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Manual Do Guitarrista Iniciante

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Page 2: Manual Do Guitarrista Iniciante

Índice

Introdução ---------------------------------------5

Bem-vindo! --------------------------------------5

Não é um bicho de sete cabeças ---------------6

Mas quem sou eu? ------------------------------7

Primeiros passos --------------------------------8

Conheça sua guitarra ---------------------------8

Encordamento ----------------------------------14

Afinação -----------------------------------------17

Escolha bem sua guitarra ----------------------20

Como ler tablaturas ----------------------------23

Exercícios para dedos mais ágeis --------------29

Cifras --------------------------------------------32

Encontrando as notas no braço da guitarra ---33

Intervalos ---------------------------------------37

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Formação de acordes ---------------------------45

Auto-avaliação rápida ---------------------------52

Power Chords ------------------------------------52

Como trocar de acordes ------------------------64

Tom e Campo Harmônico -----------------------66

Escalas -------------------------------------------72

Modos Gregos -----------------------------------86

Aplicação das Escalas ---------------------------93

Principais técnicas para solo --------------------97

A importância do Metrônomo -----------------112

Glossário dos termos mais utilizados ---------113

Conclusão --------------------------------------122

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Termos de responsabilidade e avisos legais

Todos os direitos são reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida livremente de qualquer forma, sem o consentimento prévio de seu autor. Se, porventura, estiver interessado em publicar uma análise do livro, entre em contato via e-mail para [email protected].

O autor deste livro não se responsabilizza direta ou indiretamente pela utilização de dicas ou exercícios nele contidos. Estas dicas e exercícios são baseados em experiências pessoais e profissionais deste autor e na experiência adquirida através de muita pesquisa em livros, apostilas, sites e blogs de língua portuguesa e estrangeira.

O objetivo deste livro é o de ensinar todos os passos básicos para o aprendizado e desenvolvimento do guitarrista iniciante, sem que na realidade se possa comprometer com esse resultado.

Ao ler este guia, você concorda que nem o autor nem a sua empresa serão responsáveis pelo seu fracasso ou sucesso com relação a qualquer informação nele contida.

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Introdução

“A curiosodade é mais importante que o conhecimento.” -Albert Einstein-

Bem-vindo!

Gostaria primeiramente de lhe dar os parabéns por me dar esta oportunidade de falar com você sobre um tema que eu sou apaixonado. Guitarras. Sei o quanto hoje temos menos e menos tempo e se você está lendo isto aqui, então isso significa que você colocou outras prioridades que você talvez tivesse em sua vida, desde trabalho, estudos ou passar um tempo com aqueles que você ama, para ler este guia que vai lhe ajudar a adquirir mais conhecimento sobre como tocar guitarra.

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Não é um bicho de sete cabeças

Sei que muitas pessoas ficam paralisadas muitas vezes semconseguir sair do lugar pela simples falta de informação suficiente sobre determinado assunto.

Outras vezes, o problema pode ser exatamente o contrário. O excesso de informação! Na maioria das vezes, informação em demasia e desorganizada acaba por confundir o iniciante.

Leia e releia este livro.

Tenho certeza que este é o MAIS COMPLETO manual de guitarra para iniciantes que você já viu.

A intenção é oferecer a você um material didático que evolua passo-a-passo. Informação de fácil entendimento e de forma organizada!

Estude e pratique no seu instrumento sempre que possível e eu garanto a você que terá uma evolução bem notável em pouco tempo.

Lembre-se: É melhor estudar um pouco todos os dias do que acumular para uma só vez de estudo prolongado. Mais vale meia hora todos os dias, do que 3 horas seguidas de estudo uma vez por semana.

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Mas Quem Sou Eu?

Meu nome é Breno de Paiva, sou guitarrista, criador e fundador do Guitarra Para Iniciantes e meu objetivo é ajudar você, guitarrista iniciante, a dominar o seu instrumento o mais rápido possível, no conforto da sua casa, através da Internet! Espero que o conteúdo deste manual seja de grande utilidade e eu quero ser para você o que meus mestres foram pra mim:

Alquém que você possa confiar quando tiver suas dúvidas.

Obrigado pelo interesse e desejo-lhe uma boa leitura! Breno de Paiva.

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Primeiros passos “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”

-Paulo Freire-

Conheça sua Guitarra

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O primeiro passo para o guitarrista iniciante é conhecer bem seu instrumento, iremos então abordar as partes da guitarra uma a uma.

Vou descrever suas funções e passar algumas dicas fundamentais.

Acima podemos ver uma ilustração de uma guitarra elétrica com as partes que vou descrever:

Braço

É composto basicamente pelo espelho ou escala, onde estão os trastes, as casas e a pestana; e a mão ou headstock, onde estão as tarraxas.

-Mão ou Headstock

É a extremidade do braço. Neste local estão as tarraxas e uma

das extremidades das cordas.

-Tarraxas

São as peças localizadas no headstock que servem para afinar as cordas. Elas são seis, sendo uma para cada corda. Conforme você girá-las, a corda ficará mais apertada ou mais frouxa, o que mudará o seu som. É indispensável que seu instrumento esteja bem afinado antes de tocar.

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-Pestana ou Capotraste

Esta peça não está exatamente na escala, mas sim no local de separação entre o headstock e a escala. Nela ficam apoiadas as cordas, e ela pode ser "substituída" com o uso de instrumentos apropriados para tal.

-Espelho ou Escala

É a parte da frente do braço, onde estão presos os trastes e onde o músico toca ao pressionar as casas. É uma parte fina que varia de cor conforme sua guitarra e que possui marcas, geralmente algumas bolinhas brancas, nas casas de número 3, 5, 7, 9, 12 (geralmente duas marcas), 15, 17, 19 e 21. Note que essas marcas podem não estar presentes em algumas guitarras, mas a maioria possui, e isto é algo que ajuda bastante na localização das casas.

-Trastes

São as barrinhas de metal que se localizam em toda a escala. Elas separam as casas e é muito importante que elas estejam bem colocadas para uma boa afinação da guitarra. Com o tempo você pode trocá-las, caso fiquem desgastadas, fora do local certo etc.

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-Casas

As casas são os espaços localizados entre os trastes, que são pressionadas durante a música. A variação do local que for pressionado, fará mudar o som, variando as notas. Uma observação é que as casas diminuem do headstock até o corpo da guitarra, e o som torna-se mais agudo.

Corpo

É o local onde está a maior parte dos componentes de uma guitarra, como os captadores, a ponte, os pontenciômetros, entre outros. Veja abaixo uma explicação sobre cada um deles.

-Captadores ou Pick-ups

Os captadores são elementos fundamentais de uma guitarra. São eles que captam o som das cordas e o levam até a saída da guitarra. Os captadores possuem seis pólos magnéticos, um para cada corda. Mais precisamente, são eles que captam o som das cordas. O número de captadores varia em cada guitarra, podendo ter um, dois ou três, que podem ser usados simultaneamente ou separados. Para isso usa-se a chave seletora. Os captadores variam o seu som conforme sua proximidade do cavalete, isto é, quanto mais próximo do cavalete, mais agudo será seu timbre.

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Existem dois tipos de captadores:

Single-coil: Captador mais simples, apresenta apenas uma bobina, que tem um timbre mais "estalado", porém com bastante ruído.

Humbuckers: Captador com duas bobinas, que tem um timbre mais "apagado", mas com menos ruído.

-Ponte ou Cavalete

É a parte em que ficam presas uma das extremidades das cordas. Existem dois tipos de pontes: móveis e fixas. Veja abaixo como elas são:

Fixas são como as de violão, servindo apenas para prender uma das extremidades das cordas.

Móveis possuem molas presas na parte de trás do corpo da guitarra. Este tipo de ponte pode ser movido com o uso de uma alavanca que faz com que a guitarra fique desafinada e depois volte ao normal. Algumas possuem o recurso de microafinação, que consiste em alguns parafusos que ao serem movidos mudam a afinação muito mais sutilmente que as tarraxas.

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-Chave seletora de captador

Como o nome diz, serve para que você selecione qual captador de sua guitarra será usado ou não. Ela existe apenas em guitarras com dois ou mais captadores, logicamente. Ela pode ser de três ou cinco posições.

Três posições Usa-se com guitarras que possuem dois captadores. Ao colocar a chave para baixo, funciona o captador próximo a ponte, ao colocar para cima funciona o captador próximo ao braço, e ao deixar no meio, funcionam os dois captadores.

Cinco posições É usada com guitarras que possuem três captadores. Seguindo de baixo para cima, a primeira posição faz funcionar o captador próximo a ponte. A segunda posição aciona o captador próximo a ponte e o do meio. A terceira posição aciona apenas o captador do meio. A quarta faz funcionar o captador do meio e o próximo ao braço. E por fim, a quinta posição faz funcionar apenas o captador próximo ao braço.

Teste as diferentes posições em sua guitarra e perceba a diferença.

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-Potenciômetros

São dispositivos usados para controlar o volume e o tone da guitarra. Para isso usa-se botões localizados no corpo da guitarra, sendo geralmente dois, três ou quatro botões. São conhecidos como Knobs.

-Escudo

Como o nome diz, o escudo serve de proteção para a guitarra contra choques, arranhões etc.

-Saída ou Output

É o local onde se encaixa o fio que liga a guitarra ao amplificador. Recebe o som dos captadores e o transforma em energia elétrica, para transportá-lo até o amplificador.

Encordamento

Agora vamos falar sobre o encordamento para diferentes tipos de braço da guitarra. Um assunto importante, pois são as cordas que determinam a qualidade do som. Muitas vezes você sente o som de sua guitarra meio abafado comparado ao de guitarristas profissionais... Pois é. Eles trocam as cordas pra cada apresentação!

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Claro que não precisamos trocar as cordas sempre e mantê-las limpas depois de usá-las é muito importante. Mas agora iremos abordar como cada tipo de corda influencia diretamente nas técnicas de guitarra.

Inicialmente podemos dizer que o importante é usar sempre o mesmo tipo de encordamento. Para guitarras com braços finos, é mais cômodo usar cordas 0.9, enquanto que para guitarras com braços mais robustos, pode-se usar tranquilamente 0.10 ou até 0.12. A diferença é que cordas mais grossas têm mais sustain, mais brilho.

Aliás, para quem for gravar uma demo ou um cd, aqui vai uma dica: usar encordamento 0.10 ou 0.11 para base, o efeito é bem legal!! Por outro lado para guitarristas mais técnicos, cordas 0.10 são um problema para técnicas de ligadura e tapping, por exemplo, por serem um pouco pesadas.

Tipos de Cordas

0.08= Extremamente leve, é recomendável apenas a aqueles que não podem fazer muita força/esforço com os dedos. Nos anos 80, este tipo de encordamento foi muito popular, pois era usado por guitarristas que tocavam heavy-metal, devido à facilidade de tocar rápido, mas que no fim acaba gerando um som de guitarra mais fraco e magrinho....

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0.09= Possivelmente a mais vendida de todos os tipos. Som razoável, fácil de dar bends, mas também é fácil de quebrá-las...

0.10= Esta é a que eu recomendo para você. O som vem na medida certa, possibilitando graves suficientes... Os bends ainda continuam fáceis, e a corda nova, de boa marca, em uma guitarra bem regulada dificilmente vai arrebentar.

0.11= Pesada. Dificilmente vai conviver bem com uma guitarra com micro-afinação (a ponte possivelmente vai ficar inclinada). O som é muito bom e você pode usar em modelos clássicos de guitarra ,além de semi-acústicas para jazz e R&B.

0.12= Extremamente pesada, dura e difícil de dar bends. Dependendo do tipo de guitarra, pode-se até mesmo empenar o braço do instrumento devido à tensão gerada. 0.12 pode conviver bem em uma guitarra com braço grosso, gordo de jazz, mas cuidado com a tendinite....

Você também deve prestar atenção no número que se segue a estes acima. 0.09, 0.10, etc... Estes correspondem à 1ª corda, a mais aguda (mizinha). Existem no mercado cordas híbridas, que misturam , por exemplo, 0.09 com 0.10, entre outras.

Enfim, achar a corda certa para seus dedos e seu instrumento pode levar um certo tempo, mas com certeza vale a pena pesquisar. Aproveite bastante essas dicas!

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Afinação

Antes de tentar começar a tocar, deve-se proceder a afinação da guitarra. Este processo deve ser feito sempre antes de tocar, de modo a obter-se sempre a melhor sonoridade possível. Qualquer corda, com a utilização, tende a desviar-se da tensão correta, sendo necessário afinar as cordas com alguma frequência.

A afinação é simples e deverá ser automatizada, de modo a evitar a consulta deste manual sempre que se desejar afiná-la. Há que ter especial paciência com as cordas acabadas de comprar, pois estas, nas primeiras semanas de uso, desafinam com muita frequência (um truque consiste em esticá-las bastante durante a primeira colocação, sempre com o cuidado de não abusar).

A guitarra pode ser afinada de várias maneiras, consoante o estilo de música ou o som que se deseja obter e irei apresentar aqui apenas a afinação típica, que é de longe a mais utilizada.

Cada corda, quando afinada corretamente, constitui uma base com a qual se pode tocar uma escala de notas bastando apenas deslocar o dedo que está a pisar a corda para a “divisão” acima ou para a “divisão” abaixo (estas divisões, ou casas, estão separadas pelos trastes de metal).

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Há que se diferenciar as cordas, atribuindo-lhes a designação da nota que produzem soltas quando afinadas nas condições padrão.

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Mí Sí Sol Ré Lá Mí

Assim, a primeira corda, a mais aguda, é o Mi, pois quando colocada na guitarra e tocada solta deverá produzir um Mi. A segunda corda é o Si. A terceira o Sol, a quarta o Ré, a quinta o Lá e a sexta um Mi, este duas oitavas abaixo do Mi da primeira corda.

