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Jornal Regional de Itariri www.redebrasilatual.com.br ITARIRI nº 1 Dezembro de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Nova Itariri: sem creche, sem asfalto, sem cascalho, sem nada Pág. 3 BAIRRO NO MEIO DO MATO Jovens participam de um domingo radical, no meio da natureza Pág. 7 ESPORTE ECOAVENTURA Depois da cavalgada, fiéis rezam e participam de festa Pág. 2 RELIGIãO MISSA SERTANEJA RODOVIáRIA Para atender alguns comerciantes, Prefeitura prejudica a população e mantém erro desde a inauguração Pág. 3 OS CARROS PASSAM POR DENTRO DELA Controle do governo Alckmim na Assembleia tropeça nos aliados. E surge areia no esquema ORçAMENTO DO ESTADO O REMENDO NAS EMENDAS

Jornal Brasil Atual - Itariri 01

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rodoviária missa sertaNeja No meio do mato religião Para atender alguns comerciantes, Prefeitura prejudica a população e mantém erro desde a inauguração Controle do governo Alckmim na Assembleia tropeça nos aliados. E surge areia no esquema nº 1 Dezembro de 2011 Distribuiçã o Pág. 3 Pág. 2 Pág. 7 Pág. 3 www.redebrasilatual.com.br Depois da cavalgada, fiéis rezam e participam de festa Nova Itariri: sem creche, sem asfalto, sem cascalho, sem nada Jornal Regional de Itariri

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Jornal Regional de Itariri

www.redebrasilatual.com.br ItarIrI

nº 1 Dezembro de 2011

DistribuiçãoGratuita

Nova Itariri: sem creche, sem asfalto, sem cascalho, sem nada

Pág. 3

bairro

No meio do mato

Jovens participam de um domingo radical, no meio da natureza

Pág. 7

esPorte

ecoaveNtura

Depois da cavalgada, fiéis rezam e participam de festa

Pág. 2

religião

missa sertaNeja

rodoviária

Para atender alguns comerciantes, Prefeitura prejudica a população e mantém erro desde a inauguração

Pág. 3

os carros Passam Por dentro dela

Controle do governo Alckmim na Assembleia tropeça nos aliados. E surge areia no esquema

orçamento do estado

o remendo nas emendas

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expediente rede Brasil atual – itariri – editora Gráfica atitude Ltda. editora Gráfica atitude Ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Leonardo Brito (estagiário) revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008tiragem: 5 mil exemplares distribuição Gratuita

Leia on-line todas as edições do jornal Brasil Atual. Clique www.redebrasilatual.com.br/jornais e escolha a cidade. Críticas e sugestões [email protected]

jornal on-line

editorial

religião

a 13ª cavalgada de são beneditoMais de 100 cavaleiros participaram da peregrinação

Mais de 100 cavaleiros par-ticiparam da 13ª Cavalgada de São Benedito, no dia 4 de de-zembro, no bairro da Igrejinha. Além deles, mais de 70 fiéis estiveram presentes na Missa Sertaneja, celebrada pelo pa-dre Fábio nas dependências do barracão de festa da Igreja de São Benedito, durante a festi-vidade. Apesar da chuva que caiu no dia, a participação foi considerada recorde pelos orga-nizadores. Após a cavalgada e a celebração, os presentes foram agraciados com um almoço. os cavaleiros depois foram assistir a missa sertaneja

eleições

Pré-candidatos: cartão amarelo Os nomes de quem ainda está sub judice

A Lei eleitoral vigente determina que as pessoas que desejam concorrer a um cargo eletivo têm de se filiar a um partido político até um ano antes da eleições. Como a próxima eleição será em 7 de outubro de 2012, quem tinha pretensão de se candi-datar a qualquer cargo teve prazo até o dia 7 de outubro passado.

