Livro - Trinta Anos Escravizado Na Torre de Vigia PDF

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  • 5/16/2018 Livro - Trinta Anos Escravizado Na Torre de Vigia PDF

    .~po . WIWJlM J. aCI IN l1 i. ehttp://extestemunhaSdeJeova.netifOrUm/indeX.PhP]P ol e m 1 95 2 q ue W IIII~ rn J. St",,~lIluIOIl corn Deus !iem orac; llo durante lodn lIum lIuH~ dt' i "KOnln ongulI~ .ttin. Ao despontl lf do di ll "~lI llu nl lll l' I 'm IH'ZC urn .:lc an tt ec n o o or, ,( ," o. Prl" p rlm rlrn v u 11 1 30 auosSchnell snble 0 que 8iRnlllcDvU U IIhtnlilde. Uurl1l1teeSS8S I res d~c[ldn. t '81 ve (\11rnvlllldH I ) I ) r l im dU$ sIs-temas mal s lotnll tArl o. do .(\t uto X X . N rlllh mnnhft,q ua nd o d elx ou d e estllr do JOlllhuA t I I t N ll ll no ll r ev e . .lar ao mundo os aublf,ruK lo. d. Torr ,I V IM I.C om o urn po tvo R '" ,\ I\ 11 8C O . t J l f t :ilw lN h lllr A te nd uas tentacutce n tod"oll01 IlOnl011110 "lobo. I~"te uvro ~um a a dv ert en cia p od ero s p "r" 01 qu .e y('cm RIISC"diados pelos Que, '"IMIHII(II lI(" t O l l i n m 0 nome dl" T s-t em un ha s d e J eh ov a, It I l Iml1(1" ,um '1. .. 10do ,r . Schnel laos seus ex-Innaos no UJlt.'ritll('U d os ver uvres dojugo e gozarem a -Ilbcrdnde quelu\ em rlslo J e hUS .A s in lo rm n~ Oe s f id ed lgn os s ob re e ss e m ov lm en toagresslvo, e que este IIvro contem, 8cr..VOIl.\o 811luto.res. Nao desculdels, pols, n sun IcHuro. Moll cede oumais tarde podereis te r q ue enfrentnr 0 11 S U D N moqu i . .na~oes perversas.

    TalNTA ANOS ISCRAVlZADOA TORRI DE VIOlA

    A ConH .. ee duma Teltemunha d. J.havaC O D v.t lld o 0 0 C , ll tl on l.m o

    http://escravodaverdade.blogspot.com

    1~1~1~~~~~~~~~ II~~~A TORRE DE V IG IAhttp://escravodaverdade.blogspot.com

    A Confissao duma Testemunba de JebcvaConvertida ao Cristianismo

    http://extestemunhasdejeova.netlforum/index.phPor William J. Schnell

    Traducao de Guilberme A. Reis

    DOCUMCentre de Documcnta~Ao B lb li cD.R. O. Luis Coutinho 58

    LlSBOA-6(Portuaal)

    http://escravodaverdade.blogspot.com/http://escravodaverdade.blogspot.com/http://extestemunhasdejeova.netlforum/index.phhttp://extestemunhasdejeova.netlforum/index.phhttp://escravodaverdade.blogspot.com/http://escravodaverdade.blogspot.com/
  • 5/16/2018 Livro - Trinta Anos Escravizado Na Torre de Vigia PDF

    DEDICIIDO A MM(JRIA DE MEU PAlQUE. 110 MORRER. DECLI IROU:

  • 5/16/2018 Livro - Trinta Anos Escravizado Na Torre de Vigia PDF

    :rlllloc;ao. B, em vez ~ ontiar cis eegos, pOderd assegurar 0 "nicoraminho cer to e seguro que eu 36 encontrel depots de muitasl en/ oli va s, e rras e anse to s. Se n60 e uma Testemunha de Je/ro1'opod trd f icar precavi do con tra 0 peri go . &/ e li vro s era , a ss tmumll ojudo ejieaz p ar a t od o s. A tlnta deu j orma a s paJavros q u ;contam esta his t6ria, mas 0 seu significado espirltual e as ldeiasque e nc er ra m f or am e sc rit as c om 0 m~ pr6prio sangue e sobOJ emorOes e tor turos que passel num lnfemo multo mais rea/do que () injerno de Dante.

    Nilo ahmemo qua/quer rancor para com os meus ontigor/r11l00s nem me movem lnteresses pessoais ao escrever estasI lnho .r. 0 meu obj ect ivo C cumprir 0 t loto que j iz quando 0 Se-nhor me liberlou, para ser novamente um erU/dol

    Youngstown, Ohio. W. J. SCHNEll

    : http://extestemunhasdejeova.neUforum/index.phpCAPtTULO IINOFENSIVO NA APARitNCIA

    A Chamada do SeuhorTinha doze anos quando Deus me chamou. Numa rna -nbAd. Domingo, em Julho de 1917, fui a Bscola Dominicalnum a igreja lutera na, N esse momen.to s en ti -m e p ro fu nd a -mente tocado pela vis30 de Jesus, 0 nosso Salvador, como 0Born Samaritano. p ro fe ss or d es cr ev eu a parabola e explicouos motives que levaram 0 Senhor a expe-ta aos S e u s o u v in t es ,Essa explicacao dcspertou em m im 0 d cs ejo d e es tu da r ~ dou-t rina de Cristo. Pudc vet, tembem, qu e 0 Seu concerto deawdlio ao pr6ximo nenscendia 0 de nacionalidade, religiAo

    e classe, Yiviam-se, entao, 0$ dias agitados do tercelrc anoda primeira Guerra Mundial . Tudo iS10 inflamou a minhaimaginacao, decid indo aprender tow as coisas que se rete-cionassem com Jesus, Seus ensioamentos e p or m en or es daSua vida.Naquelc domingo, ao vokar a casa cerca .do meio ~a,devorei sofregamcnte os quatro Bvangelhos. LI, em seguida,o Novo Tes tamen to complete e depois 0 Velho. Fix urna lei-tura siste:rnAtica e mais tarde \ 'Un a compreender qu e 0 Pa i

    WILLIAM J. SCHNELLC e le st le l m e c h am a ra n a qu el e momento, confonnc a p rome s sado Son~lorJesus: Ninguem pode vir a mim, se 0 Pai, queme c nV IO U , 0 nilo trouxer (Joilo 6:44). A o estudar a s E s cr it u-r a s S ag rad a s senti que necessitava du m Salvador. 0 c re sc en taconhecimento da.minha verdadeira posicac, e a compreen~odos pianos de Deus para a minha salvaciIo emJesus, que nac es6 0 80m Samaritano mas c tambem 0 Born Pastor, torna-ram-se absolutamente claros para mim, Aprend i COm alegriaque 0 Senhor morreu na C ru z p eJ os pecadores como eu, queos mcus p ec ad os f or am lavadcs pelo Seu sangue e que aoressuschar, Ele venceu a mot te por mim e por todos os quepor f6, 0. aceitem. Fiquel absolutamente certo qu e Ele m~havia remido, e que eu entrara numa nova vida. Aceitei Comfinne~ e confianca estas duas verdades qu e se apoderaramda minha alma e transformaram, inteiramente, a minha vida.Assirn, ao completar os catorze anos senti-me ccnstran-gldo pelo Esplr.tc a receber a Cristo como meu Seeber e Sal-vador , a dar-me por Ele ac Pai e a considerar-me vivo paraBle e'Am~rIOpara a minh~ vil maneira de viver. Passci pelaexpenencra do novo nascimento em Cristo. Urn manancialde agua viva correu em mim, de tal maneira, que m e encheua cx.itencia de uma Iorca espiritual dcsconbecida. Saltava dealegrie, c an ta va c om todas as Icrces da minha alma, seotiao corat;3o cheio dejubile e via tudo por urn prisma diferente.As coisas desta vida, com os seusprazeres e riquezas, desvane-c ere m-s e p ar c om plet e .. Per tenco a.~a gera~o quecresceu na Europa so b a ac~odirecta da. p~llnelra Grande. Guerra e que. por isso, perdeutoda a estab.lidade e paz, mwto antes de alceucar a maturidade.Muitos dos meus companbeirosforam dominados pelo doses-pe ro q ue o s lev ou a o C om un is mo , a o A t ci sm o ou e o N a z is mo,l : eu, sem pensar, v i-me acorrentado a urn outre i smo maisterrlvel ainda, pois durante trinta aDOS fu i escrevo do Ressu-

    IIS1110, Q rel igiao da TORRE DE VIGIA. Como mostrarcido rOmlD. inconte s rAve l , eSla Org~o, usando d e a s tu ci a ,& p ru v ci tu u a c on ru sl lo que se estabelcccu durante esscs anos3

    TRINTA ANOS ESCRAVIZADO

    para dar forma a uma Socicdade durn Novo Mundo que.segundo dizcrn e esperam, durata mil anos.A 0erJ"Nasci em 1905aa cidade e estado de Nova Jersey, E. U. A.Aos nove anos de idade fuj com meus pais a Alemanha, suaterra natal . Esta viagem teve lugar em Maio de 1914e nessaaltura nem se pensava na possibilidade duma guerra, Quandoesta rebentou prccuramos vcltar aos Estados Unidos. Nacconseguimos 0 DOSSO ob jectiv e porque m eu pa i nac ~ e tendonaturalizado americano, Ioi mobilizado pelos exercitos dosPoderes Centrals. Depois da sua partida eu, minha l!lae, urnirrnao, uma irmil e urn hebe que viria a nasc~r m3J.S tarde,instalamo-nos em POSen, numa casa com dOJS hectares deterrene, a pouca distancia da fronteira russa.No inlcio das nosti lidades 0 exerciio russo. penetrandonessa zona, infestou as florestas circunvizinbas, transfotmandoa regiAoou m autentico campo armado. Como era de esperar,as nossas casas foram invadidas pela soldadesca. Pouco tempodepois uma grande ofensiva alema provocou a retirada dessastropas, e a frente da batalha transferlu-se para territ6rio russo.Entretantc, nada sablamos de meu pai. Quando por timrivemos notlcias, encontrava-se na Hungria, Foi par essaaltura que comecei a conhecer a Cristo atraves da parabola doBom Samaritano, Comoreferi no inicio desra narrative.A contra-ofensiva alemj, libertou a Galicia etirande com05russos para a Ucrania. Meu pai, que era oficial,tinha a se ucargo OS prisioneiros russos que amanhavam urna grande pro-priedade perto de Lemberg. At.teve a oportunidade de praticat

    a Cristianismc, vivendo a sua fe e 0 arnor ao proximo. Tratoucom bondade e amor todos esses pobres mujiques das este~russas, enquanto os outros oiiciaisseuscompanheiros, actuavamcom rigor e dureza . C om a decrota dos cw citos alemiles noL es te. n o O ut on o d e 1 91 8, o s p ri si oo ei ro s re vo lt ara m-s e m a

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  • 5/16/2018 Livro - Trinta Anos Escravizado Na Torre de Vigia PDF

    10 WILLIAM J. SCHNELL

    ,

    TRINTA ANOS ESCRAVIZA DO

    u ma d ela s e le gi a o s s eu s p r6 pr io s A n ci ao s, e sc cl he nd o- os e nt reO S m cm b ro s d e m a io r myel e m a tu rl da de e sp ir it ua l, e e m c om -pleto acordo com as Iostrucees de Paulo a Tito e a Timoteo,Os seus membros, cristaos consagrados e profundamenteindividualistas tinham 0 desejo sincero de tornar eada vexm ai s f irme s a s ua v oc ac ao e e le ic ;: a: o )e d e s er em t ra ns fo nn ad osa semelhanca de Cristo quanto ao pensamento, vida, compor-tamento e obras diarias,Aos Domingos reunlamc-nos para ouvir urn sermilo e asquartas-feiras para orar. Estas reunioes eram instrutivas, naaa ut or it ar ia s c om o a s q ue h o je s o r ea li za m DOS S al oe s d o R e in a d as T es te rn un h as d e J eb ov a . O s q ue f re qu en ta va m e st es r eu -n ii) es u3'o so import avam sornent e com 0 bern ester espiritualdos companhei ro s, mas o rgan izavam t ambem vis lta s aos enf er -mas e nece ss it ados. A Eclesie dava os fundos para se presta-r em au x ll i os quando n ec es sa ri es . E s ta s r eu ni ee s e actividadesp re en ch ia m u m vazio n a n os sa v id a. Hoje, efectuam-se visitasdisciplinares aos que nilo comparecem As reunices duranteurn mes ou mais. As visitas, nesse tempo, eram de ourra In-dole, inteiramente d ed ic ad as a obras de car idade e p ara b en e-fi cia c sp ir itual dos q ue v is ira va mo s. P os so a fi rm ar q ue e ra mvisitas verdadeiramente crista s e eom a quele sentido de ca ri-da de que a Biblia ensina.

    Aumenl. Minb. AClhidode

    Os Estudantes da Biblia dedicavarn a maior p art e d o seut empo l iv re a expor O \S pessoas com quem falavam , e numtrabalbo absolutamente individual, a sua ft, os prop6sitosde D eus e a s alv aca o que 56 existe em J esus C risto. D e 1921 a1924 voltei a frequentar run estabelecimento de cnsino paracompletar a minha cducay40 academics Que fora obrigado ai nt er ro mpe r. N o entanto , das ISAs 17hora:; fazia visitns de casaem casa falaodc de Deus e da. Sua santa Palavra qu e explicavaa qu el es q ue 0 desejavam.

