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Maquetación 1 - Birding in Extremadura · meses outonais e invernais. • Migradores de passagem: aves que utilizam a região como zona de passagem desde as zonas de cria a norte

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JUNTA DA EXTREMADURAConsejería de Cultura y Turismo

Coordenação GeralDirección General de Turismo

Coordenador de textos y fotosJuan Pablo Prieto Clemente

TextosCasimiro Corbacho Amado, rutas 5, 15, 16 y 19Atanasio Fernández García, rutas 9, 11, 12, 14 y 17Víctor Manuel Pizarro Jiménez, rutas 1, 4, 10 y 18Javier Prieta Díaz, rutas 2, 3, 6 y 7Juan Pablo Prieto Clemente, rutas 8 y 13

FotografiasJuan Pablo Prieto Clemente, páginas: 3, 5, 6, 9, 12, 13, 15, 16, 26, 30, 45, 54, 55, 65 izq., 68, 75, 76, 77, 81 der., 85, 86, 102, 107 der., 110, 118 izq., 120, 121, 123, 125, 141, 142, 144, 147, 168 y 173 izq.,Atanasio Fernández García, páginas: 87, 90, 91, 103, 107 izq., 109, 111, 113, 115, 118 der., 128, 129, 131, 133, 153, 155, 156, 160 y 175.Víctor Manuel Pizarro Jiménez, páginas: 43, 50, 95, 97, 161 y 167José Gordillo Caballero, páginas: 4, 46, 58, 63, 66, 81 izq., 99, 136, 164 y 172Javier Prieta Díaz, páginas: 21 sup., 23, 24, 31, 34, 35, 42, 59, 61, 62, 65 der., 69, 72, 73 y 74Ricardo Peralta, páginas: 8, 21 inf., 53, 57, 98, 127, 140 y 173 der.Casimiro Corbacho Amado, páginas: 28, 51, 137, 145, 152 y 169

IlustraçõesJuan M. Varela Simó

Produção gráficaXXI Estudio Gráfico

ImpressãoGrafimón 04

Depósito LegalBA-095-09

Abelharucos

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Rabirruivo-preto

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Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

Empresas especializadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

Serra de Gata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

Vale do Ambroz / Tierras de Granadilla-Cáparra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

La Vera e o Jerte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

Tejo internacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43

Canchos de Ramiro / Barragem de Portaje . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51

Parque Nacional de Monfragüe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59

Barragem de Arrocampo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .69

Sierra de San Pedro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .77

Planícies de Cáceres, Magasca e Trujillo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87

Villuercas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .95

Açude do río Guadiana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .103

Cornalvo e Los Canchales . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111

Moheda Alta / Sierra Brava . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .121

Barragem de Orellana e Puerto Peña . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .129

Lagoas e planícies de La Albuera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .137

Serras centrais de Badajoz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .145

La Serena e Sierra de Tiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153

Montados de Jerez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .161

Arroio Conejo / Campiña Sur . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169

Guia de campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .177

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Página

RUTAS

ÍndiceR O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Jornadas ornitológicas

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A Extremadura, graças ao leque de habitats que possui, que vão desde a alta monta-nha de Gredos até às planícies de La Serena ou aos Llanos de Cáceres e Trujillo, e àsua situação geográfica estratégica dentro das rotas migratórias de muitas aves, tem-se convertido no destino de um novo conceito de turismo emergente conhecido como“turismo ornitológico ou Birdwatching”. Tanto assim é , que a internacionalmente co-nhecida marca de binóculos e telescópios Swaroski, utilizada pelos melhores ornitó-logos de todo o mundo, escolheu o nome de Extremadura para dar ao seu últimomodelo de mochilas de material óptico para naturalistas. A recente declaração de Mon-fragüe como Parque Nacional, e consequente publicidade e atribuição de verbas porparte dos ministérios do Ambiente, Meio Rural e Marítimo e pelo Ministério do Tu-rismo, tem conseguido aproximar um importante e crescente número de visitantes aesta comunidade que poderão contemplar muitas espécies da ornitofauna que nãoencontrarão noutros destinos. Mas não devemos esquecer que Monfragüe é apenasoutra zona dentro de um território bem conservado e repleto de espaços naturais quevalem a pena descobrir e conhecer, pelo que este guia de roteiros ornitológicos pre-tende, de uma forma simples e agradável, aproximar-nos a outros enclaves extreme-nhos não tão conhecidos como o Parque Nacional de Monfragüe e que, nalguns casos,nem sequer têm nenhum tipo de protecção que os ampare, mas que estão repletos derecursos ambientais e faunísticos que deliciam qualquer amante das aves que apenasdisponha de uns binóculos ou telescópio terrestre disposto a desfrutar de umas jor-nadas por estes territórios.

Os roteiros são intencionalmente simples, sem que isso, contudo, revele qualquer faltade rigor. Destinam-se tanto ao ornitólogo especialista, que pode vir de outra comuni-dade autónoma ou de outro país, como à família extremenha que queira conhecer pelanossa mão algum território que lhe passou despercebido por desconhecimento ou porafastamento do seu domicílio. Para isso, cada roteiro conta com a seguinte informação:um mapa do roteiro, onde poder escolher, de um modo geral, se nos decidimos a fazero caminho, um quadro com as espécies de aves mais representativas e a melhor épocapara observá-las, onde aparecem as seguintes categorias:

• Residentes: aves que estão no território durante todo o ano.

• Estivais: aves nidificantes que estão no território durante a Primavera e o Verão,efectuando a migração aos seus quartéis invernantes no final do Verão.

• Invernantes: aves que não nidificam na Extremadura, mas que passam aqui osmeses outonais e invernais.

• Migradores de passagem: aves que utilizam a região como zona de passagem desdeas zonas de cria a norte da Extremadura, até às áreas de invernada mais ao sul, peloque costumam ter duas épocas de passagem, uma depois do período pós-nupcial eoutra pré-nupcial.

Além desta informação, aparecem em cada roteiro os seguintes campos:

• Localização e acessos: com informação suficiente para chegar ao ponto de partidade cada roteiro.

INTRODUÇÃO

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• Descrição do roteiro: com coordenadas GPS nos troços de bifurcação ou pontos deinteresse que tornarão possível aproveitar ao máximo o roteiro que vamos efectuar.

• Valores ornitológicos: detalhes das espécies mais destacadas que podemos en-contrar no roteiro, embora existam muitas mais espécies na zona que se podem ob-servar.

• Fenologia do roteiro: momento mais adequado para efectuar o roteiro ou o que po-demos encontrar em cada estação

• Outros valores ambientais e culturais: informação adicional de recursos que en-contramos na zona aos quais podemos aceder como opção.

Depois desta informação, resta desejar a todos aqueles que se decidam a realizar algumdestes roteiros que desfrutem de uma óptima jornada de campo, e esperar que a in-formação apresentada neste guia lhes tenha sido útil.

Juan Pablo Clemente

Coruja-das-torres

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Boas práticas do observador de aves

Devemos ter em conta que o nosso interesse pela observação de aves não deve tornar-se num perigo para estas nem para os demais seres vivos que habitam na natureza, porisso é importante recordar as seguintes normas a seguir no desenrolar destes roteirosornitológicos:

• Evitar perturbações durante o período de nidificação, devendo manter-nos afastadosdos ninhos, pois um adulto assustado durante a incubação ou enquanto as crias sãopequenas pode retroceder, arruinando a descendência de um casal.

• Procurar vestir roupas de cores discretas, que se integrem na paisagem, evitando umimpacto visual.

• Caminhar silenciosamente, apreciando os sons da natureza, em particular o cantodas aves, até porque no caso de muitas das espécies apenas seu o canto nos avisaráda sua presença.

• Caminhar, sempre que possível, evitando usar o carro, aproveitando melhor o trajectoao utilizarmos todos os nossos sentidos.

• Se tivermos apoio óptico (binóculos e telescópio) não precisamos de nos aproxi-mar das aves e será mais fácil distinguir as espécies; é também conveniente levarguias de campo especializados.

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Contacto Identificação Idiomas

BadajozCastuera SERTUR. NATUREZA, LAZER E TEMPOS LIVRES NA SERENA

Natureza, lazer e tempos livresNicolás Peña Paredes Calvario, 142 • Tlf.: 610 390 793 / 661 711 721

Fax: 924 760 635 • www.serturextremadura.com / [email protected]

La Codosera GODFRIED SCHREUR

Trajectos ornitológicos guiados, trajectos naturalistas sobre flora, fauna, ecologia e percursos pedestresGodfried Schreur Sierra de La Lamprona, 3 •Tlf.: 924 404 473 / 676 429 013 ESP/ING /HOL

[email protected]

CáceresCáceres AOSSA EXTREMADURA, S.L.

Trajectos de observação de aves e actividades de multi-aventuraJuan A. García Chaves Sgto. Serrano Leite, 2 • Tlf.: 670 591 675 / 927 627 616

Fax: 927 627 617 • [email protected]

Cáceres ESQUIEXTREMD, S.L.

Actividades no meio natural, trajectos fluviais pelo Tejo Internacional, canoagem, trekking, safaris fotográficos e trajectos de caminhadasJuan J. Enrique Salgado Plaza de Gante, 1 bajo • Tlf.: 927 626 587

www.grupogentours.com / [email protected]

Collado de La Vera ACTION VERA

Observação de aves, caminhadas, trajectos culturais, eco-trajectos 4x4, descida de barrancos, trajectos de bicicleta, aluguer de bicicletasVicente Riolobos Peris Finca Saltaderos, s/n - Apdo. Correos 122 • 650 829 856

www.actionvera.com / [email protected]

Coria EXTREMAVELA

Birdwatching, windsurf, trajectos de bicicleta e trajectos de caiaqueRamón Torres G. Ortega Ancha del Carmen, 9 • Tlf.: 627 905 242 / 927 232 670

www.extremavela.com / [email protected]

Jaraíz de la Vera JARAMANDA

Caminhadas, trekking, descida em pirogasJ.M. Cano Riquelme Finca Jaramanda. Apdo. 27 • 608 618 932 / 629 542 691

www.jaramnda.com / [email protected]

Malpartida de Plasencia EM TRAJECTO, NATUREZA E AVENTURA

Trajectos ornitológicos por Monfragüe, trajectos 4x4, safaris fotográficos, caminhadas, trajectos temáticos e actividades multi-aventurasJ. L. García Jerez El Egido, 23 • Tlf.: 927 404 829 / 605 898 154

www.rutaspormonfrague.com / [email protected]

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Contacto Identificação Idiomas

CáceresMalpartida de Plasencia MONFRAGÜE NATURAL

Trajectos ornitológicos pela Extremadura, caminhadas, 4x4 e trajectos fotográficos

Eduardo Calzaas Martín Joaquina Alcalde, 49 • 638 520 891 ESP / [email protected]

Malpartida de Plasencia MONFRAGÜE VIVO

Trajectos de observação de fauna e flora pelo Parque de Monfragüe, trajectos 4x4, trajectos com encanto, caminhadas, trajectos em canoa e actividades multiaventura

Raul Virosta Merino Rosas, 41 • Tlf.: 927 459 475 / 620 941 778Fax: 927 404 276 www.monfraguevivo.com / [email protected]

Navaconcejo VALLE AVENTURA. SERVIÇOS TURÍSTICOS

Serviços de guia de natureza, eco-trajectos em 4x4, educação ambiental e caminhadas

Raul Salgado Muñoz Barrero, 2 - 3º E • Tlf.: 927 173 114 / 636 631 182www.valleaventura.com [email protected]

Navazuelas CIRCAETUS

Trajectos caminhadas, observação da fauna e da flora, trajectos temáticos, trajectos 4x4, trajectos de bicicleta, trajectos a cavalo, aluguer de bicicletas, educação ambiental

Jaime Cerezo Cortijo Mártires, 23 • Tlf.: 927 151 777 / 630 568 011

Serradilla TRAJECTOS “DEHESAS DE MONFRAGÜE”

Trajectos para a observação de aves, flora e fauna

Mª del Mar Cobos Tlf.: 605 732 252 • www.rutasdehesasdemonfrague.comreserva@rutasdehesasdemonfrague.com

Trujillo GUIAS DE NATUREZA “EL ELANIO”

Trajectos guiados ornitológicos e trajectos de caminhadas

Jesús S. Porras Mateos Conquista de la Sierra, 2 - 2º D ESP / INGTlf.: 927 320 103 / 676 784 221www.extremadurabirds.net / [email protected]

Trujillo (Pago de S. Clemente) BIRDING EXTREMADURA

Trajectos ornitológicos guiados e trajectos de caminhadas

Martin Kelsey Apdo. Correos, 28 • Tlf.: 927 319 349 / 609 687 719 ESP / [email protected]

EMPRESAS ESPECIALIZADAS

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Pinzón vulgar

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R ASierra de Gata

Localização e acessos

O roteiro localiza-se na comarca da Serra de Gata, nas várzeas do Rio Alagóne no vale do Rio Árrago, na vertente sul da Serra de Gata. Podemos iniciar oroteiro na localidade de Moraleja (Cáceres), na estrada EX-108, Coria-Mora-leja, onde vamos apanhar a estrada que se dirige à localidade de La Mohedae à barragem de Borbollón; e também desde a estrada Ex-205, desviando-nosem direcção a Moraleja ou para cruzar o vale do Árrago.

Descrição do roteiro

O roteiro tem cerca de 106 km, ida e volta, num percurso misto de asfalto etrilhos florestais, desde a povoação de Moraleja até ao final do itinerário su-gerido. Está pensado para ser efectuado em carro durante um dia, com para-gens nos pontos de observação mais interessantes.O itinerário percorre, por um lado as várzeas, pastagens e cultivos de regadio

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

Sierra de Gata

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09EX

-109

EX-205

Residentes

Estivais

Invernantes

abutre-preto, grifo, águia-perdigueira, chapim-do-mato

cegonha-preta, abutre-do-Egipto, sombria, petinha-dos-campos, chasco-cinzento

erreirinha comum, escrevedeira-amarela, dom-fafe,grou-comum

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do Rio Alagón, onde se destaca a população invernante do grou. Posterior-mente, subimos pelo Rio Árrago, pelo meio de frondosos bosques de freixose amieiros, entre montanhas como as de Bolla e Gomara, que ultrapassam os1100 metros de altitude e onde se destaca uma população de mais de meiacentena de casais reprodutores de abutres-pretos. O roteiro tem o seu pontomais alto nos Puertos Nuevo e Viejo, já na fronteira provincial com Salamanca,e na Serra de los Ángeles, uma zona de pinheiros, carquejas, urze e giestas.A meio caminho entre a serra e a planície, os montados de azinheira e as matasde carvalho-negral apaziguam os contrastes entre cumes e planícies. A bar-ragem de Borbollón é um lugar de paragem obrigatória para a enorme quan-tidade de aves aquáticas invernantes, como as anátidas, os gansos, os corvosmarinhos, as gaivotas e os grous, que utilizam uma ilhota – de Parra Chica oude Borbollón – como dormitório habitual durante a invernada, além de sertambém local de reprodução de cegonhas-brancas, garças-vaqueiras e gar-ças-reais durante a época estival.Iniciamos o trajecto na localidade de Moraleja. Na EX-108 apanhamos a es-trada que nos leva à povoação de colonização de Moheda e à barragem deBorbollón. Viramos no desvio à nossa esquerda, no ponto (X:0703715,Y:4442234), seguindo a sinalização em direcção à barragem da ribeira de Gata.Pelo caminho vamos encontrar mosaicos de milharais, pastagens, prados emontados onde podemos facilmente observar os grous alimentado-se nosseus comedouros ou o peneireiro-cinzento. A paisagem é dominada pelos tra-dicionais sequeiros de tabaco e no horizonte, a norte, vislumbramos os cumesda Serra de Gata. Voltamos à estrada e viramos à esquerda, para nos dirigir-mos à barragem de Borbollón, declarada Zona de Protecção Especial paraAves. Ao chegar ao parque de campismo, apanhamos a estrada de Hoyos e Vil-lasbuenas de Gata, onde nos desviamos à nossa direita no ponto (X:0705617,Y:4445362). Daqui parte um caminho que percorre o perímetro da barragem

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Chapim-real

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de Borbollón, onde sugerimos que deixe o carro e caminhe pelas margens, du-rante o entardecer, depois de realizado o itinerário proposto. É um bom localpara observar o trajecto dos grous desde o comedouro até à ilhota que utili-zam como dormitório. Desde um dos extremos mais próximos à ilha podemosver as aves pousadas nas margens, assim como os corvos-marinhos queusam os eucaliptos como dormitórios.Continuamos em direcção à EX-205 e viramos à direita, no sentido da locali-dade de Hervás, e depois à esquerda, no cruzamento de Cadalso e Descarga-maría. Subimos o vale do Rio Árrago, sombreado por um fresco bosque ondepodemos observar o voo nervoso do melro-d’água. Ao chegar à bonita loca-lidade de Robledillo de Gata, declarado Conjunto Histórico-Artístico, apanha-mos a estrada estreita que nos conduz ao Puerto Viejo. No ponto (X:0715446,Y:4446783) encontra-se o miradouro de “la Lagartera”, onde temos uma belavista sobre o apertado vale do Árrago e de onde parte uma calçada romana,um pequeno caminho que sobe pela garganta até às nascentes deste rio. Assuas ladeiras são densas, cobertas por pinheiro-larício, carrascos, carvalhose enormes urzes, um lugar ideal para ver pequenas aves de matagal: toutine-gras, ferreirinhas, piscos-de-peito-ruivo.Ao chegar ao passo de montanha, no ponto (X:0715802, Y:4470009) segui-mos pelo trilho florestal à nossa esquerda. Este trilho percorre uma zona dealtos cumes onde predominam as repovoações de pinheiro-larício e matagaisde urze e carqueija. Neste habitat é possível observar reprodutores estivaiscomuns como a sombria, o chasco-cinzento e a petinha-dos-campos, além daescrevedeira-amarela, uma invernante que apenas pode ser observada nestelongínquo recanto da geografia extremenha. Nalgumas zonas bem localiza-das destes pinhais de montanha é possível observar o chapim-real e preto esão também frequentes os voos de predadoras como o abutre-preto, o grifo

Sierra de Gata

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Chasco-cinzento

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e o abutre-do-Egipto. O trilho continua até à estrada do “Puerto Nuevo”, noponto (X:0710899; Y:4467314) entre as localidades de Descargamaría e Ciu-dad Rodrigo (Salamanca). Devemos tomar os seguintes pontos e desvios:Ponto (X:07149172, Y:4469784). Vire à direita. Ponto (X:0714467,Y:4469218). Vire à direita. Ponto (X:0713105, Y:4468702). Vire à direita. Ponto(X:0711596, Y:4468458). Vire à esquerda.Chegando à estrada, viramos à nossa esquerda, em direcção a Descargama-ría. A estrada faz várias curvas, permitindo vislumbrar os vales abruptos e en-costas xistosas entre as quais crescem zimbros e carrascos. A presença deabutres-pretos, cuja actividade se concentra nas umbrias de Gomara, é agoramais frequente. Na estrada existe um bom lugar de observação da serra noponto (X:0712815, Y:4464117).Ao chegar a Descargamaría, apanhamos outra vez a estrada para Robledillo deGata, desviando-nos à nossa direita, no ponto (X:0719312, Y:4464947). Onosso roteiro sobe uma encosta íngreme em direcção ao cume e ao mira-douro “del Chorrito”, do qual podemos observar a impressionante quedad’água conhecida como “Chorro de los Ángeles”. A proximidade a um aterro(reaberto recentemente e que faz parte da rede de lixeiras autorizadas pela ad-ministração extremenha) transforma este local num enclave ideal para a ob-servação da incessante actividade de grandes aves predadoras, especialmentegrifos, que dormem às dezenas nas ardósias das quedas d’água e penhascosda “Serra de los Ángeles”.

Valores ornitológicos

Dada a diversidade de habitats, são muitos e variados os valores ornitológi-cos deste trajecto. Destacam-se as populações invernantes de grous, comuma população estimada em cerca de 4.000 aves. Durante o Inverno é fre-quente a presença do peneireiro-cinzento nos regadios e nas várzeas dos rios.Durante a época estival, a ilha de Borbollón é lugar de nidificação de, entreoutras espécies, garças-vaqueiras (240 casais reprodutores) e da garça-real,que conta aqui com 160 ninhos, a maior colónia nidificante de toda a Extre-madura. O abutre-preto ultrapassa a meia centena de casais reprodutoresnesta comarca e juntamente com os núcleos nortenhos de Hurdes e Granadillaconstituem uma unidade que alcança os 100 casais reprodutores. É possívelobservar outras espécies estivais como a cegonha-preta, embora estes habi-tats lhe sejam pouco favoráveis. Nalguns pinhais de montanha podemos ob-servar o chapim-preto e nos matagais de urze e carquejas, espéciesreprodutoras típicas destes habitats de montanha como o chasco-cinzento, asombria e a petinha-dos-campos, além das espécies características do mata-gal, como ferreirinhas e toutinegras. Nas massas florestais de pinhais e bos-ques caducifólios encontramos rapinas diurnas como a águia-calçada, ogavião e o açor e a coruja-do-mato e o bufo-pequeno entre as nocturnas.

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Fenologia do roteiro

Pode realizar-se em qualquer época do ano. Durante o Inverno, podemos des-frutar do espectáculo das aves invernantes, principalmente os grous, ligadasaos regadios, aos montados e às massas de água. Durante a Primavera, re-gressam as aves estivais como a cegonha-preta, o abutre-do-Egipto, a águia-calçada ou a águia-cobreira. A Primavera é também a época de reprodução,portanto, não devemos sair do trajecto estabelecido, evitando assim incomo-dar as aves durante este sensível período. Embora se trate de uma região mon-tanhosa em parte do itinerário, o Verão é muito quente, e devemos evitar ashoras centrais do dia que são também as menos favoráveis para observar aves.

Outros valores ambientais e culturais

Na comarca encontramos vários espaços da Rede Natura 2000, tais como osLIC das ribeiras de Gata e Acebo, rio Erjas, rios Árrago e Tralgas, a lagoa tem-porária de Valdehornos e vários refúgios de morcegos. Também se destaca oCedro de Gata, declarado Árvore Singular.Há paragens naturais atractivas nos vales que descem do cume da serra deGata, principalmente nas ribeiras de Eljas, Acebo, Gata e Árrago, numerosasgargantas, bosques em galeria e piscinas naturais de grande beleza natural epaisagística.Há numerosas povoações serranas de grande beleza, onde se destacam osConjuntos Histórico-Artísticos de Robledillo de Gata, Hoyos, Trevejo, San Mar-tín de Trevejo e Gata. Durante tempos passados, esta comarca rivalizou coma vizinha Portugal e os árabes, tal como está reflectido nas fortalezas e atalaiasdefensivas, tais como a Almenara de Gata e castelos como os de Trevejo eSantibáñez el Alto. O artesanato da serra tem os seus melhores exemplos nasrendas de bilros e no croché de Hoyos e Acebo, nos trabalhos de ourivesariade Gata e na cestaria de San Martín de Trevejo.Como parte do rico acervo cultural da comarca deve-se mencionar “a fala”, umdialecto galaico português, específico da zona, que atinge o seu expoente má-ximo e variantes dialectais nas localidades de Valverde del Fresno (onde sefala o “Valverdeiru”), San Martín de Trevejo (“Manhegu”) e Eljas (“Lagarteiru”). Os olivais conferem parte do carácter e da identidade a estas serras e montes.Tanto assim é que esta comarca natural conta com a denominação de origemAzeite “Gata-Hurdes”, de uma qualidade excelente reconhecida.

Textos: Víctor Manuel Pizarro Jiménez

Sierra de Gata

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ALOJAMENTOS

ACEBO

CR EL PAJARFINCA ALBERCAS-EL BECERRIL927141724CR LA CASA DEL CA-BREROFINCA ALBERCAS-EL BECERRIL927141724CR LAS FUENTES DEAGATACTRA. ACEBO • PARAJE LASFUENTES927514151CR LAS MARTASTTE. GONZALEZ ARROYO, 7927141685CR LOS ROBLESFINCA REVOLCOBO927514121CR BUENOS AIRESPISCINAS NAT. JEVERO, S/N678326657CR CORVINARAMON Y CAJAL 17927141785ATR EL PILARPARAJE EL PILAR, S/N679490542 • 629948712

CADALSO

HR TRES AZULESPARAJE DEHESA DE ARRIBA,S/N927441414P LOS PILARESPARAJE LOS CACHONES927 441500CR EL MOLINO DE LOS PILARESPARAJE LOS PILARES S/N927441020 • 656757103CR LA SIERRAIGLESIA, 1659 757 103ATR LA ALMENARAPLAZA DE ESPAÑA, 4927414288ATR PILARESPARALE LOS PILARES, S/N927441020 • 656757103

DESCARGAMARÍA

CR ZAGUÁN DEL BAILELAS PARRAS, 13625864324ATR LA BOTICARIAPL. MAYOR,10927237916ATR LA CASITA DEL MONTETEODORO GARCÍA, 40605670210 • 699912732

ELJAS

CR ALMAZARA DE SANPEDROCTRA. EX-205 KM. 19,2659434803

GATA

P LAS RUEDASAV. DE ALMENARA, 3927672093CR CASA MAIREHUMILLADERO, 66927672079CR EL FORTÍNTOMILLAR S/N689729480CR LA POSADA DE NORBERTARINCON HORNOS, 7627350185CR LAS JAÑONASCORREDERA, 11927672284 • 676655379CR ZOCAILLAEL NEGRÓN, 48927672302 • 646115948ATR LA COLMENACORREDERA, 16927672308 • 690816329C BUNGALOWS SIERRA DE GATACTRA. EX-109, KM. 4,10927672168

HERNÁN PÉREZ

H CUATRO VIENTOSAVDA. CONSTITUCIÓN, 20927445132

HOYOS

HS* REDOBLE, ELPL. DE LA PAZ, 14927514665

CR EL MADROÑALFINCA EL TESO927514461ATR CASA AGUEDADERECHA BAJA, 17669046383

MOHEDA, LA

CR LA MOHEDILLACTRA. DEL PANTANO KM. 35927140110

PERALES DEL PUERTO

HR DON JULIOAVDA. SIERRA DE GATA, 20927514651

ROBLEDILLO DE GATA

AT LA SOLANACAMPANARIO,1648217035 • 615317687CR AZABALMATADERO, 2927671073CR CAZAPOLENLA PUENTE, 8927671109 • 651010802CR COSMOPOLITAPLAZUELA, 7927671048 • 665551337CR EL PONTÓNLA PUENTE, 20927501797 • 652927026CR LUNA MENGUANTECONGOSTO,14927671014ATR LUNA MENGUANTEBARRERO655807808ATR BARREROBARRERO, 18927671122ATR CASA MANADEROMANADERO, 2927671118ATR LOS BALCONESRUA, 23927414288

SAN MARTÍN DE TREVEJO

HR EL DUENDE DE CHAFARILLOS CAÑOS, 29927513051 • 606340572

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Dados de interesse (ZEPA Sierra de Gata y Valle de las Pilas)

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CR CASA ANTOLINALA FUENTE, 1927510529CR CASA ZOILASAN PEDRO, 1927513130CR LA HUERTA DE VALDOMINGOCAMINO DE LA PISCINA, S/N927141724CR LA POSADA MAÑEGALA CIUDAD. 26678616444

SANTIBÁÑEZ EL ALTO

AT VILLAS LAGOS GOLFCTRA. GUIJO-MORALEJA, KM 112648164729CT BORBOLLÓNCTRA. MORALEJA-PLASENCIA, KM 10927197008

TREVEJO

AR EL CORRILLOPLAZA DEL CORRO, 1927513070 • 630791053

TORRE DE DON MIGUEL

CR EL VÍNCULOD. CASTO GÓMEZ, 2927441451A SIERRA DE GATA927 441032 • 927214433

VALVERDE DEL FRESNO

H** PALMERA, LAAV. DE SANTOS ROBLEDO, 10927510323

HR A VELHA FABRICAMIGUEL ROBLEDO CARRASCO, 24927511933CR A ANTIGUAMAESTRO D. MANUEL FERNÁN-DEZ, 46687825299 • 927510042CR LOS MONTEJOSCTRA. EX-205 KM 17,4927510266CR MANANTIO BLANCOFINCA MANANTIO BLANCO927510574ATR LA RAMALLOSAFINCA LA RAMALLOSA629085007CT VALVERDE NATURALCAMINO DE ELJAS627903892

VILLAMIEL

CR EL CABEZOFINCA EL CABEZO; CTRA. C-513, KM. 22,800927193106CR EL HORNILLOCTRA. CILLEROS-VILLAMIEL927193061CR EL PARADORPIO XII, 37 BIS927513215 • 656906669CR EL SALTOCTRA. VALVERDE DEL FRESNO-HOYOS, KM. 27,3699839290CR FUENTE ARCADACTRA. EX-205, KM. 23,5927193081CR BOADAEL CHORLITO, 2927513039

VILLANUEVA DE LA SIERRA

CR EVAMARLARGA, 66927445272

VILLASBUENAS DE GATA

CR CASA DONATILACALLE DE LA IGLESIA, 8927673037 • 670816272CR SIETE VILLASESCUELAS, 6927673110 • 696367222CR EL TESOTESO DE ARRIBA, 9927673046 • 605532181ATR EL TESOTESO DE ARRIBA, 9927673046

OFICINAS DE TURISMO

O.T. ROBLEDILLO DE GATAPZ. DEL VADILLO, 1ROBLEDILLO DE GATA TEL.: 927671011FAX: 927671080 www.sierradegata.org/[email protected]

O.T. OFICINA COMARCALDE TURISMO DE MANCO-MUNIDAD DE SIERRA DEGATAPLAZO MAYOR, 1 BAJO10892 SAN MARTÍN DE TREVEJO TLF.: 927514585FAX: [email protected]

Sierra de Gata

22

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Localização e acessos

O Vale do Ambroz situa-se no centro norte da província de Cáceres, limitadoa sul e a norte pelos contrafortes de Gredos e a oeste pelo Rio Alagón. O RioAmbroz, que lhe dá o nome, atravessa a comarca em diagonal, de nordeste asudoeste. O forte contraste de altitudes favorece a presença de numerososecossistemas, desde os montados das planícies à alta montanha.O acesso o todo o Ambroz realiza-se facilmente, pois a comarca é atraves-sada de norte a sul pela auto-estrada A-66, também chamada de “Vía de laPlata”, paralela a esta histórica calçada romana. A A-66 entra na Extremaduraa norte pelo pitoresco passo de montanha de Béjar, e sai do Ambroz pelo sul,em Plasencia.

R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R A

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Cartaxo-nortenho

Vale do Ambroz / Terras de Granadilla-Cáparra

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

A-66

EX-205

Vale do Ambroz / Terras de Granadilla- Cáparra

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Residentes

Estivais

Invernantes

grifo, abutre-preto, açor, falcão, águia-ral, peneireiro-cinzento, cegonha-preta, garça-real, mergulhão-de-crista, alcaravão, pica-pau malhado pequeno,melro-d’água, ferreirinha, charneco, melro azul, touti-negra-do-mato, estrelinha-real

bútio-vespeiro, águia-cobreira, águia-calçada, abutre-do-Egipto, rolieiro, abelharuco, cuco, andorinhão pá-lido, papa-amoras, papa-moscas preto, felosa deBonelli, sombria, papa-figos

grou-comum, águia-pesqueira, ganso-bravo, anátidas,guincho comum, gaivota-de-asa escura, tarambola-dou-rada, abibe, corvo-marinho

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Descrição do roteiro

O roteiro aqui sugerido consta de duas partes separadas. Uma é o “puerto deHonduras”, um percurso de montanha que se inicia em Hervás; o outro de-senvolve-se nas planícies, entre as ruínas romanas de Cáparra e a barragemde Gabriel y Galán.A subida ao passo de montanha de Honduras realiza-se por uma estrada es-treita, com várias curvas e pouco trânsito, o que possibilita circular devagar esem perigo e parar facilmente nas bermas. Ascendemos desde os 700 me-tros de Hervás até aos 1430 metros do passo, atravessando os diferentestipos de vegetação, desde os carvalhos e castanheiros de Hervás, até às gies-tas no alto. O trajecto começa em Hervás, onde devemos apanhar a estradaque se dirige a Cabezuela del Valle, e que nunca vamos abandonar. As espé-cies que podemos contemplar são fundamentalmente florestais (gavião, açor,bútio-vespereiro, bico-grossudo, papa-figos, pica-pau malhado pequeno, tre-padeira, trepadeira-azul, gaio-comum, tordeia, papa-moscas preto, felosa deBonelli), rupícolas (grifo, falcão-peregrino, águia-real, melro azul e das ro-chas, rabirruivo-preto, cia) e de matagal (papa-amoras, toutinegra-do-mato,sombria, chasco-ruivo, cotovia). A subida de carro pode ser complementadapor trajectos a pé nalguns segmentos, nas zonas de bosques ou nos cumes,e ao chegar ao passo de montanha podemos optar por regressar a Hervás oudescer o vale do Jerte, atravessando paisagens semelhantes, embora semcastanheiros.

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Abelharuco

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Vale do Ambroz / Terras de Granadilla- Cáparra

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A segunda parte decorre por um habitat muito diferente: o montado. Inicia-se nasaída da A-66 que nos conduz a Guijo de Granadilla e à barragem de Gabriel yGalán, ao lado da estação de comboios abandonada de Villar de Plasencia. Énecessário estar atento aos sinais de acesso a esta pequena estrada, porque aentrada não é directa. Uma vez iniciado o roteiro, atravessamos um montado tí-pico, onde é possível avistar grous durante o Inverno e charnecos, poupas eoutras espécies durante todo o ano. Nos postes de electricidade há vários ninhosde cegonha-branca e alguns de corvos (por vezes ocupados por peneireiros-vulgares) embora as companhias eléctricas estejam, recentemente, a procederà sua eliminação. Uma das espécies presente, contudo escassa, é o rolieiro,que costuma pousar nos fios eléctricos ou em edifícios rurais. A 4,4 km do iní-cio do roteiro surge outra estrada à esquerda, que leva a um açude agrícola (cui-dado, pois pouco antes aparece uma outra estrada à esquerda que não devemos

Cegonha-preta

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apanhar). Estamos agora na zona de Fresnadillas e podem ver-se cegonhas-pretas durante todo o ano, colhereiros e garças-brancas-grandes de passagem,abibes, grous e tarambolas-douradas no Inverno; e rolierios e pardais-france-ses na Primavera. Não obstante, a presença destas espécies é irregular e oca-sional. De regresso à estrada anterior, continuamos em direcção à barragem deGabriel y Galán, passando junto às ruínas e ao arco romano de Cáparra. A se-guir atravessamos o Rio Amboz e vamos dar a uma clareira onde podemos vero alcaravão e a tarambola-dourada no Inverno, assim como o grou-comum eo peneireiro-cinzento. Circulamos sempre pela mesma estrada, até que finalizana EX-205, junto à barragem de Gabriel y Galán. Aqui recomendamos obser-var desde a represa (existe um grande parque de estacionamento à direita) a ju-sante, onde há uma colónia de garça-real nos choupos que servem também dedormitórios de Inverno para o corvo-marinho (com sorte, podemos ver tam-bém a cegonha-preta e a águia-pesqueira; e a montante, o extenso espelho deágua da barragem. A melhor zona para ver aves aquáticas situa-se a sudeste dabarragem, um bom lugar para observar a península onde se encontrava o ClubeNáutico (transformado em centro desportivo). É um local excelente para ver achegada dos grous e gaivotas aos seus dormitórios e para contemplar patos,gansos e mergulhões-de-crista na época invernal. O grifo, fácil de observar, ni-difica a norte da barragem, numa área que foi também outrora o melhor lugarpara o lince ibérico na Extremadura.

Valores ornitológicos

A diversidade do vale do Ambroz permite conjugar num pequeno espaço aobservação de aves florestais, de montanha, de matagal, de montado, de cul-tivos e aquáticas. Trata-se, em geral, de uma zona pouco visitada pelos aman-tes das aves, facto que se deve principalmente ao desconhecimento da suaexistência. Não alberga grandes populações de espécies emblemáticas,masa diversidade é bastante, acompanhada pela possibilidade de conhecer umrico património monumental e poder desfrutar de bonitas paisagens.

Fenologia do roteiro

Os trajectos propostos podem ser visitados em qualquer época do ano, com-plementado-se entre si. A subida ao passo de montanha de Honduras serámelhor durante a Primavera e Verão, entre Março e Setembro, sendo os me-lhores meses entre Maio e Julho. Por outro lado, as melhores épocas parapercorrer os montados e, sobretudo, observar os grous e aves aquáticas nabarragem, são durante o Inverno.

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Vale do Ambroz / Terras de Granadilla- Cáparra

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Papa-moscas preto

Outros valores ambientais e culturais

O vale do Ambroz oferece vários lugares de grande beleza paisagística ao vi-sitante, entre os quais a zona de La Garganta, os pinhais de Granadilla ou osmontados de Oliva de Plasencia. Na comarca encontram-se várias árvores pe-culiares, a bétula do Puerto de Honduras (perto do topo, no lado norte), ocarvalho do Acarreadero, em Cabezabellosa (o maior da região), os enormescastanheiros de Casas del Monte e Segura de Toro e o sobreiro de La Fresnedaem Aldeanueva del Camino.Quanto ao interesse monumental, destaca-se o conjunto de Hervás, espe-cialmente o bairro judeu e as igrejas; as ruínas romanas de Cáparra (com umcentro de interpretação); o palácio dos Duques de Alba em Abadía; o com-plexo termal de Baños de Montemayor; a localidade de La Garganta; e a al-deia abandonada e amuralhada de Granadilla, transformada actualmente emcentro educativo (convém informar-se dos horários de visita). Como produ-tos típicos são conhecidas as cerejas e castanhas, os morangos de Casas delMonte, as carnes de cabrito, as trutas, os enchidos e os tradicionais vinhosde “pitarra”. As festas a assinalar são o “Outono Mágico” celebrado em No-vembro em toda a comarca, os pitorescos carnavais em várias povoações e,em Hervás, as representações teatrais de origem judia, no Verão.

Textos: Javier Prieta Díaz

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ALOJAMENTOS

ABADIA

HS** GUÍA DEL ABAD, ELC/ CARRETERA S/N927479291

CR LAS ERASC/ MAYOR, S/N927484085 • 927479163

ALDEANUEVA DEL C.

HR POSADA TRESMENTIRASC/ MATANZAS, 2927484333 • 927484006

HS** ROMACARRETERA NACIONAL 630,KM. 435927484038 • 927479097

HS* MONTESOLCARRETERA NACIONAL 630,KM. 436927484335

CR EL CAÑO DE ABAJOC/ LA CAÑADA, 94605971855 • 615210967

CR LA ESENCIAAVDA. GABRIEL Y GALAN, 74927479201 • 618473045

ATR POSADA TRESMENTIRASC/ MATANZAS,2927484333 • 667620585

CT ROMACARRETERA NACIONAL 630,KM. 435927479132 • 927479097

CAMINOMORISCO

HR CRISTANIAAVDA. DE LAS HURDES, 12927435338 • 627043292

HS** LOS AMIGOSC/ ROCANDELARIO Nº 56927435248

HS* ABUELO, ELROCANDELARIO, S/N927435114 • 927435005

HS* LABRADOR, ELCARRETERA N-512927434050

HS* RIOMALOCALLE LARGA927434003 • 927434020

CR RIOMALO DE ABAJOLA JURDANAC/ LAS HERAS S/N927434050

CT RIOMALO DE ABAJORIOMALOCARRETERA DE CORIA927434020 • 608109610

BAÑOS DE MONTEMAYOR

HR LA SOLANAC/ LOS POSTIGOS,15927488117

HR LOS POSTIGOSC/ MAYOR, 48927488117

H*** BALNEARIOAVENIDA DE LAS TERMAS, 66927488005

H** ALEGRIAAVENIDA DE LAS TERMAS, 42923428063 • 927488063

H** GLORIETA, LAAVENIDA DE LAS TERMAS, 83927488018

H* MARTIN IIDON VICTORIANO , 5923428066

HS** ELOYAVENIDA DE LAS TERMAS, 59927488002

HS** GALICIAAVENIDA DE LAS TERMAS,139927488162

HS** LAS TERMASAVDA. DE LAS TERMAS,79 2-A923428320 • 659185756

HS** MARTINPLAZA DE HERNAN CORTES, 5927488066

HS** MOLINO, ELCALLE DEL BAÑO, 46927488009

HS** SOLITARIO, ELCtra. Nacional 630, Km. 426,5923428231 • 902877531

HS* MONTEMAYORAVENIDA DE LAS TERMAS, 30923428281

HS* RUTA DE LA PLATAAVDA. DE LAS TERMAS, 96645258105

P DON DIEGOAVENIDA TERMAS, 69923428125

CR LA HORNERAFINCA LA HORNERA923428187

CR LA PESQUERAC/TRIANA,1927481330 • 629347329

CR VIÑA DEL BAÑOCAMINO DEL CALVARIO927488231

ATR LA CASA DE SUC/ MAYOR,50629046067

ATR EL SOLITARIOCTRA. NAC. 630, KM. 426927488231

ATR LA FUENTECILLAC/ FUENTECILLA, 7927488329689772706

ATR CASA DEL ZARZOC/ TRIANA,8669861539

AT LA PEÑAAVDA. DE LAS TERMAS,53923488223 • 675923163

A VÍA DE LA PLATAC/ CASTAÑAR, 40923020328 • 679228208

CT CAÑADAS, LASCARRETERA NACIONAL 630,KM.432927481126 • 927481314

CASAS DEL MONTE

CR LA CASA DE LAABUELAPLAZA DE ESPAÑA, 21927473414 • 660597421

CR EL BALCONCALZADA, 6927179055

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Dados de interesse (ZEPA Barragem de Gabriel y Galán)

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Vale do Ambroz / Terras de Granadilla- Cáparra

30

ATR DEHESA DE ARRIBABARRIO DE SAN MARCOS,50600677075 • 983340734

ATR EL NARANJOPLAZA DE ESPAÑA Nº 21 BIS927473414 • 660597421

ATR LA DEHESAC/ NUEVA S/N927179116 • 650728384

ATR ACEBUCHEPARAJE DE LAS OLIVITAS

617270643 • 927420820

AT EL CAMOCHOCTRA. DE SEGURA DE TORO. 927179104 • 659660543

A AURORA BOREALAYTO. CASAS DEL MONTE669610480 • 927179263

GARGANTILLA

ATR ALEJANDRASAN BARTOLOMÉ, 24927484148

HERVÁS

H**** EL SALUGRALCTRA, N. 630, KM.434. APDO. 61927474850

H**** HOSPEDERÍA VALLEDEL AMBROZPlaza del Convento s/n927474828 • 927474829

H*** SINAGOGAPLAZA DE LA PROVINCIA, 2927481191

HS** EUROPACARRETERA NACIONAL 630 K.433927473020

CR BEIT SHALOMCONVENTO, 38927473508 • 650736979

CR EL JARDÍN DEL CON-VENTOPLAZA DEL CONVENTO,22927481161 • 660452292

CR LA ATALAYABODEQUILLA, 7927473414 • 660597421

CR LA CUESTECILLACUESTECILLA, 17927473414 • 678588906

CR VALDEAMORVALDEAMOR, S/N927481644 • 678937323

ATR CENTIÑERAC/ CENTIÑERA,10669169540 • 620132554

ATR EL CABILDOC/ SUBIDA AL CABILDO Nº 38927414288

ATR EL CANCHAL DE LAGALLINAPARAJE EL LOMO S/N607260000

ATR EL MANANTIAL DELFRESNOPARAJE EL PINO S/N927191063 • 615500586

ATR EL ZARZOC/ CORREDERA,13661460533 • 927481465

ATR FUENTES DEL ALISOPARAJE FUENTES DEL ALISO S/N927473673

ATR LA CALLEJAPLAZA DEL HOSPITAL,14-A927481520 • 927411520927481520

ATR LA IGUANA 2C/CUESTECILLA S/N927481503

ATR LA JUDERÍAC/ ABAJO,54927414288

ATR LA PLATEAAVDA. FRANCISCO SANZLOPEZ,8927473191 • 618258936

ATR VICTOR CHAMORRODEL ARCOSUBIDA AL CABILDO,32647791877 • 927481402

ATR LA PLAZAPLAZA GENERAL SANJURJO, 9927473668 • 625030997

AT EL ACEBOLA CUESTA, 7927473414 • 660597421

AT ESTELA, LAPIZARRO, 10927473406

AT LA CASITA DEL TEJOMAXEDO, Nº 5653771364

AT ALDEA VETONIACtra. N-513, KM. 2,400927473457

AT EL CASTAÑARGABRIEL Y GALÁN, 25927481398 • 659266559

AT LA IGUANA 1DE LA CUESTECILLA, S/N927481503

A CAMPAMENTO INDIO"SHUNCA"FINCA "LA AMBRIGÜELA" S/N927194146 • 608707120

A VALLE DEL AMBROZCAMINO DE MARINEJO, KM. 1,6927473292

A VIA DE LA PLATAPº. DE LA ESTACIÓN, S/n927473470 • 639402583

CT PINAJARROCARRETERA COMARCAL 513,KM. 2,7 - Aptdo. 21927481673 • 927481673

JARILLA

H* JARILLACARRETERA NACIONAL 630,KM. 448,5927477040 • 927477040

HS* ASTURIASCARRETERA NACIONAL 630,KM.448927477057

CR SOLAZ DE AMBROZREAL, 67615027795

CR LA CALAMORCHADEL HORNO, 7927402029 • 927477020

CR PIEDRAS LABRADASGRANADOS, 21617990363

ATR LA CALAMORCHADEL HORNO, 7927402029 • 619343709

VILLAR DE PLASENCIA

HS* EL AVIÓNCTRA. NAC. 630, KM.452927489186

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

31

CR EL RINCON DE VILLARC/ EL RINCON, 11 BAJO927489247 • 696452842

CR LA CASA DE TIA EMILIAC/ QUEIPO DE LLANO,5927489028

ATR TIA ANTONIAC/ REAL, 15927489028

CABEZABELLOSA

HS** LA BELLOSINAC/ LA FUENTE,82927489056 • 639903173

CR CARVAJALCRUCERO,10656978234 • 669795310

CR EL TALLERLos Barreros, 6927489044

CR VILLA LUCÍACTRA. VILLAR DE PLASENCIA ACABEZABELLOSA, KM 6,800670627662 • 659388008

ATR EL NEVEROC/ MANZANAR,41927427085 • 927464482

ATR PEÑANEGRAC/ LA CUESTA, 22927464570 • 618748216

LA GARGANTA

ATR EL NEVEROC/ MANZANAR,41927427085 • 927464482

ATR PEÑANEGRAC/ LA CUESTA, 22927464570 • 618748216

CT BALCÓN DE EXTREMA-DURACRTA. DE BAÑOS A LA GAR-GANTA923414538 • 927481377

SEGURO DE TORO

CR CIUDAD DE VERDEOLIVAC/ PIZARRO, 15927484162 • 600819064

ATR LAS CUATRO ESQUI-NAS - CASETA DEL MO-LINOC/ LA CUESTA, S/N927473605 • 678044812ATR LAS CUATRO ESQUI-NAS - CASILLONDE LA TORRE, 6927473605 • 678044812ATR LAS CUATRO ESQUI-NAS - EL SEQUEROC/ VALENTIN GIL, 3927473605 • 678044812ATR EL MIRADOR DE SEGURASUBIDA DE LA CUESTA DEL CE-MENTERIO918161081 • 625434566

CASAR DE PALOMERO

HS** MARIANVARIANTE, S/N927436310HR LA POSADA DELCASARC/ MAYOR, 36927436410 • 927436410CR LA COMENDADORAVARIANTE, 30927436048 • 670030999CR DON ROMUALDODON ROMUALDO MARTIN SAN-TIBAÑEZ, 6924270811 • 645790666

GUIJO DE GRANADILLA

CR EL LABRIEGOLA PLACILLA, 13692166798 • 610392656CR EL OLIVOEL OLIVO, 2669732677

MOHEDAS DE GRANADILLA

P RUTA DE LAS HURDESCRUCE DE MOHEDAS927673646 • 927673646

LA PESGA

HS* ALMAZARALA FUENTE,12927674715

CR LA COMARCAAVDA. HURDES, 38

927674537 • 913861598

ATR LA COMARCAAVDA. HURDES, 38

927674537 • 629967464

ZARZA DE GRANADILLA

HS* JUNCO FRESCOCTRA. DE LA ESTACION, 58

927486275 • 927486275

P JACINTOCARRETERA DEL GUIJO, 10

927486221

CR GRANADILLA DEL

DUQUECTRA. DE LA ESTACIÓN, 19

605931060 • 670638491

AT LA CASA JARDINC/ ESPRONCEDA,115

AT POSADAS

DE GRANADILLA IICARRETERA DE GUIJO, 13

927486257 • 654346813

AT TIERRAS DE

GRANADILLACTRA. DE GUIJO, S/N

649377694

ATR GRANADILLA

DEL DUQUECTRA. DE LA ESTACIÓN,19

605931060 • 670638491

ATR POSADAS DE

GRANADILLACTRA. DEL QUIJO, S/N

927486257 • 654346813

ATR AMBROZC/ ESPRONCEDA,143

678462991 • 924374214

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Alcotán

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33

R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R ALa Vera / Valle del Jerte 3

DO MOSTEIRO DE YUSTE AO

PUERTO DE PIORNAL

Localização e acessos

A Extremadura está coroada pelos cumes de Gredos. Este bloco granítico épartilhado por três comarcas: o vale do Ambroz, o vale do Jerte e La Vera. Ovale do Jerte situa-se em posição central, formando um longo vale de 40 kmprotegido por dois grandes contrafortes montanhosos: a norte, Tras-la-sierrae o vale do Ambroz e a sul, Tormantos e La Vera. As zonas altas estão prote-gidas pela Rede Natura 2000 como LIC “Valle del Jerte e Sierra de Gredos”,com uma pequena zona do vale do Jerte de 6800 ha declarada Reserva Natu-ral “Garganta de los Infiernos”. La Vera e o vale do Jerte gozam de um esta-tuto de originalidade dentro da Extremadura, por serem as únicas zonas de altamontanha e por albergarem as melhores áreas florestais autóctones, basica-mente de carvalho negral.Os acessos a ambas comarcas efectuam-se por duas estradas que percorrema maioria das povoações de cada comarca. O vale do Jerte articula-se aolongo da N-110 entre Plasencia e o passo de Tornavacas, continuando em

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

EX-39

1

La Vera / Valle del Jerte

34

Residentes

Estivais

Invernantes

grifo, gaivão, falcão, coruja, pica-pau malhado, cotovia-escura, andorinha-das-rochas, chasco-preto,melro-d’água, ferreirinha comum, charneco, melro-azul,toutinegra-do-mato, estrelinha-real, gralha

bútio-vespeiro, águia-cobreira, águia-calçada, cuco,noitibó-europeu, mocho d’orelhas, andorinhão-pálido,chasco-ruivo, felosa-poliglota, toutinegra-tomilheira,papa-moscas preto, felosa de Bonelli, sombria, papa-figos

galinhola, estrelinha-de-poupa, lugre, tordo-ruivocomum, tentilhão-montês

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R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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direcção a Ávila. Por outro lado, a maior parte das localidades de La Vera si-tuam-se ao longo da EX-203, entre Plasencia e Candeleda (Ávila). Para iniciaro roteiro proposto em Cuacos de Yuste é recomendável dirigir-se primeiro aJaraíz de la Vera, pela EX-203 desde Plasencia (a 32 km) ou pela auto-estradaEX-A1, com saída em Casatejada. Desde Jaraíz, pela EX-203, a uns 5 km anorte, encontra-se Cuacos de Yuste.

