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LAUDO DE AVALIAÇÃO Do preço da Oferta Pública de Aquisição de Ações Ordinárias e Preferenciais de Emissão da CONSTRUTORA SULTEPA S.A. para Cancelamento do Registro de Companhia Aberta. CONSTRUTORA SULTEPA S.A. Empresa de Capital Aberto CNPJ: 89. 723.993/0001-33 Código CVM: 13.030 Por Conta e Ordem do Acionista Controlador PORTELLA NUNES PARTICIPAÇÕES S.A. Setembro/2017

LAUDO DE AVALIAÇÃO Do preço da Oferta Pública de Aquisição … · 2020. 6. 26. · Via Consult Auditores Associados no Conselho Regional de Contabilidade do Distrito Federal

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LAUDO DE AVALIAÇÃO

Do preço da Oferta Pública de Aquisição de Ações Ordinárias e

Preferenciais de Emissão da CONSTRUTORA SULTEPA S.A.

para Cancelamento do Registro de Companhia Aberta.

CONSTRUTORA SULTEPA S.A.

Empresa de Capital Aberto

CNPJ: 89.

723.993/0001-33

Código CVM: 13.030

Por Conta e Ordem do

Acionista Controlador

PORTELLA NUNES PARTICIPAÇÕES S.A.

Setembro/2017

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ÍNDICE

I – SUMÁRIO EXECUTIVO ----------------------------------------------------------------------------------- 4

1. INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------- 5

2. FONTES DE INFORMAÇÕES ---------------------------------------------------------------------------- 5

3. EVENTOS SUBSEQUENTES ------------------------------------------------------------------------------- 6

4. CRITÉRIOS ADOTADOS E PREMISSAS UTILIZADAS ---------------------------------------------- 6

5. VALOR ECONÔMICO DA CONSTRUTORA SULTEPA S.A. ------------------------------------ 7

5.1. Avaliação pelo método de avaliação patrimonial ou valor patrimonial da

ação (VPA) ------------------------------------------------------------------------------------------ 7

5.2. Avaliação pelo preço médio ponderado das ações a valor de mercado 7

5.3. Avaliação pelo método do fluxo de caixa descontado. -------------------------- 7

II - INFORMAÇÕES SOBRE OS AVALIADORES ------------------------------------------------------- 9

1. QUALIFICAÇÃO DA EMPRESA AVALIADORA ------------------------------------------------- 10

2. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA AVALIADORA ------------------------------------------ 10

3. INFORMAÇÕES SOBRE OS AVALIADORES RESPONSÁVEIS PELO LAUDO ----------- 10

4. DECLARAÇÕES DO AVALIADOR ----------------------------------------------------------------- 11

III –INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA AVALIADA ---------------------------------------- 13

1. ABORDAGEM GERAL DA COMPANHIA -------------------------------------------------------- 14

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2. IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO -------------------------------------------------------------------- 16

3. ESTRUTURA ------------------------------------------------------------------------------------------------ 18

4. COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA ------------------------------------------------------------------------ 18

5. INFORMAÇÕES GERAIS ------------------------------------------------------------------------------- 18

6. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ----------------------------------------------------------------- 21

IV – AVALIAÇÃO DA COMPANHIA ------------------------------------------------------------------ 24

1. PRINCIPAIS PREMISSAS CONSIDERADAS NA AVALIAÇÃO ------------------------------- 25

2. DESCRIÇÃO DAS METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO CONFORME INSTRUÇÃO

CVM 361 --------------------------------------------------------------------------------------------------- 25

3. FLUXO DE CAIXA DESCONTADO E AVALIAÇÃO DA SULTEPA -------------------------- 26

APÊNDICES --------------------------------------------------------------------------------------------------- 27

1. PREMISSAS MACROECONÔMICAS --------------------------------------------------------------- 28

2. CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (WACC) ---------------------------------------- 28

2.1. PREMISSAS UTILIZADAS NO CÁLCULO DA TAXA DE DESCONTO ----------------- 28

2.2. CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (WACC) ---------------------------------- 30

2.3. CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO --------------------------------------------------------------- 31

2.5. PERPETUIDADE ------------------------------------------------------------------------------------- 32

3. GLOSSÁRIO ----------------------------------------------------------------------------------------------- 33

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I – SUMÁRIO EXECUTIVO

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1. INTRODUÇÃO

Este Laudo de Avaliação (LAUDO) foi elaborado pela VIA CONSULT AUDITORES

ASSOCIADOS (Via Consult), por solicitação da acionista controladora da

empresa PORTELLA NUNES PARTICIPAÇÕES S.A. (Controlador), objetivando a

realização de Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA), visando o

cancelamento do registro de companhia aberta da empresa CONSTRUTORA

SULTEPA S.A. - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL (Sultepa ou Companhia). A

confecção do LAUDO atendeu às normas fixadas pela Instrução CVM nº 436,

de 5 de julho de 2006, que acrescentou o Anexo III à Instrução CVM nº 361 de

5 de março de 2002. O Sumário Executivo abaixo apresentado contempla as

informações listadas no presente laudo. Este laudo foi elaborado dentro

daquela que a Via Consult considera a melhor técnica para avaliação,

considerando-se as peculiaridades da companhia. No entanto, ele não

representa proposta, solicitação, aconselhamento ou recomendação, por

parte da Via Consult, de adesão à Oferta. Esta é de responsabilidade única e

exclusiva dos acionistas da Sultepa. Via Consult recomenda aos acionistas

procurarem consultores jurídicos, tributários e financeiros a fim de

estabelecerem suas próprias opiniões sobre a Oferta.

2. FONTES DE INFORMAÇÕES

Foram utilizadas as demonstrações financeiras auditadas, incluindo as

demonstrações financeiras e relatório de auditores independentes da Sultepa

sem ressalvas, ênfases, observações ou quaisquer menções que possam

ensejar questionamentos, auditadas em 30 de novembro de 2017 pela UHY

Auditores Associados , informações financeiras consolidadas da Companhia e

de suas controladas para o período findo em 29 de setembro de 2017.

Os trabalhos também levaram em consideração informações obtidas em

entrevistas com a Administração e em informações gerenciais fornecidas de

forma escrita ou verbal.

Adicionalmente também foram utilizadas informações públicas de mercado,

com o objetivo de analisar as premissas utilizadas na avaliação da

Companhia.

A Via Consult analisou as informações disponíveis ao público em geral e

aquelas fornecidas pela Companhia e utilizadas neste trabalho, entendendo

serem consistentes.

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3. EVENTOS SUBSEQUENTES

Ressaltamos que esta avaliação tem como base a posição do balanço

patrimonial consolidado da Companhia em 29 de setembro de 2017.

Eventuais fatos relevantes que tenham ocorrido após a data-base e que não

tenham sido levados a nosso conhecimento até a data de emissão deste

Laudo de Avaliação poderão alterar o valor estimado para a Companhia.

