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tudo pelo voto convenções fórum interditado! violência estupro zero Distribuiçã o nº 6 Julho de 2012 Partidos se preparam para a disputa eleitoral na cidade Pág. 7 Pág. 6 Pág. 2 Pág. 3 Prédio ameaçava cair. Ordem veio do Tribunal de Justiça www.redebrasilatual.com.br Jornal Regional de Itariri Casos crescem na Baixada, mas Itariri não registra o crime este ano
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Jornal Regional de Itariri
www.redebrasilatual.com.br ItarIrI
nº 6 Julho de 2012
DistribuiçãoGratuita
Prédio ameaçava cair. Ordem veio do Tribunal de Justiça
Pág. 7
fórum
interditado!
Partidos se preparam para a disputa eleitoral na cidade
Pág. 3
convenções
tudo pelo voto
300 famílias ameaçadas de expulsão por falta de decisão dos deputados
meio ambiente
a luta na jureia
imPrensa
Como a imprensa comercial se compunha com o bicheiro Carlinhos Cachoeira
Pág. 6
um jogo de Poder Pra lá de sujo
Casos crescem na Baixada, mas Itariri não registra o crime este ano
Pág. 2
violência
estupro zero
2 Itariri
expediente rede Brasil atual – itariri editora Gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço e Lauany Rosa revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2800tiragem: 5 mil exemplares distribuição Gratuita
editorial
Há duas belas reportagens neste jornal Brasil Atual-Ita-riri. A primeira trata da gente que mora na Jureia. Lá, caiça-ras, índios e quilombolas de 300 famílias estão em luta para ficar no lugar que pertenceu aos seus ancestrais. Para isso, eles dependem que os deputados da Assembleia Legislativa se posicionem de vez sobre o projeto que transforma partes da região em Reservas de Desenvolvimento Sustentável, RDS. O pessoal promete resistir à Polícia Militar, caso ela entre na Jureia para cumprir uma ordem da Justiça de retirada dos mo-radores. Esperamos que não se consume o absurdo que ocor-reu em São José dos Campos, com o desalojamento da comu-nidade do Pinheirinho, que até hoje continua ao deus-dará.
Outra matéria é sobre a turma do bicheiro Carlinhos Cachoei-ra. O senador Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás, virou um arremedo de político, espécie de escorreito paladino tupini-quim de elevado estofo ético e moral que acabou cassado pelos seus pares. Como perguntar não ofende, vamos lá: mas o que acontecerá a Roberto Civita, dono da Veja, e com seu imedia-to, Policarpo Junior, diretor da sucursal em Brasília, que gastam páginas e mais páginas para estampar manchetes que visam de-seducar os leitores em relação às questões nacionais? Cachoeira, pasmem, sugeria até a seção da revista em que notas de seu in-teresse fossem publicadas. A vergonha vai contada nesta edição. Esperamos que satisfaça a volúpia de todos. É isso. Boa leitura!
violência
estupros crescem na baixadaMas Itariri não registrou nenhum caso este ano
As ocorrências de estu-pro na Baixada Santista au-mentaram 8,63% no primei-ro quadrimestre deste ano. Foram registrados 239 es-tupros de janeiro a abril. No mesmo período de 2011, fo-ram 220 casos, conforme es-tatísticas do governo do Es-tado. Itanhaém foi a cidade que teve maior crescimento de ocorrências: 107,6% (27 casos) e o Guarujá foi a ci-dade com a maior incidência de estupros, 61, um acrésci-mo de 12,96%. Praia Gran-de aparece logo na sequên-cia, com 53 casos, aumento
de 29,2% em comparação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Três municípios re-duziram os estupros nos seus territórios: São Vicente, de 45 para 34 casos; Bertioga de oito
para dois; e Peruíbe de nove para uma ocorrência. Já Ita-riri não registrou ocorrência alguma – seu único caso, em 2011, foi no primeiro qua-drimestre.