Descrição do roteiro

O roteiro sugerido consta de um trajecto em veículo de 22 km entre Cuacosde Yuste e o passo de Piornal e um percurso pedestre de uns 5 km de ida atéà Peña Negra de Piornal. O itinerário é todo de montanha, ascendendo desdeos 600 metros de Cuacos aos quase 1500 de Peña Negra, através de diferen-tes vegetações, em especial carvalhais na parte de estrada e urze e giesta naparte pedestre. As estradas utilizadas são estreitas e com pouco trânsito, peloque se poderá circular devagar e parar facilmente e sem perigo nas bermas.O ponto de início encontra-se em Cuacos de Yuste, no cruzamento entre a tra-vessia e o desvio ao mosteiro de Yuste. Seguindo por esta pequena estradachegamos ao referido mosteiro, através de um denso carvalhal. Parando nomosteiro ou nos arredores, deparamos com as primeiras observações de avesflorestais (bico-grossudo, papa-figos, pisco-de-peito-ruivo, tentilhão comum,chapim-real e chapim-azul, trepadeira, trepadeira-azul, gaio, tordeia, chapim-rabilongo, toutinegra-de-barrete, gralha, etc.) que encontramos durante todoo caminho. Depois do bosque, passamos por uma zona de penhascal commatagal rasteiro. Nesta zona é possível ver o chasco preto e ruivo e a coto-via-escura, A pedra que se encontra no lado esquerdo da estrada, pintada comum triângulo verde, é um bom local para esta observação. O roteiro continuanum entorno florestal e depois entre cultivos de cerejeiras e oliveiras, inte-ressante durante o Inverno para ver tordos comuns e ruivos e, em algunsanos, o tentilhão-montês. Mais à frente cruzamos a Garganta Mayor, um ar-roio de montanha rodeado de sombrios amieiros, adequado para ver o melroaquático e a alvéola-cinzenta (ou para tomar um banho, porque há uma pis-cina natural). Pouco depois alcançamos a pitoresca localidade de Garganta laOlla. Aqui temos que estar atentos para encontrar o caminho adequado, queserá à direita, em direcção a Piornal. Daqui subimos até ao passo de monta-nha de Piornal, durante 12 km de estrada estreita e com acentuadas curvas(cerca de uma dúzia), mas de grande beleza, através de um magnífico carva-lhal. Em todo este troço deve circular-se devagar e com atenção, parando emsítios pitorescos (fontes, cascadas, grandes castanheiros) ou onde se obser-vem aves de interesse. A certa altitude começam a ouvir-se as abundantes fe-losas de Bonelli e os escassos pica-pau malhados e papa-moscas pretos

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La Vera / Valle del Jerte

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(melhor em zonas de arvorado velho) e, com sorte, rapinas como o bútio-vespeiro e o gavião. Uma vez alcançado o passo de montanha, fora do bos-que e numa falsa planície, terminamos o trajecto em veículo.O segmento pedestre começa no primeiro trilho à direita depois de chegar aopasso, dotado de um “paso canadiense” (uma estrutura para impedimento dapassagem do gado) e uma ampla entrada (ponto quilométrico 16’7; coorde-nadas 30-266050-4445600). Contudo, recomenda-se visitar o pequeno pinhalsituado a uns 500 metros à esquerda, onde é possível ver charneco, chapim-preto, chapim-de-poupa, e estrelinha-real em época de nidificação (e casos es-porádicos de criação de cruza-bico comum) aos que se juntam estrelinha-reale lugre, no Inverno (ocasionalmente tentilhão-montês e tordo-zornal). O papa-amoras é habitual nos arredores do pinhal, e também se criaram ocasional-mente a felosa-das-figueiras e ibérica. Regressando ao ponto quilométrico16’7, o percurso pedestre tem início num troço asfaltado e segue depois porum trilho de terra durante uns 3,5 km até à barragem. Atravessamos bonitosurzais ao princípio e giestais ao final, com um ou outro carvalho disperso. NaPrimavera é fácil ver ferreirinha comum, cotovia, rouxinol, carriça, toutine-gra-do-mato, toutinegra-carrisqueira, papa-amoras comum, sombria e cia.Devemos seguir sempre o mesmo trilho, até chegarmos a uma pequena casa(“Villa Martín”), onde viramos à esquerda. Neste cruzamento pode ver-se tou-tinegra-tomilheira, em direcção recta, e inclusive melro-das-rochas nas ro-chas ao sul. Na Primavera e Verão, os francelhos de Jaraíz de la Vera sobempara caçar nesta zona, e em Agosto e Setembro pode ver-se o tartanhão-ca-çador de passagem. No referido caminho à esquerda que nos leva à barra-gem, vamos encontrar uma grande formação rochosa, Peña Negra, onde

Pica-pau-malhado-pequeno

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teremos que subir a corta-mato porque não existe outro caminho. Aqui temosuma magnífica vista do vale do Jerte e podemos observar melro-das-rochase azul, toutinegra-tomilheira, rabirruivo-preto, peneireiro-vulgar e com sorte,rapinas como o gavião, bútio-vespeiro, falcão, águia-calçada e cobreira eógea. O trajecto acaba aqui e deve regressar-se pelo mesmo caminho. Se re-gressemos pela localidade de Piornal, convém estar atentos aos andorinhões,pois aqui nidifica um grande número de andorinhões-pálidos.

Valores ornitológicos

As comarcas de La Vera e do vale do Jerte albergam uma avifauna singulardentro da comunidade extremenha, com a melhor representação regional deaves florestais e de montanha. São na sua maioria aves próprias das zonasnortenhas (gralha, pica-pau malhado pequeno, ferreirinha comum, bico-gros-sudo, tordeia, papa-moscas preto, etc.) mas complementadas com certas es-pécies da montanha mediterrânea, tanto florestais (felosa de Bonelli) como,sobretudo, de matagal (toutinegra-do-mato, toutinegra-tomilheira e carris-queira, sombria, cotovia) e de rochedos (andorinha-das-rochas, melro-das-rochas e azul, chasco-ruivo e preto). Entre as rapinas, destaca-se a facilidadeem ver bútio-vespeiro, e a presença escassa do falcão-peregrino, ógea e ga-vião, e a curiosa estampa dos francelhos e tartanhões-caçador na alta mon-tanha.

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Toutinegra-tomilheira Sombria

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La Vera / Valle del Jerte

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Fenologia do roteiro

Ao contrário da maioria dos percursos de interesse ornitológico na Extrema-dura, este aqui proposto é bastante adequado para realizar no Verão. Os me-lhores meses para a visita são entre Abril e Outubro, e em especial Maio,Junho e Julho. Não obstante, o Inverno é apropriado para efectuar a primeiraparte do roteiro, altura em que também se poderão avistar outras espécies(lugre, estrelinha-de-poupa, tordo); no entanto, a parte final a pé pelo mata-gal de montanha costuma albergar poucas espécies. Outra aliciante à épocainvernal é a presença de neve, um fenómeno habitual. Neste caso convém pre-venir-se e informar-se com antecipação, já que o passo de montanha de Pior-nal costuma estar fechado ao trânsito em caso de nevões.

Outros valores ambientais e culturais

Tanto La Vera como o vale do Jerte albergam lugares de grande beleza pai-sagística e várias zonas de banho. Para nomear alguns, recomendamos a vi-sita a Los Pilones (Garganta de los Infiernos) e a cascada del Caozo (nadescida de Piornal em direcção ao Rio Jerte). Existem várias árvores espe-ciais: os grandes castanheiros de Casas del Castañar (com um itinerário si-nalizado que começa na referida localidade), o carvalho de la Solana emBarrado e de Prado Sancho em Cabezuela del Valle e o pinheiro de Aldea-nueva de la Vera. O passo de Tornavacas é muito interessante para observaroutras aves reprodutoras como a laverca, o chasco-cinzento e o picanço-dorso-ruivo.As localidades dos arredores, sobretudo de La Vera, oferecem bons exemplosde arquitectura popular, pelo que é recomendável visitar Garganta la Olla,Cuacos de Yuste e o mosteiro (última residência de Carlos V), Jarandilla dela Vera e o castelo transformado em Parador Nacional, Guijo de Coria e Ma-drigal de la Vera. No Jerte, vale a pena visitar Tornavacas, Jerte e o Museuda Cereja de Cabezuela del Valle.No que se refere aos produtos típicos, qualquer visita ficaria incompleta semprovar as famosas cerejas do Jerte, o colorau de La Vera e as castanhas. Sãotambém conhecidos os queijos de cabra de La Vera, os enchidos de Piornal,as trutas e os doces e licores artesanais. As festas a assinalar são “El Pero-palo” de Villanueva de la Vera (no Carnaval), “Los Escobazo” de Jarandilla dela Vera (a 7 de Dezembro), “El Jarramplas” de Piornal (20 de Janeiro), “LosEmpalaos” de Valverde de la Vera (Quinta-feira Santa) e “El cerezo en flor”de todo o vale do Jerte (com datas variáveis de ano para ano).

Textos: Javier Prieta Díaz

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ALOJAMENTOS

BARRADO

HS** ALMAZARA DE BA-RRADO, LAAVDA. DE PLASENCIA, 3927478328 / 679551435CR EL CALLEJÓNC/COSTANILLA,14927412406 / 678832955CR LOS MORALESCALLE MORALES, 45626952761ATR LA CASA DE LAS CALABAZAS Y LA BUHARDILLAC/ CHORRO,6646529599 / 927478094

CABEZUELA DEL VALLE

H* ALJAMAFEDERICO BAJO, 18927472291HS** CABEZUELAPARQUE DE SAN ANTONIO, S/N927472434 / 927472686CR LA CERECERAPARAJE DE VADILLO, S/N927472644 / 629365857CR LOS PORTALESPLAZA DE EXTREMADURA,17927472601 / 629422957CR LA CASA VIEJAC/ JOSE MARIA MUÑOZ, 34696516787AT LAS TURONASCALLEJA LAS SANCHEZ, S/N65417757 / 615179872AT PRADO DEL ABUELOPARAJE EL REVENTÓN S/N.AVDA. PLASENCIA, 65927472610 / 678646469ATR PICAZA DEL JERTESAYANS CASTAÑO, 8606557481 / 927472486ATR QUINTANAEL HONDÓN, 10927472070 / 617626477ATR TAUROAVDA. HONDÓN, 53 Y 55927472078 / 607746884ATR VALLE DEL JERTEAVDA. DE EXTREMADURA,52927414288

ATR EL BALCON DE CABEZUELALA PINA, 8927472677 / 617020553ATR EL CAHOZC/ CAHOZ,23927173490 / 696571718ATR LAS TURONASCALLEJA LAS SANCHAS S/N615179872 / 654177575

CABRERO

CR EL ABUELO SANTIAGOC/ SAN ISIDRO, 60678408927 / 927411113

CASAS DEL CASTAÑAR

HS* REGINOCTRA. NAC. 110, KM. 390927478246P ASPERILLALA RAÍZ, 1 / 927478555CR CASA DE LA CUEVAC/ BARRIO BAJO,6665551337CR CASA DEL CALLEJÓNLA GILA,2667768571 / 667768570CR CASA DEL PASADIZOBARRIO BAJO, 31667768571 / 667768570CB CASA GRANDERUFO MARTÍN RIVERA,9667768571 / 667768570CR LA VIGAC/ RUFO MARTIN RIVERA,4667768571 / 667768570CR VILLAFLORCTRA. NAC. 110, KM. 388,911927421448 / 927478375ATR MIRADOR DE LAS CASASFUNDADORES, 53927478176 / 639355227ATR LA GRANJA DEL PESCADORPARAJE EL MESON, CTRA.N.110, KM, 391,922927478307 / 660797646ATR LA PRADERA DEL VALLEVALLE DEL JERTE, KM. 17927478306 / 629685774ATR 3 NAVALARREINA

VENTOSILLA, 10629514529 / 676484069

EL TORNO

CR EL REGAJOPARAJE EL REGAJO S/N686092597CR LA SOLANAPLZ HONORIO URBANO, 2927175301 / 667450958ATR ABUELA PASTORAC/ POLEO,6927419408 / 686379314ATR EL MIRADORC/ CAMINO DEL PUENTE S/N927422680 / 657976230ATR EL PADRE DE LACALLEHELIODORO HERNÁNDEZ,14927175164 / 608100311ATR EL PORTUGALC/ PORTUGAL Nº 59927422083ATR ALAMEDA DEL JERTECRTA. DEL TORNO, KM 6927175043A ALBERJERTEC/ PLAZA MAYOR,1927175221 / 619800072

JERTE

H**** HOSPEDERÍA VALLEDEL JERTEC/ RAMÓN CEPEDA, 118927470403H** ARENALES, LOSCARRETERA NACIONAL 110,KM. 368927470250 / 927470059HR TUNEL DEL HADATRAVESIA FUENTE NUEVA, 2927470000CR EL CEREZAL DE LOSSOTOSCAMINO DE LAS VEGAS S/N927470429 / 607752197CR HURACÁSFINCA HURACAS927470253 / 656418558CR LA CASONAC/ Ramón y Cajal, 71927470313 / 647710078CR VALLE DEL JERTECAMINO REAL

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Dados de interesse (La Vera y El Jerte)

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La Vera / Valle del Jerte

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927470313 / 647710018AT LAS PALOMASPARAJE LA PERALEDA, S/N927470204 / 689282116 AT LOS NARANJOSC/ PUENTE,10927470424 / 679984607AT LOS PAPUOSTEJERILLA, 21655159318AT VALLE DEL JERTECAMINO REAL927470313 / 647710018ATR CASA BETHONACORONEL GOLFÍN,34619885792 / 927470503ATR EL PONTÓNC/ CORONEL GOLFÍN,68927470451ATR LOS CHOZOSCTRA. NACIONAL110,KM.368927470376927470195ATR LOS HEBILESCTRA. NAC. 110, Nº 28927470185 / 660697779ATR EL NOGALÓNC/ DEL PUENTE, S/N927470130 / 639048048ATR LA PICOTARAMON Y CAJAL, 81927470253 / 656418558ATR LA VEGA DEL JERTETIERRA AL PARAJE DE LA VEGA610778189ATR LAS PALOMASPARAJE LA PERALEDA, S/N927470204 / 689282116ATR LOS PANJALOSLOS PANJALOS,6695244201CT VALLE DEL JERTECARRETERA NACIONAL 110,KM. 367,9927470127 / 927470259

NAVACONCEJO

HR XERETEPARAJE LA CERCA927194240 / 639187322CR EL MOLINO DEL SOLCarretera N-110, Km. 373,3927470313 / 647710078CR EL CERRILLOAVDA. DE EXTREMADURA,130927173276

CR LA CASERÍACarretera, C-110, Km. 378,5927173141CR LA PICOTA DEL JERTELAS VIGUILLAS927173609 / 615836309CR LOS CARAZOSPARAJE "LOS CARAZOS"651375610 / 927173507CR CASA BÁRBARAC/ CAÑADA REAL,73610088219 / 927472205CR CASA JOSEFINAC/ LA PRENSA,15927173297 / 636908395CR EL CAMINOPARAJE EL TUMBA, S/N927173453 / 607497961CR EL SERRANOPARAJE EL TUMBA S/N927173453CR LA CASA BLANCACRTA- N-110 KM. 378,5927173202 / 606914231CR LA CASA DEL BOSQUEPARAJE PAZUELAS S/N927173140 / 625176810CR LA PARRAC/ FELIPE MARCOS, 8927173220 / 699212064CR LA TAHONAPARAJE "LAS GUERRILLAS"927173013 / 927173654AT CASERÍA, LACN-110, KM.378,5927173141 / 626933146AT LA VIÑAPARAJE LA VIÑA927173276 / 699352926AT LOS ABUELOSC/REAL,19927173351 / 650957580ATR LA ANTIGUA TAHONACARRETERA NACIONAL 110 KM 376,7626147105 / 625669836ATR CARROYOSACTRA. NAC. 110, KM. 376, Nº 54927173315 / 615060387ATR CASA CARRIZOSACRTA. DEL CERRO REAL616800861 / 627089225ATR EL ALAMBIQUE & LAALQUITARAAVDA. RAFAEL ALBERTI, 64617886261 / 636184990

ATR EL ARROYOFUENTE POCITO,3927173659 / 679045129ATR EL CEREZALC/ ACERAS,3927173202 / 606914231ATR LA CAÑADA DELJERTEPARAJE "VEGA DE LA HIGUERA"927239951 / 652321781ATR LA POSADA DELVALLEC/ GABRIEL Y GALÁN,2927173540 / 615540308ATR RIO JERTEPARAJE LA VIÑA696171478 / 626515970ATR CLEVALC/ LOS CEREZOS,12927173001 / 600755499ATR EL CERROPARAJE GUERRILLAS POLIGONO 2 PARCELA 195-B689440780 / 927173386ATR EL CORDEL DELJERTEJOSE MARIA PIZARRO, 28600812294ATR EL SOTILLOPARAJE LOS SOTILLOS POLIG 5PARCELA 2886-87927418122ATR JOSEFINACAÑADA REAL,53927173297 / 636908395ATR LA RANACTRA. NAC. 110690678621ATR LA RIBERAPARAJE LAS VEGUILLAS, S/N927425428CT RIO JERTECARRETERA NACIONAL 110,KM. 375,8927173006

PIORNAL

H*** SERRANA, LACTRA. GARGANTA LA OLLA,KM. 1,5927476034 / 927476053CR EL BOSQUECTRA. LOCAL DE LA NACIONAL110 A PIORNAL KM. 11,600927476330 / 669858273

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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CR MAJADA DE ALBARRÁNCTRA. LOCAL DESDE LA N-110A PIORNAL, KM. 11,600927476330 / 669858273AT LA FLOR DEL CEREZOC/ HERNAN CORTES,13927476224 / 636064902AT SANTIC/ Estación, 9927476135 / 659315918ATR EL ARTESANOC/ LIBERTAD, 4927476135 / 659315918ATR EL PASTORCRTA. LOCAL DE LA N-110 APIORNAL KM 11,600927476330 / 669858273ATR LA ABUELA NICOLASAAVDA. DE LA VERA,63609198618ATR LA ESPIGADERAC/ LA ESPIGADERA,18669837979

REBOLLAR

CR LA PURIACALVO SOTELO,25 BIS927471015 / 620945996CR LAS GAMELLASC/ CALVO SOTELO,25927471015 / 620945996ATR EL RINCÓN DELJERTECTRA. REBOLLAR, KM, 0,7627913161 / 927471036ATR REGAJO DEL TEJARCTRA. DE REBOLLAR, KM,1606418166 / 610678960

TORNAVACAS

HS* PUERTO DE TORNA-VACASCARRETERA NACIONAL 110,KM. 356,8927177046 / 660838992HR FINCA EL CARPINTERONACIONAL 110, KM 360,500927177089CR ANTIGUA POSADAC/ Real de Abajo, 32608852131 / 927177019CR EL PUENTEC/ REAL DE ARRIBA,61927420101

CR LA ESCONDIDAC/ REAL DE ARRIBA,160637082515 / 927177232ATR EL PUENTEC/ REAL ARRIBA, 61927420101ATR TIA JOSEFAC/ REAL DE ARRIBA, 106927177297 / 654595110

VALDASTILLAS

H**** BALNEARIO VALLEDEL JERTENACIONAL 110 KM 383927633000 / 927633001CR GARZA REALPISCINA 12927475055 / 626982784

ALDEANUEVA

DE LA VERA

HS** NOGAMAESTRO APARICIO, 37927572547 / 645778047CR EL YEDRÓNAVDA.DE EXTREMADURA661202994CR PUERTO DEL EMPERADORAVDA. DE EXTREMADURA, 87927572540 / 615565369ATR LAS CABAÑAS DE LA VERACTRA. EX.203, KM. 45620970693ATR LA LANCHALA RENTA,44927572699 / 679381522CT YUSTECARRETERA DE PLASENCIA,KM. 47927572522 / 649780799

ARROYOMOLINOS

DE LA VERA

HR PEÑA DEL ALBACTRA. DE GARGUERA (FincaMatasanos)927177516 / 690662729CR LA TOZAAVDA. DE LA CONSTITUCIÓN, 39, 2º.927177549

COLLADO DE LA VERA

HR ALCOR DEL ROBLEFINCA LA JARA927460044 / 699390075CR EL OLIVAR DEL EJIDOCALLE CRUCERA, 14609575061 / 927460792CR GINKGOSAVDA. JARAIZ,10927461059 / 606201344CR VIÑA GRANDEPLAZA HERNAN CORTES, 4927460308 / 669231061

CUACOS DE YUSTE

HR ABADÍA DE YUSTEAVDA. DE LA CONSTITUCION,73927172241H** DATO VERAAVENIDA DE LA CONSTITU-CION, 5927172178 / 927172348H* MOREGÓNAVENIDA DE LA CONSTITU-CION, 77927172181HS* MIRAFLOR DE LASCADENASCRTA. COMARCAL 501 KM40,700689400082CR COLMENAREJOFINCA COLMENAREJO699988571 / 927172210CR HOSTERIA CANTARRANASC/ PIZARRO,4680435560 / 927194109CR LA CASA GRANDE DE YUSTEFUENTE LOS CHORROS, 6629235333 / 639112235CR LA CASONA DE VALFRIOCTRA. DE VALFRIO, KM.4927194222 / 629464572CR LA VERA DE YUSTETeodoro Perianes, 17927172289 / 689686216CR CASA LA CIEGAFINCA LOS ARROMADILLOS609071623 / 913527611

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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La Vera / Valle del Jerte

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CR EL CAMINO DE YUSTEAVDA. DE LA CONSTITU-CIÓN,31652927749927172345AT VERA HOTELAVDA. DE LA CONSTITUCIÍN, 5927172178 / 927172281ATR CASASTURGAPARAJE ASTURGA S/N927194090 / 605883777ATR LA HACIENDA DECUACOSCAMINO DE ARROMADILLOSKM 3637098138ATR ARROYO RIQUEJOFINCA EL RIQUEJO686305263 / 927194198ATR LOS BANCALESCTRA. VALFRIO, KM. 4,300676830988 / 927194491A EL LAGOCarretera Comarcal EX 203,km.38927460323A GREDOS ADVENTURECTRA. DE NAVALMORAL-JA-RANDILLA, KM. 27,500927194127 / 915447918CT CARLOS IAVENIDA CERALEJO, S/N927172092

GARGANTA LA OLLA

HS** YUSTEAvda. de la Libertad, 45927179604HR CARLOS IAVDA. DE LA LIBERTAD, S/N927179678 / 927179687CRMANSION "EL ABUELOMARCIANO"CTRA. ALCORCON, S/N. JARAIZDE LA V.927460426 / 608100905CR PARADA REALCHORRILLO, 28927179605 / 660074968

GARGÜERA

CR ROSA DE LOS VIENTOSERAS, 7-9927478900 / 699847732

GUIJO DE SANTA

BÁRBARA

HR CAMINO REALC/ DEL MONJE, 27927561119CR LA CASA DE LAABUELAC/ DEL TEJAR,63665614804 / 927561008CR SIERRA DE TORMAN-TOSC/EL BARRIO,6927560394 / 699701445CR SANTA BARBARACARRETERA NUEVA 11660886788 / 927560424

JARAIZ DE LA VERA

HR VILLA XHARAIZPARAJE SAN MARCOS, PARC.35, A,B,C. POLÍG. 2927665150H* JEFIAVENIDA DE GARGANTA, 7927461363HS* D'ACOSTAAVENIDA DE LA CONSTITU-CION, 22927460219CR CASA RURAL FINCALOS CEREZOSTOLEDO, 13606965484CR EL CERROCAMINO LOS MARTIRES, S/N667889412 / 927170057CR EL CERRO DE LA AURORACAMINO LOS MARTIRES, S/N667889412 / 927170057CR FINCA VALVELLIDOSFINCA VALVELLIDOS APART.CORREOS 181927194143 / 626122121CR PARQUE PUENTEBOLOSFINCA LLANADAS, S/N659449428 / 619361077927194275CR CANTAGALLOPARAJE CANTAGALLO927194320 / 609393347CR CASA CHURRUCAEL COSO, 47927170820 / 606351135

AT CUMBRES DE GREDOSC/ MAESTRO EUTIQUIANO BA-RROSO,2651698549 / 651698550AT VAQUERÍA CANTA EL GALLOPARAJE LAS LAGUNAS DECANTA EL GALLO608809925ATR LA OROPENDOLACRTA. EXTREMADURA 203 KM35,200689401291 / 620978578ATR FINCA VALVELLIDOSFINCA VALVELLIDOS. APTO. CO-RREOS 181927194143 / 626122121

JARANDILLA DE LA VERA

HR DON JUAN DE AUSTRIAAVENIDA SOLEDAD VEGA, 101927560206HR RUTA IMPERIALC/ MACHOTERAL, S/N927561330 / 927560312H**** MIRADOR DE LAPORTILLACTRA, PLASENCIA-ALCORCON,KM. 47927560604 / 679538374H**** PARADOR DE TURISMO CARLOS VCARRETERA DE PLASENCIA927560117HS** EL DESCANSO DELEMPERADORAVDA. SOLEDAD VEGA ORTIZ,93927560655 / 651355170HS** POSADA DE PIZA-RRO, LACUESTA DE LOS CARROS, 1927560727 / 605177707HS* GANTEPLAZA SOLEDAD VEGA, 3927561200CR COLORESC/ ANCHA.26927561081 / 669464784CR EL CASERIO DE LOS 10CEREZOSCRTA JARANDILLA A NAVAL-MORAL KM 29,5927198072 / 667654035

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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CR LA BODEGAC/MACHÍN,4659348077 / 927560222AT LOS CANCHALESEL GUINDO, S/N.660981542 / 927561328ATR LA VERAFRANCISCO PIZARRO, 16639885523CT JARANDAGARGANTA DE JARANDA-CTRA. N-501, KM. 52927560454CT VERA, LACARRETERA COMARCAL 501,KM. 53, 5927560611 / 609815450

LOSAR DE LA VERA

HR ANTIGUA CASA DELHENOFINCA "VALDEPIMIENTA"927198077 / 609603606HS** HOSTERIA FONTI-VIEJAPARAJE DE LOS MARTIRES, 11927570108HS** VADILLOPLAZA DE ESPAÑA, 2927570501 / 699428106HS* BREZO, ELAVDA. EXTREMADURA927570140 / 625579842HS* EL RINCON DE VI-CENTEC/ REAL,8609062028HS* JARDÍN, ELC/ EL JARDÍN, 14927570782P GODOYCTRA. EX-203, KM 60927570838 / 927570770CR LA GARZONAAVDA. CARLOS V, 21927570639 / 649287927CT GARGANTA DE CUARTOSCTRA. N-501, KM.59 (FINCA LOSGREGORIOS)927570727CT GODOYCTRA.N-501, KM.62,5 FINCALOS GREGORIOS927570838

MADRIGAL DE LA VERA

HS** CARDENILLOGARGANTA DE ALARDOS, 35927565301 / 927565121HS** HOSTERIA LAS PAL-MERAS CASA COLONIALCARRETERA DE PLASENCIA, 16927565011 / 669528237HS* VICTORIACARRETERA DE PLASENCIA, 3927565110CR LA PUENTE VIEJAGARGANTA DE ALARDOS, 7927565353CR ANTIGUA FABRICA DELA LUZCAMINO DE LA SIERRA S/N927565183 / 667304314CR ALMA DE GREDOSPARAJE LOS MALAGONES, S/N620893697CR LAR DEL CUCOCAMINO DE LA SIERRA S/N626888962 / 927565101ATMARCOSCARRETERA PLASENCIA927565297CT ALARDOSCARRETERA NACIONAL 501 ("ELVADO")927565066CT LA MATAGARGANTA DE ALARDOS S/N927565370 / 677768181927565238

PASARÓN DE LA VERA

HR LA CASA DE PASARÓNC/ LA MAGDALENA, 18927469407CR EL ROLLOC/ REAL, 38927469174CR ANTIGUA BOTICAC/ M. LOPEZ APARICIO, 12927469067 / 927469230CR EL TOMILLARREAL, 88927469368CR LOS SERRANOSC/ LOS SERRANOS,9670824669CR LA SOLANA DE LA VERAC/ REAL, 89670824669

ROBLEDILLO DE LA VERA

HR HALDON COUNTRYFINCA EL HALDON, S/N927571004 / 927570541ATR 3 HOSPEDERÍA DEL SILENCIOPARAJE DE LAS CAÑADASS/N927570730927570693

TALAVERUELA

DE LA VERA

CR LALISEAFINCA LA ALISEDA S/N618124955 / 610944610

TEJEDA DE TIÉTAR

HS* ROSALES, LOSPASEO DE LA VERA,19927404636HR HOJARANZOSCRTA. A PLASENCIA S/N927469381 / [email protected] LA VALLEJERACarretera C-501, Km. 15,300927194121 / 689198048CR LA ANTIGUA CASA DELOS PESCADORESC/ LA FUENTE, 35927469439

TORREMENGA

HR EL TURCALCTRA. EX203 KM 28,800616611116CR LA CASONAFINCA VALVELLIDOS927194145 / 629645930ATR LA CASONAFINCA VALVELLIDOS927194145 / 629645930ATR MIRADOR DE LOSCOTOSFINCA LOS COTOS S/N927194454

VALVERDE DE LA VERA

CR LA PICOTA DE VALVERDEBANASTEROS S/N, PZA. PICOTA649933890 / 927566361

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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La Vera / Valle del Jerte

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CR EL HORCOCRTA. VVDE. DE LA VERA-BAR-QUILLA PINARES KM. 8.400629457714CR EL SOTANILLOREAL, 2666405254ATR ECOPANGEAFINCA LAS JARAS S/N660384288ATR LOS VERGELESC/ CABEZUELOS,33927566630 / 626509267

VILLANUEVA DE LA VERA

HR EL BALCON DE LAVERACTRA. EX-203, KM. 75,600927567164 / 927567092HR QUINTA DEL CASTROCRTA EX-203 KM 76927115509 / 625496774H** FINCA LA HERRERÍACRTA. DE VEGA DE LA BARCAKM 1,400605252065HS**EL ENCUENTROAVDA. DE LA VERA, 58927566595 / 635409258CR A TU VERAAPARTADO DE CORREOS,36927198038620159127 / 927567372

CR CASA VILLALBAOROPESA, 6620894148

CR ENTREAGUASPARAJE DE PIURRUYO, S/N667525095 / 667525098

CR LA CASA DEL POZOC/REAL, 36927566262 / 927566206

ATR EL CALAMBUCOURB. LAS SOLANAS927567324 / 609340061

OFICINAS TURISMO

O.T. CABEZUELA DELVALLEPARAJE DE PEÑAS ALBAS S/N

TEL.: 927472558FAX: 927472558O.T. JERTEAV. RAMÓN Y CAJAL, S/N

TEL.: 927470453FAX: 927470379O.T. JARAÍZ DE LA VERAAV. CONSTITUCIÓN, 167TEL.: 927170587

FAX: 927460646

O.T. JARANDILLA DE LAVERAPZ. CONSTITUCIÓN, 1TEL.: 927560460FAX: 927560460O.T. NAVALMORAL DE LAMATAANTONIO CONCHA, 91TEL.: 927532328FAX: 927535360O.T. VILLANUEVA DE LAVERAAV. DE LA VERA, S/NTEL.: 927567031

CENTROS INTERPRETACIÓN

C.I. DE LA RESERVANATURALCTRA N-110JERTETEL.: 927014936C.I. DE LA ALTA MONTAÑAY LA TRASHUMANCIAREAL DE ARRIBA, 3TORNAVACASTEL.: 927177018C.I. DEL AGUAPARAJE DE PEÑAS ALBAS, S/NCABEZUELA DEL VALLETEL.: 927472004

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Localização e acessos

O roteiro localiza-se a sudoeste da província de Cáceres, na raia fronteiriçaque o Rio Tejo marca com Portugal, um troço do rio conhecido como Tejo In-ternacional e declarado Parque Natural no ano de 2006. O acesso ao trajectoefectua-se pela estrada N-521 (Cáceres-fronteira com Portugal), onde vamosapanhar o desvio da EX-374 em direcção à localidade de Cedillo, ou desde alocalidade de Membrío, pela CC-126. O acesso a norte efectua-se pela EX-117.

Descrição do roteiro

O roteiro proposto é um trajecto circular onde se combinam estradas e cami-nhos de terra. O trajecto está desenhado para ser realizado em carro e numúnico dia, efectuando paragens estratégicas nos pontos de observação maisinteressantes.

R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R ATejo Internacional 4

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

N-521

EX-374

EX-3

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Tejo Internacional

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Residentes

Estivais

Invernantes

águia-imperial, abutre-preto, grifo, águia-perdigueira,bufo-real, gralha preta

peneireiro-cinzento, cegonha-preta, abutre-do-Egipto,águia-cobreira, águia-calçada

ferreirinha comum, dom-fafe, pombo torcaz

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O itinerário percorre zonas de planície, com pastagens e extensos giestaisricos em caça menor, razão pela qual são muito frequentados pelas rapinasque vêm das serras e ribeiros próximos. É uma zona de pecuária, pelo que sepodem observar diversas espécies de aves necrófagas como o grifo, o abu-tre-preto e o abutre-do-Egipto a patrulhar o terreno à procura de alimento. Àmedida que avançamos surgem montados de azinheira e/ou sobreiro, muitoricos em açudes frequentados pela cegonha-preta. Sobre os postes de elec-tricidade é habitual a silhueta do milhafre-real, da águia-de-asa-redonda e daáguia-cobreira. O predomínio dos relevos suaves dá lugar às margens irre-gulares e intransitáveis do Rio Tejo, encaixadas na paisagem de uma forma tãoviolenta e espectacular que são invisíveis ao longe. De facto, desde Espanhapodem ver-se os campos e povoações portuguesas, mas não as margens doTejo, muitas vezes apenas detectadas pelos bancos de névoa que se colam aovale durante o Inverno. Nestas margens encontra refúgio uma das mais im-portantes populações reprodutoras de cegonha-preta e abutre-do-Egipto, alémde outras rapinas como o grifo, o abutre-preto, a águia-real, a águia-perdi-gueira e o bufo-real. Na margem vizinha e nas serras próximas nidifica aáguia-imperial ibérica, o que completa o catálogo das aves que maior admi-ração causam ao ornitólogo. Já fora das margens, o trajecto inicia a subidapela Serra de Santiago, a qual alcança uma vasta paisagem do montado. Se ovoo das grandes aves rapinas e a graciosa silhueta da cegonha-preta é algoespectacular, não menos o são os bandos de dezenas de milhares de pombos-torcazes que invernam nesta zona e formam nuvens que se deslocam diaria-mente em direcção aos comedouros, para se alimentarem de pequenasbolotas, ou aos dormitórios nos eucaliptais das serras e das margens do rio.Desde Valencia de Alcántara, pela N-521, apanhamos o desvio em direcçãoa Cedillo pela EX-374 e depois até Herrera de Alcántara pela EX-376 paradescer às margens do Rio Tejo internacional, onde vamos observar a paisa-gem e os habitats mais representativos deste espaço natural protegido emtodo o seu esplendor. No ponto (X:0636373; Y:438969) existe um miradouro

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Milhafre-preto

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ao pé da estrada que tem vista para o vale do Rio Tejo. A magnífica umbria queenvolve este entorno, com massas de medronheiros, folhados, lentiscos e oli-veiras que crescem sobre socalcos xistosos fazem deste enclave um lugarmemorável para observar pequenas aves de matagal como tordo, bico-gros-sudo e dom-fafe, principalmente durante o Outono e Inverno, quando há abun-dância de frutos para milhares destas pequenas aves invernantes.No percurso até Herrera de Alcántara podem observar-se numerosos bandosde charnecos, além de peneireiros-cinzentos e gralhas-pretas, uma espécie re-sidente muito localizada na nossa região.Daqui vamos regressar à localidade de Santiago de Alcántara pela CC-37,onde percorremos as margens encaixadas como as do Rio Alburrel que ser-penteia entre as margens xistosas à procura da sua desembocadura não muitolonge, no Rio Tejo. Sobre as rochas é fácil observar o atractivo chasco-preto,habitualmente ligado aos habitats rochosos. Ao chegar a Santiago de Alcán-tara, dirigimo-nos ao Centro de Interpretação da Natureza “El Péndere” se-guindo a sinalização urbana. Daqui parte o caminho em direcção à fonte daGeregosa, um pequeno trajecto (PR CC-59) de 7 quilómetros que nos conduzaté às margens do Tejo e à famosa nascente de águas medicinais. O percursonão apresenta dificuldades porque conta com sinalização homologada e o ca-minho está em bom estado. Não obstante, no ponto (X:0650063; Y:43486053)vamos seguir em frente. Chegando à margem do Tejo, vamos encontrar al-guns equipamentos públicos, como um miradouro e painéis de informaçãoda zona. O lugar oferece boas possibilidades para observar de perto o voo dasaves do rio: garça-real, corvo-marinho, grifo, cegonha-preta, abutre-do-Egipto., etc.

Águia-perdigueira

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De regresso a Santiago de Alcántara, apanhamos a estrada CC-126 em direc-ção à localidade de Membrío. Ao sair da povoação, seguimos pelo caminho àesquerda no ponto (X:0651072; Y:4386209) que nos vai levar até ao lugar co-nhecido como “Las Viñas”. O percurso não apresenta nenhuma dificuldadee está sinalizado em todo o trajecto (PR-CC 96). No final do caminho, existemvários vários equipamentos públicos, como um parque de estacionamento,um miradouro e uma espectacular torre de observação da qual é possível ad-mirar a beleza da paisagem mais agreste e genuína do Tejo internacional.Desde o miradouro podem ver-se perfeitamente as encostas xistosas que che-gam até ao rio e onde nidificam o grifo, a cegonha-preta e o abutre-do-Egipto.De volta a Santiago de Alcántara, apanhamos a estrada CC-37, que nos vailevar de novo até à N-521, ponto de início deste roteiro e fim do trajecto. Noponto (X:0651077; Y:4384412) apanhamos um caminho à esquerda que nosleva até ao cume da Serra de Santiago. É recomendável deixar o carro nosopé da serra e subir ao miradouro que se encontra no alto e do qual se di-visa uma espectacular paisagem de montado. Na subida podemos ver aPeña de los Barreros, uns penhascos quartzíticos onde existe uma colóniade grifos.

Valores ornitológicos

Cabe destacar a águia-imperial ibérica e a cegonha-preta, espécies em “perigode extinção” e que contam com importantes elementos reprodutores, tantona serra como nos montados e margens da zona. A águia-imperial estende-se desde esta área até ao leste, seguindo os relevos da Serra de San Pedro,dando lugar ao núcleo reprodutor mais importante da Extremadura. A cego-nha-preta conta ainda com numerosos lugares de concentração pré-migrató-ria espalhados pelos charcos dos montados e pelas margens da zona. Oabutre-preto, ligado às espessas e impenetráveis manchas de matagal medi-terrâneo, tem uma importante presença na zona, continuada também das nu-merosas colónias da vizinha Serra de San Pedro.Não é difícil avistar espécies como águia-perdigueira, águia-real, águia-co-breira, águia-calçada, grifo e bufo-real, que contam com numerosos casaisque nidificam na segurança dos penhascos e árvores. Destaca-se também oabutre-do-Egipto, que tem aqui um dos núcleos de criação mais importantesda Extremadura.O excelente grau de conservação dos matagais das margens do rio e das um-brias da serra servem de abrigo e alimento para uma infinidade de espécies depequeno tamanho: toutinegra, pisco-de-peito-ruivo, ferreirinha...Nos montados, é frequente a presença do peneireiro-cinzento, da gralha-preta– muito escassa e localizada na nossa região – e numerosos bandos de char-necos.

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Tejo Internacional

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Durante o Inverno, são espectaculares os bandos de dezenas de milhares depombos-torcazes que formam nuvens espessas quando se deslocam. A regiãodo Tejo internacional, juntamente com a Serra de San Pedro, é, sem dúvida,a melhor zona de invernada na Extremadura. Nas águas do Tejo dão-se aindaimportantes concentrações Invernantes de corvo-marinho.

Fenologia do roteiro

Pode realizar-se em qualquer época do ano. Durante o Inverno podemos apre-ciar o espectáculo dos bandos de torcazes e durante a Primavera, regressamas aves estivais: cegonha-preta, abutre-do-Egipto, águia-calçada, águia-co-breira... A Primavera é também o período reprodutor, portanto deve circular-se apenas pelos trajectos estabelecidos, evitando assim incomodar as avesdurante este período sensível. O Verão é muito quente, pelo que devemos evi-tar as horas centrais do dias, que são as menos favoráveis para a observaçãode aves. Durante esta época produzem-se concentrações pré-migratórias decegonha-preta.

Outros valores ambientais e culturais

Nas proximidades encontra-se a Serra de São Pedro, declarada ZEPA-ZIR,uma das zonas com maior número de casais reprodutores de águia imperialibérica e abutre preto da Península Ibérica. Também o LIC dos Llanos de Al-cántara y Brozas, uma zona onde se combinam os pastos naturais, zonas decultivo de sequeiro, giestais e azinhais com pastos abundantes, rico em co-munidades de aves de planície: abetarda, sisão, cortiçol, calandra, etc.A área está vertebrada pelo rio Tejo e por uma rede significativa de afluentes,tais como os rios Eljas, Salor, Aurela e Sever. As suas águas são ricas em pei-xes e em lontras. Durante o Outono, a pastagem explode com o bramido doscervos com os seus gritos, um espectáculo frequente, dada a riqueza cinegé-tica dos seus montes, serras e ribeiros.A comarca é muito rica em monumentos megalíticos. Destacam-se especial-mente os conjuntos de dólmenes de Santiago de Alcántara, Herrera de Alcán-tara e Cedillo. A pintura rupestre esquemática está bem representada na grutade “El Buraco” (Santiago de Alcántara).Alcántara oferece boas exposições de arquitectura popular, como as suascasas de lavoura, além de palácios, casas senhoriais e conventos, como o deSan Benito, onde tem lugar o Festival de Teatro Clássico durante a primeiraquinzena de Agosto ou o Convento de San Bartolomé, convertido em Hospe-daria. É obrigatória uma visita à ponte romana sobre o Tejo, no caminho da Víade la Estrela.

Textos: Víctor Manuel Pizarro Jiménez

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ALOJAMENTOS

ALCÁNTARA

H**** HOSPEDERIA CON-VENTUAL DE ALCANTARACTRA. DEL POBLADO DE IBER-DROLA, S/N927390638HS** KÁNTARA AL SAIFAVENIDA DE MERIDA, 2927390246 • 927390833HA* KANTARA-AL-SAIFAVDA. DE MÉRIDA S/N927390833 • 927390246CR LA CAÑADAC/ REGIMIENTO DE ARGEL, 20927390298 • 676826796CR LA NACENCIAALTOZANO, 7927390522CR SAN ANTONIOC/ SAN ANTÓN,40927390822 • 676847706CR EL GALAPEROCTRA. MATA-GARROVILLAS,KM. 17649551054ATR LA CASINASOLEDAD, 2655448881 • 927390105CT PUENTE DE ALCANTARAFINCA LOS CABEZOS, C-523KM. 53,300927390947

BROZAS

HR EL VAQUERILFINCAL EL VAQUERIL927375257 • 659101710H**** CONVENTO DE LA LUZCRTA. DE HERRERUELA S/N927395439H** BALNEARIO SAN GREGORIOCTRA. SAN GREGORIO S/N927191050H** LA LAGUNAEX-207 CRTA. CACERES ALCAN-TARA KM 33927395341HS* POSADA, LAPLAZA DE OVANDO, S/N927395019CR LA HUERTAPLAZA DEL COSO, S/N699354473 • 927395009

CARBAJO

HR BALDIO GRANDECTRA. CARBAJO A SANTIAGODE ALCÁNTARA, KM. 1,5927491014 • 696466773CR BALDIO GRANDECRTA. CARBAJO-SANTIAGO DEALCÁNTARA KM 1.5927491014 • 696466773ATR TAJO INTERNACIONALC/ LA CONSTITUCIÓN,13667743627 • 609361689

CEDILLO

P ROBLEDOANTONIO MORENO, 9927590068

HERRERA DE ALCÁNTARA

HS* PURICALLE ARRABAL, Nº 1927591002CR LA ROMERAFINCA " TRES RIVEROS"923238185 • 606434515CR LA SOLANAFINCA SOLANA. CTRA. DE CE-DILLO, KM. 24,300927491081 • 927491055CR CASA LOLAC/ SAN SEBASTIAN,3927591060CR LA GALANAFINCA "TRES RIVEROS"923238185 • 606434515CR LA MALVARROSAFINCA "TRES RIVEROS"923238185 • 606434515CR LA MALVAZULFINCA " TRES RIVEROS"923238185 • 606434515CR LA SERENAFINCA "TRES RIVEROS"923238185 • 606434515

HERRERUELA

HR SIERRA DE SAN PEDROZURBARÁN, 8927371641 • 686948442

MEMBRÍO

CR TURISMO RURAL LANORASAN BERNABÉ, 7927594125 • 927584178ATR LA NORASAN BERNABÉ,7927594125 • 617452233

SANTIAGO DE ALCÁNTARA

ATR EL BURACOCRTA. VALENCIA DE ALCAN-TARA S/N927592029 • 629515647A EL BURACOCAMINO DEL MIRADOR, S/N927592257 • 927234893

VALENCIA DE ALCÁNTARA

HR CONVENTO, ELCASERIA DE SAN PEDRO, S/N927584129H**** CASA ESCOBARJEREZALFACAR, 13927668139H* CLAVO, ELRAMON Y CAJAL, 14927580268 • 927581020H* IBERICAPASEO DE SAN FRANCISCO, 14927580150HS* NAIROBIHERNAN CORTES, 9927580136P SERRANA, LASAN JUAN, 8927580020CR LA PORTILLA DEL JINIEBROPARAJE EL JINIEBRO ACEÑA BORREGA, LA927599015CR SOTO DE NISAFINCA LA MORERA DE ARRIBA ACEÑA BORREGA, LA924220776 • 600432574CR LA TORACORTIJO DE LA TORA VALENCIA DE ALCANTARA686965445 • 927491066CR EL LINCECORTIJO LA TORA, APDO. 20VALENCIA DE ALCANTARA686965445 • 927491066CR EL ZORROCORTIJO LA TORA, APDO, 20VALENCIA DE ALCANTARA686965445 • 927491066CR LA JIGUERAC/ CASIÑAS BAJAS, S/NVALENCIA DE ALCANTARA669550655 • 927582591CR MONTENUEVOPARAJE MONTENUEVO S/N ACEÑA DE LA BORREGA927599021 • 630621385

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Dados de interesse (Parque Natural TEJO INTERNACIONAL)

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Tejo Internacional

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CR VIRGEN DE LA CABEZAFINCA LA MORERA DE ARRIBA924251791 • 676830547CR EL CASTAÑAR IINAL. 521, KM.149,8. PUERTOROQUE927584040CR EL CASTAÑAR IIINAL. 521K, KM.149.8. PUERTO ROQUE927584040CR EL CASTAÑAR IVNAL.521, KM. 149,8. PUERTO ROQUE927584040CR EL CASTAÑAR INAL. 521, KM. 149,8 PUERTO ROQUE927584040CR EL CIERVOCORTIJO LA TORA, APDO, 20686965445 • 927491066CR EL JABALICORTIJO LA TORA. APDO. 20927491066 • 686965445CR SALTO DE CABALLOCASERÍO LA FONTAÑERA927580865ATR PINAR DE JOLAANTOLINA DURÁN, S/NJOLA690821624ATR EL ARROYOLOS ARROYOS DE ABAJO (LAS HUERTAS DE CANSAS)666829177 • 626195615

ATR HUERTA DEL SEVERHUERTA LUNA S/N APDO. 10639483667 • 924221157

ATR LA JIGUERACASIÑAS BAJAS927582591 • 669550655

ATR LA MACERAFINCA LA MACERA927582299 • 639548709

ATR LOS OLIVOSAVDA. LISBOA URB. LOS OLIVOS S/N927581006 • 927582312

ATR QUINTA DE LUNAACEÑA LA BORREGA, S/N924221157 • 639483667

ATR ROCAMADORFINCA LA MACERA S/N927582299 • 639548709

ATR VALBÓNFINCA LA MACERA927582299 • 639548709

ATR EL JINIEBROACEÑA LA BORREGA927584062 • 636417812

ATR EL REGATOHUERTA LUNA, S/N927491078 • 660451270

ATR MARCELINOC/ CASA NUEVA, S/N927599059 • 650408988

ATR PUERTO ROQUEPUERTO ROQUE, S/N

927584171 • 627483550

ATR ALBORADA DELSEVERHUERTA LUNA S/N.639483667ATR SAN PEDROHELECHO, S/N660080648 • 699051305CT AGUAS CLARASCTRA. DE JOLA, KM. 3927549099 • 927549099

ZARZA LA MAYOR

ATR PEÑAFIELAVDA.CONSTITUCIÓN927370465 • 616763958

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. ALCÁNTARAAV. DE MÉRIDA, 21TEL.: 927390863FAX: 927390863O.T. VALENCIA DE ALCÁNTARAHERNÁN CORTÉS, S/NTEL.: 927582184FAX: 927582184

C. DE INTERPRETAÇÃO

C.I. TEJO INTERNACIONALVELÁSQUEZ, S/NCEDILLOTEL.: 927590029C.I. EL PÉNDERELAGAR, 3SANTIAGO DE ALCÁNTARATEL.: 927592311

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R ACanchos de Ramiro e Barragem de Portaje 5

Localização e acessos

Localidades de referência Torrejoncillo, Portaje e Cachorilla, todas na co-marca de Coria. Como acessos, recomenda-se a auto-estrada A-66 (N-630),apanhando o desvio Torrejoncillo-Coria (EX-371) em Puerto de los Castaños(Cañaveral); chegando a Torrejoncillo, segue-se em direcção a Coria (EX-109)e a pouco mais de 4 km o desvio à esquerda por uma estrada local leva-nosàs povoações de Portaje (5 km) e Cachorilla (15 km; depois de nos desviar-mos em irecção a Pescueza).Folhas 1.50.000 números 621 e 622 do IGN.

Grifo comum

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

EX-109

Canchos de Ramiro e Barragem de Portaje

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Residentes

Estivais

Invernantes

grifo, abutre-preto, águia-imperial, águia-perdigueira,águia-real, garça-real, pato-de-bico-vermelho

cegonha-preta, abutre-do-Egipto, milhafre-preto

pombo-torcaz, grou-comum, anátidas

Migradores de Passagem aves aquáticas

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Descrição do roteiro

Canchos de Ramiro: Próximo das serras e margens da zona, os Canchos deRamiro foram declarados como LIC e ZPEA e formam parte da Rede de Es-paços Naturais Protegidos da Extremadura graças à sua excepcional riquezaem termos de fauna e flora. Constituem uma espectacular passagem de quart-zito sobre o Rio Alagón, actualmente represado pela Barragem de Alcántara.O trajecto proposto tem uma longitude de 10 km (ida e volta), podendo reali-zar-se perfeitamente em meio dia, tanto a pé (recomendado) como de carro.O acesso a Canchos (ou ao Boquerón) é muito simples, bastando seguir umtrilho sinalizado que parte de Cachorrilla. Nesta localidade deve apanhar-se aestrada para Ceclavín e a 200 metros, no ponto onde se encontra a Ermita delCristo e um pequeno charco (29S-699309-442090) encontra-se no lado direitoum caminho (chamado Caminho del Chorrillo) que, atravessando bonitas pai-sagens de montados e margens, nos leva aos Canchos.Barragem de Portaje: Pequena zona húmida artificial de grande relevância or-nitológica, encontra-se muito perto das localidades de Portaje (4,5 km) e Tor-rejoncillo (3 km) desde as quais de pode aceder à barragem por estradasasfaltas. No conjunto, o trajecto tem uma longitude de 17 km e está dese-nhado para ser efectuado de carro durante meio dia. Desde a primeira locali-dade, apanha-se (junto à Ermida del Cristo) o caminho de serviço à barragemem direcção sul, durante uns 2,5 km; neste ponto, e chegando a um cruza-mento (29S-70852-441903) viramos à esquerda, e depois de atravessarmosRibera de Fresnadosa a 800 m. chegamos à barragem (onde se encontra aErmida da Virgen del Casar). Já na represa, e virando à direita, seguindo o re-ferido caminho, contornamos totalmente a margem esquerda da barragem.

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Maçarico bique-bique

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56Falcão-peregrino

Canchos de Ramiro e Barragem de Portaje

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Depois de atravessarmos uma ponte num dos extremos chegamos à locali-dade de Torrejoncillo. Num dos cruzamentos anteriores (29S-714624-441808), muito perto da massa de água, podemos seguir outro trilho quecontorna a margem direita da zona húmida.

Valores ornitológicos

Canchos de Ramiro: Grande densidade e concentração de grandes rapinasque nidificam nas escarpas quartzíticas da passagem. Destaca-se a colóniade grifo (+100 casais), assim como a presença de vários casais de águia-real,águia-perdigueira, abutre-do-Egipto, bufo-real, peneireiro-vulgar, falcão pe-regrino ou cegonha-preta. Pelas margens, fauna típica do montado (águia-cobreira, águia-calçada, charneco, entre muitas outras espécies depasseriformes ligados a este habitat mediterrâneo). Nos montados e serras dazona nidificam também a águia-imperial, o milhafre-real e preto, e o abutre-preto, enquanto que na massa de água da Barragem é possível avistar nume-rosas espécies de aves aquáticas, destacando-se o corvo-marinho, agarça-real ou diferentes espécies de anátidas.

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Garça-real

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Barragem de Portaje: Esta zona húmida demonstrou ser uma das zonas hú-midas de maior importância para a avifauna aquática (em abundância e di-versidade) da bacia extremenha do Tejo, tendo-se levado a cabo actuações degestão dos habitats (açudes nas extremidades da barragem, ilhas artificiais,observatórios, etc.). Durante a invernada alberga em média mais de 2500 aves,com uma grande diversidade de espécies (anátidas, podicipedidae, fulica, etc.).na época reprodutora destaca-se o pato-bico-vermelho, sendo umas das pou-cas localidades reprodutoras para esta espécie na Extremadura; ao lado desta,destaca-se a colónia de ardeidae (garça-real) e cegonha-branca no extremo daBarragem.

