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ISSN On-line 2317- 6695 PPGEH Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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EDITORAEDITORAPPGEHPrograma de Pós-Graduaçãoem Envelhecimento Humano

ISSN On-line 2317- 6695

V. 14 N. 2 - MAIO/AGO. 2017

PPGEHPrograma de Pós-Graduaçãoem Envelhecimento Humano

V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

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EDITORESAdriano PasqualottiLuciano de Oliveira Siqueira

CONSELHO EDITORIALAnita Liberalesso Neri - Unicamp/BrasilCarla Helena Augustin Schwanke - PUCRS/Brasil Celia Pereira Caldas - Uerj/BrasilDagmara Wozniak - UHD/AlemanhaTiago Fleming Outeiro - UMG/Alemanha

SECRETÁRIA EXECUTIVARita De Marco

Universidade de Passo Fundo

Reitora: Bernadete Maria Dalmolin Vice-Reitor de Graduação: Edison Alencar Casagranda Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Antônio Thomé Vice-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários: Rogerio da Silva Vice-Reitor Administrativo: Cristiano Roberto CerviDiretora da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia: Me. Andréa Bona Ughini

UPF Editora

Janaína Rigo SantinEditora

Cristina Azevedo da SilvaRevisão de textos e revisão de emendas

Rubia Bedin Rizzi Diagramação

Vera Pasqualotto GaelzerAdministrativo

ISSN On-line 2317-6695V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO HUMANO

Campus I, BR 285, Km 292,7, Bairro São José

99052-900, Passo Fundo, RS, Brasil

Telefone: (54) 3316-8374

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Resumos da

22ª Jornada de Inverno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia -

Sucursal RS

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RBCEH - REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO HUMANO Publicação multidisciplinar da Universidade de Passo Fundo - Faculdade de Educação Física e Fisioterapia

Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano

Solicitamos Permuta

Endereço para solicitação e envio de permutasUniversidade de Passo Fundo

Biblioteca Central – IntercâmbioCampus I – Km 292,7 – BR 285

Bairro São José, Caixa Postal 611CEP 99052-900, Passo Fundo – RS – Brasil

Fone: (54) 3316-8462E-mail: [email protected]

Correspondência

A correspondência deve ser enviada para o Conselho Editorial da RBCEH - REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO HUMANO – Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano – Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Universidade de Passo Fundo – Campus I – km 292,7 – BR 285 – Bairro São José – Caixa Postal 611 – CEP 99052-900 – Passo Fundo-RS, Fone (54) 3316-8380 – Fone/Fax (54) 3316-8389 – E-mail: [email protected] – Homepage: www.upf.br/seer/index.php/rbceh

UPF EditoraProgramação visual

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso

eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano. – Vol. 1, n. 1 (jan./jun. 2004)- . – Passo Fundo : EDIUPF, 2004- .

Semestral: 2004-2008. Quadrimestral: 2009-2017. Anual: 2018. Quadrimestral: 2019- .

Edição impressa até dezembro/2015. Modo de acesso: http://seer.upf.br/index.php/rbceh.ISSN 1679-7930 (edição impressa). eISSN 2317-6695 (edição on-line).

1. Ciências humanas – Periódico. 2. Envelhecimento – Periódico. 3. Psicologia do desenvolvimento – Periódico. 4. Gerontologia – Periódico. 5. Geriatria – Periódico. I. Universidade de Passo Fundo. Faculdade de Educação Física e Fisioterapia. Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano.

CDU: 613.98

Bibliotecária responsável Schirlei T. da Silva Vaz - CRB 10/1364

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SUMÁRIO

EDITORIAL ...........................................................................................................................................21

A SAÚDE PÚBLICA NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS .....................22

Verônica Filter de Andrade, Alice do Carmo Jahn

HOMOSSEXUALIDADE E ENVELHECIMENTO E AS POSSÍVEIS VULNERABILIDADES ..................23

Luciana de Almeida da Cunha, José Roberto Goldim

ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS NUTRICIONAIS E SARCOPENIA EM LONGEVOS ......................24

Francine da Rocha Flores Giediel Rosa, Amanda Guterres Beuren, Roberta Rigo Dalla Corte, Renato Gorga Bandeira de Mello

PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO FAMILIAR PARA O PAPEL DE CUIDADOR FAMILIAR DE UM IDOSO DEPENDENTE ..........................................................................................................................25

Samara Gonçalves de Oliveira, Célia Pereira Caldas

CONSEQUÊNCIAS DO ISOLAMENTO SOCIAL PARA A POPULAÇÃO IDOSA: UMA BREVE REVISÃO ...............................................................................................................................................26

Vitória Machado Barchinski, Sophia Link Pascotto, Michelle Huber Fontana, Raquel Prado Thomaz

USO DAS TECNOLOGIAS E O ISOLAMENTO SOCIAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA ....................27

Vitor Hugo Sales Ferreira, Luiza Rosa Bezerra Leão, Andrea Mathes Faustino

IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO: CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E SINTOMAS DEPRESSIVOS ..................................................................................................................28

Anderson Abreu de Carvalho, Bianca Dacoregio Martins, Naísa Falcão Martins, Giordanna Nayara Chagas e Silva, Suzana Rosa, Juliana Balbinot Reis Girondi, Fernanda Rosa de Oliveira Pires, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

IDOSOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO: FATORES DE RISCO PARA ACIDENTES POR QUEDAS ............................................................................................30

Anderson Abreu de Carvalho, Bianca Dacoregio Martins, Naísa Falcão Martins, Suzana Rosa, Gustavo Lopes Soares, Juliana Balbinot Reis Girondi, Juliete Coelho Gelsleuchter, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

EVENTO QUEDAS: CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA A SEGURANÇA DO IDOSO HOSPITALIZADO .............................................................................................................................31

Anderson Abreu de Carvalho, Melissa Orlandi Honório Locks, Silvia Azevedo dos Santos, Angela Maria Alvarez, Jordelina Schier Schier, Darla Lusia Ropelato Fernandez, Gustavo Lopes Soares, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM GERIATRIA E GERONTOLOGIA ....................................33

Guilherme Briczinski de Souza, Fernanda Górski, Juliane Pinto Lucero, Julyhe Nunes Paulin, Eduardo Garcia

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ANÁLISE DAS DISCIPLINAS DE GERONTOLOGIA NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DA SAÚDE NO RIO GRANDE DO SUL ....................................................................................................................34

Guilherme Briczinski de Souza, Fernanda Górski, Juliane Pinto Lucero, Julyhe Nunes Paulin, Eduardo Garcia

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE VIDA, POSTURA ESTÁTICA E RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS ........................................................................................................................................................ 35

Caroline Fagundes; Universidade Feevale, Anna Regina Grings Barcelos, Cléber Ribeiro Alvares da Silva, Geraldine Alves dos Santos

ALTERAÇÕES POSTURAIS EM IDOSOS DA REGIÃO DO VALE DO SINOS .......................................36

Caroline Fagundes, Geraldine Alves dos Santos

ANÁLISE DA RELAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS COM A COGNIÇÃO E POSTURA ESTÁTICA NO ENVELHECIMENTO .............................................................................................................................37

Caroline Fagundes, Geraldine Alves dos Santos

ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE GRAVIDADE DO COVID-19 COM OS HÁBITOS ADOTADOS DURANTE PANDEMIA ....................................................................................................38

Elizangela Halinski Cardoso, Sara Kleinschmitt, Sabina Stedile, Marcele Medina, Maristela Peixoto, Marcus Levi Lopes Barbosa, Geraldine Alves dos Santos

INFLUÊNCIA DA SOBRECARGA NA QUALIDADE SUBJETIVA DO SONO DE IDOSOS CUIDADORES DE IDOSOS .....................................................................................................................................................39

Marcela Naiara Graciani Fumagale Macedo, Sonia Goncalves da Mota, Daniele Cristina Barbosa, Isabela Bonifacio de Almeida Ferreira, Élen dos Santos Alves, Keika Inouye, Ariene Angelini dos Santos Orlandi

SOBRECARGA DE CUIDADORES FAMILIARES DE IDOSOS HOSPITALIZADOS .............................40

Marcos Soares de Arruda, Marcela Naiara Graciani Fumagale Macedo, Sonia Gonçalves da Mota, Élen dos Santos Alves, Tábatta Renata Pereira de Brito, Ariene Angelini dos Santos-Orlandi

INFLUÊNCIA DA INTENSIDADE DA DOR CRÔNICA NA QUALIDADE SUBJETIVA DO SONO DE IDOSOS DA COMUNIDADE ................................................................................................................41

Beatriz Coppi Lavelli, Pedro Henrique Machado Guiesi, Yasmin Caroline Vilela da Silva, Pedro Grazziano, Julia Rachel de Albuquerque, Élen dos Santos Alves, Keika Inouye, Ariene Angelini dos Santos Orlandi

EXISTE RELAÇÃO ENTRE FRAGILIDADE E SONO DE IDOSOS NA COMUNIDADE? .......................42

Sonia Gonçalves da Mota, Marcela Naiara Graciani Fumagale Macedo, Marcos Soares de Arruda, Tabatta Renata Pereira de Brito, Élen dos Santos Alves, Keika Inouye, Ariene Angelini dos Santos-Orlandi

ANÁLISE DA MORTALIDADE EM IDOSOS COM COVID-19 NO AMAPÁ ENTRE ABRIL E JUNHO DE 2020 .............................................................................................................................................. 43

Maria Luiza Monteiro Cordeiro, Gabriella de Brito Malcher Melo, Ríllari Oliveira do Nascimento Gomes, Thaíla Soares da Costa Picanço

CUIDADOS DO ENFERMEIRO VOLTADO À PREVENÇÃO DO DELIRIUM EM IDOSOS SOB CUIDADOS INTENSIVOS ..................................................................................................................................................44

Emerson Carneiro Souza Filho, Gabriela Serighelli da Rosa, Caroline Gonçalves Pustiglione Campos, Jacy Aurélia Vieira de Sousa

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VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS IDOSAS NO RIO GRANDE DO SUL ENTRE 2015 E 2018 ..............45

Iride Cristofoli Caberlon, Prof. Dr. Ângelo José Gonçalves Bós

EFEITO DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ......................................................................................................46

Jonathas da Silva Morae, Lidiane Requia Alli-Feldmann, Kelly Diana Pereira da Cruz, Jadiani Fucilini Martins, Lucimara de Souza Pereira, Daniel da Rosa Vieira, Rebecca Moreira Franco

PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO E DEMÊNCIA EM ADULTOS E IDOSOS ATIVOS ............................47

Gabriele da Graça Botesini, Daniela Bertol Graeff, Marilene Rodrigues Portella, Bernadete Maria Dalmolin, Helenice Moura Scortegagna, Ana Luisa Sant’Anna Alves

INCLUSÃO DOS IDOSOS EM DISCIPLINAS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO .....................................48

Stephanie de Carvalho Souza, Arthur Zasso Krause, Maira Rozenfeld Olchik, Adriane Ribeiro Teixeira

ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO DOS IDOSOS APÓS UM EVENTO ESTRESSOR E ANTES DO DIAGNÓSTICO DEMENCIAL: PERCEPÇÃO DO CUIDADOR FAMILIAR .....................................49

CALABRO, M., ORTIZ, S.R.M.

FATORES ASSOCIADOS À MOBILIDADE EM IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE ENSINO .................................................................................................................................................50

Taís Ivastcheschen, Roberta Loren Nozuma de Carvalho Somaya, Clóris Regina Blanski Grden, Luciane Patrícia Andreani Cabral, Péricles Martin Reche, Danielle Bordin

DESEMPENHO FUNCIONAL MELHOR INDICADOR DE MORTALIDADE DO QUE AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS ...........................................51

Vivian Ulrich, Victória Albino Araujo, Aline Mendes da Rosa, Ângelo José Gonçalves Bós

PREDIÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS QUE VIVEM NO DOMICILIO ................................52

Zoila Esperanza Leitón Espinoza, Jack Roberto Silva Fhon, Rosalina Aparecida Partezani Rodrigues, Fabia Maria de Lima, Wilmer Luis Fuentes Neira, Maritza Evangelina Villanueva Benites

CONFLITOS VIVENCIADOS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM E IDOSAS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA .........................................................................................53

Caren da Silva Jacobi, Jamile Laís Bruinsma, Marinês Tambara Leite, Matheus Souza Silva, Carolina Backes, Eliane Raquel Rieth Benetti, Margrid Beuter

HABILIDADES DE ALFABETIZAÇÃO EM SAÚDE DE IDOSOS DE COMUNIDADES VULNERÁVEIS ......................................................................................................................................54

Andreivna Kharenine Serbim, Naiana Oliveira dos Santos, Ana Cláudia Fuhrmann, Lisiane Manganelli Girardi Paskulin

PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: PERCEPÇÕES DE IDOSOS ...................................................................................................................55

Andreivna Kharenine Serbim, Naiana Oliveira dos Santos, Ana Cláudia Fuhrmann, Lisiane Manganelli Girardi Paskulin

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PERCEPÇÃO DE IDOSOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NAS POLÍTICAS E AÇÕES DIRECIONADOS AO ENVELHECIMENTO ...........................................................................................56

Luiz Gustavo Fernandes da Rosa, Nádia Teresinha Schroder, Ana Maria Pujol Vieira dos Santos

ATIVIDADE FÍSICA E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS ANTES E DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL ................................................................................................57

Ana Paula Tiecker, Francielle Bonett Aguirre, Júlia de Freitas Machado, Ângelo José Gonçalves Bós

ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL .........................................................................................................................58

Cintia Cristina Sulzbach, Renata Breda Martins, Antonia Angeli Gazola, Angelo José Gonçalves Bós

A ESTRUTURAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA ....59

Italo Marcucci, Gabriel Monteiro de Castro, João Lucas Rocha Silva, Pedro Henrique Santos Lima, Vicente Pereira de Carvalho Neto, Victoria Elias de Freitas Honorato, Weberton Dorásio Sobrinho, Danyelly Rodrigues Machado Azevedo

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES MUITO IDOSOS ACOMETIDOS POR COVID-19 EM MACAPÁ, AMAPÁ ..........................................................................................................................60

Maria Luiza Monteiro Cordeiro, Gabriella de Brito Malcher Melo, Ríllari Oliveira do Nascimento Gomes, Thaíla Soares da Costa Picanço

CONSEQUÊNCIAS DO ISOLAMENTO SOCIAL NOS IDOSOS EM DOMICÍLIO EM TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19 .................................................................................................................61

Eduardo Lopes Pereira, Ana Karina Silva da Rocha Tanaka, Rosaura Soares Paczek, Letice Dalla Lana

CONSUMO DE ALIMENTOS CONFORME O GRAU DE PROCESSAMENTO E A AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE MULHERES GAÚCHAS .........................................................................................62

Carolina Pagnoncelli Gabrielli, Simone Bonatto, Josiane Siviero

AVALIAÇÃO DO EQUILIBRIO DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DO MUNICÍPIO DE CANOAS - RS ........................................................................................................................................63

Kelly Diana Pereira da Cruz, Profª Dra Lidiane Requia Alli Feldmann

SAÚDE MENTAL EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19 ...................................................................................................................64

Mariana Sandoval Terra Campos Guelli, Tulio Loyola Correa, Daniela Bastos de Almeida Zampier, José Roberto Barroso Arantes

AUMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL DA COVID-19 .............................................................................................65

Vivian Ulrich, Renata Breda Martins, Ângelo José Gonçalves Bós

DIMINUIÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19, PROJETO AMPAL ....................................................................................66

Francielle Bonett Aguirre, Josemara de Paula Rocha, Ana Paula Tiecker, Vivian Ulrich, Liziane da Rosa Camargo, Ângelo José Gonçalves Bós

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CARACTERÍSTICAS DOS NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS QUE NÃO SAÍRAM DE CASA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 ..............................................................................................67

Francielle Bonett Aguirre, Josemara de Paula Rocha, Ana Paula Tiecker, Vivian Ulrich, Liziane da Rosa Camargo, Ângelo José Gonçalves Bós

RELAÇÃO ENTRE SONO E ATIVIDADE FÍSICA DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DE PORTO ALEGRE .................................................................................................................................................68

Francielle Bonett Aguirre, Antonia Angeli Gazola, Victória Albino Furlanetto Araujo, Ângelo José Gonçalves Bós

QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE ..............69

Luana Fioravanti Roland, Carla Cristina Bauermann Brasil, Loiva Beatriz Dallepiane

QUEDAS EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 ............70

Gabriela Guimarães Oliveira, Josemara de Paula Rocha, Liziane da Rosa Camargo, Ângelo José Gonçalves Bós

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES POR FRATURAS EM MULHERES IDOSAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ............................................................................................................71

Gabriela Sadigurschi, Lívia Machado de Mello Andrade, Luciane Velasque, Gloria Regina da Silva e Sá

IDADE SUBJETIVA E AUTO-PERCEPÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR ................................................72

Mariana de Medeiros Cardoso, Maira Rozenfeld Olchik, Adriane Ribeiro Teixeira

IDADE SUBJETIVA E IDADE CRONOLÓGICA, UM ESTUDO COMPARATIVO. .................................73

Mariana de Medeiros Cardoso, Maira Rozenfeld Olchik, Adriane Ribeiro Teixeira

AVALIAÇÃO DOS PÉS DE IDOSOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DE CANOAS - RS .................................................................................................................................. 74

Júlia Costa Guasselli, Bruna Gidiel Paim, Bárbara Franccesca Brandalise Bassani, Paulo Roberto Cardoso Consoni

FORÇA DA MÃO: UM PREDITOR DE SOBREVIDA EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DO PROJETO AMPAL............................................................................................................................................. 75

Marlon Cássio Pereira Grigol, Ângelo José Gonçalves Bós

FATORES ASSOCIADOS À CONDIÇÃO DE ACAMADO EM IDOSOS DOMICILIADOS ....................76

Clóris Regina Blanski Grden, Ana Flávia Lourenço Loiola, Daniele Bordin, Taís Ivastcheschen, Luciane Patrícia Andreani Cabral, Everson Augusto Krum

PERFIL AUDIOLÓGICO DE IDOSOS ATIVOS ......................................................................................77

Carla Vanessa Jardim da Silveira, Adriane Ribeiro Teixeira

A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM SERVIÇO SOCIAL E ENVELHECIMENTO: TESES DE 1995 A 2019 .........................................................................................................................................78

Sergio Antonio Carlos

FATORES ASSOCIADOS AO ISOLAMENTO SOCIAL E SOLIDÃO ENTRE IDOSOS COMUNITÁRIOS EM TEMPOS DE PANDEMIA ................................................................................................................79

Caroline de Fátima Ribeiro Silva, Juliana de Souza da Silva, Fabrícia Coelho de Araújo, Daniela Gonçalves Ohara, Areolino Pena Matos, Ana Carolina Pereira Nunes Pinto, Maycon Sousa Pegorari

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FATORES ASSOCIADOS A QUEDAS EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ...........................80

Ana Luíza Amorim de Lima, Myllena Alencar da Silva, Yasmin de Fatima Aragão Mano, Letícia Pacheco Silva, Raquel Voges Caldart

ALTERAÇÕES ALIMENTARES EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 ........................................................................................................................................81

Renata Breda Martins, Cintia Cristina Sulzbach, Liziane da Rosa Camargo, Ângelo José Gonçalves Bós

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL COM AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS: PROJETO AMPAL ..............................................................82

Claudine Lamanna Schirmer, Liziane da Rosa Camargo, Josemara de Paula Rocha, Ângelo José Gonçalves Bós

CELARI ONLINE: NOVO MEIO TECNOLÓGICO DE AULAS PARA IDOSOS - CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E ADESÃO ...................................................................................................83

Priscilla Cardoso da Silva, Débora Pastoriza Sant’ Helena, Luciane Job Junqueira dos Santos, Ruane Cardoso Nolasco, Andréa Gonçalves Kruger

NECESSIDADE RELATADA POR IDOSOS DE AUXÍLIO PARA REALIZAR ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA PÓS-ALTA HOSPITALAR .........................................................................................84

Pamela Tainá Licoviski, Isabele Savi Sanson, Cloris Regina Blanski Grden, Luciane Patrícia Andreani Cabral, Everson Augusto Krum, Danielle Bordin, Pamela Tainá Licoviski, Dreli Gonçalves, Cloris Regina Blanski Grden, Luciane Patrícia Andreani Cabral, Melina Lopes Lima, Danielle Bordin

FATORES ASSOCIADOS À MULTIMORBIDADE DE IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE ENSINO DO PARANÁ ...........................................................................................................................85

Pamela Tainá Licoviski; Dreli Gonçalves; Cloris Regina Blanski Grden; Luciane Patrícia Andreani Cabral; Melina Lopes Lima; Danielle Bordin

FATORES MOTIVACIONAIS RELACIONADOS À BUSCA POR ATENDIMENTO ESPECIALIZADO PARA COVID-19 EM ADULTOS E IDOSOS ..........................................................................................86

Angélica Arps de Ramos, Clóris Regina Blanski Grden, Daniele Brasil, Luciane Patricia Andreani Cabral, Danielle Bordin

MASTIGAÇÃO BOA RELACIONADA A MANUTENÇÃO DO PESO EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA: COVID-19 ........................................................................87

Camila Dalbosco Gadenz, Josemara de Paula Rocha, Álvaro Luiz Fortes, Renata Breda Martins, Marlon Cássio Pereira Grigol, Ângelo José Gonçalves Bós

FATORES RELACIONADOS À AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE ORAL EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS NA COVID-19: ESTUDO AMPAL ..............................................................................88

Camila Dalbosco Gadenz, Josemara de Paula Rocha, Renata Breda Martins, Álvaro Luiz Fortes, Marlon Cássio Pereira Grigol, Ângelo José Gonçalves Bós

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA .................................................................................89

Yasmin de Fatima Aragão Mano, Ana Luíza Amorim de Lima, Myllena Alencar da Silva, Letícia Pacheco Silva, Raquel Voges Caldart

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FRUTO AMAZÔNICO TEM EFEITO PRÓ-CICATRICIAL EM MODELO DE FERIDA IN VITRO ............90

Danieli Monteiro Pillar, Euler Esteves Ribeiro Filho, Verônica Farina Azzolin, Nathália Bonotto, Ednea Aguiar Maia-Ribeiro, Ivana Beatrice Mânica da Cruz, Fernanda Barbisan

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO DO COGNITIVE RESERVE INDEX QUESTIONNAIRE (CRIQ) .................91

Adriane Ribeiro Teixeira, Nicole Domingos dos Santos, Mariana Dann Gamarra, Liliane Desgualdo Pereira

INFUSÃO DE ERVA-MATE TEM EFEITOS NA PREVENÇÃO DA DOENÇA DE PARKINSON EM MODELO IN VITRO .................................................................................................................................... 92

Danieli Monteiro Pillar, Bruna Chitolina, Ivana Beatrice Mânica da Cruz, Marta Maria Medeiros Frescura Duarte, Tábada Samantha Marques Rosa, Verônica Farina Azzolin, Aron Ferreira da Silveira, Euler Esteves Ribeiro, Ednea Aguiar Maia-Ribeiro, Raquel Souza-Praia, Fernanda Barbisan

ALTERAÇÕES DE PESO EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 .............................................................................................................................................93

Liziane da Rosa Camargo, Cintia Cristina Sulzbach, Renata Breda Martins, Ângelo José Gonçalves Bós

DETERMINANTES DA PREPARAÇÃO INDEPENDENTE DOS ALIMENTOS POR NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A COVID-19: ESTUDO AMPAL .............................................................94

Liziane da Rosa Camargo, Josemara de Paula Rocha, Ângelo José Gonçalves Bós

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E MOTIVACÃO PARA SERVIDORES EM ABONO PERMANÊNCIA PERSISTIREM NA ATIVA ..........................................................................................95

Carlos Augusto Cunha Filho, Miriam Cabrera Corvelo Delboni, Patrícia Chagas

REFLEXO DA CULTURA SOBRE O LOCAL DE ÓBITO DE IDOSOS NO BRASIL: ESTUDO DESCRITIVO, DE 2005 A 2018 ............................................................................................................96

Bruna Fernandes, Dagna Karen de Oliveira, Dyayne Carla Banovski, Sadana Hillary Dal’Negro, Kenny Regina Lehmann

NEOPLASIAS ASSOCIADAS AO PÊNFIGO PARANEOPLÁSICO NO IDOSO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA .......................................................................................................................................97

Bruna Tífani Bitzcof, Julia Quadri Bortoli, Matheus Panosso Zanco, Vinícius Pasqual Montoya, Alexandra Brugnera Nunes de Mattos

EFEITOS DA FISIOTERAPIA ASSOCIADA À MÚSICA NO EQUILÍBRIO E NA FORÇA MUSCULAR DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ................................................................................................98

Dinara Hansen Costa, Eduarda Bartz, Natália Almeida Pôncio, Solange Beatriz Billig Garces, Carolina Boettge Rosa, Cristina Thum

PROPOSTA DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DEMÊNCIA EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA .........................................................................................99

Ananda Spanhol Costa, Raquel Voges Caldart

PERFIL DE IDOSAS PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO ONLINE DURANTE A PANDEMIA .....100

Priscilla Cardoso da Silva, Débora Pastoriza Sant’ Helena, Luciane Job Junqueira dos Santos, Ruane Cardoso Nolasco, Andréa Gonçalves Kruger

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COMPORTAMENTO DA HABILIDADE FUNCIONAL EM LONGEVOS 4 ANOS ANTES E DURANTE A COVID-19: ESTUDO AMPAL ........................................................................................101

Josemara de Paula Rocha, Marlon Cássio Pereira Grigol, Álvaro Luiz Fortes, Ana Paula Tiecker, Renata Breda Martins, Viviane Maura Rubert, Ângelo José Gonçalves Bós

EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL (COVID-19) SOBRE A MOBILIDADE DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS: ESTUDO AMPAL .....................................................................................................102

Josemara de Paula Rocha, Marlon Cássio Pereira Grigol, Álvaro Luiz Fortes, Ana Paula Tiecker, Renata Breda Martins, Viviane Maura Rubert, Ângelo José Gonçalves Bós

RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS INTERNADOS .............103

Luciana Julek, Clóris Regina Blanski Grden, Daniele Bordin, Taís Ivastcheschen, Luciane Patrícia Andreani Cabral

RELAÇÃO DE HIPERTENSÃO, DIABETES E OBESIDADE EM IDOSAS DO UCS SÊNIOR COM NUTRIENTES E ANTROPOMETRIA ...................................................................................................104

Valéria Cristina Artico, Ricardo Reichenbach, Josiane Siviero

A PERCEPÇÃO DE UM IDOSO SOBRE QUALIDADE DE VIDA E A MORTE .....................................105

Débora Muck Spindler, Cristiane Moro dos Santos

ENVELHECER COM SENTIDO: REFLEXÃO À LUZ DA FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL .............106

Márcia Marrocos Aristides Barbiero, Conceição da Silva Brito, Patrícia Rosa Gonçalves Leta, Fatima Denise Padilha Baran, Reuber Lima de Souza, Aline de Sousa Falcão, Susanne Elero Betiolli, Maria Helena Lenardt

CURSO DE INCLUSÃO DIGITAL PARA IDOSOS EM TEMPOS DE COVID-19 ..................................107

Jocênio Marquios Epaminondas, Karla Helena Coelho Vilaça e Silva

FATORES ASSOCIADOS AO CONSUMO ALIMENTAR DE IDOSOS RESIDENTES NA REGIÃO SUL DO BRASIL .........................................................................................................................................108

Anny Caroline dos Santos Araujo, Me. Bruna Senna Rodrigues, Rozana Ferreira Ortiz, Profa. Dra. Valdeni Terezinha Zani

IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON ACOMPANHADAS POR TELEMONITORAMENTO ...........................................................................109

Carlos Renê Silva Miranda Filho, Luis Felipe Pohlmann Tabarelli, João Marcelo Duarte Ribeiro Sobrinho, David Duarte Timponi França, Amdore Guescel C Asano, Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano, Nadja Maria Jorge Asano

EFEITOS DA INTERVENÇÃO AQUÁTICA SOBRE A MOBILIDADE EM IDOSOS SEDENTÁRIOS DA COMUNIDADE – RESULTADOS PRELIMINARES .............................................................................110

Daniela Lemes Ferreira, Dayane Melo Campos, Nathany C da Silva, Ana Luísa Janducci, Gustavo Christofoletti, Juliana Hotta Ansai

IDOSOS FRAGILIZADOS COM SINTOMAS DEPRESSIVOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ..........................................................................................................................111

Aline de Sousa Falcão, Conceição da Silva Brito, Márcia Marrocos Aristides Barbiero, Patrícia Rosa Gonçalves Leta, Reuber Lima de Sousa, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt, Susanne Elero Betiolli, Maria Helena Lenardt

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FATORES BIOPSICOSSOCIAIS EM IDOSOS, DE ALTA VULNERABILIDADE SOCIAL, COM DOR LOMBAR CRÔNICA INESPECÍFICA ..................................................................................................112

Maria Júlia da Cruz Souza, José Salvador Ribeiro Marques, Letícia Souza Didoné, Isabela Thais Machado de Jesus, Marisa Silvana Zazzetta, Fabiana de Souza Orlandi, Karina Gramani-Say

BUNDLE DE CUIDADOS PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS DOS IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO ...............................................................................................................................113

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt, Danieley Cristini Lucca, Giordanna Nayara Chagas e Silva, Juliana Balbinot Reis Girondi, Darla Lusia Ropelato Fernandez, Kátia Cilene Godinho Bertoncello, Susanne Elero Betiolli

OS SINTOMAS DEPRESSIVOS E A FRAGILIDADE FÍSICA EM IDOSOS ..........................................114

Aline de Sousa Falcão, Conceição da Silva Brito, Márcia Marrocos Aristides Barbiero, Patrícia Rosa Gonçalves Leta, Reuber Lima de Sousa, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt, Susanne Elero Betiolli, Maria Helena Lenardt

IDOSO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: ENVELHECIMENTO, DEFICIÊNCIA, ENSINO E REABILITAÇÃO ..................................................................................................................................115

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt, Lisiane Capanema Silva Bonatelli, Soraia Dornelles Schoeller, Juliana Balbinot Reis Girondi, Susanne Elero Betiolli, Jordelina Schier

ESTUDO DO NÚMERO DE ÓBITOS RESPIRATÓRIOS, EXCETO COVID-19, NO RIO GRANDE DO SUL ...............................................................................................................................................116

Pedro Anjo Nunes Neto, Julia Bittencourt liveira, Pablo Eduardo Dombrowski, Edinês Carolina Pedro, Paulo Roberto Cardoso Consoni

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO SOBRE O ENVELHECIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ...................................................................................................117

Karina Silveira de Almeida Hammerschmid, Lisiane Capanema Silva Bonatelli, Soraia Dornelles Schoeller, Juliana Balbinot Reis Girondi, Fernanda Rosa de Oliveira Pires, Giordanna Nayara Chagas e Silva, Susanne Elero Betiolli

SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA AUTO REFERIDAS POR IDOSOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA QUE REALIZAM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO ..........................................................................118

Giordanna Nayara Chagas e Silva, Anderson Abreu de Carvalho, Bianca Dacoregio Martins, Naísa Falcão Martins, Suzana Rosa, Juliana Balbinot Reis Girondi, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

VISITA DOMICILIAR A LONGEVOS: PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DA FAMÍLIA ..............................................................................................................................................119

Cíntia Cristina Sulzbach, Loiva Beatriz Dallepiane

EXPOSIÇÃO SOLAR E SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D EM LONGEVOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 ..................................................................................................................120

Cintia Cristina Sulzbach, Renata Breda Martins, Liziane da Rosa Camargo, Ângelo José Gonçalves Bós

IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO: PERFIL SOCIOECONÔMICO E DE SAÚDE ...........121

Giordanna Nayara Chagas e Silva, Anderson Abreu de Carvalho, Bianca Dacoregio Martins, Naísa Falcão Martins, Suzana Rosa, Fernanda Rosa de Oliveira Pires, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

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INFLUÊNCIA DA DOR CRÔNICA NA CAPACIDADE FUNCIONAL, FRAGILIDADE E EM CONDIÇÕES DE SAÚDE DE IDOSOS ................................................................................................122

Areta Dames Cachapuz Novaes, Loren Bettoni Blanco, José Emanuel Alves, Karina Gramani-Say

O PAPEL DAS ANIDRASES CARBONICAS NA CONSOLIDAÇÃO DA MEMÓRIA DE EXTINÇÃO ..... 123

Eduarda Godfried Nachtigall, Scheila Daiane_Schmidt, Jociane de Carvalho Myskiw, Cristiane Regina Guerino Furini, Maria Beatrice Passani, Patrizio Blandina, Gustavo Provensi, Ivan Izquierdo

DIETA RICA EM ÁCIDOS GRAXOS POLI-INSATURADOS E VITAMINA A PREVINE ALTERAÇÕES CAUSADAS POR ESTRESSE SOCIAL NA COGNIÇÃO E NA MICROBIOTA .....................................124

Eduarda Godfried Nachtigall, Gustavo Provensi, Scheila Daiane Schmidt, Alessia Costa, Patrizio Blandina, Maria Beatrice Passani, Jociane de Carvalho Myskiw, Ivan Izquierdo

ASSOCIAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E A AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE EM IDOSOS COMUNITÁRIOS ............................................................................................................125

Janaina Rocha Niehues, Rafaela Aguiar Rosa, Núbia Carelli Pereira de Avelar, Ana Lúcia Danielewicz

A CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA ESTÁ ASSOCIADA A PRESENÇA DE INCAPACIDADE FÍSICA-FUNCIONAL EM IDOSOS? ....................................................................................................126

Janaina Rocha Niehues, Rafaela Aguiar Rosa, Núbia Carelli Pereira de Avelar, Ana Lúcia Danielewicz

CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PESSOA IDOSA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19 .........127

Bárbara Belmonte Bedin, Diulia Molazzane Gabert, Letícia dos Santos Balboni, Natalia Pereira Araújo, Patrícia Fonseca Martins, Claudete Moreschi

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA ...............................................................................................................128

Natalia Pereira Araújo, Bárbara Belmonte Bedin, Diulia Molazzane Gabert, Letícia dos Santos Balboni, Patrícia Fonseca Martins, Claudete Moreschi

QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS EM HEMODIÁLISE: RELAÇÃO COM A ESPERANÇA, RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE .............................................................................................130

Fernanda Rosa de Oliveira Pires, Caroline Bittelbrunn, Maria Elena Echevarría-Guanilo, Giordanna Nayara Chagas e Silva, Danieley Cristini de Lucca, Fernanda Cegan Gribner, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

IDOSOS CONVIVENDO COM O TRATAMENTO HEMODIALÍTICO NA PERSPECTIVA DA COMPLEXIDADE ................................................................................................................................131

Fernanda Rosa de Oliveira Pires, Bianca Dacoregio Martins, Giordanna Nayara Chagas e Silva, Danieley Cristini de Lucca, Fernanda Cegan Gribner, Suzana Rosa, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIÁLITICO .............................................132

Fernanda Rosa de Oliveira Pires, Suzana Rosa, Giordanna Nayara Chagas e Silva, Susanne Elero Betiolli, Fernanda Cegan Gribner, Bianca Dacoregio Martins, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt

IDOSOS DESCENDENTES DE UCRANIANOS DE UMA COMUNIDADE RURAL: SIGNIFICADOS CULTURAIS ATRIBUÍDOS À PANDEMIA DA COVID-19 ..................................................................133

Fátima Denise Padilha Baran; Universidade Federal do Paraná (UFPR), Márcia Marrocos Aristides Barbiero, Patrícia Rosa Gonçalves Leta, Susanne Elero Betiolli, Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt, Maria Helena Lenardt

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FENÓTIPOS DA PANDEMIA POR CORONAVÍRUS EM IDOSOS .....................................................134

Belvania Cavalcanti, Ana Paula Marques, Anna Karla de Oliveira Tito Borba, Anamelia Bezerra, Érica Mota De Souza Batista, Bruno Correia Ulisses Sobreira

CATARATA E A EXPRESSÃO CROMÁTICA NA OBRA DE MONET ...................................................135

Cristina de Jesus Sousa, Maria Liz Cunha de Oliveira, Lucy Oliveira Gomes

ESCALA DE EQUILIBRIO DE BERG COMO AVALIAÇÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NA CIDADE DE ESTEIO .....................................................................................................................136

Kelly Diana Pereira da Cruz, Andriele Ferreira dos Santos, Caroline Conrado, Andressa Luz Ferreira, Profª Dra Lidiane Requia Alli Feldmann

FUNCIONALIDADE DE IDOSOS COM FORÇA DE PREENSÃO MANUAL REDUZIDA ACOMPANHADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ..................................................................137

Reuber Lima de Sousa, Kamila Alves Brasileiro, Aline de Sousa Falcão, Conceição da Silva Brito, Márcia Marrocos Aristides Barbiero, Patrícia Rosa Gonçalves Leta, Maria Helena Lenardt, Susanne Elero Betiolli

FRAGILIDADE FÍSICA E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM IDOSOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ..........................................................................................................................138

Kamila Alves Brasileiro, Márcia Marrocos Aristides, Conceição da Silva Brito, Reuber Lima de Sousa, Patrícia Rosa Gonçalves, Karina Silveira de Almeida, Maria Helena Lenardt, Susanne Elero Betiolli

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D ASSOCIADA AO TREINAMENTO MULTIMODAL DE 12 SEMANAS EM MULHERES IDOSAS COM BAIXA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA: ENSAIO RANDOMIZADO DUPLO-CEGO CONTROLADO POR PLACEBO ....................................................139

Guilherme Carlos Brech, Adriana Machado-Lima, Marta Ferreira Bastos, Wilson de Jesus Bonifácio, Mark D. Peterson, Liliam Takayama, Rosa Maria R. Pereira, Julia Maria D’Andréa Greve, Angélica Castilho Alonso

PERCEPÇÃO DE IDOSAS A RESPEITO DO IMPACTO DA PARTICIPAÇÃO EM GRUPO DE CONVIVÊNCIA: ANÁLISE QUALITATIVA ..........................................................................................140

Géssica Bordin Viera Schlemmer, Deise Iop Tavares, Juliana Duarte Ferreira da Costa, Alecsandra Pinheiro Vendrusculo, Melissa Medeiros Braz, Alethéia Peters Bajotto

ANÁLISE DA FUNCIONALIDADE DE PACIENTES IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL ESCOLA...............................................................................................................................................141

Maitê Silva Vicente dos Santos, Renata Beckenkamp Krause, Elisiane Vidal, Flavia Franz, Clarissa Netto Blattner

IMPACTOS DA NECESSIDADE DE ISOLAMENTO SOCIAL EM IDOSOS NA PANDEMIA DE COVID-19: UMA REVISÃO INTEGRATIVA .......................................................................................142

Camila Kuhn Vieira, Adriana da Silva Silveira, Carine Nascimento da Silva, Solange Beatriz Billig Garces, Patrícia Dall’Agnol Bianchi, Dinara Hansen Costa, Cristina Thum, Carolina Böettge Rosa

EQUILÍBRIO POSTURAL DINÂMICO É MEDIADO PELA ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM IDOSAS COM BAIXA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA ...........................................143

Guilherme Carlos Brech, Jessica Sillas de Freitas, Marcia Gouvea, Adriana Machado-Lima, Marta Ferreira Bastos, Liliam Takayama, Rosa Maria R. Pereira, Julia Maria D’Andréa Greve, Angélica Castilho Alonso

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ANÁLISE DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM DIFERENTES DÉCADAS DE VIDA EM MULHERES ADULTAS E IDOSAS ....................................................................................................................................................... 144

Guilherme Carlos Brech, Michele Figueira Nunes, Tatiana Godoy Bobbio, Gabriela Perez, Kelem de Negreiros Cabral, Luiz Eugênio Garcez Leme, Julia Maria D’Andréa Greve, Angélica Castilho Alonso

CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSOS COM REDUÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA ACOMPANHADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ......................................................145

Patrícia Rosa Gonçalves Leta, Márcia Marrocos Aristides Barbiero, Reuber Lima de Souza, Fatima Denise Padilha Baran, Aline de Sousa Falcão, Kamila Alves Brasileiro, Susanne Elero Betiolli, Maria Helena Lenardt

SUPORTE FAMILIAR DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A ATUAL PANDEMIA DE COVID-19 ......................................................................................................................................146

Aline Mendes da Rosa, Julia de Freitas Machado, Ângelo José Gonçalves Bós

EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL PROVOCADO PELA PANDEMIA NA FUNCIONALIDADE DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON ..................................................................................147

Juliana Paulino Dantas da Silva, Jaqueline Severo dos Santos, Cleysiane Araújo de Oliveira, Kássia Maria Clemente da Silva, Nadja Maria Jorge Asano, Carla Cabral dos Santos Accioly Lins, Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano

REPERCUSSÃO DO ISOLAMENTO SOCIAL PROVOCADO PELA PANDEMIA NAS ATIVIDADES DIÁRIAS NA DOENÇA DE PARKINSON ............................................................................................148

Juliana Paulino Dantas da Silva, Jaqueline Severo dos Santos, Vinícius Barbosa de Freitas, Izaura Muniz Azevedo, Danielle Carneiro de Meneses Sanguinetti, Nadja Maria Jorge Asano, Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano

O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E A NECESSIDADE DE INCLUSÃO (DIGITAL) DO IDOSO NO ÂMBITO ACADÊMICO .................................................................................................................149

Diego Paes Ehmke, Solange Beatriz Billig Garces, Rômulo José Barboza dos Santos, Pâmela Fanfa Ribeiro Gonçalves

PROJETO CONVIVÊNCIA INTERGERACIONAL NA UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA: RESULTADOS FINAIS DA ESCALA FRABONI DE IDADISMO ..................................................................................150

Rômulo José Barboza dos Santos, Solange Beatriz Billig Garces, Diego Paes Ehmke, Pâmela Fanfa Ribeiro Gonçalves

SEDAÇÃO PALIATIVA DO PACIENTE IDOSO: ESTUDO TRANSVERSAL SOBRE SEDAÇÃO PALIATIVA EM HOSPITAIS DE PORTO ALEGRE ..............................................................................151

Alessandra Santos Menin, Paulo Roberto Cardoso Consoni

A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E O EQUILÍBRIO DE IDOSOS ATIVOS .................................152

Adriane Ribeiro Teixeira, Sabrina Nuñes Gonçalves, Maira Rozenfeld Olchik

MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO EM SAÚDE E SUAS BARREIRAS EM INDIVÍDUOS DA REGIÃO NOROESTE DO RS ...............................................................................................................153

Luma Stella Teichmann Bazzan, Daniela Paini, Karoline de Oliveira dos Santos, Taane de Oliveira Aguirre, Adriane Cervi Blümke, Greisse Viero da Silva Leal

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REPERCUSSÃO DA ESTIMULAÇÃO AUDITIVA RÍTMICA COM MÚSICA NO HUMOR DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON ........................................................................................................154

Cleysiane de Araujo Oliveira, Ihana Thaís Guerra de Oliveira Gondim, Izaura Muniz Azevedo, Cilene Rejane Ramos Alves, Nadja Maria Jorge Asano, Jaqueline Severo dos Santos, Kássia Maria Clemente da Silva, Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano

ESTRATÉGIA DE TELEMONITORAMENTO DO COVID-19 NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA POR ALUNOS DE MEDICINA .................................................................................155

Naomi Carrara Matsuura, Sandrine da Silva Miranda, Melanie Nogueira Carbonieri, Ana Laura Carvalho Achkar, Laura Junqueira Silva Moreira, Amely Covalero, Danyella da Silva Padoan, Cristiane Spadacio

OBESIDADE ABDOMINAL E GRAU DE PROCESSAMENTO DOS ALIMENTOS EM MULHERES NA MENOPAUSA: ESTUDO RETROSPROSPECTIVO .......................................................................156

Damiana Canali, Carolina Pagnoncelli Gabrielli, Simone Bonatto, Josiane Siviero

SÍNDROME DA FRAGILIDADE NO IDOSO (SFI) COMO FATOR DE PIOR PROGNÓSTICO DA COVID-19 ...........................................................................................................................................157

Kimberly Mayara Gouveia Bezerra, Crislayne Maria Berto, Fernando Arthur Alves da Silva, Leiliane Moraes dos Santos Silva, Ana Paula de Oliveira Marques

ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM MULHERES IDOSAS ..........................................................................................................................158

Letícia Mazocco, Patrícia Chagas, Carla Helena Augustin Schwanke

ENVELHECIMENTO E COVID-19: ASSOCIAÇÃO ENTRE COMORBIDADES E GRAVIDADE DA DOENÇA .............................................................................................................................................159

Kimberly Mayara Gouveia Bezerra, Crislayne Maria Berto, Fernando Arthur Alves da Silva, Leiliane Moraes dos Santos Silva, Ana Paula de Oliveira Marques

IMPACTO DA OBESIDADE NA MORTALIDADE DE IDOSOS COM COVID-19 ................................160

Kimberly Mayara Gouveia Bezerra, Crislayne Maria Berto, Fernando Arthur Alves da Silva, Leiliane Moraes dos Santos Silva, Ana Paula de Oliveira Marques

MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL COM MAIOR COBERTURA DO ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS .........................................................................................................................................161

Bruna Steffler, Karla de Souza Maldonado da Silva, Raiane Dalmolin, Laura Virgili Claro, Cintia Eichler Brites, Greisse Viero da Silva Leal, Vanessa Ramos Kirsten,

TECNOLOGIAS DIGITAIS NA VIDA DOS IDOSOS EM TEMPOS DE PANDEMIA ............................162

Tatiana Benini, Vania B.M. Herédia, Fábio Velho, Andréia Velho Witt

O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DE CASAIS FISICAMENTE ATIVOS ....................................163

Mariana Pes Turchiello, Angelita Alice Jaeger

PROPORÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS A IDOSOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ................................................................................................................................................164

Valéria Baccarin Ianiski, Flávia Picoli Gheno

IDOSAS COM ALGUM PROBLEMA DE SAÚDE E O RISCO DE QUEDAS .........................................165

Janina Lied da Costa, Sinara Porolnik, Guilherme Tavares Arruda, Hedioneia M. F. Pivetta

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SONO E BEM ESTAR DO IDOSO DURANTE O PERÍODO DE QUARENTENA .................................166

Estherfanny da Nóbrega Pinheiro, Giovana Silva Correa Reis, Lorena Garcia da Fonseca, Jéssika Sayuri Campelo Kato, Rebeca Andrade Ferraz, Camila Arcoverde de Oliveira, Brenda Gomes, Cynthia Cyllene de Oliveira Charone

SOBRECARGA E PERFIL DE CUIDADORES INFORMAIS DE PESSOAS IDOSAS FRÁGEIS CADASTRADAS EM CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL .................................167

Larissa Cayla Cesário, Gabriela Marques Pereira Mota, Isabela Thais Machado de Jesus, Marisa Silvana Zazzetta

COBERTURA DA VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA A POPULAÇÃO IDOSA NO RIO GRANDE DO SUL ........................................................................................................................168

Karla de Souza Maldonado da Silva, Vanessa Ramos Kirsten

INTERNAÇÕES CONSIDERADAS EVITÁVEIS POR DOENÇAS INFLAMATÓRIAS PÉLVICAS EM IDOSAS ...............................................................................................................................................169

Flávia Picoli Gheno, Valéria Baccarin Ianiski

ASSOCIAÇÃO IMOBILIDADE NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR DE IDOSOS E MORTE: ESTUDO COM 3 ANOS DE SEGUIMENTO ........................................................................................................170

Liege Camargo Alves Kurrle, Fernanda Barbisan, Thamara Graziela Flores, Neida Luiza K. Pellenz, Ivana Beatrice Mânica da Cruz, Melissa Agostini Lampert

TRATAMENTO COM ANTIDEPRESSIVOS TRICICLICOS AUMENTAM AS CHANCES DE DELIRIUM EM IDOSOS ........................................................................................................................................171

Liege Camargo Alves Kurrle, Fernanda Barbisan, Melissa Agostini Lampert, Liana Pinheiro Santos Marques, Ivana Beatrice Mânica da Cruz, Thamara Graziela Flores

CUBIU: FRUTO AMAZÔNICO PREVINE OXIDAÇÃO DE LIPÍDEOS, PROTEGENDO CONTRA A FORMAÇÃO DE ATEROMA ................................................................................................................172

Nathália Cardoso de Afonso Bonotto, Greice Franciele Montagner, Ivana Beatrice Mânica da Cruz, Ednea Aguiar Maia-Ribeiro, Euler Esteves Ribeiro, Rômulo Pillon Barcellos, Fernanda Barbisan

EFEITO IN VITRO DO BARBATIMÃO EM MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO DE FIBROBLASTOS HUMANOS SENSCENTES ......................................................................................173

Nathália Cardoso de Afonso Bonotto, Moisés Henrique Mastella, Ivana Beatrice Mânica da Cruz, Neida Luiza Caspary Pellenz, Euler Esteves Ribeiro, Verônica Farina Azzolin, Fernanda Barbisan

DELIRIUM EM IDOSOS HOSPITALIZADOS NA CLÍNICA CIRÚRGICA NO PARANÁ......................174

Gabriela Serighelli da Rosa, Emerson C. Souza Filho, Jacy Aurelia Vieira de Sousa

PREVALÊNCIA DE SINTOMAS GRIPAIS NA PANDEMIA POR SARS-COV-2 EM IDOSOS DE SERVIÇO REFERÊNCIA NA AMAZÔNIA ...........................................................................................175

Ana Carla Costa Azevedo, Andrea Marcela dos Santos Lopes, Davi Gabriel Barbosa, Lucas Matheus da Silva Castro, Paula Gabriela Nascimento Gonçalves, Rayssa Moreira Lacerda, Murilo da Silva Rodrigues, Cynthia Cyllene de Oliveira Charone

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AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA DOR DURANTE A QUARENTENA ENTRE IDOSOS DE UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE .............................................................................................176

Eric Lins Soeiro, Ana Beatriz Tavares Araújo, Arilson Lima da Silva, Armando da Silva Rosa, Clara Danielly Campos de Carvalho Silva, Moisés Felipe Silva da Conceição, Rondinei Silva Lima, Cynthia Cyllene de Oliveira Charone

UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA POPULAÇÃO IDOSA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .....................................................................177

Laura Virgili Claro, Karla de Souza Maldonado da Silva, Raiane Dalmolin, Bruna Steffler, Greisse Viero da Silva Leal, Vanessa Ramos Kirsten

A ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA MEDIANTE A PANDEMIA DE COVID-19 .............................178

Caroline Otto Vargas, Rosana Sabina Augustin da Silva, Amanda Thiesen Bielinski, Juliana Nunes Alves, Priscila Carvalho Fogaça

PERFIL DE ADESÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS LONGEVOS ................................................179

Iara Lessa Costa da Silva, Aline Tavares Domingos, Caroline Ferreira Saladini

FATORES ASSOCIADOS AOS SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ...................................................................................................................180

Leiliane Moraes dos Santos Silva, Crislayne Maria Berto, Fernando Arthur Alves da Silva, Kimberly Mayara Gouveia Bezerra, Ana Paula de Oliveira Marques

FATORES ASSOCIADOS AO RISCO DE QUEDA EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA .......181

Leiliane Moraes dos Santos Silva, Crislayne Maria Berto, Fernando Arthur Alves da Silva, Kimberly Mayara Gouveia Bezerra, Ana Paula de Oliveira Marques

FATORES ASSOCIADOS AO CONTROLE GLICÊMICO EM IDOSOS DIABÉTICOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS ...................................................................................................................182

Leiliane Moraes dos Santos Silva, Crislayne Maria Berto, Fernando Arthur Alves da Silva, Kimberly Mayara, Gouveia Bezerra, Ana Paula de Oliveira Marques

ESTADO NUTRICIONAL, RISCO DE SARCOPENIA E USO DE TERAPIA NUTRICIONAL EM IDOSOS HOSPITALIZADOS COM COVID-19 ...................................................................................183

Juliana Heitich Brendler, Anna Carolina Brum Portilho Martinez

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES IDOSOS COM COVID-19: UMA REVISÃO INTEGRATIVA .....................................................................................................................................184

Raquel Seibel, Jamile Ceolin

HOSPITALIZAÇÃO DE PESSOAS IDOSAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: ANÁLISE PRELIMINAR 2019-2020 ...................................................................................................................185

Lucimara Sonaglio Rocha, Sandra Maria de Melo Cardoso, Andressa Peripolli Rodrigues, Neiva Claudete Brondani Machado, Mariéli Terezinha Krampe Machado, Victórya dos Santos Varela, Daiane Porto Gautério de Abreu, Marlene Teda Pelzer

PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DE IDOSOS COM DIAGNÓSTICO DE COVID-19 INTERNADOS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO ..........................................................................................................186

Anna Carolina Brum Portilho Martinez, Juliana Heitich Brendler

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RESPONSABILIDADE FILIAL NO CUIDADO AOS PAIS IDOSOS E A SOBRECARGA DOS CUIDADORES .....................................................................................................................................187

Laísa Cargnin, Marília Bruna Murari, Laura Franco Sponchiado, Marines Aires

ASSOCIAÇÃO DE FRAGILIDADE E SEUS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS COM RAÇA EM IDOSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA .................................................................................................188

Caroline Goergen, Julia Belato Teixeira, Maria Luiza Freitas Annes, Carolina Böettge Rosa, Vera Elizabeth Closs, Tehura Auozani, Carla Helena Augustin Schwanke

FATORES ASSOCIADOS AO ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS .................................................190

Rozana Ferreira Ortiz, Anny Caroline dos Santos Araujo, Me. Bruna Senna Rodrigues, Profa. Dra. Valdeni Terezinha Zani

CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DE IDOSOS FRENTE A PANDEMIA DA COVID-19 ....................191

Vitória Nazaré Moreira Gomes Araújo, Fredson Murilo de Oliveira Teixeira, Nicole Salomão Lopes, João Vitor Tavares Carneiro, Josué Bengtson Netto, Brenda Nazaré Gomes Andriolo, Niele Silva de Moraes, Cynthia Cyllene de Oliveira Charone

SAÚDE DO IDOSO NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA FRENTE A PANDEMIA DO CORONAVIRUS ..................................................................................................................................192

Amanda Thiesen Bielinski, Rosana Sabina Augustin da Silva, Caroline Otto Vargas, Juliana Nunes Alves, Priscila Carvalho Fogaça

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DOS IDOSOS DURANTE O PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL PELO COVID-19 ...........................................................................................193

Natália Guedes Alves, Allana Moura de Araújo, Ana Luísa Gross Rodrigues, Beatriz Vieira Leite Rodrigues, Carlos Vinicius Carrera do Nascimento, Cynthia Cyllene de Oliveira Charone, Rondinei Silva Lima, Fabíola de Souza Abrahão

PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DOS IDOSOS NO PROGRAMA QUARENTENA - NÚCLEO DE ESTUDOS DA TERCEIRA IDADE .......................................................................................................194

Maria Fernanda Baeta Neves Alonso da Costa, Michele Medeiros, Geovana Samuel Oliveira

VELOCIDADE DA MARCHA E BAIXO DESEMPENHO NA MOBILIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAUDE ..................................................................................................195

Conceição da Silva Brito, Márcia Marrocos Aristides Barbiero, Reuber Lima de Sousa, Patrícia Rosa Gonçalves Leta, Kamila Alves Brasileiro, Susanne Elero Betiolli, Tatiane Prette Kuznier, Maria Helena Lenardt

Page 21: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

21V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

EDITORIAL

A Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano apresenta nesta edição os resumos da 22ª Jornada de Inverno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) – Sucursal RS. O evento ocorreu no dia 10 de outubro de 2020, no formato online.

De acordo com a comissão científica do evento, foram abordados nesta edição da Jornada te-mas relacionados à influência da pandemia de COVID-19 nos aspectos físicos, mentais e sociais de saúde das pessoas idosas, bem como que inovação tecnológica pode ser utilizada para tratamento.

Como já é tradição de eventos organizados pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Geron-tologia, diversos autores expuseram os resultados oriundos das pesquisas que desenvolvem nas áreas da geriatria e gerontologia. Assim, ao longo dos 170 resumos apresentados nesta edição da Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, pesquisadores de diversas áreas do conhecimento têm a oportunidade de apresentar os achados dos estudos que realizaram.

Mais uma vez, os editores da Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano agradecem a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia por confiar no nosso trabalho para publicar os resumos da Jornada.

Desejamos uma excelente leitura!

Dr. Adriano Pasqualotti Editor-chefe RBCEH

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22V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

A SAÚDE PÚBLICA NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Verônica Filter de Andrade; UFSM; [email protected]

Alice do Carmo Jahn; UFSM; [email protected]

RESUMO

Objetivo: Identificar na produção científica, estudos que descrevam acerca de como a saúde públi-ca têm assistido as Instituições de Longa Perma nência para Idosos. Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica do ano de 2012 a 2017, nas bases de dados: LILACS e SCIELO, a partir dos descritores: Instituição de Longa Permanência para Idosos e Saúde Pública. Resultados: A amostra do presente es-tudo foi composta por 9 artigos. O maior número de produções no que tange as temáticas foi publicado no ano de 2015. Observou-se uma escassez de pesquisas sobre a assistência da saúde pública direciona-da às ILPI’S. Conclusão: É necessário criar políticas públicas para as ILPI’S, que articulem suas ações na área da saúde pública e da assistência social.

Palavras-chave: Instituição de Longa Permanência para Idosos; Saúde Pública.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11866 http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11885

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HOMOSSEXUALIDADE E ENVELHECIMENTO E AS POSSÍVEIS VULNERABILIDADES

Luciana de Almeida da Cunha – Enfermeira, Doutoranda Pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia-PUCRS, Bolsista CAPES/CNPq. E-mail: [email protected]

José Roberto Goldim – Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: Vulnerabilidade é um construto multidimensional que se refere a um contexto dinâmico em que há risco de desenvolver problemas de saúde, seja por uma inadequação econô-mica, social, psicológica, familiar, cognitiva ou de recursos físicos. Deve-se considerar diversos aspectos da interação biopsicossocial como, por exemplo, as relações sociais e também de trabalho. Objetivo: Verificar a associação de relatos de vulnerabilidades em pessoas idosas e homossexuais em artigos publicados na área da saúde. Método: Levantamento bibliográfico através de três bases de dados: Pubmed, Scopus e Web of Science. Critérios de inclusão: artigos relacionados a questões de envelhecimento e homossexualidade, publicados nos últimos cinco anos. Critério de exclusão: os artigos que não puderam ser acessados na íntegra. Os textos foram avaliados de forma quali-tativa visando estabelecer categorias de análise vinculadas à vulnerabilidade. Resultados: Foram analisados 279 artigos dos 349 artigos localizados. Em 252 artigos, a vulnerabilidade física foi a predominante. Em outros 22 artigos foi possível destacar a vulnerabilidade social, representada pelas situações de ter que viver na invisibilidade acerca da própria orientação sexual, por medo do preconceito ou do rechaço. Finalmente, em cinco artigos houve a menção de que a variável sexuali-dade não era abordada no atendimento de pacientes idosos. Conclusão: A vulnerabilidade estática é aquela associada ao simples fato de ser velho e homossexual, enquanto que a vulnerabilidade dinâmica é a decorrente de situações que envolvam as relações sociais associadas a estas caracte-rísticas. Os resultados evidenciam a necessidade de incluir este tema como objeto de reflexão por parte da sociedade.

Palavras chave: Envelhecimento; vulnerabilidade; minoria social.

Agradecimento: Ao apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Có-digo de Financiamento 001.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS NUTRICIONAIS E SARCOPENIA EM LONGEVOS

Francine da Rocha Flores Giediel Rosa; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Amanda Guterres Beuren; Universidade do Vale do Rio dos Sinos; [email protected]

Roberta Rigo Dalla Corte; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Renato Gorga Bandeira de Mello, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

RESUMO

Introdução: No Brasil, a faixa etária com idade igual ou superior a 80 anos é a que mais cresce proporcionalmente. À medida que a população envelhece, torna-se cada vez mais evidente a necessidade do estudo dos fatores associados à sarcopenia. Objetivo: Investigar a associação entre variáveis nutricionais e sarcopenia em longevos. Metodologia: Estudo transversal, arrolou indi-víduos com idade igual ou superior a 80 anos em acompanhamento ambulatorial. Para consumo alimentar, utilizou-se o recordatório alimentar de 24 horas. Estado nutricional foi categorizado conforme a Miniavaliação Nutricional. Sarcopenia foi diagnosticada através dos critérios do Eu-ropean Working Group on Sarcopenia in Older People de 2010 e 2018. Para aferição das medidas aplicou-se o exame de Biompedância elétrica, dinamometria de preensão manual e velocidade de marcha aferida em teste de 4 metros. Resultados: A amostra foi composta por 119 longevos, pop-ulação predominantemente feminina (n=67; 56,3%), com média de idade de 83,4 anos (±3,0). As prevalências de sarcopenia variaram significativamente conforme o critério utilizado, sendo maior quando se adotou diagnóstico conforme critérios diagósticos de 2010 ou 2018 (46,7% vs 17,6%). Sexo feminino e baixa pontuação na Miniavaliação Nutricional aumentaram o risco para sarco-penia segundo pelo critério de 2010. Valor energético total reduzido e ingesta proteica elevada associaram-se significativamente com maior prevalência de sarcopenia e sarcopenia grave, inde-pendentemente do critério diagnóstico utilizado ou de fatores de confusão testados. Conclusão: Estado nutricional pela Miniavaliação Nutricional, consumo energético total reduzido e dieta hip-erproteica, associaram-se a maior prevalência de sarcopenia.

Palavras-chave: Longevos; Sarcopenia; Miniavaliação Nutricional.

Agradecimento: O presente trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES).

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PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO FAMILIAR PARA O PAPEL DE CUIDADOR FAMILIAR DE UM IDOSO DEPENDENTE

Samara Gonçalves de Oliveira; Universidade do Estado do Rio de Janeiro; [email protected]

Célia Pereira Caldas; Universidade do Estado do Rio de Janeiro; [email protected]

RESUMO

Introdução: a transição do familiar para o papel de cuidador de um idoso dependente é vis-ta na Teoria das Transições de Afaf Meleis como uma transição situacional por ser um processo complexo que envolve inúmeras variáveis. O objetivo deste estudo é identificar os condicionantes, facilitadores e inibidores na transição de familiares para o papel de cuidadores familiares de um idoso dependente no domicílio e as intervenções de enfermagem necessárias para uma transi-ção saudável. Método: trata-se de uma revisão realizada nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System onLine (MEDLINE) via PubMed, Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e CINAHL. A estratégia de busca utilizada foi a seguinte: operador booleano And, recorte temporal 2015-2019, idiomas português, inglês e espanhol e descritores: “aged”, “family” e “Home Nursing”. Resultados: Após a avaliação, 23 artigos foram selecionados por atenderem a questão de pesquisa e 374 excluídos. Os resultados da pesquisa, foram organiza-dos em três categorias: “condicionantes inibidores da transição saudável ao tornar-se cuidador de um idoso dependente”, “condicionantes facilitadores da transição saudável ao tornar-se cuidador de um idoso dependente” e; “intervenções terapêuticas de enfermagem para uma transição sau-dável”. Conclusão: o processo de transição de um familiar para o papel de cuidador familiar de um idoso dependente é extremamente complexo. Requer suporte estruturado, para que o período de instabilidade não perdure. Com as intervenções terapêuticas de enfermagem é possível para o familiar, alcançar a maestria da transição e a estabilidade.

Palavras-chave: Idoso; Família; “Assistência domiciliar”.

Agradecimentos: À FAPERJ – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro pelo apoio financeiro essencial para realização dessa pesquisa.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11891

CONSEQUÊNCIAS DO ISOLAMENTO SOCIAL PARA A POPULAÇÃO IDOSA: UMA BREVE REVISÃO

Vitória Machado Barchinski; Universidade Católica de Pelotas; [email protected]

Sophia Link Pascotto; Universidade Católica de Pelotas; [email protected]

Michelle Huber Fontana;Universidade Católica de Pelotas ; [email protected]

Raquel Prado Thomaz; Hospital Universitário de Santa Maria; [email protected]

RESUMO

Introdução: Em 2019, iniciou-se um surto de infecção por um novo coronavírus o qual ra-pidamente se tornou um problema de saúde pública global. Diante da pandemia se evidencia pre-ocupação no que tange o isolamento social e suas consequências à população idosa. Os idosos são uma população de risco para adquirir e manifestar as formas graves da Covid-19 devido fre-quentemente serem portadores de múltiplas comorbidades. O isolamento, apesar de necessário e extremamente relevante, pode trazer impactos negativos. Objetivo: Avaliar as consequências do isolamento social para os idosos. Método: Trata-se de uma breve revisão sistematizada da literatu-ra utilizando as bases de dados PubMed e National Institutes of Health, utilizando-se os seguintes descritores: “Elderly” AND “Covid-19”. Foram identificados cerca de 80 estudos, dos quais foram selecionados 5 por se enquadrarem no tema. Resultados: Desses estudos, 4 deles elencaram a soli-dão como uma das principais consequências psicológicas do isolamento prolongado, um deles evi-denciou o aumento do risco de declínio cognitivo. Um artigo destacou que, infelizmente, a falta de visitas familiares aumentou a vulnerabilidade dos moradores de ILPIs ao abuso e à negligência. E, um dos artigos avaliou como discriminatório o isolamento seletivo. Por fim, 3 deles incentivaram a utilização da tecnologia como forma de manter a comunicação e interação com os idosos. Con-clusão: Apesar de necessário, o isolamento social pode trazer consequências cognitivas e psicosso-ciais consideráveis. Portanto, é fundamental uma avaliação individualizada de cada idoso a fim de identificar os efeitos e sintomas advindos desse isolamento e utilizar as ferramentas tecnológicas para tentar minimizá-los.

Palavras-chave: Covid-19; Idoso; Isolamento;

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11892

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USO DAS TECNOLOGIAS E O ISOLAMENTO SOCIAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Vitor Hugo Sales Ferreira; Universidade de Brasília (UnB);[email protected]

Luiza Rosa Bezerra Leão; Universidade de Brasília (UnB); [email protected]

Andrea Mathes Faustino; Universidade de Brasília (UnB); [email protected]

RESUMO

Introdução: As tecnologias, por serem um suporte às demandas das perdas funcionais do envelhecimento, aos aspectos psicológicos e sociais visam melhorar a qualidade de vida dos idosos, principalmente aqueles em situação de isolamento social. Objetivo: Identificar as tecnologias de apoio a pessoas idosas em isolamento social. Método: Trata-se de revisão integrativa, cuja a per-gunta norteadora foi: “Quais as tecnologias de apoio a pessoas idosas em situação de isolamento social, mais utilizadas no Brasil e no Mundo?” A buscas foram realizadas a partir de publicações científicas indexadas nas bases de dados: SCOPUS, MEDLINE via PubMed, LILACS e SCIELO. O período de análise das publicações foi entre os anos de 2014 a 2019, nos idiomas inglês, português e espanhol. Descritores utilizados: idoso, tecnologia”, isolamento social. Ao final das buscas, 33 publicações atenderam aos critérios de elegibilidade e compuseram o estudo. Resultados: Diante dos achados extraídos dos estudos selecionados, percebeu-se que houve predominância de uso de tecnologias da informação para se lidar com o isolamento social entre pessoas idosas, em especial, de redes sociais ou de realidades aumentada, além das vídeo-chamadas. Muitos estudos se pau-tavam em tecnologias duras das áreas de comunicação e informação. Houve uma predominância de publicações realizadas pelos Estados Unidos (n=12), seguido da Austrália (n=5). Apenas um artigo havia sido desenvolvido no Brasil. Conclusão: As alternativas para minimizar o fenômeno do isolamento social entre idosos, são ainda muito recentes, sendo as tecnologias mais utilizadas como suporte a idosos em isolamento social aquelas associadas as tecnologias de comunicação.

