se ArthurFriedenreich. — 2) — Pedro Amo-rim cumpriu a sua palavra. Aban-donou mesmo o futebol. — 3) — Osnomes pedidos são estes: MoacorCordeiro (Biguá) — Milton Coelhoda Costa (Bodinho) — Manoel Pes-sanha (Lelé) — Efigênio de FreitasBahiense ( Qeninho) e ValdemiroTeixeira (Mirim). — 4) — Botafo-go e Vasco já disputaram 53 jogos

MARCELO FER N A N D O DEOLIVEIRA — PERDÕES — MI-NAS — 1) — O Moacir que foi cen-tro médio do Vasco é o que está noOlaria. O Moacir Januário, que foihá alguns anos avante do Vasco, an-dou pelo Bangu, pelo Madureira eagora está no interior de São Pau-Io. O Moacir, do Flamengo, veio dopróprio juvenil .rubro-nebro. — 2)

Os campeões mineiros de futeboldesde o primeiro certame foram ês-tes: 1915 — Atlético: 1916 até 1926

América: 1927 — Atlético: 192829 — 30 — Palestra Itália (atual-

mente Cruzeiro); 1931 — 32 — Atlé-tico; 1933 — 34 — 35 — Vila Nova;1936 — Atlético; 1937 — Siderúr-gica; 1938 — 39 — Atlético; 1940 —Cruzeiro; 1941 — 42 — Atlético;1943 — 44 — 45 — Cruzeiro; 1946_ 47 __ Atlético; 1948 — América;1949 — Atlético.

—o—TARCÍSIO JOSÉ BARBOSA —

MAGÉ — ESTADO DO RIO — 1)Os nomes pedidos são estes: —

Agenor Nascimento (Borracha) —Armando Gato (Gato) — Osmar deSouza (Enguiça) — Francisco Cer-queira Júnior (Tôto) — Válter Gou-lart da Silveira (Santo Cristo) —Antônio Machado de Oliveira (Péde Valsa) — Valdir Pereira (Didi)Aloisio Soares Braga (índio) —José Pereira úa Silva (109) — JoãoFerreira (Bigode) — Nier de Bar-ros eite (Carango) — Ederva! P.Mota (Canelinha) — José Sila (Pe-lade) — Álvaro Scudieri (Rato) —Valindo Tome de Moura (Marujo)Rubens Ferreira da Rocha (Bim-ba) — Péricles de Almeida (Minei-ro) — Valdir Jcsé de Oliveira(Tampinha) — Hélio Terroso (Es-querdinha, que está no Olaria) Antenor de Souza (Leleco) — Ar-mando Giorno (Mão de Onça) Gederval Bastos (Sula) — Valdemi-ro Teixeira (Mirim) — Alberto Pe-reira Pires (Beto) — Milton Coe-lho da Costa (Bodinho) — ManoelMarinho Alves (Maneca) — Onofredos Santos (Gambá) — Egiriio Lan-dolfi (Paraguaio) — José Braga(Braguinha) e João Paulo de Oli-veira (Pinguela!.

—o—FELICIO MALUF — TRÊS RIOSESTADO DO RIO — 1) __ oFluminense é o clube qu*> tem maiornumero de campeonatos da cidade.

Quatorze ao todo. nos seguini«s anos-1906 __ 1908 — 1909 — Í.H X1917 — 1918 — HH9 — 100,; __1937 _ 1938 — 1940 — 1941 —1946. — 2) - - o scratch do Brasilpara a Copa do Mundo só rerá con-vocado na segunda quinzena demarço, após as finais do campeena-to brasileiro. -3) - Os artilhei-ros do campeonato de 1948 foramOtávio, do Botafogo e Orlando, do-lummense, empatados com 21 ten-

f^mÇ^É^^m

FRIAÇA — punieiro do SãoPardo F. C. — num desenho doleitor Francisco Betega, de Curitiba.

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 20 de janeiro de 195C Página 7

>JMH Bi üâ cho Gonzales, Um táau ExemNãO é esta uma historia edificante, e longe

está de poder ser apresentada à juventude comoum bom exemplo. Pancho Gonzalez era tão refra-tario à escola e tão arraigado estava nele a incli-nação para o tennis que passou a maior parte dasua meninice despistando os bedéus dos interna-tos que lhe conhecia bem as manhas, embora estes,por fim, sabiam bem onde encontrar o aluno re-belde todas as vezes que fugia - nas canchas detennis. Como castigo por sua indisciplina, PanchoGonzalez deveria estar destinado a uma vida depobreza e miséria. Em vez disso ,em poucos meses,e apenas aos 21 anoa", terá ganho de 60.000 a150.000 dólares. O fenômeno californiano firmouhá pouco, como profissional, um contrato com aempresa Jack Kramer-Bobby Riggs e estréia emsua nova classe contra Kramer. no Madison SquareGarden. Há base para se calcular que, dentro depouco tempo, Pancho será o tennista profissionalque mais dinheiro embolsou.

Talvez que o muito jovem Gonzalez careça daeficiência mecânica e da habilidade de Riggs.Mas. em troca, põe tanto vigor e colorido em seujogo — atributo que Bobby jamais teve — que as-borboletas" de entrada girarão mais rapidamenteque nunca.

Como caso de extraordinária sorte no esporte,o de Pancho não admite paralelo. Os ex-amadoresque antes dele brilharam nas quadras tiveram queiutar longos anas para alcançar o cume e súcum-bir às seduções dos dólares. Recordemo-los: üillTilden, Vmnie Richards, Riggs e Kramer. Mas Gon-zaltz S*ii*giu repentinamente, os demais estavamdestinados ao mais alto desde o seu próprio come-co, e ainda caberia dizer que seu primeiro brin-quedo íoi uma raquete de tennis. o dinâmico Pan-cho náo experimentou esse jogo senão aos 13 anos,praticou pouco o» outros esportes até os 17 anos,e em seguida, se alistou na Marinha de Guerra dosEstudos Unidas, na qual, pelo menos, estava livredas perseguições dos bedéus. Três dias depois dedar baixa voltava, mais alto, mais forte e melhordo que nunca, a jogar tennis. Eliminado numadas primeiras provas do campeonato de 1947, porOr&rdnar Mulloy, venceu depois, no quase igual-mente difícil campeonato do Sudoeste, a astros tãoindiscutidos como Jaroslav Orobny. Bob Falken-burg e Frankie Parker, e o fez em dias conse-cutivos, antes de que Ted Schroeder lhe cortassea serie de vitorias na partida final. Os pais doesporte o classificaram no 17.° na escala de va-lores, o que não parecia pouco para um jovenzi-nho inexperiente. Não tardaria, sem embargo, aassombrá-los. Pouco se falou dele antes do cam-peonato nacional, mas neste abriu caminho comoum meteoro e ganhou, com grande deleite da galeria, que o adotou sem reservascomo -seu" jogador.

Os empresarias profissionais começam a deitar olhares cobiçosos ao rapaz,porque viam nele o que há muito tempo vinham procurando. B que fez entãoo imprevisível Pancho? Parece que resolveu arruinar-lhes os planos. Deixou_ur seu peso normal de 82 quilos e 400 subisse a 91 e meio, e o tennis é um?spvrte em que os gordos não se sentem bem. o arustraliano Geoff Brown oierrotou em Wimbledon. Regressou aos Estados Unidos e perdeu mais vezes>io que ganhou Quando o diabético BillyTalbert tomou uma injeção de insulinaí venceu Pancho nas quadros de Shouthamplon, ganhando uma partida queparecia perdida todo mundo se convenceu de que "a grande promessa- se

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0 FENÔMENO 00 TÊNIS E ASUA ASCENSÃO ASSOMBROSAhavia desvanecido. Os técnicos calcularam quemesmo que o espetacular californiano chegasse àfinal do campeonato dos Estados Unidos e nin-guem acreditou que isso fosse possível — seria umafácil presa para Schroeder, o melhor amador domundo. Ante tal perspectiva, ninguém se sentiumais desconsolado do que Riffs, o principal desço-bridor de valores entre os profissionais. Riggs," jáhavia procurado conquistar Shroeder para o profis-sionalismo, mas tudo que obteve foi uma redondanegativa. Pancho, em troca, queria... A receita pa-ra se fazer um quisado de lebre começa com umacoisa elementar: cozinhar a lebre. Assim, Panchoconseguiu o que queria, chegando a final com Sch-roeder.

Mas ainda faltava guisá-la. Os dois finalistasse lançaram no primeiro set com tão indeclinávelardor que estabeleceram um record no torneio an-tes de que Schroeder vencesse: 18-16.

Todo grande tennista dirá ao leitor que nadahá ae desanimador como a perda de um set emproporções de maratona.

A imaginação se exalta recordando atropela-dam ente um montão de oportunidades perdidas. E'um golpe psicológico do qual muitos poucos se re-fazem.

No segundo set,pot t__.

venceu ainda Schroeder

Pancho Gomales

Provavelmente, Pancho Gonzalez não chegoua conhecer nunca na escola as estimulantes pala-vras de John Paul Jones: 'Ainda não comecei alutar' .

Contudo, a idéia deve lhe ter acudido Instin-tivamente. Lutou com vontade no terceiro set eo ganhou por 6-1, e o mesmo fez no quarto, queterminou vencendo por 6-2.

Diante de um público boquiaberto, triunfoutambém no último, s-4. Uma grande promessa des-vanecida?

