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Boletim de Pesquisa 55 e Desenvolvimento Mapeamento de hospedeiros suscetíveis ao HUANGLONGBING dos citros no Recôncavo Baiano ISSN 1809-5003 Dezembro, 2011

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Boletim de Pesquisa 55e Desenvolvimento

Mapeamento de hospedeiros suscetíveis ao HUANGLONGBING dos citros no Recôncavo Baiano

ISSN 1809-5003 Dezembro, 2011

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Boletim de Pesquisae Desenvolvimento 55

Embrapa Mandioca e FruticulturaCruz das Almas, BA2011

Francisco Ferraz Laranjeira; Suely Xavier Brito Silva; Eduardo Chumbinho Andrade; Antonio Souza Nascimento; Décio de Oliveira Almeida; Élton Magalhães; Crispiniano Carlos S. Nunes; Ricardo Santos Motta; Roberto Costa Lima Bomfim; Maria Aparecida Carvalho C. de Almeida

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaEmbrapa Mandioca e Fruticultura Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Mapeamento de hospedeiros sus-cetíveis ao HUANGLONGBING dos citros no Recôncavo Baiano

ISSN 1809-5003 Dezembro, 2011

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Mandioca e Fruticultura

Rua Embrapa - s/n, Caixa Postal 00744380-000, Cruz das Almas, BaFone: (75) 3312-8048Fax: (75) 3312-8097www.cnpmf.embrapa.br

Comitê de Publicações da Unidade

Presidente: Aldo Vilar TrindadeVice-presidente: Ana Lúcia BorgesSecretária-executiva: Maria da Conceição Pereira Borba dos SantosMembro: Cláudia Fortes Ferreira

Edson Perito Amorim Fernando HaddadHerminio Souza RochaMarcio Eduardo Canto PereiraPaulo Ernesto Meissner Filho

Supervisão editorial: Ana Lúcia Borges Revisão de texto: Cristiane de Jesus Barbosa Eduardo Augusto Girardi Fernando Haddad Normalização bibliográfica: Lucidalva Ribeiro Gonçalves Pinheiro Tratamento de ilustrações: Anapaula Rosário Lopes Editoração eletrônica: Anapaula Rosário Lopes Foto da capa: GEOEYE Elevating Insight.com

1a edição versão (2011): online

Todos os direitos reservados A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Embrapa Mandioca e Fruticultura

© Embrapa 2011

Mapeamento de hospedeiros suscetíveis ao Huanglongbing dos citrosno Recôncavo Baiano. [recurso eletrônico] / autores, Francisco Ferraz Laranjeira... [et al.]. - Dados eletrônicos. – Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2011. - (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento / Embrapa Mandioca e Fruticultu-ra , ISSN 1809-5003; 55).

Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader.Modo de acesso: World Wide Web; <http://www.cnpmf.embrapa.br/publicacoes/

boletins/boletimpesquisa_55.pdf>.Título da página web (acesso em 30/03/2012)1. Citros o; 2. Huanglongbing. 3. Doença de planta. I. Laranjeira, Ferraz Laranjeira.

II. Título. III. Série.CDD 632.3 (21 ed.)

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Sumário

Resumo .....................................................................4

Abstract .....................................................................6

Introdução ..................................................................7

Objetivos .................................................................11

Material e Métodos ....................................................11

Resultados e Discussão ..............................................12

Referências ..............................................................18

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Mapeamento de hospedeiros suscetíveis ao HUANGLONGBING dos citros no Recôncavo BaianoFrancisco Ferraz Laranjeira1 Suely Xavier Brito Silva2 Eduardo Chumbinho Andrade1 Antonio Souza Nascimento¹ Décio de Oliveira Almeida³ Élton Magalhães³ Crispiniano Carlos S. Nunes² Ricardo Santos Motta² Roberto Costa Lima Bomfim² Maria Aparecida Carvalho C. de Almeida²

Resumo

O Huanglongbing é a doença mais importante dos citros. Embora ainda restrita a São Paulo, Minas Gerais e Paraná, tem potencial para alcan-çar outras regiões produtoras. Por esse motivo, é importante desenvol-ver estratégias de controle que possam ser utilizadas tão logo a do-ença seja detectada. Nesse contexto, o mapeamento dos hospedeiros (posição e densidade) é crucial, especialmente em zonas produtoras da Bahia, segundo mais importante estado produtor de citros no Brasil. A localização das unidades de produção citrícola foi georeferenciada em quatro municípios do Recôncavo Baiano (Sapeaçu, Cruz das Al-mas, Governador Mangabeira e Muritiba). Observou-se quase que um contínuo de pomares citrícolas, com tendência para que os talhões