Vários pré-candidatos a vereadores, a prefeito e a vice-prefeito mudaram de partido, mas alguns perderam o prazo entre a desfiliação, o comu-nicado à Justiça Eleitoral e a nova filiação. Por isso, aguar-dam sentença do juiz respon-

sável, que deverá ser dada até o próximo dia 19 de dezembro, impreterivelmente. Veja quais são os candidatos que estão sub judice, conforme pesquisa no endereço eletrônico do Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE): Abel Ribeiro Pupo; Américo Ichihashi; André Onofre; Carlos Aparecido França; Carlos Rocha Ribeiro; Dora Aparecida de Oli-veira Roque; Edmundo Ferreira de Araújo Junior; Edson No-vaes de Oliveira; Elenice Alves dos Santos Almeida; Elisângela Aparecida dos Santos; Fernanda Salles Novaes; Girleide Fernan-des Diniz Barbosa; Gleycon Ro-drigo Sales; Hércules Natanael Palmeira Souza; Herminho Noel

de Oliveira; Inocêncio Fran-cisco da Cruz; Ivan França dos Santos; Ivanilde Olivei-ra Fernandes; Jesus Wagner Cruz; João Carlos Alexandre Moura; João Felipe Alexandre Morais; Josafá Alves dos San-tos; José Benedito Marostica; José Neto Fernandes; José Vi-cente da Luz; Lucineia Apa-recida Benedito; Luiz Carlos Ramos; Luiz Faria; Márcio Antônio Placidi Côrrea; Mar-cos de Souza; Maria Júlia Rodrigues Santos; Maycon Tiago Barros Fernandes; Ne-vir Pinto de Aquino; Ronaldo dos Santos Novaes; Valdir Moraes de Lima; Yolanda Hanashiro Taminato.

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Caro leitor, você está recebendo o primeiro número do jor-nal Brasil Atual – Itariri, cujo compromisso é o direito à infor-mação. Faça parte deste novo projeto de comunicação. Leia, discuta, opine, sugira, critique. Enfim, participe.

Esta edição traz um bom exemplo de como atua a velha mí-dia brasileira, apelidada de PIG – Partido da Imprensa Golpista. Para não perder seus privilégios, ela não dá vazão às denúncias de corrupção no governo tucano. Exemplo disso é a Assembleia Legislativa de São Paulo, há muito tempo um escritório de des-pachos de governos do PSDB. Pois um parlamentar da base aliada, Roque Barbieri, do PTB, disse que 30% dos deputados “vendem” suas cotas de emendas ao Orçamento paulista todos os anos – informação confirmada pela líder comunitária tucana Tereza Barbosa. O assunto ameaçava romper um velho laço alia-do, formado pelos partidos da coalizão ao governo Alckmin, e podia dar numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Mas o PIG fez-se de “migué” e pôs uma pedra no assunto: não sabe e não viu. Nós não. Contamos como se dá o trambique. E falamos do clima de contestação que começa a surgir naquela Casa. É isso. Boa leitura!

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bairro

sindicalismo

descaso total em nova itariri

o 1º Prêmio cUt

O povo está cansado de ouvir tantas promessas

Democracia e Liberdade Sempre

Os moradores do Bairro Nova Itariri estão indignados com a falta de vontade polí-tica da administração de Di-namerico Gonçalves (PSDB/SP). Moradores do bairro e a Amani (Associação dos Mo-radores e Amigos do Bairro Nova Itariri), por meio do di-retor Roberto Bezerra, já par-ticiparam diversas vezes de reunião com o prefeito da ci-dade e em todos os encontros ouviram inúmeras promessas, mas nenhuma das solicitações foi atendida.

Em três anos, desde a pos-se do atual prefeito, nada foi feito para beneficiar o bairro. A creche, inaugurada no fim da administração de Daniel Silva (PP/SP), não começou a funcionar, prejudicando as mães do bairro. “As mães não podem trabalhar, pois não têm

onde deixar os filhos” – re-clama o diretor da Amani. As ruas de Nova Itariri estão em estado de calamidade pública – sem asfalto e sem cascalha-mento. Durante as chuvas, que começam agora, alguns mora-dores ficam impossibilitados de sair de suas casas. “Moro

na Rua 12 e meu filho Flávio Ribeiro é deficiente. Nos dias de chuva não consigo sair de casa para ir na Unidade de Saúde, por causa da grande quantidade de lama e água nas ruas, pois o bairro está em péssimas condições” – diz He-lena.

