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ANO XX Nº 442 01 A 15 DE DEZEMBRO DE 2012 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO LEIA TAMBÉM Saúde é tema de reunião entre Bradesco e os bancários do Nordeste Página 6 Funcionários do Itaú param em protesto contra novo horário Página 7 Bradesco vence pela 3ª vez o Campeonato de Futebol dos Bancários Página 8 Bancárias debatem a situação das mulheres no mercado de trabalho Página 3 BANCÁRIOS E SINDICATO NA LUTA CONTRA A REESTRUTURAÇÃO O Sindicato e os bancários do Banco do Brasil estão em plena campanha contra a reestruturação que pretende transferir para Belo Horizonte diversos setores admi- nistrativos da empresa que hoje funcionam no Recife. No último dia 28, os funcionários do CSO e CSL (Centros de Suportes Opera- cional e Logístico) paralisaram as atividades por uma hora e voltam a repetir este protesto no próximo dia 5. O Sindicato também entrou em contato com diversas lideran- ças políticas para pedir apoio na luta contra a reestruturação do BB. Além do governador Eduardo Cam- pos, foram acionados os três sena- dores pernambucanos (Humberto Costa, Armando Monteiro e Jarbas Vasconcelos), os deputados fede- rais Fernando Ferro e João Paulo, a deputada estadual Teresa Leitão e o vereador Jurandir Liberal. Página 5 SEGURANÇA BANCÁRIA SAÚDE E CONDIÇÕES DE TRABALHO Projeto-piloto começa a tomar forma Acordo de combate ao assédio moral é renovado Os bancários garantiram novos avanços no projeto-piloto de segurança bancária, durante reunião com os bancos no último dia 27, na sede da Fe- naban, em São Paulo. As instituições financeiras aceitaram incluir novos itens de segurança nos bancos de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guara- rapes, onde serão testados de forma pioneira no país os equipamentos reivindicados pelos bancários. Página 4 O Sindicato e a Contraf-CUT renovaram no último dia 27 o acordo de combate ao assédio moral, conquistado na Campanha Nacional dos Ban- cários de 2010. A novidade foi assinatura pela primeira vez do Banco do Brasil. Os demais bancos que firmaram novamente o documento foram: Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander, HSBC, Safra, BIC, Votorantim e Citibank. Página 3 WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

Jornal dos Bancários - ed. 442

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ANO XX • Nº 442 • 01 A 15 DE DEZEMBRO DE 2012 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

LEIA TAMBÉMSaúde é tema de reunião entre Bradesco e os bancários do NordestePágina 6

Funcionários do Itaú param em protesto contra novo horário

Página 7

Bradesco vence pela 3ª vez o Campeonato de Futebol dos Bancários

Página 8

Bancárias debatem a situação das mulheres

no mercado de trabalhoPágina 3

BAncárIos E sIndIcATo nA LuTA conTrA A rEEsTruTurAção

O Sindicato e os bancários do Banco do Brasil estão em plena campanha contra a reestruturação que pretende transferir para Belo Horizonte diversos setores admi-nistrativos da empresa que hoje funcionam no Recife. No último dia 28, os funcionários do CSO e CSL (Centros de Suportes Opera-cional e Logístico) paralisaram as atividades por uma hora e voltam a repetir este protesto no próximo dia 5. O Sindicato também entrou em contato com diversas lideran-ças políticas para pedir apoio na luta contra a reestruturação do BB. Além do governador Eduardo Cam-pos, foram acionados os três sena-dores pernambucanos (Humberto Costa, Armando Monteiro e Jarbas Vasconcelos), os deputados fede-rais Fernando Ferro e João Paulo, a deputada estadual Teresa Leitão e o vereador Jurandir Liberal.

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Segurança bancária Saúde e condiçõeS de trabalho

Projeto-piloto começaa tomar forma

Acordo de combate aoassédio moral é renovado

Os bancários garantiram novos avanços no projeto-piloto de segurança bancária, durante reunião com os bancos no último dia 27, na sede da Fe-naban, em São Paulo. As instituições financeiras aceitaram incluir novos itens de segurança nos bancos de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guara-rapes, onde serão testados de forma pioneira no país os equipamentos reivindicados pelos bancários.