— "Muitas vezes me pergunto qual seTia omeu peso ao concluir aquela partida — diz hoje oca.~peão recordando-o. _ Pesava um pouco maisde 82 quilos ao começar e os shorts me estavam begti justoos na cintura. Masao terminai- o terceiro set tive que os prender com alfinetes de fralda para quenão caíssem e, ao chegar ao ltimo set tive que pr^idê-lo com uma correntecomo o único modo de evitar a possibilidade de um espetáculo nada esportivo'Como perdi peso!-

No campeonato nacional dos Estados Unidos, não obstante os seus doistriunfes. Pane no é ainda relativamente noviços. Aprenderá de Kramer tallomo este aprendeu de Riggs. E com referencia à estréia do californiano comoprofissional, diz um cronista: "De um modo geral, a um ex-amador plena-mente desenvolvido, se coloca contra Um profissional que se aproxima do oca-so. Desta vf_, em troca, se trata de um profissional que não alcançou ainda ozemte de sua trajetória e de um aficionado que deixou de sê-lo sem estar aindaem pleno amadurecimento, mas cuja potencialidade é enorme. Ambos são alemdisso, iormidaveis ••pegadores". Entretanto, se outros rapazes acreditam que asfugas oo colégio e a indisciplina é o caminho seguro para a riqueza, a culpaserp de Pancho Gonzalez. Deu ele. efetivamente, um exemplo muito mau

NO ABUENOS AXK_fc>, 18 iA.P.P.i— Os incidentes que assinalaram

a disputa do Grande Prêmio Au-tomobilistico de domingo último,em Mar dei Plata — a colisãoentre as máquinas de Pangio eVilloresi e o choque entre os cai*,ros do argentino Gonzale_ e dofrancês Etancelin _ terão pro-vavelmente conseqüências seriasno futuro.Com efeito, informa-ise em fon.«? autorizada, ligada à equipeitaliana, que é problemática a

participação de Villoresi e Ascarina disputa do Grande Prêmio deRosário, domingo próximo. Ascríticas duríssimas de que foi alvoVilloresi, por parte da imprensaargentina, fazendo cair sobre elea responsabilidade do acidente,são a base dessa indecisão noseio da equipe italiana. Infor.mou-se, também, que, caso osdois itaüanos não compareçam,um comunicado será logo publi-cado, a respeito, pelo capitão daequipe. Felippini.

Quanto ao segundo acidente,'que teria tido conseqüências gra-ve sse Etancelín não tivesse mui-tos anos de experiência em corri-das de automóvel, poderá impe-dir Gonzalez de acompanharPangio a Europa, na próximatemporada. Com efeito, variascorredores estrangeiros opinamque o argentino guia multo pe.rigosamente e o membro da Co-miíião Esportiva Internacional,atualmente em Buenos Aires, in.formará esta Comissão, quando

voltar a Paris, a fim de que eladecida ae Gonzalez poderá ounão participar das provas euro-péias. Aliás, Etancelin. demons-trando seu espirito esportivo,abriu mão de apresentar queixavontra o argentino.

O diretor da corrida do Gran-de Prêmio Automobilístico deMar dei Plata declarou que oinquérito da Comissão Esportivado Automóvel Club Argentino,sobre o acidente ocorrido domin.go último entre Pangio e Villo-

resi, era inútil. Acrescentou quetal acidente deveria ser conside-rado como fate normal, entran-do no Imponderável de todaí asprovas automobilísticas.

De outra parte, o mesmo dire-tor declarou que Frangio poderiaparticipar da próxima corrida e,a esse respeito, cr, jornalistas ar-genünos insistem em que a via.tura Ferrari, que foi pilotada porCampos, seja confiada a Galve~para o G. P. de Rosário.

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MPEONATÜIAL DE FOOTBALL

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Um mundo um quase infinito de coisas novas e singulares em matériade football noj promete o próximo Campeonato Mundial. Para bem, poderaprovehVu de tudo o que aquele magno ecrtame poderá oferecer de medite• eaDreciavel- entretanto, é necessário que o aficionado nao se limite a colher ape-nas emoções que o desenrolar e o resultado das partidas eventualmente lheproporcionarão: sensações tais como ver, observar, perceber e raciocinar _aresueito das diversas escolas footballísticas que lhe forem apresentadas serãotanto ou mais interessante, quanto o viver tão só 90 minutos pelos nervos, como cerebí-ü hermeticamente trancado a tudo o que não sejam os sentimentosditados pela mcoercivel vontade de ver vitoriosas as cores de sua preferencia.E rifste mister, torça é confessar, o brasileiro se encontra ainda muito distantedas normas que devem reger o comportamento do bom e correto apreciadordo football E não se diga que seja isto devido exclusivamente a característicastempera mentais. O francês, por exemplo, é latino como nos. Nenhum outropovo o supera, entretanto, no saber dominar a sua tremenda emotividade, parafamai? cometer excessos ou desatinos e» relação às coisas do esporte. E' queponderável -astro de cultura e civiüzaçção norteia todas as atividades daquelagrande nação latina, tornando-a respeitável pela dignidade que tributa ao es-pinto de "fair-play", tanto quanto os fleumáticos e ponderados britânicos enordicos em geral,

-f * *

Pelo^ feitos logrados com o nosso íootball, é o Erasil considerado como po-temia cas mais respeitáveis em todo o mundo. Olham-nos os estrangeiros, to-uavia con indisfarçavel desconfiança quanto ao que lhes poderá acontecer seaqui travarem encontros footballísticos. Pecados do passado, dos quais ja nospodemos considerar redimraos, autorizam essa malversao a respeito da recepçãoque costumamos ministrar a representações esportivas do estrangeiro. Feliz-mente para nós, o sucesso disciplinar do último Campeonato Sul-Americano_ suando fomos, honrosa e esportivamente batidos em nossos próprios aomi-nio/ «elos paraguaios, num dos encontros — e o tratamento dispensado as dele-

gações cio Shouthampton, Arsenal e outras que ultimamente nos visitaram, des-mentem cabalmente as lendas que até então circulavam a respeito da precáriaeducação esportiva de público e jogadores patrícios. Nao sabemos, porem, glosainossa*'vitorias; senão negando qualquer valor aos derrotados. Depreciamo-las,«or isto, e chocamos da forma mais cruel possível as suscetibihdades dos nossos•visitantes, o; quais, quando não conseguem equiparar-se em potencial aosnossos são irremediavelmente acoimados de "vigaristas". Na Europa tamanhabarbaridade tem repercutido lastimavelmente, originando mesmo malquerençasdas quais devemos nos dar conta, como é o caso do "forfait" da Áustria aoCampeonato Mundial. Alegando pretextos baseados em motivos de ordem fi-narceira e outras dificuldades que tornam inconveniente a vinda ao Brasil darepresentação de seu país, os austríacos, na realidade, estão é ressentidos comas galhofas e achincalhantes críticas de que foi alvo o Rapid quando de suarecente visita. Isto podemos afirmar por informações colhidas em fontes auto-rizadas, não tendo mesmo a imprensa austríaca feito reserva de tais alegações.Assim também em relação ao Malmoe, cujos jogadores e dirigentes, embora

i nada tendo externado do quão desagradáveis lhes foram as depreciativas cri-tieas que sofreram, daqui partiram, nada obstante, mui justamente chocadoscom as mesmas. Foi deles próprios que colhemos tal impressão, não exaradaabertamente, mas entrevista nas entrelinhas e reticências quando apreciandoos próis e contras de sua apagada temporada no Brasil.

j * * *

Por que esse imediatismo, esses juízos irremissiveis, quando eram nossos visi-tantes não meros chalatães em matéria de football, mas representantes de

' povos que ostentam tradições e títulos tão respeitáveis e considerados quantoos que mais o sejam no mundo footballistico? Vigaristas os suecos, atuais deten-tores do galattíâo olímpico? Charlatães os do Malmoe, que em sua pátria con-quistaram um campeonato, invictos em 18 partidas? Assim também os do Ra-pid. que, embora a modesta posição que desfrutavam no certame local, vinham,nada obstante, credenciados pela tradição da escola íootballistica centro-euro-péia que deu ao mundo o "Wunder-tea"?

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Inibidos, isto sim, por circunstancias fortuitas e inconvenientes ditadospelas condições das temporadas, deveríamos dizer. Impotentes e mesmo se qui-serem, incapazes de se emparelharem em características técnicas e táticas como nosse vistoso e brilhante football. Impostores, porem, nunca, pois que assimjamais devemos considerar esportistas de escol — amadores, como é o caso dossuecos — que, aproveitando os lazeres de suas atividades no país de origem,partem para outras plagas a fim de recrearem o corpo e o espirito ao contactodas coisas novas e interessantes que ali encontrarem. Esta foi a finalidade

¦ das excursões do Southampton, do Arsenal, do Rapid e de todos os demaisclubes que nos têm visitado, como o foi a do Vasco ao México e de represen-tações patrícias alhures. Simplesmente arrancar dinheiro da gente visitada

' e mostrar a ferro e fogo o que valem, não são pretextos únicos e exclusivospara temporadas ao estrangeiro. Se assim fora. então o football deixaria deexistir como esporte, para ser considerado tão só como a apresentação de"troupes" ou companhias circenses e teatrais, cujo bom ou mau desempenhopoderia o público considerar como satisfatório ou simples logro. E os que assimraciocinarem infelizmente muita gente há que tamanho descalabro perpetra—- que se considerem inabilitados como bons apreciadores das coisas do espor-te. Trazê-los ao bom'caminho e criar mentalidade à altura do potencial donosso football, será, por conseguinte, tarefa meritoria como aproveitamentodo muito que o próximo certame mundial nos poderá proporcionar.

S»- contudo, pensarmos na disputa da "Coupe Jules Rimet" em termosde deíá nos apossarmos com vitorias logradas "à outraoice" por que anfitriõesdo universal desfile, então muito pouco poderemos enxergar das maravilhas eadiantamentos que para aqui poderão trazer os nossos visitantes. Mesmo der-rotadas arrasadas mesmo pela nossa escola íootballistica, as demais que co-nosco trvarão competição serão dignas de aplausos e apreciações não achinca-Ihantes pelo que de eiogioso nos mostrarem. Este o espírito que deve presidir» todas'as atividades do vindouro Campeonato Mundial de Football.