    It

    t and o o s o fi ci ai s q ue a s es cra viz av am . A m eu pa i p aga ra m-lh cccnryverdadeira gratidll.o a b o nd a de Com q ue a s t ra ta ra , Con-dUll ram-no a urn lugar segurc e deram-Ihe urn cavalo para(luc ru gis se. A s si m, p Od e ch eg ar s ilo e s al v c a C arc6 vi a.E~ 1918, perto do Natal , meu pai entrou em casa , Quenlegria para todos n6s! Esta, porem, s6 durou alguns elias.e m J an ei ro de 1919, forces P ol ac a s amo ti na da s comecarama oc~pa~ a provinci~ de Posen, onde viv iamos , e que, peloArmistlcio, fora cedida a Po16nia. A cidade transformou-semais Ulna v ez, num ca mpo de batalha, O s o fi ci ai s d o exercit~nl emi lo . que ca i arr t pr ls ione i ros , cram abatidos sem misericordia.

    Todas a s e spe rancas par ec iam perd idas. Bandos de c rlm inosospilhavam as casas levando todos as nlimentos . Era 0 caos.Em principios de 1921, metidos em vagoes par a gado, fomostransportados ate A nova fronteira aJemn, seguindo depoispara .wn campo de refugiados na parte ocidental de Berlim.N o dia d a n os sa c heg ad n o s es pa rta co s- ( alcu nb a q ue davama os c om u ni st as } c om b at ia m n as r ua s da cidade contra a s f o rc a sr ep ub li ca na s. R e in av a a a na rq ui a e a d es or de m m a s, flnalmente,podlamos contar com alguma seguranca.Apanhado no La~o

    Gratos ao Senbor p or n os e nc on tr arm o s n av am en te r eu ni -dos e em paz. meu pai e ell resclvemcs dedicar as nossasv id as n o s er vi ce de D eus . C ertc dia bateu A nossa por ta urnE~ludante da Blblia q ue n os deixou a lg un s l iv ro s. D e po is d e o slermos associamo-nos a esses estudantes, passando a frc--quentnr os cu lto s da EcI6siB.-como ohamavam a assembleiado, Estudantes da Bfblia em Berlim. No seu meio encontra-m os u rn e le va do g ra u de amor fraternal e wna g r an d e a l eg r ia ,q ue t am b er n c omp ar ti lh a v amo s,0 , n ct ua is Sa lo es d o R e in a das Tes temunhas de J ebovanad" tem de comurn com essas Bclesias de Estudantes c iaB lb !i . G c za nd o d um a i nt ei ra e c om p le ta i nd ep en d8 nc ia , c ad a

    13 WILLIAM J. SCHNELL

    , . . .

    CAP!TULO 2http://extestemunhasdejeova.netlforum/index.phplNTRIGAS ANTECIPADAS

    Eofr eatando dllkuldadesEnquanto despreocupados assistiamos ao desenrolar destesacontecimentos, nuvens n eg ra s, a nu nc la do ra s d um a p ro xi rn aternpestade, acastelavam-se no nosso borizcnre espirituullPo r det ras das cenas t ranqui la s que desc revi no capitulo ante-

    r io r encobr ia- se , h i longc. em Brooklyn, E. U. A., a n o va o r ie n -tacilo da Sociedadc da Torre de Yigia. Os Chefes agitavam-sefebrilmente para reorganizar :J. obra. Procuravaru readqui ri ra p os iC l io anterior junto dos trm nos e das ecleaias, t al como8CQntece ra soh a chefiade Charles T. Rus~e:l.0 n o vo P r es i de n le .o ambicioso Juiz RUlberfor~ em wn conhecedor astuto danatureza bumana. 0 s eu 6 di o, par ter sido preso sob a acusa-~t'lo de ant i-amer icanismo, MO c on h ec ia l i.m it es . Q ue ri a v in -garse do cJ ero, a quem c u lp a .v a d e ss a d e ci s 30. Valendo-se das it ua Qi io i nc ert a q ue eru tia e m to dD 0 mundo, c ol lc eb eu u man ov a T or re de Vig ia completamente d is tin ta d a que Russelleanjecturara.

    Os wr ir -en te s da Soc iedade s abulm da exi st cncia de milhae sde crist40s p ro fe ss os q ue Da o coubeciam dcvidamente. e em

    TIm b ora m ui to novo, eonsegui b ans res ulta dos . N m nad es s ", v ls it a s en~ontrei u ma s eu h or a que m e d is se e st ar p os -v ul dn p or d em 6 ru os . ( N es se t em po n a A l em a nh a havia muitosCllSOS s er ne lh a nt es ). E s sa p ab re s en h or a c on to u- m e a s s eu s m a le se as tor turas a que estava sujeita. Encontrando-me sentadoen o lhar para a sua p ro funda pali dez, o lbos encovados e cabel ocornpletamente arrepiado, assustei-me e nifo fui capaz de melevantar. A o veriflcar qu e ela esperava q ue e u dissesse ou fizessea lguma coi sa e nAo consegui ndo I evan ta r-me ci a cedei ra ondee stava , c al de joelhos. E la fez 0 mesmo. Durante meia herao re i in sis tent ernen te e co m toda a fe da minha a lma. Expusac Senbor todo 0 problema rcgando-Lhe que a libertasscdaque le ma l, Q ua nd o n os l evantamos eta pediu-rne qu e vel-reese. Depois de varins visitas tcrncu-se numa Estudante daBiblia, n.unca faltando a s n o ss a s r eu n ie e s, Nessa experienciapude venficar 0 grande poder do Senhcr e a maneira Como Eleajuda os que invocam 0 Seu nome .Todos esses t rabalhcs , ass im como a pregn~o, cram efec-tuados po r i nic ta tiva p r6pr ia e Dtto par coaccao exte rio r, comoa co nt cc e n o actual istema teocratico das Testemunhas deJehova. Paulo, na carts aos Romanos 10:10, diz: Visto quecom 0 cor~o se er! para a justiea, e co m a boca se faz con-fiss30 para a s alvacao. E st a ver dade er a u rn fac to pos i tivo e realna vida daqueles crtstscs d e B ed im .Nero todos pensavam ou procediam da mesma maneira.Ta l at it ude, pcr em , nac p rovccava qua lquer imposi ty io porqucs6 pregava ou is de casa em casa aquele qu e a q u iz e ss e f a zo r.Po r i sso mCSmo nilo c r am i r rad ia d os das congregaQOes proeu-mndo-sc , pelo c o nl ra r io , mOSL r a r- Ib e s a bemecom amorquaisos p ro p6 si to s d e Deus sobre essa materia.B ap ti ze i m e e m N o ve mb ro d e 1 92 1 c um p ri nd o, a ss im , C o mmu it a. a le gr ia e r eg oz ij o, 0 q ue a s E sc rit ura s ord en am . S en tiq ue 0 m e u c or ac A 'o s e enchia de l uz e q ue a f el ic id ad e s e a 1 ca n~C ' mpr c q ue o b ed ec cmo s a o s p ro p6 si to s do Senho r .

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    14 WILLIAM J. SCHNELL TRINTA ANOS ESCRAVIZADOculos crisraos semprc foi e ba-de sec aceite per todos, comodoutrina, 0 facto de que Cristo conquistou a vida eterna paraos crentes. Assim, os filhos de Deus ja nao se encontram soba sentence de mort e lavr ada con tr a Adli o, por causa do pecado.Por isso se diz que as cremes dormemi em Cristo e despertamcom El e na G161ia . J esus di sse : ( ~Ea v ida e ter na e esta: que Teconheeam, a Ti s6, por unico Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,u quem enviaste (Joao 17:3). E em Joao 8:51, lemos: Se al-guem guardar a minha palavra nunea vera a merte. 0 ensina-men to de que aquele que ere em mim (Jesus) uunca morrera(Jcac II :28) 6 tilo antigo como a Cristiaaismo. E foi esteprincipia que os dirigentes da Torre de Vigia se atreveram a al-t era e i nvent endo uma nova i nt erp re ta cao par a a verdade b ib li ca .Com ast uc ia maqu iave li ca t ir ar am este t ex to do corpo da dou-trina crista. e deram-lhe urn engaste absolutamente novo.incrustando esta perola de pureza imnculada numa cercaduraartificial de p a la v ra s h u man as f al sa s, Feito i s to ap resen ter am-nacomo uma nova doutrina da Torre de Vigia . A sua divulgacgcfoi feita atraves dwn l ivre cujo t itulo e: Mi lhoes dos que agoravivem, nunca morrerao (J920).o mundo sofr ia . A morte ceif ara m il hoes de s ere s humanos,tanto nos hospitals como DOS campos de bataJha. A pestedizimara parte daqueles que a metralha poupara e que a fomeenfraqueeera. 0 titulo do LiVIO nao podia, pols, deixar deatrair a ateD~ao de mil.hOes de almas ansiosas, E a solu~oque se apresentava era simples. Tude se resumia em deixaro chamado Cristianismo e abraear a OrganizaCao da Torrede Vigia. Aconselho-vos a lcitura desse livre. Nele podereisver como a Palavra de Deus foi altcrada com 0 nnlco prop6sirode enganar e seduzir os incautos. Cristo disse: Eu sou a ressur-reilt30 e a vida; quem er! em mim, ainda que esteja morto,vlvera; E todo aquele que cre em mim. nunca morrera (Jono11:25, 26a). Adulterando este texto e ns in ara m e e ns in am qu eaquele que era na Torre de Vigia com a sua Organizacgo, fre-quente somente as suas rcunides, venda os seus llvros e d econta da maneira como emp:ega a seu tempo, nunca mcrrera.

    16

    pO ," .nenor , ~s doutr luas dadas aos s an to s . E st es, s cm duvi da ,L'lurUl.mfAcllrnel~tc na rede, abandonanda as suas crencas paraeng fOSStl J' n~ f iJe lTll Sd~\ a Torr e de Vigia reor gani zada e Cornnovas ent'~glas. A Socuxl~decalculou, e com rezgo, que a faltade conh.cc~n~nto apropriado de Deus e a aceit~i .o genericapelo Cristlanismo de meias verdades coutribuiriam para queg r un d es mu lt i do e s, tanto homens como mulheres, Iossem fAcil-mente atraldas para a Torre , caso se atacasse sabia e intel igente-mente toda a estrutura em que assentava a Cristandadc.Ccnceberam, portanto, um plano de a taque sistematicoc'persISlent~ 80Cnsuarusmo orgaruzado. Aflrmavam que a reli-gluo organizada era a causa de todos os males. Mais tarde,a~ ~Icanfarem os seus flns 0 quando a Sociedade da Torre deVigia edificou a sua pr6pria Organizacao, 0 Comhe editorialufirmou, Com todo.o descar amcn to , que a r eUg iao o rgani zadaera, afinaJ, a manesra adequada de adorar a Deus!Lavagem de Chebro

    A nova investida fez-se por meio dum folheto intituladoA Queda de Babil6nia , a Grande (1919). Est. Babil6niaa. qu~ ~erefere ~ Livre do Al?ocalipse. nao era mais do qu~a Rell;8tilO Orgaruzada. Est a fo i, ta lvez nes te s ecul o, a p rimeir atentuuva .delavagerude cere b ro . Nes ta f as e a Javagem consistia~n destrulcao de velhas concepclh.. e das ideias que I be s e s tevamIlgnda.s. : al t arefa, nessa altura como hoje, foi multo facil.A .mruono dos adep tos do Cr ist iani sr no , par mal i nfo rmados ,dei xavam-se e deixam-se engannr. Apresentavam-Jhes dOUIIi-nas que, por igno ranci a, nao pod iam nem sabi arn con tr ad iz ere, por i ss o, c on ve nc ia m -s e d e q ue t in ha m e st ad o errados enccn-(rondo, por fim, a verdade.,AtBeare desrrulr 0 Cristianismo, comparando-o corn Babi-101llll,'LOronde., nilo chegava. Quando s e des tro i qualquer coisa,Inl~'iC ..ubShtuI -la par outra. Era necessarle edificar . Estc u "crdll.deiro segredo da lavagem de- c erebrc cficaz. Nos cir-

    tG WILLIA~I J. SCHNELL TRISTA ANOS ESCn . VIZADO

    num Anunciador do Reine indo, PO t sua vez e por toda aparte , vender esses mesmos l ivros para bene fl c io da Organ izacao .Cumpre estrictam.ente 0 que the e impos to pel a Torre de Vigiae trabalha afincada e submissamente para atingir a quota devenda que lhe foi imposta. Por vezes e f oreada a actuar cont ra11 sua pr6pria vontadelPoder-se-a pensar num melber exemplo de bomens fei tosncgccl c com paJav ra s fl ng idas?Depois do armistlcio de 1918 s6 hav ia i ncer teza e con fusao,Impunha-se, portanto, escolher urn tOXIO das Escrituras queservisse aos objectives da Tor re de Vigi a. Qual se ria 0 melhor?A escolha recalu sobre 0 capitulo 24 de Mateus..Segundo afir-mam, e ste texto r efe ria -s e e spec lfi camen te , e s cm qual quer dis-vida, 8. shuaeao reinante.