4. CRITÉRIOS ADOTADOS E PREMISSAS UTILIZADAS

Em atendimento à Instrução CVM nº 436, de 5 de julho de 2006, que

acrescentou o Anexo III à Instrução CVM nº 361 de 5 de março de 2002, foram

adotados os seguintes critérios para avaliar a Companhia:

Valor do patrimônio líquido por ação (VPA), apurado segundo as

demonstrações financeiras consolidadas trimestrais, na data base de 29 de

setembro de 2017;

O valor da empresa para os acionistas, com base na projeção do Fluxo de

Caixa Livre;

O preço médio ponderado das cotações das ações.

As principais premissas adotadas foram:

Em relação ao VPA, a Via Consult considerou, à luz do parecer do auditor

independente, sem ressalva, que as demonstrações contábeis

representam, adequadamente, a estrutura patrimonial e financeira da

companhia;

Em relação ao método do valor da empresa para os acionistas, a Via

Consult considerou ser este o critério mais adequado.

A premissa que norteou o preço médio das ações considerou que todas as

informações sobre a companhia estão à disposição dos acionistas e

investidores no site da CVM (www.cvm.gov.br), indicando que elas são de

pleno conhecimento do público investidor.

Para obter o valor da Companhia, considerou-se que a metodologia mais

adequada é a do fluxo de caixa descontado, com base nas seguintes

considerações:

A metodologia do fluxo de caixa descontado leva em consideração a

perspectiva de rentabilidade futura da Construtora Sultepa S.A. e a

consequente geração de caixa para os acionistas, uma vez que calcula o

valor presente dos lucros a serem distribuídos.

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As controladas da Construtora Sultepa são empresas operacionais e foram

avaliadas de forma consolidada à Construtora Sultepa S.A.

A taxa de desconto utilizada para descontar os fluxos de caixa da Sultepa,

em termos nominais, é ilustrada no quadro abaixo:

Premissas Construtora Sultepa

Taxa livre de Risco 2,20%

Prêmio de Mercado 4,16%

Risco País 2,46%

Taxa de Inflação Americana 1,71%

Taxa de Inflação Brasileira 2,95%

Beta 6,97

Taxa de Desconto Adotada 10,25%

5. VALOR ECONÔMICO DA CONSTRUTORA SULTEPA S.A.

Número total de ações (exclusive ações em tesouraria): 12.600.000 em

30/09/2017

5.1. Avaliação pelo método de avaliação patrimonial ou valor patrimonial da

ação (VPA)

Valor do Patrimônio líquido dividido pelo número total de ações,

excluindo ações em tesouraria, baseado na última demonstração

financeira auditada disponível, 29 de setembro de 2017.

Cálculo do patrimônio líquido por ação em 29 de dezembro de 2017

Patrimônio líquido total 269.949.764

Total de ações em circulação 12.600.000

Total de ações em circulação, excluindo ações

em tesouraria 12.600.000

Patrimônio líquido por ação 21,42

5.2. Avaliação pelo preço médio ponderado das ações a valor de mercado

A Companhia não registra qualquer tipo de negociação com ações de

sua emissão nos últimos doze meses.

5.3. Avaliação pelo método do fluxo de caixa descontado.

Metodologia considerada para a avaliação.

Projeções do portfólio recebidas da Companhia de 2017 a 2023.

Fluxo de caixa livre para a Companhia descontado usando um WACC

10,25% em R$ nominais.

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O valor atribuído à Construtora Sultepa S. A., pelo modelo de avaliação

do fluxo de caixa livre projetado exposto neste Laudo de Avaliação na

data base é de R$ 1.482.315,00 (um milhão, quatrocentos e oitenta e dois

mil, trezentos e quinze reais), representando com propriedade o valor

justo da Companhia. Desta forma, o valor justo por ação está definido em

R$ 0,12 (doze centavos de real).

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II - INFORMAÇÕES SOBRE OS AVALIADORES

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1. QUALIFICAÇÃO DA EMPRESA AVALIADORA

Nos termos do inciso X, ‘’a’’ do Anexo III, da Instrução CVM 361, A Via Consult

apresenta suas qualificações como avaliador através de sua experiência em

laudos de diversas finalidades:

2. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA AVALIADORA

Via Consult Auditores Associados no Conselho Regional de Contabilidade do

Distrito Federal nº 000648/O-3, atua no mercado de avaliação de empresas

desde 1996, tendo realizado trabalhos para variados setores da economia,

como, construção civil, financeiro, acervo líquido contábil, estoques e

telecomunicações.

3. INFORMAÇÕES SOBRE OS AVALIADORES RESPONSÁVEIS PELO LAUDO

ODILSON GONÇALVES FERNANDES

Responsável pela - Via Consult Auditores Associados – EPP

Contador (CRC/RS 052869/O-4 T-DF) pela Faculdades Porto Alegrense de

Ciências Contábeis e Administrativas - FAPA.

Sócio e responsável técnico da Via Consult Auditores Associados – EPP, faz

parte do Instituto Brasileiros dos Auditores Independentes do Brasil -

IBRACON, atua no mercado a 29 anos como especialista na estruturação

de projetos de investimento e para desenvolvimento tecnológico, de

operações financeiras, de mercado de capitais, na elaboração de

Laudos de Avaliação Econômica de Empresas de diversos setores, como:

Instituições Financeira, Saúde, Educação, Energia, Construção Civil,

Telecomunicação entre outros.

LUIZ FERNANDO MELLO TARASIUK

Responsável pelo Laudo de Avaliação

Contador (CRC/RS 050670/0-5) pela Faculdade Porto-Alegrense de

Ciências Contábeis e Administrativas - FAPA.

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Sócio e responsável técnico da Via Consult Auditores Associados – EPP.

Atuando a mais de 38 anos na elaboração de Laudos de Avaliação,

Análise Econômico-Financeiras, processo de fusões e aquisições de Empresas

de diversos setores, operações de due diligence, revisão tributária, apuração

de impostos e obrigações acessórias federais e estaduais. Possui vivência na

coordenação contábil e fiscal de empresas.

ANTONIO LUIZ PINTO DE CASTRO E SOUZA

Responsável pelo Laudo de Avaliação

Economista (Corecon/RS nº 3527) pela Universidade do Vale do Rio dos

Sinos – UNISINOS.

Atuando há 38 anos n a elaboração de Laudos de Avaliação, Análises

Econômico-Financeiras, especialista na elaboração de projetos de

viabilidade econômica e na estruturação de projetos de investimentos e

desenvolvimentos, consultoria empresarial de reestruturação de empresas.

Elaboração, supervisão e controle de projetos junto às instituições de

fomento para pequenas, médias e grandes empresas de diversos setores,

como: Saúde, Educação, Energia, Construção Civil, Instituições Financeiras,

entre outros, além de ter participado na elaboração de Planos de

Negócios de reestruturação e de recuperação de diversos segmentos junto

ao BACEN, ANEEL e CNAS.