Página 4

O Sindicato e a Contraf-CUT renovaram no último dia 27 o acordo de combate ao assédio moral, conquistado na Campanha Nacional dos Ban-cários de 2010. A novidade foi assinatura pela primeira vez do Banco do Brasil. Os demais bancos que firmaram novamente o documento foram: Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander, HSBC, Safra, BIC, Votorantim e Citibank.

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Logo em sua primeira entrevista coletiva após retornar ao cargo de técnico da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe Scolari já criou polêmi-ca. Ao ser questionado sobre a inexperiência da atual equipe nacional e a pressão que os jovens jogadores podem sentir na Copa-2014, o treinador dis-parou: “Se não quer pressão é melhor não jogar na seleção, vão trabalhar no Banco do Brasil, num escritório”.

Os bancários reagiram ime-diatamente, publicando notas de repúdio por todo o país. Horas depois, Felipão recuou e pediu desculpas publicamente aos bancários. “Quero explicar novamente, conversei com o presidente do Banco do Brasil, pedi as desculpas necessárias, era uma colocação simples, comum, era apenas para elucidar uma situação de pressão. Foi muito bem aceita, e peço então des-culpas publicamente à classe que eu ofendi, que eu não tive a intenção de ofender. Eu trabalho há 30 anos com esse banco, todas as minhas remessas de fora do Brasil sempre passaram pelo Banco do Brasil, eu sei a competência deles”, disse Felipão.

Em que pese as desculpas, a declaração do novo treinador da seleção brasileira mostra total desco-

nhecimento sobre a realidade do trabalho no sis-tema financeiro nacional. Atualmente, cerca de 1.200 bancários são afastados do trabalho men-salmente, por razões de saúde, vítimas do assédio moral e da pressão violenta para que cumpram as

metas abusivas de produção e vendas impostas pelas institui-ções financeiras, inclusive o Banco do Brasil.

Hoje, os bancários estão en-tre as categorias que mais adoe-cem no Brasil, atingindo níveis epidêmicos. O modo de gestão dos banco causa aos trabalha-dores do setor doenças como depressão, estresse, síndrome do pânico. Assediados moral-mente com a possibilidade de demissão (ou descomissiona-mentos no caso do BB), muitos padecem porque precisam do

emprego para sobreviver.O Sindicato mantém luta cotidiana incessante

para mudar esse quadro. Inclusive renovou nos últimos dias um acordo com os bancos no sentido de combater o assédio moral que resulta de toda essa pressão.

Ao que parece, hoje em dia, jogar na seleção ca-narinho é mais tranquilo do que trabalhar no BB ou em qualquer outro banco.

editorial Tema livre

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi. Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosJustiniano JuniorBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorWellington Trindade

Secretaria da MulherSandra Trajano

FormaçãoJoão Rufino

Ramo FinanceiroFlávio Coelho

IntersindicalRenato Tenório

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

Os bancários estão entre as categorias que mais adoecem no Brasil, por conta da pressão e do assédio moral. Hoje em dia, jogar na seleção canarinho é mais tranquilo do que trabalhar no BB ou em qualquer outro banco

LIBÓrIo MELoHumor

driblando os problemasQual interesse?O Itaú foi o principal doador direto

nas campanhas políticas das cidades com mais de 200 mil eleitores sem segundo turno. O banco doou cerca de R$ 2 milhões a 17 candidatos de 13 municípios, conforme levantamento publicado pela Folha de S.Paulo.

Hora extraO deputado federal Assis Melo

(PCdoB-RS) apresentou à Câmara dos Deputados o projeto de lei 4.597/12 com propósito de extinguir o banco de horas. A iniciativa do deputado encon-tra eco nos interesses dos trabalhadores na medida em que garante o pagamento das horas trabalhadas a mais.

MentirososOs executivos brasileiros mentem.