    A Torre , ao Iazer uma tal afirmacao, omitira intencional-ment e que nou tra s epocas e por var ias vezes ja l inba bavidog uerra s e rurnores d e g u er ra s , podendo at e considerar-se algu-mas delns como Mundiais. A invas40 muculrnana. detida:is portas da Franca, depois de dominada a Africa e a Asia,leve consequencias mais graves para a civiliza~i1o do que a prj-meira Grande Guerra mundial . 0 mesmo se podia dizer ciainvas ito dos Hunos, e de mui tas out rus guerras! Assim, os rum~res d e guerras e 0 l ev a nt am e nt o d e Jlal;Oes contra na~Oes, qu ese deu em 19J4, nao foi um acontecimento impar da nossa era.Outros ja t inham ocorr ido.

    Porque fai usada, entao, esta pa8agem? SimpiesmcDteporque se enquadra va oa situacao e servia os prop6sitos daSociedade. Ao deturpar 0 s igni ficado desse texto das Escri turasa Sociedade da Torre de Yigia criava urn clima psicoJ6gicopropicio dando, aparente:n:ente . urn s igni ficado profundo Acampanha de publicidade que iniciara. 0 versfculo J4 dcssecapitulo E este cvangclho do re.ino scm pregado em lodoo mundo . .. e entao vird. 0 : f u n - , servia do cupula ao edincioprojectado. Jusl ifjcavase, as im, a campanba de venda de li-VIOS, color iam-se as fal sas i ll .l erpretact5es profeticns e engrossa . .V8In-SC a s f il ei ra s Co m novos proselitos.

    17

    Agora. sllo eles que passaram a oferecer urna Organizacao, em-born a tenham atacado quando escreveram A Queda de Babi-1 6n iB , a G r an de , C o nt ra di ze m -s e, m a s s en te m -s e s eg ur os , poiscon tl ar u que mil hees de pes soas nunea des cobr irao e sse cngano .Prosseguindo 110 seu plano, ao chegar 0 eno de 1938 des-trulram a personalidade dos indivlduos e impuseram-lheso ensinc do reino teocrarlco como a base dum trabalho e a~30em massa. Na Al emanba na o t ivemos subtileza suficlente parasuspeitar que esses Hvrose panHetos continham interpretaegesIalsas da Biblia e decidimo-nos a pO-losem eirculacao..Eu fuiurn dos que colaboraram nessa difusao. Assim, contribul paraa venda de centenas de miLhares de livros e pan8etos.FlOrio de V6I Nec6c:lo com PalalTU F fDcId ...N40 se pode Je r a h is t6 ri a e l it era tu ra da Torre de Vigia

    s ern se pensa r Da adver tenc ia de Sao Pedro: E por avarezafarao de v6s neg6cio tom palnvr ., f ingidas (II Pedro 2:3)_Eo certo e que usam com frequencia lextos biblicos i solando-osdos respectivos contextos e alterando--lhes 0 significado e inter-pretacao para alcancar os sel lS objectivos. Desde 0 inicio quese s er vem des te arclil para promover a venda dos seus l ivTOSe ganhar os fundos necessftrios a Orga.niza~ao. Estas publica-~Oes, que Sio re ita s aos mi lhOes, con ter o s empre oma part fcu lade verda~e, de pr~fere~cia no principio do Uvro ou panfieto.para at,ratr e sedu~lr 0 leltor. ~ resto torna-se simples. No fundo,cnco~tr am- se che JOs de dou tnna s e rr adas, expos tas numa g ir iapecuhar e co~usa, que atra_palha 0 leitor e Ihe faz perder aca~a, 56 IDaIS tarde descobundo que, sem dar por isso, renun-ciou Ii sua personalidadc e iniciadva.Toda esta engrenagem e montada para que a vitima setra.nsfonne num aut6mato ou eScravo da Torre do Vigia, a quehOJc d:lo 0 nome de Testemunbas de Iehovb. E , a ssim. cadaIIlna delas roi comprada com pal av ra s fi .og: idas . Pas sa entAoa ler, IOlllcnte, os livros que a Organiza~40 fornece e torna-se

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    18 WILLIAM J. SCHNELL TRINTA ANOS ESCRAVIZADO

    lOS edl tados pcla Sociedade. Dessa venda aufere ele enormesIucros que ~o empregadcs no desenvoJvimento do poderiodessa empresa colossal que vive de tais transaccoes. Aos quenflo eceitam as suas doutrinas dso-Ibes 0 nome de egfpciosp am t ere m c Li re it o de e sp ol ia -l os . J us ti fi ca m e ss a a ti tu de b as ea -dos no livro do Exodo, comparando-a com a dosjudeus quandosnlram do Egipto. Mas esta maneira de proceder, sejam quaisforem as razees apontadas, nile deixa de sec imoral, tanto maisque 0 s eu u ni co o bj ec ti vo e e nc he r a s c of re s d a S oc ie da de , m es -mo 1\ custa de adaptac6es e laterpreracees err6neas da PaJavrade Deus.

    19((Aauncios, An6ncios e oWs Anlioclos do Rei e do Seu ReleePara que a Organiza(j:30 abrangesse todo 0 mundo aschefes elabornram urn projecto de propaganda (nos moldes

    cmpr" ,ados pelas gran.drs. empresas americanas) em proldo Reine. Com esse objecuvo em mente aumentaram a t ira-gem dos livros e panfletos, traduzindo-os para 0maior ntimeroposslvel de Idiomas. Surgiu, p'7re~ um contratempo. Comoo ~pU'lto que _Dortes.vaa Socled.ade da Torre de Vigia er anltl~amente ann-amencano, 0 Presidente da Republica ordenoun prlsil~ de todos os dirigentes e conslderou a Sociedade comosubversive. Este acontecimento nao podia sec usado pelapropaganda, a nito secfora da Amer ica e, espcclalmente juntod?s alemses. Para .e~tes.os dirigentes americanos casu; Orga-ru~~l'I o e r~ as ~ltunasJ os armgos que sofriam a prisgo peloCSPlrlt~ d~ simpaua e compreensao que nutriam para com eJes.A este inci den te se deve 0 grande exito cia vis ita do juiz Ruther-ford A~emanha., onde Ioi ouvido por grandes multidOes,tantoem Berlim CO~O em todas ~ grandes cidades. Tudo iSIO, po-rem, na? servia par~ anganar fundos e, muito menos , parar~onqwstar a America! Que fazer, ent~o? Hi Lmuito que ~ S o-ciedade aprendera a user pa1avras falsas com a finnlidade defazcr n egc ci r ~ Pal.avrs de Deus e des que fossem arregi-mentados para difundir os seus escri tos.Nesse esphito decidiu ligar a campanha de propagandaIi esperance dourada e ja antiga do Crist iani smc Isto e 0 Reinade Deus. P~a. maier Snfase juntou-lhe a orde~ que jesus deuaos Seus discipulos: Ide, ensrnar todas as nacees, baptizan-do-as em nome do Pai , e do Filhc edo Espfrito Santo; ensinan,do-as a guardar todas as cotsas que eu vas tenho mandado ;c cis que Eu estou convosco todos as was , ate a consuma~~dos seculos (Mateus 28:19.20) Est . ordem de Cristo t cum-prieta par todos as vcrdadeiros cristaos desde 0 Pentecostes epara tal , nso foi necessaria que a Russelismo a tomasse fI . su a~Ol1tu..A .~tralegia da Torre e fazer adeptos a c us ta d e p al av ra sf a ls n s, u t il iz and o -o s , d e po i s, como vended ores dos livens e r ev l s-

    CAPITULO 3

    ESCRAVIZADO A TORRE DE VIGIAo Naufr'gio da Person.lid.de

    A partir d,e 1925 as Estudantes da BibJia tlveram queenfrentar a ddema resultante da nova politica imposta pelaT o~ re d e Y ig ia . C on ti nu ar ia c ad a u rn a d es en vo lv er a s ua p er so -naLtdade CTiSUl < i: ls po nd o d o s eu t emp o c omo u ma n ov a c ri at ur a,au submeter-se-ia totalmente a Organjza~ftoda Torre de Vigia,ded icando -s e de corpo e alma ,8 . venda dos seus livros e a anga-nacao de fundos para a S?cr ': "ade? A medida que 0 tempopassava, as que vecdiam tars livros, dedicavam maior numerode ho ras a esse trabalho e apresentavam Iucrosmaissubstanciaisgozavam de urn certo favorit ismo. Em conlrapartida, as queprocuravam dar fr uto s do Espir it o c ram c on si de ra do s C o moservos inuteis e, portanto, postos de parte.

    http://escravodaverdade.blogspot.comlTr los Jo rmado em Escravo

    Por essa aJtura a Sociedade sofreu uma remodelacao nota-vel, Ampliaram-se as escritorios e oficinas. Surgiu, tembem,

    TRI!\TA ANOS ESCRA YIZADO 21

    u rn me todo mais eficaz de pubJicidade. Acorriam, de todos oslades, os pedidos de livros e panfletos, Na Alemanha tivemosque transferir as Instalacoes de Barmen, no Ocidente, paraMagdeburgo, DO centro do pais. Ai, compramos vastas pro-priedades com os d61ares provenientes da Americ a e obti dosn a v en da de l iv ro s, Em Agosto de 1924 del entrada e m B e te l,quarrel general do m ov im en to a le ma o, n ao p er ce be nd o, n es sememento, que me transformara num autentico escravo. E essaescravidao foi de tal ordem que n;Io pude l ibel tar-me senaopassados 30 anos de terrivel sujeicao.Como a maioria dos Estudantes, eo acreditava sempreq ue e ra de irnportincia capital fazer eada vel m ai s f irm c a mi-nha v oe ac ao e e le ie ao . E , por i ss o, 0 40 J ig av a i mp cr ta nc ia a osmanejos da Sociedadc da Torre de Vigia em Brooklyn nem BO Sde Magdeburgo.A maior parte des Estudantes, como eu, estava absolute-

    mente convenclda de que a Sociedade continuava actuandosegundo a sua antiga humildad.e e altruismo, sac!ificando-seco mo u ma b es ta d e c arg a pe lo s irm aos , ra za o por q ue p un h aa nossa disposieac Blblias e revlstas. N30 viarnos qualquermotive que i n ib i ss e a O r g an i za c ao de f a ze r t a is s a cr if f ci o s, at6pOl que tinham-nos dito c tedito que cia era a nossa best. decarga, Assim, nada nos levava a suspcitar que a Torre esque-ceria 0 seu verdadeiro papel transformando-se, repentina-mente, numa besta dominadora de to do s os que cram cremesindividuatistas e passando a ditar 0 que devia ou nao ser Ielto.Calmos no laco e s6 multo tarde descobrimos que em vezde seres livres tinhamos side reduzidos a simples condi~ode esCI3VoS.Con ..... t..Ao entrar para a Sociedede da Torre de Vigia, em Magde-

    burgo, senti uma mudanca desauimadora. Em Berlim tivera aliberdade de pertencer a uma das maiores eclesias; do mundo.Havia paz, amor e alegria entre todos ossens membros. ~ramos

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    WILLIAM J. SCHNELL

    cr cn t~5 s incc ros, rena sci dos do Espir it o San to e . por in te rmed iode e n to, disfrutivamos do acesso directo ao Trono de DeusEst~ clima cspiritual desapareceu logo que me vi no seio daSOCI~de da Torre ~ Vigia. As estatlsticas e quotas de vendasubsutulam 0 convivio fraternal. Discutia-se a producao e cal-cuJava-s~ 0 seu custo, ~ vez de procurannos a orienta~lod o Esp i rJ . t~ S aD to , c b ed e ci amo s its o rd en s d a S oc ie da de . A I ib er -dade Jn~vld~al fora subst!twda por uma lealdade cega ft Torree SU!l~ dilect~lzes. Em Bertini davamos ocasiao a que (0 mesmoEspir ito tes tl fi casse com 0 OOSSO espir ito que somas f il hos deDeUS~}.m a s, a go ra , t in ha m os q ue a te nd er a or ien taC< loemanadados cs cr it 6ri os da Soc iedade de R~sell. para quem eramos,ou .nilo, boas Anunciadores do Reine, na medida em quesatisfizessemos as quotas pre-estabelecidas.o noy? nascimen to deixar a de te r qua lque r s igni fi cado ,sendo substitufdo par urna nomenclatura que hoje ainda existen os S al oe s do R e in e , i s to e , a c la ss e d e Mardoqueu-NoCmia de Rute-Ester e a de Jonadabes ou pessoas de boa vontade'Como a d ia n te s e h a -d e ver ensina-se A s Testcmunhas de J e hova .pert.e~centes a classe de Jonadabes, que nao podem naseer d~Esplritc, ~as que reeeberao a existencia e sp iri tua l a trave s dasua associacao com a Torre de Vigia.A Minh. Actua~io em MagdeburgoApesa r de s6 te r dezanove aDOS de idade, adapte i-me rapi da -

    mente 80 ambiente de trabalho de Magdeburgo. 0 novoas~IO da obra e ~ sua crganizacao atralam 8 minha juventude,Cnado num ambients gennanico e cducado desde a infdnciaa re speit ar ~ so rdens e ~ sconse lhos dos ma is vel hos e supe rio re s,eu e ra u .rn J~vem obedient e. Herdar a, ta rnbem , 0 arnot que osalemges dedicam a ordem e a organizacao Tudo isto contri-buiu para que me dedicasse, de corpo e alma ao meu novotrabalhc, a revhta do Gold.oe Zeital ter ,. (A'Era Dourada).Em pouco tempo consegui que a circulaeao subisse para

