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Jornal experimental criado pelos estudantes do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Viçosa - UFV, Caique Verli, Jéssica Santana, Thaiss Moreira e Vinícius Rennó, para a disciplina COM232 - Editoração Gráfica, orientada pela Professora Laene Mucci. Edição: Jéssica Santana; Diagramação, Ilustração e Revisão: Vinícius Rennó; Redação: Caique Verli, Jéssica Santana e Thaiss Moreira.
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O nordeste é a região bra-sileira que apresenta enor-me miscigenação, riquezas naturais exuberantes e cul-tura ímpar. Berço da coloni-zação portuguesa no Brasil, a região abrigou europeus e africanos que, juntos com os filhos da terra, resulta-ram num povo com traços e características marcantes. Composto por nove esta-dos (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe) com pontos turísticos belíssimos, histórias curiosas e comidas diferentes, o nordeste é um convite para mistura! Tem mulatos, caboclos e cafu-zos. Tem tapioca, buchada e acarajé. Tem forró, baião, frevo e axé. Abençoado por Deus, por Padre Cícero e por Iemanjá. Região dos po-etas, guerreiros, cantores e humoristas. Terra de Gon-zagão, Caetano, Gil, Graci-liano Ramos, Jorge Amado, Raul Seixas, Ariano Suassu-na, Chico Anysio, Chacrinha e Lampião. Lugar do carna-val, do São João e dos fes-tivos religiosos. Nordeste da literatura de cordel de Pata-tiva de Assaré, da capoeira, do maracatu e do bumba--meu-boi. Essas e outras riquezas foram inspirações para esse jornal para que os leitores possam conhecer, sem preconceito, o que há de melhor no nordeste.
Se avexe não, leitor! Venha cá!
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mAnDACAruOUTUBRO DE 2012 1
Confira nas abas acima nossas principais matérias!
Você já teve a oportunidade
de experimentar uma deliciosa
buchada de bode? Prato típico
do Nordeste, amada por muitos e
odiada por outros, a buchada é
conhecida por seus ingredientes
exóticos: vísceras, rins e miúdos
do bode. Ingredientes esses que
tornam o prato não tão aceito
pela maioria dos brasileiros.
Natural do Espírito Santo e es-
tudante de Engenharia Ambiental
da UFV, Gabriela Saibel é uma
dessas pessoas que não apro-
va o paladar dessa comida típica
nordestina: “eu não sou muito fã
da buchada não. O sabor me in-
comoda e acho pesado também,
porque eu não gosto de vísceras
de animais”.
O vendedor mineiro, Fernando
Araújo conta que a origem des-
ses ingredientes não impede que
a receita acabe logo quando é
feita em sua casa: “aqui, quan-
do minha mãe faz, acaba rápido.
Não sobra nada. Tem gente que
não gosta. Fala que é nojento.
Mas na minha casa todo mundo
ama buchada de bode”. Polêmi-
cas à parte, a buchada é parte
importante da cultura nordestina.
E faz um sucesso enorme nas
terras de lá e no resto do Brasil.
Vamos aprender a fazê-la en-
tão? Faça e experimente. Os nor-
destinos garantem que você não
vai se arrepender! Tá é danado
de bom!
Você já leu “Os
Sertões”, de Eu-
clides da Cunha?
Lembra-se da ár-
vore sagrada da
Caatinga, que vive
mais de cem anos?
Pois bem, é assim
que Euclides define
essa árvore muito
comum no Nordes-
te brasileiro. Ela dá
como fruto o umbu,
fruta que apresenta
um caroço grande,
coberto por uma polpa com bas-
tante sumo, recoberto por uma
casca fina e esverdeada e mui-
to apreciada em todo o nordes-
te brasileiro. Como nutrientes,
observa-se a presença de vita-
minas B e C, além de minerais
como ferro e potássio.
Essa fruta verde e pequena,
muito usada na culinária nordes-
tina, tem sido objeto de estudo de
algumas pesquisas que mostram
os benefícios do consumo dela:
auxilia na eliminação de toxinas;
funciona como energético; serve
de alimentação para as abelhas,
que a partir daí podem produzir
mel; e tem efeito benéfico contra
a desnutrição. Além disso, a raiz
do umbu pode ser usada na ali-
mentação na época da seca bra-
ba.