4. DECLARAÇÕES DO AVALIADOR

Na qualidade de avaliadora da Construtora Sultepa S.A., a Via Consult, nos

termos da Instrução CVM nº 361, declara que:

a) A Via Consult, seus controladores e pessoas a eles vinculadas, assim como

seus sócios, gerentes e técnicos, inclusive aqueles que assinam esta

avaliação, não administram e não possuem ações da empresa avaliada;

b) Pelos serviços referentes ao Laudo de Avaliação, a Via Consult receberá a

remuneração fixa de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais) e não receberá

remuneração variável;

c) Não recebeu quaisquer valores do ofertante e da companhia, a título de

remuneração por quaisquer serviços de consultoria, avaliação, auditoria e

assemelhados, nos 12 (doze) meses anteriores à data do pedido de registro

da OPA;

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d) Tanto a Via Consult, como os avaliadores, não possuem qualquer tipo de

conflito de interesse que possa diminuir a independência necessária para a

realização deste Laudo; e

e) Efetivamente, nenhum tipo de operação, de participação societária ou

laços de parentesco unem a Construtora Sultepa S.A.

PROCESSO DE APROVAÇÃO INTERNA DOS LAUDOS E RELATÓRIOS DE

AVALIAÇÃO:

O processo de aprovação interna dos laudos e relatórios de avaliação

emitidos pela Via Consult compreende sua revisão, discussão e aprovação

por comitê interno, composto por profissionais de diversas áreas, no qual são

discutidas e justificadas as principais premissas e metodologias utilizadas na

elaboração das avaliações.

______________________________________

ODILSON GONÇALVES FERNANDES

______________________________________

LUIZ FERNANDO MELLO TARASIUK

______________________________________

ANTONIO LUIZ PINTO DE CASTRO E SOUZA

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III –INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA AVALIADA

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1. ABORDAGEM GERAL DA COMPANHIA

IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO: CONSTRUTURA SULTEPA S.A.

PRINCIPAIS RAMOS DE ATIVIDADE: Indústria da construção, englobando

estudos, projetos, cálculos, administração e execução de obras públicas e

privadas, nacionais e internacionais, do ramo de engenharia em geral,

montagens e eletromecânicas, e trabalhos conexos, montagem industrial,

execução de obras públicas em geral, que possam ter seu custeio privatizado,

inclusive sobre regime de concessão, autorização ou permissão, inclusive para

cobrança de pedágio, na forma da lei aplicável, incorporação imobiliária,

compra e venda de imóveis, representação, importação e exportação de

materiais correlatos ao ramo da construção civil, prestação de serviços a

terceiros, inclusive com uso de explosivos, bem como a pesquisa, mineração,

exploração e aproveitamento de jazidas minerais, extração, britagem e

comércio de pedra britada. Fabricação e comercialização de produtos

cerâmicos, indústria de mineração e exploração de jazidas minerais.

ESTRATÉGICA COMPETITIVA: A Construtora Sultepa S.A. – Em Recuperação

Judicial (a “Companhia”) e suas controladas têm por objeto social a indústria

da construção, englobando estudos, projetos, cálculos, administração e

execução de obras públicas e privadas, nacionais e internacionais, do ramo

de engenharia em geral, montagens e eletromecânicas, e trabalhos conexos,

montagem industrial, execução de obras públicas em geral, que possam ter

seu custeio privatizado, inclusive sobre regime de concessão, autorização ou

permissão, inclusive para cobrança de pedágio, na forma da lei aplicável,

incorporação imobiliária compra e venda de imóveis, representação,

importação e exportação de materiais correlatos ao ramo da construção

civil, prestação de serviços a terceiros, inclusive com uso de explosivos, bem

como a pesquisa, mineração, exploração e aproveitamento de jazidas

minerais, extração, britagem e comércio de pedra britada. A Companhia

poderá participar de outras sociedades, congêneres ou não, como acionista

ou quotista, cabendo ao Conselho de Administração decidir a respeito.

BREVE HISTÓRICO: A Construtora Sultepa S/A, deu inicio as suas atividades no

ano de 1956, no estado do Rio Grande do Sul, trabalhando exclusivamente

com terraplenagem e pavimentação. No de 1964, a empresa SULTEPA S/A,

adquiriu o controle acionário da sociedade empresarial PEDRASUL S.A. com a

finalidade de ampliação de sua capacidade operacional, possibilitando

desta forma, o fechamento e atendimento de mais contratos e acervos, esta

aquisição permitiu um crescimento de mercado à SULTEPA S/A, uma vez que

a empresa havia sido fundada há menos de dez anos, e PEDRASUL S/A, por ter

sido fundada há mais tempo, detinha atestados técnicos que permitiram o

acesso a uma gama muito maior de serviços de construção.

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A abertura de capital da SULTEPA S/A, ocorreu em meados de 1986, como

resultado de um processo de profissionalização da empresa, permitindo o

acesso ao mercado de capitais e elevando o grau de transparência da

Companhia. Em seguimento a formação do Grupo, em meados do ano de

1988, a SULTEPA S/A, constitui a SULTEPA LTDA, com a denominação de

SULMAT MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA posteriormente alterada SULTEPA

CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO LTDA. A aquisição desta empresa também se

deu no intento de ampliação do grupo, que deixou de se dedicar

exclusivamente à prestação de serviços de obras e passou também a

comercializar produtos e materiais de construção, notadamente areia, brita e

concreto. Tendo em vista a diversificação de atividades, através de formação

de um efetivo grupo de sociedades empresariais, a SULTEPA S/A, em meados

de 2000, passou seu acervo para SULTEPA CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO LTDA,

que concentrou, assim, as atividades de comercialização de materiais de

construção, com serviços de obras, mantendo-se a PEDRASUL S/A, como

prestadora de serviços. Nos seus 61 anos de história, a SULTEPA S/A, acumulou

vasto histórico de obras realizadas, dentre elas se destacaram as obras

rodoviárias, portuárias, saneamento, túneis transformando-se em referencia

nacional na construção de rodoviárias de grande porte.

ESTRUTURA DE COLABORADORES: A Construtora Sultepa encerrou o exercício

de 2017 com efetivo de 396 colaboradores, houve, portanto, um crescimento

de 24%. A folha de pagamento teve uma variação média positiva de 15%,

em função do aumento do número de colaboradores e dissídio da categoria.

Mesmo com as dificuldades financeiras manteve os benefícios de

alimentação, transporte e saúde para todos os seus colaboradores.

DISTRIBUIÇÃO DA COMPOSIÇÃO SOCIETÁRIA: A seguir será apresentada a

composição societária e seu respectivo detalhamento:

Ações 30/09/2017 %

ON 7.489.720 59

PN 5.110.280 41

Total 12.600.000 100

RESULTADO POR AÇÃO

30/09/2017

Ações Ordinárias Ações Preferenciais

Resultado do Exercício (25.901) (17.674)

Média Ponderada de ações emitidas (em milhares) 7.490 5.110

Resultado por ação (3,46) (3,46)

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2. IDENTIFICAÇÃO DO NEGÓCIO

O inicio de 2017 foi marcado ainda por acentuadas dificuldades,

desemprego, queda na arrecadação e somente a partir do segundo

semestre, a economia deu sinal de uma pequena recuperação, foi neste

cenário, que a Administração consolidou o processo de reestruturação, e deu

inicio as obras até então paralisadas e partir daí concentrou seus

investimentos somente nas obras que estavam gerando lucro.