Palavras-chave: Idoso; Tecnologia; Isolamento Social.

Agradecimentos: à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela concessão de bol-sa de mestrado à Vitor Hugo Sales Ferreira e Luiza Rosa Bezerra Leão.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11893

IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO: CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E SINTOMAS DEPRESSIVOS

Anderson Abreu de Carvalho; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected]

Bianca Dacoregio Martins; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected]

Naísa Falcão Martins; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected]

Giordanna Nayara Chagas e Silva; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected]

Suzana Rosa; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected]

Juliana Balbinot Reis Girondi; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Fernanda Rosa de Oliveira Pires; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected]

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected]

RESUMO

Indrodução: O tratamento hemodialítico gera inúmeros impactos na vida do idoso, devido as mudanças decorrentes da doença, que podem gerar estressores físicos e psíquicos, influenciando o cotidiano de vida do idoso, torando-o propenso ao isolamento social, a diminuição de atividades diárias, incitando sintomas depressivos. Objetivo: Identificar as características sociodemográficas e sintomas depressivos de idosos em tratamento hemodialítico. Métodos: Quantitativo descritivo transversal, realizado com idosos em tratamento hemodialítico no sul do Brasil em 2018, através de entrevista gravada, utilizando instrumento contendo: dados socioeconômicos, de saúde e sinto-mas depressivos (Escala GDS). Para análise foi utilizada a ferramenta estatística BIOESTAT5.3. Aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa, com número: 1097377. Resultados: Participaram da pesquisa 13 idosos, nove mulheres e quatro homens, com idade entre 60 a 78 anos, a maioria casadas, brancas, aposentadas, com renda de até dois salários e oito anos de estudo. Em relação a avaliação de depressão, verificou-se que 53,8% apresentaram mais de cinco pontos na escala, evidenciando a percepção da presença de sintomas depressivos. Três apontam que os sintomas depressivos estão presentes na maior parte do dia e oito perceberam esses sintomas em outros momentos da vida. Concernente ao que o idoso realiza para amenizar os sintomas, quatro afirmam utilizar medicamentos antidepressivos, dois realizam terapia psicológica e nenhum menciona o

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Resumos da 22ª Jornada de Inverno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Sucursal RS

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uso de terapias alternativas. Conclusão: Verificou-se nesses idosos, indícios de sintomas depres-sivos. Este achado é importante para o cuidado de enfermagem, planejamento em saúde, assim como monitoramento de comorbidades, possibilitando melhor compreensão da qualidade de vida destes idosos.

Palavras-chave: Idoso; Insuficiência renal crônica; Perfil de saúde; Depressão.

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IDOSOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO: FATORES DE RISCO PARA ACIDENTES POR QUEDAS

Anderson Abreu de Carvalho; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Bianca Dacoregio Martins; Departamento de Enfermagem, UFSC; [email protected]

Naísa Falcão Martins; Departamento de Enfermagem, UFSC; [email protected]

Suzana Rosa; Departamento de Enfermagem, UFSC; [email protected]

Gustavo Lopes Soares; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Juliana Balbinot Reis Girondi; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Juliete Coelho Gelsleuchter; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal do Paraná; [email protected]

RESUMO

Introdução: As quedas podem ser causadas por fatores extrínsecos e intrínsecos, os idosos que realizam tratamento de hemodiálise, podem ter mais alterações devido as mudanças hemo-dinâmicas, ocasionadas pela terapia dialítica. Objetivo: Identificar os fatores de risco para aci-dentes por quedas dos idosos em tratamento hemodialítico. Metodologia: Quantitativo descritivo transversal, com idosos em tratamento hemodialítico no sul do Brasil. A coleta foi realizada em 2018, através de entrevista gravada. Instrumento composto por dados socioeconômicos, saúde e dos acidentes por quedas. Aprovado sob o número 1097377. Resultados: Participaram 13 idosos, 69,3% mulheres e 30,7% homens, com idade entre 60 a 78 anos, majoritariamente casados, bran-cos, aposentados, renda de até dois salários e oito anos de estudo. Predominou as comorbidades: Hipertensão e Diabetes. Em relação às quedas, seis idosos referiram ter pelo menos um acidente por queda no último ano. No pós-quedas, quatro relataram ficar de 1 a 2 minutos no chão antes de levantar. Como consequência, um idoso rompeu o tendão e um perdeu a consciência. A maioria relatou ter medo de cair, e o Score da Escala de eficácia de quedas apresentou pontuação superior a 23, sugerindo associação com história de quedas (76,9%, tiverem mais de 23 pontos). Em relação ao ambiente da queda, os idosos a presença de desníveis e ausência de faixa de pedestres nas ruas. Conclusão: Identificou-se o perfil de saúde e os fatores de riscos para quedas, tendo associação a história de quedas esporádica e quedas recorrentes com a Escala de Eficácia de quedas.

Palavras-chave: Idosos; Insuficiência renal; Acidentes por quedas; Perfil de saúde.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11895

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EVENTO QUEDAS: CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA A SEGURANÇA DO IDOSO HOSPITALIZADO

Anderson Abreu de Carvalho; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Melissa Orlandi Honório Locks; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Silvia Azevedo dos Santos; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Angela Maria Alvarez; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Jordelina Schier Schier; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Darla Lusia Ropelato Fernandez; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Gustavo Lopes Soares; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal do Paraná; [email protected]

RESUMO

Introdução: O processo de envelhecer é influenciado por diversos fatores, entre eles as do-enças crônicas e os eventos adversos onde se destaca o evento quedas. As quedas de pacientes internados estão entre os principais eventos a serem prevenidos nas instituições e são priorida-des dentro do programa de segurança do paciente. Elas podem acarretar consequências graves aos pacientes, como traumas, fraturas, dependência e morte. Objetivo: Identificar os cuidados de enfermagem, quanto ao evento quedas, para a segurança de idosos internados nas unidades de internação de clínica médica. Método: Pesquisa qualitativa do tipo exploratório-descritivo, rea-lizada no período de março a abril de 2018, em duas unidades de Clínica Médica de um hospital escola, com Enfermeiros. A coleta de dados deu-se através de entrevista semi-estruturada, sendo essas gravadas, transcritas e analisadas segundo análise Minayo. Pesquisa aprovada pelo núme-ro: 80907517.5.0000.012. Resultados: Participarem 15 Enfermeiros, 14 mulheres e um homem. Através das entrevistas identificaram-se três categorias: Medidas de prevenção para quedas, ex-trínsecas, intrínsecas e comportamentais (avaliação dos riscos de quedas, ferramentas, e medidas de prevenção); Cuidados de enfermagem aos idosos que tiveram episódios de quedas (cuidados imediatos e registros dos cuidados) e Notificação das quedas no ambiente hospitalar (realização, fluxo de encaminhamento, divulgação dos eventos e subnotificação). Conclusões: Foi possível con-

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Resumos da 22ª Jornada de Inverno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Sucursal RS

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cluir que os Enfermeiros conhecem os fatores de risco e implementam ações de prevenção para as quedas, entretanto não conhecem ou pouco utilizam ferramentas e protocolos que padronizem as ações e auxiliem nos cuidados diários ao idoso com risco de quedas.

Palavras-chave: Envelhecimento; Hospitalização; Acidentes por quedas; Cuidados de en-fermagem

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11896

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ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM GERIATRIA E GERONTOLOGIA

Guilherme Briczinski de Souza; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; [email protected]

Fernanda Górski; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre;[email protected]

Juliane Pinto Lucero; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; [email protected]

Julyhe Nunes Paulin; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; [email protected]

Eduardo Garcia; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; [email protected]

RESUMO

Introdução: A geriatria e a gerontologia são áreas que trabalham na promoção, prevenção, tratamento e reabilitação da saúde do idoso. Sabe-se que os idosos estão sujeitos à diversas mani-festações patológicas, sendo compreensível que ocorra um alto número de pesquisas sobre a saúde dos mesmos. Objetivo: Analisar a produção científica publicada nos anais da Jornada de Inverno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Metodologia: Revisão integrativa, no qual foram analisados anais de 2017 a 2019 da Jornada de Inverno da SBGG disponíveis na internet. Foi construído um banco de dados contendo dados referentes à quantidade de resumos por ano, tipo de estudo, sexo, estado e profissão do autor. Para a análise dos dados foi criada tabe-la de contingência. Resultados: Foram 185 trabalhos, sendo que em 2017 houve maior produção científica 44,8%. Dentre os tipos de estudos 64,9% foram estudos transversais, e 13% de revisão de literatura. Houve a predominância de autoras (78,9%) em todas as três edições. Quanto ao estado brasileiro com mais publicações está o Rio Grande do Sul com 74,5%, Santa Catarina 9,8%, Paraná 6,5% e São Paulo 3,3%. Contudo, notamos que a maioria dos autores são da Enfermagem e Medi-cina com 20% cada, seguido da Nutrição 17,8% e Fisioterapia 16,2%. Conclusão: A jornada contri-buiu para a divulgação multidisciplinar da saúde do idoso, entretanto falta o incremento de áreas como a fonoaudiologia, terapia ocupacional, odontologia para aumentar os estudos nessa área.

Palavras-chave: Congressos como Assunto; Gerontologia; Pesquisa.

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ANÁLISE DAS DISCIPLINAS DE GERONTOLOGIA NOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DA SAÚDE NO RIO GRANDE DO SUL

Guilherme Briczinski de Souza; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; [email protected]

Fernanda Górski; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; [email protected]

Juliane Pinto Lucero; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; [email protected]

Julyhe Nunes Paulin; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; [email protected]

Eduardo Garcia; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre; [email protected]

RESUMO

Introdução: A população idosa está em crescimento devido ao aumento da expectativa de vida. Portanto, por consequência, o atendimento de saúde terá que adaptar-se para a futura de-manda desta faixa etária, além de aumentar o número de profissionais habilitados para atendê--los. Objetivo: Identificar a presença de disciplinas obrigatórias em cursos da área da saúde que abordam o paciente idoso. Metodologia: Estudo transversal, no qual foram analisados os currícu-los dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Odon-tologia e Psicologia em 36 universidades no Rio Grande do Sul. Foram pesquisadas disciplinas ligadas a gerontologia e/ou saúde do idoso. Foram excluídos aqueles com cursos na modalidade a distância, tecnológicos e licenciaturas, disciplinas eletivas/optativas e currículos anteriores ao ano letivo de 2019. Resultados: Foram encontrados 30 cursos de Psicologia, 28 de Enfermagem, 27 de Fisioterapia, 25 de Educação Física, 22 de Nutrição, 18 de Odontologia e 7 de Fonoaudio-logia, dos quais apenas 82,1% dos cursos de Enfermagem e 62,9% dos de Fisioterapia tiveram disciplinas obrigatórias ligadas a saúde do idoso. O curso de Nutrição teve metade dos currículos (50%) com alguma disciplina na área da gerontologia, enquanto a Fonoaudiologia (42,8%), a Psi-cologia (33,3%), a Educação Física (32%) e a Odontologia (5,5%) ficaram com menos da metade das disciplinas obrigatórias. Conclusão: Perante os dados apresentados a maioria dos cursos da área da saúde não apresentam as disciplinas sobre a saúde do paciente idoso de modo obrigatório no currículo.

Palavras-chave: Currículo; Ensino; Saúde do Idoso.

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ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE DE VIDA, POSTURA ESTÁTICA E RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS

Caroline Fagundes; Universidade Feevale; [email protected];

Anna Regina Grings Barcelos; Universidade Feevale; [email protected];

Cléber Ribeiro Alvares da Silva; Universidade Feevale; [email protected];

Geraldine Alves dos Santos; Universidade Feevale; [email protected]

RESUMO

Introdução: Com o avanço da idade é possível observar desvios posturais, além da redução da habilidade para controlar a postura e a marcha. Essas alterações podem limitar a mobilidade do idoso e interferir nas oscilações corporais dificultando a manutenção do equilíbrio estático e da marcha segura, aumentando a chance desses indivíduos caírem. A queda no idoso pode resultar em incapacidade funcional afetando negativamente a sua qualidade de vida e de seus familiares e/ou cuidadores, além de estar associada ao aumento do risco para mortalidade, morbidade, inca-pacidade física e cognitiva, inatividade e depressão. Objetivo: Analisar a relação da qualidade de vida com a postura estática e o risco de quedas em pessoas idosas. Método: Participaram dessa pesquisa 55 sujeitos, de ambos os sexos, com idade entre 60 e 79 anos, praticantes de hidroginás-tica. Para a coleta de dados os seguintes instrumentos foram utilizados: EUROHISQOL, Postural Assessment Software (SAPO) e Escala de Equilíbrio de Berg. Resultados: Observou-se correlação significativa entre qualidade de vida e postura estática, ou seja, quanto maior o alinhamento postural, maior o índice de qualidade de vida. Vale destacar o quesito satisfação com a capaci-dade de desempenhar as atividades do cotidiano com o ângulo do tornozelo direito (rho=0,382). Constatou-se não haver relação entre a qualidade de vida e o risco de quedas. Conclusão: A partir dos achados do presente estudo é possível elaborar medidas de prevenção aos desalinhamentos posturais estáticos, e assim, reduzir o impacto negativo que essas modificações provocam na vida dos indivíduos com 60 anos ou mais.

Palavras-chave: Idosos; Postura estática; Qualidade de vida; Quedas.

Agradecimentos: PROSUP / CAPES.

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36V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11899

ALTERAÇÕES POSTURAIS EM IDOSOS DA REGIÃO DO VALE DO SINOS

Caroline Fagundes; Universidade Feevale; [email protected];

Geraldine Alves dos Santos; Universidade Feevale; [email protected]

RESUMO

Introdução: Com o envelhecimento observa-se a redução das funções fisiológicas, incluin-do alterações nos tecidos que envolvem as articulações. Essas modificações podem resultar em desconforto, dor e, em alguns casos, incapacidade funcional, influenciando de maneira negativa na autonomia dos idosos. Objetivo: Avaliar as alterações na postura estática em idosos da região do Vale do Sinos/RS. Método: Participaram dessa pesquisa 112 sujeitos, com idade entre 60 e 88 anos, distribuídos em 2 grupos. O grupo I formado por 55 indivíduos praticantes de hidroginás-tica e o grupo II composto por 57 idosos participantes de um programa de informática. Para a coleta de dados foi utilizado o Postural Assessment Software (SAPO). Resultados: Observou-se que 84,8% apresentavam assimetria da cabeça, 83% assimetria dos acrômios e 93,8% joelho varo. Já nas vistas laterais, 100% da amostra apontava anteriorização da cabeça, 93,8% trocânter do fêmur mais anterior em relação ao acrômio, 97,3% assimetria da pelve e 70% joelho em flexão. Ao compararmos os dois grupos, através do teste Mann-Whitney, observou-se diferença significativa no ângulo frontal do membro inferior esquerdo, ângulo Q direito, trocânter do fêmur anterior em relação ao acrômio e ângulo da cifose torácica. Conclusões: Foi possível concluir que as prin-cipais alterações posturais encontradas foram a anteriorização da cabeça, assimetria horizontal da pelve, assimetria vertical do tronco e joelho varo. Destacou-se que o grupo da hidroginástica apresentou maiores desalinhamentos. Com esses resultados, é possível promover métodos pre-ventivos às alterações posturais e, assim, diminuir o impacto negativo que esses desalinhamentos provocam na vida idosos.

Palavras-chave: Idosos; Postura; SAPO.

Agradecimentos: PROSUP / CAPES.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11900

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37V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11900

ANÁLISE DA RELAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS COM A COGNIÇÃO E POSTURA ESTÁTICA NO ENVELHECIMENTO

Caroline Fagundes; Universidade Feevale; [email protected];

Geraldine Alves dos Santos; Universidade Feevale; [email protected]

RESUMO

Introdução: O idoso com comprometimento da cognição pode apresentar déficits de mobi-lidade, lentificação de movimentos, alterações comportamentais e menor tempo de reação frente aos desequilíbrios, predispondo-o a quedas. Além disso, com o envelhecimento ocorre a redução da flexibilidade das articulações, resultando em desvios posturais e limitação da mobilidade do idoso, dificultando a manutenção do equilíbrio estático e da marcha segura. Objetivo: Analisar a relação do risco de quedas com o desempenho cognitivo e postura estática no envelhecimento. Método: Participaram dessa pesquisa 107 sujeitos, com idade entre 60 e 89 anos, distribuídos em 2 grupos: o primeiro formado por 54 indivíduos praticantes de hidroginástica e o segundo composto por 53 idosos participantes de um programa de informática. Para a coleta de dados os seguintes instrumentos foram utilizados: Mini Exame do Estado Mental, Escala de Eficácia de Quedas, Escala de Equilíbrio de Berg e Postural Assessment Software (SAPO). Resultados: Constatou-se bom desempenho cognitivo, baixo risco de queda e alterações posturais dentro da normalidade. Além disso, observou-se que o risco de quedas está diretamente relacionado com o ângulo da cifose torácica e ângulo do tornozelo. Também foi identificada relação indireta do risco de quedas com a auto eficácia de quedas e alinhamento vertical da cabeça (R2: 0,367). Conclusão: Observou-se relação significativa entre o risco de quedas, cognição, e postura estática em pessoas idosas. Baseado nos achados do presente estudo é possível elaborar medidas de prevenção a que-das em idosos.

Palavras-chave: Cognição; Idosos; Postura estática; Quedas.

Agradecimentos: PROSUP / CAPES.

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38V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11901

ANÁLISE DE ASSOCIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE GRAVIDADE DO COVID-19 COM OS HÁBITOS ADOTADOS DURANTE PANDEMIA

Elizangela Halinski Cardoso; Universidade Feevale; [email protected]

Sara Kleinschmitt; Universidade Feevale; [email protected]

Sabina Stedile; Universidade Feevale; sabinastedile@gmail

Marcele Medina; Universidade Feevale; [email protected]

Maristela Peixoto; Universidade Feevale; [email protected]

Marcus Levi Lopes Barbosa; Universidade Feevale; [email protected]

Geraldine Alves dos Santos; Universidade Feevale; [email protected]

RESUMO

Introdução: A pandemia de COVID-19 tem provocado mudanças nas rotinas dos idosos e também em alguns aspectos psicossociais e interpessoais. Neste sentido, a pandemia do novo co-ronavírus representa um cenário de circunstâncias totalmente sem precedentes, como alterações de hábitos provocadas por ela. Objetivo: Analisar a associação da percepção da gravidade do CO-VID-19 de pessoas idosas com hábitos desenvolvidos durante a pandemia. Métodos: O estudo foi realizado com 48 pessoas idosas, com mais de 60 anos, de ambos os sexos, através de uma pesquisa de opinião desenvolvida no Google Forms, abordando os hábitos desenvolvidos durante a pande-mia nos meses de maio e junho de 2020. Resultados: Na regressão linear pelo método stepwise, realizada com a variável percepção da gravidade do COVID-19 (R2 = 0,938), identificou-se uma re-lação direta entre as variáveis percepção da letalidade do COVID-19, manutenção de hábitos de hi-giene para a prevenção da H1N1 e uma relação indireta com o desconforto, medo ou preocupação em relação à saudade de pessoa próximas, higienização das compras ao chegar em casa e qualidade do sono durante este período de pandemia. Diante dos dados encontrados, constata-se uma relação entre percepção da letalidade e mudanças de hábitos que os idosos têm durante a pandemia. Desta forma, quanto maior a compreensão sobre a pandemia, mais os participantes alteraram os hábitos, considerando a letalidade. Conclusão: Com esses resultados, é possível avaliar a percepção que as pessoas idosas têm sobre a gravidade do coronavírus, corroborando com as prevenções e mudanças efetivas dos seus comportamentos e hábitos pessoais.

Palavras-Chave: COVID-19; Hábitos; Pandemia.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11902

Page 39: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

39V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11902

INFLUÊNCIA DA SOBRECARGA NA QUALIDADE SUBJETIVA DO SONO DE IDOSOS CUIDADORES DE IDOSOS

Marcela Naiara Graciani Fumagale Macedo; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Sonia Goncalves da Mota; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Daniele Cristina Barbosa; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Isabela Bonifacio de Almeida Ferreira; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Élen dos Santos Alves; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Keika Inouye; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Ariene Angelini dos Santos Orlandi; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

RESUMO

Introdução: Com o envelhecimento populacional, ser idoso e ter como responsabilidade cui-dar de outro idoso é uma condição cada vez mais frequente. As atribuições do cuidado podem gerar sobrecarga e distúrbios do sono. Objetivo: Identificar associação entre sobrecarga e qualidade sub-jetiva do sono de idosos cuidadores de idosos. Métodos: A amostra foi composta por idosos cuidado-res de idosos cadastrados em cinco Unidades de Saúde da Família do município de São Carlos (SP). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização, Componente 1 do Índice de Qualidade de Sono de Pittsburg e Escala de Sobrecarga de Zarit. Os cuidadores foram di-vididos em dois grupos: (a) Grupo com boa/muito boa qualidade do sono e (b) Grupo com qualidade do sono ruim/muito ruim. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e comparativas (Teste de Mann-Whitney). Resultados: Dos 59 idosos cuidadores de idosos entrevistados, 56,9% eram do sexo feminino (n=37). A média das idades foi de 69,15 anos (Q2=69, DP=6,49), de escolaridade foi de 3,09 anos (Q2=3, DP=2,81) e da renda familiar foi de R$2.390 (Q2 =2.090, DP=1.163). A maioria era casada (n=61, 93,8%) e cuidava de seu cônjuge (n=58, 89,2%). No grupo de cuidadores com boa/muito boa qualidade do sono (n=43), o escore de sobrecarga médio foi de 22,05 pontos (Q2=20,0, DP=14,52) e, no grupo com qualidade do sono ruim/muito ruim (n=22), de 32,77 pon-tos (Q2=29,5, DP=17,06). As análises comparativas evidenciaram diferenças significativas entre os grupos (U=285,00; p=0,009). Conclusão: Conclui-se que existe associação entre sobrecarga e qualidade subjetiva do sono em idosos cuidadores de idosos.

Palavras-chave: Cuidadores; Sono; Esgotamento Psicológico.

Agradecimentos: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

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40V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11903

SOBRECARGA DE CUIDADORES FAMILIARES DE IDOSOS HOSPITALIZADOS

Marcos Soares de Arruda; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Marcela Naiara Graciani Fumagale Macedo; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Sonia Gonçalves da Mota; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Élen dos Santos Alves; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Tábatta Renata Pereira de Brito; Universidade Federal de Alfenas; [email protected]

Ariene Angelini dos Santos-Orlandi; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

RESUMO

Introdução: Doenças crônicas não transmissíveis são comuns em idosos, os quais podem apresentar descompensações e serem hospitalizados. No Brasil, o cuidado ao idoso é culturalmente realizado por um membro familiar. Muitas vezes, esse familiar assume a responsabilidade pelo cui-dado de maneira repentina, sem nenhum preparo prévio ou apoio, o que pode resultar em intensa sobrecarga. Nesse contexto, pesquisadores apontam que o esgotamento físico e mental pode in-fluenciar negativamente a qualidade de vida do cuidador. Objetivo: Avaliar a sobrecarga de cuidado-res familiares de idosos inseridos no contexto hospitalar. Método: estudo transversal, quantitativo, realizado com 98 cuidadores familiares de idosos que estavam internados na Santa Casa do muni-cípio de São Carlos-SP. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário de caracterização do cuidador, do contexto de cuidado e Inventário de Sobrecarga de Zarit. Na análise descritiva dos dados foram estimadas distribuições de frequências, médias, desvios padrão e proporções. Resulta-dos: a maioria dos cuidadores era do sexo feminino (88,8%), com média de idade de 54,1±13,5 anos e casadas (74,5%). Cuidavam do seu progenitor (45,4%) ou cônjuge (32,0%), há 51,6±84,3 meses, durante 16,2±7,7 horas por dia, sem treinamento prévio (81,6%). Em relação à sobrecarga, o esco-re médio obtido foi de 34,3±16,9 pontos. Todos os cuidadores entrevistados apresentaram algum nível de sobrecarga, sendo a sobrecarga moderada mais prevalente (49,5%), seguida de moderada a severa (25,8%). Conclusão: cuidadores familiares de idosos hospitalizados apresentaram alta pre-valência de sobrecarga. Torna-se necessário identificar precocemente essa condição para que sejam planejadas intervenções para melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.

Palavras-chave: Cuidadores; Idoso; Esgotamento Psicológico.

Agradecimentos: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11904

Page 41: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

41V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11904

INFLUÊNCIA DA INTENSIDADE DA DOR CRÔNICA NA QUALIDADE SUBJETIVA DO SONO DE IDOSOS DA COMUNIDADE

Beatriz Coppi Lavelli; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Pedro Henrique Machado Guiesi; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Yasmin Caroline Vilela da Silva; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Pedro Grazziano; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Julia Rachel de Albuquerque; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Élen dos Santos Alves; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Keika Inouye; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Ariene Angelini dos Santos Orlandi; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

RESUMO

Introdução: As queixas relacionadas ao sono são comuns entre os idosos. Aspectos emocio-nais, ambientais, doenças crônicas e dor podem agravar os distúrbios do sono. Objetivo: Identificar associação entre intensidade da dor crônica e qualidade subjetiva do sono de idosos da comunida-de. Métodos: A amostra foi composta por idosos cadastrados em cinco Unidades de Saúde da Famí-lia do município de São Carlos (SP) que apresentavam dor crônica. Para a coleta de dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização, Componente 1 do Índice de Qualidade de Sono de Pittsburg e Escala de Intensidade Numérica da Dor do EMADOR. Os idosos foram divididos em dois grupos: (a) Grupo com boa/muito boa qualidade do sono e (b) Grupo com qualidade do sono ruim/muito ruim. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e compa-rativas (Teste de Mann-Whitney). Resultados: Dos 92 idosos entrevistados, 57,6% eram do sexo feminino (n=53). A média das idades foi de 69,66 anos (Q2=69, DP=6,83), de escolaridade foi de 3,02 anos (Q2=3, DP=2,84) e da renda familiar foi de R$2.375 (Q2 =2.000, DP=1.230). A maior parte da amostra era casada (n=84, 91,3%). No grupo de idosos com boa/muito boa qualidade do sono (n=62), a média da intensidade da dor relatada foi de 7,03 pontos (Q2=7,0, DP=2,63) e, no grupo com qualidade do sono ruim/muito ruim (n=22), de 8,13 pontos (Q2=8,5, DP=2,24). As análises comparativas evidenciaram diferenças significativas entre os grupos (U=701,50; p=0,05). Conclusão: Conclui-se que existe associação entre intensidade da dor crônica e qualidade subjetiva do sono em idosos da comunidade.

Palavras-chave: Idoso; Sono; Dor Crônica.

Agradecimentos: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Page 42: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

42V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11905

EXISTE RELAÇÃO ENTRE FRAGILIDADE E SONO DE IDOSOS NA COMUNIDADE?

Sonia Gonçalves da Mota; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Marcela Naiara Graciani Fumagale Macedo; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Marcos Soares de Arruda; Universidade Federal de São Carlos, [email protected]

Tabatta Renata Pereira de Brito; Universidade Federal de Alfenas; [email protected]

Élen dos Santos Alves; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Keika Inouye; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

Ariene Angelini dos Santos-Orlandi; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

RESUMO

Introdução: As queixas relacionadas ao sono e a síndrome da fragilidade são frequentes entre idosos. Ambas condições podem influenciar negativamente a saúde e o bem estar dos indi-víduos acometidos. Objetivo: Identificar associação entre sono e fragilidade de idosos no contexto de alta vulnerabilidade social. Métodos: A amostra (n=81) foi composta por indivíduos com 60 anos ou mais, cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família no município de São Carlos, SP. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Questionário para Caracterização do Idoso, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e Fenótipo de Fragilidade proposto por Fried. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e comparativas (Exato de Fisher e χ2 de Pearson). Resultados: a maioria dos idosos era do sexo feminino (51,8%) e estava inserida na faixa etária de 60 a 69 anos (65,4%). Houve predomínio de idosos pré-frágeis (61,7%), seguidos de idosos frágeis (33,3%) e ro-bustos (5,0%). Quanto ao sono, 50,6% apresentaram sono de má qualidade e 16,1% distúrbios do sono. Dos idosos robustos e pré-frágeis, 50,0% pontuaram para má qualidade do sono e 9,3% para distúrbios do sono. Dos idosos frágeis, 51,9% pontuaram para má qualidade do sono e 29,6% para distúrbios do sono. Houve diferença entre os grupos (p=0,026). Conclusão: Conclui-se que existe associação entre fragilidade e sono de idosos na comunidade. Idosos frágeis apresentaram maior prevalência de sono de má qualidade e de distúrbios do sono quando comparados aos idosos pré frágeis e não frágeis.

Palavras-chave: Idoso Fragilizado; Sono; Enfermagem Geriátrica.

Agradecimentos: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Page 43: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

43V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11906

ANÁLISE DA MORTALIDADE EM IDOSOS COM COVID-19 NO AMAPÁ ENTRE ABRIL E JUNHO DE 2020

Maria Luiza Monteiro Cordeiro; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Gabriella de Brito Malcher Melo; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Ríllari Oliveira do Nascimento Gomes; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Thaíla Soares da Costa Picanço; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

RESUMO

Introdução: No fim de 2019, uma doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 proliferou-se pelo mundo, afetando especialmente os idosos. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020, chegando ao Estado do Amapá em 20 de março. Objetivo: Analisar a taxa de mortalidade em idosos com COVID-19 e principais comorbidades associadas, no período de abril a junho de 2020. Métodos: Estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, a partir da análise esta-tística dos boletins epidemiológicos sobre COVID-19 da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (https://svs.portal.ap.gov.br/publicacoes), lançados entre abril e junho de 2020, obser-vando-se faixa etária dos óbitos e comorbidades relacionadas. Resultados: Observou-se, no perío-do analisado, o registro de 405 óbitos por COVID-19 no Estado do Amapá. Destes, 249 (61,48%) ocorreram em idosos, sendo 98 (39,35%) pertencentes à faixa etária de 70 a 79 anos. Em relação às comorbidades, 79,91% dos idosos que faleceram por COVID-19 nesse período tinham um ou mais fatores de risco. Hipertensão arterial (43,71%), diabetes (30,15%), doença renal (7,53%) e cardiopatias (6,03%) foram as principais doenças crônicas associadas ao óbito. Conclusão: Eviden-cia-se que a população idosa apresenta maior taxa de mortalidade, devido às comorbidades relati-vamente comuns associadas à idade, notadamente na faixa de 70 a 79 anos. Hipertensão arterial e diabetes foram os principais fatores de risco, correspondendo a 73,86% dos óbitos. Considerando maior vulnerabilidade à doença dessa população, o sistema de saúde deve garantir o cuidado e a assistência dos pacientes idosos acometidos pela COVID-19, provendo maior atenção aos portado-res de patologias crônicas.

Palavras-chave: Epidemiologia; Covid-19; Idoso.

Page 44: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

44V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11907

CUIDADOS DO ENFERMEIRO VOLTADO À PREVENÇÃO DO DELIRIUM EM IDOSOS SOB CUIDADOS INTENSIVOS

Emerson Carneiro Souza Filho; UEPG; [email protected]

Gabriela Serighelli da Rosa; UEPG; [email protected]

Caroline Gonçalves Pustiglione Campos; UEPG; [email protected]

Jacy Aurélia Vieira de Sousa; UEPG; [email protected]

RESUMO

Introdução: Delirium é uma síndrome representada por início agudo de disfunção cerebral, um nível alterado de consciência, desatenção e desorganização do pensamento. Uma condição relativamente comum nos cuidados críticos, principalmente em idosos e de prevenção pouco difun-dida, e que resulta em um maior taxa de mortalidade e tempo de internação. Objetivo: Analisar a produção científica sobre prevenção do delirium em pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) por meio de intervenções não farmacológicas aplicadas por enfermeiros. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Foram selecionados nas bases de dados: SCIELO, PUB-MED, CAPES e BDENF, no período de setembro de 2019 a fevereiro de 2020. Foram incluídos artigos relacionados à prática clínica do enfermeiro relacionada à prevenção do delirium em idosos internados em UTI, em inglês, português ou espanhol, disponíveis gratuitamente e na íntegra. Foram excluídos aqueles não relacionados ao cuidado de enfermagem, não realizados com seres humanos e que apresentavam em mais de uma base. Amostra final do estudo foi composta por 18 artigos nacionais e internacionais, publicados entre os anos 2010 e 2019. Resultados: Foram iden-tificadas intervenções profiláticas aplicadas por enfermeiros para delirium, desde as mais básicas, como controle da luminosidade e dos ruídos, instalação de relógios, até intervenções mais comple-xas e tecnológicas como intervenções automatizadas de reorientação guiada pela voz de familia-res e/ou pessoas do convívio do paciente, dentre outras que se mostraram eficientes. Conclusão: Foram identificadas interferências não farmacológicas aplicadas por enfermeiros que auxiliam na prevenção do delirium no paciente idoso.

Palavras-chave: Delirium; Saúde do Idoso; Enfermagem geriátrica; Prevenção.