Isso acontece, principalmente, quando o assunto é gestão. É o que mostra pes-quisa realizada com 330 representantes do alto escalão das maiores empresas em operação no país, sendo 48% com faturamento anual superior a R$ 5 bilhões. No estudo, os comandantes admitem que a mentira em suas com-panhias é comum em assuntos relacio-nados aos funcionários, fornecedores, parceiros e até governo.

reestruturação no BB

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Saúde e condiçõeS de trabalho

renovado o acordo decombate ao assédio moral

O Sindicato e a Contraf-CUT renovaram no último dia 27, com nove bancos, o

acordo de combate ao assédio moral, conquistado na Campanha Nacional dos Bancários de 2010. A novidade foi a assinatura pela primeira vez do Banco do Brasil. Os demais bancos que firmaram novamente o docu-

mento foram: Itaú, Bradesco, Cai-xa Econômica Federal, Santander, HSBC, Safra, BIC, Votorantim e Ci-tibank. O ato de assinatura ocorreu na sede da Fenaban, em São Paulo.

Segundo a presidenta do Sindica-to, Jaqueline Mello, que participou da assinatura do acordo, o Protocolo para Prevenção de Conflitos no Am-

biente de Trabalho define um canal específico para apurar as denúncias de assédio moral dos funcionários, que poderão ser encaminhadas aos bancos sem identificação do autor. Os bancos terão prazo de até 60 dias para responder aos sindicatos.

Para fazer a sua denúncia acesse www.bancariospe.org.br.

giro por pernambuco

igualdade de oportunidadeS

Sindicato visita cerca de 50 municípios do interior

Bancárias debatem situação da mulher no trabalho

O Sindicato visitou 47 municí-pios do interior de Pernambuco nas duas últimas semanas de novembro, para conversar com os bancários e discutir os problemas da categoria.

Entre os dias 19 e 23 foram visi-tadas 24 cidades do Agreste e Ser-tão. Dos dias 26 a 30, os dirigentes sindicais passaram por 23 cidades

do Sertão do Pajeú e da Zona da Mata.

Segundo o diretor do Sindicato, Gilvan Santana, entre as maiores reclamações dos bancários do in-terior estão o excesso de trabalho, a pressão para o cumprimento de metas e, principalmente, os abusos na compensação das horas paradas

durante a greve no Banco do Brasil.“O lado bom é que a pressão dos

bancários vem dando resultados e tanto o Bradesco como o Banco do Brasil estão contratando novos funcionários para o interior. Ainda é pouco para a quantidade de servi-ços, mas já melhorou as condições de trabalho, diz Gilvan.

A situação da mulher no mercado de trabalho, sobretudo na categoria bancária, foi o tema do 1º Encontro Estadual de Mulheres Bancárias, realizado pelo Sindicato no último dia 24. O evento reuniu três espe-cialistas no assunto e promoveu um interessante debate entre as bancá-rias que participaram do Encontro.

“Fizemos um debate de alto ní-vel e percebemos que a gente tem muitos desafios pela frente até ga-

rantirmos, de fato, a igualdade de oportunidades nos bancos. A dis-criminação contra a mulher existe e ainda é muito grande, inclusive nas instituições financeiras que se jul-gam um setor avançado no mercado de trabalho”, comenta a secretária de Assuntos da Mulher do Sindica-to, Sandra Trajano, que organizou o evento.

Confira como foram os debates em www.bancariospe.org.br.

noTAs

olHar feMinino

A secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, foi uma das debatedoras da mesa de abertura do II Seminá-rio Internacional Repúblicas e Violência: um olhar das mulhe-res. Realizado pela Secretaria Estadual da Mulher, o evento foi realizado na última semana de novembro, com a presença de mulheres de vários países. Em foco, o tema da mulher nos espaços de poder.

DiscriMinações nos bancos

O Sindicato participou no dia 21 de novembro, em Brasília, de audiência com a ministra Eleonora Menicucci, da Secreta-ria de Políticas para as Mulheres (SPM), para discutir a desi-gualdade entre os gêneros nos bancos. A presidenta Jaqueline Mello representou o Sindicato.

