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Manual Do Batedor Amberj

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Índice

TÍTULO FOLHA Finalidade 4Introdução 5 MÓDULO 1 – Iniciando o Aprendizado

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Conhecimento do CTB 7Comandos 7Manutenção 8Equipamentos de Segurança 8Postura 9Centro de Gravidade 10Curvas Características da Motocicleta nas Curvas

10 10

Frenagem 13Forças Atuantes Velocidade Constante no Plano Aceleração Desaceleração Curvas

13 13 14 14 14

MÓDULO 2 – Pilotando no Trânsito

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Concentração e Decisão 16Direção Defensiva 16Estratégia de Condução 16Visibilidade 17Técnicas de Frenagem 18Cruzamentos 18Distâncias Laterais 19Distância Segura 20Enfrentando Situações Especiais 20Estratégias de Pilotagem 22 MÓDULO 3 – Preparando-se para Pilotar

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Aquecimento do Piloto 27Verificação dos Equipamentos de Segurança 27Inspeção da Motocicleta 27

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TÍTULO FOLHA MÓDULO 4 – Exercícios Práticos

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Preparandoa Pista de Aula 29Modelos de Pista Padrão Honda 29Modelos de Pista Padrão PRF/ABERJ 34 MÓDULO 5 – Escolta de Comboio

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Legislação Básica 38Finalidade da Escolta 38Composição de uma Escolta 38Tipos de Escoltas 39O Homem 40O Batedor 40Deveres do Batedor 41Documentação de Porte Obrigatório pelo Batedor 41Procedimentos Básicos de uma Escolta Antes da Escolta Durante a Escolta Acidentes Leves Acidentes Graves Cuidados Durante a Escolta Comandante da Escolta Escoltas de Comboio Pontas Regulador Alas (Laterais) Cerra-Fila (Fecha Comboio) Coluna por Dois Cunha Em Linha Coluna por Um Coluna por Um Alternada Coluna por Um Alternando-se Após a Escolta

41 41 41 42 42 43 43 43 44 44 44 45 45 46 46 46 47 47 47

Sinais entre Motociclistas Batedores Antes do Deslocamento Durante o Deslocamento Após o Deslocamento

47 48 48 51

MÓDULO 6 – Revisão e Encerramento

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Objetivo 53Encerramento 53 BIBLIOGRAFIA

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Finalidade

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Introdução Neste manual analisaremos todas as peculiaridades à condução de motocicletas. Verificaremos que para ser motociclista não basta querer e sim cumprir requisitos básicos para a sua sobrevivência e convivência no trânsito. A segurança do motociclista depende tão e somente dele próprio. Este manual tem por finalidade formar, habilitar e qualificar o motociclista da AMBERJ, que já opera as motocicletas, mas ainda não possui o devido “brevê” de motociclista batedor. Apresentar o material e as técnicas a serem adotadas por motociclistas AMBERJ na realização de qualquer tipo de escolta com motocicletas, a fim de desempenharem satisfatoriamente suas funções durante a execução desse tipo de missão. O conteúdo teórico de todo o curso será ministrado em sala de aula. Este será cobrado em avaliação escrita a ser executada ao final do curso. Já a parte prática será ministrada em pistas de obstáculos, pista de condições adversas e no trânsito urbano, sendo cobrado, diariamente, todos os requisitos básicos de condução, mas somente sendo avaliado no último dia, durante as provas práticas a serem realizadas nos locais peculiares a elas. O motociclista AMBERJ que concluir e se formar no curso de Pilotagem e Motociclista de Escolta de Comboio, fica em condições de executar os serviços inerentes, com qualidade e segurança.

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Conhecimento do CTB Partimos do princípio de que todos os alunos são conhecedores do Código de Trânsito Brasileiro, até porque, nas suas atividades pertinentes, aplicam o mesmo a todo momento. Sendo assim, não entraremos em detalhes sobre as infrações e penalidades inerentes ao motociclista, quando da condução do veículo. Urge deixar bem claro que não serão aceitas nenhum tipo de infração de trânsito por parte dos alunos. Devendo estes serem penalizados, com risco de não concluir o curso.

Comandos A motocicleta tem alguns comandos similares a de um carro, porém, com operações e localizações diferentes. 1 - Afogador 2 - Alavanca de embreagem 3 - Alavanca do freio dianteiro 4 - Botão de emergência 5 - Chave de ignição 6 - Manopla do acelerador 7 - Partida elétrica 8 - Pedal de partida 9 - Pedal do freio traseiro 10 - Pedal do câmbio 11 - Torneira de combustível

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Manutenção Apesar da pequena incidência de acidentes causados por falha mecânica, a inspeção mecânica deve fazer parte da pilotagem diária. 1. Pneus – Verifique sempre o estado de conservação e a calibragem dos pneus. 2. Comandos – Verifique sempre o perfeito funcionamento de todos os comandos da motocicleta. 3. Luzes – A parte elétrica é fundamental para a sua visualização nas ruas. 4. Combustível – A motocicleta é um veículo extremamente econômico, portanto nunca esqueça de abastecer. 5. Corrente – Por ser um item de desgaste natural, não esqueça de mantê-la sempre regulada e lubrificada.

Equipamentos de Segurança Capacete – É obrigatório por lei, para o condutor e passageiro, e procure sempre capacetes de cores claras, com adesivos refletores, aprovados pelo INMETRO. Óculos de Proteção – Nos capacetes abertos ou sem viseira, é obrigatório o uso de óculos de proteção, para o condutor e o passageiro.

