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Campo Unidade Socialista MATERIAL DE CIRCULAÇÃO INTERNA AOS FILIADOS. Campinas O PSol acredita que as transformações são possíveis e trilha para este ano um caminho de lutas e conquistas. O ciclo de interesses que assola o país pode e deve ser rompido. O PSoL tem instrumentos e força de vontade para isso acontecer. Venha com a gente! Senador Randolfe Rodrigues é o pré-candidato à presidência pelo partido. Arlei Medeiros fala das expectativas e desafios do PSoL para este ano. página 02 página 03

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Campo Unidade Socialista Material de circulação interna aos filiados

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Campo Unidade SocialistaMATERIAL DE CIRCULAÇÃOINTERNA AOS FILIADOS.

C a m p i n a s

O PSol acredita que as transformações são possíveis e trilha para este ano um caminho de lutas e conquistas. O ciclo de interesses que assola o país pode e deve ser rompido. O PSoL tem instrumentos e força de vontade para isso acontecer. Venha com a gente!

Senador Randolfe Rodrigues é o pré-candidato à presidência pelo partido.

Arlei Medeiros fala das expectativas e desafios do PSoL para este ano.

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PSOL- Qual o maior desafio em assumir essa tarefa de ser o pré-candidato ao Planalto um ano após as jornadas de junho?

Randolfe: Nosso partido e a nossa candidatura é a única, que na atual circunstância, tem a credencial de apresentar a verdadeira mudança. As outras candidaturas representam a continuidade com o modelo que está aí exposto. Uma política econômica da alta taxa de juros, baseada em câmbio flutuante e meta de inflação, que levou o país a ter desemprego e que tem levado à reprimarização da nossa economia. O povo que tem ido às ruas reclama por mais direitos e as candidaturas apresentadas têm limites para responder esses anseios do povo brasileiro.

Quais as propostas o PSOL vai apresentar em 2014 que estão em cosonância com os anseios das ruas?

Randolfe: Nos defendemos o financiamento público de campanha e vamos pautar uma campanha com financiamento do povo. Não é possível continuarmos a praticar a maior taxa de juros da história. Nós somos a segunda maior taxa de juros do planeta, ficando atrás somente da Zambia. Isso porque eles não têm coragem de fazer reforma agrária e com isso acabar com a especulação sobre o preço dos alimentos. Porque eles não têm coragem de colocar as agências reguladoras pra funcionar e com isso inibir e taxar os preços públicos. É por isso que eles se utilizam somente do aumento da taxa de juros e da autonomia que dão ao Banco Central como formas de conter a inflação. Nós vamos apresentar um programa que tenha coragem de mudar o Brasil. Somente o nosso partido pode realizar o programa que veio das ruas em junho último.

E como o PSOL pretende pautar a discussão do Tarifa Zero?

Randolfe: O passe livre é possível. O problema é que a presidenta disse que queria dialogar com as manifestações e, depois, esqueceu. Qual é a lógica dessa proposta? Quem tem mais, paga aos que têm menos. É a proposta de inversão no IPTU. A União pode fazer

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) é o pré-candidato do PSOL à Presidência da República para as eleições deste ano. Nascido em Garanhuns, Pernambuco, aos 41 anos é o senador

mais jovem. Randolfe tem formação acadêmica em História pela Universidade Federal do Amapá, em Direito pela Faculdade Seama

(Associação Educacional da Amazônia), e Mestre em políticas públicas pela Universidade Estadual do Ceará. O senador começou a vida

política no movimento estudantil. Liderou o “Fora Collor” em seu Estado no início da década de 90. Duas vezes deputado estadual no Amapá pelo

PT, Randolfe Rodrigues entrou para o PSOL em 2005. Elegeu-se senador em 2010. Nesta entrevista ele fala um pouco da campanha do PSoL rumo às reais

e necessárias mudanças neste país.

PSoL tem pré-candidato à presidência

isso? Não. Mas pode induzir a isso. Falei à presidenta que ela tinha de enfrentar a máfia do transporte coletivo. Precisaria de uma política progressiva. Isso é uma medida adotada na Europa. Os locais da cidade de melhores condições aportam recursos para que quem tenha menos condições possa ter transporte coletivo.

Qual vai ser a estratégia do PSOL para desmistificar a falsa polarização entre Dilma e Aécio e a terceira via reivindicada por Eduardo Campos?

Randolfe: A nossa candidatura só se sustentará com o financiamento do povo, do trabalhador brasileiro. As candidaturas deles serão financiadas pelos três grandes, que sempre mandam nesse país: as empreiteiras, o agronegócio e o mercado financeiro. A nossa candidatura não receberá financiamento desses, será calcada na coerência desta bancada, que esteve ao lado dos defensores do meio ambiente, na luta contra o agronegócio em votações como a do Código Florestal, ao lado dos trabalhadores e oprimidos e daqueles que sempre lutaram e lutam por ética na política e por justiça. É em nome disso que vamos nos apresentar.

