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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 17 de julho de 2019

LIPPING - Microsoft · durante audiência pública. O encontro reuniu 35 participantes, que se manifestaram contra e a favor do projeto. A audiência foi a única prevista no licenciamento

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1

Grupo de Comunicação

CLIPPING 17 de julho de 2019

2

Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

CETESB inaugura nova estação para monitorar qualidade do ar em Limeira .......................................... 4

Canudos de plástico são proibidos em todo Estado de São Paulo ......................................................... 5

Programa Município Verde Azul 2019 qualifica 164 municípios de SP .................................................... 6

Programa Município VerdeAzul 2019 qualifica 164 municípios de SP ..................................................... 7

Estação de Medição da Qualidade do ar foi inaugurada em Limeira ...................................................... 8

População pode ver medição de qualidade do ar ................................................................................ 8

Sabesp leva para a ONU discussões sobre saneamento básico e acesso à água potável .......................... 9

13 cidades recebem certificação ambiental ..................................................................................... 10

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ..................................................................... 11

Audiência pública questiona projeto e impactos da ponte ................................................................. 11

Ponte Santos-Guarujá terá pedágio e visa atender tráfego entre estradas, diz Ecovias ......................... 12

Ponte Santos-Guarujá enfrenta resistência em audiência pública ....................................................... 15

Parque Estadual de Campos do Jordão está de cara nova ................................................................. 17

Lençóis Paulista recebe certificado de qualificação no Programa Município Verde Azul .......................... 18

Barulho de madeireira atrapalha rotina de moradores de César de Souza, em Mogi ............................. 19

Centro Logístico garante empregos para moradores do ABC ............................................................. 20

Quais documentos de gestão de resíduos podem ser gerados com o nosso software? .......................... 21

Carga com produto tóxico pega fogo .............................................................................................. 23

Salto Grande: CPFL diz ter retirado 36% dos aguapés ...................................................................... 24

Tupã fica em 464º lugar no PMVA .................................................................................................. 25

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 26

Menino de oito anos limpa bairro após se incomodar com lixo em SP: 'Orgulho' .................................. 26

Cresce número de animais silvestres mortos em Mogi das Cruzes ...................................................... 28

Aquecedores a gás são perigosos em apartamentos? Tire suas dúvidas .............................................. 29

Ações para proteção de recursos hídricos beneficiam comunidades rurais ........................................... 30

Por que o futuro do agronegócio depende da preservação do meio ambiente no Brasil ......................... 32

Entenda como funciona e para que serve a cobrança de taxas turísticas em Noronha e outras áreas

protegidas do Brasil ..................................................................................................................... 37

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 40

Painel: Toffoli neutralizou ataques de bolsonaristas ao usar caso Flávio para travar investigações ......... 40

Mônica Bergamo: Corregedoria investigará palestras de Dallagnol ..................................................... 42

Mônica Bergamo: Flávio Bolsonaro apresentará no Senado proposta de imposto único ......................... 43

Noronha se divide em relação à cobrança de taxa para frequentar praias ........................................... 45

Opinião - Marcelo Coelho: Guerra contra canudinhos de plástico ....................................................... 47

Com presença de Salles, Ibama inicia maior operação no governo de Bolsonaro .................................. 49

Salles vai a Noronha discutir revisão de taxas com concessionária ..................................................... 50

ESTADÃO ................................................................................................................................... 51

Estação Ecológica Jureia- Itatins, ameaças e problemas ................................................................... 51

Sônia Racy-Direto da Fonte: Sobrando tato .................................................................................... 54

Governo muda de tática para vender Eletrobrás .............................................................................. 55

3

Grupo de Comunicação

Petrobrás e Uruguai firmam acordo sobre distribuidoras de gás ......................................................... 56

'Petrobrás vai perder os anéis e ficar com os dedos', diz Mourão ....................................................... 57

Ponte entre Santos e Guarujá opõe governo paulista e operadores do porto ....................................... 58

Ministro vai a Noronha após críticas de Bolsonaro; cobrança de ingresso é adotada em outros países .... 60

Ministério do Meio Ambiente vai escolher integrantes de conselho por sorteio ..................................... 62

Alunos coletam e trocam materiais recicláveis por 'dinheiro' em escolas de Ibirá ................................. 63

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 64

BNDES será como butique da Faria Lima, diz presidente .................................................................. 64

Acordo UE-Mercosul é desafio para Leyen ....................................................................................... 66

WEG avança nos mercados de motores da China e Índia .................................................................. 67

Raízen fecha acordo em ação de desapropriação ............................................................................. 69

Cade vai investigar obras da Petrobras e de estádios ....................................................................... 70

4

Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Band Cidade / TV Band /

Campinas

Data: 16/07/2019

CETESB inaugura nova estação para

monitorar qualidade do ar em Limeira

BAND CIDADE/TV BAND/CAMPINAS Data

Veiculação: 16/07/2019 às 19h01

Duração: 00:02:09

Transcrição

Não há texto a ser exibido.

http://cloud.boxnet.com.br/y3t8cvv7

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5

Grupo de Comunicação

Veículo: O Município/São João Da Boa

Vista

Data: 17/07/2019

Canudos de plástico são proibidos em

todo Estado de São Paulo

http://cloud.boxnet.com.br/yyvwz6yw

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6

Grupo de Comunicação

Veículo: O Dia São Paulo

Data: 17/07/2019

Programa Município Verde Azul 2019

qualifica 164 municípios de SP

http://cloud.boxnet.com.br/y42zevjy

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7

Grupo de Comunicação

Veículo1: Portal Governo SP

Veículo2: Cidade Azul Notícias

Veículo3: SB Notícias

Data: 16/07/2019

Programa Município VerdeAzul 2019

qualifica 164 municípios de SP

Ação é voltada para elaboração de políticas

públicas voltadas para o desenvolvimento

sustentável

O Programa Município VerdeAzul (PMVA)

da Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado de São Paulo entregou

164 certificados de qualificação para

municípios paulistas.

“Esta marca possibilita agregar valor para os

produtos gerados nos municípios. É um

símbolo que gera recurso. O mundo

sustentável abre uma nova oportunidade para

vocês e vamos buscar a certificação para que

essa seja a consciência do nosso Estado”,

disse o secretário de Infraestrutura e Meio

Ambiente, Marcos Penido. A entrega

ocorreu na quinta-feira (11), em Bauru

A qualificação é considerada pelos executivos

um “simulado” para a certificação que ocorre

ao final de cada ciclo anual. O município

encaminha aos técnicos do PMVA suas 85

tarefas, baseadas em ações ligadas às

diretivas do Programa. De acordo com a nota

alcançada, a cidade é qualificada para

certificação.

“Estamos orgulhosos dessa edição que

recebeu um volume recorde de inscritos para

a qualificação. Isso mostra o quanto os

municípios estão atentos com suas

responsabilidades, com o meio ambiente,

sobretudo com a qualidade de vida de toda a

população”, destacou o coordenador do

Programa Município VerdeAzul, José

Walter Figueiredo Silva.

Atualmente, estão inscritos no programa 638

municípios do Estado que, ao participarem de

um ciclo, são avaliados em ações

fundamentadas em dez diretivas: Município

Sustentável, Estrutura e Educação Ambiental,

Conselho Ambiental, Biodiversidade, Gestão

das Águas, Qualidade do Ar, Uso do Solo,

Arborização Urbana, Esgoto Tratado e

Resíduos Sólidos.

Os municípios certificados ganham o direito de

utilizar a logomarca da certificação e assim

agregar valor às transações comerciais de

seus produtos. Com a qualificação, os

interlocutores municipais podem ter acesso ao

sistema por meio de senha e login para

conferir as notas e avaliações das suas

cidades.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/pro

grama-municipio-verdeazul-2019-qualifica-

164-municipios-de-sp/

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27389681&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27396939&e=577

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8

Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Mix 770 AM Limeira

Data: 17/07/2019

Estação de Medição da Qualidade do ar foi

inaugurada em Limeira

RÁDIO MIX 770 AM/LIMEIRA | BOM DIA MIX

Data Veiculação: 17/07/2019 às 07h02.

Duração: 00:06:29

Transcrição

Não há texto a ser exibido.

http://cloud.boxnet.com.br/yykjp7ls

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Veículo: Rádio Estero Som 99,9 FM

Data: 17/07/2019

População pode ver medição de qualidade

do ar

RÁDIO ESTEREOSOM 99,9 FM/LIMEIRA |

ESTEREOSOM AGORA Data Veiculação:

17/07/2019 às 06h59. Duração: 00:00:48

Transcrição

cetesb, população, medição do ar, novo

equipamento, monitoramento, diretora,

patricia, estação, fixa, automática, dados,

sede

http://cloud.boxnet.com.br/y2cexktc

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9

Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Jovem Pan 620 AM SP

Data: 17/07/2019

Sabesp leva para a ONU discussões sobre

saneamento básico e acesso à água

potável

RÁDIO JOVEM PAN 620 AM/SÃO PAULO |

Jornal da Manhã Data Veiculação: 17/07/2019

às 07h49. Duração: 00:01:39

Transcrição

A Sabesp leva para a ONU no discussões

sobre o saneamento básico e acesso à água

potável repórter Ernani corpos nos próximos

cinco anos podem ser investidos dezoito

bilhões. E setecentos milhões de reais para

universalizar o acesso ao tratamento de

esgoto esse montante pode ser desembolsado

somente pela Companhia de saneamento

básico de São Paulo. A Sabesp estima que

investiu nos últimos dez anos, trinta bilhões

de reais em saneamento e fornecimento de

água potável durante um evento na sede da

Organização Mundial das Nações Unidas, o

presidente da companhia revelou que o maior

desafio é a conscientização dos consumidores

Benedito Braga afirmou que a falta de

engajamento da população é uma das razões

para a atual situação dos rios urbanos. O

presidente da Sabesp Benedito Braga deu o

exemplo do programa para despoluir o rio

Pinheiros e afirmou que a expectativa é que

ele ajude a população a entender a

necessidade de adotar novos hábitos. O

presidente da Sabesp, Benedito Braga concluiu

que a parceria entre os setores públicos e

privados é necessária para garantir a

viabilidade da universalização do saneamento

básico.

http://cloud.boxnet.com.br/yx9msant

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10

Grupo de Comunicação

Veículo: O Liberal Regional Araçatuba

Data: 17/07/2019

13 cidades recebem certificação

ambiental

http://cloud.boxnet.com.br/yybmypr2

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11

Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: A Tribuna Santos

Data: 17/07/2019

Audiência pública questiona projeto e

impactos da ponte

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27409500&e=577

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12

Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Santos e região/ TV Tribuna

Data: 17/07/2019

Ponte Santos-Guarujá terá pedágio e visa

atender tráfego entre estradas, diz

Ecovias

Em única audiência pública prevista para o

empreendimento, empresa afirmou que

projeto não tem vocação para a mobilidade

urbana, mas vai atender o fluxo de veículos do

Sistema Anchieta-Imigrantes e os caminhões

que circulam entre as duas margens do Porto

de Santos (SP).

Por José Claudio Pimentel, G1 Santos

Audiência pública discutiu projeto da Ecovias

para ponte entre Santos e Guarujá, SP —

Foto: Irandy Ribas/Jornal A Tribuna de Santos

A ponte para interligar as duas margens do

Porto de Santos, no litoral de São Paulo,

proposta pela Ecovias, concessionária do

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), visa

atender o fluxo de veículos entre rodovias. A

informação foi dada pela empresa, que

também admitiu a necessidade de pedágio,

durante audiência pública. O encontro reuniu

35 participantes, que se manifestaram contra

e a favor do projeto.

A audiência foi a única prevista no

licenciamento para a obra e lotou o Teatro

Guarany, no Centro de Santos, na noite de

terça-feira (16). Esta etapa condicionante

previa a apresentação do Estudo de Impacto

Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto

Ambiental (Rima), já entregues à autoridade

ambiental, além do debate sobre o

empreendimento.

O diretor superintendente da Ecovias, Rui

Klein, abriu o encontro resumindo o projeto e

encerrou, após questionamentos dos inscritos,

respondendo algumas das demandas. Ele

disse que a proposta da concessionária visa

prioritariamente otimizar o tráfego entre as

rodovias Anchieta (SP-150) e Cônego

Domênico Rangoni (SP-055).

"A ponte contribui para a mobilidade urbana,

mas foca e agrega à mobilidade logística, que

é, na verdade, a vocação dela".

Klein explicou que o projeto quer encurtar a

distância e reduzir o tempo de viagem entre

as margens do porto. Segundo ele, a intenção

é atender à demanda do tráfego comercial,

principalmente entre os caminhões e carretas

que precisam acessar terminais marítimos e

empresas localizadas nas duas margens do

Porto de Santos.

Ponte proposta pela Ecovias irá ligar as

cidades de Santos e Guarujá, SP — Foto:

Divulgação/Ecovias

O local onde está prevista a ponte, conforme o

diretor da Ecovias explicou, foi escolhido para

atender essa demanda: entre a Alemoa e a

Área Continental de Santos. Foram analisados

sete pontos para uma ligação seca, mas

segundo ele o "fundo do canal", como definiu,

é a área ideal para desenvolver o projeto no

qual a empresa se propõe a fazer.

"Na medida em que eu esboço um projeto

para zona urbana, eu deixo de ter a mesma

vocação. O túnel já foi proposto à mobilidade

urbana".

Apesar do objetivo principal do

empreendimento não ser o de atender o fluxo

de veículos de dentro das cidades, o

superintendente afirmou que é possível que a

ponte possa retirar até 50% do atual tráfego

da travessia de balsas entre Santos e Guarujá.

"Os modelos já mostram que se existir uma

opção, o motorista vai preferi-la", afirmou.

Rui Klein também admitiu a instalação de um

pedágio, mas utilizou a palavra "bloqueio"

13

Grupo de Comunicação

para nomeá-lo - houve reação contrária da

plateia durante essa fala. O executivo disse

que é preciso garantir a manutenção do trecho

e explicou que poderia ocorrer a "fuga" de

tráfego da Domênico Rangoni, onde já há

cobrança, prejudicando o sistema.

O diretor da Ecovias também afirmou que

estuda eventuais impactos na Brasil Terminal

Portuário (BTP), que opera contêineres em

uma área vizinha ao acesso à ponte na

margem direita. Entretanto, ele garantiu que o

projeto está adequado ao desenvolvimento do

porto no que diz respeito a outros terminais e

a passagem de navios e cargas especiais.

Mais diálogo

Trinta e cinco participantes, entre

empresários, representantes de entidades e

munícipes, se inscreveram previamente para

participar das discussões. Entre as principais

dúvidas levantadas estão os reais impactos

ocasionados, danos à natureza, limitações ao

futuro do porto e do aeroporto civil, além da

real contribuição à sociedade.

O secretário de meio ambiente de Santos,

Marcos Libório, afirmou que a prefeitura

defende uma ligação seca, mas espera a

conclusão das discussões para saber a melhor.

"A proposta hoje é um projeto de ponte. Se

vai ser definitivo, a gente não sabe ainda,

então teremos que aguardar um pouco. Mas

essa etapa é muito importante".

O secretário adjunto de meio ambiente de

Guarujá, Ricardo de Souza, disse que a

municipalidade também defende a construção

de uma ligação entre as cidades,

independentemente do projeto, mas que está

preocupada com eventuais contrapartidas aos

danos no meio ambiente. "Haverá

compensação ao Guarujá?", questionou.

O presidente da Companhia Docas do Estado

de São Paulo (Codesp), Casemiro Tércio

Carvalho, que já declarou preocupação com

limitações ao desenvolvimento do Porto de

Santos em decorrência da ponte, acompanhou

as discussões, mas não quis falar com os

jornalistas. Ele se pronunciou por meio de

nota, após o encerramento do encontro.

"A autoridade portuária continua aberta para

construir soluções em conjunto com o governo

do Estado de São Paulo no sentido de

encontrar a melhor solução de infraestrutura

que não limite a expansão do porto e resolva

verdadeiramente a necessidade de uma

travessia seca que sirva à mobilidade urbana

entre Santos e Guarujá", declarou à imprensa.

O presidente da BTP, Ricardo Arten, cuja

expansão do terminal pode ser comprometida

por causa do traçado da ponte, defendeu o

diálogo para encontrar uma solução benéfica

não somente ao porto, mas também para as

cidades. "Não somos contra uma ligação seca,

mas também não queremos restrições. O

debate é importante", afirmou.

A audiência pública foi presidida pelos

membros do Conselho Estadual do Meio

Ambiente (Consema) que avaliam agora as

discussões e eventuais questionamentos a

serem respondidos pela empresa ao órgão. O

parecer do Consema será apresentado à

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) para emitir ou não as

licenças da obra.

Um século sem solução

Há pelo menos 92 anos, empresários e

políticos apresentam projetos de uma ligação

seca entre Santos e Guarujá. Essa história

teve início quando o Governo de São Paulo era

dirigido por Júlio Prestes, passando por

Adhemar de Barros e as administrações de

José Serra e Geraldo Alckmin, nas últimas

duas décadas. Todos eles fracassaram.

Em fevereiro, entretanto, já no governo de

João Doria, o secretário de Logística e

Transportes de São Paulo, João Octaviano

Machado Neto, confirmou que as obras da

ponte que ligará Santos e Guarujá vão sair do

papel. O projeto que está em andamento foi

divulgado pelo ex-vice-governador do estado,

Márcio França, no fim de 2018.

A proposta foi apresentada pela Ecovias,

concessionária responsável pelo Sistema

Anchieta-Imigrantes. De acordo com o

documento, a ponte terá cerca de 7,5

quilômetros de extensão entre a entrada de

Santos e o acesso à Ilha Barnabé (Área

Continental), 85 metros de altura e 325

metros de largura entre os pilares no vão

principal.

A estrutura proposta é contestada pela atual

gestão da Companhia Docas do Estado de São

Paulo (Codesp), que observa riscos ao

desenvolvimento do Porto de Santos e

defende a construção de um túnel entre as

margens. Enquanto a ponte tem custo

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Grupo de Comunicação

Veículo: Zero Hora

Data: 16/07/2019

Ponte Santos-Guarujá enfrenta

resistência em audiência pública

Folhapress

SANTOS, SP (FOLHAPRESS) - O projeto de

construção da ponte Santos-Guarujá, que fará

a interligação seca entre as duas cidades do

litoral paulista, enfrenta forte resistência antes

de sair do papel.

Enquanto o governo de João Dória (PSDB)

está empenhado para, enfim, conseguir

licenciamento e viabilizar a obra, outra ala

tenta derrubar o sonho após 92 anos do

primeiro projeto, um túnel, registrado em

1927, pelo engenheiro e arquiteto Enéas

Carneiro.

"Acredite, isso não é só mais um projeto ou

uma aventura. É algo totalmente viável para o

momento, pois não mexeria com recursos

públicos", disse à Folha o secretário estadual

de logística e transporte João Octaviano

Machado Neto.

Nesta terça-feira (16), na primeira de uma

série de audiências públicas previstas no

processo ambiental em Santos, a nova solução

foi acusada de "atender somente a interesses

políticos" pelo suposto favorecimento a

Ecovias e, também, chamada de antiquada

sob sustentação de que o projeto do túnel

submerso, que passaria por baixo de canal do

Porto, funcionaria melhor.

"Somos totalmente contrários. Digo mais, essa

obra não é mais desejada. Foi um sonho, hoje

virou pesadelo, algo obsoleto. A cidade de

Roterdã [na Holanda] começou fazendo pontes

e as derrubou, trocou pelos túneis. Imagine

para um caminhão subir uma rampa de 85

metros de altura? Isso não funciona", disse

Eduardo Lustosa, diretor de portos da

Associação de Engenheiros e Arquitetos de

Santos.

O encontro durou quase cinco horas e teve até

mesmo troca de farpas, após apresentação do

projeto por Rui Klein, diretor superintendente

da Ecovias.

Klein, apresentou os principais aspectos

técnicos da obra, mas não citou em nenhum

momento a palavra pedágio, substituindo o

termo por "bloqueios de pagamento". Um dos

presentes, ao pedir a palavra, rebateu dizendo

que é necessário falar a verdade sobre a

existência das cobranças e que, mesmo assim,

a concessão de 30 anos a Ecovias não é

justificável.

"Eles estão querendo impor a ponte e a

Ecovias como responsável pela obra, isso nos

causa estranheza. Não tem outras empresas

interessadas? Não houve processo licitatório

para que ter oportunidade para que outros

realizassem, também? Estão direcionando

tudo, não há legitimidade nisso", disse Lázaro

Roberto Lirmas, 58, advogado e membro do

conselho do Sindicato dos Servidores da

Previdência e Saúde do Estado de São Paulo.

A estrutura, estimada em R$ 2,9 bilhões, será

erguida pela própria concessionária,

responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes,

em troca da extensão do contrato para

exploração dos serviços, que inicialmente

vence em 2026, por mais 30 anos.

Atualmente, a Agência de Transporte do

Estado de São Paulo (Artesp) e a Companhia

Docas do Estado de São Paulo (Codesp) estão

em tratativas e análise sobre os impactos da

construção.

Em nota, a Artesp limitou a dizer que analisa

estudos e projetos encaminhados pela Ecovias

para avaliação da viabilidade técnica do

projeto.

Representantes sindicais foram os principais

críticos ao projeto alegando que o processo

tem sido tocado de forma acelerada, mesmo

com proposta inferior a do túnel submerso.