PouPexO Sindicato e a Contraf-

-CUT assinaram pela primeira vez, no dia 14 de novembro, o acordo coletivo de trabalho 2012/2013 com a Poupex, a Associação de Poupança e Empréstimo. O acordo garante os índices conquistados pelos bancários na Campanha Na-cional deste ano

Jaqueline, durante assinatura do acordo

suzineide rodrigues

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Segurança noS bancoS

Bancários garantem novos avanços no projeto-piloto

BB de Peixinhos é assaltado pela segunda vez em 3 meses

PF multa 12 bancos em R$ 1,6 milhão por falhas na segurança

Os bancários garantiram novos avanços no projeto-piloto de segurança bancária, durante

reunião com os bancos no último dia 27, na sede da Fenaban, em São Paulo. As instituições financeiras aceitaram incluir novos itens de segurança nos bancos de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, onde serão testados de forma pioneira no país os equipamen-tos reivindicados pelos bancários.

Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, a reunião com os ban-cos foi produtiva. “Além dos itens já discutidos na última negociação, a Fe-naban aceitou implantar guarda-volu-mes no autoatendimento das agências, câmaras internas nos postos de atendi-mento bancário e local específico para estacionamento de carro-forte para abastecimento das unidades”, conta Ja-queline, que representou os bancários de Pernambuco na reunião nacional.

Durante o encontro, os bancos tam-

bém propuseram a formação de um grupo bipartite, com reuniões trimes-trais, para acompanhar a evolução do projeto-piloto, cujo prazo de duração não será menor que um ano.

Na negociação ocorrida no último dia 7 os bancos já tinham aceitado a instalação de portas de segurança com detectores de metais depois do autoa-tendimento, biombos em frente aos

caixas e câmeras internas e externas nas agências. Além disso, a Fenaban propôs reduzir as tarifas de transfe-rência (DOC e TED) nos caixas para o mesmo valor cobrado via internet como forma de evitar saques de gran-des quantias e coibir, assim, o crime de saidinha de banco. Também anuncia-ram a diminuição do limite do TED, passando agora de R$ 3 mil para R$

2 mil e a partir de março de 2013 para R$ 1 mil. “Isso é importante, mas nós queremos a isenção total das tarifas da TED e DOC para combater o crime da saidinha de banco”, comenta Jaqueline.

Para o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, a proposta de proje-to-piloto da Fenaban caminhou mais um pouco, mas é preciso que haja mais avanços.

Mais um assalto a banco foi re-gistrado no início da tarde de 23 de novembro, na Região Metropolita-na do Recife. Desta vez seis homens invadiram a agência do Banco do Brasil, do bairro de Peixinhos, em Olinda, renderam o vigilante e le-varam dinheiro dos caixas, do cofre e pertences dos funcionários.

Minutos depois de consumado o assalto, o Sindicato esteve na agência para verificar a situação dos bancários e garantir o fecha-mento da unidade e o atendimen-to psicológico, conforme prevê a Convenção Coletiva.

“Os bancários estavam muito assustados. Este foi o 27º assalto a banco cometido em Pernambu-co só neste ano. Em 2011, foram

16 assaltos durante o ano inteiro. Esperamos que o projeto-piloto de segurança bancária negociado com a Fenaban seja implantado o quanto antes. Os bancos precisam investir urgentemente em segu-rança ou a escalada de ataques a agências vai continuar crescendo”, finaliza Wellington.

A Polícia Federal multou no dia 29 de novembro 12 bancos em R$ 1,573 milhão por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança, durante a 95ª reunião da Comissão Consultiva para Assun-tos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. Os bancos foram pu-nidos em processos abertos pelas

delegacias estaduais de segurança privada (Delesp).

Agências e postos de atendimento foram multados por número insufi-ciente de vigilantes, planos de segu-rança não renovados, alarmes inope-rantes, inauguração de agências sem aprovação de plano de segurança e cerceamento da fiscalização de po-liciais federais, dentre outras irregu-laridades.

Segundo o secretário de Formação do Sindicato, João Rufino, que re-presentou os bancários do Nordeste na reunião da CCASP, o campeão de multas foi o Bradesco. “Não é a toa que o Bradesco lidera as estatísticas de assalto a bancos em Pernambuco. A falta de investimento em seguran-ça é vergonhosa”, diz Rufino.João rufinoWellington Trindade

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Os bancários do Banco do Brasil pararam por uma hora os trabalhos no CSO e

CSL (Centros de Suportes Operacio-nal e Logístico) em protesto contra a reestruturação que pretende transferir para Belo Horizonte diversos setores administrativos da empresa que hoje funcionam no Recife. A paralisação começou por volta das 10h do dia 28 de novembro, e foi realizada simulta-neamente nos dois prédios.