Agradecimentos: A elaboração do trabalho não seria possível sem o apoio de alguns intervenientes. Assim sendo, pretendo agradecer a todos os que sempre me apoiaram e contribuíram para essa realização. À Professora Doutora Jacy Aurélia Viera de Sousa pela sua disponibilidade e compreensão, orientando e guiando o desenrolar do meu trabalho, manifestando sempre as suas opiniões enriquecedoras. A todos meus colegas de Iniciação Científica. À instituição de Ensino Superior UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa) e ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) por todo apoio.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11909

Page 45: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

45V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11909

VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS IDOSAS NO RIO GRANDE DO SUL ENTRE 2015 E 2018

Iride Cristofoli Caberlon SBGG/ABEn RS grupo de Interesse em Enfermagem Gerontológica. E-mail: [email protected]

Prof. Dr. Ângelo José Gonçalves Bós – Orientador - IGG/PUCRS. E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: Violência contra a pessoa é registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde (MS) desde 2011. A violência contra a pessoa idosa está enquadrada na Lei 10.741/2003. Objetivo: caracterizar os tipos de violência contra pessoas idosas no Rio Grande do Sul (RS) registrados no SINAM/MS. Métodos: Trata-se de estudo ex-ploratório, descritivo com abordagem quantitativa de dados disponibilizados pelo MS na página http://sinan.saude.gov.br ocorridos entre 2015 e 2018. Resultados: Foram identificados 6.321 casos de violência em pessoas com 60 anos e mais no período, sendo 3.889 (61,5%) do sexo feminino e a maioria brancos 5235 (82,8%). Os tipos de violência registrados em ordem de frequência foram: física (52,7%) psicológica/moral (32%), negligência/abandono (27,4%), financeira (7,7%), sexual (2%), assédio sexual (0,7%) e outros tipos de violência (10,3%). A violência foi praticada em maior frequência pela força corporal/espancamento (36,6%), enforcamento (7%) e tortura (1,6%). Os principais agressores foram: filhos (31,5%), cônjuge (11%), conhecidos (7,8%), desconhecidos (7%), cuidador (0,4%) e irmão(a) (0,38%). Destaca-se a lesão autoprovocada em 19,6% e a violência re-petida em 44,2%. A violência ocorreu na própria residência (81,9%), via pública (6,5%) e outros 261 (4,1%). Conclusão: Observamos uma possível subnotificação de violências registradas. É fun-damental que todos os profissionais de saúde, incluindo enfermeiros, médicos, assistentes sociais sejam capacitados para reconhecer as situações de violência. A notificação da violência permite encaminhar a vítima aos órgãos competentes, para garantir a proteção, o rompimento do ciclo de violência, assegurando seus direitos à vida, saúde e bem-estar.

Palavras-chave: Pessoa idosa. Violência. Tipos. Agressor. RS

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11910

EFEITO DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Jonathas da Silva Moraes/ Bacharel em Educação Física ULBRA Canoas/ [email protected]

Lidiane Requia Alli-Feldmann/ Doutora pela UFCSPA, docente da Universidade Luterana do Brasil/ [email protected]

Kelly Diana Pereira da Cruz/ Acadêmica de Educação Física ULBRA Canoas/ [email protected]

Jadiani Fucilini Martins/ Bacharel em Educação Física ULBRA Canoas/ [email protected]

Lucimara de Souza Pereira/ Bacharel em Educação Física ULBRA Canoas/ [email protected]

Daniel da Rosa Vieira/ Bacharel em Educação Física ULBRA Canoas/ [email protected]

Rebecca Moreira Franco/ Licenciada em Educação Física ULBRA Canoas e Acadêmica bacharel em Educação Física ULBRA/ [email protected]

RESUMO

Introdução:A Força de Preensão Palmar(FPP) é um importante medidor de força para mem-bros superiores; com ele pode-se mensurar a condição de saúde, grau de independência e funciona-lidade do indivíduo. Objetivo: Verificar os efeitos na força de preensão palmar em idosos residentes de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), antes e após um programa de exer-cícios físicos aplicados durante 6 meses. Método: A amostra foi composta por 15 idosos com média de 77,2 anos ± 7,5, sendo 9 mulheres e 06 homens, residentes de ILPI. Nos critérios de exclusão os indivíduos não poderiam apresentar limitação física que impedisse a prática de atividades físicas, foi utilizado um dinamômetro digital, a preensão palmar foi registrada em quilograma-força (kgf), ajustou-se para cada indivíduo de acordo com o tamanho das mãos, realizando três medidas para a mão esquerda e três para a direita, com um período recuperatório de um minuto entre as ten-tativas, no final a média das três medidas era o valor da FPP. Resultados: Os resultados mostram que não foi encontrado valores significativos estatisticamente na FPP, no entanto, ao observarmos as médias de antes e depois nota-se um aumento tanto da mão esquerda quanto da direita após o período em que foi introduzido o programa de exercícios físicos; a FPP direita teve um acréscimo de 0,7066 kgf equivalente a um aumento de 4,47%, já a FPP esquerda obteve 1,9786 kgf equiva-lente a um aumento de 13,04%.Conclusão:Sugere-se que um programa de exercícios físicos nas ILPIs,influencia positivamente na sociabilidade, disposição e autonomia.

Palavras-chave: Força de Preensão Palmar, Idosos, Força Membros Superiores

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11911

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47V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11911

PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO E DEMÊNCIA EM ADULTOS E IDOSOS ATIVOS

Gabriele da Graça Botesini, Universidade de Passo Fundo, [email protected];

Daniela Bertol Graeff, Universidade de Passo Fundo, [email protected];

Marilene Rodrigues Portella, Universidade de Passo Fundo, [email protected];

Bernadete Maria Dalmolin, Universidade de Passo Fundo, [email protected];

Helenice Moura Scortegagna, Universidade de Passo Fundo [email protected];

Ana Luisa Sant’Anna Alves, Universidade de Passo Fundo, [email protected]

RESUMO

Introdução: Com a tendência global ao envelhecimento humano, o Brasil trará consigo o aumento da prevalência de doenças crônico degenerativas, dentre elas: demência e depressão, consequentes desse processo multifatorial que resultam na diminuição da qualidade de vida e funcionalidade do idoso. Objetivo: Verificar a ocorrência de depressão e demência em adultos e idosos participantes de um Centro de Referência e Atenção ao Idoso. Métodos: Estudo de caráter observacional do tipo transversal, com indivíduos frequentadores de um Centro de Referência e Atenção ao Idoso. As variáveis utilizadas foram obtidas por meio de questionário estruturado contendo e instrumentos validados de livre acesso: Escala de Depressão Geriátrica, Mini-Exame do Estado Mental, Teste do Desenho do Relógio, o Teste de Fluência Verbal Semântica dos Ani-mais e o Alzheimer’s Disease Assessment Scale. Resultados: A amostra foi de 167 participantes. As prevalências de depressão e demência foram 6% (n=10) e 12,6% (n=21), respectivamente. Para o desfecho demência, comparando os participantes classificados com e sem cognição prejudicada, respectivamente, a idade média foi 71,9 (±9,52) vs. 65,9 (±7,61) anos; a média dos anos de estudo foi 7,5 (±4,12) vs. 12,3 (±4,47); e o tempo que viveu no meio rural antes de ir para o meio urbano foi 24,10 (±8,45) vs. 16,80 (±12,44) anos. Dentre os indivíduos classificados como cognição preser-vada, a classe econômica que se mostrou mais prevalente foi a A. Conclusão: Diante dos achados, observa-se baixa prevalência de depressão e demência, podendo esta ser influenciada por ativida-des físicas, sociais, culturais e educacionais realizadas no Centro de Referência.

Palavras Chave: Demência; Depressão; Envelhecimento.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – código de financiamento 001.

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48V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11913

INCLUSÃO DOS IDOSOS EM DISCIPLINAS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO

Stephanie de Carvalho Souza; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Arthur Zasso Krause; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Maira Rozenfeld Olchik; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Adriane Ribeiro Teixeira; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

RESUMO

Introdução: A UFRGS foi uma das pioneiras em projetos de inclusão de idosos. Atualmente conta com a Universidade Aberta para Pessoas Idosas (UNAPI/UFRGS), um programa composto por várias iniciativas para idosos no ambiente universitário. Objetivos: Relatar a participação de idosos em disciplinas regulares da graduação, via projeto piloto. Metodologia: Para o desenvol-vimento do projeto, foram criados editais para ingresso em disciplinas regulares dos cursos de graduação em Comunicação Social (Jornalismo Esportivo), Educação Física (Práticas Corporais e Envelhecimento) e Fonoaudiologia (Avaliação Audiológica I e Intervenção Fonoaudiológica em Envelhecimento). Para participar, os idosos deveriam comprovar escolaridade (ensino médio ou curso superior). Resultados: Cinco pessoas foram selecionadas para participar das disciplinas em 2019, sendo três com ensino superior completo. Todas estiveram presentes nas aulas teóricas e práticas ao longo do semestre letivo, realizando as atividades em conjunto e interagindo com os alunos da graduação. Os professores responsáveis pelas disciplinas tinham atuação e formação em envelhecimento, preparando os alunos para o acolhimento e a integração dos idosos nas turmas. A partir dos resultados obtidos, foi criado um novo projeto, já apresentado para a Universidade, para que idosos possam participar regularmente das disciplinas dos diferentes cursos de graduação. Conclusão: Verificou-se que a inclusão dos idosos promoveu o convívio intergeracional e a inclusão na universidade, uma vez que todos participaram das aulas e atividades propostas em conjunto com os alunos de graduação. Enquanto para os já graduados foi uma oportunidade de atualização profissional, para aqueles com ensino médio foi a oportunidade de frequentarem o ambiente uni-versitário.

Palavras-chave: idoso; educação; envelhecimento.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11914

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49V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11914

ALTERAÇÕES DE COMPORTAMENTO DOS IDOSOS APÓS UM EVENTO ESTRESSOR E ANTES DO DIAGNÓSTICO DEMENCIAL: PERCEPÇÃO DO CUIDADOR FAMILIAR

CALABRO, M. – Universidade São Judas Tadeu – Mestrado em Ciências do Envelhecimento

ORTIZ, S.R.M.

RESUMO

O rápido processo de envelhecimento vem de encontro com o aumento da expectativa de vida. Neste contexto, pode-se dizer que quem vive mais tem maior probabilidade de surgimento de doenças demenciais, incapacitantes e evolutivas, e diante do curso do envelhecimento, os fa-miliares perceberam alterações de comportamento após um evento estressor vivido pelo idoso, o que levou a impactar todo núcleo familiar. Esses idosos posteriormente foram diagnosticados a quadros demenciais, e assim, institucionalizados. Dessa forma, o presente trabalho teve como ob-jetivo realizar um estudo de campo qualitativo, baseado em entrevistas narrativas de 12 familiares de idosos demenciados e institucionalizados onde foram coletadas informações acerca de eventos estressores e eventuais alterações no comportamento do idoso, antecedente ao diagnóstico demen-cial, pela percepção do familiar cuidador, por fim, encontramos resultados desvelando, se os fami-liares associaram as mudanças de comportamento a uma demência, e se sabiam lidar com a doen-ça. Concluiu-se que todos os idosos sofreram mudança de comportamento após eventos estressores vivenciados antes do diagnóstico de demência, e que pela percepção dos familiares, entenderam que houve de fato uma possível correlação do evento com a potencialização do quadro, e que a maioria dos familiares não sabiam lidar com a doença. Pretende-se com este estudo, o incentivo à novos estudos acerca da importância de os familiares perceberem as alterações de comportamento dos idosos, e com isso, a possível antecipação do diagnóstico o que permitiria o estabelecimento de ações mais efetivas de tratamento.

Palavras-chave: Idosos; Demências; Envelhecimento; Comportamento do Idoso.

Agradecimentos: agradeço a Universidade São Judas Tadeu e aos professores que conduzem com tanta sabedoria, respeito e inspiração o Mestrado em Ciências do Envelhecimento, e agradeço imensamente à CAPES pela bolsa de estudos, pela qual me dá a oportunidade de frequentar o curso.

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50V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11915

FATORES ASSOCIADOS À MOBILIDADE EM IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE ENSINO

Taís Ivastcheschen; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Roberta Loren Nozuma de Carvalho Somaya; Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais; [email protected]

Clóris Regina Blanski Grden; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Luciane Patrícia Andreani Cabral; Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais; [email protected]

Péricles Martin Reche; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Danielle Bordin; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

RESUMO

Introdução: O declínio da mobilidade em idosos mostra-se como um importante preditor de saúde e qualidade de vida. Considerada um problema de saúde pública contribui significativamen-te para o aumento de morbidade e mortalidade nesse segmento etário. Objetivo: Analisar a preva-lência e fatores associados à mobilidade em idosos internados. Métodos: Pesquisa observacional, transversal, desenvolvida com 335 idosos internados em um hospital de ensino. A coleta foi reali-zada por meio de questionário e exame físico. Os resultados foram analisados pelo teste qui-qua-drado. A pesquisa teve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisas com seres humanos, CAAE nº 66782217.9.0000.5689. Resultados: Houve predomínio do sexo masculino (54,0%), idade entre 60-70 anos (45,6%), casados (47,7%), com baixa escolaridade (43,5%). Entre os participan-tes 63% dos idosos apresentaram-se restritos ao leito. A mobilidade mostrou-se associada à faixa etária (p=0,000), escolaridade (p=0,000), presença de doença crônica (p=0,004), multimorbidade (p=0,000), setor de internamento (p=0,000), tempo de internação (p=0,001), uso e quantidade de dispositivos médicos (p=0,000). Idosos restritos ao leito apresentaram maior prevalência e risco de desenvolver lesão por pressão (p=0,000), lesão por fricção (p=0,003), dermatite associada à incontinência (p=0,002) e lesão por dispositivo médico (p=0,020). Conclusão: Constatou-se alta prevalência de idosos internados com mobilidade restrita ao leito, bem como importantes fatores associados. Destaca-se a importância da equipe multiprofissional realizar avaliação e monitora-mento dos idosos, especialmente aqueles que apresentam potencial risco, bem como a realização de cuidados preventivos e de reabilitação.

Palavras-chave: Limitação da Mobilidade; Idoso; Hospitalização; Fatores de Risco; Enferma-gem Geriátrica.

Agradecimentos: A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio financeiro com a manutenção da bolsa de auxílio à Taís Ivastcheschen.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11916

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51V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11916

DESEMPENHO FUNCIONAL MELHOR INDICADOR DE MORTALIDADE DO QUE AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS

Vivian Ulrich; Grupo de Atenção Multiprofissional Domiciliar ao Longevo (AMPAL) da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Victória Albino Araujo, Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Aline Mendes da Rosa, Grupo de Atenção Multiprofissional Domiciliar ao Longevo (AMPAL) da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós, Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Resumo

Introdução: Pouco é estudado sobre a mortalidade e qualidade de vida de nonagenários e centenários. A qualidade de vida pode ser medida pela autopercepção de saúde ou pela capacidade de realizar atividades de vida diária (funcionalidade). Objetivos: O presente estudo se propõe a ava-liar a importância da funcionalidade e da autopercepção de saúde como indicadores de sobrevida em nonagenários e centenários. Métodos: Participaram 223 nonagenários e centenários avaliados em 2016 e acompanhados até setembro de 2019. A funcionalidade subjetiva foi medida pela facili-dade ou incapacidade em realizar 12 atividades (funcionais e básicas) de vida diária. O desempe-nho funcional objetivo foi medido pelo teste timed-up-and-go (TUG). Resultados: A percentagem de participantes com autopercepção de saúde “mal/péssima” foi maior entre os falecidos, embora não significativamente associada à sobrevida (p=0,1432). Foram significativamente associados à sobrevida o melhor desempenho nas atividades funcionais (p<0,001), básicas (p<0,001) e TUG (p<0,001). Somente as atividades básicas perderam a significância na análise ajustada, indican-do que o desempenho em atividades funcionais é mais importante na predição de sobrevida. Na análise ajustada ter menos de 95 anos de idade também deixou de ser significativo e sexo passou a ter nível indicativo de significância estatística (p=0,0660). Conclusões: Portanto, nonagenários e centenários terão sobrevida semelhante se tiverem o mesmo nível de funcionalidade, tanto sub-jetiva quanto objetiva, e a autopercepção de saúde não foi um indicador significativo. Homens, nonagenários e centenários, são mais vulneráveis a perdas funcionais do que as mulheres.

Palavras-chave: Longevidade; Envelhecimento; Funcionalidade; Mortalidade; Sobrevida.

Agradecimento: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.

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52V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11917

PREDIÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS QUE VIVEM NO DOMICILIO

Zoila Esperanza Leitón Espinoza, Universidad Nacional de Trujillo, Peru. E-mail: [email protected]

Jack Roberto Silva Fhon, Universidade de São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]

Rosalina Aparecida Partezani Rodrigues, Universidade de São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]

Fabia Maria de Lima, Universidade de Pernambuco, Brasil. E-mail: [email protected]

Wilmer Luis Fuentes Neira, Hospital de Emergencias Grau, EsSalud, Peru. E-mail: [email protected]

Maritza Evangelina Villanueva Benites, Universidad Nacional de la Amazonia Peruana, Peru. E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: A queda é uma causa comum de morbimortalidade em idosos. Apresenta uma prevalência de 20-30% sendo importante a identificação dos diferentes fatores de risco na avalia-ção pelo profissional de saúde. Objetivo: determinar a predição do risco de quedas no idoso que vive no domicilio. Métodos: Estudo transversal com 1110 idosos do município de La Libertad, Peru. Avaliou-se o estado cognitivo, sintomas depressivos, capacidade funcional, quedas nos últi-mos 12 meses, doenças autorreferidas, número de medicamentos, equilíbrio estático e dinâmico. Construiu-se modelos de regressão logística em camada. As probabilidades previstas de alguma queda ou queda recorrente foram usadas para construir curvas ROC. As AUC foram calculadas para avaliar o desempenho preditivo de cada modelo com p<0,05. O estudo foi aprovado pelo comi-tê de ética da Universidade de Trujillo. Resultados: dos que sofreram queda houve predomínio do sexo feminino, idosos mais jovens, tinham companheiro e viviam sozinhos. Ademais, não tinham déficit cognitivo, dependência funcional, com sintomas depressivos e com alteração do equilíbrio dinâmico. Dos modelos em camadas, o melhor modelo foi o quarto, em que aqueles que sofreram alguma queda os fatore preditivos foram ser mulher, viver só, maior número de doenças e consumo de medicamentos, e dependência funcional. Os fatores preditivos para quedas recorrentes foram viver só, maior consumo de medicamentos e dependência para as atividades instrumentais da vida diária. Conclusão: os achados demonstram que fatores intrínsecos e extrínsecos tem que ser avaliados constantemente pelo enfermeiro com a finalidade de diminuir os riscos de sofrer queda.

Palavras-chave: Idoso; Acidente por quedas; Estudos transversais; Previsões; Peru.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11918

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53V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11918

CONFLITOS VIVENCIADOS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM E IDOSAS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Caren da Silva Jacobi; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Jamile Laís Bruinsma; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Marinês Tambara Leite; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Matheus Souza Silva; Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr.; [email protected]

Carolina Backes; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Eliane Raquel Rieth Benetti; Hospital Universitário de Santa Maria; [email protected]

Margrid Beuter; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

RESUMO

Introdução: residir em Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) exige adequa-ção as regras e espaços, e estabelecimento de novas relações. Tais situações podem gerar conflitos entre residentes ou com profissionais da instituição. Objetivo: identificar situações de conflitos interpessoais de idosas institucionalizadas vivenciados por profissionais de enfermagem. Método: pesquisa qualitativa com 15 profissionais de enfermagem trabalhadores de ILPI. A coleta dos da-dos ocorreu por meio de entrevista semiestruturada e, após os dados foram analisados conforme a análise de conteúdo temática da proposta operativa de Minayo. Resultados: as situações de confli-tos vivenciadas por profissionais ocorreram quando as idosas se apossavam de objetos pessoais de outras residentes, como bonecas ou nas refeições devido a padronização de horários e alimentos nem sempre aceitos por algumas residentes. Há conflitos ao acreditarem que algumas residentes são beneficiadas na quantidade de comida pelos funcionários, elas entravam em atrito com os pro-fissionais requerendo a mesma porção de refeição. Quando as idosas apresentavam comportamen-tos alterados pelo quadro demencial/psiquiátrico e tinham atitudes contestadas pelos profissionais ou por outras residentes aconteciam conflitos. Os comportamentos envolviam despir-se em frente as demais,confusões de ideias, alucinações ou recusa de medicações, higiene corporal ou refeições. Algumas idosas sobrepunham-se às outras, com atitudes de arrogância, sendo identificadas como líderes. A presença de diferentes personalidades no mesmo espaço suscitou tensões. Conclusão: situações de conflito ocorrem no cotidiano de profissionais e idosas de uma ILPI motivados por atividades profissionais ou atitudes das residentes. Destaca-se a importância de compreender os conflitos para promover o manejo adequado destas situações.

Palavras-chave: Conflito psicológico; Idoso; Instituição de longa permanência para idosos; Enfermagem geriátrica.

Page 54: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

54V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11933

HABILIDADES DE ALFABETIZAÇÃO EM SAÚDE DE IDOSOS DE COMUNIDADES VULNERÁVEIS

Andreivna Kharenine Serbim; Universidade Federal de Alagoas; [email protected]

Naiana Oliveira dos Santos; Universidade Franciscana; [email protected]

Ana Cláudia Fuhrmann; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Lisiane Manganelli Girardi Paskulin; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

RESUMO

Introdução: O conceito da alfabetização em saúde é relativamente novo no Brasil e está relacionado às habilidades das pessoas em entender aspectos do autocuidado e dos cuidados no sistema de saúde para tomar decisões adequadas. Objetivo: Descrever as experiências dos idosos em acessar, compreender, comunicar e avaliar a informação em saúde no contexto da atenção primária. Métodos: Estudo qualitativo com 42 idosos em duas unidades de saúde de comunidades vulneráveis do município de Arapiraca/Alagoas. Entrevistas semiestruturadas foram norteadas pelo instrumento Health Literacy, adaptado para uso no Brasil. O software NVivo 11.0 foi utili-zado para organização das respostas. Para a análise temática, estabeleceu-se previamente como categorias as questões que compõem o instrumento. Estudo aprovado por Comitê de Ética (CAAE: 72106817.2.0000.5347). Resultados: Emergiram os temas: acesso a informações sobre saúde, com-preensão das informações sobre saúde, comunicação das informações sobre saúde e impactos das informações sobre a saúde. Os idosos apresentavam dificuldades para exercer o empoderamento, o pensamento crítico e o gerenciamento das condições de saúde. Os participantes tinham conheci-mento limitado sobre a condição de saúde, considerando que a maioria lidava com uma condição crônica. Muitos demonstravam estar acostumados ao não recebimento da informação em saúde e apoiavam-se em outras fontes que não eram os profissionais de saúde. Conclusões: Os achados evidenciam a necessidade de intervenções de alfabetização em saúde direcionadas a idosos. Ainda, o sistema de saúde deve buscar reduzir as demandas e as complexidades impostas aos idosos, dire-cionando intervenções para a construção de habilidades e de capacidades ao longo da vida.

Palavras-chave: Letramento em saúde; Saúde do idoso; Educação em saúde; Atenção primá-ria à saúde; Promoção da saúde.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11939

Page 55: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

55V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11939

PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: PERCEPÇÕES DE IDOSOS

Andreivna Kharenine Serbim; Universidade Federal de Alagoas; [email protected]

Naiana Oliveira dos Santos; Universidade Franciscana; [email protected]

Ana Cláudia Fuhrmann; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Lisiane Manganelli Girardi Paskulin; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

RESUMO

Introdução: Alfabetização em saúde é conceituada como as habilidades cognitivas e sociais que determinam a capacidade dos indivíduos em obter acesso, compreender e usar informações em saúde para promover e manter uma boa saúde. Objetivo: Avaliar as percepções de saúde, o manejo das condições de saúde e o impacto percebido após um programa de alfabetização em saúde em idosos da atenção primária. Métodos: Estudo de intervenção, com entrevistas qualitativas de 21 idosos, realizadas no baseline e no follow up. A intervenção educativa Alfa-Saúde foi desenvolvida por uma enfermeira durante 20 semanas em uma unidade de saúde no município de Arapiraca/Alagoas. Para a organização dos dados qualitativos, o software NVivo 11.0 foi utilizado. Estu-do aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 72106817.2.0000.5347). Resultados: Na análise temática, identificaram-se quatro temas principais: aumento da consciência relacionada à saúde; mudança de foco: da doença para viver bem; rede de apoio para buscar e compartilhar informação; percepções sobre os profissionais de saúde. Considerando o impacto percebido pelos participantes, os resultados foram agrupados em três temas: aprendizado sobre saúde; bem-estar pessoal e cuidado das doenças; sentimento de pertencimento a um grupo. Conclusões: O Alfa--Saúde proporcionou o desenvolvimento da alfabetização em saúde dos idosos, que apresentaram mais conhecimento para descrever as condições de saúde e estavam mais confiantes para indicar e valorizar as fontes de informação, principalmente da rede formal de saúde. Os idosos observaram o impacto e as mudanças que as informações em saúde poderiam produzir em suas vidas, ao ava-liarem positivamente o Programa.

Palavras-chave: Letramento em saúde; Saúde do idoso; Educação em saúde; Atenção primá-ria à saúde; Promoção da saúde.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Page 56: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11944

PERCEPÇÃO DE IDOSOS SOBRE OS IMPACTOS DA PANDEMIA NAS POLÍTICAS E AÇÕES DIRECIONADOS AO ENVELHECIMENTO

Luiz Gustavo Fernandes da Rosa; Universidade Luterana do Brasil – Canoas/RS; [email protected]

Nádia Teresinha Schroder; Universidade Luterana do Brasil – Canoas/RS; [email protected]

Ana Maria Pujol Vieira dos Santos; Universidade Luterana do Brasil – Canoas/RS; [email protected]

RESUMO

Introdução: A pandemia do coronavirus trouxe desafios ao envelhecimento populacional, atin-gindo um número significativo de pessoas e exigindo mudanças repentinas para o seu controle. Em 2017 o município de Canoas (RS) foi reconhecido pelo Ministério da Saúde, como referência nacional no cuidado e acolhimento de idosos. Diante disso, é relevante o conhecimento do olhar dos idosos em relação a este novo contexto de inserção das políticas e ações direcionadas ao envelhecimento. Objeti-vo: Conhecer a percepção dos idosos sobre os impactos da pandemia nas políticas e ações direcionados ao envelhecimento em Canoas. Métodos: Estudo de abordagem qualitativa, descritiva e transversal, com uma amostra de 12 idosos que foram submetidos a entrevistas semiestruturadas. As falas foram gravadas, transcritas e analisadas conforme o método de análise de conteúdos proposto por Minayo (2014). Resultados: Foram levantadas quatro categorias: Conceito de política pública; Reconhecimento da existência de políticas públicas voltadas ao envelhecimento; Transformações e desafios impostos pela pandemia; Avanços e oportunidades na pandemia. Conclusão: As políticas públicas são vistas como oferta de ajuda em saúde. O conceito ainda esteve relacionado ao entendimento político partidário, à discriminação da velhice e reduzida participação social. Os idosos reconhecem ações para o envelhe-cimento ativo e saudável, porém, ressaltam inefetividade diante do desinteresse social. A pandemia transformou os modos de viver, as ações e políticas para o envelhecimento, havendo incertezas para o futuro. Contudo, percebem avanços na organização e atendimento pelos serviços, que devem ser esten-didos ao setor público, sendo este também, momento oportuno para o autocuidado em saúde.

Palavras-chave: Dinâmica populacional; Envelhecimento; Política Pública; Pandemias.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11948

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11948

ATIVIDADE FÍSICA E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS ANTES E DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL

Ana Paula Tiecker; PUCRS; [email protected]

Francielle Bonett Aguirre; PUCRS; [email protected]

Júlia de Freitas Machado; PUCRS; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; PUCRS; [email protected]

- Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil;

- Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) da PUCRS, Porto Alegre, Brasil

RESUMO

Introdução: A atividade física está relacionada à manutenção do bem estar físico e psicológico, cuja relação é pouco estudada em nonagenários e centenários. A Covid19 provocou um isolamento social que pode estar relacionado ao aumento de sintomas depressivos e diminuição da atividade física principalmente em nonagenários e centenários. Objetivo: Observar as possíveis mudanças na atividade física e sintomas depressivos durante a COVID19 em nonagenários e centenários. Metodologia: Estudo transversal e analítico com nonagenários e centenários participantes do projeto Atenção Multiprofis-sional ao Longevo (AMPAL) avaliados por telefone usando um instrumento multidimensional, que incluiu a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e a prática de atividade física, com o objetivo de veri-ficar possíveis mudanças no comportamento antes e depois de 17/03/2020 (primeiro decreto municipal relacionado ao COVID19). As entrevistas foram feitas entre abril e agosto/2020. Resultados: Participa-ram 59 nonagenários e centenários com idade de 95,6±3,79 anos, 76% mulheres. Durante a COVID19, 39% dos participantes diminuíram a prática de atividade física e 15,2% apresentou piora do GDS. Os participantes que responderam não praticar atividade física 51% apresentou nível de GDS indicativo de depressão. Conclusão: Observamos que a diminuição da prática de atividade física foi mais frequente do que a piora dos sintomas depressivos. Concluímos que a COVID19 está causando uma diminuição na prática da atividade física de forma mais precoce em nonagenários e centenários. Parece haver uma latência entre a diminuição da atividade física e o aumento dos sintomas depressivos a ser confirmada.

Palavras chaves: Saúde Publica; Envelhecimento; Pandemia.

Agradecimentos: “Este estudo foi parcialmente financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código Financeiro 001”.

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58V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11950

ALTERAÇÕES GASTROINTESTINAIS EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL

Cintia Cristina Sulzbach; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Renata Breda Martins; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Antonia Angeli Gazola; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Angelo José Gonçalves Bós; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), Porto Alegre, Brasil; [email protected]

RESUMO

Introdução: A pandemia por COVID-19 demandou uma restrição social principalmente à popu-lação de risco como os longevos (≥ 90 anos), o que é um fator de risco para o desenvolvimento de alte-rações gastrointestinais, comuns em nonagenários e centenários. Objetivos: Descrever a prevalência de alterações gastrointestinais em nonagenários e centenários durante a pandemia por COVID-19. Méto-dos: Estudo transversal e observacional envolvendo participantes do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo, avaliados por telefone no período de março a agosto de 2020. As variáveis investigadas foram características sociodemográficas e de hábitos alimentares e mudança de sintomas gastrointes-tinais durante a pandemia. Foram calculadas frequências e média para descrição. Resultados: Partici-param da pesquisa 59 nonagenários e centenários, a maioria mulheres (77%) com média de 96,0±3,8 anos, brancos (76%), viúvas (73%), residindo com acompanhante (81%). Quanto à saúde em geral, 51% considerou ótima/boa (n=30). Em 59% (n=35) referiram ter algum sintoma no trato digestório antes da pandemia. A maior parte (93%, n=55) afirmou não ter mudanças no trato digestório durante a pan-demia. Em relação à consistência das fezes, 44% referiu fezes normais (n=26). Um quarto dos partici-pantes relatou constipação (n=15). A constipação foi mais frequente entre os participantes que consu-miam <1litro/dia (44%) dos que consumiam mais (35%, p=0.3722). Conclusão: Os longevos avaliados não tiveram mudanças frequentes nos sintomas gastrointestinais durante a pandemia do COVID-19. Constipação foi o sintoma mais comum, relacionada com o consumo de água. Menor mobilidade tam-bém está relacionada ao aumento da constipação.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Gastroenteropatias; COVID-19

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11954

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11954

A ESTRUTURAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Italo Marcucci; Universidade de Rio Verde (UNIRV), Goianésia, GO; [email protected]

Gabriel Monteiro de Castro; Universidade de Rio Verde (UNIRV), Goianésia, GO; [email protected]

João Lucas Rocha Silva; Universidade de Rio Verde (UNIRV), Goianésia, GO; [email protected]

Pedro Henrique Santos Lima; Universidade de Rio Verde (UNIRV), Goianésia, GO; [email protected]

Vicente Pereira de Carvalho Neto; Universidade de Rio Verde (UNIRV), Aparecida, GO; [email protected]

Victoria Elias de Freitas Honorato; Universidade de Rio Verde (UNIRV), Aparecida, GO; [email protected]

Weberton Dorásio Sobrinho; Universidade de Rio Verde (UNIRV), Goianésia, GO; [email protected]

Danyelly Rodrigues Machado Azevedo; Universidade de Rio Verde (UNIRV), Goianésia, GO; [email protected]

RESUMO

Introdução: A violência que se estrutura no espaço intrafamiliar é muito delicada, sendo difícil penetrar no silêncio das famílias dos idosos violentados. Somando-se a delicadeza do tema à vulnera-bilidade dos idosos à violência, nota-se que as desvantagens desse segmento social são inúmeras, prin-cipalmente devido ao processo de envelhecimento que tende a debilitar e reduzir as funções cognitivas e defesas do organismo. Assim, deve-se estender os olhos para além da violência física, pois se trata de uma gama maior. Objetivo: Analisar a construção do cenário da violência contra a pessoa idosa e iden-tificar os principais fatores que ajudam para esse ato. Métodos: Trata-se de um resumo expandido com análise de coleta de dados nas plataformas de pesquisa SciELO e Agência Brasil através dos descritores: “Agressão; Fragilidade; Maus-Tratos ao Idoso; Violência Doméstica”. Resultados: Foram selecionados 7 artigos para a leitura completa dos autores, e os estudos apontaram que a faixa etária, predominante, das vítimas varia entre 76 e 80 anos e entre 66 e 70 anos. As vítimas se declaram, por ordem crescente, brancas, pardas, pretas, amarelas e indígenas. Ademais, foi possível identificar que os principais fatores que colaboram para tal ato contra a pessoa idosa são o medo, a perda da mobilidade, a função cognitiva reduzida e a insegurança. Conclusão: Portanto, as estatísticas pertinentes à violência contra o idoso se estruturam devido ao oportunismo dos agressores frente a suscetibilidade, principalmente o sexo feminino, a vulnerabilidade de suas vítimas e ao silêncio daqueles que são violentados pelas pessoas que amam.