Mas como saber se uma corda está a produzir a nota que lhe dá o nome? A solução está no uso de um diapasão. Existem já sofisticados aparelhos que tornam a tarefa de afinar mais simples e precisa, mas o diapasão, fornecendo uma precisão bastante razoável, é de todos o mais barato e portátil. O diapasão, quando posto a vibrar produz um Lá a 440 Hz.

Para iniciantes, pode-se utilizar como ponto de partida a afinação da corda Sol pressionada na segunda casa. A afinação do som produzido pela corda será feita girando a tarraxa correspondente à corda até soar a mesma nota do diapasão.

Alguns perguntarão: "Porque não utilizar a corda chamada Lá (a quinta corda) de modo a que ela solta soe igual ao diapasão?

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Você pode também usar o som da corda Lá solta como referência ao diapasão, mas na verdade, qualquer músico experiente usará a terceira corda, Sol, para iniciar a afinação, colocando a corda Lá a soar solta uma oitava abaixo do diapasão. Com a experiência, será fácil a qualquer um afinar uma corda uma oitava abaixo do som do diapasão.

Se as cordas estiverem bem colocadas, uma rotação da tarraxa no sentido anti-horário tornará o som mais agudo, logo uma rotação horária baixará a frequência.

Resumindo, eis a receita de afinação, devendo ser ajustada em cada passo a corda correspondente:

1. A corda Sol (a terceira) pressionada antes do segundo traste (na segunda casa) deve soar igual ao diapasão;

2. A corda Si (a segunda) solta, deverá produzir o mesmo som da terceira pressionada na quarta casa;

3.A corda Mi (a primeira) solta, deve produzir o mesmo som da segunda pressionada na quinta casa;

4. A corda Ré (a quarta) deverá produzir pressionada na quinta casa, o mesmo som da terceira solta;

5. A corda Lá (a quinta) deverá produzir pressionada na quinta casa, o mesmo som da quarta solta;

6. A corda Mi (a sexta) deverá produzir pressionada na quinta casa, o mesmo som da quinta solta.

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É muito aconselhável a quem não o tem um diapasão, que o compre. Qualquer loja de música vende e não é caro.

Você pode usar sua pedaleira elétrica (Caso haja um afinador eletrônico embutido) caso tenha bastante dificuldade, mas lembre-se que saber afinar sem ajuda desses acessórios é fundamental já que numa roda de amigos ou em algum evento você não poderá contar com a ajuda deles e tem que improvisar.

Escolha bem sua guitarra

Falarei agora tudo que você deve fazer antes e depois de comprar sua guitarra. Preste atenção nessas dicas pois elas são muito importantes para que você não seja passado pra trás.

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Para valer o investimento, primeiramente a guitarra deve ter boa entonação. Isto significa que ao longo do comprimento do braço, as notas tenham o tom correto, sem desafinações em certas partes. Uma guitarra com entonação ruim simplesmente soa ruim, sendo horrível até para iniciantes e amadores, pois atrapalha o treinamento do que seria um instrumento afinado - em outras palavras, é possível que o uso prolongado de um instrumento mal entonado acostume o seu ouvido a uma afinação errada - além de espantar qualquer possível audiência.

Além disso, uma boa guitarra deve oferecer ajuste pleno na ponte e através de tensor. Isto permite que com um investimento baixo você possa submeter o instrumento a um Luthier, modificando consideravelmente sua qualidade e tocabilidade.

Note também: trastes de material ruim, gastos, mal fixados ou irregulares (deite a guitarra e, colocando-a à altura de seus olhos, observe o braço como se fosse um trilho de trem: observe se os trastes são paralelos e têm a mesma altura) proporcionam uma entonação ruim e trastejamento - vale a pena pagar para ajustar este tipo de problema.

A guitarra deve manter a afinação! Nada é mais chato do que assistir a uma apresentação em que o guitarrista tem que afinar o instrumento a cada música - além do que, normalmente ao final da música, a desafinação acaba com seu som. Problemas de desafinação constante provém normamente de 2 fatores: pestana ou tarrachas defeituosos.

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Se a pestana for de plástico ou osso, pague para um técnico ajustar os cortes na medida correta. Lubrificá-la é outra alternativa. Trocar por uma de grafite ou circular podem ser alternativas - consulte um luthier.

Os pick-ups (captadores) não devem chiar demais. Captadores baratos normalmente chiam demasiadamente - além de terem timbre pobre e fraco. Não devem proporcionar microfonia em excesso - especialmente quando ligados a equipamentos de distorção. Isto ocorre porque os fios do enrolamento das bobinas vibram uns contra os outros - típico de captadores baratos, que tem blindagem inapropriada. Você tem 2 possibilidades: uma delas é mergulhar os captadores em parafina derretida, o que diminui a vibração - mas não corrige o timbre; a outra, é investir um bocado e instalar pick-ups de boa qualidade.

Considere ao comprar uma guitarra se valerá a pena fazer a alteração - recomendada somente se a guitarra for realmente boa, ou se ao vendê-la, você recolocar os antigos caps e guardar os de boa qualidade para sua próxima aquisição.

Verifique também os controles: se ao girá-los você ouvir ruídos ou eles não modificarem o som da guitarra ao serem girados, é melhor trocá-los. O investimento é barato e vale muito a pena. Normalmente, os problemas são causados por potenciômetros velhos.

O jack de saída deve proporcionar um encaixe perfeito com o plug do cabo - o conserto deste problema também é barato.

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Como ler tablaturas

As famosas e chatas tablaturas são consideradas um assunto super complicado. Vamos tentar detalhar todas as dúvidas com a finalidade de esclarecer esse assunto de vez. As tablaturas são fundamentais pros guitarristas.

” O que é Tablatura ?”

Tablatura (ou tab) é um método usado para se escrever música para instrumentos de corda, como violão, guitarra e baixo. Utiliza-se de símbolos e números para mostrar casas, variações de afinação e outros efeitos que podem ser feitos nestes instrumentos. Não a confunda com a partitura.

”Qual a diferença entre Tablatura e Partitura?”

Ambas se parecem muito (por causa das linhas). Mas a similaridade acaba por ai. A tablatura serve apenas para indicar acordes e solos sem noção de tempo e é usada apenas em instrumentos de cordas como o violão, a guitarra e o baixo. É muito boa para músicos iniciantes ou práticos, por ser de fácil entendimento.

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Mas tem uma desvantagem: para entendê-la, tem que se conhecer a música descrita. Já a partitura, pode-se dizer, é como se fosse a música escrita, com todos os seus detalhes. Nela não precisa se conhecer a música que será tocada, pois a partitura transcreve da música para o papel todos os tempos, durações das notas, solos, acordes etc. A partitura não indica em quais casas estão as notas. Por isso mesmo, requer um conhecimento teórico e prático extenso, pois é um tanto quanto complexa de ser entendida. Outro ponto positivo da partitura é que esta serve para diversos instrumentos como violino, piano, trompete, trombone etc.

”Como faço para ler as Tablaturas ?”

É muito simples. As tablaturas consistem em linhas horizontais que indicam as cordas do instrumento. Para guitarras, teremos 6 linhas (pois temos 6 cordas).

As tablaturas podem ser apresentadas de duas formas:

1) Com a 1ª corda (Mizinha - e) na 1ª linha;

e|------------------------------------------------------B|------------------------------------------------------G|------------------------------------------------------D|------------------------------------------------------A|------------------------------------------------------E|------------------------------------------------------

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2) Com a 1ª corda (Mizinha - e) na 6ª linha;

E|------------------------------------------------------A|------------------------------------------------------D|------------------------------------------------------G|------------------------------------------------------B|------------------------------------------------------e|------------------------------------------------------

* A forma mais utilizada é a com a 1ª corda sendo indicada na 1ª linha.

Numa tablatura, as cordas a serem tocadas são indicadas por números, sendo que "0" indica corda solta e "X" corda que não deverá ser tocada (isso vale quando a tablatura indicar acordes). Veja um exemplo:

e|--------------------------------B|--------------------------------G|--------------------------------D|--------------------------------A|--------------------------------E|---0--1--2--3------------------

Observando este exemplo, concluímos que:

- devemos tocar a 6ª corda (Mizona - E) solta (0);

- depois tocar a mesma corda na 1ª casa (1);

- depois tocar a mesma corda na 2ª casa (2);

- depois tocar a mesma corda na 3ª casa (3).

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Outras notações usadas na tablatura

No exemplo acima vimos apenas solos como são escritos os solos. Mas as tablaturas também podem indicar:

– Acordes:

Observe um acorde de C (Dó maior) na tablatura:

e|-0----------------B|-1----------------G|-0----------------D|-2----------------A|-3----------------E|-X----------------

Quando as cordas a serem tocadas aparecerem uma sobre a outra isso indicará que as notas são tocadas simultaneamente, é um ACORDE. O "x" na 6ª corda (Mizona - E) indica que esta não deverá ser tocada pois não faz parte da formação do acorde.

- Dedilhados:

e|---------0---0----------------B|-------0---3---3--------------G|-----2-----------2------------D|---2---------------2----------A|-0-------------------0--------E|-------------------------------

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Para executar este dedilhado, executamos normalmente seguindo o que a tablatura nos informa: primeiro tocamos a 5ª corda (A - Lá) solta , depois a 4ª corda (D - Ré) na 2ª casa e logo após a 3ª corda (G - Sol ) na 2ª casa também . Depois, tocamos a 2ª corda (B - Si) solta, a 1ª corda (e - Mi) solta e a 2ª corda na 3ª casa , e assim por diante.

- Batidas:

Veja este exemplo: Execução: uma batida na corda grave e duas nos acordes

e|-----------------------------------B|--2-2----2-2----0-0---0-0-------G|--2-2----2-2----1-1---1-1-------D|--2-2----2-2----2-2---2-2-------A|-0------0--------------------------E|---------------0-----0-------------

Outra forma de representar os acordes

Uma forma que simplifica muito a exibição de acordes é um meio minimizado da tablatura, que indica apenas as casas que deverão ser tocadas dentro de chaves "[ ]".

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Observe este exemplo:

[ x 3 2 0 1 0 ]

Aqui podemos ver o acorde de C (Dó maior.) Veja: neste tipo de representação, as cordas estão dispostas dessa forma: [ MI Lá Ré Sol Si Mi ], ou seja: [ 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª cordas ] . O "X" indica cordas que não deverão ser tocadas e o "0" cordas soltas, como numa tablatura normal. Volte até a tablatura que indica acordes: na verdade, esta é uma versão diminuta daquela representação.

Os símbolos utilizados na Tablatura

Além dos números que indicam as casas a serem tocadas, existem também alguns símbolos que servem para identificar técnicas específicas utilizadas durante os solos. A notação dessas técnicas pode variar (vai depender do autor da tablatura), mas o mais comum é o seguinte:

h - hammer-on p - pull-off b - bend r - release bend/ - slide up - para cima (pode-se escrever s) \ - slide down - para baixo (pode-se escrever s)~ - vibrato (pode-se escrever v)

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Page 29: Manual Do Guitarrista Iniciante

t - tappingx - muffled strings (tocar a nota abafada, som percusivo)

H. - harmônico natural H.A. - harmônico artificial

Não se preocupe muito com isso por enquanto. Ainda abordaremos essas técnicas uma a uma mais a frente.

Exercício para dedos mais ágeis

Veremos agora um exercício que foi preparado para deixar os dedos mais ágeis e a musculatura da mão mais preparada para a guitarra.

Aproveite e treine bastante, pois à medida que os dedos ficam mais fortes e resistentes melhor será sua performance ao praticar pestanas, solar e tocar acordes difíceis.

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Então aí está :

Este 1° exercício é puramente de digitação e palhetada.

Use os dedos 1, 2, 3 e 4 (mão esquerda) alternando a ordem em que eles são tocados e alterne a palhetada (mão direita), uma palhetada para baixo, uma para cima, uma para baixo, uma para cima...

Exemplo:

------------------------------------------------------------2--4--1--3-

------------------------------------------------1--4--2--3-------------

------------------------------------4--1--2--3-------------------------

------------------------3--2--1--4-------------------------------------

------------2--3--4--1-------------------------------------------------

1--3--2--4-------------------------------------------------------------

Continue o exercício trocando a ordem dos dedos.

Tente as seguintes combinações:

1 2 3 4 2 1 3 4 3 1 2 4 4 1 2 3

1 3 4 2 2 1 4 3 3 1 4 2 4 1 3 2

1 4 3 2 2 3 1 4 3 2 1 4 4 2 1 3

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Page 31: Manual Do Guitarrista Iniciante

Enfim, existem dezenas de combinações a serem feitas. Use a criatividade!

A mão direita (dos destros) segura a palheta entre o polegar e o indicador, formando uma pinça.

Dica1: Os dedos da mão esquerda devem apertar as cordas o mais próximo possível dos trastes da guitarra. Evite pressionar as cordas no meio da casa.

Dica2: Faça uma série da 6ª corda até a 1ª indo do começo ao fim do braço da guitarra. Faça também subindo da 1ª para a 6ª corda e alterne. Desça e suba.

Dica 3: Comece lentamente e vá aumentando gradativamente a velocidade à medida que não haja erros.

Dica 4: Este exercício também funciona como uma excelente forma de aquecimento antes do estudo, ensaio ou apresentação.

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Cifras

As cifras são letras que correspondem às notas, tornando assim ler notas, uma linguagem universal. Em qualquer livro de música as notas aparecem em forma de cifras. Vamos a elas:

A: LáB: SíC: DóD: RéE: MíF: FáG: Sol

Portanto:

A = Lá maior. A letra sozinha significa que o acorde é maior.