estupros na baixada santistacasos
ano
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2011 2012
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economia
a grana que chega à cidadeItariri registra entrada de mais recursos em 2012
O jornal Brasil Atual – Itariri divulga, mensalmente, os valores destinados à cidade pelos governos federal e estadual. Confira o quadro abaixo:
Confira os recursos transferidos pelo Governo Estadual:2011 2012
ICMS – R$ 2.635,351,74 (12 meses) ICMS – R$ 1.383.559,26 (6 meses) IPVA – R$ 498.999,73 (12 meses) IPVA – R$ 364.005,71 (6 meses)
Tabela em vigor do Imposto de Renda:rendimento em r$ aliquota % dedução em r$
De 637,12 até 2.453,50 7,5 R$ 122,78 De 2.453,51 até 3.271,38 15,0 R$ 306,80 De 3.271,39 até 4.087,65 22,5 R$ 552,15 Acima de 4.087,65 27,5 R$ 756,53
2011 2012
R$ 11.651.232,58 (12 meses) R$ 5.010.311,63 (5 meses) R$ 970.936,04 (Média mensal) R$ 1.147.700,22 (Média mensal)
Confira os recursos transferidos pelo Governo Federal:
3Itariri
convenções
Presente Pesquisa
tudo pronto para a batalha eleitoral de outubro
itariri ganha retroescavadeira dilma, queridíssima
Rejane (PP) e Pança (PT) enfrentam Dinamérico nas urnas; Carlos Rocha também é candidato
Município agora possui duas máquinas do tipo 59% acham governo bom ou ótimo
A coligação partidária que reúne cinco Partidos – PP, PT, PV, PRTB e PR – homologou o nome da ex-secretária da Edu-cação de Itariri e atual secretária da Educação de Pedro de Tole-do, Rejane Maria Silva (PP), como candidata à Prefeitura de Itariri. A chapa terá como can-didato à vice-prefeitura o ex-vi-ce-prefeito de Itariri Estanislau Fernando de Mattos, o “Pança”. Haverá 42 candidatos a verea- dores – 13 mulheres e 29 ho-mens. A homologação foi no dia 23 de junho, na Casa de show Iguana, onde mais de 400
pessoas estavam presentes. Na ocasião, foi aprovado o nome da coligação: Desenvolvimento com Responsabilidade.
“Acredito nesse projeto que será uma transformação
para Itariri. Com ele, vamos incorporar desenvolvimento com responsabilidade, dando a cada cidadão o direito de participar de uma cidade me-lhor para todos” – disse Reja-
ne. O candidato à vice, “Pan-ça”, destacou a participação cada vez maior da mulher na política brasileira, ajudando com sensibilidade a formar um novo padrão de políticos no país, sobretudo, nas cida-des pequenas, onde o conta-to com a população é feito de forma direta e pessoal”. Para ele, a chapa tem trânsito nos governos federal e estadual, o que “facilita a realização do trabalho na cidade com desen-volvimento e responsabilida-de, parafraseando o tema da coligação” – disse.
No mesmo dia, PSB, PTB, PMDB, PPS e PDT homologa-ram as candidaturas de Carlos Rocha Ribeiro (PSB) à Pre-feitura, Izadália Barros Souza (PTB) à vice e de 50 candida-tos a vereador – dez do PSB, quinze do PMDB, dezoito do PTB, quatro do PPS e três do PDT. O PSDB e o DEM já ha-viam realizado a convenção em 17 de junho. São candida-tos dos partidos Dinamérico Gonçalves Peroni à Prefeitura e Ione Kian à vice. Os partidos têm 18 candidatos a vereador, dez do PSDB e oito do DEM.
O Ministério do Desen-volvimento Agrário (MDA) entregou, dia 29 de junho, máquinas retroescavadei-ras a 21 cidades do Vale do Ribeira. A ação beneficiou mais de 100 mil morado-res do campo, penalizados constantemente com as chu-vas. Itariri foi contemplada com uma delas e, agora, possui duas dessas máqui-nas: uma pode ser usada na área urbana, principalmente na periferia, que sofre com a falta de manutenção das va-las; outra poderá trabalhar na zona rural, ajudando os agricultores no escoamento da produção e contribuindo para maior conservação das estradas vicinais utilizadas no transporte escolar.