1 Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Rua da Embrapa, s/n – CP.007, 44380-000, Cruz das Almas - BA, E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected];

2 Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Salvador, BA, E-mail: [email protected] Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, E-mail: [email protected]; pretoelton@

gmail.com

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sigam as estradas vicinais. O número de ‘propriedades’ foi muito alto, entretanto, foi apurado que diversas ‘propriedades’ eram uma só do ponto de vista biológico. Originalmente, era apenas um talhão maior que foi, aos poucos, dividido entre herdeiros. Nos quatro municípios, constatou-se a associação da produção citrícola com vizinhança de plantas de Murraya paniculata. A percentagem de unidades produtivas próximas a plantas de murta variou de 3,4% em Sapeaçu a 11,3% em Muritiba. Os dados desse zoneamento serão utilizados pela agência local de defesa fitossanitária para criar planos de contingenciamento mais eficientes.

Palavras-chave: citros, epidemiologia, Candidatus Liberibacter spp.

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Mapping Citrus Huanglongbing Hosts in the Recôncavo Baiano Region in Brazil

Abstract

Huanglongbing is the most important citrus disease. In Brazil it is still confined to the States of São Paulo, Minas Gerais and Paraná, but its dispersal to other regions is likely to occur. For this reason it is important to develop strategies for early detection and eradication. Therefore, mapping HLB hosts (position and density) is essential, especially in Bahia, the second most important citrus belt in Brazil. The position of citrus groves was recorded in four municipalities of Recôncavo Baiano region (Sapeaçu, Cruz das Almas, Governador Mangabeira and Muritiba). It was observed almost a continuum of citrus groves, most of them at the sides of back roads. The number of farms was high. However, some of them could be considered as being part of the same farm. In fact, it was noted that it was originally the case: a large, old farm that was divided among heirs. An association among citrus groves and Murraya paniculata backyard plants was observed in all municipalities. The percentage of citrus groves next to Murraya plants varied from 3.4% in Sapeaçu to 11.3% in Muritiba. The data generated in this study will be used by the local plant health agency to devise contingency plans.

Key words: Citrus, epidemiology, Candidatus Liberibacter spp.

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Introdução

A citricultura se destaca como uma das mais importantes atividades do agronegócio brasileiro, respondendo por um faturamento anual da ordem de 1,5 bilhões de dólares organizado em uma cadeia produtiva estrutura-da, formada por diferentes segmentos que vão desde o setor produtivo, como os produtores e viveiristas, até as indústrias de processamento de suco concentrado e de comercialização da fruta fresca. Outras características importantes deste agronegócio são: (1) seu principal produto, o suco de laranja concentrado e congelado, é uma commodity típica, com expressiva participação e controle brasileiros; (2) é uma cul-tura de segurança alimentar, sendo cultivada e comercializada em todas as regiões do país.

A grande expansão dessa agroindústria deveu-se em grande parte ao au-mento da área de plantio, já que a produtividade é historicamente baixa, em média ao redor de 82 kg planta-1 ano-1. O aumento da área cultivada foi acompanhado por uma expansão simultânea de pragas e doenças, com significativo reflexo nos custos de produção. Atualmente, diversas doenças se apresentam como fatores limitantes aos citros, como a clo-rose variegada dos citros (CVC), o cancro cítrico, a leprose, a tristeza, a pinta preta e a morte súbita.

Compondo esse quadro, nos anos 2000, foi constatado o huanglong-bing (HLB) no Estado de São Paulo. Também conhecida como greening, é considerada a mais devastadora doença dos citros em todo o mundo, e que até então estava restrita a países da Ásia e da África (COLETTA FILHO et al., 2004). O HLB vem disseminando-se no Estado de São Pau-lo, mas já foi localizado também em cidades do noroeste do Paraná e do Triângulo Mineiro e Sul de Minas Gerais (CASTRO et al., 2010; NUNES et al., 2010). No continente americano, o HLB já está presente também nos EUA, México e países da América Central e Caribe (BOVÉ, 2006; MARTÍNEZ et al., 2008; TEIXEIRA et al., 2010).