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Luvas – Para proteção e firmeza nos comandos, evite luvas com forro. Calçados – Com sola bem resistente e salto não muito alto. Podem ser usados também, sapatos bem fechados. Jaquetas – Escolha sempre um tecido bem resistente. As cores claras são sempre mais visíveis. Calças – Evite pilotar de bermudas ou calças de tecido muito fino.

Postura A correta postura ao pilotar é essencial para o bom desempenho do motociclista. A postura incorreta aumenta o cansaço o que é muito perigoso. Os pontos importantes para o motociclista conseguir uma postura correta e segura são : Cabeça – Na posição vertical. Ombros – Relaxados. Punhos – Abaixados em relação à mão. Mãos centralizadas nas manoplas. Braços – Relaxados, com os cotovelos levemente para dentro. Quadril – Junto ao tanque, em posição que permita virar o guidão sem esforço dos ombros. Pés - Paralelos ao solo, com salto encaixado nas pedaleiras. Pé direito sobre o pedal de freio traseiro.

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Centro de Gravidade Quanto mais o piloto abaixar o centro de gravidade, mais estabilidade e mais segurança ele vai proporcionar.

Curvas CARACTERÍSTICAS DA MOTOCICLETA NAS CURVAS

• Nas curvas, sofre a ação da força centrífuga, inclinando naturalmente para o lado interno.

• A motocicleta não tem carroceria. Por isso, a emoção e o prazer de pilotar supera a de qualquer veículo. Mas use sempre capacete, ele garante conforto e proteção para você.

• A motocicleta tem comandos independentes para os freios dianteiro e traseiro, o que é uma

grande vantagem, uma vez que se pode dosar a ação de cada um de acordo com cada situação.

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• A motocicleta fica apenas equilibrada quando em movimento. A isto chamamos equilíbrio dinâmico.

Nas curvas, o motociclista deve inclinar a moto para manter o equilíbrio e a trajetória. Quanto maior a velocidade e/ou menor o raio de curva, maior será a inclinação. Postura básicaA motocicleta e o motociclista inclinados no mesmo ângulo. Posturas especiaisInclinando o corpo mais que a motocicleta: utilizada em piso com pouca aderência Inclinando mais a motocicleta que o corpo: utilizada em manobras ou em curvas de baixa velocidade.

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Toda curva se divide em três partes. 1o – Entrada da curva Antes da curva deve-se reduzir a velocidade. 2o – A curva Manter a aceleração constante. 3o – Saída da curva Retomar a aceleração progressivamente. Piloto mais inclinado que a motocicleta

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Frenagem No momento da frenagem, o peso recai sobre a roda dianteira, fazendo com que o freio dianteiro se torne o principal responsável pela parada da motocicleta. - Utilize os freios simultaneamente. - Evite bloquear as rodas. - Procure manter a trajetória retilínea.

Forças Atuantes Velocidade constante no plano.

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Aceleração. Desaceleração. Curvas.

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Concentração e Decisão Pilotar com segurança é pilotar de modo a evitar acidentes, lembre-se dos pontos importantes para pilotar com segurança no trânsito: 90% é raciocínio e 10% de execução física

Direção Defensiva O bom condutor é aquele que dirige por si e pelos outros. Esta máxima, sempre verdadeira, ilustra bem o conceito do condutor defensivo. Conduzir defensivamente é exatamente isso, planejar todas as ações pessoais, prevenindo-se contra o comportamento imprudente de outros condutores, adaptando-se às condições adversas. A incapacidade do condutor em antecipar os problemas a serem enfrentados no trânsito e a intensidade das condições adversas são fatores determinantes nas causas de vários acidentes. As condições adversas que podem causar acidentes são: luz, tempo, via, trânsito, veículo e condutor. Maneira de Pilotar O comportamento do motociclista, seu modo de pilotar, também é determinante para a prevenção de acidentes. Quando está pilotando, deve dar atenção máxima à condução do veículo. Comportamentos inadequados devem ser evitados. Tenha sempre as duas mãos sobre o guidão. Evita surpresas. O motociclista precisa desenvolver ao máximo sua habilidade. Estamos falando da capacidade de manusear os controles do veículo e executar com perícia e sucesso quaisquer manobras de trânsito ou na execução de uma escolta. A habilidade do motociclista se desenvolve por meio de aprendizado. A prática leva à perfeição.

Estratégia de Condução

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Visibilidade - Muitas vezes a motocicleta não é vista pelos motoristas e pedestres. - Grande parte dos acidentes ocorre por esse motivo. Por essa razão, é muito importante observar os cuidados abaixo sugeridos : 1. Ângulo morto de visão – Evite ângulos mortos de visão dos motoristas. 2. Farol aceso – É lei, com o farol aceso a motocicleta torna-se muito mais visível. 3. Vestimenta – Usar vestimentas de cores claras e vivas. O amarelo, o branco e o laranja são as cores mais visíveis. 4. Sinalização – Sinalizar sempre o que vai fazer. Ver e ser visto Usar os olhos corretamente é de importância vital, uma vez que, através deles recebemos 90% das informações, no trânsito. Mas, como nada garante que os outros estejam vendo você, o melhor é confiar apenas em seus próprios olhos. Fique atento aos possíveis riscos ao seu redor, a fim de evitá-los. Procure sempre enxergar além do carro que está à sua frente. Assim, se ele precisar efetuar uma manobra mais radical, você será capaz de se resguardar. Devemos ressaltar que é de suma importância o motociclista ter o hábito de olhar sempre para os lados, pois, é daí que vem o grande perigo de, em uma manobra, ser colhido por outro que segue ao

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seu lado. Uma maneira precisa de ver tudo consiste em dar rápidas olhadas para trás, por sobre os ombros. Como nos carros, o motociclista também tem ângulos “mortos” de visão.