Agora, engana-se quem pensa
que, assim como a maioria dos
alimentos usados para tratamen-
to, o umbu tem um sabor ruim!
Os nordestinos já aprovaram. E
eles esperam que você também
tenha a oportunidade de experi-
mentar as deliciosas receitas que
surgem dessa fruta, como sucos
engarrafados, doces, geleia s,
sorvetes e até drink! É isso mes-
mo, existe a umboroska, uma
mistura feita com umbu e com
vodka! Outra maravilha feita com
o umbu é a famosa umbuzada,
com sabor levemente ácido, pre-
parado a partir do cozimento do
umbu misturado com leite e açú-
car. E tu, cabra, gosta?
Sabores Arretados
mAnDACAruOUTUBRO DE 20122 mAnDACAru
OUTUBRO DE 2012 3
Buchada de bode
Ingredientes:
Vísceras de 1 cabrito
(bucho, tripas, fígado e rins)
4 limões grandes
3 dentes de alho esmagados
4 tomates e 4 cebolas picados
1 maço de cheiro verde picado
1 maço de coentro picado
2 folhas de louro picadas
1 xícara de vinagre
2 colheres de sopa de azeite
200g de toucinho fresco picado
Sangue coagulado do cabrito
Farinha de mandioca
Coloral e cominho em pó
Sal e Pimenta-do-reino a gosto
Modo de preparo:
Limpe as vísceras, retirando a
cartilagem e o sebo. Depois, lim-
pe o bucho e esfregue o limão
por dentro e por fora. Deixe de
molho em água fria com o suco
de 1 limão por 5 horas. Pique em
tirinhas as tripas e demais vísce-
ras. Adicione temperos e vinagre.
Deixe descansar. Colocar o bu-
cho e cozinhar em fogo brando
por 4h. Sirva com farinha.
Forte, apimentada, insubstituível! A culinária nordestina é única e não perde para nenhuma outra do Brasil. Acarajé, vatapá, tapioca, rapadura e baião de dois! Quem nunca experimentou uma buchada de bode? Ou aquela carne-de-sol deliciosa? Pratos gostosos que mexem com o paladar do Brasil inteiro e também dos turistas que visitam essa terrinha. Com influência das culiná-rias portuguesa, indígena e africana, os pratos nordestinos são conhecidos também por sua variedade, demonstrando a riqueza da cultura do Nordeste. É o cuscuz e a feijoada representando a cultura africana, a pamonha os nossos ancestrais indígenas e o bacalhau português, compondo assim, um mix gastronômico com um tempero especial nordestino! Vamos experimentar um pouco dessa riqueza e encher nosso bucho?
O FRUTO DA ÁRVORE SAGRADAA CONTROVERSA BUCHADA DE BODE
FAZ SUCESSO EM TODO O BRASIL
O fruto sagrado: umbu verde
AC
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VO
PE
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São João
Muito forró, fogueira, comidas
típicas, festival de quadrilhas e
tradição! Tudo isso acontece em
trinta dias no Nordeste. São as
festas juninas, que começam no
dia de Santo Antônio e terminam
no dia de São Pedro, mais co-
nhecidas por lá como “São João”.
Trata-se de uma festa para santo
nenhum botar defeito! Caruaru-
PE e Campina Grande-PB são
as cidades de maior polo festivo
do São João! Mas a única rivali-
dade que existe entre elas é ver
quem é mais alegre e comemora
mais. Pois em ambas a tristeza
não tem vez!
O mestre Luiz Gonzaga can-
tou o São João e consagrou essa
festa como sendo uma das maio-
res manifestações culturais nor-
destinas. Quem não quer dançar
coladinho, trocar selinhos na bar-
raca do beijo, tomar um quentão,
soltar fogos e homenagear os
três santos de junho? Esse é o
São João!