"Já vimos isso, o custo será muito menor do

que o do túnel submerso", rebate João

Octaviano Machado.

Caso o projeto do túnel fosse retomado, a

Ecovias não conseguiria por em prática o

plano de extensão de contrato. O governo, por

sua vez, além de rebater que precisaria de

recursos próprios, que hoje diz não ter, alega

que um túnel demandaria desapropriações e

outros entraves ambientais.

Há, ainda, temor de que a ponte crie

dificuldades no trânsito de navios e projetos

de expansão no canal do Porto. "Falam que

não diminuirá o fluxo de navios, mas só é

16

Grupo de Comunicação

possível saber e calcular após a construção",

afirmou um dos participantes.

Antes de usuários contraporem o projeto, a

consultoria responsável explicou que o

processo de licenciamento ambiental é

realizado sem que haja desapropriação.

De acordo com a Ecovias, o projeto totaliza

7,5 km e é composto por uma ponte e trechos

elevados em viadutos. A estrutura conecta a

Via Anchieta, no km 64, à Rodovia Cônego

Domênico Rangoni, no km 250.

A concessionária explicou que o percurso

reduzirá de 45 km para menos de 10 km,

tornando a travessia mais rápida. Além disso,

desafogaria em cerca de 50% o fluxo de

balsas, problema considerado caótico por

usuários. A previsão inicial é de que, se

aprovadas, as obras durem 36 meses.

Em nota, a Ecovias disse que que desenvolveu

o projeto com base em estudos entregues em

dezembro a Artesp, contrariando acusações de

que não há estudos prévios para a execução

do projeto.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27400142&e=577

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17

Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Governo SP

Data: 16/07/2019

Parque Estadual de Campos do Jordão

está de cara nova

Espaço completa 100 dias de concessão e no

período recebeu obras de manutenção e

limpeza; novas ações já estão previstas

As áreas públicas do Parque Estadual de

Campos do Jordão, concedidas para

administração privada, completaram no

sábado (13) 100 dias sob a nova gestão com

resultados positivos. Já foram realizadas obras

de manutenção, como roçada, limpeza,

instalação de novos reservatórios de água,

reparos em geral na área infantil, ducha da

juventude, além da elaboração de novos

mapas e guias para visitantes que foram

impressos.

“Estamos muito contente com o trabalho feito

nesses primeiros 100 dias. Esperamos que o

modelo seja bem-sucedido e replicado em

outras áreas que estamos estudando para

concessão”, afirmou o secretário de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido.

Foram feitos ainda trabalhos de jardinagem e

manutenção, instalação de placas informativas

da flora, melhora na infraestrutura dos

banheiros, instalação de corrimões, nas

pontes, lagos, melhorias nos acessos e

estacionamentos do parque.

Ainda estão previstos para os próximos meses

a reforma do acesso ao e a ampliação dos

caminhos, trilhas, dos espaços infantis, além

das opções de esportes de aventura.

“Temos um trabalho muito longo e duradouro

nesse projeto de administrar o Parque

Estadual Campos do Jordão para a

comunidade, já se nota a diferença das

melhorias, estamos trabalhando diariamente

para oferecer um parque melhor para a

população, contribuindo para o

desenvolvimento e o fomento do turismo

regional e nacional”, explicou o diretor da

Urbanes, Hélio Militzo, responsável pelo

parque.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/par

que-estadual-de-campos-do-jordao-esta-de-

cara-nova/

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18

Grupo de Comunicação

Veículo: Prefeitura Lençóis Paulista

Data: 16/07/2019

Lençóis Paulista recebe certificado de

qualificação no Programa Município Verde

Azul

A Prefeitura de Lençóis Paulista teve uma das

maiores notas do Estado de São Paulo e

recebeu certificado de qualificação no

Programa Município Verde Azul (PMVA).

Para essa fase, Lençóis Paulista apresentou

quase a totalidade das ações propostas pelas

dez diretivas, o que garantiu a excelente nota

de 89,55 pontos (em uma escala de 0 a 100

pontos). A nota de corte para esta fase era de

40 pontos. Vale ressaltar que essa é a fase de

qualificação, portanto não de certificação final,

que deve ocorrer somente em dezembro. Mas

isso mostra que sobre Meio Ambiente Lençóis

Paulista vem cumprindo todos os requisitos

previstos no PMVA.

'Esta é uma etapa muito importante, por que

mostra o compromisso do Governo Municipal

com as questões relacionadas ao Meio

Ambiente. Obter uma classificação prévia com

uma nota tão alta quanto essa evidencia isso.

Para se ter uma ideia, Lençóis Paulista teve a

segunda melhor nota entre os municípios

classificados. Independentemente do resultado

do fim do ano, essa já é uma conquista muito

importante para Lençóis Paulista e que merece

ser comemorada', declarou o prefeito

Anderson Prado.

Além de Lençóis Paulista, outros 160

municípios de todo o Estado de São Paulo

também foram qualificados para a etapa final.

O anúncio da qualificação aconteceu na

quinta-feira, 11 de julho de 2019, no auditório

da USP (Universidade de São Paulo), Bauru.

Para a entrega dos certificados estavam

presentes o Secretário de Infraestrutura e

Meio Ambiente do Estado de São Paulo,

Marcos Penido, o coordenador do Programa

Município Verde Azul, José Walter Figueiredo

Silva, e o prefeito de Bauru, Clodoaldo

Gazzetta.

De Lençóis Paulista, além do prefeito Anderson

Prado estiveram presentes representantes da

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, o

interlocutor suplente Helton Damacena de

Souza, o fiscal Marcelo Martins Oliva e Ariane

Richelli Gomes Oliver, do setor administrativo.

Programa Município Verde Azul

Lançado em 2007 pela Secretaria de Estado

do Meio Ambiente, o Programa Município

Verde Azul - PMVA - tem o inovador propósito

de medir e apoiar a eficiência da gestão

ambiental com a descentralização e

valorização da agenda ambiental nos 645

municípios paulistas, com base nas dez

diretivas propostas, que são: Município

Sustentável, Estrutura e Educação Ambiental,

Conselho Ambiental, Biodiversidade, Gestão

das Águas, Qualidade do Ar, Uso do Solo,

Arborização Urbana, Esgoto Tratado, Resíduos

Sólidos.

O principal objetivo do PMVA é estimular e

auxiliar as prefeituras paulistas na elaboração

e execução de suas políticas públicas

estratégicas para o desenvolvimento

sustentável do Estado de São Paulo, por meio

de uma série de ações desenvolvidas a cada

ciclo, com envio de arquivos comprobatórios e

elaboração de Plano de Gestão Ambiental

Municipal.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27383485&e=577

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19

Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Data: 16/07/2019

Barulho de madeireira atrapalha rotina de

moradores de César de Souza, em Mogi

Além do barulho das máquinas e dos

caminhões, poeira invade as ruas e as casas.

Por Cássio Andrade e Ana Carolina Oliveira,

Diário TV 1ª Edição

Moradores de Mogi das Cruzes reclamam do

desconforto causado por uma madeireira

Os moradores de César de Souza, em Mogi

das Cruzes, convivem há dois anos com os

problemas de uma madeireira. Segundo quem

mora no distrito, a empresa traz muita poeira,

barulho e sujeira, o que atrapalha a rotina.

Além disso, segundo os moradores, a

madeireira funciona diariamente, inclusive aos

finais de semana e feriados. Às 7h30, a

movimentação já é grande de trator e

caminhão. “Trabalho a noite inteira,

praticamente, e chego em casa às 5h e,

quando vou deitar, depois de tomar banho e

tomar café, lá pelas 6h30, o barulho começa.

Geralmente 11h tem que levantar porque eu

não consigo dormir mais”, conta o morador

Ivo Rezend

De acordo com os moradores, nos últimos dois

meses, o problema ficou pior. Eles gravaram

um vídeo que mostra o movimento às 6h10

em uma quinta-feira, numa manhã de

domingo e também no Feriado de Corpus

Christi.

José Daguia Filho mudou para a rua há cinco

anos e, apesar da empresa já estar presente

na época, ele conta que a situação era

diferente. “Era aberto e, depois de

reclamação, eles fecharam, mas não adiantou

nada porque levanta pó. Não adianta limpar a

casa.”

A serragem invade as ruas e o banco do ponto

de ônibus. “A gente vê no ar a névoa forte e

suja tudo. Não é só pela sujeira, mas também

pela saúde. Tem moradores que foram

embora porque o filho tinha problema de

bronquite”, conta Alessandra Machado.

Os moradores afirmam que tentaram uma

solução amigável desde 2017, mas não

conseguiram nenhum acordo.

Edna Sanches tentou uma conversa no mês de

junho. “Disseram que pretendem subir o muro

e melhorar, mas não tem uma data.”

A moradora conta que também já procurou a

Prefeitura de Mogi e a Cetesb. “Conversei

com funcionário e mostrei vídeos e disseram

que essa atividade tem que ser enclausurada.

Porém, não veio ninguém aqui.”

Ivo também reclama do movimento dos

caminhões na rua. “É só diminuir o barulho.

Não quero tirar o emprego de ninguém.”

A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que

uma equipe do departamento de fiscalização

de posturas esteve no local e fez a medição de

ruído e não foi ultrapassado o limite

estabelecido por lei. Ainda assim, o

estabelecimento teve que parar as atividades

por não apresentar a documentação

necessária e o responsável foi multado em R$

696,28. A empresa vai ficar parada até

regularizar a situação.

Ainda de acordo com a Prefeitura, o

zoneamento permite a empresa no local. A

prefeitura reforça que as denúncias sobre a Lei

do Silêncio devem ser feitas pelo 153. Já a

Cetesb falou que vistoriou a empresa de

madeiras, na última sexta-feira (12) e

constatou a operação sem o licenciamento

ambiental. A Cetesb exigiu que a empresa se

regularize imediatamente e avalia as

penalidades cabíveis.

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/noticia/2019/07/16/barulho-de-

madeireira-atrapalha-rotina-de-moradores-de-

cesar-de-souza-em-mogi.ghtml

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20

Grupo de Comunicação

Veículo1: ABC Agora

Veículo2: ABC do ABC

Veículo3: Log Web

Data: 15/07/2019

Centro Logístico garante empregos para

moradores do ABC

Serão até 1.200 vagas, com direito à

capacitação; projeto foca recuperação da

malha ferroviária

O Centro Logístico Campo Grande (CLCG) vai

priorizar as vagas de emprego para os

moradores do ABC, com direito a capacitação

de todos os profissionais contratados.

Considerando o projeto completo, serão 1.200

vagas em diferentes áreas.

'A abertura das vagas será feita

primeiramente para os moradores da região.

Somente as que não forem preenchidas,

depois disso, serão ofertadas para pessoas de

fora do ABC', afirma Jael Rawet, idealizador do

CLCG.

Segundo ele, serão contratados inicialmente

os perfis necessários para o desenvolvimento

da obra ligados à construção civil - pedreiros,

carpinteiros, serviços de limpeza, portaria,

profissionais especializados em serviços de

ferrovia, técnicos para gerenciamento

ambiental, entre outros.

A partir da abertura das vagas, o

departamento de Recursos Humanos do

empreendimento receberá os currículos e

selecionará os candidatos da região. Depois da

instalação e início das atividades do CLCG são

previstos empregos como operadores de

empilhadeiras, técnicos ambientais para

monitoramento, serviços administrativos,

portaria e recepção, entre outros.

O objetivo do empreendimento é atender a

necessidade da infraestrutura ferroviária,

sempre contribuindo para o desenvolvimento

econômico sustentável.

No local, situado às margens da Ferrovia

Santos-Jundiaí, em Santo André, na Grande

São Paulo, será erguido um centro para

atividades de triagem e formação de trens,

transbordo e armazenagem de cargas para

ampliar a infraestrutura ferroviária. O projeto

prevê a instalação de pátios e galpões, além

de obras de viário interno e de melhorias no

viário externo.

'Na prática, o centro servirá como um bolsão

de espera, que fornecerá suporte às cargas

que saem e chegam ao Porto de Santos, e

acessam a Grande São Paulo, interior do

Estado, Rio de Janeiro e outros estados do

Brasil', afirma Rawet.

Segundo ele, a ideia é construir um centro

logístico predominantemente intramodal

(ferroviário-ferroviário), conforme definidas as

PLP's, plataformas logísticas periféricas no

Planejamento do Governo Estadual (PAM_TL).

'O projeto atende à necessidade logística para

o transporte de cargas ferroviário, a partir do

pátio de manobra existente', afirma Rawet.

Além dos 1.200 postos de trabalhos diretos, o

projeto contribui para a redução da emissão

de poluentes com menos caminhões

circulando nas rodovias que ligam o Porto a

Região Metropolitana e o resgate da vocação

da infraestrutura ferroviária presente há 150

anos na região, além do incremento

orçamentário de R$ 35 milhões por ano para

os cofres da prefeitura de Santo André, por

meio do pagamento de impostos.

Preservação ambiental

O centro foi desenhado a partir das

características ambientais da região. A área

máxima construída proposta no projeto

original ocupará apenas 6,7% do total, e 80%

da vegetação será preservada e monitorada

permanentemente. Será criada uma área de

reserva florestal, permanentemente

monitorada, de 369 hectares, e outros 109

hectares externos a ela também serão

preservados. Haverá, ainda, a implantação de

programas ambientais durante a execução do

projeto, de caráter preventivo, de controle ou

compensatório.

'Trata-se, portanto, de uma iniciativa que alia

empreendedorismo, sustentabilidade,

desenvolvimento e respeito ao meio ambiente,

atendendo à necessidade nacional,

contribuindo para o desenvolvimento

econômico sustentável, e que será

implementada em conformidade com a

legislação vigente e mediante todas as fases

de aprovação por parte dos órgãos públicos',

conclui Rawet.

O projeto está em fase avançada para emissão

de licença prévia por parte da Cetesb

(Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo). Mais informações podem ser obtidas

pelo site http://campograndelog.com.br/.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

n=27290041&e=577

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21

Grupo de Comunicação

Veículo1: VG Reesíduos

Data: 16/07/2019

Quais documentos de gestão de resíduos

podem ser gerados com o nosso

software?

Guilherme Arruda

O software da VG Resíduos gera

automaticamente todos os documentos de

gestão de resíduos obrigatórios, como o MTR,

CADRI, CDF e CONAMA 313.

O software pode funcionar online, desktop e

móbile. O usuário informa a quantidade de

resíduos gerados e a data. Também informa

quem realizará o transporte e qual o tipo de

tratamento será dado. Além de outras

informações importantes sobre os resíduos,

como sua classificação. Dessa forma,

automaticamente são gerados os documentos

obrigatórios para os órgãos ambientais.

Saiba quais documentos de gestão de resíduos

podem ser gerados com o software da VG

Resíduos.

Documentos de gestão de resíduos

necessários

Sabemos a importância da gestão de resíduos,

não só por cumprir os requisitos legais, mas

também por trazer diversos benefícios à

empresa.

Para conseguir realizar adequadamente a

gestão muitas geradoras procuram os serviços

de empresas especializadas na coleta,

transporte e tratamento de resíduos. Essas

tratadoras garante que o trabalho seja feito de

forma adequada. Além do mais, representa

uma redução nos custos para os geradores de

resíduos.

No entanto, como a organização deve ter

conhecimento de todos os documentos de

gestão de resíduos obrigatórios, a tratadora

também deve ter esse conhecimento.

Abaixo listamos os documentos obrigatórios

que devem ser controlados.

CADRI

O CADRI é um certificado de movimentação de

resíduos de interesse ambiental. É uma

ferramenta que demonstra que o resíduo está

sendo transportado para um local de

reprocessamento, armazenamento,

tratamento ou disposição final.

É um documento emitido pela Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(CETESB). Trata-se de um instrumento de

fiscalização exclusivo do estado de São Paulo.

Os tipos de resíduos que exigem o CADRI

encontram-se divididos em duas classes:

resíduos Classe I - Perigosos resíduos Classe

II A - Não Inertes

Abaixo seguem exemplos de Resíduos de

Interesse Ambiental:

resíduos industriais perigosos; resíduo sólido

domiciliar; lodo de sistema de tratamento de

efluentes líquidos industriais ou de sanitários;

EPI contaminado e embalagens contendo PCB;

resíduos de curtume não caracterizados como

Classe I; resíduos de indústria de fundição não

caracterizados como Classe I; resíduos de

portos e aeroportos; resíduos de serviços de

saúde, dos Grupos A, B e E; resíduos de

agrotóxicos e suas embalagens.

O software da VG Resíduos coleta

automaticamente todas as informações e

registros de destinação do resíduo, bem como

os dados dos transportadores e tratadores dos

resíduos.

Após coletar as informações é gerado um

documento em arquivo PDF que pode ser

enviado ao órgão fiscalizador. O documento

também fica disponível para impressão. O

gerador de relatórios do sistema é

sincronizado ao banco de dados. Esse banco

de dados possui todas as informações

referentes à geração de resíduos ao longo do

ano. Bem como as informações pertinentes de

quem tratou, qual a destinação dada ao

resíduos, quanto custou e etc.

Saiba como controlar a validade de licenças e

CADRI`s por um software online.

MTR - Manifesto de Transporte de Resíduos

A emissão do MTR é obrigatória para conhecer

e monitorar a destinação do resíduo gerado e

tratado. Além disso, através dele é possível

controlar a forma adequada do transporte

entre gerador e receptor e o encaminhamento

para locais licenciados.

22

Grupo de Comunicação

Com o MTR é possível diminuir os riscos do

manejo e transporte inadequado e ilegal dos

resíduos por parte dos transportadores e

receptores de resíduos.

Esse documento tem quatro vias, sendo que:

uma via vai para o gerador do resíduo; a

segunda via vai para o transportador; a

terceira para o receptor/destinador do

resíduo; a quarta via retorna ao gerador com

todas as assinaturas de transporte e

recebimento. A quarta via deverá ser

apresentada posteriormente ao órgão

ambiental.

O documento deve ser guardado por cinco

anos pelo gerador e receptor, e por três anos

pela empresa transportadora.

Com a VG Resíduos a empresa consegue

emitir o MTR online através de uma

plataforma desenvolvida exclusivamente para

emissão do documento. O documento é

gerado de forma fácil e automatizado.

Certificado de Destinação Final de Resíduos

O certificado de destinação final - CDF é um

documento emitido pela empresa receptora

dos resíduos, e que comprova o seu

recebimento. Com ele a empresa geradora

comprova que tiveram o devido cuidado com a

destinação final dos resíduos.

No software da VG Resíduos, o CDF não

precisa ser alimentado pela empresa geradora,

pois o sistema coleta automaticamente todos

os dados dos materiais que estão sendo

enviados. Além disso, atualiza em tempo real

as informações dos transportadores e

tratadores de resíduos.

Assim, basta um clique para que o certificado

fique pronto, além do mais, o tratador recebe

o documento para que possa de imediato

providenciar a assinatura e devolução à

empresa geradora do resíduo. Tudo muito

simples e rápido.

Saiba como elaborar o certificado de

destinação final.

Relatório CONAMA 313

O Relatório CONAMA 313 ou inventário é uma

listagem de todos os resíduos gerados pela

empresa em um determinado período, sendo

assim uma importante ferramenta de gestão

de resíduos. Ele deve contemplar os tipos de

resíduos produzidos, a origem, a quantidade e

a destinação de cada tipo de resíduo gerado.

O inventário serve como um instrumento que

quantifica e diagnostica as informações de

uma empresa sobre a geração, características,

armazenamento, transporte, tratamento,

reutilização, reciclagem, recuperação e

disposição final dos resíduos gerados. Assim,

as notas fiscais de transporte e comprovantes

de destinação deverão ser mantidas na

empresa.

Para elaborar o CONAMA 313 é necessário

conhecer o resíduo gerado, sua quantidade e

origem. Neste sentido as normas

regulamentadoras NBR 10.004, NBR 10.005,

NBR 10.006 e NBR 10.007 constituem como

significativas ferramentas para classificar os

resíduos gerados.

O software da VG Resíduos permite a geração

do Relatório Conama 313 já nos moldes

exigidos pela legislação e com toda a

informação atualizada. Além disso, o sistema

avisa sobre os prazos de envio do documento.

Sendo assim, o software da VG Resíduos

permite controlar e elaborar os documentos de

gestão de resíduos obrigatórios. Na plataforma

são gerados documentos como CADRI, MTR,

CONAMA 313 E CDF.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27385179&e=577

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23

Grupo de Comunicação

Veículo1: Record TV

Data: 16/07/2019

Carga com produto tóxico pega fogo

Duração: 00:02:47 Hora da Veiculação:

19:16:46

O sistema Anchieta imigrantes foi palco nesta

terça feira demais um incidente grave um

caminhão pegou fogo e criou um enorme

transtorno no tráfego de veículos por sorte

ninguém ficou ferido a Paula Viana teve no

local e acompanhou.

Perto o trabalho dos bombeiros.

Logo no começo da imigrantes o trânsito já

estava parado foi preciso desviar os veículos

em alguns trechos.

O problema estava lá em cima na altura do

quilômetro cinquenta e cinco os bombeiros

foram chamados para controlar as chamas de

uma carreta que saiu de Cubatão e seguia

para Lavrinhas interior do estado de São

Paulo.