O HLB é extremamente danoso à citricultura e tem provocado enormes prejuízos em todas as regiões onde ocorre (BOVÉ, 2006; HALBERT;

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MANJUNATH, 2004). Caracteriza-se por uma série de sintomas: folhas jovens com sinais de deficiência de micronutrientes, frutos com tama-nho reduzido e assimétrico, columela central torta, abortamento de sementes e coloração desuniforme. Há redução do número de radicelas, queda acentuada de folhas e frutos e seca dos ramos a partir da extre-midade (BOVÉ, 2006; COLETTA FILHO; CARLOS, 2010). Plantas in-fectadas com HLB apresentam morte econômica, ou seja, incapacidade de produção econômica, em curto espaço de tempo, e morte biológica com o ataque severo da bactéria (BOVÉ, 2006).

O agente causal do HLB, Candidatus Liberibacter spp., é uma bactéria endocelular, até pouco tempo não cultivável em meio de cultura (moti-vo pelo qual é referida pelo termo Candidatus) e limitada ao floema da planta hospedeira (MACHADO et al., 2010). Apesar da etiologia bac-teriana estar firmemente associada ao HLB desde o final da década de 1960, apenas em 2009 foi possível o isolamento e cultivo do patógeno em laboratório (SECHLER et al., 2009). No entanto, ainda não foi possí-vel confirmar esse isolamento, uma vez que nenhum laboratório conse-guiu reproduzir os resultados descritos.

Plantas da família Rutaceae são hospedeiras tanto do patógeno quanto do vetor (BOSCARIOL-CAMARGO et al., 2010; MACHADO et al., 2010; NAVA et al., 2007; PARRA et al., 2010). Até o momento, admite-se não haver fontes de resistência para o patógeno, embora variações no seu título e na manifestação de sintomas possam ocorrer (BOSCARIOL--CAMARGO et al., 2010; MACHADO et al., 2010). Da mesma forma, cerca de 21 espécies vegetais já foram observadas como hospedeiras de D. citri (PARRA et al., 2010). De maneira geral, há um consenso de que além do gênero Citrus, a espécie Murraya paniculata é hospedeira preferencial tanto do vetor quando das bactérias (ATIHE JUNIOR et al., 2006; DAMSTEEGT et al., 2010; CAB International, 2002; BASSANEZI et al., 2010; NAVA et al., 2007; PARRA et al., 2010). M. paniculata é conhecida como murta e é muito utilizada como planta ornamental em todo o Brasil. De acordo com Atihe Junior et al. (2006), sua presença em uma unidade de produção agropecuária aumenta em 2,5 vezes a probabilidade de haver plantas cítricas sintomáticas em um talhão.

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Diversos fatores potencializam a gravidade dessa doença, destacando-se: • Período de incubação longo, mas ainda não completamente ca-

racterizado, o que leva à ocorrência de infecções crípticas. Ou seja, plantas assintomáticas são capazes de atuar como fonte de inóculo durante meses;

• Inseto vetor altamente eficiente na transmissão das bactérias, capaz de transmitir desde os estádios ninfais e durante toda sua vida adulta;

• Existência de hospedeiro alternativo tanto da bactéria quanto do vetor (Murraya paniculata ou murta, planta ornamental utilizada em projetos de urbanização);

• Inexistência de fontes de resistência conhecidas no gênero Citrus e afins.

O manejo atualmente empregado em São Paulo consiste no plantio de mudas produzidas em ambiente telado, controle químico do psilídeo e remoção de plantas sintomáticas. Apesar disso, o número de municí-pios paulistas com a presença do HLB tem aumentado constantemente.

A citricultura paulista é a maior do Brasil, mas dados do IBGE indicam que os citros são cultivados comercialmente em cerca de 88% das microrregiões brasileiras. Ao contrário de São Paulo, a produção dessas regiões destina-se ao mercado interno, muitas vezes sendo importante fonte de renda para agricultores de base familiar. A chegada do HLB nessas áreas seria desastrosa. Portanto, estratégias de exclusão e erra-dicação precoce são cruciais, em específico, ferramentas e informações em apoio a ações das agências de defesa fitossanitária.