Técnicas de Frenagem Distância de Reação + Distância de Frenagem = Distância de Parada Total Lembre-se que para diminuir a distância de parada total o motociclista deve:

Evitar pilotar com cansaço físico. Não consumir bebidas alcóolicas

Reduzir o tempo de frenagem. Manter os pneus bem calibrados e em bom estado.

Manter os freios bem regulados e nos limites recomendados.

Cruzamentos Um cruzamento é sempre um PERIGO em potencial. Muitos acidentes de trânsito ocorrem em cruzamentos. Para transpor um cruzamento, devemos tomar as seguintes providências : 1. Diminuir sempre a velocidade. 2. Redobrar sempre a atenção, mesmo estando na preferencial. 3. Estar preparado para parar. 4. Desviar em caso de emergência. 5. Se possível, evitar conversões à esquerda.

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Distâncias Laterais Como você já sabe, no trânsito, “distância é segurança”. Ao colocar-se mais à direita da faixa, você abrirá espaço para uma provável ultrapassagem. Procure sempre ficar atento a tudo que está a sua volta. Nestas situações, o melhor é permanecer no lado esquerdo da faixa de rolamento. Isso evitará ser surpreendido por uma porta que se abre, ou de um pedestre que atravessa a rua por detrás de outro veículo.

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Distância de Segurança A distância de seguimento do veículo que vai à frente está relacionada à distância de reação para acionar os freios. Esse método funciona a qualquer velocidade, desde que ela seja igual e constante para os dois veículos. A motocicleta, como todos veículos, não pára instantaneamente. Desde o momento em que o motociclista vê o obstáculo, até ele parar realmente, uma determinada distância é percorrida. Existem cálculos específicos para estipular a distância de segurança que se deve trafegar a cada velocidade. Contudo, citaremos apenas a forma mais fácil e prática para se conduzir a motocicleta com segurança. A fórmula é a seguinte:

- a cada 10 km/hora, daremos 1 metro de distância do veículo à frente. Exemplo: a motocicleta, estando a 80 km/hora, deverá manter uma distância de 8 metros do carro à sua frente.

Enfrentando Situações Especiais Derrapagens - o que fazer?

• Manter as rodas girando.

• Não apertar a embreagem.

• Manter a aceleração constante.

• Virar o guidão ligeiramente no sentido da derrapagem. Como último recurso, caso a velocidade esteja baixa ao derrapar, utilizar o pé como apoio para endireitar a moto.

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Ondulações e buracos - o que fazer?

• Agarrar firme o guidão.

• Levantar o corpo uns 15 cm do assento, para que as pernas amorteçam o choque.

• Manter os joelhos relaxados junto ao tanque.

• Manter pulsos e braços prontos para receber o choque. Uma das características da motocicleta é a maneabilidade que possibilita uma grande capacidade de alterar rapidamente sua trajetória. Pilotando na chuva - Ao pilotar sob chuva o motociclista deve:

• Reduzir a velocidade.

• Aumentar a distância de segurança.

• Redobrar os cuidados no início da chuva, quando a pista fica mais lisa, em razão da poeira e óleo que formam uma película escorregadia.

• Aguardar, se possível, o tempo necessário para que a chuva lave a pista, melhorando as

condições de atrito entre o pneu e o solo. Pilotando à noite- o que acontece?

• A visão à noite é reduzida em 1/6 em relação à vista durante o dia.

• As cores desaparecem: primeiro o vermelho e por último o azul.

• A noção de profundidade diminui.

• E o mais perigoso: ocorre o ofuscamento. O que fazer?

• Ser o primeiro a passar para luz baixa. Desta forma,”em geral’ o veículo em sentido contrário fará o mesmo.

• Semicerrar os olhos para adaptar a visão melhor e mais rapidamente à “escuridão” que segue o

ofuscamento.

• Não olhar diretamente para os faróis dos carros que trafegam em sentido oposto

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Estratégias de Pilotagem Situação 1

• Observar pelos retrovisores • Sinalizar antecipadamente • Mudar de pista com decisão gradativamente

Situação 2

• Observar a indecisão do motorista • Prever ações perigosas • Tomar uma distância segura • Nunca ultrapassar nessa situação • Buzinar e demonstrar a intenção

Situação 3

• Observar a saída da pista • Antecipar possíveis manobras de automóveis • Mudar de pista com antecedência • Fugir dos pontos cegos

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Situação 4

• Posicionar-se de forma a ter espaço após a manobra • Antecipar a manobra do automóvel • Aguardar o melhor momento • Sinalizar anteriormente • Olhar por cima do ombro,

confirmando as posições dos outros veículos Situação 5

• Observar pelos espelhos retrovisores o movimento • Observando a aproximação, mudar de faixa • Nunca aguardar com o câmbio em neutro

Situação 6

• Prever a saída de um dos veículos • Observar a movimentação dos motoristas, fumaça ou outro indício • Diminuir a velocidade • Preparar para parar, desviar para a outra pista ou para outra vaga

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Situação 7

• O carro que vira à esquerda deve ser sua maior preocupação • Os acidentes mais freqüentes são com carros nessa situação • Reduzir a velocidade é a melhor opção • Prever a manobra antecipadamente • Preparar para usar os freios ou desviar

Situação 8

• O ônibus bloqueia a visão do outro veículo e a sua visão • Prever a manobra • Tomar uma distância maior do ônibus para ver e ser visto • Antecipar ações de frenagem ou desvio

Situação 9

• 1/3 dos acidentes com motocicletas acontecem em cruzamentos • Motoristas aguardando podem não ver a motocicleta em movimento • Mesmo vendo, podem não perceber a sua velocidade de aproximação • Preparar para uma manobra evasiva • Procurar manter-se visível pelas roupas, farol, etc.

