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Jornal do Sindsaúde-SP - Ano XVI - nº 107 - Janeiro de 2008 2008! Vamos dar um aos desmoronamentos, incêndios, descaso, desrespeito... Grande mobilização para grandes conquistas! BASTA Muita SAÚDE em Milhares de Trabalhadores na Assembléia Reposição das perdas salariais Incorporação das gratificações Vale Refeição Aumento Salarial Regulamentar Jornada de Trabalho PCCS SUS Comissão Sindical de Base Controle Social

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Jornal do Sindsaúde-SP - Ano XVI - nº 107 - Janeiro de 2008

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AumentoSalarial

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PCCSSUS

ComissãoSindical

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ControleSocial

A entrega da gestão de unida-des públicas de saúde para enti-dades privadas foi intensificada pelo atual Governo do Estado. Os ambulatórios, por anos sobrevi-vendo aos minguados recursos, estão sendo reformados e transfe-ridos para uma organização social de saúde (OSS), sob a apelativa sigla AME – Ambulatório Médico de Especialidades. Já os laborató-rios públicos estaduais, na práti-ca, foram terceirizados.

O drama maior vivem os tra-balhadores públicos da unidade. São os primeiros a sofrerem os efeitos da terceirização.Correm boatos, aumentam as pressões e impera a desinformação. Em seguida, uma das primeiras medi-das das OSS tem sido a dispensa desses funcionários e a contrata-ção de outros, sem concurso.

Sob a justificativa de moderni-

A quem interessa a terceirização dos serviços públicos?

Em meio a tantas epidemias se espalhando pelo estado de São Paulo, o sr. governador quer por decreto limitar as faltas, a maioria por doença, do funcionalismo estadual.

Até quando vamos “tapar o sol com a peneira” no estado mais rico do país? Quem atestará que o trabalhador doente deve trabalhar, colocando em risco a vida do trabalhador e do cidadão atendido por ele?

Na área da saúde o Sindsaúde-SP denuncia sistematicamente as péssimas condições de trabalho e atendimento na rede estadual de saúde. Isso tem afetado gravemente a saúde do trabalhador e não será por ato burocrático que o doente ficará curado.

Após uma longa jornada de lutas, em 2006, fois instituída a Comissão de Saúde do Trabalhador (COMSAT) em todos os hospita-is e autarquias da rede estadual de saúde para promover a saúde do trabalhador da saúde. Porém é necessário que o Governo garanta sua efetiva implementação.

Limitar as faltas por doença?

Diante das precárias condi-ções de trabalho do pessoal da Sucen e da dificuldade que os trabalhadores estão tendo para negociar essas questões tanto

SUCENAção Judicial

O incêndio no prédio do ambulatório do HC na noite de Natal é mais um exemplo do descaso do Governo do Estado com a saúde pública e a vida da população.

Mais uma vez esse Governo tenta se eximir de responsabilidade, falando da autonomia do hospital para gerir seus recursos. A direção do HC, por sua vez, acusa a morosidade de uma licitação. E assim segue um desfile de justificativas para o injustificável. E de quem é a culpa? Do cidadão que morreu?

O incêndio é mais uma trágica conseqüência do sucateamento da rede pública estadual de saúde. As condições de trabalho e atendimento são precárias, faltam recursos humanos, material e manutenção nos equipamentos e infra-estrutura geral. Os profissionais deveriam contar com salário digno, plano de carreira, e capacitação permanente, pois como acontece diariamente foi o profissionalismo dos trabalhadores públicos da saúde que evitou tragédia maior.

Não é falta de recursos financeiros. São Paulo é o estado mais rico do país. É uma questão de prioridades. O Governo não investe na saúde porque decidiu há mais de 10 anos transferir os serviços públicos para o setor privado.

Na mesma semana do incêndio no HC, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou a liberação de R$ 1,3 bilhão para hospitais gerenciados pelas OSS. No entanto, as portas corta-fogo do HC vão esperar até mea-dos de 2008 para serem instaladas. Um mês antes da tragédia, o Ministério Público Estadual arquivou um inquérito sobre problemas de segurança no HC, iniciado em 2003, considerando que providências estavam sendo tomadas.