O motorista não se ferir os bombeiros pediram

para que a gente não se aproximasse muito

do local esse aqui é o limite isso pela nossa

segurança mas daqui a gente consegue

observar aqueles ainda trabalham para

tentativa de resfriar a carreira.

Mesmo porque o produto que estava sendo

transportado é tóxico eram dezesseis mil litros

de ácido.

Fure com um líquido mineral altamente

perigoso quando reage com calor ou com a

água trabalho foi de resfriamento e extinção

do fogo porque o fogo poderia gerar.

Maiores disco consta na base aumento da

carga e liberação de gás tóxico.

Segundo informações da polícia o motorista do

caminhão quando percebeu que havia fogo e

fumaça conseguiu desatou e lá a parte da

frente da carreta que é o que a gente vê um

pouco mais ali à frente já próximo à entrada

do túnel.

É uma carreta conhecida como bitrem a parte

de trás é que pegava fogo.

Os bombeiros neste momento já viram que

não há mais risco de vazamento por isso a

polícia rodoviária decidiu liberar agora duas

faixas da rodovia dos imigrantes.

Isso depois de uma hora de interdição mas os

veículos vão precisar subir em operação

comboio até o final da Serra.

A interdição foi obrigatória não sopram a

atuação do corpo de bombeiros mas também

pelo perigo em inalar o gás liberado pelo

produto tudo indica que o fogo tenha

começado na lona do peninha do fogo

provavelmente tenha começado.

Nas rodas com a caloria da do sistema de

freio.

Aí pode ter sido iniciado em seu aniversário

forma a empresa responsável pelo produto é

de Cubatão e foi acionada para retirar a

carreta do acostamento depois do fogo ter

sido controlado.

É e a Cetesb a companhia ambiental do

estado de São Paulo informa que o fogo foi

controlado e que o ácido sulfúrico não vazou

em relação ao trânsito fluxo foi normalizado

durante a tarde.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27394644&e=577

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24

Grupo de Comunicação

Veículo: Todo Dia Americana

Data: 17/07/2019

Salto Grande: CPFL diz ter retirado 36%

dos aguapés

Responsável pela PCH (Pequena Central

Hidrelétrica) de Americana, a CPFL Renováveis

divulgou ontem já ter retirado 100 dos 275

hectares de plantas aquáticas que ocupam boa

parte da Represa de Salto Grande.

O volume considera o total de vegetação

descartado nos últimos sete meses, desde que

a ação de remoção mecânica (por meio de

máquinas e caminhões) das macrófitas

(aguapés) foi retomada, em dezembro de

2018.

A companhia contabiliza já ter retirado do

reservatório mais de 10.600 viagens de

caminhões de plantas do local.

A redução corresponde a 36% da quantidade

devegetação presente na represa em agosto

de 2018.

A área de “aguapés” retirada é equivalente a

119 campos de futebol, segundo a assessoria

de imprensa da concessionária.

A meta da CPFL Renováveis é atingir a marca

de 80 hectares de macrófitas no reservatório

até o primeiro semestre de 2020.

A quantidade é considerada “ideal” devido ao

poder “purificador” da planta, que remove da

água nutrientes decorrentes do despejo de

esgotos.

A remoção mecânica foi retomada em 6 de

dezembro do ano passado, após 11 meses

suspensos para a realização de um estudo

sobre o ciclo de vida dos aguapés.

O serviço é feito com o uso de três caminhões,

duas escavadeiras, dois barcos e um trator

aquático, além de dez funcionários.

O estudo desenvolvido no período, além de

revelar o potencial filtrante das plantas,

apontou alternativas incluídas no plano de

manejo das macrófitas, em análise desde abril

pela Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo). A quantidade de

aguapés no reservatório precisa ser aprovada

pelo órgão ambiental.

Em nota emitida ontem, a CPFL Renováveis

reforçou que a baixa qualidade da água do Rio

Atibaia cria um ambiente propício para a

proliferação de aguapés, e esclareceu que tem

contribuído para melhorar as condições de

ocupação de macrófitas no reservatório.

“O intenso trabalho que a CPFL Renováveis

realizou até o momento já resultou em uma

significativa redução de mais 100 hectares da

área ocupada pelas plantas aquáticas no

reservatório.”, informou a concessionária.

http://cloud.boxnet.com.br/yy2p7gsa

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25

Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Tupã

Data: 17/07/2019

Tupã fica em 464º lugar no PMVA

http://cloud.boxnet.com.br/y6ygt3x2

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26

Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: G1 Santos e região TV Tribuna

Data: 16/07/2019

Menino de oito anos limpa bairro após se

incomodar com lixo em SP: 'Orgulho'

Com a ajuda da mãe, Mikael de Souza Pereira

recolheu lixo e fez a diferença no bairro

Quarentenário, na Área Continental de São

Vicente, no litoral paulista.

Por João Amaro, G1 Santos

Mikael ao lado de saco de lixo; limpeza aconteceu após incômodo com sujeira em São Vicente, SP — Foto: Mical Rodrigues/Arquivo Pessoal

Um menino de apenas oito anos deu uma aula

de boas maneiras após fazer a diferença no

bairro em que mora, em São Vicente, no

litoral paulista. Incomodado com a quantidade

de lixo ao redor de um ponto de ônibus, ele

decidiu arregaçar as mangas e, ao lado da

mãe, fazer uma limpeza no local.

A ‘força-tarefa’ de Mikael de Souza Pereira

ocorreu às margens da Avenida

Quarentenário, no bairro de mesmo nome, na

Área Continental da cidade. Segundo sua mãe,

Mical Rodrigues, de 32 anos, a constante

reclamação do filho sobre a sujeira do local

onde sempre pega ônibus foi o ponto de

partida.

“Explicava que a gente guarda nosso lixo para

jogar fora depois, mas que as pessoas não

têm o mesmo costume. E sugeri que, se ele

quisesse, poderíamos vir e limpar”, contou ela

ao G1. O convite foi aceito de pronto, e no

mesmo dia, mãe e filho arregaçaram as

mangas e limparam o local.

Menino de oito anos limpa bairro após se incomodar com lixo em São Vicente, SP

Ela registrou o trabalho com fotos e vídeos.

Segundo ela, um saco de lixo, que ambos

achavam que seria suficiente, não deu conta

de recolher o que havia espalhado. “É muita

sujeira. Infelizmente aqui não vemos coleta de

recicláveis, somente a coleta de lixo comum.

Não conseguimos dar conta”, disse Mical.

O garoto colocou a mão na massa: com luvas,

recolheu plástico, papeis, embalagens, e até

mesmo garrafas de vidro, que foram

armazenadas em outro saco. Tudo isso em

meio ao movimento de pessoas que

aguardavam os ônibus no ponto de parada,

que foi remanejado para ali há pouco tempo.

“Levamos o saco em uma lixeira um pouco

mais distante, com medo de deixar no chão e

algum bicho rasgar e espalhar”, disse. Após o

trabalho, também em vídeo, Mikael deu um

recado de gente grande para a vizinhança.

27

Grupo de Comunicação

Mikael colocou a mão na massa e, com a ajuda da mãe, limpou área de seu bairro, em São Vicente, SP — Foto: Mical Rodrigues/Arquivo Pessoal

"Só um papelzinho de bala já faz uma grande

diferença. Não fica achando que jogar um

lixinho ali, jogar um lixinho aqui, não vai fazer

diferença, porque vai fazer diferença. Isso

incomoda demais. Você vai ficar achando aí

que não vai incomodar ninguém, mas

incomoda muita gente!", disse.

Para a mãe, acostumada a ver no filho

iniciativas como as de consertar e reciclar

brinquedos quebrados, a sensação é de

orgulho. “A tarefa de mãe é difícil. Erramos

tentando acertar. E quando vemos isso, me

sinto especial. Se todos pensassem assim,

seria mais fácil manter a cidade limpa. Se a

vizinhança entender assim, será uma boa

ajuda”, finaliza.

https://g1.globo.com/sp/santos-

regiao/noticia/2019/07/16/menino-de-oito-

anos-limpa-bairro-apos-se-incomodar-com-

lixo-em-sp-orgulho.ghtml

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28

Grupo de Comunicação

Veículo: O Diário de Mogi

Data: 16/07/2019

Cresce número de animais silvestres

mortos em Mogi das Cruzes

O veterinário Jefferson Renan de Araujo Leite,

do Centro de Controle de Zoonoses de Mogi

das Cruzes, realizou na manhã desta terça-

feira, exames de necrópsia em dois animais

silvestres encontrados mortos na cidade: uma

jaguatirica e uma capivara. Além de

determinar a causa da morte dos dois, o

durante o procedimento foram retiradas

amostras da partes dos animais para verificar

se eles estavam infectados com alguma

doença.

A jaguatirica estava na Estrada da Pedreira,

próximo ao condomínio Aruã. O veterinário

recebeu uma mensagem informando que o

corpo estava às margens da pista e o

recolheu. Durante o exame, foi constatado que

ela morreu por conta de hemorragia torácica e

de pulmão, causadas pelo impacto, que o

médico acredita ter sido um atropelamento.

'A gente já sabia da ocorrência deste tipo de

animal ali na serra, mas não deixa de ser uma

perda muito importante, porque qualquer

animal que é retirado assim do meio ambiente

causa um desequilíbrio na cadeia. Era uma

fêmea, jovem, que ainda não tinha pegado

nenhuma cria', ressaltou o veterinário.

Ele diz que esse tipo de acidente geralmente

ocorre porque quando são construídas as vias,

não é providenciado a construção de

corredores ecológicos que permitam o trânsito

das espécies silvestres. Sem essas passagens,

quando eles estão em busca de comida, eles

cruzam as estradas. 'Provavelmente isso

aconteceu de madrugada. É um animal rápido,

às vezes, o motorista não tem tempo nem de

desviar. Pela falta de conhecimento, as

pessoas também ficam com medo de

socorrer', diz.

Já a capivara morreu de uma infecção nas

costas em decorrência de um buraco aberto

por um tiro. Segundo o veterinário, o

ferimento criou o que eles chamam de

'bicheira' que evoluiu para uma infecção. 'Há

cerca de um mês, encontramos outra que

havia sido ferida na cabeça. Eu acredito que

seja caça, mas na hora o animal consegue

fugir, mas depois fica sofrendo até que morre.

É importante ressaltar que isso é crime

ambiental, porque se trata de um animal

silvestre', destaca o veterinário.

Também há um mês, Leite encontrou uma

capivara morta no Mogilar. A análise inicial

indica que a morte pode ter sido por

tuberculose. Uma amostra do animal foi

enviada para São Paulo, a fim de confirmar se

ela realmente estava com a doença. 'Fica

também o alerta para os perigos de comer

carne de caça. Esses animais podem estar

infectados por outras doenças, por isso a

gente sempre envia o material para análise',

ressalta.

Onça-pintada circulou em Apiaí

Circula pelas redes sociais a imagem de uma

onça-pintada com um texto que diz que o

animal foi flagrado por agentes da

Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) na

rodovia Mogi-Bertioga (SP 098), na sexta-feira

dia 12 de julho. No entanto, há que se

observar que a via é de jurisdição do

Departamento de Estradas de Rodagem

(DER), e não da Dersa. Além disso, apesar de

o cenário ser semelhante ao da Serra do Mar,

o registro foi feito às margens da rodovia

Sebastião Ferraz de Camargo Penteado (SP

250), na altura do quilômetro 295, no

município de Apiaí, no Vale da Ribeira, em São

Paulo.

No registro feito por um motorista que passa

pela estrada é possível ver a movimentação da

onça, que foge para dentro da mata fechada

após a aproximação do veículocm. O portal G1

conversou com o dono da propriedade onde o

animal estava. Ele ficou surpreso, porque nas

quatro décadas que habita naquela região, já

ouviu falar sobre a presença da espécie, mas

nunca visto algo que comprovasse.

A onça-pintada está classificada como 'quase

ameaçada' pela União Internacional para a

Conservação da Natureza e Recursos Naturais

(IUCN). Uma equipe da Polícia Ambiental foi

até o local do registro, segundo a reportagem,

mas não encontrou mais o animal

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27401732&e=577

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29

Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal de Itatiba

Data: 17/07/2019

Aquecedores a gás são perigosos em

apartamentos? Tire suas dúvidas

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=27404705&e=577

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30

Grupo de Comunicação

Veículo1: Jornal de Piracicaba

Veículo2: Yahoo Notícias

Veículo3: UOL Notícias

Data: 17/07/2019

Ações para proteção de recursos hídricos

beneficiam comunidades rurais

Fonte: Agência Brasil

Mais de 400 famílias de áreas rurais de nove

cidades paulistas foram beneficiadas pelo

projeto Plantando Águas, que integra ações de

saneamento básico, recuperação florestal e

educação ambiental com o objetivo de

proteger os recursos hídricos. As fossas

biodigestoras instaladas pelo projeto, por

exemplo, tratam cerca de 5.400 litros de

esgoto de vasos sanitários por mês, que

seriam lançados em fossas rudimentares com

risco de contaminação de águas e plantações.

O modelo integrado do projeto para

conservação de recursos hídricos,

desenvolvido pela organização Iniciativa

Verde, é uma das 24 tecnologias sociais

finalistas do Prêmio de Tecnologia Social da

Fundação Banco do Brasil (FBB), divulgadas

na terça-feira(16). As iniciativas finalistas são

de 13 estados brasileiros e de três países da

América Latina – Guatemala, Colômbia e

República Dominicana.

Os critérios para escolha das finalistas incluem

efetividade, inovação, sistematização da

tecnologia e a interação com a comunidade.

As vencedoras serão anunciadas em outubro

deste ano.

“Essa integração de tecnologias [no projeto] é

fundamental porque uma sozinha não vai

longe. Muitas vezes, não conseguimos adesão

das pessoas porque não atende à demanda

imediata delas. E, às vezes, uma tecnologia

simples que pode resolver um problema de

saneamento é entrada para trabalhar outros

temas ambientais naquela comunidade,

naquele sítio”, disse Roberto Ulisses Resende,

presidente da Iniciativa Verde.

O projeto nasceu restaurando matas ciliares

para fixação de carbono e compensação de

emissões de poluentes, mas, em campo, a

equipe descobriu outras necessidades das

comunidades. “Com esse trabalho, que

fazemos em parceria com [pequenos]

proprietários rurais, entidades, cooperativas e

prefeituras, tivemos a oportunidade de ver a

importância de outros temas além da questão

da mata ciliar, como a questão da produção

sustentável e do saneamento”.

Ações e resultados

No Plantando Águas, pequenos agricultores

familiares, assentados rurais, comunidades

tradicionais e residentes de unidades de

conservação tiveram acesso a técnicas de

baixo custo e fácil implementação para

tratamento de esgoto, implantação de

agroflorestas – aliando produção de alimentos

e proteção do solo –, assistência na

recuperação florestal e cisternas de captação

de águas de chuvas, além da recuperação de

matas ciliares, aquelas localizadas às margens

de rios.

Ao todo 438 famílias já receberam pelo menos

uma ação do Plantando Águas, alcançando

diretamente cerca de 1740 pessoas.

De acordo com a Iniciativa Verde, o problema

do saneamento básico no Brasil é ainda pior

nas áreas rurais. Com base em dados da

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

de 2015, a entidade destaca que cerca de

60% das casas despejam os dejetos em fossas

rudimentares, diretamente nos cursos d’água

ou no solo, e que apenas um terço das casas

na área rural são ligadas à rede de

abastecimento de água.

Outro fator que prejudica a conservação das

águas é a degradação do solo e a falta de

cobertura vegetal nativa. Segundo divulgou a

entidade, no estado de São Paulo, estima-se

que apenas 20% do território está coberto

com vegetação nativa.

Os sistemas agroflorestais permitem conciliar

produção e conservação, no entanto é uma

técnica com retorno econômico mais

demorado, segundo a entidade, o que exige

assistência técnica e maior estímulo a esse

modelo de produção.

Para Resende, as pessoas e o modo de

produção agrícola são determinantes na

conservação da água e tecnologias como as do

projeto proporcionam resultados positivos na

renda dos produtores. “Quando ele vê que [as

tecnologias] têm um impacto na qualidade da

água dele, na produção dele no [modelo]

agroflorestal, ele já começa a ver ganhos

imediatos [na renda] e mais concretos para

ele, mesmo que ele não visualize que a longo

31

Grupo de Comunicação

prazo também é bom [para conservação do

ambiente]”, disse.

Um total de 1.110 tecnologias certificadas pela

Fundação Banco do Brasil estão disponíveis

em um banco de tecnologias online para

serem replicadas em qualquer parte do país e

ajudar a solucionar problemas comuns a

diversas comunidades.

http://cloud.boxnet.com.br/y34phx8w http://cloud.boxnet.com.br/yxd4orlw

http://cloud.boxnet.com.br/y274epar

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32

Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 16/07/2019

Por que o futuro do agronegócio depende

da preservação do meio ambiente no

Brasil

Se hoje a bancada ruralista é a principal força

pressionando o Congresso para flexibilizar a

proteção ambiental, é consenso entre

agrônomos e pesquisadores que o futuro do

agronegócio depende da preservação

ambiental.

Agrônomos, biólogos e entidades como a

Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária) alertam que a destruição da

vegetação nativa e as mudanças climáticas

tem grande potencial para prejudicar

diretamente o agronegócio no Brasil, porque

afetam diversos fatores ambientais de grande

influência sobre a atividade agrícola.

O principal deles é o regime de distribuição

das chuvas, essenciais para nossa produção –

apenas 10% das lavouras brasileiras são

irrigadas. Com o desmatamento e o aumento

das temperaturas, serão afetados umidade,

qualidade do solo, polinizadores, pragas.

A BBC News Brasil ouviu pesquisadores do

agronegócio e nomes ligados ao setor para

entender como esses riscos gerados pela

destruição do ambiente devem afetar a

produtividade das plantações brasileiras e

mesmo se safras se tornarão inviáveis.

Eles dizem que as notícias sobre o setor

ambiental no Brasil não são animadoras: se o

ritmo de desmatamento na Amazônia

continuar como está, atingiremos em pouco

tempo um nível de devastação sem volta.

Junho foi o mês com mais desmatamento na

Amazônia, 920,4 km², desde o início do

monitoramento com sistema de alerta pelo

Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais), em 2015. Foi um aumento de 88%

em relação ao mesmo mês no ano passado.

Ao mesmo tempo, as pressões e cobranças

internacionais chamam atenção para a agenda

ambiental do governo Bolsonaro, que tem

flexibilizado a legislação ambiental e diminuído

a fiscalização.

A Floresta Amazônica é questão central no debate ecológico internacional — Foto: Getty Images

Crise iminente

Atualmente, o agronegócio é responsável por

21,6% do PIB brasileiro, segundo o Ministério

da Agricultura.

Preocupados com questões como logística,

estrutura e desafios comerciais como o vaivém

das commodities no mercado internacional, a

questão da sustentabilidade acaba não sendo

prioridade para o setor como um todo.

"A questão da sustentabilidade, no sentido

amplo, é uma preocupação. Mas em primeiro

lugar vem a estrutura e a logística e as

questões comerciais", afirma o agrônomo

Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura

(2003-2006) e coordenador da área de agro

da Fundação Getúlio Vargas.

No entanto, os riscos gerados pela devastação

ambiental na agricultura são uma ameaça

muito mais iminente do que se imagina,

segundo o pesquisador Eduardo Assad, da

Embrapa.

Alguns estudos, como um feito por

pesquisadores das Universidades Federais de

Minas Gerais e Viçosa, projetam perdas de

produtividade causadas por desmatamento e

mudanças climáticas para os próximos 30

anos. Outros não trabalham com tempo, mas

com nível de devastação, como o estudo

Efeitos do Desmatamento Tropical no Clima e

na Agricultura, das cientistas americanas

Deborah Lawrence e Karen Vandecar, que

afirma que quando o desmatamento na

Amazônia atingir 40% do território

(atualmente ele está em 20%), a redução das

chuvas será sentida a mais de 3,2 mil km de

distância, na bacia do Rio da Prata.

33

Grupo de Comunicação

O agronegócio corresponde a mais de 20% do PIB brasileiro — Foto: Getty Images

Para Assad, que também é professor da FGV

Agro e membro do Painel Brasileiro de

Mudanças Climáticas, os efeitos da destruição

do ambiente e das mudanças climáticas já

começam a ser sentidos.

Ele cita, por exemplo, o relatório da

Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja)

que mostra a perda de mais de 16 milhões de

toneladas na safra de soja deste ano devido a

seca que atingiu as principais regiões

produtoras desde dezembro. "Já há evidências

de que as mudanças climáticas aumentaram o

número de eventos extremos, como secas e

ondas e calor", afirma Assad.

Há duas ameaças principais, segundo

Lawrence e Vandecar. A primeira é o

aquecimento global, que acontece em escala

global e que é intensificado pelo

desmatamento. A outra são os riscos

adicionais criados pela devastação das

florestas, que geram impactos imediatos na

quantidade de chuva e temperatura, tanto em

nível local quanto continental.

Deficiência hídrica e temperatura

A maior parte da produção agrícola brasileira

depende das chuvas – só 5% da produção

total e 10% da produção de grãos são

irrigados. Isso significa que mudanças na

precipitação afetam diretamente nossa

produção.