Palavras-chave: Agressão; Maus tratos ao idoso; Violência doméstica.

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60V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11957

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES MUITO IDOSOS ACOMETIDOS POR COVID-19 EM MACAPÁ, AMAPÁ

Maria Luiza Monteiro Cordeiro; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Gabriella de Brito Malcher Melo; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Ríllari Oliveira do Nascimento Gomes; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Thaíla Soares da Costa Picanço; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

RESUMO

Introdução: Em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, China, surgiu uma nova variedade do Coronavírus. No Brasil, o primeiro caso constatado acima de 60 anos foi em 26 de fevereiro. A cidade de Macapá, no Estado do Amapá, confirma o primeiro caso em paciente muito idoso no dia 23 de março de 2020. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos pacientes com 80-89 anos acometidos por COVID-19 em Macapá, no Estado do Amapá, no período de março a agosto de 2020. Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, a partir da análise estatística do Painel Epi-demiológico do E-SUS-VE sobre COVID-19, disponível em: (http://macapa.ap.gov.br/coronavirus/painel/). Amostra compreende dados de março a agosto de 2020, relacionando as variáveis faixa etária, sexo e cor/raça. Resultados: No período analisado, registrou-se 175 casos de COVID-19 na faixa etária dos 80-89 anos em Macapá, sendo 99 (56,57%) do sexo feminino e 76 (43,43%) do sexo masculino. Quanto à raça/cor, 106 (60,57%) foram declarados pardos, 14 (8%) brancos, 10 (5,71%) amarelos, 7 (4%) pretos e 2 (1,14%) indígenas. No que tange à mortalidade, foram notificados 61 óbitos, com taxa de letalidade em torno de 30%, a maior comparada as demais faixas etárias. Conclusão: Nessa perspectiva, evidencia-se a vulnerabilidade da população muito idosa infectada por covid-19 na cidade de Macapá, tendo em vista a elevada taxa de letalidade observada na faixa etária de 80-89 anos. Dessa forma, torna-se imprescindível a atuação da sociedade, com o intuito de proteger a população mais vulnerável do risco de contaminação.

Palavras-chave: Epidemiologia; Covid-19; Idosos.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11959

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11959

CONSEQUÊNCIAS DO ISOLAMENTO SOCIAL NOS IDOSOS EM DOMICÍLIO EM TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19

Eduardo Lopes Pereira; Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA; [email protected]

Ana Karina Silva da Rocha Tanaka; Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS; [email protected]

Rosaura Soares Paczek; Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS; [email protected]

Letice Dalla Lana; Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA; [email protected]

RESUMO

Introdução: A COVID-19 requer medidas de combate à transmissão como higiene adequada das mãos e isolamento social, impactando no processo de envelhecimento saudável. Objetivos: Identi-ficar consequências do isolamento social nos idosos. Método: Revisão da literatura sobre gerontologia, idosos, COVID-19 e isolamento social, com busca de artigos científicos publicados em 2020, bases de dados Scielo e Medline, foram utilizados 4 artigos. Resultados e discussão: A alta prevalência de óbito entre idosos pode desencadear medo constante, situações de estresse, ansiedade, solidão, tristeza e grande pressão psicológica. Alterações metabólicas ocorrem pelo isolamento social, atrofia muscular é considerada fisiológica no processo de envelhecimento reduzindo taxas de linfócitos na cavidade pulmonar, com redução da depuração das vias aéreas e reserva pulmonar. A restrição no domicílio potencializa os riscos para quedas, com a redução da massa e força muscular. As evidências científicas definem que a limitação imposta pelo isolamento social compromete o processo de envelhecimento saudável do idoso, nos aspectos social, fisiológico e psicológico. Deste modo, cabe aos profissionais da saúde propor medidas que reduzam as danos à saúde do idoso e que garantam o isolamento social durante a pandemia provocada pela COVID-19. Conclusão: Evidências demonstram que os idosos tiveram um destaque de atenção na pandemia, por ser um dos grupos de risco, com necessidade de instituir medidas de promoção e prevenção à saúde, os quais ampliam as redes de atenção à saúde da pessoa idosa incentivando as boas práticas como exercícios em casa ou atividades de memória.

Palavras-chave: “Idoso”; “Isolamento social”; “Pandemia.”

REFERÊNCIASCOSTA, Felipe de Almeida et al. COVID-19: seus impactos clínicos e psicológicos na população idosa. Brazilian Journal Of Development, [S.L.], v. 6, n. 7, p. 49811-4982, 2020. Brazilian Journal of Development. http://dx.doi.org/10.34117/bjdv6n7-580.HAMMERSCHMIDT, Karina Silveira de Almeida; SANTANA, Rosimere Ferreira. SAÚDE DO IDOSO EM TEM-POS DE PANDEMIA COVID-19. Revista Cogitare Enfermagem, [S.L.], v. 25, n. 3, p. 1-10, 2020. Revista Cogitare Enfermagem. http:// dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.72849.NASCIMENTO JÚNIOR, Francisco Edimar do; TATMATSU, Daniely Ildegardes Brito; FREITAS, Rayanne Ga-brielle Torquato de. ANSIEDADE EM IDOSOS EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL NO BRASIL (CO-VID-19). Revista Brasileira de Análise do Comportamento, [S.L.], v. 16, n. 1, p. 50-56, 2020. Revista Brasileira de Análise do Comportamento. http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v16i1.9097. VELHO, Fábio Daniel; HERÉDIA, Vania Beatriz Merlotti. Quarantined senior citizens and the impact of technolo-gy on their life. Revista Rosa dos Ventos - Turismo e Hospitalidade, [S.L.], v. 12, p. 1-14, 12 jul. 2020. Universidade Caixias do Sul. http://dx.doi.org/10.18226/21789061.v12i3a10.

Page 62: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

62V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11962

CONSUMO DE ALIMENTOS CONFORME O GRAU DE PROCESSAMENTO E A AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE MULHERES GAÚCHAS

Carolina Pagnoncelli Gabrielli; Universidade Federal do Paraná; [email protected]

Simone Bonatto; Universidade de Caxias do Sul; [email protected]

Josiane Siviero; Universidade de Caxias do Sul; [email protected]

RESUMO

Introdução: Ao longo da vida são estabelecidas preferências alimentares, predominando es-colhas alimentares mais palatáveis a cada indivíduo sendo na maioria das vezes, alimentos indus-trializados. Essa composição alimentar ingerida diariamente e em grande quantidade, reflete no aumento do excesso de peso e da prevalência de outras doenças crônicas. Objetivo: avaliar as prefe-rências alimentares, conforme o grau de processamento de alimentos e relacionar com a avaliação nutricional de mulheres moradoras da Serra Gaúcha. Método: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo. A amostra foi composta por 204 mulheres com idade ≥ 50 anos. As variáveis de-mográficas analisadas foram: idade, estado civil, renda e escolaridade. Quanto a avaliação nutri-cional, foram consideradas circunferência da cintura (CC) e índice de massa corporal (IMC), e o consumo alimentar foi avaliado mediante a questionário de frequência alimentar (QFA). A análise estatística foi através do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: Houve prevalência de excesso de peso e risco para doenças cardiovasculares (DCV). Quanto ao consumo alimentar, verificou-se que as entrevistadas que apresentavam excesso de peso e risco para DCV, ingeriam alimentos in natura e/ou minimamente processados em menor quantidade em comparação às eutróficas. Conclusão: O consumo dessa categoria de processamento de alimentos é um fator de proteção à obesidade e outras doenças crônicas, porém mais estudos são essenciais para evidenciar ainda mais este benefício.

Palavras-chave: Estado nutricional; Alimentos processados; Envelhecimento

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11981

Page 63: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

63V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11981

AVALIAÇÃO DO EQUILIBRIO DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DO MUNICÍPIO DE CANOAS - RS

Kelly Diana Pereira da Cruz; Ulbra; [email protected]

Profª Dra Lidiane Requia Alli Feldmann; Ulbra; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento populacional nos últimos anos vem aumentando considera-velmente quando comparado ao passado. A senescência acarreta uma série de modificações no or-ganismo, aumentando alguns efeitos deletérios como declínio das resevas fisiológicas, sarcopenia, dinapenia causando danos ao equilíbrio comprometendo a mobilidade e atividades básicas da vida diária. Idosos Institucionalizados são mais vulneráveis e suscetíveis a sofrerem com esses declí-nios, quando comparados com Idosos não Institucionalizados. Eles estão mais expostos a alguns agentes estressantes, consequentemente mais propensos a sofrerem com esses declínios aumen-tando o risco de quedas, trazendo consequências negativas a saúde. Objetivo: analisar os valores preditivos de equilíbrio em idosos Institucionalizados. Metodologia: Estudo transversal realizado em 2019 numa ILPI, a amostra foi composta por 19 idosos ambos os sexos, sendo 11 mulheres e 8 homens idade a partir de 60 anos residentes da instituição, o instrumento utilizado foi a Escala de Equilíbrio de Berg EEB que avalia o equilíbrio dinâmico e estático. Resultado: A média de idade das mulheres foi de 73,65 e dos homens 73,37, em relação à EEB o sexo feminino apresentou uma média de escore 13,8 enquanto sexo masculino foi de 16,2. Conclusão: O risco de quedas é definido quando o escore encontra-se abaixo de 45 pontos, ambos os grupos apresentaram um escore muito baixo corroborando para um risco de quedas acentuado. A literatura enfatiza a importância da ca-pacidade funcional e o equilíbrio para a execução de atividades da vida diária dos idosos, diversos estudos evidenciam uma associação entre o estado funcional e a ocorrência de quedas.

Palavras -chave: Equilíbrio Postural; Saúde do Idoso Institucionalizado; Envelhecimento.

ReferênciasSANTOS, Gilmar M. et al . Valores preditivos para o risco de queda em idosos praticantes e não praticantes de atividade física por meio do uso da Escala de Equilíbrio de Berg. Rev. bras. fisioter., São Carlos , v. 15, n. 2, p. 95-101, Apr. 2011 .

ARAUJO NETO, Antonio Herculano de et al . Quedas em idosos institucionalizados: riscos, consequências e ante-cedentes. Rev. Bras. Enferm., Brasília , v. 70, n. 4, p. 719-725, Aug. 2017.

Page 64: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

64V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11983

SAÚDE MENTAL EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19

Mariana Sandoval Terra Campos Guelli; Centro Universitário de Volta Redonda; [email protected];

Tulio Loyola Correa; Universidade Federal de Pelotas; [email protected];

Daniela Bastos de Almeida Zampier; Centro Universitário de Volta Redonda; [email protected];

José Roberto Barroso Arantes; Centro Universitário de Volta Redonda; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento humano envolve transformações físicas, psicológicas, sociais e culturais, o que pode favorecer o surgimento de transtornos mentais (Costa, 2009). Os transtor-nos psiquiátricos têm grande contribuição em relação à redução da capacidade funcional e da qua-lidade de vida em idosos. Objetivo: Analisar o impacto da pandemia COVID-19 na saúde mental de idosos que vivem em instituições de longa permanência para idosos (ILPIs). Métodos: Revisão integrativa nas bases de dados PUBMED, Scielo e LILACS com os descritores: ILPI, idoso, saúde mental, depressão, transtornos de ansiedade e COVID-19. Resultados: A OMS recomendou estrito isolamento social na área geriátrica. Ao mesmo tempo que é essencial para combater a COVID-19, é sinal de alerta como importante causa da solidão, especialmente nas ILPIs. No Brasil, o Minis-tério da Saúde emitiu uma nota técnica que sugere suspensão de visitas presenciais a idosos que residem em ILPIs no período da pandemia, com o intuito de reduzir a transmissão da doença. Es-tudos recentes enfatizam a alta frequência de anormalidades mentais subsindrômicas na popu-lação em geral durante a pandemia, afetando até um terço dos indivíduos (Rajkumar, 2020). As manifestações podem ser representadas por aumento na autopercepção de estresse, maior preva-lência de sintomas de ansiedade e depressão, queixas de sono e recaída de transtornos psiquiátri-cos pré-existentes (Pfefferbaum e North, 2020). Conclusão: Diante disso, verifica-se que as ILPIs devem buscar manter seus moradores interagindo de alguma forma com familiares e amigos, para que se reduza a incidência de transtornos psiquiátricos e obtenham melhora na qualidade de vida.

Palavras-chave: Instituição de longa permanência para idosos; Saúde mental; COVID-19.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11987

Page 65: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

65V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11987

AUMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL DA COVID-19

Vivian Ulrich; Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS; [email protected]

Renata Breda Martins; Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; Escola de Medicina da PUCRS; [email protected]

- Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil;

- Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil

RESUMO

Introdução: Em nonagenários e centenários a incontinência urinária (IU) é frequente e pode ocasionar em diversas perdas afetando diretamente a qualidade de vida. Entre os fatores de risco para a IU está a diminuição da mobilidade, que pode ser maior durante a pandemia da COVID-19. Objetivo: Investigar o possível aumento da IU em nonagenários e centenários durante o isola-mento social relacionado à pandemia da COVID-19. Métodos: Estudo longitudinal e observacional onde foram entrevistados nonagenários e centenários residentes em Porto Alegre e participantes do Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo. O contato foi realizado via ligações telefônicas realizadas de março a agosto de 2020. Comparou-se a IU em avaliações anteriores em 2016 e/ou 2018. As variáveis investigadas foram gênero, faixa-etária, cor, estado conjugal, atividade física durante a pandemia, com quem reside e IU. Resultados: Foram 59 entrevistados, a maioria mu-lheres (77%), com 96,0±3,8 anos, viúvos (73%) e residindo com acompanhante (81%). A IU foi referida em 66% dos participantes nas duas semanas antes da entrevista (durante a COVID-19). Este percentual, antes da COVID-19, era de 55,9%, um acréscimo de 10%. O aumento percentual de IU foi maior entre os homens (21,4%), com idade entre 95-99 anos (17,9%), com companheiros (16,7%), que moravam sozinhos (18,2%) e os que diminuíram a atividade física durante a CO-VID-19 (17,4%). Conclusão: A frequência de IU aumentou nos nonagenários e centenários ava-liados, o aumento nos homens provavelmente esteja relacionado à diminuição da atividade física durante o período investigado.

Palavras-chaves: Incontinência urinária; Idoso de 80 Anos ou mais; Infecções por Corona-virus.

Page 66: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

66V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11989

DIMINUIÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19, PROJETO AMPAL

Francielle Bonett Aguirre; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Josemara de Paula Rocha; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ana Paula Tiecker; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Vivian Ulrich; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Liziane da Rosa Camargo; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; Escola de Medicina da PUCRS; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

RESUMO

Introdução: A atividade física (AF) é importante para uma boa condição funcional em nonagená-rios e centenários, mas pode estar diminuída durante a pandemia da COVID-19. Objetivo: Investigar mudanças na AF em nonagenários e centenários durante a pandemia. Método: Estudo observacional transversal, envolvendo nonagenários e centenários participantes do Projeto Atenção Multiprofissio-nal ao Longevo (AMPAL). As avaliações foram realizadas entre abril e agosto/2020 por smartphone identificando modificações nos hábitos de vida e saúde durante a pandemia. O relato de AF e o índice de facilidade para a realização de Atividades de Vida Diária (AVD) antes e durante a pandemia foram calculados. O escore pontuou 0 (impossibilidade) e 15 (facilidade) para: levantar-se da cadeira sem apoio, transferência cama-cadeira, agarrar objetos firmemente e levantar os braços sobre a cabeça. Resultados: Participaram 53 longevos, dos quais 31 praticavam AF pelo menos uma vez semanal antes da COVID-19, 22 (71%) diminuíram a atividade durante a pandemia. A diminuição da AF foi maior entre os que moravam sozinhos (80%), homens (75%, contra 70% das mulheres), centenários (100%), entre 95-99 anos (85%) e passaram a sair de casa menos (79%). Os participantes que diminuíram a AF apresentaram escore da AVD pior (10,6±3,7) do que os que mantiveram (11,3±2,4 pontos). Conclusão: A AF diminuiu durante a pandemia, principalmente em homens, idade > 95 anos, que reduziram as saídas de casa, moravam com acompanhante e pioraram os níveis de AVD. Nonagenários e centenários poderiam ser mais encorajados a praticar AF talvez por estratégias como a tele assistência.

Palavras-chave: Idoso de 80 Anos ou mais; Atividade Física; Infecções por Coronavírus, Saúde Pública.

Agradecimentos: “Este estudo foi parcialmente financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código Financeiro 001”. Assim como o CNPQ.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11992

Page 67: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

67V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11992

CARACTERÍSTICAS DOS NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS QUE NÃO SAÍRAM DE CASA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Francielle Bonett Aguirre; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Josemara de Paula Rocha; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ana Paula Tiecker; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Vivian Ulrich; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Liziane da Rosa Camargo; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; Escola de Medicina da PUCRS; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

RESUMO

Introdução: Nonagenários e centenários é a faixa etária mais suscetível a desenvolver formas gra-ves da COVID-19. Por isso foram intensamente orientados a não sair de casa, alterando a rotina deles e de sua rede de apoio. Objetivo: Observar as características dos nonagenários e centenários que passaram a sair de casa com menor frequência durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Estudo transversal e analítico com nonagenários e centenários participantes do projeto Atenção Multiprofissional ao Longe-vo (AMPAL) avaliados por telefone usando um instrumento multidimensional. Avaliou-se características sociodemográficas e mudança na frequência que os participantes saem de casa. Resultados: Entre os 59 nonagenários e centenários entrevistados, 35 (59%) saiam de casa antes da COVID (71% mulheres, 20% moravam sozinhos e 42% eram entre 90-94 anos e entre 95-99 anos). Mantiveram-se saindo de casa na mesma frequência 10 entrevistados (28%), destes 50% eram homens, 30% moravam sozinhos e 60% tinham entre 95-99 anos. Antes da pandemia, 10,3% dos entrevistados realizavam as compras de seus alimentos, durante a COVID-19 apenas um entrevistado continuou a fazer compras, sendo este com diminuição da frequência que sai de casa. Conclusão: Boa parte dos entrevistados não saia de casa se-manalmente antes da quarentena e o atual momento intensificou essa situação. O cenário contrapõe, de um lado, longevos que continuaram saindo, expondo-se ao risco de contrair a COVID-19 (principalmente homens, vivendo só e entre 95 e 99 anos), e de outro, a diminuição dessa atividade instrumental de vida diária importante para a manutenção funcional e da rede de apoio.

Palavras-chave: Idoso de 80 Anos ou mais; Saúde do Idoso; Infecções por Coronavírus.

Agradecimentos: “Este estudo foi parcialmente financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código Financeiro 001”. Assim como o CNPQ.

Page 68: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

68V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11997

RELAÇÃO ENTRE SONO E ATIVIDADE FÍSICA DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DE PORTO ALEGRE

Francielle Bonett Aguirre; PUCRS; [email protected] - Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da

PUCRS, Porto Alegre, Brasil.

Antonia Angeli Gazola; PUCRS; [email protected] - Escola de Medicina da PUCRS; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de

Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil.

3 - Victória Albino Furlanetto Araujo; PUCRS; [email protected] - Escola de Medicina da PUCRS; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de

Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil.

Ângelo José Gonçalves Bós; PUCRS; [email protected] - Escola de Medicina da PUCRS; Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de

Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil.

RESUMO

Introdução: A atividade física (AF) é considerada um importante recurso não farmacológico associado à qualidade do sono (QS), particularmente prejudicada na população idosa, mas pouco estudada em nonagenários e centenários, faixa populacional com maior crescimento no Brasil. Portanto, o presente trabalho busca relacionar a QS e a AF em nonagenários e centenários. Méto-dos: análise secundária dos dados do projeto Atenção Multidisciplinar Domiciliar ao Longevo (AM-PAL). A coorte iniciou em 2016 com nonagenários e centenários de Porto Alegre, quando foram questionados sobre a AF e à QS. A análise de dados foi feita por meio do teste qui-quadrado. Re-sultados: Os participantes eram na sua maioria do mulheres, brancos e viúvos, com ensino funda-mental completo (primário), entre 90 e 95 anos e moravam com familiares e 23,7% realizavam AF. Morar com um cuidador foi visto como fator de estímulo para realização de AF entre nonagená-rios (40%, p=0,0467). Os homens, com 34%, mostrando maior taxa de AF que as mulheres com a frequência de 20%, (p=0,0191). Estas (as mulheres) apresentaram com maior frequência pior QS (p=0,1484). Os analfabetos também apresentaram pior QS (p=0,0100). Os participantes com AF apresentaram menor frequência de queixas do sono sendo significativa para a apatia e sonolência diurna (29%, p=0,0170). Conclusão: Há escassa literatura acerca da qualidade de sono dessa faixa etária de idosos. Mesmo com as limitações do estudo observamos uma relação importante entre AF e queixas de sono em nonagenários e centenários, observação inédita na literatura.

Palavras-chave: Exercício físico; Distúrbios do início e da manutenção do sono; Idoso de 80 Anos ou mais.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11999

Page 69: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

69V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11999

QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM HEMODIÁLISE

Luana Fioravanti Roland; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); [email protected]

Carla Cristina Bauermann Brasil; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); [email protected]

Loiva Beatriz Dallepiane; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); [email protected]

RESUMO

Introdução: A expectativa média de vida dos brasileiros aumentou e observa-se um cresci-mento no número de idosos com doença renal crônica. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de idosos com doença renal crônica em hemodiálise. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com idosos que realizavam hemodiálise em uma clínica renal de referência na região central do Rio Grande do Sul. Para mensurar os indicadores de qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), aplicou-se o questionário Kidney Disease Quality Of Life – Short Form. O instrumento é forma-do por oito dimensões que avaliam a saúde geral do indivíduo e 12 dimensões específicas sobre a doença renal, sendo que os domínios variam de 0 a 100 pontos. Para a análise das pontuações no teste foi empregado o programa disponibilizado pelo KDQOL-SFTM Working Group e dividida em duas categorias: Melhor QVRS (≥50 pontos) e Baixa QVRS (< 50 pontos). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria. Resultados: Participa-ram do estudo 122 idosos com média de idade de 70,31±6,92 anos e a maioria do sexo masculino (59,00%). A QVRS foi melhor percebida nos subdomínios: função cognitiva (85,03±18,94), suporte social (84,84±25,44) e qualidade da interação social (83,20 ± 18,00). Já, a menor percepção da QVRS foi nos subdomínios: sobrecarga da doença renal (36,42 ± 22,07), funcionamento físico (42,75 ± 28,84) e saúde geral (44,26 ± 18,54). Conclusão: Foi possível observar que a hemodiálise exerce influência para baixa qualidade de vida dos idosos nas categorias avaliadas.

Palavras-chave: Insuficiência Renal; Saúde do Idoso; Diálise Renal.

Agradecimentos: À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) pela concessão da bolsa de estudos para realização do presente trabalho.

Page 70: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

70V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12002

QUEDAS EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Gabriela Guimarães Oliveira; PUCRS; [email protected];

Josemara de Paula Rocha; PUCRS; [email protected];

Liziane da Rosa Camargo; PUCRS; [email protected];

Ângelo José Gonçalves Bós; PUCRS; [email protected]

RESUMO

Introdução: Embora a estratégia restritiva seja fundamental para controlar a pandemia da COVID-19, ela pode causar diminuição da funcionalidade, que predispõe às quedas, principalmen-te em nonagenários e centenários. Objetivos: Observar a frequência de quedas em nonagenários e centenários durante o isolamento social. Métodos: Estudo observacional e transversal envolvendo nonagenários e centenários participantes do Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AM-PAL). A avaliação foi feita por Smartphone entre abril e agosto/2020, incluindo características sociodemográficas e clínicas que incluiu o relato de queda nas últimas duas semanas, Prática de Atividade Física (PAF), Teste de Levantar e Sentar (TLS – não satisfatório <5 repetições em 15s), facilidade para levantar da cadeira e Escala de Depressão Geriátrica (GDS) de 5 pontos (alterado ≥2 pontos). Resultados: Entre os 59 participantes, 20% caíram nas últimas semanas. Frequência essa maior entre mulheres (22%, homens 14%), entre 95-99 anos (25%), que não moravam so-zinhos (23%, contra 9%), com GDS alterado (33%, contra 15%), não praticavam atividade física (21%, contra 20%), referiram ser ±fácil ou difícil levantar-se da cadeira (22%) e TLS não satisfató-rio (23%). Nenhum participante que teve TSL satisfatório caiu (0%). Entre as pessoas que caíram 42% referiu que a frequência de queda piorou durante a pandemia da COVID-19. Conclusão: Du-rante o período de restrição social, a natureza multicausal das quedas pareceu se manter entre os nonagenários e centenários. Embora não significativo estatisticamente, diferenças na frequência de quedas foram observadas entre gênero, idade, morar com ou sem companhia, PAF, sintomas depressivos, função e força de membros inferiores.

Palavras-chave: Acidentes por quedas; Idoso de 80 anos ou mais; Infecções por Coronavirus.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12004

Page 71: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

71V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12004

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES POR FRATURAS EM MULHERES IDOSAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Gabriela Sadigurschi; Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, [email protected];

Lívia Machado de Mello Andrade; Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, [email protected];

Luciane Velasque: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, [email protected];

Gloria Regina da Silva e Sá; Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, [email protected].

RESUMO

Introdução: A osteoporose é uma doença osteometabólica com alta prevalência em mulheres idosas, ocasionando importantes sequelas clinicas como fraturas e suas complicações. Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico de internações por fraturas em mulheres idosas de 2013 a 2018. Métodos: Estudo descritivo, utilizando dados do Sistema de Morbidade Hospitalar do SUS re-ferentes às internações em mulheres idosas no estado do Rio de Janeiro de 2013 a 2018. Foram avaliados: tipos de fratura, faixa etária (60-69,70-79 e 80 anos e mais) e taxa de mortalidade (mul-tiplicada por 100). Calculou-se a taxa de internação utilizando a equação (A/B X 100.000), sendo A= número de internações por faixa etária e tipo de fratura e B= população residente estratifica-da por faixa etária de acordo com IBGE (Censo-2010). Resultados: Observou-se maior taxa média de internações na faixa de 80 anos e mais (624,79), seguida de 70-79 anos (279,39) e 60-69 anos (167,22). A fratura de fêmur apresentou maior taxa média de internação (1071,49), enquanto a fratura de crânio e dos ossos da face apresentou menor taxa (7,10). No entanto, a fratura envol-vendo múltiplas regiões do corpo apresentou a maior taxa de mortalidade (9,5), seguida da de fêmur (6,06). O valor despendido com internações por fraturas em mulheres idosas no período es-tudado foi R$ 55.189.193,09. Conclusão: Com o avanço da faixa etária, houve aumento na taxa de internações por fraturas em mulheres idosas. É notório o impacto social e econômico das fraturas na população senil.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Hospitalização; Idoso; Fraturas do Fêmur.

Page 72: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

72V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12006

IDADE SUBJETIVA E AUTO-PERCEPÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Mariana de Medeiros Cardoso; Clínica Lavinsky; e-mail: [email protected];

Maira Rozenfeld Olchik, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected];

Adriane Ribeiro Teixeira; Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal de São Paulo; [email protected]

RESUMO

Introdução: Sentir-se subjetivamente mais jovem do que a idade cronológica pode um ser marcador que reflita fatores biológicos. O uso de escalas de classificação numérica (ECN) também é uma das formas de se avaliar a auto-percepção de saúde e bem-estar dos idosos. Objetivo: Anali-sar a correlação entre idade subjetiva e a auto-percepção de saúde e bem-estar em idosos. Métodos: O estudo com delineamento retrospectivo, foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer nº 4.081.496). No momento da matricula em universidade aberta para pessoas idosas, os indivídu-os respondiam a uma entrevista, onde, dentre as perguntas, estava o questionamento sobre idade subjetiva [quantos anos o(a) senhor(a) sente que tem?] e era solicitado que atribuísse uma nota de 1 a 5 para saúde, bem estar, memória e estado físico. Os dados foram analisados de forma quanti-tativa, descritas por média e desvio padrão e coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: Foram analisados dados de 395 idosos, sendo 359 mulheres (90,9%), com idades cronológicas entre 60 e 91 anos (média 71,5±6,8 anos). A média da idade subjetiva da amostra ficou em 57,2 ± 14,0 anos. No que se refere a avaliação de saúde e bem estar, pela ECN, maior parte dos idosos atribuiu as notas 4 ou 5 para os itens saúde (81,8%), bem estar (87,6%), memória (69,9%) e estado físico (81,5%). Verificou-se correlação significativa somente entre a idade subjetiva e a saúde percebida (rs=-0,149; p=0,003). Conclusão: A análise dos dados evidenciou que a saúde percebida está cor-relacionada com a idade subjetiva, nos indivíduos avaliados.

Palavras-chave: Idoso; Envelhecimento; Saúde

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12008

Page 73: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

73V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12008

IDADE SUBJETIVA E IDADE CRONOLÓGICA, UM ESTUDO COMPARATIVO.

Mariana de Medeiros Cardoso; Clínica Lavinsky; e-mail: [email protected];

Maira Rozenfeld Olchik, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected];

Adriane Ribeiro Teixeira; Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal de São Paulo; [email protected]

RESUMO

Introdução: A idade subjetiva é um dado importante para analisar a consciência das mudan-ças provocadas pelo envelhecimento. Objetivo: Comparar a idade cronológica com a subjetiva de idosos participantes de programa universitário. Métodos: Estudo retrospectivo e observacional. Os dados foram obtidos a partir de questionário preenchido no ato da matrícula de idosos em pro-grama universitário para idosos. Os participantes foram questionados sobre sua idade subjetiva: “Que idade o senhor(a) sente que tem?”. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer nº 4.081.496). Foram analisados os dados sobre idade subjetiva e idade cronológica, sendo as variáveis quantitativas descritas por média e desvio padrão com os testes t-student. Resultados: Foram analisados os dados de 395 idosos, sendo 359 (90.9%) mulheres. A idade cronológica variou entre 60 e 96 anos, com média de 71,5±6,8 anos. Já a média da idade subjetiva foi de 57,2±14,0 anos, havendo diferença significativa entre as mesmas (p<0,001). Quando analisados os dados por sexo, verificou-se que a diferença foi significativa para homens (73,9±7,3 anos de idade cronológi-ca e 61,0±14,3 anos de idade subjetiva, p<0,001) e mulheres (71,2±6,7 anos de idade cronológica e 56,8±13,9 anos de idade subjetiva, p<0,001). Conclusão: Os dados evidenciaram que no grupo de idosos ativos avaliado, houve diferença entre a idade cronológica e a idade subjetiva, independente do sexo. Os dados são importantes para a definição de atividades a serem implementadas para o grupo.

Palavras-chave: Idoso; Envelhecimento

Page 74: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

74V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12010

AVALIAÇÃO DOS PÉS DE IDOSOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA DE CANOAS - RS

Júlia Costa Guasselli; Universidade Luterana do Brasil; [email protected]

Bruna Gidiel Paim; Universidade Luterana do Brasil; [email protected]

Bárbara Franccesca Brandalise Bassani; Universidade Luterana do Brasil; [email protected]

Paulo Roberto Cardoso Consoni; Universidade Luterana do Brasil; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento populacional representa um desafio no âmbito de saúde pú-blica mundial. Com o avançar da idade, ocorre maior incidência de doenças crônicas, bem como modificações anatômicas e fisiológicas, que podem causar alterações nos pés de idosos. A presença de alterações pode comprometer a deambulação e mobilidade, interferindo na autonomia, capa-cidade funcional, quedas e qualidade de vida. Objetivo: Identificar a presença de alterações nos pés de idosos em uma Instituição de Longa Permanência (ILP) de Canoas-RS. Métodos: Trata-se de um estudo clínico observacional com idosos que deambulam, no qual foi realizada a inspeção dos pés para avaliar presença de deformações, calosidades, micoses, feridas, dor e diminuição da sensibilidade. A amostra foi composta de 13 idosos, com idade média de 74,5 anos, residentes de uma ILP no município de Canoas – RS. Resultados: Todos os idosos da amostra apresentaram pelo menos uma alteração. Foi encontrada prevalência de deformidades em 23% da amostra, de micoses em 54%, de feridas em 15%, de dor em 38%, de calosidades em 8% e de diminuição da sensibilidade em 69%. Conclusão: As alterações nos pés de idosos são prevalentes. A maior prevalência encon-trada foi a perda da sensibilidade, a qual compromete a propriocepção, sendo um importante fator de risco para quedas, lesões e feridas. O diagnóstico, acompanhamento e tratamento precoce são imprescindíveis a fim de evitar possíveis complicações e melhorar a qualidade de vida do idoso.