No decorrer de 2017, manteve as negociações com os fornecedores e

bancos para desta forma reduzir o endividamento, mesmos assim não ainda

não foram suficientes para uma melhora significativa dos resultados

econômicos financeiros.

Com o aumento de participação da iniciativa privada no aporte de capitais

e na gestão de obras é imprescindível para que o País reverta o quadro de

atrasos na infraestrutura, fator este que reduz a competividade em todos os

setores da economia. Um dos mais sérios problemas são os atrasos das obras,

que comprometem o desenvolvimento da economia das empresas,

consomem recursos públicos e comprometem o desenvolvimento.

Os investimentos em infraestrutura previstos no Programa de Parceria de

Investimentos – PPI e PPPS não vêm se consolidando como o esperado.

Espera-se que para 2018, o Governo adote regras mais confiáveis para as

concessões e infraestrutura e tais investimentos sejam concretizados.

O Governo tem que recuperar o equilíbrio fiscal, implementar as Reformas da

Previdência Social, e trabalhar para que haja uma conscientização da

importância da infraestrutura, principalmente, na recuperação da economia

e como uma das principais fontes geradoras de emprego do País.

As expectativas, para exercícios 2018 são, aumento de no máximo 4,5% a 5%

nos investimentos concessões na área de infraestrutura saneamento básico e

mobilidade urbana por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais.

O setor de saneamento continuará sendo um dos focos da Companhia não

podemos deixar de mencionar que o Pais ainda sofre com a falta de água e

de esgoto, pelas ultimas pesquisas, apenas 42,67%, são coletados e tratados,

cabendo principalmente aos Municípios e ao Governo Estadual acelerar tais

investimentos.

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A atual conjuntura econômica leva a Administração da Companhia a

trabalhar sob a expectativa de pequena retomada de obras de infraestrutura

a partir do segundo semestre de 2018. Pelo qual poderemos considerar que

teremos muita cautela em nossas projeções para o exercício de 2018.

A Sultepa, no decorrer de 2018, se mantem firme em seus propósitos, sem

deixar de lado os planejamentos aos quais se propôs, e investir em obras

rentáveis e ampliar a área de atuação da Companhia.

principais Clientes:

Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem – DAER;

Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul – CEASA/RS;

Prefeitura Municipal de Porto Alegre;

Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo;

Prefeitura Municipal de Santa Maria;

Concisa Construção e Incorporação;

Secretaria Estadual de Infra Estrutura;

Cotrel Terraplenagem e Pavimentação;

Empresa Gaúcha de Rodovias S/A - ERG;

Departamento de Manutenção e Infraestrutura de Transportes – DNIT;

Schreiner e Cia Ltda.

Principais Produtos:

Asfalto;

Brita

Concreto.

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3. ESTRUTURA

A estrutura societária da Companhia está demonstrada abaixo:

4. COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA

Acionista Ações Ordinárias Ações Preferenciais Total

Quantidade Participação Quantidade Participação Quantidade Participação

Sultepa

Participações

S.A.

4.557.220 60,85% - - 4.557.220 36,17%

Portella Nunes

Participações 2.021.420 26,99% 26.190 0,51% 2.047.610 16,25%

Outros 911.080 12,16% 5.084.090 99,49% 5.995.170 47,58%

Total de Ações 7.489.720 100,00% 5.110.280 100,00% 12.600.000 100,00%

5. INFORMAÇÕES GERAIS

Diante da situação econômica financeira que a Companhia e suas

controladas vêm enfrentando foram tomadas algumas medidas para

compatibilizar os fluxos financeiros com as suas operações.

A Companhia elaborou um plano operacional que foi implantado em todo o

Grupo Econômico e está monitorando de forma ampla todas as

unidades/obras para um melhor acompanhamento nos resultados. Os

objetivos traçados neste plano operacional, para aumentar a produtividade e

compatibilizar seu fluxo de caixa com a atual realidade, estão sendo

ajustados de acordo com as necessidades de cada unidade.

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Com base no plano, foram tomadas algumas medidas, que irão afetar em

curto prazo o fluxo de caixa e rentabilidade do Grupo: destinação de maiores

recursos financeiros para obras que estão gerando maior rentabilidade;

criação do fluxo de caixa projetado, com acompanhamento e

monitoramento do mesmo com o efetivamente realizado; reenquadramento

de custos e despesas fixas em 15% do faturamento, para adequação ao

ponto de equilíbrio, com a consequente revisão e/ou redução de todas as

despesas administrativas por departamento, inclusive do quadro funcional;

reescalonamento da dívida financeira existente, com o alongamento dos

prazos; renegociação de despesas financeiras, com renegociação de taxas e

tarifas de renovação de contratos.

No dia 3 de Julho de 2015, a Companhia comunicou fato relevante de

pedido de recuperação judicial, juntamente com as demais empresas do

Grupo, nos termos do art. 51 e seguintes da Lei 11.101/05, o qual foi

homologado em 09 de Julho de 2015, pela Comarca de Porto Alegre/RS -

Vara de Direito Empresarial, Recuperação de Empresas e Falências, sob nº

001/1.15-0114361-2 (CNJ: 0163234-77.2015.8.21.0001). Em 27 de julho de 2015, a

Assembleia Geral Extraordinária, aprovou e ratificou o Pedido de

Recuperação Judicial.

Em 07 de Novembro de 2016, em Assembleia de Credores, onde

apresentadas as alterações do Plano de Recuperação Judicial. Após a

votação, foi aprovado nas Classes I, III e IV, reprovado na Classe II.

Em 14 de Novembro de 2016, o Plano de Recuperação foi homologado pela

Juíza de Direito da Vara de Direito Empresarial, Recuperação de Empresas e

Falência da Comarca de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul.

A Companhia manterá, durante todo o andamento do processo, sua

estrutura de relacionamento com o mercado, de forma que todas as

informações e fatos pertinentes à Companhia e ao processo judicial serão

divulgados, oportunamente, em atenção à respectiva legislação.

Com a homologação do Plano de Recuperação Judicial, a Companhia e

suas controladas, apresentaram as propostas de pagamento como segue:

Classe I – Créditos Trabalhistas:

Os valores até R$13.000,00 por trabalhador arrolado, serão pagos em dinheiro

e sem deságio, com prazo de trinta dias do trânsito em julgado da decisão de

homologação do Plano. Os valores acima de R$13.000,00 por trabalhador

arrolado, serão pagos sem deságio, sendo que, até R$13.000,00 em dinheiro e

o saldo mediante dação em pagamento de “direitos creditórios judiciais”. Os

créditos convertidos judicialmente serão pagos nas mesmas condições acima

expostas (suspenso até a liquidação), sem deságio, com rateio de valores da

venda de dois imóveis.