infraestrUtUra

bairro continentalItariri recebe verba para melhorias

Itariri receberá R$ 200 mil para obras de infraestru-tura no bairro Continental. Serão asfaltadas as Ruas Vi-cente Luiz Aloise, Severiano Diegues, Humberto Domin-gues, D. Pedro II (trecho 1 e 2) e Luís Rosemberg, con-forme informação do Depar-tamento de Engenharia. O dinheiro para a obra foi pos-sível graças a uma emenda parlamentar do deputado fe-deral Ricardo Berzoini (PT-SP), articulada pelo ex-vice- -prefeito da cidade, Estanis-lau Fernando de Mattos, o

Pança, tesoureiro do diretó-rio do Partido dos Trabalha-dores de Itariri. Para 2012, o deputado Berzoini solicitou R$ 150 mil do Ministério da Saúde para a aquisição de equipamentos para hospitais e postos de saúde no município.

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rodoviária

Prefeitura prejudica populaçãoJá há quem embarque pelo lado de fora da estação

A população de Itariri continua com problemas na hora de embarcar em um ônibus na rodoviária, desde a sua inauguração, em 10 de abril de 2009. Tudo porque alguns comerciantes da Rua José Ferreira Franco pedi-ram ao prefeito para não transformar a via em mão única. O resultado do pedi-do é que os ônibus só conse-guem estacionar em fila – e não em 45 graus, como o projeto implantado propõe.

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Quando há um terceiro veícu-lo para estacionar, ele fica sem espaço no terminal.

Muitos motoristas, para não perderem tempo, pro-movem o embarque e o de-sembarque fora da rodovi-ária, colocando em risco a vida dos passageiros. O pro-blema permanece há um ano e meio. A solução é simples: basta transformar a Rua José Ferreira Franco em mão única, no trajeto que vai da ponte do Rio do Azeite até a Rua Luiz Rosemberg, no sentido Centro/Saída do Trevo para Peruíbe.

Entre os dias 1º e 30 de no-vembro, por meio de votação popular, via internet, foram es-colhidos os vencedores do 1º Prêmio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) – De-mocracia e Liberdade Sempre. A entrega dos prêmios ocorreu em 13 de dezembro, no Teatro TUCA (Teatro da Universida-de Católica), em São Paulo. Os premiados foram:

Luta pela Redemocratiza-ção do Brasil: Rosalina de Santa Cruz, assistente social que atuou na década de 1970 no Movimento de Mulheres, ex-presa política na ditadura e que, por ter seu irmão Fernan-do Santa Cruz desaparecido, integrou a Comissão de Fami-liares de Mortos e Desapareci-dos Políticos.

Luta por Democratização, Cidadania e Direitos Huma-nos: Frei Betto, militante de movimentos sociais pelos di-reitos humanos na América Latina.

Luta por Democracia e Di-reitos dos Trabalhadores: Ma-ria da Penha, farmacêutica, símbolo do combate à violên-cia doméstica no Brasil.

Luta por Democracia e Li-berdade: Dom Pedro Casal-dáliga, bispo de Sâo Félix do Araguaia.

Luta por Democracia e Li-berdade: Movimento dos Tra-balhadores Rurais Sem Terra (MST).

Luta por Democracia e Liber-dade (escolhido pela CUT e pe-los colaboradores do Prêmio): Luiz Inácio Lula da Silva.

na chuva, as ruas de nova itariri ficam intransitáveis

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escândalo do orçamento

surge areia no esquema da assembleia legislativa

alesp atua como escritório de despachos dos tucanos

Alguns deputados “vendem” as emendas e abocanham parte dos recursos liberados Por Raoni Scandiuzzi

O domínio do Executivo na Assembleia combina in-dicações a cargos públicos, divisão do poder regional e administração da liberação de recursos das emendas par-lamentares ao Orçamento do Estado. Porém, falhas no ge-renciamento dos partidos da base levaram alguns deputa-dos do PTB a se incomodar com o governo Alckmin. Por causa do desprestígio e da re-dução de recursos repassados à Secretaria de Esporte, nas mãos dos petebistas, o cacique do partido, Campos Machado, cobrava atenção do governo às questões do partido. Até que o deputado Roque Bar-biere (PTB) chutou o balde. Em entrevista ao site do jornal Folha da Região, de Araçatu-ba, em setembro, afirmou que de 25% a 30% dos deputados “vendem” as emendas a que têm direito anualmente em troca de abocanhar parte dos recursos liberados. E assegu-rou que o governo Alckmin foi alertado disso.

