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1 Legislaªo sobre reuso e utilizaªo de Ægua de chuva FABIANO GENEROSO Bilogo Especialista em TØcnicas Avanadas em AnÆlises Clnicas - USP Especialista em Parasitologia MØdica - USP Especialista em Controles Ambientais - SENAI Consultor Ambiental - ALFA Equipamentos Ambientais Definiıes Chuva precipitaªo atmosfØrica de Ægua A chuva resulta da impossibilidade de as correntes ascendentes manterem em suspensªo as partculas lquidas ou slidas formadas pela precipitaªo do vapor de Ægua contido na atmosfera (fase de condensaªo devida presena de nœcleos de condensaªo). Ciclo Hidrolgico HÆ 2.000 anos, a populaªo mundial correspondia a 3% da populaªo atual, enquanto o volume de Ægua permanece o mesmo. CETESB

fiLegislaçªo sobre Œ çªo atmosfØrica de Ægua reuso ...agua.org.br/apresentacoes/40206_FabianoGeneroso-2.pdf · Grau de Tratamento NBR 13969:1997

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�Legislação sobre reuso e utilização de água de chuva�

FABIANO GENEROSOBiólogo

Especialista em Técnicas Avançadas em Análises Clínicas - USPEspecialista em Parasitologia Médica - USP

Especialista em Controles Ambientais - SENAIConsultor Ambiental - ALFA Equipamentos Ambientais

Definições

Chuva � precipitação atmosférica de águaA chuva resulta da impossibilidade de as

correntes ascendentes manterem em suspensão as partículas líquidas ou sólidas formadas pela precipitação do vapor de água contido na atmosfera (fase de condensação devida à presença de núcleos de condensação).

Ciclo Hidrológico Há 2.000 anos, a população mundial

correspondia a 3% da população atual, enquanto o volume de água permanece o mesmo.

CETESB

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Uma pesquisa da Universidade da Malásia deixou claro que após o início da chuva, somente as primeiras águas carreiam ácidos, microorganismos, e outros poluentes atmosféricos, sendo que normalmente pouco tempo após a mesma já adquire características de água destilada, que pode ser coletada em reservatórios fechados.

Uso de Água de Chuva no Mundo

Na Alemanha utiliza-se água de chuva para fins não potáveis

Na Austrália utiliza-se para fins inclusive potáveis

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Art. 200. Ao sistema único de saúde compete,

além de outras atribuições, nos termos da lei: IV - participar da formulação da política e da

execução das ações de saneamento básico; VI - fiscalizar e inspecionar alimentos,

compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433 de 1997 Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos

baseia-se nos seguintes fundamentos: I - a água é um bem de domínio público; II - a água é um recurso natural limitado, dotado

de valor econômico; III - em situações de escassez, o uso prioritário

dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;

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Política Nacional de Recursos Hídricos Lei 9.433 de 1997 Art. 2º São objetivos da Política Nacional

de Recursos Hídricos: I - assegurar à atual e às futuras

gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

Portaria nº 518, de 25 de março de 2004 MS - anexo

Art. 1º- Esta Norma dispõe sobre procedimentos e responsabilidades inerentes ao controle e à vigilância da qualidade da água para consumo humano, estabelece seu padrão de potabilidade e dá outras providências.

Art. 2º- Toda a água destinada ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade e está sujeita à vigilância da qualidade da água.

Art. 4º- Para os fins a que se destina esta Norma, são adotadas as seguintes definições:

I - água potável - água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde;

Portaria nº 518, de 25 de março de 2004 MS - anexo

Legislação Brasileira Considerações As águas de chuva são encaradas pela legislação

brasileira hoje como esgoto, pois ela usualmente vai dos telhados, e dos pisos para as bocas de lobo aonde, como "solvente universal", vai carreando todo tipo de impurezas, dissolvidas, suspensas, ou Simplesmente arrastadas mecanicamente, para um córrego que vai acabar dando num rio que por sua vez vai acabar suprindo uma captação para Tratamento de Água Potável. Claro que essa água sofreu um processo natural de diluição e autodepuração, ao longo de seu percurso hídrico, nem sempre suficiente para realmente depurá-la.

CETESB

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Orientações

Para uso humano, inclusive para como água potável, deve sofrer evidentemente filtração e cloração. Em resumo, a água de chuva sofre uma destilação natural muito eficiente e gratuita.

CETESB

Lei Nº 12.526, de 2 de janeiro de 2007 do Estado de São Paulo Estabelece normas para a contenção de

enchentes e destinação de águas pluviais Artigo 1º - É obrigatória a implantação de

sistema para a captação e retenção de águas pluviais, coletadas por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos, em lotes, edificados ou não, que tenham área impermeabilizada superior a 500m2 (quinhentos metros quadrados), com os seguintes objetivos:

I - reduzir a velocidade de escoamento de águas pluviais para as bacias hidrográficas em áreas urbanas com alto coeficiente de impermeabilização do solo e dificuldade de drenagem;

Lei Nº 12.526, de 2 de janeiro de 2007 do Estado de São Paulo

Lei Nº 12.526, de 2 de janeiro de 2007 do Estado de São Paulo II - controlar a ocorrência de inundações,

amortecer e minimizar os problemas das vazões de cheias e, conseqüentemente, a extensão dos prejuízos;

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Lei Nº 12.526, de 2 de janeiro de 2007 do Estado de São Paulo III - contribuir para a redução do consumo

e o uso adequado da água potável tratada.