Diante dessa preocupação, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou a Instrução Normativa nº 53 (IN 53), que trata especificamente dos critérios e procedimentos para a localização e remoção de plantas com HLB. A estratégia de controle empregada em São Paulo tem mostrado alguma eficiência nas regiões onde é realizada de forma rigorosa e constante (BELASQUE JUNIOR et al., 2010b; TERSI, 2010). Entretanto, como isto não tem ocorrido

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em todas as regiões produtoras, nem está sendo adotada por todos os citricultores,, o número de localidades com a presença do HLB tem aumentado constantemente, estando atualmente presente em mais de 200 municípios paulistas ( RUIZ et al., 2010). Além disso, o HLB não está mais restrito a São Paulo, mas também relatado em municípios do Paraná e de Minas Gerais (BELASQUE JUNIOR Et al., 2010a; CASTRO et al., 2010; NUNES et al., 2010; RUIZ et al., 2010). Se a trajetória de disseminação da doença observada até o momento continuar, há o risco do surgimento do HLB em regiões ainda não afetadas.

A situação atual do HLB no Brasil torna claro que procedimentos de exclusão e erradicação são imprescindíveis. Essas ações se aplicam primordialmente a regiões onde a doença não foi detectada a fim de se evitar sua introdução ou possibilitar sua erradicação precoce. Entretan-to, podem ser úteis a sub-regiões indenes em Estados onde o HLB já foi encontrado ou mesmo possibilitar melhorias no processo de erradicação em locais com histórico da doença.

Para lidar com diversos aspectos dessa problemática, a Embrapa vem desenvolvendo o projeto em rede “Huanglongbing dos citros: abordagem biomatemática como suporte à defesa fitossanitária” (HLB BioMath). Esse projeto tem como objetivo principal gerar informações que permitam à defesa fitossanitária priorizar, antecipar ou reavaliar ações relativas à exclusão ou erradicação do HLB. Com foco em ações preventivas para áreas ainda indenes, pretende complementar pesquisas já em desenvolvimento em São Paulo, evitando duplicação de esforços, mas ainda assim fornecendo ferramentas que ajudem no combate ao HLB naquele Estado.

Dentre as diversas questões que esse projeto se propõe a responder, as seguintes são pertinentes a esse boletim de pesquisa:

• Será a densidade de hospedeiros alternativos em áreas urbanas um fator relevante para a disseminação e erradicação do HLB em pomares comerciais?

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• Uma política de eliminação de hospedeiros alternativos (Murraya paniculata) é realmente necessária? Em quais circunstâncias?

• Para quais cenários de disseminação seria possível otimizar tal política?

• Quão efetiva seria a proibição de produção de Murraya para desa-celerar a disseminação do HLB?

• Seria possível melhorar os procedimentos de amostragem e moni-toramento para uma detecção tão precoce quanto possível?

Objetivos

Objetivou-se o mapeamento de hospedeiros em zonas urbanas para quantificação de sua importância relativa, e o mapeamento de locais de plantios citrícolas comerciais. Essas informações básicas iniciais serão utilizadas em outras etapas do projeto HLB BioMath.

Material e Métodos

Para os dois trabalhos, realizados no primeiro semestre de 2011, foi selecionada uma sub-região do Recôncavo Baiano. Essa sub-região, composta dos municípios de Sapeaçu, Cruz das Almas, Governador Mangabeira e Muritiba, é a mais importante produtora de citros do Recôncavo. Sua escolha derivou dessa importância e também por estar em rota de risco de introdução do HLB.

•Mapeamento de hospedeiros em zonas urbanas. Para estimativa das densidades de hospedeiros, em cada locali-dade foram registradas as posições de plantas de murta e outros hospedeiros em área conhecida das quatro zonas urbanas. Para cada município, foram georeferenciados pontos que compuseram o polígono amostral. Esse polígono foi utilizado para cálculo da área amostral. O registro das plantas hospedeiras foi realizado por diferentes equipes de campo, com auxílio de equipamento de GPS. Para cada posição eram anotadas as coordenadas geográficas, a espécie de

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hospedeiro e se a planta estava ou não com presença de adultos de Diaphorina citri. As posições geográficas foram organizadas e inseridas como arquivo kml no Google Earth por meio do programa GE Graph, de-senvolvido pelo Dr. Ricardo Sgrillo (www.sgrillo.net). A identifica-ção de cada hospedeira (murta ou citros) e da infestação (presente ou ausente) foi feita por meio de diferentes símbolos e cores. Para cada município, foi calculada a densidade total de hospedeiros por km² de zona urbana e a relação murta: citros.