O secretário estadual de

Meio Ambiente, deputa-do licenciado Bruno Covas (PSDB), confirmou o esquema ao jornal O Estado de S. Paulo, e citou o caso de um prefeito que lhe ofereceu 10% de uma emenda – R$ 50 mil –, que ga-rantiu não ter aceitado. Convi-dado a se explicar ao Conselho

de Ética da Alesp, Covas não apareceu. Enviou carta afir-mando que seu relato era uma situação hipotética e didática, usada em palestras, encontros e conversas. No Ministério Público do Estado, o promotor Carlos Cardoso abriu inquérito para apurar o escândalo. Para

ele, não pareceu ser apenas um exemplo didático.

Um levantamento divulga-do no site do deputado Bruno Covas indicava que, em 2010, ano eleitoral, seu gabinete re-passara R$ 9,5 milhões em emendas para várias cidades paulistas – embora o limite

de cada deputado seja R$ 2 milhões anuais. Procurado, ele silenciou. Sua assessoria justificou que o levantamen-to trouxe emendas de anos anteriores, pagas em 2010, e outras obras eram pedidos do governo, e não dele.

Em 12 de outubro, o gover-no disse que divulgaria os re-cursos oriundos de emendas no site da Secretaria da Fazenda. A relação foi publicada em 4 de novembro. Nela, o presiden-te da Alesp, deputado Barros Munhoz (PSDB), é campeão de indicações, empenhando R$ 5,6 milhões no ano passado. Segundo o documento, Bruno Covas tem R$ 2,2 milhões em emendas. Mas a lista oficial não é confiável – o site do de-putado licenciado informara um montante quase cinco ve-zes maior. Outro exemplo: tan-to sua página eletrônica como a da prefeitura de Sales divul-gam uma emenda no valor de R$ 100 mil para a construção da Praça Floriano Tarsitano na cidade. Na relação do governo o recurso nem aparece.

A Assembleia Legislati-va do Estado de São Paulo (Alesp) tem 94 deputados, 3.000 funcionários e orçamen-to anual de R$ 660 milhões. Desfruta da camaradagem da imprensa comercial – que se indigna com denúncias de Bra-sília e blinda o governo pau-lista. A maioria dos parlamen-tares submete-se em silêncio ao Palácio dos Bandeirantes,

onde, desde 1995, a morada do chefe do Executivo é também um ninho tucano. Em troca de apoio aos seus interesses elei-torais, deputados da base aliada mantêm o governador do Estado livre de qualquer dor de cabeça.

É na Alesp que se discute e aprova o Orçamento do Estado – R$ 140 bilhões em 2011 – e onde se deve fiscalizar sua cor-reta aplicação. É lá que se dis-

cutem leis, desde a que proibiria a venda de porcarias de alto teor calórico em cantinas de escolas públicas até as que autorizaram o governo a vender o patrimô-nio estratégico – como do setor elétrico, do Banespa e da Nossa Caixa, a concessão de estradas e ferrovias. Lá é onde o gover-no sabe que denúncias e pedi-dos de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)

serão varridos para baixo do tapete. Quantas vezes você leu, ouviu ou viu notícias de que os deputados paulistas investigaram uma suspeita de superfaturamento em contra-tos do Metrô ou os abusos da Polícia Militar – seja na forma violenta como age na USP, seja quando persegue pobres na periferia ou reprime movi-mentos sociais?

o tucano geraldo alckmin, o fiel escudeiro campos machado (Ptb) e bruno covas: zorra total