A desculpa que o Governo do Estado usa para se eximir da culpa pelo sinistro no HC - autonomia para gerir os recursos - é a mesma justificati-va usada para exaltar o modelo de gestão pelas OSS. É a mesma auto-nomia que tinha a Fundação Zerbini para gerir os recursos do Incor e cavar um rombo de R$ 250 milhões que, no final das contas, está sendo pago com dinheiro público.

A saúde pública no estado está se transformando em negócio rentá-vel. A Secretaria Estadual da Saúde cita até um estudo do Banco Mundial , feito por técnicos com víncuulo político com o Governo do Estado apontando as qualidades do modelo paulista para a gestão de hospitais públicos. No entanto, ignora a deliberação dos Conselhos Nacional, Estadual e Municipais de Saúde, formados por gestores, tra-balhadores e usuários da saúde, que se posicionaram contrários a esse modelo de gestão.

Se o maior hospital da América Latina estava vulnerável a um incên-dio, como estão os subterrâneos e dutos de outros hospitais?

Até hoje nada mudou no Complexo Hospitalar do Juquery que em dezembro de 2005 foi atingido por um incêndio que durou 18 horas, quei-mando136 mil prontuários e 15 mil livros. Era uma das maiores bibliote-cas de psiquiatria do mundo, com documentos assinados de próprio punho pelo famoso psicanalista Sigmund Freud.

Por que o HC pegou fogo?

Sindsaúde-SP 2

zação e agilização do atendimen-to, serviços públicos da saúde estão sendo privatizados. Novos ou reformados, passam a ilusão de melhoria. No entanto, por que será que a maioria da população continua a espera de atendimen-to?

O que diferencia de fato o ser-viço prestado pela iniciativa priva-da do sistema público? Como estão sendo feitas essas compa-rações? Quem de fato está se beneficiando com a privatização da saúde? O que mudou para os usuários? Cidadãos pagam plano de saúde para ser atendido no HC. No Incor somente plano de saúde executivo. E a população? E a confiabilidade dos serviços prestados?

É triste e lamentável a situação da saúde no estado de São Paulo.

06/12/07 – Filiada aposentada (Maria Dine G. Sarreta) de Buritizal recebe do diretor regional de Ribeirão Preto (Ricardo de Oliveira) pagamento de ação ganha pelo Sindsaúde-SP.Para você entrar com uma ação judicial ou saber sobre sua ação, entre em contato com o Sindsaúde-SP

no âmbito local ou regional quanto estadual, o Sindsaúde-SP iniciou um debate no Ministério Público do Trabalho. Com as epidemias se espa-lhando pelo Estado, as equipes de combate estão sobrecarre-gadas, aumentando os riscos a sua saúde.

Mesmo continuando a negocia-ção com o Governo de pontos de nossa pauta de 2007, em outubro, o Sindsaúde-SP deu início à Campanha Salarial de 2008. Isso foi preciso para que em março, mês da data-base, tenhamos uma grande mobilização com nossa campanha na rua e milhares de trabalhadores na assembléia geral.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, no ano passado somente a alta dos preços de alimentação passou de 10%. Enquanto isso, nosso último reajuste no salário base aconteceu em 2005. Em 2006, tivemos 0%. Em 2007, 0%!

No ano passado, o Dieese cal-culou um índice de 34% para repor as perdas salariais dos anos sem aumento. Para 2008, o índice necessário para reposição das per-das ultrapassa os 40%! Por isso não podemos ficar calados. Vamos realizar uma grande mobi-

Campanha Salarial

O Sindsaúde-SP continua a negociação da jornada de traba-lho. Na últ ima reunião na Secretaria Estadual de Gestão Pública, com a presença do Coordenador de Recursos Humanos da SES, ficou acordado um levantamento das funções da área meio da saúde para ser apre-sentado até meados de fevereiro. Também continua na pauta a incor-poração da GEA.

Negociação com o Governo

A Secretaria Estadual de Saúde publicou uma resolução sobre horário de trabalho e registro do ponto (Diário Oficial do Estado, 19/12/07). A medida não trouxe nada de novo. Ou seja, o acordo com o ex-governador Mário Covas c o n t i n u a e m v i g o r . E a regulamentação da jornada dos administrativos continua em negociação.