•Mapeamento de unidades de produção citrícola comercial. Nos mesmos quatro municípios, a zona rural foi integralmente percorrida. Nesse caso, não foi estimada a área dos plantios ou verificada a infestação por D. citri, apenas registrou-se a localiza-ção geográfica de cada um dos plantios comerciais citrícolas. As posições obtidas foram transferidas ao Google Earth conforme já descrito, usando-se um símbolo para cada município.

Resultados e Discussão• Mapeamento de hospedeiros em zonas urbanas.

Em todos os municípios, foram localizadas tanto plantas de murta (Murraya paniculata) quanto do gênero Citrus. Essas plantas foram encontradas em quintais, jardins e mesmo em calçadas, distribuin-do-se de maneira quase que uniforme nas áreas urbanas mapeadas (Figuras 1 a 4). As densidades obtidas podem ser consideradas altas, tanto para citros quanto para murta, com a possível exce-ção da zona urbana de Muritiba (Tabela 1). O número de plantas cítricas superou o de murta apenas em Sapeaçu, o que reflete a preferência das pessoas por ter plantas de Murraya como orna-mental ou para composição paisagística (Figura 5). Essa prefe-rência reflete-se nas altas relações encontradas para plantas de murta: plantas cítricas (Tabela 1).

Mesmo tendo em conta se tratar de uma observação pontual, tanto em Sapeaçu quanto em Cruz das Almas, foram observadas

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muito mais plantas de murta infestadas com adultos de D. citri do que plantas cítricas. Em Governador Mangabeira e Muritiba não foram observadas plantas com presença de D. citri.

Os resultados podem ser usados de duas maneiras. Na primeira delas, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (ADAB) pode usar o mapeamento para localização mais rápida das plantas caso seja necessária a sua erradicação. Além disso, os mapas e as variáveis obtidas podem subsidiar o desenvolvimento de pla-nos de contingência no caso da introdução da doença no Recôn-cavo Baiano.

A aplicação dos dados é como base para o desenvolvimento de modelos. No projeto HLB BioMath, está previsto seu uso em modelo de mesoescala espacial. Esse modelo gerará cenários que fornecerão subsídios a decisões relativas à erradicação ou suspensão de produção de mudas de hospedeiros alternativos da doença.

Tabela 1. Número e densidade de hospedeiros suscetíveis ao HLB dos citros em zonas urbanas de quatro municípios do Recôncavo Baiano, 2010.

MunicípioÁrea

Amostral (km²)

Número de Plantas

Relação Murta: Citros

Densidade populacional

relativa (plantas/km²)

Densidade total de hospedeiros (plantas/km²)

Citros Murta Citros Murta

Sapeaçu 1,67 110 68 0,62 65,9 40,7 106,6

Cruz das Almas

3,23 53 198 3,74 16,4 61,3 77,7

Governador Mangabeira

2,67 81 335 4,19 30,3 125,5 155,8

Muritiba 4,23 35 73 2,09 8,3 12,3 25,5

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Figura 1. Mapeamento de hospedeiros alternativos do huanglongbing dos citros em zona urbana do município de Sapeaçu, Recôncavo Baiano. O polígono em preto representa a área amostrada. Pontos marcados com a letra ‘C’ representam plantas de citros, en-quanto que os marcados com a letra ‘M’, plantas de Murraya paniculata. Os pontos em vermelho indicam as plantas nas quais foram observados adultos de Diaphorina citri. As áreas brancas correspondem a nuvens e as ‘borradas’ à imagem de satélite com baixa resolução. As setas indicam pontos de referência no município.Fonte: GEOEYE Elevating Insight, 2011.

Figura 2. Mapeamento de hospedeiros alternativos do huanglongbing dos citros em zona urbana do município de Cruz das Almas, Recôncavo Baiano. O polígono em preto repre-senta a área amostrada. Pontos marcados com a letra ‘C’ representam plantas de citros, enquanto que os marcados com a letra ‘M’, plantas de Murraya paniculata. Os pontos em vermelho indicam as plantas nas quais foram observados adultos de Diaphorina citri. As setas indicam pontos de referência no municípioFonte: GEOEYE Elevating Insight, 2011.