O regime de chuvas é afetado por uma série

de fatores – desde a topografia até as

correntes marítimas. Um fator importante é a

dinâmica de evaporação e transpiração

terrestres, ou seja, a umidade produzida pela

respiração das árvores e plantas, explica o

agrônomo da USP Gerd Sparovek, professor

da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz

de Queiroz) e presidente da Fundação

Florestal do Estado de São Paulo.

Esse fenômeno, chamado de

evapotranspiração, é especialmente alto em

florestas tropicais como a amazônica – elas

são o ecossistema terrestre que mais

movimenta água, transformando a água do

solo em umidade no ar e diminuindo a

temperatura da atmosfera sobre elas.

"Ao cortar a vegetação natural que, durante o

ano inteiro joga água na atmosfera, umas das

principais consequências é a formação de

menos nuvens no período seco", explica

Assad, da Embrapa. "Um estudo que

acabamos de finalizar mostra um aumento

significativo de deficiência hídrica do Nordeste

ao Centro-Oeste", diz.

A destruição da vegetação nativa e as mudanças climáticas vão prejudicar diretamente o agronegócio no Brasil — Foto: Getty Images

Isso afeta as chuvas potencialmente até no

Sudeste, já que há correntes de ar que

normalmente empurram essas nuvens para

sul.

A destruição da vegetação nativa afeta até a

duração das temporadas de chuvas e

estiagem, segundo o estudo de Lawrence e

Vandecar, que faz uma revisão da literatura

científica e foi publicado em 2014 na revista

Nature.

O corte da vegetação nativa também altera a

temperatura e clima local, e potencialmente

também o de regiões mais distantes, explica

Sparovek, da Esalq. "As alterações, nesse

caso, são sempre desfavoráveis."

E isso vale não só para a Amazônia: a

remoção do Cerrado, onde hoje se encontra a

principal expansão da fronteira produtiva,

também eleva a temperatura local.

34

Grupo de Comunicação

Esse problema é reforçado pelo aquecimento

global, que torna o clima mais instável e

aumenta a frequência de extremos, como

ondas de calor e estiagens e chuvas em

excesso. E o desmatamento só intensifica esse

processo.

Risco para o agronegócio é maior quando altas temperaturas são concomitantes com períodos de diminuição das chuvas — Foto: Getty Images

O risco para o agronegócio é especialmente

grande quando altas temperaturas são

concomitantes com períodos de diminuição

das chuvas – isso diminui a produtividade das

lavouras e pode comprometer safras inteiras,

diz o biólogo.

Um efeito adicional do comprometimento da

disponibilidade de água tem a ver com a

produção de energia elétrica, que também é

importante para o agronegócio, aponta

Sparovek. Um clima mais seco ou maiores

períodos de estiagem podem comprometer a

vazão dos rios e dos reservatórios, afetando

diretamente a produção de energia, já que

nossa matriz energética é em sua maioria

dependente de hidroelétricas.

Perda de área produtiva

A retirada total das florestas também gera

outros problemas relativos aos recursos

hídricos além da chuva, explica o biólogo Jean

Paul Metzger, professor da USP e doutor em

ecologia de paisagem.

A retirada da vegetação nativa retira a

proteção do solo, que não é reposta mesmo se

a área virar uma plantação, já que as raízes

das plantas cultivadas são muito superficiais.

O solo cultivado também tem pouca

permeabilidade.

Isso dificulta a infiltração da água no solo, o

que gera dois problemas. Um é a falta de

reposição da água nos lençóis freáticos. A

outra, é um processo de erosão e poluição dos

rios.

"A chuva vai escoando superficialmente e

levando o solo junto, há uma perda da

camada mais fértil, vai tudo para o rio" diz

Metzger. "E a partir de um certo momento

você não tem como reverter, há uma perda de

área produtiva via erosão."

Reserva legal

A melhor forma de evitar esse processo é

manter a vegetação nativa – inclusive nas

propriedades rurais, onde a cobertura florestal

pode fazer uma filtragem das enxurradas

antes de chegarem ao rio. Metzer aponta que

as propriedades produtivas devem ter cerca

de 30% de cobertura florestal, na média, para

que o ciclo hidrólógico e os chamados serviços

ambientais funcionem normalmente.

Serviços ambientais são benefícios trazidos ao

cultivo pelo ecossistema, como, por exemplo,

a polinização e o controle natural de pragas.

O processo de respiração e transpiração das árvores afeta diretamente o regime de chuvas — Foto: Larissa Rodrigues

"Paisagens onde há produção agrícola em

desequilíbrio com o ambiente são poucos

favoráveis à produção. Os inimigos naturais

das pragas e doenças de plantas

desaparecem, e a produção passa a depender

cada vez mais de agrotóxicos", diz Sparovek,

da Esalq.

Daí, dizem os pesquisadores, vem a

importância da manutenção das reservas

legais – áreas de mata nativa dentro de

propriedades rurais cujo desmatamento é

proibido por lei. O índice de proteção exigido é

de 80% na Amazônia, de 35% no Cerrado e

de 20% nos outros biomas.

O assunto esteve em pauta nos últimos

meses, graças a um projeto do senador

35

Grupo de Comunicação

carioca Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do

presidente, que quer acabar com as reservas

legais, citando o "direito à propriedade". Pela

Constituição, no entanto, nenhum direito à

propriedade é absoluto no Brasil – a

construção em propriedades urbanas, por

exemplo, fica restrita às leis de zoneamento

municipais.

Agrotóxicos

O uso indiscriminado de agrotóxicos também é

um problema ambiental que acaba se voltando

contra o próprio agronegócio.

Ele afeta principalmente os cultivos que

dependem da polinização, já que os animais

polinizadores - abelhas, besouros, borboletas,

vespas e até aves e morcegos – são

fortemente afetados por alguns tipos de

inseticidas e até por herbicidas usados contra

pragas em lavouras, sofrendo desde morte por

envenenamento a desorientação durante o

voo.

Das 191 culturas agrícolas de produção de

alimentos no país, 114 (60%) dependem de

polinizadores, segundo o Relatório Temático

sobre Polinização, Polinizadores e Produção de

Alimentos no Brasil, da Fapesp (Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Em resultado de safra, cerca de 25% da

produção nacional é dependente de

polinização, segundo Assad, da Embrapa.

Desmatamento e agrotóxicos prejudicam culturas que dependem de polinização — Foto: Getty Images

Além disso, o uso excessivo de agrotóxicos em

espécies resistentes se torna um problema

para produtores vizinhos de cultivos que não

tem a mesma resistência. Produtores de uva

do Rio Grande do Sul têm registrado milhões

de reais de prejuízo por causa do herbicida

2,4-D, usado em plantações de soja. Ao se

espalhar para as propriedades produtoras de

uva, ele chegou a reduzir a colheita de uva em

até 70%, segundo produtores do estado.

O Instituto Brasileiro do Vinho chegou a

defender a proibição do uso do agrotóxico na

região. O noroeste gaúcho é campeão nacional

no uso de agrotóxicos, segundo um mapa do

Laboratório de Geografia Agrária da USP com

dados do IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística).

Questão da Produtividade

Até hoje, olhando a série histórica, a

produtividade do agronegócio no Brasil só

aumentou. A produção do milho, por exemplo,

subiu de 3,6 ton/ha em 2009 para 5,6 ton/ha

em 2019 (previsão), de acordo com dados da

Conab (Companhia Nacional de

Abastecimento).

"O aumento da produção muitas vezes é

usado como argumento pra dizer que não está

acontecendo nada (em termos de efeitos da

mudança climática). Mas a produtividade

aumenta porque antes era muito baixa,

porque estamos implementando as diversas

tecnologias existentes", afirma Assad, que

também é membro do Painel Brasileiro de

Mudanças Climáticas. "O teto de produtividade

do milho, por exemplo, é de 10 toneladas por

hectare considerando a tecnologia existente."

Isso não quer dizer, diz ele, que os efeitos da

devastação não terão um impacto na

produtividade.

Segundo cálculos no modelo feito por

cientistas das Universidade Federais de Minas

Gerais e Viçosa, em 30 anos as perdas na

produção de soja podem ir de 25% a 60%,

dependendo da região, graças ao

desmatamento da Amazônia.

Até a pecuária pode ser afetada, com a

produtividade do pasto caindo de 28% a 33%

e alguns lugares deixando de ser viáveis para

a atividade.

Expansão?

Mas por que ainda há resistência em aceitar a

visão de que a devastação do meio ambiente

prejudica o agronegócio?

Segundo Sparovek, da Esalq, narrativas que

defendem a necessidade de expandir a

fronteira agrícola não têm embasamento

científico. Ele afirma que "quando se analisa a

necessidade de expansão do agronegócio

36

Grupo de Comunicação

brasileiro prevista pelo próprio setor até 2050,

não se vê necessidade alguma de desmatar e

expandir a fronteira agrícola."

"Temos áreas abertas o suficiente para

produzir a demanda projetada e ainda

restaurar a vegetação em uma quantidade

enorme de terras", diz o agrônomo.

Agrotóxicos afetam polinizadores e podem prejudicar lavouras vizinhas que não são resistentes a eles — Foto: Getty Images

Só na Amazônia, há 17 milhões de hectares

cortados, desmatados e abandonados,

segundo Assad, da Embrapa.

Além das terras abertas existentes, há uma

enorme possibilidade de incremento da

produtividade através de implementação

tecnológica, afirma o ex-ministro da

Agricultura Roberto Rodrigues.

Assad, da Embrapa, afirma que soluções boas

para a produção e para o ambiente – como

técnicas de agricultura de baixa emissão de

carbono e boas práticas de manejo de solo e

água – têm se tornado cada vez mais

acessíveis, e que uma maior organização de

cooperativas agrícolas é necessária para

aumentar o acesso dos pequenos produtores a

tecnologias e avanços.

Sparovek afirma que a expansão da fronteira,

especialmente na Amazônia, não interessa

diretamente, não ajuda a produzir –

especialmente com o avanço tecnológico que

exige um terreno mais plano pelo tamanho e

velocidade das máquinas. "Isso é uma agenda

muito mais ligada à valorização imobiliária das

terras e à grilagem. Quem se beneficia disso é

o especulador do mercado de terras, lícito ou

criminoso."

Segundo Rodrigues, o Brasil é um país

gigantesco que não tem "uma agricultura ou

um agricultor", mas diversos grupos com

interesses diferentes. A existência de

agricultores que não têm preocupação

nenhuma com sustentabilidade ou com o

longo prazo é "um pouco uma questão de

educação, cultura e formação técnica

adequada."

"Temos 4,4 milhões de produtores que

seguiram o Código Florestal e fizeram o

Cadastro Ambiental Rural (mecanismos de

regulação das práticas agrícolas)", diz Assad.

"É 1 milhão de agricultores que fazem essa

confusão toda. É só um povo que produz como

na idade média (que tem interesse no

desmatamento)."

https://g1.globo.com/economia/agronegocios/

noticia/2019/07/16/por-que-o-futuro-do-

agronegocio-depende-da-preservacao-do-

meio-ambiente-no-brasil.ghtml

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37

Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 16/07/2019

Entenda como funciona e para que serve

a cobrança de taxas turísticas em

Noronha e outras áreas protegidas do

Brasil

Os valores arrecadados, segundo o governo de

Pernambuco, "são totalmente revertidos na

preservação" do meio ambiente da região. No

caso da taxa federal, à qual se referia o

presidente, 85% do dinheiro é direcionado

para a empresa vencedora da licitação (leia

mais abaixo).

Apenas moradores, parentes em primeiro grau

de moradores e pessoas a serviço autorizadas

podem acessar o parque sem pagar ingresso.

Cobrança existe em lei desde 2000

A cobrança para entrada turística em Unidades

de Conservação – geridas pelo governo federal

– é permitida pela lei nº 9.985, de 18 de julho

de 2000. O Parque Nacional Marinho de

Fernando de Noronha faz parte do grupo de

unidades de proteção integral. Por isso, o

dinheiro arrecadado pelo governo deve ser

aplicado de acordo com os seguintes critérios:

Entre 25% e 50% do valor deve ser usado

na implementação, manutenção e gestão da

própria unidade;

De 25% a 50% do valor deve ser destinado

à regularização fundiária das unidades;

De 15% a 50% das taxas precisam ser

aplicadas na implementação, manutenção e

gestão de outras unidades de proteção

integral.

Taxas para visitar Noronha

No caso de Fernando de Noronha, as taxas de

visitação variam de acordo com a duração da

estadia e a nacionalidade do visitante.

Brasileiros pagam R$ 106 em uma taxa

federal para entrar no Parque Nacional

Marinho, onde ficam as principais praias, e R$

73,52 de taxa estadual por dia de estadia na

ilha – a cobrança do governo federal permite

que cada um fique até 10 dias no arquipélago.

Já o visitante estrangeiro paga uma taxa

federal mais cara: R$ 212, além da cobrança

diária do governo pernambucano.

Para onde vai o dinheiro da taxa federal?

No caso da taxa federal, quem faz a cobrança

é a empresa EcoNoronha, do Grupo Cataratas,

que em 2012 venceu a licitação para gerenciar

a unidade e investiu R$ 15 milhões no Parque

Nacional Marinho.

A empresa fica com 85,3% da arrecadação –

em 2018, a EcoNoronha recebeu R$ 9,6

milhões em taxas.

Já os demais 14,7% pagos pelos visitantes é

repassado para o Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que

segue as regras de aplicação dos recursos

determinadas pela lei nº 9.985.

Para onde vai o dinheiro da taxa estadual?

Já o pagamento ao governo estadual,

chamado de Taxa de Preservação Ambiental

(TPA), varia conforme o número de dias em

que cada visitante fica em Noronha.

Esse valor é usado para a manutenção e

infraestrutura da região, como o recolhimento

do lixo. Segundo a adminsitração, todo o valor

é revertido para a preservação da ilha.

Preservação

O G1 visitou Fernando de Noronha para a

estreia da série "Desafio Natureza" em janeiro

deste ano. O objetivo de cobrar as taxas e da

implementação de regras aos visitantes,

segundo os administradores, é preservar a

fauna e a flora do lugar.

"O que podemos dizer para o turista que

chega na ilha é que ele tem que esperar

algumas situações em que ele precisa se

adequar a algumas normas necessárias de

cuidado ambiental, pois o nosso principal foco,

no momento, é a sua preservação", diz

Guilherme Rocha, administrador da ilha.

Além das taxas, as praias do parque nacional

têm acesso controlado também pelo ICMBio e

pela EcoNoronha. Uma vez que os valores

estão pagos, o visitante recebe um cartão

para usar durante a estadia.

Alguns passeios têm horário para começar e

acabar: a praia do Leão, por exemplo, fecha

às 18h30. Durante o dia, os turistas podem

visitar o local, mas não podem subir até os

ninhos das tartarugas. A maior parte das

38

Grupo de Comunicação

regras serve de proteção para os animais

marinhos.

As taxas arrecadadas também ajudam na

coleta de lixo da região, problema constatado

pela reportagem do G1. A ilha não tinha coleta

seletiva até março deste ano, quando foram

instaladas 80 lixeiras para resíduos orgânicos

e materiais recicláveis compradas com o

dinheiro arrecadado pela administração e por

meio de uma parceria privada.

Turistas no arquipélago

Noronha recebeu mais de 100 mil turistas em

2018, número recorde. Mas o plano de manejo

prevê apenas 89 mil visitantes por ano. Por

isso, biólogos já se preocupam com os

impactos desse crescimento no meio-

ambiente.

"Se continuar no ritmo de crescimento que

está, a gente vai transformar isso aqui em

qualquer outra praia, em qualquer lugar",

disse Silmara Erthal, do ICMBio, em entrevista

ao G1 em janeiro.

Apenas 50% das casas de Noronha têm coleta

de esgoto. A água disponibilizada é do

dessalinizador local ou da chuva – e com

frequência é necessário fazer racionamento.

Por isso, não é possível abrigar um número

inesgotável de visitantes.

Cobranças em outros parques nacionais

Noronha não é o único parque nacional a

arrecadar dinheiro dos turistas. Em 2017, o

Brasil arrecadou R$ 55 milhões com a

cobrança de ingressos em Unidades de

Conservação (UC), segundo um relatório

publicado em 2018. Pelo menos 16 parques

têm sistema de pagamento de taxas.

Assim como em Noronha, nesses parques os

cidadãos brasileiros recebem um desconto de

50% no valor do ingresso – há também casos

em que moradores do entorno pagam um

valor simbólico de cerca de R$ 5, cidadãos do

Mercosul ganham desconto de 25%, e todos

os visitantes pagam meia entrada durante a

baixa temporada.

O arquipélago de Pernambuco, porém, é o

único que cobra mais do que R$ 90 por

visitante. O último reajuste do governo federal

aconteceu em outubro de 2018 e, em 13 dos

16 parques, o valor máximo não passou de R$

40.

Veja abaixo a lista de parques nacionais que

cobram entrada dos visitantes, além do valor

mínimo e máximo cobrado em cada um:

Parque Nacional do Iguaçu (de R$ 6 a R$

57)

Parque Nacional da Tijuca (de R$ 14 a R$

28)

Parque Nacional de Brasília (de R$ 14 a R$

28)

Parque Nacional Marinho de Fernando de

Noronha (R$ 106 a R$ 212)

Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (de

R$ 9 a R$ 89)

Parque Nacional do Caparaó (de R$ 3 a R$

34)

Parque Nacional da Serra da Capivara (de

R$ 3 a R$ 34)

Parque Nacional de Itatiaia (de R$ 3 a R$

34)

Parque Nacional do Pau Brasil (de R$ 3 a R$

34)

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

(de R$ 3 a R$ 34)

Parque Nacional Serra dos Órgãos (de R$ 4

a R$ 35)

Parque Nacional de Sete Cidades (de R$ 2 a

R$ 21)

Parque Nacional da Serra da Canastra (de

R$ 2 a R$ 21)

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães

(de R$ 10 a R$ 40)

Parque Nacional da Serra da Bodoquena (de

R$ 6 a R$ 60)

Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses

(de R$ 4 a R$ 30)

Outras unidades com sistema de cobrança

(de R$ 9 a R$ 18)

Fora do Brasil

Também não é exclusividade do Brasil

implementar taxas para o acesso a turistas.

Desde fevereiro de 2015, a câmara municipal

de Veneza, na Itália, aprovou um novo

imposto a ser pago por quem visita o centro

histórico – o valor pode chegar a 10 euros.

Isso já acontece em outras cidades do país.

Em maio de 2018, devido ao excesso de

turistas, autoridades da Tailândia e Filipinas

chegaram a fechar alguns de seus principais

destinos. Outro caso é o de Ruanda, que

precisou aumentar a cobrança de visitação a

39

Grupo de Comunicação

algumas regiões para US$ 1,5 mil e proteger

seus gorilas.

Já em Palau – um arquipélago de mais de 500

ilhas no Pacífico que recebe em média 12,5

mil visitantes por mês –, o plástico representa

32% do lixo. Para combater esse aumento, o

governo aprovou uma legislação sobre o

descarte de garrafas de plástico, vidro ou

metal contendo 940mL ou menos. Quem

compra esses produtos precisa pagar uma

taxa de 10 centavos de dólar (cerca de R$

0,37).

Quando a pessoa devolve o recipiente a um

coletor, ela recebe metade desse valor de

volta. Do que é retido, metade vai para o

governo da capital, Koror, e o resto vai para o

governo federal, para cobrir os custos

administrativos.

Já existem iniciativas semelhantes em vários

países da Europa, como a Noruega – onde é

possível devolver recipientes plásticos, por

exemplo, e receber vouchers ou moedas em

troca.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

7/16/entenda-como-funciona-e-para-que-

serve-a-cobranca-de-taxas-turisticas-em-

noronha-e-outras-areas-protegidas-do-

brasil.ghtml

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Data: 17/07/2019

40

Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Toffoli neutralizou ataques de

bolsonaristas ao usar caso Flávio para

travar investigações

Jogo de gente grande A polêmica decisão em que

Dias Toffoli suspendeu ações baseadas em

informações obtidas sem o aval da Justiça é a

expressão máxima da capacidade de arquitetura

política do ministro. A medida, um anseio antigo

da ala da corte que prega um “freio de

arrumação” no uso desses instrumentos por

órgãos de investigação, foi tomada em caso que

tem Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) como alvo,

neutralizando reação de parte da claque

bolsonarista e de Sergio Moro, que integra o

governo do pai do senador

Seletivo

Hoje ministro da Justiça, Moro está de licença.

Ele não falou sobre o assunto em suas redes.

Nesta terça (16), usou o espaço para criticar a

publicação de mensagens de membros da Lava

Jato e divulgar dados de sua pasta. Só.

Fincou bandeira

Membros do STF e do Judiciário dizem que, com

essa tacada, Toffoli não só reforçou boa relação

com o presidente Jair Bolsonaro como também

deve ter se firmado como voz a ser ouvida no

processo de escolha do próximo chefe da PGR.

Quem bate esquece…

A tese que prega a revisão da jurisprudência que

autorizou o uso de dados fornecidos pela Receita

ou pelo Coaf a órgãos de investigação sem

autorização judicial cresceu à medida que

ministros do STF e do STJ descobriram ter sido

alvo de apurações desses órgãos.

…quem apanha, não

Gilmar Mendes e familiares de Toffoli, por

exemplo, tiveram relatórios sobre suas contas

produzidos pelo Fisco e vazados à imprensa. O

órgão, depois, negou que eles fossem alvo de

investigações formais.