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Situação 10

• Com o tráfego reduzido, o motorista não atentou para a sua presença • Procure sair dos pontos cegos • Prever a manobra, principalmente pela situação de ser um cruzamento • Tomar ações que o afastem de outros veículos

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Aquecimento do Piloto Para que todos tenham um bom desempenho nos exercícios práticos, um bom aquecimento físico é fundamental.

Verificação dos Equipamentos de Segurança

• Para que a segurança de todos seja minimizada, a atenção do instrutor em relação aos equipamentos de segurança dos alunos deve ser grande.

• Com os alunos perfilados, verificar se todos estão de capacete (com a cinta bem ajustada),

óculos de proteção, luvas, botas, calça adequada e camisa de manga comprida.

• O bom instrutor é aquele que cuida do bem estar de seus alunos.

Inspeção da Motocicleta

• Mesmo sendo o número de acidentes por falhas mecânicas pequeno, a inspeção mecânica deve acontecer sempre antes do início do curso.

• Com os alunos perfilados ao lado de cada uma das motocicletas, verificar os itens comentados no módulo 1 tais como: regulagem de freios, embreagem, espelhos, pneus, nível de combustível, folga da corrente, etc...

• O instrutor não pode esquecer que seu exemplo é fundamental, portanto é sempre importante estar utilizando todos os equipamentos de proteção. Ele é seu uniforme de trabalho.

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Preparando a Pista de Aula

• Para executar os exercícios práticos, o instrutor deve preparar a pista seguindo as recomendações básicas abaixo:

• A pista deve ser de asfalto ou de concreto com boa aderência. • Deve ter 120m de comprimento X 50 m de largura. • Se a pista for de terceiros, obter autorização prévia. • Utilizar cones para demarcar a pista. Caso não tenha cones, utilize garrafas tipo Pet de 2 litros

com um pouco de água. • 32 cones serão suficientes para montar os exercícios.

Para os exercícios serem praticados com grau de dificuldade crescente, as distâncias entre cones deverá ser de:

• 6 metros na 1a passagem. • 5 metros na 2a passagem. • 4 metros na 3a passagem.

Postura do piloto sobre a motocicleta - Para os exercícios serem praticados com grau de dificuldade crescente, a sequência deverá ser:

• Sentado na 1a passagem. • Em pé sobre as pedaleiras na 2a passagem. • Sentado somente com a mão direita no guidão na 3a passagem.

Modelos de Pista Padrão HONDA 1-Circuito oval no sentido anti-horário. ( Ex.1 ) 2-Circuito oval no sentido horário. ( Ex.2 ) 3-Alameda grande ( Ex.3 ) 4-Alameda pequena ( Ex.4 )

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5 – Slalon duplo (Ex. 5) 6 – Slalon Simples (Ex. 6) MUDANÇA DE MARCHA Objetivo - Desenvolver habilidade na redução de marcha para que ocorra de forma suave e precisa. Nota - Destaque para os alunos a importância do freio no auxílio da redução de velocidade da motocicleta.

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SLALON DUPLO Objetivo - Desenvolver as habilidades em curvas de baixa velocidade utilizando-se apenas da aceleração e postura adequadas. Nota - Para o aprimoramento da técnica o aluno deve evitar o uso da embreagem. SLALON SIMPLES Objetivo - Desenvolver as técnicas de mudança rápida de direção, sincronizando postura, comandos de acelerador e freio para adquirir balanço no exercício. Nota - Informe que o exercício é muito importante para desenvolver técnicas de pilotagem para poder desviar de obstáculos no trânsito.

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SLALON SIMPLES DE 2,5 METROS Objetivo - Desenvolver as técnicas de mudança de direção em baixa velocidade. Nota - Os cones deverão ser posicionados conforme a ilustração. Os alunos estarão efetuando o exercício corretamente quando a trajetória percorrida for feita com regularidade durante todo o percurso. TRIÂNGULO Objetivo - Desenvolver habilidade e equilíbrio em curvas à baixa velocidade. Nota - Os cones deverão ser posicionados conforme a ilustração. Os alunos estarão efetuando o exercício corretamente quando a trajetória percorrida for feita com regularidade durante todo o percurso.

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FRENAGEM Objetivo - Frear a motocicleta no limite de sua capacidade de frenagem. Adquirir a postura adequada sobre a motocicleta, utilização correta dos comandos, frear utilizando o menor espaço possível. Nota - Para exemplificar a importância do uso dos dois freios, demonstre como aumenta a distância de frenagem com o uso só do freio traseiro. Ao final de cada exercício executado pelo aluno, elogie os ponto corretamente executado e oriente como melhorar aqueles ainda não bem executados. Mostre a importância de adquirir habilidade para frear no limite de aderência. Isso irá permitir ao piloto sair de situações de risco com maior segurança. FRENAGEM COM MUDANÇA DE DIREÇÃO Objetivo - Desenvolver as técnicas de frenagem e desvio de obstáculos. Nota - A obrigatoriedade do aluno desviar para o lado oposto ao indicado simula o afastamento da motocicleta para o lado oposto do movimento de um pedestre, por exemplo. A dificuldade de raciocinar para qual lado se dirigir exigirá do piloto que os movimentos de comando sobre a motocicleta sejam automáticos.