Am= Lá menor. A letra m ao lado corresponde ao acorde menor.

A#= Lá maior sustenido.

Amb= Lá menor bemol.

A7 = Lá com sétima. O número ao lado corresponde ao intervalo adicional do acorde. Relaxe, você já vai entender isso.

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Encontrando as notas no braço da guitarra

O primeiro tópico que gostaria de mencionar é sobre a escala musical, é por ela que conhecemos a seqüência de notas. Vamos a elas:

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Sí

Já sabemos também quais são as notas das cordas soltas da guitarra.

1 2 3 4 5 6

Mí Sí Sol Ré Lá Mí

Nós vamos agora usar um processo matemático para aprender a ver as notas do braço. Muitas pessoas decoram as notas, o que torna o processo mais chato e lento, nós vamos encontrá-las.

Vou explicar o que quer dizer 1 tom e ½ tom.

*1 tom: ande 2 casas no braço.

Ex: você esta na primeira casa de qualquer corda, você andando 1 tom vai para a terceira;

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Page 34: Manual Do Guitarrista Iniciante

*½ tom: ande 1 casa no braço.

Ex: você esta na primeira casa, andando ½ tom vai para a segunda casa.

Existe uma pequena regra muito fácil para achar as notas.

C___D___E____F___G___A___B____C

1 1 ½ 1 1 1 ½

1 tom = 2 casas

½ tom = 1 casa

Agora é só você decorar esta regrinha pensando: de "B" para "C" e do "E" para "F", ande uma casa o resto eu ando 2 casas!

Pronto agora você esta pronto para começar a achar todas as notas do braço.

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Page 35: Manual Do Guitarrista Iniciante

Ex:

Estamos na sexta corda Mizona - E

Qual seria a nota seguinte ao Mi na escala musical? Fá

Quantas casas você andaria do Mi para Fá? ½ tom ou uma casa, portanto na primeira casa da corda Mi é a nota Fá.

Depois da nota Fá que nota temos na escala musical? Nota Sol

A nota Fá está na primeira casa da corda Mi, quantas casas você andaria de Fá para Sol?

É só consultar a tabela!

1 tom, ou 2 casas. Portanto, a casa 3 da corda Mi é a nota Sol.

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Page 36: Manual Do Guitarrista Iniciante

Agora pratique em todas as cordas achando todas as notas. Olhando a escala musical você perceberá que ela é formada por 7 notas, mas na verdade existem 12 notas.

Para acharmos estas outras notas temos que aprender sobre o "Sustenido", que é representado por este símbolo # ; e o "Bemol" que é representado por este símbolo b.

Como você percebeu existem algumas notas que para chegar na nota seguinte você tem que andar ½ tom e outras 1 tom.

Nestas notas que você andou 1 tom o que seria a casa do meio?? É ai que entram o "Sustenido" e o "Bemol"!!

Sustenido está uma casa à frente da nota e o Bemol uma casa atrás. Por exemplo:

Vimos no exemplo para achar notas, que da nota Fá para Sol você teria que andar 1 tom certo? E que a nota Sol está na casa 3 da corda Mi.

Que nota seria na casa 2? Seria Fá sustenido ou Sol bemol, não importa como você escreve, as duas formas são a mesma coisa.

É importante lembrar que não existe Si sustenido ou Dó bemol nem Mi sustenido ou Fá bemol, porque Si sustenido é a nota Dó e, Mi sustenido é a nota Fá.

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Intervalos

INTERVALOS são as relações que as notas tem entre si. Seria uma maneira de definir o que uma nota seria das outras, uma maneira de criar um "parentesco" entre elas.

Mas antes de falarmos diretamente sobre o intervalo musical, iremos tomar como exemplo algumas coisas do nosso cotidiano para uma melhor ilustração.

A todo o tempo nos deparamos com medidas. Um exemplo: para medirmos o comprimento de qualquer coisa usamos o metro. Esse sistema de medidas, pode ser usado para medir a distância entre dois pontos. Na música também há um sistema de medidas, se é que podemos chamá-lo assim. Mas, ao invés deste sistema medir a distância física entre dois pontos, ele mede a distância sonora entre duas notas musicais. Esse sistema chama-se intervalo musical.

Para entendermos a escala, os acordes e tudo o que há na música, é essencial o estudo dos intervalos.

Mas o que é intervalo?

A definição mais comum é que intervalo é a diferença sonora entre duas notas . Para ilustrar melhor, vamos pegar um exemplo prático:

C --- D

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Page 38: Manual Do Guitarrista Iniciante

Existe entre as notas Dó e Ré um intervalo de 1 tom . Se as notas fossem Dó e Dó sustenido o intervalo seria de 1/2 tom .

Se, em sua guitarra, você tocar a nota C e em seguida a nota D, você irá sentir o som que elas proporcionam . Você irá notar que ao tocar a nota C seguida da nota D o som foi mais para o agudo. Da até uma impressão de que o som subiu um pouco, foi mais para frente, se assim fosse possível visualizar as notas musicais. Dessa maneira fica um pouco mais fácil entender como pode ser medida a distância entre duas notas.

Mas o intervalo não é apenas isso. Para ir um pouco mais fundo eu pergunto a você: o que é a música ? Um pouco difícil de definir, mas para o nosso propósito, podemos definir música como sendo a arte de expressar sentimentos através de sons, ou notas musicais.

Dizemos que na música existem dois tipos básicos de expressão: tensão e relaxamento .

Tensão seria aquele tipo de música que você escuta e fica tenso agitado, por exemplo: Heavy Metal, alguns Jazz e Fusion são bem tensos. Repare também nas músicas utilizadas em trilhas sonoras de filmes, principalmente filmes de terror, catástrofes etc.

Como relaxante podemos tomar como exemplo a música erudita (porém nem todas, algumas são tensas) e músicas bem calmas, aquelas que você (que não é roqueiro) põe para dormir .

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Page 39: Manual Do Guitarrista Iniciante

Para nos expressar em um desses tipos básicos, precisamos conhecer os intervalos de cada nota em relação à outra e sentir o som que eles proporcionam .

Quando você escuta ou faz um solo, na verdade você está tocando uma sequência de intervalos. Se não fosse assim, você não iria produzir som algum que não fosse apenas o som da primeira nota tocada.

Exemplos de intervalos e seus tipos de som

-Intervalos tensos

O intervalo entre a primeira de um escala e sua quarta aumentada:

Ex: C e F#

O intervalo entre a primeira de uma escala e sua sétima maior.

Ex: C e B

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Page 40: Manual Do Guitarrista Iniciante

-Intervalos relaxantes

O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua quarta.

Ex: C e F

O intervalo entre a primeira de uma escala e a sua sexta.

Ex: C e A

Para sabermos qual é o intervalo entre duas notas, temos sempre que tomar como referência a primeira nota tocada . Após isso iremos ver onde se encontra a outra nota dentro da escala maior da primeira .

Um exemplo :

O intervalo entre as notas C e E .

A primeira nota tocada é a nota C, portanto vamos procurar a nota E dentro da escala de C maior para saber-mos o intervalo correspondente entre as duas .

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Page 41: Manual Do Guitarrista Iniciante

A escala de C é a seguinte : C D E F G A B C

Para isso vamos contar a partir da nota C até a nota E (conta-se inclusive a nota C) . O número que achamos foi 3, portanto dizemos que entre a nota C e a nota E existe um intervalo de terça. Esse intervalo irá proporcionar uma sensação sonora que é típica e exclusiva do intervalo de terça e que nenhum outro intervalo poderá reproduzir.

Portanto cada intervalo têm a sua identidade própria, não importando o tom em que estamos tocando . Uma mesma música pode ser tocada em tons diversos, e nem por isso ela perderá suas características .

Mas chega de explicação e vamos exemplificar mais os intervalos.

Temos os seguintes intervalos:

SegundaTerça Quarta Quinta SextaSétima Oitava

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Page 42: Manual Do Guitarrista Iniciante

Para você entender bem vamos a um exemplo, vamos achar os intervalos da nota "A" é só contar, seguindo a escala musical, a nota A no caso, mais o número do intervalo, a segunda de A seria B e assim por diante, veja a lista completa abaixo:

Nota: "A"Segunda: B *Terça: C*Quarta: D*Quinta: E*Sexta: FSétima: GOitava: A (a oitava é SEMPRE a repetição da TÔNICA)

Alguns intervalos terão mais afinidade com a tônica do que outros. Olhando acima você verá um asterisco nos intervalos de terça/quarta/quinta/sexta, esses intervalos têm uma relação perfeita com a tônica.

Experimente tocar junto a nota A com a C e assim por diante, você perceberá que elas têm uma sonoridade, elas se combinam, enquanto que os intervalos de segunda e sétima não se relacionam com a tônica.

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Page 43: Manual Do Guitarrista Iniciante

Exemplos de intervalo no instrumento

Para exemplificar de forma mais didática, usarei apenas os intervalos cujas notas formam a escala de Dó maior.

-Intervalo de segunda maior – Dó até Ré

e--------------------B--------------------G--------------------D-------------0------A-------3------------E--------------------

-Intervalo de terça maior – Dó até Mi

e---------------------B---------------------G---------------------D-------------2-------A-------3-------------E----------------------

-Intervalo de quarta – Dó até Fá

e----------------------B----------------------G----------------------D--------------3-------A--------3-------------E-----------------------

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-Intervalo de quinta – Dó até Sol

e-----------------------B-----------------------G-----------------------D--------------5--------A--------3--------------E------------------------

-Intervalo de sexta maior – Dó até Lá

e-------------------------B-------------------------G---------------2---------D-------------------------A--------3----------------E-------------------------

-Intervalo de sétima maior – Dó até Si

e-------------------------B------------------------G---------------4--------D------------------------A--------3---------------E------------------------

-Intervalo de oitava – Dó até Dó

e-------------------------B-------------------------G----------------5--------D-------------------------A--------3----------------E-------------------------

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Page 45: Manual Do Guitarrista Iniciante

Formação de Acordes

Como pudemos ver, podemos medir a distância entre duas notas através do intervalo entre elas. Isso é essencial para entendermos como são formados os acordes.

Há quatro categorias de acordes:

Acordes maiores;

Acordes menores;

Acordes aumentados;

Acordes diminutos.

Daqui a pouco iremos tratar de cada um em particular, por enquanto abordarei ainda de uma forma genérica

.

A definição de acorde é a seguinte: Três ou mais notas

tocadas em intervalos de Terça (3ª). Vamos visualizar isto para entendermos melhor:

Tomaremos como exemplo o acorde de C (Dó maior), o qual é formado pelas seguintes notas:

C ----- E ----- G

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Page 46: Manual Do Guitarrista Iniciante

Vamos analisar a escala de C e a disposição dos intervalos acima dentro dela:

C – D – E – F – G – A – B

A nota Dó é a primeira nota. Em seguida vem a nota Ré que é a segunda de Dó. Logo após vem a nota Mi que é a terça de Dó e Fá que é a quarta de Dó e Sol que é a quinta . Podemos notar que entre as notas C e E há um intervalo de terça.

Depois podemos notar também que entre E e G também temos um intervalo de terça chegando então à definição que demos que o acorde é formado por no mínimo três notas ou mais e que elas estão dispostas em intervalos de terça umas das outras.

Há uma outra forma de acharmos as notas de um acorde. A regra para isso é a seguinte:

Suponhamos que a tônica é a nota Dó e queremos achar sua terça maior. Dizemos que a terça está a 2 tons em relação à tônica. Em seguida quando quisermos achar a quinta, dizemos que ela está a 3 tons e meio em relação à tônica. Portanto a fórmula do acorde maior básico seria a seguinte:

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Page 47: Manual Do Guitarrista Iniciante

Assim podemos concluir que o acorde maior é formado por:

T - 3 - 5 (Tônica, Terça e Quinta)

Então já sabemos como formar um acorde maior. Vamos ver agora os outros tipos de acorde.

Acorde Menor

Fica mais fácil entender como funciona a estrutura do acorde menor, se notarmos a importância da terça no acorde. É justamente ela que determina se o acorde é maior ou menor. Por exemplo, quando o acorde é maior dizemos que ele é formado por: Tônica, Terça maior e Quinta justa. No caso do acorde menor essa estrutura fica assim: Tônica, Terça menor e Quinta justa.

O único intervalo alterado foi a terça. Para passar a terça de maior para menor basta diminuí-la meio tom. Assim se a distância da terça para a tônica no acorde maior era de 2 tons, no acorde menor essa distância será de 1 ½ tom. Portanto o acorde de Dó menor ficará assim:

C – Eb – G

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Page 48: Manual Do Guitarrista Iniciante

Portanto a fórmula ficará como a na figura abaixo:

Podemos concluir assim que o acorde menor é formado por:

T – 3m – 5

Extensão de acorde

É a adição de intervalos que não fazem parte do som básico do acorde (T 3 5).

As extensões de acorde são popularmente conhecidas com acordes dissonantes. Mas creio que este é um termo um pouco errôneo, pois dissonância é um efeito sonoro e francamente, não há nada de dissonante em um acorde com nona ou sétima e nona.

Para ilustrar melhor vamos dar um exemplo:

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Page 49: Manual Do Guitarrista Iniciante

Vamos entender como é formado o acorde de C7+/9 (Dó com sétima maior e nona).

Além do som básico do acorde (C - E - G), acrescentamos o intervalo de sétima maior, que é a nota B, e a nona que é a nota D uma oitava acima, veja a escala abaixo:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 C - D - E - F – G - A - B - C - D

Acordes básicos mais utilizados

Aqui vai um pequeno resumo com o shape dos acordes básicos mais utilizados. Após você entender como se formam os acordes, ficará mai fácil para você mesmo montar os outros acordes!