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líder comunitária conta como funciona o trambiqueTereza Barbosa, 59 anos,

coordena um instituto que atende crianças em Campo Grande, zona sul da capital. Ela conta: “Entrei em vários gabinetes e eles diziam assim: ‘Olha, eu dou o dinheiro para a senhora, mas a senhora me devolve a metade, para uma entidade minha, que não tem documentação’”. Dona Tereza descreve outra conversa. “Um prefeito me contou que eles dão a verba para a Prefeitura, mas quem contrata as empre-

sas para fazer a obra é o deputa-do, e a construtora repassa 40%. Por isso a gente vê essas obras malfeitas. Uma vez fui reclamar

com uma construtora da Cidade Ademar e o dono me falou: ‘A gente não pode fazer nada com material de primeira, porque precisa devolver o dinheiro que chega pra gente’.”

Dona Tereza, uma “apaixo-nada pelo PSDB”, não revela nomes por medo de sofrer re-presálias. Mas dá pistas. “Exis-te esquema em vários partidos – PSDB, PTB, PDT”. Por ex-periência própria, ela afirma que Roque Barbiere falou a verdade. “Ele não mentiu, não.

Só acho que a porcentagem é maior do que ele disse. Eu co-locaria que uns 40% a 45% dos deputados vendem emenda.”

A líder comunitária con-firmou que, se convidada, iria ao Conselho de Ética. Como a apuração já estava sepultada, o promotor Carlos Cardoso foi ouvi-la. “Ela solicitou a deputa-dos que patrocinassem emendas para financiar a entidade que ela preside. Uma parte deles, uns dez deputados, condicionaram o apoio à entidade à transferên-

cia de parte dos recursos para ONGs que eles indicariam. Ela achou estranho e não acei-tou” – diz Cardoso.

Terezinha não revelou nome de deputado algum. Mas o relato dela trouxe avanços na investigação. “Isso confirma que há uma prática pouco ou nada líci-ta por parte de alguns de-putados, que manipulam as emendas, sem transparência e com propósito ilícito” – garantiu o promotor.

fala o deputado que denunciou outros deputadosRoque Barbiere reafirma que levará o esquema de venda de emendas ao Ministério Público

Como o senhor se sente por ter feito as denúncias?Fiquei magoado pela maneira como o presidente da Assembleia (Barros Munhoz, PSDB) e o go-verno trataram do assunto, ten-tando me desqualificar, exigindo que eu desse nomes, quando a própria Constituição me ampara. Eles fingiram que não me conhe-ciam. O governo me ignorou por completo, como se eu tivesse dito a maior mentira do mundo, como se ninguém tivesse nem cogita-do que algo semelhante pudesse ocorrer na Assembleia.O governo se sentiu atingido pelas denúncias?

Talvez, mas a denúncia foi para o bem, não para o mal. Alguém do governo estadual conversou com o senhor?Não. Nem na boa, nem na ruim. Virei um leproso politi-camente falando, porque, no governo, ninguém tem cora-gem de chegar perto de mim.O que achou de o governo dizer que Bruno Covas gas-tou R$ 2,2 milhões em 2010?Ele primeiro disse que um pre-feito ofereceu propina pra ele, depois que foi hipoteticamen-te. Do Covas eu gostava muito era do Mário.O senhor se arrepende da entre-

vista em que disse que 30% dos deputados vendem emendas?Não. Depois dela, tenho cer-teza de que vão sobrar mais recursos para o povo de São Paulo, as pessoas vão pensar dez vezes antes de fazer algu-ma coisa de errado.A base do governo rachou?Não sei como está, estou ten-do pouco contato por causa dos problemas pessoais.Está descartada a hipótese de o senhor deixar a base?Não está nada descartado. Vou esperar aprovar o Orçamento, cumprir minha obrigação com o povo de São Paulo, depois,

no ano que vem, vou me posi-cionar politicamente.Por que o presidente do PTB, deputado Campos Ma-chado, defendeu o governo?O Campos Machado é apaixo-nado pelo governador Alckmin, que realmente é uma pessoa ca-tivante. Mas temos de separar o governador do governo. O Campos Machado não faz isso. O compromisso dele é apoiar o governo, dando certo ou errado. Não seria o momento de o senhor dizer algum nome, para não esfriar o assunto?Não posso, para satisfazer uma parte, prejudicar o todo.