    TRINTA ANOS ESCRAVIZAOO

    325000 exemplares por mimero. Sentia-me no meu elemento e,por is so , ded ique i-me com afinco ao t raba lho, 0 que me levouR csquecer 0 meu primeiro amor. Deixei de ter tempo paraler a Bfblia, orar, medltar ou cuidar da vida inter ior. Dedicavacuda vez menos tempo a andar no Esplritc. Todos os minutesd isponivei s c ram empregados nos t rabal hos cia Torre de Vigia .A minha primi ti va consagracno ao Seohor n~o era mais queuma rellquia perdida nwn passado mais au menos distante,

    Pre. is io do Fim do MundoA S oci ed ad e d a T orre d e Vigia d ol b r a do p el as s u as e xc en tr i-cidades, Uma delas e 8 tendencia par a prever, com grandesensacao, as datas do tim do mundo. Primeiro marcarem-no

    para 0 ano de 1914. Es sa pr ev is so f al hou e muit os Es tudante sda BibUII) ficaram desnnimados. Mais tarde adiaram-no parao ano de 1925. Esta nova previsac fo i anunc iadn a tr ave s dosopusculcs A Q ued a d e B ab ib lo ni a, a G ra nd e e M il hO es d osque Agora Vivem nunca Morrerao. Com uma propagandaviva e persuasive a Sociedade, assegurando-nos que nesse .anover lamos apa recer os her ois do Yel ho Testamen to , nunca dei xouq ue e m n 6s a rr ef ec es s e 0 e nt us ia s mo e a p er sp ec ti v a, No Outonode 1924 meu pai quis comprar-me um fato novo. Pedi-Ihe queo nAo f i ze s se pois f alt av am P O ll CO Sm es es p ar a c om ee ar 0 a nade 1925 e , com e le , dar -so-i a 0 advent o do Re ine, Es ta a tit ude,hoje, parece-me ridlcula, mas POt ela ve-se bem a confiancaque eu tinha na Organizacao c na doutrina que ela difundia.A insistencia da propaganda sobr e es te pon to ti nha s ido eno rme ,obcecante. E, de tal maneira, que a grande maioria estavaabso lu tament e convenc ida de que 0 triunfo do Reine e a des . .trui1f4o do mundo impio estavam iminentes. Os cbefes, noentanto, nita acreditavam no que diziam, mostrendo-o peloss e us a c to s . A l g u ns d o s Es tu d an t es ma i se x pe ri e nt e sc omec a rama reparar nessa contradicao. A Sociedade aumentava 0 seupatrim6nio comprando propriedades, fazeado novas constru ..

    WILLIAM J. SCHl'(ELL

    eOc,s e ampl iando as suas empresas. Assim, a prevjs~o de queo mundo acabaria em breve e a aquisiezo de bens imobiliAriosestava em nltida contradicao.Uma nova Na~io-IdeaJizada pela Torreo adven~o. de 192? serviu para ~ostrar que 0 plano elabo-rad? pel~s ~lCJgentes t tnh.a como cbjectivo encobertc 0 aumento

    da ~nftucncJa. da Organizacao no campo mundiaJ. 0 6rgio~fi?al da Socle~de. A Torre deVigl~), pubhcou urn artigoinutulado Nascimento de uma Nacac. NeJe os autotes pro-curavam deturpar 0 conce it c b lb li co de que os c remes em Cr is toJesus fonnam uma nac;lo de rels e sacerdoles para Deus (IPe-dro 2:9). Esta verdade gloriosa, e que 6 a essencia eta persona.lidade cristA, foi alterada proclamando-se que a Sociedadcera eSSB N3Q:lO.

    Enquan to . P~o rnost rava , concl udent ementc , qu e cadacrente como IOdivld~o seria uma parte dessa NaQao sob a di-Eecc;ilo de Deus e Cristo, a Torre de Vigla alterou esse conceitoe interpretou-o como refcr indo-se B uma dassel No caso pre-sente era a ,?lasse dos Servos Sebios e Fieis, isto e, os diri-gentes eta Soc iedade , a quem todos os bens ti aham s ido entr e-gues.

    As~im, esta nova nac~o: nasci?-a em 1925 pelo fulgorda revrsra A Torre de Vigia, teria a composiciio seguinte:u rn a c la ss e d e S ~~ Y OS~abios e Fieis, a domlnante, e ados Jona-dabes, Sc m espirhualidade, que n40 teria parte nesse Reineou Nayao. mas que se encontraria absolutamente sujeita i\ssuns ordens. Todos e st es subditos seriam reduzidos a escravi-dlo desse Reina que ~u.rarja mil anos. Haveria, portanto, umacJasse de pe. ssoas supenores e out ra de meres escravos. Escravose ta teottaclB dourada que governaria despoticamen,te urnamas sa t eocra tic a, ou Jonadabes .

    ~ste plano devidamente amadurecido desenvolveu-sc ap ar ur d . 1 92 5 e e m 1 93 8 e nc cn tr av a- se r ec on h ec id o e a da pt ad o

    TRlNTA ANOS SCRA VIZADO

    tol como OS dir igentes do Russeli smo 0 t inham idealizado,Desta maneira a Teocracia transformou-nos em escravos doReina da Torre de Vigin.

    Acorrentado de corpo e alma A s Tcs temunhas de Jehovac em complete sujei~o. eu era um desses escravos.

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    CAPiTULO 4BREVE ANALISE }. ORGANIZA

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    10 WILLIAM J. SCHNELL

    CAPITULO

    UM SALTO NO TEMPO

    Para uma melbor compreensao das minbas experienciasvividas oa Alemanha e , ma is tarde na America, torna- senecessario referir factos postcriores.http://escravodaverdade. blogspot.com/C IG SS

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    81 WILLIAM J. SC HN E L L

    CAPtTULO 6

    JUIZ VISHA A ALEMANHAasdejeova.netlforum/index.phpo desp.rtar da Obra em Magdebu'go

    A Be te l de Brooklyn i ns ta la ra , em Magdeburgo 0 seu ~amogermanico. Devido a recente mudanca para essa localidadeos nossos Escrit6r ios estavam em completa desordem Euencontrava-mc aquartelado nas aguas fur tadas do Pal.cio deCrisral, sede do uabalbo na Alemanha. Para subir !lt~ hi tinh.3que ser v ir-me duma escada de milo e ~ntrar J?cla J.anela, potsa inde nao fo ra constr utda urns comunicacao mtertor. Algunscompanheiros, gracejando, diziam que deseer essa e~ad~.cada manha, era como ir para 0 inferno. Nas caves do ediflciohavia urna tipografia equipada com a maquioaria essenciall impressao dos nossos livros. 0 meu primei ro trabalho foipor em ordem a s d if erent es par te s impresses que formavama HARPA. Juntava-as umas as outras atl!: c ompleter urn livre,que depois seguia para a encadernacac onde 0 cosiarn, colavame punham capas. Apesar das ccndicces de tr~ba1ho screm urnpoueo primitivas, consegu1arnos pOr em circulaeao grandenurnero de livros de boa qualidade.N a Primave ra de 1925, quando se esperava a Jim do mundo

    para a Grande Multidao, era a mesma. Justificava-se estenivelamentc pelo simbolismo da imagem de Daniel 2:31-34em .que 0 ferro e 0 barre se encontrarn mi stu rados nos pes.Assim, estas Testemunhas, uma multidao vasta e rnista,fo rmavam os anda ril hos da Organiza~ao.Qucm pro te sta ss e con tr a e ste n ivelament o s eri a comparadoaos rrabalhadores que reclamaram por ter trabalhado maisho ras , Oeste m odo e inteligentemente, a q ue st ao f ic ou resolvida.Desde esse momenta as publicacoes tomaram 0 nome de anova semente eliminando, assim, a Palavra de Deus e substi-t~ndo-a pelos livros, folhetos ~ revistas da Sociedade que Con-tinharn e mirustravam a cornida a seu tempo. Deixou-se emabsolu te de p rocl amar 0 unico nome pelo qual podemos sers alvos : JESUS. Os d lri gente s da Soc iedade , e levados a d ire ct o-res da Teocracia, eliminaram como imitil a doutrina pura daPalavra de Deus e colocaram-se a si pr6prios em seu lugar.

    Como a super-organizacgo, assim criada, obrigasse asTestemunhas ~ s ubmeterem-se a todas as imposicces da Teo-cracra, foram criadas os Exactores de Zonas para funcionarcmcomo os olbos e ouvidos da Sociedace que irnpos este sistemaem 1 4n p a ls es . O r ga ni zo u, t am b em , Escola Blblica de Gileadepara insrruego de centenas de misrionarios, seus futures emis-sarios a todos os cantos da Terra. Como consequencia destasmedidas existem, hoje, em todo 0 mundo, as Testemunhas deJehova, rlnlco Dome par que slIo conhecidas tanto as classessuperiores como as inferiores. Mas acima de todas esta a Socie-dade da Torre de Vigia, ou a classe dos Servos Sabios e Fieis.Como os pa.gilos, que moldam as suas pr6prias imagens e asadoram, assim estas Testemunhas, duma maneira abjectarend~m culto ~os pequenos douses de Brooklyn elevados p o ;eles a Teocracia. Ontem era o INDl vlDUO. Hoje e a TEO-CRACIA. Amanhlt sera A SOCIEDADE DO NOVO MUN-DO!

    T RIN TA A N OS E SC RA YIZA DO

    ,clul6ide onde meri urn cartao com 0 nome das respect ivascongregacoes e destinadas a cada um dos convencionistas.I s sn s capa s, s aindo a dez cen tavos por unidade, fo ram vendidasIt lim escudo cada. Os lucros deram entrada nos cofres daSociedade.o J ui z, n um rasgo de p ur a b e n el 'o l en c ia ) e e x ib i ci o ui smoe para evidecciar uma atitude paternal, ousou imitar 0milagredo multiplicacao dos pies e dos peixes feito por Jesus. ParaIISO slimentou a multidao, A cada um dos presentes a Ultima,essilo da Convencao forneceu urna salsicha e urn pouco desnlada de batatal Este gesto teve a repercussao desejada. Du-ronte anos, nas minhas viagens atraves da Alemanha, dasmuit as cois as oco rri da s nes sa Convencao memoravel , a g randemaioria dos assistentes s6 se lembrava da salsicha e da saladade batata fomccidas gratuitamente! Que esperto era 0 Juiz!Haviam-se perdido a personalidade individual, a liberdadecongr egac ional e todo 0 direito de independencia, mas nadadisso tivera qualquer valor perante 0 sucuJento banquete ofe-recido por Rutherford!Na vespera da abertura da Convencao e enquanto presidiaa urn jan tar oferecido aos 150 mernbros da famJlia de Betelisto c , aos d ir igen tes da obr a, 0 Juiz fez um discurso. Com elo-quencia descreveu a sua prisao na penitenciaria de Atlanta,refer indo-se com 0 maier enfase ao momento em que juntoda jnnela gradeada e agarrando as barras clarncu: Se Tu, Se-nhor, me tirares daqui, prometo nunca mais deixar de atacara Cristandade e de pregar, por toda a parte, 0 Evange lho doReino.Por ult imo, disse nAo ser seu desejo antecipar egols ticamentea. ida para 0 ceu quando havia ainda tanto a fazer na terra.A DOSsa . t en sa o e e "p ec ta ti va c re sc er ar n, p oi s todos esperavamoso tim do mundo para breve. Mas ele. habilmente, levou-nos 0.0cume de urn monte mais alto que 0 monte da teota9i'l0. Oafmostrou-nos as multidoes famintas e prontas a fazerem partedo nosSo Rei na , j ust ifi cando par e la s a neces sidnde de e limi na ra esper8n~n de presencianno5, em breve, 0 fun do mundo.