Pinheiro e Zczinbo disputando a bola; Flagrantes das defesas alviJuvenal às voltas com três defensores do Fm minense; e

negra e WAry defen-

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O ^lusnütetode ReswMacta

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O primeiro goal do Fluminense, feito por Suas, aos quatro minutos da fase inicial. Ary aparece batido I

ação

Todas as considerações expcndidas com respeiloo jogo Vasco x Flanieng0 podem ser ditas no itiver--', com relação ao encontro Fluminense x Botaíogo.rlenos de vinte p quatro horas depois, tricolores eIvi-negros negaram lodo o foatball exibido com exu-.erancia pelos adversários, da véspera. Foi mesmo

ma partidíi que merece a classificação de desinte-Cisante. Match sem expressão, como há mui.o náoíamos, não teve longe de provocar sono na diml-

»uta assistência que o presenciou. Aliás, o público,..divinhando o fracasso técnico da partida, esteve au-•ente do campo, dando em resultado o fracasso com-•loto da tarde esportiva. Na realidade, os adversa-ios perderam-se num jogo monótono, sem entusias-n\ falho inteiramente de técnica.

O Botafogo, com um team dc todo descontrola-o, nada fez de útil durante os noventa minutos, li-¦itando a sua ação a uma defensiva mal organizada,

sem ânimo empreendedor, no setor ofensivo, onde:S poucas avançadas foram realizadas no estilo de•ola para a frente.

Por sua vez, o Fluminense pode-se dizer, ganhoujogo com toda facilidade. Marcou dois goals ini-

iais que lhe deram supremacia e tranqüilidade.òde no tempo restante adaptar-se ao jogo do adver-

sario, mantendo essa vantagem sem maiores esfor-ços. A rigor, os tricolores ganharam pela melhor for-ma de seus jogadores, pois que também tiveram fa-•'has que, entretanto, jamais foram aproveitadas.

-~x DETALHES À MARGEM DO "CLÁSSICO"Sem lances emocionante*, sem poder mesmo apre-

iiar um football em que a bola estivesse sempre emmovimento, o torcedor após o jogo nada deve terguardado do football posto em prática.

Entretanto. 0 Biriba, mascou- privilegiada dc jor-nadas gloriosas, tíeu uma mUa pitoresca. Dizer üeuuuia niiia, nao c bem a reahuade porque justamentefoi notada a ausência do cachòrrinhó de cores alvi-negras. O Botafogo, certo de dever cm parte a suamascote, as glorias dc 48, não deixou Ue Jcvá-lo acampo, mesmo quando a "üsírela Solitária" prin-cipiou a brilhar com menos intensidade.

Outra curiosidade: a entrada em campo, do teamdo Botafogo. Por ocasião da última partida do cam-peonato da cidade, os botafoguenses ameaçaram criarum caso, negando-se a ingressar no gramado dc SãoJanuário pela via de acesso normal, que é o tünelfaz pouco, construído. Com o fito dc harmonizar asituação de momento, os diretores do Vasco transi-giram, permitindo a entrada pelo portão do "alam-urado". O Vasco tomou providencias para evitar si-tnações idênticas no futuro, oficiando a respeito àF.M.F. Domingo, o Botafogo, conformou-se com oestabelecido, vendo-se Os jogadores alvi-negros sur-gir, um a um, pela escada interna do campo, que éa desembocadura do túnel.

Tambcm a arbitragem forneceu um dos poucosmotivos de interesse em São Januário Visando re-estruturar o quadro de árbitros, a entidade metro-politana contratou os serviços do árbitro gaúcho,Joaquim Rollas. o público já conhece de sobra ogordo juiz. "Foguinho" que, em que pese a fraque-za do match, desenvolveu uma boa atuação, sem con-tudo deixar de estranhar o clima carioca, haja vistoas inúmeras e demoradas vezes que S, S. passou olenço no rosto...

Finalmente, resta lembrar a renda fraquissimado encontro. Neste já empolgante Rio-São Paulo,Fluminense x Botafogo não baten somente o record

.;•. mais fraca partida. Acumulou u dc renda, comum magro total que ultrapassou jm.: , o oca a casa dos>.»..».„...- ,i mu cruzeiros.

COMO GANUOÜ O FLUMINENSEO Fluminense ainda não atingiu um nivel legu-

lar de produção, por força do pouco enten.dii.ient»entre os novos e antigos do team, Assim, Laffaye.te,Valdir e Flavio têm qualidades para futuros cracks,mas ainda não conseguem dar ao team a homogenei-dade necessária. De qualquer forma, o Flum.neítsesoube ganhar. Adiantou-se no marcador e anulouqualquer tentativa de recuperação do adversário.Apareceram melhor Castilho, Fé de Valsa, Didi, pi-nhelro e Valdir.

Por seu turno, o Botafogo c uma autêntica cari-catura do team campeão de 48. Gerson, Ávila, Juve-nal, Geninho e Otávio estão fora de forma, confun-dlndo-se inteiramente, sem capacidade para orgàni-zar as tálftas de jogo. E Jair, Rubinho, Hamilton,Zezintho e Demosthencs. os mais novos, não conse-guiram fugir a idêntica impressão. Enfim, o Bota-fogo jogou uma partida das mais fracas. ApenasMarinho, Juvenal e Geninho merecem ni^nos restrj-ções. enquanto os o,»<r"«- íc*'rs -•'

OS GuALiis uo FjütUUAitfiiWtojc.Aos dez minutos da primeira fase já estava de»

finido o placard. Aos quatro, houve uma troca deshoots na área, sobrando a bola para Rodrigues, Oponteiro teve tempo de preparar o shoot fc~desferí~Io com violência. Aos dez minutos, Carlyle arrema-tou, de uma distancia de 40 metros. Ary ainda cho-gou » aegnrar a pelota, que acabou nas redes, apósescapar das mãos tio arqueiro.

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Página ÍO Sexta-feira, 20 de janeiro de 1950 O GLOBO SPORTIVO

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Serão estes 16 selecionados os "maiores"? O ideal seria que um Campeonato üo Mundo de footbail, até chamado deLevando em conta os resultados cios jogoo Copa .mies Kiniet (Copa do Mundo), reunisse os 16 maiorc» selecioauuos desteInternacionais de 1949. cujo notável estudo planeta, onde há poucos lugares, pouquíssimas nações sobretudo, onde o íoot-de Vasco Rocha nos deu um quadro fiel bail tó_add se_undo as regras do velho "International Board" não é o "esporte-no último número d'ü GLOBO SPORTIVO'. rej"

Os três primeiros campeonatos mundiais disputados em 1930, 1934 e 1938,respectivamente no Uruguai, na Itália e na França, ficaram bastante longe des-te "ideal". O de 1950, no Brasil, aproximará muito mais a perfeição e será, de

qualquer modo. a maior competição internacional de footbail jamais organiza-da até hoje. (Pois nenhum dos Torneios dos Jogos Olímpicos tampouco, alcan-cou tal projeção).

E* conhecido que os 33 países inscritos neste IV Campeonato loram reparti-dos em um certo número de grupos eliminatórios, cuja maioria já forneceu sua

pontos por jogo ganho, um ponto por em- j cota_narte de qualificados para o torneio finai de 16 nações.pate e o zero por jogo perdido, o quadro vd'0 GLOBO SPORTIVO dá a classificação !

ça Eire, Espanha, Turquia e Uruguai ou Justos, repartindo os paLses em zonas geo-

poderemos estabelecer uma lista dos 16 pai-ses que conseguiram a smaiores façanhasoficiais durante aquele ano, merecendo, por-tanto, sua qualificação para o Torneio doRio.

CLASSIFICAÇÃO POR PONTOS GANHOS

Adotando a contagem clássica de dois

seguinte para 1949:

— Brasil: 14 pontos ganhos <8 jogos).— Inglaterra: 14 pontos ((10 jogos).— Bélgica: 14 pontos (10 jogosi.— Itália: 13 pontos (8 jogos j.— Escócia: 12 ponfos (6 jogos: invicta).— Hungria e Paraguai: 12 pontos (8

jogos).8 — Áustria, Suécia, Peru, Dinamarca,

Iugoslávia e França, todos com 10pontos.

14 — México e Bolívia, 8 pontos.16 — Suiça, Tchecoslovaquia, Eire e Ho-

landa, 7' pontos.20 — Espanha e Turquia. 6 pontos.(2 — Chile, Uruguai e Rumania, 5 pontos.

Desfalcando os paises "forfait" ou nãoinscritos (Bélgica, Hungria, Dinamorca,Áustria, Tchecoslovaquia. Holanda, etc), alista dos 16 seria a seguinte: Brasil, Jngla-terra, Itália, Escócia, Paraguai, Iugoslávia,Buecia, Peru, França, México. Bolívia. Sui-

Chile.Dois paises apenas, entre os precedentes,

já foram eliminados: França e Eire. E tam-bem deverá punir um dos seis sul-america-nos, cinco lugares sendo reservados paraeste Continente.

CLASSIFICAÇÃO POR ZONASAliás, ná varias reservas para apresen-

tar, estudando esta classificação.Primeiro, duas grandes nações do foot-

bali, a Argentina e a Rússia, não jogarammatches internacionais em 1949. por mo-tivos conhecidos Ninguém poderia, contu-do, negar os título^ de uma e outra a umaqualificação (teórica) indiscutível.

Depois, convém sublinhar que um paíscomo o Uruguai, participou do CampeonatoSul-Americano de 1949 com um srlerppnadode amadores, o que explica sua classificaçãoinesperada atrás da Bolívia, e até tambémdo Peru e do Paraguai.