CarnavalO carnaval acontece uma
vez por ano, quatro dias antes
da quaresma. Em cada esta-
do do Nordeste, o carnaval é
comemorado de uma manei-
ra. Mas o que não muda em
nenhum deles é a alegria dos
foliões. Os principais carna-
vais da região são os de Re-
cife, Olinda e Salvador.
Em Recife e Olinda o car-
naval tem como ritmo princi-
pal o frevo e o maracatu. Os
foliões acompanham o maior
e mais famoso bloco de car-
naval: o Galo da Madruga-
da, que atrai turistas de todo
o país. Durante o dia as ruas
são invadidas pelos famosos
bonecos de Olinda, foliões fan-
tasiados e dançarinos de frevo.
À noite o centro antigo de Recife
é tomado pelo agito, com shows
organizados pela prefeitura.
O carnaval de Salvador, para
muitos, é o melhor do Brasil. Os
foliões vestidos com seus aba-
dás, seguindo os trios elétricos,
é a marca principal desse even-
to. O axé é o principal ritmo que
embala a festa na cidade, tra-
zendo grandes nomes da músi-
ca, como, Ivete Sangalo, Cláudia
Leite, Chiclete com Banana e ou-
tros. Engana-se quem acha que
no carnaval de Salvador, o folião
que não tem abadá nem convite
para o camarote fica fora da fes-
ta. Nada disso! Lá tem lugar para
todo mundo! Eles podem pular,
dançar e curtir a festa na pipoca,
acompanhando os trios do lado
de fora da corda.
Festas religiosasA religiosidade é muito forte
e democrática no Nordeste. Ela
passa pela grande devoção ao
Padre Cícero, na cidade de Jua-
zeiro do Norte-CE, e vai até aos
orixás do Candomblé, bastante
presentes na Bahia. E, é claro,
que festas religiosas na região
não faltam! Em Juazeiro do Nor-
te, cidade considerada o maior
centro de catolicismo popular da
América Latina, as Romarias são
bem famosas e ocorrem oito ve-
zes durante todo ano. Elas atra-
em mais de 300 mil romeiros,
que pegam os caminhões pau-
-de-arara, com muita felicidade e
vão prestigiar esse momento fes-
tivo da tradição católica.
A Romaria mais famosa é a
do dia dois de novembro (Dia de
Finados), com duração de três
dias de pagamento de promes-
sas, orações, compras e visitas a
pontos turísticos, como a Estátua
do Padre Cícero. É, ele mesmo!
O Padim Padi Ciço, santo consa-
grado nordestino.
E quem foi que disse que não
tem um dia especial só para co-
memorar o dia da Rainha do
mar? Já dizia a canção de Dori-
val Caymmi “Dia dois de feverei-
ro, dia de festa no mar, eu quero
ser o primeiro a saudar Ieman-
já.” E é isso mesmo que acon-
tece. Principalmente nas praias
de Salvador. As mães e filhas-
-de-santo junto aos devotos vão
saudar Iemanjá e das jangadas e
dos barcos jogam oferendas para
a deusa do mar. E assim a pro-
tetora dos navegantes é reveren-
ciada em seu dia.
Outra festa religiosa bem co-
mum na Bahia é a do Senhor
do Bonfim, onde ocorre a lava-
gem das escadarias da Igreja do
Bonfim. E a Folia dos Reis tam-
bém é tradição nordestina! Elas
ocorrem no período natalino. Os
reisados saem cantando e acre-
ditando que são continuidades
dos Reis Magos que foram visitar
o menino Jesus em Belém. Viu
ai, xodozinho? Não importa qual
é a sua religião, no Nordeste há
sempre um lugar para comemo-
rar e homenagear a sua fé!
Sagrado e Profano: o Nordeste é festa!
mAnDACAruOUTUBRO DE 20124 mAnDACAru
OUTUBRO DE 2012 5
Misturando o sagrado e o profano, o Nordeste respira alegria! Aposto que você já ouviu, já foi ou sonha em ir ao Carnaval de Salvador e Recife ou ao São João de Caruaru e Campina Grande. Ou quem sabe jogar oferendas para Iemanjá no dia dois de fevereiro? Ou ainda mais! Seguir as Romarias? É, tem que ter muito fôlego para acompanhar o gingado nordestino de festejar! Há quem diga que um brasileiro tem que visitar o Nordeste pelo menos uma vez na vida para perceber a riqueza de seu país. Quem sabe não pode ser em alguma dessas festas?!