Fenologia do roteiro

Este roteiro pode ser efectuado em qualquer altura do ano, em especial naépoca reprodutora primaveril e durante a invernada.

Outros valores ambientais e culturais

Valores ambientais. Magníficos e frondosos bosques de azinheira e sobreirocobrem toda a comarca, principalmente as várzeas e planícies à volta da Ri-bera de Fresnedosa. Este e outros cursos fluviais albergam excelentes bosquesde freixos nas suas margens.Valores etnográficos. Arquitectura popular nos pequenos núcleos urbanos(Cachorrilla, Pescueza, Portaje, etc.), bem como as típicas construções agro-pecuárias da zona (muros de pedra, cabanas, poços, etc.).Festas populares. Destacam-se as festas declaradas de Interesse Turísticode Las Carantoñas (Acehuche, 19 e 20 de Janeiro), os Sanjuanes (Coria, 24de Junho) e a Encamisá (Torrejoncillo, 7 de Dezembro).Conjuntos monumentais. O centro histórico-artístico da cidade de Coria, de-clarado de Interesse Turístico, alberga um dos conjuntos mais destacados daExtremadura (muralhas e ponte romanas, castelo, catedral palácios, conven-tos, etc.). O Mosteiro del Palancar (Pedroso de Acim), definido como o “mos-teiro mais pequeno do mundo” é um maravilhoso exemplo da arquitecturareligiosa.

Textos: Casimiro Corbacho Amado

Canchos de Ramiro e Barragem de Portaje

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ALOJAMENTOS

CACHORILLA

CR EL BOQUERÓNPLAZA MAYOR,4927140748 • 606518463CR CASA CANDIDOPLAZA MAYOR, 1927140748 • 606518463CR LOS CANCHALESPLAZA MAYOR,6927140748 • 606518463

CASILLAS DE CORIA

ATR EL MOLINOPLAZA MAYOR, 1927146001 • 927146008

CECLAVÍN

P SAN MARCOSC/ RETIRO,1605571523CR EL LAGARC/ MOLINO ESQ. CALLES ELJAS927393397 • 627471134ATR LA BORRASCAC/RETIRO, 1605571523 • 927393282

CILLEROS

CR LA MESONERACAMINO DEL TESO MORENO, S/N646486338ATR LA MESONERACAMINO DEL TESO MORENO, S/N646486338

CORIA

H**** PALACIOPLAZA DE LA CATEDRAL, S/N927506449H** MONTESOLCALLE PUENTE DE HIERRO927501049 • 927500277H** SAN CRISTOBALCarretera Ciudad Rodrigo, km.33927501412H* KEKES, LOSAVENIDA SIERRA DE GATA, 49927504080 • 927500494P EL CASERO DE GUIJOC/ EL GUIJO,32927500245

MORALEJA

H* ENCOMIENDA, LAPLAZA DE ESPAÑA, 13927147759 • 927515833

HS** DELPHOSAVENIDA PUREZA CANELO, 15927515425 • 927515403HS* REYPALAVDA. LUSITANIA, 19927147942HS* VOLANTE, ELAVDA. DE PUREZA CANELO, 40927515177 • 927515406

ZARZA LA MAYOR

ATR PEÑAFIELAVDA.CONSTITUCIÓN927370465 • 616763958

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. CORIAAV. DE EXTREMADURA, 39TEL.: 927501351FAX: 927500735 [email protected]. MORALEJAAV. PUREZA CANELO, S/NTEL.: 927147088FAX: [email protected]

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

59

Dados de interesse (ZEPA Canchos de Ramiro y Ladronera)

Águia-perdigueira

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Abutre-preto e Grifo

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R A

6

Localização e acessos

Monfragüe situa-se aproximadamente no centro da província de Cáceres, naconfluência dos rios Tejo e Tiétar. É actualmente o único Parque Natural daExtremadura, estando sob esta protecção 18.118 ha. O Parque e os seus ar-redores imediatos, um total de 116.151 ha, estão protegidos pela Rede Natura2000 como ZPEA. O núcleo do Parque é formado por vários alinhamentos depequenas serras paralelas, entre as quais se encaixa o Rio Tejo. O Rio Tiétare outros caudais menores escavam desfiladeiros profundos no seu caminhoem direcção ao Tejo, criando um espectacular sistema de penhascos rocho-sos onde se reproduz uma grande quantidade de aves. Os dois cursos fluviaisestão represados actualmente pelas barragens de Alcántara, Torrejón-Tejo eTorrejón-Tiétar. Apesar da sua escassa altitude, o relevo irregular e a barreirafluvial permitiram a conservação de áreas de bosque e matagal mediterrâneode grande valor faunísitico e ambiental. Contudo, o que realmente confere umenorme valor ao conjunto é a ampla superfície de montados que se estendema norte e a sul do Parque Nacional, verdadeiro cofre-tesouro onde se alimen-tam as aves mais valiosas de Monfragüe.

Parque Nacional de Monfragüe

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

EX-208

Parque Nacional de Monfragüe

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Residentes

Estivais

Invernantes

garça-real, perdiz, milhafre-real, grifo, abutre-preto,açor, águia-imperial, águia-real, águia-perdigueira, fal-cão-peregrino, bufo-real, pica-pau-malhado pequeno,chasco-preto, andorinha-das-rochas, cotovia-escura,melro-azul, charneco, gralha-de-bico-vermelho, bico-grossudo

cegonha-preta, cegonha-branca, milhafre-preto, abu-tre-do-Egipto, águia-cobreira, águia-calçada, noitibó-de-nuca-vermelha, andorinhão-real, andorinhão-cafre,andorinhão-pálido, abelharuco, andorinha dáurica,chasco-ruivo, toutinegra-real, toutinegra-carrisqueira,toutinegra-tomilheira, toutinegra-do-mato, papa-figos

corvo-marinho, ferreirinha, dom-fafe, tordo-ruivocomum, estrelinha-real, estrelinha-de-poupa, lugre

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Os acessos a Monfragüe são fáceis e estão bem assinalados. No interior doParque existe um único núcleo de povoação, de dimensões reduzidas, Villar-real de San Carlos, que pertence a Serradilla, e que está totalmente vincu-lado ao Parque, albergando os centros de visitantes e de interpretação. Oacesso ao interior do Parque efectua-se por estrada seguindo três vias. Anorte, pela EX-208, a uns 20 km de Plasencia e a 15 km da auto-estrada EX-A1. A sul, pela referida EX-208 desde Trujillo, a cerca de 50 km depois deatravessar Torrejón el Rubio. Por último, a nordeste, por uma pequena estradadesde a auto-estrada EX-A1, com saída na zona do Rio Tiétar. A sul, existeainda a estrada EX-390, que une a capital de Cáceres a Torrejón el Rubio; e aEX-385 estabelece a ligação entre a EX-208 e a auto-estrada A-5, passando porJaraicejo.

Descrição do roteiro

A maior parte do Parque está fechada aos visitantes, pelo que a área de utili-zação pública é relativamente reduzida. Contudo, a zona visitável oferece omelhor das aves de Monfragüe, existindo lugares de fama ornitológica mun-dial graças à facilidade de observação, em condições excepcionais, de algu-mas aves emblemáticas.Devido às restrições, a melhor forma de aproveitar uma visita ornitológica aMonfragüe é percorrendo os principais miradouros, todos ao longo da estradae bem sinalizados e equipados com estacionamento. Em caso de uma visitade vários dias, as opções habituais são repetir o itinerário dos miradouros ourealizar algum dos percursos pedestres existentes no Parque e arredores. Asespécies que se podem avistar nos diferentes lugares podem variar ligeira-mente segundo os anos, pois como todos os acontecimentos biológicos, estãosujeitos a um certo dinamismo.

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Poupa

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Parque Nacional de Monfragüe

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Os principais miradouros do Parque, de sul a norte são:Salto del Gitano-Peña Falcón. Na entrada desde Trujillo. Impressionante pe-nhasco rochoso e sem dúvida a paragem mais simbólica e fotografada deMonfragüe. A comunidade de aves que alberga é igualmente impressionante,com a maior colónia de grifos em zona pública (mais de 100 casais entre osdois lados e mais de 400 exemplares em certas ocasiões), cegonha-preta (2-5 casais nos últimos anos), águia-imperial, águia-perdigueira, falcão-pere-grino, abutre-do-Egipto e bufo-real. É também possível ver águia-real. Entreas aves pequenas, devemos estar atentos à presença de andorinhão-cafre echasco-preto.La Serrana. Na entrada desde Plasencia. Alberga grifo, abutre-do-Egipto enalgumas ocasiões águia-perdigueira e andorinhão-cafre.La Tajadilla. Perto das barragens de Torrejón e dotado de um observatório,zona de merendas e amplo estacionamento. Trata-se de um pequeno desfila-deiro que permite boa observação de grifo e abutre-do-Egipto, sendo tambémuma boa zona para ver a águia-perdigueira. Instalaram-se recentemente ce-gonha-preta e andorinhão-cafre, mas esta presença pode ser temporária.La Báscula. Lugar apropriado para observar abutre-preto e com sorte águia-imperial.

“Salto del Gitano”

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La Higuerilla. Proporciona uma bonita vista panorâmica do Rio Tiétar, ondese pode ver cegonha-preta e abutre-do-Egipto. No lado oposto, criam-se abu-tres-pretos.Portilla del Tiétar. Na saída nordeste do Parque. Embora de dimensões maismodestas que a Peña Falcón, é outro “ponto quente” em Monfragüe. Um lugarexcepcional para ver e ouvir o grifo, assim como a águia-imperial, o bufo-real(o melhor lugar do Parque) e o abutre-do-Egipto.É recomendável seguir a estrada até La Bazagona e a auto-estrada EX-A1, cir-culando devagar, inclusive com cuidado, por este troço que percorre primeiroum velho bosque de sobreiros onde se cria o pica-pau-malhado pequeno e,talvez, a felosa-ibérica. Segue-se uma área de montado muito apreciada peloveado durante a brama e com uma colónia de cegonha-branca e graça-real aoeste, junto ao Rio Tiétar. A parte final de montados e terrenos de regadio deinteresse durante o período invernal pela recente presença de ruidosos grous,assim como tentilhão-montês nalguns anos.A visita aos miradouros pode ser complementada com os três percursos pe-destres principais:Itinerário vermelho: Entre Villarreal de San Carlos e o castelo de Monfragüe.Permite várias opções, com trajectos entre 10 e 16 km (entre 3h30 e 6h). Atra-vessa zonas variadas, como olivais, estevais, azinhais e, especialmente, densobosque de medronheiros e quercíneas na umbria do castelo. A visita ao cas-telo de Monfragüe é obrigatória, sendo outra das opções o acesso a sul, atra-vés de um trilho asfaltado entre azinhais e azambujeiros. A vista panorâmicadesde o castelo é excepcional, salpicada pelos voos dos abutres e a possívelpresença de andorinhão-cafre e gralha-de-bico-vermelho.Itinerário amarelo. Entre Villareal e La Tajadilla, cerca de 8,5 km e 3h, ida evolta. Atravessa montados e estevas.Itinerário verde. Entre Villarreal e Cerro Gimio, cerca de 7 km e 2h30, ida evolta. Percorre as típicas paisagens de Monfragüe, terminando num miradourocom uma bonita vista panorâmica.

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Grifo comum

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Parque Nacional de Monfragüe

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Valores ornitológicos

Monfragüe é possivelmente o melhor lugar para ver aves, sobretudo rapinas,de toda a Extremadura. Os números ilustram plenamente a sua variedade eabundância. A espécie mais característica talvez seja o abutre-preto, com ummáximo de 339 casais assegurados e estimativas superiores aos 400. A águia-imperial mantém elementos estabilizados nos 12 casais, com alguns recém-instalados perto dos melhores miradouros. O abutre-do-Egipto conta commais de 30 casais, número a que se aproxima a cegonha-preta. A rapina maisvisível é, sem dúvida, o grifo, com 635 casais confirmados e quase 800 esti-mados. Mais escassas são a águia-real (6-7 casais), a águia-perdigueira (6-7casais) e o falcão peregrino (3-4 casais). Para outras rapinas não existem nú-meros exactos, mas contam-se várias dezenas de casais de bufo-real, milha-fre-real, águia-de-asa-redonda, águia-calçada e águia-cobreira que habitamMonfragüe, em especial nos montados dos arredores. Bastante mais comumé o milhafre-preto, com 150-200 casais; e mais escasso e difícil de observaro açor, o gavião e o peneireiro-cinzento.Rapinas aparte, outras aves de interesse são as de hábitos rupícolas, como oandorinhão-cafre, a gralha-de-bico-vermelho, o chasco-preto, omelro azul, opardal-francês, a andorinha dráulica e o rabirruivo-preto. As aves florestaissão menos singulares, pois a maioria são habituais em grande parte da Ex-tremadura, não obstante destacam-se a toutinegra-real, o pica-pau-malhadopequeno, a felosa ibérica, o bico-grossudo e o dom-fafe. Maior importânciatêm alguns pássaros de zonas abertas e estepárias, fáceis de encontrar nasclareiras do Parque onde se estão a eliminar eucaliptos. Falamos do chasco-ruivo, da cotovia-escura, das toutinegras tomilheira, carrasqueira, dos-vala-dos e do mato.

Fenologia do roteiro

A época que oferece maior facilidade para observar toda a variedade de avesé a Primavera, entre Março e Maio. Contudo, é também o período com maiorfluxo de visitantes, especialmente nos fins de semana e pontes de feriados daPáscoa e Maio. De qualquer forma, qualquer época do ano permite a obser-vação de espécies características, embora nos meses de Julho e Agosto sejamelhor aproveitar as primeiras e últimas horas do dia, pois as horas centraiscostumam ser muito quentes. O Outono e Inverno têm a aliciante de incorpo-rar espécies não reprodutoras na zona. Por último, entre Setembro e Outubrodecorre a espectacular brama dos abundantes veados da zona.

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Outros valores ambientais e culturais

Além das aves podem observar-se em Monfragüe outros animais, como oveado, algumas raposas mansas perto dos miradouros, os esquivos javalis e,sobretudo no Inverno, as lontras. Do emblemático lince, infelizmente não seconhecem observações fiáveis recentes. Outros aliciantes são a paisagem, es-pectacular nalguns lugares, e as formações geológicas, com painéis explica-tivos nos lugares de maior interesse. Há também duas árvores especiais: oLodão de Lugar Nuevo (perto de Villarreal de San Carlos, no horto do Oja-ranzo, com um percurso circular e uma pequena zona de merendas) e o So-breiro Abuelo de Toril (junto à estrada entre a Portilla del Tiétar e La Bazagona.Os principais elementos artísticos dentro do Parque são o castelo de Monfra-güe, a ponte del Cardenal (às vezes submersa nas águas do Tejo) e as pintu-ras rupestres pré-históricas para as quais existem visitas guiadas concretas.Nos municípios imediatos ao Parque, vale a pena citar as estelas e o povoadopré-romanos de Torrejón el Rubio, o Convento de Santo Cristo e o museu et-nográfico de Serradilla, as igrejas paroquiais de Serrejón e Malpartida de Pla-sencia, o castelo de Mirabel e a arquitectura tradicional de Casas de Miravete,entre outros. Um pouco mais longe encontram-se os conjuntos monumen-tais de Plasencia e Trujillo.Quanto à gastronomia, destacam-se os queijos, o mel, as migas extremenhase pratos de caça. As festividades a assinalar são Las Candelas de Torrejón elRubio e o Cristo de la Victoria em Serradilla. No artesanato, podem encon-trar-se trabalhos de madeira e têxteis (rendas, trajes típicos) nalgumas loca-lidades dos arredores.

Textos: Javier Prieta Díaz

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Toutinegra-dos-valados Abutre-preto

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Parque Nacional de Monfragüe

68Águia-imperial

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ALOJAMENTOS

JARAICEJO

HS** MONT-BLANCCARRETERA N-V, KM. 226927336030 / 927336148HRMONTEFRAGOSOPLZ. DE LA CONSTITUCIÓN 15-16927336189 / 927336289

MALPARTIDA DE PLASENCIA

H*** CAÑADA REALCARRETERA EX-108., KM. 42927459407 / 927459434H* SANTA MARTACARRETERA NACIONAL 630,KM. 491927453260 / 927453416HS* ROSALES, LOSPLAZA DE LA DIPUTACION, 21927404636CR DEL CORRALC/ CABRERO, 2927459522 / 636144910CR LA POSADA DE AMONARIAC/ Nuestra Señora de la Luz, 7927459446 / 608702070CR TIA TOMASAC/ JUEGO DE LAS CARAS, 6696634156CR FLOR DE JARAMUSICA,11927459430 / 605877788ATR DEL CORRALC/ CABRERO,4927459522 / 636144910ATR LA SOLANAC/ MUÑOZ TORRERO, 31653799213 / 927404270ATR MAJALONFINCA MAJALON605940878 / 608504019A EL CARRASCALFINCA EL CARRASCAL927459475 / 620941778CT MONFRAGÜECTRA. DE TRUJILLO, KM. 10927459233 / 605940878

SERRADILLA

H* LAURELPAIJUAN, 17927407481 / 625496971CR LA SIERRA DE MONFRAGÜECTRA. EXTREMADURA 208(PLASENCIA-ZORITA), KM. 14616192917 / 676450921

CR LA ALMAZARA DEL CRISTOLIBERATO ALONSO, 27927407090 / 636495283

SERREJÓN

H**** AGUAS DE SERREJONFINCA CASADELMAZO, 927547749 / 617355479HR EL ALCAUDÓNC/ CAGANCHAS, 13927547600 / 924547601

TORIL

HR PUERTA DE MONFRAGÜELA HERGUIJUELA - VEGA DELCHIQUERO927198110 / 609202425

TORREJÓN EL RUBIO

H**** HOSPEDERÍA PAR-QUE DE MONFRAGÜECTRA. PLASENCIA-TRUJILLO,KM 39,100927455278 / 927455279H* CARVAJALPASEO DE PIZARRO, 54927455260 / 927455254P AVENIDASAN JOSE, S/N927455050P MONFRAGÜEPASEO DE PIZARRO, 25927455026CR PALACIO VIEJO DE LAS CORCHUELASFINCA CORCHUELAS DEL PALA-CIO VIEJO626812318 / 608821961CR CASA BABELMONFRAGÜECERVANTES, 8699769177 / 655027891CR PEÑA FALCÓNC/ BREZO,21927455184 / 620978624CR POSADA EL ARRIEROPASEO PIZARRO,22927455050CR REFUGIO LA SERRANASAN MIGUEL, 45927455159 / 687476049CR LA CAÑADAAvda. Virgen de Guadalupe, 5927455288 / 927455161

ATR LA CAÑADACAÑADA REAL S/N927455295 / 920818967ATR NATURAC/ TRAVESÍA DE PIZARRO,11679475955 / 679475956ATR SIERRA DE MONFRAGÜEPLAZA DE PIZARRO,8699729500 / 927455205ATR LEYENDAS DE MONFRAGÜEPº. PIZARRO, 16650408971 / 927455153ATR MONFRAGÜECORCHITO, 27927455079 / 618712980

VILLARREAL DE SAN CARLOS

CR AL-MOFRAGVILLARREAL, 19927199205 / 686454393CR EL CABRERINVILLARREAL, 3927199191 / 927199002CR MONFRAGÜEVILLARREAL, 15927199002 / 927199191

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. CENTRO DE INFORMACIÓN DEL PARQUE NACIONAL DEMONFRAGÜEVILLARREAL DE SAN CARLOSTEL.: 927199134FAX: 927198212O.T. TORREJÓN EL RUBIOMADROÑO 1 (URB. CERCA DEL OLIVO)TORREJÓN EL RUBIOTEL.: 927455292FAX: 927455234 [email protected]

C. DE INTERPRETAÇÃO

C.I. DEL PARQUE NACIO-NAL DE MONFRAGÜE VILLARREAL DE SAN CARLOS TEL.: 927199134C.I. DEL AGUAVILLARREAL DE SAN CARLOSTEL.: 927199134C. DE DOCUMENTACIÓN EINVESTIGACIÓN VILLARREAL DE SAN CARLOSTEL.: 927199134

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

69

Dados de interesse

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Goraz

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71

R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R ABarragem de Arrocampo 7

Localização e acessos

A Barragem de Arrocampo situa-se no nordeste da província de Cáceres, nolimite oeste da comarca de Campo Arañuelo e muito perto de Monfragüe. Ac-tualmente, encontram-se protegidas dentro da Rede Natura 2000, com a ca-tegoria de ZPEA, 687 ha da barragem e do perímetro das suas margens. Destaforma, foi criado o Parque Ornitológico em Saucedilla, com o objectivo de fa-cilitar as visitas.Arrocampo é uma barragem com características singulares, o que a convertenum enclave único dentro da Extremadura, com uma avifauna peculiar e difí-cil de observar em grande parte do interior peninsular. A barragem tem comofunção refrigerar a central nuclear de Almaraz e por este motivo o nível deágua é bastante regular graças às constantes descargas do Rio Tejo, não es-tando submetido às flutuações típicas de outras represas. Por esta razão,grande parte da margem está ocupada por massas de vegetação pantanosa;ainda a temperatura da água, mais alta que o normal, e um entorno plano de-dicado ao cultivo de sequeiro e regadio favorecem a diversidade de aves.

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

A-5

Barragem de Arrocampo

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Residentes

Estivais

Invernantes

garça-real, garça-branca, garça-branca-grande, garça-pe-quena, papa-ratos, camão comum, mergulhão-de-crista,galeirão comum, frisada, tartanhão-ruivo-dos-pauis, mi-lhafre-real, abutre-preto, peneireiro-cinzento, chapim-demascarilha, chapim-de-bigode, bengalim-da-Índia

cegonha-branca, colhereiro, goraz, milhafre-preto,águia-cobreira, águia-calçada, francelho, tagaz, noitibó-de-nuca-vermelha, abelharuco, rouxinol-pequeno-dos-caniços, rouxinol-grande-dos-caniços, felosa-unicolor

corvo-marinho, abetouro, águia-pesqueira, esmerilhão,tarambola dourada, piso-de-peito-azul, escrevedeira-dos-caniços

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O acesso é bastante fácil, ao encontrar-se perto das auto-estradas. A norte,desde a auto-estrada EX-A1, entre Navalmoral de la Mata e Plasencia apa-nhamos o desvio em direcção a Casatejada, continuando até Saucedilla, onde,na saída sul, se encontra o Posto de Informação do Parque Ornitológico. Asul, desde a auto-estrada A-5 entre Navalmoral de la Mata e Trujillo, existemduas opções: apanhar a saída 190 em direcção a Saucedilla; ou através de Al-maraz, que conta com três saídas desde a A-5 entre os quilómetros 193 e 200.A estrada entre Almaraz e Saucedilla atravessa um dos extremos da barragempor uma ponte de pouca altura.

Descrição do roteiro

O plano de visita proposto coincide com os dois percursos oferecidos peloParque Ornitológico de Saucedilla. O percurso nº1 é um trajecto de uns 4 kmpor caminhos de terra, com paragens em quatro observatórios. Pode com-pletar-se a pé ou em veículo, se o estado da via o permite. O percurso nº2 éuma breve deslocação em veículo entre Saucedilla e um tanque de rega pró-ximo. O início de ambos percursos encontra-se no Posto de Informação, noextremo sul da povoação de Saucedilla e adjacente a um canal e ao campo defutebol. Dentro do Posto há um painel descritivo dos trajectos, fáceis de se-guir, pois encontram-se bem delimitados e assinalados. Existem cinco obser-vatórios no total, relativamente pequenos e que a não ser que estejam a serutilizados, se encontrarão, provavelmente, fechados à chave. Estas chavesdevem ser pedidas no Posto de Informação, que tem horários um tanto irre-gulares e que por vezes não se ajustam às melhores horas para observar aves(por exemplo ao amanhecer). No caso de encontrar os observatórios fecha-dos, a alternativa é utilizar a rampa de subida como miradouro. Embora notexto se indiquem determinadas espécies em cada ponto de paragem, na rea-lidade é possível, com tempo e sorte, ver estas aves em todo o trajecto.O percurso nº1 inicia-se no referido Posto e apenas a 200m situa-se o ob-servatório nº1, dotado de uma ampla perspectiva e com possibilidade de avis-tar aves palustres como o camão, o frango d’água, a garça-pequena, a felosaunicolor e o papa-ratos. Seguindo em direcção sudoeste alcançamos o ob-servatório nº2, talvez o mais interessante, com a presença, durante o Inverno,do difícil abetouro e pisco-de-peito-azul e na Primavera, a garça-imperial, cha-pim-de-bigode e chapim-de-mascarilha. Novamente em direcção sudoeste,encontra-se o observatório nº3, com uma ampla visão do espelho de água dabarragem e do paredão interior, lugar de nidificação de cegonhas-brancas e dedescanso para corvos-marinhos e garças. É também um bom lugar para di-visar anátidas, fulicas, garça-branca-grande e mergulhão. Voltando na direc-ção leste, chegamos ao observatório nº4, situado junto à ponte da estrada.Embora as janelas principais dêem para uma massa de juncos povoada por

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Papa-ratos

Barragem de Arrocampo

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aves palustres habituais, a vista em direcção leste, que dá para um dos extre-mos da barragem muito apreciada pelo tartanhão-ruivo-dos-pauis e por todosos tipos de garça, é mais interessante. Também se podem fazer observaçõesna ponte da estrada que dispõe de um parque de estacionamento improvi-sado e onde também se pode caminhar. Em ambos os lados da ponte pode-mos ver o espelho de água, um bom lugar para observar as aves em voo,como a garça (e também o abetouro), tagaz e águia-pesqueira. O regresso aoponto inicial efectua-se a pé, por um caminho paralelo à estrada. O trajectopermite variantes, como fazer o caminho inverso, limitar-se apenas a algunsobservatórios ou efectuar paragens ao longo das margens.O percurso nº2 tem início no Posto de Informação, atravessando Saucedilla nosentido norte e virando à esquerda na última rua da localidade. Continuamospor uma via de terra e alcatrão que percorre 3,8 km de terras de cultivos, pas-tagens e montados. Neste troço é possível ver peneireiro-cinzento e cuco-rabi-longo, entre outras aves. No final da pista há uma grande torre de cimento (paraelevação das águas de rega), onde viramos à esquerda, ficando ao nosso ladodireito o tanque de rega de Cerro Alto, onde se situa o observatório nº5. Den-tro do tanque de rega aparecem restos de azinheiras secas que acolheram emtempos uma colónia de garça-real e que actualmente serve de poleiro para ocorvo-marinho e, ocasionalmente, garça-branca-grande e águia-pesqueira. Opercurso nº2 termina neste ponto; contudo, a uns 2,5 km a sul encontra-se o tan-que de rega de Dehesa Nueva, e vários quilómetros depois outro extremo dabarragem de Arrocampo. Esta ampliação traz-nos novos avistamentos de maisaves aquáticas: abelharuco, na época de criação; gansos, tarambola-dourada ealcaravão no Inverno; e diversas rapinas em todas as estações. Por último, re-cordar que as povoações da zona (Saucedilla, Casatejada, Almaraz) albergamnas suas igrejas colónias de francelhos, aves que abundam em todo o trajecto.

Valores ornitológicos

A barragem de Arrocampo é o melhor lugar para observar aves palustres na Ex-tremadura. Aqui localizam-se as melhores populações regionais, e às vezes, úni-cas, de diversas espécies, como é o caso do camão, garça-imperial, papa-ratos,

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felosa unicolor e bico-grossudo. Aobservação de tartanhão-ruivo-dos-pauis está praticamente assegurada,sendo possível ver tartanhão-azu-lado durante o Inverno. Durante asdeslocações migratórias aumenta ariqueza de espécies, com o apareci-mento de pisco-de-peito-azul (pre-sente no Inverno), felosa aquática,colhereiro, garça-branca-grande efranga d’água grande, bastarda epequena. Entre as aves aquáticas, asgarças são, em geral, as melhor re-presentadas, com a possibilidade dever todas as espécies ibéricas; a fa-mília rallidae é numerosa (camão,frangas, frango-d’água, galinha-d’água, galeirão); o mesmo acon-tece com os patos (sobretudofrisada e pato-real), corvo-marinho,cegonha, mergulhão-pequeno e decrista). Tudo isto converte, sem dú-vida, Arrocampo no melhor lugar daExtremadura para observar passeri-formes palustres.

Fenologia do roteiro

Arrocampo pode ser visitada durante todo o ano, embora nos meses de Julhoe Agosto as altas temperaturas possam ser incómodas nas horas centrais dodia. Nesta altura é aconselhável realizar as visitas ao amanhecer ou ao entar-decer. Durante a Primavera, o maior aliciante está na observação de garçasreprodutoras (garça-pequena, garça-imperial e real, papa-ratos, goraz e ten-tativas recentes de criação de colhereiro) e aves palustres (felosa unicolor,felosa-dos-caniços, bico-grossudo, camão, chapim-de-mascarilha). No In-verno, pode observar abetouro e águia-pesqueira e são numerosos os tarta-nhões-ruivos-dos pauis e os corvos-marinhos. As singulares condições detemperatura da água favorecem a presença ocasional no Inverno de aves tipi-camente estivais, como várias espécies de andorinhas, papa-ratos e garça-pe-quena. Na época de migração (de Agosto a Outubro e Março e Abril), umamistura de numerosas aves migratórias aumenta a riqueza ornitológica de Ar-rocampo.

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Águia-pesqueira

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Barragem de Arrocampo

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Outros valores ambientais e culturais

Entre Arrocampo e Monfragüe existe uma vasta extensão de montados. Parapoder apreciá-los, é melhor circular pelas estradas pequenas, como a que ligaSerrejón e La Bazagona ou as que conduzem a Toril. Neste município situa-seo sobreiro centenário El Abuelo e em Navalmoral de la Mata a enorme azi-nheira La Marquesa. Próximo está também o corredor ecológico dos pinhaisdo Tiétar, com os únicos pinhais autóctones extremenhos. Encontram-se nasmargens do Tiétar, nos municípios de Talayuela, Casatejada, Majadas e Toril.Alguns destes pinhais acolhem magníficas colónias de cegonha-branca,garça-real e milhafre-preto. As localidades dos arredores oferecem pequenosfragmentos de arquitectura popular e monumental, como as igrejas paroquiaisde Saucedilla, Csatejada e Almaraz e o sugestivo castelo medieval de Belvís deMonroy, datado dos séculos XIII e XIV. Podem ver-se restos de outro casteloem Almaraz. Gastronomicamente destacam-se os queijos, enchidos, as migasextremenhas e os pratos de caça. As festas a assinalar são a romaria de Ro-camador em Almaraz e os carnavais de Navalmoral de la Mata.

Textos: Javier Prieta Díaz

Observadores de aves

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ALOJAMENTOS

ALMARAZ

HS* PORTUGALAVENIDA DE LA CONSTITU-CION, 7927544070 / 927544095HS* PORTUGAL IIAUTOVÍA DE EXTREMADURA,KM. 200927545161 / 927545162

ROMANGORDO

HS* LA PLAYA DE ROMAN-GORDOCTRA. NACIONAL VCR LA SARTENILLAC/ RETAMAR, 22927576538 / 686089117

SERREJÓN

H**** AGUAS DE SERREJONFINCA CASADELMAZO, 927547749 / 617355479HR EL ALCAUDÓNC/ CAGANCHAS, 13927547600 / 924547601

NAVALMORAL DE LA MATA

H* LOS GRANADOSCTRA. NACIONAL V, KM. 181927530750 / 927530758H* MOYACARRETERA N-V, KM. 180,800927530500HS** BAMBA, LACTRA. NACIONAL V, KM. 178,7927530850 / 927530854

HS** SAUCES, LOSCTRA. NACIONAL V, KM. 182,2927533303

P SALAMANCAANTONIO CONCHA, 67927534844 / 627034122

P ZARAGOZAZARAGOZA, 10927531822

CASATEJADA

HS* NOGAL DE CASATEJADA, ELCARRETERA NAVALMORAL,KM. 9,7927547325

CR EL BOTANICOPLAZA ESPAÑA, 5927547325

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Dados de interesse (ZEPA Embalse Arrocampo)

Cegonha-branca

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Curruca capirotada

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R ASerra de San Pedro 8

Localização e acessos

O Roteiro encontra-se na comarca da Serra de San Pedro, na divisória dasprovíncias de Cáceres e Badajoz, embora o troço que vamos percorrer se en-contre por completo nesta última. Partimos da localidade de Alburquerque,onde podemos chegar desde Badajoz pela estrada EX-110, desde Herreruelapela EX-324, desde Aliseda pela EX-303, ou desde San Vicente de Alcántarapela EX-110.

Descrição do roteiro

O roteiro tem 27,4 km de ida e volta desde Alburquerque até ao castelo de Aza-gala. Convém efectuá-lo em carro e a pé, num único dia. O que mais se des-taca deste trajecto é o facto de se encontrar numa área pouco habitada e poucotransformada. Não existem grandes infraestruturas (à excepção da barragemde Peña del Águila) que tenham alterado a zona. Desde o alto da Serra de San-

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

Serra de San Pedro

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Residentes

Estivais

Invernantes

águia-imperial, abutre-preto, grifo, águia-perdigueira,cartaxo comum

cegonha-preta, abutre-do-Egipto, águia-cobreira,águia-calçada

ferreirinha comum, dom-fafe, pombo-torcaz, grou-comum

Migradores de passagem águia-pesqueira, papa-moscas-preto, papa-moscas-cinzento

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tiago observa-se um extenso montado rodeado por serras inferiores aos 600ms.n.m. (apenas Torrico supera o nível do mar com os seus 703m), salpicado poralgumas fazendas e quase nenhum poste de electricidade, graças a diferentesintervenções na modificação dos cabos eléctricos executados no âmbito doprojecto LIFE pela Direcção Geral do Meio Ambiente, o que nos permite ob-servar muitas espécies de aves numa densidade que parece impensável nou-tro território da geografia europeia. Este interessante itinerário pela Serra deSan Pedro percorre os habitats mais representativos deste espaço natural pro-tegido e com alguma sorte poderemos observar as espécies de aves mais re-presentativas, pois na zona do percurso nidificam vários casais deáguia-imperial, abutre-preto, cegonha-preta, águia-real ou abutre-do-Egipto.Partimos da localidade de Alburquerque, mais concretamente da rua SanAntón, junto à praça de touros (X:0673458; Y:4343090) (esta primeira parteconvém ser efectuada em carro, porque adiantamos bastante, por um lado, epor outro, como a estrada não tem bermas, evitamos situações perigosas comos poucos veículos que poderiam utilizá-la). A parte inicial do trajecto per-corre um caminho alcatroado entre tradicionais paredes de pedra e uma ououtra vedação de arame, perto de pequenas hortas e quintas familiares en-caixadas num montado espectacular de azinheiras e sobreiros. Muito próximo,à direita, temos a serra do Puerto del Centinela; passamos pelo sopé e à es-querda temos o montado e planície com Torrico de San Pedro ao fundo.(X:0675300; Y:4342685) Aqui encontramos à direita o desvio para a entradado Convento dos Frailes Viejos e no alto da serra divisa-se uma grande ca-verna conhecida como “El Ojo del Diablo”. Seguimos em frente, pelo cami-nho alcatroado e no ponto (X:0676384; Y:4342515) encontramos noeucaliptal, à direita, o desvio para o sobreiro “El Abuelo”, que se encontra a600m de distância, num bonito montado pecuário. Continuamos em frente,pelo caminho alcatroado, à direita temos um eucaliptal e à esquerda um pomarde laranjeiras; um pouco mais à frente, à direita, encontramos a fonte de “El-vira Vaca”, com um grande tanque onde poder refrescar-se nos dias maisquentes. Desde aqui temos em frente uma bonita vista panorâmica de grandeparte da serra de San Pedro e de um espectacular azinheiral. Continuamospelo caminho alcatroado até ao ponto (X:068547; Y:4341837) onde apanha-mos um desvio à esquerda. Aqui encontramos um sinal em ardósia indicando“al Castillo” (ao Castelo). É recomendável deixar aqui o veículo e continuar apé, pois em determinados troços o caminho encontra-se em mau estado enão é apto para carros. Assim teremos também a oportunidade de ver mais es-pécies de aves e de apreciar em todos os sentidos a natureza que nos rodeia.Já percorremos quase 6 km, pelo que nos faltam 12, contando ida e volta, quepodemos efectuar em poucas horas, parando para comer qualquer coisa aomeio-dia. Continuamos em frente, pelo caminho; vamos ver várias herdadesde criação de porco e numerosas ovelhas, bem como algum sinal de ardósiaindicando “al Castillo” que não nos deixa perder-nos. Chegamos ao ponto(X:0678840; Y:4343035) onde encontramos um sinal que indica em frente a“Ermida de los Santiagos” (que convém visitar) e à direita “al Castllo”. Se-

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Serra de San Pedro

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guimos por aqui, depois de uma longa caminhada entre montados de dife-rente densidade de arvoredo com uma importante herdade de criação de porcoibérico, chegamos ao ponto (X:0683882, Y:4342860), onde voltamos a en-contrar uma bifurcação assinalada com as indicações à direita “el Pantano”(barragem), e à esquerda “al Castillo”. Ambas opções são claramente visíveisneste ponto: o castelo encontra-se no alto da pequena serra de Santiago, la-deado pela barragem, encaixada no barranco da desembocadura do Albarra-gena. Seguimos em direcção ao castelo e alcançamos a sua base. Desde oinício do roteiro, em Alburquerque, até aqui, há 13,7 km e o caminho de su-bida ao castelo é privado, pelo que seria conveniente parar aqui para almoçar,contemplar as vistas da zona e descansar um pouco antes de empreender ocaminho de regresso. Desde o alto do castelo de Azalaga pode contemplar-seuma extensa vista panorâmica da maior parte da serra de San Pedro e dosseus contrafortes, do Torrico, da serra de Los Leones, da serra do Puerto delCentinela, da serra de la Caraba, Serra Fría...

Valores ornitológicos

A jóia deste trajecto é, sem dúvida, a águia-imperial, da qual desde o princí-pio do percurso e num raio de 15 km encontramos 4 casais reprodutores. Étambém fácil avistar o abutre-preto, com uma abundante população reprodu-tora nos arredores; a cegonha-preta, que além de se reproduzir na zona, uti-liza também o extremo da barragem como zona de concentração prévia àmigração; a águia-perdigueira, com vários casais nidificantes nos penhascose árvores; o falcão-peregrino é muito escasso e embora tenha nidificado du-rante alguns anos no barranco do Albarragena, actualmente apenas se podecontemplar durante o Inverno; a águia-real, contudo, é frequente em qualquerestação; o mesmo acontece com o grifo, que apresenta uma importante po-pulação reprodutora, razão pela qual é fácil avistá-lo desde o começo do per-curso. Outras aves rapinas frequentes são a águia-cobreira, a águia-calçada,o abutre-do-Egipto, o gavião e o francelho, do qual existe também uma im-portante população reprodutora no centro histórico de Alburquerque. Entreas rapinas nocturnas encontramos o bufo-real, espécie rupícola abundantenos penhascos rochosos, inclusive nas proximidades da povoação; a rapinanocturna mais abundante na zona é o mocho-galego, que encontramos ao fimda tarde nos azinhais mais abertos e nas zonas de rocha granítica, a coruja-do-mato, nos azinhais mais densos, e a coruja-das-torres nas diferentes fa-zendas da zona e nalguns casarões antigos e ruínas da povoação.Outras espécies comuns na área são a trepadeira azul, bastante ligada aos so-breiros maduros e muito frequente nos arredores do sobreiro “El Abuelo”, ocharneco, um corvídeo colonial muito bonito ligado aos montados, a coto-via-pequena, a mais florestal da família alaudidae extremenha, fácil de detec-

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tar pelo seu canto melódico, a poupa, o cuco, o rouxinol, o chapim-real, ochapim-de-poupa, o chapim-rabilongo...

Fenologia do roteiro

Este roteiro pode realizar-se em qualquer época do ano e não seremos de-fraudados em nenhuma estação, embora seja conveniente ter algumas consi-derações.Durante a Primavera e o Verão existem mais espécies para observar, pois con-tamos com distintas espécies migratórias como a cegonha-preta, o abutre-do-Egipto ou as águias calçada e cobreira, mas devemos ter em conta que aPrimavera é o período reprodutor e não devemos sair do trajecto e tentar evi-tar as perturbações que poderiam afectar o sucesso da reprodução.O Verão é muito quente na zona, razão pela qual devemos evitar as horas cen-trais do dia (que são também as horas em que as aves estão menos activas eserá mais difícil observá-las).O Outono coincide com a Brama do veado. Nas margens da barragem nãoserá difícil ouvir as bramas que emite e o toque das hastes e desde algum es-conderijo poderá observar com facilidade se dispõe de meios ópticos (teles-cópio terrestre ou binóculos)O Inverno coincide com a época de caça e temos que ter em consideraçãoque as herdades que circundam o percurso à volta do castelo e da barragemsão herdades privadas dedicadas à caça maior e que as montarias costumamefectuar-se entre Novembro e Fevereiro, pelo que convém informar-se na po-voação durante estes meses se há uma montaria e evitar sair do caminho.

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Abutre-preto (atrás) e Grifo Sobreiro “El Abuelo”

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Serra de San Pedro

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Não devemos esquecer:Evitar incómodos às pessoas que vivem ou trabalham nos arredores, a maio-ria das herdades que circundam o roteiro são particulares portanto não de-vemos deixar nenhuma cancela aberta e evitar perturbar o gado.

Outros valores ambientais e culturais

A Brama em finais de Agosto e durante o mês de Setembro (a data pode va-riar em função do clima) geralmente conhecida na Extremadura como “La Ber-rea”. Os machos lutam por manter o harém de fêmeas para acasalar e nestaaltura tornam-se menos desconfiados, abandonando os montes densos atéàs planícies e montados descobertos.Sobreiro “El Abuelo”, vale a pena fazer o desvio de 600m para contemplareste majestoso sobreiro, designado pelo botânico Diosdado Simón Villarescomo “árvore notável”.Valores etnográficos, existem nos arredores numerosas construções popula-res que aproveitam os materiais da zona, que valem a pena visitar, como é ocaso de paredes de pedra, choupanas tradicionais, fornos de pedra, currais...Cogumelos, durante o Outono podem encontrar-se várias espécies de cogu-melos comestíveis na zona. Alguns deles são: Boletus aereus, Boletus edulis,Macrolepiota procera, e mais escassa a Amanita caesarea.Arte rupestre, existem numerosas expressões de arte rupestre na zona, comoé o caso das pinturas de La Cruz de San Blas, ou do barranco do castelo, alémde outras de acesso mais difícil em diferentes cavernas entre os penhascos daárea. Nos arredores de Alcántara e Valencia de Alcántara existem vários mo-numentos megalíticos com cerca de uma centena de dólmenes e menires.Castelos, além do castelo de Azagala onde chega o trajecto podemos encon-trar outros três castelos a pouca distância:Castelo de Luna em Alburquerque, pode efectuar-se visita guiada.Castelo de Mayorga situado na herdade Galana de Mayorga que encontra-mos na estrada que liga La Codosera a San Vicente de Alcántara. Está numapropriedade privada, mas a seus pés atravessa uma estrada local que vai atéAlcorneo e que nos permite aproximar-nos até à base numa paisagem bemconservada.Castelo de Piedrabuena situado no montado de Piedrabuena. O acesso efec-tua-se por um caminho asfaltado que liga a estrada de San Vicente de Alcán-tara a Alburquerque com a estrada que liga Alburquerque a Herreruela. Ocastelo está muito bem conservado, mas como pertence a um particular nãoé possível visitar o seu interior.

Textos: Juan Pablo Prieto

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ALOJAMENTOS

ALISEDA

A EL PERICUTOPARAJE DE LA MINA699817346AT LOS ALISOSCRTA. ALBURQUERQUE660503384 / 927277388APARTAMENTOS TURÍSTICOSAT EL POZOCRTA. DE ALBURQUERQUE,10927239973CR LOS ALISOSCTRA. DE ALBURQUERQUE927240568 / 927277388

CARBAJO

AT TAJO INTERNACIONALC/ LA CONSTITUCIÓN,13667743627 / 609361689CR BALDÍO GRANDEBALDIO GRANDECRTA. CARBAJO-SANTIAGO DEALCÁNTARA KM 1.5927491014 / 696466773

CÁCERES

H***** PALACIO DE ARENALESCN-521, KM.52,100927620490 / 927620491H**** A.H. AGORAC/ PARRAS,25927626360 / 927260456H**** EXTREMADURAHOTELAVDA. V. DE GUADALUPE, 28927629639H**** GRAN HOTEL DONMANUELSAN JUSTO, 15927215478H**** HOTEL CACERESGOLFCN-630, KM.558927234600H**** NH PALACIO DEOQUENDOPLAZA DE SAN JUAN, 11-13927215800

H**** PARADOR DE TU-RISMO DE CACERESANCHA, 6927211759H**** V CENTENARIOMANUEL PACHECO, S/N927232200H*** CASA DON FER-NANDOPLAZA MAYOR, 30927214279 / 927627176H*** HUSA ALCANTARAAVENIDA VIRGEN DE GUADA-LUPE, 14927223900H** ALFONSO IXMORET, 20927246400 / 927246404H** DON CARLOSC/ DONOSO CORTÉS, 13-15927225527H** DON JOSEPINTORES, 28927240470 / 927213990H** IBERIA-PLAZA DEAMÉRICAHERMANDAD, 12927210906H** NARANJOS, LOSALFONSO IX, 12927243508 / 927243512H* ARAJUAN XXIII, 3927223958H* ARABIA RIADPLAZA DEL DUQUE, 5927220065 / 661304061H* CASTILLARIOS VERDES, 3927244404H* IBERIAPINTORES, 2927247634HS** ALAMEDAPLAZA MAYOR, 33-3º927211262HS** ALAMEDA PALACETEMARGALLO, 45927211674 / 627474404HS** ARGENTINASANGUINO MICHEL, 7927222854HS** HERNAN CORTESFRAY BARTOLOMÉ DE LASCASAS, 5927243488

HS** NEPTUNOAVDA. DE ALEMANIA, 19-1º927236423HS** PLAZA DE ITALIAC/ CONSTANCIA, 12927627294HS** ROSA, LASANGUINO MICHEL, 8927221750HS* AL-QAZERESCAMINO LLANO, 34927227000 / 927626959P AMADOGENERAL MARGALLO, 61927226329 / 927230402P CARRETEROPLAZA MAYOR, 22927247482 / 927216122P VIRGEN DE FATIMAAVDA. VIRGEN DE LA MON-TAÑA, 17, 2º IZQUIERDA927211844P ZURBARÁNROSO DE LUNA, 11927210452A LAS VELETASC/ MARGALLO,36927211210A CIUDAD DE CÁCERESAVDA. UNIVERSIDAD, S/N927102001 / 927216109AT CASA PINTADA "ELLIBRO"PLAZA LAS CANTERÍAS,7695690556AT CASAS PINTADAS URBANAS "EL CUADRO"SANJUSTO, 45.695690556 / 927626312AT SALORPLAZA DE OBISPO GALARZA, 2927246400AT CACERES APLAZA DE LA CONCEPCIÓN,19,BAJO927225150 / 645895361AT CACERES BPLAZA DE LA CONCEPCIÓN, 19, 1ºA927225150 / 645895361AT CACERES DCALLE VALDES,18 BAJO A645895361AT CACERES EC/ VALDES,18 BAJO B645895361

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Dados de interesse (ZIR Serra de San Pedro)

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Serra de San Pedro

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AT CASA PINTADA CUM LAUDEC/ MARGALLO Nº 102-A927626312AT CASA PINTADA LA PLAZUELAC/ GODOY,12 BAJO695690556AT CASA SIERPESSIERPES, 2927180072 / 659706336AT CASAS DE LA JUDERIABARRIO DE SAN ANTONIO, 30927220065AT CIUDAD MONUMENTALPLAZA DE LA CONCEPCIÓN ,19, 2ºB927216306 / 627502749

HERRERUELA

HR SIERRA DE SAN PEDROZURBARÁN, 8927371641 / 686948442

MEMBRÍO

AT LA NORA927594125 / 617452233CR TURISMO RURAL LA NORASAN BERNABÉ, 7927594125 / 927584178

PUEBLA DE OBANDO

HS* KILOMETRO 40CARRETERA CACERES K. 40924407196HS* HERMANOS MENDEZCTRA. CACERES-BADAJOZ, KM 39924407509HS* MIRASIERRA PA-CHECOCTRA CACERES-BADAJOZ, KM 39.5924407316 / 669957883

SANTIAGO DE ALCÁNTARA

A EL BURACOCAMINO DEL MIRADOR, S/N927592257 / 927234893

AT EL BURACOCRTA. V. DE ALCANTARA S/N927592029 / 629515647

SAN VICENTE DE ALCÁNTARA

H***** RIO SUBERCAMINO DE PIEDRA BUENA S/N924410143 / 924410970HR DEL PUEBLOAVDA. DE EXTREMADURA,21667078020AMOLINO DE JOLACARRETERA SAN VICENTE-LACODOSERA, K. 14616346762CR SIERRA DE SAN PEDROFINCA PARAJE LAS COSTERAS,924410070 / 649303865CR LA VEGACAMINO DE LA VEGA S/N924411202 / 616740091

VALENCIA DE ALCÁNTARA

HR CONVENTO, ELCASERIA DE SAN PEDRO, S/N927584129H**** CASA ESCOBARJEREZALFACAR, 13927668139H* CLAVO, ELRAMON Y CAJAL, 14927580268 • 927581020H* IBERICAPASEO DE SAN FRANCISCO, 14927580150HS* NAIROBIHERNAN CORTES, 9927580136P SERRANA, LASAN JUAN, 8927580020CR LA PORTILLA DEL JINIEBROPARAJE EL JINIEBRO ACEÑA BORREGA, LA927599015CR SOTO DE NISAFINCA LA MORERA DE ARRIBA ACEÑA BORREGA, LA924220776 • 600432574CR LA TORACORTIJO DE LA TORA VALENCIA DE ALCANTARA686965445 • 927491066

CR EL LINCECORTIJO LA TORA, APDO. 20VALENCIA DE ALCANTARA686965445 • 927491066CR EL ZORROCORTIJO LA TORA, APDO, 20VALENCIA DE ALCANTARA686965445 • 927491066927491140CR LA JIGUERAC/ CASIÑAS BAJAS, S/NVALENCIA DE ALCANTARA669550655 • 927582591CR MONTENUEVOPARAJE MONTENUEVO S/N ACEÑA DE LA BORREGA927599021 • 630621385CR VIRGEN DE LA CABEZAFINCA LA MORERA DE ARRIBA924251791 • 676830547CR EL CASTAÑAR IINAL. 521, KM.149,8. PUERTOROQUE927584040CR EL CASTAÑAR IIINAL. 521K, KM.149.8. PUERTO ROQUE927584040CR EL CASTAÑAR IVNAL.521, KM. 149,8. PUERTO ROQUE927584040CR EL CASTAÑAR INAL. 521, KM. 149,8 PUERTO ROQUE927584040CR EL CIERVOCORTIJO LA TORA, APDO, 20686965445 • 927491066CR EL JABALICORTIJO LA TORA. APDO. 20927491066 • 686965445CR SALTO DE CABALLOCASERÍO LA FONTAÑERA927580865ATR PINAR DE JOLAANTOLINA DURÁN, S/N (JOLA)690821624ATR EL ARROYOLOS ARROYOS DE ABAJO (LAS HUERTAS DE CANSAS)666829177 • 626195615ATR HUERTA DEL SEVERHUERTA LUNA S/N APDO, 10639483667 • 924221157ATR LA JIGUERACASIÑAS BAJAS927582591 • 669550655

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ATR LA MACERAFINCA LA MACERA927582299 • 639548709ATR LOS OLIVOSAVDA. LISBOA URB. LOS OLIVOS S/N927581006 • 927582312ATR QUINTA DE LUNAACEÑA LA BORREGA, S/N924221157 • 639483667ATR ROCAMADORFINCA LA MACERA S/N927582299 • 639548709ATR VALBÓNFINCA LA MACERA927582299 • 639548709ATR EL JINIEBROACEÑA LA BORREGA927584062 • 636417812ATR EL REGATOHUERTA LUNA, S/N927491078 • 660451270ATR MARCELINOC/ CASA NUEVA, S/N927599059 • 650408988ATR PUERTO ROQUEPUERTO ROQUE, S/N927584171 • 627483550ATR ALBORADA DELSEVERHUERTA LUNA S/N.639483667ATR SAN PEDROHELECHO, S/N660080648 • 699051305

CT AGUAS CLARASCTRA. DE JOLA, KM. 3927549099 • 927549099

VILLAR DEL REY

HS* GALLEGOCALLE EMILIO RIVERO, 1924414098CR HACIENDA LOS CANCHALESNTRA. SRA. DE GUADALUPE,S/N685745103 / 924414475

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. CÁCERESPLAZA MAYOR, 3 TEL.: 927010834 / 36FAX: 927010835O.T. MUNICIPAL DE CÁCERESANCHA,7 TEL.: 927247172 O.T. ALBURQUERQUEPLAZA DE ESPAÑA, S/NTEL.: 924 40 12 02FAX: 924 40 12 02 O.T. ALISEDATESORO, S/NTEL.: 927277002

O.T. VALENCIA DE ALCÁN-TARAHERNÁN CORTES, S/N

TEL.: 927 58 21 84FAX.: 927 58 21 84

C. DE INERPRETAÇÃO

C.I. DE LA NATURALEZAALASPL. JOAQUÍN SALGADO, S/N SAN VICENTE DE ALCÁNTARA

TEL.: 924 00 23 95C.I. EL PÉNDERELAGAR, 3SANTIAGO DE ALCÁNTARA

TEL.: 927592311C.I. DEL RÍO ZAPATÓNGUARDIA CIVIL S/NVILLAR DEL REY

TEL.: 924414002

CENTROS RECUPERAÇÃO

C.R. DE FAUNA Y EDUC. AMBIENTAL LOS HORNOSCTRA. DEL RISCO S/NSIERRA DE FUENTES

TEL.: 927200170

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Abetarda

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R A

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Localização e acessos

A sul do Rio Tejo estende-se uma vasta peneplanície sulcada pelos rios Al-monte eTamuja, configurando uma paisagem suavemente ondulante dedicadaprincipalmente ao aproveitamento pecuário das pastagens e ao cultivo de ce-reais de sequeiro. O roteiro configura-se entre as localidades de Cáceres,Santa Marta de Magasca e Trujillo.O acesso mais fácil é através da auto-estrada A-58 (antiga N-521) que ligaTrujillo a Cáceres. A principal via de comunicação para chegar até Cáceres é aauto-estrada A-66, tanto desde Mérida como desde Plasencia. No caso de Tru-jillo, vamos seguir a E-90 para chegar a esta localidade desde Mérida ou Na-valmoral de la Mata. Se o nosso ponto de partida é o Parque Nacional deMonfragüe dispomos de várias alternativas por estradas menos transitadas ede grande beleza paisagística. À saída de Torrejón el Rubio encontramos umcruzamento desde o qual nos podemos dirigir a Trujillo seguindo pela EX-208ou a Cáceres pela EX-390, que em nenhum caso defraudarão o visitante.