Jan

Fev

Mar

Plenárias Regionais

Assembléia Geral

Cons Estadual de

Delegados Sind Base

Ato Unificado (29/2)

Agenda

Em dezembro, o Sindsaúde-SP lançou o dossiê sobre as terceirizações dos serviços laboratoriais públicos estaduais, entregando o documento ao Conselho Estadual de Saúde, ao Ministério Público Federal e à Comissão de Saúde da ALESP, iniciando uma campanha contra essa política que não tem melhorado a qualidade do atendimento à população e somente servido para burlar o controle social sobre o uso de verbas públicas.

A transferência da gestão da saúde para organizações sociais de saúde (OSS) não é um fato recente. Desde 1997, quando o Governo do Estado anunciou o processo de transferência de unidades públicas para OSS, o Sindsaúde-SP vem combatendo a medida, denunciando as irregularidades e defendendo os direitos dos trabalhadores públicos estaduais em unidades terceirizadas.

Nessa luta, importantes vitórias foram conquistadas. Os Conselhos Nacional, Estadual e Municipais de Saúde se posi-cionaram contrários ao modelo de gestão de OSS. Na justiça, há também ações que ainda não foram julgadas.

No caso dos laboratórios, essa política foi agravada: parte desses serviços está sendo realizada por empresa privada lucrativa de um grande grupo econômico do setor. Para terceirizar, o Governo do Estado criou Centros Estaduais de Análises Clínicas (CEACs) regionais, que reúnem os serviços de unidades e hospitais da região, e transferiu a gestão des-ses órgãos para entidades privadas, cadastradas como Organização Social de Saúde (OSS). Na capital, já foram criados os CEACs Zona Norte, Sul e Leste.

Uma das primeiras medidas da OSS ao assumir os serviços tem sido a reestruturação do quadro de pessoal, com a dis-pensa dos funcionários públicos e a contratação de outros, sem concurso público. Como isso, o Sindsaúde-SP iniciou uma série de debates e reuniões em todo o estado com a categoria, para organizar os trabalhadores em defesa de seus direitos.

Nesses debates, muitas denúncias contra o processo e os resultados da terceirização foram relatadas por trabalhado-res dos setores atingidos. Apesar das dificuldades na coleta de dados para subsidiar as denúncias – muitas informações são tidas como confidenciais – o Sindsaúde-SP reuniu uma série de documentos com a expectativa de contribuir para o aprofundamento da investigação e a reversão dessa política no estado de São Paulo.

No dia 11 de dezembro, a Comissão de Saúde da ALESP, sob a presidência do deputado Adriano Diogo, promoveu um debate sobre a terceirização dos laboratórios no estado. Na presença de deputados de diversos partidos e representan-tes do Sindicato dos Médicos, o Sindsaúde-SP apresentou o dossiê.

Diante da gravidade das denúncias, a Comissão de Saúde realizou na semana seguinte visita ao laboratório do Instituto de Infectologia Emílio Ribas – um dos laboratórios em processo de terceirização. Constatando a qualidade dos serviços públicos prestados, a Comissão enviou ofício ao Governador manifestando a preocupação em relação à terceiri-zação e solicitando audiência para tratar da matéria.

Com nossa mobilização, revertemos a terceirização do laboratório do IAMSPE e até o momento não foi concluída a ter-ceirização no Emílio Ribas.

O dossiê está disponível para consulta no site do Sindsaúde-SP: www.sindsaudesp.org.br

Dossiê Terceirização dos Laboratórios Públicos Estaduais

Sabemos das dificuldades enfrentadas com a minguada apo-sentadoria após anos de dedicação a cuidar da saúde de tanta gente. Essa é a dura realidade enfrentada por todos trabalhadores públicos estaduais da saúde. Por isso o Sindsaúde-SP quer sua participa-ção na luta por nossos direitos. Essa é a forma de homenagear a todos que tanto trabalharam pela saúde pública. Com dignidade e juntos, vamos garantir e ampliar nossos direitos.

Na região de Sorocaba, um Encontro Regional de Aposentados da Saúde foi organizado pela Subsede, no dia 22 de janeiro, para uma confraternização e organiza-ção dos aposentados. Na capital, muitos aposentados já foram eleitos delegados sindicais de base.