O que o PSOL defende para a reforma política?

Randolfe: Acho que 2014 não será um ano em que debateremos reforma política especialmente por ser um ano eleitoral. Deve ser um tema que retornará com força em 2015. Sobre reforma política, o que pautou a nossa atuação é a ampliação do protagonismo popular.Tem um tema específico, que lamentavelmente o Congresso Nacional não teve coragem de fazer, mas que o Supremo Tribunal Federal está avançando, que é o financiamento de campanha. O STF está com uma decisão que julga tornar, já para essa eleição, impossível o financiamento de empresas. Esse tema, embora seja o Supremo que vai decidir, é nossa intenção atuar, protagonizar e pressionar o STF para que sua decisão seja favorável a isso. Para que a partir dessa eleição não tenhamos financiamento de pessoa jurídica nas campanhas. Se isso acontecer já vai ser um importante avanço republicano no nosso ordenamento jurídico.

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bate-papo com arlei medeiros

O PSoL segue para fortalecer o movimento de indignação da população que tomou as ruas no ano passado?

Arlei Medeiros: As manifestações de junho e julho nos deram a dimensão da força que a população tem para fazer com que os governantes nos ouçam e atendam as nossas reivindicações. A insatisfação pode ser medida pelo tanto de protestos que surgiram após o estopim com a Tarifa Zero. O PSoL é um partido que sempre esteve ao lado dos movimentos sociais e não admite a criminalização da vontade popular de ocupar os espaços públicos para protestar e se manifestar.Temos muitas reivindicações pela frente, ainda mais em um ano atípico em que teremos a realização da Copa do Mundo no Brasil e as Eleições.

A população vai participar mais nas Eleições deste ano?

Arlei Medeiros: Com certeza todos estão mais conscientes do poder e importância do voto. A participação nos dá mais direitos na hora de exigirmos as mudanças. O PSoL já definiu o pré-candidato a presidente, o Senador Randolfe Rodrigues, que vai mostrar como as mudanças são possíveis e viáveis.

A Região Metropolitana de Campinas, sendo umas mais importantes do país na geração de emprego e renda, vem sofrendo impactos no desenvolvimento justo e sustentável.

Arlei Medeiros: Isso é uma realidade que vem sendo constatada em todo o país. O projeto de governo do PSoL inverte totalmente essa lógica capitalista desenfreada, que prioriza o setor privado. Se a prefeitura, o estado e o governo federal, investissem na contratação de funcionários públicos e na melhoria dos serviços prestados, teríamos mais qualidade de vida para todos. O problema é que a privatização e a terceirização geralmente acabam por atender interesses de maus políticos que têm de pagar as doações de campanhas, e aí vivemos esse ciclo de corrupção.

Campinas é uma cidade que vem sofrendo muito com a falta de segurança, transporte de qualidade, creches, moradia e tantos outros serviços primários. Pelo visto, falta vontade da administração?

Arlei Medeiros: Campinas é a cidade mais desenvolvida do interior paulista, santuário da indústria, polo irradiador de tecnologia. Mas é uma insensatez acreditar que todo esse potencial proporciona benefícios e qualidade de vida para a maioria da população que hoje gira em torno de 1,1 milhão de habitantes. Vimos isso no caso da passagem de ônibus em que o prefeito Jonas Donizette (PSB), na época das manifestações, cedeu à pressão popular de baixar R$ 0,30 na tarifa, mas logo depois, veio com um projeto de um subsídio para dar mais dinheiro

aos empresários do transporte. Dinheiro que é seu, meu, nosso. Gestão pública vai além de

carisma e popularidade, requer ética, bom senso, honestidade no cumprimento das propostas apresentadas durante a campanha e sensibilidade com as demandas que chegam das ruas. Infelizmente a administração de Campinas está cada vez mais distante do que o povo realmente necessita.

O ano de 2014 representa um ano de mudanças para o país e o PSoL está

confiante nessas transformações?