Para utilizar o diagrama é importante entender onde devemos colocar os dedos. Veja a figura:

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Page 50: Manual Do Guitarrista Iniciante

Vejamos os acordes:

Acorde aumentado

O que faz com que este acorde receba esse nome é a alteração que fazemos na quinta. O acorde pode ser tanto maior quanto menor.

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Page 51: Manual Do Guitarrista Iniciante

A alteração a qual nos referimos, é simplesmente aumentar a quinta do acorde meio tom acima. Este acorde também é muito conhecido como acorde alterado.

O acorde de Dó Maior Aumentado ficaria assim:

C - E - G#

Enquanto o Dó Menor Aumentado ficaria assim:

C - Eb - G#

Acorde diminuto

O acorde diminuto, representado pelo símbolo º, recebe este nome justamente porque nós pegamos todos os intervalos do acorde maior, e diminuímos meio tom, com exceção da tônica é claro. O acorde de Cº seria assim:

C - Eb - Gb

Neste caso não existe acorde maior diminuto ou menor diminuto, dizemos simplesmente diminuto.

A fórmula deste acorde é a seguinte:

T – 3b – 5b

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Page 52: Manual Do Guitarrista Iniciante

Auto-avaliação rápida

Chegamos ao momento de fazer uma pequena auto-avaliação. Siga os seguintes passos:

1- Toque os seguintes acordes sem consultar: A, D, Am, G.

2- Toque o acorde de C (Dó maior), a partir da quinta corda. Se alguma corda estiver sem som existe um problema de posicionamento. Algum dedo encostou numa corda que não deveria ou você não está apertando a corda o suficiente.

Se os dois passos acima foram executados de maneira satisfatória, continue a leitura do manual. Senão treine até corrigir e depois prossiga.

Power Chords

Teoricamente, power chords não são acordes. Acordes são formados por três ou mais notas diferentes, ao passo que power chords possuem somente duas notas diferentes. O nome mais correto deveria ser "power intervalos" porque só contêm duas notas sendo tocadas.

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Page 53: Manual Do Guitarrista Iniciante

Os power chords são compostos basicamente de Tônica (T) e um intervalo de 5ª justa (5j), podendo ser adicionada outra Tônica 8ª acima da 1ª.

Basicamente são intervalos de 5ª justa com a dobra de uma ou duas notas, podendo ser a dobra da tônica ou até da 5ª justa.

Na cifragem dos power chords normalmente se usa o nome da nota seguido de um "5" que representa a 5ª justa, então se você encontrar a cifra "G5" você já sabe que estamos nos referindo a um Power Chord de Sol (G), certo?

Por serem fáceis de se tocar em qualquer região do braço, são muito usados em músicas que exigem trocas rápidas de acordes.

Estes "bicordes" dão peso musical mas são pobres harmonicamente por não possuirem o intervalo de terça maior ou terça menor que é o intervalo que define se um acorde é Maior (M) ou menor (m). Contudo, isto permite que ele tenha grande flexibilidade, podendo ser usado sobre acordes Maiores ou menores indiscriminadamente.

Por serem fáceis de se aprender a tocar em curto tempo de aprendizado, muitos músicos acabam aprendendo a tocar tudo em power chords e se esquecem de aprender os reais acordes.

Isso é um grande erro!

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Page 54: Manual Do Guitarrista Iniciante

Só porque você sabe tocar um power chord de Dó não quer dizer que você sabe um acorde de Dó.

Aprender os acordes é uma das coisas mais importantes que um guitarrista deve fazer. Não importa qual é o seu estilo musical, você não pode evitar o aprendizado de acordes. Se você não se dedicar ao estudo deles, poderá se transformar num guitarrista frustrado.

Padrão de desenhos dos Power Chords na guitarra

Aqui estão desenhos padrão que podem ser movidos criando power chords diferentes. A nota Tônica determina qual power chord é. Dê uma olhada neste desenho padrão. A nota na corda "E" grave é a nota Tônica do Power Chord :

F5e---x-----------------B---x-----------------G---x-----------------D---3(F)-------------A---3(C)--------------E---1(F)--------------

Portanto temos acima um power chord de Fá, que poderá ser tocado sobre um acorde de F (Fá Maior) ou Fm (Fá menor), entendeu?

Podemos tocar este padrão ao longo de toda escala criando power chords diferentes.

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Page 55: Manual Do Guitarrista Iniciante

Aqui o padrão é feito com a tônica no 3º traste. A nota do 3º traste da corda "Mi" grave é "Sol", sendo assim temos um power chord de Sol.

G5e---x------------------B---x------------------G---x------------------D---5(G)--------------A---5(D)--------------E---3(G)--------------

Tônica na 6ª corda com corda solta

Abaixo está o formato de um Power Chord em posição aberta com tônica na 6ª corda. Este é um power chord de "Mi" porque a nota tônica é a corda "Mizona" solta.

E5e---x---------------B---x---------------G---x---------------D---2(E)-----------A---2(B)-----------E---0(E)-----------

O desenho acima geralmente é feito com uma "pestana" do dedo indicador da mão da escala, o qual pressiona todas as cordas menos a "E" grave, que fica solta, como mostrado na tab. Toca-se somente as cordas 6, 5 e 4.

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Tônica na 5ª corda – padrão móvel

Bb5 / A#5e---x---------------B---x---------------G---3(Bb)---------D---3(F)-----------A---1(Bb)----------E---x---------------

Como antes já foi dito, é só deslocar o padrão para encontrar novas tônicas, por exemplo:

C5e---x------------B---x------------G---5(C)--------D---5(G)--------A---3(C)--------E---x------------

Tônica na 5ª corda com corda solta

A5e---x-------------B---x-------------G---2(A----------D---2(E)---------A---0(A)---------E---x-------------

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O desenho acima geralmente é feito com uma "pestana" do dedo indicador da mão da escala, o qual pressiona todas as cordas menos a "E" grave e 5ª corda(Lá), que fica solta, como mostrado na tab. Toca-se somente as cordas 5, 4 e 3.

Tônica na 4ª corda – padrão móvel

Eb5 / D#5e---x--------------B---4(Eb)---------G---3(Bb)---------D---1(Eb)---------A---x--------------E---x--------------

E movendo o padrão:

E5e---x-------------B---5(E)---------G---4(B)---------D---2(E)---------A---x-------------E---x-------------

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Tônica na 4ª corda com corda solta

D5e---x--------------B---3(D)----------G---2(A)----------D---0(D)----------A---x--------------E---x--------------

Tônica na 3ª corda – padrão móvel

Não é comum se usar estes padrões com tônica na 3ª corda, mas é bom aprendê-los. No exemplo abaixo a nota mais grave não é a tônica e sim a nota da corda 3 (Sol).

A5e---5(A)----------B---5(E)----------G---2(A)----------D---2(E)----------A---x--------------E---x--------------

No exemplo acima: A5, temos a dobra da tônica e a dobra da 5ª . Este power chord pode ser feito com uma pestana do dedo indicador da mão da escala no 2º traste mais uma meia pestana com o dedo mínimo da mesma mão no 5º traste. É um padrão um pouco difícil de se executar.

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Power chords sem dobras e invertidos

Existem variações dos desenhos que já foram abordados em que não se usa nenhuma dobra, bastando para isso omitir a nota mais grave ou mais aguda:

G5e-----------------------------B-----------------------------G-----------------------------D--5---------------5--------A--5-------5-------5--------E--3-------3-----------------

Como você vê acima, estas são variações de G5, as quais podem ser aplicadas em um G (Sol Maior) ou Gm (Sol menor). No 3º desenho temos um padrão em que a nota mais grave é a 5ª (nota D, 5º traste, corda 5) e não a Tônica (nota G, 5º traste, corda 4) e realmente esta inversão soa como G5.

Power chords invertidos – Tônica na 5ª corda

C5e--x-------------------------B--x-------------------------G--x-------------------------D--x-------------------------A--3-------------------------E--3-------------------------

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Aqui temos um desenho em que se usa geralmente a pestana do indicador. A Tônica está na 5ª corda. A nota da 6ª corda é a 5ªj. Este desenho também é móvel e largamente usado, principalmente em estilos musicais mais pesados.

C5e--x-------------------------B--x-------------------------G--x-------------------------D--5-------------------------A--3-------------------------E--3-------------------------

Aqui temos uma dobra da 5ª, mas o Power Chord continua sendo C5.

C5e--x-------------------------B--x-------------------------G--5-------------------------D--5-------------------------A--3-------------------------E--3-------------------------

Dobra da 5ª e da Tônica.

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Power chords invertidos – Tônica na 4ª corda

E5e--x----------x----------x--------B--x----------x----------5--------G--x---------4----------4--------D--2---------2----------2--------A--2---------2----------2--------E--x----------x----------x--------

Padrão feito com pestana do indicador no 2º traste. Logo após, duas extensões: 1º com a dobra da 5ª, depois com dobra na 5ª e Tônica. Exemplos em E5.

Power chords invertidos – Tônica na 3ª corda

A5e------x----------x----------5-----B------x----------5----------5-----G------2---------2----------2-----D------2---------2----------2-----A------x----------x----------x-----E------x----------x----------x-----

Padrão feito com pestana do indicador no 2º traste. Logo após, duas extensões: 1º com a dobra da 5ª, depois com dobra na 5ª e Tônica. Exemplos em A5.

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Page 62: Manual Do Guitarrista Iniciante

Power chords com a terça

É isso mesmo! Veja o desenho abaixo e responda:Que Power chord é este???

e---------------x----------------B---------------x----------------G---------------x---------------D---------------7---------------A---------------4----------------E---------------x----------------

Seria um C#5?

Definitivamente não.

O Power Chord acima tem como Tônica a nota do 7º traste da quarta corda, sendo que a nota mais grave neste desenho (C#) é a terça de A (Lá). Apesar de não trazer um grande reforço harmônico, este tipo de power chord é muito usado em situações em que o baixo está soando a terça do acorde. Ele seria algo como um "A5/C#", sacou?!

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Page 63: Manual Do Guitarrista Iniciante

Exemplo de utilização:

Harmonia: 4/4 | D | A/C# | C | G/B |

Power chord: | D5 | A5 | C5 | G5 |

D5 A5 C5 G5e------x-------x--------x----------x-----B------x-------x--------x----------x-----G------x-------x--------x----------x-----D------7-------7--------5---------5-----A------5-------4--------3---------2-----E------x--------x--------x---------x-----

O jeito mais prático de se executar esta sequência de Power Chords seria posicionando sempre o dedo indicador na nota da 5ª corda e o dedo mínimo na nota da 4ª corda.

Dica: Para se tocar um Power Chord, os dedos que prendem a corda devem se posicionar de uma maneira que abafe as cordas que você não vai tocar.

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Como trocar de acordes

Um problema que a maioria dos iniciantes enfrenta é que para tocar o acompanhamento de uma música, no caso da guitarra, a mão esquerda fica parada em uma posição e a mão direita fica "batucando " o ritmo , até trocar a posição da mão esquerda e assim por diante.

Acontece que a mão esquerda demora demais até ficar ágil e habilidosa o suficiente para trocar na hora certa sem atrasar o ritmo . Ou seja: enquanto estamos no mesmo acorde, tudo bem, só a mão direita trabalha. Na hora de mudar de posição, que sufoco! Se a mudança não for precisa , acaba atrasando ou "cruzando " o ritmo. Há uma solução que encontrei em vários livros que colocarei aqui:

Escolha três acordes bem diferentes entre si.

Numere cada um ( 1, 2, e 3 )

Monte o acorde 1 e toque uma vez só.

Monte o acorde 2 e toque uma vez só

Monte o acorde 3 e toque uma vez só

Vá repetindo ( 1, 2, 3... ) em seqüência cada vez mais depressa, mais depressa, até não precisar mais pensar antes de tocar qualquer um dos três, isto é : a mão vai "sozinha".

Experimente com quatro acordes, depois com cinco, etc...

Experimente também, passar a seqüência dos acordes de uma música, (uma nova canção, ou uma que é difícil de tocar).

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Page 65: Manual Do Guitarrista Iniciante

Dica 1: Para trocar de acorde rapidamente, devemos sempre colocar o dedo 1 (indicador), da mão esquerda, antes dos outros.

Dica 2: A mão direita não deve parar de tocar nunca, portanto mesmo que o acorde não esteja montado por completo a mão direita deve continuar tocando, obrigando dessa maneira a mão esquerda a ter um melhor desempenho.

Dica 3: Olhe sempre para a sua mão esquerda. A mão direita faz o ritmo e este está em sua cabeça.

Dica 4: Muitos guitarristas precisam saber que os melhores e mais rápidos instrumentistas do mundo praticam seus exercícios de velocidade em um violão comum, acústico, sem amplificadores. Isso porque o "peso " das cordas do violão é perfeito para um rápido desenvolvimento muscular dos dedos.

Em uma guitarra elétrica, por causa das cordas macias e da amplificação, leva-se mais tempo, e dá muito mais trabalho até se atingir o mesmo progresso. Porque os músculos não são forçados, não se exercitam e não se desenvolvem tão bem. Portanto preste atenção para esse detalhe!!!

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Tom e Campo Harmônico

Quando falamos em TOM, temos que entender o seguinte: existe uma nota, a TÔNICA, que "rege" tudo o que fazemos durante determinada música. Os solos, o clima, os acordes, tudo gira em torno do TOM dado por esta nota tônica. Por isso é tão importante saber qual o Tom.

Sabendo qual o Tom, será infinitamente mais fácil determinar os acordes, além da tônica dos solos e improvisos.

Para determinar o Tom temos que analisar as notas da maneira como são utilizadas, com que acordes, se menor ou maior, além de outros conceitos que analisaremos no futuro (como MODOS, por exemplo).