24 de janeiro:

dia do

APOSENTADO

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lização para conquistar nossos direitos. O Governo do Estado nos deve muito.

Nossa pauta de reivindicações já é histórica. Além da reposição das perdas salariais de 40%, que-remos a regulamentação da jorna-da de trabalho, aumento do salário base, incorporação das gratifica-ções, implantação do PCCS-SUS, aprovado em 2006 na mesa nacio-nal de negociação do SUS e rea-juste do vale-refeição de R$ 4,00 para R$ 10,00.

O salário base da maioria dos trabalhadores da saúde é inferior a R$ 100,00 e representa em média 20% dos vencimentos. O restante são gratificações. O auxiliar de enfermagem, a maior categoria, recebe R$ 90,22. O enfermeiro, R$ 187,82. O médico, R$ 217,05. Enquanto isso, desde 2003 a des-pesa com pessoal está muito abai-xo do limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Dir. Responsável: Silvia M. de Lima

Redação: Elisabete Ueta

Editoração: Edson Cacciaguerra

Tiragem: 25 mil

Expediente:

O Governo Federal regula-mentou a contratação dos agen-tes comunitários pelas prefeitu-ras, através da Lei nº 11.350 (05/10/06), em conformidade com a Emenda Constitucional nº 15 (14/02/06), aprovada pelo Con-gresso Nacional.

Agora as prefeituras precisam regulamentar a medida por meio de lei municipal, reconhecendo o processo seletivo de contratação dos atuais agentes como seleção pública e efetivando os atuais

ACSs e Sindsaúde-SP ocupam Câmara em Piracicaba

A CPMF deixará de ser cobrada a partir de 1º de janeiro. Por que perdem todos os cidadãos brasilei-ros, se houve um alívio de 0,38% nas transações bancárias?

Porque esse "imposto do cheque” passou a financiar os projetos sociais do Governo Lula. Mais de 70% vinham das grandes transações e lucros; não do trabalho. Era dos impostos o único mais democrático e difícil de burlar. Mais de 40% da arre-cadação estavam sendo aplicados no Norte e Nordeste.

Até Adib Jatene, ex-ministro da Saúde no Governo FHC e que propôs a CPMF para a saúde, deixou o governo quando viu a contribuição escor-rer para outros fins. Desde 2003 quando passou a custear saúde, previdência social e combate à fome, partidos que votaram sua criação na década de 90 agora votaram sua extinção.

A última proposta do governo federal apresenta-da a esses partidos para a prorrogação da CPMF era destinar 100% dos recursos para a saúde! Não foi aceita pelos DEMos e os PSDBistas. Esses, que sempre viveram da política, mostraram que não sabem fazer política para os menos favorecidos. Votar contra apenas para marcar terreno mais que instinto animal é um tiro no pé e, com a saúde debili-tada, qualquer infecção pode virar septicemia.

Essa verba contribuía para reduzir as desigual-dades sociais que sempre violentaram a maioria da população brasileira. Depois de 500 anos, os exclu-ídos estão se incluindo, produzindo renda e consu-mindo também. Estão se tornando cidadãos brasi-

CPMF: perderam todos

Sindsaúde-SP 4

Agentes Comunitários de Saúde

agentes como quadro próprio do município.

O Sindsaúde-SP vem sindicali-zando e organizando os agentes em diversas regiões do estado.

A mobilização da categoria é fun-damental para o poder público local – Câmara e Prefeitura - elabore e aprove lei municipal para que os agentes e o atendimento que pres-tam à comunidade saiam das cri-ses e dos humores de entidades parceiras, como aconteceu na Pre-feitura de São Paulo, quando a Fun-dação Zerbini deixou de gerenciar algumas equipes do Programa Saúde da Família da Prefeitura.

No dia 17 de dezembro, a Câma-ra Municipal de Piracicaba realizou audiência pública, requerida pelo vereador Fausto Rocha (PT) a pedi-do dos ACSs e do Sindsaúde-SP, sobre a regulamentação dos ACSs.