Palavras-chave: ILPI; Saúde do Idoso; Podiatria.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12012

Page 75: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

75V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12012

FORÇA DA MÃO: UM PREDITOR DE SOBREVIDA EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DO PROJETO AMPAL

Marlon Cássio Pereira Grigol; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

RESUMO

Introdução: Nonagenários e centenários são vulneráveis à fragilidade e perdas funcionais com menor sobrevida. A força de preensão palmar (FPP) é uma ferramenta simples, não invasi-va para avaliar força muscular preditora de fragilidade. Objetivo: Estudar a relação entre FPP e sobrevida em nonagenários e centenários brasileiros. Método: Estudo longitudinal, observacional e analítico avaliou (visita domiciliar) e acompanhou (por telefone) nonagenários e centenários do Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) entre 2016 e 2019. Pelo Consenso Euro-peu de Sarcopenia FPP foi categorizada em boa (>12Kgf mulheres, >18Kgf homens) ou ruim. O número de meses entre a primeira avaliação e a data do óbito ou último contato (para sobreviven-tes) foi calculado para a análise de sobrevida avaliada (modelos simples e ajustados de Regressão de Dano de Cox). Resultados: Foram avaliados 212 participantes, 73% mulheres, 39% faleceram (até 30/8/2019) e 17% com FPP ruim. Preditores significativos (p<0,05) de sobrevida na análise simples: idade, morar sozinho, sair de casa semanalmente, participar de atividades sociais, capa-cidade de sair da cama, preparar refeições e fazer compras sozinho, desempenho cognitivo (Mini--Exame-Estado-Mental, MEEM), de Membros Inferiores, Superiores e Misto (grau de facilidade em realizar atividades), teste Timed Up & Go (TUG) e FPP ruim. Foram significativos (p<0,001) na análise ajustada: FPP ruim, participar de atividades sociais, preparar refeições, fazer com-pras sozinho e desempenhos funcionais (facilidade membros superiores, inferiores e misto, TUG e MEEM). Conclusão: Concluímos que FPP ruim foi preditor independente de sobrevida entre nonagenários e centenários com 175% maior chance de óbito.

Palavras-chave: 80 anos ou mais; Força da mão; Análise de Sobrevida.

Agradecimento pelo apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001, bem como ao IGG-PUCRS.

Page 76: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

76V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12013

FATORES ASSOCIADOS À CONDIÇÃO DE ACAMADO EM IDOSOS DOMICILIADOS

Clóris Regina Blanski Grden; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Ana Flávia Lourenço Loiola; prefeitura Municipal de Ponta Grossa; [email protected]

Daniele Bordin; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Taís Ivastcheschen; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Luciane Patrícia Andreani Cabral; Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais; [email protected]

Everson Augusto Krum; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

RESUMO

Introdução: o acelerado envelhecimento da população acarreta desafios aos sistemas de saú-de, uma vez que os idosos apresentam elevada prevalência de doenças crônicas, as quais podem evoluir para declínio da capacidade funcional e cognitiva. Nesta conjuntura, espera-se o aumento de idosos na condição de acamados e com elevado grau de dependência. Objetivo: identificar os fa-tores associados à condição de acamado entre idosos brasileiros. Métodos: estudo transversal, com dados secundários provenientes de inquérito base populacional nacional, com idosos (n=11.177). A pesquisa foi de base domiciliar por meio de amostragem probabilística por conglomerados em três estágios, sendo o conjunto de setores censitários as unidades primárias de amostragem, os domicílios as unidades secundárias e moradores maiores de idade selecionados, as unidades terci-árias A condição de acamado foi considerada variável dependente e as características sociodemo-gráficas e condições de saúde como independentes. Para análise empregou-se o teste de regressão logística. Resultados: verificou-se que 4,9% dos idosos eram acamados e que esta condição mos-trou-se associada ao analfabetismo (OR=1,38), quantidade de doenças crônicas, episódio de aci-dente vascular encefálico (OR=1,46), diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (OR=1,49), al-terações nos níveis de colesterol (OR=1,45), precisar de algum atendimento relacionado a própria saúde (OR=4,22), internamento (OR=3,06) e atendimento emergencial no domicílio nos últimos 12 meses (OR=1,76). Conclusão: o estudo permitiu identificar importantes fatores associados à condição acamado de idosos brasileiros com destaque para as variáveis clínicas. Os achados po-derão subsidiar o planejamento dos cuidados gerontológicos voltados às necessidades específicas desse segmento etário.

Palavras-chave: Saúde do idoso; Pessoas acamadas; Enfermagem geriátrica.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12014

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12014

PERFIL AUDIOLÓGICO DE IDOSOS ATIVOS

Carla Vanessa Jardim da Silveira; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Adriane Ribeiro Teixeira; Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Hospital de Clínicas de Porto Alegre; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento ativo pressupõe a participação nas atividades sociais, cultu-rais e econômicas. Os idosos com presbiacusia podem apresentar dificuldade em se comunicar, e isso pode limitar ou incapacitar os sujeitos. Objetivo: Analisar perfil audiológico de idosos ativos. Métodos: Estudo transversal, realizado com idosos matriculados nas atividades de extensão na universidade. Critério de inclusão: indivíduos com capacidade de responder a audiometria tonal liminar. Critérios de exclusão: não completar a avaliação ou com cera obstrutiva no conduto auditi-vo externo. Todos passaram por inspeção do conduto auditivo externo e audiometria tonal liminar (realizada em cabina acustica). A análise da presença e do grau de perda auditiva foi considerada a classificação da Organização Mundial da Saúde. Os resultados foram analisados de forma quan-titativa, com o cálculo de valores absolutos e relativos. O estudo foi aprovado por comitê de ética. Resultados: A amostra foi de 129 idosos, 86% do sexo feminino. A média de idade foi de 65,5 anos. Em ambas as orelhas a maior prevalência foi de perda auditiva neurossensorial (76,7%). Na orelha direita, 23,3% apresentaram limiares auditivos normais, 26,4% perda leve, 10,1% perda moderada e 40,3% perda limitada às frequências altas. Na orelha esquerda constatou-se 23,3% com limiares auditivos normais, 26,4% com perda leve, 10,1% com perda moderada e 43,2% com perda auditiva limitada às frequências altas Conclusão: Constatou-se que a presença de perda auditiva foi elevada na amostra avaliada. Assim, sugere-se que em programas para idosos a avaliação audiológica possa ser incluída dentre o rol de avaliações.

Palavras-chave: Perda Auditiva; Envelhecimento; Presbiacusia.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12015

A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM SERVIÇO SOCIAL E ENVELHECIMENTO: TESES DE 1995 A 2019

Sergio Antonio Carlos - UFRGS – [email protected]

RESUMO

Introdução. A divulgação e a disseminação de estudos tanto na área do Serviço Social quanto na do envelhecimento tem crescido nos últimos anos no Brasil, incluindo teses e dissertações. Os assistentes sociais sempre estiveram à frente de ações relacionadas ao envelhecimento. Qual a pro-dução dos mesmos sobre esta temática? Este estudo é parte de uma pesquisa maior sobre serviço social e envelhecimento no Brasil. Objetivo. Mapear a produção brasileira de teses e dissertações sobre serviço social e envelhecimento produzidas por assistentes sociais brasileiros(as). Métodos. A localização das teses foi feita através do Banco de Teses e Dissertações da CAPES e na Bibliote-ca Digital Brasileira de Teses e Dissertações do IBICT utilizando os termos: velhice, longevidade, terceira idade, idoso, gerontologia e envelhecimento. Foram excluídas as teses duplicadas, as que não abordavam o envelhecimento humano e as não produzidas por assistentes sociais. O corpus foi composto por 59 teses das 2.116 inicialmente localizadas. A análise foi descritiva a partir dos dados de identificação. Resultados. As teses foram defendidas entre 1995 e 2019 em 24 PPGs, sendo 67,80% da área de SS da CAPES. Os estados com maior produção foram São Paulo (PUCSP 20,39%) e Rio Grande do Sul (PUCRS 18,64%). A maior produção foi nos últimos sete anos. A orientação foi realizada por 42 professores, dos quais 23 com graduação em Serviço Social. Conclu-são. A produção está aumentando nos últimos anos. Há uma diversidade de áreas de conhecimento onde foram produzidas as teses bem como dos orientadores.

Palavras-chave: Envelhecimento; Assistentes sociais; bibliometria.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12016

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12016

FATORES ASSOCIADOS AO ISOLAMENTO SOCIAL E SOLIDÃO ENTRE IDOSOS COMUNITÁRIOS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Caroline de Fátima Ribeiro Silva; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Juliana de Souza da Silva; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Fabrícia Coelho de Araújo; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Daniela Gonçalves Ohara; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Areolino Pena Matos; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Ana Carolina Pereira Nunes Pinto; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

Maycon Sousa Pegorari; Universidade Federal do Amapá; [email protected]

RESUMO

Introdução: Embora esforços tenham sido dispendidos na tentativa de encontrar tratamen-tos e vacinas eficazes para combater a COVID-19, outras demandas como a abordagem aos as-pectos psicossociais precisam ser consideradas e nenhum estudo anterior investigou os fatores associados ao isolamento social e solidão entre idosos na pandemia atual. Objetivo: Analisar a associação entre o isolamento social e a solidão com as características socioeconômicas e de saúde e as variáveis relacionadas à COVID-19 em idosos comunitários em tempos de pandemia. Métodos: Estudo transversal conduzido com 86 idosos (71,78±6,98 anos) contatados via inquérito telefôni-co em Macapá/AP. Utilizou-se formulário estruturado para as variáveis socioeconômicas, clínicas e de saúde, isolamento social e solidão, e as relacionadas à COVID-19. Procedeu-se a estatística descritiva e inferencial pelo teste de correlação de Pearson e modelo de regressão linear. Resul-tados: 9,3% informaram diagnóstico positivo para covid-19, e desses, 3,5% foram hospitalizados. Referiram sentimentos de solidão 20,9% e 23,3% se encontravam socialmente isolados. As médias para as variáveis relacionadas à COVID-19 como medo, ansiedade e obsessão foram 19,01±7,25, 1,01±1,90 e 2,84±3,28, respectivamente. Houve correlação positiva e moderada entre as variáveis solidão e número de doenças; e fraca entre as variáveis solidão e número de medicamentos, sinto-mas depressivos e risco para sarcopenia. O modelo de regressão linear indicou que o maior escore de solidão associou-se ao maior número de doenças (β=0,288; p=0,007). Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem uma provável resiliência dos idosos frente à COVID-19, apesar da associação da variável solidão com o número de doenças em tempos de pandemia.

Palavras-chave: COVID-19; Idoso; Isolamento social; Solidão.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12017

FATORES ASSOCIADOS A QUEDAS EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Ana Luíza Amorim de Lima; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

Myllena Alencar da Silva; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

Yasmin de Fatima Aragão Mano; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

Letícia Pacheco Silva; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

Raquel Voges Caldart; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

RESUMO

Introdução: As quedas são altamente prevalentes na população idosa e sua ocorrência au-menta com o avançar da idade, podendo trazer graves consequências como dependência e óbito. Objetivo: Identificar fatores que contribuem para a ocorrência de quedas em idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados Scientific Electronic Library On-line, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online e U.S. National Library of Medicine, entre os anos 2011 a 2020. A busca dos artigos foi realizada em julho de 2020, utilizando-se o descritor “quedas em idosos”. Resultados: Foram selecionados 49 publicações para leitura integral do conteúdo, os resultados demonstraram que os fatores para a ocorrência de quedas estão agrupados em intrínsecos, com destaque para o sexo feminino, baixa escolaridade, idade avançada, estado civil (viúvo ou casado), sedentarismo, presença doenças crônicas (diabetes e hipertensão arterial), polifarmácia e acuidade visual diminuída. E em fatores extrínsecos, dentre os quais estão a estrutura inadequada de pisos, escadas sem barras de apoio, degraus irregulares, uso de tapetes, iluminação imprópria, objetos ao chão, uso de calçados inadequado, hospitalização e institucionalização. Em geral, as quedas ocorrem no domicílio, pela manhã, no banheiro, quarto e quintal e nas ruas são caracterizadas por escorregões e tropeços. Conclusão: As quedas possuem causas multifatoriais, a avaliação do idoso é importante para que intervenções sejam propostas com vistas a melhorar a qualidade de vida por meio de orientações sobre ajuste do ambiente, planejamento de plano terapêutico e manutenção da capacidade funcional.

Palavras-chave: Idosos; Quedas; Fatores de risco.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11922

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11922

ALTERAÇÕES ALIMENTARES EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Renata Breda Martins; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); [email protected]

Cintia Cristina Sulzbach; PUCRS; [email protected]

Liziane da Rosa Camargo; PUCRS; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; PUCRS; [email protected]

RESUMO

Introdução: Manter uma alimentação adequada é importante para a saúde, principalmente, em nonagenários e centenários. A pandemia do COVID-19 pode ter provocado alterações alimen-tares pela restrição social imposta no seu combate. Objetivo: Observar possíveis alterações no consumo alimentar de nonagenários e centenários durante a pandemia. Métodos: Estudo obser-vacional e transversal envolvendo nonagenários e centenários, participantes do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo, contatados por telefone e/ou videoconferência entre abril a agosto de 2020. As variáveis avaliadas foram: características socioeconômicas, estado nutricional e há-bitos alimentares. Foram calculadas as frequências e médias. Resultados: Participaram 59 no-nagenários e centenários (96±3,8 anos), com maior número entre 90-94 anos (48%), 77% eram mulheres, 73% viúvos e 81% residindo com familiar ou cuidador. Dados antropométricos foram avaliados somente em 34 longevos, dos quais 53% estavam com peso adequado e 32% com baixo peso. O consumo alimentar estava alterado em 17% dos participantes, 80% desses com diminuição do consumo. A carne apresentou a maior redução (50%). Dois participantes relataram aumento de consumo (embutidos e doces). O consumo diário de água foi entre 1 e 2 litros em 32% e mais que 2 litros em 5%. O familiar (51%) foi quem mais preparou os alimentos no domicílio, bem como, as compras de alimentos (83%). Rendimentos financeiros foram considerados suficientes para as necessidades básicas (alimentação) em 83% dos participantes. Conclusão: Os participantes apre-sentaram frequente redução do consumo, principalmente de carne, durante a pandemia. Obser-vamos baixo consumo hídrico. A presença do familiar foi importante no preparo e aquisição dos alimentos.

Palavras-chaves: Consumo de Alimentos; Idoso de 80 Anos ou mais; Infecções por Corona-virus.

Page 82: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

82V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11924

EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL COM AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS: PROJETO AMPAL

Claudine Lamanna Schirmer. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Escola de Medicina. Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: [email protected]

Liziane da Rosa Camargo. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Escola de Medicina. Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: [email protected]

Josemara de Paula Rocha. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Escola de Medicina. Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Escola de Medicina. Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: A desnutrição é um problema de saúde que afeta particularmente nonagenários e centenários. Baixa ingesta proteica está associada à piora da funcionalidade, com perda da massa muscular, diminuição da força de membros superiores e inferiores. Objetivo: verificar os efeitos de uma suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada em nonagenários e centenários. Métodos: É um ensaio clínico não-randomizado, pareado por conveniência, quantitativo e analítico, com grupo intervenção (GI) que recebeu suplemento alimentar por 3 meses e grupo controle (GC) sem suple-mento. Os participantes eram nonagenários e centenários acompanhados pelo Projeto Atenção Multi-profissional ao Longevo (AMPAL). Resultados: O GI teve 10 participantes (8 mulheres e 2 homens) e o GC 19 (10 mulheres e 9 homens). A massa magra aumentou no GI em 1,1±1,69kg e peso aumentou 0,6±2,29kg, durante o acompanhamento. O GC apresentou diminuição tanto da massa magra quan-do no peso total (p=0,0804). Ambos os grupos aumentaram a albumina sérica (GI em 0,2±0,21mg/dl e GC em 0,1±0,26mg/dl, com p=0,4447) e a hemoglobina (GI em 1,3±0,81g/dl e GC em 0,5±1,64g/dl com p=0,1524). Os parâmetros antropométricos aumentaram no GI e diminuíram no GC, sendo significativo para o IMC (p=0,0428). A Força de Preensão Palmar e o Timed Up and Go melhoraram no GI e pioraram no GC, embora sem significância estatística (p=0,1685 e p=0,1797, respectivamen-te). Conclusão: Os resultados da presente pesquisa nos permitem concluir que a suplementação por aminoácidos de cadeia ramificada em nonagenários e centenários demonstrou ser eficiente e segura, produzindo melhoras na composição corporal, desempenho funcional e parâmetros bioquímicos.

Palavras-chave: Suplementação nutricional. Longevos. Funcionalidade. Saúde Pública e en-velhecimento.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11925

Page 83: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11925

CELARI ONLINE: NOVO MEIO TECNOLÓGICO DE AULAS PARA IDOSOS - CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E ADESÃO

Priscilla Cardoso da Silva¹; PPGCMH/UFRGS; [email protected];

Débora Pastoriza Sant’ Helena¹; PPGCMH/UFRGS; [email protected];

Luciane Job Junqueira dos Santos²; UFRGS; [email protected];

Ruane Cardoso Nolasco²; UFRGS; [email protected];

Andréa Gonçalves Kruger; PPGCMH/ UFRGS; [email protected].

RESUMO

Introdução: Com o surgimento da pandemia (COVID-19) ocorreram modificações no estilo de vida e realização de atividades, principalmente entre os idosos por serem do grupo de risco. O pro-grama de extensão Centro de Estudo de Lazer e Atividade Física do Idoso (CELARI) adaptou suas atividades presenciais para online utilizando a tecnologia como um recurso promissor para prática de atividade física. Objetivo: Investigar a caracterização sociodemográfica e a adesão ao exercício físico online de idosos no programa de extensão CELARI na pandemia. Método: Estudo cross-sectional com atividades de exercício físico online (plataforma Facebook) três vezes por semana. A amostra por aces-sibilidade com média de idade 72,25±6,38 anos. Utilizou-se questionário sócio-demográfico e ficha de frequência (1º a 46ª aula), estatística descritiva (SPSS20.0) (Comitê de Ética nº21.629). Resultados: Dos 162 idosos do programa que adotaram a plataforma, 103 (63,6%) participaram das aulas online; 94,2% são mulheres, 43,7% casadas, 75,7% possuem ensino médio, 78,6% são aposentadas e 44,7% moram com o cônjuge. A média de participação das aulas foi de 33,73±12,80; destes 11% frequentou 13 aulas, 11% de 14 a 22 aulas, 13% de 23 a 32 aulas, 29% de 32 a 41 aulas e 36% participaram de ≥41 aulas. Os motivos de adesão às aulas foram a aproximação social, bem estar mental e se manter ativo. Conclusão: Estudo mostrou que os idosos se adaptaram ao novo recurso tecnológico, buscando através das aulas online um meio de manter a interação social e o exercício físico durante a pandemia.

Palavras-chave: Idoso; COVID-19; Exercício físico; Aula.

Agradecimento: O apoio a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Brasil (CAPES)¹ - Códi-go de Financiamento 001, e ao Programa de Bolsa de Extensão Universitária (PROREXT/UFRGS)².

Page 84: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

84V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11927

NECESSIDADE RELATADA POR IDOSOS DE AUXÍLIO PARA REALIZAR ATIVIDADES BÁSICAS DE VIDA DIÁRIA PÓS-ALTA HOSPITALAR

Pamela Tainá Licoviski; Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais - Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG); [email protected];

Isabele Savi Sanson1; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected];

Cloris Regina Blanski Grden3; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected];

Luciane Patrícia Andreani Cabral4; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected];

Everson Augusto Krum5; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected];

Danielle Bordin6; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected].

RESUMO

Introdução: Na hospitalização o idoso sofre importantes alterações em seu estado de saúde, que podem favorecer a perda de autonomia e independência, necessitando de um cuidador de for-ma permanente ou transitória. Objetivo: analisar a prevalência e fatores associados à necessidade de auxílio para realizar as atividades básicas de vida diária (ABVD) no pós-alta hospitalar de ido-sos. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado através de entrevista telefônica com 144 idosos, após 30 dias da alta hospitalar. Foram usados como variável dependente a necessidade de auxílio para as ABVD no pós alta, e como independentes as características sociodemográficas, de saúde, estilo de vida e os serviços de saúde utilizados. Realizou-se análise de regressão logística. A pesquisa foi aprovada pelo comité de ética (parecer número: 2.461.494/2018). Resultados: Veri-ficou-se que 43,1% dos idosos necessitaram de auxílio para realizar ABVD no pós-alta hospitalar. A maior probabilidade de necessitar de auxílio para realizar as ABVD foi para aqueles que reque-reram internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (OR=2,9; IC=1,15-7,31) (p=0,02), apresentaram multimorbidade (OR=3,00; IC=1,42-6,34) (p=0,00) e sedentarismo (OR=2,68; IC=1,23-5,85 (p=0,01). Conclusão: O estudo mostrou fatores associados à necessidade de auxílio para realizar as ABVD no pós-alta hospitalar de idosos, como a necessidade de UTI durante in-ternamento, multimorbidades e sedentarismo. O reconhecimento do perfil do idoso internado que necessitará de cuidados pós alta, é fundamental para que a equipe possa preparar adequadamente a família para realizar o cuidado de forma correta, possibilitando a recuperação da capacidade e autonomia ou minimizando os efeitos da doença.

Palavras-chave: Morbidade; Hospitalar; Fatores de Risco; Assistência Domiciliar.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11928

Page 85: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

85V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11928

FATORES ASSOCIADOS À MULTIMORBIDADE DE IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE ENSINO DO PARANÁ

Pamela Tainá Licoviski; Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected];

Dreli Gonçalves1; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected];

Cloris Regina Blanski Grden2; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected];

Luciane Patrícia Andreani Cabral3; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected];

Melina Lopes Lima4; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected];

Danielle Bordin5; Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); [email protected].

RESUMO

Introdução: O envelhecimento ocasiona diversas alterações ao corpo humano, gerando vul-nerabilidade, como diminuição da capacidade funcional e incidência de doenças, como as crônicas não transmissíveis. Objetivo: Analisar prevalência e os fatores associados à multimorbidade de idosos internados em um hospital de ensino, segundo características sociodemográficas, estilo de vida e utilização de serviços na rede de atenção à saúde. Métodos: É um estudo transversal, qua-litativo, analítico. A amostra foi composta por 144 idosos, que foram internados em um hospital universitário paranaense. Os dados foram coletados 30 dias pós alta hospitalar, via telefone. A variável dependente foi ocorrência de multimorbidade e as independentes características socio-demográficas, estilo de vida e utilização de serviços de saúde hospitalares. Realizou-se análise de regressão logística. Resultados: Verificou-se que 55% dos idosos investigados apresentaram multimorbidade. Apresentaram maiores chances de dispor de multimorbidades idosos com baixa escolaridade (OR=16,29), de cor não branca (OR=2,34), que ficaram internados por um período de 4 a 7 dias (OR=6,91) e mais de 7 dias (OR=3,03), que necessitaram de consulta de retorno pós alta hospitalar (OR=18,99) e que, no domicílio, precisaram de ajuda de alguém para seguir as recomendações médicas (OR=3,16). Conclusão: Identificou alta prevalência de multimorbidade e importantes fatores associados a multimorbidades em idosos internados, com destaque para esco-laridade; cor; tempo de internação; agendamento de retorno ao hospital no pós alta e necessidade de ajuda de alguém (familiar/cuidador), no pós alta. É fundamental a atenção com idosos inter-nados visando sua independência funcional para que possam prevenir o aparecimento de novos agravos em saúde.

Palavras-chave: Morbidade; Internação Hospitalar; Fatores de Risco; Idosos; Doenças Não Transmissíveis.

Page 86: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

86V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11929

FATORES MOTIVACIONAIS RELACIONADOS À BUSCA POR ATENDIMENTO ESPECIALIZADO PARA COVID-19 EM ADULTOS E IDOSOS

Angélica Arps de Ramos; Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais – Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG); [email protected];

Clóris Regina Blanski Grden; HU-UEPG; [email protected];

Daniele Brasil; HU-UEPG; [email protected]

Luciane Patricia Andreani Cabral; HU-UEPG; [email protected];

Danielle Bordin; HU-UEPG; [email protected]

RESUMO

Introdução: Considerando a gravidade da COVID-19, principalmente em idosos, é impres-cindível conhecer os motivos da busca por serviço especializado por essa população, visando plane-jar ações de uso racional. Objetivo: avaliar os fatores associados à busca pelo serviço especializado de triagem para COVID-19 em âmbito hospitalar, por adultos e idosos. Método: Estudo transver-sal, desenvolvido junto à totalidade de pacientes (n=358), que buscaram os serviços do centro de referência especializado para atendimento da COVID-19, da região dos Campos Gerais, no perí-odo de abril a maio de 2020. Considerou-se como variável dependente a idade, e independentes as características sociodemográficas, de saúde, histórico de viagens, acesso a outros serviços de saúde, forma de busca, sinais e sintomas da COVID-19 e conduta clínica. Analisou-se os dados pelo teste qui-quadrado. Pesquisa aprovada pelo comitê de ética (CAAE: 31524820.9.0000.0105). Resultados: Do total de avaliados 84,1% (n=301) eram adultos e 15,9% (n=58) idosos. Os idosos apresentaram mais doenças crônicas não transmissíveis em detrimento aos adultos; chegaram consideravelmente mais por transporte de emergência, de forma referenciada; apresentaram mais sintomas respiratórios, dentre eles a dispneia e necessitaram significativamente mais por atendi-mento médico (p<0,05). Em contrapartida, os adultos apresentaram mais sintomas como dor de garganta, congestão nasal, dificuldade de deglutição e coriza (p<0,05). Conclui-se que os idosos procuraram a assistência na existência de sintomas mais agravados, configurando uma busca mais assertiva. É preocupante o agravamento da COVID-19 em idosos com doenças crônicas, todavia, há necessidade de direcionamento e orientações ao público em geral quanto à procura consciente dos serviços de saúde.

Palavras-chave: Triagem; Serviço hospitalar de admissão de pacientes; Infecções por coro-navírus; Perfil de saúde; Idosos.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11930

Page 87: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

87V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11930

MASTIGAÇÃO BOA RELACIONADA A MANUTENÇÃO DO PESO EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA: COVID-19

Camila Dalbosco Gadenz*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Josemara de Paula Rocha*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Álvaro Luiz Fortes*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Renata Breda Martins*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Marlon Cássio Pereira Grigol*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

* Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Porto Alegre, Brasil

RESUMO

Introdução: A imobilidade pode levar à perda ponderal em nonagenários e centenários, por aumentar o nível de sarcopenia nos mesmos. A qualidade da mastigação pode ser um fator protetor da perda ponderal em momentos de maior imobilidade, como durante a pandemia da COVID-19. Objetivos: Observar fatores relacionados à boa mastigação em nonagenários e centenários durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Estudo transversal e observacional envolvendo nonagenários e centenários participantes do Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo, avaliados por smar-tphone entre abril e agosto/2020. A variável dependente foi boa autopercepção da mastigação e as variáveis independentes foram sexo, faixa etária (90-94, 95-99 e 100 anos ou mais), estado conju-gal, autopercepção de saúde e perda subjetiva de peso durante a pandemia da COVID-19. A fre-quência da boa mastigação foi comparada em cada nível das variáveis independentes. Resultados: Quarenta e nove participantes responderam sobre a qualidade da mastigação. A maior parte (63%) considerou a mastigação boa, frequência maior entre os homens (69% contra 61% nas mulheres), idade entre 95 e 99 anos (70%) e com autopercepção da saúde boa (67%). Por outro lado a frequ-ência de mastigação boa foi menor entre os centenários (50%), viúvos (57%) e os que perderam peso (58%). Conclusão: A mastigação boa foi um importante preditor de manutenção ponderal nos nonagenários e centenários durante a COVID-19. Concluímos que os cuidados com a saúde oral deve também ser uma prioridade durante a pandemia.

Palavras-chaves: Perda de peso; Mastigação; Idoso de 80 Anos ou mais.

Page 88: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

88V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11931

FATORES RELACIONADOS À AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE ORAL EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS NA COVID-19: ESTUDO AMPAL

Camila Dalbosco Gadenz*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Josemara de Paula Rocha*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Renata Breda Martins*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Álvaro Luiz Fortes*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Marlon Cássio Pereira Grigol*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

* Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) da PUCRS, Porto Alegre, Brasil

RESUMO

Introdução: A saúde bucal pode influenciar a saúde geral. Nonagenários e centenários fre-quentemente apresentam alterações bucais que necessitam acompanhamento odontológico. A quarentena pode restringir o acesso a esse acompanhamento e favorecer problemas locais e sistê-micos. Objetivo: Caracterizar autopercepção de saúde oral de nonagenários e centenários durante o isolamento social para a COVID-19. Métodos: Estudo observacional e transversal envolvendo nonagenários e centenários do Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo, avaliados por smar-tphone entre abril e agosto de 2020, usando como critérios de inclusão idade acima ou igual a 90 anos e residir em Porto Alegre. As variáveis investigadas foram autopercepção de saúde oral (APSO, variável dependente), geral (APSG) e da mastigação (APSM), gênero, faixa etária, estado conjugal, presença de lesões orais e atendimento odontológico nas duas últimas semanas. Foram realizadas frequências absolutas e relativas (proporção). Resultados: Quarenta e oito participan-tes conseguiram responder a APSO. A maior parte (33; 69%) considerou a APSO boa, essa pro-porção foi maior entre os homens (11; 85%), centenários (5; 83%), casados (22; 75%), com APSG boa (21; 85%), APSM boa (29; 93%) e com menor frequência de lesões na cavidade oral (2; 4%). A frequência de atendimento odontológico foi baixa, apenas um participante, que considerava sua APSO boa. Conclusão: A APS oral boa foi mais frequente nos homens, centenários, casados com APSG e APSM boas. Apesar de 15% dos longevos apresentarem autopercepção de saúde oral ruim somente um recebeu atendimento odontológico. Concluímos que nonagenários e centenários estão negligenciando os cuidados de saúde oral.

Palavras-chaves: Idoso de 80 Anos ou mais; Saúde Bucal; COVID-19.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11932

Page 89: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

89V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11932

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Yasmin de Fatima Aragão Mano; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

Ana Luíza Amorim de Lima; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

Myllena Alencar da Silva; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

Letícia Pacheco Silva; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

Raquel Voges Caldart; Universidade Federal de Roraima - UFRR; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento populacional é uma realidade no Brasil, neste contexto as instituições de longa permanência para idosos surgem como uma alternativa na oferta de cuidados contínuos para este público. Objetivo: Identificar o cuidado de enfermagem prestado aos idosos residentes nestas instituições. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada na base de dados Scientific Electronic Library Online, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciên-cias da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online e U.S. National Library of Medicine, entre os anos 2015 a 2020. A busca dos artigos foi realizada em agosto de 2020, utilizan-do os descritores “instituição de longa permanência para idosos” e “cuidados de enfermagem”. Re-sultados: Dentre os cuidados de enfermagem prestados aos idosos institucionalizados identificados nos 18 artigos selecionados para este estudo destacam-se, a estimulação cognitiva com a finalidade de promover o bem-estar e a saúde mental; realização de atividades em grupo para favorecer a so-cialização e proporcionar acolhimento e sensação de pertencimento; práticas de atividades físicas que contribuem para marcha e reduzem o risco de quedas; cuidados com a pele diminuindo o risco de ressecamento e lesões e; estimulação da ingesta hídrica para manutenção da saúde. Conclusão: Considerando o elevado percentual de idosos dependentes para atividades básicas de vida diária nas instituições de longa permanência, a equipe de enfermagem tem papel fundamental quando proporciona uma assistência integral e individualizada com vistas a melhorar a capacidade funcio-nal, promover autonomia e independência e, consequentemente melhorar a qualidade de vida do idoso sob seus cuidados.

Palavras-chave: Instituições de longa permanência; Cuidados de enfermagem; Saúde do idoso.

Page 90: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

90V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11934

FRUTO AMAZÔNICO TEM EFEITO PRÓ-CICATRICIAL EM MODELO DE FERIDA IN VITRO

Danieli Monteiro Pillar;Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Euler Esteves Ribeiro Filho; Universidade do Estado do Amazonas; [email protected];

Verônica Farina Azzolin; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Nathália Bonotto; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Ednea Aguiar Maia-Ribeiro; Fundação Universidade da Terceira Idade; [email protected];

Ivana Beatrice Mânica da Cruz; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Fernanda Barbisan; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento cutâneo, é um fenômeno fisiológico gradativo que envolve degradação do colágeno, estresse oxidativo e inflamação, esses aspectos somados ao fato de muitos idosos terem dificuldade de movimentação ou serem portadores de outras doenças como o diabetes, favorecem o aparecimento de lesões de pele de difícil cicatrização, as quais prejudicam qualidade de vida e são um problema de saúde pública. O Camu-camu (Myrciaria dúbia) é um fruto Amazô-nico, com alto teor de vitamina C e outras molécula bioativas que podem ter efeito pró-cicatricial. Objetivo: Avaliar os efeitos do Camu-camu na cicatrização em modelo in vitro de lesão de pele. Metodologia: Linhagem celular de fibroblastos (HFF-1) obtida comercialmente e cultivada em con-dições padrão, submetida a uma arranhadura (modelo de lesão in vitro) e após suplementada com extrato de Camu-camu, concentrações de 250μG/mL e 500 μG/mL, após 24 e 72 horas avaliou-se a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) via ensaio da 2,7 diclorofluoresceína diacetato e o efeito na cicatrização através da comparação das imagens microscópicas via Digimizer Image Analysis Software para avaliação da arranhadura. Resultados: Ambas as concentrações do extrato de Camu-camu, em 24 e 72 horas, atuaram na diminuição da produção de EROs, o Camu-camu induziu aumento na taxa de migração dos fibroblastos para o local da arranhadura, juntamente com a ampliação da proliferação celular, ou seja, favoreceu a cicatrização. Conclusão: O efeito pró-cicatrização do Camu-Camu foi demonstrado sendo este o primeiro estudo do tipo, entretanto mais estudos precisam ser realizados para confirmação desta hipótese.