Talvez se possa chegr resultados mais

(Mú0^0Mmum SORRISO-

(BAYER)V E /\R/

0 REMÉDIO DE CONFIANÇA

gráficas assim como fizeram os organiza-dores da Copa Jules Rimet, porem riscan-do sem hesitar a zona asiática (cujos mem-bros não jogaram match internacional ne-nhum em 1949 e. onde não se acha selecio-nado digno de figurar entre os 16 do Rio»e a zona africana (por motivos idênticos).

Podemos escolher as seis grandes zonasseguintes, zonas He afinidade, cujas fron-teiras levam em conta a geografia, a poli-tica e o "classicísmo" dos jogos interna-cional»-.

a) América do Norte e Central;b> América do Sul:

Ilhas Britânicas;d> Europa do Norte;e> Europa Ocidental:fj Europa Oriental e paises do Medi-

rerraneo.

Em cada uma destas zonas, a classifi-cação é a seguinte, sempre segundo n qua-drn d0 resultados d'0 GLOBO SPORTIVO:

AMÉRICA DO NORTE E CENTRAL:— México; 2 — Estados Unidos; 3 — Cuba;— Haiti.AMÉRICA DO SUL: 1 — Brasil; 2 —

Paraguai: 3 — Peru; 4 — Bolívia; 5 —Chile: G — Uruguai; 7 — Equador; 8 —Coolmbia.

ILHAS BRITÂNICAS: 1 — Inglaterra,— Escócia; 3 — Eire: 4 — Irlanda do

Norte; 5 — Pais de Gales. (A Escócia me-EUROPA DO NORTE: 1 — Dinamarca;

recia o primeiro lugar, por ser invicta1.2 — Suécia; 3 — Noruega; 4 — Finlândia;

— Islândia. (A Dinamarca venceu a Sue-cia por 3x2. em 23 de outubro último).

EUROPA OCIDENTAL: 1 — Itália: 2 —Bélgica; 3 — França; 4 — Suiça; 5 —Holanda; 6 _ Espanha: 7 — Portugal; 8 —Luxemburgo. (A Itália merece o primeirolugar, indiscutivelmente, e a classificação daEspanha é (mista).

EUROPA ORIENTAL E MEDITERRA-NEO: Hungria: Áustria: 3 —Iugoslávia; 4 —- Tchecoslovaquia: 5 — Tur-quia; G — Rumania; 7 — Bulgária; 8 —Polônia; 9 - Egito: 10 _ Albânia: 11 _Grécia; 12 _ Siria: 13 — Israel. (A Aus-tria venceu a Iugoslávia por 5x2. em 13 denovembro último, ganhando deste modo seusegundo lugar).

Como Iremos deduzir destas classificaçõesa lisiu ideal dos 16 maiores no mundo ?Aqui ueve intervir a atribuição arbitrariade um certo número de lugares a cadauma das seis zonas, ou melhor das oitozonas mundiais.

Levando em conta o valor do footbail eo número dos paises nos vários continen-tes ou regiões, faremos (isto é um pontode vista pessoal) a repartição seguinte:

América do Norte e Central: um lugar.América do Sul: cinco lugares (inclusive

a Argentina).Ilha.- Britânicas: dois lugaresEuropa do Norte: um lugar.Europa Ocidental: três lugares.Europa Oriental: quatro lugares (inclu-

síve a Rússia I.

Ásia e África: nenhum lugar.Respeitando as classificações acima, a lis-

ta dos 1G seria portanto:México. Brasil. Paracrual, Peru. Bolívia,

í Argentina. Inglaterra, Escócia. Dinamarca,Itália, Bélgica. França. Hungria, Áustria,Iugoslávia. Rússia.

A LISTA IDEAL

Mas, assim como "qualificamos" de ofi-cio a Argentina e a Rússia <sem perfor-mances em 1949). substituiremos a Bolíviacom o Uruguai como quinto representanteda América do Sul. e também ;< Bélgica coma Espanha na Europa Ocidental.

Deste modo. não chegaremos a um re-sultado final, com uma lista que cadn umdos leitores do O GLOBO SPORTTVO po-dera censurar à vontade sem temer de ofen-der-nos. pois todo trabalho deste tipo è aml-nentemente critica vel. Pois nossa lista"Ideal" ''"rá essa:

BRASILURUGUAI

PARAGUAIPERU

ARGENTINAMÉXICO

INGLATERRAESCÓCIA

ITÁLIAESPANHA

FRANÇADINAMARCA

HUNGRIAÁUSTRIA

IUGUSLAVIARÚSSIA

Claro que a Suécia no lugar da Dlna-marca, ou Portugal no lugar da França,não mudariam tanto a fisionomia Geral dogrupo ideal.

E até sem a Rússia, a Hungria e a Aus-tria. e também sem a Argentina, ficaremoscom um extraordinário Campeonato doMundo de 1950, vamos repetir: d maiorCampeonato do Mundo na longa e gloriosahistoria de nosso querido footbail.

CA1PÂNHA GLORIOSA DO BANGÚ(Conclusão da pag. 13)

Üealizado usou o Bangú decanha se traduz

feito glorioso, terminal» a excepcional campanha internacional, regres-sua primeira excursão ao estrangeiro. Em números, a sua grande fa-por duas grandes vitorias e dois honrosos empates, nove goals a favore cinco lontra Pode-se acrescentar: duas vitorias e dois empates sobre quatro selecio-nados chilenos, porque, na realidade, tanto o Colo-Colo como a Universidad Católica,esta por duas vezes, se apresentaram reforçados por elementos que são figuras inlicadas

para a constituição do scratch chileno. Trou xe, ainda, o veterano clube suburbano o ti-nvicto. duas valiosas taças e um pra to de prata, oferecido pela "Division Mavor".com a seguinte inscrição: "La Division MaBangú A- C, ejemblo de cwrcciòn y espirito

Não devemos negar ao prestigioso e traaplausos e as nossas sinceras manifestaçõesno Chile, por isso que soube não só estreibrasileiros e chilenos como soube defenler er>raS>!:lro naquele p*»s Irm^o e amigo.

yor de Ia Federacion de Futbol de Chile aodeportivos".

dicional Bangú A. l\ «s nossos calorosos-de júbilo pela brilhante campanha realiz3ditar os laços de amizade já existentes entredever o prestigio e o renome do footbail

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o globo sportivo Sexta-feira, 20 de janeiro de 1950HISTORIA DO CAMPEONATO BRASILEIRO (II)

Página 11

Xhlaa aa <p/ied4d€4iíe aue ele manda, léem cima, a^U embaitca, mojuê&maé, n&lá

A seleção paulista campeã do ccrVamos prosseguir hoje o histórico cio

Campeonato Brasileiro de football começandopelos detalhes do certame de 1927. Uni cer-taniê ^ue teve um final tumultuoso, não ter-minando pela primeira vez normalmente ojogo finalista, que mais uma vez reuniu ospaulistas e os cariocas. Fatiavam pouco maisue dez minutos para o termino da peleja e oscore era de Ixl, quando o juiz. Sr. .iry Ama-raníc, puniu os paulistas com um penalty,acusando hands de Bianco dentro da arca.Náo sé conformaram os bandeirantes com apunição c depois de muita discussão abando-naram o campo. Fortes, o consagrado half es-querdo, cobrou então a penalidade máxima eo match foi encerrado com a vitoria dos ca-rioeàs por 2x1. o incidente alcançou maiorrepercussão, porque pela primeira vez com-parecera a um jogo o então presidente daRepública, Sr. Washington Luis, que chegou amancar um seu ajudante de ordens, pedir aospaulistas que continuassem jogando, não sen-tio atendido pelos mesmos. Feitiço, passandopor cima da autoridade do capitão do team,qu; era Amilcar, chegou mesmo a dizer emresposta ao pedido do presidente tia Repúbli-ca: "Diga ao presidente que ele manda lá emcima; aqui cm baixo mandamos nós" Umartspcsta que ficou famosa na historia do Cam-

[peonato Brasileiro. Em conseqüência dos in-doentes a C.B.D. eliminou Feitiço, Grane eTufy e suspendeu outros, inclusive o capitãodo team, Amilcar. E no ano seguinte o

¦Sr. Washington Luis, fez sentir o seu ressenti-mento pela decepção sofrida, vetando a ida darepresentação brasileira às Olimpíadas. Ojogo finalista tumultuado reuniu as seguintesequipes:

CARIOCAS — Amado; Penaforte e Helcio;Alberto, Floriano e Fortes Pascoal, Oswaldi-nbo, Nilo, Baianinho e Teofilo.

PAULISTAS — Tuffy; Grane e Bianco;Pepe, Amilcar e Serafim; nparicio, Heitor, Pe-tronilho, Feitiço e Evangelista.

E os resultados verificados no certame fo-ram estes:

Estado do Rio, 13 x Sergipe, 1; Distrito Fe-deral, 10 x Ceará, 0; São Paulo, 13 x Mara-nhão, 1; Espirito Santo, 6 x Paraíba, 1; Mi-nas, 7 x Piauí, 0; Rio Grande do Sui, 10 x Per-nambuco, 1; Paraná, 8 x Estado do Rio, 3;"laia,

8 x Santa Catarina, 5; Pará, 12 x Ala-íoas, 2; São Paulo, 5 x Espírito Santo, 0; Dis-frito Federal, 5 x Minas Gerais, 3; Rio Grandedo Sul, 6 x Pará, 0; São Paulo, 7 x Baia, 1;Distrito Federal, 6 x Rio Grande do Sul, 2; e~>istritò

Federal, 2 x São Paulo, 1.No ano seguinte, 1928, os paulistas não se

Inscreveram para o Campeonato Brasileiro de"^ootball. E assim a peleja finalista não reuniu

»s tradicionais adversários, apresentando pelairimeira vez os paranaenses para decidirem

titulo com os cariocas. Os cariocas vence-ram amplamente por 5x1, tendo o match sidoüsputado no Rio. A seleção campeã formouissim no jogo final; Amado — Penaforte elelcio — Nascimento, Floriano e Fortes —Pascoal, Nilo, Rogério Braga, Baiano e Teo-ido. Rogério Braga, irmão do half índio dos

¦ empos atuais, era center-half, mas foi colo-fiado como .ocnter-forward no scratch e bri-

fhou nesse jogo assinalando três dos goals ca-fiocas. Os placards do campeonato de 1928,texto oficial, foram os seguintes:

tame profissionalista de 1935Sergipe, 5 x Paraíba, 1; Baía, 11 x Ala-

geas, ti; Baía, 11 x Sergipe, 1; Ceará, 3 x Ma-ranhâo, 0; Pará, 3 x Ceará, 0; Distrito Fe-deral, 3 x Espirito Santo, 0; Estado do Rio,5 x Minas, 1; Distrito Federal, 7 x Esiaito doRio, 2; Paraná, 8 x Santa Catarina, 0; RioGrande do Sul, 6 x Mato Grosso, 4; Paraná,2 x Rio Grande do Sul, 0; Distrito Federal,1 x Baia, 0; Paraná, 3 x Pará, 3 (Io jogo);Paraná, 2 x Pará, 1 (jogo desempate); e Dis-trito Federal, 5 x Paraná, 1.