A entrega das máquinas é resultado da seleção realiza-da pelo Programa de Acelera-ção do Crescimento 2 (PAC 2), iniciado no Governo Lula e ampliado com a Presidenta Dilma. As cidades beneficia-das com a entrega das retroes-cavadeiras no Vale do Ribeira
são: Apiaí; Barra do Chapéu; Barra do Turvo; Cajati; Cana-néia; Eldorado; Iguape; Ilha Comprida; Iporanga; Itaóca; Itapirapuã Paulista; Itariri; Jacupiranga; Juquiá; Mira-catu; Pariquera-Açú; Pedro de Toledo; Ribeira; Ribeirão Branco; Sete Barras e Tapiraí.
A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff manteve-se estável, em 77%, de acordo com pesquisa Ibo-pe encomendada pela Confe-deração Nacional da Indús-tria (CNI), divulgada no dia 29 de junho. Já a aprovação do governo subiu de 55% para 59% dos entrevista-dos, que consideram o go-verno bom ou ótimo. Ainda segundo o Ibope, 18% dos eleitores desaprovam a ma-neira de Dilma governar; 5% não souberam responder a esse quesito. Na pesqui-sa anterior, o percentual de desaprovação era de 19% e variou dentro da margem de erro. O índice dos que con-sideram o governo “regular” oscilou negativamente de
34% para 32%. Manteve-se estável em 8% o percentual dos que classificam o go-verno como “ruim ou péssi-mo”. Dos entrevistados, 1% não soube responder sobre a gestão. A pesquisa tem mar-gem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 141 municípios.
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a ameaça que ronda 300 famílias da jureia, um paraíso encravado na mata atlântica
caiçaras, índios, quilombolas
meio ambiente
Uma rara reserva de Mata Atlântica do Estado de São Paulo, que possui biomas riquíssimos e uma população tradicional de mais de 300 famílias de cul-tura secular, corre o risco de ser descaracterizada por um Projeto de Lei (PL) do go-vernador Geraldo Alckmin, encaminhado em fevereiro à Assembleia Legislati-va (Alesp). A convivência harmoniosa entre homem e meio ambiente na região da Jureia pode ter fim com a alteração dos limites da Es-tação Ecológica Jureia-Ita-tins, (criada em 1986, com
cerca de 80.000 ha) e a criação de um Mosaico de Unidades de Conservação: algumas áre-as de maior densidade demo-gráfica, como a Barra do Una e o Despraiado – que abrange cerca de 60% do povo local – seriam transformadas em Reserva de Desenvolvimen-to Sustentável (RDS), onde haveria presença humana e o desenvolvimento de algumas atividades agropecuárias. Já os outros 40% de moradores da região – formados também de caiçaras, quilombolas e in-dígenas – que estão isolados em comunidades menores não encampadas por essas duas
uma história de resistência. aos militares e aos civis No fim dos anos 1970, a
Jureia foi alvo da política nu-clear da ditadura militar e do setor imobiliário especulati-vo, que pretendia empreen-der condomínios luxuosos. A audácia desses projetos era tamanha que até uma estrada adentraria a serra e cortaria a planície do rio do Una do Pre-lado. Em 1980, o general João Figueiredo firmou um acordo com a Alemanha para a insta-lação das usinas nucleares 4 e 5, numa área de 24.000 ha da região. O projeto sofreu críticas de organizações eco-lógicas nacionais e internacio-nais, o que levou o general a promulgar novo decreto ‘pro-tegendo o meio-ambiente’. O programa nuclear não foi concretizado. Até 1985, as desapropriações dos morado-res não foram realizadas pela Nuclebras. O prazo de caduci-dade das desapropriações – de cinco anos – expirou, dando aos antigos proprietários a chance de reaverem a posse das terras que ocupavam.