Sabendo que os acordes derivam das escalas (já vimos isto antes), é fácil perceber que as notas da escala utilizada DEVEM estar contidos nos acordes. Logo, qualquer acorde formado pelas notas da escala soará incrivelmente agradável quando esta for utilizada.

Normalmente os acordes são formados através da harmonização em terças diatônicas. Vamos relembrar este tipo de harmonização.

Vamos trabalhar em cima do tom C inicialmente.

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A escala de C (Dó maior) é:

C - D - E - F - G - A – B

Começando por C, conte 2 notas para a direita. Teremos E. Mais 2 para a direita. Teremos G. Reconhecem a nossa tríade (acorde de 3 notas)? É o C-E-G, ou Dó maior (C). Não é por mera coincidência que ele é perfeitamente compatível com a escala de Dó Maior...

Se fizermos isto com todas as notas da escala, teremos 7 tríades:

C-E-G = C (Dó Maior)

D-F-A = Dm (Ré menor)

E-G-B = Em (Mi menor)

F-A-C = F (Fá Maior)

G-B-D = G (Sol Maior)

A-C-E = Am (Lá menor)

B-D-F = Bº (Si diminuto)

Esta seria a família de acordes de 3 notas (ou tríades) compatíveis com a escala de C, ou seja, estes acordes pertencem a um "CAMPO HARMÔNICO" no TOM de C (Dó Maior).

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Quando utilizada uma escala de C, ou composta uma melodia neste TOM, utilizando combinações destes acordes pertencentes ao Campo Harmônico, o resultado será com certeza agradável aos ouvidos.

Pode-se ainda harmonizar desta mesma forma, utilizando as mesmas notas da escala, acordes com 4 notas, gerando acordes mais ricos e sofisticados.

Indo mais longe, podemos chegar aos acordes de 5 e 6 notas que, embora não tão usuais, são de grande valia para composições ecléticas e originais.

Utilizando a mesma regra podemos formar o campo harmônico de qualquer tom. Basta alterar a tônica e usar a mesma regra de escala.

Lembra dessa regra?

C___D___E____F___G___A___B____C 1 1 ½ 1 1 1 ½

Vamos agora mudar sua tônica. Vou construir a escala de Ré Maior usando o mesmo esquema:

D___E___F#____G___A___B___C#___D

1 1 ½ 1 1 1 ½

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Page 69: Manual Do Guitarrista Iniciante

Repare que agora começam a surgir os sustenidos e bemóis. À medida que seguimos a regra para formar outros campos harmônicos, os acidentes naturais trocam de posição na escala. Estão se avançarmos 2 tons inteiros a partir da tônica (D) para procurarmos a terça maior, vamos encontrar o F#.

Sacou? O que manda é a regra! Os intervalos se mantém sempre os mesmos.

Então para formar o campo harmônico de qualquer tom, basta usar essa sequência.

T___2___3___4___5___6___7___8

1 1 ½ 1 1 1 ½

Sei que pode parecer um pouco complicado. Mas não é tanto.

Se você ainda não entendeu, vou exemplificar novamente formando o campo harmônico de Mi Maior:

E___F#___G#___A___B___C#___D#___E

1 1 ½ 1 1 1 ½

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Page 70: Manual Do Guitarrista Iniciante

Comece com a tônica (E) na posição 1.

Avance 1 tom para achar a segunda de E. Acharemos o Fá Sustenido (F#).

NOTA: Lembra que não existe Mi sustenido? Avançando 1 tom (2 casas no braço da guitarra), a partir do Mi, chegaremos ao Fá Sustenido. Se não lembra, acho melhor você voltar um pouco no manual e entender isso, pois é fundamental aqui.

Avance mais 1 tom para encontrar a terça de E. Encontraremos o Sol sustenido (G#).

Então, mais ½ tom para encontrar a quarta, que é o Lá (A).

Mais 1 tom para encontrar a quinta, que é o Si (B).

Mais 1 tom para a sexta, que é o Dó Sustenido (C#).

(Só lembrando, não existe Si Sustenido... Então, avançando 1 tom a partir do Si, chegaremos ao Dó Sustenido.)

Avançamos mais 1 tom para a sexta, que é o Ré Sustenido (D#).

E, finalmente, mais ½ tom para chegar à oitava, que é a repetiçao da tônica Mi (E).

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Page 71: Manual Do Guitarrista Iniciante

Agora que você entendeu esse padrão, eu vou lhe dar outra dica valiosa. Os acordes maiores e menores também repetem um padrão em campos harmônicos diferentes, porque os intervalos são os mesmos.

Entenda:

T___2___3___4___5___6___7___8

M m m M M m dim M

Dentro de qualquer campo harmônico, em qualquer tonalidade MAIOR, a tônica será maior, a segunda será menor, a terça menor, a quarta maior, a quinta maior, a sexta menor e a sétima diminuta. SEMPRE!

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Page 72: Manual Do Guitarrista Iniciante

Escalas

Bom, chegamos ao momento de conhecer as tão faladas escalas musicais!

Primeiramente, você precisa saber o que é uma escala. De uma maneira bem grotesca, mas para um fácil entendimento, uma escala nada mais é que um grupo de notas que soam bem quando tocadas em grupos (seqüências).

Mas de uma maneira bem formal podemos dizer que Escala é uma seqüência de notas sucessivas, separadas por tons e semitons.

Dependendo da forma que estão organizados estes intervalos, nós obteremos um modo maior ou menor.

Em geral precisamos das escalas para fazer um solo enquanto alguém em outra guitarra, violão, baixo, teclado ou qualquer instrumento harmônico faz ao mesmo tempo uma base, a harmonia.

É possível ainda solar fazendo junto a harmonia, o que dificulta um pouco mais a execução. É possível também solar e sugerir a harmonia apenas através do solo o que já é bem mais avançado.

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Page 73: Manual Do Guitarrista Iniciante

Existem duas questões básicas neste estudo que são:

1) A execução da escala, ou seja saber o desenho dos dedos no braço da guitarra,que é um exercício físico e exige muita repetição.

2) O uso da escala, ou seja, saber em que casos ou circunstâncias aquela escala deve ser usada,que é um exercício mental, precisa ser decifrado pelo menos uma vez.

Depois de termos uma pequena noção dos intervalos, fica fácil entender como se formam as escalas. Para tanto, vamos relembrar um pouco do conhecimento básico que tivemos até agora.

A pequena fórmula que eu quero que “entre no seu sangue”, como dizia meu mestre, é a chamada fórmula da escala maior.

A formula consiste em um conjunto de oito intervalos que são os seguintes .

1 2 3 4 5 6 7 8

Esses números representam cada nota da escala e eles são lidos como intervalo de primeira (ou tônica), segunda, terça, quarta ... oitava. Mas para podermos ver realmente a cara da

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Page 74: Manual Do Guitarrista Iniciante

escala maior temos que ver a fórmula em sua totalidade. Entre cada número daqueles existe uma distância (intervalo) seja ela de um tom ou meio tom . A fórmula é apresentada a seguir:

Vamos lembrar agora como podemos achar qualquer escala maior sabendo apenas o tom da escala .

Suponhamos que a escala que queremos achar é a escala de A (Lá Maior).

Portanto o tom da escala é Lá Maior.

Então a primeira nota da escala será o próprio A, pois ele é que é a tônica .

Em seguida vamos analisar a fórmula da escala . A primeira nota nós já sabemos, é o A.

Para acharmos a segunda, vamos ver o que a fórmula pede. A fórmula diz que a segunda está um tom acima da primeira , portanto vamos ver qual nota está a um tom inteiro acima da nota A .

A nota que está um tom acima da nota A é a nota B .

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T___2___3___4___5___6___7___8

1 1 ½ 1 1 1 ½

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Após achar a segunda, vamos achar a terceira nota. A fórmula me diz que a terça está um tom acima da segunda , portanto vamos ver que nota está um tom acima de B.

A nota é C#.

Agora que já achamos a tônica, a segunda e a terça, vamos achar a próxima nota, que é a quarta da escala . A fórmula me diz que a quarta esta 1/2 (meio) tom acima da terça, portanto a nota é D.

Após isso vamos para a próxima, que é a quinta . A fórmula me diz que a quinta esta um tom acima da quarta, portanto a nota que está um tom acima da nota D é a nota E.

Vamos agora achar a sexta. A fórmula diz que a sexta está um tom acima da quinta, portanto a nota que está um tom acima da nota E é a nota F#

Vamos agora achar a sétima. A fórmula diz que a sétima está um tom acima da sexta, portanto a nota que está um tom acima da nota F# é a nota G#.

Vamos para a última que é a oitava . A fórmula diz que a oitava está 1/2 (meio) tom acima da sétima, portanto a nota que está meio tom acima da nota G# é a nota A, repetindo a tônica.

Dessa maneira, seguindo sistematicamente a fórmula, não há como errar. Achar a escala maior de qualquer tom, torna-se uma

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Page 76: Manual Do Guitarrista Iniciante

tarefa fácil, tendo como pré requisito o conhecimento mínimo da disposição das notas musicais e a simples tarefa de decorar a fórmula e aplicar as notas dentro dela .

Tipos de Escalas

Neste manual não tenho o objetivo de fornecer todas as escalas que existem, até porque há infinitas combinações.

Analiseremos e colocaremos as mais famosas e utilizadas, ok?

Então vamos a elas.

A Escala Maior

A Escala Maior é a mais importante de todas, pois a partir dela, obtemos todas as outras escalas. A fórmula para obtermos essa escala é:

Tônica - 2ª - 3ª - 4ª - 5ª - 6ª - 7ª - Oitava

Os intervalos são:

Tônica --1 tom--> 2ª --1 tom--> 3ª --1/2 tom--> 4ª --1 tom--> 5ª --1 tom--> 6ª --1 tom--> 7ª --1/2 tom--> 8ª

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Exemplos:

1 - Se a tônica for C (Dó), temos: C D E F G A B C (Escala Maior de Dó).

2 - Se a tônica for A (Lá), temos: A B C# D E F# G# A (Escala Maior de Lá).

Aplicando na guitarra:

1- Exemplo de Escala Maior de Dó:

(Começando na 5ª corda)

e-----------------------------B-----------------------------G----------------2-4-5-------D--------2-3-5---------------A---3-5-----------------------E------------------------------

2- Exemplo de Escala Maior de Lá:

(Começando na 6ª corda)

e---------------------------B---------------------------G---------------------------D-------------------6-7----A-----------5-7-9----------E---5-7-9------------------

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Page 78: Manual Do Guitarrista Iniciante

Estes são apenas alguns exemplos de possibilidade de patterns (sequências prontas) para a Escala Maior.

Note que você pode aplicá-la em qualquer lugar do braço, colocando a tônica em posições diferentes (ex: C no 8º traste da 6ª corda ou 3º traste da 4ª corda).

É importante não ficar viciado em padrões "sobe-e-desce" da escala, pois isso limita sua criatividade na hora de escrever os licks.

Tente improvisar sobre a escala de diferentes formas. Esta escala soa bem sobre os acordes maiores e tem uma sonoridade "alegre”. É muito utilizada em rock, country, jazz e fusion.

- A Escala Menor

A Escala Menor é a Escala Maior com bemóis na 3ª, 6ª e 7ª.

Logo, a sua fórmula é:

Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª b - Oitava

Os intervalos são:

Tônica --1 tom--> 2ª --1/2 tom--> 3ª b --1 tom--> 4ª --1 tom--> 5ª --1/2 tom--> 6ª b --1 tom--> 7ª b --1 tom--> Oitava

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Page 79: Manual Do Guitarrista Iniciante

Exemplo:

Escala Menor de Fá:

F G Ab Bb C Db Eb F

Aplicando na guitarra: Fá Menor

e-----------------------------B-----------------------------G--------------------6-8-10-D----------6-8-10-----------A---8-10---------------------E-----------------------------

Novamente (aliás, sempre), você pode criar quantos patterns quiser sobre a escala: basta tocar em lugares diferentes do braço.

Quanto à sonoridade, essa escala soa mais melancólica e é muito utilizada nos mais diferentes estilos (pop, blues, rock, fusion, country e heavy metal) e é tocada sobre acordes menores.

Uma observação importante a se fazer é o fato de toda Escala Maior ter uma relativa Menor e vice-versa.

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Page 80: Manual Do Guitarrista Iniciante

Para descobrir qual é a relativa Menor, observe a 6ª nota da Escala Maior (ex: relativa menor de C é Am); para a relativa Maior, veja a 3ª da Escala Menor (ex: relativa maior de Dm é F).

Escala Pentatônica Menor

Junto com a Pentatônica Maior, é a escala mais simples que você pode aprender.

São apenas cinco notas mas que soam muito bem e, pelo que me consta, é a escala mais utilizada em toda a história da guitarra elétrica.

Apenas alguns mestres nessa escala: Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, Jimmy Page e, claro, B.B. King e Jimi Hendrix.

É uma escala fácil de se tocar porque, como o número de notas é menor, a margem de erro no improviso também é menor.

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Page 81: Manual Do Guitarrista Iniciante

A fórmula é:

Tônica - 3ª b - 4ª - 5ª - 7ª b – Oitava

Exemplo: Pentatônica Menor em Am ou C

e---------------------------------5-8---B---------------------------5-8--------G---------------------5-7---------------D---------------5-7----------------------A---------5-7---------------------------E---5-8---------------------------------

Essa escala é aplicável em quase todos os estilos musicais e soa bem sobre acordes Menores, Menores com 7ª ou com 7ª Dominante

-Escala De Blues

Como o próprio nome já diz, é muito usada em blues. Trata-se de uma Pentatônica Menor com uma 5ª Menor incluída. Logo:

Tônica - 3ª b - 4ª - 5ª b - 5ª - 7ª b – Oitava

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Page 82: Manual Do Guitarrista Iniciante

Exemplo: Blues em Em ou G

Na guitarra, temos:

e-------------------------------------------------------12-15-----B----------------------------------------------12-15--------------G---------------------------------12-14-15-----------------------D------------------------12-14------------------------------------A------------12-13-14---------------------------------------------E---12-15----------------------------------------------------------

Tocamos essa escala sobre acordes Menores, Menores com 7ª, Menores com 9ª, 7ª Dominante e 9ª Dominante.