CAMPEÕES OS PAULISTAS EM 1929Em 1929, no sétimo campeonato oficial,

voltaram os paalistas a disputar o certame ea conquistar, aüáss o titulo máximo. O jregu-lamento foi alterado e criada a "melhor detrês" para a decisão tio título, ao invés dc umjogo só. Os paulistas tiveram como adversa-rios mais uma vez na final, os cariocas. Oprimeiro jogo foi cumprido no Rio e os pau-listas venceram por Ixl. A formação dosteams foi então esta:

PAULISTAS — Athié; Grane e DcS Deb-bio; Nerino, Goiiardo e Seraíini; Ministrinho,Lara, Peironilho, Feitiço e De Maria.

CARIOCAS — Jocí; Penaforte e Hildegar-do; Nascimento, Fausto e Fortes; Pascoal, Os-waldinho, Russinho, Nilo e Teofilo.

Esse jogo foi marcado por um incidentelamentável. Oswaldinho, ao entrar na área foiatingido por Del Debbio na canela, fraturan-do o osso e afastando-se do footíxill. O se-gundo jogo teve lugar em São Paulo e regis-tou-se então um empate de 3x3, que os pau-listas não esperavam. O quadro paulista apre-sentou apenas Camarão no lugar de Lara, en-quanto o team carioca surgia assim, bastantemodificado: Amado — Silvio e Itália — Tino-co. Fausto e Fortes — Pascoal, Doca, Russi-nho, Nilo e Teofilo. O terceiro jogo foi rea-lizado novamente no Rio e os cariocas aí ven-ceram por 3x1. O quadro carioca foi o mesmodos 3x3 e o team paulista apresentava Gani-binha na meia-direita, em lugar de Camarão,e Rato na meia-esquerda, em lugar de Feiti-ço. Ficou assim empatada a "melhor de três"e tornou-se necessário um quarto jogo paraa decisão do título. Esse novo encontro tevelugar em São Paulo e venceram os paulistaspor 4x2. Os quadros formaram assim na ba-talha decisiva:

PAULISTAS — Athié; Grane e Del Deb-bio; Pepe, Amilcar e Serafini; Ministrinho,Heitor, Gambinha, Feitiço e De Maria.

Cariocas — Jaguaré; Silvio e Itália; Ti-noco, Fausto e Fortes; Pascoal, Doca, Russi-nho, Nilo e Teofilo.

Os placards do campeonato de 1929 foramestes: Pará, 5 x Amazonas, 2; Pernambuco,7 x Paraíba, 3; Ceará, 7 x Rio Grande do Nor-te, 1; Pernambuco, 1 x Ceará, 0; Baía, 8 x Ser-gipe. 3; Espírito Santo, 4 x Alagoas, 2; Baía,4 x Espírito Santo, 2; Paraná, 2 x Mato Gros-sd, 1; São Paulo, 10 x Paraná, 1; Rio Grandedo Sul, 3 x Santa Catarina, 3 (1.° jogo); RioGrande do Sul, 7 x Santa Catarina. 0; SãoPaulo, 9 x Rio Grande do Sul, 0; Estado doRio, 2 x Minas, 1; Distrito Federal, 5 x Estadodo Rio, 3; Distrito Federai, 7 x Pernambuco,1; São Paulo, 7 x Baía, %• Distrito Federal,9 x Pará, 2; São Paulo, 4 x Distrito Federal,1; São Paulo. 3 x Distrito Federal, 3; DistritoFederal, 3 x São Paulo, 1; e São Paulo, 4 x Dis-trito Federal, 2.CONCLUI NA SEGUINTE)

CARLOS ARÈAS

Os titulares c reservas do scratch carieca cie 1331. De pé-Walter (extrema direita), Jaguarão, Ivan, Riper, Zezé Morei-ra. Ze Luiz, Hildegardo, Preguinho, Walter (half esquento),Domingos c, abaixados. Leonidas, Alfredinhe, Veloso, Zczé,Cabral, Teofilo e agrícola

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MW^^^^^^^ÊWm^^m , Wwmy&Bandeirantes vice-campexes dc 1925: de pé — Abat, Cio-doaldo, Amilcar, Gelindo, Tuffy e Bartho. Abaixados: For

miga, Neco, Friedenrcich, Feitiço e De Maria

Os paulistas campeões de 1929: de pé: Amilcar, Pepe, Gr.iAthié, Del Debio e Serafini. Abaixados: Ministrinho, Es.,,.

Gambinha, Feitiço e De Maria

1

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A seleção bandeirante de 1924. Da esquerda para a direita:Feitiço, Neco, Barthô, Japonês, Heitor, Osses, Serafini, Bianco,

Nestor. Filo e Gambá

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Página 12 Sexta-feira, 20 de janeiro de 195L O GLOBO SPORTIVO

HISTORIA DO CAMPEONATO BRASILEIRO (II)

Retiraram-se os paulistas de camoo, não atendendo nem ao pedido de Washington Luis, e não dispu-Iam o certame de 1928 - Os Males da competição até 34, o "ano diferente", vencido pelos baianos

O CAMPEONATO "DIFERENTE" DE 1934: CAMPEÕES OS BAIANOS

Afinal em 1934 a C. B. D. conseguiu reunir forças bastantes para promover

o 9° campeonato brasileiro oficial, que se tornou o campeonato "diferente", pois

pela primeira e única vez o título máximo não ficou em poder dos paulistas ou

dos cariocas, seus veteranos e habituais detentores. Os cariocas representados por

um team secundário, de vez que os melhores jogadores da cidade estavam nas

fileiras dos clubes profissionais, foram surpreendidos pelos capixabas e elimi-

,iados do certame, em jogo realizado aqui no Rio, no campo do Botafogo. Em

seu primeiro jogo os cariocas venceram o Estado do Rio por 5 a 3, mas no en-

í-ontro com o Espírito Santo foram batidos por 5 a 4. Vamos aqui recapitular

o que foi esse jogo que eliminou pela primeira vez os cariocas antes da finalista

Data: 28 janeiro de 1934. Local: Campo do Botafogo, à rua General Severiano

Juiz: Carlito Rocha. Teams: CARIOCAS — Pedrosa; Alfredo e Badu (depoisDondon); Afonsinho, Ariel e Pamplona (depois Rubens); Atila, Nilo, Carvalho

Leite, Jaime e Horacio (depois Romualdo). Dondon, Romualdo e Rubens eram

do Andaraí; e Horacio, do Olaria. Os demais eram todos do Botafogo. CAPIXA-BAS — Dias III (depois Manoel); Dias II e João Paulo (depois Segorio); João

Silva, Lauro e Marcionilio; Cicero, Lacinio, Gomes, Alcy e Enrique. Marcha do

placard: 1.° tempo: Capixabas 3x2. Goals de Gomes, Jaime, Lacinio, Afonsinhoe Alcy nessa ordem. 2.° tempo — Capixabas 5x4. Goals de Nilo, Gomes, Ciceroe Nilo, nessa ordem. O jogo esteve paralizado algum tempo devido à uma in-

vasão de campo, após a qual os capixabas coagidos não queriam continuar a

jogar. Mas afinal concordaram em prosseguir a partida e ganharam.Os paulistas passaram pelo scratch da Marinha por 3 a 2, eliminaram de-

pois os capixabas por 4 a 2 e chegaram à "melhor de três" finalista com osbaianos, em Salvador. Estes haviam derrotado os sergipanos por 8 a 0 e os rio-

;randenses do norte por 5 a 3. Na competição final os baianos venceram o pri-meiro jogo por 4 a 2, os paulistas venceram o segundo por 3 a 2 e os baianosvoltaram a vencer no último por 2 a 0, sagrando-se assim campeões brasileirosde 1934. O team campeão formou assim: De Vecchi; Popó e Bisa; Mila, Guga eGia; Bentinho, Bayma, Guarany, Novinha e Almiro. Os paulistas, vice-campeões.apresentaram um team também secundário, como os cariocas, formando assim:

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» Também o organismo humano, aparelho deli-cadtsssmo, não pode funcionar bem, se as suasviria* peças esbv«em sujas c cheias dc resíduos.

Uma das mais importantes dessas peças sãoos rins, a cujas funções se acham ligados outrosórgãos da maquia» humana.

A limpeza c uessníecçào periódica dos rins,festas com os comprimidos dc HELMITOLde Bayer, garante o seu perfeito funcionamento

e resulta na saúde atual e numavelhice sadia c livre de achaques.