    8786 WILL IAM J. SC HN E L Lc u apar ic; it o dos Princi pe s, f oi 0 Jui z Ru ther fo rd quem, af inal ,apa rcceu t ra zendo coa si go uma boa Soma de d inhei ro des ti nadaa pi omover a nossa expansao,'X Durante a sua visita deu-se um iocidente na minha presencequ. e pas se a con tar , 0 director da Organiza~t' (o no. AJemanbadelxara crescer urna grande b3 1ba n o g en er o da usada peloPastors RusseU. Esse adorno capilar desagradou ao Juiz pornso g.r,0stal que Ih~ rccordasse:m 0 past or Uma noi te, enquan-to ceavamos, 0 director pediu ao JUiZ uma m:1c;uina rotativapara me~horal 0 iendirnento da tipografia. Ele fez de conta que~ll~ ouv~Ta e contmuou a comer. De repente, e flxando comInsistencla a barba do director, disse: Te-Ja-a com a condicaode cortaro essas ~arbas. 0 director ficou of en d ido e cbocadomas no dia segulO~e, ao s~ntar~se Amesa. trazia a cara rapada,Como desculpa. disse: As minhas barbas prefiro a rotativap.ara engrandecbnento do Rcino. (Mais tarde viu-se 030 sersmcera a sua maneira de sentir.) Assim, pela astucia e usandode todos os meios, 0 Juiz aniquilou, primeiro na Betel deBroo~ly.n e depols na da Alemanha a ideia do fun do rnundosubstituindo-a pela do REINO. '

    A CODven~~o de MagdeburgoA esta Convencao assistiram cerca de quinze mil pessoastornan~o-se diffcil, se nilo impossivel, instalar tanta gent~

    numa cidade de provincia como Magdeburgo. Resolvemos esseproblema construindo instaJac;6es sanitarlas provis6rias e ar-~ando tendas ce circe, onde instalamos tooos os ccnvenclo-nistas, cabendo-me a responsabilidade directa de arranjar ost.ansp0ltes, para 0 que o rgan izei tr ezc combo ios e spec in is quet ro u. xe lam o s convencioni sta s de t odos OSpon tos da AJeiuanha.o dll~tOl, agol3 sem bal bas, deu-me a entender que eu deviaa rr anJa r u rna boa quanti a em d inhe il 0 para custcar as despesaspara podcr apr~se~t ar ao luiz um relat6r io f inanceiro favordve(Com esse obJecuvo mandei razer umas pequenas capas de

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    18 WILLIAM J. SCHNLLE

    Expondo as seusanseios quanta ao aumento de circula~ode livros e mais Iiteratura, comparou a nossa marcha a saldados israeli tas do Egipto, os dias de peregrinaeao no deserto,a chegada a Terra Prometida, a formacao do Reina Judalcoe a const rucao do Templo . 0 nosso Reina formar-se-ia damesma maneira, A monarquia judaica, com a morte de Salo-m a o, d lv id lra -s e e m d ai s r ei no s. N 6 s n ilo c om et er fa mo s 0 mes-mo erro, Nilo era Russell, nem ele Juiz, mas sim um cons6rcioa exercer a comando supremo, ou seja, um governa colecuvo.Os presentes 56 compreeodiam 0 Juiz at raves dum iaterpretealemao, conheeedor deficiente da llngua inglesa, Eo, dominandopcrfeitamcnte esse idioma, nilo perdi uma palavra.Momentoo de D6rido

    Tude que ouvi e presenciei pOs-me Dum e stado de g randeinqu ie ta cao e sp ir it ua l e l evou -me a u rna med ita~il o profundaC h eio d e d uv id as , fi ca va acordado noi tes inteiras ponderandono que acontecera ao meu ideal cristae do nOVOnascirnento.aLembrava-me dos dias de Primavera Crista, quando aindasentia a impor tanc ia da ce rte za do Senbor aprovar cada umdos meus acto s d ia rie s. Agora , tudo indicava a minha preocu-pa~ il o exc lu si va com 0 preenchimento das quotas previstase demais tarefas. Ao tcrnar-me parte integrante duma organi-z~a.o de caracter mund iaJ , t eri a eu ganho 0 mundo e pe rd idoa m inh a a lm a? (Mateus 1 6: 26 .) S e e ss e e ra 0 caso nilo tirava,na verdadc, 0 minimo provelto, tanto no campo espiritualcomo no material au qualquer outro ...

    Apesar das conclusOes a que chegara, tudo esqueci dedi-cando-me completamente ao meu trabalho, a impressao denovas livros. Par essa altura foram convocados carpinteiros,ped re iro s, c anali zador cs e ope ra ri os e spec ia liz ados para CODS-t ruirem novas e d if lc i os e o f ic i na s , uma nova Be tel .

    10 WILLIAM J. SCHNELL

    cos por e!as. prcstados. Tjnh~os reeebido instru~Oes paracortar a direito e forcar as Ancillos a sairem sem comempla-~lIo pela etica crista ou pelo arnor fraternal. A mudanca nascongrcga~Ocsfoi radical.

    P~a minha vergonha confesso que desempenhei as fun~Oesde DIrector Duma ~ongregaoilo de 175 membros, todos elesEstu~ntes da. Blblia, sendo nomeado, scmente, para imporas lei s da Sociedade. NAo fw aceite, nem as minhas ordensc ump ri da s. C o m 2J anos a pe na s, e nf re nt ei c om e ne rg ia a s meuso pc sn cre s, t od os e le s a nc ia os r cs pe it dv ei s, c om ee an do p or c ha -m r u : -1hes servos ~aus e rebe ldes. Depois, e Du m apelo,pedi que me segurssem os simpatizantes da Torre de vigia.Dos 175 membros da Congregaolio s6 8 se dcclararam a meufavor.

    Com esses organile~ uma out ra congregecgo, desempenhan,do eu as fun~Oesde Dorector de Service . A Sociedade deu-meplenos .poderes e permitiu que. de Magdeburgo. si tuada a100 qud6metros, trouxesse todos os D o mi ng os t re s camleescarregados de Anuncindores. Assim, conseguimos iguaJaro StU n um er o, b av en do n o e nt en te u ma d if ere ne a bern flagrante.~nquanto eles .viviam no Esptrito, n6s nilo passavamos des J: ?l pl cs an un CJ ad o~ e ~ el] de do re s d e livros cia Torre devigie. Uma actua~40 identica liquidou por toda a par te todo0. antigo sistema, nas'7ndo a ss im u rn conce it o novo. Aos An.cdlos davam-se as ultimos lugares e permitia-se-lhes que cui-~sem somente do campo espiritual, pais tudo dependla doDirector, figura suprema mas simples executante das ordensd,os Chefes. Foi -lbes t irade, tambem, 0 ens ino b fbl ico e a mat e-na para estudo encontrava-se estereotipada nas paginas deA Atalaia.Por fun, a Sociedade eliminou 0 trabalho do, Anciaos. Come st a m e di da e vi ta v a- se 0 3:u.to--domlnio e d i re c cg o c o ng re g ae io ,nal, cJmentando-se. deflOitivamente a Teocracia que, desdeBrooklyn. tudo dommava. Deu-sc, como e ra de e sper ar. a r evol-ta des con~ga~Oes m a~ s i mp or ta nt es , m as nada conseguiramc om e ss a a tl tu de . A SOCJedade . ao s poucos, suCocou-as impon-

    CAPjTULO 7

    JOEDtANDOhttp://escravodaverdade.blogspot.comOu C r e s ou MorresNas minhas viagens a Berlim, para visitar os meus pais

    e a rn igos, pude apr ec ia r o s d .anos causad?s a congrega~ilo ~essaeidade pelas novas directrizes da Sociedade, Esta obrigavaas Anciaos a renunciarem aos seus Jugares sob 0 pret~xto ~einfidelidade, substituindo-os sempre .por elementos juvenis.Fora oomeado um Director de SeCVI~o c?m plen~s poder .essobr e os Anc iaos all Presbtteros . .Esta posl~ltO devia-se a c~r-cunstancia de ele executar exclusivamente as ordens da Soc . .e-dade, em v ez de serv ir a congrega~ilo c om o ~ ra no~.e babltodo, Anciaos. Em 1927 os Anciaos tinham sido dem'Udo~ urna urn e os Directores de Service passaram a ser os admimstra-dores absolutos das varias ccngregacees.Nesta depura~o os directores recebiam ordens de Magde-burgo que. por sua vee, as recebla de Bro?klyn. Jovens, co~oeu cram nomeados para servir como Directores de Se!",~90.A 'escolha recala sempre sab re cs m ais imputsivos e m e camca -mente l ea is a S o ci ed ad e. E f ec tu A v amo s a s n os so s d ev er es c o~r ud ez a e s em a te nd er mo s as cabecas encanec lde s ou aos seCVI-

    TRINTA ANOS ESCRAVIZADO

    do- lhes a judant es , todos e le s j ovens e spec ia lm~n~e t -: i? a~os1';len servirem a Sociedade e que gozavam de direlt~s ilimita-des. Houve disturbio , e nao poucos, mas s6 scmram paraevldencla r o s opositores a Torre de Vigia.A Limpcza . h o g . HotelPara reorganizar a nossa Betel. segundo a direccao deB ro ok 1y n, b ou ve q ue li qu id ar c s r ea ce io na ri os . E s ta o pe ra ~a oalcancou 0 seu objectivo entre 1924 e I 926. .Pensando servir ao Senhor com maio r fidelidade, nadarecebiamos pclo noSSO trabalho, eontcntandc-nos, apenas,

    com a com ida e 0 vestuario. Pouco a pOiCO a Scci edade t or-neu -s e mai s exigen te impondo-nos cenas re~ como

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    WILLIAM J. SC HN E L L

    terem abandonado a Sociedade, dando-Ihes 0 nome de dissi-dentes, munnumdores ou infieis. Os membros da classe Rute-MEst er, imediatament c inferior, ocupavam os l ugar es vagospela salda dos outros. Como os protestos contra esses aetosa rbit rar ios se multipl icassem, a Soc iedadc enr rou em cenaqual S iegf ried com a espada desembainhada para malar 0draglo. A Iuta, desencadeando-se com toda a ferocidade, tor-neu-se insuponavel para os creates sinceros que ainda perma-nec iam f it is e fumes nas suas re la~Oescom 0 Senbor lesusCristo. Rejeitando energicamente as imposicoes de Brooklyne Magdcburgo, desaparecerarn aos poucos das congregacees,onde com as suas vidas consagradas ao Senhor, t inham sideautenticas testemunhas de Cristo.Alterando os textos da Biblia, e fazendo-os ajustar aosseus pianos, a Sociedade desprezou os Anciilos ou Presbiteros,e as Organizaeoes de Brooklyn e de Magdeburgo passa rama ser governadas por agentes da Teocracia que a si mesmosse intituJavam Servos Sabios e Fleis. A duplicidade destescabc:cilhas tornou-se evidente at raves dos seus escritos,o servo sabio e fiel, a que sc re fe re a passagcm de Ma-teus 24:45-52 era , segundo diz iam, uma c. luse , e isto paraanular a primitiva crenca de que Charles T. Russell personifi-cava esseservo. No entanto, afumavam tambem que 0 servomau da segunda pane dessa mesma passagem referia-sea cada um dos lDdbiduos e 010 a uma classel A duplicidadeera e e bern patente!

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    WILLIAM J. SC HN E L L

    justificava semente a sua Organizacao, Laneava de iguaJ modourna baseesoterica para 0 incremento das obras, ritos, cootagemde tempo gasto na venda de l ivros, seu cstudo e a execueao derelatcrlos. Os nossos Anunciadores provenientes desse mesmoesforco, e como novos membros, nasciam dessa Mulher-Orga-niz~O)}, tal como acontece com qualquer crianca, De acordocom esta explicacao todas as igrejas e organizacees profanasprovinham de Satanas, A deles, isto e , a Torre de Vigia era aOrganiza~o de Deus e encontrava-se instalada em Brooklyn!A de Satan's, emLondres! Esta doutrina foipregada eensinadade 1928 a 1938, data da aparicao da Teocracia como (micarepresentante de Deus na terra. Qualquer organizacac pollticaou comercial era considerada como Egipto. Os Cat61icos 0Protestantes correspondiam aos Moabitas, Amonitas e Idumeos.