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Os apoiadores, com contrato de trabalho vigente, serão nas mesmas

condições acima expostas, sem deságio com a condição especial de

eventuais pagamentos trimestrais em dinheiro, dentro do prazo de doze

meses, como recompra de “direitos creditórios judiciais” cedidos aos credores

(com recursos oriundos de percentual da receita operacional liquida da

controlada Sultepa Construções e Comércio Ltda.).

Classe II – Créditos com Garantia Real

Os créditos com garantia real serão pagos em dinheiro, sem deságio, em

parcelas sucessivas, com rateio entre a classe conforme seus créditos, com

entrada de R$817.309,85. Após doze meses de carência os pagamentos serão

realizados em até 54 parcelas mensais e consecutivas, conforme cronograma

a seguir:

— 12 parcelas de R$ 136.218,31;

— 24 parcelas de R$ 204.327,46;

— 12 parcelas de R$ 272.436,62; e

— 06 parcelas de R$ 340.545,77.

Classe III – Quirografário

Deságio de 45% sobre o crédito arrolado com dação de “direitos creditórios

judiciais”.

Classe IV – ME e EPP

Deságio de 35% sobre o crédito arrolado com dação de “direitos creditórios

judiciais”.

O Plano de Recuperação Judicial prevê outras opções de pagamento para

os Credores Classe III e Classe IV, a seguir:

Para Classe IV, concessão de trinta dias para pagamento, com deságio de

30% sobre o crédito arrolado e o pagamento será dação de “direitos

creditórios judiciais”.

Classe III e IV, concessão de 60 dias para pagamento, com deságio de 25%

sobre o crédito arrolado e pagamento será dação de “direitos creditórios

judiciais”.

Para o Apoiador Regular que mantiver fornecimento, concedendo prazo de

pagamento e preços competitivos conforme o mercado, da Classe III,

concessão de trinta dias para pagamento, com deságio de 35% sobre o

crédito arrolado e o pagamento será dação de “direitos creditórios

judiciais”.

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Para o Apoiador Financeiro, com oferta de serviços e operações financeiras

dentro das condições usuais de mercado, será concedido um deságio de

35% sobre o crédito arrolado e o pagamento será dação de “direitos

creditórios judiciais”.

Para o Apoiador Essencial/Relevante que se enquadrar em critérios de

essencialidade e relevância, conforme disposições especificadas no Plano,

bem como manter fornecimento com preços competitivos conforme o

mercado, deságio de 15% sobre o crédito arrolado e pagamento em dação

de “direitos creditórios judiciais”.

No quadro seguir se apresenta o resumo dos valores conforme Edital do Plano

de Recuperação Judicial "versus" Contabilidade:

Controladora R$ Consolidado R$

Valor Contabilizado 151.910 241.415

Valor Edital 184.425 405.082

Total de Divergências 32.515 163.667

Os valores considerados na Recuperação Judicial, processo 001/1.15-0114361-

2, foram relacionados conforme artigo 7, parágrafo segundo, da Lei nº

11.101/05. Desse modo, são passíveis de alteração conforme julgamento das

divergências e habilitações de créditos, a fim de atender o artigo 18 da Lei nº

11.101/05.

Assim, as divergências mencionadas no quadro acima, decorrem

basicamente de operações entre partes relacionadas, na Controladora

(R$ 32.515 mil), e no consolidado (R$ 163.667 mil), que ainda estão sujeitas as

devidas adequações de seus saldos.

6. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

BALANÇOS PATRIMONIAIS CONSOLIDADOS (Valores em R$ mil)

ATIVO 31/12/2014 31/12/2015 31/12/2016 3º T/2016 3º T/2017

ATIVO CIRCULANTE 61.381 68.133 73.173 69.120 77.902

Caixa e Equivalentes de Caixa 367 8.184 2.555 9.554 11.397

Créditos a Receber de Clientes 15.623 12.556 12.051 13.380 17.357

Provisão para Devedores Duvidosos (5.465) (5.428) (2.860) (5.428) (6.136)

Partes Relacionadas 343 343 343 343

Impostos a Recuperar 2.575 3.541 5.408 4.471 5.408

Dividendos a Receber 343

Outras Contas a Receber 12.673 14.101 33.857 14.615 23.672

Operações com Consórcios 31.852 29.523 16.386 26.412 20.390

Estoques 3.413 5.313 5.433 5.773 5.471

NÃO CIRCULANTE 1.013.848 1.114.989 1.201.831 1.192.679 1.288.499

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 853.480 961.807 1.054.310 1.045.338 1.144.450

Depósitos Judiciais e Compulsórios 6.069 12.608 11.414 14.331 9.617

Partes Relacionadas 54.343 59.535 68.841 69.069 119.949

Outras Contas a Receber 13.349 2.977 4.904 4.804 5.607

Ativos Não Circulantes Mantidos 1.637 1.637 87 1.637 87

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ATIVO 31/12/2014 31/12/2015 31/12/2016 3º T/2016 3º T/2017

p/Venda

Operações Com Consórcios 9.923 8.240 8.001 7.993 11.142

Créditos a Receber - Precatórios 768.159 876.810 961.063 947.504 998.048

INVESTIMENTOS 5.181 4.575 4.475 4.475 4.475

Participações em Coligadas 5.181 4.575 4.475 4.475 4.475

IMOBILIZADO 155.187 148.607 143.046 142.866 139.574

TOTAL DO ATIVO 1.075.229 1.183.122 1.275.004 1.261.799 1.366.401

PASSIVO 31/12/2014 31/12/2015 31/12/2016 3º T/2016 3º T/2017

PASSIVO CIRCULANTE 241.050 346.069 181.287 362.769 175.883

Fornecedores 7.760 7.807 2.149 7.970 1.965

Instituições Financeiras 62.388 101.995 12.632 101.050 9.031

Debêntures 31.365 49.700 - 49.700 -

Impostos e Contribuições Sociais a Pagar 38.349 46.027 60.069 56.477 52.657

Obrigações Sociais a Pagar 12.283 19.211 19.142 17.974 19.959

Dividendos a Pagar 2.528 2.528 2.528 2.528 2.528

Credores Diversos 18.222 20.094 6.713 20.514 7.707

Provisão de Férias e 13º Salário - - - 1.684 -

Títulos a Pagar 41.868 66.051 42.419 68.861 41.799

Parcelamento Especial Lei 11941/2009 22.851 23.566 25.622 25.098 26.933

Parcelamento Especial Lei 12996/2014 700 1.054 1.753 1.476 1.756

Parcelamento RJ - - - - 1.872

Operações com Consórcios 2.736 8.036 8.260 9.437 9.676

NÃO CIRCULANTE 648.008 622.659 849.489 656.142 920.570

Credores Recuperação Judicial - - 235.505 - 241.415

Debêntures 50.490 50.638 - 50.638 -

Credores Diversos 65.462 73.002 78.301 78.367 82.651

Instituições Financeiras 23.905 279 - - 3.434

Impostos e Contribuições Sociais a Pagar 3.632 5.253 6.985 5.107 7.079

Obrigações Sociais a Pagar 231 20 - - 187

Títulos a Pagar 13.539 177 - -

Partes Relacionadas 35.437 36.298 25.686 32.783 71.475

Acordos Trabalhistas - - - -

Parcelamento Especial Lei 11941/2009 131.692 135.314 141.265 139.851 144.927

Parcelamento Especial Lei 12996/2014 12.548 14.702 15.603 14.125 15.627

Parcelamento RJ - - - - 17.829

Tributos Diferidos 228.248 241.896 263.095 259.712 272.429

Operações Com Consórcios 24.162 21.417 16.636 21.299 14.184

Provisão Passivos Contingentes 58.662 43.663 66.413 46.312 41.385

Provisão p/Perda de Investimentos - - - 5.032 5.032

Provisão p/Reflorestamento - - - 2.916 2.916

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 186.171 214.394 244.228 242.888 269.948