Vou conversar com o promo-tor. Depois, se ele seguir o ca-minho, ele chegará aos nomes.Dona Terezinha, presiden-ta da ONG Centro Cultural Educacional Santa Terezi-nha, disse que 45% dos de-putados vendem emendas...Isso é insignificante. Se 0,5% da Assembleia vender emen-das, o Parlamento já está sujo. Isso aqui não é uma casa de anjos. Se com Jesus, que tinha 12 apóstolos, tinha um traidor, um falso e um incrédulo, ima-gine numa Assembleia com 94 deputados. Mas volto a dizer, a maioria daqui é gente boa.

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Em sexto mandato, o deputado estadual Roque Barbiere, do PTB, é da base aliada do governo há 16 anos. É dele a afirmação de que entre 25% e 30% dos deputados paulistas “vendem” as emendas ao Orçamento a que têm direito todos os anos. De acordo com o esquema, quando o recurso é repassado para pagar uma obra ou serviço, alguns deputados embolsam a “comissão”. Barbiere reafirmou que levará as informações de que dispõe ao promotor Carlos Cardoso, do Ministério Público – a investigação corre em segredo de Justiça, o que garante proteção aos acusados

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Política

r a d a r Por Pança div

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PT, PP, PV e PRTBA coligação tem como pré-candidata a prefeita a professora Rejane Silva, Diretora de Educação da cidade de Pedro de To-ledo, com Estanislau Fernando de Mattos, o Pança, como vice,

prosseguindo o mesmo time que já foi vitorioso nas eleições de 2004/2008.

PMDB e PSBTêm como pré-candidato a prefeito o vereador Carlos Rocha. Para vice, especulam-se alguns nomes, entre eles Isadália e o atual vice Lincol, entre outros.

PSDB , DEM e PDTO grupo tem como pré-candidato o atual prefeito Dinamérico. Especula-se o nome de Álvaro Rocha para vice.

Troca-Troca INo final de outubro, houve troca-troca de partidos pelos pré-can-didatos a cargos tanto para o Executivo como para o Legislativo. O que chamou a atenção foi a saída do vereador Carlos Rocha

Ribeiro e de Américo Ichihashi do PSDB para o PSB e PMDB, respectivamente.

Eleições 2012Já estão de vento em popa os acertos entre as diversas agremiações para as eleições em 2012. PT, PP, PV e PRTB formam um grupo; PSDB e DEM, outro grupo; e PMDB e PSB, o terceiro grupo.

Troca-Troca IIIQuem está de olho nesse movimento são os suplentes de ve-readores Eduardo Hanashiro (168 votos), Paulo Rodrigues de Andrade (88 votos), Cláudia Rodrigues de Souza (64 votos),

José João do Prado (62 votos) e Ângelo Silvano Nascimento (58 votos).

Troca-Troca IVA suplente Cláudia Rodrigues de Souza também trocou de par-tido, saiu do PSDB e foi para o PMDB. Nesse caso, se a Lei de Fidelidade Partidária prevalecer, deverão assumir a vaga Edu-

ardo Hanashiro e Paulo Rodrigues de Andrade, primeiro e segundo suplentes, respectivamente.

AjudaO vereador Arlindo Leite (DEM) declarou na 16ª sessão ordiná-ria, no dia 3 de novembro, que sai do bolso dele todos os meses R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) para ajudar os pobres da cidade.

Naquele dia, em sua casa, havia 300 quilos de arroz e feijão. Se alguém duvidasse, falou o vereador, ele mesmo convidaria para ir até a sua casa para mostrar.

NepotismoA Lei nº 1.566/2006, de 23 de outubro de 2006, proíbe a prática do nepotismo em Itariri. Em seu artigo 1º diz: “Fica proibido a nomeação ou contratação de cônjuge, parentes por consan-

guinidade e afinidade até segundo grau do prefeito, de vice-prefeito e de vere-adores, para cargos de comissões ou funções de confiança, salvo se aprovado mediante concurso público, e com sua regular posse no cargo”.