Há tensão e medo entre os moradores da Jureia. A falta de decisão dos deputados estaduais de transformar o projeto de lei que cria na região Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS), assegurando o direito de permanência das comu-nidades na área, fez a população local preparar--se para o pior. Em julho, algumas pessoas co-meçaram a receber uma notificação exigindo que saíssem de suas casas. A comunidade promete resistir. Por Enio Lourenço
reservas, teriam sua perma-nência histórica ameaçada pela nova recategorização e poderiam ser expulsos da floresta. Os povos da Ju-reia estão insatisfeitos. Há intensas manifestações de associações de moradores, que repudiam o projeto. Por isso, a Alesp promoveu três audiências públicas em maio – uma em Peruíbe, ou-tra em Iguape e a terceira na Alesp, que reuniu mais de 200 pessoas, boa parte de-las vindas em caravanas do litoral sul – visando mudar o projeto inicial do governo e chegar a um consenso.
Em sua dissertação de mes-trado, a geógrafa Carolina Peixoto aponta que “o empre-endimento nuclear representa-va uma ameaça ao ambiente natural e social, mas acabou por proteger as terras da espe-culação imobiliária, o que não quer dizer quer as relações en-tre a Nuclebras e os moradores não tenham sido coercitivas”.
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a ameaça que ronda 300 famílias da jureia, um paraíso encravado na mata atlântica
uma história de resistência. aos militares e aos civis
Em 1986, o governador Fran-co Montoro criou a Estação Ecológica Jureia-Itatins, com a extensão atual, que abrange os municípios de Peruíbe, Iguape, Miracatu e Itariri, para garantir a integridade dos ecossistemas e da fauna e flora ali existen-tes. As atividades primárias – caça, pesca, extrativismo – foram limitadas para atender a
nova legislação. Foi assim que a população tradicional do lu-gar mudou seus hábitos e cul-tura para sobreviver.
Por outro lado, foi uma lei de 2006 que criou o pri-meiro Mosaico da Jureia e possibilitou aos moradores se reorganizarem, lutarem e apresentarem a contrapropos-ta ao governo de unidade de conservação que eles queriam. Segundo a vice-presidente da União dos Moradores da Ju-reia (UMJ), Adriana Souza Lima, “o pessoal aceitou o modelo do mosaico para não perder a oportunidade de asse-gurar a permanência de parte da população, mas o objetivo era incluir todas as comuni-dades”. Mas a esperança dos moradores de viver com es-tabilidade e possibilidade de manejo sustentável dos recur-sos naturais ruiu rapidamente.
Em 2009, o Ministério Público Estadual (MP-SP) elevou a reserva novamente à condição de Estação Ecoló-gica porque, segundo a Lei,
apenas o governador poderia legislar sobre o meio ambien-te. Para a defensora pública Maíra Coraci Diniz o gover-nador da época, José Serra, “deveria ter encaminhado o projeto para resolver a situa-ção dos moradores da Jureia”. Em abril de 2010, novo pro-blema. O Grupo de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do MP-SP pediu, e a Justiça es-tadual concedeu, liminar para a retirada de todos os morado-res, tradicionais ou não, sob a justificativa de realização de estudos no local, mas a defen-soria pública conseguiu sus-pendê-la até o dia 7 de julho passado. A defensora Coraci também encaminhou recurso ao Supremo Tribunal de Justi-ça (STJ), mas que está parado há oito meses sem julgamento. “Se for necessário, eu vou re-correr ao STF ou à OEA, pois existem convenções e tratados internacionais que garantem o direito dos povos tradicionais aos seus territórios” – finaliza a defensora.
“o lugar é nosso”
A vice-presidente da União dos Moradores da Ju-reia (UMJ), Adriana Souza Lima, afirma que a região sempre se orientou por proje-tos preservacionistas, que não concebem homem e floresta dividindo o mesmo espaço e propõem que, para o territó-rio ser preservado, não exista a presença humana. O projeto de Lei que está para ser vota-do na Assembleia Legislativa não é diferente. A consequên-cia, segundo ela, é “uma polí-tica que tira o homem do seu território, jogando-o nas pe-riferias das cidades, criando favelas e levando-os, muitas vezes, à criminalidade. Isso vai na contramão do que o mundo pensa hoje”.