José Roberto: Abamante e Segala; Morais, Fritoli e Munhoz; Rigato, Lau.

reníino, Benedito, Coloneze e Jaime (Orlanga Raga).Os placards do campeonato oficial de 1934 foram estes: Maranhão 4 x Piam

2- Rio Grande do Norte 3 x Paraíba 1; Sergipe 5 x Alagoas 2; Distrito Federal 5

Estado do Rio 3; São Paulo 3 x Liga de Ssports da Marinha 2; Ceara 5 x Mara-

nhão 3; Rio Grande do Norte 4 x Pernambuco 2; Baía 8 x Sergipe 0; Espirito

Santo 5 x Distrito Federal 4; Rio Grande do Norte 4 x Ceará 2; Sao Paulo 4 x

Espirito Santo 2; Baía 5 x Rio Grande do Norte 3; Baia 4 x S. Paulo 2, S. Paulo 3

x Baía 2: e Baia 2 x São Paulo 0.No certame profissionalista do mesmo ano de 1934, os paulistas voltaram a

ser campeões seguidos dos cariocas. No primeiro jogo finalista, no Rio, os cano-

cas venceram por 2 a 0. No segundo, em S. Paulo os paulistas venceram por 2

ai e no terceiro voltaram os bandeirantes a vencer por 3 a 1, sagrando-se assim

campeões do segundo certamen da Federação Brasileira.NOVAMENTE COM OS CARIOCAS O TtTULO, EM 1931

Em 1930. devido à perturbação trazida à todo o país pela revolução que der-

nibou o Sr. Washington Luis e trouxe ao poder o Sr Getúlio Vargas, não foi

realizado o Campeonato Brasileiro de Football. O oitavo certame nacional so-

mente em 1931 voltou assim a ser disputado. E os cariocas recuperaram o titulo

máximo, derrotando os paulistas na "melhor de três" finalista. No primeiro

jogo, realizado no Rio, os cariocas venceram por 3 a 1. Os teams formaram as-sim: CARIOCAS — Veloso; Domingos e Itália; Tinoco, Martim e Ivan; Walter,

Carvalho Leite. Russinho, Nilo e Teófilo. PAULISTAS — Athié: Clodoaldo c Bar-

Siriri. Teófilo Walter e Russinho marcaram os tentos dos cariocas e Petronilho

thô; Nerino. Goliardo e Alfredo; Luizinho, Petronilho. Friedenreich, Feitiço e

o dos paulistas. No segundo jogo, em São Paulo, os paulistas venceram por 3 a 0.

O quadro carioca foi o mesmo e os paulistas apresentaram Oswaldo, no lugar dc

Nerino (half direito) e Lara no de Petronilho (meia direita). Os goals foram de

Friedenreich. dois e Feitiço. Por último no terceiro jogo, novamente no Rio,

os cariocas voltaram a vencer por 3 a 0. O team carioca apresentou três altera-

ções: Hildegardo, Hermogenes e Leonidas nos lugares de Itália, Tinoco e Nilo.

Os goals foram assinalados por Leonidas (dois)e Carvalho Leite. Os paulistasapresentaram Rossi como half direito, como única alteração no team que dispu-

tou o segundo jogo.Os placards do campeonato de 31 foram: Pará 6 x Amazonas 1; Pernam-

buco 6 x Paraíba 2; Ceará 8 Rio Grande do Norte 5; Pernambuco 5 x Ceará 2;

Baia 8 x Alagoas 0; Sergipe 3 x Espirito Santo 1; Baía 7 x Sergipe 1; Paraná 4

x Mato Grosso 1; São Paulo 1 x Rio Grande do Sul 0; São Paulo 6 x Paraná 1;

Minas 4 x Estado do Rio 3; Distrito Federal 5 x Minas 0; São Paulo 11 x Per-namliuco 3; Distrito Federal 6 x Baía 0 (zero): Distrito Federal 3 x São Paulo 1;São Paulo 3 x Distrito Federal 0 e Distrito Federal 3 x São Paulo.

BOIS ANOS SEM CAMPEONATO OFICIAL: 1932 E 1933Em 1932 nova revolução, a chamada revolução constitucionalista chefiada

pelo general Bertoldo Klinger, tumultuou a vida do pais c impediu a realizaçãodo Campeonato Brasileiro de Football. No ano seguinte 1933. a C. B D. não

pôde promover também o certamen oficial. Foi o ano da cisão, com o advento do

profissionalismo A luta enfraqueceu de tal forma a C. B. D. que ela não pôdepromover o campeonato brasileiro Enquanto isso a entidade profissionalista, aFederação Brasileira de Football, promovia o seu 1.° Campeonato Brasileiro

que terminou com a vitoria dos paulistas, que derrotaram os cariocas por 2 a 1.

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A SAÚDE É BOA

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A COPA DO MUNDO

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NORTE-AfceRiCANOS__M__B_____B_B____--__---_B-*_--l-^

NOVA YORK, janeiro — O football teráeste ano, no seu festival de julho, as nie-lhores equipes nacionais que disputarãono Rio de Janeiro a Copa do Mundo.

O balão esférieo conhecerá atividade in-comum em 1950 e isso será verdadeiro, so-bretudo para os Estados Unidos, que, jáqualificados para a competição final, de-seinpenharão anteriormente importante

papel no plano internacional, recebendovarias equipes estrangeiras. No começo demaio o primeiro visitante será o s?lecio-nado do Hamburg Sport Vcrein, que dispu-tara seis encontros em três semanas. Um*semana depois o Manchester United, ven-cedor da Copa da Inglaterra em 1948,lambem será recebido, acompanhado peloSampdoria Club. dc Gênova, que realizaráampla excursão, na qual visitará NovaYork, Chicago, Canadá, México e Cuba.A Suécia mais uma ven será representadapelo célebre Malmoe.

Desde já estão sendo preparadas sele-

ções das mais fortes equipes para recebe-rem as formações estrangeiras e não restadúvida de que esses matches constituirãoo melhor preparo para que os jogadoresnorte-americanos sejam capazes de for-mar uma equipe nacional condigna pararepresentá-los no Rio de Janeiro.

QUEDA DOS CABELOSCalvície precoce

[Snífj

mJUVENTUDEI ALEXANDREINSUPERÁVELHà cinqüenta anos

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 20 de janeiro de 1950 Página í 3

O INVICTO DO CHILE

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Era a primeira ve* que o Bangú excursáo nava ao estrangeira. Nunca o veterano grêmiosuburbano que levantara o campeonato carioca de trinta e três tivera uma oportunidade parasair do território nacional e demonstrar lá fora a pujança do football praticado por um clubeque sempre esteve classificado entre os chamados pequenos clubes metropolitanos, mas quesempre, nos torneios regionais, soubera se impor pela sua bravura e pelo seu corrctismo. Porisso mesmo, quando se anunciou que chegara a vez do tradicional clube alvi-rubro, que o Ban-gú iria visitar o Chile e ali realizar uma serie d e matches, não se temeu que a sua delegaçãoestivesse em condições de elevar o nivel das boas relações cordiais existentes entre os esporteschilenos e brasileiros, pugnando pelo estreitamento mais íntimo dos laços que unem os es-portistas dos dois países. Saberiam os dirigentes e os jogadores do simpático e prestigiosoBangú manter a cordialidade que tanto dignifica brasileiros e chilenos com um comportamentodisciplinar merecedor de todos os encomios, de todos os elogios.

—ooOOoo—Temeu-se apenas que o Bangú não fosse feliz, esportivãmente. Os conhecedores das condi-

ções ambientes dos esportes no país andino, os entendidos nos assuntos relacionados oom oprogresso técnico do football chileno, esses sim. temerem que o Bangú. que não conseguira iralem do quinto lugar no certame carioca de 4 9, não estivesse preparado para enfrentar aspoderosas equipes chilenas, que, como aliás s ? verificou, não fariam como fez o Bangú, apre-sentando-se exclusivamente com a "prata da ca sa", sem reforços, sem o concurso de jfíradoresde outros clubes. Esperava-se, era certo, que o Bangú iniciaria a sua jornada sem êxito, semmaiores possibilidades para a conquista de vitorias indiscutíveis, sem condição para enfrentar

Livingstone abraçando Simões, depois do match de estréia

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Coal do Bangú, de Menezes, contra a Universidade Católica

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com igualdade os seus adversários. Política-mente, não havia dúvida alguma, o Bangúraberia conduzir-se a contento, satisfatória-mente.

—ooOOro—¦Entretanto, o Bangú surpreendeu a todos.

Confirmou amplamente as orevisõ?s daque-les que confiavam na política de harmoniae do fraternidade dos banguensps. Desfez osreceios daqueles que n.ão contavam com oôxito esportivo, daqueles que punham dúvidade que pudesse o Bangú enfrentar cora asmesmas armas aos valorosos adversários queteria de enfrentar. O prestigioso clube su-burbano saiu-so airosamente da nrimeira ba-íaiha internacional de que participou. Re-tornou invicto das canchas #hilcnas, cobertode glorias, elogiado pela crítica, louvado efelicitado pelos desportistas c pelo povo es-portivo daquele grande nais amigo. Ruas sen-sacionais vitorias e dois empates que maisaumentaram o acervo de triunfos conquista-dos no terreno esportivo e social, foi a ba-gagem excepcional que o Bangú trouxe dosAnrfes. Justificados são os júbilos de que seencheram os banguenses. Não íó os ban-guenses, mas todos os brasileiros, todos osbrasileiros que acompanharam com interessea primeira excursão ao estrangeiro realiza-da pelo Bangú e festejaram condignamenteos sucessos alcançados pelo veterano clube.