CAPITAL SOCIAL 130.000 130.000 130.000 130.000 130.000

Capital Subscrito e Integralizado 130.000 130.000 130.000 130.000 130.000

RESERVA DE REAVALIAÇÃO 46.394 44.768 42.993 43.368 42.039

Reserva de Reavaliação Ativos Próprios 46.195 43.732 41.043 41.611 39.597

Reserva de Reavaliação - Coligadas 15.905 15.905 15.905 15.905 15.905

Provisão Impostos s/Reavaliações (15.706) (14.869) (13.955) (14.148) (13.463)

AJUSTE DE VARIAÇÃO PATRIMONIAL 22.719 22.118 21.258 21.391 20.891

Ajuste Aval. Patrimonial - Ativos Próprios 8.192 7.731 6.939 7.014 6.758

Ajuste Aval. Patrimonial - Coligadas 17.313 17.015 16.679 16.762 16.431

Provisão de Imposto s/Ajustes de Aval. (2.785) (2.629) (2.359) (2.385) (2.298)

RESERVA DE LUCROS - 15.191 46.412 15.191 46.412

Reserva Legal - 760 2.189 760 2.189

Reserva de Retenção de Lucros - 14.432 44.223 14.432 44.223

LUCROS/PREJUÍZOS ACUMULADOS (15.385) - - 30.775 26.081

Participação de Não Controladores 2.443 2.317 3.565 2.163 4.525

TOTAL DO PASSIVO E P. LÍQUIDO 1.075.229 1.183.122 1.275.004 1.261.799 1.366.401

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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO 31/12/2014 31/12/2015 31/12/2016 3º T/2016 3º T/2017

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 103.856 44.539 68.832 44.983 69.026

Receitas de Obras p/Empreitada 42.084 10.241 29.331 14.187 35.473

Receitas c/Vendas de Materiais 20.211 18.627 15.336 11.309 10.533

Receitas Com Consórcios 40.906 15.534 24.158 19.482 23.015

Receitas c/Locação de

Equipamentos 655 137 7 5 5

DEDUÇÕES DAS RECEITAS (8.475) (4.630) (4.407) (3.259) (4.883)

RECEITA LÍQUIDA 95.381 39.909 64.425 41.724 64.143

CUSTOS OPERACIONAIS (93.568) (51.696) (64.195) (43.073) (58.633)

LUCRO/PREJUÍZO BRUTO 1.813 (11.787) 230 (1.349) 5.510

(DESPESAS) RECEITAS

OPERACIONAIS

(23.004) 5.527 (34.456) (17.555) 6.692

Despesas Gerais e Administrativas (49.324) (38.455) (44.006) (18.082) (8.885)

Outras Despesas/Receitas

Operacionais 26.942 44.590 9.650 627 15.577

Equivalência Patrimonial (622) (608) (100) (100) -

RESULTADO OPER ANTES DO RES. FIN (21.191) (6.260) (34.225) (18.905) 12.202

RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO 18.739 41.686 85.195 65.202 22.057

(-) Despesas Financeiras (53.276) (68.632) (11.159) (13.659) (18.013)

Receitas Financeiras 72.015 110.318 96.354 78.861 40.070

LUCRO OPERACIONAL (2.452) 35.426 50.970 46.297 34.259

IRPJ e CSLL Correntes (1.301) 5 - - (627)

IRPJ e CSLL Diferido (17.460) (7.207) (21.136) (17.803) (9.184)

LUCRO/PREJUÍZO DO PERÍODO (21.213) 28.224 29.834 28.494 24.448

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IV – AVALIAÇÃO DA COMPANHIA

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1. PRINCIPAIS PREMISSAS CONSIDERADAS NA AVALIAÇÃO

Premissas Fontes de Dados

Premissas

Macroeconômicas

Premissas e projeções econômicas fornecidas pelo BACEN e DEPEC (BBI)

(Ver Apêndice)

Receitas

Todas as premissas de receitas foram fornecidas pela Companhia.

Os volumes e preços foram projetados de maneira independente para cada

operação de negócios.

Ajustes e eliminações de receita entre companhias controladas e coligadas

projetados conforme estimativas da Companhia.

Custo dos Produtos

Vendidos

As premissas de custos foram fornecidas pela Companhia e projetadas de maneira

independente para cada operação de negócios.

Despesas Operacionais Todas as premissas de despesas operacionais foram fornecidas pela Companhia.

Outras Receitas e

Despesas

Outras receitas e despesas foram fornecidas pela Companhia e projetadas de

maneira independente para cada operação de negócios.

As despesas financeiras englobam os custos com financiamentos de Capital de

Giro, Finame e Leasing, e parcelamento de impostos.

As receitas financeiras englobam juros ativos e recebidos, descontos obtidos e juros

sobre precatórios.

Investimentos e

Depreciação

Segundo informações da Companhia, não existem planos de investimentos para

os próximos anos, e enquanto não se vislumbrarem investimentos em obras de

grande porte e concessões, setores em que a Companhia atua.

Depreciação de Ativo fixo existente com base nos prazos indicados nas

demonstrações financeiras da Companhia.

Necessidade de Capital

de Giro

Baseada na necessidade de Capital de Giro calculada sobre os ativos e passivos

operacionais de curto prazo.

Impostos Sobre o Lucro

e Contribuição Social Alíquota combinada de IRPJ e CSLL de 34%

Endividamento Amortização de principal e pagamento de juros com base nos empréstimos e

financiamentos detidos em 29/09/2017

Valor Terminal Assume crescimento equivalente ao IPCA de longo prazo (crescimento iguala

zero)

Taxa de Desconto WACC => Weighted Average Cost of Capital (Custo Médio Ponderado do Capital)

Data Base da

Avaliação e Período

de Projeção

Data base da avaliação em 29/09/2017 com projeções até 2023.

2. DESCRIÇÃO DAS METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO CONFORME INSTRUÇÃO CVM

361

Critérios de Avaliação Descrição e Informações Utilizadas Considerações

Preços médios

ponderados das ações.

Preço das ações ponderadas pelo

volume diário negociado na bolsa de

valores entre os 12 meses anteriores ao

anúncio do fato relevante e desde o

anúncio do fato relevante à data do

laudo de avaliação.