Planícies de Cáceres,Magasca e Trujillo

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

A-58

N-521

N-521

A-5

Planícies de Cáceres, Magasca e Trujillo

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Descrição do roteiro

O ponto de partida do roteiro começa na saída da auto-estrada A-58 em di-recção a Santa Marta de Magasca pela CC-99. Se viajamos desde Cáceres,encontraremos esta saída 7 km depois do desvio à Serra de Fuentes (à di-reita), e se o fazemos desde Trujillo, encontramos a saída a 10 km depois deque a auto-estrada atravesse o Rio Gibranzos.

Residentes

Estivais

Invernantes

abetarda, sisão, ganga, cortiçol-de-barriga-preta, cego-nha-branca

francelho, tartanhão-caçador, rolieiro, calhandrinha

abibe, tarambola-dourada, petinha, laverca

Migradores de Passagem chasco-cinzento, chasco-ruivo, cartaxo-norte-nho, petinha-dos-campos

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Depois de estarmos na CC-99 continuamos durante cerca de 14 km até che-gar à localidade de Santa Marta de Magasca, depois de passar pelo caudal doRio Tamuja. Precisamente na entrada da povoação, depois da paragem de au-tocarro, apanhamos a estrada que sai ao lado esquerdo e que contorna a lo-calidade. O trajecto adentra-se primeiro numa zona de montado, descendodepois até às margens do Rio Magasca, atravessando uma vez mais umaampla zona de pastagens e cultivos. A 8 km de Santa Marta de Magascavamos chegar a um cruzamento que nos permite ir em direcção a Monroy (a22,2 km de distância) ou a Trujillo (a 23,8 km). Se optamos pela primeira pos-sibilidade vamos chegar até às espectaculares margens do Rio Almonte (a 18km do cruzamento) passando antes por zonas de pastagens e montados aber-tos. Se vamos em direcção a Trujillo, vamos encontrar a 18 km o cruzamentocom a EX-208, que nos leva directamente à referida localidade. O trajecto ter-mina no centro histórico de Trujillo, em cujas ruas vamos continuar a obser-var aves interessantes.

Valores ornitológicos

O roteiro percorre umas das áreas mais interessantes da região a nível orni-tológico e não é por acaso que atravessamos quatro lugares designados comoZona de Protecção Especial para Aves (ZPEA “Llanos de Cáceres y Sierra deFuentes”, ZPEA “Magasca”, ZPEA “Riveros del Almonte” e ZPEA “Coloniasde Cernícalo Primilla (francelho) de Trujillo”).O trajecto completo permitir-nos-á observar uma grande diversidade de es-pécies nos habitats mais representativos da comarca, onde existe um claropredomínio das pastagens naturais e dos cultivos dos cereais de sequeiro, in-tercaladas com zonas de montados de azinhais e matagais (principalmentegiesta e rosmaninho). O maior contraste paisagístico aparece nas proximida-des das margens, passando bruscamente da secura das planícies à frondosi-dade dos caudais fluviais, cujas ladeiras escarpadas se cobrem por completode uma densa vegetação de azinheiras e azambujeiros.Nas zonas de pastagens está presente uma completa representação da avi-fauna estepária, destacando-se, pela sua abundância, as populações de ca-lhandra, cotovia-escura, trigueirão e pardal-montês que nos vão acompanharao longo de todo o trajecto, assim como outras espécies como o mocho-ga-lego, cuco-rabilongo, poupa, cartaxo-comum, fuínha-dos-juncos, estorninho-preto, picanço-real e abelharuco. Se pararmos o carro e observamos comatenção, também podemos encontrar outras aves que se encontram em menordensidade, como a calhandrinha ou o chasco-ruivo.Podemos observar abetardas durante todo o ano, mas será mais fácil dar-nosconta da sua presença durante a Primavera, quando a sua plumagem as tornamais atractivas. Convém posicionar-se em zonas altas, com muita visibilidade,

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e perscrutar a zona com os binóculos ou o telescópio para localizar exempla-res nestas áreas tão extensas. Os sisões também são bastante abundantes,embora possam passar despercebidos nas zonas onde o pasto ou as semen-teiras de cereais estão muito altos. O seu chamamento incessante durante aépoca nupcial costuma delatar a sua presença, assim como o som do voo,especialmente espectacular quando se trata de um bando numeroso.Para observar outras espécies habituais das pastagens como a ganga, o cor-tiçol-de-barriga-preta e o alcaravão é aconselhável manter-se num local fixoou fazer percursos a pé, seguindo, por exemplo, as vias pecuárias que atra-vessam o trajecto.São também muito abundantes o rolieiro e o francelho, que ocupam algumasdas caixas de ninho nos postes de electricidade.Em vários troços do roteiro estabelecem-se colónias de tartanhão-caçadorque nidificam nos cultivos de cereais ao lado da estrada. Mantêm uma intensaactividade a partir de Maio, altura em que nascem as crias e as têm que co-meçar a alimentar.No final da Primavera e princípio do Verão as populações de gafanhoto-mi-grador e outros ortópteros encontram-se no seu máximo apogeu e as avesaproveitam intensamente este recurso para se alimentarem. Vamos ver fre-quentemente pousados nos postes e fios eléctricos a rolieiros, francelhos,milhafre-preto e outras aves que se dedicam a capturar os milhares de inver-tebrados que atravessam o asfalto, onde são muito mais visíveis que nos ter-renos de pasto. Estes animais são também a base de alimentação dacegonha-branca e da garça-vaqueira, espécies que podem chegar a formarcolónias importantes nas poucas árvores disponíveis.Não nos devemos surpreender pela ocorrência de abutre-preto, grifo, corvoou abutre-do-Egipto, já que a grande quantidade de gado que se mantém nes-tas pastagens representa o principal recurso para estas aves necrófagas. Asimportantes colónias de abutre-preto que nidificam na ZPEA “Sierra de SanPedro” encontram aqui a sua principal área de alimentação. Da mesma forma,as grandes rapinas como a águia-imperial, águia-real ou águia-perdigueiraestabelecem aqui as suas zonas de caça, atraídas pela abundância de presas(coelho, lebre ou perdiz), assim como exemplares jovens dispersos.

Tartanhão-caçador

Planícies de Cáceres, Magasca e Trujillo

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Durante a passagem migratória pós-nupcial destaca-se a abundância dechasco-ruivo, chasco-cinzento, petinha-dos-campos, papa-moscas preto,cartaxo-nortenho e alvéola-amarela que vamos observar frequentementedesde o carro.No Inverno, são frequentes espécies como a tarambola-dourada, abibe, tar-tanhão-azulado, petinha, laverca, alvéola-branca e inclusive guincho-comume gaivota-d’asa-redonda que percorrem os numerosos tanques agrícolas. Asgrandes superfícies de cardos e outras plantas de sementes atractivas para asaves congregam grandes bandos de fringílidios, principalmente pintassilgo,pintarroxo, verdilhão e chamariz.Nas zonas de montado e mato que encontramos antes de chegar aos rios Ta-muja e Magasca, a avifauna altera-se completamente, sendo frequentes nestehabitat espécies como águia-d’asa-redonda, águia-calçada, rola-comum,charneco, melro, tordeio, toutinegra-carrasqueira, toutinegra-dos-valados,toutinegra-do-mato, chapim-azul, chapim-real. Nas ladeiras que chegam àsmargens dos rios, a vegetação tende a ser muito mais densa e frondosa, quaseimpenetrável. Algumas rapinas aproveitam a segurança desta densidade paranidificar (milhafre-preto, águia-cobreira, gavião, bufo-real), cegonha-preta eespécies tipicamente florestais (pombo-torcaz, gaio comum, carriça, trepa-deira, trepadeira azul, felosa-poliglota). Nos afloramentos rochosos das la-deiras também podemos encontrar melro-azul, chasco-preto e cia.Nos cursos fluviais destacamos a ocorrência de aves que nidificam nas pon-tes, como a andorinha-das-rochas (fácil de ver na ponte que atravessa o RioTamuja), andorinha-dáurica e andorinha-dos-beirais. Nas margens arenosasnão faltam o borrelho-pequeno-de-coleira, maçarico bique-bique, maçarico-das-rochas, alvéola-branca e alvéola-cinzenta.No fim do roteiro chegamos à localidade de Trujillo, um dos poucos núcleosurbanos que conta com a denominação de ZPEA devido às importantes coló-nias de francelhos. Passeando pelas ruas do centro histórico podemos vernumerosos exemplares desta espécie em voo emitindo o seu som caracterís-tico, e visitar as colónias de criação que se encontram na Plaza Mayor, Con-vento de San Francisco, Parador de Turismo, rua Encarnación e Palácio deAlbaida, Palácio de Luís Chaves e Praça de Touros (situada nos arredores da

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Tartanhão-caçador (macho) Calhandra

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localidade e que acolhe a maior colónia). Também podemos apreciar os nu-merosos casais de cegonha-branca que constroem os seus ninhos nos te-lhados e campanários dos edifícios históricos, convertendo-se numa dasmarcas de identidade de Trujillo. Vale a pena destacar a população nidificantede andorinhão-pálido que partilha o habitat com o andorinhão-preto.

Fenologia do roteiro

A Primavera é o período mais adequado para efectuar este roteiro, pois acomposição de avifauna destas zonas conta com muitas espécies estivais. NoInverno mantém-se o interesse ornitológico, com a chegada das espécies in-vernantes. A beleza das paisagens estepárias e o forte contraste com as mar-gens dos rios tornam este roteiro recomendável em qualquer época, inclusiveno Verão (se evitamos as horas mais quentes).O escasso tráfego destas estradas permite-nos circular a pouca velocidade, oque facilita o avistamento das aves.Devemos evitar parar durante um tempo excessivo nos arredores das colóniasde nidificação (tartanhão-caçador, cegonha-branca, francelho, garça-vaqueira)sendo aconselhável manter-nos a uma distância de segurança para evitar in-comodar as aves.

Outros valores ambientais e culturais

A visita a Cáceres, declarada Património da Humanidade, é obrigatória. A ci-dade conta com um centro histórico de grande beleza e em excelente estadode conservação, além de uma variada oferta cultural. Trujillo tem também umimportante atractivo turístico, podendo visitar no centro histórico a Judiaria,a Igreja de San Martín, a Igreja de Santiago, o Castelo árabe e também os mu-seus de Pizarro e do Queijo e do Vinho. Em Cáceres podemos visitar ainda oCentro de Educação Ambiental “Olivar de los Frailes”, que dispõe de vasta in-formação sobre os espaços protegidos na comarca. Na localidade de Sierrade Fuentes podemos visitar o Centro de Recuperação de Fauna e EducaçãoAmbiental “Los Hornos”.

Textos: Atanasio Fernández García

Planícies de Cáceres, Magasca e Trujillo

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ALOJAMENTOS

ALDEA DEL CANO

CR VÍA DE LA PLATAPLAZA MAYOR, 8927383060 / 666431420

CÁCERES

H***** PALACIO DE ARENALESCN-521, KM.52,100927620490 / 927620491H**** A.H. AGORAC/ PARRAS,25927626360 / 927260456H**** EXTREMADURAHOTELAVDA. VIRGEN DE GUADALUPE, 28927629639H**** GRAN HOTEL DONMANUELSAN JUSTO, 15927215478H**** HOTEL CACERESGOLFCN-630, KM.558 (RESIDENCIALCERES GOLF)927234600H**** NH PALACIO DEOQUENDOPLAZA DE SAN JUAN, 11-13927215800H**** PARADOR DE TU-RISMO DE CACERESANCHA, 6927211759H**** V CENTENARIOMANUEL PACHECO, S/N927232200H*** CASA DON FER-NANDOPLAZA MAYOR, 30927214279 / 927627176H*** HUSA ALCANTARAAVENIDA VIRGEN DE GUADA-LUPE, 14927223900H** ALFONSO IXMORET, 20927246400 / 927246404H** DON CARLOSC/ DONOSO CORTÉS, 13-15927225527H** DON JOSEPINTORES, 28927240470 / 927213990

H** IBERIA-PLAZA DEAMÉRICAHERMANDAD, 12927210906H** NARANJOS, LOSALFONSO IX, 12927243508 / 927243512H* ARAJUAN XXIII, 3927223958H* ARABIA RIADPLAZA DEL DUQUE, 5927220065 / 661304061H* CASTILLARIOS VERDES, 3927244404H* IBERIAPINTORES, 2927247634HS** ALAMEDAPLAZA MAYOR, 33-3º927211262HS** ALAMEDA PALACETEMARGALLO, 45927211674 / 627474404HS** ARGENTINASANGUINO MICHEL, 7927222854HS** HERNAN CORTESFRAY BARTOLOMÉ DE LASCASAS, 5927243488HS** NEPTUNOAVDA. DE ALEMANIA, 19-1º927236423HS** PLAZA DE ITALIAC/ CONSTANCIA, 12927627294HS** ROSA, LASANGUINO MICHEL, 8927221750HS* ALMONTEGIL CORDERO, 6927240925HS* AL-QAZERESCAMINO LLANO, 34927227000 / 927626959P AMADOGENERAL MARGALLO, 61927226329 / 927230402P CARRETEROPLAZA MAYOR, 22927247482 / 927216122P VIRGEN DE FATIMAAVDA. VIRGEN DE LA MON-TAÑA, 17, 2º IZQUIERDA927211844P ZURBARÁNROSO DE LUNA, 11927210452

A LAS VELETASC/ MARGALLO,36927211210A CIUDAD DE CÁCERESAVDA. UNIVERSIDAD, S/N927102001 / 927216109AT CASA PINTADA "ELLIBRO"PLAZA LAS CANTERÍAS,7695690556AT CASAS PINTADAS URBANAS "EL CUADRO"SANJUSTO, 45.695690556 / 927626312AT SALORPLAZA DE OBISPO GALARZA, 2927246400AT CACERES APLAZA DE LA CONCEPCIÓN,19,BAJO927225150 / 645895361AT CACERES BPLAZA DE LA CONCEPCIÓN, 19, 1ºA927225150 / 645895361AT CACERES DCALLE VALDES,18 BAJO A645895361AT CACERES EC/ VALDES,18 BAJO B645895361AT CASA PINTADA CUM LAUDEC/ MARGALLO Nº 102-A927626312AT CASA PINTADA LA PLAZUELAC/ GODOY,12 BAJO695690556AT CASA SIERPESSIERPES, 2927180072 / 659706336AT CASAS DE LA JUDERIABARRIO DE SAN ANTONIO, 30927220065AT CIUDAD MONUMENTALPL. LA CONCEPCIÓN , 19, 2ºB927216306 / 627502749

CÁSAR DE CÁCERES

HS** ENCINAS, LASCARRETERA NACIONAL 630,KM. 543 (Apdo. 10)927291228 / 927291260HS** RICHARDSONCTRA. NACIONAL 630, KM 541927290001CR LA ENCARNACIÓNCAMINO DE LA ENCARNACIÓN S/N927290701 / 630071070

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Dados de interesse (ZIR Llanos de Cáceres y Sierra de Fuentes,ZEPA Magasca y ZEPA Llanos de Trujillo)

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SIERRA DE FUENTES

CR LAS AVUTARDASPLAZA DE COLON,12927226233 / 652944335

TORREORGAZ

HS** PARADOR DE LOSLLANOSC/ LA CRUZ,26 / 927205158

LA CUMBREHS** NAYAAVDA. DE LA CONSTITUCION, 28927331275 / 927331337

SANTA MARTA DE

MAGASCA

HS** SANTA MARTAPLAZA DE ESPAÑA, S/N927284021 / 615936664

TRUJILLOHR PATRICIOPLAZA DEL CAMPILLO ,16927659257HR LAS HUERTASPALMERA, 1927659209 / 650953137HR VIÑA LAS TORRESCAMINO DE BUENAVISTA S/N927319350H**** ISLA DEL GALLOPLAZA DE ARAGÓN,2927320243H**** NH PALACIO DESANTA MARTAC/ BALLESTEROS,6927659190 / 927323165H**** PARADOR DE TU-RISMO DE TRUJILLOPLAZA DE SANTA BEATRIZ DESILVA, 1 / 927321350H**** IZAN TRUJILLOPLAZA DEL CAMPILLO, 1927458900H*** CIGÜEÑAS, LASAVENIDA DE MADRID, S/N927321250 / 927321251H*** VICTORIAPLAZA DEL CAMPILLO, 22927321819 / 927322962H*** CASA DE ORELLANAPALOMAS, 5-7927659265H** PERÚCTRA. DE MADRID, KM 251927320745 / 927322599H* JULIOPLAZA CAMPILLO, 9

927321963 / 927659351HS** CONDE DE LA ENCINAConde de la Encina, 16927323176 / 699485286HS** EL MIRADOR DE LASMONJASPLAZA SANTIAGO, 2927659223HS** LEÓNPLAZA DEL CAMPILLO, 23-25927321792HS** PAULINOAVDA. MADRID, Nº 48927659108 / 653994281HS** EMILIAPLAZA DEL CAMPILLO, 28927320083 / 927321216HS** SAN MIGUELSAN MIGUEL, 3927322571HS** HUESOC/ ARQUILLO, 1927322820HS** HIGUERA, LACañada Fria, s/n 927319041HS** DOS ORILLASC/ CAMBRONES,6927659079HS* ESTACIÓN, LACARRETERA N-V, KM. 252927321253HS* VENTA DE MAGASCAApartado Correos nº 63927320149 / 927320132HS* JULIOPlaza del Campillo, 13927321963 / 675615736HS* TRUJILLOFRANCISCO PIZARRO, 4927322274HS* PAULINO IIAVDA. DE LOS QUINTOS, 35679424767HS* NURIAPLAZA MAYOR, 27927320907HS* CADENA, LAPLAZA MAYOR, 5927321463HS* BLASÓNC/ SAN MIGUEL,19927323406 / 619213608HS* ORELLANAC/ RUIZ DE MENDOZA,2610819847 / 927320753P CASA ROQUEDOMINGO DE RAMOS, 30927322313

P CRUCE, ELCARRETERA N- V, KM. 240927338304P BONIDOMINGO RAMOS, 11927321604P PLAZA MAYORPLAZA MAYOR,6927322313AT ARQUILLOARQUILLO, 2629781541AT CASA BALLESTEROSC/ BALLESTEROS, 12B927321695 / 627506855CR EL RECUERDOPAGO DE SAN CLEMENTE927319349 / 609684719CR SANTA TERESAPAGO DE SAN CLEMENTE927319203 / 658914355CR LOS ÁLAMOSPAGO DE SAN CLEMENTE927319203 / 658914355CR LOS TORREJONESFINCA LOS TORREJONES927490049 / 626747200CR LAS CANTERASCTRA. DE TRUJILLO A MON-ROY, KM. 6609861315

PLASENZUELA

P MOLOKAYTIENDA, 37927331198HR EL LABRIEGOC/ TIENDA S/N927313716 / 927313715

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. MALPARTIDA DE CÁCERESMUÑOZ TORRERO, S/N MALPARTIDA DE CÁCERES927276723 / 927276723

C. DE INTERPRETAÇÃO

C.I. SOBRE EL MONUMENTONATURALCTRA. BARRUECOS, S/NMALPARTIDA DE CÁCERES927276236C.I. DEL AGUA EL MOLINILLOCTRA. BARRUECOS, S/NMALPARTIDA DE CÁCERESTEL.: 927276236

Planícies de Cáceres, Magasca e Trujillo

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R ASerra Das Villuercas 10

Localização e acessos

O roteiro localiza-se no maciço montanhoso da Serra das Villuercas, situadono sudeste da província de Cáceres. O roteiro sugerido parte da localidade deGuadalupe, à qual se pode chegar, a norte, pela A-5 (Navalmoral de la Mata)pela estrada EX-118; a sul, desde a N-430 pela EX-116 e a EX-102; a leste, pelaA-5 (Miajadas); e oeste, desde Talavera de la Reina.

Descrição do roteiro

O roteiro tem uma longitude total aproximada de 54 km, ida e volta, num tra-jecto misto de asfalto e trilhos florestais desde a povoação de Guadalupe atéfinal do itinerário sugerido. Foi pensado para ser feito em carro e num únicodia, efectuando paragens e percursos curtos nos pontos e lugares de obser-vação mais interessantes. O itinerário desenvolve-se por habitats variados.Inicialmente adentra-se pelas nascentes dos rios Guadalupe e Ibor, entre den-

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

EX-118

Serra Das Villuercas

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sos soutos de amieiros, freixos, aveleiras e choupos, para subir depois àscotas de montanha do Pico Villuercas, o ponto mais elevado da comarca, com1601m de altura.Iniciamos o trajecto na localidade de Guadalupe, apanhando a pequena es-trada que se dirige a ao viaduto da linha de comboio abandonada. Desviamo-nos à direita no ponto (X:0299392, Y:4368912), que coincide com uma curva

Residentes

Estivais

Invernantes

abutre-preto, grifo, águia-perdigueira, chapim-preto,gralha-de-bico-vermelho

cegonha-preta, abutre-do-Egipto, bútio-vespeiro, águia-cobreira, águia-calçada, melro-das-rochas, andorinhão-real

ferreirinha comum, ferreirinha serrana, dom-fafe, pombo-torcaz

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acentuada. Aqui metemo-nos num caminho de terra, subindo pelo Rio Gua-dalupejo, um espaço natural protegido declarado Corredor Ecológico e deBiodiversidade. Passamos por um souto fluvial muito bem conservado, ondesão abundantes os pica-paus: pica-pau-malhado grande, pica-pau-verde epica-pau-malhado pequeno e onde é possível observar o rápido voo do melro-d’água sobre as correntes, saltando entre as pedras ou mergulhando naságuas limpas e transparentes, tão importantes para a sua sobrevivência, e quemantém nestas serras um pequeno núcleo. Além dos valores naturais e pai-sagísticos, vamos também apreciar a presença de moinhos, ferrarias e pi-sões, associados à prosperidade de Guadalupe e do seu Mosteiro, declaradosConjunto Histórico-Artístico e Património da Humanidade, respectivamente.Vamos chegar até à barragem dos Molinos, da qual se tem uma vista mag-nífica do lugar conhecido como Los Hoyicios, onde nasce o Rio Guadalupejo.Nos penhascos quartzíticos desta zona nidificam grifo, abutre-do-Egipto e fal-cão-peregrino. Continuamos o caminho e viramos à direita no ponto(X:0296656, Y:4370768). A partir daqui vamos subir, seguindo ao longo daserra, para admirar uma das vistas panorâmicas mais espectaculares do per-curso: um mosaico de frondosos carvalhos-negrais, castanheiros, pinheiros-larícios, carvalhos-cerquinho e bosques ripários de amieiros, freixos echoupos, uma paisagem que se torna ainda mais espectacular durante o Ou-tono, quando as árvores caducifólias se tornam douradas. Durante a Prima-vera e Verão é possível observar o bútio-vespeiro, que tem nestas serras umapequena colónia reprodutora que é ainda a mais meridional de Espanha. Con-tinuamos o caminho até chegar a Guadalupe.Aqui devemos apanhar a estrada EX-118 em direcção a Navalmoral de la Mata,para nos desviarmos à esquerda no ponto (X:0297920, Y:4371232) e apanharo caminho conhecido como a “Carrera del Caballo”. Este bonito percursosegue junto ao Rio Ibor pelo Camino Real, um caminho secular de peregri-nação de Madrid a Guadalupe. Vale a pena visitar o Humilladero, uma ermidade estilo mudéjar onde os peregrinos se ajoelhavam ao avistar por primeira vezo Mosteiro de Santa Maria de Guadalupe.Aconselhamos avançar com o carro e estacionar ao pé do moinho de corte si-tuado no ponto (X:02979900, Y:4372083) e continuar a pé pela margem doIbor, onde é possível ver, ou ouvir, a felosa-de-Bonelli, que na Extremadura

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Castelo de Cabañas del Castillo

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Serra Das Villuercas

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está restringida aos cumes do Sistema Central, Villuercas e Serra de Tentudía.E ainda outras espécies de aves típicas de bosques caducifólios e soutos:papa-figos, escrevedeira-garganta-preta, rouxinol comum, gaio comum, cha-pim-rabilongo... Com um pouco de sorte, vamos ver algumas espécies endé-micas como a rã-ibérica ou o lagarto-de-água, além dos corços que nos vãoladrar desde os densos castanhais.Quando o caminho termina, afastando-se do rio, regressamos ao carro. Daquivoltamos ao ponto de partida para apanhar a estrada estreita que sobre até àbase militar (actualmente abandonada) e ponto mais alto da comarca: o PicoVilluercas (1601m) Durante a subida torna-se patente a alternância de vege-tação, as massas florestais de castanheiros, pinheiros, carvalhos, cerquinhose mostajeiros são progressivamente substituídos por zimbros, giestas e urzesde montanha, onde as condições de vida são mais hostis para a vegetação. Chama a atenção, igualmente, a beleza geológica das paisagens e o relevo sin-gular, chamado relevo “Apalachiano”, uma sucessão peculiar de vales e ser-ras paralelas onde se observam várias pregas, falhas e rochedos residuais,habitat ideal de nidificação para várias espécies: grifo, águia-perdigueira,águia-real, falcão-peregrino, cegonha-preta, abutre-do-Egipto, bufo-real...A título de curiosidade, destacamos que o caminho de subida ao cume cons-titui a divisória de águas das bacias do Tejo e Guadiana, de tal forma que ascorrentes que caem à nossa esquerda pertencem ao Guadiana (rios Guadalu-pejo, Ruecas, Gargáligas...) e as à nossa direita, ao Tejo (rios Viejas, Ibor, Al-monte...).No ponto (X:0295440, Y:4371720) vamos deixar o carro estacionado ànossa esquerda para visitarmos o “Pozo de la Nieve”. Este poço, de gran-des dimensões, era enchido de neve durante o Inverno para conservar os ali-mentos e medicamentos do Mosteiro e da Puebla de Guadalupe. Aqui épossível divisar as paisagens imensas do vale do Rio Guadalupejo e asRañas de Cañamero.

Falcão-peregrino

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R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Abutre-preto

Chegando ao cume, não será difícilobservar as espécies característicasdos matos e rochedos de monta-nha, entre outras: chasco-preto, ra-birruivo-preto, ferreirinha comum,ferreirinha-serrana, melro-azul emelro-das-rochas, um reprodutorestival muito escasso e que em Vil-luercas nidifica apenas nestescumes. E ainda os carrósseis estri-dentes dos andorinhões-reais, umaespécie que tem nestas serras asmelhores zonas de criação; e a al-gazarra dos bandos de gralha-de-bico-vermelho, uma aves dedistribuição irregular e localizada nanossa região.

Valores ornitológicos

Dada a diversidade de habitats, são muitos e variados os valores ornitológi-cos deste trajecto. Destacam-se os reprodutores estivais como o bútio-ves-peiro, cegonha-preta, águia-calçada, águia-cobreira, melro-azul,andorinhão-real e abutre-do-Egipto. As massas florestais caducifólias são ohabitat ideal para aves nocturnas como a coruja-do-mato e nos pinhais exis-tem isolados de chapim-preto. Nos bosques de montanha melhor conserva-dos é frequente a felosa-de-Bonelli e o pica-pau-malhado pequeno. Nospenhascos e escarpas rochosas nidificam o falcão-peregrino, águia-real,águia-perdigueira, bufo-real e grifo, entre outras espécies. Nos cumes, entreas rochas e os matagais rasteiros encontram-se numerosas espécies como ochasco-preto, o rabirruivo-preto, a ferreirinha comum e serrana, o melro-azule o melro-das-rochas. A águia-imperial, que ainda não se reproduz de formaestável nesta comarca, partilha o habitat com outra ave necrófaga, o abutre-preto, que começou a nidificar nestas serras de forma regular há pouco maisde uma década, no que parece ser uma expansão das colónias de Monfragüe.Os casais nidificam, actualmente, nos enclaves mais setentrionais da comarca,dando assim continuidade às colónias de Monfragüe.

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Serra Das Villuercas

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Fenologia do roteiro

Pode realizar-se em qualquer época do ano. A Primavera é a estação mais ale-gre, com boas temperaturas durante o dia e o regresso das aves estivais: ce-gonha-preta, abutre-do-Egipto, águia-calçada, águia-cobreira, bútio-vespeiro...É também o período reprodutor, portanto, como recomendação geral paratodos os roteiros, aconselhamos não sair do itinerário estabelecido. Assim evi-tamos perturbar as aves durante este período sensível. Apesar de se tratar deuma zona montanhosa em parte do trajecto, o Verão é muito quente, pelo quenos devemos hidratar e proteger convenientemente do sol, evitando as horascentrais do dia, que também são, por outra parte, as menos favoráveis paraobservação das aves. Durante o Outono, a cor dourada e amarela das caduci-fólias marca cultural e paisagisticamente esta comarca.

Outros valores ambientais e culturais

Villuercas destaca-se paisagisticamente pela sua geomorfologia singular, umasucessão de vales e serras paralelas que dão lugar ao denominado relevo apa-lachense. No seu maciço montanhoso e nas suas extremidades pode-se en-contrar uma grande quantidade de relevos residuais, dobras geológicas,jazidas fossilíferos, minas e rãs, entre outros.A área conta com interessantes endemismos e valores botânicos, tais comonumerosas espécies de orquídeas florestais, árvores sobreviventes, tais comoo singular Abrunheiro-Bravo (Prunus lusitanica ssp. lusitanica), sobreviventeda vegetação dos climas temperados do Terciário. Destaca-se a extraordiná-ria riqueza das espécies de mariposas e libélulas, bioindicadores da qualidadee diversidade do meio natural da comarca.Não há dúvida de que Guadalupe com o seu Mosteiro, declarado Patrimónioda Humanidade pela UNESCO em 1993, e o seu conjunto Histórico-Artísticose destacam em relação ao conjunto das povoações da comarca.Nos cumes e enclaves estratégicos há numerosas povoações pré-romanas ecastelos que formaram a linha defensiva do vale do Tejo durante a Recon-quista.As serras conservam um dos mais valiosos conjuntos de arte rupestre es-quemática da Extremadura, com mais de 90 locais com pinturas rupestres lo-calizadas em abrigos, pequenas grutas e rochas expostas ao ar livre. EmCañamero encontra-se a chamada Cueva Chiquita ou de Álvarez, acondicio-nada para a sua visita. Alguns abrigos de Berzocana estão sinalizados e têmpainéis informativos e interpretativos.

Textos: Víctor Manuel Pizarro Jiménez

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ALOJAMENTOS

ALÍA

H* VALMAYORCARRETERA EX-102, PARC. 91.POL. 21927366515 / 927366270P GARCÍAPANTANO DE CIJARA927366475P MONTERO, ELAVDA. LUIS CHAMIZO, 40927366011CR EL ESTRECHO DE LAPEÑACTRA. EX.102, KM.92,300927366289 / 616683486ATR EN PLENA SIERRALA CALERA616683486

ALDEACENTENERA

ATR LA CORAJAHERNAN CORTES,99927314129 / 676098523AT CRISTINALIBERTAD, Nº 7927419028 / 653068019

BERZOCANA

HR REAL VILLA DE BERZO-CANAPLAZA DE ESPAÑA,15927150052 / 927150139CR EL RINCÓN DE LOS CEREZOSFINCA SOLANA DEL CUERVO927195001 / 690667582CR FINCA LA SIERRAFINCA LA SIERRA (CASARURAL)669264449 / 676806861ATR FINCA LA SIERRAFINCA LA SIERRA669264449 / 676806861

CABAÑAS DEL CASTILLO

CR LA PEÑAPLAZA DE JUAN URETA, 8927151067 / 620254612

CR PUERTA SOLANAC/ LOS POSITOS,4927150225

CR LA COSTANAFINCA LOS CONCEJILES927151626

CR LA JARA DE LAS VI-LLUERCASCALLE ESTRECHA, 2927151009 / 676631137

ATR EL NIDO DE LA CO-LLALBAPlaza Juan de Ureta,13927151009 / 676631137

AT LA PEÑAC/ CUESTA, 2,4,6,8927151067 / 620254612

CAÑAMERO

H** RUIZPABLO GARCIA GARRIDO, 2927157125 / 927157075

CR EL TALLER DE BENITOC/ALCORNOCAL, 2927369471 / 646951533

ATR CANCHO DEL FRESNOUMBRÍA DEL COLMENAR680452006 / 659230881

ATR LA ALBERGUERÍACRTA. EX102 KM. 61,700902193014 / 670432681

ATR CANDELAPARAJE "HORCAJO" PARECELA97 POL. 4653673373 / 927195316

CARRASCALEJO

CR LA CASA DEL PRACTICANTEGARCIA TAFALLA, 14689037634

ATR CARRASCALEJO RUSTICOCTRA. DE NAVATRASIERRA S/N927555058 / 927555200

CASTAÑAR DE IBOR

HS** SOLAIRECTRA. DE GUADALUPE, 29927554125 / 927554125

HR LAS MOZASAVDA. DE GUADALUPE, 10927554387

CR AMANECERC/ EUROPA,17927554730 / 927554733

CT LOS IBORESCRTA. GUADALUPE-NAVALMO-RAL DE LA MATA KM 30927554654 / 927554654

DELEITOSA

CR LLANO DEL PINOCTRA. RETAMOSA, KM. 650659962323

FRESNEDOSO DE IBOR

HR LOS IBORESC/ CALVO SOTELO,21-23927575251 / 927575238

CR CASA GRANDEC/ CALVO SOTELO, 13927575382 / 679818120

ATR ALVAREZC/PRIMO DE RIVERA,8927575346

GUADALUPE

HR ATALAYACTRA. DE NAVALMORAL, S/N927154322 / 927154226

HR POSADA DEL RINCÓNPLAZA DE SANTA MARÍA DEGUADALUPE,11927367114

H**** PARADOR DE TU-RISMO ZURBARÁNMARQUES DE LA ROMANA, 12927367075

H** HISPANIDADBLAS PEREZ, 1

927154210

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Dados de interesse (ZEPA de las Villuercas y Valle del Guadarranque)

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Serra Das Villuercas

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H** HOSPEDERÍA DELREAL MONASTERIOPLAZA DE JUAN CARLOS I927367000HS** ALBA TARUTAEL CHORRO GORDO, 2927154444 / 927367301HS** ALFONSO XIALFONSO ONCENO, 21927154287HS** CEREZO IIPLAZA SANTA MARIA DE GUA-DALUPE, 33927154177HS** ISABELNUEVA DE LOS CAPELLANES,10927367126 / 676233675HS** LUJUANGREGORIO LOPEZ, 21927367170HS** POLKYAVENIDA ALFONSO XI, 26927367057 / 927367375HS* ALTAMIRALA CRUZ, 4927367493 / 927154265HS* CEREZOGREGORIO LOPEZ, 12927367379HS* ISABELPLAZA SANTA MARIA DE GUA-DALUPE, 13927367126HS* TARUTA

ALFONSO ONCENO, S/N927367301 927154144CR BAÑOSALFONSO MORENO, 25649857541 / 646247383CR LA CLARAPLAZA DE SANTA MARIA,44927154067 / 665818001CR ABACERIAC/ NUEVA, 22927154282 / 650208405CR LOS CHORRANCOSCUARTEL, 9675954106CR MOLINO EL BATÁNCAMINO DEL MATO KM 7927154184 / 927154287AT PISCINA SILOECARRETERA DE VILLANUEVA,S/N927367139 / 927367028C LAS VILLUERCAS-GUA-DALUPECARRETERA VILLANUEVA(HUERTA DEL RIO)927367139 / 927367561

NAVEZUELAS

HS** J.B.AVDA. DE EXTREMADURA,66927151800 / 927151688CR VALLE DEL ALMONTEC/ ROTURAS 7 A927151624 / 650923739

VILLAR DEL PEDROSO

CR LAS LUCIASFINCA LAS LUCIAS, CTRA. GUA-DALUPE, S/N(NAVATRASIERRA)927198626 / 629784609

CR EL PEDROSOPLAZA DEL AYUNTAMIENTO,7607943314 / 648113786

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. GUADALUPEPZ. STA. Mª DE GUADALUPE

GUADALUPE

TEL.: 927154128 FAX: 927154128

C. DE INTERPRETAÇÃO

C.I. SOBRE EL MONU-MENTO NATURAL Y LA COMARCACTRA. DEL CAMPING, S/NCASTAÑAR DE IBOR

TEL.: 927554635

Vencejo común

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R A

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Localização e acessos

O Rio Guadiana, na sua passagem por Badajoz encontra-se represado por umaçude, uma pequena presa de regulação que mantém o caudal num nível pra-ticamente constante. A jusante do açude o Rio Guadiana recupera a naturali-dade e depois de um troço de 6,5 km desemboca na sua margem direita oRio Caia. Os acessos às duas margens do rio efectuam-se a partir de Badajoz.

Descrição do roteiro

Para realizar um percurso ornitológico pelo Rio Guadiana podemos optar porqualquer uma das margens, pois ambas contam com bons acessos e temospossibilidade de observar aves.

Açude do rio Guadiana e rio Caia

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

A-5

EX-10

7

EX-3

10

Açude do rio Guadiana e rio Caia

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ROTEIRO PELA MARGEM ESQUERDATroço 1. O trajecto inicia-se na Ponte de la Autonomía, que é a primeira dasquatro pontes sobre o Guadiana à medida que avançamos águas-abaixo. Oacesso faz-se sem qualquer problema desde qualquer ponto da cidade porqueé uma das principais vias de saída em direcção a Cáceres pela estrada EX-100através da Ronda de la Circunvalación. A entrada à ponte localiza-se nas con-fluências das ruas Suárez Figueroa, Morales, San Atón e Joaquín Costa, ondeencontramos um rotunda com a inconfundível escultura de “Los Tres Poe-

Residentes

Estivais

Invernantes

garça-vaqueira, garça-branca, garça-real, galeirão,pato-real, maçarico-das-rochas

rouxinol-pequeno-dos-caniços, rouxinol-grande-dos-caniços, andorinha-dos-beirais, abelharuco, goraz,garça-pequena

guincho, gaivota-de-asa-escura, narcejo comum, corvo-marinho

Migradores de passagem papa-ratos, maçarico-bastardo, águia-pes-queira, petinha-ribeirinha

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tas”. Na ponte podemos apreciar uma bonita vista sobre um dos troços ondese estreita o caudal e que coincide com a desembocadura do Rio Zapatón pelamargem esquerda e do Rio Xévora pela direita, um pouco mais acima. Sãotambém espectaculares as vistas panorâmicas da Alcáçova árabe e do Cen-tro histórico de Badajoz. Desde a cabeceira da ponte podemos percorrer deforma agradável a margem, alcançando um troço de mais de 800m que seencontra perfeitamente adaptado para utilização pedestre e recreativa (ban-cos, terraços, miradouros, zonas ajardinadas), oferecendo umas bonitas vis-tas sobre o rio e isolando-nos completamente do bulício da cidade.Avançamos por este passeio até chegar à Ponte Velha ou Ponte de Palmas,situada em frente à Puerta Palmas, uma porta monumental que formava parteda muralha que rodeava outrora a cidade e um dos símbolos de identidade deBadajoz. A Ponte Velha é pedonal, portanto é perfeita para a observação dasaves desde uma perspectiva privilegiada, tornando possível ver numerosasespécies na água e pousadas na densa vegetação das margens, assim comoo voo de algumas aves percorrendo o rio. Depois vamos prosseguir o trajectoparalelo à margem até chegar à Ponte da Universidade (a terceira ponte),onde termina o troço pedonal e começa um trilho estreito que se adentra nossoutos fluviais ao longo de 1 km. O trilho acaba na Ponte Real (a quartaponte), facilmente reconhecível pelos pilares centrais de mais de 80m de al-tura e os cabos radiais de suporte. Neste ponto termina o primeiro segmentopela margem esquerda, com uma longitude de 1,9 km e que se deve efectuarintegralmente a pé.

Troço 2. No cruzamento da rua do Paseo Fluvial e da Avenida do Guadianaparte um caminho de terra que passa por debaixo da Ponte Real que ao fimde 250m se une a uma pista asfaltada que segue paralelamente ao rio. A pistatem uma longitude de 1800m e termina numa rotunda situada depois do edi-fício do Club de Piragüismo (Canoagem) de Badajoz. Este trajecto pode rea-lizar-se de carro, fazendo paragens para observar as aves com o telescópio ouefectuar itinerários curtos. Também é possível fazer o mesmo trajecto a pé, se-guindo um trilho existente entre a pista asfaltada e a margem do rio, que nospermite estar mais próximo da água e da vegetação ribeirinha. Desde a ro-tunda sai um caminho de terra de cerca de 270m de longitude que nos leva atéao paredão do açude, onde vamos encontrar um excelente miradouro paracontemplar aves. O roteiro pode terminar aqui, ou podemos seguir a pé porum caminho de terra a jusante.

ROTEIRO PELA MARGEM DIREITANa Avenida de Elvas (em direcção a Portugal e coincidindo com a N-V), notrajecto compreendido entre a Ponte da Universidade e a Ponte Real vamosencontrar uma rotunda onde apanhamos a terceira saída (à esquerda), se-guindo a direcção que indica “Cañada Sancha Brava”. Depois de passarmospor baixo da Ponte Real continuamos na estrada até encontrar um desvio à es-querda (a cerca de 1250m da ponte) e um caminho de terra que nos vai levar

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Açude do rio Guadiana e rio Caia

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até outra pista asfaltada que percorre a margem do rio até chegar ao paredãodo açude. Desde aqui podemos optar por duas alternativas. A primeira é con-tinuar a jusante, por um caminho de terra em bom estado que segue paraleloà margem durante uns 7 km até chegar à desembocadura do Rio Caia. A outrapossibilidade seria apanhar a pista de terra que parte do açude e que nos levaaté à pista asfaltada (deixando do lado esquerdo uma fábrica de presuntos).Neste ponto vamos seguir a estrada até cruzar um pequeno vau, momentoem que a estrada se converte num caminho de terra. Sem nos desviarmosnunca da pista, e depois de percorrermos 1250m, vamos chegar a uma bi-furcação onde apanhamos o caminho que segue pelo lado esquerdo e quenos leva outra vez até às margens do Rio Guadiana e um pouco depois à de-sembocadura do Rio Caia.

Valores ornitológicos

O Açude do Rio Guadiana está declarado como Zona de Protecção Especialpara Aves (ZPEA) devido à sua importância para inúmeras espécies de aves.Um dos seus principais atractivos são as colónias de reprodução de garças,nas quais se congregam mais de 2000 casais de garças-vaqueiras e garças-brancas-grandes acompanhadas de outras espécies como o goraz, cegonha-branca e garça-real. A principal colónia encontra-se a jusante do açude, sobreas árvores de várias ilhas situadas a meio do caudal. Outras colónias de menordimensão encontram-se dispersas em várias zonas do rio entre o açude e aPonte Velha, também em ilhas arborizadas. Desde Maio até meados de Julhoestes lugares são espectaculares devido à enorme quantidade de aves que co-brem as árvores e pela sua incessante actividade, muito mais intensa a partirdo momento em que nascem as crias. A população nidificante de goraz é con-siderada uma das mais importantes da região. No resto do ano, estes lugaresalbergam também dormitórios comunitários de garças-vaqueiras e garças-brancas-grandes, concentrando milhares de aves que compartem a zona comgrandes bandos de gralhas-de-nuca-cinzenta e estorninhos-pretos e malha-dos. Neste troço do Rio Guadiana é também possível observar outras três es-pécies de garças de grande interesse, como é o caso da garça-imperial(nidificante nos densos juncais das margens), o papa-ratos (mais frequente depassagem e inclusive no Inverno) e a garça-branca-grande (cada vez mais ha-bitual na zona).Em finais de Agosto começam a chegar os primeiros corvos-marinhos ao rioe esta população vai aumentando até alcançar o seu máximo expoente no In-verno. Podem ser vistos em muitos segmentos do rio, a pescar ou a apanharsol, em especial na Ponte Velha, um lugar muito recomendável para os apre-ciar. Numa ilha situada a cerca de 1200m a jusante da Ponte Real situa-se oprimeiro dormitório de corvos-marinhos, que congrega várias centenas de

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exemplares. O lugar é facilmente reconhecível por estarem todos os ramosdas árvores “pintados” de branco, resultado dos excrementos, e visível desdeambos lados do rio.A vegetação das margens é especialmente exuberante entre o açude e a de-sembocadura do Rio Caia, onde o caudal recupera o seu aspecto mais natu-ral, com densos bosques de salgueiros onde nidificam aves como papa-figos,chapim-de-mascarilha, rouxinol comum, rouxinol-bravo, felosa-poliglota, car-riça, chapim-rabilongo ou tentilhão comum.Os juncais, muitas vezes misturados com salgueiros, constituem outro dos ha-bitats mais interessantes para as aves, embora com a sua densa coberturatorna-se mais fácil ouvir os seus cantos que propriamente observá-los. Du-rante o período reprodutor são frequentes espécies como garça-pequena,frango-d’água, galinha-d’água, rouxinol-grande-dos-caniços, rouxinol-pe-queno-dos-caniços, bengalim-da-Índia ou bico-acre comum. No Inverno, des-taca-se a presença de pisco-de-peito-azul e felosa comum. Existem váriosgrupos de camão na zona do açude. Nas águas abertas, situadas entre a Ponteda Autonomia e o paredão do açude, destaca-se a presença de diferentes es-pécies de anátidas, como pato-real, pato-trombeteiro, frisada ou galeirãocomum. No Verão, coincidindo com a passagem migratória, a águia-pesqueirapercorre as águas mais profundas, tentando capturar peixes. Outras espéciesmuito representativas dos troços de águas pouco profundas e ilhas que vamosencontrar sem dificuldade são alvéola-branca, alvéola-cinzenta, maçarico-das-rochas, maçarico bique-bique, pernilongo e narceja comum (no Inverno).Também vale a pena destacar as aves que nidificam nas margens arenosasdo rio, como é o caso da andorinha-das-barreiras, abelharuco ou o guarda-rios, dos quais algumas das colónias mais importantes se encontram nas sai-breiras perto da estrada que leva ao Rio Caia.

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Garça-vaqueira Dormitório de corvo-marinho

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Açude do rio Guadiana e rio Caia

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Os dois miradouros situados em ambos os extremos do paredão do açude eo troço situado a jusante são, sem dúvida, as zonas de maior interesse do ro-teiro. Num bom dia, podemos chegar a ver mais de 15 espécies diferentesapenas no paredão do açude.No Inverno, à medida que avança o dia, o açude converte-se num lugar deconcentração de gaivota-de-asa-escura, juntando às vezes mais de 2000 in-divíduos, acompanhadas também pelo guincho comum.A Ponte Velha alberga uma importante colónia de andorinha-dos-beirais etambém vários casais de andorinhão-real que protagonizam um espectáculoimpressionante quando voam a escassa distância.

Fenologia do roteiro

Na Primavera é aconselhável visitar as zonas onde se encontram as colóniasde garças, assim como os soutos fluviais onde os cantos de várias espéciestornam o trajecto muito mais entretido. No Inverno devem visitar-se os dor-mitórios de corvos-marinhos e garças. Qualquer época do ano é boa para veraves nos arredores do açude.

Outros valores ambientais e culturais

A cidade de Badajoz oferece uma excelente oferta cultural que se pode com-paginar com os percursos ornitológicos. Recomendamos que visite a Alcá-çova árabe e a Plaza Alta, o lugar mais emblemático do centro histórico.Também se podem visitar o Museu Extremenho e Iberoamericano de ArteContemporânea (MEIAC), o Museu Arqueológico Provincial de Badajoz ou oMuseu da Cidade “Luís de Norales”. Percorrendo as ruas de Badajoz podemdescobrir-se muitos dos seus valores patrimoniais, como os baluartes da mu-ralha defensiva que outrora rodeava a cidade, as principais portas de entrada(Puerta de Mérida, Puerta Palmas e Puerta Pilar), as casas mudéjares, igre-jas e conventos, os inúmeros parques e praças, etc...Será uma boa ideia planear a visita à cidade coincidindo com as principaisfestas, como a Feira de San Juan (24 de Junho), as procissões da SemanaSanta, a celebração dos Carnavais (que estão entre os mais divertidos e con-corridos de Espanha) ou a comemoração da fundação de Badajoz pelos ára-bes, com o Festival Al-Mossassa Batalyaws (entre Setembro e Outubro).

Textos: Atanasio Fernández García

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ALOJAMENTOS

BADAJOZ

H***** GRAN HOTEL CA-SINO DE EXTREMADURAAVDA DÍAZ AMBRONA, 13924284402 / 924275175H**** LOS JARDINES DELAS BOVEDASAUTOVIA MADRID-LISBOAP.K.405.715924286035H**** AC BADAJOZAVDA DE ELVAS S/N924286247 / 924286248H**** ZURBARÁNPASEO CASTELAR, 1924001400 / 924220142H**** BADAJOZ CENTERAVDA DAMIAN TELLEZ LA-FUENTE, S/N924212000 / 924212002H*** ACUARELCTRA.BADAJOZ-GRANADA, K. 65924239606 / 924241620H*** LISBOAAVDA. DE ADOLFO DÍAZ AM-BRONA, 13924272900 / 924272250H*** RIOAVDA. A. DIAZ AMBRONA, 13924272600 / 924273874HS** DON PACOCALLE SANCHEZ DE LAROCHA, 7924286415

HS** CERVANTESCALLE TRINIDAD, 2924223710 / 924222935HS** CONDEDUCALLE MUÑOZ TORRERO, 27924207247 / 924207248HS** GONGORAC/ DOBLADOS, 17924223710 / 924235962HS** SAN MARCOSMELÉNDEZ VALDÉS, 53924229518 / 924229250HS* DE LAS HERASCALLE PEDRO DE VALDIVIA, 6924224014 / 924224014HS* NIZACALLE ARCO AGÜERO, 34924223173 / 924200584HS* NIZA IICALLE ARCO AGÜERO, 45924223173 / 924200584HS* VICTORIACALLE LUIS DE CAMOENS, 3924271662 / 924277551HS* HOSTAL BADAJOZC/ GENERAL EMILIO MOLAVIDAL, 5924247402HS* TITTY TWISTERN-432, KM 11.200924275841HS* PLAZA DE ESPAÑACALLE ZURBARAN, 2-1º924222005HS* PINTORCALLE ARCO AGÜERO, 26 924224228 / 924233345

P GALICIAAVENIDA ADOLFO DIAZ AM-BRONA, 24924271902 / 924271902HA*** ASCARZACastillo Puebla de Alcocer, 28924286370 / 924286371

GUADIANA DEL CAUDILLO

P MARI LOLIPLAZA DEL PARQUE, 3924471080

PUEBLONUEVO DEL GUADIANA

H* LA FINCACARRETERA BADAJOZ -MON-TILJO K. 22924140718

VALDELACALZADA

HS** VELASCOCALLE CALZADA, 26924447109 / 924447109

VILLAFRANCO DEL GUADIANA

H**** CONFORTEL BADAJOZCARRETERA N-V, KM 393924443711 / 924443708

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Dados de interesse (ZEPA Açude do Badajoz)

Focha común

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Garceta común

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R ACornalvo / Los Canchales 12

Barragem de Cornalvo

Localização e acessos

Este roteiro encontra-se no coração do Parque Natural de Cornalvo, situadoentre as “Vegas” (várzeas) do Guadiana e os contrafortes das Serras de SanPedro e Montánchez. Atravessa os perímetros municipais de Mérida e Trujil-lanos (Badajoz).O acesso recomendado efectua-se pela auto-estrada da Extremadura (E-90)até à localidade de Trujillanos, apanhando a saída 334 (sentido Madrid) ou asaída 325 (sentido Mérida). Antes de entrar em Trujillanos encontramos umarotunda onde apanhamos a primeira saída à direita, que nos leva directamenteà Barragem de Cornalvo.