São João de Caruaru-PE
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Estátua do Padre Cícero, Juazeiro do Norte-CE
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A Nação Nordestina é uma página do Facebook. Criada em dezembro de 2011, é seguida por pelo menos 434.300 pessoas. Digo “pelo menos”, porque esse número cresce a cada dia que você ousar visitá-la! O sucesso é tão grande que ela se estendeu para um site que traz tudo que há lá e mais algumas novidades. A página é como coração de mãe. Tem espaço pra todo mundo: nordestinos que estão no Nordeste ou que moram em outras regiões e países; e também uma legião de fãs que não são de lá, mas adoram a cultu-ra nordestina. Nessa página porreta os mais variados as-suntos referentes à cultura do Nordeste são tratados de uma maneira bem nordesti-na de ser. Além disso, a Na-ção Nordestina também veio para quebrar preconceitos, mostrando que nessa região há muita coisa boa, muita produção cultural e também grande contribuição para o progresso do nosso país. O mAnDACAru entrevistou o cearense Bráulio Bessa, criador e editor dessa pági-na que é a maior com temá-tica nordestina do planeta. Confira!
Quando e como surgiu a
ideia de criar uma página no
Facebook sobre o Nordeste?
Bráulio Bessa: Surgiu em de-
zembro de 2011, depois de uma
série de notícias sobre precon-
ceito contra o povo nordestino
em redes sociais. Eu que sempre
fui um apaixonado pela cultura
nordestina, decidi então unir meu
amor por essa cultura e meus co-
nhecimentos e criar um espaço
especialmente dedicado ao nor-
destino na Internet.
O nome surgiu inspirado no
disco “Nação Nordestina”, de Zé
Ramalho, que sempre gostei.
Assim, além de ter casado muito
bem com a proposta do projeto,
ainda fiz essa homenagem a um
dos maiores cantores do Nordes-
te.
Qual o intuito com essa pá-
gina?
O lema do projeto Nação Nor-
destina é valorizar a cultura do
Nordeste e combater o precon-
ceito contra nosso povo. Dentro
disso, posso explorar o infini-
to universo nordestino: cultura,
arte, turismo, humor, costumes,
cenários, vocabulário e, princi-
palmente, o POVO. O
povo nordestino é o que
há de mais mágico e rico
em nossa terra!
Você imaginava ta-
manho sucesso da pá-
gina que atualmente
possui mais de 400 mil
seguidores?
Não, hoje passamos
de 430 mil. Temos uma
média de 12 milhões de
pessoas alcançadas em
menos de um ano. Isso
realmente foi surpre-
endente e me motivou
ainda mais nessa bata-
lha. Vi que não estava
sozinho. Vi que o povo
(De)Repente no Facebooknordestino tem força nas
mídias sociais e a Nação
Nordestina tá ai pra pro-
var isso!
Por que o Nordeste?
Por amor, por devo-
ção, por admiração. Todo
nordestino é um bobo
apaixonado pelo Nordes-
te. Não importa as dife-
renças sociais, a seca, a
fome, o nordestino sente
orgulho de ser dessa ter-
ra. Porém, esse orgulho
de ser nordestino vem
justamente de como nos-
so povo enfrenta as coi-
sas “ruins” da nossa região, com
força nos braços e um sorriso no
rosto. Isso é mágico, é poético, é
apaixonante!
O que mais chama atenção
de não nordestinos na página?
Pelo que já pude perceber em
nossa página, e isso talvez se
aplique ao “mundo real”, a culi-
nária nordestina, a cultura e os
pontos turísticos são o que mais
chamam a atenção dos “não nor-
destinos”. É simples, eles querem
aproveitar o que não existe perto
deles e acabam se apaixonando.
Como é a repercussão fora
do Nordeste?