Arlei Medeiros: As transformações são urgentes, senão onde vamos parar? Temos a Copa do

Mundo com esse gasto bilionário, dinheiro que deveria ser investido em saúde, educação e geração de emprego de qualidade. Não nos calaremos diante da política de “pão e circo”, queremos muito mais, queremos uma sociedade justa e sustentável. O ideal é que existisse o mesmo empenho na hora de construir hospitais, escolas e creches. Por que só agora surgiu tanto dinheiro para a COPA e não existe para as demandas que a população precisa? Vivemos em um país marcado por contrastes e desigualdades de recursos, oportunidades e direitos. Onde, cada vez mais a grande maioria sofre escassez e exclusão. Não se trata apenas de recursos financeiros, mas de outros bens e direitos, como informação e oportunidades de aprendizagem, espaço de participação, voz ativa e poder de decisão. O PSoL está preparado para fazer isso valer de verdade. Junte-se a nós!

É hora de mudarO ano de 2014 começa repleto de expectativas e desafios. Desafios impostos a todos nós cidadãos que queremos construir um país mais justo e sustentável. O presidente do PSOL Campinas, Arlei Medeiros, Sanitarista Ambiental e pós-graduado em Economia do Trabalho pela Unicamp, há mais de 20 anos, trabalha por direitos trabalhistas e justiça social. Em 2012 foi candidato a prefeito de Campinas pelo PSoL. Nesta entrevista ele aponta caminhos que vão ser trilhados pelo partido neste ano que promete muitas transformações.

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Mandato presente na cidade e nas lutas sociais

Sonhos que sonhamos juntos!

Nosso mandato na Câmara de Campinas tem se dedicado às demandas da população de toda cidade, às pautas dos movimentos sociais e à fiscalização da Prefeitura.

Pedimos a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI do transporte, defendida pela população, mas recusada pelos vereadores governistas. Nosso objetivo era corrigir

o cálculo do valor da tarifa, uma das mais caras do país, e impedir que a Prefeitura continuasse entregando, irregularmente, o dinheiro público aos empresários na forma de “subsídio”. Fui o único vereador a votar contra o aumento do subsídio, nas duas discussões, e pautamos na cidade a municipalização do transporte e o

debate da tarifa zero.

Denunciamos também a existência de funcionário fantasma na Prefeitura. Trabalhamos duro na construção de um programa de fomento à cultura e aprovamos a isenção de

impostos para artistas e recreacionistas autônomos. Na educação, participamos do Movimento Quero Creche, da luta pelo enquadramento de monitores no magistério e

pela aplicação da Lei do Piso. Além disso, sou relator da Comissão de Estudos por uma Universidade Federal em Campinas. Temos iniciativas nas áreas das pessoas com deficiência,

da causa animal, meio ambiente, direitos humanos e saúde.

Outro tema importante acompanhado pelo nosso mandato é a violência. Sobretudo contra a juventude negra, pobre e das periferias. Em janeiro, Campinas, registrou a maior chacina de sua história com denúncias de envolvimento de policiais. Não podemos aceitar o desrespeito aos direitos humanos e a ideologia de justiça feita com as próprias mãos. Por isso, em audiência com o secretário estadual de segurança pública, Fernando Grella, eu e o Deputado Federal, Ivan Valente (PSOL), cobramos empenho do governo estadual na solução dos crimes e a punição dos culpados.

Em 2014 continuaremos trabalhando pela implementação de políticas públicas, contra a criminalização da pobreza e movimentos sociais, cumprindo nosso papel fiscalizador e em apoio às lutas populares.

Paulo Bufalo Vereador de Campinas e Presidente estadual do PSOL-SP

As manifestações de junho nos mostraram uma nova vontade popular: de participar. As redes sociais foram capazes de abrir um megafone para os descontentamentos. O que a grande imprensa sempre ignorou passa a ser debatido, as indignações e as propostas surgem. É um novo tempo que se abre e o PSOL tem a tarefa de amplificar estas críticas contra as injustiças sociais e junto com o povo, construir alternativas para que nosso país se torne justo e sustentável.

Não foram apenas “0,20 centavos” que colocaram o povo na rua (é um transporte caro e ineficiente), mas também a falta de moradia popular, a falta de um atendimento básico, preventivo e de qualidade na área da saúde, a falta de cultura, lazer, esporte, enfim, é a falta de dignidade em que vive nosso povo.

A resposta às demandas legítimas das manifestações não pode ser de criminalização. É de política e não de polícia do que precisamos! O PSOL é um partido de esquerda que não tem medo de dizer seu nome, seus objetivos e seus sonhos.

Não há nada pior do que a falta de sonho, de esvaziamento da discussão política de ideias, de projetos, de um futuro diferente. Quando a população está ativa, nas ruas, unida e em movimento, podemos demonstrar que outra forma de vida é possível, com solidariedade social, respeito às diferenças e justiça social.

Se você também acredita que sonhos têm que se transformar em realidade, venha para o PSOL!

Marcela MoreiraVice-presidente do PSoL Campinas e coord. do Instituto Voz Ativawww.facebook.com/marcelamoreirabrasil

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