Escala Pentatônica Maior

Essa escala é muito usada em country devido a sua sonoridade característica. Para obtê-la, utilizamos a seguinte fórmula:

Tônica - 2ª - 3ª - 5ª - 6ª - Oitava

Exemplo: Pentatônica Maior de F:

F G A C D F

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Page 83: Manual Do Guitarrista Iniciante

Aplicando na guitarra, em F:

e-----------------------------B-----------------------------G-----------------------------D------------8-10-12--------A-8-10-12-------------------E-----------------------------

É tocada sobre os acordes Maiores, Maiores com 7ª e com 7ª Dominante.

Escala Menor Harmônica

É uma escala derivada da Escala Menor Natural. Apenas adicione um sustenido na 7ª:

Tônica - 2ª - 3ª b - 4ª - 5ª - 6ª b - 7ª - Oitava

Exemplo: Menor Harmônica em A:

A B C D E F G# A

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Page 84: Manual Do Guitarrista Iniciante

Aplicando no braço:

e----------------------------B----------------------------G----------------------------D--------------------6-7----A-----------5-7-8-----------E---5-7-8-------------------

Sua sonoridade é bem próxima da Escala Menor Natural. Cai muito bem em solos rápidos.

Existe ainda uma gama de diferentes escalas como a menor melódica e escalas exóticas como a espanhola, a pentatônica egípcia e a napolitana menor. Não se preocupe com elas ainda nessa sua fase de desenvolvimento, porque as escalas mais utilizadas que estamos vendo, já são material pra MUITO estudo.

Pratique as seguintes escalas e repare como cada escala e modo tem seus climas próprios para serem utilizados em suas músicas.

Escala de Sol menor harmônica:

e-----------------------------2-3------- B------------------------3-5------------ G------------------2-3-5---------------- D--------------4-5---------------------- A--------3-5-6-------------------------- E--3-5-6--------------------------------

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Page 85: Manual Do Guitarrista Iniciante

Escala de Mi Maior (natural):

e----------------------------------------10-12-13--B-------------------------------10-12-13-----------G------------------------9-10-12-------------------D-----------------9-10-12--------------------------A---------8-10-12----------------------------------E-8-10-12------------------------------------------

Escala de Sol menor Pentatônica:

e-------------------------------------3-6------------B------------------------------3-6-------------------G-----------------------3-5--------------------------D----------------3-5---------------------------------A---------3-5-----------------------------------------E---3-6-----------------------------------------------

Escala de Dó Maior Pentatônica

e-------------------------------------8-10------------B------------------------------8-10-------------------G------------------------7-9--------------------------D-----------------7-10---------------------------------A----------7-10-----------------------------------------E---8-10-----------------------------------------------

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Page 86: Manual Do Guitarrista Iniciante

Modos Gregos

Os Modos Gregos são escalas derivadas da Escala Maior, que por sinal também é um modo, chamado Jônio. Outro Modo que você já deve conhecer é o Eólio (Escala Menor Natural). Agora, irei introduzir os restantes: Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio e Lócrio. Antes, você deve tomar conhecimento do Campo Harmônico Maior, onde estão localizados os mesmos.

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Page 87: Manual Do Guitarrista Iniciante

Campo Harmônico Maior

Escala

I Grau

II (IX) Grau

III Grau

IV (XI) Grau V

Grau

VI (XIII) Grau

VII Grau

I (Oitava) Grau

A A B C# D E F# G# A

A# / Bb

A# C D D# F G A A#

B B C# D# E F# G# A# B

C C D E F G A B C

C# / Db

C# D# F F# G# A# C C#

D D E F# G A B C# D

D# / Eb

D# F G G# A# C D D#

E E F# G# A B C# D# E

F F G A A# C D E F

F# / Gb

F# G# A# B C# D# F F#

G G A B C D E F# G

G# / Ab

G# A# C C# D# F G G#

Modo Jônio Dórico Frígio LídioMixolídio

Eólio Lócrio Jônio

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Page 88: Manual Do Guitarrista Iniciante

A tabela deve ser interpretada da seguinte maneira: pegamos como exemplo o Modo Dórico. Ele é o segundo grau do Campo Harmônico Maior, ou seja, D Dórico corresponde a C Jônio (C Maior).

Analogamente, B Frígio corresponde a G Jônio e assim por diante. Dessa forma, você consegue montar os patterns de todos os Modos, já que conhece todas as escalas maiores. Aqui estão os exemplos para referência no braço.

Abaixo estão os patterns para todos os modos (com a tônica na 6ª corda), no campo harmônico de C:

C Jônio (I Grau)e--------------------------------------------10-12-13-B-----------------------------------10-12-13----------G---------------------------9-10-12-------------------D-------------------9-10-12---------------------------A-----------8-10-12-----------------------------------E---8-10-12-------------------------------------------

D Dórico (II Grau)e------------------------------------------------12-13-15-B---------------------------------------12-13-15----------G------------------------------10-12-14-------------------D---------------------10-12-14----------------------------A------------10-12-14-------------------------------------E---10-12-13----------------------------------------------

E Frígio (III Grau)e------------------------------------------------13-15-17-B---------------------------------------13-15-17----------G------------------------------12-14-16-------------------D---------------------12-14-15----------------------------A------------12-14-15-------------------------------------E---12-13-15----------------------------------------------

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Page 89: Manual Do Guitarrista Iniciante

F Lídio (IV Grau)e------------------------------------3-5-7---------B------------------------------3-5-6---------------G-----------------------2-4-5----------------------D----------------2-3-5-----------------------------A---------2-3-5------------------------------------E---1-3-5------------------------------------------

G Mixolídio (V Grau)e--------------------------------------5-6-7--------B-------------------------------5-6-8---------------G------------------------4-5-7----------------------D-----------------3-5-7-----------------------------A----------3-5-7------------------------------------E---3-5-7—------------------------------------------

A Eólio (VI Grau)e--------------------------------------7-8-10-------B-------------------------------6-8-10--------------G------------------------5-7-9----------------------D-----------------5-7-9-----------------------------A----------5-7-8------------------------------------E---5-7-8-------------------------------------------

B Lócrio (VII Grau)e------------------------------------------8-10-12--B----------------------------------8-10-12----------G--------------------------7-9-10-------------------D------------------7-9-10---------------------------A----------7-8-10-----------------------------------E---7-8-10------------------------------------------

Portanto, concentre-se. Se você não entendeu o que expliquei acima, vou tentar explicar melhor. Veja:

Modos são apenas escalas derivadas da escala maior.

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Page 90: Manual Do Guitarrista Iniciante

Já vimos que cada escala maior tem uma relativa menor derivada a partir do VI grau. A escala de C, por exemplo, tem a de Am como sua relativa.

Reveja abaixo.

( Escala de Am )C D E F G A B C D E F G A( Escala de C )

A questão é simples: assim como posso construir uma escala contendo as mesmas notas a partir do VI grau, é possivel construi-las a partir de qualquer grau da escala maior.

Há, portanto, 7 modos distintos de se tocar uma escala diatônica, iniciando-se em qualquer ponto da mesma. Se você iniciar em E, por exemplo, terá:

E F G A B C D E

Este modo, que se inicia no III grau da escala (E, no caso da escala de C) é denominado de modo Frígio. Agora você precisa usar um pouco o ouvido e, se possível, um amigo. Peça para que ele toque o acorde de C enquanto você executa a escala no modo frígio (começando em E).

Ela deve soar exatamente como a escala de C.

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Page 91: Manual Do Guitarrista Iniciante

Agora peça para que ele toque Em e repita a escala. Soa diferente? Mais alegre ou mais triste? Para entender porque eu disse para tocar o acorde de Em você precisa rever a lição anterior sobre formação de acordes.

Repita este mesmo procedimento iniciando em D. Toque a escala sobre o acorde de C e depois sobre o de Dm. Que tal o efeito?

Esta escala iniciando no II grau é conhecida como modo Dórico.

A tabela abaixo resume os modos com suas principais caraterísticas:

Grau Nome Tipo (Acorde) - Ver lição V

Característica Sonora

I Jônico(=Jônio) Maior Imponente, majestoso, alegre

II Dórico Menor "Weepy" - Musica country

III Frígio Menor "Dark", "down" - "Heavy metal"

IV Lídeo Maior Suave, doce

V Mixolídeo Maior Levemente triste - Blues e rock

VI Eólio Menor Escala Menor Natural - Uso geral

VII Lócrio Menor Exótico, meio oriental

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Page 92: Manual Do Guitarrista Iniciante

O interessante agora seria que você construisse os 7 modos possíveis em cada uma das escalas e, evidentemente, tocasse em seguida cada um deles.

Observe que neste sistema utilizou-se modos diferentes em um mesmo tom, isto é, as notas componentes de cada modo eram exatamente as mesmas e, por isto, oriundas da escala de um mesmo tom.

Acontece que é também possível construir modos diferentes mantendo o I grau fixo e modificando o tom em cada uma delas, isto é, modos diferentes em tons diferentes.

Isto é um pouco mais complicado e exige que se decore algumas regras básicas. Não se preocupe com isso agora, não quero dar um nó na sua cabeça, mas vale mencionar para você ter idéia que Modos Gregos é um assunto que pode ser amplamente aprofundado.

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Page 93: Manual Do Guitarrista Iniciante

Aplicação das Escalas

Agora vou falar sobre vários assuntos relacionados às escalas, vou tentar descomplicar o estudo. Você aprenderá a entender as escalas e aplicá-las baseando-se no campo harmônico.

Para completo entendimento desse assunto será necessário que os desenhos dos Modos Gregos e Pentatônicas, estejam bem decorados, por isso, treine incansavelmente as escalas até que elas estejam perfeitas.

É muito importante antes de nos aprofundarmos no assunto, esclarecermos certos pontos relacionado às escalas.

As escalas estão escritas no que chamamos de posição natural, onde você estará tocando somente notas naturais, ou seja, sem "Sustenidos' e "Bemóis", essa vai ser nossa área de estudo. Cada escala corresponde a uma nota tônica, vamos a elas:

JÔNIO: CDÓRICO: DFRÍGIO: ELÍDIO: F

MIXOLÍDIO: GEÓLIA: ALÔCRIO: B

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Page 94: Manual Do Guitarrista Iniciante

Todos os modos são formados pelas mesmas notas, sendo por exemplo a escala Mixolidio formada pelas notas:

G/A/B/C/D/E/F/G/etc

E a Eólia formada pelas notas:

A/B/C/D/E/F/G/etc

E assim por diante, as únicas coisas que mudam de uma escala para outra são: o desenho, e a nota de saida da escala, sendo o desenvolvimento dela igual em todas as outras escalas.

Se todas as escalas têm as mesmas notas, elas seriam iguais então? Na teoria não, mas na prática sim.

Todas elas têm a mesma importância, em um solo todas elas podem ser encaixadas perfeitamente, porque como vimos, em matéria de notas, não há diferença entre elas.

Note que todas os desenhos se encaixam entre si, a idéia seria, onde termina uma escala já é o começo da outra. Então elas têm uma seqüência lógica, o que é claro, facilita o estudo de visualização.

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Page 95: Manual Do Guitarrista Iniciante

No assunto campo harmônico foi dito que escalas e acordes estão juntos, embutidos em uma coisa só. Por exemplo, se a escala Eólia começa em A, que acorde, maior ou menor casaria com a escala?

Lá Maior ou Lá menor? Visualizando, você verá que é o Am porque não há "sustenidos" nesse acorde, portanto a Eólia tem um desenho menor, mas isso não quer dizer que é uma escala menor porque na Jônio por exemplo, se encaixa um acorde de C Maior, então ela seria uma escala com desenho maior. Mas na Eólia, assim como na Jônio, nós temos as mesmas notas, então não há diferença em nenhuma das duas, você poderá usar qualquer escala, em qualquer base, é claro com certos critérios que serão citados aqui.

No campo harmônico os graus são relacionados as escalas sendo:

Primeiro grau: JônioSegundo grau: DóricoTerceiro grau: FrígioQuarto grau: LídioQuinto grau: MixolidioSexto grau: EóliaSétimo grau: Lôcrio

Agora você tem que sempre pensar nas escalas como uma unidade. Temos os desenhos mas todo o bloco é importante.

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Page 96: Manual Do Guitarrista Iniciante

O que vai acontecer muito com escalas, é a mudança de região, mas tudo é feito matematicamente, nós temos o campo harmônico original, onde seria a área de estudo e onde você não encontrará sustenidos, mas veja por exemplo, o campo harmônico de G.

G é claro está no primeiro grau que é da escala Jônio, então faça a escala Jônio sair da nota G na 6ª corda, e pronto você fez a transposição correta!

As outras escalas vão andar proporcionalmente. No campo já estarão escritas as posições, mas você pode fazer isso usando a lógica, onde termina uma, começa a outra e assim por diante.

As escalas não mudam de ordem, elas mudam de região, tudo matematicamente, sempre depois da Jônio virá a Dórico e depois da Dórico, Frígio e assim por diante!

Por isso é muito importante decorar as escalas muito bem, para ter opções, e para não "bitolarmos" em um desenho.