Muros limposO prefeito de Itariri, Dinamérico Gonçalves, sancionou a Lei nº 1.779/11, de 21 de novembro de 2011, de autoria do vereador Ar-lindo Leite (DEM), que proíbe a propaganda eleitoral: “Fica vedada

a veiculação de propaganda eleitoral, por meio de pinturas, grafites, cartazes, banner, faixas ou qualquer outro tipo de divulgação, em muros, fachadas, colunas, paredes ou qualquer outro local, com vista para logradouros públicos, nos imóveis particulares, residenciais e/ou comerciais, no território do Município de Itariri”.

Troca-Troca IIFica a dúvida sobre a Lei de Fidelidade Partidária. Ela está va-lendo ou não para os casos em que um vereador que tem man-dato eletivo troca de partido.

2010 2011

R$ 10.792.034,60 (12 meses) R$ 9.329.199,68 (10 meses) R$ 899.336,21 (por mês) R$ 932.918,96 (por mês)

Confira os recursos transferidos pelo Governo Estadual:2010 2011

ICMS – R$ 2.485.824,48 (12 meses) ICMS – R$ 2.397.893,06 (11 meses) IPVA – R$ 425.999,73 (12 meses) IPVA – R$ 477.776,33 (11 meses)

finanças

repasses dos governos são os maiores para a cidade Os repasses dos governos Federal e Estadual em 2011 foram superiores aos do ano passadoConfira os recursos transferidos pelo Governo Federal:

Bolsa FamíliaDe 2010 para 2011 houve diminuição do número de famílias beneficiadas pelo Programa do Governo Federal Bolsa Famí-lia. No ano passado, eram 1.261. Hoje, são 1.247 famílias.

A praça é nossaDepois de muita reclamação, abaixo-assinados e requerimen-tos aos nobres vereadores foram colocados bancos na Praça João Franco.

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1º domingo radical de itaririO projeto Ecoaventura na Mata Atlântica: aventura no meio da natureza

No dia 13 do mês pas-sado foi realizado o 1º Do-mingo Radical de Itariri, organizado pelo projeto Eco-aventura – Turismo Verde na Mata Atlântica, sob coorde-nação geral de Sílvio César Lourenço. O evento contou com esportes como caiaque, motocross, mountain bike, futebol e capoeira. A festa

entrevista

marcolino busca recursos para desenvolver a regiãoO deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT) foi o quarto parlamentar mais votado em Itariri na eleição passada. Bancário do Itaú, Marcolino construiu sua história no movimento sindical e ocupou a presidência do Sindicato dos Bancários de São Paulo de 2005 até sua eleição em 2010, com o apoio das lideranças itaririenses de esquerda. Em entrevista ao jornal brasil atual – Itariri, o deputado afirmou que pretende desenvolver a apicultura e fortalecer a estrutura das estradas vicinais em nossa regiãoQuais foram as iniciativas mais importantes no seu pri-meiro ano de mandato?Foi importante pra conhecer o funcionamento da Assembleia Legislativa. Dos mais vetera-nos, ouvi com frequência que a Assembleia nunca esteve tão agitada. A bancada do PT trouxe ação e participação popular para a casa legislativa. Participamos e possibilitamos várias audiências públicas e frentes parlamentares, entre outras ações. Estivemos em contato com a população, com a opinião pública e com as outras esferas de poder.O senhor questiona a execu-ção do orçamento do Estado, principalmente em relação à falta de investimentos, o que vem ocorrendo?