Sobre a hipótese de a for-ça policial entrar para cum-prir a determinação judicial, o presidente da UMJ, Dauro Marcos do Prado, é enfático: “Resistimos há 26 anos a uma política ambiental criminosa, que não defende o meio am-biente nem se preocupa com a questão social. Queremos um acordo entre os Poderes Executivo, Legislativo e a comunidade para resolver esse conflito de uma vez por todas. Se as comunidades ficarem fora da RDS, o con-flito persistirá. E, se a polícia
entrar na Jureia, nós vamos enfrentá-la, sim”.
O pessoal também quer que seja criado um amplo es-paço para o manejo sustentá-vel dos recursos. O morador Arnaldo Júnior, de Iguape, enxerga o projeto de lei do governo mais como um assen-tamento fundiário do que uma RDS. “Como uma RDS, você tem que ter grandes áreas para explorar um recurso e dar um tempo para que ele se regene-re. Assim, você vai para outra área, para gerar renda e traba-lho para as pessoas.” Arnaldo lembra que Iguape entrou em declínio quando a Jureia passou à condição de Estação Ecológica. “Até a década de 80, a cidade vivia da explo-ração da caixeta, mas desde que a atividade passou a ser criminalizada, o resultado foi a exploração clandestina da madeira, que levou a espécie quase à extinção” – afirma. Agora, a proposta é o mane-jo sustentável da caixeta, que sairia de barco da floresta e abasteceria uma indústria de lápis específica. O intuito é que os lápis sejam fornecidos aos alunos de escola pública. “Esse é um grande passo e um exemplo que a gente pode dar para o Brasil. E essa é a hora” – conclui ele.
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6 Itariri
imPrensa
a revista veja, entre corrompidos e corruptores
imprensa comercial se diz independente. será?
As ligações íntimas da Editora Abril com o contraventor Carlinhos Cachoeira Por: Lalo Leal
dizia que “a diretoria atrapa-lhava os negócios da Delta. Foi a mesma operação do episódio dos Correios, que deu origem ao ‘mensalão’. Cachoeira dava os dados, Veja publicava e de-salojava os adversários de Ca-choeira. Assim, ela cumpria o papel de vigilante de desman-dos e fustigava os governos Lula e Dilma, pelos quais nun-ca demonstrou simpatia.”
Basta lembrar a capa de maio de 2006 com Lula le-vando um pé no traseiro, jun-tando grosseria e desres peito. Para não falar de outras, do ano anterior, instigando o im-peachment do presidente da República. O sucesso dos dois governos Lula e os altos índi-ces de aprovação da presiden-ta Dilma Rousseff exacerba-ram o furor da revista.
A proximidade do diretor da sucursal de Brasília com Cachoeira, e deste com o se-nador Demóstenes Torres (ex--DEM-GO), sempre elogiado
Segundo Veja, a “liber-dade de imprensa” estaria ameaçada se o jornalista, ou seu patrão Roberto Civita, fosse depor na Comissão Parlamentar Mista de In-quérito (CPMI) do Congres-so Nacional que investiga o caso. Mas, na mesma edi-ção, ela clama por um con-trole da internet, agastada com as informações sobre seus descaminhos na rede. A internet expôs a relação
do trio Cachoeira-Demóste-nes-Veja e uma enxurrada de expressões nada elogiosas le-varam a revista ao topo dos assuntos no Twitter.
Os principais veículos do país silenciaram ou apoiaram a relação – exceção feita à Rede Record e à revista CartaCa-pital. Alguns, como O Globo, tomaram as dores da Editora Abril. O colunista Merval Pe-reira isentou a revista. Em edi-torial, o jornal reagiu à compa-
ração feita por CartaCapital entre o dono da Editora Abril e o magnata Rupert Murdoch, punido pela Justiça britânica pelo mau uso de seus veícu-los de comunicação no Reino Unido. A Folha de S.Paulo, também em editorial, aliou-se a Veja. Mas sua ombudsman, Suzana Singer, que tem a in-cumbência de criticar o jornal, disse não saber “se algo com-prometedor envolvendo a im-prensa surgirá desse lamaçal”.