—ooOOoo—Chegando a Santiago do Chile na tarde

do dia 4 do corrente mês. já na noite se-guinte o Bangú pisava a cancha do EstádioNacional para enfrentar o clube chileno pro-motor da excursão. Era a Universidade Ca-tólica, campeão chileno de 4í». mie se prepa-rara intensivamente e que anur^uva ter quereforçar a sua equipe com a inclusão de jo-gadores de outros clubes. Cansado da longaviagem que realizou, estranhando o clima ea alimentação, mas estimulados os seusplayers do desejo de figurar com brilhan-tismo na peleja de estréia, o Bangú entrouem campo com excepcional decisão, dispostoa vender muito caro a derrota. Então pro-jetoúrse no jogo com extraordinária com-preensão. Todo o quadro se entendeu exce-lent *-rnnte bem e em pouco os banguensesdominavam amplamente, oferecendo ao pú-blico presente uma partida renhidamentedisputada, com lances magníficos que pu-nham em evidencia o perfeito equilíbrio exis-tente entre a defesa e o ataque. Pouco apouco os brasileiros foram se impondo, ga-nhando terreno e conseguindo vantagens con-cretas. Os chilenos, entre os quais pontificavao famoso crack argentino José Manuel Mo-reno. tão nosso conhecido, lutaram com gran-de vibraçXo e entusiasmo para reduzir ou anu-lar a melhor qualidade de football posto emprática, pelos banguenses. Estes, senhores doplacard, mas começando a sentir os efeitosdo cansaço, cederam um pouco, do que seaproveitaram os locais para alterar a feição

do jogo, sem contudo conseguir controlá-lo.O final, nm empate de três a três, foi bas-tante honroso para o Bangú. porque vencia portrês a dois quando os chilenos, numa deses-perada arrancada para fugir à derrota imi-nente. alcançaram o*-, seus objetivos com amarcação do tento de empate.

—ooOOoo—

Dois dias depois, na noite de 7 do corrente,voltava o Bangú à mesma cancha, para en-frentar outro adversário poderoso, o Colo-Colo, que também se apresentava reforçadocom elementos da Universidade Católica e doWanders. O cartaz do clube carioca estavafeito. Todos os desportistas chilenos, como aprópria crítica, consideravam o Bangú comovirtual vencedor da peleja anterior, contra aUniversidade Católica. Tais fatos fizeram comque maior público comparecesse ao EstádioNacional para assistir a segunda exibição dosbrasileiros. Não se poderia dizer que cs ban-guenses estavam, agora, descansados. Tode-riam estar, na melhor das hipóteses, um pou-co mais ambientados com o clima c com a ali-mentação. que difere profundamente da nos-sa. Mas. de uma forma ou de ontra. o fato éque o Bangú fez valer, diante do Colo-Colo. asua grande superioridadee, exibindo-se magni-ficamente, ainda melhor do que da vez an-terior. A equipe entendeu-se maravilhosa men-te, os jogadores agiram com excepcional entu-siasmo, c o resultado alcançado foi a erepressivavitoria traduzida pelo p.irnificativo score de doisa um. Tentando fugir à derrota, o Co'o-CoIorealizou varias alterações em sua equipe; masnão obteve êxito, dada a, segurança com queatuou o Bangú. dada a excelente performancecumprida por todo o quadro,

—ooOOoo—¦

A terceira exibição deveria ser contra o Wan-deres. Mas, a Universidade Católica quis umnovo cotejo, confiante em que, melhor armadaa sua equipe, reforçada por outros» elementos,conseguiria vencer o Bangú. O match foi rea-Hzado na noite de 11. O Estádio Nacionalabrigava uma multidão superior em número àque assistira aos dois prelios anteriores. Asuperioridade do Bangú foi manifestada desdelogo. A equipe continuava a se entender mag-nifioamente pondo em. evid |cia a classe dofootball brasileiro e assim não foi difícil aconquista da vitoria pela expressiva contagemde três a zero. O público não regateou aplau-sos, muito merecidos, ao clube carioca, por-que, em verdade era que a campanha que oBangú realizava era das mais brilhantes, por-que vinha de revelar que tinha capacidadepara enfrentar com êxito os mais qualificadosadversários. Os nomes de Luiz, de Rafanelli,de Gualter, de Mirim, de Menezes, de MoacirBueno e de outros, enfim de todo o quadrobanguense, eram pronunciados com respeito esimpatia. Eram figuras muito populares em

M-m/.,.tr*-~a*tEspetacular defesa de Levingstone

Santiago.—ooOOoo—

Não havia mais adversários para o Bangú, em Santiago. O clube chileno, entretanto, que-dia ver uma vez mais, pelo última vez, pelo me nos, o clube brasileiro atuando. Logo nasceu aidéia de um jogo amistoso com o selecionado chileno, com o scratch que se está preparando para.participar da Copa do Mundo, com o scratch que deverá exibir-se nesta capital c em SãoPaulo, no mês próximo de fevereiro. A sugestão foi „bem recebida pelo público e o Bangú,embora exausto e já jubiloso com o sucesso de sua primeira jornada internacional, sem ne-nhum receio de vê-la desmerecida cc«u um revés diante do selecionado chileno, aceitou o jogo.O prelio foi disputado na noite de 14 â' corrente, com a presença de uma multidão calculadaem trinta mil pessoas. Era a última exibição dos brasileiros, era o match de despedida doBangú. E o Bangú. a despeito da qualidade do adversário, do valor dos jogadores agrupados,as figuras mais proeminentes do plantei esportivo do Chile, começouo jogo se impondo comgalhardia e superioridade, predominando e exercendo tremenda pressão sobre o reduto finalcontrario, até que. ainda na fase primaria, Moa cir Bueno assinalou um tento. Na segunda eta-pa os chilenos voltaram mais decididos, mais dis postos a lutar, empreendendo sobre os antago-nistas uma, carga dura e inexorável. Os brasileiros lutaram lambem com decisão, com ener-gia. com bravura, e se concederam terreno, ai gumas vezes, não permitiram, porem, que a con-cessão feita aos chilenos fosse alem da conquista de um tento por int-rmedio de Hormazabal,para que a partida terminasse empatada de um a um.

(Conclue na pag. 10)

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Página 14 Sexta-feira, 20 de janeiro de 1950 O GLOBO SPORTÍVO

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Às vezes é necessário parar c voltar-se de repente c isso os jogado-*Vt, res de. bola ao cesto sobre patins fazem com perfeição

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Na hora do arremesso à cesta não 6 aconselhável saltar, pois o tombopode ser grande. Por isso, atiram a bola com os pés firmes no chão

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À equipe que disputa o campeonato interno do Clube Paulista dePatinação com o nome de O GLOBO SPORTÍVO

SAO PAULO, Janeiro (De J. P.Frank, especial para O GLOBOSPORTÍVO) — O bola-ao-cestoocupa lugar privilegiado entre os

apreciadores do esporte em SãoPaulo. Contam-se aos milhares osadeptos e entusiastas da salutar prá-tica esportiva, disseminados por to-dos os bairros da Capital e cidadesdo Interior do Estado. Dos clubesmais modestos aos mais ricos e bemorganizados, o bola-ao-cesto é prati-cado com entusiasamo sempre crês-cente, arrebanhando número lncri-vel de equipes quando da disputa detorneios populares ou oficiais. A re-cente temporada do quinteto norte-americano da Universidade de Utabrepresentou para os afeiçoados doesporte da cesta uma verdadeira fes-ta. Às exibições dos magníficos ra-pa-/es ianques acorreram assistênciasextraordinárias, mostrando sem arti-ficio o quanto o popular esporte capreciado em terras bandeirantes.Mas, para limitado grupo de cesto-bfdistas, a prática do esporte tal co-mo ele é regulamentado tornou-s-insuficiente sem atrativos. Daí **idéia de praticá-lo sobre patins, ali-ando a insuperável técnica do bolaao-cesto à extraordinária habilidad*dos patinadores de classe.

O HÓQUEI E O BOL\-AO-CESTi,

SOBRE PATINS

A maioria dos que praticam o bola-ao-ccsto sobre patins integramtambém as equipes de hóquei, es-porte que se populariza dia a diacm nossa capital, mercê da atra-ção que desperta no público comseus lances altamente emocionantes,fazendo-o vibrar como ao assistir auma peleja de football entre os maiscategorizados esquadrões. Pela movimentação sobre as rodas, pela velocidade e características de jogo pesa-do, assemelham-se o hóquei e o bola-ao-ceslo sobre pa Uns. Em ambos cxige-sc de seus praticantes completodomínio sobre *>s patins, muita resistência e fibra. Pa ra os que jogam o bola-ao-cesto patinando, exige-se ain-da conhecimento das regras do jogo. bem como aptidões para a sua prática, com ou sem "patins. Um bom ces-tobolista e patinador é naturalmente um candidato cotado a ocupar posição de destaque entre os que prc-ferem encestar de cima de oito rodas, a toda velocidade. Não basta isso. porem, pois necessita antes detudo de coragem, uma vez que se o bola-ao-cesto prati cado normalmente exige disposição para a luta e resis-tencia. o jogado sobre patins requer destreza, físico em condições de suportar os choques e tombos inevit.i-veis, requer enfim coragem e energia.

CARACTERÍSTICASComo já dissemos, o bola-ao-cestr) sobre patins é extremamente rápido e exige dos seus praticantes muita

habilidade e resistência. E* bem fácil de imaginar-se não ser a mesma coisa "carrei»ar" a pelota, .seja ba-tendo-a no chão. seja passando paraum companheiro, com os pés meti-dos cm "gets" e com patins. Sobrepatins, o jogo exige, alem da obser-vancia das regras, com pequenas dis-crepancias em virtude «le s»>'>s rã-racterísticas. uma aeãn ilnnla do ces-tobolista: a prática do cest^bo! <.rnsi e o domínio dos patins, nas de-sabaladas corridas sobre a nuadra'.Somente um eximiu patinador node--rá sair-se com êxito de semelhanteempreitada, nois não são poiicos »istrancos quando das disnutos de bola,nem menores os números de tom-bos miiii.l * das tentafvas de i»n<*«»g.tar. acossados pelos adversários. Porisso, reveste-se de esi>"eial beleza etécnica a prática do bola-ao-cestosobre patins, ainda, infelizmente,«ouço difundido entre nós. As ve-lozes esca nadas om a bola. os Das-res em alta vclocúlad". os rlriblines.os choques por vezes violentos tudocontribue para dar ao espetáculouma dose de emoção e suspense. ca-paz de agradar ao torcedor ma's exl-gente.