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

A-5

A-5

A-66

Cornalvo / Los Canchales

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Residentes

Estivais

Invernantes

trepadeira-azul, trepadeira, bico-grossudo, pica-pau-malhado-pequeno

cegonha-preta, rouxinol, felosa poliglota, águia-cal-çada, milhafre-preto

ferreirinha, dom-fafe, pombo-torcaz, marrequinha, fri-sada

Migradores de Passagem

papa-moscas cinzento, papa-moscas preto, rabirruivo-de-testa-branca

Residentes

Estivais

Invernantes

garça-vaqueira, garça-real, mergulhão-de-crista, galei-rão, pato-real, maçarico-das-rochas, borrelho-pequeno-de-coleira

andorinha-do-mar-anã, tagaz, pernilongo, perdiz-do-mar, gaivina-de-faces-brancas

gaivota-de-asa-escura, guincho comum, grou comum,arrabio, piadeira, ganso-bravo

Migradores de Passagem

colhereiro, pilrito-de-bico-comprido, seixoeira, perna-verde, tarambola-cinzenta, rola-do-mar, maçarico-bas-tardo, águia-pesqueira

CO

RN

ALV

OL

OS

CA

NC

HA

LE

S

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Descrição do roteiro

O percurso ornitológico parte do Centro de Interpretação do Parque Natural deCornalvo, lugar de visita obrigatória onde podemos obter informação adicio-nal sobre este espaço protegido e outros possíveis itinerários. Desde o Cen-tro de Interpretação, depois de percorrer 7 km aproximadamente, vamosencontrar um desvio à direita que nos leva até à represa da Barragem de Cor-nalvo. Se viemos de carro, devemos estacionar antes de chegar à represa econtinuar a partir daqui a pé. O trajecto percorre o perímetro da barragem, se-guindo sempre por trilhos e caminhos. Vamos começar por cruzar o paredãoda represa, continuando por um trilho que atravessa inicialmente um densosobreiral e segue depois por zonas mais desarvoradas com vista para a bar-ragem. Depois de percorrermos cerca de 2800m chegamos ao extremo dabarragem, tendo completado assim quase metade do percurso, e começamoso trajecto de regresso ao ponto de partida. Desde a ponta até ao paredão darepresa, o percurso faz-se por um caminho em bom estado e que segue sem-pre um traçado paralelo à barragem. O percurso ao longo da barragem temuma longitude de 6800m, embora se possam fazer caminhos alternativos maiscurtos, especialmente no segmento da ponta, quando o nível de água diminui.

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Mocho-galego Garça-real

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Cornalvo / Los Canchales

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Valores ornitológicos

O Parque Natural de Cornalvo foi um dos primeiros espaços a ser declaradocomo Zona de Protecção Especial para Aves (ZPEA) na Extremadura, com onome de “Barragem de Cornalvo e Serra Bermeja”.Desde o Centro de Interpretação até à Barragem de Cornalvo, os habitats pre-dominantes são os cultivos de cereais de sequeiro, os olivais e os montadosde azinheiras desarvorados, o que torna possível observar espécies que nãovamos encontrar mais à frente. A 2,3 km do princípio vamos chegar a umaponte que atravessa o Rio Albarregas onde existe um denso arvorado e valea pena parar para observar as aves. No Verão costumam haver alguns char-cos de água onde várias espécies são atraídas para beber (toutinegras, cha-pins, fringílidios, aláudidos). Nos cultivos de cereal e nas pastagens que seestendem desde a ponte até ao Cortijo de Campomanes há possibilidade dever tartanhão-caçador, peneireiro-cinzento, mocho-galego, alcaravão, sisão,picanço-real, fuínha-dos-juncos e cotovia-escura. Ao chegar à represa, convém dispor de um telescópio, pois as aves aquáticascostumam estar no meio da barragem. As espécies mais frequentes são: pato-real, pato-trombeteiro, frisada, arrábio, marrequinha comum, piadeira, galeirãocomum, garça-real, garça-branca, mergulhão-de-crista, mergulhão-pequeno,corvo-marinho, gaivota-de-asa-escura, guincho comum e borrelho-pequeno-de-coleira. Com sorte, pode ver-se a cegonha-branca a comer nas margens, umadas aves emblemáticas deste espaço protegido. Nas zonas menos profundas(ilhas, enseadas e extremo) podem ver-se várias espécies de limícolas, emboramuito mais diversas durante a passagem migratória pós-nupcial (de Julho a Ou-tubro), destacando-se a presença de pernilongo, perna-verde-fino, pilrito comum,pilrito-de-bico-comprido e borrelho-pequeno-de-coleira).No final da represa começa um trilho que se adentra numa densa ladeira de so-breiros onde se podem observar espécies tipicamente florestais como trepa-deira-azul, trepadeira comum, rouxinol comum, carriça, tentilhão comum,bico-grossudo, chapim-azul, chapim-de-poupa, chapim-real, melro-preto,pombo-torcaz, gaio comum, pica-pau-malhado-grande ou pica-pau-malhado-pequeno. Nas zonas com predomínio de matagal (especialmente esteva e urze)é fácil observar as aves típicas deste tipo de vegetação, como a toutinegra-dos-valados, toutinegra-do-mato ou a ferreirinha comum (esta apenas no Inverno).Quando o trilho abandona a ladeira diminui a densidade de azinheiras e so-breiros, surgindo zonas de montados que se alternam com matagais e pasta-gens, o que facilita a observação das aves. Nas zonas de montado destaca-sea presença de papa-moscas cinzento, charneco, poupa, cotovia ou picanço-barreteiro. Dispondo de maior visibilidade, podemos divisar mais facilmenteos voos das rapinas que nidificam na zona (águia-calçada, águia-de-asa-redonda, águia-cobreira e milhafre-preto) e também outras espécies que pro-curam alimento nos montados como o grifo, abutre-preto ou inclusive aáguia-imperial.

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Fenologia do roteiro

O trajecto é interessante em qualquer época do ano, mas recomenda-se a Pri-mavera para a observação de aves associadas ao bosque e ao montado. Abarragem apresenta maior diversidade de espécies no Inverno e final do Verão.

Outros valores ambientais e culturais

Observatório da Barragem del Muelas. A cerca de 7 km do desvio que levaà Barragem de Cornalvo, seguindo a estrada asfaltada, encontra-se uma pe-quena represa de regulação onde existe um observatório de aves desde o qualse podem avistar numerosas espécies.A represa de Cornalvo está declarada como Monumento Nacional por seruma das obras hidráulicas da época romana que melhor se conserva.Uma visita à cidade de Mérida, Património da Humanidade, é o complementoperfeito para o percurso ornitológico pelo Parque Natural de Cornalvo.

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Poupa Bico-grossudo

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Cornalvo / Los Canchales

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Barragem de Los Canchales

Localização e acessos

A barragem de Los Canchales localiza-se na província de Badajoz, a noroestedas localidades de La Garrovilla e Esparragalejo e foi construída sobre a Ri-beira de Lácara, um curso fluvial que nasce na Serra de San Pedro e desem-boca na margem esquerda do Guadiana. O acesso efectua-se pela estradaEX-305 entre Montijo e La Nava de Santiago, com duas entradas, nos pontosquilométricos 8 e 13, que vão até à zona oeste da barragem. É também pos-sível chegar às pontas da barragem apanhando um caminho que parte dosarredores de Esparragalejo.Recomenda-se o acesso desde a EX-209 na sua passagem pela localidade deLa Garrovilla, onde se encontra assinalada a pista asfaltada que leva directa-mente ao paredão da represa, o ponto de partida ideal para uma excursão or-nitológica.

Descrição do roteiro

O roteiro começa em La Garrovilla e percorre aproximadamente 7,5 km deuma pista asfaltada que chega até ao paredão da barragem de Los Canchales.Este primeiro troço é muito interessante porque atravessa terrenos dedicadosao cultivo de sequeiro de cereal, girassol e olival. Nas proximidades da re-presa existem vários painéis informativos sobre as normas de visita e os iti-nerários a seguir.O resto do trajecto segue ao longo de uma pista perimetral de terra de maisde 23 km de longitude construída sobre a cota de inundação máxima da bar-ragem e que nos permite percorrê-lo integralmente.A cerca de 80m antes de chegar à represa vamos apanhar a pista à direita, pre-cisamente antes da zona de estacionamento e do Centro de Interpretação daConfederação Hidrográfica do Guadiana, e que desce directamente até à mar-gem. Vamos efectuar a primeira paragem depois de percorrermos cerca de800m, ao chegar a um dique artificial que se adentra na barragem e que temum observatório num dos extremos. Cerca de 4 km mais à frente chegamos àponta da barragem, uma zona de águas superficiais onde ainda se podem veros sinuosos braços da Ribera de Lácara. Quando o nível de água está muitobaixo é possível seguir por um caminho que encurta notavelmente o trajecto.O roteiro continua pela margem direita da barragem, passando por duas das en-seadas mais frequentadas pelas aves e situadas em frente a um grupo de ilhasartificiais. A pista afasta-se posteriormente da barragem e leva-nos momenta-neamente até à estrada EX-305 (Montijo-La Nava de Santiago) e devemos per-

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correr cerca de 1770m em direcção a Montijo até encontrarmos uma pista à es-querda que nos leva outra vez à barragem. Seguindo o caminho vamos chegara uma pequena represa construída numa das enseadas da barragem e 600mmais à frente encontramos um dique para observar as aves e um trilho que sepode percorrer a pé pela margem e que nos leva até uma densa ladeira de ma-tagal e arbustos. A pista sobe por um pequeno cerro nos últimos 3 quilóme-tros, chegando ao paredão da represa, onde finaliza o trajecto.

Valores ornitológicos

A Barragem de Los Canchales está declarada como Zona de Protecção Espe-cial para Aves (ZPEA) e tem ainda a designação de “Zona Húmida de Impor-tância Internacional”. Apresenta condições muito favoráveis para oestabelecimento de inúmeras espécies de aves, pois dispõe de amplas su-perfícies de águas pouco profundas, mantém diversos tipos de vegetação as-sociados à água (juncais, pradarias, caniçais e formações de tamujo, freixose salgueiros) e encontra-se rodeada de montados de azinheira e grandes ex-tensões de cultivos de sequeiro e regadio. A Confederação Hidrográfica doGuadiana tem ainda realizado várias actuações para favorecer a presença dasaves, como a construção de ilhas artificiais, charcos e lagoas, diques e repre-sas de retenção de água, melhorias do habitat, etc.Durante o período reprodutor destacam-se as populações de aves coloniaisque nidificam nas ilhas, entre as quais se encontram importantes populaçõesde perdiz-do-mar, tagaz, andorinha-do-mar-anã e pernilongo. Também nidi-ficam outras aves aquáticas como o pato-real, frisada, galeirão comum, mer-gulhão pequeno, mergulhão-de-crista e guincho comum. Existem grupos dereprodução de gaivina-de-faces-brancas e negra. Durante a passagem mi-gratória pós-nupcial alberga numerosas espécies e grandes concentrações deaves, destacando-se a presença das limícolas, das quais é possível observarpilrito comum, pilrito pequeno, pilrito-de-bico-comprido, seixoeira, borrelho-pequeno-de-coleira, perna-vermelha comum, perna-verde-fino, perna-ver-melha, tarambola-cinzenta, rola-do-mar, maçarico-bastardo ou fuselo. Nosmeses estivais, as concentrações de cegonha-branca nas margens são es-pectaculares, ultrapassando os 500 exemplares. É considerada uma das zonasmais importantes para a invernada e a passagem migratória de colhereiro,que também chegou a criar na barragem.No Inverno, destacam-se a populações de anátidas (pato-real, arrábio, pia-deira, frisada, pato-trombeteiro, zarro comum, marrequinha comum, ganso-bravo) que superam os 10000 exemplares, as concentrações degaivota-de-asa-escura e guincho comum, assim como a presença estável deum núcleo de invernada de grou, com mais de 1500 aves cujo dormitório seencontra nas margens da barragem,

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Cornalvo / Los Canchales

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Nos sequeiros e montados dos arredores da barragem podem ver-se tambémespécies muito interessantes (rapinas, aves estepárias) e também é conve-niente parar nas frequentes manchas de carrasco, murta e azambujeiro, poiscostumam albergar passeriformes interessantes (toutinegra-carrasqueira,toutinegra-real, felosa-poliglota, chasco-preto ou rouxinol-do-mato).

Fenologia do roteiro

Qualquer época é aconselhável, mas deve-se ter em conta que a data da visitacondicionará as espécies que vamos encontrar. Ao contrário de outros luga-res, os meses estivais são muito interessantes para a observação de aves.

Outros valores ambientais e culturais

Desembocadura do Rio Aljucén. Seguindo pela EX-209 em direcção a Mérida,ao passar pela localidade de Esparragalejo, vamos encontrar o curso do RioAljucén, um lugar muito aconselhável para a observação de aves (papa-ratos,camão comum e garça-imperial). Dispõe de um observatório.Dólmen de Lácara. A norte da Barragem de Los Canchales encontra-se esteinteressante sepulcro colectivo de grandes dimensões e excelente estado deconservação, que data do período Calcolítico. O acesso faz-se pela estradaEX-214 de La Nava de Santiago a Aljucén.

Textos: Atanasio Fernández García

Rola-do-mar Grous

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ALOJAMENTOS

GUAREÑA

H EL COTOCARRETERA D. BENITO924350378 / 924350525

MÉRIDA

H***** MERIDA PALACEPLAZA DE ESPAÑA 19924383800H**** ADEALBAC/ ROMERO LEAL, Nº 18665402105 / 924388271H**** LA LOMASAVDA. REINA SOFÍA, 78924311011 / 618518431H**** PARADOR DE TU-RISMO VIA DE LA PLATAPLAZA CONSTITUCION, 3924313800H**** TRYP MEDEAAVENIDA PORTUGAL S/Nº924372400H**** VELADA MERIDAAVENIDA PRINCESA SOFIA s/n924315110H*** NOVA ROMACALLE SUAREZ SOMONTE, 42924311261 / 924311201H*** ZEUSAVDA. REINA SOFÍA, 8924318111H** CERVANTESCALLE CAMILO J. CELA, 8924314961H** HOTEL RAMBLA EMÉ-RITARAMBLA SANTA EULALIA, 17924387231H** LUSITANIACALLE OVIEDO, 12924316112HS** ANASAVENIDA REINA SOFÍA, 9924311113

HS** LAS ABADÍASRONDA DE LOS EMERITOS, S/N924313326HS* ALAMEDAPLAZA MAGDALENA, 1924300474HS* BUENOCALLE CALVARIO, 9924302977 / 696230075HS* EL ALFAREROCALLE SAGASTA, 40924303183 / 678311783HS* EL TOREROCARRETERA ALANGE, 1924371789HS* NUEVA ESPAÑAAVENIDA EXTREMADURA, 6924313356 / 924304016HS* SALUDCALLE VESPASIANO, 41924312259HS* SENEROCALLE HOLGUIN, 12924317207HS* TORERO IICTRA. ALANGE, 1924371789HR EL PANTANOFINCA EL PANTANO. CTRA.MONTIJO A LA ROCA, KM.15,700924140194 / 617386611CR M CORTIJO DE LA SERRANACTRA. LA ROCA DE LA SIERRA-MONTIJO, KM. 14924452874 / 646335382CT MÉRIDACARRETERA N-V, K. 336924303453

MIRANDILLA

CR CASA DEL MOLINEROURBANIZACION LOS CANCHALES658561076 / 608924166

MONTIJO

H* GRAN SOL DE EXTRE-MADURAAVDA DEL PROGRESO, 10924456032 / 924456132HS** HOSTAL KATYAPLAZA ESPAÑA,2924450179HS** LA ISLACARLOS I, 1924455557 / 667572320HS* CASA ANDRESCALLE PORTOCARRERO, 9924452215P PRINCESACARRETERA ESTACIÓN, 9924455070CR BARBAÑOTORREÁGUILACTRA. BARBAÑO-TORREMA-YOR, S/N617457496

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. MUNICIPAL DE MÉRIDASANTA EULALIA, 64MÉRIDATEL.: 924330722

C. DE INTERPRETAÇÃO

C.I. DEL AGUA DEL PARQUE NATURALCTRA. TRUJILLANOS-EMBALSEDE CORNALVOTRUJILLANOSTEL.: 924002386

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Dados de interesse (ZEPA Parque Natural de Cornalvo y ZEPA Embalse Los Canchales)

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Grous

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R AMoheda Alta / Sierra Brava 13

Localização e acessos

O roteiro decorre na zona conhecida como Zona Centro e as Vegas Altas dosGuadiana, situada no centro-este da comunidade, atravessando territórios en-globados nos perímetros municipais de Obando, Navalvillar de Pela, VegasAltas e Madrigalejo, onde os antigos montados quase não conservam vestí-gios da primitiva e extensa superfície que ocuparam outrora, como resultadoda transformação e implementação do Plano de Regadios da Zona Centro,algo que, por outro lado, motivou o aparecimento de novas espécies.O acesso ao início do roteiro efectua-se pela estrada EX-116 que liga Naval-villar de Pela ao sul, com Guadalupe ao norte. À esquerda (desde o sul), pelocaminho do canal sai o acesso à barragem de Cubilar, onde se inicia o tra-jecto. Até Navalvillar de Pela podemos chegar pela estrada N-430, que parteda N-V em Torrefresnada a oeste e continua até à província de Cidade Real aleste.

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

E-1

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Moheda Alta / Sierra Brava

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Residentes

Estivais

Invernantes

pato-real, frisada, pato-trombeteiro, peneireiro-cinzento,águia-de-asa-redonda, tartanhão-ruivo-dos-pauis, pe-neireiro vulgar, abetarda, sisão, cortiçol-de-barriga-preta, ganga

cegonha-preta, águia-calçada, tartanhão-caçador,tagaz, perdiz-do-mar, abelharuco

grou comun, ganso-bravo, arrabio, magarisco-de-bico-direito, tartanhão-azulado, coruja-do-nabal

Migradores de Passagem

marreco, pato-branco, pato-ferrugíneo, alfaite, águia-pesqueira

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Descrição do roteiro

O roteiro tem 37 km desde a barragem de Cubilar à barragem de Serra Brava.Pode ser efectuado num único dia, de carro, com pequenos passeios, e ter-minar em Serra Brava, à hora de almoço, onde, depois de comer, podemospassear pelas margens até chegar ao extremo da barragem, lugar onde vamosver mais espécies. Durante o trajecto vamos encontrar diferentes habitats, amaioria muito transformados, dedicados às actividades agrícolas e pecuárias,que ampliam o leque de espécies de aves fáceis de observar. Partimos de umapequena barragem encaixada nos montados, percorremos diferentes cultivos,como milho, trigo, cevada, pomares de fruta... e arroz, o qual merece umaatenção especial pela forma de cultivo de inundação que, ao criar uma massade água pouco profunda, atrai inúmeras espécies limícolas e aquáticas à pro-cura de alimento, além de servir de dormitório a grandes bandos de grou, ma-garisco-bico-direito ou tartanhão-ruivo-dos-pauis e azulado. Tambémpercorremos montados, pastagens e vamos terminar numa barragem (SerraBrava), no meio de uma grande planície. Partimos no ponto X:286357, Y:4346346 na barragem de Cubilar. Aqui vale apena passear um pouco pelos arredores da barragem e observar desde um

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Abelharuco

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Moheda Alta / Sierra Brava

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ponto elevado (o próprio paredão da represa é um bom observatório) comum telescópio terrestre as várias espécies de anátidas (patos e gansos), ar-deidas (garças) e limícolas (maçaricos, pilritos, borrelhos...) do entorno; amaioria utiliza como dormitório nos meses invernantes, assim como um im-portante número de grous, razão pela qual o amanhecer na represa durante oInverno pode surpreender o amante das aves.Continuamos de carro até passar por cima do canal e no ponto X:286435,Y:4345535, viramos à esquerda, rodeando o canal. Desde aqui, se olhamos àesquerda, vemos diferentes culturas de cereais, além de contemplar desde oalto o bosque de ribeira que rodeia o Rio Cubilar e ao fundo os montados. Se-guimos pela pista do canal, semeada de pinheiros-mansos que constituem aatalaia de numerosas rapinas como gaviões, peneireiros-vulgares, peneirei-ros-cinzentos e águia-de-asa-redonda até chegar ao ponto X:289100,Y:4344836, onde atravessa a estrada EX-116 que liga Navalvillar de Pela aGuadalupe, viramos à direita, em direcção a Navalvillar de Pela. Desde a es-trada vamos ver cultivos de arroz à esquerda e montados de pecuária à di-reita; no ponto X:288196, Y:4343543 encontra-se a entrada à “Dehesa deZarzalejos”, um itinerário alternativo que poderíamos seguir para observar pe-neireiros-cinzentos, águias-de-asa-redonda, charnecos... E durante o Inverno,grupos familiares de grous alimentado-se e comendo bolotas. Mas continua-mos em frente até ao ponto X:284836, Y:4338512 onde encontramos um ca-minho à esquerda, com um observatório ornitológico, que nos permite acedera um um charco de rega de grande extensão, onde podemos apreciar nume-rosas espécies de aves aquáticas. Sob este charco nos extensos cultivos,existe, durante o Outono e Inverno, um importante dormitório de grous, patose tartanhões-ruivos-dos pauis.Continuamos até ao ponto X:284720, Y:4336634, à esquerda temos o Centrode Interpretação Moheda Alta (dentro do Parque Periurbano de Conserva-ção e Ócio de 150 has.) que convém visitar e à direita, um caminho em direc-ção à herdade Gorbea. Apanhamos este caminho, deixando a estradaalcatroada e seguimos por um magnífico montado, testemunho do habitat queexistiu antes da implementação do regadio. Depois de passar o montado, sur-gem cultivos de cereal de sequeiro e arrozais que servem de dormitórios in-vernantes a grous, tartanhão-ruivo-dos-pauis e tartanhão-azulado. Chegamosao ponto X:280287, Y:4335636 e viramos à direita, continuamos até deixar apovoação de Vegas Altas à nossa direita e chegamos ao ponto X:276936,Y:4333062 onde nos cruzamos com a estrada EX-102 e viramos à direita emdirecção a Madrigalejo, passamos por esta localidade e continuamos pela es-trada que vai até Zorita, mas no ponto X:269822, Y:4343274 desviamo-nos àdireita e em apenas 800m chegamos à barragem de Serra Brava, destino finaldo nosso percurso. Aqui convém fazer o caminho perimetral que sai à es-querda antes da represa e percorrer os extremos da barragem com um teles-cópio terrestre, onde podemos ver inúmeras espécies de aves aquáticas emgrupos muito numerosos.

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Valores ornitológicos

A espécie mais representativa talvez seja o grou (durante o Outono e Inverno);podem ver-se mais de 30000 aves nos diferentes dormitórios e encontrar mui-tas delas anilhadas, pelo que é possível efectuar a leitura daquelas que dispõemde um código de cores. Outras espécies que se destacam durante a invernada,pelo seu número em charcos e barragens, são os gansos-bravos, diferentes es-pécies de patos como o arrábio, frisada, pato-trombeteiro, pato-bico-vermelho, zarro comum, zarro-negrinha, marrequinha comum ou outrasespécies de aquáticas como o mergulhão-de-crista, mergulhão pequeno e mer-gulhão-de-pescoço-preto, nos arrozais aparecem a narceja comum e limícolascomo magarisco-bico-direito, borrelho-grande-de-coleira, pernilongo, taram-bola, os pilritos pequeno e comum, maçarico bique-bique ou maçarico-bas-tardo. Entre as rapinas invernantes destaca-se, pelo seu número, o milhafre-real,esmerilhão e a coruja-do-nabal, sendo possível encontrar açores e gaviões decores mais claras e maiores, como acontece com a águia-de-asa-redonda quevê o seu numero aumentar durante a invernada com a chegada de indivíduosnortenhos. Como curiosidade, várias cegonhas-pretas permanecem na zona du-rante toda a invernada, sem viajar até aos territórios subsarianos mais cálidos.Como reprodutores, salientam-se o peneireiro-cinzento, a tagaz (Serra Brava),a perdiz-do-mar comum, o tartanhão-caçador, o bengalim-da-Índia, o bico-de-

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Coruja-do-nabal Pico de coral

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Moheda Alta / Sierra Brava

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lacre, o charneco, o peneireiro-vulgar, o francelho... Nas planícies que rodeiama barragem de Serra Brava é possível divisar espécies tipicamente estepárias,como a abetarda, o sisão, o alcaravão, o cortiçol-de-barriga-preta ou a ganga.De passagem, aparecem espécies “raras” noutros lugares, como é o caso dopisco-de-peito-azul, o marreco, o alfaiate, o pato-branco ou a pêrra.Outras espécies foram avistadas na zona, como o ganso-grande-de-testa-branca, o ganso-campestre, o papa-ratos, a gaivina-de-faces-brancas, agarça-branca-grande, a íbis, o maçarico-real ou a águia-pesqueira.

Fenologia do roteiro

Este roteiro pode efectuar-se em qualquer época do ano, pois existem nume-rosas espécies de interesse na zona. Contudo, durante o Outono e Inverno, oelevado número de aves como o grou (a maior densidade da Península aolongo de toda a invernada), os gansos-bravos, o magarisco-de-bico-vermelho, o abibe sociável... farão as delícias de qualquer amante da ornito-logia, praticamente sem qualquer esforço nem necessidade de nos afastarmosdo itinerário e com escasso material óptico.A Primavera também é uma época agraciada, pois além das espécies nidifi-cantes que virão à zona, aparecem várias espécies “de passagem” até meadosde Abril.

Outros valores ambientais e culturais

Azinheira “El Convenio” destaca-se pela sua altura entre as demais destemontado. Lamentavelmente, acabou por secar. Sob a sua copa foi realizado oconvénio de venda e divisão da herdade Gorbea. Os conselhos ganadeiroseram realizados antigamente debaixo dos seus ramos.Serapias perez-chiscanoi fácil de encontrar nos arredores do Centro de In-terpretação Moheda Alta, é uma espécie catalogada Em Perigo de Extinção noCatálogo Regional de Espécies Ameaçadas da Extremadura, descoberta pelofarmacêutico extremenho José Luís Pérez Chiscano.Outras orquídeas nas proximidades aparecem outras espécies do género se-rapias, a Serapias lingua, S. vomeracea e outros géneros como Orphys tenth-redinifera, O. conica, Orchis morio...

Textos: Juan Pablo Prieto Clemente

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ALOJAMENTOS

LOGROSÁN

H JARAAVENIDA HERNANDEZ SE-RRANO, S/N927360109H ROSALES, LOSCARRETERA DE GUADALUPE927360220CR EL PORTALONC/ BROCENSE, 5927360218 / 628453033CR LA CASA DEL MARQUÉSGREGORIO LOPEZ, 5927360777 / 927360169

CR EL OLIVOCALLE DELICIAS, 14609748722 / 927158122

MADRIGALEJO

H PEDROC/ SAN JUAN Nº 9927354572H MAYVECARRETERA DE ZORITA, S/N927354081

NAVALVILLAR DE PELA

H LAS DEHESASCARRETERA N-430, K. 135

H DON JUANCARRETERA N-430 K. 139924860606 / 924860296H EL IMPREVISTOCARRETERA N-430 K. 139924860311H LOS OLIVOSCARRETERA N-430 K. 139924860580CR S LA LOZANACALLE MORENO NOGALES, 18924824291

ZORITA

P EL AMIGO PABLOAVDA. CONSTITUCION,2927168213

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Dados de interesse (ZEPA Llanos de Zorita y Embalse de SierraBrava y ZEPA Vegas del Rueca Cubilar y Moheda Alta)

Ganga

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Grifo comum

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Localização e acessos

A Barragem de Orellana é o último das três grandes barragens que regulamo Rio Guadiana na sua entrada na Extremadura e encontra-se entre as co-marcas de Badajoz de La Serena e Vegas Altas do Guadiana. A paisagem estádominada pelas águas mansas da barragem, flanqueadas por serras de alturamediana (Serra de Pela, 274m; Serra del Castillo, 697m) que sobressaemsobre grandes extensões de montados, pastagens e cultivos de sequeiro.A principal via de acesso é através da N-430, que permite chegar às localida-des Orellana la Vieja (apanhando a BA-105), Navalvillar de Pela e Casas deDon Pedro, onde vamos encontrar fácil comunicação com Talarrubias e Pue-bla de Alcocer através das estrada EX-105, EX-103 e BA-137.

Descrição do roteiro

Troço 1. Casas de Don Pedro-Puerto Peña. O roteiro começa na localidadede Casas de Don Pedro, onde apanhamos a estrada BA-137 que rodeia a po-

Barragem de Orellanae Puerto Peña

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

N-430

EX-1

15

EX-103

BA-137

BA-1

38

Barragem de Orellana e Puerto Peña

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Residentes

Estivais

Invernantes

abetarda, sisão, águia-perdigueira, águia-real, grifo, ca-lhandra

cegonha-preta, abutre-do-Egipto, francelho, tartanhão-caçador, rolieiro, andorinha-do-mar-anã

petinha, marrequinha, piadeira, negrinha, mergulhão-pescoço-preto, gaivota-de-asa-escura

Migradoresde passagem chasco-cinzento, chasco-ruivo, águia-pesqueira

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voação a leste e continuamos emdirecção a Talarrubias. A apenasum quilómetro depois de termospassado as últimas casas da locali-dade vamos encontrar um cruza-mento com uma estrada asfaltadaque segue paralela ao Canal de lasDehesas. Podemos desviar-nosuns minutos e virar à direita no cru-zamento até chegarmos ao Açudede Casas de Don Pedro, um lugarinteressante para observar avesaquáticas. Para chegar aí devemosconduzir pelo caminho de serviçodo canal durante cerca de 2250maté encontrarmos à esquerda umcaminho de terra (em frente a uma das comportas de regulação) que desce atéao açude, embora seja recomendável deixar o carro no canal e descer a pé os500m até à margem, evitando assim espantar as aves. Vamos regressar de-pois outra vez ao cruzamento com a BA-137 e seguimos pelo caminho de ser-viço do canal ao longo de mais de 15 km, até chegarmos a um cruzamento quenos permite voltar à N-430 ou ao Parque de Campismo “Puerto Peña”. Aolado do Parque de Campismo encontra-se o Centro de Interpretação da FaunaRupícola de Puerto Peña, com painéis informativos interessantes e câmarasde controle remoto para observar as aves dos rochedos. Vamos continuar otrajecto deixando o Canal de las Dehesas e seguindo em direcção a Valdeca-balleros por uma estrada que atravessa debaixo da N-430. Chegaremos ime-diatamente ao “Miradouro de Puerto Peña”, uma paragem obrigatória paraobservar as aves dos rochedos de Puerto Peña.

Troço 2. Puerto Peña-Puebla de Alcocer. Depois do miradouro vamos seguirem direcção a Peloche-Herrera del Duque, atravessando o paredão da represade García Sola; 200m mais à frente apanhamos um desvio à direita pela es-trada BA-138 em direcção a Talarrubias. Sem entrar na povoação, vamos con-tinuar até nos incorporarmos na EX-103 em direcção a Puebla de Alcocer. Nosarredores de Puebla de Alcocer e à esquerda da estrada (800m depois dabomba de gasolina) encontram-se as ruínas do Convento de Nossa Senhorade la Asunción, que alberga uma espectacular colónia de francelhos. Tambémpodemos percorrer as ruas da localidade e subir até ao castelo, onde é pos-sível ver várias aves.

Troço 3. Puebla de Alcocer-Cogulludo-Orellana la Vieja. Continuando pelaEX-103, em direcção a Orellana la Vieja e Castuera, a cerca de 3,8 km de Pue-bla de Alcocer vamos encontrar um caminho de terra em bom estado que saido lado direito, pouco depois de passar o cruzamento a Esparragosa de Lares.

Puerto Peña

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Barragem de Orellana e Puerto Peña

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Seguimos pelo caminho sem nunca nos desviarmos, e ao cabo de uns 12 kmchegamos ao lugar de Cogolludo onde uma ponte atravessa a Barragem deOrellana. Continuamos depois durante 8 km até chegar à estrada que liga Na-valvillar de Pela com Orellana la Vieja /EX-115), virando à esquerda até che-gar a esta última localidade.

Troço 5. Orellana la Vieja-Puebla de Alcocer. Desde Orellana la Vieja apa-nhamos a EX-115 em direcção a Campanario e La Coronada, passando peloparedão da represa da Barragem de Orellana e depois de percorrer uns 5 kmvamos chegar ao cruzamento com a EX-103, que nos leva directamente a Pue-bla de Alcocer. Se quisermos, também podemos fazer o mesmo percurso se-guindo por uma via pecuária paralela à EX-103 e que parte do mesmocruzamento.

Valores ornitológicos

Todos os roteiros propostos encontram-se dentro da Zona de Protecção Es-pecial para as Aves (ZPEA) “Barragem de Orellana e Serra de Pela” que foium dos primeiros lugares na Extremadura a contar com esta denominação. ABarragem de Orellana foi também incluída na Lista de Zonas Húmidas de Im-portância Internacional do Convénio de Ramsar devido à importância dos seushabitats e das espécies aí presentes.No primeiro troço do trajecto vale a pena visitar o açude de Casas de DonPedro, onde se podem concentrar durante o Verão e Inverno grandes popu-lações de aves aquáticas, em particular anátidas. Existem ilhas artificiais paraa nidificação de espécies coloniais e na Primavera podemos encontrar nestazona andorinha-do-mar-anã, tagaz, pernilongo, perdiz-do-mar comum ou bor-relho-pequeno-de-coleira. É de salientar também a nidificação da frisada. Otrajecto pelo canal de montados até Puerto Peña atravessa principalmentezonas de montado e pastagens, onde ocorrem espécies representativas comopeneireiro-cinzento, águia-de-asa-redonda, águia-perdigueira, águia-calçada,milhafre-preto, grou-comum, charneco, poupa, picanço-barreteiro, cotovia-escura, etc. Desde a estrada do canal vamos ter constantemente uma exce-lente vista da Barragem de Orellana, incluindo o troço da ponta (que seassemelha a um rio quando o nível de água é baixo) e algumas enseadas in-teressantes. É aconselhável efectuar algumas paragens em lugares com boavisibilidade e tentar localizar as aves com telescópio, principalmente anátidase ardeidas, assim como as espécies coloniais que nidificam nas ilhas. A cercade 5 km antes de chegar ao Parque de Campismo encontra-se uma enorme co-lónia de garças que alberga mais de 2000 casais, na qual nidificam garça-va-queira, garça-branca, goraz, garça-real, papa-ratos (confirmada apenas emalguns anos) e cegonha-branca. A colónia situa-se numa grande ilha cobertade tamargueiras, onde também se podem ver borrelho-pequeno-de-coleira,

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guincho comum, tagaz e andorinha-do-mar-anã. É possível chegar até à mar-gem da barragem por um caminho sinalizado pelos proprietários da herdade.Quando o nível da água baixa em finais do Verão, podem observar-se nestazona da barragem concentrações pós-nupciais de cegonha-preta, às vezes ul-trapassando os 100 exemplares.Este primeiro troço termina no observatório de Puerto Peña, um dos enclavesmais espectaculares da Extremadura para a observação de aves. Trata-se doúnico lugar onde nidificam até 4 casais de cegonha-preta no mesmo rochedo,estando ainda acompanhadas por outras rapinas como águia-perdigueira,grifo, (mais de 20 casais), abutre-do-Egipto, falcão-peregrino e peneireirovulgar. Podem ainda ver-se outras espécies características dos rochedos,como chasco-preto, melro-azul, andorinhão-real, andorinha-das-rochas,corvo ou gralha-de-bico-vermelho. Há também um grupo invernal de trepa-deira-dos-muros nesta serra e a presença de ferreirinha-serrana parece sermais regular neste período.O pouco tráfego no segundo troço do roteiro vai-nos permitir apreciar o tra-jecto sossegado até chegar a Talarrubias passando por diversos habitats(montados, olivais, pastagens) e deixando atrás os rochedos de Puerto Peñae Serra de Golondrinos. Um dos pontos de visita obrigatória é a colónia defrancelhos que existe nas ruínas do Convento de Nossa Senhora de la Asun-ción, que alberga mais de 40 casais e onde é possível observar estas rapinas.Também nidificam no mesmo edifício cegonha-branca, mocho-galego, co-ruja-das-torres e andorinhão-pálido. Para completar o trajecto, podemos subirao castelo de Puebla de Alcocer, onde temos a hipótese de ver numerosasaves rupícolas, além de uma vista impressionante sobre as comarcas de LaSerena e La Siberia.Na terceira parte do trajecto vamos abandonar a estrada para circular por umcaminho tranquilo que atravessa pastagens e montados até chegar a Cogol-ludo, um curioso lugar onde duas serras apertam o caudal do Rio Guadiana euma ponte liga ambas margens. As serras, cobertas por uma densa vegeta-ção de azinheiras, sobreiros, zambujeiros e medronheiros, estão coroadas porrochedos de quartzita onde nidificam bufo-real, abutre-do-Egipto, cegonha-preta, águia-real e águia-perdigueira. Há também uma pequena colónia degralhas-de-bico-vermelho, que costumam estar acompanhadas de gralhas-de-nuca-cinzenta. A andorinha-dos-beirais tem uma grande colónia nos arcos

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Guincho comum

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Barragem de Orellana e Puerto Peña

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da ponte de Cogolludo, mas também nidifica nos penhascos perto das ando-rinhas-dos-rochas Da ponte temos uma vista excelente para a barragem eaves. No Inverno ocorrem várias anátidas (pato-real, pato-trombeteiro, fri-sada, arrábio, piadeira, marrequinha comum, ganso-bravo, zarro comum,zarro-negrinha, pato-de-bico-vermelho), grandes bandos de galeirão comum,mergulhão-de-crista, mergulhão-pequeno e mergulhão-de-pescoço-preto(muito abundante). Existem importantes dormitórios de corvo-marinho, gai-vota-de-asa-escura e guincho comum.O último troço é o melhor para a observação de aves estepárias, pois a maiorparte do trajecto pela EX-103 atravessa zonas de pastagens naturais e culti-vos de cereal. Durante o período reprodutor podemos observar facilmenteaves tão emblemáticas como a abetarda (com a possibilidade de avistar exem-plares luzindo a sua plumagem nupcial), sisão, francelho ou tartanhão-caça-dor, este último com uma importante colónia de criação que se pode ver desdea estrada. Também é fácil avistar o rolieiro (frequente nos postes de electrici-dade), poupa, mocho-galego, alcaravão e, com um pouco mais de tempo,ganga e perdiz-do-mar. Nas pastagens são muito abundantes a calhandra,cotovia-escura, fuínha-dos-juncos, trigueirão e pardal-espanhol. No Inverno,destaca-se a presença de tarambola dourada, abibe, petinha comum e al-véola-branca nestas mesmas pastagens.

Fenologia do roteiro

A melhor época para as zonas estepárias e rochedos é a Primavera, já que amaior parte da avifauna é de carácter estival e não ocorre no Inverno. Contudo,a barragem alberga mais espécies e em maior número, tanto no período depassagem migratória pós-nupcial como no Inverno, destacando-se as con-centrações de anátidas durante o período de muda.

Outros valores ambientais e culturais

Entre as festas populares, a mais conhecida é “La Encamisá” de Navalvillarde Pela, em honra de San Antón Abad, que se celebra anualmente a 16 de Ja-neiro. Ao cair da noite, centenas de cavalos sumptuosamente adornados per-correm as ruas da povoação, entre fogueiras e uma multidão de gente,habitantes e visitantes. A festa está declarada de Interesse Turístico Regional.Nas imediações de Cogolludo encontram-se as ruínas da antiga cidade de La-cimurga Constantia Iulia, um assentamento romano de carácter suburbanoe rural, que vale a pena visitar com atenção.São muito interessantes as pinturas rupestres esquemáticas na herdade“Hoyo de Pela”, no perímetro municipal de Orellana la Vieja.

Textos: Atanasio Fernández García

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ALOJAMENTOS

CAMPANARIO

CR JARA-SERENACARRETERA LA HABA-LAGUARDA, KM 7 FINCA HOYA DEL LOBO658869391CR LOS CASARESCARRETERA DE QUINTANA, 7606706676

CASAS DE DON PEDRO

CR CASA LARESZAMORA, 26924864027 / 654211578

NAVALVILLAR DE PELA

H LAS DEHESASCARRETERA N-430, K. 135H DON JUANCARRETERA N-430 K. 139924860606 / 924860296H EL IMPREVISTOCARRETERA N-430 K. 139924860311H LOS OLIVOSCARRETERA N-430 K. 139924860580CR S LA LOZANACALLE MORENO NOGALES, 18924824291

ORELLANA DE LA SIERRA

H*** EMBALSE DE ORELLANACERRO DE LAS HERRERIAS924866400 / 924866413P EL CAPITANCALLE REAL, 12924866028P LAS VIGASCALLE REAL, 25924866150

PUEBLA DE ALCOCER

CR VALLES DE CONSOLACIÓN AFINCA LOS VALLES DE LA CON-SOLACION924145039 / 913510931

CR VALLLES DE CONSOLACION BFINCA LOS VALLES DE CONSO-LACION924145039 / 913510931CR LA CASA DE LOS TEMPLARIOSGARCIA MESONERO, 11924620085 / 669936927CR LA BOTICACALLE FERNANDO HERNAN-DEZ GIL, 24924620315 / 610374524

TALARRUBIAS

C 1ª PUERTO PEÑACARRETERA N-430, KM. 169924631411 / 924631411P NUÑEZCALLE RAMON Y CAJAL, 2924630309 / 924630309P CALDERONCALLE FUENTE VILLA, 9924630360 / 924630503

ALÍA

H* VALMAYORCARRETERA EX-102, PARC. 91.POL. 21927366515 / 927366270P GARCÍAPANTANO DE CIJARA927366475P MONTERO, ELAVDA. LUIS CHAMIZO, 40927366011CR EL ESTRECHO DE LAPEÑACTRA. EX.102, KM.92,300927366289 / 616683486ATR EN PLENA SIERRALA CALERA616683486

CASTILBLANCO

CR LOS HUERTOSC/LOS HUERTOS, 24924654398 / 628266403CR LA TAHONAAVDA. EXTREMADURA, 39626185503 / 927654398

VALDECABALLEROS

AT SIERRA JARAURBANIZACIÓN SIERRA JARA670850183HS** LA HOSTERIA DELOS ENCINARESCARRETERA GUADALUPE S/N924643212 / 924643235HS* LA VAGUADACARRETERA BADAJOZ K. 3924643426 / 924643092

FUENLABRADA DE LOS MONTES

H** EL TORREONCALLE VILLANUEVA, 12924642107 / 924642042HS* CARLOS ICALLE COMENDADOR ARIASPÉREZ, 12924650871 / 654450905HS* EL FOGÓN DE FELISAAVENIDA JUAN CARLOS I, 1924650148HS* PACO`SCALLE COMENDADOR ARIASPEREZ, 24924642202 / 924650801

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. HERRERA DEL DUQUEAV. DE LA PALMERA, 1HERRERA DEL DUQUETEL.: 924650231FAX: 924650025O.T. TALARRUBIASC. DE OCIO PUERTO PEÑACTRA. DE PELOCHE, KM. 1PANTANO DE PUERTO PEÑATEL.: 924630100

C. DE INTERPRETAÇÃO

C.I. DE LA FAUNA RUPÍ-COLA DE PUERTO PEÑAEMBALSE DE PUERTO PEÑATALARRUBIAS924630100C.I. SOBRE LAS GRULLASCTRA. OBANDO - GUADALUPENAVALVILLAR DE PELA924002386

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Dados de interesse (ZEPA Embalse de Orellana y Puerto Peña)

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Sisão

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R A

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Localização e acessos

Este itinerário tem como núcleos de referência La Albuera e Valverde de Le-ganés, ambos muito próximos da capital de província, Badajoz. Como melhoracesso à zona, recomenda-se a N-432 (Badajoz-Granada), que se pode apa-nhar em direcção a La Albuera, quer na própria cidade de Badajoz, a norte,quer em Zafra, vindo da auto-estrada A-66 a sul.Folhas 1:50.000 números 801 e 802 do IGN.

Descrição do roteiro

A proposta de percurso ornitológico está composta em duas partes, conside-rando a diferente localização geográfica e, sobretudo, as características eco-lógicas que definem as mesmas (lagoas e planícies estepárias,respectivamente). Lagoas de La Albuera: Este complexo de zonas húmidas

Lagoas e Planícies de la Albuera

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

1,5 km

N-432

N-435

Cortijo deLa Campana

Valverde de Legan�s

La Albuera

Lagoas e Planícies de La Albuera

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Residentes

Estivais

Invernantes

abetarda, sisão, cortiçol-de-barriga-preta, alcaravão,peneireiro-cinzento, mergulhão-de-crista, mergulhão-pequeno

tartanhão-caçador, francelho, rolieiro, toutinegra-real,pernilongo, gaivina-de-faces-brancas

grou-comum, tartanhão-caçador, tarambola-dourada,anátidas

Migradoresde passagem colhereiro, marreco, limícolas

naturais de carácter endorreico constitui a melhor representação deste tipode habitats (lagoas temporárias mediterrâneas) na Extremadura. O espaço na-tural designado como “Complexo Lagunar de La Albuera”, constituído poruma séries de lagoas e pântanos temporários de carácter mediterrâneo (La-goas Grande, Llana, Marciega, Chica, del Burro, del Carril, entre outras demenor importância), pequenas superfícies de habitats estepários salinos, emontados desarvorados de azinheiras, encontra-se declarado como Lugar deImportância Comunitária (LIC), assim como Zona de Importância Internacio-

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nal para a Avifauna aquática (Área Ramsar). Ao lado das planícies agrícolasentre esta localidade, Badajoz e Valverde de Leganés (ver depois) forma tam-bém parte da ZPEA “Planícies e Complexo Lagunar de La Albuera”. O percursoornitológico de acesso ao Complexo lagunar tem o seu início na localidade deLa Albuera e pode efectuar-se em meio dia, uma parte de carro e outra pe-destre. Desde esta localidade, deve apanhar a própria N-432 em sentido sul,direcção Zafra, e cerca de 6 km mais à frente, no ponto quilométrico 29,400(neste ponto encontra-se um painel informativo do Espaço Natural; 29S-694770-428368) entrar num pequeno caminho de terra no lado esquerdo daestrada. Deixe o carro perto da estrada e percorra a pé os cerca de 2 km quenos vão levar em linha recta ao núcleo central do complexo lagunar formadopelas lagoas de Marciega, Grande e Llana, todas elas localizadas entre as azi-nheiras da Dehesa del Caballo. De regresso ao carro, e a uns 100m da es-trada, apanhe à esquerda outro caminho que nos leva à Lagoa Chica depoisde percorrido 1 km e passando pelo Cortijo de las Nateras Altas. Para chegarà Lagoa del Burro, zona húmida muito superficial, apanhamos o caminho de-signado na cartografia como Carril de las Vacas, o qual, perpendicular à pró-pria N-432 e no mesmo sentido que o anterior, parte no ponto quilométrico27,300 (29S-693025-428479); deixando o carro ao pé da estrada, e depois depercorrer a pé 1,7 km, encontramos a referida lagoa à direita. As outras lagoasdo sistema lagunar encontram-se junto à N-432, nos pontos quilométricos31,500 (Lagoa del carril) e 33,000 (lagoa de la Gitana). Planícies estepáriasde La Albuera-Valverde de Leganés: o itinerário ornitológico aqui proposto(20 km) para atravessar estas planícies agrícolas ou pseudo-estepes, comuma duração de meio dia (de carro e a pé), compreende, em largos traços, aestrada que une as localidades de La Albuera e Valverde de Leganés (BA- 006,15 km). Assim sendo, uma vez que se encontre na primeira das localidades edepois de atravessar a mesma pela antiga travessia da N-432 que atravessa apovoação, encontra-se à esquerda a referida via interurbana local, ao lado dosilo de cereais. Desde este ponto do núcleo urbano e depois de percorrer 5,700km, ao chegar a uma quinta ou curral de porcos que fica a 200m no lado di-reito da estrada, apanhar (a pé, deixando o carro junto à estrada) o chamadoCarril del Conde, respectivamente à direita e esquerda da mesma (29S-683726-428685). Pela direita, esta via pecuária leva-nos à zona denominadade El Adobal, uma magnífica representação do típico sistema agrícola que do-mina este Espaço Natural, entre cultivos de sequeiro (vinhas, cereais) e rega-dio (alfafa, girassol, etc). Recomenda-se percorrer uns 3-3,5 km até umgrande charco de rega à direita do caminho (Charca de El Adobal), muito pertodo cruzamento com o Carril de las Lanas. À esquerda da estrada, por outrolado, o caminho leva-nos ao lugar chamado El Campillo-Valdesevilla (2 km).Depois de completados estes percursos pedestres, apanhe outra vez a estradaem direcção a Valverde de Leganés; depois de percorrer 3,2km e de umagrande curva à esquerda. Aparece um novo caminho (29S-680654-428723)que nos leva a uma herdade semi-arruinada (Cortijo de la Campana, a uns250m da estrada). Ao longo deste caminho pode também efectuar um per-

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Lagoas e Planícies de La Albuera

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curso pedestre, apreciando o habitat estepário característico da comarca. Vol-tando à estrada, siga novamente em direcção a Valverde de Leganés (fim doitinerário, 6,5 km) efectuando, opcionalmente, alguma paragem ou outro pas-seio, se assim o desejar.

Valores ornitológicos

Lagoas de La Albuera: A comunidade de aves aquáticas que ocupa este con-junto de zonas húmidas ao longo de um ciclo anual, segregando-se fenologi-camente diferentes comunidades e/ou espécies (residentes, estivais,invernantes ou migradores de passagem) é catalogada como de elevada di-versidade e importância em conservação. No total foram inventariadas maisde 150 espécies de aves, o que demonstra o valor deste sistema de zonas hú-midas. Durante o período primaveril ou reprodutor, as aves mais representa-tivas e nidificantes na zona são mergulhão-de-crista, mergulhão-pequeno,galeirão comum, frisada e pato-real. Destaca-se a comunidade de limícolas re-produtoras, composta por espécies como o pernilongo, gaivina-de-faces-brancas, perdiz-do-mar e abibe (sendo esta área uma das escassas localidadesreprodutoras da espécie na região). O tartanhão-ruivo-dos-pauis também sereproduz na lagoa alguns anos. Durante a invernada, destacam-se as impor-tantes populações de diferentes espécies de anátidas (ganso comum, marre-quinha comum, arrábio, pato-trombeteiro, piadeira, pato-de-bico-vermelhoou zarro comum, reprodutor nalguns anos). A área constitui também um nú-cleo tradicional de invernada e alimentação de grou-comum (mais de 1000indivíduos) que utilizam a Lagoa Grande como dormitório. Quanto aos mi-gradores de passagem destaca-se a presença de alguns bandos de colhereiro,cegonha preta e branca, marreco e espécies de limícolas (maçaricos, pernas-verde e vermelha, combatentes, pilritos). Nos montados de azinheira dos ar-redores das lagoas são frequentes como espécies reprodutoras taxa o

Ganga fêmea bebendo

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peneireiro-cinzento, a águia-calçada, águia-de-asa-redonda, charneco, touti-negra-real, poupa, entre muitas outras espécies orníticas.Planícies de La Albuera-Valverde de Leganés: O sistema agrícola pseudo-estepário com que nos vamos agora ocupar é uma das melhores representa-ções deste tipo de meio na Extremadura, apesar da sua reduzida extensãosuperficial, avistando-se a maioria das espécies de “aves estepárias”. Des-taca-se a presença como reprodutores de abetardas (250 exemplares na Pri-mavera e mais de 1000 na invernada), sisão, cortiçol-de-barriga-preta,alcaravão, rolieiro, tartanhão-caçador, francelho, calhandra ou calhandrinha).Durante a invernada, a zona alberga também contingentes invernantes de tar-tanhão-azulado, esmerilhão (com interessantes dormitórios comunitários),abibe, tarambola-dourada, cotovia, petinha-dos-campos, entre outras espé-cies. Nos poucos retalhos de montados e azinheiras dispersos que ainda exis-tem na zona existe uma abundante população reprodutora depeneireiro-cinzento (uma das melhores da região, 10-15 casais); reproduz-setambém nestes montados cultivados o bufo-pequeno.