Salve-se quem puder

A decisão do presidente do Supremo criou clima

de pânico no Ministério Público Federal. Todas as

coordenadorias que atuam com crime organizado

no âmbito federal e nos estados serão afetadas.

O alcance total da medida ainda é inestimável,

dizem investigadores.

Reação

Nesta terça (16), procuradores começaram a

levantar elementos para contestar a decisão de

Toffoli. A expectativa é a de que a PGR entre ao

menos com embargos de declaração,

contestando o alcance irrestrito da ordem.

Caneta sem tinta

Senadores que atuam para instalar uma CPI que

investigue o Judiciário querem usar a ordem de

Toffoli para reavivar o tema. Eles também

buscam apoio à proposta que limita o alcance de

decisões cautelares do presidente do STF.

Diga você

Na reunião chamada pela procuradora-geral,

Raquel Dodge, nesta terça (16), os integrantes

da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba foram

instados a fazer uma avaliação do teor das

mensagens obtidas e divulgadas pelo The

Intercept –e a dizer se têm ideia do que está por

vir.

Nada com isso

Os procuradores teriam dito que não há nada

ilegal nas conversas. Ainda assim, ouviram

pedido de cautela, para evitar mais exposição.

Só?

O “apoio institucional” expressado por Dodge à

operação não satisfez procuradores que

esperavam uma manifestação enfática em defesa

dos colegas. Quem a conhece viu na moderação

um sinal de que teme que os vazamentos

arranhem a imagem institucional do Ministério

Público Federal.

Reforço

O economista Bernard Appy passou esta terça

(16) em reuniões com deputados e consultores

da Câmara. Ele é o pai da reforma tributária que

foi adotada pela cúpula da Casa –e que vai

disputar espaço com a elaborada pelo governo

Bolsonaro.

Nem vem

A “queda de braço” entre os dois projetos está à

toda. Parlamentares que vão analisar o tema na

comissão especial tratam com desdém a hipótese

de criação de um imposto parecido com a CPMF –

como prega a equipe econômica– prosperar.

Jabuticaba

Esses parlamentares dizem que o imposto único

proposto pelo governo onera todas as etapas de

produção e pode aumentar o preço de produtos.

Além disso, argumentam que não há país que

adote este modelo.

Data: 17/07/2019

41

Grupo de Comunicação

Minha retaguarda

Já a equipe econômica diz que o setor de

serviços, que responde por 70% do PIB, só topa

apoiar a reforma se tiver a folha de pagamentos

desonerada. A proposta do governo entrega o

que esse nicho pede. Ela promete retirar a carga

que incide sobre os salários e trocá-la pelo

imposto único.

TIROTEIO

É um escândalo. Não é razoável tomar uma

decisão que vai impactar centenas de processos

de corrupção em pleno recesso

Do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE),

sobre Dias Toffoliter suspendido ações que usem

informações obtidas sem aval da Justiça

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/07/17/t

offoli-neutralizou-ataques-de-bolsonaristas-ao-

usar-caso-flavio-para-travar-investigacoes/

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Data: 17/07/2019

42

Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Corregedoria investigará

palestras de Dallagnol

A Corregedoria Nacional do Ministério Público vai

investigar as palestras dadas pelo procurador da

Lava Jato Deltan Dallagnol.

A decisão, assinada pelo corregedor Orlando

Rochadel Moreira, baseia-se em uma

representação do PT encaminhada ao Conselho

Nacional do Ministério Público. O texto determina

a instauração de reclamação disciplinar e dá

prazo de dez dias para que Dallagnol e seu

colega de força-tarefa da Lava Jato Roberson

Pozzobon se manifestem sobre o assunto.

O despacho cita as mensagens trocadas entre os

membros da força-tarefa da Lava Jato que

"revelariam que os citados teriam se articulado

para obter lucro mediante a realização de

palestras pagas e obtidas com o uso de seus

cargos públicos". "Tais palestras teriam se dado

em parceria com empresas privadas, com quem

dividiram os valores", diz o documento.

A conversa entre os procuradores foi obtida pelo

site The Intercept e analisada em conjunto com a

Folha. As mensagens apontam que Dallagnol

montou um plano de negócios de eventos e

palestras para lucrar com a fama e contatos

obtidos durante as investigações do caso de

corrupção.

A ideia de criar uma empresa de eventos para

aproveitar a repercussão da Lava Jato foi

manifestada por Dallagnol em dezembro de 2018

em um diálogo com a mulher dele.

No mesmo mês, o procurador e o colega

Pozzobon criaram um grupo de mensagens

específico para discutir o tema, com a

participação das esposas deles.

"A ampla repercussão nacional demanda atuação

da Corregedoria Nacional", afirma o corregedor

em seu despacho. "A imagem social do Ministério

Público deve ser resguardada e a sociedade deve

ter a plena convicção de que os membros do

Ministério Público se pautam pela plena

legalidade, mantendo a imparcialidade e relações

impessoais com os demais poderes constituídos."

O texto segue: "Sem adiantar qualquer juízo de

mérito, observa-se que o contexto indicado

assevera eventual desvio na conduta de

membros do Ministério Público Federal, o que,

em tese, pode caracterizar falta funcional,

notadamente violação aos deveres funcionais

insculpidos no art. 236 da Lei Complementar nº

75/93."

"Com efeito, neste momento inicial, é necessária

análise preliminar do conteúdo veiculado pela

imprensa, notadamente pelo volume de

informações constantes dos veículos de

comunicação", completa a decisão.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/07/corregedoria-investigara-

palestras-de-dallagnol.shtml

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Data: 17/07/2019

43

Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Flávio Bolsonaro

apresentará no Senado proposta de imposto

único

Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) vai apresentar no

Senado a proposta de criação de um imposto

único sobre movimentação financeira. A ideia,

apoiada por mais de 40 entidades de comércio,

turismo e indústria, foi lançada pelo Instituto

Brasil 200 e abraçada pelo parlamentar.

VAMOS NESSA

O senador conversou na terça (16) com Gabriel

Kanner, presidente da entidade, e os dois

bateram o martelo sobre o projeto.

UM POR TODOS

O instituto defende a criação de um imposto com

alíquota de 2,81% que substitua mais de 90

tributos. Flávio Bolsonaro, no entanto, vai propor

que a cobrança inicialmente substitua cinco

impostos federais: INSS sobre folha de

pagamento, PIS, IPI, Cofins e IOF.

SEM ERRO

“O imposto único, não declaratório, é

insonegável, de cobrança automática e fácil

fiscalização. Coloca o Brasil na era da

modernidade”, diz Gabriel Kanner.

VIP

A entrada do senador, que é filho do presidente

Jair Bolsonaro, dá novo peso à reforma. Ela

sinaliza que o projeto tem apoio de setores

importantes do próprio governo.

BRINDE

O procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol pediu

ajuda a um empresário amigo dele para viabilizar

o vídeo de propaganda das Dez Medidas Contra a

Corrupção.

DEIXA COMIGO

Henrique Domenico, que é publicitário e já foi

dono de uma agência de comunicação, é hoje

diretor-geral da Way Beer, uma cervejaria do

Paraná. Ele indicou produtoras que pudessem

fazer a peça e recebeu o orçamento de pelo

menos uma delas.

EU NÃO

A assessoria de Domenico diz que, amigo de

Dallagnol, ele recebeu um pedido de indicação de

empresas para fazer o comercial. O publicitário

“não tem relação alguma com o pagamento do

vídeo, que foi feito pela Associação Nacional dos

Procuradores da República (ANPR), muito menos

com a Lava Jato”.

ME AJUDA

Num primeiro momento, Dallagnol pediu R$ 38

mil para o então juiz Sergio Moro, que liberaria

recursos da 13ª Vara Federal de Curitiba.

QUE SOM É ESSE

O cantor capixaba Silva faz os dois últimos shows

em São Paulo da turnê “Silva Canta Marisa”

nesta quarta (17) e na quinta (18), no Teatro

Bradesco; no espetáculo, ele interpreta

repertório da cantora Marisa Monte.

VAI, “BLASIL!”

A Turma da Mônica vai estrelar as ações de

marketing do COB (Comitê Olímpico do Brasil)

para os Jogos de Tóquio, em 2020. O anúncio da

parceria com a Mauricio de Sousa Produções

ocorre nesta quarta (17).

CAIU NA REDE

Um abaixo-assinado colheu mais de 85 mil

assinaturas virtuais em dois meses para

pressionar a Câmara Municipal de São Paulo a

aprovar um projeto de lei que proibiria novos

zoológicos e aquários na cidade.

CAIU NA REDE 2

A ONG Ampara Animal criou a petição porque

temia que o Grupo Cataratas, que administra o

Aquário do Rio, ganhasse a concessão para gerir

o parque do Ibirapuera. A empresa foi a segunda

colocada.

DE OLHO NA TV

As atrizes Grazi Massafera, Fabiula Nascimento e

Ingrid Guimarães integram o elenco da próxima

novela das 19h da Globo, “Bom Sucesso”, que

teve festa de lançamento na segunda (15), no

Rio de Janeiro. Os atores Romulo Estrela, Antonio

Fagundes e Alexandra Martins também estão

escalados para o folhetim.

ENTRE

A Universidade Brasil vai abrigar famílias de

refugiados venezuelanos em seus campi. Os

acolhidos receberão emprego nas suas

faculdades e apoio para adaptação cultural. As

famílias atendidas atualmente são abrigadas pelo

Exército em uma base em Roraima do programa

de interiorização do governo federal.

TELONA

O diretor italiano Marco Tullio Giordana

comandará um bate-papo sobre sua filmografia

Data: 17/07/2019

44

Grupo de Comunicação

no dia 9 de agosto, em SP. O evento integra a

programação da 8 ½ Festa do Cinema Italiano.

Na ocasião, também será exibida a cópia

restaurada de seu filme “O Melhor da Juventude”

(2003).

PÓDIO

A exposição “Ernesto Neto: Sopro”, que ficou em

cartaz na Pinacoteca de SP de 30 de março a 15

de julho, recebeu 211.218 visitantes, tornando-

se a quarta mostra mais visitada da história do

museu. Na liderança, está a exposição do

australiano Ron Mueck, que totalizou 402.117

visitantes do final de 2014 ao começo de 2015.

PALAVRA CANTADA

A atriz Lucinha Lins subiu ao palco do Teatro

Procópio Ferreira para a estreia do musical

“Palavra de Mulher” no sábado (13). Junto com

ela, as atrizes Virgínia Rosa e Tania Alves

estrelam o espetáculo.

CURTO-CIRCUITO

O chef Wilson Kinoshita assina o novo cardápio

do Capivara Sushi, em Pinheiros, São Paulo.

A Galeria Milan abre a exposição da artista

Helena Carvalhosa. Nesta quarta (17), às 19h.

O chef Benoit Mathurin, do Esther Rooftop, faz

jantar a quatro mãos com o chef Victor Dimitrow.

Nesta quarta (17), às 20h.

O advogado Daniel Toledo dá palestras gratuitas

sobre o direito internacional e imigração. Nos

dias 22 e 24 de julho, na OAB de SP e do RS.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,

GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/07/flavio-bolsonaro-apresentara-no-

senado-proposta-de-imposto-unico.shtml

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Data: 17/07/2019

45

Grupo de Comunicação

Noronha se divide em relação à cobrança de

taxa para frequentar praias

João Valadares

A ideia do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de

rever a taxa cobrada para visitar praias do

Parque Nacional Marinho de Fernando de

Noronha, classificada por ele como um “roubo”,

causou reação de nativos, moradores, donos de

pousada e comerciantes do arquipélago.

Na ilha, onde Bolsonaro venceu a eleição nos dois

turnos, as opiniões são divididas. Há quem

reconheça o valor abusivo do ingresso e também

a necessidade da cobrança para manutenção das

praias e melhoria das estradas e trilhas de

acesso.

Dono de uma pousada em Noronha, Ivan Costa

diz que, antes de debater cobrança de ingresso

para praias da ilha, deve-se focar na

infraesturura básica.

“Noronha, ao contrário do que pensa o

presidente, não é lugar para ter turismo de

massa. Somos referência mundial em

preservação”, diz. Ele alega que, na ilha, há

problemas crônicos, por exemplo, de esgoto e

abastecimento d'água.

“O aeroporto é horrível. Se chegar dois voos, fica

um caos. Gente sentada pelo chão. A taxa

regula, de certa maneira, o número de pessoas.

Não adianta falar que é contra e não apresentar

solução”, argumenta.

Leonardo Veras, responsável pelo museu do

Tubarão, onde também funciona um restaurante,

defende de imediato a viabilização de um estudo

técnico para garantir investimento no

arquipélago.

Ele lembra que não faz parte da nossa cultura

cobrar para entrar em praias. “É uma questão

bastante polêmica. O acesso à praia é público e

livre. Não faz parte da nossa tradição. Nunca foi

feio um estudo profundo sobre isso”, destaca.

Para Leonardo, o mais importante,

independentemente de se cobrar ou não, é

definir, a partir de um planejamento, quem vai

pagar pela manutenção do parque. “É o governo

federal cobrando ingresso? Parte ingresso, parte

governo? A polêmica foi gerada. Que se resolva”,

diz.

Em vídeo publicado na noite de sábado (13) em

redes sociais, o presidente cita o valor dos

ingressos para turistas brasileiros (R$ 106) e

estrangeiros (R$ 212) visitarem o parque —o

bilhete vale por dez dias. “Isso explica porque

quase inexiste turismo no Brasil”, disse.

A EcoNoronha é a empresa responsável pela

administração do parque marinho desde 2012.

Até agora, após vencer a licitação, foram

investidos R$ 15 milhões no parque. Só no ano

passado, a empresa arrecadou R$ 9,6 milhões.

"Em um ponto eu concordo com o presidente.

Acho um absurdo se cobrar preços diferenciados

para estrangeiros. Isso é preconceituoso. Já

pensou se fazem isso com brasileiros lá fora?",

comenta Ivan Costa.

Nascida e criada em Fernando de Noronha,

Lusineide Strimbeanu, 57, concorda com a

cobrança, mas acha o valor abusivo.

“Acho tudo bem se cobrar a taxa, mas esse valor

é abusivo. Tem que ser um pouco mais baixo”,

defende.

Mergulhador do arquipélago, Erivaldo Alves da

Silva, conhecido como Nego Noronha, sobrevive

vendendo polvo para restaurantes do local.

“Se não tiver a taxa, vira bagunça isso aqui. Sou

nascido e criado em Noronha há 41 anos. Posso

dizer que as praias estão mais limpas e o acesso

bem melhor”, avalia.

A taxa é cobrada desde 2012. Segundo o ICMBio,

braço do Ministério do Meio Ambiente

responsável pela conservação de fauna e flora,

70% do valor do ingresso é usado em melhorias

diretas do parque nacional (como sinalização e

manutenção de trilhas).

Foram instaladas lojinhas e catracas nas praias

do Sancho, Leão e Sueste. De maneira geral, os

moradores reconhecem que os acessos a estes

locais estão melhores do que antes da cobrança.

Visitantes de Noronha pagam ainda uma taxa de

preservação ambiental de R$ 73,52 por dia

(administrada pelo governo de Pernambuco),

com teto de um mês.

Nem isso nem os altos preços das pousadas na

ilha, contudo, parecem ter inibido o movimento:

o arquipélago registrou novo recorde de

Data: 17/07/2019

46

Grupo de Comunicação

visitantes em 2018, tendo recebido 103 mil

pessoas —70% acima do que recebia até 2013.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara

(PSB), comentou o posicionamento do

presidente. "Ele fez um comentário em cima de

uma taxa federal. Ele administra isso aí. Se ele

acha que está inadequada, cabe ao presidente da

República tomar as providências."

O estudo mais recente da capacidade turística do

parque, feito em 2009, põe como limite 89 mil

visitantes por ano no arquipélago. O governo de

Pernambuco, contudo, vem ampliando ano a ano

a autorização de voos diários para Noronha.

O arquipélago registrou novo recorde de

visitantes no ano passado, chegando a 103 mil

pessoas. Até 2013, o número não havia

ultrapassado da casa dos 60 mil.

A Administração Distrital de Fernando de

Noronha informou, por meio de nota, que realiza

a cobrança da Taxa de Preservação Ambiental

(TPA) exclusivamente a visitantes da ilha,

assegurando a isenção de tributos aos cinco mil

habitantes.

Esses recursos são revertidos para preservação

de Fernando de Noronha, que é patrimônio

mundial, na realização de obras de infraestrutura

e na manutenção do serviços públicos.

Entre as realizações listadas pela administração

para este ano estão a entrega de 26 habitações

populares - agendada para este segundo

semestre - e a requalificação do Porto de Santo

Antônio.

A TPA também garante os serviços de limpeza

urbana, coleta de lixo, conservação da malha

viária e no custeio da Centro Infantil Bem-Me-

Quer (creche), da Escola de Referência

Arquipélago Fernando de Noronha e do Hospital

São Lucas.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0

7/noronha-se-divide-em-relacao-a-cobranca-de-

taxa-para-frequentar-praias.shtml

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Data: 17/07/2019

47

Grupo de Comunicação

Opinião - Marcelo Coelho: Guerra contra

canudinhos de plástico

Em matéria de ecologia, estou pronto a apoiar

qualquer iniciativa —em especial as que não me

custam grande sacrifício. A guerra aos

canudinhos de plástico, por exemplo, me parece

justa.

Ainda mais depois de eu ter visto aquela foto

horrível de uma tartaruga marinha, encontrada

morta com um canudinho enfiado na narina. O

pobre animal passou por dias ou semanas de

tortura, sem ter condição nem mesmo de

expressar seu desespero.

E nosso prazer com canudinhos de plástico,

vamos admitir, não é dos mais vitais. Faço uma

exceção para os milk-shakes: aí nenhuma colher

resolve, e será necessário recorrer a canudos de

metal laváveis.

Mas o canudinho no copo é obviamente

supérfluo. O na lata de refrigerante, ainda que

bem-vindo, é sobretudo questão cultural. Pois

ninguém toma cerveja em lata com canudinho.

Reconheço que os canudinhos de papel, que

começam a aparecer, são péssimos. Viram uma

gosma muito antes de eu terminar a bebida.

Seja como for, a abolição dos canudinhos de

plástico é mais uma causa politicamente correta

que não vejo problema em apoiar.

De modo geral, o plástico nunca foi uma das

coisas mais simpáticas —ou é pegajoso em

excesso ou duro demais. Quase todas as cores,

no plástico, adquirem uma aparência barata e

infantil.

No mundo dos brinquedos, a borracha é viva,

sabe resistir, pular, produzir grasnidos e

assobios. Mesmo seu cheiro, sem ser bom, é

lúdico. Já o plástico é morto, passivo, doentio.

Não se decompõe na natureza, talvez porque

possua algo de cadavérico em sua própria

origem.

Alguém escreveu, para uma revista americana, o

diário de sua experiência ao abolir

completamente o plástico da vida.

Nos Estados Unidos, isso começa a se tornar

menos irreal do que parece. Algumas cidades

baniram completamente os sacos de plástico —

especialmente depois de uma revelação vinda da

China.

Muito do plástico que se enviava até lá para ser

reciclado vinha tão cheio de restos de comida e

outras porcarias que não servia para as usinas de

processamento. Pesquisadores americanos

avisam: só deu para reciclar 9% do plástico

produzido em 2017.

Importante engajar-se, assim, na vida sem

plástico. A autora do artigo, Janette Nanos,

estava dando uma bola dentro ao chamar a

atenção para o problema.

Mas é nesse momento que as coisas se

complicam. O politicamente correto, nos Estados

Unidos, não tem limites.

Uma semana depois de publicado o artigo,

apareceu um leitor levantando duas dificuldades

na empreitada ecológica de Janette.

Primeira. Ninguém ignora, diz o (a) autor (a) da

carta, a violência que há por trás da

discriminação do lixo.

Discriminação do lixo? Como assim?

Diz a carta que nos bairros pobres, latinos ou

negros, o lixo não é tão “certinho”. Há mais

plástico, mais coisa malcheirosa e menos cuidado

com a reciclagem. Assim, quando o ecologista

branco faz tudo conforme o manual, no fundo

está reafirmando —basta ver o lixo dele— seus

privilégios de classe e de raça!

Pensei que fosse alguma brincadeira, alguma

ironia do (da) missivista. Mas a carta continuava.

Muito bonito abolir os canudinhos de plástico,

dizia ele (ela). Mas isso também discrimina outra

parte da população.

As pessoas com dificuldades de movimento,

tetraplégicas ou sofrendo de Parkinson precisam

de canudinhos.

Vamos agora lhes impor o desconforto do

canudinho de papel? Ou, pior, os canudos de

metal indobrável?

Não era gozação. Provavelmente seria o caso de

criar uma lei autorizando a essas minorias o uso

dos canudinhos de plástico.

Imagino que a carta seja resultado, não direi do

espírito de porco, mas de uma espécie de

vocação do politicamente correto para o

dissenso.

Data: 17/07/2019

48

Grupo de Comunicação

A psicologia da coisa talvez esteja, sem dúvida,

no desejo de criar dificuldades. E no impulso de

defender alguma voz minoritária.

O processo vai longe, porque toda minoria terá

sempre uma minoria dentro dela.

Talvez existam tartarugas marinhas

cocainômanas.