    N6s estavamos deotro e os outros de r o n . A partir de 1928,e em confonnidadc com estas doutr inas , as TestemunhasdeJehova deixaram de pregar a Cristo e de baptizar os crentcs.As visitas decasa emcasa Iaziam-se nao com 0 intuito de pre-gar, mas para explorar os Egipcios (.odo II :2.) Procurnvarne atraJarn com astucia as ovelhas de outros apriscos para tim--las, boadosa.mente, duma crganizacao satanica, Afinnavamtambem, nilo ter que obedecer a quaisquer leis nem respcitarautoridades ou governos. Sc as prendiam diziam-se vttimas deperseguicees ...o ensinamento d.a organizaclo teocnitica tornou-se milvezes pior que a casulstica dos jesultas. A saudacao a bandciranacionaJ ou qualquer outra ~ cons iderada como honrara pr6pria i rnagern de Satanas, Exige-se uma obediencia cegal Torre de Vigi a com opos i~30 absoluta a qualquer out rafonte do autoridade. Pegar em arrnas para combater 56 e admis-sivel se a ordem emanar da Organizacao de Deus; porque, nofinal, todos as seres bumanos serlo destruldos com excepcaodos refugiados na Torre de Vigia.(

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    WILLIAM J. SCHNELLda Terra Prometida scrviam de (~a~.Nwna de,sas e~ort~i les ex erna e depontes de compara_tArio, de Kadaver Geb cedeu-se, POlS apelidou os volun-gll ia militar genniniea e : : ; - " " t f . Esta expres,jlo pertence AcadAveres. Mais de metade l o C ! a JdeJ~ duma obc

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    50 WILLIAM J. SCHNELL

    Depois do vAriosestudos e alteracees alcancamos 6ptimosresultados tanto pelo volume de livros e folbetos saldos dasnossas oficinas como pela margem de lucro obtido. Aprende-mos, tambem, 0 valor de calcular 0 custo da producao. Conse-g ui mo s, a ss im , q ue a qu alid ad e e 0 p re co s up er as s em a s c di ~O e sfeit as em Brooklyn , e . como ntto tivessemos despesas peladistribuicfo=-os DOSSOS Anunciadores pagavam as pro-prias despesas vendendo os ltvros nas horas vagas-os lucrostomaram-se fabulosos. Havia tambCm os Colpor tores e osPioneiros a quem enrregavamns as livros com 30% do lucre,guardando eles para si 70 % .Quando necessiravemos de quantias elevadas nAo recorrla-mos Asverbas amealhadas Acusta dessas vendas. Prefedamoslancer mito de e mp re su mos a base de bonus por n6s emitidose subscritos na totalidade pclos irmaos, Assim, fugtamos a dariofonnacoes ao fisco,

    A n os sa O r ga ni zn cA o teve urn Sxito es trondoso e a Sedeem Brooklyn ordenou que nos encarregassemos da Pol6nia,Cheeoslovaquia, Romenia e Austria, nomeando-nos tambemimpressores para os pal ses escandinavos. Se nlo fosse aguerra em 1939, ter lemos ganho a Europa para a religiAodaTorre de Vigia, Mas a guerra, provocando a paralisacao quaseque total, aniquilou os DOSSOS planes de expansao e cooquista.S e a s n ac Oes n lo t om are m medidas repressivas bern energicas,as Testemunhas de Jehova, usando os mesmos meios que em-pregamos para doutrinar a Alemeaba antes de 1939, poderaodominar os Estados Unidos e, mais tarde, a Africa, a Americado SuJ, a Asia e a Europa.Brooklyn ~ao deixou de aproveltar os ensinamentos colhi-dos atraves dos metodos usados na Alemanha. Por ultimo,montou urn Colegio tio importante para as Tes temunbasde Jehova, como 0 sao Eton e Cambridge para a diplomaciae ciencias politicas inglcsas.

    WJLLIA~ t J. SCHNELL

    da Organizacao, 0 melhoramento dos metodos empregados,a a ume nt o da p ro du ca o e do volume de vendas, pouca conside-raclo se dava aos gostos ou anseios de cada urn. Eramos hemalimentados e dispoinhamos de acomodacees modernas, bernmelbores do que as da maioria das nossas famllias. Mas comoa nossa vida s e e nc o nt ra v a organizada dentro duma ri8idezt remenda, nenbum partido ou sal is fa~lo ti rAvamos dessesbeneficios. Aim de tres reuniees semanais, trabalhavamos scisdias por semana e,por vezes, s et e, N i o p as sA v a mo s de simplesaut6matos. Entretanto, a Organiza~40 engrand.ecia 0 seupoder a CUSla do aumento das vendas e tudo corria a s milmaravilhas.Nilo havia favoritismos, a nlo ser para os espioes do Di-rector. Este dizia-nos: 'fenho conhecimento de tudo aquiloque os senhores fazem ou dizern. As nossas fal tas, t an to asgrandes como as pequenas, entravam nos arquivos servindode prova, para nosso espanto e revol ta , quando nos queriamcastigar ou repreender. Por este processo 0 Director aumentavao seu poder e mantinha-nos em sujeiCio ccmpleta , Ele , noentanto, consigo proprio nilo procedia com tanta r ig idez.Usava roupas ioteriores de seda natural, fatos de primeiraqualidade e habitava urn apartamento de luxe num dos subur-bios residenciais da cidade. Dispunba tambem dum Merce-des com r no to ri st a e viajava em primeira elasse sem [ustificaras suas ausencias prolongadas, par vezes, de mais de quinzedias. Havia um contraste nhido e chocante, porque n6s, traba-Ihando por 15marcos mensais, mal nos podlamos vestir e, sev ia ji va m os e m service da Organizacao, faziamo-lo em 3 classeou arnontoados num velho carro, 86 com 0 auxilio das nossasfamJlias consegulamos manter uma certa decencialTodas estas circunstancias, par provocarem um desconten-tamento geral, chegaram 30 conhecimento do Juiz que quistomar medidas repressivas contra 0 nosso Director. Este,avisado pelos seus esplees , e para as evitar , reso lveu fazeruma viagem inesperada 0 desnecessaria A Romenia. Al foiparar Aprisao por tomar certas atitudes contra as autoridades

    T RIN TA A NO S E SC RA VIZ AD O

    Mctido em Dif icuJdadesFui habituado a expor os meus pensamentos em voz

    ulta e com plena liberdade, mas essa ati tude trouxe-me seriesembarecos, E embora acreditasse no direi to de expresserlivremente as minhas opiniOes, aprendi bern depressa que, sequcr ia veneer, devia medir cuidadosamente tudo quantod ls se ss e. 0 rnel ho r me todo era falar POl lCOe somenre quandorespondia a qualquer pergunta formulada, quase sempre,it mesa e durante a s refekees.Em 1926 fui admoestado por omilir voluntAriamente 0ntimero e nome des irmaos que nilo quise ram assinar urnpedido arbitrario para permanecer em Betel. Era d.a minharesponsabilidade convence- lcs a assinar esse documento edeclarer os nomes daqueles que levantassem obieccoes cons-cienciosas a urn tal procedimento. Por algum tempo, cercade urn ano, consegui que esse assunto permanecesse arquivado.o chefe, no entanto, conhecia muito bern os meus manejose certa vez , d i s se -mo c1arameotc. Eu c re io que e le a t e ad iv i nh av a0' 5 meus pensamentos. Kad.ver Ge ho r ssM (o be d ie n ci a cega oude cadaveres) era a u ni ca lei a seguir. Aprendi, p ci s, qu e a s T es -t emunhas de Jehova nae perrnitem a menor desobedienciaa qualquer das SUBS leise ordens, em contraste com 0:; pr6priosGovernos que permitem a iseucjlo do service roili tar quandoSilo apresentadas objeccoes de ccnsciancia. E assim precedea Organizacac de Deus! Dcsobedecer no mlnimo as.ordensemanadas dos escrit6rios de Brooklyn ~ ganhar a qualificacaode mau servo. Como born jovem nlo fui condenadomas apanhei uma severa reprimenda... e dela nuoca meesqueci.ln tranquil ldade em Be te lEm Betel, 0 centro do poder teocratlco em Magdeburgo,deu-se uma autent ica cevolucao. Com 0 desenvolvimento

    TR IN TA A NO S I!SC RA YIZA DOe a favor duns Irmaos que se encontravam presos, PeranteUloinesperado acontecimento 0 Juiz esqueceu-se das acus~Oesque pesavarn contra ele e intercedeu pela sua libertacao. Foinssim que 0 nosso Director, usando de astucia e manha, se li-vrou duma situaydo bern crltica. Estes factos tornaram-sepublicos quando 0 ded.icado Director tom ou um a atitudehostil II Sociedade devido a opressao nazista que pOs termoao nosso trabalho,Ocsiludldo

    Em princlpios de 1927, aborrecido com a Organieacac,sentla a alma verdadeiramenle torturada pela supressao totaldaminha liberdade e pela dureza e dcspotismo com que a Torrede Vigia arregimentava os seus adeptos, Se abandonasse Betel,continuando a viver oa Alemanha, nunca encontraria paze seria seguido e perseguido ate a Organizat;Ao aniquilar todae qualquer inlluencia pessoal. Decidi, portanto, voltar AAmt-r ica e para i sso servi-me da minha certidao de nascimento.Depois de treze anos de ausencia voltava Aminha patria. Masnem aqui deixei do ser alvo da persegui~Aomovida pela Torrede Yigia, como adiante mostrarei .

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    cAPfrULO 10

    l'IONElROS! OH, PIONEIROS!http://extestemunhasdejeova.netlforum/index.De (ofa para dentroQuando cheguei ~ America do Norte, em Junho de 1927o meu procedimento para com a Socicdade da Torre de Vjgi~ti~adeixado deser igual ao que tivera tres anos antes, quando,cheie de sonhos e esperancas, t ranspusera as seus porta ia .Agora, s6pensava em mandar vir a famil ia da Alemanha porpressentir que a v ida, ali, iria de mal a pior.Durante este periodo de ajus tarnento , de 1927 8 1931passei a examiuar as coisas de fora para dentro, numa ati tudeabsolutamente contraria a anterior.Jnstavam para que voltasse

    A s minhas actividades anteriores, mas opus-me. Meus pais,seguidores entusiastas da Sociedade, dispuseram-se desde logoa trabalbar com 0 mesmo animo, n ilo deixando de insi sti rcomigo para que me afistasse novamente. Ma s eu, devido a stristes recordacoes de Magdeburgo, nao tomci qualquer com.prornisso. Embora as dirigentes de Brooklyn na o fossem tAocU ta do re s co mo o s a le ma es , eu n ao m e p od ia e sq uc cer q ue e le st i nb am s i de o s i .O sL ig ado r es d a Te o cr a ci a g e rr ni i ni c a, a r qu i van dopam uso proprio e futuro todos as erros e s ucessos desse tra-

    WILLIAM J. SCHNELLcerea de quatro anos a America debateu-se com as tcrriveisconsequencias da depressao financeira e a Sociedade soubeaproveitar-se dessa oportunidade calda do C e U . (A depressao,segundo diziam, era urn dos s ioai s da proximidade do fimdo mundo).Formaram-se como que pequenos lagos au charcos ondeas pessoas se debatiam assustadas por essa depressao formida-vel , prenuncio duma rulna quase total . A Torre, como sempre,comecou a pescar nessas aguas turvas e revoltas, acbando comfacilidade 0 que procurava: tornar-se Duma especie de Areaonde todos se podiam acolher e achar refugio seguro .Retorno bileIras

    Russell. usru:a 0 service de colportores mas estes, segundoas novas directrizes, passaram a formar wn grupo de Comandoscom 0 Domede Picnelros. No campo espiritual podiam SCI COD-siderados como as tropas de choque do Juiz Ruther ford.Este grupo, fonnado de elementos escolhldos e leais, constirulaa reserva que actuaria quando se desse a grande avancada paraa implanta9ao da Teocracia. 0 Juiz nilo deixava de mostraro seu favoritismo por estes elementos. Oferecia-lhes livrospara com 0 produto da sua venda comprarem sapatos e anda-rem he m calcados sobre a terra, 0 trabalho destes pioneirosassim como a sua organ.iza~30c direccao, eram em tudo seme~lhantes aos grupos formados na Alemanha.Em 1931, meu pai, pioneiro desde 1930, associou-se ao genree a filba. luntando os recursos disponlveis compraram urn Fordmoru::1oA e.atrelaram-oo a .urn atrelado feito por meu pai,e assun paruram para urna cidade do Estado de Nova Yorkoade iniciararn a venda das publicacces da Torre. 'As f i ie i ra s aumentavam com a incorporacao de novos recru-tas que aparcciam cada vez em maior numero. Por tim, eu pr6-pric, e depois de resistir durante dois anos, resolvi entrar nova-mente para 0 trabalho activo. Comprei urn carro com atreladoe juntei-rne it familia entilo no Estado de Georgia.

    TRINTA ANOS ESCRAVIZADO

    balho. Mais tarde ou mais cedo, a Torre de Vigia aproveitar-..se-ia des metodos empregados na Alemanha e, seguindo asmesmas pisadas, imporia u rn a T eo cr ac ia A c rg an iz ac ao a m er i-cana.Atraso da Obra n . AmericaNAo havia duvida que ell agora encarava a Sociedade daTorre de Vigia objectivamente. 0 meu cor~lo encontrava-sedefinitivamente desligado dessa obra, isto e , do lade de fora.Observava as coisas desinteressadamente mas, mesmo assim,pude notar desde logo urn atraso bastante substancial em rcla-~ilo ao trabalho atemac, principalrnente no capitulo de publica-

    ~Oes. As aJemi'lseram multo superiores. Procurava-se desdc1929melhorar este atraso ou e v it a- lo , e p ar a i ss o, punbam-se empratica os metodos empregados na Alemanha. A depressaofinanceira par que passou a America fez deter a nossa marcha,mas PO outro lade criou no Torre de Vigia urn esplrito maisganancioso. 0 andameoto vagaroso em nada se parecia coma vida incansavel e active de Berlim. Descobri, imediatamente,que nao podia ser de out re maneira, porque QS alemaes cramdiferentes dos americanos na maneira de pensar. Estes ni lequeriam sujeitar-se a rigidez do sistema alemao, obrigando asdir igentes a usa! outros meios para impor uma obedienciaem massa.Na Europa, a Sociedade aproveitava-se das consequenciasci a guerra, mas por cia nao ter atingido a estabilidade do governoau 0 sistema de vida do povo americano, nac se podia seguir,com este , 0 mesmo programa. S6 se fosse adaptado A vida dopals. Na Alemanha reinava a confusio e desapareeera a esta-bilidade. Na America, pelo cont rario, a v ida decorria comodentes, serena e normal, Isto, contudo, n.!l.oos desanimou.Prepararam-se dirigentes para um a ~~o futura, ista 6,quandose pudessc iropulsionar 0 movimento scm receio dum fracasso.o ano de 1929trouxe a oportunidade tao esperada! Durante