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Page 97: Manual Do Guitarrista Iniciante

Técnicas para solo mais utilizadas

Existem técnicas que quando executadas nos dão uma simulação de efeitos sonoros, que podem ser usados para dar mais brilho e vida na música, os mais conhecidos são:

Hammer-on (h)

Toque uma nota normalmente com a palheta e, sem o auxílio da mão direita (supondo que você seja destro), ou seja, sem palhetar novamente, "martele" uma nova nota mais alta na mesma corda com a mão esquerda.

Pull-off (p)

Pode-se dizer que um pull-off é o inverso de um hammer-on. Fazer um pull-off consiste em tocar a nota e com um movimento da mão esquerda fazer soar uma outra nota, mais baixa, na mesma corda. Veja o exemplo:

e|-5p3------------B|-----5p3--------G|---------4p2----D|-----------------A|-----------------E|-----------------

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Page 98: Manual Do Guitarrista Iniciante

Primeiramente, tocamos na 1ª corda, a 5ª casa com o dedo 3 e, rapidamente, soltamos o dedo 3 já com o dedo 1 na casa 3 para que a nota soe mais baixa. O mesmo acontece com os outros exemplos exibidos na tab.

Pull-offs e hammer-ons costumam aparecer juntos. Veja o exemplo:

e|-----------------------B|-----------------------G|--------5h7p5--------D|-----------------------A|-----------------------E|-----------------------

Neste caso toca-se a 3ª corda na 5ª casa, martela-se com algum dedo da mão esquerda a 7ª casa depois solta-se rapidamente a 7ª casa fazendo um pull-off voltando para a 5ª casa.

Note que a mão direita só tocará a 1ª nota, as outras serão executadas com hammer-ons e pull-offs.

Trill (Tr)

Este efeito consiste em pull-offs e hammer-ons executados repetidamente.

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Page 99: Manual Do Guitarrista Iniciante

Veja o exemplo:

e|-------------------------B|--Tr3(5)3(5)3(5)...----G|-------------------------D|-------------------------A|-------------------------E|-------------------------

Toca-se a 2ª corda na 3ª casa e faz-se alternância entre pull-offs e hammer-ons rapidamente. Note que "Tr" (a notação do Trill) aparece no começo do efeito.

Bend (b) e Release Bend (r)

Um bend ocorre quando utilizamos os dedos da mão esquerda para “puxar” a corda para cima (ou para baixo), esticando-a, aumentando sua tensão e gerando, assim, uma nota mais aguda.

Quanto mais elevarmos a corda, mais aguda a nota se tornará . Na tablatura, um número ao lado costuma indicar o quanto a nota deverá ser aumentada. Veja o exemplo:

e|---------------------B|-10b12-------------G|---------------------D|---------------------A|---------------------E|---------------------

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Page 100: Manual Do Guitarrista Iniciante

A 2ª corda deve ser tocada na 10ª casa e rapidamente elevada para cima até que soe como se esta estivesse sido feita na 12ª casa (um tom acima).

Mas note que o dedo continuará na 10ª casa. O bend também pode ser indicado entre parênteses: 10b(12).

Um Release Bend ocorre quando palhetamos a corda já esticada e descemos o tom da nota voltando a corda à sua tensão normal.

Mais um exemplo, agora com bend e release bend:

e|-----------------------B|-10b12---12r10------G|-----------------------D|-----------------------A|-----------------------E|-----------------------

Faça o bend tocando na 2ª corda, 10ª casa, eleve um tom. Depois toque novamente na casa (note que a nota estará elevada) e volte a tensão original.

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Page 101: Manual Do Guitarrista Iniciante

Existem bends que podem ser de 1 tom (10b12), meio tom (10b11), de 1 ½ tom (10b13), entre outros.

Quando no bend não vier indicado o quanto se deve elevar a nota (10b), deve-se ouvir a música para se saber o quanto esta foi elevada.

Slide up (/) e Slide down (\)

Um slide consiste em deslizar um dedo da mão esquerda (supondo que você seja destro) para cima (up) ou para baixo (down) do braço do instrumento (lembrando que para cima consiste no sentido crescente das casas e para baixo no sentido decrescente).

Vejamos um exemplo em um solo:

e|---------------------------------------------B|--8/10--8/10-------------------------------G|----------------9-7-----7-5----5-----------D|---------------------10------7----7-5-7----A|---------------------------------------------E|---------------------------------------------

Logo no início do solo já surgem dois slides up. Para executá-los, toque na 2ª corda, a 8ª casa e deslize seu dedo até a décima casa enquanto a corda ainda está soando.

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Para slides down (\), faça o mesmo esquema do slide up, só que desta vez deslize o dedo para trás (no sentido decrescente das casas).

Vibrato (v ou ~)

O vibrato consiste em variar o tom de uma nota, causando um efeito de vibração. Pode ser conseguido movendo o dedo sobre a corda na casa da nota para cima e para baixo (diversos “mini-bends” rápidos) ou com alavancas.

O legal é que se conheça a música para se saber como o vibrato deve ser feito.

Tap (t)

O tap ,ou tapping, consiste em “martelar” notas no braço da guitarra com a mão da palheta diretamente no braço do instrumento.

Veja o exemplo:

e|----------------------B|--10h12---15t------G|---------------------D|---------------------A|---------------------E|---------------------

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Aqui deve-se fazer primeiro um hammer-on tocando na 2ª corda na 10ª casa e martelando na 12ª casa da mesma corda e, logo após, com um dedo da mão direita, tocar na 15ª casa da mesma corda.

Muffled Strings (x)

Para realizar este efeito (que é comumente feito com acordes em riff), faça o acorde indicado e toque encostando apenas os dedos da mão esquerda sobre as cordas (não apertando as cordas contra o braço do instrumento), causando, assim, um efeito percusivo.

Veja um exemplo:

e|-----------------B|-----------------G|-----------------D|--5x------------A|--5x------------E|--3x------------

Forma-se o acorde indicado (que é o acorde Sol - G) mas não se pressiona os dedos contra o braço do instrumento, apenas encostando-os nas cordas, sobre as casas. Toque normalmente. Isso dará um efeito "percussivo" no acorde.

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Harmônicos

Toda vez que você toca uma nota na guitarra, são produzidos diversos harmônicos. No entanto, você só ouve, na maioria das vezes, o 1º harmônico (harmônico fundamental), que é aquele que possui o som mais alto.

Quando se fala em tocar harmônicos na guitarra, leia: tocar harmônicos eliminando o 1º harmônico e outros não desejados.

Esquecendo um pouco a física (você aprende isso na escola mesmo...) e colocando as coisas na prática, podemos ver duas maneiras distintas de tocar harmônicos na guitarra:

- Harmônicos com cordas abertas:

São os mais simples de serem tocados. Apenas toque levemente as cordas (sem apertar contra a escala) sobre as posições indicadas à seguir para produzir o harmônico desejado. As posições que você pode tocar são as seguintes: exatamente sobre os trastes de nº 3, 4, 5, 7, 9, 12, 16, 19 e 24.

Uma observação que vale a pena fazer é que as tablaturas muitas vezes se referem à essa técnica como "Harmônicos Naturais".

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- Harmônicos com a corda apertada:

Esses aqui podem trazer problemas no início. Consiste em tocar uma nota e tocar levemente a mesma corda, com um dedo da mão da palheta, exatamente uma oitava acima da nota tocada. A maneira mais fácil de tocar esses harmônicos é a seguinte:

Toque a nota com uma palhetada no local certo (12 trastes acima da nota tocada) e, quase simultaneamente, utilize o polegar da mão da palheta para tocar levemente a corda nesse local.

Se der tudo certo, você irá ouvir uma nota bem aguda, exatamente uma oitava acima da original.

Treine bastante essa técnica, pois é difícil de se pegar no começo.

Então, resumindo, temos os seguintes tipos de harmônicos:

Harmônico Natural (H.)

Consiste em tocar a corda onde se localiza a casa da nota desejada e, após tocá-la, ainda com a corda vibrando, encostar levemente um dos dedos da mão esquerda sobre a casa desejada.

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Page 106: Manual Do Guitarrista Iniciante

Veja o exemplo:

e|----------------B|--10H.---------G|----------------D|----------------A|----------------E|----------------

Toca-se a 2ª corda e logo após, com a corda ainda vibrando, coloca-se levemente o dedo sobre o 10º traste. Lembre-se: não se deve apertar a corda, mas apenas colocar levemente o dedo sobre a mesma.

Harmônico Artificial (H.A.)

Para conseguir este efeito, deve-se tocar a nota na casa indicada e logo após colocar outro dedo da mão esquerda (ou da mão direita) suavemente sobre a corda ainda vibrando.

Observe o exemplo:

e|------------------B|--5H.A.(17)-----G|------------------D|------------------A|------------------E|------------------

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Coloca-se algum dedo da mão esquerda na 5ª casa da 2ª corda e logo após, "martela-se" no traste 17 com algum dedo da mão direita.

Pinch Harmonic (P.H.)

Para realizar este efeito, o famoso "gritinho" feito nos solos e riffs, posiciona-se primeiramente a palheta entre as bordas do polegar e do indicador, e logo após, toca-se com firmeza a corda do instrumento, esbarrando também com o polegar junto da palheta.

Veja o exemplo:

e|-----------------B|--5P.H.---------G|----------------D|----------------A|----------------E|----------------

Toca-se com firmeza a 2ª corda com algum dedo da mão esquerda pressionando a 5ª casa.

Dica: Comece treinando nas casas 3,5,e 7, onde é mais fácil de se obter esse harmônico.

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Sweep Picking

Sweep picking, Sweeping ou somente Sweep é uma técnica usada na guitarra em que palheta-se como uma vassoura (do inglês sweep: varrer); isto, combinado com o movimento correspondente da mão esquerda produz uma série de notas de sonoridade rápida e fluida.

É necessário total sincronismo entre as duas mãos para se obter o efeito de forma fluente.

Em relação à mão esquerda, o sweep ocorre quando várias cordas adjacentes são articuladas, ou controladas com precisão pelos dedos, de tal forma que soem em sucessão sem soar juntas (ao contrário dos acordes, em que todas as cordas são pressionadas durante o mesmo ataque da palheta).

A impressão é que os dedos "rolam" em direção às notas desejadas. A mão assume uma forma bem parecida com a de um acorde, mas ao invés de levantarem completamente, cada dedo primeiro segura a nota para produzir o som, e em seguida faz um movimento leve, porém rápido, a fim de abafar a nota (mute) permanecendo em contato com a corda.

Aperfeiçoando este movimento, executando-o em seqüência nas cordas (enquanto se está levantando o dedo para abafar uma corda, o dedo da corda seguinte já começa a descer), pode-se tocar com grande velocidade, devido à memória muscular.

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Juntamente com este movimento, a palheta executa um único ataque passando por todas as cordas, desde em cima até embaixo, ou vice-versa, similar ao modo como se toca um acorde.

A principal diferença entre tocar um acorde de maneira normal e com sweep é que nesse último é requerida uma meticulosa sincronia entre o movimento da mão esquerda e o ataque da palheta em cada corda, assegurando-se que cada nota soe individualmente; ao contrário do acorde normal, em que o movimento mais rítmico da palheta faz as notas soarem praticamente em uníssono.

Ou seja, o guitarrista deve ter cuidado para não mover a palheta rápido demais ou lento demais em relação ao movimento da mão esquerda, o que requer considerável habilidade e treino.

A técnica é usada quase que exclusivamente para arpejos sendo bastante comum o formato de tríades empilhadas em uma ou duas oitavas; ou, em termos escalares, a primeira (ou tônica), terça e quinta de uma escala, repetida duas vezes com uma tônica adicional no ponto mais agudo do formato.

Por exemplo, uma tríade de lá menor (Am) seria escrita como lá-dó-mi-lá-dó-mi-lá (A-C-E-A-C-E-A). Quando essa seqüência de notas é tocada velozmente para cima e para baixo como um arpejo, sua sonoridade é notavelmente clássica, em contraste a outras progressões baseadas no Blues.

A capacidade de mover esse formato ao longo do braço para causar ou por causa da mudança de acordes torna-se muitas vezes a escolha primária de muitos guitarristas.

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Em certos casos, usam-se ligados (hammer-ons e pull-offs) para soar as notas, em vez da palhetada, principalmente nas partes mais agudas e mais graves de um arpejo, onde palhetadas sucessivas na mesma corda cancelariam o efeito fluido desejado no sweep. Isto acontece quando, num arpejo, uma determinada corda possui duas notas.

Uma maneira básica de usar essa técnica é o uso das três cordas mais agudas, já que as cordas graves requerem mais destreza para serem tocadas com a mesma clareza.

Nesse exemplo, veremos o arpejo como o registro superior de um sweep padrão de 5 cordas, onde as notas para Lá menor (Am) são, em ordem ascendente, A-C-E-A-C-E-A.

Começando na tônica do meio, sobe-se a escala e retorna-se à tônica inicial (A-C-E-A-E-C-A). Numa tablatura na 12ª posição, ficaria assim:

e-------------12-17-12--------------

B--------13---------------13---------

G---14-------------------------14----

D-------------------------------------

A--------------------------------------

E--------------------------------------

Se adicionarmos continuarmos pela oitava inferior do arpejo, o formato completo fica assim:

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e-------------------------12-17-12--------------------------

B---------------------13-------------13---------------------

G-----------------14---------------------14-----------------

D--------------14----------------------------14-------------

A------12-15-------------------------------------15-12-----

E-------------------------------------------------------------

Observe que no meio da seqüência (3ª e 4ª cordas), toca-se a mesma casa para as duas cordas. Nesse caso, pode-se usar a ponta do dedo na corda inicial (a 4ª, no movimento para baixo), e a falange do mesmo dedo na corda seguinte, como uma pequena pestana.

No movimento para cima, inverte-se o movimento: usa-se a falange na 3ª corda, e depois a ponta na 4ª.