Na Inglaterra, o termo “retardado” (“retarded”)

está na lista dos xingamentos a evitar. Advoga-

se agora a mesma censura para “crazy” e

“insane” (doido, louco). Seria discriminatório

contra quem sofre de doenças mentais.

Como refutar esse argumento? Afinal, quem

defende esse ponto de vista deve ser louco

mesmo. Só pode ficar ofendido, portanto.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marceloc

oelho/2019/07/guerra-contra-canudinhos-de-

plastico.shtml

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Data: 17/07/2019

49

Grupo de Comunicação

Com presença de Salles, Ibama inicia maior

operação no governo de Bolsonaro

Fabiano Maisonnave

Com direito a presença de ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, e a anúncio de

madeireiro, o Ibama inicia nesta quarta-feira

(17) a sua maior operação desde o início do

governo Jair Bolsonaro. Ao todo, serão enviados

cerca de 200 homens a Espigão d’Oeste (RO),

cujas madeireiras dependem da extração ilegal

de madeira de terras indígenas.

Trata-se de uma demonstração de força em

resposta à queima de um caminhão-tanque a

serviço do Ibama, no último dia 4, em Boa Vista

do Pacarana, distrito de Espigão. O veículo

estava sendo usado para abastecer três

helicópteros que apoiavam uma operação contra

o rumo de madeira.

Para os servidores do Ibama, será também o

grande momento de definição sobre o rumo que

o órgão tomará no governo Bolsonaro.

Pressionado por madeireiros e políticos aliados, o

Planalto terá de decidir se continua

desqualificando as ações da fiscalização

ambiental ou se agirá com firmeza contra os

madeireiros de Espigão, que dependem do roubo

de madeiras em terras indígenas para operar.

Além de 30 agentes do Ibama, a operação,

batizada de Honoris, contará com 60 PMs de

Rondônia e 110 homens do Exército. Eles ficarão

acampados na cidade por tempo indeterminado.

Por causa do ataque, o Ibama teve de abortar a

operação, que estava sendo realizada na Terra

Indígena Zoró. No mesmo dia, embargou todas

as 47 madeireiras de Espigão, uma cidade de 32

mil habitantes a 540 km ao sul de Porto Velho.

A chegada de Salles e da operação nesta quarta

foi anunciada pelo presidente do sindicato dos

madeireiros, Cássio Barden. Em vídeo que circula

pelas redes sociais, ele aparece “convocando a

todos para que pegue a bandeira do Brasil, a sua

camisa amarela” para recepcionar o ministro.

“A gente quer mostrar para ele que não está

certo essa questão de ter bloqueado as empresas

de Espigão d’Oeste por um fato isolado de

vândalos”, afirma Barden. “A gente está

aguardando que todos estejam lá ordeiramente,

civilizadamente. Ninguém faça nada de bobagem,

para que a gente possa liberar as nossas

empresas.”

A ausência do fator surpresa não preocupa o

Ibama, já que o objetivo principal é dar uma

resposta ao ataque contra a operação, inibindo

novos ataques contra agentes ambientais.

A previsão é que Salles chegue por volta das 8h

a Espigão, onde se reunirá com madeireiros e

políticos de Rondônia no teatro da cidade.

Depois, o ministro deve conhecer uma área

destruída pelo garimpo ilegal de diamante na

Reserva Roosevelt (etnia cinta-larga), na mesma

região, e uma área de extração ilegal de

madeira, também em terra indígena.

Desde a campanha, Bolsonaro tem criticado

duramente a atuação do Ibama. Em vídeo

gravado em 12 de abril, ele desautorizou uma

operação em andamento na mesma região do

ataque.

O presidente acusou “o pessoal do meio

ambiente, do Ibama” e “queimando caminhões,

tratores” nos municípios de Cujubim, onde fica a

Flona do Jamari, e de Espigão d’Oeste/ “Ontem,

o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, me

veio falar comigo com essa informação. Ele já

mandou abrir um processo administrativo para a

apurar o responsável disso aí. Não é pra queimar

nada, maquinário, trator, seja o que for, não é

esse procedimento, não é essa a nossa

orientação”, disse à época.

Diferentemente do que afirma Bolsonaro, a

legislação permite a destruição de equipamentos

e veículos apreendidos durante fiscalização

ambiental, por meio do artigo 11 do decreto

6.514, de 2008.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/com-presenca-de-salles-ibama-inicia-maior-

operacao-no-governo-de-bolsonaro.shtml

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Data: 17/07/2019

50

Grupo de Comunicação

Salles vai a Noronha discutir revisão de

taxas com concessionária

Ricardo Della Coletta

O porta-voz da Presidência da República, general

Otávio Rêgo Barros, afirmou que o ministro

Ricardo Salles (Meio Ambiente) e o presidente da

Embratur, Gilson Machado, viajarão nesta quinta-

feira (18) a Fernando de Noronha para discutir

com a concessionária do Parque Nacional Marinho

do arquipélago a redução das tarifas de visitação

cobradas dos turistas.

Neste domingo (14), o presidente Jair Bolsonaro

afirmou que a taxa cobrada para visitar as praias

do parque "é um roubo" e disse que pretende

revê-las.

"O ministro do Meio Ambiente e o presidente da

Embratur vão a Fernando de Noronha para,

juntos com representantes da concessionária

[EcoNoronha], iniciarem estudos para analisar de

forma consensual o preço das tarifas", disse o

porta-voz, nesta terça-feira (16).

"O presidente quer proporcionar também

oportunidade de acesso de pessoas de menor

poder aquisitivo a tantos e tantos parques e

pontos turísticos do nosso país", acrescentou.

De acordo com Rêgo Barros, Bolsonaro se

preocupa com taxas de visitação que, segundo

ele, "são extremamente onerosas". No entanto,

ele ressaltou que os contratos assinados entre o

governo federal e as concessionárias serão

"perseguidos e atendidos na sua plenitude."

"O que ministro do Meio Ambiente e o presidente

da Embratur vão realizar na quinta-feira, juntos

com dirigentes daquele órgão que cuida de

Fernando Noronha, é buscar pontos de forma

consensual para que aquela tarifa, que é de

responsabilidade do governo federal, possa ser

rebaixada", declarou o porta-voz. De acordo com

ele, a eventual facilitação do acesso de turistas

deve ocorrer "sem ofender aspectos de proteção

ambiental."

A EcoNoronha é a empresa responsável pela

administração do parque marinho desde 2012.

Até agora, após vencer a licitação, foram

investidos R$ 15 milhões no parque. Só no ano

passado, a empresa arrecadou R$ 9,6 milhões.

O valor dos ingressos para turistas brasileiros

visitarem o parque é de R$ 106. O valor para

estrangeiros sobe para R$ 212 —o bilhete vale

por dez dias.

Visitantes de Noronha pagam ainda uma taxa de

preservação ambiental de R$ 73,52 por dia, com

teto de 30 dias.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0

7/salles-vai-a-noronha-discutir-revisao-de-taxas-

com-concessionaria.shtml

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Data: 17/07/2019

51

Grupo de Comunicação

ESTADÃO Estação Ecológica Jureia- Itatins, ameaças e

problemas

Coluna Mar Sem Fim

Por João Lara Mesquita

“Coração da Estação Ecológica de Jureia, o

Núcleo Rio Verde, que vai da foz do rio Una até o

Maciço da Jureia, é a área mais bonita,

preservada e cobiçada da reserva.” Assim

começa matéria do Estadão, de novembro de

2002. E o Núcleo, por ser exatamente o que o

texto descreve é, de fato, a área mais cobiçada

da reserva até hoje. Casas irregulares ‘cismam

em surgir’ aqui e ali, como agora, o que ameaça

a integridade da Estação Ecológica Jureia-

Itatins.

Estação Ecológica Jureia- Itatins, no sul da São Paulo,

cercada pela Mata Atlântica

Estação Ecológica Jureia- Itatins – disputa entre

militares e a indústria da especulação

A Unidade de Conservação foi criada num período

complicado. A área era disputada pelo setor

imobiliário, leia-se Gomes de Almeida Fernandes,

e pelos militares, então no poder. Os primeiros

estavam de olho na beleza da região e suas

praias desocupadas, prontos para implantarem

os famigerados condomínios e loteamentos que

tanto estragam o litoral. Os segundos, através da

NUCLEBRAS, queriam construir duas usinas

nucleares na Jureia. No meio deles, os

ambientalistas. A beleza da história é que foram

estes os ganhadores da peleja (saiba como

aconteceu). Eles salvaram uma das aéreas de

maior biodiversidade do litoral brasileiro. A

Estação Ecológica Jureia- Itatins é uma das

glórias do litoral brasileiro. E a história de sua

criação envolve uma das mais belas campanhas

ambientais dos tempos modernos.

Estação Ecológica não permite moradores

A criação desta UC provocou um dilema. Sendo

uma Estação Ecológica (UC,s de proteção

integral), ela não admitia moradores. Acontece

que havia 350 caiçaras na região. Parte deles

desistiu da briga mudando-se para bairros

periféricos de Iguape. Outros fundaram a União

dos Moradores da Jureia, em 1989. E passaram a

contar com apoio de políticos, sempre à espreita

para se aproveitarem de situações como esta.

Nossos políticos criam as regras, como as de

uma Estação Ecológica. Depois aprovam sua

criação, que depende de projeto de Lei. Em

seguida, eles mesmos passam por cima das leis,

e aprovam construções irregulares. Assim tem

sido Brasil afora…

Solução ao impasse: Mosaico Jureia- Itatins

Depois da criação, o Estado se mostrou incapaz

de controlar o imbróglio. Alguns ambientalistas

propunham a transferência dos moradores,

outros contemporizavam. Finalmente, em 2006,

decidiu-se pelo “Mosaico”, um conjunto de seis

UCs que contempla algumas onde a presença

humana é permitida. Assim, dentro da área da

Estação Ecológica nasceram duas Reservas de

Desenvolvimento Sustentável (uma na divisa do

município de Miracatu, outra próxima a foz do rio

UNA), dois Parques Estaduais, Itinguçu e do

Prelado, e a derradeira UC, o Refúgio da Vida

Silvestre Ilhas do Abrigo e Guraritama.

Praia do rio Verde, nas Estação Ecológica Jureia- Itatins.

Data: 17/07/2019

52

Grupo de Comunicação

Casas demolidas, a polêmica atual na Estação

Ecológica Jureia- Itatins

No início de julho nova polêmica surgiu quando a

Fundação Florestal de São Paulo, cumprindo sua

obrigação, demoliu duas das casas. Uma ainda

ficou de pé, amparada por decisão da Justiça.

Os dois lados da notícia. Primeiro, o estado de

São Paulo

O secretário de meio ambiente de São Paulo,

respondendo à Folha de S. Paulo, disse que agiu

depois de parecer da Procuradoria Geral do

Estado. Para ele, houve supressão de vegetação

o que é tipificado como crime ambiental. Em

nota, a secretaria esclareceu: “A Lei dispõe sobre

os requisitos para o termo de Permissão de uso

na aérea da Jureia. No entanto, a área do Rio

verde é declarada patrimônio mundial da

humanidade pela UNESCO e tem 60 estudos em

andamento. O local é inabitado, remoto, e abriga

o maior espaço preservado de Mata Atlânica do

Brasil. Portanto não é habilitado para ocupação.

Na aérea desmatada onde foram construídas as

casas não há qualquer comunidade caiçara desde

1980.”

A defesa dos caiçaras

Adriana Souza, representante das comunidades

caiçaras do litoral Sul disse que “o governo

ignorou recomendações da Defensoria Pública e

do Ministério Público Federal ao enviar equipes

de demolição.” Segundo ela, “a Defensoria

Pública do Estado de São Paulo emitiu

recomendação na qual aponta a ilegalidade da

remoção forçada e indica que a Fundação

Florestal abra um espaço oficial de diálogo com a

comunidade caiçara afetada.” E até a Comissão

de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo

Evaristo Arns – Comissão Arns entrou na

discussão. Em nota a Comissão advertiu “as

instâncias governamentais que administram as

Unidades de Conservação de Proteção Integral

criadas, por equívoco histórico da política

ambientalista brasileira, sobre os Territórios

Tradicionais Caiçaras na região da Jureia” para

que “observem o arcabouço socioambiental

produzido a partir da Constituição Federal de

1988 e da vigência da Convenção nº 169 da

Organização Internacional do Trabalho”.

Justiça se pronuncia e salva a terceira casa de

ser demolida

Acionada a Justiça, “o juiz Guilherme Henrique

dos Santos Martins, da 1ª Vara da Comarca de

Iguape, deferiu pedido de tutela de urgência de

não execução de ordem administrativa de

demolição e desocupação de uma casa onde

residem integrantes de comunidade tradicional

caiçara…” O site tjsp.jus.br diz ainda que “além

de deferir a tutela e fixar multa em caso de

descumprimento, o magistrado designou

audiência inicial de tentativa de conciliação para

o dia 16 de agosto.”

Conclusão

A criação de muitas das UCs brasileiras, talvez

até da maioria, falhou ao não concluir de início o

seu trabalho. Por mais duro que seja, as UCs de

proteção integral não permitem moradores, o

que é correto do ponto de vista da conservação.

Mas, criá-las sem antes resolver TODOS os

problemas, caso da Jureia, é o mesmo que adiar

problemas que não serão fáceis de serem

sanados. A prova são as inúmeras tentativas de

corrigi-los, como a criação do Mosaico, em 2006,

e das duas reservas (2013) dentro dele, onde

ainda se pode construir. O empurra- empurra vai

continuar. E a conta, se for paga, será uma

imposição do passado para os novos gestores.

Coisas do Brasil.

Saiba qual o valor ambiental da região em

disputa

Quanto a isso ninguém discute. Além de ser a

maior área preservada de Mata Atlântica, ela

contempla inúmeros ecossistemas do bioma

marinho costeiro: restingas ainda intactas,

costões rochosos, alagados e manguezais, entre

outros. A região faz parte do Lagamar,

considerado o mais importante berçário de vida

marinha do Atlântico Sul. O Lagamar é um

gigantesco estuário cercado pelo maior trecho

contínuo de mata atlântica. Ligando os dois

extremos, Paraná e São Paulo, há uma série de

canais que começam em Iguape, e seguem até

Paranaguá, norte do Paraná. Os canais recebem

Data: 17/07/2019

53

Grupo de Comunicação

a água do mar por várias “aberturas”, ou barras.

A água do mar recebe água doce de centenas de

rios que nascem na Serra do Mar que circunda o

conjunto, formando a água salobra ou estuário,

propício à criação da vida marinha.

Fontes:

https://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,rio-

verde-e-a-regiao-mais-cobicada-da-

jureia,20021117p59764;

https://tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia

=58144&fbclid=IwAR19rHajABperE5Hzn_5A1nVG

-9gZYFvFfj4WytD62J2zj_ECf9UnSVBo8w;

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

7/fundacao-florestal-de-sp-destroi-casas-em-

unidade-de-conservacao-na-jureia.shtml;

https://cimi.org.br/2019/07/comunidade-

tradicional-caicara-denuncia-ameaca-de-

demolicao-de-suas-casas-por-policiais-no-vale-

do-ribeira/.

https://marsemfim.com.br/estacao-ecologica-

jureia-itatins-ameacas-e-problemas/

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Data: 17/07/2019

54

Grupo de Comunicação

Sônia Racy-Direto da Fonte: Sobrando tato

https://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-

paulo/20190717/textview

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Data: 17/07/2019

55

Grupo de Comunicação

Governo muda de tática para vender

Eletrobrás

- Economia - Estadão

BRASÍLIA - O governo prepara um novo projeto

de lei para enviar ao Congresso com o objetivo

de viabilizar a privatização da Eletrobrás. A ideia

é que a União perca o controle acionário da

empresa ao diminuir sua participação dos atuais

60% para menos de 50%.

Com o dinheiro que captar com a venda das

ações na B3, a bolsa paulista, a Eletrobrás vai

pagar à União pelo direito de operar usinas

hidrelétricas a preços de mercado (hoje, a

empresa só recebe por seus custos). A previsão é

de um pagamento de R$ 12 bilhões.

É essa receita – a chamada outorga – que o

governo contabilizará no Orçamento assim que a

remodelagem da operação ficar acertada e o

novo projeto de lei autorizando for aprovado pelo

Congresso.

Desde o início do governo Jair Bolsonaro, a

privatização da estatal ficou em banho-maria

enquanto os técnicos discutiam a possibilidade de

revisão do modelo de venda anunciado na gestão

anterior.

A necessidade de receitas novas para fechar as

contas, no entanto, acelerou as discussões

internas. A medida faz parte da agenda pós-

reforma da Previdência, que começa a sair do

forno. O Estadão/Broadcast apurou que o

governo reconhece as dificuldades para avançar

com o projeto no Congresso, mas espera ter o

apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia,

principal articulador e responsável pelo êxito na

tramitação da reforma da Previdência.

Maia, no entanto, disse ao Estado, no sábado,

que pautas sobre privatização têm pouquíssimas

chances de obter votos. Ele deixou claro que está

disposto a “abraçar” pautas de Estado, e não de

governo. “Privatização é uma pauta de governo.

Eu defendo, mas é difícil ter voto para aprovar

privatização nesse ambiente que ficou nos

últimos meses na Câmara”, disse.

Com os recursos da operação, R$ 6 bilhões

seriam devolvidos ao consumidor, por meio de

descontos tarifários – os valores iriam para um

fundo setorial que paga subsídios e programas

sociais e hoje é uma das maiores despesas na

conta de luz. No entanto, mesmo assim, como a

Eletrobrás poderá vender sua energia a preços de

mercado, os descontos não vão compensar o

novo preço que a empresa cobrará pela energia,

o que deve aumentar as tarifas finais para o

consumidor e também a resistência no

Congresso.

O governo conta com essa arrecadação bilionária

para conseguir desbloquear parte do Orçamento,

mas só pode fazer isso quando houver uma data

concreta para a operação. Mesmo os mais

otimistas, porém, não acreditam que isso possa

ocorrer ainda neste ano.

A Eletrobrás foi excluída do Programa Nacional

de Desestatização (PND) por meio de lei. O

entendimento jurídico do governo é o de que,

para voltar a incluí-la no PND, seria necessário,

novamente, aprovar um novo texto . É a mesma

situação de empresas como Petrobrás, Banco do

Brasil e Caixa.

A ideia de enviar um novo projeto visa a dar

legitimidade ao plano, deixando claro que o

governo Bolsonaro o apoia, em vez de

simplesmente “ressuscitar” o texto enviado por

Temer. Há, porém, poucas diferenças em relação

à proposta anterior, que chegou ao Congresso

em janeiro de 2018 e foi arquivada.

Fontes da equipe econômica admitem que é

preciso vencer resistências no próprio governo

para privatizar a Eletrobrás. Uma proposta em

avaliação previa a transferência das subsidiárias

Eletronorte, Chesf, Furnas e Eletrosul para a

Eletropar (empresa de participações da

Eletrobrás). Outra ideia seria vender as empresas

em separado. Os dois modelos foram

considerados de difícil implementação.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

governo-muda-de-tatica-para-vender-

eletrobras,70002924888

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Data: 17/07/2019

56

Grupo de Comunicação

Petrobrás e Uruguai firmam acordo sobre

distribuidoras de gás

- Economia - Estadão

RIO - A Petrobrás e o governo do Uruguai

anunciaram nesta terça-feira, 16, um acordo que

permitirá a devolução de duas empresas

distribuidoras de gás que haviam sido concedidas

à estatal brasileira: a Conecta S.A. e a

Distribuidora de Gas de Montevideo.

As concessões das distribuidoras de gás no

Uruguai ocorreram em 1994 e 1999

As concessões das distribuidoras de gás no

Uruguai ocorreram em 1994 e 1999 Foto: Sérgio

Moraes/Reuters

Segundo a nota, o presidente da Petrobrás,

Roberto Castello Branco, e o presidente do

Uruguai, Tabaré Vázquez, se reuniram nesta

terça com o objetivo de buscar uma solução

definitiva para as disputas decorrentes das

concessões das duas empresas.

Como resultado, foram estabelecidas as bases de

um acordo, resumido em três itens. O primeiro, é

a tomada as medidas administrativas necessárias

para o encerramento das concessões em vigor

até 30 de setembro de 2019. As partes também

acordaram que adotarão as providências

necessárias para colocar fim aos litígios

pendentes, sem pleitos adicionais de qualquer

espécie. Por fim, o Estado uruguaio assumirá as

operações de ambas as concessões por meio de

instrumentos legais cabíveis, dando continuidade

aos serviços.

De acordo com a Petrobrás, para instrumentalizar

o acordo, será formado um grupo de trabalho

com representantes das partes envolvidas, em

articulação com os presidentes.

As concessões das distribuidoras de gás no

Uruguai ocorreram em 1994 (Distribuidora de

Gás de Montevideo S.A.) e 1999 (Conecta S.A.),

entretanto mudanças nas condições de

exportação do gás argentino para o Uruguai

causaram restrição de abastecimento e

desequilíbrio econômico-financeiro nos contratos

das duas distribuidoras, principalmente a partir

de 2008 e piorando a partir de 2017, segundo a

Petrobrás. / Agência Brasil

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

petrobras-e-uruguai-firmam-acordo-sobre-

distribuidoras-de-gas,70002925263

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Data: 17/07/2019

57

Grupo de Comunicação

'Petrobrás vai perder os anéis e ficar com os

dedos', diz Mourão

- Economia - Estadão

João Paulo Nucci, O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - O vice-presidente Hamilton Mourão

afirmou na madrugada desta quarta-feira, 17,

em entrevista exibida pelo programa Conversa

com Bial, da TV Globo, que a gestão Bolsonaro

vai "privatizar tudo aquilo que puder ser

privatizado", incluindo a Petrobrás. "O presidente

já deu luz verde, pra usar uma linguagem de

paraquedista."