Não se aplica. A Companhia não registra

qualquer tipo de negociação com ações

de sua emissão nos últimos doze meses.

Valor do Patrimônio

Líquido por ação da

Companhia.

Valor do Patrimônio Líquido por ação da

Companhia, apurado na data base da

avaliação.

Não é o mais adequado. Este critério não

considera o endividamento da

Companhia e suas receitas futuras.

Optou-se pela metodologia do fluxo de

caixa descontado.

Valor econômico da

Companhia avaliada.

Determinação do valor econômico da

Companhia com base na metodologia

do fluxo de caixa descontado.

Considerado o critério mais adequado.

Valores para

investimentos.

A Companhia direcionou os seus

investimentos paras obras rentáveis,

materiais, locação de máquinas e

equipamentos de mão-de obra.

Os investimentos previstos para o

exercícios posteriores ao de 2018 deverão

seguir a mesma linha adotada no

exercício de 2017.

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3. FLUXO DE CAIXA DESCONTADO E AVALIAÇÃO DA SULTEPA

FCLF / FCLD (Em R$ mil) 2017E* 2018E 2019E 2020E 2021E 2022E 2023E

EBIT -7.423 26.352 36.902 47.109 57.894 69.807 29.018

(-) IRPJ/CSLL -8.960 -12.547 -16.017 -19.684 -23.734 -9.866

(=) NOPAT -7.423 17.392 24.356 31.092 38.210 46.073 19.152

(+) Depreciação/Amortização 1.155 4.615 3.905 3.724 3.481 2.028 2.026

(+/-) Variação Capital de Giro 9.211 -1.292 -1.222 -1.206 -1.109 -1.074 -1.112

(=) Fluxo de Caixa Livre p/Firma (FCLF) 2.943 20.714 27.039 33.609 40.581 47.026 20.066

Fluxo de Caixa Livre Descontado (FCLD) 2.870 18.319 21.689 24.452 26.779 28.147 10.894

Perpetuidade 320.998

AVALIAÇÃO

Resultado da Avaliação R$ mil

Fluxo de Caixa a Valor Presente 133.150

Perpetuidade (*) 320.998

Fluxo Operacional de Caixa Descontado 454.148

(-) Dívida Líquida 1.067

(-) Recuperação Judicial 451.598

Enterprise Value 1.483

Nº Ações (mil) 12.600

Valor p/ação 0,12

A avaliação da Construtora Sultepa S.A. por fluxo de caixa descontado indica

um valor de equity de R$ 1.483 mil, ou seja, R$ 0,12 por ação.

TAXA DE DESCONTO E PERPETUIDADE

WACC (Custo médio ponderado do capital) 10,25%

G (Perpetuidade) 4,00%

Porto Alegre, 09 de março de 2018.

VIA CONSULT AUDITORES ASSOCIADOS

LUIZ FERNANDO MELLO TARASIUK

Contador CRC RS 50670

CNAI N° 3093

Auditor

Sócio Responsável Técnico

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APÊNDICES

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1. PREMISSAS MACROECONÔMICAS

Premissas Macroeconômicas selecionadas utilizadas na avaliação por fluxo de

caixa descontado:

Dados Unid 2014 2015 2016 2017E 2018E 2019E 2020E 2021E 2022E 2023E

Inflação % a.a. 6,41 10,67 6,29 2,95 4,50 4,25 4,00 4,00 4,00 4,00

PIB % a.a. 0,50 -3,55 -3,60 1,00 2,50 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00

IPCA

(IBGE) % a.a. 6,41 10,67 6,29 2,95 3,48 4,25 4,00 4,00 4,00 4,00

IGP-M

(FGV) % a.a. 3,69 10,54 7,17 -0,50 4,40 4,30 4,25 4,25 4,25 4,25

Selic % a.a. 11,75 14,25 13,75 7,00 6,25 8,00 7,00 7,00 7,00 7,00

CDI % a.a. 11,51 14,14 13,63 6,99 6,14 7,85 6,89 6,89 6,89 6,89

TJLP % a.a. 5,00 6,25 7,50 7,12 6,54 6,25 5,97 5,90 5,90 5,90

Fonte: Bacen; DEPEC-BBI. (nov/2017)

2. CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (WACC)

2.1. PREMISSAS UTILIZADAS NO CÁLCULO DA TAXA DE DESCONTO

Premissas Simbolo Valor Obs

Taxa livre de Risco Rf 2,20% (a)

Prêmio de Mercado ERP 4,16% (b)

Risco País Rs 2,46% (c)

Taxa de Inflação Americana INFUSA 1,71% (d)

Taxa de Inflação Brasileira INFBR 2,95% (e)

Beta β 6,97 (f)

Participação do Capital Próprio E 19,76% (g)

Custo do Capital Próprio [Ke=Rf+ß(Rm-Rf)+INFBR-INFUSA] Ke 32,41%

Participação do Capital de Terceiros D 80,24% (h)

Custo médio da Dívida (Capital de Terceiros) Rd 8,61% (i)

Custo do Capital de Terceiros [Kd=Rd(1-t)] Kd 7,27%

Tributos Incidentes t 34,00% (j)

Taxa de Crescimento na Perpetuidade g 4,00% (k)

WACC Nominal WACC 10,25%

(a)

Representa o retorno requerido pelo investidor para investimentos

em títulos sem risco. Para a taxa livre de risco, utilizamos o

rendimento do bônus do governo dos EUA com vencimento de

30 anos, Para esse título, utilizou-se a média das taxas dos últimos

doze meses (out/2016//set/2017), obtendo-se uma taxa média de

2,20% a.a.

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(b)

O prêmio de risco geralmente se baseia em dados históricos,

sendo este definido como a diferença entre os retornos médios

das ações e os retornos médios sobre os títulos livres de risco.

Segundo Damodaran, a utilização da maior série histórica

possível se justifica pela ausência de qualquer tendência de

prêmios ao longo do tempo. Nesse contexto, o prêmio de risco

no mercado norte-americano no período de 1928 até 2017 (com

base na média geométrica do prêmio sobre o Bônus do Tesouro)

é normalmente utilizado como padrão por ser a série mais longa

e confiável. Essa taxa é igual a 4,16%. (Fonte Damodaran).