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EXERCÍCIO EM OITO Objetivo - Desenvolver a técnica em curvas de média velocidade, ajustando velocidade e inclinação da motocicleta. Nota - Os cones deverão ser reposicionados conforme a ilustração. Os alunos estarão efetuando o exercício corretamente quando a trajetória percorrida for feita sem que haja necessidade de correções constantes na inclinação da motocicleta e o piloto mantiver uma postura correta.

Modelos de Pista Padrão PRF/ABERJ

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Legislação Básica A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 aprovou o Regulamento do Código Nacional de Trânsito, que em seu Artigo 29, Item VI, diz: “Os veículos precedidos de batedores terão prioridade no trânsito, respeitadas as demais regras de circulação”. Vem daí, então, o amparo legal para o trabalho desenvolvido pelo motociclista batedor.

Finalidade da Escolta A finalidade real de uma escolta é proporcionar segurança, trânsito livre e rápido para a autoridade e sua comitiva; fazer com que a autoridade chegue ao local da solenidade na hora prevista. Tornar o comboio mais imponente. Sempre que houver solicitação de uma escolta, seus componentes, necessariamente devem ter conhecimento dos seguintes tópicos: - formações diversas; - itinerários; - comboios militares; - função específica de cada componente da escolta: - deveres do comandante da escolta; - uso da sirene e suas restrições; - distância a ser mantida nos deslocamentos; e - conhecimento do “modus operandi” de outras corporações.

Composição de uma Escolta A escolta é constituída dos seguintes elementos: a) Comandante da Escolta (passagem de ordem aos demais); b) Regulador de velocidade (ou da marcha); c) Pontas; d) Laterais (alas); e e) Cerra fila (fecha comboio). Um comboio não pode ter a sua integridade quebrada, nem parar em momento algum. Nas escoltas de autoridades, a velocidade média é de 80 a 90 km/h. Nestes casos, o ponta tem que se deslocar a uma velocidade média de 150 a 160 km/h para fechar o próximo cruzamento aberto, tendo cerca de 60 segundos para controlar o trânsito até o comboio iniciar a sua passagem pelo local.

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O maior comboio de autoridade é o do Presidente da República, que contém 11 carros e uma ambulância. Nas escoltas militares, a velocidade reduz-se para 60 a 70 km/h, já que o transporte envolve, quase sempre, tropas, armamentos e explosivos, contendo, geralmente, cerca de 30 veículos escoltados.

Tipos de Escoltas Presidencial Do comboio Presidencial deverão participar, preferencialmente, 12 batedores, sendo: a) 6 pontas; b) 1 regulador; c) 2 alas; e d) 3 cerra-filas. O Comandante da Escolta deverá estar em contato direto com o oficial de ligação, para troca de informações. Deverá o Comandante, preferencialmente, ficar na posição de ALA, pois, estará próximo da autoridade em alguma emergência. Os alas deverão ficar posicionados na linha do pára-choque do veículo da autoridade, devendo avançar até à porta, em caso de parada do comboio ou mesmo ao passar em local de risco. Os alas não deverão usar a sirene em hipótese alguma. Demais Comboios Nos demais comboios, poderão ser utilizados apenas 6 batedores, a saber: a) 4 pontas; b) 1 regulador; e c) 1 cerra-fila. O Comandante da Escolta deverá estar em contato direto com o responsável pelo comboio. Deverá o Comandante da Escolta, preferencialmente, ficar como Regulador, porque, nesta posição, terá visão ampla de tudo o que se procede na escolta, ficando próximo do responsável do comboio e, portanto, ciente de todas as informações inerentes ao deslocamento. Não haverá alas. O regulador deverá ficar à frente de todas as viaturas. Os pontas farão os fechamentos somente dos pontos mais críticos, pois, estarão em menor número. O cerra-fila trabalhará sozinho e com a missão de interromper todo o fluxo de trânsito vindo da sua retaguarda.

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Cortejo Fúnebre Dedicada a cortejos fúnebres de autoridades ou personalidades civis ou militares, com o objetivo duplo de proporcionar livre trânsito ao cortejo e compor as solenidades de honras e cerimonial a que faz jus tal autoridade ou personalidade falecida. Caracterizam-se por uma baixa velocidade de deslocamento, bem como por uma formação de deslocamento adversa das anteriores, ou seja: - coluna por 2, com 4 alas e um regulador, sendo opcional a presença dos pontas. - formação em cunha, preferencialmente com 7 motocicletas. Obs.: nestes casos, as motocicletas próximas ao veículo escoltado não deverão utilizar a sirene.

O Homem O homem motociclista deve ser, devido a natureza de sua missão, um profissional dotado de qualidade inerentes, que lhe fornecerão subsídios para o bom cumprimento de sua missão, tornando-se, assim, o fator preponderante na execução dessa tarefa. É necessário, pois, que o homem seja dotado, em elevado grau, de condições morais (responsabilidade, probidade, determinação, etc.), psíquicas (controle emocional, coragem iniciativa, etc.) e físicas (vigor físico), a par de uma acurada e sólida instrução, capaz de deixá-lo em condições de responder à altura às diferentes situações encontradas no trânsito, seu ambiente de trabalho. Baseado nessas características, é fundamental que se diferencie o Motociclista AMBERJ do “motoqueiro” civil.