Note também que na corda mais grave e na mais aguda duas notas notas devem ser tocadas em seguida na mesma corda; é nesse caso que o ligado é normalmente usado, para manter a fluidez da sonoridade e do movimento da palheta.

O som das notas no arpejo pode ser obtido através de várias técnicas, como mudança na articulação da palheta, ligados , ou em alguns caso slides, usado mais raramente devido ao grande controle necessário para se deslizar até um ponto preciso da corda.

Sweeps também podem ser expandidos por tapping, permitindo tocar notas além da seqüência de arpejo normal.

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Page 112: Manual Do Guitarrista Iniciante

A importância do metrônomo

Estudar guitarra requer, além das notas musicais, que prestemos atenção ao ritmo da música.

Diversas vezes quando iniciantes adiantamos ou atrasamos o andamento, isso é mais notado quando se toca em grupo, pois estamos interagindo todo tempo.

Mas nem tudo está perdido!

Você pode contornar isso, utilizando-se de um metrônomo.

Para quem não sabe, o metrônomo é um aparelho destinado a marcar o tempo musical.

Existem vários tipos e modelos. Você ainda não tem um?

O melhor é o movido a pilha/bateria, com dial frontal. O tempo mantido é infalível, o dial tem incrementos de tempo standard e você pode mudar de velocidade instantâneamente.

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Page 113: Manual Do Guitarrista Iniciante

Outros tipos são os pequenos digitais, os tipo plug-in mecânicos e os "vovôs" de pêndulo invertido.

Os pequenos digitais são ótimos para todos os propósitos, são mais baratos o mantém o tempo infalível. Tavez sejam um pouco impróprios para exercícios para incrementar a velocidade porque você tem que ficar segurando os pequenos botoezinhos até chegar ao valor desejado - e os incrementos não são standard, e sim, em unidades. Numa hora de estudo, com tantas digitações e um tempo pra cada uma, você vai perder 1/2 hora só com o metrônomo.

Os outros são muito ruins. Os mecânicos tipo plug-in variam a velocidade de acordo com a corrente elétrica do local, acusando maior velocidade do que o real quando houver quedas na corrente (você vai se sentir Joe Satch quando os vizinhos ligarem chuveiro, ar-condicionado etc.). E os antigos com pêndulo não marcam o tempo com exatidão.

Glossário dos termos mais utilizados

Para finalizar este manual, listarei uma infinidade de termos utilizados no aprendizado da guitarra e que você deve ter em mente.

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Ai vão eles:

A

Ação - Distância entre as cordas e os trastes.Acento - Nota ou acorde realçado ou tocado em maior volume.Acidente -Um símbolo usado nos acordes ou notas, que indica se a nota é aumentada em meio tom (#) ou diminuída em meio tom (b).Acorde - Efeito de três ou mais notas tocadas ao mesmo tempo.Acústica, guitarra - Guitarra para execução sem amplificação eletrônica.ADT - Automatic Double Tracking ("Pista Dupla Automática"). Efeito eletrônico que consiste em reproduzir uma repetição única muito rápida, dando a impressão de que dois instrumentos tocam a mesma parte.Amplificador - Aparelho eletrônico que majora o som produzido pela guitarra e captado pelos captadores.Archtop - Instrumentos que tem o tampo em forma de curva.

B

Bigsby - Fabricante de guitarras, conhecido por um modelo de tremolo.Blues - Termo dado a um estilo musical, predominantemente negro, dos EUA.Bottleneck - Literalmente, "gargalo". Técnica de execução de acordes ou notas isoladas pelo deslizamento (sliding) de um tubo de metal ou vidro pelas cordas. O mesmo que Slide.Bridge - Ponte. Mecanismo onde as cordas da guitarra se fixam no tampo do intrumento.Bypass - Muitas unidades de efeito, tem um botão que acionado,

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Page 115: Manual Do Guitarrista Iniciante

permite que o sinal, passe direto sem sofrer nenhuma alteração (o som não é processado).

C

Capo - Dispositivo em forma de garra fixado sobre a escala do braço para possibilitar o uso de acordes de corda solta nos diversos tons ou chaves.Captador - Transdutor eletromagnético que converte as vibrações das cordas em impulsos elétricos, amplificando-os.Cavalete - (Bridge) Dispositivo ajustado ao corpo da guitarra para suportar e conduzir as cordas a seus lugares.Chorus - Efeito baseado em delay que simula eletronicamente dois ou mais instrumentos tocando o mesmo trecho. As variações na altura ou no tempo são usadas para dar um efeito mais realista.Clássico - Um clássico, é algo que se perpetua por si só. Como a Les Paul ou a Stratocaster são guitarras clássicas.Compressão - Efeito eletrônico que reduz o volume das notas agudas e amplia o das mais suaves e graves.Cravelha - Dispositivo mecânico para controlar a tensão e, por conseguinte, a altura de uma corda.Cromática - Uma escala cromática, é uma escala completa, incluindo todos as doze notas.

D

Damping - (Abafamento) Técnica usada para silenciar uma corda ou várias. Pode ser usada para impedir que uma nota ou acorde ressoe de modo indesejável, ou como efeito.Dedeira - Ver Palheta.Dedilhado - Técnica de execução com a mão direita onde as

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Page 116: Manual Do Guitarrista Iniciante

cordas vão sendo atacadas pelos dedos um de cada vez.Delay - Quando um som se reflete, ouve-se uma repetição atrasada, ou eco. Este efeito costuma ser produzido pela unidade eletrônica digital de delay.Diatônica - Uma escala diatônica, é aquela composta por 7 notas (maior ou menor).Distorção - Efeito eletrônico usado no rock, onde o volume é ampliado pesadamente na pré-amplificação ou por efeito eletrônico.Dobro - Tipo de guitarra acústica construída com um tampo ressonador metálico para ampliar o volume e o sustain. Também conhecida como ressonador.Dominante - É a nota do quinto grau de uma escala.Dreadnought - Guitarra acústica de corpo grande e cordas de aço, em geral usada em música country e rock.

E

Efeitos - O resultado de algumas formas de processamento do som.Efeitos Digitais - Muitos efeitos podem ser produzidos digitalmente. Quando se usa um efeito digital, o sinal da guitarra é convertido em códigod binário, processado e depois convertido a impulsos elétricos.Eletroacústica, guitarra - Uma guitarra (ou violão) que se pode tocar acusticamente ou ligar a um amplificador.Equalizador Gráfico - Um equalizador que tem como características, a divisão das frequências do som (através de uma escala), é possível acrescentar ou diminuir somente uma frequência, sem interferir em outras.Expander - É o oposto do Compressor.

F

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Feedback - Ver Microfonia.F-hole - Buraco no tampo de algumas giutarras em forma de f.Fingerboard - Lugar onde se acomoda os dedos da mão esquerda (parte de cima do braço).Flanger - Também um efeito baseado no Delay, porém, aqui existe alterações na altura do som (afinação). Originalmente, concebido com fitas magnéticas, hoje é encontrado em unidades digitais.Flat-top, guitarra - Guitarra de cordas de aço com tampo do corpo plano ou chato.Frequências - Número de ciclos por segundo de uma determinada nota.Fuzz, caixa de - Unidade de pedal para criar distorção ou, mais exatamente, saturação.

G

Guia de cordas - Suporte de osso, plástico ou outro material, para as cordas no final da escala em direção à haste das cravelhas.

H

Hammer - Técnica que consiste em "martelar" o braço da guitarra com os dedos da mão esquerda.Harmonizer - Também comhecido como "pitch shifter", este efeito é capaz de dobrar a nota da guitarra. Programando, quando o guitarrista tocar a nota C (por exemplo), o Harmonizer dobra com a 5ª (G).Haste das cravelhas - Parte superior no fim do braço da guitarra, onde ficam as cravelhas e as tarraxas das cordas.

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Page 118: Manual Do Guitarrista Iniciante

Haste de suporte do braço - Haste de metal que atravessa na longitudinal o braço da guitarra, por trás da escala, reforçando-o contra a tensão das cordas.Headstock - Parte da guitarra onde se acomodam as tarraxas de afinação.Humbuckers - Captadores eletrônicos de bobinas duplas, que dão um som mais espesso e "grosso", muito apreciado no rock.

L

Lead Guitar - Termo que designa o guitarrista principal.Leslie, Gabinetes - O Leslie é um alto falante torativo, feito originalmente para ser usado em órgãos. Em 1960, jimi Hendrix, usou um alto falante Leslie em sua guitarra. Hoje esse efeito é obtido digitalmente.Luthier - Um construtor de guitarras ou intrumentos musicais.

M

Microfonia - Som produzido quando um captador ou microfone recolhe seu próprio sinal de um alto-falante e o reamplifica. Algumas vezes é usada como técnica em solos de rock.MIDI - Musical Instrument Digital Interface ("Interface Digital de Instrumentos Mudicias"). Linguagem eletrônica que permite a aparelhos equipados de modo semelhante, como sintetizadores, sequenciadores, mesas de mixagem e baterias eletrônicas, se intercomunicarem.Multi Efeitos - São aparelhos capazes de produzir variados tipos de efeitos. Pode se programar um tipo de som, mesclando vários efeitos e armazaná-lo para utilização futura.

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O

Oitava - Intervalo de 12 semitons.

P

Palheta - Dispositivo, em geral de plástico, usado para atacar as cordas. Um tipo específico é a dedeira, usada em guitarra de folk ou country e na música sertaneja brasileira.Panning, ou Panpot - É um recurso dos sons emitidos em estéreo, que permite mandar para um só canal o som.PA, sistema - Sistema de public addres (direcionamento ao público) ou de amplificação eletrônica usado ao vivo.Pedais ou Pedaleira - Unidades eletrônicas controladas com o pé, instaladas entre a saída da guitarra e a entrada do amplificador, para processar o som de vários modos.Pentatônica - Uma escala de cinco notas.Pickguard - Peça em plástico resistente, para proteger o acabamento da guitarra (escudo).Pickup - O mesmo que captador.Placa de arranhadura - Placa de plástico para proteger a giutarra das palhetadas.Plectrum - O mesmo que palheta.Pré-Amplificador - Ajuda a aumentar o sinal da guitarra antes de entrar no amplificador, propriamente dito. É muito usado para se obter distorções.

R

Reverb - Uma unidade de Reverb, simula o desenvolvimento natural de um som tocado em certo ambiente. Pode simular um grande salão, ou uma pequena sala, variando com a programção.

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Page 120: Manual Do Guitarrista Iniciante

Riff - Seqüência repetida de notas, que caracterizam a música. Usada regularmente pelos guitarristas de rock.

S

Sinal de tempo - Símbolo composto de dois números no início de uma partitura. Indica o número de tempos e seu valor dentro de cada compasso.Sintetizador de guitarra - Guitarras projetadas e constrúidas com sistemas instalados para produzir alterações radicais de som, ou as equipadas com MIDI para controlar sintetizadores externos, baterias eletrônicas ou efeitos de processamento de som.Slide - Ver Bottleneck.Solid-state - Amplificadores equipados com transistores.Soundboard ou tampo - Parte da frente do corpo da guitarra sobre a qual se instala o cavalete (bridge). Cortada em separado, como nos violões, é chamado tampo.

T

Tapping - Técnica de excução em que tanto a mão esquerda como a direita são usadas para apertar as notas contra os trastes. Às vezes é chamada tapping de dedos.Tempo - Velocidade de uma peça musical.Tone-Pedal - Ver Wah-Wah.Traste - Tiras de metal colocadas a intervalos ao longo do braço da guitarra.Tremolo - É a popular alavanca (ex.: Floyd Rose). Mecanismo que permite alterar a afinação da guitarra durante a performance.

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V

Válvula - Tubo de vidro com um catodo e um anodo, usado em equipamentos eletrônicos.Violão - Ver Acústica, guitarra.Vibrato - Dispositivo mecânico para alterar a altura de uma corda ao ser tocada. Também uma técnica de tocar onde se usam um ou mais dedos da mão esquerda para dar uma oscilação menor na altura do som.Volume, Pedal de - Pedal que permite a mudança do volume do instrumento, durante a performance. É acionado com os pés.

W

Wah wah, pedal - Unidade de acionamento por pedal que pode ser usada como controle de tonalidade ou pressionada para obter o típico som de "wah".

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Conclusão

“Conhecimento sem transformação

não é sabedoria”

-Paulo Coelho-

Se você chegou até o fim deste guia, isso me ensina algo muito importante sobre você: significa que você tem vontade e garra para ir atrás do que quer e entende o porque informação, conhecimento e disciplina são importantes para que possamos nos desenvolver, seja no aprendizado de um instrumento ou no desenvolvimento pessoal e profissional.

Tenha razões suficientes para que seu aprendizado ocorra independente do que acontecer. FAÇA ALGO MAIOR, dedique-se em dobro e seus resultados serão impressionantes.

Eu gostaria de parabenizá-lo por ler todo o manual, a percentagem de pessoas que terminam de ler os livros que começam é absurdamente pequena, por incrível que possa parecer.

E gostaria também de deixar em aberto para que esse não seja um fim, mas sim o começo de muitas coisas: de uma amizade que eu possa desenvolver com você, o começo de uma nova idéia, uma nova jornada que você estava adiando porque não sabia por onde começar.

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Finalmente, quero agradecer-lhe por ter dedicado uma parte do seu tempo para ler este manual do início ao fim. Sei o quanto ocupados somos hoje e se você chegou até aqui, sem dúvida isso exigiu algum esforço da sua parte.

Por favor, fique à vontade para entrar em contato comigo a hora que quiser para tirar dúvidas, enviar sugestões, idéias, me chamar para fazer uma canja com a sua banda se seu guitarrista estiver gripado, enfim, para qualquer coisa. Para entrar em contato utilize o seguinte endereço de e-mail:

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Até mais, Breno de Paiva.

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