Fenologia do roteiro

Este roteiro pode efectuar-se em qualquer época do ano, com excepção, tal-vez, do tórrido Verão. Não obstante, recomenda-se quer na Primavera (Março-Maio), quer no Inverno (Dezembro-Fevereiro). Deve-se ter em conta, contudo,que durante este último período, o estado dos caminhos é, em geral, muito de-ficiente, devido ao carácter argiloso do terreno, com barro e água. Destaforma, convém salientar que as lagoas apenas se mantêm com água duranteo período chuvoso, nos anos hidrológicos normais, com abundantes chuvasno Outono e Primavera; caso contrário, permanecem totalmente secas du-rante todo o ano.

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Abetarda Tartanhão-caçador

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Lagoas e Planícies de La Albuera

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Outros valores ambientais e culturais

Valores ambientais. A Ribeira de Nogales-Los Limonetes, que atravessa aZPEA, encontra-se declarada como LIC pela importância da sua ictiofauna au-tóctone e o bom estado de conservação das galerias ribeirinhas (freixos, loen-dros, tamujos). As serras próximas (Serras de Alor, Monsalud, MaríaNadrés, etc.) de carácter calcário, albergam endemismos botânicos e ricascomunidades de orquídeas. Na estrada de Valverde de Leganés a Badajoz en-contra-se um interessante bosque misto de azinheira, sobreiro e pinheiro-manso, com fauna ornitológica abundante e valiosa (cegonhas, milhafres,águias-calçadas, bufos-pequenos, corujas-do-mato). O aterro de Badajoz, nareferida estrada, é outra zona com grande abundância e diversidade de aves,sendo possível visitá-la.Valores Histórico-culturais. Vale a pena visitar os centros históricos de Ba-dajoz (alcáçova árabe, muralhas, ponte medieval, catedral, igrejas, casco an-tigo, museus), Olivença (ponte da Ajuda, fortaleza, quartéis, igrejas,arquitectura popular e religiosa portuguesa, museu etnográfico) e Zafra (cas-telo-palácio, conventos, praças, arquitectura popular). Em Valverde de Lega-nés e Barcarrota existe grande abundância de monumentos megalíticos(dólmenes e menires) com folhetos informativos editados pelas respectivascâmaras municipais para facilitar a visita.

Textos: Casimiro Corbacho Amado

Fim de tarde nas lagoas de La Albuera

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ALOJAMENTOS

ACEUCHAL

H** FRIJÓNCARRETERA CTRA. VILLALBA,1924687321

LA ALBUERA

HS** VILLAFRESAVDA EXTREMADURA, 84924480378HS* DON PEPEAVDA.EXTREMADURA 115924480033

BADAJOZ

H***** GRAN HOTEL CA-SINO DE EXTREMADURAAVDA DÍAZ AMBRONA, 13924284402 / 924275175H**** LOS JARDINES DELAS BOVEDASAUTOVIA MADRID-LISBOAP.K.405.715924286035H**** AC BADAJOZAVDA DE ELVAS S/N924286247 / 924286248H**** ZURBARÁNPASEO CASTELAR, 1924001400 / 924220142H**** BADAJOZ CENTERAVDA DAMIAN TELLEZ LA-FUENTE, S/N924212000 / 924212002H*** ACUARELCTRA.BADAJOZ-GRANADA, K.65924239606 / 924241620H*** LISBOAAVDA. DE ADOLFO DÍAZ AM-BRONA, 13924272900 / 924272250H*** RIOAVDA A. DIAZ AMBRONA, 13924272600 / 924273874HS** DON PACOCALLE SANCHEZ DE LAROCHA, 7924286415HS** CERVANTESCALLE TRINIDAD, 2924223710 / 924222935

HS** CONDEDUCALLE MUÑOZ TORRERO, 27924207247 / 924207248HS** GONGORAC/ DOBLADOS, 17924223710 / 924235962HS** SAN MARCOSMELÉNDEZ VALDÉS, 53924229518 / 924229250HS* DE LAS HERASCALLE PEDRO DE VALDIVIA, 6924224014 / 924224014HS* NIZACALLE ARCO AGÜERO, 34924223173 / 924200584HS* NIZA IICALLE ARCO AGÜERO, 45924223173 / 924200584HS* VICTORIACALLE LUIS DE CAMOENS, 3924271662 / 924277551HS* HOSTAL BADAJOZC/ GENERAL EMILIO MOLAVIDAL, 5924247402HS* TITTY TWISTERN-432, KM 11.200924275841HS* PLAZA DE ESPAÑACALLE ZURBARAN, 2-1º924222005HS* PINTORCALLE ARCO AGÜERO, 26 924224228 / 924233345P GALICIAAVENIDA A. DIAZ AMBRONA,24924271902 / 924271902HA*** ASCARZACastillo Puebla de Alcocer, 28924286370 / 924286371

GUADIANA DEL CAUDILLO

P MARI LOLIPLAZA DEL PARQUE, 3924471080

PUEBLONUEVO DEL GUADIANA

H* LA FINCACARRETERA BADAJOZ -MON-TILJO K. 22924140718

VALDELACALZADA

HS** VELASCOCALLE CALZADA, 26924447109 / 924447109

VILLAFRANCO DEL GUADIANA

H**** CONFORTEL BADAJOZCARRETERA N-V, KM 393924443711 / 924443708

SANTA MARTA DE LOS BARROS

H* KIKACALLE TTE CORONEL SEGUÍ, 44924690527

VALVERDE DE LEGANÉS

HS* LOS HERMANOSCARRETERA BADAJOZ S/N924496400HS* CHIRINGUITOCARRETERA BADAJOZ S/N924496153CR VALLE DE MIRACRTA DE VALVERDE-TALIGA KM 4.1927127474CR LOS GAITANESC/ LAS TORRES S/N678726098

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Dados de interesse (Lagoas e Planícies de La Albuera)

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Pernilongo

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R A

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Localização e acessos

Este roteiro localiza-se no centro da província de Badajoz e as localidades dereferência são Almendralejo, Alange, Oliva de Mérida e Hornachos. Os aces-sos são vários e fáceis: tanto a auto-estrada A-5 Madrid-Badajoz (E-90) comoa auto-estrada Vía de la Plata (A-66) levam-nos facilmente à zona.Folhas 803, 804 e 830 do IGN.

Descrição do roteiro

O trajecto sugerido é longo, devido à dispersão dos lugares de interesse or-nitológico e enlaces necessários que os ligam; foi desenhado para ser efec-tuado em carro, com pequenos percursos a pé, em dois dias completos. Podeiniciar-se com uma visita à “Igreja de la Purificación de Almendralejo”, umedifício religioso declarado ZPEA por albergar uma importante colónia de fran-

Serras centraisde Badajoz

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

A- 6

6

N-6

30

EX-105

EX-

335

EX-212

EX-334

EX-344

Serras centrais de Badajoz

148

Residentes

Estivais

Invernantes

grifo, águia-perdigueira, águia-real, bufo-real, melro-azul, chasco-preto, cia

abutre-do-Egipto, andorinhão-real, chasco-ruivo, gaivina-de-faces-brancas, pernilongo

ferreirinha-serrana, grou-comum, corvo-marinho, gaivota-de-asa-escura, guincho

Migradoresde passagem colhereiro

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celhos (+100 casais). Depois, seguimos caminho pela histórica Vía de la Plata,sentido Mérida, atravessando a fértil planície de Tierra de Barros, entre vinhase olivais. 2,5 km depois da localidade de Torremejía, e antes do Puerto de Se-villa que divide a serra, vamos desviar-nos à direita (EX-105: Alange-Don Be-nito). Vamos encontrar-nos já no sopé de algumas serranias que formam oEspaço Natural a visitar, a ZPEA da “Barragem de Alange e Serras Centraisde Badajoz”. Mais concretamente, rodeamos a soalheira Serra Grajera(Grande e Chica), coberta por densos matagais termófilos (lentiscos, zam-bujeiros, estevas, etc.) deixando atrás a Serra Moneda. Pouco depois de su-perar esta serrania, a pouco mais de 4 km do início desta estrada, vamoschegar a um cruzamento onde viramos à direita, em direcção a Almendralejo,embora paremos a 500m, onde vamos encontrar no lado direito, junto à es-trada, a Lagoa de Melchor Gómez, antes de um enorme parque solar. Esta pe-quena zona húmida coberta de vegetação aquática (Scirpus, Eleocharis,Juncus) apenas apresenta água depois de invernos muito chuvosos. Segui-mos depois pela estrada anterior, alcançando o paredão da represa da Barra-gem de Alange a uns escassos 4 km mais à frente; atravessamos este paredãoe estacionamos no parque do lado direito, por debaixo das escarpas do Cerrodel Castillo de Alange (a este ponto pode chegar-se também directa e facil-mente desde Mérida, pela estrada EX-089 Mérida-Alange). Aqui, óptimo lugarde observação ornitológica, recomenda-se efectuar o percurso pedestre docastelo até Alange (2 km). Neste trajecto, com magníficas vistas para a massade água da barragem, podemos parar numa Jazida Arqueológica do períodoCalcolítico, situada na mesma calçada. É também idóneo um passeio ornito-lógico pela estrada do paredão da represa. Seguimos depois caminho pelamesma EX-105, em direcção a La Zarza (6 km), depois de contornar o Cas-telo pela sua umbria e deixando à direita os contrafortes da Serra de PeñasBlancas, cujo extremo oposto será o nosso destino. Precisamente antes dechegar a La Zarza, depois de cruzar o Arroio de la Calera, seguimos pela es-trada de circunvalação à direita (ZA-30) durante 1,9 km e no ponto mais alto

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Milhafre-preto

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Serras centrais de Badajoz

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da mesma (29S-742435-430013), ao lado de um desvio asfaltado para a po-voação, apanhamos outra vez à direita o chamado Camino Juan Bueno (“Jan-bueno”), que nos leva às Minas de Tierrablanca de La Zapatera (caulim ouardósia sericita utilizada para branquear as paredes), num percurso onde po-demos apreciar magníficas vistas da Serra de Peñas Blancas, coberta de oli-vais alinhadas e amendoeiras, solo rochoso e penhascos quartzíticos. Umavez chegados a Las Minas, um enorme socavão mineiro a céu aberto, encon-tramos um par de caminhos à direita (29S-743796-429979), mas vamos con-tinuar pelo principal (à esquerda), sem nos desviarmos, passando pelasterraplanagens da exploração. Depois de superarmos estes e a própria mina,ao mesmo tempo que descemos em frente à Cueva de la Zapatera na Serra deJuan Bueno, seguimos pelo mesmo caminho, (agora mais estreito) duranteuns 400m até chegarmos a uma pista de terra em bom estado (29S-74488-430019). Nessa pista viramos à direita e seguimos até Oliva de Mérida (6km), sempre com a serra, muito degradada pelas repovoações florestais deEucalipto, ao nosso lado esquerdo. Chegamos a uma estrada, à saída da lo-calidade, com a antiga Ermida del Espíritu Santo, em ruínas, à nossa frente,sede de uma bonita colónia de francelhos. Seguimos agora à direita, em di-recção a Palomas (EX-335), paralelos à Cañada Real Leonesa Occidental;20 km depois apanhamos o desvio pelo traçado da antiga estrada, atraves-sando Arroio Higuereja e parando debaixo dos penhascos de Serra Utrera(“abutreira”), na área de repouso. Como o próprio nome indica, a serra al-berga uma grande colónia de abutres, além de outras grandes rapinas (verdepois). Depois de uma merecida paragem de observação ornitológica, con-tinuamos o caminho para Palomas (10 km), em direcção ao nosso destino: aSerra de Hornachos (25 km). Opcionalmente, podemos fazer uma breve in-cursão pela zona soalheira, coberta de magníficos zambujeiros termófilosentre rochedos; para isso, depois de passarmos o Puerto Palomas e deixaratrás a Ermida de San Isidro, aparece a pouca distância (200m) à nossa direitaum caminho onde vamos encontrar perspectivas espectaculares e visivel-mente diferentes da Serra de Peñas Blancas. De regresso à estrada, chegamosa Palomas e vamos em direcção a Puebla de la Reina (EX-210); depois desta,seguimos até Hornachos (EX-344). O Espaço Natural “Serra Grande de Hor-nachos” (ZPEA, LIC e ZIR), destino ornitológico de grande magnitude, albergauma excepcional riqueza avifaunística. Propomos dois itinerários a pé, quetêm como objectivo as duas serranias que formam esta maravilhosa serra:Serra de Pinos e Serra Grande. Situando-nos em Hornachos, na parte baixa dapovoação, junto a um pilar no cruzamento de várias estradas, apanhamos aEX-344, sentido Puebla de la Reina; depois de percorrer 2,8 km seguimos pelapista do lado direito (29S-75382-427412), a qual se encontra 100m mais àfrente da entrada (à nossa esquerda) da Ermida de San Isidro. No acesso en-contramos um painel informativo. 2,2 km depois na mesma pista, e ao che-gar a um cruzamentos de caminhos (29S-755364-4275325), seguimos peloque vai pelo lado direito. Este caminho (recomenda-se efectuar a pé), commagníficas vistas panorâmicas, vai-nos levar pela Umbria de Serra Grande,

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coberta por um denso bosque e matagal mediterrâneo, salpicado de rochas eque culmina com enormes penhascos de quartzita. Podemos seguir por estecaminho, tendo como referência a vedação de arame do nosso lado direito(aparecem também alguns trilhos à esquerda, mas não devemos abandonareste em que seguimos) durante 4-5 km, até chegarmos a uns bonitos sobre-irais. De regresso, pela estrada em direcção a Puebla de la Reina, depois decruzar a serra com uma bonita vista panorâmica do Vale Bejarano, vamosabandonar esta a pouco mais de 4 km, virando à esquerda no desvio assina-lado para a casa rural Serra del Mampar (29S-75291-4277720). Deixando ocarro na berma do caminho, continuamos a pé até contornarmos a impres-sionante Serra de Pinos, demarcada por numerosos penhascos e coberta porum impenetrável bosque mediterrâneo. Voltando ao carro, terminamos onosso trajecto ornitológico; obviamente, se vimos de Puebla de la Reina, estesdois itinerários podem ser efectuados no sentido contrário.

Valores ornitológicos

As serranias que ocupam o centro da província de Badajoz (Serras de SanServán, Grajera, Peñas Blancas, del Conde-Vistalegre, Machita e Hornachos),verdadeiros “ecossistemas-ilhas” num meio agrícola muito degradado, apre-senta como principal valor ornitológico a comunidade de grandes rapinas. Aolongo do trajecto e em cada um dos pontos de paragem-observação e/ou tri-lhos pedestres propostos (Cerro del Castillo-Represa de Alange, Minas deTierra Blanca, Serra Utrera, Serra Grande e de Pinos) podemos apreciar esteconjunto de espécies. Destacam-se, sem dúvida alguma pela sua transcen-dência em conservação, a população de águia-perdigueira (10 casais), águia-real (9 casais), abutre-do-Egipto (8 casais) ou grifo (+100 casais); outrasespécies valiosas (águia-cobreira, bufo-real, peneireiro vulgar e francelho, ga-vião, etc.) assim como as mais generalistas (milhafre-preto, águia-calçada ouáguia-de-asa-redonda) também não faltam na lista de espécies observadasao longo do percurso. Destacam-se ainda outros taxa de interesse, especial-mente em latitudes mediterrâneas como esta, como é o caso do chasco-preto,chasco-ruivo, melro-azul, cia, toutinegra-real, carrisqueira e do mato, entremuitas outras ligadas a rochedos, bosque mediterrâneo ou montados. Du-rante a invernada aparecem espécies como a ferreirinha-serrana ou uma pe-quena população de grou-comum que se alimenta nos montados e utiliza asbarragens como dormitório. Sobre o paredão da barragem de Alange assentaa maior colónia de andorinhão-real da Extremadura (+300 aves, também pre-sentes nalguns penhascos serranos da zona), além de um grande número deandorinhas-dos-beirais, gralhas-de-nuca-cinzenta, etc. Nas zonas húmidasda área, em particular na Barragem de Alange (de difícil acesso pelo seugrande tamanho), um grande contingente de aves aquáticas utiliza o entorno

R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Serras centrais de Badajoz

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durante todo o ciclo anual, fundamentalmente durante a invernada (podicipe-didae, rallidae, anátidae, ardeidae, laridae, sternidade, corvidae, etc.), mastambém na época reprodutora (especialmente anátidas e limícolas coloniais).Na Lagoa de Melchor Gómez reproduzem-se regularmente pernilongo, mer-gulhão pequeno ou galeirão comum, e ocasionalmente, gaivina-de-faces-brancas, perdiz-do-mar e abibe. No período migratório, a comunidade éenriquecida com outras espécies (fundamentalmente limícolas), podendo avis-tar-se também o colhereiro. Definitivamente uma grande riqueza ornitológica,como corresponde a uma área diversa e heterógenea.

Fenologia do roteiro

O período primaveril é o momento idóneo para levar a cabo este trajecto or-nitológico, quer pela riqueza de espécies faunísiticas como botânicas (ver de-pois). Não obstante, o período central do Inverno (Dezembro-Janeiro) tambémserá muito recompensador.

Outros valores ambientais e culturais

Valores ambientais. Na área de influência da zona encontra-se outra série deEspaços Naturais da Rede Natura 2000 (LICs Guadiana alto, Rio Matachel,Rio Palomillas, ZPEAs Colónia de Francelhos da Igreja de Guareña, ou do Par-que Natural de Cornalvo; pode obter mais informação em http://www.extre-mambiente.es). A área conta ainda com outros interessantes valoresbotânicos, como as melhores e praticamente únicas populações ibéricas degerânio “de roca” (Erodium muretii), ou as excelentes populações de Or-quídeas e Narcisos (Narcissus spp.). A Barragem de los Molinos (Horna-chos) é outra zona que pode ser visitada (dormitório de grous, concentraçõespós-nupciais de cegonha-preta, anátidas, etc.).Valores histórico-culturais. As serras mencionadas constituem sem excep-ção uma das melhores concentrações de arte rupestre esquemática do su-doeste ibérico; na Zarza existe um percurso sinalizado para a visita dasfamosas “Pinturas rupestres de la Calderita”. Os centros históricos ou con-juntos monumentais de Mérida (Património da Humanidade), Alange (ter-mas romanas-estância termal, castelo, igreja paroquial, ermidas) e Hornachos(“enclave mourisco”: alcáçova árabe, pilares e fontes, pomares e canais de ir-rigação, solares, ermidas) são valores históricos a destacar. Vale a pena visi-tar as igrejas mudéjares de Palomas, Puebla de la Reina e Hornachos.

Textos: Casimiro Corbacho Amado

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ALOJAMENTOS

ALANGE

H**** GRAN HOTEL AQUA-LANGEPASEO DE LAS HUERTAS, 3924365608H*** VARINIA SERENACALLE BAÑOS,, 63924365213H* LA CORDOBESACALLE NUEVA, 8924365323H* MARÍNCALLE BAÑOS, 6924365385HS* ATENEACALLE NUEVA, 22924365366HS* JUAN DE DIOSCALLE BAÑOS, 34924365262HR LA SINFOROSAC/ NUEVA,10924365606

ATR TRINIDADC/ CASTILLEJOS,3924365066CR LA CASINAC/ ALMENDROS, 27646751139CR LA CASA AZULCALLE BAÑOS, 57924365213CR EL BALCÓN DEALANGECOSO, Nº 67695498731

ARROYO DE SAN SERVÁN

P EL CRUCECARRETERA N-V KM. 352924342112HR LOS POZITOSPOLIGONO II, PARCELA 5004665992490ATR LOS POZITOSPOLIGONO II PARCELA 5004665992490

CALAMONTE

HS** LAS PALMERASCTRA N-630 KM 628639976357

GUAREÑA

H* EL COTOCARRETERA D. BENITO,924350378P ACUARIOCARRETERA D. BENITO,924351379

HORNACHOS

AT PARAJE LA AGUSTINAPARAJE LA AGUSTINA924533001CR LOS CASTILLEJOSLUIS CHAMIZO, 10927534067CR SIERRA DE MAMPARCALLE SIERRA DE MAMPAR924124020CR TITA SACRAMENTOLUIS CHAMIZO, 12924534218CR TITA SACRAMENTOLUIS CHAMIZO, 12924534218P CASTILLO DE HORNACHOSNTRA SRA DE GUADALUPE 16924533606

LA ZARZA

CR LOS CORTINALESAVDA. ALANGE647776684HS* CASA LÓPEZCALLE MERIDA, 3924366350HS* MOLINAJUAN CARLOS I S/N924366103HR EL ARRIERODULCE CHACON, 4924367968

MÉRIDA

H***** MERIDA PALACEPLAZA DE ESPAÑA 19924383800H**** ADEALBAC/ ROMERO LEAL, Nº 18665402105 / 924388271H**** LA LOMASAVDA. REINA SOFÍA, 78924311011 / 618518431H**** PARADOR DE TU-RISMO VIA DE LA PLATAPLAZA CONSTITUCION, 3924313800H**** TRYP MEDEAAVENIDA PORTUGAL S/Nº924372400H**** VELADA MERIDAAVENIDA PRINCESA SOFIA s/n924315110H*** NOVA ROMACALLE SUAREZ SOMONTE, 42924311261 / 924311201H*** ZEUSAVDA. REINA SOFÍA, 8924318111H** CERVANTESCALLE CAMILO J. CELA, 8924314961H** HOTEL RAMBLA EMÉRITARAMBLA SANTA EULALIA, 17924387231H** LUSITANIACALLE OVIEDO, 12924316112HS** ANASAVENIDA REINA SOFÍA, 9924311113HS** LAS ABADÍASRONDA DE LOS EMERITOS, S/N924313326HS* ALAMEDAPLAZA MAGDALENA, 1924300474HS* BUENOCALLE CALVARIO, 9924302977 / 696230075HS* EL ALFAREROCALLE SAGASTA, 40924303183 / 678311783

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Dados de interesse (Serras centrais de Badajoz)

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Serras centrais de Badajoz

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HS* EL TOREROCARRETERA ALANGE, 1924371789HS* NUEVA ESPAÑAAVENIDA EXTREMADURA, 6924313356 / 924304016HS* SALUDCALLE VESPASIANO, 41924312259HS* SENEROCALLE HOLGUIN, 12924317207HS* TORERO IICTRA. ALANGE, 1924371789HR EL PANTANOFINCA EL PANTANO. CTRA. MONTIJO - LA ROCA, KM. 15,700924140194 / 617386611

CR CORTIJO DE LA SERRANACTRA. LA ROCA DE LA SIERRA-MONTIJO, KM. 14924452874 / 646335382CT MÉRIDACARRETERA N-V, K. 336924303453

PUEBLA DE LA REINA

AT LOS PALACIOSCARRETERA HORNACHOS, S/N924360033CR LA POSÁ DE MARIAZURBARÁN, 22924360077 / 620900393

RIBERA DEL FRESNO

CR POSADA NOSTRACURA, 10924536116

TORREMEJÍA

HS** MILENIUMAVDA EXTREMADURA, 56924340207

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Localização e acessos

La Serena é uma comarca situada no leste da província de Badajoz, cuja princi-pal marca de identidade são as extensas terras de pasto que predominam comopaisagem. O Rio Zújar e seus afluentes sulcam esta peneplanície xistosa comuma orografia suavemente ondulada. A peneplanície está flanqueada a sul e lestepor uma sucessão de serras que não chegam a ultrapassar os 950m de altitude,apresentando uma densa vegetação de bosque e mato mediterrâneo.Para visitar a zona, recomenda-se seguir pela EX-104 tendo como referênciaa localidade de Villanueva de la Serena. Esta estrada passa pelas principaislocalidades da comarca, incluindo La Coronada, Campanario, Castuera e Ca-beza del Buey. Também se pode chegar pela N-430, através de Acedera (BA-105, em direcção a Orellana la Vieja), Navalvillar de Pela (EX-115, em direcçãoa Orellana la Vieja) ou Casas de Don Pedro (BA-197, em direcção a Talarrubiase Puebla de Alcocer).

La Serena e Serra de Tiros

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

EX-104

EX-1

03

BA-112

EX-349

La Serena e Serra de Tiros

156

Residentes

Estivais

Invernantes

abetarda, sisão, ganga, cortiçol-de-barriga-preta, águia-perdigueira, águia-real

cegonha-preta, abutre-do-Egipto, francelho, tartanhão-caçador, rolieiro, calhandrinha

abibe, tarambola dourada, grou-comum, petinha, laverca, tartanhão-azulado

Migradoresde passagem chasco-cinzento, chasco-ruivo, cartaxo-nortenho

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R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Descrição do roteiro

O roteiro tem um trajecto aproxi-mado de 77 km, dos quais 53 seefectuam por estradas em bom es-tado e com pouca circulação, en-quanto que o resto decorre porcaminhos perfeitamente transitá-veis com um veículo convencional.

Troço 1. Desde Campanario até àEX-035. O roteiro começa na loca-lidade de Campanario, onde chegá-mos pela EX-104 desde Villanuevade la Serena. Imediatamente antes de entrar na povoação, apanhamos um cru-zamento à esquerda para seguir pela EX-349, que nos leva em direcção à Bar-ragem de La Serena. Encontramos o cruzamento com a EX-115 em direcçãoa Orellana la Vieja a 850m, mas seguimos em frente, sem nunca nos desviar-mos, adentrado-nos numa das zonas estepárias de maior beleza de La Se-rena. Passamos primeiro pela Ermida de Piedra Escrita (km 5,5) e depoissobre o Rio Guadalefra (km 6,1) e chegamos finalmente à estrada EX-103,onde viramos à esquerda, em direcção a Orellana la Vieja e Puebla de Alcocer,até encontrar um cruzamento à direita a 1200m, continuando pela BA-035.Três quilómetros depois vamos passar pelos extremos da Barragem do Zújare outros 3 km mais à frente chegamos a outro cruzamento no qual viramos àdireita em direcção a Cabeza del Buey (continua a ser a BA-035).

Troço 2. Desde a BA-035 até à Ermida de Belén. Este segmento tem uma lon-gitude de 22 km, sendo uma estrada muito recta e que atravessa na totalidadepastagens e terras de cultivo. É popularmente conhecida como a “Carretera delas Golondrinas” (estrada das andorinhas). No seu final, chegamos novamenteà EX-104 e viramos à direita em direcção a Castuera. Depois de 3,7 km e determos passado a pequena povoação de Almorchón, encontramos um desvioao lado direito que nos leva até à Ermida de Belén.

Troço 3. Desde a Ermida de Belén até Castuera. Desde a Ermida de Belén o per-curso continua por um caminho de terra ao longo de mais de 25 km, quevamos seguir sempre recto. Os primeiros 5,5 km seguem paralelos à linha docomboio e depois afasta-se desta para continuar pelas pastagens situadas naumbria da serra. O caminho chega até Castuera, finalizando na EX-104, juntoao cemitério desta localidade.

Cotovia-escura

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La Serena e Serra de Tiros

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Valores ornitológicos

La Serena é, sem dúvida, uma das zonas estepárias de maior importância daPenínsula Ibérica, quer pela sua extensão, quer pela importância dos habitatse espécies que podemos encontrar. As aves associadas aos terrenos de pastoe cultivos agrícolas de sequeiro têm aqui uma excelente representação, al-cançando algumas delas importantes populações com grande valor em termosde conservação. Por tudo isto, conta com a designação de Zona de ProtecçãoEspecial para Aves (ZPEA), sendo também a zona protegida de maior super-fície em toda a Extremadura, ultrapassando as 150.000 has.

Nos Troços 1 e 2, que percorrem algumas das melhores zonas de pastagem,vamos ter várias oportunidades de observar aves estepárias. A cotovia-es-cura, muito mais abundante aqui que a cotovia-de-poupa, é uma das espé-cies mais frequentes e está presente em todo o território. Vai ser fácil observarmuitas aves pousadas nas vedações de arame e de pedras, e nos “dientes deperro” (dentes de cão), denominação que recebem nesta zona os afloramen-tos de quartzito, que nalguns casos chegam a ultrapassar os 2m de altura,como é o caso do chasco-ruivo, picanço-real, trigueirão, poupa, mocho-ga-lego ou a perdiz. A ausência de árvores faz dos postes e fios de electricidadelugares de poiso muito utilizados pelas aves, o que vamos comprovar fre-quentemente com exemplares de francelho, peneireiro, águia-de-asa-redonda, águia-cobreira ou rolieiro. O canto e voo rápido da calhandradelatam-nas nas pastagens e pousios e nalgumas destas zonas, em especialnos pousios, é também possível encontrar a calhadrinha. Dada a escassa co-bertura arborizada, devemos prestar especial atenção às zonas de juncais, to-milhais ou matagais e arbustos (retamas, zambujeiros, pilriteiros,pereiras-bravas, silvas) onde vamos encontrar outras espécies como pintas-silgo, pintarroxo, fuínha-dos-juncos, cartaxo, felosa poliglota, toutinegra-to-milheira, toutinegra-dos-valados, toutinegra-real e rouxinol-do-mato (estasúltimas principalmente nas manchas de zambujeiros). Nalgumas sementeirasde cereais estabelecem-se colónias de tartanhão-caçador, nas quais tambémpodemos encontrar casais de tartanhão-ruivo-dos-pauis. Em ambos troçossão ainda frequentes a ganga e o cortiçol-de-barriga-preta, duas espécies em-

Francelho

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blemáticas das zonas estepárias, embora para observar estas aves seja acon-selhável parar o carro e tentar ouvi-las enquanto voam, pois o seu canto émuito sonoro e facilmente reconhecível. Ao entardecer será mais fácil ver ououvir o alcaravão e o noitibó, muito mais abundantes do que se poderia ima-ginar.As abetardas podem surpreender-nos a qualquer momento do percurso, es-pecialmente no troço da BA-035, onde há muitas possibilidades de contem-plar alguns exemplares exibindo a sua plumagem nupcial durante a Primavera.Os sisões estão mais repartidos pelo território, e na época de reprodução de-vemos procurá-los nas zonas de cultivo de cereal e pastagens. Serão mais fa-cilmente localizáveis se prestamos atenção ao chamamento peculiar dosmachos para marcar o território.Nos rios e arroios que encontramos pelo caminho, podemos observar espé-cies como o pato-real, borrelho-pequeno-de-coleira, maçarico-bique-bique,maçarico-das-rochas, guarda-rios e alvéola-branca. Nos que têm mais caudal((Zújar e Guadalefra) também ocorrem garça-branca, andorinha-do-mar-anã,guincho comum e gaivota-de-asa-escura. Durante os meses estivais os char-cos que conservam água costumam concentrar um grande número de espé-cies e vale a pena dedicar algum tempo a visitar estes recantos.As herdades e casas de lavoura também são lugares interessantes para asaves, com buracos e telhados que servem como lugares de nidificação paramuitas espécies, estabelecendo-se colónias de francelho assim como casaisde cegonha-branca, mocho-galego, mocho-d’orelhas, rolieiro, gralha-de-nuca-cinzenta, poupa, estorninho-preto e inclusive gralha-de-bico-vermelho. As garças-vaqueiras também costumam rondar as zonas de gado,em estábulos e currais.No período migratório são muito abundantes chasco-cinzento, chasco-ruivo,cartaxo-nortenho, felosa-musical ou petinha-dos-campos. No entanto, a alte-ração mais espectacular na composição da avifauna dá-se no Inverno, quandose integram nas pastagens importantes populações de espécies como ta-rambola-dourada, abibe, tartanhão-azulado, petinha, laverca, ou alvéola-branca. Algumas das espécies sedentárias tornam-se gregárias neste períodoe deslocam-se em bandos, como acontece com o pardal-espanhol, pintas-silgo, pintarroxo ou calhandra. O grou, embora se encontre habitualmente nosmontados, estabelece os seus dormitórios em pequenos charcos situados nomeio das pastagens.

O Troço 3 do roteiro inicia-se na Ermida de Belén e atravessa pastagens e e cul-tivos, mas oferecendo-nos, na maior parte do trajecto, vistas sobre a umbriada Serra de Tiros, que se extende desde as imediações de Almorchón até Cas-tuera. As serras apresentam uma densa vegetação, predominando nalgumaszonas o bosque mediterrâneo (de azinheira e sobreiro), noutras os estevais ena parte mais baixa das ladeiras costumam aparecer montados abertos. Noscumes destacam-se os grandes rochedos de quartzito. Esta complexa rede dehabitats enriquece notavelmente a composição das comunidades de aves, es-

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La Serena e Serra de Tiros

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tabelecendo-se espécies tipicamente florestais (milhafre-preto, águia-de-asa-redonda, águia-calçada, pica-pau-malhado grande, tordeia, rouxinol, gaio,charneco, picanço-barreteiro, carriça, pardal-francês, tentilhão ou bico-gros-sudo) e as representativas dos rochedos, como melro-azul, chasco-preto, an-dorinha-das-rochas ou ferreirinha-serrana (no Inverno). Vale a pena destacara grande importância das serras para a nidificação da águia-perdigueira,águia-real, abutre-do-Egipto, grifo, bufo-real, falcão-peregrino e cegonha-preta, espécies que encontram nas paredes de quartzito um refúgio seguro eque utilizam as zonas estepárias como lugar de alimentação.

Fenologia do roteiro

Este trajecto não nos vai defraudar em nenhuma época do ano, embora a Pri-mavera e o Inverno nos permitam avistar um maior número de aves. No Verão,as aves são muito activas ao amanhecer, devendo evitar efectuar os itineráriosnas horas centrais do dia. Os tons amarelos e ocres dos pastos agostadostambém são espectaculares.Aconselha-se não abandonar nunca as estradas e caminhos, evitando entrarnas pastagens e cultivos. Esta precaução deve extremar-se na Primavera, poispodemos incomodar as aves que nidificam nestes habitats. No caso de avis-tar abetardas exibindo a plumagem nupcial é conveniente manter-se à dis-tância.

Outros valores ambientais e culturais

Em Castuera encontra-se o Centro de Interpretação da Natureza “Comarcade La Serena”, que dispõe de diversos painéis informativos e um interes-sante audiovisual. Situa-se ao lado do “Museu del Turrón”, produto típicodesta localidade, cuja visita é também recomendada. Vamos encontrar aindavárias fábricas do famoso “Queijo de La Serena”, com denominação de origeme elaborado de forma tradicional com leite cru de ovelha-merina.Ao finalizar o roteiro, podemos seguir pela EX-104 até Cabeza del Buey e vi-sitar os castelos de Benquerencia de la Serena e Almorchón (de origem al-móada, séculos XII-XIII) e inclusive seguir até ao castelo de Zarzacapilla.Graças à sua privilegiada localização, podemos apreciar extraordinárias vistaspanorâmicas em qualquer um deles.Depois de Benquerencia de la Serena vamos chegar a Puerto Mejoral, umapequena povoação onde a ADENEX tem uma Aula da Natureza e um exce-lente observatório para ver o voo dos grous ao entardecer, desde os monta-dos até aos dormitórios.

Textos: Atanasio Fernández García

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ALOJAMENTOS

TALARRUBIAS

P NUÑEZCALLE RAMON Y CAJAL, 2924630309PENSIONESP CALDERÓNCALLE FUENTE VILLA, 9924630360CT PUERTO PEÑACARRETERA N-430, KM. 169924631411

PUEBLA DE ALCOCER

H* LA CODORNIZCAMINO LA LAGUNA S/N924620110CR VALLES DE CONSOLA-CION AFINCA LOS VALLES DE LA CON-SOLACION924145039 / 913510931CR VALLLES DE CONSO-LACION BFINCA LOS VALLES DE CONSO-LACION924145039 / 913510931CR LA CASA DE LOS TEMPLARIOSGARCIA MESONERO, 11924620085 / 669936927CR LA BOTICACALLE FERNANDO HERNAN-DEZ GIL, 24924620315 / 610374524

DON BENITO

H*** VEGAS ALTASAVENIDA BADAJOZ,924810005H** VERACRUZAVDA. VEGAS ALTAS, 105924801362HS** KARMENRETAMOSA, POLIG.INDUS. SANISIDRO S/N924813252HS* EL PARAISOCTRA DON BENITO- VILLA-NUEVA, KM 99924803459

HS* GALICIAPLAZA SANCHEZ CORTES924803528P EL OLIVOCARRETERA D. BENITO - VVAKM. 101924800006

SIRUELA

HS* LOS AMIGOSTRV. AVDA GUADALUPE, 26

LA CORONADA

P LA FAMAAVDA LA FAMA, 4924826322

CASAS DE DON PEDRO

CR CASA LARESZAMORA, 26924864027 / 654211578

CAMPANARIO

CR JARA-SERENACTRA. LA HABA-LA GUARDA,KM 7658869391CR LOS CASARESCARRETERA DE QUINTANA, 7606706676

MAGACELA

CR VILLASOLFINCA PARAJE "LAS VIÑAS",699912023

CASTUERA

H** BARON DEL POZOCTRA. VVA-ANDUJ. KM. 33,5924761048H** LOS NARANJOSCARRETERA BENQUERENCIA924760888H* PARAISOCALLE DIVINO MORALES, 6-8924760248ATR ISLA DEL ZÚJAREMBALSE DEL ZÚJAR924146010CR LA CASA DE LA AVESCTRA. EX-103. PK. 63,5610390793 / 924760639

CR LAS SETECIENTASCTRA C-103 KM 63,500636865915CR ISLA DEL ZÚJAREMBALSE DEL ZÚJAR610390793 / 924760635

MONTERRUBIO DE LA SERENA

H** COTO DE LA SERENACALLE ESPAÑA, 6924635169HS** VATICANOPLAZA ESPAÑA, 15924610633CR SIERRA DE LOS OJUELOS 1FINCA OJUELO924610180CR SIERRA DE LOS OJUELOS 2FINCA OJUELO924610180CR CORTIJO DE BECERRAFINCA BECERRA669242146

CABEZA DEL BUEY

HS* POLIDEP. MUNICIPALAVENIDA N. S. DE BELEN, S/N924600756CR LA LOMAFINCA LA LOMA924600327 / 651908826

QUINTANA DE LA SERENA

H** SAN FRANCISCOAVDA. CONSTITUCIÓN, 8924777804

BENQUERENCIA DE LA SERENA

H** LA PANADERIACALLE CARRETERA, 2924774457CR SABINO ALCÁNTARATAMBOREJO, 28924776191

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Datos de interés (La Serena e Serra de Tiros)

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La Serena e Serra de Tiros

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CR EL PALOMARCRTA. DE CASTUERA A BEN-QUERENCIA KM 2924772398

ZARZA CAPILLA

A ZARZA CAPILLAAVDA GUARDIA CIVIL S/N924619152

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. DON BENITOVILLANUEVA, 1 DON BENITOTEL.: 924808084 TEL. Y FAX: [email protected]

O.T. MANCOMUNIDAD DELA SERENAPLAZA DE ESPAÑA, S/NCASTUERATEL.: 924773817FAX: 924760635www.laserena.org

[email protected]

O.T. TALARRUBIASCENTRO DE OCIO PUERTOPEÑACTRA. DE PELOCHE, KM. 1PANTANO DE PUERTO PEÑATEL.: 924630100www.talarrubias.net

[email protected]

O.T. VILLANUEVA DE LASERENAPL. DE ESPAÑA, 1VILLANUEVA DE LA SERENATEL.: 924846010FAX: 924843529www.villanuevadelaserena.esoficinaturismo@villanuevade lase-

rena.es

C. DE INTERPRETAÇÃO

C.I. DE LA NATURALEZACOMARCA DE LA SERENAARRABAL, S/NCASTUERATEL.: 924002386

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R AMontados de Jerez 18

Localização e acessos

O roteiro localiza-se nos montados de Jerez de los Caballeros, no sudoeste daprovíncia de Badajoz, onde se encontra uma das massas florestais de azi-nheira e sobreiro mais extensas e melhor conservadas da Península Ibérica.Os caminhos sugeridos partem da localidade de Jerez de los Caballeros, àqual chegamos pelo norte e sul pela estrada N-435; a leste e oeste, pela EX-112, desde a A-66 (Zafra) e Villanueva del Fresno, respectivamente.

Descrição do roteiro

O roteiro é um percurso misto de asfalto e caminhos de terra, com uma lon-gitude total aproximada de 105 km, dos quais apenas 10 se realizam por ca-minho. O itinerário parte da localidade de Jerez de los Caballeros à qualregressamos no final do trajecto. Foi pensado para ser efectuado de carro,

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

EX-112

N-435N-

435

EX-313

EX-11

2

N-435

Montados de Jerez

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Residentes

Estivais

Invernantes

grifo, charneco, peneireiro-cinzento

cegonha-preta, águia-cobreira, águia-calçada, rabirruivo-de-testa-branca

ferreirinha, pombo-torcaz, tordo

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num único dia, com paragens e trajectos curtos nos pontos e lugares de ob-servação mais interessantes. À excepção dos cultivos de regadio do Ardila eda barragem de Valuengo, o itinerário decorre maioritariamente por paisa-gens onde predominam os azinhais e sobreirais, que se apresentam em mas-sas puras ou mistas, formando montados ou formações mais densas debosque, muitas vezes acompanhadas por pereiras-bravas ou carapeteiros.Esta comarca natural das serras de Jerez de los Caballeros mostra-nos emtodo o seu esplendor a essência da paisagem extremenha: o montado. Umimenso mar de azinheiras e sobreiros com numerosos bosques maduros emexcelente estado de conservação reveste os relevos ondulados dos contra-fortes extremenhos da Serra Morena e constitui, ao lado das vizinhas comar-cas andaluzas, o maior conjunto de bosque esclerófilo contínuo do sudoesteespanhol. Esta região constitui, de facto, a principal reserva de arvorado au-tóctone da Extremadura, com umas 350.000 has, que representam 40% da su-perfície arborizada da região, correspondendo os montados de Jerez de losCaballeros a umas 100.000 has. A qualidade dos bosques e montados e a ri-queza de espécies reprodutoras como a cegonha-preta, justificam a declara-ção como Zona de Protecção Especial para as Aves.Começamos o percurso na localidade de Jerez de los Caballeros, apanhandoa estrada N-435 em direcção a Fregenal de la Sierra. Antes de atravessarmosa ponte sobre o Rio Ardila, viramos à esquerda, no ponto (X:0699392,Y:4241573) para apanhar a estrada que nos leva à povoação de Valuengo,apanhando a estrada à direita, no ponto (X:0700264, Y:4242231). Já na bar-ragem, desde o paredão a jusante observam-se garças-reais, garças-bran-cas-grandes e corvos-marinhos a pescar ou apanhar sol sobre as lousas deardósias. Com alguma sorte e paciência, podemos ver alguma lontra a brin-car ou divertir-se na água. Daqui continuamos por um caminho de terra quepercorre todo o perímetro da barragem, com vista para amplas zonas e ân-gulos onde se podem observar importantes concentrações Invernantes deanátidas (pato-real, piadeira, pato-trombeteiro, galeirão...), corvo-marinho,mergulhão-de-crista e mergulhão pequeno. Nos eucaliptos da margem emfrente há um importante dormitório de corvos-marinhos e no final do Verão épossível observar grupos de cegonhas-pretas concentradas, antes de em-preenderem a sua viagem migratória de regresso a África.O trajecto termina na ponta da herdade de La Parrilla, de onde regressamos aJerez de los Caballeros pelo mesmo caminho. Aqui apanhamos a estrada EX-112 em direcção a Oliva de la Frontera para nos desviarmos à nossa direita,em direcção à localidade de Higuera de Vargas no ponto (X:0691600,Y:4244694). Neste itinerário torna-se muito evidente a estreita relação entre avida selvagem e os sistemas de produção tradicionais equilibrados com o meio.As temperaturas benignas do Inverno tornam agradável qualquer passeiopelos montados onde é frequente a imagem das quadrilhas de podadores e ascarvoeiras ou “boliches”, construções laboriosas destinadas à produção ar-tesanal de um carvão vegetal de excelente qualidade que dá fama à localidadede Zahinos. Junto a isto, a verdadeira fonte de riqueza pecuária das povoações

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Peneireiro-cinzento

destas serras: o porco preto, cuja passagem pelo regime de montanheira édecisivo para a engorda e refinamento dos seus enchidos conhecidos popu-larmente como “pata negra”. No caminho, vamos observar alguns charnecos,estranhamente escassos, e nos bosques mais maduros, densos e melhor con-servados, o pica-pau-malhado pequeno e o rabirruivo-de-testa-branca, um re-

Montados de Jerez

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produtor estival pouco frequente que tem o seu núcleo principal nesta zona dageografia extremenha. Chegando a Higuera de Vargas, viramos à esquerdapara apanhar a estrada EX-311 em direcção à N-435 e daqui à direita em di-recção à localidade de Barcarrota. Aqui apanhamos a estrada em direcção àspovoações de Salvaleón e Salvatierra de los Barros, famosa povoação oleiraque vale a pena visitar. O trajecto é paisagisticamente espectacular, pois per-corre a umbria da “Serra de Peña Utrera”, com alguns enormes sobreiros ecarvalhos-cerquinhos e belas vistas para os vales circundantes e “Serra deValbellido”, em cujo penhascos se podem ver grifos. Ao chegar a Salvatierraapanhamos a estrada BA-3021 em direcção ao Vale de Santa Ana e à N-435,no que será talvez o caminho mais espectacular de todo o trajecto. Durante umpouco mais de 25 km a estrada atravessa uma paisagem revestida de arvoradoe onde não será estranho ver a a cegonha-preta planando a baixa altitude oua pescar nalgum ribeiro ou charco de algum montado.

Valores ornitológicos

Os azinhais e sobreirais albergam ricas comunidades de aves, com um inte-resse especial para espécies ameaçadas como a cegonha-preta, que encon-tra nestas vastas extensões de arvorado o melhor aliado para passardespercebida durante o período reprodutor. Durante o Inverno, uma pequenafracção da população passa esta época em pares ou pequenos grupos repar-tidos pelos inúmeros charcos pecuários da zona e durante o Verão produzem-se as chamadas concentrações pré-migratórias ou pós-nupciais, prévias àviagem de migração ou regresso aos quartéis de invernada na África subsa-riana. Durante a Primavera podemos dar as boas-vindas também às águias-calçadas, águias-cobreiras e outras estivais vindas de África, ao lado de umalonga lista de avezinhas pequenas que passam despercebidas entre as rama-gens das árvores. Os ruidosos charnecos são muito comuns nos azinhaisonde instalam as suas colónias de criação, assim como a cegonha-branca,pombos-torcazes, cucos-rabilongos, tordeias, estorninhos e poupas que tam-bém mantêm populações numerosas na zona. Com a passagem dos anos, asazinheiras e sobreiros centenários dos bosques mais maduros oferecem re-fúgio a uma grande quantidade de espécies animais nos buracos dos seustroncos e ramos. Por esta razão, são particularmente abundantes as rapinasnocturnas como corujas e mamíferos como a geneta e o rato-dos-pomares.Estes velhos bosques maduros constituem o habitat mais favorável para opica-pau-malhado pequeno e o rabirruivo-de-testa-branca.A barragem de Valuengo regista importantes concentrações invernantes demergulhão-de-crista e existe um dormitório invernal de corvo-marinho noseucaliptos da margem. Cabe salientar que nesta barragem foi registado umdos primeiros avistamentos desta espécie como reprodutor no ano de 1993.

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Montados de Jerez

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Fenologia do roteiro

Pode realizar-se em qualquer época do ano. Como foi assinalado noutros ro-teiros, a Primavera é a estação mais favorável, com boas temperaturas du-rante o dia e o regresso das aves estivais: cegonha-preta, águia-calçada,águia-cobreira... A Primavera é também o período reprodutor e, como reco-mendação geral para todos os roteiros, não devemos abandonar o itinerárioestabelecido. Assim evitamos perturbar as aves neste período sensível. OVerão é muito quente, pelo que nos devemos proteger e hidratar convenien-temente, evitando as horas centrais do dia, que são, por outro lado, as menosfavoráveis para observar aves.

Outros valores ambientais e culturais

Além da ZEPA “Dehesas de Jerez”, na comarca encontram-se vários espaçosnaturais da Rede Natura 2000. Deve-se destacar o Corredor Ecológico e deBiodiversidade do rio Alcarrache, a ZEPA da barragem de Valuengo, com im-portantes populações de espécies aquáticas, tais como o somormujo lavancoe o cormorão, e os LIC das Serras de Alor e Monte Longo e da Serra de MaríaAndrés, ambas com excelentes populações de orquídeas calcícolas. Tambémos LIC do rio Guadiana Internacional, rio Ardila Alto e Ardila Baixo e ribeira dosLimonetes-Nogales.As pastagens de Jerez e envolventes são consideradas como a “pátria” doporco ibérico, o que converteu esta comarca numa das mais importantes naprodução de presuntos e enchidos de porco ibérico da Península. Este factoreflecte-se no importante “Salón del Jamón Ibérico”, que se realiza anualmenteem Jerez de los Caballeros e ans numerosas explorações porcinas abrangidaspela denominação de origem “Dehesa de Extremadura”.Destacam-se os Conjuntos Histórico-Artísticos de Jerez de los Caballeros, Fre-genal de la Sierra e Zafra.A Semana Santa de Jerez de los Caballeros e a Paixão Viva de Oliva de la Fron-tera, estão declaradas como festas de Interesse Turístico Regional, assimcomo o “Festival de la Sierra”, que se realiza entre os dias 10 e 15 de Agostoem Fregenal de la Sierra. A comarca é rica em monumentos megalíticos. Deve-se assinalar o conjunto de dólmenes e menhires de Barcarrota e o dólmen deToriñuelo, em Jerez de los Caballeros.Também merecem destaque o Pozo de la nieve, o Castelo e museu da olariaem Salvatierra de los Barros, localidade famosa pelas suas olarias e bilhas debarro vermelho.

Textos: Víctor Manuel Pizarro Jiménez

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Dados de interesse (Montados de Jerez)

Sobreiral

ALOJAMENTOS

JEREZ DE LOS CABALLEROS

H*** LOS TEMPLARIOSCARRETERA VILLANUEVA, S/Nº924731636H** OASISCALLE EL CAMPO,, 18924731244HS** MIJINAERITAS, 86924730390HS** CASA RAMOSCARRETERA BADAJOZ, 26924730983

ATR EL GUIJOFINCA EL GUIJO924730074CR LA ZAFRILLAFINCA LA ZAFRILLA924731031 / 608008217

OLIVA DE LA FRONTERA

ATR LA VENTACTRA. OLIVA DE LA FRONTERO-VALENCIA DEL MOMBUEY924740000CR EL CHORLITOCAMINO DEL SANTO Km. 3654437575P EL CAMIONEROCARRETERA JEREZ, 127658765089 / 924754618P LA PARRILLACARRETERA DE JEREZ 125-A924754601

VILLANUEVA DEL FRESNO

HS** VILLAFRESPLAZA ESPAÑA, 24924427218 / 619324160

AGÊNCIAS DE TURISMO

O.T. JEREZ DE LOS CABALLEROSAV. DE LA CONSTITUCIÓN, 4JEREZ DE LOS CABALLEROSTEL.: 924730372FAX: 924730204www.jerezdeloscaballeros.esturismo@jerezdeloscaballe-ros.e.telefonica.net

C. DE INTERPRETAÇÃO

C.I. DE LA DEHESACUBO, S/NSALVALEÓNTEL.: 924752504C.I. AGUA AIREOLIVO,3BARCARROTATEL.: 924736327

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Peito-de-fogo

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R U T A S O R N I T O L Ó G I C A S P O R E X T R E M A D U R A

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Localização e acessos

Llerena e Azuaga (início e fim do roteiro), no sul da província de Badajoz,ambas sobre a estrada N-432 (Badajoz-Granada), são as localidades de refe-rência. O acesso à zona efectua-se facilmente desde a auto-estrada Vía de laPlata (A-66), apanhando o desvio para os referidos núcleos urbanos em Zafra.Folhas 1:50.000 números 855, 856,877 e 878.