Palavras-Chave: Antioxidante; Camu-Camu; Cicatrização.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11935

Page 91: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

91V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11935

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO DO COGNITIVE RESERVE INDEX QUESTIONNAIRE (CRIQ)

Adriane Ribeiro Teixeira; Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal de São Paulo; [email protected]

Nicole Domingos dos Santos; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Mariana Dann Gamarra; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Liliane Desgualdo Pereira; Universidade Federal de São Paulo; [email protected]

RESUMO

Introdução: A Reserva Cognitiva (RC) é a capacidade cerebral construída ao longo da vida e que pode minimizar os danos clínicos advindos de um processo degenerativo, tais como as demên-cias. Apresenta relação com a neuroplasticidade cerebral e pode ser avaliada por meio de questio-nários. Um destes é o Cognitive Reserve Index questionnaire (CRIq). Objetivo: relatar o processo de tradução e adaptação cultural do CRIq. Métodos: o questionário, originalmente em italiano, foi traduzido para o português por dois tradutores independentes. A partir destas duas traduções foi elaborada uma versão em português. Esta versão foi retrotraduzida para o italiano, por outros dois tradutores e comparada ao instrumento original. A versão em português foi aplicada a 30 indivídu-os, sendo solicitado que apontassem sugestões. Na sequência, o CRIq em português foi apreciado por especialistas, para que apontassem modificações. Resultados: Foram mantidos o mesmo núme-ro de questões do original, para a avaliação de atividades relativas a escolaridade, trabalho e tempo livre. Os indivíduos que responderam ao instrumento inicial eram de ambos os sexos, tinham de 19 a 73 anos (média 39,13±12,97 anos) com níveis sócio-econômicos e de escolaridade variados. Eles não sugeriam modificações. Houve correlação entre a RC e a escolaridade (p=0,00). Os espe-cialistas sugeriram termos para serem usados na seção tempo livre, devido às diferenças nas ativi-dades de lazer na Itália e no Brasil. Conclusão: Foi concluída a tradução e adaptação semântica e de conteúdo do CRIq, sendo que o estudo inicial confirmou a rápida e prática aplicação do mesmo.

Palavras-chave: Idoso; Cognição; Reserva Cognitiva.

Fomento: FAPERGS (Bolsa de Iniciação Científica de Nicole Domingos dos Santos) e PROREXT/UFRGS (Bolsa de Extensão Mariana Dann Gamarra).

Agradecimentos: Os autores agradecem à FAPERGS e à PRPREXT/UFRGS pelas bolsas de iniciação científica e extensão universitária concedidas às acadêmicas de graduação.

Page 92: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

92V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11938

INFUSÃO DE ERVA-MATE TEM EFEITOS NA PREVENÇÃO DA DOENÇA DE PARKINSON EM MODELO IN VITRO

Danieli Monteiro Pillar; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Bruna Chitolina; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Ivana Beatrice Mânica da Cruz; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Marta Maria Medeiros Frescura Duarte; Universidade Luterana do Brasil; [email protected] ;

Tábada Samantha Marques Rosa; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Verônica Farina Azzolin; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Aron Ferreira da Silveira; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Euler Esteves Ribeiro; Fundação Universidade Aberta do Estado do Amazonas- Manaus-AM; [email protected];

Ednea Aguiar Maia-Ribeiro; Fundação Universidade Aberta do Estado do Amazonas- Manaus-AM; [email protected];

Raquel Souza-Praia; Fundação Universidade Aberta do Estado do Amazonas- Manaus-AM; [email protected];

Fernanda Barbisan; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

RESUMO

Introdução: Doença de Parkinson (DP) é resultado da associação entre fatores genéticos e ambientais e da combinação desses fatores com o envelhecimento, ocasionando disfunções mitocôndrias e de membra-na celular culminando com o estresse oxidativo e inflamação crônica. Compostos bioativos com capacidade antioxidante e anti-inflamatória podem reduzir o estresse oxidativo. A erva-mate (Ilex paraguariensis), altamente consumida principalmente sob a forma de chás e chimarrão, é rica em compostos fotoquímicos com capacidade antioxidante. Objetivo: Investigar o papel da erva-mate em modelo in vitro de Doença de Parkinson. Métodos: A linhagem celular SHSY-5Y foi cultivada em condições padronizadas. Inicialmente as células foram expostas a uma infusão de erva-mate (10 mg/mL) por 24 horas, adicionou-se a rotenona (indutor de DP in vitro), as células permaneceram em cultivo por 72 horas. Então, foram realizadas análises relacionadas ao metabolismo oxidativo e inflamatório. Resultados: Células expostas somente a rotenona apresentaram forte elevação nos marcadores oxidativos e citocinas inflamatórias, além de queda nos níveis da IL-10 (anti-inflamatória) em relação ao grupo controle. Quando houve tratamento com erva-mate an-tes da exposição a rotenona houve uma diminuição significativa nos marcadores oxidativos, com destaque para 8-OHdG (dano ao DNA). Os marcadores inflamatórios aqui analisados tiveram significativa queda e concomitantemente a erva-mate foi capaz de elevar os níveis da IL-10. Conclusão: Demonstrou-se efeito preventivo da infusão de erva-mate à DP, mais estudos em modelos animais, precisam ser realizados para comprovação dessa hipótese e possível utilização da erva-mate para o desenvolvimento de medicamentos.

Palavras-Chave: Chimarrão; Ilex paraguariensis; Envelhecimento.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11940

Page 93: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

93V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11940

ALTERAÇÕES DE PESO EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Liziane da Rosa Camargo*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Cintia Cristina Sulzbach*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Renata Breda Martins*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

* Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) da PUCRS, Porto Alegre, Brasil

RESUMO

Introdução: É importante monitorar o peso de nonagenários e centenários, principalmente em situações como a COVID-19, pois mudanças ponderais podem refletir no declínio da saúde. Objetivo: Observar alteração de peso em nonagenários e centenários durante a pandemia da CO-VID-19. Métodos: Estudo observacional e transversal realizado com nonagenários e centenários participantes do Projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo. A coleta foi realizada por ligações telefônicas ou videoconferência entre março a agosto de 2020. Variáveis avaliadas: características sociodemográficas, Índice de Massa Corporal (IMC) classificado em baixo-peso (<23kg/m²), peso adequado (23-28kg/m²), excesso de peso (>28-30kg/m²) e obesidade >30kg/m². Os participantes foram também questionados sobre alterações de peso nas últimas 2 semanas, compra e preparo dos alimentos (participante, familiar ou não-familiar). Resultados: 59 participantes, 78% mulhe-res, 96±3,8 anos, 81,4% moravam acompanhados. Peso médio: 58±9,5kg, 53% peso adequado, 32% baixo-peso, 9% obesidade, 6% excesso de peso. 59% mantiveram o peso estável, 24% perderam peso, 17% ganharam peso. As compras foram realizadas em 83% pelo familiar, 15% não-familiar e 2% participantes. O preparo do alimento foi feito em 51% pelo, 36% por não-familiar e 14% parti-cipantes. Conclusão: A maioria dos entrevistados estavam com peso adequado e estável, recebendo suporte familiar para a compra e preparo da alimentação. Entretanto, um número importante estava com baixo-peso e perdeu peso corporal durante a pandemia. Como nonagenários e centená-rios é um grupo etário com maior fragilidade e vulnerabilidade é importante monitorar o peso os fatores que podem estar associado com alterações corporais dos mesmos.

Palavras-chaves: Idoso de 80 anos ou mais; Índice de massa corporal; Infecções por corona-virus.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

Page 94: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

94V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11942

DETERMINANTES DA PREPARAÇÃO INDEPENDENTE DOS ALIMENTOS POR NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A COVID-19: ESTUDO AMPAL

Liziane da Rosa Camargo*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Josemara de Paula Rocha; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós*; Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; [email protected]

RESUMO

Introdução: Preparação independente do alimento é parâmetro importante na avaliação funcional de nonagenários e centenários. O isolamento e a depressão podem desestimular o pre-paro durante a pandemia da COVID-19. Objetivo: Investigar a manutenção da preparação dos alimentos em nonagenários e centenários durante a COVID-19. Métodos: Estudo transversal e descritivo com nonagenários e centenários da coorte Atenção Multiprofissional ao Longevo (AM-PAL), entrevistados entre abril e agosto/2020 por smartphone. Questionou-se quem preparou os alimentos, características sociodemográficas, sintomas depressivos (escala de depressão geriátri-ca), perda ponderal e desempenho cognitivo (memória imediata, temporal, espacial e evocação). Resultados: Participaram 58 nonagenários e centenários. O preparo das refeições foi realizado por familiares em 51,7%, não-familiares em 34,5% e participantes em 13,8%. Somente em 15% dos participantes houve modificação desse hábito durante a pandemia. Dos participantes que prepa-ravam as refeições (8), 25% tinham sintomas depressivos, 87,5% eram mulheres, 50% morava so-zinho, 62,5% viúvos, 62,5% idade entre 90-94 anos, 37,5% perdeu peso, 37,5% manteve e 25% au-mentou; e 7 responderam sobre a cognição: 100% acertou todas as questões da memória imediata e espaciais, 85,7%, todas as temporais, e 57,1% todas da evocação. Conclusão: Poucos nonagenários e centenários prepararam a refeição durante a pandemia, essa função foi realizada principalmente por familiares e não-familiares. Dos participantes que preparam a sua comida, metade morava sozinha, tinham entre 90-94 anos, maioria mulheres e viúvas, com número expressivo de perda de peso, apesar de parte manter ou ganhar peso. Uma parcela desses idosos têm sintomas depressi-vos, entretanto, maioria apresentou a memória preservada.

Palavras-chaves: Idoso de 80 Anos ou mais; Cooking; Infecções por Coronavirus.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11943

Page 95: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

95V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11943

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E MOTIVACÃO PARA SERVIDORES EM ABONO PERMANÊNCIA PERSISTIREM NA ATIVA

Carlos Augusto Cunha Filho; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de Santa Maria-RS; E-mail: [email protected];

Miriam Cabrera Corvelo Delboni; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de Santa Maria; E-mail: [email protected];

Patrícia Chagas; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de Santa Maria; E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: O abono permanência constitui importante fator de desoneração da previdência pública, pois contribui para a manutenção de servidores na ativa, principalmente daqueles que se encontram na plenitude da carreira, com conhecimento e experiência acumuladas. Entretanto pouco se sabe por que estes servidores permanecem na ativa, mesmo estando aptos à aposentado-ria. Objetivo: Identificar a qualidade de vida no trabalho e as motivações dos servidores em abono permanência para persistirem na atividade. Métodos: Estudo transversal, com 135 servidores em abono permanência de uma instituição federal de ensino (IFE). Os dados foram coletados através de questionário estruturado, contendo informações sociodemográficas e questões sobre a quali-dade de vida no trabalho e motivações para permanência na IFE. Resultados: A idade média da amostra foi de 59±4,42anos, com predominância do sexo feminino (58,5%), casados (62,2%) e com dois filhos (36,3%). A predominância foi de doutores (31,1%) e a jornada de trabalho de 40 horas semanais (48,1%). Para as condições de qualidade de vida no trabalho, as manifestações foram de satisfação (58,5%), exceto em relação aos benefícios, com o que se mostraram insatisfeitos (41,4%). As principais motivações para a permanência em atividade foram o gosto pelo trabalho e pela atividade desenvolvida (38,5%), seguido da possibilidade de ganhos financeiros (28,1%) e do sentimento de pertencimento à instituição (9,6%). Conclusão:Os servidores em abono permanên-cia da amostra mostraram-se satisfeitos com sua qualidade de vida no trabalho, com exceção dos benefícios recebidos. E a sua principal motivação para a postergação da aposentadoria é o gosto pelo trabalho da atividade desenvolvida.

Palavras-chave: Abono permanência; Aposentadoria; Envelhecimento

Agradecimento: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES)

Page 96: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

96V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11945

REFLEXO DA CULTURA SOBRE O LOCAL DE ÓBITO DE IDOSOS NO BRASIL: ESTUDO DESCRITIVO, DE 2005 A 2018

Bruna Fernandes; Universidade Federal do Paraná - Campus Toledo; [email protected]

Dagna Karen de Oliveira; Universidade Federal do Paraná - Campus Toledo; [email protected]

Dyayne Carla Banovski; Universidade Federal do Paraná - Campus Toledo; [email protected]

Sadana Hillary Dal’Negro; Universidade Federal do Paraná - Campus Toledo; [email protected]

Kenny Regina Lehmann; Universidade Federal do Paraná - Campus Toledo; [email protected]

RESUMO

Introdução: O cuidado paliativo (CP) iniciou-se no Brasil na década de 80 e passou a ser ofer-tado nas Redes de Atenção à Saúde em 2016. O CP considera o processo de morrer como inerente à vida e empodera o paciente frente à escolha do local dos últimos cuidados. Objetivo: Analisar os óbitos domiciliares de idosos no Brasil e os principais capítulos da Classificação Internacional de Doenças notificados. Metodologia: Estudo descritivo, transversal e retrospectivo dos óbitos de idosos de 2005 a 2018 registrados pelo Ministério da Saúde (MS). Resultados: De 2005 (28,5%) a 2018 (21,59%) ocorreu uma redução dos óbitos residenciais. As principais causas de óbito englo-bam as doenças do aparelho circulatório, respiratório e neoplásicas, tanto em domicílio quanto em outros locais. Conclusão: Embora haja uma redução dos óbitos residenciais, pesquisas mostram uma preferência por morrer em casa quando há CP. Entretanto, nosso sistema de saúde não está organizado de forma a permitir suporte individualizado e universal, mesmo que as principais cau-sas de óbitos decorram de doenças elegíveis a essa assistência. Além disso, a queda dos registros de óbitos domiciliares também é reflexo da cultura nacional, na qual a assistência médica tem caráter curativo. Visando ampliar o número de leitos domiciliares, o MS investiu em políticas públicas, como a Portaria nº 2.529/2006, instituindo a Internação Domiciliar, porém essa medida isolada não foi suficiente, sendo necessário também desmistificar o CP como abandono de assistência e reafirmá-lo como cuidado essencial não só no evento de morte como em todo o processo de morrer.

Palavras-chave: Atenção à Saúde; Cuidados paliativos; Registros de mortalidades

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11947

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NEOPLASIAS ASSOCIADAS AO PÊNFIGO PARANEOPLÁSICO NO IDOSO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Bruna Tífani Bitzcof, Faculdade Meridional (IMED), [email protected]

Julia Quadri Bortoli, Faculdade Meridional (IMED), [email protected]

Matheus Panosso Zanco, Faculdade Meridional (IMED), [email protected]

Vinícius Pasqual Montoya, Faculdade Meridional (IMED), [email protected]

Alexandra Brugnera Nunes de Mattos, Médica Dermatologista Orientadora, [email protected]

RESUMO

Introdução: O pênfigo paraneoplásico (PNP) é uma doença autoimune com apresentação cutânea bolhosa, associada ao desenvolvimento de tumores em órgãos internos. Por isso, a identi-ficação precoce pode auxiliar no tratamento e sobrevida desses pacientes.Objetivo: Compreender o PNP como indicador tumoral e suas principais neoplasias associadas já relatadas em indivíduos com mais de 65 anos.Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática utilizando as bases de dados PubMed, Scielo, Lilacs, BVS e Cochrane Library. Termos de pesquisa “paraneoplastic syndrome” AND “elderly” AND “pemphigus”. Critérios de inclusão: artigos que abordam o PNP em indivídu-os idosos, limitados entre 2013 a 2020. Critérios de exclusão: linguagem sem ser português, inglês ou espanhol; ser revisão sistemática; ou repetição.Resultados: Foram selecionados 30 artigos. A média de idade dos indivíduos acometidos com PNP é de aproximada de 73 anos. A neoplasia asso-ciada mais encontrada foi o linfoma folicular em 5 artigos. As lesões do pênfigo surgiram antes da neoplasia em 6 casos relatados. A completa remissão do pênfigo foi observada em 13 relatos, sendo sete desses advindos do tratamento da neoplasia associada após uma média de 3 meses.Conclusão: A remissão das lesões do PNP, bem como seu agravamento, está intimamente ligada à evolução do quadro tumoral. A fim de obter uma terapêutica direcionada a melhora das lesões e do bem-estar do indivíduo idoso, é importante estar atento ao diagnóstico precoce.

Palavras-chave: Síndrome paraneoplásica; Pênfigo Paraneoplásico; Idoso.

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98V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11951

EFEITOS DA FISIOTERAPIA ASSOCIADA À MÚSICA NO EQUILÍBRIO E NA FORÇA MUSCULAR DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Dinara Hansen Costa, Universidade de Cruz Alta. E-mail: [email protected]

Eduarda Bartz, Universidade de Cruz Alta. E-mail: [email protected]

Natália Almeida Pôncio, Universidade de Cruz Alta. E-mail: [email protected]

Solange Beatriz Billig Garces, Universidade de Cruz Alta. E-mail: [email protected]

Carolina Boettge Rosa, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). E-mail: [email protected]

Cristina Thum - Universidade de Cruz Alta. E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento predispõe os indivíduos a maior vulnerabilidade e a fragi-lidade. Muitas vezes a família não está preparada para oferecer os cuidados necessários aos ido-sos que demandam maior atenção. Surge assim a Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) como um dos recursos de auxílio no cuidado e a fisioterapia nestes espaços é um forte aliado para manutenção das condições físicas dos idosos, podendo associar a música durante as sessões realizadas. Objetivo: verificar os efeitos da fisioterapia associada à música na força muscular de membros inferiores e no equilíbrio de idosos institucionalizados. Métodos: estudo experimental com amostra composta por 5 idosos, residentes de uma ILPI do noroeste do Rio Grande do Sul, submetidos a 12 sessões de fisioterapia. A amostra foi dividida em dois grupos: grupo 1 (G1) fi-sioterapia associada à música (n=3), e grupo 2 (G2) somente fisioterapia (n=2). A avaliação pré e pós intervenção foi realizada através dos testes Time Up And Go (TUG), Sentar e Levantar de 30 segundos (TSL 30) e Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) com dados analisados descritivamen-te. Resultados: idosos de ambos os grupos obtiveram melhora no resultado do TSL 30 e da EEB após as intervenções. Somente um idoso (G1) manteve o resultado do TUG e os demais obtiveram piores resultados na reavaliação. Conclusão: tanto a fisioterapia convencional quanto a associada à música foram efetivas na melhorada força muscular dos membros inferiores e no equilíbrio dos idosos institucionalizados, destacando a importância do acompanhamento desta população pelos profissionais da fisioterapia.

Palavras-chave: Envelhecimento; Reabilitação; Institucionalização.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11953

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99V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11953

PROPOSTA DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DEMÊNCIA EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Ananda Spanhol Costa; Universidade Federal de Roraima; [email protected]

Raquel Voges Caldart; Universidade Federal de Roraima; [email protected]

RESUMO

Introdução: Idosos com demência apresentam maior risco de institucionalização devido de-pendência física e mental e à necessidade de cuidados especializados. As instituições de longa permanência para idosos, constituem uma modalidade de moradia, que apesar de suas vantagens, produz isolamento, inatividade física e mental e diminui a qualidade de vida. Objetivo: Elaborar uma proposta de assistência de enfermagem sistematizada para idosos em processo demencial residentes em uma instituição de longa permanência de Roraima. Metodologia: Os dados foram coletados com um instrumento fundamentado na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta e instrumentos de avaliação multidimensional do idoso. Os diagnósticos foram elaborados de acordo com a taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Associa-tion (2018-2020) e o plano de cuidados, bem como, os resultados esperados foram desenvolvidos com base no Nursing Interventions Classification (2016) e Nursing Outcome Classification (2016), respectivamente. Resultados: Entre os participantes (n=23), observou-se um elevado percentual (86,9%) de idosos com déficit cognitivo e todos apresentam graus 1 ou 2 de dependência. Foram elaborados 37 diagnósticos de enfermagem e para elaboração do plano de cuidados, seguiu-se as etapas do processo de enfermagem, agrupando os diagnósticos em seis categorias: cognição e me-mória; dependência funcional; interações sociais; humor; sono e conforto e; idade, uso de medi-camentos e outros problemas de saúde. Conclusão: Este estudo contribui para a divulgação da sistematização da assistência de enfermagem em uma instituição de longa permanência onde se deve proporcionar a manutenção da capacidade funcional, autonomia, independência e qualidade de vida do idoso.

Palavras-chave: Idosos; Sistematização da assistência de enfermagem; Demência; Enferma-gem; Instituição de Longa Permanência para Idosos.

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100V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11955

PERFIL DE IDOSAS PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO ONLINE DURANTE A PANDEMIA

Priscilla Cardoso da Silva¹; PPGCMH/UFRGS; [email protected];

Débora Pastoriza Sant’ Helena¹; PPGCMH/UFRGS; [email protected];

Luciane Job Junqueira dos Santos²; UFRGS; [email protected];

Ruane Cardoso Nolasco²; UFRGS; [email protected];

Andréa Gonçalves Kruger; PPGCMH/UFRGS; [email protected]

RESUMO

Introdução: A Universidade Aberta para Pessoas Idosas (UNAPI/UFRGS) criou a UNAPI ATIVA, um programa de aconselhamento semanal de exercícios físicos, com aulas de 60 minutos, por meio de plataforma online (MConf) e aplicativo de mensagens instantânea(Whatsapp) para reforçar aprendizagem e a interação dos alunos idosos com a equipe. O programa visa através das aulas a promoção de saúde, bem estar, independência, qualidade de vida, evitando o compor-tamento sedentário dos idosos ocasionado pela pandemia do COVID-19. Objetivo: Identificar o perfil dos participantes de um programa de exercícios físicos online durante a pandemia. Método: Estudo cross-sectional, através de questionário sociodemográfico e de saúde com análise descri-tiva (SPSS21.0) (Comitê Ética UFRGS:071479/2020). Resultados: Todas são mulheres (n=17), 58,8%(n=10) tinham entre 60 a 69 anos e 41,1%(n=7) 70 a 81 anos. Destas, 47,1%(n=8) são casadas, 29,4%(n=5) divorciadas, 52,9%(n=9) moram sozinhas ou com filhos, 47,1%(n=8) com cônjuge. Os problemas de saúde mais relatados foram: artrose(47,1%), artrite(17,6%), osteoporo-se(17,6%); 41% sentem dor no joelho, 23,5% na mão/punho, 23,5% não sentem dor; e 88,2%(n=15) não caíram nos últimos 6 meses. Em relação a medicação, 82,4%(n=14) ingerem medicamentos e 17,6% (n=3) não usam. Na prática de exercício físico antes da pandemia, 13 idosas (76,5%) rela-taram praticar (47,2% caminhada e 29,5% musculação) e 4 não praticavam (23,5%). Os principais objetivos das alunas com as aulas online foram a melhora do estado físico e mental. Conclusão: Identificamos que as mulheres possuem maior preocupação em se manterem ativas e o programa foi relevante para comunidade idosa neste momento de pandemia.

Palavras-chave: Exercício Físico; COVID-19; Idoso.

Agradecimento: O apoio a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- Brasil (CAPES)¹ - Códi-go de Financiamento 001, e ao Programa de Bolsa de Extensão Universitária (PROREXT/UFRGS)².

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11958

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101V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11958

COMPORTAMENTO DA HABILIDADE FUNCIONAL EM LONGEVOS 4 ANOS ANTES E DURANTE A COVID-19: ESTUDO AMPAL

Josemara de Paula Rocha; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); [email protected]

Marlon Cássio Pereira Grigol; PUCRS; [email protected]

Álvaro Luiz Fortes; PUCRS; [email protected]

Ana Paula Tiecker; PUCRS; [email protected]

Renata Breda Martins; PUCRS; [email protected]

Viviane Maura Rubert; PUCRS; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; PUCRS; [email protected]

- Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) da PUCRS, Porto Alegre, Brasil

- Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil

RESUMO

Introdução: A habilidade funcional (HF) é a interação entre a capacidade intrínseca e o am-biente. Pouco se sabe sobre o declínio da HF em nonagenários e centenários e o seu efeito durante a COVID-19. Objetivo: Investigar mudança na HF decorrentes do isolamento social. Métodos: Estudo longitudinal e observacional. Nonagenários e centenários do estudo Atenção Multiprofissional ao Longevo foram avaliados em 4 momentos: visita domiciliar em 2016, 2017 e 2018 e não-presencial entre abril e agosto de 2020. Avaliando a HF: facilidade de realizar 5 atividades cotidianas em quatro níveis: 3=fácil, 2=±fácil, 1=difícil e 0=não consegue, totalizando entre 15 e zero pontos. Em 2020, a HF foi questionada quanto a condição na entrevista e antes de 15/03/2020. As médias das HF fo-ram comparadas entre as avaliações. Resultados: Dos 31 participantes 74% eram mulheres e média etária de 93±3,4 anos. As médias do escore em 2016 foi 12,8±2,3, 2017, 11,7±4,6, 2018, 11,6±4,1, e 10,4±3,9 antes de 15/03, e 10,8±2,9 pontos no momento atual. Observaram-se diferentes compor-tamentos funcionais: a maioria dos longevos se manteve estável (menor declínio) durante os anos de acompanhamento. Participantes com menor pontuação apresentaram maior declínio em relação aos com maior HF inicial. Conclusão: Observamos pouca alteração no comportamento da HF nos 5 primeiros meses de quarentena. A perda da HF ao longo dos anos, permitiu observar diferentes padrões de comportamento relacionados ao estilo de vida e controle clínico das multimorbidades.

Palavras-chave: Idoso de 80 Anos ou mais; Saúde Pública; Atividades Cotidianas; COVID-19; Pandemias.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nivel Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.

Page 102: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

102V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11961

EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL (COVID-19) SOBRE A MOBILIDADE DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS: ESTUDO AMPAL

Josemara de Paula Rocha; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); [email protected]

Marlon Cássio Pereira Grigol; PUCRS; [email protected]

Álvaro Luiz Fortes; PUCRS; [email protected]

Ana Paula Tiecker; PUCRS; [email protected]

Renata Breda Martins; PUCRS; [email protected]

Viviane Maura Rubert; PUCRS; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; PUCRS; [email protected]

- Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) da PUCRS, Porto Alegre, Brasil - Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil

RESUMO

Introdução: A diminuição da mobilidade pode estar relacionada ao risco de quedas e ao isola-mento social da COVID-19 principalmente em nonagenários e centenários. Objetivo: Investigar se o isolamento social da COVID19 alterou a mobilidade e força de membros inferiores em nonagenários e centenários. Métodos: Estudo longitudinal e observacional envolvendo nonagenários e centenários participantes do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), avaliados quanto a mobi-lidade (facilidade de levantar-se de uma cadeira com e sem as mãos) e força de membros inferiores (teste de levantar e sentar -TLS). O teste foi considerado satisfatório se 5 repetições foram realizadas em 15 segundos. Foram calculadas e comparadas médias e frequências. Resultados: Participaram 31 nonagenários e centenários (74% mulheres, 93±3,4 anos) que realizaram as avaliações em uma das entrevistas de 2016 a 2018 e entre abril e agosto de 2020. A mobilidade piorou em 7% dos partici-pantes para levantar-se da cadeira com as mãos e nenhuma para realizar o movimento sem o auxílio das mãos. No TLS, 21% (n=6) tiveram desempenho satisfatório antes da pandemia, e durante o isolamento, 22% (n=5). Conclusão: A maioria apresentou desempenho insatisfatório na mobilidade e no TLS tanto antes quanto durante o período pandêmico. O que indica que os longevos mantêm o risco aumentado para quedas, fraqueza de membros inferiores, diminuição da mobilidade e que podem estar em processo de decréscimo funcional. No entanto, o período de quarentena imposto (5 meses até o momento) ainda é curto para observar seus efeitos sobre o desempenho.

Palavras-chave: Idoso de 80 Anos ou mais; Saúde Pública; Atividades Cotidianas; COVID-19; Pandemias.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nivel Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11964

Page 103: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

103V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11964

RISCO DE LESÃO POR PRESSÃO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS INTERNADOS

Luciana Julek; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Clóris Regina Blanski Grden; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Daniele Bordin; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Taís Ivastcheschen; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Luciane Patrícia Andreani Cabral; Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais; [email protected]

RESUMO

Introdução: O processo de envelhecimento suscita modificações fisiológicas, com destaque para as alterações do sistema tegumentar, as quais podem favorecer a ocorrência de lesões de pele no idoso. Objetivo: avaliar o risco de lesão por pressão e fatores associados em idosos inter-nados. Métodos: Pesquisa transversal, desenvolvida com 202 idosos internados nas clínicas de um hospital de ensino, selecionados por conveniência. Aplicou-se Mini Exame do Estado Men-tal, questionário sociodemográfico e clínico e realizada avaliação do risco de desenvolvimento de lesão por pressão, pela escala de Braden. Utilizou-se software IBM SPSS Statistics 20. Houve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas com seres humanos (parecer nº 2.012.327 e CAAE nº 66782217.9.0000.5689). Resultados: Predomínio de idosos classificados sem risco para o desen-volvimento de lesão por pressão (40,6%), contudo mais da metade apresentou algum risco (59,4 %). A maioria era do sexo masculino (52%), idade entre 60 e 70 anos (64,9%), cor branca (77,1%), casados (53%), com baixa escolaridade (63,4%). Verificou-se que os fatores associados ao risco de lesão por pressão foram faixa etária (p=0,001), multimorbidades (p=0,024), tempo de internação (p=0,000), uso de dispositivos médicos (p=0,000), dieta (p=0,000) e mobilidade (p=0,000). Con-clusão: o estudo permitiu identificar importantes fatores associados ao risco de lesão por pressão. As ferramentas de avaliação de risco por vezes são limitadas o que afirma a necessidade de treina-mento da equipe de enfermagem para seu uso, e mais do que isso, um raciocínio clínico e crítico, com olhar individualizado ao paciente idoso.

Palavras-chave: Enfermagem Geriátrica; Ferimentos e Lesões; Hospitalização.

Page 104: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

104V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11965

RELAÇÃO DE HIPERTENSÃO, DIABETES E OBESIDADE EM IDOSAS DO UCS SÊNIOR COM NUTRIENTES E ANTROPOMETRIA

Valéria Cristina Artico; Universidade de Caxias do Sul (UCS); [email protected]

Ricardo Reichenbach; Universidade de Caxias do Sul (UCS); [email protected]

Josiane Siviero; Universidade de Caxias do Sul (UCS); [email protected]

RESUMO

Introdução: A prevalência de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e obesidade em idosas é significativa no Brasil. Uma mudança de estilo de vida, com adequa-ção dietética e controle do peso corporal, podem ser importantes aliados no manejo dessas doenças. Objetivo: Avaliar a prevalência de DM2, HAS e obesidade em idosas do programa de extensão UCS Sênior e a relação com nutrientes e antropometria. Metodologia: Estudo transversal retrospecti-vo e descritivo com 130 idosas (>60 anos) do Programa UCS Sênior. As variáveis foram obtidas através de entrevistas e avaliação antropométrica. Os dados foram analisados de acordo com o preconizado pelas Diretrizes Brasileiras referentes às patologias já mencionadas. Utilizou-se o Excel 14.0 para análise estatística. Resultados: As idosas hipertensas da amostra consomem 5% menos sódio que as não hipertensas. Referente aos macronutrientes, 54% consomem o percentual de gordura preconizado, 60% o de carboidrato e 40% o recomendado para proteínas. Entre as dia-béticas, há deficiência especialmente no consumo de proteínas. Quanto às obesas e o consumo de macronutrientes, a maioria apresenta um déficit na quantidade. Conclusão: As idosas hipertensas frequentadoras do Programa UCS Sênior demonstram-se orientadas em relação ao consumo de sódio abaixo dos 2 gramas/dia. No entanto, em todas as condições patológicas, observa-se uma má aderência quanto ao consumo adequado de macronutrientes. Com tais dados, é possível, direcio-nar uma atividade de orientação no programa UCS Sênior pautada sobre os principais déficits nutricionais, sendo pontual na correção de determinadas práticas alimentares.

Palavras-chave: Idoso; Nutrientes; Doença Crônica.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12020

Page 105: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12020

A PERCEPÇÃO DE UM IDOSO SOBRE QUALIDADE DE VIDA E A MORTE

Débora Muck Spindler; FACCAT-Faculdades Integradas de Taqura; [email protected]

Cristiane Moro dos Santos; FACCAT-Faculdades Integradas de Taquara; [email protected]

RESUMO

Pensar no crescente envelhecimento da população, contribuindo em aspectos a conhecer e melhorar a qualidade de vida e a respectiva percepção da morte destes idosos, pode ser uma es-tratégia para qualificar os anos a mais que temos de vida. O objetivo deste trabalho foi verificar qual a percepção de um idoso residente na cidade de Taquara/RS, que já adentrou a chamada fase da velhice, sobre a qualidade de vida nesta faixa etária e em questões respectivas à morte, visan-do também verificar quais os principais fatores biopsicossociais que se fazem importantes neste processo. O método de pesquisa utilizado foi o qualitativo, na modalidade de caso único instru-mental. A coleta de dados foi realizada mediante assinatura do TCLE (Termo de Consentimento Livre Esclarecido), posterior a isto foi aplicado o MEEM (Mini Exame do Estado Mental), para fins de rastreio cognitivo, e após averiguação de comprometimento cognitivo, foram aplicados as escalas Whoqol Old, GDS, e realizada uma entrevista semiestruturada. Os resultados do estudo mostraram que a participante possui qualidade de vida, evidenciada pelos resultados da Escala de Qualidade de Vida Whoqol-Old, e revelou que o principal aspecto biopsicossocial a refletir em sua qualidade de vida são os fatores sociais. A vivência da religiosidade e espiritualidade também aparece como forte aspecto refletindo na qualidade de vida e na respectiva percepção da morte que a participante apresenta, bem como contribuindo na sua visão de envelhecimento, e modo como vive a vida.

Palavras-chave: Idosos; Qualidade de vida; Envelhecimento.