A petroleira, segundo Mourão, "vai perder os

anéis e vai ficar com os dedos". "Essa é a decisão

que está tomada. Vai vender refinarias, essas

coisas aí. Vamos quebrar esse monopólio, por

exemplo, da questão do gás", disse o vice-

presidente na entrevista, gravada na terça-feira,

16. "O choque de energia, do qual fala o Paulo

Guedes (ministro da Economia), é você colocar

gás, que nós temos em abundância, barato. Você

vai fazer uma revolução em termos da nossa

indústria."

Previdência

Sobre a reforma da Previdência, Mourão voltou a

dizer que o texto que foi aprovado em primeiro

turno na Câmara representa uma "boa reforma",

mas que é "óbvio que queríamos uma reforma

ótima". "Vamos ter de discutir esse assunto

daqui cinco, uma meia dúzia de anos, sete

anos... Vamos ter que voltar a discutir, mas acho

que dentro dos limites e das pressões sofridas, o

Congresso fez a parte dele e nós vamos buscar

solucionar esse problema (o rombo da

Previdência por esse período)."

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

petrobras-vai-perder-os-aneis-e-ficar-com-os-

dedos-diz-mourao,70002925085

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Data: 17/07/2019

58

Grupo de Comunicação

Ponte entre Santos e Guarujá opõe governo

paulista e operadores do porto

- São Paulo - Estadão

SOROCABA – A construção de uma ponte ligando

Santos e Guarujá, no litoral do Estado de São

Paulo, opõe o governo paulista e operadores de

terminais no Porto de Santos. A obra, anunciada

em fevereiro deste ano pelo governador João

Doria (PSDB), está em processo de licenciamento

ambiental pela concessionária Ecovias.

Maquete virtual da ponte projetada para ligar Santos e Guarujá, facilitando também o acesso ao Porto de Santos, no litoral paulista Foto: Ecovias/Divulgação

Uma audiência pública apresentou o projeto

nesta terça-feira, 16, em Santos. A

concessionária e o governo afirmam que a

ligação rodoviária vai melhorar o fluxo de tráfego

na região e eliminar gargalos de acesso entre as

duas cidades. Já os operadores afirmam que a

ponte pode atrapalhar a entrada de navios nos

terminais e prejudicar uma futura expansão do

porto.

De acordo com o presidente da Associação

Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP),

Jesualdo Conceição da Silva, por se tratar do

maior porto da América Latina, a realização de

uma obra permanente exige cautela e estudos

que não foram apresentados. “A ABTP não teve

essa discussão, que achamos importante. Não

temos informações técnicas suficientes para dizer

aos operadores que essa é a melhor alternativa.”

Ele lembrou que a proposta anterior era de

construção de um túnel. “Não dá para dizer o que

é melhor, a ponte ou o túnel. É preciso analisar

melhor o risco de cada solução. Ainda não

tivemos elementos para essa análise.”

Segundo ele, o operador de um terminal

manifestou à associação sua preocupação com a

ponte, pois vai interferir em sua área de

operação. “Será que os grandes navios vão

passar bem por baixo? Como fica a bacia de

evolução (área de manobra das embarcações)?

Também há terminais preocupados com o túnel.

Em que profundidade? O solo é adequado?

Haverá interferência no tráfego de navios? São

questões que precisam ser discutidas com as

partes envolvidas e ainda não foram. A ABTP se

coloca à disposição para isso.”

A construção da ponte, com 7,5 km de extensão

total, custará R$ 2,9 bilhões. O valor será

bancado pela Ecovias, pois o governo já se

mostra disposto a prorrogar o contrato de

concessão da malha administrada pela

concessionária, que inclui o Sistema Anchieta-

Imigrantes, principal ligação entre grande parte

do interior, a capital e a Baixada Santista. O

projeto é dos anos 1970 e foi resgatado pelo

então governador Márcio França (PSB), que tem

sua base eleitoral na região. O novo governo

paulista decidiu acelerar a obra.

Para o presidente da Brasil Terminal Portuário

(BTP), Ricardo Arten, a decisão pela ponte segue

na contramão de uma tendência mundial. “Todos

os portos do mundo em posição de relevância

procuram retirar e não colocar obstáculos às

operações de navios.”

Destacando ser a favor de uma ligação seca

entre Santos e Guarujá, “desde que seja viável e

não prejudique o porto”, ele disse que o projeto

da ponte não atende ao fim anunciado pelo

governo. “Vai resolver apenas 30% da

mobilidade urbana atendida pelas balsas e não

vejo como pode melhorar a questão das cargas.”

Conforme o executivo, a ponte contraria a lógica

de que o transporte pesado deve ser retirado da

cidade. “Quando se fez o Rodoanel, foi para tirar

o caminhão da capital. Aqui é o contrário:

quando se põe uma ponte na entrada da cidade,

você atrai todo aquele tráfego de caminhões que

poderia seguir pelas rodovias. Não existe

problema de cargas que justifique investir R$ 2,9

milhões numa ponte.”

Ainda segundo Arten, se hoje a ponte permite a

passagem de navios maiores, isso pode não

acontecer no futuro. “A altura de um navio de

grande porte é muito maior que há 30 ou 40

anos, chega a 65 metros. A gente tem de pensar

como será daqui a 50 ou 100 anos.”

O grupo BTP seria um dos mais afetados pela

construção da ponte, muito próxima de sua área

de operação e que pode comprometer seus

Data: 17/07/2019

59

Grupo de Comunicação

planos de expansão em direção ao cais do Saboó.

Arten considera que o túnel não causaria

interferência. A Companhia Docas do Estado de

São Paulo (Codesp) também se posicionou

publicamente contra o projeto por prejudicar os

projetos futuros de expansão do porto, criando

um gargalo para a entrada de navios de grande

porte. Também para a Codesp, a melhor

alternativa seria a construção de um túnel.

O secretário de Logística e Transportes do

Estado, João Octaviano Machado Neto, defendeu

o projeto. “Temos estudos da USP (Universidade

de São Paulo), do pessoal de engenharia naval e

do pessoal da praticagem que mostram que a

ponte não vai interferir nas manobras dos navios.

Todo o estuário de fundo é área de manobras e

não afeta nada.” Segundo ele, a restrição aos

navios de grande porte já existe e se deve ao

calado do canal de acesso ao porto, que tem 15

m de profundidade.

Conforme o secretário, a ponte vai resolver

problemas de mobilidade de uma margem à

outra do estuário reclamadas há décadas pela

população. “Ela tem uma importância enorme

para a Baixada Santista, trazendo um grande

impacto para a população, que hoje depende das

balsas, um serviço que é sujeito a fatores

climáticos. Vai resolver também o problema de

acesso de cargas de uma margem para a outra.”

A opção do túnel, segundo ele, esbarra no alto

custo – pode chegar a R$ 5 milhões – e não

resolve a logística das cargas, já que é

dimensionado para transporte urbano.

Machado Neto destacou que a obra será feita

sem desembolso direto do Estado, deixando claro

que o governo tende a ampliar o contrato com a

Ecovias para que a concessionária banque o

projeto. “É uma questão de ajustes no contrato

para garantir o investimento privado. Será uma

ampliação do prazo na forma da lei.” A Agência

de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp)

informou que o projeto da ponte ligando Santos

ao Guarujá continua em análise.

Projeto foi desenvolvido a pedido do governo, diz

concessionária

Em nota, a Ecovias informou que desenvolveu o

projeto da ponte de interligação entre as

margens do Porto de Santos a pedido do governo

do Estado. Conforme a concessionária, o projeto

não apresenta restrições à navegação, nem à

expansão do porto. “O projeto inclui ponte e

sistema viário que interligarão as rodovias

Anchieta e Cônego Domênico Rangoni. Para sua

elaboração, foram realizadas análises para

diferentes tipos de embarcações que operam

atualmente no porto, inclusive com simulações

de manobras controladas e indicadas pela

Praticagem de São Paulo, em simuladores

instalados no tanque de provas da USP.” Os

testes incluíram navios de grande porte, inclusive

os usados em cruzeiros.

Nesta terça-feira, 16, a empresa apresentou os

principais aspectos técnicos do projeto, em

audiência pública realizada em Santos, como

parte do processo de licenciamento ambiental.

Os técnicos da empresa defenderam o

atendimento à logística do porto e o

reordenamento do trânsito na região. Conforme a

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb), se houver necessidade, poderão ser

convocadas outras audiências públicas para a

discussão do projeto. O secretário Machado Neto

disse que, após ser resolvida a questão

ambiental, a ideia é chamar todos os operadores

para discutir em detalhes o projeto.

https://sao-

paulo.estadao.com.br/noticias/geral,ponte-entre-

santos-e-guaruja-opoe-governo-paulista-e-

operadores-do-porto,70002925061

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Data: 17/07/2019

60

Grupo de Comunicação

Ministro vai a Noronha após críticas de

Bolsonaro; cobrança de ingresso é adotada

em outros países

- Brasil - Estadão

A concessionária EcoNoronha cobra taxa de R$ 106 para brasileiros e de R$ 212 para estrangeiros Foto: RENEE PEREIRA/ESTADAO

SÃO PAULO E BRASÍLIA - O ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles, vai viajar nesta

semana a Fernando de Noronha para negociar a

redução do ingresso cobrado para frequentar o

Parque Nacional Marinho, onde ficam as praias

mais famosas da ilha. Alvo de críticas do

presidente Jair Bolsonaro, a taxa é defendida por

ambientalistas e por operadores de turismo, que

alegam que a esse tipo de cobrança é praticado

normalmente em outros países, como os Estados

Unidos, e que o valor ajuda a preservar o local.

Responsável por administrar o parque marinho

desde 2012, data do contrato com o governo

federal, a concessionária EcoNoronha cobra taxa

de R$ 106 para brasileiros e de R$ 212 para

estrangeiros. Do total arrecadado, 70% é

revertido na conservação de áreas de proteção

ambiental e também em melhorias para o

turismo, como revitalização de trilhas, instalação

de rampas de acesso às praias e de postos de

controle e monitoramento.

No fim de semana, Bolsonaro a classificou, em

publicação no Facebook, a taxa como “roubo

praticado pelo governo federal” e disse que isso

explicaria “porque quase inexiste turismo no

Brasil”. Na terça-feira, 16, ele voltou a criticar,

desta vez no Twitter: “O Brasil é o 1° país do

mundo em belezas naturais, mas um dos últimos

em receita no turismo”, escreveu. “Fernando de

Noronha é um exemplo de como não se deve

fazer turismo.”

Do total arrecadado, 70% é revertido na conservação de áreas de proteção ambiental e também em melhorias para o turismo Foto: RENEE PEREIRA/ESTADAO

Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do

Rêgo Barros, Bolsonaro quer analisar custos e

valores de contratos. “Na quinta, Salles e Gilson

(Machado Neto, presidente da Embratur) vão

para Fernando de Noronha para, juntos, com

representantes da concessionária daquela ilha,

organizar estudos para tentar reduzir preços das

tarifas de forma consensual”, disse.

Hoje, o ingresso do parque marinho dá direito ao

turista acessá-lo por dez dias. Por sua vez, o

governo de Pernambuco cobra outra taxa de

preservação ambiental, de R$ 73,52 por dia, que

deve ser paga já para desembarcar na ilha.

Nos EUA e na África do Sul, ingressos ajudam a

manter atrações turísticas

Segundo especialistas, a cobrança de taxa de

visitação para “destinos ecológicos”, como

parques nacionais ou áreas de proteção

ambiental, tem se expandido no Brasil e é

comum em outros países. Entre locais com

cobrança para turistas, estão Parque Nacional de

Yellowstone (EUA), Parque Kruger (África do Sul)

e Galápagos (Equador), a “Fernando de Noronha

do Pacífico”.

“Nos Estados Unidos, você compra até uma

espécie de passaporte para visitar parques

nacionais, que dá direito a um número X de

entradas por ano. E tem parque que recebe mais

turista do que o Brasil inteiro”, diz Glen Gamper,

diretor de lazer da operadora de turismo

Ambiental. “Acho possível discutir se a taxa é

Data: 17/07/2019

61

Grupo de Comunicação

cara ou barata. Mas deixar de cobrar, sem haver

uma alternativa de arrecadação, só aumenta o

risco de degradação.”

Para Edmilson Romão, presidente da Associação

Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo

(Abav-SP), a lógica aplicada ao turismo em

Noronha deve ser diferente do que em centros

urbanos, como São Paulo, Nova York ou Londres.

“No turismo com motivo ecológico e que depende

de recursos naturais, tem de pensar em

sustentabilidade”, diz. “A vocação de Fernando

de Noronha não é receber muita gente.”

Segundo Romão, o valor cobrado no parque

marinho da ilha também está de acordo com o

preço praticado em outros destinos ecológicos.

“Há locais mais caros e outros mais baratos, mas

está dentro do padrão”, diz. “Em países mais

maduros, há consciência de que esses locais não

se mantém sozinhos e há necessidade de o

turista pagar.”

O diretor da operadora Venturas, Jota Marincek,

afirma que o turismo deve acontecer de forma

“ordenada”, para não deteriorar o local. “Não dá

para associar a quantidade de turistas à

qualidade do turismo”, diz. “Para destinos com

atrativo natural, como Noronha, é necessário

haver estudo da capacidade de recepção.”

Na visão dele, a cobrança de taxa para fazer

manutenção e investir em melhorias é uma

alternativa mais eficiente do que depende

exclusivamente de fundos públicos. “Isso é

bastante comum no mundo inteiro. Na África do

Sul, por exemplo, esse valor cobrado ajuda a

financiar pesquisas e projetos de preservação”,

diz Marincek. “Em Noronha, é inegável que o

serviço melhorou desde o início da cobrança.”

A taxa também não afasta os turistas, dizem os

operadores. No ano passado, o parque marinho

chegou a receber 100 mil turistas. O número é

maior do que o limite, de 89 mil pessoas por ano,

estabelecido no plano de manejo, de 2005. “Por

si só, Noronha é um destino mais elitizado. Está

isolado, os insumos chegam de navio, então é

tudo mais caro”, afirma Marincek. “Deixar de

cobrar só teria como consequência faltar recurso

para monitorar e cuidar do parque.”

Bolsonaro quer conceder pelo menos 20 unidades

de conservação

“É melhor o usuário pagar por aquilo do que

socializar o custo para toda a sociedade”, afirma

Fernando Pieroni, diretor-presidente do Instituto

Semeia. Ele afirma, ainda, que parcerias com a

iniciativa privada para administração de parques

é uma tendência, inclusive no Brasil. Em maio, o

Estado revelou que o ministro Ricardo Salles

queria conceder aos menos 20 unidades de

conservação, entre elas Lençóis Maranhenses

(MA) e a Chapada dos Guimarães (MT).

Hoje, há outros parques nacionais que já cobram

ingressos, como Pau Brasil (BA), Chapada dos

Veadeiros (GO), Tijuca (RJ) e Iguaçu (PR). “Acho

que estamos passando por um processo parecido

com o que aconteceu com concessão de rodovias

na década de 1990. Não é mais algo visto como

exótico ou ruim, mas sim entendido como

razoável e corriqueiro”, diz.

“O contraditório é que o governo tem tentando

criar um ambiente para as empresas se sentirem

seguras em investir, mas, no caso de Noronha,

querer desrespeitar um contrato que está em

vigor”, afirma Pieroni. “Fica a sensação de que o

governo pode romper o acordo a qualquer

momento. Isso é ruim, porque as empresas

acabam precificando o risco em contratos

futuros. Ou seja, fica mais caro para todo

mundo.”

https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,minis

tro-vai-a-noronha-apos-criticas-de-bolsonaro-

cobranca-de-ingresso-e-adotada-em-outros-

paises,70002925029

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Data: 17/07/2019

62

Grupo de Comunicação

Ministério do Meio Ambiente vai escolher

integrantes de conselho por sorteio

- Sustentabilidade - Estadão

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O Ministério do Meio Ambiente realiza

nesta quarta-feira, 17, um sorteio para definir

quais serão as organizações socioambientais,

confederações empresarias, prefeituras e

governos de Estado que vão integrar a nova

composição do Conselho Nacional do Meio

Ambiente (Conama). O órgão consultivo tem

papel fundamental na definição de normas e

critérios para o licenciamento de atividades

poluidoras.

O sorteio, que será feito no mesmo estilo das

loterias da Caixa Econômica, está marcado para

começar às 9h30, no auditório do Ibama, em

Brasília. O ato será transmitido pela internet, no

site do ministério. A escolha aleatória faz parte

das mudanças que o ministro Ricardo Salles

determinou para serem feitas na estrutura do

Conama. Por decreto, o governo reduziu a

composição do órgão Conama, dos atuais 96

membros para apenas 23 participantes.

Para a loteria do Conama, foram inscritas 673

ONGs, entre as mais conhecidas, como a WWF, e

algumas pouco reconhecidas, como a Associação

Amigos de Iracambi (MG).

A composição anterior do órgão estava prevista

no decreto presidencial 99.274/1990 e tinha o

objetivo de dar maior representatividade a vários

segmentos da sociedade. Uma parte dos

representantes da sociedade era escolhida por

indicação e outra, por eleição. Nunca houve

sorteio.

Agora, as regras foram modificadas pelo decreto

9.806/2019, editado pelo presidente Jair

Bolsonaro. Pelo novo critério, serão escolhidos

apenas um representante de governo de cada

uma das regiões geográficas; dois representantes

de governos municipais, dentre capitais; dois

representantes de entidades empresariais; e

quatro representantes de ONGs.

A alteração no corpo do conselho foi

extremamente criticada por especialistas da área

do meio ambiente. O plenário do Conama, agora,

será presidido apenas pelo presidente do Ibama,

sem dividir o cargo com o Instituto Chico Mendes

(ICMBio). Os estados também perderam

representação. Se antes havia uma cadeira para

cada um dos 26 estados e o Distrito Federal,

agora são apenas cinco cadeiras representadas

por um Estado de cada região geográfica do País.

Os municípios não serão mais representados por

8 membros, mas somente 2 participantes.

Instituições que representam a sociedade civil,

incluindo associações de trabalhadores rurais e

povos indígenas, viram suas posições caírem de

23 para apenas quatro.

O governo definiu ainda que os membros

escolhidos por sorteio terão mandato de apenas

um ano e que nenhum conselheiro da sociedade

civil poderá ser reconduzido.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,ministerio-do-meio-ambiente-vai-escolher-

integrantes-de-conselho-por-

sorteio,70002924652

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Data: 17/07/2019

63

Grupo de Comunicação

Alunos coletam e trocam materiais

recicláveis por 'dinheiro' em escolas de

Ibirá

- Sustentabilidade - Estadão

SOROCABA - A iniciativa de um professor da rede

pública municipal está rendendo bons dividendos

ambientais para os 10,9 mil habitantes de Ibirá,

no interior de São Paulo. Ele idealizou uma

"moeda" local que os 1.200 alunos das três

escolas da cidade podem trocar por material

reciclável que eles mesmos coletam em casas,

comércio, ruas e praças. Esse dinheiro, batizado

de "ibirazinho real", por enquanto é aceito

apenas em lojinhas montadas nas unidades de

ensino, onde os estudantes podem comprar

desde brinquedos simples até material escolar.

As cédulas, que têm até uma faixa holográfica

imitando as verdadeiras, foram impressas com

autorização da prefeitura, que encampou o

projeto, lançado no dia 6 de junho, em

comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

Para cada 35 latinhas de alumínio ou garrafas

plásticas, o aluno recebe IR$ 1 (1 ibirazinho

real). Assim, ele acumula dinheiro para consumir

nas lojas escolares.

Com IR$ 2, por exemplo, é possível comprar

canetinhas marca-texto ou bolinhas de pingue-

pongue. Juntando IR$ 5, já se compra uma bola

de basquete. "O envolvimento dos alunos mexeu

com os pais e, aqueles que não faziam, passaram

a separar o lixo em casa", contou o professor

Araújo Junior, autor da iniciativa.

Conforme o professor, cada escola recebe 200

cédulas por semana. O material coletado é

comprado por uma cooperativa de recicláveis e,

com o dinheiro, a prefeitura abastece as lojinhas,

que abrem um dia por semana para atender os

estudantes. O projeto é totalmente sustentável,

segundo ele. "Além dos cuidados com o meio

ambiente, que reforçamos durante as aulas, os

alunos aprendem noções de economia e a lidar

com o dinheiro", disse.

O resultado mais evidente está nas ruas da

cidade, totalmente livres de lixo. "Depois que o

projeto começou, meu filho organiza o lixo em

casa, separa os recicláveis e leva para a escola.

Ele também faz a coleta nas casas vizinhas e na

padaria", afirmou a dona de casa Silvia Claro,

mãe de um aluno de 11 anos.

Já o estudante Edson Gregati Junior, de 12 anos,

disse que já conseguiu IR$ 12, após coletar

latinhas na rua e pedir para os vizinhos.