Um dos questionamentos leva-dos pelos agentes foi em relação à

precarização do trabalho. Os agen-tes são pressionados a cumprir outras atividades e funções por falta de pessoal como nos casos de férias, licenças, afastamentos dos auxiliares e técnicos de enfer-magem, caracterizando desvio de função e prejudicando o desempe-nho do agente de saúde nas suas atribuições.

Também em

algumas uni-dades o número máximo de famíli-as atendidas por agente, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, extrapolou o limite e nenhuma providência por parte do gestor local foi tomada.

leiros. A economia do país cresce. A inflação se man-tém estável. O desemprego não é mais manchete de jornais e nem por isso os ricos deixaram de ficar mais ricos. Tudo isso parece imperdoável aos que estavam acostumados a usar a miséria como retóri-ca de palanque.

Porém, mesmos estados governados pelos par-tidos que acabaram com a CPMF dependiam dela. O estado de São Paulo que amargou durante anos déficit, coincidentemente desde 2003 começou a apresentar excesso de arrecadação. As políticas do Governo Lula refletiram também no estado mais rico do país. Aqui estão grandes indústrias e servi-ços. Mais produção, mais consumo, mais ICMS. Não é à toa que o governador José Serra queria a continuidade do CPMF. Dos R$ 8,5 bilhões da saúde estadual em 2007, 30% vieram do governo federal.

Ao invés de acabar com a CPMF, os senadores deveriam aprovar a regulamentação da Emenda 29, já aprovada pela Câmara Federal.

O PAC da Saúde, para a ampliação do SUS, prevê um investimento de R$ 88,6 bilhões até 2011. Uma das metas, por exemplo, é ampliar o Programa Saúde da Família. Das atuais 27 mil equipes, que atendem 87 milhões de pessoas, para 40 mil aten-dendo 130 milhões de pessoas. Do total a ser inves-tido, no Plano Plurianual, foram assegurados R$ 64,6 bilhões. Parte dos R$ 24 bilhões restantes dependem da regulamentação da Emenda 29. Outra parcela viria da CPMF.

A CPMF deveria sim ser extinta. Havia uma pro-posta em discussão que acabava com esse imposto de forma gradual sem prejudicar os programas soci-ais que dele dependiam.

A sua extinção não é um revés para o Governo Lula. É um golpe contra o SUS e toda população usuária do sistema. Com tanta epidemia se espa-lhando pelo país, atingindo pobres e ricos, retirar R$ 40 bilhões que poderiam ser aplicados integral-mente no setor foi uma irresponsabilidade sem igual. Não era verba de um partido. Eram recursos para o SUS e seus 190 milhões de usuários.

Quantos lucraram com o fim da CPMF?

No dia 20 de dezembro, Sindsaúde-SP, Simesp, SinPsi e FETSS promove-ram um ato em defesa do SUS, no vão livre do MASP, manifestando a indigna-ção dos trabalhadores da saúde pelo corte intencional nas verbas do SUS, pro-vado pela votação do fim da CPMF.

O ato marcou o repúdio à falta de visão política dos senadores do DEM e do PSDB que, devido a disputas com o Governo Lula, votaram contra a CPMF, prejudicando milhões de brasileiros. O Estado de São Paulo perderá no mínimo R$ 7 bilhões da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira.

AMPANHA

CSALARIAL

2008

Agentes Comunitários entrem nessa luta. Procure o Sindsaúde-SP

A efetivação garantirá aos ACSs a dignidade no serviço público amparado com os direitos legais e a estabilidade para que possam desempenhar suas fun-ções com mais segurança e quali-dade sem pressão por chefias e coordenação nomeada e identifi-cada com determinada gestão conforme rotatividade política que vier a ocorrer por mudanças de gestão.

A presença de 150 agentes, 80% da categoria, no município obrigou os representantes da Pre-feitura, secretário municipal de Saúde e o procurador do municí-pio, a se comprometer em estudar forma de realizar a efetivação.

Ao final da audiência, o verea-dor Fausto Rocha solicitou publi-camente ao secretário de saúde que nenhuma retaliação ou per-seguição ocorra contra os agen-tes mobilizados e comentou tam-bém que raras vezes a Câmara reuniu tantas pessoas, constatan-do a capacidade de organização dos agentes de Piracicaba.

Ato em defesa do SUS