Parágrafo único - O disposto no "caput" é condição para a obtenção das aprovações e licenças, (...)

Lei Nº 12.526, de 2 de janeiro de 2007 do Estado de São Paulo Artigo 2º - O sistema de que trata esta lei será

composto de: I - reservatório de acumulação com capacidade

calculada com base na seguinte equação: a) V = 0,15 x Ai x IP x t; b) V = volume do reservatório em metros cúbicos; c) Ai = área impermeabilizada em metros quadrados; d) IP = índice pluviométrico igual a 0,06 m/h; e) t = tempo de duração da chuva igual a 1 (uma) hora.

II - condutores de toda a água captada por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos ao reservatório mencionado no inciso I;

III - condutores de liberação da água acumulada no reservatório para os usos mencionados no artigo 3º desta lei.

Lei Nº 12.526, de 2 de janeiro de 2007 do Estado de São Paulo

Lei Nº 12.526, de 2 de janeiro de 2007 do Estado de São Paulo

Parágrafo único - No caso de estacionamentos e similares, 30% (trinta por cento) da área total ocupada deve ser revestida com piso drenante ou reservado como área naturalmente permeável.

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Artigo 3º - A água contida no reservatório, de que trata o inciso I do artigo 2º, deverá: I - infiltrar-se no solo, preferencialmente; II - ser despejada na rede pública de drenagem,

após uma hora de chuva; III - ser utilizada em finalidades não potáveis,

caso as edificações tenham reservatório específico para essa finalidade

Em justificativa à esta lei, além dos prejuízos recorrentes em áreas urbanas com alta impermeabilização durante períodos de chuvas, também a qualidade de vida e a saúde são afetadas diretamente, com a destruição de patrimônios pessoais e o risco de contração de doenças infecto-contagiosas, comumente ocasionadas pela água de enchentes.

Incentivo fiscal � Na Câmara Municipal de São Paulo tramita desde 2005 o Projeto de Lei 743/05, que propõe incentivo fiscal, em forma de desconto no IPTU, aos contribuintes que, em suas edificações, mantenham áreas permeáveis que possibilitem a efetiva absorção de água de chuva.

ABNT NBR 13969:1997

Reuso local Irrigação dos jardins Lavagem de pisos e dos veículos Descarga dos vasos sanitários Manutenção paisagística de lagos e canais com água Irrigação de pastagens

Irrigação de campos agrícolas????

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Grau de Tratamento NBR 13969:1997 Classe 1

Lavagem de carros e outros usos que requerem contato direto do usuário com a água, compossível aspiração de aerossóis pelo operador

Turbidez < 5 NTU Coliformes fecais < 200 NMP/100ml Sólidos dissolvidos < 200 ppm pH > 6 e < 8 Cloro residual > 0,5 e < 1,5 ppm

Grau de Tratamento NBR 13969:1997

Classe 2 Lavagens de pisos, calçadas e irrigação dos

jardins, manutenção de lagos e canais para fins paisagísticos: Turbidez < 5 NTU Coliformes fecais < 500 NMP/ 500ml Cloro residual > 0,5 ppm

Grau de Tratamento NBR 13969:1997

Classe 3Reuso na descarga dos vasos sanitários:

Turbidez < 10 NTU Coliformes fecais < 500 NMP/100ml Obs: Água de enxague das máquinas de lavar

roupas satisfazem este padrão

Grau de Tratamento NBR 13969:1997

Classe 4Reuso nos pomares, cereais,

forragens,pastagens para gado e outros cultivos através de escoamento superficial ou por sestema de irrigação pontual: Coliformes fecais < 5000 NMP/100ml Oxigênio dissolvido > 2,0 ppm Obs: A aplicação deve ser interrompida pelo

menos 10 dias antes da colheita.

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ABNT NBR 13969:1997

Todo o sistema de reservação e de distribuição deve ser claramente identificado, através de placas de advertência nos locais estratégicos e nas torneiras, além do emprego de cores nas tubulações e nos tanques de reservação distintas das de água potável.

COMO ATENDER OS PADRÕES?

Filtração >>>reuso Cloração >>> reuso

Potabilidade???

Estação Compacta de Tratamento de Água de Chuva Conclusões

Não há legislação federal específica ao tema;

Legislação do Estado de São Paulo tem o objetivo de evitar enchentes embora cite o uso;

Não há um padrão de tratamento a seguir;

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Conclusões

Utilizar a NBR 13969:1997???

O fato é que seu uso não apenas está relacionado à redução de enchentes, mas e talvez principalmente à economia de água de qualidade potável para usos menos nobres;

Obrigado!