View
16
Download
4
Embed Size (px)
DESCRIPTION
poesia
Citation preview
LITERATURA BRASILEIRA:POESIA
PEA – Aula 8: Modernismo e Romantismo; Texto-base: Livro-Base: História Concisa da
Literatura Brasileira;
PROF. RENATO CAVALHEIRO(e-mail: [email protected];
Modernismo e Romantismo
Romantismo (1836 – por volta de 1893):
• Início: Publicação de Suspiros Poéticos (1836) – Gonçalves de Magalhães;
• Decadência: Início do Realismo (a partir de 1881);
• Término: Simbolismo (por volta de 1893);
Modernismo e Romantismo
Romantismo (1836 – por volta de 1893):
• Poesia:
Formas líricas: Canção e Balada; Ritmo vinculado à Melodia, não à Métrica; Abandono das Convenções Formais
Arcadistas Néo-Clássicas pela expressão mais livre dos Sentimentos;
Modernismo e Romantismo
Romantismo (1836 – por volta de 1893):
• 1ª. Fase:
Influenciada pela Independência do Brasil; Nacionalismo, Ufanismo; Exaltação da Natureza e da Pátria; O Índio como Herói Nacional; Sentimentalismo;
Modernismo e Romantismo
Romantismo (1836 – por volta de 1893):
• Principais Autores:
Domingos José Gonçalves de Magalhães; Manuel de Araújo Porto Alegre; Antonio Gonçalves Dias;
Modernismo e Romantismo
DESEJO
E poi morir.— Metastásio
Ah! que eu não morra sem provar, ao menosSequer por um instante, nesta vida
Amor igual ao meu!
Dá, Senhor Deus, que eu sobre a terra encontreUm anjo, uma mulher, uma obra tua,
Que sinta o meu sentir;
Uma alma que me entenda, irmã da minha,Que escute o meu silêncio, que me siga
Dos ares na amplidão!
Que em laço estreito unidas, juntas, presas,Deixando a terra e o lodo, aos céus remontem
Num êxtase de amor!
(Dias, G.; Primeiros Cantos, 1846;)
Modernismo e Romantismo
Romantismo (1836 – por volta de 1893):
• 2ª. Fase – Ultra-Romantismo:
Byronismo - vida boêmia, voltada para os prazeres da bebida, do fumo e do sexo.
Spleen - Tédio, Desencanto, Melancolia; Mal do Século; Escapismo;
Modernismo e Romantismo
Romantismo (1836 – por volta de 1893):
• Principais Autores:
Álvares de Azevedo; Casimiro de Abreu; Junqueira Freire; Fagundes Varela;
Modernismo e Romantismo
CANTIGA DE VIOLA
A existência doloridaCansa em meu peito: eu bem sei
Que morrerei...Contudo da minha vidaPodia alentar-se a flor
No teu amor!
Do coração nos refolhosSolta um ai! num teu suspiro
Eu respiro...Mas fita ao menos teus olhos
Sobre os meus... eu quero-os verPara morrer!
Guarda contigo a violaonde teus olhos cantei...
E suspirei!Só a idéia me consolaQue morro como vivi...
Morro por ti!
Se um dia tu’alma puraTiver saudades de mim,
Meu serafim!Talvez notas de ternuraInspirem o doudo amor
Do trovador!.
(Azevedo, A.; Lira dos Vinte Anos, 1853;)
Modernismo e Romantismo
Romantismo (1836 – por volta de 1893):
• 3ª. Fase – Condoreira:
Aborda a Liberdade (o Condor) e as Questões Sociais;
Usa Exclamações, Exageros, Apóstrofes; Mulher presente, carnal; Volta-se para o Futuro, prega o Progresso;
Modernismo e Romantismo
Romantismo (1836 – por volta de 1893):
• Principais Autores:
Castro Alves;
Sousândrade;
Modernismo e Romantismo
ADORMECIDA
Uma noite, eu me lembro... Ela dormiaNuma rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabeloE o pé descalço do tapete rente.
'Stava aberta a janela. Um cheiro agresteExalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,Via-se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados,Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,Iam na face trêmulos — beijá-la.
Era um quadro celeste!... A cada afagoMesmo em sonhos a moça estremecia...Quando ela serenava... a flor beijava-a...Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Era um quadro celeste!... A cada afagoMesmo em sonhos a moça estremecia...Quando ela serenava... a flor beijava-a...Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instanteBrincavam duas cândidas crianças...A brisa, que agitava as folhas verdes,Fazia-lhe ondear as negras tranças!
E o ramo ora chegava ora afastava-se...Mas quando a via despeitada a meio,
Pra não zangá-la... sacudia alegreUma chuva de pétalas no seio...
Eu, fitando esta cena, repetiaNaquela noite lânguida e sentida:
"Ó flor! - tu és a virgem das campinas!"Virgem! - tu és a flor de minha vida!..."
(Alves, C.; Espumas Flutuantes, 1870;)