Descrição do roteiro

O itinerário atravessa a ZPEA “Campiña Sur e Barragem de Arroio Conejos”,uma enorme planície agrícola cerealífera (+250 000 has.) no sul da Extrema-dura, de grande importância para as populações orníticas, especialmente es-tepárias e aquáticas. O trajecto sugerido é de traçado longo e completo, um

Barragem de Arroio-Conejose Campiña Sur

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Esquema do roteiro e espécies nidificantes

BA-086 B

A-04

2

BA-

016

EX-

111

BA-075Barragem de Arroio-Conejos e Campiña Sur

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pouco mais de 80 km, e foi desenhado para ser efectuado num dia inteiro. Co-meça em Llerena, onde apanhamos a estrada local (“Carretera de los Labra-dores” ou “del Pantano”) que nos leva até ao paredão da Barragem de ArroioConejos (ou de Llerena, 12,5 km). Sugerimos visitar também a ponta da bar-ragem, para o que teremos que regressar por esta estrada durante cerca de 2,8km até chegar a um cruzamento (30S-242988-4244234); neste ponto vira-mos à esquerda e seguimos durante 3,5 km até alcançarmos o caudal do Ar-

Residentes

Estivais

Invernais

abetarda, sisão, cortiçol-de-barriga-preta, alcaravão,peneireiro-cinzento, cegonha-branca, gralha-de-bico-vermelho

tagaz, andorinha-do-mar-anã, perdiz-do-mar, perni-longo, tartanhão-caçador, francelho, rolieiro

grou-comum, tartanhão-azulado, esmerilhão, tarambola-dourada, anátidas

Migradoresde passagem marreco, chasco-ruivo

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roio Conejos e o limite da barragem. Voltando ao anterior cruzamento, segui-mos agora em frente, até ao final da via (2,5 km) e chegamos ao Caserío deCasas de Pila (30S-241322-4246132), uma representação típica das herda-des rurais de La Campiña. Aí apanhamos a pequena estrada local BA-086 (Lle-rena-Maguilla) à direita, que coincide com a Cañada Soriana durante oprimeiro segmento. 6,5 km mais à frente, depois de atravessarmos as Dehe-sas (montados) de Las Tiendas, Casablanca e Malajuncia, que albergamimportantes populações de grous durante a invernada, chegamos a um cru-zamento de pequenas estradas locais, precisamente no lugar de passagem doArroio Conejo depois da represa. Neste ponto devemos seguir o sentido paraa pequena localidade de Maguilla, deixando o Cortijo del Tío Piche e algumasminas abandonadas ao nosso lado esquerdo, no alto de um cerro. Depois depercorrermos 6,5 km entre olivais, vinhas, cultivos de cereais e atravessar-mos o Arroio de las Veguillas rodeado por um magnífico olmal declaradoLIC, chegamos à referida povoação. Já em Maguilla, depois de atravessarmosa localidade, apanhamos a estrada de Campillo de Llerena (BA-042). 1,5 kmà frente, no ângulo de uma curva aberta (30S-253122-425145) aparece ànossa direita uma pista asfaltada (“Carrera” ou Caminho de Zalameda) quevamos apanhar até à intersecção (6,5 km) com a estrada Campillo-Azuaga(BA-016). Durante este trajecto, e até ao final do roteiro, vamos atravessaruma vasta planície e campina agrícola (olivais, vinhas, cereais), com peque-nos retalhos de montado de azinheira, salpicada por fazendas e pombais caia-dos. Em qualquer ponto deste itinerário é possível avistar aves estepárias(abetardas, sisões, cortiçol-de-barriga-preta, tartanhão, etc.) ou bandos degrous (tanto nos montados, como em plena planície), razão pela qual se re-comenda perscrutar atentamente o imenso território, parando sempre que seconsidere necessário. Na estrada que se referiu anteriormente, viramos à di-reita, em direcção a Azuaga, e seguimos durante 2,8 km (30S-259756-4252775) até virarmos à esquerda numa pista asfaltada (Carretera dePalomero ou Pista dos Alcornocales). Esta pista de pouco mais de 7,5 km delongitude vai-nos levar até uma nova estrada (EX-111:Azuaga-Zalamea de laSerena), depois de virarmos à direita, no cruzamento com um trilho de terra(30S-266159-4256465). Pouco antes de chegar a esta cruzámos um bosquede sobreiros já maduros, resultado da plantação efectuada já há algumas dé-cadas e uma estampa pouco característica das planícies cerealíferas. Ao al-cançarmos a referida estrada EX-111, atravessamos a mesma, para apanhara pista que sai precisamente em frente ao cruzamento; 250m mais à frente, vi-ramos à direita no primeiro cruzamento com outra pista-caminho que encon-tramos (30S-26654-428368) e seguindo no sentido sul. Próximo destemesmo cruzamento encontram-se várias lagoas temporárias (Lagoas delHueco I e II, del Lentiscal, Tres Chicas, Juan Andrés), outro dos elementosmais típicos e importantes de La Campiña, embora, na maioria dos casos,muito alterados por processos de drenagem, agricultura, utilização inade-quada, etc. De qualquer maneira, podem albergar, especialmente durante a in-vernada e épocas migratórios, interessantes contingentes e espécies de aves

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aquáticas (ver depois) depois de períodos de chuvas intensas. Encontrando-nos outra vez na pista, seguimos durante 10 km até que esta termine, na es-trada local BA-075 que nos leva às estradas mencionadas anteriormente(EX-111 e BA-016) desde Granja de Torrehermosa. Atravessámos neste úl-timo segmento alguns dos pontos de toda a comarca mais atraentes para asaves estepárias em geral, e para as abetardas em particular. Na referida es-trada, em cujo cruzamento se encontra outra lagoa (Lagoa del Alguacil), vi-ramos à direita e seguimos durante 4,5 km até chegar a um pequeno montado(Dehesa de Llera, lugar apetecido para os grous) no cruzamento com a es-trada de Azuaga-Zalamea. Aqui, temos duas opções, dependendo de se asnossas “expectativas ornitológicas” se viram cumpridas até ao momento, ounão. Ou viramos à esquerda, em direcção a Azuaga (9 km) para finalizarmoso trajecto nesta localidade; ou seguimos em frente, avançando um pouco mais.Se escolhemos esta segunda possibilidade, depois de cruzarmos a EX-111, se-guimos recto pela mesma estrada local anterior durante 5,5 km até chegarmosoutra vez à estrada de Campillo (BA-16). Uma vez aqui, depois de termos pas-sado por outra zona muito desejada pelas abetardas, viramos à esquerda eapanhamos esta estrada que nos leva a Azuaga (12 km) e ao fim do nosso ro-teiro. Opcionalmente, e em alguns outros cruzamentos com as estradas prin-cipais (desaconselhamos totalmente apanhar estradas secundárias, pelo mauestado em que se encontram, especialmente depois de períodos de chuva)podem efectuar-se percursos alternativos, regressando depois ao itineráriosugerido.

Barragem de Arroio-Conejos e Campiña Sur

Francelho

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Valores ornitológicos

São muito numerosos e variados os valores ornitológicos que vale a pena des-tacar nesta comarca do sul da Extremadura. Começamos pela Barragem de Ar-roio-Conejos, outra das zonas húmidas extremenhas catalogada como degrande importância para a avifauna aquática. Durante a época reprodutora,destaca-se a comunidade de limícolas coloniais que se instala regularmentenas ilhas da barragem: tagaz, perdiz-do-mar, andorinha-do-mar-anã e perni-longo. Ao lado destas espécies, reproduzem-se na zona também mergulhão-de-crista, mergulhão-pequeno, frisada, pato-real e galeirão, etc. Durante operíodo invernal, esta massa de água é muito utilizada por um numeroso con-tingente de aves aquáticas, destacando-se espécies como o ganso-bravo,marrequinha, pato-trombeteiro, piadeira, pato-de-bico-vermelho ou zarro. Depassagem migratória, salienta-se, tanto na barragem como nas lagoas tem-porárias espalhadas pela campina cerealífera, a ocorrência de alguns exem-plares de colhereiro, marreco (especialmente de passagem pré-nupcial),agrupamentos muito numerosos de cegonha-branca e diferentes espécies delimícolas. O grou, espécie para a qual La Campiña constitui a segunda áreaem importância numérica na Extremadura, albergando em conjunto mais de10.000 exemplares, utiliza profusamente tanto os montados e planícies (áreasde alimentação) como as zonas húmidas (dormitórios). Neste sentido, a Bar-ragem de Arroio-Conejos pode servir-nos perfeitamente para observar a che-gada dos grous ao seu dormitório, procedentes dos montados mencionadosanteriormente e localizados a oeste da barragem; colocando-nos sobre o pa-redão da represa vamos ter uma excelente perspectiva deste espectacular eruidoso evento. Quanto à avifauana estepária, La Campiña Sur constitui, aolado das Planícies de Cáceres e de La Serena, um dos principais refúgios ex-tremenhos para este tipo de espécies. Destaca-se a presença como reprodu-tora, da abetarda (+500 exemplares; +1.000 na invernada), sisão,cortiçol-de-barriga-preta, alcaravão, rolieiro, tartanhão-caçador, calhandra oucalhadrinha. Ao longo da invernada, é de salientar a presença de tartanhão-azulado, esmerilhão, abibe, tarambola-dourada, laverca, petinha-dos-campos, entre outras espécies. O francelho, abundante em toda a comarca,

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Mergulhão Gangas em vôo

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estabelece importantes colónias reprodutoras nos núcleos urbanos (a colóniada igreja de Llerena está declarada como ZPEA) e construções rurais, aqui aolado do rolieiro. Por último, a gralha-de-bico-vermelho é outra espécie carac-terística e muito abundante na zona, encontrando-se muito ligada às antigasexplorações mineiras de chumbo, actualmente abandonadas. Finalmente, aavifauna ligada aos dispersos bosques de montados compõe-se de espéciesinteressantes como, além dos já mencionados grous, o peneireiro-cinzento,charneco, bufo-pequeno, etc.

Fenologia do roteiro

Embora este roteiro se possa realizar em qualquer época do ano, recomenda-se a Primavera (Março-Maio) ou o Inverno (Dezembro-Fevereiro), tendo es-pecial cuidado nesta altura com o mau estado dos caminhos (barro e água).

Outros valores ambientais e culturais

Valores ambientais. Na comarca e arredores encontramos vários EspaçosNaturais da Rede Natura 2000 que valem a pena ter em consideração. Refe-rimo-nos aos LICs das zonas altas de cabeceira dos rios Matachel, Retín ouMembézar; o Olmal do Arroio de las Veguillas (Maguilla) ou as Serras de Bien-venida e La Capitana (Bienvenida); a “Mina de la Jayona” (Fuente del Arco),que se encontra declarada como Monumento Natural, tendo sido restauradae adaptada para visita (mais informação em http://www.extremambiente.es).Por último, a Serra del Recuero e os contrafortes da Serra Morena (Azuaga)albergam importantes valores naturais, particularmente grandes rapinas.Valores histórico-culturais. Conjuntos monumentais de Llerena (Igreja deNossa Senhora de Granada, Plaza Mayor, casa mudéjares, muralhas) e Azuaga(Castelo de Miramontes, Igreja de Nossa Senhora de la Consolación, ermidas,solares). Igrejas de estilo mudéjar de Granja de Torrehermosa, Berlanga ouValverde de Llerena. Impressionantes testemunhos do passado romano eárabe são, respectivamente, o Teatro e a cidade romana de Regina (Casas deReina) e a Alcáçova árabe de Reina. Em Cardenchosa, localidade do municí-pio de Azuaga, existem vários monumentos megalíticos, entre os quais ummenir situado no próprio centro urbano.

Textos: Casimiro Corbacho Amado

Barragem de Arroio-Conejos e Campiña Sur

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R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Datos de interés (Embalse de Arroyo-Conejos y Campiña Sur)

ALOJAMENTOS

AZUAGA

H*** EL MIRADOR DEAZUAGACARRETERA N-432, K. 142924892930

HS* LAS CONCHASAVENIDA EXTREMADURA,, 31924890239HS* JIMENEZCALLE MUÑOZ TORRERO,80924890390CR CASA DEL SOTILLOFINCA LA SIERRA. CTRA.PRESA DEL SOTILLO924144074CR LA HOYAN-432, KM.149,5924890390CR CORTIJO LA SEÑORAFINCA LA SIERRA924144074CR CORTIJO MIRADORCILLOFINCA LA SIERRA924144074CR CORTIJO VIÑA DELDUCOCAMINO DE LAS CURTIDAS S/N637017022AT APARTAMENTOS TURÍSTICOS DE AZUAGACARRERA, 3687516527 / 924890237

CT CAMPIÑA SURCTRA. BADAJOZ-GRANADAKM. 142924144074

BERLANGA

HS* RUFINOCARRETERA N-432 KM. 131924894036

CAMPILLO DE LLERENA

CR LA POSADAC/ SAN BARTOLOMÉ, 18924770304 / 670856302

GRANJA DE TORREHERMOSA

H*** HOTEL HACIENDA DEDON MANUELAVDA. EXTREMADURA, 150924895480HS* SAN FRANCISCOCALLE CANALEJAS, 28924895045

HIGUERA DE LLERENA

HS** EL MIRADORREAL Nº 2924880053

LLERENA

H**** HOSPEDERIA MIRADOR DE LLERENAAURORA, 7924870597

H*** ISUR LLERENADOCTOR FLEMING S/N924516361HS* GALLEGOCARRETERA N-432 K. 112924870050HR LA FABRICAMIGUEL SÁNCHEZ, S/N924873824P ZURBARÁNPLAZA ESPAÑA, 3924871412

PERALEDA DEL ZAUCEJO

ATR EL CUARTELC/ NUESTRA SRA. DE FÁTIMA, 1646591385CR CASA GABRIELCALLE PALOMAS, 1924636744CR FAICACALLE MORTERO, 22924636657H** FAYCAPASEO SERENA, 15924636657

VALENCIA DE LAS TORRES

HS** CAMPO ABIERTOCARRETERA DE LLERENA, KM.0.110924881016P LA TERRAZAAVENIDA JOSE CAMPILLO, 10924881336

H: HOTEL / HA: HOTEL APARTAMENTO / HS: HOSPEDARIA / P: PENSÃO / AT: APARTAMENTO TURÍSTICO / CR: CASA RURAL ATR: APARTAMENTO RURAL / HR: HOTEL RURAL / A: ALBERGE / CT: PARQUE DE CAMPISMO

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Guia de CampoR O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Guia de CampoTermos ornitológicos das partes de uma ave

9

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1

2

3

4

5

6

7

8

1 Coxa (ou tíbia)

2 Infratectrizes caudais

3 Cauda (ou rectrizes)

4 Rabo

5 Primárias

6 Secundárias

7 Terciárias

8 Escapulares

9 Nuca

10 Auriculares

11 Píleo

12 Testa

13 Bico

14 Queixo

15 Garganta

16 Peito

17 Flanco

18 Tarso

Como observar as aves

Durante qualquer passeio pelo campo ou por um jardim da cidade, o grupo zoológico maisfácil de observar são as aves, devido ao facto de as suas deslocações se fazerem pelo ar(pelo que não há obstáculos no campo visual entre elas e nós). Algumas apresentam coresapelativas ou emitem cantos harmoniosos que chamam a nossa atenção mas, para as con-hecermos melhor, convém que tenhamos em conta uma série de detalhes que nos torna-rão mais simples a sua identificação e igualmente o seu conhecimento.

Nem todas as aves frequentam os mesmos “sítios”. Cada espécie aparece num determi-nado habitat; desta forma, os patos, garças, gansos, limícolas ou mergulhões encontram-se geralmente em massas de água, e não se deve tentar procurá-los nos cumes das serrasou nas escarpas, onde se podem procurar grifos, águias reais ou águias de Bonelli. Vol-tando às espécies aquáticas, os anatídeos (patos e gansos) são um grupo extenso e difícilde identificar mas, para tal, há truques que o ornitólogo especializado utiliza, de que nos po-demos servir. Por exemplo, há patos nadadores tais como o pato-real ou o colhereiro quedescolam da água com um salto súbito, enquanto que os patos mergulhadores, tais comoos zarros, o fazem após uma corrida à superfície, batendo as asas e chapinhando. Já nasmargens encontram-se aves limícolas tais como os maçaricos e os pilritos. Estes nãonadam, têm patas e bicos longos e finos e dedicam-se a percorrer as margens “limosas”.Outro grupo de aves aquáticas é o das garças. Estas mantêm-se quietas num ramo sobrea água ou com as suas longas patas metidas sem que a água lhes chegue ao ventre nemlhes molhe as penas, aguardando algo que possam pescar.

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R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

Detalhe da cabeça e zonas destacadas

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1 Garganta2 Bigode3 Queixo4 Narina5 Anel ocular6 Lista central do píleo7 Lista lateral do píleo8 Lista superciliar

ou sobrancelha9 Lista ocular10 Aurícula

O voo e a zona do céu que utilizam também podem ser aspectos característicos de cada es-pécie. Desta forma, a andorinha voa muito rapidamente rente ao solo, evitando árvores ouruelas, enquanto que o andorinhão prefere o céu aberto a grande altura, e entre os dois en-contram-se as andorinhas dos beirais.

Outras características a que se deve prestar atenção para uma identificação fácil das avesé a franja alar (uma faixa, duas faixas, espelho, etc.), a forma da sua cauda (cuneiforme, afor-quilhada, quadrangular, etc.), a cor das suas patas (muito importante nas aves limícolas),a forma de pousar, de caminhar (aos saltos como o pardal, com passos curtos como a co-tovia, balanceando-se como um maçarico, etc.).

Se aparecer numa árvore, onde é que está? Num ramo desimpedido a baixa altura (papa-moscas), num dos ramos desimpedidos mais altos (peneireiro comum), no tronco subindoem espiral (trepadeira), ou de cabeça para baixo (trepador azul), com saltos curtos apoiando-se na cauda (pica-pau), nos ramos exteriores finos a fazer acrobacias (chapim), etc.

Tal como se pode ver, cada ave ou cada grupo de aves tem uma série de características con-cretas que tornam mais fácil a identificação da espécie. Com estas indicações importantes,as ilustrações e os comentários do guia explicativo que em seguida se apresenta, e algunsdias no terreno como experiência, podem-se decifrar muitos dos segredos da avifauna es-tremenha e tornar mais atractivo cada um dos trajectos que esta publicação possibilita.

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Guia de Campo

Abelharuco-comumMerops apiaster IELigeiramente mais pequeno do que uma rola, a suaplumagem tem a maior variedade de cores das avesibéricas. Só lhe falta o vermelho, mas a natureza quisque estivesse presente no íris dos seus olhos. Ali-menta-se de insectos voadores que captura no arcom o seu voo acrobático. Nidifica em colónias nu-merosas em galerias escavadas com o seu bico ge-ralmente nos taludes próximos dos rios. Aparece naPrimavera para se reproduzir, partindo em fins deAgosto ou primeiros dias de Setembro.

Abelheiro europeuPernis apivorus SAHDo tamanho de uma águia ratoeira e com uma pluma-gem muito parecida, em voo é facilmente confundível.A sua íris é de cor amarela característica e o seu bicoé diferente, sendo ligeiramente mais longo e mais fino.Nidifica em árvores de bosques densos, sendo muitocaracterística a sua alimentação à base de abelhas evespas (larvas, crisálidas e adultos). Por isso, pode servista com favos nas suas garras, embora tambémpossa comer répteis ou pequenas aves. Reproduz-sena Extremadura e em Setembro cruza o estreito.

Ferreirinha-alpinaPrunella collaris IEO seu dorso é pardo manchado de preto, cabeça cin-zenta e flancos com listas pardo-avermelhadas. Habitaem zonas mais altas do que a ferreirinha-comum e,por isso, só cria em matagais dos sopés de Gredos eno Inverno aparece nas cristas das serras mais bai-xas. Alimenta-se da mesma forma que a ferreirinha-comum, mas é mais confiante.

PoupaUpupa epops IELigeiramente mais pequena do que uma rola, combico longo fino e curvado e crista grande que se er-gue e retrai. A plumagem das suas asas, da cauda eda ponta da sua crista é preta e branca, e o resto é decor ocre rosácea. Faz o seu ninho em buracos de ár-vores ou paredes e frequenta pastagens, cultivos eáreas com pouca arborização. Alimenta-se exclusiva-mente de insectos e aranhas que captura no solo, coma ajuda do seu bico formidável. Está presente aolongo de todo o ano.

Abreviaturas relativas à sua classificação de protecção na Comunidade EstremenhaEE: Em Perigo de Extinção ı SAH: Sensível à Alteração do seu Habitat ı V: Vulnerável ı IE: Interesse Especial

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R O T E I R O S O R N I T O L Ó G I C O S P E L A E X T R E M A D U R A

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Ferreirinha-comumPrunella modularis IELigeiramente mais pequena do que um pardal, comdorso castanho listado de preto, flancos listados decastanho e cabeça e garganta de cor cinza-chumbo.Cria em matagais de montanha, enquanto que no In-verno desce até às zonas mais planas da região. Ali-menta-se principalmente de insectos e vermes, po-dendo também ingerir aranhas. Reproduz-se nasserras altas, enquanto que no Inverno pode ser ob-servada em quase todos os lugares da Extremadura.

Narceja-comumGallinago gallinagoParece uma galinhola em miniatura, embora seja maisaquática e discreta; tal como a sua prima, só aparecena época de Inverno. Captura pequenos invertebradosaquáticos em águas pouco profundas, embora tam-bém goste dos restolhos de arroz para procurar ali-mentos. Quando é surpreendida, faz um voo rápido erasante acompanhado do seu grito de alarme carac-terístico.

Trepadeira comumCerthia brachydactyla IEDiminuto, com bico fino e longo e cauda robusta,sobe pelos troncos com saltinhos em espiral. Cos-tuma passar inadvertido devido à sua plumagem cas-tanha com pontos claros no dorso e nas asas, com atonalidade de um tronco. Captura pequenos insectos,vermes e ácaros ocultos sob as cascas das árvorescom o seu bico extraordinário. Habita em arvoredosmais ou menos densos de toda a Extremadura aolongo de todo o ano.

Águia imperial ibéricaAquila Adalberti EEMuito rara em todo o mundo, só aparecendo na pe-nínsula Ibérica. De tamanho ligeiramente inferior aoda águia real, distingue-se desta pelos seus ombrose nuca brancos. Nidifica em grandes árvores no inte-rior dos bosques mediterrânicos. A sua dieta ba-seia-se em coelhos, pombas torcazes e perdizes.Não migra, embora as suas crias efectuem gran-des deslocações à procura de territórios ondeposam assentar.

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Guia de Campo

Águia pescadoraPandion haliaetus VAve de rapina de tamanho médio especializada nacaptura de peixes. Para este fim, tem escamas cór-neas nas suas patas que impedem que estas resva-lem. A sua plumagem é castanha escura no dorso,com máscara facial escura e olhos amarelos e o seuventre é branco. Não nidifica na Extremadura, só apa-rece durante a passagem migratória e no Inverno emgrandes terrenos húmidos, rios e barragens.

Águia realAquila chrysaetos VA maior das águias europeias, muito robusta e pode-rosa, apresenta plumagem castanha escura com nucadourada. Nidifica em zonas rochosas ou em grandesárvores. Não se trata de uma espécie migradora, dadoque se mantém na Extremadura durante todo o ano.As suas presas incluem desde coelhos, pombas egrandes lagartos até raposas.

Águia calçadaHieraaetus pennatus IEÁguia robusta de tamanho reduzido mas com garras po-derosas. O seu dorso é ocre com tons mais ou menosescuros, e as suas primárias são muito escuras. As par-tes inferiores são claras com mosqueado suave. Apre-senta duas fases: clara e escura, mas a típica é a clara.Embora hiberne na África, há cada vez mais exempla-res que passam todo o ano na Extremadura. Nidifica nasárvores de massas florestais espessas, ou em massasmistas de grandes pinheiros que sobressaem acima dasazinheiras. Alimenta-se de pequenas aves, roedores erépteis. A título de curiosidade, esta águia tem penas nosseus tarsos “calças”, tal como acontece com as águiasgrandes.

Águia de BonelliHieraaetus fasciatus SAHÁgil, com um voo espectacular. Tem dorso castanhoescuro com uma mancha branca entre os ombros eventre branco mosqueado. Habita nos rochedos deserras com pouca altitude, penhascos em barragense em menor grau nas árvores. Alimenta-se principal-mente no ar com pombas e aves de tamanho semel-hante. Por isso, seria mais acertado chamar-lhe águia“pombeira”, embora até coma patos. Alimenta-se emmenor grau com coelhos e lagartos. Permanece todoo ano nas imediações do seu ninho, defendendo-o deoutras águias e abutres.

Abreviaturas relativas à sua classificação de protecção na Comunidade EstremenhaEE: Em Perigo de Extinção ı SAH: Sensível à Alteração do seu Habitat ı V: Vulnerável ı IE: Interesse Especial

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Tartaranhão-caçadorCircus pygargus SAHLigeiramente mais pequeno do que o azulado, e comuma tonalidade semelhante, mas o macho tem umalista negra nas asas. Costuma nidificar nos campos decereais. Por isso, os agricultores desempenham umpapel importante na sua protecção na Extremadura.Alimenta-se de roedores, lagartixas e passarinhosque surpreende com o seu voo raso. Só está na Ex-tremadura durante a reprodução, indo para a Áfricaem Agosto.

Tartaranhão-ruivo-dos-pauisCircus aeroginosus SAHTal como acontece com outros tartaranhões, tem asascompridas, cauda comprida e patas muito compridas.Frequenta terrenos húmidos, arrozais e cereais quetenham nas proximidades vegetação palustre. Nidificano solo. Pelo facto de ser o maior dos tartaranhõesibéricos, atreve-se a enfrentar presas maiores taiscomo galinholas, patos, ratos de água ou até mesmopeixes. A sua população na Extremadura tende a au-mentar e está presente nela ao longo de todo o ano.

Tartaranhão azuladoCircus cyaneus SAHLigeiramente mais pequeno do que o anterior. O ma-cho é de cor cinza-pálida e a fêmea castanho-escuracom ventre ocre manchado. Aparece nos camposabertos desprovidos de arborização. Na Extremadurahá poucos dados sobre a reprodução em Llanos deCáceres, Serena ou Campiña Sur. No entanto, du-rante o Inverno aparece em grande quantidade. Ali-menta-se de passarinhos, roedores e insectos quecaptura voando rente ao solo.

Maçarico-de-bico-direitoLimosa limosa IEAve de patas compridas e escuras, e bico fino ala-ranjado na sua base e preto na extremidade. Aveaquática, de lagoas pouco profundas e restolhosabandonados de arroz. Não cria na Extremadura masnos arrozais das Várzeas do Guadiana concentram-se muitos indivíduos durante o Inverno. Alimenta-sede invertebrados que captura sem esforço no limocom o seu bico longo e fino.

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Alcaravão comumBurhinus oedicnemus VDo tamanho de uma pomba grande, com bico, íris epatas de cor amarela apelativa. A concepção da suaplumagem mimetiza-o perfeitamente com o seu am-biente. Aparece nos cultivos extensivos de sequeiro enas planícies pouco arborizadas. O seu canto aflau-tado é ouvido ao crepúsculo e ao amanhecer. Ingereescaravelhos, gafanhotos, grilos e marachombas.

Picanço-barreteiroLanius senator IEDe plumagem preta e branca com capuz de cor cas-tanha. O seu bico longo e uncinado é muito caracte-rístico, sendo especial para a captura das suas presas.Vemo-lo nas pastagens, bosques mais ou menosdensos, ribeiras, etc. onde captura gafanhotos, la-gartixas e passarinhos. Costuma utilizar arbustos es-pinhosos para espetar as suas presas em forma dedespensa. Também imita cantos de aves para as atraire caçar. Só está presente durante a época da repro-dução.

ÓgeaFalco subbuteo SAHO seu corpo tem o mesmo tamanho que o do penei-reiro, mas tem a cauda e as asas mais compridas. Oseu dorso, cabeça e cauda são de cor ardósia escuro,com peito branco e mosqueado de cor escura com“calças” de cor carmesim viva. Apresenta um grande“bigode” escuro. O seu voo rápido e acrobático per-mite-lhe caçar aves de voo excelente, tais como an-dorinhões ou andorinhas, embora também capture li-bélulas ou morcegos. Na Extremadura só se reproduz,chegando da sua África invernal em fins de Abril.

Picanço-realLanius excubitor IEDo tamanho de um tordo com a cauda muito com-prida, plumagem cinzenta na cabeça e no dorso, asase cauda de cor preta e branca, máscara facial preta epeito rosado. Tem bico longo, poderoso e uncinado.Pode capturar passarinhos, lagartixas e ratinhos. Imitamuitos sons para atrair as suas presas que espeta emarbustos espinhosos tais como bacelos ou pereirassilvestres. Está presente ao longo de todo o ano. NaIdade Média era utilizado em falcoaria como caçadorde salão nos palácios e castelos.

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Abutre comum do EgiptoNeophron percnopterus VÉ a ave de rapina de carniça de menor tamanho. A suaplumagem é inconfundível, branca com manchas decor ocre claro e primárias pretas. A sua cabeça estádesprovida de penas e tem uma pele de cor amarelo-vivo. Nidifica em zonas rochosas mas pode-se des-locar a longas distâncias à procura de carniça. É umadas poucas aves que se pode valer de instrumentos(pedras), para obter o seu alimento (partindo grandesovos de avestruz). Só aparece na Extremadura naPrimavera e no Verão.

CotoviaAlauda arvensis IEDo tamanho de um pardal, plumagem castanha claraque se confunde facilmente com a terra. Tem um pe-queno penacho que pode levantar ou baixar, depen-dendo do seu estado de ânimo. Nidifica no solo entrea vegetação das zonas desarborizadas que frequenta.O seu canto é muito melódico. Alimenta-se de insec-tos de tamanho reduzido, sementes e restos vegetais.Está presente ao longo de todo o ano, embora emmaior quantidade no Inverno.

Rouxinol-do-matoCercotrichas galactotes VDe tamanho semelhante ao de um pardal, tem umaplumagem pardo-avermelhada e cauda alaranjada,levantando-a com muita frequência; daí o seu nome.Podemos vê-lo nos olivais, vinhedos, cultivos deamendoeiras ou figueiras. A sua alimentação é basi-camente insectívora, embora também capture aran-has, minhocas e vermes. Chega à Extremadura emfins de Abril e, depois de ter criado a sua prole, cos-tuma migrar para a África em fins de Agosto ou Se-tembro.

Pato-realAnas platyrhynchosO mais comum dos patos selvagens estremenhosque até se pode domesticar e misturar com patos do-mésticos de tanques de parques e jardins. O machotem cabeça escura com irisações verde-azuladas,peito cor de chocolate e costas de cor cinza-acastan-hada. Encontra-se em quase todos os cursos de águae sementeiras de cereais com balsas de rega. Duranteo Inverno aparecem mais exemplares provenientesdas zonas mais nortenhas e frias.

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FrisadaAnas streperaDo tamanho do pato-real, o macho é cinzento comdorso castanho e partes traseiras pretas. A fêmea é decor castanho-pardacenta, sendo parecida com o pato-real, mas com espelhado branco em vez de azul me-tálico. Aparece em massas de águas abertas e calmas.Alimenta-se de vegetais aquáticos. Na Extremaduraestá presente ao longo de todo o ano.

ArrabioAnas acutaDo mesmo tamanho que o pato-real e a frisada, o ma-cho é talvez o mais elegante com o seu bico azuladoe longa cauda. Apresenta vários tons de cinzento,branco e preto em todo o corpo e em certas zonas decor creme, o seu espelhado (ou mancha alar) é violá-ceo metálico. Alimenta-se de vegetais aquáticos e depequenos invertebrados. Presente durante o Inverno.

Pássaro bique-biqueTringa ochropus IEAve aquática pequena, com costas, cabeça e peito emcor castanho-escura com mosqueado fino e as par-tes inferiores brancas. O bico é longo e fino, adaptadopara a captura de invertebrados nas lamas de margenspouco profundas. As suas patas são compridas, finase verde-acinzentadas. Move-se balanceando o corpoe agitando a cauda. Só aparece no Inverno.

Maçarico-das-rochasActite hypoleucos IEPerecido com o anterior, mas ligeiramente mais pe-queno e de uma cor mais clara, com patas mais cur-tas. Também frequenta terrenos húmidos pouco pro-fundos de margens limosas e apresenta ummovimento semelhante ao do pássaro bique-bique; talcomo ele, só está presente no Inverno, migrando naPrimavera para norte, para se reproduzir.

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Ganso comumAnser anser Ganso selvagem e migrador, que chega à Extremaduracom os frios invernais, indo-se embora nos dias quen-tes de Fevereiro. De cor castanho-acinzentada compatas e bico de cor rosácea alaranjada, curtos e ro-bustos. Aparece no restolho do milho e do arroz, a ju-sante das barragens e lagoas calmas. Alimenta-se debolbos, sementes e rebentos moles.

Perna-vermelha-comumTringa totanus IEO seu corpo é ligeiramente inferior ao de uma pomba,mas tem patas e bico longo. O seu dorso é cinzento-acastanhado difusamente mosqueado, sendo o ven-tre mais claro. A base do bico e as patas são vermel-has. Aparece em águas pouco profundas, arrozais, naparte jusante das barragens, lagoas temporárias, etc.Alimenta-se de invertebrados aquáticos, emborapossa capturar pequenos girinos e alevins. Só apareceno Inverno.

Gaio-comumGarrulus glandarius IEDo tamanho de uma pomba torcaz, com plumagemcastanha no corpo e belas penas azuis nas asas,sendo a sua cauda comprida e preta. Está muita ligadoaos bosques, onde se move em casais que se formamcom carácter vitalício. Alimenta-se de pequenos rép-teis, ratinhos e frutos, dependendo da época do ano.Pode imitar muitos sons, tais como miadelas de gato.Está presente ao longo de todo o ano.

Mocho-de-orelhasOtus scops IEÉ o mais pequeno dos mochos ibéricos, sendo aindamais pequeno do que uma rola. A sua plumagemparda acinzentada com mosqueado preto, torna-oquase indetectável nos troncos dos bosques ondehabita. É muito florestal, embora possa ser visto nosparque urbanos de boas dimensões. Alimenta-sequase exclusivamente de insectos tais como gafan-hotos e ralos, traças e libélulas. Aparece na Primaverapara se reproduzir, abandonando a Extremadura emmeados de Setembro.

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Abibe europeuVanellus vanellus Do tamanho de uma perdiz, tem uma crista caracte-rística; o seu dorso e as suas asas são escuros, quasepretos, mas ao sol aparecem reflexos esverdeados evioláceos. O ventre é branco. Costuma correr em pla-nícies encharcadiças à procura de vermes, minhocase marachombas de que se alimenta. Geralmente sóaparece no Inverno, mas há já alguns anos que algunscasais se reproduzem em zonas húmidas estremen-has.

Garça-pequenaIxobrychus minutus SAHGarça de tamanho reduzido, semelhante ao de umapomba, de patas compridas e amareladas, bico longoe fino de cor amarelo-alaranjada. Frequenta lagoascom vegetação abundante onde passa totalmente in-advertido, só sendo detectado quando voa de umamargem para a outra ou então quando canta. Ali-menta-se de pequenos animais aquáticos. Na Extre-madura parece com frequência na Primavera e no Ve-rão, sendo poucas vezes avistada durante o Inverno.

Andorinha dos beiraisDelichon urbica IEÉ a “andorinha” mais urbana. Nidifica sob cornijas deedifícios em colónias formadas por ninhos de barroem forma de taça fechada com uma pequena en-trada. É muito escura no dorso, asas e cauda, com iri-sações azuladas e partes inferiores e mancha na baseda cauda brancas. Alimenta-se de insectos que cap-tura em voo a grande altura, e regressa todos osanos da África para criar na Extremadura na Prima-vera, partindo em fins de Setembro.

Abetouro-comumBotaurus stellaris EEDa família das garças, é de tamanho grande, e con-segue uma camuflagem incrível entre a vegetaçãopalustre dos charcos e lagoas. O seu nome deve-se aofacto de o seu canto ser parecido com o do mugidode um touro, que se pode ouvir a uma grande dis-tância. Muito raro na Extremadura. Ainda não se con-firmou a sua reprodução mas é fácil que o faça empouco tempo. Alimenta-se de peixes e anfíbios.

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Andorinha das rochasPtyonoprogne rupestris IEParecida com a anterior, mas maior e mais robusta. Oseu dorso apresenta a mesma cor, mas as partes in-feriores são pardas claras e não tem franja peitoral.Nidifica nos cortes rochosos, escarpas ou penhascos.Alimenta-se de insectos pequenos que captura noseu voo incansável. Trata-se de uma espécie presentena Extremadura ao longo de todo o ano.

Andorinha das barreirasRiparia riparia SAHEspécie de “andorinha” de tamanho reduzido quecostuma nidificar em grandes colónias nos taludesarenosos dos rios. O seu dorso, asas e cauda são decor parda apagada com as partes inferiores brancase com uma franja peitoral acentuada. Alimenta-se ex-clusivamente de insectos voadores que captura no ar.Só está presente durante o período de reprodução.

AlfaiateRecurvirostra avosetta IEO seu corpo é do tamanho de uma pomba, tendo pa-tas muito compridas e bico muito longo, fino e cur-vado para cima. Tem uma plumagem preta e brancavistosa e contrastada. Habita em terrenos húmidoscom águas calmas e pouco profundas, onde se ali-menta de pequenos invertebrados. Aparece em pe-quena quantidade no Outono e no Inverno.

Abetarda euro-asiáticaOtis tarda SAHAve grande, sendo a ave mais pesada da Extremadura,do tamanho e com o aspecto de um grande peru, compescoço robusto cinzento-azulado, dorso castanhoalaranjado com riscas pretas e partes inferiores de corbranca destacada. Habita em planícies desarborizadase cultivos extensivos, tanto de sequeiro como de re-gadio. Alimenta-se de vegetais (plântulas, bolbos ousementes) e de insectos grandes (gafanhotos, grilosou cigarras). Encontra-se na Extremadura durantetodo o ano.

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AçorAccipiter gentilis IECom um aspecto parecido com o do gavião masmaior e mais robusto, tendo tarsos mais fortes. Oaçor é uma ave de rapina de tamanho médio ligadaaos bosques onde pode caçar presas desde o ta-manho de um pardal até ao de uma lebre, e tanto nochão como no ar. Nidifica nas árvores, em bosquedensos e está presente durante todo o ano.

Petinha dos pradosAnthus pratensis IEDo tamanho de um pardal, de bico curto e fino, plu-magem de cor castanha, escura no dorso e riscasbrancas no peito. Costuma aparecer nos cultivos deregadio, pradarias e em geral em áreas desarboriza-das, embora seja muito discreta. Alimenta-se de pe-quenos insectos, vermes, aranhas, etc. que captura nosolo. Só está presente durante a época de Inverno.

Bufo pequenoAsio otus VMocho de tamanho médio com grandes penachosem forma de orelhas, e grandes olhos alaranjados. Asua plumagem parda com barras de tons ocres ala-ranjados camuflam-no perfeitamente nos troncos dasgrandes árvores onde nidifica. Para criar, costuma uti-lizar os ninhos abandonados de pegas ou de outroscorvídeos em azinheiras dispersas, freixos de ribeiraou altos pinheiros-mansos próximos de cultivos. Ali-menta-se de ratos comuns e de ratos-cegos, e por ve-zes também de aves de tamanho reduzido. Durante oInverno costuma-se agrupar em grupos numerososem árvores de grande porte.

Mocho campestreAsio fammeus IEAve de rapina nocturna de tamanho médio, com olhosde cor amarela intensa com “máscara facial” preta queos fazem destacar-se, e pequenos penachos em formade orelhas. A sua plumagem castanha ocrácea nodorso e ocre mosqueada de castanho escuro no peito,tornam difícil a sua identificação no solo, no meio detorrões de terras em pousio. Nidifica no solo, emcampos de cereais ou entre a vegetação palustre. Ali-menta-se de ratos-cegos ou de ratos comuns e porvezes caça conjuntamente com filhotes de águia. NaExtremadura costuma ser visto no Inverno emborahaja raríssimas referências à sua reprodução.

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Mocho realBubo bubo IEÉ a maior das aves de rapina nocturnas europeias. Asua plumagem é de cor parda alaranjada com pena-chos em forma de orelhas e grandes olhos cor de la-ranja que o tornam inconfundível. Costuma habitar emladeiras de bosque mediterrânico com rochedos, ondefaz o seu ninho, embora se desloque a grandes dis-tâncias durante a noite para se alimentar. A sua dietaé muito ampla, indo desde ratinhos até raposas, pas-sando por aves de tamanhos médio e grande, e atémesmo outras aves de rapina. Está presente ao longode todo o ano.

GrifoGyps fulvus IEMuito grande, ultrapassa os dois metros e meio deenvergadura. Tem um pescoço longo coberto de pe-nugem esbranquiçada que costuma escurecer devidoaos seus hábitos alimentares. A sua plumagem é decor castanho-amarelada com primárias e cauda es-curas. Nidifica em rochedos e é capaz de efectuar des-locações de muitos quilómetros à procura dos cadá-veres de que se alimenta, evitando desta forma muitasepidemias, pois os potentes sucos gástricos que pro-duz eliminam as bactérias e os vírus patogénicos quecausaram a morte do animal de que se alimenta.

Abutre pretoAegypius monachus SAHCom os seus quase três metros de envergadura é amaior das aves voadoras da eurásia. Tem uma plu-magem castanha muito escura, quase preta. Nidificaem árvores de grande porte nas ladeiras pouco mo-vimentadas das serras. O seu bico é muito forte, ca-paz de rasgar as peles mais duras de burros ou vacas.Nas carniças são as aves mais fortes e afastam os gri-fos, milhafres, abutres do Egipto e corvos, que têmque aguardar que o abutre preto termine ou se des-cuide para poderem começar a comer.

ButirãoCisticola juncidis IEMuito pequeno, uma das espécies mais leves da pe-nínsula. A sua plumagem é de cor castanho-areiacom listas escuras e peito mais claro e limpo de man-chas. Encontra-se em zonas de vegetação palustre,cultivos de cereais, regadios e margens de riachos erios. Alimenta-se de pequenos insectos, aranhas e ou-tros invertebrados. O seu voo ondulado é caracterís-tico, emitindo um “yip” nas subidas. Está presente aolongo de todo o ano.

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Águia ratoeiraButeo buteo IEAve de rapina de tamanho médio com uma grande va-riedade de plumagens, embora abunde o castanho-escuro com mancha clara em forma de meia lua nopeito. Nidifica em árvores de porte médio nas pasta-gens, margens de riachos, cultivos. Aparece fre-quentemente nos postes telefónicos das estradas àespera dos ratos ou ratos-cegos de que se alimenta.Está presente ao longo de todo o ano, não efectuandomigração.

Felosa-malhadaLocustella naevia IELigeiramente mais pequena do que um pardal, complumagem pardo-esverdeada mosqueada de pretono dorso e com de peito amarelado e ventre esbran-quiçado. Aparece ligada à vegetação palustre e às ri-beiras. A sua alimentação é composta por pequenosinvertebrados tais como aranhas e insectos. Na Ex-tremadura só está presente nas passagens migrató-rias, sendo muito difícil detectá-la devido às cores dasua plumagem e ao habitat que frequenta.

CalandraMelanocorypha calandra IEÉ a maior da família alaudidae (aves parecidas com ascotovias) na Extremadura. De cor parda acastanhadacom ventre mais claro e manchas pretas nos dois la-dos do pescoço. Não tem crista e o seu bico é ro-busto. Prefere os campos desarborizados, terras depousio, prados ou cultivos de cereais de sequeiro.Pode imitar os cantos de outras aves e costuma fazê-lo enquanto voa. Alimenta-se de insectos, vermes eminhocas que combina com sementes e outros res-tos vegetais. Nidifica no solo e está presente ao longode todo o ano.

Caimão comumPorphyrio porphyrio SAHMaior do que uma perdiz, com uma plumagem de corazul escura intensa com irisações brilhantes, patas,bico e “escudete” na testa em cor vermelha. Fre-quenta locais com massas de águas calmas e vege-tação palustre abundante nas margens e nenúfares.Alimenta-se principalmente de vegetais aquáticos,embora possa capturar animais pequenos. Reprodu-tor apenas na barragem de Arrocampo, mas tambémé avistado nas Várzeas do Guadiana.

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Tentilhão-da-ÍndiaPyrrhula pyrrhula IELigeiramente maior do que o verdilhão, com bicomuito curto e grosso, plumagem cinzenta no dorso,cauda preta, asas pretas com faixa branca e capirotepreto na cabeça, enquanto que o peito e o ventre sãode cor vermelho-alaranjada no macho e ocre na fê-mea. Encontrámo-lo em arvoredos sombrios junto apequenos riachos, onde se alimenta de botões florais,sementes e pequenos rebentos. Na Extremadura sóestá presente no Inverno.

Perdiz-do-mar comumGlareola pratincola SAHTem um tamanho ligeiramente inferior ao de umarola e um voo acrobático parecido com o da ando-rinha. As suas partes superiores são castanho-olivá-ceas e as inferiores brancas e a sua garganta é de corocre-amarelada debruada de preto. Nidifica no solo,em terras lavradas, pousios e margens encharcadiçasde ilhas ou lagoas. Alimenta-se de insectos que cap-tura com o seu voo vertiginoso.

Coruja do matoStrix aluco IEAve de rapina nocturna de tamanho médio e pluma-gem parda ou acinzentada com manchas ocres e es-branquiçadas que a fazem passar despercebida nostroncos das árvores. Aparece nos bosques, ribeirasarborizadas e parques urbanos. Alimenta-se princi-palmente de ratos, embora possa capturar passarin-hos ou insectos. Está presente ao longo de todo o ano,mas na Primavera é fácil ouvir a uma grande distân-cia o seu ulular ao cair a noite.

Chapim realParus major IELigeiramente mais pequeno do que um pardal, menostosco e mais grácil. O colorido da sua plumagemtorna-se discreto nos ramos densos das árvores. Asua cabeça é preta, com duas grandes manchas bran-cas, uma de cada lado. O peito é amarelo-limão comuma “gravata” preta enquanto que o seu dorso, caudae asas são verde-azuladas. O bico curto e fino de-nuncia a sua alimentação principalmente insectívora,embora também se alimente de frutos. Tem mais de50 cantos diferentes. Está presente ao longo de todoo ano.

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RolieiroCoracias garrulus VDo tamanho de uma pomba, tendo o corpo uma corazul intensa em diferentes tons e dorso castanho ala-ranjado. Habita em áreas abertas com pouca arbori-zação, utilizando buracos de paredes, quintas ou, setiver oportunidade, caixas com ninhos artificiais. Ali-menta-se de gafanhotos, grilos e em menor grau delagartixas ou de anfíbios. É uma espécie estival que sóestá na Extremadura durante a Primavera e o Verãopara se reproduzir.

Rouxinol-pequeno-dos-caniçosAcrocephalus scirpaceus IEAve discreta em termos de plumagem, mas com umcanto melodioso. Habita nas margens dos rios e ria-chos com vegetação abundante que o fazem passardespercebido e, por isso, necessita de um canto po-tente que lhe permita comunicar com os seus con-géneres. Na Extremadura só está presente na Prima-vera e no Verão, sendo um reprodutor frequente nasVárzeas do Guadiana.

Cerceta comumAnas creccaÉ o mais pequeno dos patos estremenhos e um dosmais belos. Tal como acontece com outros patos na-dadores, é comum nas barragens, lagoas e balsas derega. Alimenta-se de vegetação e de invertebradosaquáticos. O seu voo é ágil com rápido adejo. É muitoabundante durante o Inverno, não cria na Extrema-dura, embora aguente até se estar já com a Primaveraavançada.

Rouxinol-grande-dos-caniçosAcrocephalus arundinaceus IEÉ o maior dos rouxinóis ibéricos, tendo um tamanhosuperior ao de um pardal. O seu dorso é castanho-acinzentado ou esverdeado sendo o ventre mais claro.Tal como acontece com o rouxinol-pequeno-dos-caniços, aparece junto a riachos, lagoas e rios commargens cobertas de vegetação abundante. O seucanto potente e ligeiramente estrambótico audível auma grande distância, torna-o detectável na densidadedo bosque. Na Extremadura só aparece durante o pe-ríodo da reprodução e no Verão.

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Peneireiro-das-torresFalco naunanni SAHLigeiramente mais pequeno do que o peneireiro-vul-gar. Costuma nidificar em buracos e outros vãos dasigrejas e edifícios que disputa com as gralhas, em-bora para caçar se desloque até campos abertos oude cereais junto a povoações e cidades. Tambémutiliza a “peneiragem” como voo de caça, emboracostume ser mais insectívoro do que o seu primo, openeireiro-vulgar.

Peneireiro-vulgarFalco tinunculus IEPequeno falcão do tamanho de uma pomba com asase cauda compridas que costuma planar sossegada-mente no ar até divisar alguma das suas pequenaspresas, para depois se deixar cair em voo picado rá-pido sobre a mesma. Ingere ratinhos, musaranhos,gafanhotos ou grilos. Nidifica nas árvores e em vãosde edifícios, em campos cultivados ou nas cidades;prefere pastagens e prados com árvores dispersas.Permanece na Extremadura durante todo o ano.

Gaivina pequenaSterna albifrons SAHO seu corpo pequeno, asas larguíssimas e cauda emforma de forquilha conferem-lhe qualidades excep-cionais para a pesca a partir do ar. Costuma sobrevoaras massas de água, para mergulhar a partir do ar, avários metros de altura à procura dos alevins de quese alimenta. É característica a sua criação no solo, for-mando pequenas colónias em ilhas pedregosas de la-goas e barragens tais como as de Alange ou Los Can-chales, quase sempre em meados do Verão.

GalinholaScolopax rusticolaTambém conhecida como tentilhão-montês. O seucorpo é do tamanho de um pombo-torcaz com o bicomuito longo e a cauda muito curta. A sua plumagemapresenta barras de tons castanhos e ocre que a ca-muflam perfeitamente entre o pasto ou as folhas se-cas. Muito discreta, passa facilmente despercebida emuitas vezes não levanta voo até quase ser pisada.Trata-se de uma ave hibernante, que prefere os bos-ques húmidos aos espaços abertos. Com o seu longobico captura minhocas, vermes, marachombas e pe-quenos insectos do solo.

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CarriçaTroglodites troglodites IEAve minúscula, de cor castanha com mosqueado ecom as partes inferiores mais claras. Costuma-semover rapidamente, inquieta e com a cauda levantadaperpendicular ao solo. Costuma habitar em massasarborizadas onde haja rochedos. É muito difícil de ob-servar, mas o seu canto característico e potente de-nuncia-a a grande distância nas florestas cerradas.Está presente ao longo de todo o ano, e bem distri-buída pela região.

Borrelho pequeno de coleiraCharadrius dubius IEAve pequena, com as asas, cauda e parte superior dacabeça de cor castanha, e as partes inferiores bran-cas, com colar, máscara facial e “diadema” escuros,além de anel ocular amarelo intenso. Costuma corrernas margens limosas dos charcos e riachos à procurados invertebrados de que se alimenta. Presente aolongo de todo o ano.

Noitibó-de-pescoço-ruivoCaprimulgus ruficollis IEDo tamanho do noitibó anterior, mas com uma plu-magem mais avermelhada no ventre e no pescoço. Osnoitibós costumam morrer atropelados, dado queconfiam na camuflagem das suas penas e não levan-tam voo face à aproximação dos carros quando estãopousados nas estradas. Vem à Extremadura apenaspara se reproduzir.

Tarambola dourada europeiaPluvialis apricaria IEDe tamanho ligeiramente inferior ao de uma perdiz,com plumagem castanho-amarelada no Inverno,bico curto e aspecto robusto. Só aparece no In-verno, em grupos numerosos em terras lavradas eplanícies desarborizadas ou encharcadas. Alimenta-se de pequenos insectos, caracóis, marachombas eminhocas.

Abreviaturas relativas à sua classificação de protecção na Comunidade EstremenhaEE: Em Perigo de Extinção ı SAH: Sensível à Alteração do seu Habitat ı V: Vulnerável ı IE: Interesse Especial

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Noitibó da EuropaCaprimulgus europaeus IEO seu corpo é do tamanho de uma rola, mas tem asase cauda muito compridas. A sua plumagem cinza-par-dacenta mosqueada em ocre alaranjado tornam-noimperceptível no solo onde nidifica. Trata-se de umaave insectívora crepuscular e nocturna, que captura assuas presas no ar com a sua boca enorme. Não cos-tuma pousar em árvores, passando a sua vida entreo solo e o céu. Só está na Extremadura durante a Pri-mavera e o Verão, para se reproduzir.

Cegonha-brancaCiconia ciconia IEPernilonga de grande tamanho com plumagem brancae pontas das asas pretas, com bico e patas de cor ape-lativa vermelho-vivo. Muito frequente nas pastagens,terrenos húmidos, prados e em quase todas as cons-truções elevadas, tais como igrejas, casas de quintas,árvores altas ou torretas eléctricas. A sua alimentaçãoé variada indo desde peixes, cobras ou anfíbios até ro-edores ou gafanhotos. Embora antigamente emi-grasse para a África todos os Invernos, cada vez émaior o número de exemplares que aparecem na Ex-tremadura ao longo de todo o ano.

Cegonha-pretaCiconia nigra EEPernilonga um pouco mais pequena do que a ce-gonha branca, com plumagem escura e irisações es-verdeadas e violáceas no dorso e asas e ventrebranco. Patas, bico e anel ocular em cor vermelho-vivo. Contrariamente ao que acontece com a branca,a cegonha-preta é muito tímida e reservada, sendomuito difícil de observar no seu habitat natural. Ali-menta-se de peixes, cobras ou caranguejos. Aparecena Extremadura para criar em fins do mês de Março,voltando no fim do Verão à África trans-saariana.