O Batedor Além de todos os requisitos para ser um bom motociclista, o Batedor tem que ser dotado de uma presença de espírito e capacidade de raciocínio, muitas vezes essenciais para o bom andamento de um serviço de escolta. Podemos ressaltar, também, que o Batedor muitas vezes fica obrigado a executar manobras de alto risco, sendo necessário uma grande habilidade e perspicácia com a motocicleta. O batedor da AMBERJ é um motociclista, de origem militar, da ativa ou inativo, podendo ser, também, policial ou agente de trânsito, preparado especificamente para escoltas feitas em motocicletas. As provas de treinamento são de grande dificuldade, como a passagem por cones, os testes de velocidade e a simulação de uma escolta. Os cursos profissionalizantes são bastante rígidos, duram em média dois meses e têm tolerância muito pequena aos erros cometidos durante as provas: o mínimo deslize pode significar desclassificação do aluno. Após formado, o batedor motociclista da AMBERJ pode participar de escoltas de comboios ou de autoridades, sempre em reforço/auxílio aos batedores oficiais (militares e/ou policiais).

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Deveres do Batedor - Conhecimento do Código de Trânsito Brasileiro. - Dirigir sempre em velocidade moderada e em condições do tempo e da estrada. - Não ter confiança em demasia. - Coragem e dedicação. - Olhar de uma águia. - Decisões rápidas. - Respeito à vida humana. - Conhecimento de ruas, mãos de direção e sinalização. - Conhecimento de patrulha e suas normas mais importantes. - Estar em condições de trabalhar em qualquer das funções, durante uma escolta, como: - regulador de velocidade; - pontas de lança; - laterais; e - cerra-fila.

Documentação de Porte Obrigatório pelo Batedor - Carteira Nacional de Habilitação; - Carteira de Identidade; e - Documento de propriedade da motocicleta.

Procedimentos Básicos de uma Escolta ANTES DA ESCOLTA - É fundamental que ao se receber o programa da escolta, o Comandante da Escolta reúna todos os integrantes da equipe de Batedores, para a formação do “briefing”, ou seja, definir estratégias e função de cada motociclista. - É obrigação de cada batedor que o mesmo deixe em condições de uso todo o seu equipamento, desde a motocicleta, até os seus equipamentos de segurança. - O batedor deverá conferir se está de posse de toda documentação obrigatória. DURANTE A ESCOLTA - É de suma importância que o batedor esteja impecável em sua apresentação pessoa, pois ele é o espelho da sua corporação.

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- O estacionamento das motocicletas deverá seguir uma regra. Para fazê-lo, normalmente o Comandante estará à frente do grupo e todos deverão alinhar suas motocicletas à esquerda daquela, não devendo desmontar e nem desligar os motores sem ordem para tal. - O estacionamento deverá ser em escama, quando se tratar de poucas motocicletas e estas encostadas no meio-fio ou a 90º nos demais casos, podendo ser alterado, conforme determinação do Comandante da Escolta. - O posicionamento da motocicleta deverá ser perpendicular ao meio-fio, se houver, estabelecendo-se uma linha imaginária, quando ele não existir. - Os batedores sempre deverão tratar com respeito e polidez os usuários e pessoas componentes do comboio. ACIDENTES LEVES A decisão do Comandante deverá levar em conta: - O estado físico e psicológico do motociclista. - Os danos causados à motocicleta, assim se esta se encontra em condições de prosseguir na missão. - Efetivo restante na escolta, se por acaso o motociclista acidentado tiver que ser afastado do restante da missão. A importância relativa da escolta: - O motociclista abandona a escolta e retorna à base, ou - O motociclista prossegue na missão, retornando à base em algum intervalo ou ao término do cumprimento da missão. ACIDENTES GRAVES - Acidente com ponta: designar um ala ou serra-fila para socorrer o acidentado. Na falta deste, designar outro ponto para prestar o socorro e assumir a função de ponta. - Acidente com regulador: designar um ala ou serra-fila para socorrer o acidentado. Na falta deste, designar um ponta para prestar socorro e assumir a função do regulador. - Acidente com ala ou serra-fila: designar outro ala para assumir a função. Na falta deste, designar um ponta para prestar socorro e verificar a necessidade de reorganizar os pontas. - Acidente com o Comandante da Escolta: um ala ou serra-fila deverá prestar o socorro e, na falta desses componentes, um ponta deverá prestar o socorro e o mais antigo na função de batedor assumirá o comando da escolta. É importante observar que, para que todas as condutas acima mencionadas tenham a eficácia desejada, seja levado em conta o seguinte:

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- que todos os motociclistas componentes da escolta, estejam sempre com contato visual permanente; - que o comandante da escolta deverá ter uma preocupação constante em conferir o seu efetivo; e - que a conduta correta a ser adotada, sempre deverá levar em conta a gravidade do acidente. CUIDADOS DURANTE A ESCOLTA No momento de uma escolta, um comboio que possua muitas viaturas, tornar-se-á muito longo, tornando o serviço dos pontas muito perigoso, pois após a passagem do comboio, eles terão que imprimir uma velocidade muito alta para conseguir executar novo fechamento de ponto. Vale lembrar que a velocidade deve ser dosada de forma que o motociclista se sinta com segurança, pois a sua integridade física está acima de tudo. O mesmo podemos dizer para os demais componentes da escolta. Cada um tem os seus limites e é sempre bom nunca tentar excedê-los. COMANDANTE DA ESCOLTA O Comandante da Escolta deverá deslocar-se junto ao comboio, salvo, em casos excepcionais. Todas as ordens sobre o deslocamento do comboio (partidas, paradas, mudanças de horário, velocidade e itinerário), serão dadas exclusivamente pelo Comandante da Escolta. Escoltas de autoridades Entrar em contato com o órgão responsável pela missão, reunir seu pessoal e dar conhecimento de todas as ordens recebidas, tais como horário, autoridade, número de carros, local, etc. Tomar conhecimento do programa da visita. Deverá localizar-se, preferencialmente, à direita e na altura da porta traseira do veículo da autoridade (ala direita), mantendo ligação visual com o Chefe da segurança. ESCOLTAS DE COMBOIOS 1 – Entrar em contato com o Comandante do Comboio e definir itinerário e velocidade, precaver os motociclistas quanto à distância entre as viaturas e a velocidade. 2 – Fiscalizar e controlar o desenrolar da função de cada integrante da escolta. 3 – Efetuar o reconhecimento do itinerário, previsto na ordem de serviço, junto com todos os componentes escalados dentro de suas funções, que trabalharão no dia da escolta, verificando o tempo de deslocamento em uma determinada velocidade, sendo que esta variará de acordo com o grau de segurança da autoridade escoltada. 4 – Determinar a função de cada integrante da escolta. 5 – Verificar a apresentação individual dos integrantes da escolta. 6 – Determinar o uniforme e exigir boa apresentação individual. 7 – Estar em condições de assumir qualquer função dentro da escolta. 8 – Estar sempre atento às ordens do Chefe da segurança, para transmiti-las aos demais. 9 – Após a missão: corrigir eventuais falhas que por ventura tenham ocorrido durante a missão e elogiar a equipe pelo bom desempenho da missão.

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PONTAS São os responsáveis pela operação de abertura de trânsito nos locais necessários à passagem do comboio, necessitando conhecer todas as vias a serem utilizadas, infiltrando-se entre os veículos, mandando-os encostarem à direita ou à esquerda e utilizando, se possível, a pista do centro ou à esquerda da mão de direção, evitando ultrapassar pela direita. Para esta função, devem ser designados os motociclistas mais experientes. 1 – Proporcionar livre trânsito da comitiva ou comboio, substituindo os “pontas” oficiais no fechamento de sinais luminosos, vias principais e secundárias. 2 – Ter bastante conhecimento do itinerário. 3 – Manter sempre contato visual com o comboio e com os outros pontas. 4 – Deverá ter sempre um ponta a, no máximo, 50 metros à frente do regulador. 5 – Evitar o uso desnecessário da sirene. 6 – Administrar corretamente o uso da velocidade, a fim de evitar acidentes. 7 – Ter o cuidado de sinalizar antes de parar veículos pesados em alta velocidade. 8 – Ter a preocupação de deixar a moto sempre em condições de sair rapidamente, após uma parada. 9 – Para efeito de padronização com outras forças, adotar o sistema de que nunca um ponta ultrapassará outro ponta, quando em deslocamento, ou seja, quando um ponta fechar o ponto, ele ficará até que o comboio passe, entrando à frente do cerra-fila. 10 – Nunca tentar voltar a um ponto não fechado. REGULADOR Elemento que segue à frente do comboio, guiando a coluna e controlando a sua velocidade. Os 1º e 2º pontas, trabalham em conjunto com o regulador de velocidade. 1 – Controlar a velocidade do comboio e horário, de acordo com a ordem recebida do Comandante da Escolta. 2 – Não ter nenhuma dúvida do itinerário, tendo absoluta confiança em si próprio, principalmente quando algum dos pontas errar o itinerário. 3 – Entrar em contato com o primeiro carro da comitiva. 4 – Ficar sempre atento ao número de pontas à sua frente. 5 – Sinalizar todos os seus movimentos. 6 – Diminuir e aumentar a velocidade de acordo com o trânsito, para evitar a paralisação do comboio. 7 – Evitar mudar de faixa desnecessariamente. 8 – Conduzir o comboio em marcha sem parar. 9 – Ter ampla visão dos sinais dados pelos pontas de lança e, se necessário, diminuir a velocidade do comboio, fazendo-o lentamente. 10 – Conduzir o comboio na maior segurança possível. 10 – Ter pleno conhecimento do local de desembarque da autoridade. ALAS (LATERAIS) Estes têm a missão de impedir a intromissão de veículos não credenciados no comboio, bem como evitar o aumento da distância entre as viaturas do mesmo, não permitindo o alongamento da coluna. Também terão a missão de render os pontas, quando necessário, nos cruzamentos que existirem no itinerário.

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1 – Não permitir a infiltração de veículos estranhos à comitiva ou comboio. 2 – Manter a distância entre os veículos do comboio. 3 – São os responsáveis pela segurança da comitiva. 4 – Ficar atentos às curvas que o fecham. 5 – Ficar atentos aos pontas que vão ultrapassá-los, sinalizando o momento exato nas vias estreitas. 6 – Preferencialmente e em função do Comandante da Escolta (ala direita), auxiliar o fechamento dos cruzamentos. 7 – Auxiliar o cerra-fila no fechamento do fluxo de trânsito, caso o comboio tenha que dobrar à direita ou à esquerda. CERRA-FILA (FECHA COMBOIO) Segue atrás do comboio. É responsável por impedir a ultrapassagem do comboio por outros veículos, caso seja determinado e nos caso em que esta, seja permitida, determinar a pista de rolamento a ser usada. Nas mudanças de faixa de rolamento do comboio ou quando este for entrar em outra via, à direita ou à esquerda, o cerra-fila é o responsável por segurar o trânsito de forma a permitir a execução da manobra. 1 – Evitar flutuações, ultrapassagens, cortes e infiltrações na comitiva ou comboio, conforme ordens do Comandante da Escolta. 2 – Auxiliar nas trocas de faixas, fechando-as antes da mudança das viaturas do comboio. 3 – Estar em condições de assumir qualquer função dentro da escolta, em caso de necessidade. COLUNA POR DOIS Nos deslocamentos isolados dos batedores, é comum o emprego, em zonas rurais e em rodovias interestaduais. Aplicada também em Escoltas de Honra, conduzindo o carro da autoridade até o local da apresentação e em Escoltas Fúnebres. – Maior segurança para a autoridade e o comboio. – Condução do carro da autoridade até o local da solenidade. – Acompanhamento de cortejo fúnebre. As motocicletas próximas ao veículo escoltado não deverão utilizar a sirene.