Para lembrar em seguida que ao PT interessa com o caso Cachoeira empastelar o ‘mensalão’: “A imprensa não pode cair na armadilha de permitir que um escânda-lo anule o outro. Tem o dever de apurar tudo – mas sem se poupar. É hora de dar um exemplo de transparência.” Contudo, a cobertura da Fo-lha das relações Cachoeira-Demóstenes-Veja limita-se a notas superficiais.
por Veja, veio a calhar. Até surgirem as gravações da Po-lícia Federal levando a revista a um recolhimento político só quebrado em defesas tíbias de seu funcionário e do que ela chama de “liberdade de im-prensa”. Veja diz-se “engana-da pela fonte”, argumento des-mentido pelo delegado federal Matheus Mella Rodrigues, co-ordenador da Operação Monte Carlo. O policial mostrou que o jornalista Policarpo Junior sabia das relações de Demós-tenes com Cachoeira, mas nunca as denunciou, protegen-do “meliantes”, como resumiu a revista CartaCapital.
De narradora dos fatos, a revista semanal Veja, da Edi-tora Abril, tornou-se perso-nagem da cena política bra-sileira. Gravações feitas pela Polícia Federal, autorizadas pela Justiça, mostram que o contraventor Carlinhos Ca-choeira era mais do que fon-te de informações. Seu rela-cionamento com o diretor da sucursal de Veja em Brasília, Policarpo Junior, permitia que sugerisse até a seção da revista em que notas de seu interesse seriam estampadas. Veja virou instrumento de Cachoeira para remover do governo obstácu-los aos seus objetivos.
Um entrave seria o Depar-tamento Nacional de Infraes-trutura de Transportes (DNIT), do Ministério dos Transportes, que dificultava a atuação da Delta Construções, empresa ligada ao contraventor. Segun-do o jornalista Luis Nassif, a matéria da Veja sobre o DNIT, publicada em junho de 2011,
otavio frias: numa gelada
roberto civita, dono da Veja: unha e carne com cachoeira
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Política
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VereadoresEssa eleição irá contar com número recorde de candidatos a vereador no município: serão
nada menos do que 110 candidatos ao cargo!
Vereadores IISão 50 candidatos da coliga-ção PSB, PTB, PMDB, PPS e PDT, 42 da coligação PP, PT,
PV, PRTB e PR e 18 da coligação PSDB e DEM, o que significa um candidato a verea-dor para cada 108 eleitores.
VereadorasFoi um corre-corre para os par-tidos cumprirem a legislação que determina em 30 o número
de candidatas – a cada dois homens deve con-correr uma mulher, ou vice-versa. Antes, os par-tidos deixavam as vagas femininas em aberto.
Vereadoras IIHoje há 36 mulheres candi-datas a vereadora: na chapa de Rejane Silva e Pança, há
13; na coligação Dinamerico e Yone Kiam, há 6; e na chapa Carlos Rocha e Izadália, há 17. As mulheres são 32,73% dos candidatos.
CassaçãoO vereador Américo Is-chihashi, do PMDB, foi jul-gado e cassado pelo Tribunal
Regional Eleitoral por infidelidade partidária. Em setembro de 2011, o parlamentar deixou o PSDB, partido pelo qual ganhou a eleição a vereador em 2008, e filiou-se ao PMDB. O Promotor Público Eleitoral entrou com ação de cassação de mandato do cargo de verea-dor, resultando em condenação no último dia 28 de junho. Contra a sentença, porém, ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral.
Cassação IIO mesmo ocorre com o atual vereador e candidato a prefei-to na coligação PSB, PMDB,
PTB, PPS, e PDT, Carlos Rocha Ribeiro. Ini-cialmente filiado ao PSDB, Ribeiro trocou de partido em setembro do ano passado, filian-do-se ao PSB. Ação requisitando a cassação encontra-se na mesa do juiz José Antônio En-cinas Manfré. O julgamento foi marcado para o dia 24 de julho, no Tribunal Regional Elei-toral. Vale lembrar que se condenado com a perda de mandato de vereador, caberá recurso no Tribunal Superior Eleitoral em Brasília.
mídia e “mensalão”A ideia de que o caso Ca-
choeira desviaria as atenções sobre o julgamento do “mensa-lão” foi alardeada pela mídia. E usada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para se livrar da acusação de negligência. Explica-se: A PF enviou a Gurgel a denúncia das relações promíscuas entre Cachoeira e Demóstenes em 2009. Se ele desse andamento à denúncia, o processo seria pú-blico e comprometeria a elei-ção de Demóstenes ao Senado, de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás e de gente
suspeita de servir a Cachoei-ra. Gurgel não explicou por que segurou o processo. Res-pondeu às acusações dizendo que as denúncias partiam dos envolvidos no “mensalão”, te-merosos diante da iminência do julgamento no qual ele será o acusador.