O ponto mais sensível do de-bate sobre o orçamento esta-dual é a descentralização do recurso público. Cada região, cada cidade tem lucidez e cla-reza para saber onde é preciso investir e aplicar o recurso.

feito forte resistência aos di-reitos dos servidores públicos em todas as áreas – data base, validade do IAMSPE e rea-bertura de concursos públicos, pois o número de funcionários públicos está defasado.O senhor foi o quarto depu-tado estadual mais votado em Itariri. Qual a proposta do seu mandato para a região?No Vale do Ribeira, a gente bus-ca conseguir os recursos para desenvolver a região. Para for-talecer e desenvolver a apicul-tura, a estrutura das estradas vi-cinais, trabalhar para ampliar as cascalheiras, destinando recur-sos para o Consórcio da Cidada-nia. O transporte, as estradas e o desenvolvimento da região tem sido nossa ação no mandato.

de encerramento foi ao som da banda de rock Erodelia. O mau tempo impossibilitou a prática do rapel e do ska-te, cortados de última hora da programação. Mesmo assim, o público teve muita diversão num domingo cin-zento, e o principal objetivo do evento foi alcançado com sucesso pelos organizadores.

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anUncie aqui!

Tel: (11) 3241–[email protected]

Uma nova comUnicação Para

Um novo brasil

Rede

A centralização de São Paulo para as cidades e regiões gera um desgaste na capital e uma escassez e as regiões ficam de-sassistidas.Há denúncias de venda de emendas na Assembleia. Como está a questão?Na Comissão de Ética, da qual sou membro, fizemos uma for-te pressão buscando a trans-parência. Conquistamos assi-natura para implantar a CPI, mas, pelo jeito, nem todos queriam. De qualquer manei-ra, a CPI ainda está à espera para esclarecer a todos nós. Estamos otimistas e atentos a questão das emendas. Que propostas o senhor tem para os trabalhadores? Para os trabalhadores temos

“Quero ressaltar a pre-sença construtiva do parceiro Estanislau Fer-nando de Mattos, o Pan-ça, na luta pelos direitos dos trabalhadores. Temos trabalhado em conjunto em Itariri. O Pança traz as demandas da região para serem debatidas na Assembleia Legislativa, contribuindo para o co-nhecimento das necessi-dades da região.”

luiz cláudio marcolino (Pt)

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Palavras crUzadasPalavras crUzadas

respostas

Palavras crUzadas

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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o qUe vier

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Horizontal – 1. Centro de Controle Operacional; Cada uma das partes distintas da corola2. Instrumento de cordas, de forma triangular, tocado com os dedos; Partir 3. Nome de árvore que fornece madeira resistente e dura; (Pl.) Unidade de medida de capacidade, correspondente ao volume de um decímetro cúbico 4. (Abr.) Cruzeiro; Dois, em algarismo romano 5. Herbívoro da África, de pele grossa, patas e cauda curta, cabeça grande e focinho largo 6. Que não está contido7. Pedido de socorro; Interjeição usada para chamar a atenção de alguém; Composição poética do gênero lírico 8. (Abr.) Boletim de serviço; Aguardente que se obtém pela fermentação e des-tilação do melaço de cana-de-açúcar 9. Nome da letra p; Sovaco; 10. Nome de um planeta; Ilha de coral 11. Cidade de São Paulo; Membro das aves guarnecido de penas, que serve para voar

vertical – 1. Galanteador importuno de uma senhora casada ou viúva; 2. Relativos ou seme-lhantes à cabra ou ao bode; (Abr.) Rádio Patrulha 3. Reze; Partidos Comunistas; Alimento feito de farinha, especialmente de trigo, amassada e cozida no forno 4. Ação de voar; Nome comum a vários cervídeos que habitam as partes boreais da Europa, Ásia e América 5. Sigla em inglês de Phase Alternating Line; Cobertura de borracha com que calçam as rodas dos automóveis e outras viaturas 6. Muito boa, excelente 7. Falatório, murmuração; Soberanos, na língua persa8. Diz-se do galo que, na rinha, ferido ou cansado, não podendo manter-se de pé, sustenta-se apoiando a cabeça no solo; Pedra, em tupi-guarani 9. Medida que se usa para as proporções nos corpos arquitetônicos 10. Limpo o nariz; Fila, separada por um espaço

Palavras cruzadas

CCOPETALAHARPAIRSIPELITROSCRVIIOHIPOPOTAMOINCONTIDOSOSEIODEBSRUMUEPEAxILAURANOATOL

POAASAA