Na cidade, estância hidromineral conhecida pelas

propriedades curativas de suas águas, não se

fala em outra coisa. "Achei a ideia maravilhosa e,

como separamos o material reciclável, estamos

colaborando", declarou Mariele Lourenço da

Silva, funcionária da panificadora Oliva, na região

central.

Conforme a secretária de Educação, Alessandra

Cristina Pinheiro, o plano é ampliar o projeto a

outros segmentos da comunidade. "Na próxima

etapa, vamos buscar parcerias com o comércio

local para que eles também possam receber o

ibirazinho real", disse.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,alunos-coletam-e-trocam-materiais-

reciclaveis-por-dinheiro-em-escolas-de-

ibira,70002924401

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Data: 17/07/2019

64

Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO BNDES será como butique da Faria Lima, diz

presidente

Por Ana Krüger e Estevão Taiar | De Brasília

Empossado ontem, o novo presidente do Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES), Gustavo Henrique Montezano, 38 anos,

começou a detalhar qual será a nova cara da

instituição. O engenheiro, mestre em economia e

com 17 anos de carreira no mercado financeiro,

assumiu um mês após pedido de demissão do

antecessor Joaquim Levy, frisando que o BNDES

será um banco de serviços, com o Estado como

principal cliente.

Montezano usou termos como consultoria e

assessoria financeira para descrever o que pensa

para o banco. "Pega, por exemplo, os bancos de

investimentos da Faria Lima (avenida e principal

ponto de concentração do mercado financeiro em

São Paulo). Eles prestam serviços de IPO, M&A,

emissão de debêntures, emissão de bonds.

Vamos fazer algo parecido com o Estado

brasileiro", disse ao Valor. "Pega [também como

exemplo] as butiques de investimento".

De acordo com ele, o banco irá, por exemplo,

elaborar planos de concessão e privatização para

a União, Estados e municípios - tudo via

contrato.

Ele listou, em ordem de prioridade, as metas da

gestão: explicar a "caixa preta" do BNDES,

acelerar a venda da carteira de ações do banco

(cerca de R$ 110 bilhões), devolver R$ 126

bilhões neste ano ao Tesouro, criar um plano

trianual com Orçamento e revisões das

dimensões do banco e encerrar 2019 já como um

banco de serviços. "A sustentabilidade financeira,

e não o lucro, será o principal norte."

Segundo ele, mesmo com as mudanças de rumo,

o BNDES manterá sua forte atuação na área de

infraestrutura. Ontem ele reuniu-se com o

ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas,

para discutir, entre outros assuntos, as

prioridades do Programa de Parcerias de

Investimentos (PPI). Montezano lembrou que os

bancos públicos já chegaram a menos de 50% do

total do crédito no Brasil, mas afirmou que, em

áreas como infraestrutura e saneamento, a

participação do BNDES é importante.

Os desembolsos do banco devem ficar na casa

dos R$ 70 bilhões por ano, embora a cifra, que

deve fazer parte do plano trianual, ainda esteja

em discussão. O presidente afirmou que, com a

reorganização, possivelmente o lucro no futuro

será menor do que os já registrados no passado.

"Mas é preciso olhar o benefício para a sociedade

como um todo", ponderou.

Ele defendeu melhor alocação de recursos e

energia em projetos com maior retorno social.

Esse ponto também será considerado no "timing"

de venda das ações do banco, que deve ser

acelerada.

Montezano evitou mencionar quanto pode ser

vendido ainda neste ano pelo BNDESPar (braço

de investimentos do banco). A ideia é se desfazer

de investimentos que levem apenas a "ganhos

financeiros, sem ganho social". Além disso, não

haverá futuros investimentos "meramente

especulativos". "Podemos eventualmente aplicar

recursos em empresas, desde que gerem ganhos

sociais, além do puro ganho financeiro", disse.

O presidente do banco de fomento adotou

cautela também ao debater o melhor momento

de vender as ações. "Nenhum desinvestimento é

independente do valor do ativo", disse. A ideia,

disse ele, é vender as ações em momentos de

preços mais altos. No entanto, o direcionamento

desses recursos para áreas com alto retorno

social, como saneamento, pode em alguns casos

trazer mais benefícios para a sociedade do que o

lucro que o BNDES teria com a venda de ações

em um momento mais favorável, afirmou.

Ao propor um banco de serviços, ele disse não

precisar de "crédito e caixa", mas sim de

estrutura e conhecimento. "Nas privatizações,

entendo não ser necessário empréstimo de banco

público, esse mercado é suprido por bancos

privados", completou.

Nas concessões, que exigem investimentos de

longo prazo, o BNDES poderá atuar quando o

setor privado não puder suprir o financiamento.

"Acredito que o banco tem recursos suficientes

para fazer isso, mesmo sem os empréstimos do

Tesouro."

Ele assumiu pressionado pelo ministro da

Economia, Paulo Guedes, a acelerar a

Data: 17/07/2019

65

Grupo de Comunicação

"despedalada" do banco. O cronograma

estabelecido pressupõe devolução de R$ 126

bilhões ao Tesouro neste ano, quase metade do

total de R$ 270 bilhões até 2022.

Em discurso na posse de Montezano, Guedes

citou as devoluções ao Tesouro como primeira

meta da nova gestão - a terceira na lista do

presidente do banco. Como consequência das

devoluções, segundo o ministro, os juros do

crédito subsidiado subirão e os juros do crédito

livre cairão. Para Guedes, a "simbiose" com

Montezano foi total.

O presidente do BNDES disse, também, que tudo

que o banco faz, incluindo a escolha da nova

diretoria, é alinhado com o Ministério da

Economia. Ele afirmou ter se reunido em dois

dias com aproximadamente 140 funcionários da

instituição para conversar sobre as mudanças

que pretende implantar. "Minha percepção é que

a reação deles foi a melhor possível" às

propostas, disse.

https://www.valor.com.br/brasil/6353055/bndes-

sera-como-butique-da-faria-lima-diz-presidente

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Data: 17/07/2019

66

Grupo de Comunicação

Acordo UE-Mercosul é desafio para Leyen

Por Assis Moreira | De Genebra

A alemã Ursula von der Leyen, eleita ontem por

votação apertada para a Presidência da Comissão

Europeia, terá a partir de 1º de novembro o

desafio de defender a implementação do acordo

comercial com o Mercosul, num cenário

especialmente complicado.

Primeira mulher a dirigir a Comissão, o braço

executivo da UE, ela assumirá num momento em

que a resistência na Europa à liberalização

comercial é muito maior. E enfrentará os limites

de um ambiente não exatamente liberal.

Na sua curta campanha, Leyen chegou a dizer

que o acordo com o Mercosul não seria

implementado se o bloco sul-americano

desrespeitasse compromissos assumidos na área

ambiental. Mas não prometeu questionar acordos

comerciais como o do Mercosul, como queriam os

socialistas europeus.

A pressão continua contra o acordo,

principalmente de setores agrícolas na França,

Irlanda e Polônia. Isso exigirá ainda mais

esforços da Comissão Europeia para a aprovação

do tratado pelos líderes, pelo Parlamento

Europeu, pelos 28 Parlamentos nacionais e por

alguns Legislativos regionais.

Leyen foi uma solução de compromisso entre os

principais líderes europeus e só com o tempo se

saberá qual será o seu poder real no comando da

burocracia europeia. Cada país escolhe os

comissários europeus (espécie de ministros) e a

distribuição das pastas é negociada entre os

países.

Ela sai da Alemanha com uma imagem

desgastada, de uma ministra da Defesa fraca. Na

verdade, os líderes europeus não escolheram

nenhuma grande força política para as

instituições europeias, incluindo o belga Charles

Michel, que presidirá o Conselho Europeu.

A nova figura mais significativa na Europa será

Christine Lagarde, que assumirá a presidência do

Banco Central Europeu (BCE). Mas também ela

chega com a mesma limitação que a perseguiu

por algum tempo no Fundo Monetário

Internacional (FMI), de não ser economista e ter

de depender muito do economista-chefe da

instituição. Isso não quer dizer que Leyen não

possa crescer no cargo.

Para a América Latina, o que pode fazer a

diferença com a nova Comissão Europeia é o

novo Alto Representante para Relações

Exteriores e Defesa da UE, o espanhol Josep

Borrel.

A Espanha é o país na Europa que tem o maior

interesse na América Latina, seguido por

Portugal, que divide sua atenção entre o Brasil e

as ex-colônias na África.

Uma dúvida, porém, é até que ponto o fato de

Borrel ser socialista terá influência significativa

no diálogo com governos de direita na região, a

começar com Jair Bolsonaro no Brasil. Bolsonaro

recentemente propôs ao presidente americano

Donald Trump, seu ídolo, realizar uma grande

reunião em Buenos Aires com os governos de

direita do Chile, Paraguai, Colômbia e Peru.

A relação da UE com o Brasil está praticamente

congelada desde 2014. O impeachment de Dilma

Rousseff nunca foi bem absorvido na Europa. Nos

últimos cinco anos, os europeus nunca quiseram

marcar a cúpula UE-Brasil anual que tem o

objetivo de aprofundar as relações bilaterais,

supostamente estratégicas.

https://www.valor.com.br/internacional/6353083

/acordo-ue-mercosul-e-desafio-para-leyen

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Data: 17/07/2019

67

Grupo de Comunicação

WEG avança nos mercados de motores da

China e Índia

Por Camila Maia | De São Paulo

Com uma atuação cada vez mais globalizada, a

fabricante de máquinas e equipamentos brasileira

WEG espera manter o ritmo de crescimento

acelerado nas suas operações em dois dos

mercados mais competitivos do mundo: China e

Índia. Nesta semana, a companhia concluiu a

entrega do maior motor de indução já produzido

por ela para o mercado chinês. O equipamento,

de mais de 45 toneladas, foi fabricado na

unidade fabril da Índia, em Hosur, uma parceria

entre as áreas comerciais dos dois países que

deve render mais frutos no futuro.

"Essa máquina vai servir de referência para nós

ganharmos maior participação no mercado

chinês", disse Eduardo de Nóbrega, diretor

superintendente da WEG Energia e responsável

pela unidade da empresa na Índia.

Desde que a companhia inaugurou sua fábrica lá,

em fevereiro de 2011, conseguiu conquistar o

mercado local, principalmente no fornecimento

de motores para o segmento de irrigação e

transposição de rios. Outro forte da fábrica

indiana é no segmento de equipamentos para

geração de energia, que também encontram

mercado em países do Sudeste asiático.

Segundo Nóbrega, a WEG tem hoje 35% do

mercado da Índia de motores de grande porte,

dividindo a liderança com uma estatal local. A

China é o próximo mercado na qual a companhia

quer crescer nesse segmento. "Estamos

trabalhando fortemente para aumentar a

participação de máquinas de grande porte na

China, com investimentos na área de vendas e

engenharia para buscarmos mais oportunidades",

disse o executivo.

"Um dos pontos fortes da WEG são nossas

sinergias. O motor foi fabricado na Índia usando

engenharia também do Brasil e o

comissionamento e a entrega foi feita pelas

equipes da China. Isso nos dá vantagem

competitiva", disse Luis Alberto Tiefensee, diretor

superintendente da WEG Motores e responsável

pelas operações na China, se referindo ao

equipamento instalado no país.

Na China, a WEG já tem uma atuação de

destaque na fabricação de motores de baixa e

média tensão e produtos em geral com aplicação

industrial. No país desde 2004, a brasileira já

tem três parques fabris: o primeiro, em Nantong,

produz motores elétricos de baixa e alta tensão;

em 2014, comprou duas fabricantes de motores

elétricos e componentes em Changzhou; em

2015, teve início a construção de uma terceira

fábrica em Rugao. Hoje, o parque de Rugao está

recebendo investimentos adicionais de US$ 25

milhões.

Nesse período, o aprendizado sobre o mercado

chinês foi intenso. "A Ásia de maneira geral é um

mercado muito competitivo, e a velocidade dos

negócios é diferente do que no ocidente", disse

Tiefensee. Segundo ele, o cliente chinês toma

decisões mais assertivas e rápidas, e quer a

melhor relação custo benefício possível, e

dispensa "features" (caracteristicas adicionais

nos produtos). "Não necessariamente é um

mercado de baixo preço, mas essa

competitividade faz com que os preços sejam

mais comprimidos", afirmou.

A aposta da WEG nos mercados asiáticos reflete,

entre outras razões, o crescimento mais

acelerado da economia na região. "Na China

sempre temos crescido dois dígitos, acima de

10%, o que é muito quando comparado a outros

mercados", disse Tiefensee. Segundo ele, mesmo

que as empresas chinesas sejam muito

hierarquizadas e voltadas para a figura do líder,

as tomadas de decisões são mais ágeis, o que

ajuda no ritmo de crescimento dos negócios lá.

"No Ocidente, as coisas são mais organizadas e

baseadas em documentação. Na China, a coisa

flui um pouco mais rápido e também mais

informal", explicou.

No mercado indiano, a previsão também é de

crescimento contínuo a um ritmo elevado,

próximo de 25% neste ano. Além do mercado

local, já consolidado, e da exportação de motores

para a China, que deve ganhar força com o

Data: 17/07/2019

68

Grupo de Comunicação

negócio já realizado, a WEG também exporta da

Índia para a Europa e Sudeste Asiático.

No caso destes últimos, as vendas têm sido feita

de forma indireta, por meio de parceiros

indianos. "Mas temos buscado cada vez mais

exportação direta [sem intermediação de

parceiros] para países como a China e outros no

Sudeste Asiático", disse Nóbrega. Em energia, a

companhia também aposta no setor eólico na

Índia.

https://www.valor.com.br/empresas/6352993/w

eg-avanca-nos-mercados-de-motores-da-china-

e-india

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Data: 17/07/2019

69

Grupo de Comunicação

Raízen fecha acordo em ação de

desapropriação

Por Joice Bacelo | De Brasília

A disputa judicial sobre a entrega de um terreno

da Raízen, principal fabricante de etanol de cana-

de-açúcar do país, para a Prefeitura de São José

dos Campos, em São Paulo, foi encerrada com

um acordo entre as partes. Esse caso ganhou

visibilidade depois de o Judiciário ter permitido a

ampliação do prazo que estava previsto para a

desapropriação da área - que servirá para a

construção de uma avenida.

Os donos dos imóveis que são considerados de

utilidade pública geralmente não têm muita voz

nas ações de desapropriação. Conseguem discutir

o valor da indenização, mas há uma limitação

para tratar sobre o motivo e o prazo para a

entrega. Por isso, o caso da Raízen ganhou

destaque.

A empresa havia conseguido, na Justiça, alargar

o limite de 30 dias imposto pelo município. A

decisão, unânime, foi proferida pela 11º Câmara

de Direito Público do Tribunal de Justiça de São

Paulo (TJ-SP). Os desembargadores

consideraram o prazo "irrazoável" para a

remoção de todos os equipamentos da empresa

do local (processo nº 2247843-

16.2018.8.26.0000).

"Não é admissível no bojo da ação de

desapropriação discussão sobre o mérito da

medida decidida na esfera de competência

exclusiva da autoridade administrativa.

Entretanto, diante da complexidade e a

peculiaridade presentes, merece guarida o pedido

formulado", afirmou na ocasião o relator do caso,

desembargador Marcelo Theodósio.

O terreno em discussão é uma parcela da área

em que está localizado o centro de distribuição

da Raízen. No local funciona toda a parte de

telecomunicações, de combate a incêndio e de

controle de entrada e saída dos caminhões

carregados com combustível. A empresa

argumentou no processo que precisava de tempo

para adequar a sua estrutura.

A entrega do imóvel em 30 dias, como

estabeleceu a prefeitura, poderia ter

impossibilitado o fornecimento de combustível

para mais de cem municípios da região, incluindo

São José dos Campos, segundo a empresa.

Ficou definido, então, que o prazo final seria o

dia 30 de junho. Era maior do que o estabelecido

pela prefeitura, mas ainda considerado

insuficiente pela companhia - que ingressou com

novo recurso. Em meio à tramitação do processo,

no entanto, as partes chegaram a um acordo.

A Raízen permitiu o acesso imediato da prefeitura

à área e em troca conseguiu mais 30 dias, além

do previsto pela Justiça, para se retirar, por

completo, do local. Esse período será utilizado

pela empresa principalmente para a retirada do

quadro de luz e da cabine de transmissão de

dados que ainda existem no terreno, serviço que

será executado pelas concessionárias de serviço

público de energia elétrica e telefonia.

"Continuar com a briga seria ruim para todo

mundo", diz o advogado Helder Moroni Câmara,

do PMMF Advogados e representante da empresa

no caso. "Pela decisão do tribunal, se tivéssemos

entregado o imóvel, nós não teríamos mais

acesso a ele. As obras que estivessem

pendentes, ficariam pendentes. Mas havia

chances de, com o recurso, aumentar o prazo",

complementa.

O acordo foi feito de forma extrajudicial e

homologado pelo juiz da 1º Vara de Fazenda

Pública de São José dos Campos.

Procurada pelo Valor, a prefeitura informou, por

meio de nota, que o acordo permitiu antecipar a

entrada na área e que já está no local

executando as obras. "Esse acordo é um passo

importante para a construção da Rotatória do

Gás, no Jardim Americano, na região leste de

São José dos Campos", afirma no texto.

As tratativas com a empresa, segundo a

prefeitura, não afetam o cronograma de entrega

da obra viária, "que trará benefícios à população

que circula pelo local, por onde passam dezenas

de linhas de ônibus e milhares de veículos" e

também "bastante usado por caminhões do

transporte de carga do setor petroquímico".

https://www.valor.com.br/legislacao/6352809/rai

zen-fecha-acordo-em-acao-de-desapropriacao

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Data: 17/07/2019

70

Grupo de Comunicação

Cade vai investigar obras da Petrobras e de

estádios

Por Juliano Basile | De Brasília

A Superintendência do Conselho Administrativo

de Defesa Econômica (Cade) instaurou, ontem,

dois processos para apurar práticas de cartel. Um

deles envolve empresas construtoras de obras da

Petrobras. O outro vai apurar as licitações para

construção de vários estádios de futebol para a

Copa do Mundo, em 2014. Ambos tratam de

apurações iniciadas pela Operação Lava-Jato, da

Polícia Federal.

As empreiteiras que serão investigadas por causa

de obras da Petrobras são: Odebrecht, OAS,

Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz

Galvão, Carioca Engenharia, Construbase,

Construcap, Hochtief do Brasil, Mendes Júnior,

Racional, Schahin Engenharia e WTorre.

O processo também envolve 23 pessoas físicas

ligadas a essas companhias. As empresas e as

pessoas físicas citadas terão um prazo de 30 dias

para apresentarem defesa junto ao Cade.

As empresas que terão que responder ao

processo envolvendo as licitações de estádios,

segundo consta do despacho de ontem, são: o

grupo Odebrecht, representado pelas empresas

CNO, OECI e OPI, além da Andrade Gutierrez,

Carioca Engenharia, Camargo Corrêa, OAS,

Queiroz Galvão, Delta e Via Engenharia. Neste

caso as apurações envolvem, também, 36

pessoas físicas.

No processo aberto para investigar supostas

práticas de cartel nas obras de engenharia da

Petrobras, a Superintendência do Cade

identificou evidências de que as empresas teriam

trocado informações para permitir a distribuição

de projetos entre os participantes, "bem como a

organização de uma estrutura para apresentação

de propostas de cobertura e supressão de

propostas nos procedimentos licitatórios",

conforme despacho da superintendência.

As apurações tiveram início a partir da assinatura

de um acordo de leniência com a Carioca

Engenharia e com pessoas ligadas a empresa. Se

as investigações confirmarem a prática de cartel,

os envolvidos poderão ser multados em valores

que oscilam de 0,1% a 20% do faturamento

anual das empresas. Já as pessoas físicas

poderão ser multadas em algo entre R$ 50 mil e

R$ 2 bilhões.

A Superintendência verificou que pelo menos três

grandes obras foram afetadas por um suposto

cartel - a construção do Centro de Pesquisas

Leopoldo Américo Miguez de Mello (Novo

Cenpes), do Centro Integrado de Processamento

de Dados da Tecnologia da Informação (CIPD), e

da sede da Petrobras de Vitória (Sede de Vitória-

ES). O Cenpes e o CIPD estão localizados no Rio

de Janeiro. Os contratos apontados como ilícitos

pelas empresas concorrentes datam de 2006.

A investigação da construção dos estádios da

Copa do Mundo teve início a partir de um acordo

de leniência com a Andrade Gutierrez. Os

integrantes desta companhia apresentaram

informações de que houve conluio entre

concorrentes de licitações destinadas às obras

para a realização do mundial.

Segundo a Superintendência, o cartel teria

atuado em meados de 2011, quando foram

assinados os contratos referentes às obras

públicas nos estádios de Brasília, do Rio de

Janeiro, de Pernambuco, de Manaus, de Belo

Horizonte, de Fortaleza, de Natal e de Salvador.

A Superintendência iniciou uma investigação de

licitações complementares aos certames

principais, que podem ter sido afetadas pelos

acordos entre as empresas que foram apontados

como ilícitos.

Nesse caso, o prazo para a apresentação da

defesa dos investigados também é de 30 dias.

https://www.valor.com.br/empresas/6352985/ca

de-vai-investigar-obras-da-petrobras-e-de-

estadios

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