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testemunha de defesa
Em 2005, Policarpo Ju-nior foi a uma CPI testemu-nhar em favor de um bicheiro que se dizia vítima de chanta-gem de um deputado carioca que exigia propina para não colocar seu nome no relató-rio final de uma CPI na As-sembleia Legislativa do Rio. Nenhum jornal nem a ABI alegaram tratar-se de uma in-timidação à imprensa. Uma explicação para a baixa expo-sição de jornais e jornalistas a investigações está no poder
de interferência dos grupos midiáticos na política eleito-ral. Exemplo clássico vem da viúva do dono da Globo sobre o governo Collor: “O Rober-to colocou-o na Presidência e depois tirou. Durou pou-co. Ele se enganou” – disse dona Lily no lançamento do livro Roberto & Lily, em 2005. A ação não foi isola-da. Globo e Veja demoniza-vam Lula para derrotá-lo, em 1989. E exaltavam o jovem “caçador de marajás”.
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Prédio está interditado Ordem veio do Tribunal de Justiça de São Paulo
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo interditou o estabelecimento onde fun-ciona a Vara Distrital de Itari-ri, face aos inúmeros proble-mas de estrutura. A interdição resultou de ação cívil pública impetrada pela Promotoria de Justiça de Itariri contra a Fa-zenda do Estado de São Pau-lo e o município de Itariri, na qual requisitava-se o prazo de 48 horas para desocupação e início da obra.
Após a ação, a verba para a reforma do prédio foi liberada pelo Tribunal de Justiça do Esta-do de São Paulo, possibilitando, assim, o início dos trabalhos no
dia 10 de julho. Segundo entre-vista da Promotoria de Justiça de Itariri ao Jornal da Tribuna 1ª edição, o prazo para conclusão da reforma é de 30 dias.
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foto síntese – Ponte que balança
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Palavras cruzadasPalavras cruzadas
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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.
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Palavras cruzadas
APARTAMEnTOTORAPSERRPARAbARATRIbulARIPAnuMERICOAORAAMEnOlAgORACRHOMEMnATEATOnAHAREMROSCAISE
Horizontal – 1. Cada uma das unidades residenciais, em prédio de habitação coletiva 2. grande tronco de madeira 3. Sigla de Roraima; Estado brasileiro onde fica uma parte da Floresta Amazônica; botequim 4. Causar tribulação, afligir 5. Instrumento manual, usado para cavar ou remover terra e outros materiais sólidos; Relativo a número 6. Adv. (ant.) Agora; Suave 7. Imediatamente, já; Clube do Remo 8. O ser humano, a humanidade; Designa um tempo limite em que alguma coisa, evento etc. termina ou deve terminar 9. Sílaba que não tem acento tônico; Parte do palácio de um sultão muçulmano onde ficam as mulheres 10. Sigla do Estado de Rondônia; Despenca; Igreja episcopal
vertical – 1. Causar algum tipo de impedimento ou perturbação 2. Porta, de madeira ou de ferro que, a partir da rua, dá acesso a um jardim público ou a uma casa, edifício etc.; nome de famoso treinador brasileiro de futebol, de sobrenome glória 3. Atmosfera; galho 4. Série ou conjunto de roubos (plural) 5. ghraib, famosa prisão iraquiana; País situado na extremidade oriental da Península Arábica; 6. Colocar em posição reta e vertical 7. República parlamentar federal de dezesseis estados cuja capital é berlim 8. Sigla do Estado do Espírito Santo; Medida agrária; gemido 9. Entreter-se, distrair-se 10. Chá, em inglês; Pessoa que mostra cortesia, amabilidade, gentileza 11. Curso de água doce, letra anterior ao ene
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