Vestidos de preto, os bancários do BB cruzaram os braços com um ob-jetivo bem específico: exigir do banco a Nota Técnica que contém todos os detalhes da reestruturação. “São cerca de 800 funcionários que estão com o futuro indefinido e o Banco do Bra-sil sequer explica seus planos para a reestruturação. Queremos saber exa-tamente qual é o projeto da empre-sa, porque ele não prejudica apenas os bancários pernambucanos; essas mudanças são péssimas para o nosso estado como um todo”, ressalta a pre-sidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

O secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix, conta que os bancários do BB realizarão nova paralisação no CSO e CSL no dia 6 de dezembro. “No dia anterior, o Grupo de Traba-lho dos Delegados Sindicais volta a se reunir na sede do Sindicato para

organizarmos os próximos passos da luta”, conta Fabiano.

ruIM pArA o nordEsTEAlém de prejudicar os funcionários,

a reestruturação do BB também é ruim para Pernambuco. Um dos principais problemas é a mudança da área que presta serviço de concessão de crédito para o Sudeste. Com isso, as empresas pernambucanas terão mais dificulda-des para adquirir financiamentos pelo Banco do Brasil.

Atualmente, o CSO do BB em Pernambuco realiza cerca de 23 mil operações de crédito por ano, irrigan-do pequenas e médias empresas com mais de R$ 2,05 bilhões. “Os bancá-rios pernambucanos conhecem como ninguém as peculiaridades do Nor-deste. Se a reestruturação do Banco do Brasil vingar, serão os bancários do Sudeste, a 2,5 mil quilômetros de distância, que analisarão e aprovarão a concessão de crédito para os pernam-bucanos”, explica Fabiano.

Nos últimos dois meses, o Sindicato tem lutado contra esta reestruturação em diversas frentes. Senadores, depu-tados, vereadores e até o governador de Pernambuco foram acionados para apoiar os bancários nesta luta, que agora é de toda a sociedade.

Além dos graves prejuízos para os

bancários e para as empresas pernam-bucanas, o pacote de maldades do BB também vai prejudicar dezenas de terceirizadas que prestam serviços de manutenção predial, vigilância arma-da, telefonia e limpeza, entre outros. São R$ 951 milhões em contrato que movimentam a economia do Nordeste partindo junto com o banco para Belo Horizonte. Isso sem falar no comércio que funciona no entorno dos dois pré-dios administrativos do banco, onde os 800 funcionários almoçam, tomam café ou compram produtos e serviços.

LuTA poLíTIcA Nos últimos dias, o Sindicato

entrou em contato com diversas li-deranças políticas para pedir apoio na luta contra a reestruturação do BB. Além do governador Eduardo Campos, foram acionados os três se-nadores pernambucanos (Humberto Costa, Armando Monteiro e Jarbas

Vasconcelos), os deputados federais Fernando Ferro e João Paulo, a depu-tada estadual Teresa Leitão e o verea-dor Jurandir Liberal.

Humberto Costa, o primeiro a dar apoio, já se reuniu com a direção na-cional do BB para cobrar explicações e está pressionando o banco para bar-rar a mudança.

Fernando Ferro e Jurandir Liberal também estão apoiando os bancários e até participaram de assembleia dos funcionários realizada no Sindicato. Teresa Leitão solicitou audiência pú-blica na Assembleia Legislativa.

“Estamos lutando em várias frentes e conseguimos, inclusive, um grande espaço na mídia. A ideia é envolver toda a sociedade nesta batalha para conseguirmos barrar a reestrutura-ção”, explica Fabiano.