    TRINTA ANOS ESCRAVIZADONesse tempo, familias inteiras dedicavaIl'!-sc eo trabaIhotic pioneiros, levando a toda a pane as publicacoes da Torre

    de Vigia.... .idade da Torre de Vigiao leitor perdcar-me-a, certamente, urna pequena divagacaofcita neste ponto da narrauva por ser absolutamente necessarian urna melhor compreensao dos metodos empregados pelaTorre de Vigia.E bom n30 esquecer que 0 alvo da Sociedade ,;estabelecerum Mundo Novo, ou seja , uma Organi~.il. o mundiaJ sob a6gide_da Teocracia da Torre de Vigia. Par isso, njlo plat_iearn

    Ilcaridade, seja ela qual for. Justificam esta falta deturpando aspalavras do Senhor, quando disse: Deixa aos rnortos 0 ~nter-rarem as seus mottos, (Lucas 9:60), e condenam a caridadeorganizada pela Cristandade comparando-a a . dos fariseus eescribas hipocritas dos tempos do Senhor (Mateus 23:2729).Com estes ataques desenfreados procuram dissimuJar a ausenciatotal de obras de car idade.No entanto, sem 0 mais leveconstrangiment? afinnam pta-t icar a caridade, E esta afirmacao, a sua maneira, esta certa.Em que consiste pais essa caridade? Em ir de casa em casa,em lever pessoas aos SalOesdo Reino e em vender-lhes as revi~-tas e livros. A isto, cares lei tores, chamam eles actos de can-dadel Esta e , sem duvida, sob todos os pontos de vista a maierdas SUBS hipocrisias. Com sacos suspensos do pescoco, ondetransportam as revistas e Iivros, param as esquinas das ruaspara serem vista s pc los homens. Tom~ .nota das ~~rasgastas nesse trabalho, dao iuformacoes nunuciosas das vrsuasefectuadas e indicam 0 numero de pessoas que levam aos Sa-tees do Reino. Em paga destas obras de caridade, t!o boas egenerosas, esperam ser promovidos a Ser:voS,Como sou urn bam vendedor cousegui em pouco tempoque 0meu grupo dispusesse de dois autom6veis com atrelados

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    WILLIAM J. SC HN E L L

    repletos de li terature. Se as pessoas nlo tinham dinhcirofacilitavamos as vendas trocando os livros e revistas por gaso-lina e comestiveis de toda a cspecie . A finsia de vender e a ga-ndncia de lucro suplantavam tudo, Por vezes, acumutavamoss ac os c om n oz es , c ai xa s c be ia s d e o vo s e r n ui to s o ut ro s p ro du to squ e v en dia mo s, a os s ab ad os , n as ci da des , D av am -s e, po r v ezes ,aJguns percalcos. Mas saiamo-nos hem de todos eles e semprccom lucro . Certa vez, em Maryland, urna Mvare arrancadapor urna tempestade caiu sabre n6s. Saimos ilesos do desastre,m as t an to 0 c ar ro c om o 0 a tr el ad o f ic ara m a va ri ad os e g ra nd eparte da mercadoria impr6pria para ser vendida. Perto do localdo desastre habitava um homem, proprietario duma estaclode service para autom6veis. Reeeavamos pedir-lhe auxil icpor conbecermos 0 seu 6&0 its Testemunhas de Jebov! nmoautorizando que se aproximassem da s ua e as a ou Ihe fala~sem.Tinha mau genio e urn temperamento arrebatado. M as comonile havia outro remedio, reso lvemos bater-lhe a po~ ParaDOSSO espanto fomos reccbidos com toda a amabilidade, poissabia que tinharnos sido vftimas da tempestade e autortzou-nosa u t i li z aedc gratuita d a s i n st a la c oe s da e st ac ao d e s er vi ce , n es saaltura desocupada, Meu pai reparou os estragos enquantopromovlamos a venda dos l ivros oio danifieados. Quando po rfrm, deixamos aquele local ainda tlnhamos 90 d61ares em di-nheif'o. Em vez de e~tannos gratos aqueJes bons crist ios quese tinham compadecido da nossa desgraca, ajudando-nos tilolibcr~ente, consideramo-tos como simples babiJ6nicos ouegipcios a quem tlnbamos despojado dos bens, segundo 0 ensi-namento da Sociedade da Torre de Vigia baseado em ~xodo11:2.DIMo~io d.. Pioneiroo

    Eu ia de mal a pior. Ajudara a fonnar a Organi~o naAlemanha. Ao chegar a AmErica conseguira fugir a esse traba-Ibo entrando para 0 grupo dos Pioneiros. Estes, pelo seu traba-

    10 WILL IAM J. SC HN E L L

    usados cutros meios, porque a personalidade americana 0.10admitia os empregados na AJemanha. Os arnericanos em geralopOem-se a imposiejlo dltatorial duma ideia, ao ~asso qu~os alemiles submetem-se a ela com toda a facilidade.Em IIPedro 2:2, 3 , 0 Apostolo diZDOS:E muitos seguirlloas SUBS dlssolucees pelos quais sera blasfemado 0 caminho daver~ade. E por avareza far ilo de v6s ncg6cio com palavrasfingidas ... (Note-se que Pedro fala aqui desses movimentosque desacredi tam a verdade e servem de t ropeco a muitos) .A Sociedade da Torre de Vigia empregou este metoda de sub-versao com muita subti leza e habil idade.Sentindo a neccssidade de seafastarem das Escrituras e aban-donar 0 seu estudo, inventaram algumas generalidades au meiasverdad~, dando-lhes 0 nome de Verdades Novas, tornando-- se , a ss u n, ~erecedores d~a cu sa ca o f ei ta p elo Ap6stolo Pedro.A essecon.,untode doutrinas chamaram a Mensagem do Rei-nor e os hvros onde ela se cncontrava exposta subs ti tufam aPalavra de Deus. Sem as publicacoes da Sociedade, as Testemu-nhas de Jehova nada seriam. sao alimentadas e sustentadas como engano e ~o saberi~ entender ou estudar a Biblia po e 010terem as sentidos exercitadcs para examina-la, 0 livro publicadopela Torre em 1928como tltulo dc Governo s6 tem falsidadese cnganos e foipublicado com a objectivo de preparar 0 terrenopara a ditadura da Teocracia,

    T RIN TA A N OS ES CR AV IZA DO

    lito especial, gozavam duma .certa liberda~e e.independencla,pois operavam fora da ~a.o di~ecta~os escnt6nos d~ Brookl\'~.Os Pioneiros, porem, foram dlssolvidos e eu parecra predesti-na do a uma rendicac completa a pc ia nd o, m ais u ma v ez , 0movi-mento cia Teocracia. Os nossos livros deixaram de vcndcr-sequando. depress !o terminou, Por j~ nao dar~ r~ndimentotornava-se impassivel manter u m b at al ha o de Pioneiros. Esta-vamos verificando na pratica 0 que Lincoln dissera: Podemosenganar algumas pessoas durante todo 0 tempo, e a todas aspessoas par algum tempo, mas ~ impossivel enganar todas aspessoas durante todo 0 iempo. Vimos c om d e se s pe ro que aspessoas sensatas das zonas rurais comecavam a dar conta denossa duplicidade. Nos livros atacAvamos a sua religiao e dou-tr ina, passando, por i ss o, a nlo terem interesse n a n os sa litera-tura. Alguns pennaneceram a ce ss fv ei s a ju da nd o- no s, m~ s for-mavam uma minoria insignificante, Dio dandc 0 rendirnentosuficiente para pagar 0 ncssc trabalho. AnotAmos cui.dad~~-mente os seus nomes e moradas que se tornaram mwto utCISdurante a Segunda Guerra Mundial , quando a Torre de Vigiaestabeleceu mais de mil Companbia s de Testemunhas deJehova nessas regiOes. Os Pioneiros deixaram de exist ir em1937 durante a Convencao de Columbus. Foi nessa alturaque 0 Juiz dispensou os seus services ficando eles, assim, scmqualquer ocupaeao. Verificara-se que a venda de liv~~s nilorendia as verbas necessarias impondo-se, POIwtO, a utilizacaode outros meios para 0 conseguir. Fazendo-nos passar porm a rt ir es , v iLimasd.uma p e rs e gu l cao f e ro z , 0 dinheiro cornecoua chegar em abundancia , Ocupar-me-ei des ta faze noutrocapitulo.Evolo~Oe. Dootrin6rlos

    A evolucao doutr inaria dentro da organizacao da Torrede vigia na America entre 1927e 1931foi, dumamaneira geral,s repeti~30 do que acontecera n a A l em a nb a . No entanto, foram

    CAPITULO II

    REVIRAVOLTAS DOUTRINARlAS

    Chegou a altura de dar 80S meus l ei t or es u r n pequeno resu-mo da estrutu.ra teol6gica em que se csteia a Torre de Vigia,mostrando como silo fabricadas as verdades com que a Socie-dade espera realizar 0 grande sonho, ou seja, urn governot eo cra tic o, s en ho r de todo 0 mundo.CODc.~io da Besta Apocaliptica

    Quem ler com ateo~~o 0 capitulo 13do Iivro do ApocaUpsesabe que ele se refere & Besta que profere blasfemias e faz aguerra aos santos. Descreve tembem alguns acontecimentosfuturos, durante os quais ninguem podera comprar ou venderse n40 tiver a marca dessa Besta gravada na fronte e na milodireita. As Testemunbas de Jehova, no seu folheto A Quedade Babil6nia, aplicam este capitulo il. Cristandade, ensinandoque a Besta, fonnada pelos Protestantes, Cat6licos e Iudeus,estabelecera uma alianca com os poderes constituidos na terra,dando- se, por fun, a bata lha purif icadora do Annagedononde a Besta e destrulda,

    &9

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    12 WILL IAM J. SC HN E L LLevado pelo erro, acreditei nessa jntcrpreta~llo mas boje,gracas a Deus, as meus olhos abriram-se ~ vejo, pelo ~omenta.rio, que a Besta do capltul? 13 do Apocalipse tern mills pontosde contacto com as prcprias Testemunhas de Jehova, de que

    com a Cristandnde. A Torre de Vigia, tal como a Besta, jll foiferida uma Vel quando Russell morreu e a Sociedadc se dissol-veu. No entanto, a ferida cicatrizou com a entrada de JuizRutherford para a presidencia, tornando-se eovemente pode-rosa, e em 1938 fez deseer fogo de Cell sabre os religiosos,as crentes sineeros, ao ataca-Ios com anatemas e acusacees detoda a e sp ee ie .VldI-Um No.o U""

    Os Estudantes da Blblia, como devem estar recordados,anunciaram que os Principe! Israeli tas voltariam l terraem 1925. Predisseram, tambem, 0' lim de mundo baseadosno regresso dos J udeus A Palestina. Es te assunto foi tratadonum livre a que dcram 0 t itulo de Vida, A enfasc empre-g ad a n es te t em a e ra c om pr ee ns lv el e ate necessaria, p o is ap ro x i-mava-se a ana de 1925, data em que se esperavam grandesacontecimentos. Tudo isto, no entanio, nAo passava dumamentira forjada com 0 objectivo de angariar fundos absofuta-mente necessaries e urgcntes. Por essa altura declararam tam-bern que ja nlo havia judeus, nem valia a pen. ligar-Ibesqualquer importancia,. pcrque as. Teste'!lUnbas de Jebovaconstituiam as verdadeiros israelitas espmtuais. Apropria-ram-se das profccias refercotes a esse povo e, n as suas publi-cacees, procuraram da r uma nova inlerpre!A~iloao Velho T~-tamento usando mais uma vez a verbosidade, caracterist ieaque os cUstinguecomo encobridores da verdade simples e pura,A n da ra m, a ss im , para tris, porque em vezde es~dar a marchado Cri . tianismo e as liltOes neo-testamentarias, fizeram-se i sr a el lt a s c c o ns i de ra r am- s e como cs escolhidos. Do fra-casso das previsees para 1925 fabricaram um a vit6ria, trans-

    WILL IAM J. SC HN E L L

    Em pouco tempo a numero destes seguidores da Torrede Vigia a1can~ou.alguns milhlles. Surgiu, entso, uma ru6coJ-dade bastante seria, Se Cristo, confonne se ensinara, s6 socompunha de 144 .000 membros, que fazer com 0 remanescentejAfinai, que eram eles ?o problema resolveu-se muito simplesmente. Se por umlado os israelitas acolheram os milhares de gibeonitas admitin-do-cs no s eu conv iv io , po~ o utr o, n so as tratavam como iguais ,dando-Ihes, pelo contrario, trabalhos pesados e mais rudesisto e , como aguadeiros e lenhadores. A Organiza~ilo~ perant;urn dilema Uloserio, tomou d u as d e ci s oe s . Abandonou primeiroa pretensao de .set urn ramo do .Cristianismo. criando depoia~m lugar onde instalar essa multidao scm a mInima espiritua-hdade e que aumentava constantemente. Assim, a Torre con-v~euse Duma nra separada completamente de Cris to , semvida nEle e morta, como seveem Joao is, texto este que 0 lei-tor devia examinar para compreendcr melbor a degcneraQloda Torre de Yigia,Para aprcsentar e resumir estas novas doutrinas e justificara necessidade cia forma~a.o das classes, colocando os novosconvertidos na categoria da rnuhidao, a qual ninguem podiacontar c mencionada depois dos 144.000 no capitulo 7 deApocalipse, publicaram-se os livros Preparaeao (1933) eRiquezas (1934). Com esta cxplicacao a Sociedade livrou-sedo apuro, pretendendo tambem que 010 alterava a sua vidopois t inha precedentes oas pr6prias Escr ituras e confo~o relato de Josue 9 e 10, onde se aprescnta a co-existcociado povo de Deus com os gibeooitas.o CristIaat.o ~ pooto d. PartePelo cxposto, a Sociedade viu-se obrigada a dar mais umpasso em frente, despojar-se a poueo e pouco do maoto evan-geUcocom que sempre secobrira c disfar~ara. Para isso, mudoude nome. Nenhum outro nome hi l . dado entre os homens, pelo