SUA DIFUSÃOLigado de corpo >« alma aos rinksde patinação, o boIa-ao-cest-> sobre

patins ainda não alcançou o des»i**-vnlvlmento oue deveria ter. estando-nda no inicio, mas r-s«im me**mo.'a despertando invulgar interesse"uando da realização de partidas en-tre quadros categorizados, f »>ntre"sles citam-se o Cube Paulisf *. d»"atinacão. C. A. São Paulo de SanIIo Amaro, atual camncão rlP >' *o»eida Capit-il. A. D. Floresta S FPalmeiras, etc. No Clube Paulistadè Patinação, onde se realiza amaior parte das partidas e mesmoeampeonatos oficiais, acha-se emcurso um torneio interno, em Home-nagem aos órgãos especializados emesporte, no qual também O GLOBOSPORTÍVO foi dislinguido. pois umadas equipes atua com seu nome.

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O GLOBO SPORTIVO

\k Grapette! ,/t

Sexta-feira, 20 de janeiro de 1950 Página 1S

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QUEM BEBE

fawetteREPETE!

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Se nao sabe.

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Muita gente saiu de São Januário exclamando nunca haver assistidoa match por tal forma cansativo. Foi uma dura, não somente para asequipes que se digladiaram; o público não só vibrou, mas cansou-se tam-oem com os jogadores. A bola não parou um minuto, não permitindo qual-quer descanso ao torcedor. Foi uma partida verdadeiramente dramática,uma das mais empolgantes dos últimos tempos, que acusou, ao seu tér-mmo, o placar d de um tento a um. Achamos esse resultado de inteira.«ustiça, pois que, como já esclarecemos, a luta foi empolgante, e justa-mente pelo fato de, contra" a força formidável do Vasco, lançar-se umFlamengo algo diferente .extremamente entusiasta, e em dia de exibiçãotécnica de seus cracks. Ademais., se cotejarmos os momentos críticos, asoportunidades que cada qual teve, teremos que chegar forçosamente ãconclusão da justeza do empate. Tanto rubro-negros como cruzmaltinosl>erderam goals quase certos, por erros mínimos nos shoots, por bolas nastraves e defesas dificilimas dos arqueiros. Por sua vez, ambos tiveram bonse maus momentos. O Vasco conseguiu lançar-se por vezes com todo O seupoderio, mas o Flamengo suportou bem o peso do esquadrão cruzmaltino,c leve, também, fases a sen favor em que o entusiasmo dos rubro-negroscontrabalançou a superioridade técnica dos jogadores vascainos. O certoé que São Januário viveu uma grande noite, noite de sucesso para o Tor-neio Rio-São Paulo, em que o Vasco poderoso, frente a um Flamengo sur-preendente, lançou mão de seus melhores recursos, para não permitir afaçanha de uma vitoria sobre o campeão. Lucrou o público, que assistiua espetáculo dos mais emocionantes, capaz de levar em "suspense" todauma multidão por noventa minutos a fio.

A VITORIA FOI O PRÊMIO DE UM VASCO FAVORITOA rigor ninguém via no Flamengo ura adversário capaz de derrubar

o campeão carioca c lider do atual torneio. Quando muito, um Flamengolutador, que exigisse algum esforço para ser vencido. Acontece que osrubro-negros surpreenderam. A estréia de Bigode e o desempenho eficientedos meias, transformaram aquele goal de quarenta segundos, no placardde quase todo o malch. A defesa firmou-se para suportar a tremendau-ação de uni team formado com os valores do Vasco. Só nos últimosminutos é que o team cedeu o único goal que, afinal, foi comemoradot>etos vascainos como grande conquista. O Flamengo, sem ser uni teamcompleto, revelou, com a sua atuação, os grandes progressos que vem expc-rimentando. Todos os Jogadores apresentaram-se cm nível técnico algonevado, ressaltando-se como fator preponderante do resultado obtido, oexcelente preparo físico que a equipe ostenta.

A alitiide do Vasco, ante o goal relârapagjo do Flamengo, foi a mesmade tantas outras oportunidades mais ou meuffa idênticas: continuou jo-fiando tranqüilamente, certo de sua maior capacidade para decidir o en-contro. Entretanto, foi-se o primeiro tempo e nada do goal do empate.Os cruzmaltinos só perderam a calma quando o segundo temp» avançavaem minntos e o goal de Cidinho continuava iselado no marcador. A ofen-siva, que não conseguira entender-se bem, a esía altura descontrolada, nãomelhorou com as modificações introduzidas. Veio. então, a arrancada dodesespero, em busca de um único goal que impedisse a derrota. QuandoManeca fez o goal, a partida já era dada como praticamente decidida,c o fato de o Vasco passar os últimos minutos ganhando tempo, é provado descontrole que d team campe"" cyjj^ri.iwfntou. no dia em que mai;u»?rto esteve da derrota.

RUBRO-NEGROS E CKUZMALTINOS PAR A PARO Flamengo lutou á base do entusiasmo c das performances excepcio-

riais de alguns de seus defensores. Entre eles, cabe menção especial a Bi-gode. O grande médio, após uma permanência pouco auspiciosa no noti-iiaru>, estreou ehvèrgando a camisa de seu novo clube. Cumpriu umaatuação destacada, que foi um desmentido formal a tudo que se insinuoucom respeito à sua incapacidade para o football. Bigode, treinando ex-ceieittemente na seleção, passou plenamente na prova dos noves. Marcou-Tesourinha, não permitindo que o ponteiro obtivesse sucesso em «• -

de suas avançadas.Juvenal foi outro elemento ae grande valor, bastando di*er-!wi ,iuc <u~..-

seguiu anular Ademir quase por completo. Zizinho positivou estar no me-lhor de sua forma. Finalmente Beto encenou a lista dos cracks rubro-negros. Outros jogadores eficientes foram Biguá, Valter e Lero. Garciaandou indeciso a principio, firmando-se para o final. O mérito de (idi-o-oconsistiu apenas no goal.

Uo lado vaseaino, só o ataque mereceu restriç»*s, de vez que a reta-«narda conduziu-se com o acerto costumeiro. Barbosa. Augusto e Alfredotoram os pontos altos da equipe, seguidos por Danilo e Jorge. Maneco fo»o único que trabalhou aecrtadaroente, mas sozinho pouco pode lazer. Te--ourinha e Ademir não conseguiram fugir à marcação, sendo que o meia

perdeu-se mais ainda por força das constantes reclamações. A entradade Lima e Chico nos lugares, respectivamente, de Ipojucan e Mno, trou-xeram alguma melhoria.

OS DOIS TENTOS DA PARTIDAAis quarenta segundos de Jogo, depois da salda dada pelo Vasco, o

Flamengo conquistou seu goal. Lero entendeu bom passe cm direção a Es-

querlinha, que centrou rapidamente, aparecendo Çidinhe para emendar

de primeira, em sensacional sem pulo, mandando a bola às redesO tento de empate só veio aos 38 minutos do período tina» Nestor,

que acabara de entrar no lugar de Tesourinha, passou a Ademir, deslocado

pio-a a ponta A bola foi levantada para ¦ arca em direção a Mjineca.

que aproveitou a oportunidade, vencendo Garcia.O CAPÍTULO DA ARBITRAGEM

E' compreensível um jogo da vibração do clássico VaSco x Flamengo,oue o juiz apresente falhas c mais ainda, que Ruas decisões nao sejam

de pronto compreendidas pelo público. Dai as constantes vaias que visa-ram Mario Vianna durante a peleja. O juiz errou, mas sem procurar pre-

S2 qualquer dos quadras. Teve ainda a atrapalha-lo os ^eirinhas

Gualler Gama e Ivan Capeletti, sendo que este ultimo assistiu Alfredo ati-

nir Odinho ao chão. sem bola, impassivelmente. Mario Vianna deixou de

assinalar o foul-pcnaltv em Mario, aos dois minutos de jogo, e cm outra

„5« marcou um fou, inexistente de Durval, sendo que na seqüência

do lance, o Flamengo marcou o goal que seria o segundo.

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America, de Belo HorizonteByron, de Niterói1920BaseballA Suécia derrotou Cuba por8 a 0. .

Defesa de Garcia

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O goal de empate do Vasco, feito por Manecaa bola nas 'ret2* Uma foi apanhar

0 CORINTIANS NA VICE-LIDERANÇA(Conclusãc I

da pai?. /'

"TEST" ESPORTTVVO

(SOLUÇÃO)

b) Fred Arcare

íacümente pela ala Cláudio -Linaa-

nho. Gengo, que o substituiu, tar-diamente, foi mais firme sem chegarã perfeição. A linha de avantes nãorepetiu o ótimo trabalho verificadono prelio com o Flamengo, notan-dô-se um completo desentendimen-to entre seus componentes. ApenasJair legrou destacar-se. mercê deseu trabalho de construção e algunsfortes shoots à meta de Bino. Har-ry Aquiles, Abelardo c Lima poucofizeram. Washington, que substituiu

Abelardo na segunda fase, deu maisagressividade ao ataque, assinalandoos dois tentos do alvi-verde.

OS MARCADORESOs tentos do Corintians foram

marcados por Luizinho e Cláudio na

primeira fase e por Baltaxar no pe-rindo final, quando também forammarcados os tentos palmcirenscs.ambos de autoria de Washington.

O árbitro foi Mr. Rowley. que sesaiu a contento. A renda atingiu acifra de Cr* 327.877,00.

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