Acompanhe as últimas notícias da reestruturação do BB em www.ban-cariospe.com.br.

banco do braSil

Bancários param cso e csL em protesto contra reestruturação

Jaqueline Mello

Fabiano Félix

csL cso

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Boas notícias para quem espera o desfecho da ação judicial do anuênio no Banco do Brasil. A Justiça reconheceu o direito a inclusão de novas pessoas na lista inicial do perito. A lista previa um total de 1439 bancários. O Sindicato solicitou a inclusão de 294 trabalhado-res e teve o pedido acatado. Agora, o perito deve compor a nova listagem e definir os cálculos até o final do mês.

A segunda boa nova é que o juiz mandou o BB pagar o anuênio a todos aqueles que ainda não estivessem recebendo, sob pena de multa de 10 mil reais por dia de atraso.

"Se o bancário procurou o Sindicato, se não estava recebendo o anuênio mas tem direito a ele, o banco vai ter de incluir o pagamen-to nas suas folhas salariais. Isso foi uma grande vitória. Ainda mais porque toda a listagem que nós apresentamos ao juiz foi julgada procedente, desde que o trabalhador apresente os requisitos para o recebimento do benefício", afirma o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Justiniano Júnior.

bradeSco

Bancários do nE discutem plano de saúde com o bancoOs sindicatos dos bancários

vinculados à Federação dos Trabalhadores do Ramo Fi-

nanceiro no Nordeste (Fetrafi-NE) se reuniram com o Bradesco no dia 26 de novembro para discutir os planos de saúde e odontológico, recente-mente incorporados pela Rede Una.

O principal ponto de pauta foram os problemas com a rede credenciada, sobretudo nas agências que não estão nas regiões metropolitanas. Em Per-nambuco, por exemplo, a maioria dos municípios do interior sofrem com a carência de especialistas conveniados.

“E estamos falando apenas das ci-dades polos. Nos municípios peque-nos, a situação ainda é pior. ”, afirma

a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues.

No caso do Plano Odontológico, os problemas são ainda maiores. “Desde que houve a incorporação pela Rede

Una, os bancários reclamam que vá-rios dentistas de renome deixaram o plano. Também criticam a qualidade de serviço e o material utilizado”, diz Geraldo Times, secretário de Bancos

Privados do Sindicato.O banco se comprometeu a buscar

soluções para os problemas apresen-tados pelos bancários e retomar as negociações com os sindicatos do Nordeste no próximo ano.

pLAnEJAMEnToA Fetrafi-NE realiza no próximo

dia 5 um Encontro de Dirigentes Sindicais do Bradesco do Nordeste. A reunião será na sede do Sindicato e contará com a presença da coor-denadora da Comissão Nacional de Organização dos Empregados, Elaine Cutis. Em pauta, o planejamento das ações sindicais para 2013, entre ou-tros pontos.

banco do braSil

cassi prejudica associados aodeixar acumular coparticipação

Por negligência da gestão anterior da Diretoria de Planos de Saúde e Re-lacionamento com Clientes do Ban-co do Brasil e da própria Cassi, que deixaram de fazer a regularização das cobranças a partir de 2008, a Caixa de Assistência começou a cobrar a coparticipação de uma série de even-tos estatutários, realizados por titula-res do Plano de Associados e depen-dentes entre 2003 e 2012, tais como consultas, exames e terapias.

Para complicar, os valores dos acertos seriam cobrados de uma vez porque não há limites nessas coparti-cipações já previstas no regulamento desde 1998 (diferente da coparticipa-ção em exames de 2007).

“Isso só não aconteceu em razão da pronta resistência dos dirigentes eleitos na Caixa de Assistência e do movimento sindical, que reivindi-caram em mesa de negociação com

o banco (em 10 de julho) que fos-se estabelecido um teto máximo de 1/24 nas parcelas de acertos para não prejudicar os associados por atrasos da gestão anterior do plano”, explica William Mendes, secretário de For-mação da Contraf-CUT e coorde-nador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

coMo EsTá sEndoFEITA A coBrAnçA

Para os associados que deviam até R$ 50,00, a cobrança ocorreu em parcela única na folha de pagamento de agosto de 2012 ou por meio de débito em conta-corrente para os que não possuem folha. Para aque-les cujo valor de coparticipação ul-trapassa R$ 50,00, a Cassi iniciou a cobrança em 20 de novembro, sendo que a ampla maioria terá o saldo ze-rado em até quatro parcelas.