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Figura 3. Mapeamento de hospedeiros alternativos do huanglongbing dos citros em zona urbana do município de Governador Mangabeira, Recôncavo Baiano. O polígono em preto representa a área amostrada. Pontos marcados com a letra ‘C’ representam plantas de citros, enquanto que os marcados com a letra ‘M’, plantas de Murraya paniculata. Não foram encontradas plantas infestadas com adultos de Diaphorina citri no momento da inspeção. As setas indicam pontos de referência no município.Fonte: GEOEYE Elevating Insight, 2011.

Figura 4. Mapeamento de hospedeiros alternativos do huanglongbing dos citros em zona urbana do município de Muritiba, Recôncavo Baiano. O polígono em preto representa a área amostrada. Pontos marcados com a letra ‘C’ representam plantas de citros, enquanto que os marcados com a letra ‘M’, plantas de Murraya paniculata. Não foram encontradas plantas infestadas com adultos de Diaphorina citri no momento da inspeção. As áreas brancas correspondem a nuvens e as ‘borradas’ à imagem de satélite com baixa resolução. As setas indicam pontos de referência no município.Fonte: GEOEYE Elevating Insight, 2011.

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•Mapeamento de unidades de produção citrícola comercial. A localização das unidades de produção (Figura 5) nos quatro muni-cípios forma quase como um contínuo de pomares citrícolas. Nota--se uma tendência para que os talhões sigam as estradas vicinais, daí a aparência de verdadeiras linhas no mapa. Além disso, o nú-mero de ‘propriedades’ foi muito alto, um total de 6.222 (Figura 6). Considerando-se que o IBGE (2009) estima que existam 6.417 ha de citros nesses quatro municípios, seria uma média de 1,03 ha por ‘propriedade’. Entretanto, foi apurado que diversas ‘propriedades’ eram uma só do ponto de vista biológico. Originalmente, era apenas um talhão maior que foi, aos poucos, dividido entre herdeiros.

Nos quatro municípios, constatou-se a associação da produção citrícola com vizinhança de plantas de Murraya paniculata (Figura 6). A percenta-gem de unidades produtivas próximas a plantas de murta variou de 4% em Sapeaçu a 11,3% em Muritiba. Em números absolutos, Cruz das Al-mas foi o município com maior número desse tipo de proximidade, 252.

Considerando-se um cenário de invasão do HLB, a situação encontrada nessa sub-região do Recôncavo Baiano pode ser considerada das mais

Figura 5. Mapeamento de unidades de produção de citros em quatro municípios do Recôncavo Baiano (Amarelo: Sapeaçu; Vermelho: Cruz das Almas; Verde: Muritiba; Azul: Governador Mangabeira). Os polígonos pretos correspondem às zonas urbanas, as áreas brancas indicam nuvens, e áreas ‘borradas’ são imagens de satélite com baixa resolução.Fonte: GEOEYE Elevating Insight, 2011.

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delicadas: ( I ) grande quantidade de hospedeiros alternativos em zona urbana, muitas dessas plantas consideradas ‘de estimação’, plantadas por antepassados dos atuais proprietários; ( II ) número alto de peque-nas propriedades, quase que uniformemente distribuídas na área levan-tada; ( III ) alta proporção de unidades de produção com proximidade a plantas de murta.

Apesar do cenário complicado, não foram observadas plantas com sin-tomas que pudessem levantar suspeitas da ocorrência do HLB na região. Além disso, os testes de detecção da bactéria até agora realizados na região indicam ausência do patógeno (Barbosa et al, não publicado).

A simples antecipação dessas informações já permite que planos de contingência mais adequados sejam elaborados. O mapeamento ora apresentado permitirá que os agentes de defesa fitossanitária ajam de maneira pró-ativa. Os dados do posicionamento de cada unidade ou planta serão mantidos em arquivos duplicados, com cópias na ADAB e na Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Figura 6. Número de propriedades produtoras de citros em quatro municípios do Re-côncavo Baiano e quantidades dessas propriedades com plantas de Murraya paniculata (murta) próximas.

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