Podemos verificar nos comen-
tários que recebemos a grande
simpatia que muitos não nordes-
tinos têm pelo Nordeste. Comen-
tários como: “não sou daí, mas se
pudesse seria nordestina de pai,
mãe e parteira” (esse foi de uma
gaúcha); outro foi quando o ator
mineiro Jackson Antunes, que é
um grande apreciador da nossa
cultura, entrou em contato dire-
tamente comigo e elogiou muito
nosso trabalho. Fatos como es-
ses fazem a gente ter a certeza
de quanto somos queridos por
esse Brasil a fora.
A página já sofreu algum
tipo de discriminação, críticas,
preconceito?
Sim, várias, inclusive eu pes-
soalmente já fui atacado de forma
preconceituosa por ser o criador
da página. Inclusive respondi ao
criminoso e publiquei o texto na
“Nação Nordestina”. Sem imagi-
nar, o texto “Resposta ao Precon-
ceito” correu a Internet em vários
sites e blogs depois disso.
Como você vê o preconcei-
to ainda existente com o povo
nordestino?
Ridículo! Já dizia meu sau-
doso avô, Seu Dedé Sapateiro,
“quem não gosta de Nordestino,
bom sujeito não é”. E isso é ver-
dade. Alguém que não admira
esse povo tão sofrido e que luta
todos os dias pra vencer, não
pode ser um bom sujeito.
O que é o Nordeste para
você?
O Nordeste é o verso de Pa-
tativa do Assaré, as canções de
Gonzagão, a arte de Mestre Vi-
talino, as histórias de Ariano Su-
assuna. O Nordeste é tanto que
chego até ficar tonto, quando
tento descrevê-lo!
O que encontrará quem qui-
ser conhecer o Nordeste?
Uma natureza linda, uma cul-
tura rica, um povo forte! Afinal,
sempre digo, “O melhor do Nor-
deste é o nordestino”.
mAnDACAruOUTUBRO DE 20126 mAnDACAru
OUTUBRO DE 2012 7
Página Nação Nordestina no Facebook
“O povo nordestino é o que há de mais mágico e rico em nossa terra!”
Bráulio Bessa, criador e editor da página Nação Nordestina
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mAnDACAruOUTUBRO DE 20128
Jornal experimental criado pelos estudantes do Curso de Jor-nalismo da Universidade Federal de Viçosa - UFV, Caique Verli, Jéssica Santana, Thaiss Moreira e Vinícius Rennó, para a dis-ciplina COM232 - Editoração Gráfica, orientada pela Professora Laene Mucci.
Edição: Jéssica SantanaDiagramação, Ilustração e Revisão: Vinícius RennóRedação: Caique Verli, Jéssica Santana e Thaiss Moreira
Memetizando no Nordeste
Acunhar: apressar-se.“João Grilo, se acunhe queestamos atrasados.”
Baixa da égua: lugar distante
Bater o baba: jogar futebolBoca-de-subaco: pessoa
introspectiva, muito calada.Cabeludo: pão doce feito
com coco.
Cafuçú: pessoa desajeitada, mal vestida.
Comer água: consumir bebidas alcoólicas
Frescar: fazer uma brinca-deira com alguém.
Rebolar no mato: jogar algo fora. “Chicó, rebole no mato esses papéis.”
Tamborete de forró: pes-soa de baixa estatura
Dicionário NordestinoNão se acanhe, leitor! Se você vai para a região Nord-
este e está cabrero por não saber o significado de algumas expressões ou palavras, fique atento: preparamos este pequeno dicionário.
Patrimônio cultural
Em Exu-PE, cidade natal de Luiz Gonzaga, situa-se um museu em
sua homenagem. Nele, encontra-se a famosa “casa de reboco” e a
“sanfona de oito baixos”, tão presentes nas canções do Rei do Baião,
além de seus discos LPs e fotos marcantes de sua carreira. Como,
por exemplo, quando ele cantou para o Papa João Paulo II, que agra-
deceu, dizendo “Obrigado, cantador”. Visite o museu, cabra leitor!
Entrada do museu dedicado a Luiz Gonzaga, em Exu-PE