(c)

Adotou-se como indicador do risco país o índice EMBI +

(Emerging Markets Bond Index Plus), ou Índice de Títulos dos

Mercados Emergentes, calculado pelo banco J.P. Morgan. A

metodologia de cálculo desse índice considera o spread

soberano – que é o diferencial do yield (rendimento) do título

doméstico do país de interesse em relação ao título norte-

americano de prazo equivalente. (Fonte: Ipeadata)

(d) Inflação média do ano de 2017 (jan - set) nos Estados Unidos da

América. (Fonte: Consumer Price Index - Coinnews Media Group

LLC)

(e) Inflação prevista para o ano de 2017 no Brasil. (Fonte: Banco

Central do Brasil)

(f)

Representa a medida do risco do setor ao qual a Companhia em

análise pertence. O cálculo do Beta envolve os seguintes passos:

i) cálculo do Beta alavancado para a amostra de empresas de

construção civil dos EUA; ii) desalavancagem dos Betas obtidos

para cada empresa, utilizando-se o grau de alavancagem

específico de cada empresa e a alíquota média de 23% de

imposto de renda dos EUA, obtendo-se o Beta associado ao risco

do negócio; iii) cálculo da média dos Betas desalavancados,

cujo resultado representa o Beta desalavancado do setor; e iv)

realavancagem do Beta desalavancado do setor, usando-se a

estrutura de capital específica da Companhia. (Fonte:

Damodaran)

(g) Representa a relação entre o Patrimônio Líquido e o total do

Passivo.

(h) Representa a relação entre o Passivo Circulante e Não Circulante

e o total do Passivo.

(i) Para o custo de capital de terceiros, adota-se a média

ponderada entre o custo do capital de curto prazo e de longo

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prazo (representados pelos passivos circulantes e não

circulantes). Para o custo do capital de curto prazo utilizou-se a

taxa dos empréstimos de curto prazo da Companhia (taxa do

CDI deduzido de 0,6%a.a.); para o custo do capital de longo

prazo utilizou-se a média da taxa Selic em 2017.

(j) Representa o percentual de tributação do IRPJ, do CSLL e do

AIRPJ sobre o Lucro Líquido.

(k) Taxa de crescimento da perpetuidade igual à taxa de inflação

projetada pelo Banco Central do Brasil.

2.2. CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (WACC)

Para o cálculo do valor justo do Ativo Operacional deve-se ter uma

previsão do fluxo de caixa futuro, além de uma taxa adequada para

trazê-lo ao valor presente.

O custo médio ponderado de capital (WACC - Weighted Average Cost

of Capital) representa o preço pago pela companhia através dos

recursos obtidos junto às suas fontes de recursos.

O custo de capital corresponde à média ponderada dos custos de todos

os financiamentos que integram a estrutura do capital da companhia.

Tomou-se por base a estrutura de capital atual da companhia.

A fórmula básica para o cálculo do WACC é:

onde:

Ke = Custo do capital próprio

E/(E+D) = Participação do capital próprio

Kd = Custo do capital de terceiros

D/(D+E) = Participação do capital de terceiros

t = Tributos (IRPJ+CSLL+AIRPJ)

Calculo:

WACC = 0,3241*(269.950/1.366.402)+ 0,0727*(1.096.452/1.366.402)*(1-0,34)

WACC = 10,25%

tEDDKdDEEKeWACC 1*]/[*]/[*

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2.3. CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO

O custo do capital próprio é calculado com base no CAPM (Capital

Asset Pricing Model). Este modelo estabelece que existe uma relação

linear entre o retoro esperado em cada investimento e o seu risco

sistemático.

A fórmula básica para o cálculo do custo do capital próprio é:

𝐾𝑒 = 𝑅𝑓 + (𝛽 ∗ 𝐸𝑅𝑃) + (𝐼𝑁𝐹𝐵𝑅 − 𝐼𝑁𝐹𝑈𝑆𝐴) 1

onde:

Rf = Taxa livre de risco

ß = Beta da ação - mede a sensibilidade relativa à taxa de retorno do

ativo e as variações da carteira de mercado.

ERP = Prêmio de risco de mercado (prêmio que o mercado oferece por

unidade de risco).

INFBR = Inflação no mercado brasileiro

INFUSA = Inflação no mercado norte-americano

Cálculo:

Ke=0,029+(6,97*0,0416)+(0,0295-0,0171)

Ke = 32,41%

2.4. BETA

Para uma estimativa do custo do capital próprio da companhia, a Via

Consult pesquisou o beta médio de empresas comparáveis em termos de

riscos de negócios e de alavancagens operacionais. Neste contexto o

Beta setorial deve ser calculado com base em betas desalavancados.

O beta desalavancado foi pesquisado no site do professor Damodaran

para as empresas de construção. O valor identificado no site corresponde

a 1,03.

1 Para países emergentes, onde o Rf e o prêmio de risco país podem ser difíceis de determinar,

alternativamente pode-se obter o Ke usando-se Rf e do mercado norte-americano e acrescentando-se à

equação a diferença entre a taxa inflação do país e a taxa de inflação norte-americana.

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O beta final calculado da Sultepa seria igual ao beta desalavancado

médio do setor multiplicado pelo efeito da alavancagem financeira

considerando a estrutura de capital específica da companhia, conforme

equação:

ß 𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑑𝑜 = ß 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑙𝑎𝑣𝑎𝑛𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 ∗ (1 + (1 − 𝑡) ∗ 𝐷/𝐸)

onde:

ß = Beta

D/E = relação Dívida/Patrimônio Líquido (do inglês Debt/Equity)

Cálculo:

ß alavancado = 1,03 *(1+(1-0,34)*(1.096.452/1.366.402)

ß alavancado = 6,97

2.5. PERPETUIDADE

O Valor Residual da Companhia é representado pela perpetuidade cujo

valor é estimado pela seguinte fórmula:

Perpetuidade = FCL / (WACC - g)

Onde:

FCL = Fluxo de Caixa Livre no último ano da projeção

WACC = Taxa de desconto para o FCD

g = Taxa de crescimento na perpetuidade

Cálculo:

Perpetuidade = 20.066 / (10,25% - 4,0%)

Perpetuidade = R$ 320.998 mil

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3. GLOSSÁRIO

AGE: Assembleia Geral Extraordinária.

ANBIMA: Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de

Capitais.

BACEN: Banco Central do Brasil.

BM&BOVESPA: Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros.

BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

BP: Balanço Patrimonial

CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.

CORECON: Conselho Regional de Economia

CRC: Conselho Regional de Contabilidade

CVM: Comissão de Valores Mobiliários

DRE: Demonstração de Resultado do Exercício.

EBITDA: Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (Lucros

Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização).

EBIT: Earnings Before Interest and Taxes (Lucro antes dos Juros e Tributos)

FCA: Fluxo de Caixa Descontado para o Acionista.

FCLF: Fluxo de Caixa Livre para a Firma.

FCLD: Fluxo de Caixa Livre Descontado.

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

IFRS: do inglês internacional accounting standards, normas internacionais de

contabilidade.

IPCA: índice nacional de preços ao consumidor amplo.

M&A: do inglês mergers and acquisitions, que, em sua tradução para o

português, significa fusões e aquisições.

ON: Ações Ordinárias.

OPA: Oferta pública de aquisição

PIB: Produto Interno Bruto.

PN: Ações Preferenciais.

ROA: sigla em inglês para return on assetes, retorno sobre os ativos.

ROE: sigla em inglês para return on equity, retorno sobre o patrimônio liquido.

S/A: Sociedade Anônima.

S/S: Sociedade Simples.

SFN: Sistema Financeiro nacional

SELIC: Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.

SUSEP: Superintendência de Seguros Privados.