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CUNHA É a formação ideal para abertura de desfiles, paradas militares e/ou condução lenta da autoridade até a um local determinado. Nas escoltas, proporciona a abertura da massa humana para a passagem do comboio. EM LINHA Também é muito empregada na abertura de desfiles. Na condução do comboio, pode ser empregada à frente para empurrar a massa humana, abrindo passagem para as viaturas, e a retaguarda, quando circulando em pista com mais de duas faixas de rolamento, para fechamento da coluna. É muito utilizada para fechamento de desfile com número máximo de 10 motocicletas, pois, do contrário ficará difícil o alinhamento lateral. COLUNA POR UM Empregada nos deslocamentos em zonas urbanas, permite maior facilidade de infiltração por entre o fluxo de trânsito. Aplica-se em deslocamentos isolados da coluna de batedores sem o comboio e na disposição dos pontas, numa escolta.

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COLUNA POR UM ALTERNADA Esta é a formação mais comum, onde os motociclistas se postam em fila indiana, porém, os pares, mais à direita e os ímpares continuam na mesma posição. É mais utilizada para os deslocamentos rápidos, sem comitiva de A para B. É a formação mais segura, pois reduz o risco de uma colisão traseira durante frenagens bruscas. COLUNA POR UM ALTERNANDO-SE Esta é a formação que exige mais técnica e habilidade dos motociclistas. Dá ao desfile um visual de movimento com a troca de posição dos motociclistas. APÓS A ESCOLTA - É fundamental que no encerramento do deslocamento, o Comandante da Escolta reúna todos os integrantes da equipe de Batedores, para a formação do “the briefing”, ou seja, ressaltar as falhas havidas durante o percurso.

Sinais Entre Motociclistas Batedores Para que seja iniciado o deslocamento, será obedecida uma determinada ordem e sinais correspondentes: a) reunir; b) montar; e c) ligar motor. Após ser dada a partida nos motores, cada motociclista, estando apto para o deslocamento, sinalizará colocando a sua mão esquerda sobre o retrovisor esquerdo, com o dedo polegar em riste, aguardando que o companheiro imediatamente à sua esquerda realize operação idêntica, até que o último motociclista realize a mesma operação. Neste momento, o Comandante fará o mesmo sinal, iniciando ele o deslocamento.

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Durante a operação de ligar motores, caso haja uma pane com uma das motocicletas alinhadas, seu condutor, deverá manter a mão esquerda segurando o pára-brisas. Caberá o comandante decidir quando abortar ou prosseguir com o deslocamento. ANTES DO DESLOCAMENTO (sinais feitos pelo Comandante)

COLOCAR CAPACETE MONTAR LIGAR MOTORES (movimento giratório com a mão)

DURANTE O DESLOCAMENTO

COLUNA POR UM COLUNA POR DOIS ESTREITAMENTO DA PISTA

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FAIXA DA DIREITA FAIXA DA ESQUERDA FORMAÇÃO EM CUNHA

FORMAÇÃO EM LINHA IRREGULARIDADE NA PISTA PISTA ESCORREGADIA

(movimento giratório de deslisar, com a mão)

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VIRAR À DIREITA VIRAR À ESQUERDA PARAR ADIANTE

REDUZIR VELOCIDADE (balançar a mão para

cima e para baixo)

LOMBADA (movimento de meia lua

com a mão)

ACELERAR (mão nas costas com a palma

para fora, movimentando-a para cima e para baixo)

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APÓS O DESLOCAMENTO (sinais feitos pelo Comandante)

CORTAR MOTOR DESMONTAR (com a mão fechada) RETIRAR CAPACETE

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Objetivo Após a realização dos exercícios práticos, completa-se o curso. Reúne-se, então, os alunos na sala de aula para uma rápida conversa, na qual aborda-se assuntos da atualidade e de conscientização, de maneira bem natural e descontraída. São lembrados, sempre, alguns tópicos, como: Conscientização e controle de riscos, equipamentos de segurança, P.I.P.D.E, práticas de condução segura e responsável, condução não agressiva, formações de escoltas e sinais dos motociclistas batedores. Faz-se algumas perguntas aos alunos como por exemplo: Quais os riscos associados à condução de motocicletas, como o condutor ou piloto pode reduzir esse riscos, quais as exigências legais que o piloto deve atender para pilotar. Orientar como o aluno poderá continuar a praticar as habilidades que aprendeu.

Encerramento É feita a entrega dos certificados de conclusão, de preferência com a participação de, pelo menos, um representante da direção da AMBERJ. Para finalizar, o instrutor agradece a boa vontade de todos pela participação e faz um brinde com os formandos.

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- Polícia Rodoviária Federal - Honda

Formatação e edição: Guilherme de Souza (ABERJ)