BoAs noTícIAs nA Ação do AnuênIo

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itaú

Santander

Funcionários param em protesto contra novo horário

banco se nega a discutir reivindicaçõessobre emprego e plano de carreira

Os bancários paralisaram as duas agências do Itaú da avenida Agamenon

Magalhães, no Recife, no dia 26 passado, em protesto contra a mu-dança no horário de funcionamen-to destas unidades. O protesto foi nacional, com destaque para os es-tados do Nordeste.

Segundo o secretário de For-mação do Sindicato, João Rufino,

o objetivo foi impedir a mudança de horário: uma das agências está programada para atender das 9h às 15h e a outra, das 11h às 19h.

“Nós já tínhamos avisado em negociação com o banco que não vamos admitir esta mudança, que deixa os bancários muito mais vul-neráveis à ação dos criminosos. Vale ressaltar que as duas agências já sofreram assaltos”, diz Rufino.

O Sindicato não é contra a am-pliação do horário de atendimento. “Nós, inclusive, já apresentamos proposta aos bancos para estender o funcionamento das agências das 9h às 17h. Mas, para isso, é pre-ciso criar dois turnos de trabalho, contratar mais bancários e investir em segurança. Sem isso, não ad-mitimos a ampliação do horário de atendimento”, conclui Rufino.

O Santander se recusou a nego-ciar emprego, fim da rotatividade e Plano de Cargos e Salários (PCS), durante reunião do Comitê de Rela-ções Trabalhistas (CRT), realizada no último dia 22, em São Paulo. Ou-tras reivindicações discutidas, como a melhoria das condições de traba-lho, a redução das taxas de juros e a isenção de tarifas para funcionários

e aposentados, também não trouxe-ram avanços, frustrando ainda mais os dirigentes do Sindicato e da Con-traf-CUT.

“Temos reivindicações que estão sendo negociadas há anos e o San-tander não avança nas discussões. O Brasil hoje tem salvado o lucro mundial do banco espanhol, que insiste em não valorizar seus fun-

cionários aqui. Muitas das nossas demandas são cumpridas pelo San-tander na Europa, ou seja, o banco poderia muito bem estender os di-reitos para os bancários brasileiros”, diz o secretário de Administração do Sindicato, Epaminondas Neto, que é funcionário do Santander.

Leia mais em www.bancariospe.org.br.

caixa

Seminário debate ofuturo da Funcef

BAnco do nordEsTE

Sindicato cobra soluções para os problemas dos empregados

Formação de grupo de trabalho para encaminhar a revisão do PCR, convocação de concursados, reunião específica sobre passivos trabalhistas, retorno das mesas temáticas de Saúde e Previdência, acompanhamento do funcionamento do ponto eletrônico, transparência nos processos seletivos de concorrência e reformulação logís-tica das agências do o Banco do Nor-deste do Brasil (BNB).

Esses foram alguns dos resultados da mesa permanente de negocia-ção com banco, ocorrido no dia 26

de novembro, na sede do BNB, em Fortaleza.

“Esta foi a primeira negociação após a Campanha Nacional. Não hou-ve grandes avanços, mas conseguimos acertar o andamento dos grupos de trabalho previstos no acordo coletivo para discutir Previdência, PCR e Saú-de”, explica a secretária de Bancos Pú-blicos do Sindicato, Daniella Almeida.

O Sindicato e o banco agendaram várias reuniões dos grupos de tra-balho para dezembro. Leia mais em www.bancariospe.org.br.

O Sindicato participou nos dias 21 e 22 de novembro do Seminá-rio Projetando o Futuro, realizado pela Funcef, o fundo de pensão dos empregados da Caixa. O ob-jetivo do encontro foi estreitar os laços entre a fundação e as entida-des representativas dos bancários, tanto da ativa como dos aposen-tados.

O Sindicato foi representado no Seminário pela presidenta Jaque-line Mello, que é empregada da Caixa. O secretário de Assuntos

Jurídicos do Sindicato, Justinia-no Júnior, também participou do evento representando a Apcef-PE (Associação do Pessoal da Caixa de Pernambuco).