Maçaricão comumHimantopus himantopus IEParece uma cegonha em miniatura, tendo bico pretoe muito fino e patas larguíssimas de cor vermelha in-tensa. Asas escuras e corpo branco. Frequenta mar-gens de rios, barragens e arrozais. Muito barulhentoe senhor do seu território durante a reprodução. Ali-menta-se de invertebrados que captura nas margense de limos. Aparece em quantidades abundantes du-rante todo o ano.

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Codorniz Coturnix coturnixAve muito pequena (a menor das peças de caça) quenidifica no solo entre a vegetação. A sua plumagem écastanha com tons ocres e amarelados que a tornamdifícil de detectar quando se mantém deitada no solo.Frequenta cultivos de regadio como, por exemplo,de luzerna, soja ou milho, onde é facilmente detectadadevido ao seu canto. Os filhotes abandonam o ninhologo que nascem, seguindo a sua mãe à procura depequenos insectos que constituem a sua dieta. Alémdisso, os adultos ingerem sementes.

Cotovia de poupa Galerida cristata IELigeiramente maior do que a cotovia comum, com plu-magem castanha cor de terra, que a camufla perfeita-mente nas planícies e cultivos de sequeiro onde vive.Além disso, frequenta caminhos, bordas de estradas epastagens abertas. Tem uma crista característica e tar-sos longos com dedos curtos e a unha traseira muitocomprida. O seu canto é audível a grande distância emuito belo. Alimenta-se de restos vegetais e de peque-nos insectos. Está presente ao longo de todo o ano.

Rabirruivo preto Phoenicurus ochruros IEDe pose esbelta e elegante, a sua plumagem é cinza-escura, com manchas brancas visíveis nas asas, ecauda alaranjada ou “cor-de-telha” que se destacaconsideravelmente. Nidifica em zonas com rochas, es-carpas, rochedos, etc. com pouca vegetação. Du-rante o Inverno frequenta cultivos, zonas pecuárias,pastagens, etc. e aproveita para dormir em edifíciosabandonados ou quintas, estábulos e ruínas compouco movimento. A base da sua alimentação é cons-tituída por insectos. Na Estremadura pode ser obser-vado durante todo o ano, embora apareça em maiorquantidade durante o Inverno.

Rabirruivo-de-testa-branca Phoenicurus phoenicurus IEAve mais pequena do que um pardal, que para muitosornitólogos tem uma das mais belas plumagens. O seudorso é cinzento, a garganta preta, e o ventre e a caudade cor vermelho-alaranjada apagada. De pose esbeltae elegante, muitas vezes sacode o corpo agachando-se e levantando-se bruscamente para fazer notar assuas cores. Alimenta-se de insectos e só se mantém naEstremadura durante a época da reprodução.

Abreviaturas relativas à sua classificação de protecção na Comunidade EstremenhaEE: Em Perigo de Extinção ı SAH: Sensível à Alteração do seu Habitat ı V: Vulnerável ı IE: Interesse Especial

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Chasco cinzentoOenante oenante IEPequeno, grácil e elegante. Apresenta várias pluma-gens dependendo do facto de se tratar de um machoreprodutor ou não reprodutor ou de uma fêmea. Ge-ralmente o macho apresenta o dorso cinzento, asasmuito escuras, máscara facial preta, babeiro ocre eventre branco com a característica mancha preta emforma de “T” invertido na cauda, muito visível en-quanto voa. Encontrámo-lo em zonas montanhosasabertas, com matagal baixo e pedregais, onde capturapequenos insectos no solo ou a partir de pequenasatalaias. Na Extremadura nidifica nas montanhas doterço norte, enquanto que durante a migração podeaparecer em qualquer sítio.

Chasco pretoOenante leucura IEÉ a maior dos chascos ibéricos. A sua plumagem épreta, tendo a inconfundível mancha preta em formade “T” invertido na cauda branca. Encontrámo-lo emrochedos e pedreiras de toda a Extremadura, ondeagita a sua cauda para cima e para baixo a partir dequalquer atalaia antes de capturar qualquer um dosgrandes insectos que constituem a sua dieta. Está pre-sente ao longo de todo o ano, sem se afastar muito dolugar onde se reproduz.

Chasco ruivoOenante hispanica IEAve do tamanho de um pardal de pose grácil e plu-magem apelativa. Apresenta o preto nas asas, más-cara e mancha em forma de “T” invertido na cauda. Odorso é ocre e o peito e ventre brancos. Reproduz-senas zonas abertas de toda a região. O seu alimento éconstituído por pequenos insectos, aranhas e vermesque captura no solo.

CombatentePfiomachus pugnax IEDo tamanho de uma perdiz, com um corpo robusto,patas compridas e bico longo, fino e robusto. Duranteo Inverno a sua plumagem é castanho-acinzentadacom barras mais escuras no dorso e clara nas partesinferiores. Frequenta terrenos húmidos naturais emargens de barragens pouco profundas, onde se ali-menta de invertebrados aquáticos. Só aparece duranteo Inverno.

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Cormorão grandePhalacrocorax CarboMaior do que um pato-real, os adultos têm uma plu-magem preta com irisações esverdeadas ou violá-ceas. Presente nas barragens e em grandes massasde água com correntes suaves. Alimenta-se de peixesque captura, submergindo durante longos períodos detempo. Não tem glândula uropigial (com que as avesimpermeabilizam as suas penas), pelo que se vêemcom frequentemente nos ramos ou rochas das mar-gens com as asas estendidas para secarem a pluma-gem.

Pilrito-comumCalidris alpina IEAve pequena, com patas finas e bico longo que cos-tuma correr nas margens limosas dos charcos e ba-rragens, à procura dos invertebrados que constituema sua dieta. Geralmente desloca-se em pequenos ban-dos em voo rápido e rasante de margem a margemjuntamente com outras aves limícolas. Na Extrema-dura só aparece durante o Inverno.

Pato-colhereiroAnas clypeataPato de bico característico em forma de “colher”. Aplumagem do macho é mais vistosa, dado que temcabeça esverdeada, costas pretas e brancas, e ventrecastanho. A fêmea é castanha pardacenta, com tonsparecidos com os de outras fêmeas de patos. Ligadoa grandes massas aquáticas, só criou na barragem deOrellana, Valdecañas, Valuengo e Lagunas de La Al-buera. No entanto, é muito comum nos terrenos hú-midos estremenhos durante o Inverno. Alimenta-se devegetais aquáticos e de invertebrados, que filtra coma ferramenta que é o seu bico.

Cuco rabilongoClamator glandarius IEDo tamanho do cuco com dorso, cauda e asas de corcinzenta mosqueadas de branco. O ventre é branco ea garganta e o peito são amarelados. Tem uma pe-quena crista também acinzentada. Aparece na Pri-mavera para pôr os seus ovos nos ninhos das pegas,para que estas criem a sua prole. Por isso, são fre-quentemente perseguidos por estas em voos barul-hentos.

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CucoCuculus canorus IEDo tamanho de uma rola, tem asas e cauda compri-das de uma cor cinza-azulada discreta. O peito e oventre têm riscas escuras características sobre fundoclaro que o tornam semelhante ao gavião. Põe o seuovo nos ninhos de outras aves e não se preocupa coma sua descendência. Alimenta-se principalmente de in-sectos e sobretudo de lagartas, livrando-nos assim depragas florestais.

CorvoCorvus coraxMuito grande, e embora toda a sua plumagem pareçapreta, tem irisações azuladas ou metálicas. O corvo éum acrobata do ar, é uma das aves que voam por pra-zer e desfrutam fazendo complicadas piruetas aéreas.Encontrámo-lo nas escarpas rochosas, pastagens,carvalhais, planícies com árvores grandes dispersasou solitárias. Nidifica até mesmo em instalações eléc-tricas. Alimenta-se de pequenos animais que cap-tura, de frutos e de carniça. Os casais formam-separa toda a vida. Além disso, o corvo tem uma grandelongevidade, podendo viver mais de 40 anos. Está pre-sente na Extremadura ao longo de todo o ano.

Águia cobreira europeiaCircaitus gallicus IEAve de rapina de grande tamanho, com uma cabeçamuito grande e uma visão frontal que lhe confere umaspecto de mocho. A sua plumagem é de cor ocre es-curo no dorso e branco mais ou menos mosqueadono ventre. Tem olhos grandes de cor amarela ou la-ranja, capazes de localizar as cobras e lagartos de quese alimenta. Regressa à Extremadura todas as Pri-maveras a partir das suas paragens de Inverno afri-canas, para parir um único filhote. Nidifica nas árvo-res em zonas de densas massas arborizadas,enquanto que para caçar prefere planícies desarbori-zadas.

Toutinegra de cabeça pretaSylvia melanocephala IEDe plumagem cinzenta, mais escura no dorso e nacauda. O macho tem a cabeça totalmente preta comum anel destacado de cor vermelha à volta do olho e“babeiro” esbranquiçado. A fêmea tem uma pluma-gem mais discreta, com cabeça cinzenta e dorso cas-tanho. Habita em zonas com matagais, sarçais, sebes,jardins, etc. Alimenta-se principalmente de insectos,embora também ingira bagas e pequenos frutos sil-vestres. Na Extremadura está presente ao longo detodo o ano.

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Toutinegra de barrete pretoSylvia atricapilla IECom um tamanho semelhante ao de um pardal, masmais grácil e esbelta. A sua plumagem é cinza-par-dacenta, mais escura nas asas e na cauda, com “ca-pirote” preto nos machos e castanho nas fêmeas.Encontrámo-la nos bosques frondosos, ribeiras ar-borizadas, árvores de fruto e jardins. Durante o In-verno é mais abundante e aparece em muitos parquesurbanos. Embora seja principalmente insectívora, du-rante o Outono alimenta-se de amoras e de pequenosfrutos silvestres que lhe proporcionam a energia ne-cessária para a migração. Reproduz-se na Extrema-dura e, durante o Inverno, aparecem indivíduos donorte, pelo que a sua população aumenta.

Toutinegra realSylvia hortensis IEA maior das toutinegras estremenhas, tendo pluma-gem cinzenta com “anteface” preta, capirote cinza es-curo e olhos pálidos destacados. Prefere as pastagensde azinheiras e bosques abertos e quentes, onde é di-fícil vê-lo, embora seja fácil de detectar devido ao seucanto. Alimenta-se de insectos na Primavera e de pe-quenos frutos silvestres durante o Outono. Reproduz-se na Extremadura, mas parte em meados de Setem-bro para a África, para passar os meses mais frios.

Papa-amoras-cinzentoSylvia communis IEDe tamanho semelhante ao das aves anteriores, a plu-magem dos machos destaca-se pelo seu “capirote”cinzento azulado, asas castanhas, babeiro branco epeito rosáceo. Selecciona matagais de zonas de mon-tanha para criar e, por isso, só se reproduz nas zonasaltas do norte da Extremadura, enquanto que durantea migração pode ser observado em quase todo o te-rritório regional. Alimenta-se de pequenos insectos.

Carriça do matoSylvia undata IETem corpo minúsculo e cauda muito comprida quemantém erguida. A sua plumagem é de cor azul-apa-gada no dorso, nas asas e na cauda e nas partes in-feriores castanho-avermelhada ou “cor de vinho” comanel à volta dos olhos de cor vermelha intensa. Estaespécie está muito ligada ao matagal mediterrânicodenso. Alimenta-se de insectos e no Outono e Invernopode ingerir pequenos frutos e sementes. Está pre-sente ao longo de todo o ano.

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Peneireiro comumElanus cairuleus VPequena ave de rapina do tamanho de uma pombacom plumagem de cor cinza-azulada e olhos vermel-hos apelativos. Habita em pastagens abertas, pradoscom árvores isoladas e cultivos extensivos de cereais.Captura principalmente roedores e passarinhos aoanoitecer e ao amanhecer, embora em dias nubladoso faça a qualquer hora. Pode criar várias vezes nummesmo ano se dispuser de alimentos. Não é uma avemigradora, embora se desloque seguindo a abun-dância de roedores.

CiaEmberiza cirlus IEDe tamanho semelhante ao de um pardal, o seu dorsoé pardo-avermelhado com pintas pretas, o ventre ocreavermelhado, e o peito e a cabeça cinzentos com trêsfranjas pretas bem acentuadas. Encontrámo-la nas la-deiras com matagal baixo e espinhoso e em árvoresmais ou menos dispersas. Alimenta-se de sementes,rebentos vegetais e em menor grau de insectos. Estápresente ao longo de todo o ano e quando as condi-ções de habitat o permitem, aparece frequentemente.

Escrevedeira de gargantapretaEmberiza cirlus IELigeiramente maior do que um pardal, tem plumagemcastanha com pontos pretos no dorso, ventre amareloe cabeça amarela com faixas pretas no macho, en-quanto que na fêmea estas cores têm tons mais apa-gados. Aparece nos bosques frescos e frondososonde se alimenta principalmente de sementes, em-bora durante a criação costume alimentar os seus fil-hotes com insectos. Na Extremadura está presente aolongo de todo o ano.

EsmerilhãoFalco colombarius IEÉ o mais pequeno dos falcões estremenhos, sendo dotamanho de uma rola. O macho é cinzento-azulado nodorso com asas e cauda mais escuras e peito e ven-tre em cor laranja mosqueada de escuro. Alimenta-sede passarinhos que caça em campos abertos. Sóaparece na Extremadura durante o Inverno.

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ColhereiroPlatalea leucorodia VAve pernilonga mais pequena do que a cegonha, complumagem branca e patas ligeiramente escuras. Oseu bico apresenta uma forma especial que lhe con-fere o seu nome, sendo estreito no centro e largo earredondado na base. Graças a esta ferramenta ex-traordinária, o colhereiro pode-se alimentar nas mar-gens limosas dos charcos e barragens. Nidifica emcolónias em árvores grandes das margens, junta-mente com outras garças e cegonhas.

Galeirão comumFulica atraLigeiramente maior do que a galinhola comum, de corpreta mate com bico e testa brancos. Frequenta ba-rragens, lagoas e terrenos húmidos, sendo aí que fazum ninho flutuante com vegetação onde incuba osseus ovos. Quando os filhotes nascem, começam anadar atrás da mãe, à procura de invertebrados aquá-ticos e de vegetais que constituem a sua dieta. Estápresente ao longo de todo o ano.

Galinhola comumGalinula chloropusDo tamanho de uma perdiz. Ao longe parece preta,mas na realidade a sua plumagem é de cor azul muitoescura na cabeça, peito e ventre, sendo as costas decor castanho-escura e o bico e a testa de cor vermelhaviva; patas compridas com dedos longos de cor verdeintensa com “bracelete” vermelha à altura do cotovelo.Costuma nadar em águas com fraca corrente e commuita vegetação, embora também frequente os arro-zais. Está presente ao longo de todo o ano.

Gaivina-de-faces-brancasChlidonias hybridus SAHCorpo ligeiramente inferior ao de uma rola, mas comasas muito compridas, de cor cinza-claro com capi-rote preto e patas e bico vermelhos. Alimenta-se de in-sectos e de outros invertebrados aquáticos que cap-tura em voos de caça que efectua em grupos de cercade 5 aves. Constrói um ninho flutuante com ramos emterrenos húmidos de águas calmas. Só permanece naExtremadura para se reproduzir, durante a Primaverae o Verão.

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Cortiçol-de-barriga-brancaPterocles alchata SAHComo uma pomba em termos de tamanho, dorsoocre, listado em preto com ventre branco e “meia-lua”no peito de cor alaranjada. Habita nas estepes e cam-pos de cereais de sequeiro, onde faz o seu ninho nosolo, com ovos bem mimetizados. Alimenta-se quaseexclusivamente de sementes e de outros restos ve-getais.

Cortiçol-de-barriga-pretaPterocles orientalis SAHAve do tamanho de uma pomba, com dorso pardo,ocre e acinzentado; garganta alaranjada e cabeça epeito cinzentos. A sua plumagem confere-lhe um mi-metismo excepcional no solo das planícies onde fazo seu ninho. Alimenta-se quase exclusivamente de se-mentes. Presente ao longo de todo o ano em áreasdesarborizadas estremenhas.

Garça-branca-pequenaEgretta garzetta IEUm pouco maior do que a garça boieira. Tem pluma-gem branca e bico e patas de cor preta. Os dedos sãode cor amarelo-vivo, assim como a sua íris. Vive emterrenos húmidos com margens pouco profundas,onde se alimenta isoladamente de pequenos peixes,invertebrados e anfíbios. Nidifica nas árvores dasmargens com grande porte juntamente com outrasgarças. Está presente ao longo de todo o ano.

Garça boieiraBubulcus ibis IEGarça de tamanho médio e cor branca durante todo oano, excepto os machos que na Primavera adquiremalgumas penas alaranjadas na cabeça e no pescoçoque se costumam ver junto ao gado em grandes ban-dos nas pastagens e nos prados. Cria em colónias nu-merosas juntamente com outras espécies de garças.Está presente durante todo o ano, e cada vez é maisabundante.

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Papa-ratosArdeola ralloides EEDo tamanho da garça boieira, com asas e peito brancoe dorso ocre. A partir da nuca saem-lhe longas penasriscadas pretas e brancas. Aparece nos terrenos hú-midos com vegetação abundante, onde se alimenta deinvertebrados aquáticos, peixes e anfíbios sempreisoladamente. Reproduz-se na barragem de Montijo eArrocampo. De forma ocasional pode ser observadonas Várzeas do Guadiana.

Garça vermelhaArdea purpurea SAHUm pouco mais pequena do que a garça real, com umpescoço mais fino, longo e riscado, o que lhe confereuma camuflagem perfeita entre os juncos e canaviaisem que só é detectável pelo movimento. Necessita demargens com muita vegetação onde pesca sem difi-culdade peixes de tamanho pequeno a médio. Nidificanas Várzeas do Guadiana e em Arrocampo. Emigradurante o Outono e o Inverno.

GaviãoAccipiter nisus IEAve de rapina florestal de tamanho reduzido, comasas curtas e arredondadas e cauda muito comprida.Esta concepção permite-lhe caçar na zona densa dobosque, operando na perfeição. A sua dieta baseia-sequase exclusivamente em passarinhos que capturaem voo. Nidifica nas árvores com sub-bosque abun-dante e no Inverno migra para a África, embora nessaaltura apareçam gaviões da Europa Central na Extre-madura para passarem o Inverno.

Garça-realArdea cinerea IEUm pouco menos corpulenta do que a cegonhabranca, com plumagem cinzenta, voa com o pescoçoencolhido ao contrário do grou e tem patas e dedosmuito longos, adaptados ao “atravessamento” emzonas húmidas. Pesca isoladamente peixes de ta-manho médio nas margens pouco profundas dos riose charcos. Pode nidificar em colónias com outras es-pécies de garças e cegonhas ou isoladamente.

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Guincho-comumLarus ridibundus Guincho de águas interiores de tamanho médio, comasas de cor cinza-clara, corpo branco e patas vermel-has. Durante o Verão a cabeça é cor de chocolate en-quanto que no Inverno fica branca apenas com umasfaixas escuras nas “orelhas” e acima dos olhos. Gostade grandes barragens, rios com corrente lenta, culti-vos e arrozais. Aparece muito no Inverno e há poucasreferências à sua reprodução na Extremadura.

Gaivota de asas escuras Larus fuscusGaivota de tamanho grande, com asas cinza-escurase cabeça e peito brancos. O seu bico é amarelo, tendouma mancha vermelha na ponta inferior. Frequentabarragens, aterros, cultivos, etc. em grandes ban-dos. Com a sua grande envergadura afasta outrasaves da zona.Alimenta-se de peixes, roedores, minhocas, insectose desperdícios de barcos pesqueiros ou de contento-res de lixo. Não cria na Extremadura mas aparece emgrandes quantidades durante o Inverno.

Andorinha das chaminésHirundo rustica IEAve que frequenta usualmente as zonas rurais. O seudorso, asas e cauda são escuros com irisações de corvioleta, tem uma garganta avermelhada e as partes in-feriores são de cor creme ténue. A sua cauda tem aforma de forquilha com as penas exteriores muitocompridas, mais nos machos do que nas fêmeas, oque nos ajuda a distinguir os sexos. Nidifica nos edi-fícios rurais abandonados ou com pouco movimento,tais como os estábulos, quintas, pavilhões agrícolas,etc. Alimenta-se exclusivamente de insectos voadoresque captura voando rente ao solo. É migradora e,por isso, aparece na Extremadura no início de Feve-reiro e parte em Setembro.

Andorinha dáuricaHirundo daurica IEParecida com a andorinha comum mas com tons in-feriores, nuca e mancha sobre a cauda de cor ocre-alaranjado (daí o seu nome andorinha dáurica=dou-rada). Menos abundante do que a andorinha comum,nidifica por debaixo das pontes, edifícios ou outrasconstruções, faz um ninho de barro com entrada emforma de tubo estreito, como se fosse um funil. Ali-menta-se de insectos que captura no ar com o seuvoo acrobático. É uma espécie que aparece na Extre-madura para se reproduzir.

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Pardal ladrãoPasser domesticusAve muito urbana e ligada ao homem desde temposimemoriais. Os machos são pardos com listas pretasno dorso, ventre cinzento e “babeiro” preto. As fêmeassão pardo-acinzentadas, mais discretas. Alimentam-se de insectos na Primavera enquanto criam os seusfilhotes e de frutos e sementes durante o resto do ano.É a ave urbana por excelência, frequentando parques,telhados de edifícios, praças, etc. Está presente aolongo de todo o ano e em grande abundância.

Gralha de nuca cinzentaCorvus monedulaLigeiramente maior do que uma pomba, com pluma-gem preta e nuca cinzenta, tendo olhos claros. Cos-tuma criar em colónias formadas por muitos casaisem igrejas, quintas, e em buracos de outros edifícios.Alimenta-se de insectos, pequenos répteis, roedorese frutos. Na Extremadura está presente ao longo detodo o ano.

Falcão peregrinoFalco peregrinus SAHAve de rapina de tamanho médio e cor de ardósia nodorso, cauda, cabeça e “bigode” e partes inferioresbrancas com barras cinzentas muito escuras. É a avemais rápida, podendo ultrapassar os 300 km/h emvoo “picado”. Nidifica em buracos de rochedos, deonde expulsa as outras aves de rapina. Para caçar es-colhe campos abertos onde captura aves do tamanhoda pomba, embora possa capturar sisões ou patos.Costuma permanecer nas imediações do ninho du-rante todo o ano, defendendo o seu território, emborano Inverno cheguem à Extremadura aves do norte.

Grou comumGrus grus IEDo tamanho e com o aspecto de uma cegonha, complumagem cinzenta e penacho de penas alares sus-penso sobre a sua cauda, o pescoço é preto com fai-xas laterais brancas e apresenta uma mancha ver-melha na cabeça. Aparece durante o Outono e oInverno nas pastagens, arrozais e lagoas. Não é re-produtor na Extremadura desde a primeira metade doséculo passado. Alimenta-se de bolotas, restolhos dearroz e milho, bolbos, invertebrados, etc.

Abreviaturas relativas à sua classificação de protecção na Comunidade EstremenhaEE: Em Perigo de Extinção ı SAH: Sensível à Alteração do seu Habitat ı V: Vulnerável ı IE: Interesse Especial

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Chapim de poupaParus cristatus IEDe tamanho semelhante ao do chapim azul, o seudorso é castanho com as partes inferiores mais cla-ras. A sua cabeça é branca e preta, tendo uma cristapontiaguda. Aparece principalmente nos pinhais, em-bora também nos sobreirais e azinhais com sub-bos-que. A sua alimentação é composta por invertebradostais como lagartas, aranhas, ácaros, etc. livrando-nos de muitas pragas florestais. Está presente aolongo de todo o ano.

Chapim azulParus caeruleus IEMais pequeno do que o chapim real, com asas, caudae cabeça azuis, testa e “bochechas” brancas. O seupeito e ventre são amarelos. Frequenta pastagens,pinhais, bosques de ribeira ou jardins. Com o seu bicopequeno captura insectos sob a casca, os botões flo-rais ou as folhas, podendo-se dependurar de bicopara baixo para os descobrir. É um grande aliado daagricultura ecológica, devido à grande quantidade depragas que controla. Está presente ao longo de todoo ano nas massas arborizadas estremenhas.

PintassilgoCarduelis carduelisMuito comum, distingue-se pela sua face vermelha efaixas branca e preta na cabeça. As suas asas são pre-tas com uma grande faixa amarela muito visível en-quanto voa. O seu canto é muito agradável, pelo quecostuma ser apanhado e engaiolado. O seu bico có-nico permite-lhe o acesso às sementes de cardo deque tanto gosta sem se picar. Está presente ao longode todo o ano.

Alvéola brancaMotacilla alba IEDo tamanho de um pardal e com plumagem preta ebranca, com tons intermédios de cinzento. A suacauda é muito comprida e costuma-se mover balan-ceando-a. Frequenta ribeiras, margens de barragens ecultivos. Alimenta-se de pequenos insectos, vermes earanhas que captura no solo ou nas margens. Está pre-sente ao longo de todo o ano, embora seja mais abun-dante no Inverno. Ultimamente concentra-se em gran-des dormitórios de Inverno no centro das cidades.

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Alvéola-de-cabeça-amarelaMotacilla flava IECom uma plumagem muito bela, o seu dorso é ama-relo oliváceo e o seu ventre amarelo vivo, desta-cando-se o cinza-azulado da sua cabeça. Frequentazonas húmidas, prados de regadio e ribeiras. Ali-menta-se de pequenos insectos e de aranhas quecaptura perto das margens. Costuma ser vista em mi-gração, embora na Extremadura haja alguns casaisque se reproduzem.

Alvéola cinzentaMotacilla cinerea IEA sua plumagem é vistosa, as partes superiores, asasas e a cauda são de cor cinza-azulado e as partes in-feriores amarelo vivo, destacando-se a sua gargantapreta. Esta alvéola está muito ligada às correntes deágua contínuas e limpas e, por isso, é mais comumno norte da Extremadura. Alimenta-se de insectos e deoutros invertebrados que captura esquadrinhando asmargens. Está presente ao longo de todo o ano naszonas de criação, enquanto que no Inverno aparecemaves nortenhas em toda a região.

Guarda-rios-comumAlcedo Atthis IEDo tamanho de um pardal, mas mais robusto, comcauda curta e bico longo e forte. A sua plumagem émuito apelativa: azul brilhante nas asas, cauda edorso, sendo o peito e o ventre em cor de laranja in-tensa. Alimenta-se exclusivamente de pequenos pei-xes e girinos que captura mergulhando a partir de umpoleiro sobre a água. Nidifica escavando uma galerianos taludes das margens dos rios. Está presente aolongo de todo o ano.

Coruja-das-torresTyto alba IEAve de rapina nocturna de tamanho médio, que cos-tuma nidificar em quintas, igrejas e edifícios próximosdo homem. Destaca-se a sua plumagem amareladacom cinzento abundante no dorso e com as suaspartes inferiores brancas. A sua face é um coraçãobranco característico, com grandes olhos pretos. Temcomo presas principais os ratos comuns e os ratos-cegos, mas algumas corujas especializam-se na cap-tura de aves de tamanho reduzido que se concentrampara dormir nas árvores dos parques urbanos.

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GorazNycticorax nycticorax SAHGarça de tamanho médio, patas compridas e amare-las, plumagem cinzenta no dorso e ventre branco e deolhos de um vermelho intenso, adaptados à pesca nashoras crepusculares. Alimenta-se de peixes de ta-manho médio, anfíbios e cobras de água. Cria em co-lónias numerosas, juntamente com outras espécies degarças.

Milhafre pretoMilvus migrans IELigeiramente mais pequeno do que o milhafre real,com uma plumagem mais escura e uma cauda emforma de forquilha menos acentuada do que a domilhafre real. Nidifica nas árvores onde estofa o ninhocom lãs, sacos, papéis e ramos. A sua alimentação émuito vasta, sendo composta por peixes, roedores,anfíbios, etc. e principalmente carniça, tendo-se es-pecializado em animais atropelados nas estradas.Passa o Inverno na África a sul do Sara e regressa àExtremadura na Primavera para criar.

Milhafre realMilvus milvus VAve de rapina de tamanho médio, com asas e caudacompridas de cor castanho-avermelhada e cabeçaclara e íris amarela. Na Extremadura o milhafre realmantém-se ao longo de todo o ano, nidifica nas ár-vores de bosques densos (cada vez menos), e duranteo Inverno a população aumenta com aves da EuropaCentral. Alimenta-se de roedores, aves pequenas eprincipalmente carniça.

Melro d’águaCinclus cinclus VDo tamanho de um tordo, robusto e rechonchudo,com a cauda muito curta. A sua plumagem é de corcastanho-escura com um grande babeiro branco. Viveem correntes rápidas de águas limpas do norte da Ex-tremadura, onde captura invertebrados aquáticos de-baixo de água. Costuma pousar em grandes pedrasdos desfiladeiros, onde se balanceia fazendo destacara sua medalha branca. Na área de reprodução estápresente ao longo de todo o ano.

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Melro pretoTurdus merula IEO macho é de cor preta apagada, com bico e anel àvolta dos olhos amarelos. É muito urbano, apare-cendo em jardins, hortas, ribeiras, pastagens, etc.sempre que haja uma boa arborização. Alimenta-seprincipalmente de minhocas da terra, vermes e in-sectos. No Outono pode-se alimentar de bagas e fru-tos. Na Primavera costuma deleitar-nos com o seucanto excelente. Está presente ao longo de todo o ano.

Chapim rabilongoAegithalos caudatus IEO seu corpo é uma bola diminuta de penas rosadas noventre e escuras no dorso, juntamente com umalonga cauda preta com bordas brancas. Costuma-semover em grupos familiares de 8 a 14 indivíduos embosques com sub-bosque abundante, e igualmentenas ribeiras. O seu bico é diminuto, fino e forte, capazde capturar os insectos escondidos por debaixo daspregas das cascas ou nas brácteas dos botões florais.Está presente ao longo de todo o ano.

Felosa comumPhilloscophus collybita IECom uma plumagem e tamanho muito semelhantesaos da felosa musical, embora com tons ligeiramentemais apagados. Tem movimentos inquietos e voltejarente ao solo. Reproduz-se em bosques de montan-has e de ribeiras no norte da região. No entanto, du-rante o Inverno aparece em todo o território estre-menho.

Mocho europeuAthene noctua IEAve de rapina nocturna de tamanho reduzido, comdorso pardo avermelhado mosqueado de branco nodorso e ventre branco com barras pardas avermel-hadas. Não tem penachos e os seus olhos são gran-des e amarelos. Frequenta olivais, pastagens abertase cultivos, onde captura presas de tamanho reduzidotais como gafanhotos, grilos ou pequenos anfíbios.Está presente ao longo de todo o ano, perto do seu lu-gar de criação.

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Felosa musicalPhylloscopus trochilus IEMuito pequena, pouco mais do que metade de umpardal. Com plumagem verde-amarelada no dorso emais clara no ventre e no peito. Frequenta jardins, ri-beiras, margens de caminhos com sebes, pastagens,etc. A sua alimentação é exclusivamente baseada empequenos invertebrados, de forma que nos livra demuitas pragas das árvores de fruto ou de jardinagem.Não se reproduz na Extremadura e pode ser vista naspassagens migratórias.

Papa-figosOriolus oriolus IETem o tamanho de um tordo, com a plumagem ama-rela viva, asas pretas nos machos e fêmeas mais dis-cretas e esverdeadas. O seu canto aflautado é muitoagradável e faz com que ele se destaque no arvoredo.Está muito ligado a bosques frescos, ribeiras, carval-hais, bosques de freixieiros, etc. onde captura peque-nos gafanhotos, grilos, vermes, etc. e no fim do Verãofrutos tais como figos ou amoras. Na Extremadura sóestá presente durante a Primavera e o Verão.

Gaivina-de-bico-pretoGelochelindon nilotica SAHO seu corpo tem o tamanho de uma pomba, mas assuas asas são finas e compridas de cor branca e comcabeça, patas e bico pretos. Frequenta barragensonde cria em ilhas desprovidas de vegetação, taiscomo a Sierra Brava, Los Canchales e Orellana. Ali-menta-se de ratos, lagartixas, avezinhas ou insectosque captura por vezes longe da água, em cultivos decereais. Aparece na Extremadura em meados de Abrile parte em meados de Setembro.

Chapim-de-faces-pretasRemiz pendulinus IESemelhante a um pintassilgo no tamanho, com ca-beça cinzenta e máscara facial acentuada de cor pretae dorso castanho-avermelhado com ventre claro rosa-alaranjado. Encontrámo-lo junto a ribeiras com vege-tação palustre abundante em todas as Várzeas doGuadiana, e na barragem de Arrocampo, procurandoo seu alimento entre tifas e eneias, inclusive depen-durado de cabeça para baixo. Está presente ao longode todo o ano.

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Papa-moscas pretoFicedula hypoleuca IEDe aspecto rechonchudo, bico fino e muitas vezes commovimentos convulsivos da cauda. A plumagem nup-cial dos machos é preta na cabeça, asas, cauda e dorsoe branca no peito, ventre, testa, tendo uma mancha nasasas. Durante o resto do ano é parecido com as fêmeas,substituindo o preto pelo pardo e mantendo o branco.Para criar necessita de bosques a mais de 1.000 m, deforma que só aparece nos sopés de Gredos, enquantoque em migração é visto em toda a região. Captura in-sectos no solo ou rente ao mesmo, a partir de atalaias(ramos baixos desimpedidos ou postes) de caça.

Pato coloridoNetta rufian VMacho muito belo de cabeça aveludada cor de cho-colate, bico e olhos cor rosa intenso. O peito e acauda são pretos, as costas cinzentas acastanhadase tem manchas laterais brancas. Trata-se de um patomergulhador que se alimenta de folhas, raízes e cau-les aquáticos nas águas limpas onde assenta. Cria empoucos terrenos húmidos estremenhos tais como osde Orellana, Portaje ou Morantes, embora no Invernoapareça em mais zonas húmidas.

Perdiz comumAlectoris rufa Espécie de caça com uma plumagem muito bela e comum canto característico que constitui uma peça funda-mental na pirâmide alimentícia do ecossistema estre-menho. Habita em campos cultivados e abertos compouca arborização; cria no solo, em orlas de campos ouem zonas com matagal baixo junto a sementeiras de ce-reais. Prefere caminhar (andar a pé) a voar, só levantavoo em caso de perigo. Alimenta-se no solo com se-mentes, rebentos moles ou insectos (sobretudo os fil-hotes, que abandonam o ninho logo que nascem).

Pisco-de-peito-azulLuscinia svecica VAve insectívora de tamanho reduzido, com plumagempardacenta nas suas asas, cauda e dorso e, “medalha”azul destacada ladeada por tons avermelhados. En-contra-se esta ave em reprodução nos sopés das mon-tanhas mais altas da Extremadura, acima dos 1.800metros acima do nível do mar, enquanto que no Invernopode ser vista nas zonas palustres das Várzeas doGuadiana ou da barragem de Arrocampo. Alimenta-seprincipalmente de insectos, embora no Inverno possaingerir sementes ou outros restos de origem vegetal.

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PiscoErithacus rubecula IEMais pequeno do que um pardal, com dorso pardo euma grande mancha peitoral de cor vermelho-ala-ranjada. Costuma-se deslocar pelo solo com peque-nos saltos e movimentos convulsivos para fazer des-tacar a sua mancha laranja. É principalmenteinsectívoro, mas pode comer sementes e frutos. Du-rante o Inverno é uma espécie comum em toda a Ex-tremadura, mas só se reproduz no terço norte, emMonfragüe e Canchos de Ramiro e no terço sul.

Pica-pau malhado pequenoDendrocopos minor VÉ o mais pequeno dos pica-paus estremenhos, rara-mente atingindo o tamanho de um pardal. A sua plu-magem é branca e preta no dorso, tendo cauda, asase ventre esbranquiçados, ligeiramente rosados compontos pretos. Tem uma mancha vermelha desde aface até à nuca. Constrói o seu ninho com o seu bicosobre troncos de árvores. A sua alimentação baseia-se em insectos da madeira que captura nos troncose sob a casca dos ramos. Está presente ao longo detodo o ano.

Pica-pau malhado grandeDendrocopos major IELigeiramente mais pequeno do que o peto-verde, deplumagem preta no dorso com grandes manchasbrancas. O peito é rosado com o ventre e uma man-cha na nuca (só nos machos) de cor vermelha intensa.Habita nos bosques de ribeiras, pinhais, pastagensdensas e outras massas arborizadas. Alimenta-se deinsectos da madeira e por vezes pode ser predador deninhos de aves de tamanho reduzido. Presente aolongo de todo o ano.

Bico grossudoCoccothraustes coccothraustes IETem quase o dobro do tamanho de um pintassilgo,tendo um bico muito poderoso. O dorso é castanho-escuro com asas e cauda de cor preto-azulada commanchas brancas e peito e ventre de cor ocre. Habitaem zonas arborizadas com sub-bosque, onde con-some todo o tipo de sementes e frutos com cascadura. Na Extremadura está presente ao longo de todoo ano.

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Tentilhão montêsFringilla montifringilla IEOs machos têm uma cabeça preta-azulada, o dorso,asas e cauda com cores preta e branca e o peito la-ranja. É um ave granívora que se alimenta de se-mentes e de restos vegetais. Na Extremadura só apa-rece em alguns Invernos, mas pode irromper embandos muito numerosos nas pastagens, cultivos eplanícies.

Tentilhão comumFringilla coelebs IEDo tamanho de um pardal, com plumagem preta ebranca nas asas e na cauda, “capuz” cinza-azulado epeito ocre alaranjado nos machos. As fêmeas sãomais discretas, com plumagem mais apagada. Apa-rece nas zonas arborizadas tais como pastagens, car-valhais, pinhais ou jardins onde os machos fazem va-ler o seu canto explosivo. É uma ave granívora que sealimenta de pequenas sementes e de restos vegetais.Está presente ao longo de todo o ano.

Zarro europeuAythya ferina IEPato mergulhador de corpo cinzento, peito e caudapretos e cabeça cor de chocolate. No macho, os ol-hos são de cor vermelha intensa. A fêmea, tal comoacontece com quase todos os patos, é mais discretana plumagem. Selecciona terrenos húmidos de águaslimpas com vegetação abundante nas margens. Ali-menta-se de invertebrados que captura mergulhando.Só se reproduz na Extremadura, nas Lagunas de LaAlbuela, nos Llanos de Cáceres e nas Várzeas Altas doGuadiana. Durante o Inverno aparece com mais fre-quência.

Peto-verdePicus viridis IELigeiramente maior do que um tordo, com dorsoverde apagado, ventre cinza-esverdeado, e manchavermelha apelativa na cabeça desde a testa até à nuca.Frequenta arvoredos densos, sobreirais, carvalhais epastagens cerradas. Constrói um ninho com o seubico, furando o tronco de uma árvore. Alimenta-se delarvas de insectos da madeira, que captura abrindogalerias com o seu bico e extraindo-as com a sualonga língua. Presente ao longo de todo o ano.

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Pega-azulCyanopica cyana IEO seu tamanho é o de um melro, mas tem uma caudamuito comprida. Com plumagem muito bela, tendoasas e cauda azuis, corpo rosado e cabeça preta. Ha-bitante de pastagens, árvores de fruto, ribeiras, pin-hais e olivais. Utiliza a criação “cooperativa” em gran-des colónias, onde os tios e irmãos maiores ajudama criar uma nova geração. Durante a fase da criaçãoalimentam-se de insectos, enquanto que nos fins doVerão e no Outono se alimentam de frutos. Está pre-sente ao longo de todo o ano.

Frango de água europeuRalus acuaticus IEAve aquática do tamanho de uma perdiz semelhanteà galinhola. O seu dorso é castanho mosqueado depreto com peito e ventre em cor azul-metálica escura.O seu bico é longo e vermelho e as suas patas têm tar-sos e dedos longos para se mover por entre a vege-tação aquática. Frequenta terrenos húmidos commuita vegetação, e igualmente arrozais, canais e con-dutas com vegetação palustre abundante. Alimenta-se de invertebrados aquáticos, anfíbios e pequenosmamíferos. Está presente ao longo de todo o ano.

Estrelinha-de-cabeça-listadaRegulus ignicapillus IEMuito pequena, sendo talvez a mais pequena dasaves estremenhas. O seu dorso é esverdeado, o ven-tre esbranquiçado com tons ocre claro e a sua cabeçauma sobrancelhas de cor branca acentuada, ladeadade preto com mancha amarela alaranjada na partemais alta. O seu bico é curto e fino, adaptado paracapturar larvas de insectos nas fendas dos troncos.Reproduz-se nos pinhais e carvalhais do norte daExtremadura, enquanto que no Inverno pode ser ob-servada em zonas mais baixas de quase toda a região.

Melro das rochasMonticola saxatilis VDo tamanho de um tordo, mas com cores vivas, ca-beça e dorso azul brilhante, peito, ventre e cauda la-ranja e asas de cor castanho-apagado com uma man-cha branca nas costas entre as asas. Encontrámo-loem pedreiras elevadas, a grande altura, onde nidificaem qualquer fenda ou espaço vazio, fazendo um cu-rioso ninho estofado com ervas e musgo. As suaspresas vão desde pequenos vermes até osgas, quecaptura entre as rochas. Só está presente durante aPrimavera e o Verão.

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Melro azulMonticola solitarius IEDo tamanho de um tordo, com uma impressionanteplumagem azul cobalto muito bela quando sobre elaincide luz directa. Aparece nos penhascos e rochedoscom ruínas, e igualmente nos arredores de centros ur-banos elevados, muralhas, castelos, etc. Alimenta-sede pequenos animais tais como lagartixas, gafanho-tos, ou vermes. Na Extremadura está presente aolongo de todo o ano.

Rouxinol bravoCettia cetti IEPequeno, nervoso e com movimentos inquietos. A suaplumagem é castanho-avermelhada no dorso, asas ecauda e acinzentada no peito e no ventre. Encontramo-lo sempre perto da água, nos bosques de ribeiras, se-bes e juncais junto a canais e condutas ou nos sarçais.É muito difícil vê-lo, mas o seu canto explosivo de-nuncia-o. Alimenta-se principalmente de insectos, em-bora no Outono possa ingerir pequenas bagas ou amo-ras. Está presente ao longo de todo o ano.

Marreco europeuAnas PenélopePato hibernante com uma bela plumagem. Os machosemitem um “assobio” característico; estes apresen-tam a cabeça em cor de chocolate, com uma manchaacentuada de cor creme desde o bico até à nuca. Opeito é rosado, o resto do corpo cinzento com “popa”branca e preta. A fêmea é mais discreta, embora osdois sexos tenham bico cinza-azulado com pontapreta. Frequentam barragens, lagoas e águas calmas.

Rouxinol comumLuscinia megarhynchos IEDo tamanho de um pardal, tem plumagem castanhano dorso, cabeça e asas enquanto que a cauda é cas-tanha-alaranjada e o ventre claro. Como habita em zo-nas de vegetação espessa, a sua plumagem fá-lo pas-sar inadvertido e, por isso, necessita de um cantopotente que o faça destacar. Talvez o canto do rouxi-nol seja o mais belo das aves europeias. Costumacantar até mesmo à noite. Alimenta-se de principal-mente de insectos e de pequenas bagas e frutos noOutono. Reproduz-se na Extremadura partindo parapassar o Inverno na África a sul do Sara.

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Sisão comumTetrax tetrax SAHLigeiramente maior do que uma perdiz, com umaplumagem de cor castanha riscada no dorso (o que oajuda a camuflar-se em solos com pouca vegetação)e branca no ventre, tendo patas compridas e robus-tas. O macho tem um colar preto característico. O seunome deve-se ao característico “silvo” que o seu vooprovoca, pelo facto de ter uma pena das asas maiscurta do que as outras. Aparece nas planícies de ce-reais e nas estepes desarborizadas. Alimenta-se de se-mentes, tubérculos, plântulas e em menor grau de pe-quenos invertebrados. Está presente ao longo de todoo ano na Extremadura.

Somormujo lavancoPodiceps critatus IEAquático e mergulhador do tamanho de um pato,nada apenas deixando assomar acima do nível daágua as costas, a cabeça e o pescoço. Tem uma cristacaracterística e longas penas nos dois lados da facede cor castanho-claro que se escurece nas bordas. Talcomo o mergulhão, constrói um ninho flutuante e cos-tuma levar os seus diminutos filhotes sobre as costasenquanto nada. Alimenta-se de pequenos anfíbios ealevins de peixes, está presente em toda a Extrema-dura durante todo o ano, embora no Inverno esteja emmaior número.

Cartaxo-comumSaxicola torcuata IELigeiramente mais pequeno do que um pardal, comuma plumagem parda mosqueada de preto no dorso,peito alaranjado e grandes manchas brancas nos doislados do pescoço. É muito comum nas margens doscaminhos, pastagens abertas, delimitações de terrasde trabalho, etc. Utiliza um ramo desimpedido dequalquer arbusto como atalaia de caça a partir do qualcaptura os pequenos insectos de que se alimenta. NaExtremadura está presente ao longo de todo o ano.

Cartaxo-nortenhoSaxicola rubetra IEO seu tamanho é semelhante ao do cartaxo-comum,de pose rechonchuda e movimentos nervosos. Odorso e a cabeça são castanhos mosqueados depreto, o peito ocre e o ventre esbranquiçado. Tem uma“sobrancelha” branca acentuada. Alimenta-se de pe-quenos insectos que captura perto dos seus poisos.Na Extremadura só aparece durante as passagensmigratórias para a África ou de regresso.

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TorcicoloJynx torquilla IEDo tamanho de um tordo, a sua plumagem é cinza-pardacenta com mosqueado preto que se mimetizamuito bem nos troncos. O seu nome provém da suaforma de defesa, dado que move a sua cabeça de umlado para o outro silvando como se se tratasse de umaserpente, para pôr os seus inimigos em fuga. Aparecenos matagais e ribeiras, pastagens e outras massas debosques, mas a sua detecção é muito difícil. É total-mente insectívoro. Está presente ao longo de todo oano.

Rola europeiaStreptopelia turturAspecto de pomba pequena, com corpo cinzento ro-sado e asas ocres manchadas de preto. Antigamenteera muito mais abundante do que agora, sendo hojeem dia difícil a sua observação em lugares onde foimuito frequente. Habita cultivos, pastagens e ribeiras.O seu alimento preferido é constituído por sementesde girassol e cereais. Aparece na Primavera para criarno seu ninho típico, quase plano, na bifurcação de umramo, onde deposita dois ovos.

Trepadeira azulSitta europaea IEPouco maior do que um pardal, de cauda curta ebico cilíndrico e forte. O seu dorso é azul e o ventrealaranjado. Costuma subir e descer pelos troncostanto de cabeça para cima como de cabeça para baixocom muita destreza, à procura dos invertebrados queconstituem a sua dieta. Costuma reduzir com barro ofuro dos pássaros carpinteiros de maior tamanhopara o adaptar ao seu e desta forma defender o seuninho. Está presente ao longo de todo o ano na Ex-tremadura entre arvoredos desenvolvidos.

Cotovia pequenaLulula arborea IEDo tamanho de um pardal, plumagem castanha par-dacenta no dorso e esbranquiçada ocrácea no ventre.É mais florestal do que as espécies anteriores destegrupo, frequenta pastagens de azinheiras, carvalhaise clareiras de bosques. O seu canto é inconfundível,muito melódico e usual na Primavera. Nidifica nosolo e alimenta-se de materiais vegetais e pequenosinsectos. Está presente ao longo de todo o ano na Ex-tremadura.

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TrigueirãoMiliaria calandra IEMaior do que um pardal, com plumagem pardacenta,mosqueada no dorso e ocrácea no ventre. O seubico é robusto, aparece em áreas desarborizadasonde costuma cantar pousado em postes ou árvoressecas que constituem a sua atalaia. A sua alimenta-ção é principalmente composta por sementes, em-bora durante a reprodução possa ingerir insectos.Está presente ao longo de todo o ano e em grandeabundância.

Pega rabudaPica picaMaior do que a pega-azul, tem cauda comprida easas curtas e arredondadas. A sua plumagem parecepreta e branca, mas ao perto nota-se que o preto narealidade é um conjunto de belas irisações violetas eesverdeadas. A sua alimentação é muito variada, indodesde ratinhos, lagartixas ou carniça até frutos e ovosde outras aves. Aparece nas pastagens, bosques de ri-beira, parques ou árvores nas margens das estradas.Está presente ao longo de todo o ano.

Andorinhão-cafreApus cafer VMais pequeno do que o andorinhão preto, com plu-magem escura e mancha branca sobre a cauda etambém na garganta. Costuma fazer o seu ninho emninhos desocupados de andorinhas dáuricas ou deandorinhas dos beirais. É muito raro na Extremadurae costumam chegar mais tarde do que outras espéciesestivais, no mês de Maio, voltando para a África emduas migrações, uma em Agosto e outra em fins deOutubro.

Andorinhão pretoApus apus IEDe cor castanho-acinzentada com garganta esbran-quiçada. Tem asas compridas e finas e cauda curta eem forma de forquilha. Os andorinhões são grandesvoadores, capturam as suas presas (insectos de ta-manho reduzido tais como mosquitos) no ar, e até sãocapazes de dormir a grandes alturas. Nidificam emvãos de edifícios e em alguns casos em palmeiras,sendo este um caso excepcional de criação nas ár-vores. Só estão presentes na Primavera e no Verão.

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Guia de Campo

Andorinhão-realApus melva VDe maior tamanho do que o andorinhão preto e comuma grande mancha branca no ventre. Costuma ni-dificar em colónias pouco numerosas perto da água,em vãos de pontes ou fendas de cortes rochosos debarragens e rios. Esta espécie regressa da África paracriar na Extremadura em fins de Março partindo no-vamente em fins de Outubro.

Verdilhão comumCarduelis chloris Maior e de aspecto mais robusto do que o pintassilgo,tendo um bico mais forte. A sua plumagem é verdevistosa com manchas amarelas nas asas e na caudado macho e mais apagada nas fêmeas. O seu bico ro-busto é capaz de partir as sementes mais duras. En-contramo-lo em zonas de bosques, pastagens e jar-dins urbanos. Na Extremadura está presente ao longode todo o ano e em grande abundância.

Maçarico-realNumenius arquata IEDe tamanho médio, patas compridas e bico longo,fino e curvado para baixo. A sua plumagem é de corcastanho-clara mosqueada em tons escuros. Ali-menta-se em lagoas limosas e arrozais com inverte-brados aquáticos; na Extremadura é um migradormuito raro durante o Inverno, que desaparece na Pri-mavera rumo à Europa Central.

Mergulhão comumTachybaptus ruficollis IEAve aquática de tamanho reduzido, que se conseguemanter submersa durante vários minutos debaixo deágua, à procura dos invertebrados aquáticos queconstituem o seu alimento. Apresenta duas pluma-gens, uma de Inverno e outra reprodutora, mais ape-lativa. Reproduz-se em qualquer lagoa ou piscinacom abundância de vegetação flutuante e águas cal-mas. Durante o Inverno frequenta as barragens.

Abreviaturas relativas à sua classificação de protecção na Comunidade EstremenhaEE: Em Perigo de Extinção ı SAH: Sensível à Alteração do seu Habitat ı V: Vulnerável ı IE: Interesse Especial

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Felosa poliglotaHippolais polyglotta IEAve de silhueta grácil e pose elegante, a sua pluma-gem é discreta, com tons pardacentos e acinzentadosno dorso e peito amarelo-esverdeado. Aparece nas ri-beiras, sebes dos hortos, em geral em ambientes hú-midos com vegetação densa. O seu canto é melódicoe consegue fazer imitações. A sua alimentação baseia-se em pequenos invertebrados tais como insectos,aranhas ou vermes. A sua presença na Extremaduravai desde a Primavera até ao fim do Verão, escolhendomassas de água com vegetação abundante nas mar-gens para nidificar.

TordeiaTurdus viscivorus Com um tamanho maior do que o do tordo comum,o seu dorso é mais apagado e não tem tons amarela-dos no peito. As suas manchas no peito e no ventresão maiores e arredondadas. Podemos observá-lanos bosques de carvalhos, sobreiros, pinheiros, cas-tanheiros e pastagens. Bastante discreta, mas comcanto muito agradável nas tardes de Primavera, so-bretudo após as tempestades. Alimenta-se de caracóisque bate contra um tronco ou pedra em forma de bi-gorna para quebrar a sua concha, e igualmente deminhocas e outros insectos. Está presente ao longo detodo o ano.

Tordo comumTurdus philomelosDe aspecto robusto, o seu dorso é castanho parda-cento tendo peito ocre amarelado e ventre brancomosqueado com marcas em forma de pontas de setaescuras. Frequenta terrenos florestais, carvalhais,castanhais, pastagens fechadas, bosques de ribeira,etc. onde se faz notar devido ao seu canto melodioso.Alimenta-se de caracóis, marachombas, vermes ouminhocas. Na Extremadura reproduz-se em poucoslugares, enquanto que durante o Inverno aparece emgrande quantidade.

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