    TR iN TA A NO S ESC R A V IZA DO

    fonnando-se nas brilhantes Testemunhas de Jehova que 50apropriaram das paJavras de Deus 80 Povo deIsrael e exaradasem Is ala s 4 3: 1 0. Copiando as judeus an tl gc s , f i ze ram-s e altivas,duros de c er vi s e c h ei os de desprezc para com os outros povos.Esta ati tude provccara, scm duvida, a sua maldicao e, quemsabe, a sua rulna total.J~ioduC_

    Em 1932 apareceu urn outre livro bastante significativoe intitulado (

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    WILLIAM J. SCHNELLxas por parte das classes mais antigas, as de Mardoqueu-Noemle Rute-Ester. Esta ati tude fol sabiamente c~mparada A dOlt rabalhadores que murmuravams do cri terio seguido peloproprietario da vinha, tornando-se entao posslvel dar a todoseles 0 mesmo nome, Testemunhas de Jebova, ou seja, 0 pre-mia prometido.Usando novamcnte uma parabola do Seoba r Jesus paralegitimar 0 cngano e dando-lhe uma interpreta~l.opropositada ..mente errada, a Sociedade elevou-se ATeocracia, procl~-do-se 0 Israel espi ri tual de Deus ou a Nova Na~lo (Leia-seApocalipse 2 :9). '.Para que esses pianos resultassem impunha-se deixa rpor completo a Igreja de ~riS!0J selectiva.em sua estru.tura cnila inclusivista como a enuga smagoga dcsjudeus. A Sociedadedas Testemuohas de Jebova deixou assim de ser crist il , ~antona essencia como no nome, Mas para poder prossegwr nacampanba e arrebatar as almas As fil .e iras d~ Cris ti an is~o,e mais tarde 80 paganismo, a Orgamzac4o t inha que cnarnome. A melhor mancira de alcanear este objective era desert-cadear a guerra! espantoso como a hist6ri~ blblica dos gibeo-nitas serviu os interesses da Torre de Vig ia Ufo bern e portanto tempo! A Sociedede, scguindo 0 exemplo de Israel,declarou a guerra em defesa dos se~s (cGibeonit;as)~s. Jona-dabes. Sustentou nos tribunals amencanos, da pnmerra instan-cia ale ao Supremo, a luta pelo direito de liberdade de adora-~Io . Durante toda a luta a Sociedade repre,ent~u.o I 'apel d .mar tir, acabando por se ergue r como urn heroi vnonoso. Acampanha teve exi to absoluto. Os detalhes des ta lu ta seraocontados nas paginas que se seguem.

    WILLIAM J. SCHNELLde 0 homem tirar ochapeu quando fala a uma Senhcra, comosefora objecto de adoracao e ccndenaram muitas outras coisasque se aceitam normalmente, considerando-as como delitos eofensas graves. Desta maneira destrulram 0 ensinamento dePaulo que diz: Porque todos quantos fos tes baptizados emCris to . de Cris to vos revest is tes. Dessarte n iTopode haverjudeu nem grego; nem escarvo nem liberto; nem homem nemmulher; porque todos v6s sois um em Cristo JesUS)) (Gal.3:27, 2&),estabelecendo distincoes de classes entre os escravosda Torre de Vigia E, ass im, chegaram a urn estado identicoao descr ito por Paulo na sua car ta a Tim6teo: Pcrque viratempo emque cac sofrerao a sildouttina, mas. tendo comicbaoDOS ouvidos, amontoari lo para si doutores conforme as suaspr6prias concupiscsnciasr (U Tim 4:~.)Como esta previsao se mostrou verldica no case espec16codos escravos da Torre de Vigia! Cada urna das classes -a deMardoqueu-Noemi , a de Rute-Ester e a de lonadabe-tevecomichilo nos ouvidos, dando aten~llo ao be m que se diz iada pr6pria classee a todo 0mal que se rcferia as outras classes.56 urna equipa especial deprofessores podia servir urna ementaque sat isf izesse cada urna das classes em parti cular e todasern geral. Estefacto tomou osServos SAbiose Fleis numa classeIndispensavel e elevou-a acima das outras. E esta classe supe-rior nio descurou a oportunidade de contrapor as classes paramerecer 0 favor e a posi~o que adquirira dentro da Organiza-cao.Os chefes censuravam e acusavam 0 Critianismo de terdivisOes. Eles, no entanto, nlo viam as suas pr6prias divisoese categorias. Primeiro os Directores; logo depois 0Residua),ao qual se seguiam as classes de Mardoqueu-No6ni e Rule--Ester; depois. e ainda, os lonadabes divididos em gente deboa vontade e a Grande Multidlo. E 010 mencionamososBetelhtas e Servos, nem os Anunciadores do Reina. Oscscra-vos aceitavam tudo por born porque t inham sido eDsinadosa seguir as cogas 0 que se Ibes clizia scm fonnular 0 maisleve raciocfnio au peDsanteoto pessoal.

    CAPtTULO 12BENEFlCJOS DA ESTRA TEGIA

    A SituI~io I partir de 1930o chefes da Sociedade da Torre de Vigia , controlandoor c~mpleto a Orgaeizacao, mantinham tod~s. os mernbros~ncerrados Dum autenttco colete de forcas e exigindo dos es-cravosr uma submlssao e obediencia c~mpletas . Os estudosbiblicos deixaram de existir, sendo subst~t~ldos pelos estudosda carti lha ou regulamento da Torre de VISla, e em vez .de reu-niees de oracao e de testernunho, reaUzavam8s~reunioes deservice onde s6 se discutiam as in5t~u~oes~ Sociedade ....R~su-mindo: B Biblia passara a ser urn simples livro de referencias,perdendo 0 seu devido lugar. R II-Usando os livros Luz I e n, J~i~ I, 11 e ille 110.condenaram todos os concertos e ensm~e~tos sustenta-~os pelo Crlstianismo, 85Sim como todos os ideals silos ob~er~vades desde h a perto de 2000 anos. Para so colocarem. acrmade tudo aquilo que se reconhece vulganne.ntc como legltimo nocampo espiritual, e servindo-se desses hvros, ~ondenara,!, aaquisi~lo de licencas para a venda ambulante de 11~OS. conside-rando aquela impr6pria e ilegal. ~ndenaram Ig~almente accnunencla a bandeira nacional classiftcando ess.aatitude co~ourn acto de idolatria. Criticaram, tambem, a simples COrtCSl8

    T R IN T A A N O S E SC R A YIZ A DOMlrtlrio COlD Objectlyo

    As publica~Oes seguiam 0 seu curso transportando desdeBrooklyn os ftuldosque, lavando os cerebros, inoculavam novosensinamentos. Os resultados, porem, estavarn lon_sede alcan~~os objectivos esperados. Tcmava-se, portanto, necessariofazer algo de concreto, algo que desse reputa~o e renome asTes temunhas do Jehova. Com esse tim adoptou.~ 0 planode

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    70 WILLIAM J. SCRNLLE

    que nlo daria resultade se elas so tivessem conduzido doutramane ira. Os chefes, porem, contavam com essa r~Ao.

    1' . .. .. .. .. .. . s er eI s _IdOl DODI. do Indo Seaborn~~~o.se estabelcceu definitivamente, a grande multidlo,admitida U1!lmamen te na Soci edade, 040 e ra na sci da do Espl-nto, mas s imples lon~dabes e, portanto, companiveJ a chusma

    que abandonara 0 E81Pt~ para scgui! a Moh4!s e fazer partedo POV? de I sr ae l. Er a a ceu e p orq ue v in ha refugi.r-se A sombrada SOCIedade por se esper~ par. breve a !'atalha do Armage-don. As pa1avr~ de Sofonias, 2:1-3, servuun.lhe de console:Congrega-te, srm, congrega-te 6 na~o que DID t ens desejoantes que saia 0 decreta, e 0 dia passe como a pragana; ante;que venha sO,bre V ? S a ira do Senhor ; sim, antes que 'venhasob re v6s 0 dia da Ira do Senhor, Buscai eo Senhar, v6s todosas. m~sos da terra, qu~ pondes por obra 0 s eu ju Jzo; huscaia.Justi~ buscai a manqdlo; porventura sereis escondidos DO~a ~ Ira do Seubo.",. E !"tas .palavras serviam, tambem, derncentrvo para atrau muitos rncautos. Estes sarisfaziam-secom cssa salva~ao perventura (salv~lo por acaso) em vez~ e t erem a cert eza e a segu ra nca cris ta , como nos, A Sociedade!nterpr:ta~a ~ ~ texto e aplicava-o ainda pior, Mas queImport ~CJa ti nha 1SS0? 0 que interessava era ganhi-Ios paraa Orgaruza~lo.

    Esta deturpa~40 constante das Escrituras serve para nosconvencer que as Testcmunhas de Jehova nllo stto uma Organi-z~o crhtit Se 0 fo ss em pod iam prome te r segu ranca e cer te zaa todos os que com wn coraelo s incere se arrependem, reconbe-cer n 0 Senhor e s c subme tem a Sua. vontade. 0 que a Sociedadepromote e UDII _be 'up ao per igo.

    As Testemunhas de Jebova 040 podiarn nem podem con.Jesser com as labios a Cristo nem crer nEJe de todo 0 cora~40segundo Romanos 10. A sua missio era e e outra: ir de c~em casa Com os livros para testemunbar da Torre de Vigia.

    72 WILLtAM J. SCHNELL

    a Torre de v ig ia. Ei s 80 que se r eduz a sua experi enci a re lig io sa .Depois, elaborarn um relat6rio preconcebido, dAo todas asinformacoes exigidas e procuram cumprir as ordens dos ServosSabios e Fieis de Brooklyn. Seguern esta Donna com uma sujei-~o estilo animal. Se uma delas nflo engrena nesta retinae considerada como urn clo scm dono e 0;10 permanecera pormuito tempo no rebanho, a nilo ser que se submeta por com-pleto. Cada uma das Testemunhas devc p re sci nd ir do sua per sc -naJ idade fazendo 0 mesmo que todas as outras e seguindoa rotina imposta.. N40 te m tiberdade para expressar as suasopin ioes nem par a dar t est emunho da sua fe em Cristo. Eis ospobres a que chamam Jonadabes. NAo slo mais que prisionei-ros num poco de vlboras.

    TRINTA ANOS ESCRAVIZADO

    Nada mais podiam ou podem fazer. sao simples Ionadabes semqualquer espiritualidade. < ? seu papel consistia. e consist~ emrepctir frases feitas e em crtar os textos aprendidos nos livrose e scola s da Soc iedade.o Cartlo de TOIIteanuIIIo

    A aetividade mental dos Anunciadores do Reine deeres-cera a tal ponto que 010 conseguiam apresentar uma mensa.gem pessoal quando trabalhavam de casa em casa. Desta defl-ciencia nasceu a neeessidade de so cnarem os CartOes de Tes-t emunho, e labo rados nos Escr it6 rio s Cent ra ls. Cada Anunci a-don), ao ser rcccbido pelo dono da casa, apresentava esse car tJoque explicava 0 motive cia visita e as condi~Oes de venda dosdiferentes livros, tal como procedem os surdos mudos quandot rabal ham como vendedo re s ambul an te s.

    Os cartOes, segundo os chefes diziarn, eram preparadoscomo s imple s e meros aux ili ar es do Anunci ador par a fa ci ll ta ro seu trabalho e promover a venda de maio r numero de livros.Mas no fundo, a verdade era h em diversa . e mui to mais s inis tra.A Scciedade, compreendendo que os novos 010 tinham a maisleve inslru~o biblica nem conheciam as Escrituras, procurouencobrir essa ignorancia com os cartOes de testemunho,Esta medida deu bons resulatdos porque encorajou-os a mante-rem-sa na ignorAncia das coisas de Deus, e a tal ponte, que nemsab iam me ia dUz ia de texto s dos mais conhecidos l Cont inua ram.eompletamente vazios da verdade. Em vez de serem geradospels palavra da verdade (Tiago I: 18), eram produzidos polocspfrito teocritico de uma mera Organi~o para que dissemi-nassem os seus livros e folhetos repletos de palavras fingidas,a todos enganando, conforme 0 ensinamento do ap6stoloPedro.E triste ver como essas Testemunhas se comportam ao serematendidas pelos dono. duma casa. Bntregando 0 CarU.ode Testemunho limita