“A iniciativa deste seminário foi muito importante para apro-ximar ainda mais a Funcef dos sindicatos e associações de ban-cários. Nosso fundo de pensão é fundamental para garantir o fu-turo dos empregados da Caixa e, por isso, acompanhamos de perto a sua gestão”, destaca Jaqueline.

Epaminondas neto

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campeonato de Futebol doS bancárioS

Fim de ano

BrAdEsco É TrIcAMpEão

Aposentados lotam o clube de campo e fazem uma grande confraternização

Em jogo muito disputado, Bradesco venceu o Santander nos pênaltis e levou o troféu de campeão pela terceira vez

No jogo mais emocionante do Campeonato de Futebol dos Bancários de Pernam-

buco, o Bradesco conseguiu derro-tar o Santander, no último dia 24, e sagrou-se tricampeão. Mas não foi nada fácil. Tanto que a disputa termi-nou empatada no tempo normal e na prorrogação. Foi somente nos pênal-tis que se definiu o resultado, depois que o Bradesco conseguiu converter três gols, contra apenas um do vice--campeão, o Santander.

Na disputa do terceiro lugar, o Bra-desco Jurídico colocou cinco bolas na trave, mas não conseguiu acertar o caminho do gol. Bom para o Banco do Brasil, que converteu quatro vezes e garantiu o troféu de bronze.

O time leva também o título de equipe Fair Play, com menor número de cartões. Foram 19 amarelos e ne-nhum vermelho.

Na artilharia, o título vai para Allan

Victor, do Bradesco, com 18 gols – o dobro do segundo colocado Wander-ley Veloso, do Bradesco Caxangá.

Desde o início do Campeonato, dez equipes disputaram o título em 28 jogos. Já na semifinal, algumas equipes experientes acabaram fican-do de fora, como é o caso do Itaú, campeão do ano passado e que foi eliminado pelo Bradesco, e do time da Caixa – a Apcef-PE, terceiro lugar em 2011 e derrotada pelo Santander.

“Foram jogos muito bons. Algu-mas equipes novas se esforçaram bastante e têm tudo para progredir nos próximos campeonatos”, afirma o secretário de Cultura, Esportes e Lazer do Sindicato, Adeílton Filho, que coordenou a competição.

Após a premiação, as equipes fize-ram uma grande confraternização no Clube de Campo dos Bancários, onde o Sindicato serviu uma deliciosa fei-joada com música ao vivo.

Dezenas de bancários aposenta-dos se reuniram no último dia 30, no Clube de Campo, para uma gran-de festa de confraternização. Ao in-vés do tradicional café da manhã mensal, o Sindicato convidou os aposentados para um almoço espe-cial no Clube, em Aldeia. E o pes-soal compareceu em massa na festa.

O cantor Walgrene Agra e a can-tora Melina Malvezzi apresentaram um cardápio musical com o melhor da MPB: Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Altemar Dutra, Dolores Duran, além de atender aos inúmeros pedidos feitos na hora.

“Foi um momento muito agradá-

vel. Uma oportunidade para reen-contrar colegas, matar as saudades e trocar ideias com o Sindicato”, afir-ma o secretário de Aposentados do Sindicato, Luís Freitas. “Com este almoço, encerramos a programação do ano para os aposentados. Em ja-neiro retomaremos o café da manhã, que a cada mês tem atraído mais e mais pessoas”, completa Freitas.

o cAFÉInstituído pela diretoria do Sin-

dicato há quase três anos, o Café da Manhã dos Aposentados já foi palco de muitos reencontros e virou uma tradição. O evento começou a

ser realizado na sala de reunião do Sindicato, mas o número de parti-cipantes cresceu tanto que passou a ser feito no pátio interno.

“É uma forma de trazer de volta para o Sindicato aqueles que tan-to já contribuíram com as lutas da

categoria. Aqui, eles podem, não apenas debater seus problemas e os problemas da categoria, mas também aproveitar a oportunida-de para rever os amigos e antigos companheiros de trabalho”, afirma Freitas.

Adeílton Filho