Page 106: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

106V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12021

ENVELHECER COM SENTIDO: REFLEXÃO À LUZ DA FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL

Márcia Marrocos Aristides Barbiero; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Conceição da Silva Brito; Universidade Federal do Paraná; [email protected]

Patrícia Rosa Gonçalves Leta; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Fatima Denise Padilha Baran; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Reuber Lima de Souza; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Aline de Sousa Falcão; Universidade Federal do Paraná; alinesousafalcã[email protected];

Susanne Elero Betiolli; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Maria Helena Lenardt; Universidade Federal do Paraná; [email protected]

RESUMO

Introdução: envelhecer é uma experiência singular e compreender a velhice faz parte dos mecanismos de enfrentamento e adaptação do processo de envelhecimento. É um período em que o indivíduo, em sua particularidade, não cessa a capacidade fundamental do ser humano de cons-truir um sentido e atribuir significado às suas vivências. Objetivo: desenvolver uma reflexão acerca do sentido da vida no processo de envelhecimento e na velhice. Método: trata-se de um estudo de reflexão sobre o(a) envelhecimento/velhice fundamentado na fenomenologia existencial de Viktor Emil Frankl (1905-1997). Resultados: Os subsídios teóricos da fenomenologia existencial trazem melhor compreensão sobre o curso do envelhecimento e da velhice, da busca de identidade e auten-ticidade humanas frente à existência. A teoria da busca por um sentido proporciona ao indivíduo o enfretamento eficaz dos desafios no decorrer e nessa fase da vida. O sentido da vida é força mo-tivadora do ser humano, faz parte dos questionamentos existenciais, se modifica de acordo com a pessoa, suas experiências e momento vivenciado. A área gerontológica considerada também como uma prática social no cuidado à pessoa idosa deve fomentar, durante o envelhecimento e na velhi-ce, as condições para o compartilhamento de experiências dos idosos. O compartilhar estimula a relação do “ser-no-mundo” e revela significações para melhor compreensão do cotidiano e da saúde dos idosos. Conclusão: A reflexão fenomenológica existencial viabiliza a promoção da integralidade do cuidado, auxilia no enfrentamento de situações adversas no envelhecimento e na velhice, po-tencializa os resultados positivos de saúde e a percepção do bem-estar dos idosos.

Palavras-chave: Envelhecimento; Idoso; Sentido da vida; Gerontologia.

Agradecimentos: À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa no Progra-ma de Pós-Graduação em Enfermagem.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12022

Page 107: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

107V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12022

CURSO DE INCLUSÃO DIGITAL PARA IDOSOS EM TEMPOS DE COVID-19

Jocênio Marquios Epaminondas; Instituto Federal de Brasília; [email protected]

Karla Helena Coelho Vilaça e Silva; Universidade Católica de Brasília; [email protected]

RESUMO

Introdução: Com o aumento alarmante de casos da COVID-19 no Brasil foi necessária a adaptação da oferta do curso de Inclusão Digital para Idosos (IDI) no Instituto Federal de Brasília – IFB de modo on line. No entanto, sabe-se que são muitos os desafios deste público em relação ao ambiente virtual. Objetivo: realizar levantamento sobre o desejo dos idosos em relação à mo-dalidade do curso (on line ou presencial), identificar se possuem Internet, frequência de acessos e dispositivo utilizado. Métodos: foi realizada consulta por meio de formulário eletrônico a 20 idosos matriculados no curso IDI com perguntas sobre: interesse em realizar as atividades de forma on line, acesso à Internet, frequência de acesso, aplicação utilizada para as aulas, horário para acesso e se conseguem acompanhar as aulas on line. Resultados: 15 idosos responderam a pesquisa, sendo que: todos têm acesso à Internet em casa, 80% via WiFi, 20% por redes móveis; 53,3% acessam pelo celular, 33,4% pelo computador pessoal e 13,3% pelo computador compartilhado; 80% podem aces-sar a Internet todos os dias; 80% relataram conseguir acompanhar as aulas on line, 20% relataram ter muita dificuldade; 54,3% preferem utilizar o Google Meet, 33,4% YouTube e 13,3 não se mani-festaram; e 86,6% gostariam de manter as aulas na modalidade on line. Conclusão: A maioria dos idosos desejam continuar o curso em formato on line, visto que podem acessar a Internet por meio de redes Wifi ou redes móveis, utilizando celulares, computadores pessoais ou compartilhados.

Palavras-chave: Covid-19; Idoso; Inclusão Digital; Isolamento Social.

Page 108: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

108V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12023

FATORES ASSOCIADOS AO CONSUMO ALIMENTAR DE IDOSOS RESIDENTES NA REGIÃO SUL DO BRASIL

Anny Caroline dos Santos Araujo - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) - Email: [email protected]

Me. Bruna Senna Rodrigues – CCG Saúde - Email: [email protected]

Rozana Ferreira Ortiz - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) - Email: [email protected]

Profa. Dra. Valdeni Terezinha Zani - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) - Email: [email protected]

RESUMO

Introdução: A Região Sul possui a maior proporção de idosos do país; assim, torna-se neces-sário avaliar o consumo alimentar desta população visando a elaboração de políticas de alimenta-ção saudável, visto que a má alimentação é um fator de risco importante para Doenças Crônicas Não-transmissíveis, comuns na população idosa. Objetivo: Descrever os fatores associados ao con-sumo alimentar de idosos residentes no Sul do Brasil. Métodos: Trata-se de uma revisão integra-tiva da literatura sobre consumo alimentar de idosos da Região Sul, com a busca de artigos publi-cados de 2015-2020, nas bases Pubmed, Scielo, Bireme e Lilacs. Resultados: Foram selecionados 8 artigos. Observou-se que, os idosos com maior renda e escolaridade tinham padrão alimentar mais saudável, já os idosos de baixa renda tiveram maior consumo de alimentos industrializados, assim como os homens. Houve correlação positiva entre o maior consumo de frutas, verduras e legumes (FVL) em idosos que utilizavam a internet e nas mulheres. Observou-se também, associação de hábitos saudáveis (como não fumar e prática de atividade física) com um padrão saudável de ali-mentação. Conclusão: A renda e a escolaridade foram os fatores que exerceram maior influência na alimentação dos idosos. Por apresentar grande quantidade de informações sobre alimentação, a internet influenciou positivamente na qualidade de vida deste grupo. O maior consumo de FVL nas mulheres corrobora com diversos estudos que mostram que a mulher tem hábitos mais sau-dáveis. Destaca-se a importância do desenvolvimento de estratégias de educação em alimentação e saúde para esta população, principalmente para a população de menor renda.

Palavras-chave: Consumo De Alimentos; Dieta; Idosos.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12025

Page 109: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

109V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12025

IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON ACOMPANHADAS POR TELEMONITORAMENTO

Carlos Renê Silva Miranda Filho; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Luis Felipe Pohlmann Tabarelli; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

João Marcelo Duarte Ribeiro Sobrinho*; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

David Duarte Timponi França*; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Amdore Guescel C Asano; Hospital das Clínicas; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Nadja Maria Jorge Asano; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected].

RESUMO

Introdução: Durante a pandemia da COVID-19 foram adotadas medidas de isolamento social, para reduzir o contágio pelo novo coronavírus. Essas determinações dificultaram o acesso a cuidados médicos, exercícios e terapias, necessários para pessoas com Doença de Parkinson (DP). Objetivos: Esse trabalho busca entender como a pandemia e o isolamento social podem influenciar a sintoma-tologia da DP e as dificuldades enfrentadas pelos pacientes. Métodos: Pessoas com DP cadastradas no Programa Pró-Parkinson da Universidade Federal de Pernambuco foram convidadas por telefone para o telemonitoramento. Foram realizadas entrevistas, de 01/07/2020 a 25/08/2020. Na avaliação das barreiras na realização de atividades de vida diária foi aplicado MDS-UPDRS parte II: Aspectos Motores de Experiências da Vida Diária (M-EVD). Resultados: Foram acompanhadas 31 pacientes, com idade média de 67 anos. 64,5% dos indivíduos relataram piora dos sintomas, entre esses 40% apresentaram dificuldades de adesão ao tratamento farmacológico. Foi constatado que 90,3% apre-sentaram, como uma barreira importante, o acesso à fisioterapia durante a pandemia. Piora da mar-cha (67,7%), ou fala (61,3%) e dificuldade na execução de tarefas cotidianas foram as atividades de maior desconforto durante isolamento. Conclusão: Através do telemonitoramento observou-se que a pandemia da Covid-19 afetou significativamente a sintomatologia e o manejo clínico das pessoas com DP, ao distanciá-las dos serviços médicos e terapêuticos. Além disso, estresse e ansiedade durante o isolamento possivelmente contribuíram para a piora dos sintomas motores e não motores da doença. O telemonitoramento teve importante contribuição para o acompanhamento durante o isolamento.

Palavras-chave: Doença de Parkinson; Infecções por coronavirus; Telemonitoramento; Iso-lamento social.

Agradecimentos: *À Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pernambuco, edital 2020-06 PIBEXC, pelo financiamento do projeto de extensão, PRÓ-PARKINSON - AÇÕES MULTIDISCIPLINARES NO ENFRENTAMENTO DA COVID-19.

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110V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12026

EFEITOS DA INTERVENÇÃO AQUÁTICA SOBRE A MOBILIDADE EM IDOSOS SEDENTÁRIOS DA COMUNIDADE – RESULTADOS PRELIMINARES

Daniela Lemes Ferreira – UFMS – [email protected]

Dayane Melo Campos – UFMS - [email protected]

Nathany C da Silva – UFMS – [email protected]

Ana Luísa Janducci - UFSCAR - [email protected]

Gustavo Christofoletti - UFMS - [email protected]

Juliana Hotta Ansai – UFSCAR – [email protected]

RESUMO

Introdução: A intervenção aquática pode ser um ótimo recurso para melhorar mobilidade funcional nos idosos. Objetivo: Verificar os efeitos da intervenção aquática sobre a mobilidade em idosos sedentários da comunidade. Métodos: Trata-se de dados parciais de um ensaio clínico controlado randomizado, unicêntrico, em idosos da comunidade. Os idosos sedentários foram di-vididos aleatoriamente em Grupo Controle (GC) e Grupo Intervenção (GI). No GI, foi realizado um programa de hidroterapia por 16 semanas (1 hora de sessão, 2xsemana, progressão indivi-dualizada), que incluiu: aquecimento, exercícios de endurance e resistência muscular, equilíbrio, resistência aeróbica e desaquecimento, associados a tarefas cognitivas. Os participantes foram avaliados no momento inicial e após 16 semanas, por meio de anamnese e mobilidade (teste Timed up and Go (TUG) simples e associado com tarefa cognitiva-motora (TUG-DT)). Os dados foram analisados por meio do Software SPSS 20.0. Resultados: 11 idosos participaram até o momento, 6 no GI e 5 no GC. Não houve diferenças significativas nas características clínicas e sociodemográ-ficas iniciais entre grupos, exceto no sexo, com prevalência maior de mulheres no GI. Não houve interação significativa entre grupos e momentos no tempo do TUG simples (p=0.678), tempo do TUG-DT (p=0.524) e custo da tarefa motora (p=0.513). Não houve diferenças significativas entre grupos e entre momentos em nenhuma variável, embora o GI tenha mostrado uma redução no tempo do TUG-DT após 16 semanas. Conclusão: Embora a hidroterapia não apresentou melhora significativa na mobilidade dos idosos, houve uma redução relevante clinicamente do tempo do TUG-DT, sugerindo continuidade de pesquisas com amostra maior.

Palavras-chave: Idosos; Exercícios aquáticos; Mobilidade; TUG; Dupla-tarefa.

Agradecimentos: Os autores agradecem o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento (001) e o apoio financeiro do CNPq.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12029

Page 111: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

111V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12029

IDOSOS FRAGILIZADOS COM SINTOMAS DEPRESSIVOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Aline de Sousa Falcão; Universidade Federal do Paraná (UFPR); E-mail: alinesousafalcã[email protected];

Conceição da Silva Brito; UFPR; E-mail: [email protected];

Márcia Marrocos Aristides Barbiero; UFPR; E-mail: [email protected];

Patrícia Rosa Gonçalves Leta; UFPR; E-mail: [email protected];

Reuber Lima de Sousa; UFPR; E-mail: [email protected];

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; UFPR; E-mail: [email protected];

Susanne Elero Betiolli; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Maria Helena Lenardt; UFPR; E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: a fragilidade física é uma condição multifatorial que possue potencial para afe-tar alguns aspectos da saúde dos idosos. Entre eles o de abalar a saúde mental, com o surgimento de sintomas depressivos. Objetivo: avaliar a fragilidade física de idosos com sintomas depressivos em acompanhamento na atenção primária à saúde. Métodos: trata-se de estudo quantitativo de corte transversal, desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde de Curitiba-Paraná (Brasil), com amostra composta por 389 idosos (≥ 60 anos). Realizou-se o prévio rastreio cognitivo, e coletaram--se os dados mediante questionário sociodemográfico, escala do Center for Epidemiologic Studies Depression (CES-D), e fenótipo da fragilidade física. Para as análises foram empregadas estatísti-cas descritivas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o número 2918847. Resultados: dos 389 idosos, 103 (26,4%) possuíam sintomas depressivos, dos quais 75 (72,8%) eram do sexo feminino, de 60 a 69 anos (n=47; 45,6%), cor da pele autodeclarada branca (n=74; 71,8%), casados (n=39; 37,8%) e aposentados (n=59; 57,2%). Do total de idosos com sintomas depressivos, 19 (18,4%) eram frágeis, 63 (61,2%) pré-frágeis e 21 (20,4%) não frágeis. Conclusão: os resultados evidenciaram que entre os idosos com sintomas depressivos, houve predomínio do sexo feminino, aposentados e em condição de pré-fragilidade, no entanto, é considerável o quantitativo de idosos frágeis e com sintomas depressivos. Os dados sinalizam a necessidade de intervenções voltadas à gestão da fragilidade e aos idosos com sintomas depressivos da atenção primária à saúde.

Palavras-chave: Idoso Fragilizado; Depressão; Saúde do Idoso.

Agradecimentos: Os pesquisadores foram assegurados com o apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamen-to de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) com concessão de bolsas de estudo do curso de pós-graduação (Mestrado).

Page 112: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

112V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12030

FATORES BIOPSICOSSOCIAIS EM IDOSOS, DE ALTA VULNERABILIDADE SOCIAL, COM DOR LOMBAR CRÔNICA INESPECÍFICA

Maria Júlia da Cruz Souza, Universidade Federal de São Carlos, [email protected]

José Salvador Ribeiro Marques, Universidade Federal de São Carlos, [email protected]

Letícia Souza Didoné, Universidade Federal de São Carlos, [email protected]

Isabela Thais Machado de Jesus, Universidade Federal de São Carlos, [email protected]

Marisa Silvana Zazzetta, Universidade Federal de São Carlos, [email protected]

Fabiana de Souza Orlandi, Universidade Federal de São Carlos, [email protected]

Karina Gramani-Say, Universidade Federal de São Carlos, [email protected]

RESUMO

Introdução: A dor lombar crônica inespecífica (DLCI) é a principal causa mundial de anos perdidos por incapacidade. A DLCI pode estar relacionada a aspectos biopsicossociais exacerbados com a vulnerabilidade social e que prejudicam a capacidade funcional. O conhecimento desses fatores auxilia na elaboração do plano de cuidado da DCLI. Objetivo: Avaliar os fatores biopsicos-sociais em idosos com DLCI em vulnerabilidade social. Métodos: Trata-se de um estudo transver-sal no qual participaram 158 idosos, divididos em dois grupos: Grupo Com Dor Lombar (GCDL) (n=104) e Grupo Sem Dor Lombar (GSDL) (n=52). Foi utilizado o banco do Programa Pesquisa Para o SUS (PPSUS), os idosos residiam em uma área de alta vulnerabilidade social, apresenta-vam compreensão para responder as perguntas e relato de dor na região lombar há mais de seis meses (CEP: 3.291.232/2019). As variáveis avaliadas foram Intensidade da Dor, Locais de Dor, Atividades de Vida diária, Mobilidade e Sintomas Depressivos. Foi realizado o Teste de Mann--Whitney (p≤0,05) (SPSS Statistics 22.0). Resultados: Houve diferença significativa no Teste Ti-med Up and Go (TUG), sendo que o GCDL apresentou pior desempenho (12,32±4,09s) em relação ao GSDL (11,35±3,39s). O GCDL também apresentou diferença por não realizar 30 minutos de atividade física diária. Conclusão: Os idosos com DLCI apresentam pior desempenho em relação à mobilidade e equilíbrio, estando mais propensos ao risco de quedas e não realizam atividade física regularmente. Pode-se considerar que a presença de dor crônica é influenciada pela inatividade física e a DLCI tem influência negativa na mobilidade em idosos em alta vulnerabilidade social.

Palavras-chave: Envelhecimento; Dor Lombar; Dor Crônica.

Agradecimentos: Agradecimentos pelo financiamento da pesquisa ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien-tífico e Tecnológico (CNPq), a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12031

Page 113: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

113V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12031

BUNDLE DE CUIDADOS PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS DOS IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Danieley Cristini Lucca; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected]

Giordanna Nayara Chagas e Silva; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Juliana Balbinot Reis Girondi; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected];

Darla Lusia Ropelato Fernandez; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Kátia Cilene Godinho Bertoncello; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Susanne Elero Betiolli; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected]

RESUMO

Introdução: As quedas entre pacientes idosos com Doença Renal Crônica em tratamento hemodialítico têm apresentado alta prevalência e estão associadas a elevados riscos de morbimor-talidade. Objetivo: Construir e validar bundle de cuidados para prevenção de quedas dos idosos em tratamento hemodialítico. Método: abordagem quantitativa, do tipo transversal, descritivo, realizado de agosto a novembro de 2019, com amostra de 11 enfermeiros experts, contatados por meio de plataforma online, sendo processo de desenvolvimento e validação realizado com formu-lário eletrônico. A validação do Bundle foi realizada por juízes (experts na área de gerontologia ou nefrologia). A análise de dados utilizou estatística descritiva (frequência absoluta e relativa) e índice de validade de conteúdo (≥0,8). Resultados: O Bundle foi constituído por quatro medidas para prevenção de quedas dos idosos em hemodiálise: avaliar o risco de quedas dos idosos com apli-cação escala Morse (06 intervenções) investigar fragilidade do idoso (07 itens da fragilidade: perda de peso, exaustão, nível atividade física, força muscular e lentidão) (05 intervenções); atentar para maior risco de quedas das idosas (sexo feminino) que realizam hemodiálise (05 intervenções) e ter cautela e atenção com os idosos, em especial os que estão na faixa etária entre 60-70 anos (05 intervenções).O índice de validade de conteúdo final mostrou valores entre 0,89 a 1,00, sendo a porcentagem de concordância de 97%. Conclusão: O bundle de cuidados para prevenir quedas de idosos em tratamento hemodialítico foi validado, sendo considerado relevante para segurança e qualificação do cuidado ao idoso que realiza tratamento de hemodiálise.

Palavras-chave: Quedas; Idosos; Hemodiálise; Segurança do paciente; Enfermagem.

Page 114: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

114V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12035

OS SINTOMAS DEPRESSIVOS E A FRAGILIDADE FÍSICA EM IDOSOS

Aline de Sousa Falcão; Universidade Federal do Paraná (UFPR); E-mail: alinesousafalcã[email protected];

Conceição da Silva Brito; UFPR; E-mail: [email protected];

Márcia Marrocos Aristides Barbiero; UFPR; E-mail: [email protected];

Patrícia Rosa Gonçalves Leta; UFPR; E-mail: [email protected];

Reuber Lima de Sousa; UFPR; E-mail: [email protected];

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; UFPR; E-mail: [email protected];

Susanne Elero Betiolli; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Maria Helena Lenardt; UFPR; E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: A fragilidade física na pessoa idosa pode levar ao desenvolvimento de condições clínicas críticas e agravos à saúde, entre eles o surgimento de sintomas depressivos. O conheci-mento cientifico a respeito do comportamento e da relação entre essas variáveis ainda é pouco esclarecido. Objetivo: identificar a relação entre sintomas depressivos e fragilidade física em ido-sos. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa da literatura desenvolvida a partir de 24 artigos selecionados mediante critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos, que foram considerados por estar publicado no período de 2012 a 2020, constar na íntegra, estar diretamente relacionados ao tema, e estar registrado nos idiomas português e/ou inglês. Para a seleção dos artigos utilizou-se o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Metaanalyses, assim como o Oxford Cen-tre for Evidence-based Medicine para a classificação do nível de evidência e o EndNote Web para gerenciamento da bibliografia. As busca dos artigos ocorreu em 4 bases de dados: PUBMED, Web of Science, BVS e SciELO. Resultados: observou-se associação entre os sintomas depressivos e a fragilidade física em idosos; A fragilidade física foi considerada um preditor de sintomas depres-sivos; Os indivíduos frágeis podem ser mais propensos a desenvolver sintomas depressivos devido às habilidades funcionais prejudicadas, inatividade física, incapacidade funcional e isolamento so-cial. Conclusão: os resultados auxiliam no esclarecimento da relação entre os sintomas depressivos e a fragilidade física, ao tempo em que gera um alerta para a importância da identificação da fragi-lidade física na prática clínica, como rastreamento de idosos com risco para sintomas depressivos.

Palavras-chave: Idoso Fragilizado; Depressão; Saúde do Idoso.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12036

Page 115: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

115V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12036

IDOSO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: ENVELHECIMENTO, DEFICIÊNCIA, ENSINO E REABILITAÇÃO

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Lisiane Capanema Silva Bonatelli; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Soraia Dornelles Schoeller; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Juliana Balbinot Reis Girondi; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Susanne Elero Betiolli; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Giordanna Nayara Chagas e Silva; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Jordelina Schier; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected]

RESUMO

Introdução: As Nações Unidas apontam que um bilhão de pessoas vivem com deficiência (isso significa uma em cada sete pessoas no mundo). No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística, aponta que 6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Objetivo: refletir sobre os idosos com deficiência intelectual a partir dos conhecimentos científicos produzidos sobre envelhecimento, deficiência, ensino e reabilitação. Método: Pesquisa nas bases de dados: Aná-lise de Literatura Médica e Sistema de Recuperação Online, SCOPUS, Web of Science, Biblioteca Eletrônica Científica Online e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, os termos de pesquisa: “idosos ou idosos”, “incapacidade”, “ensino” e “reabilitação”, como descritores ou palavras. Resultados: Surgiram 839 artigos, porém 392 foram excluídos por não serem artigos completos, resultando em 447. Desses 104 foram publicados na última década, nove continham no título as palavras deficiência e idosos OU incapacidade e envelhecimento e sete estavam disponíveis na íntegra. Os artigos abordam temas com temas variados: solidão, fragilidade e intensidade do atendimento, modelos de moradia e apoio, necessidades de assistência social e de saúde no serviço comunitário, satisfação do cuidado e bem-estar dos cuidadores, porém em nenhum deles destacou questões relacionadas ao ensino como um processo de (re) capacitação. Conclusão: É necessário qua-lificar o atendimento especializado ao idoso com deficiência, bem como fornecer apoio e orientação aos cuidadores familiares; e repensar os critérios sociais que classificam os idosos, apenas pelo aspec-to cronológico, pois na deficiência intelectual, o envelhecimento é precoce.

Palavras-chave: Envelhecimento; Idoso; Incapacidade; Ensino; Reabilitação.

Page 116: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

116V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12037

ESTUDO DO NÚMERO DE ÓBITOS RESPIRATÓRIOS, EXCETO COVID-19, NO RIO GRANDE DO SUL

Pedro_Anjo_Nunes_Neto; ULBRA; [email protected]

Julia_Bittencourt_Oliveira; UNISINOS; [email protected]

Pablo_Eduardo_Dombrowski; ULBRA; [email protected]

Edinês_Carolina_Pedro; UFN; [email protected]

Paulo_Roberto_Cardoso_Consoni ULBRA; [email protected]

RESUMO

Introdução: As doenças respiratórias são responsáveis por grande parte das internações hospitalares de idosos no Rio Grande do Sul, o que desafia programas de atenção e políticas de saúde à pessoa idosa, principalmente pela alta taxa de morbimortalidade na população geriátrica. Idosos com doenças respiratórias apresentam um risco aumentado de óbito neste período de pan-demia pelo covid-19, podendo levar à descompensação de doenças respiratórias crônicas. Objetivo: Comparar o número de óbitos de idosos por causas respiratórias, exceto pelo COVID-19, durante a pandemia, no primeiro semestre de 2020, com o mesmo período de anos anteriores. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo, quantitativo, que incluiu dados do período entre 2016 e 2020, excluindo-se os dados do segundo semestre de cada ano. Os dados foram obtidos e analisados a par-tir do formulário eletrônico do DataSUS. Resultado: Consideraram-se todos os óbitos causados por doenças respiratórias na faixa etária superior a 60 anos, foi constatado um total de 16.393 óbitos no intervalo estudado, com média geral de 3.278,6 mortes a cada primeiro semestre. Destacam-se 2016, com 3.558 óbitos, em contraste com 2020, que registrou 2.984. A pneumonia bacteriana foi responsável por 9.729 registros, representando 59% das mortes. Conclusão: A redução da mortali-dade no primeiro semestre de 2020 por outras doenças respiratórias, provavelmente se deve pelo surgimento de óbitos por casos de COVID-19, mesmo assim, os dados demonstram o alto número de mortes e a gravidade sobre a população idosa portadora de doença do aparelho respiratório.

Palavras-chave: Doenças respiratórias; Geriatria; Óbitos.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12038

Page 117: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

117V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12038

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO SOBRE O ENVELHECIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Lisiane Capanema Silva Bonatelli; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Soraia Dornelles Schoeller; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Juliana Balbinot Reis Girondi; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected];

Fernanda Rosa de Oliveira Pires. Departamento de Enfermagem Universidade Federal de Sant Catarina; [email protected];

Giordanna Nayara Chagas e Silva; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Susanne Elero Betiolli; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected]

RESUMO

Introdução: A evolução do processo de envelhecimento acelerado aflora a necessidade de con-siderar aspectos multidimensionais específicos para a avaliação da pessoa com deficiência. Objetivo: Apresentar a percepção dos profissionais da educação sobre o processo de envelhecimento da pessoa com deficiência intelectual. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa, desenvolvida com 17 profissio-nais da educação, no período de maio a junho de 2020. Para coleta de dados foi utilizada entrevista gravadas e questionário estruturado, com uso da ferramenta eletrônica do Google Forms e Microsoft Teams. A análise dos dados foi realizada conforme Metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo, com ideias centrais e correspondentes expressões-chave, agrupadas conforme a sua semelhança. Resulta-dos: Os resultados evidenciam que as ideias centrais: 1) Envelhecimento da pessoa com deficiência intelectual é esperado, porém precoce; 2) Compreensão do processo de envelhecimento da pessoa com deficiência intelectual; 3) Estereótipos, preconceitos e estigmas vinculados ao idoso com deficiência intelectual, destaca-se o discurso relacionado aos preconceitos da velhice e infantilização do idoso; 4) Comprometimento das funções cognitivas no envelhecimento com deficiência intelectual; 5) Limita-ções e incapacidades dos idosos com deficiência intelectual exigem cuidado e apoio; 6) Dificuldades na comunicação dos idosos com deficiência intelectual. Conclusão: Faz-se necessário dar ênfase à pessoa e não somente a sua deficiência, assim como priorizar a participação plena e efetiva na sociedade; apro-fundar informações e conhecimentos para a promoção da dignidade humana; e qualificar as ações para os idosos com deficiência intelectual, com ênfase nos dados de percepção dos profissionais da educação.

Palavras-chave: Idosos; Envelhecimento; Deficiência; Saúde; Educação.

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118V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12040

SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA AUTO REFERIDAS POR IDOSOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA QUE REALIZAM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

Giordanna Nayara Chagas e Silva; Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Anderson Abreu de Carvalho; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Bianca Dacoregio Martins; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Naísa Falcão Martins; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Suzana Rosa; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Juliana Balbinot Reis Girondi; Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected];

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

RESUMO

Introdução: A idade e doenças crônicas são fatores de risco para a violência, principalmente para os idosos com Doença Renal Crônica (DRC) em tratamento hemodialítico. Objetivo: Identi-ficar situações de violência auto referidas por idosos com DRC. Métodos: Estudo de caso explo-ratório único, desenvolvido com idosos em uma clínica de tratamento dialítico do sul do Brasil, em 2019. Resultados: Participaram da pesquisa 13 idosos, sendo nove mulheres (60 a 78 anos), a maioria casada, branca, aposentada, com renda de até dois salários mínimos e oito anos de es-tudo. O tempo de diagnóstico e tratamento da DRC oscilou de menos de um ano a três anos. As comorbidades mais comuns foram HAS e DM. A percepção de saúde regular prevaleceu. Houve referência à assistência financeira a terceiros, ao sentimento de solidão, tristeza e ausência de uma rede de apoio; autorrelato de sintomas depressivos, situações de discriminação cotidiana, situações em que outros tomam decisões pelos idosos, assim como tomam os pertences sem consentimento; relatos de tentativa de agressão, realizada por membro da família, não sendo realizadas denúncias de violência física, principalmente se oriundas do cônjuge. Conclusão: O tema da violência contra os idosos com DRC que realizam hemodiálise é grave problema de saúde pública, potencializado pelas projeções estatísticas, que indicam o aumento quantitativo deste público. A violência aflora o risco deste público para desrespeito, agressão, síndrome da fragilidade, sintomas depressivos, solidão e perda de autonomia e independência, possibilitando o desenvolvimento de cuidados de enfermagem direcionados a prevenção e qualidade de vida.

Palavras-chave: Idosos; Insuficiência renal crônica; Diálise renal; Exposição à violência; Cui-dados de Enfermagem.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12041

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119V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12041

VISITA DOMICILIAR A LONGEVOS: PERSPECTIVA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DA FAMÍLIA

Cíntia Cristina Sulzbach; Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; [email protected];

Loiva Beatriz Dallepiane; Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; [email protected].

RESUMO

Introdução: A visita domiciliar é um dispositivo de cuidado imprescindível na saúde do ido-so, sobretudo aos longevos, indivíduos com 80 anos ou mais. Este é o segmento populacional que mais tem crescido no Brasil, apresenta maior vulnerabilidade e está associada à dependência fun-cional. Objetivo: Analisar a percepção de profissionais de Saúde da Família acerca da realização de Visitas Domiciliares a idosos longevos. Métodos: Estudo qualitativo e exploratório com 10 profis-sionais, utilizando entrevista semi-estruturada, em Estratégias de Saúde da Família de Palmeira das Missões, RS. Realizou-se análise temática de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSM, parecer nº 61829916.6.0000.5346. Resultados: Alguns profissionais possuem um turno da semana para a realização das visitas, muitas delas agendadas ou solicitadas por familiar ou outro profissional. Na atenção prestada aos longevos é realizada procedimentos, verificação do estado de saúde e avaliação do contexto social. Destacou-se a discussão dos casos e definição de prioridades com toda a equipe. O processo de envelhecimento, marcado pelo aumento de doenças crônicas, perdas funcionais, diminuição da socialização e pela fragilização, necessita de abordagens diferenciadas durantes as visitas domiciliares, o que não foi referido. Conclusão: Apesar de não se constituírem como porta de entrada, as visitas domiciliares facilitam o acesso dos longevos aos direitos e cuidados em saúde. A percepção dos profissionais de saúde é relevante para a qualificação do cuidado aos longevos e pode servir como ferramenta para a constituição e desenvolvimento de linhas de cuidado integrais.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Sistema Único de Saúde; Atenção Primária à Saúde

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120V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12042

EXPOSIÇÃO SOLAR E SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D EM LONGEVOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Cintia Cristina Sulzbach; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Renata Breda Martins; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Liziane da Rosa Camargo; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), Porto Alegre, Brasil; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; Escola de Medicina da PUCRS, Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL), Porto Alegre, Brasil; [email protected]

RESUMO

Introdução: A deficiência de vitamina D é mais prevalente em nonagenários e centenários, tendo risco elevado para condições como: osteoporose, sarcopenia, deficiência imunológica e mor-talidade. A fonte mais disponível da vitamina é a pele, em resposta à exposição solar. Entretanto, o isolamento social pelo COVID-19 pode ter influência em relação à exposição solar. Objetivo: Verifi-car a frequência de exposição solar e suplementação de vitamina D em nonagenários e centenários durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Participaram nonagenários e centenários do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo que envolveu uma amostra representativa contactada por telefone entre março e agosto de 2020. As variáveis investigadas foram sociodemográficas, frequ-ência de exposição solar e suplementação de vitamina D. Resultados: Responderam 59 nonage-nários e centenários, 78% do sexo feminino, com média de idade 96±3,8 anos, 73% viúvos e 76% brancos. A maioria (68%) não reduziu a exposição solar no período de isolamento social, sendo que 51% tem se exposto ao sol 5 ou mais vezes/semana e 12% tem realizado suplementação com vitamina D. Em relação ao sexo, identificou-se aumento à exposição solar em 7% das mulheres, já nos homens houve redução de 23%. Conclusão: Mesmo com o isolamento social, notou-se que, no geral, os participantes se expuseram ao sol apresentando frequência adequada, no entanto, no sexo masculino essa exposição foi menor.

Palavras-chaves: Vitamina D; Infecções por Coronavirus; Suplementos Nutricionais; Saúde do Idoso; Saúde Pública.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12043

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121V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12043

IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO: PERFIL SOCIOECONÔMICO E DE SAÚDE

Giordanna Nayara Chagas e Silva; Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Anderson Abreu de Carvalho; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Bianca Dacoregio Martins; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Naísa Falcão Martins; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); ;

Suzana Rosa; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Fernanda Rosa de Oliveira Pires; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected]

RESUMO

Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) destaca-se como preocupante principalmente para os idosos. Objetivo: Apresentar o perfil socioeconômico e de saúde de idosos com DRC em tratamento hemodialítico. Métodos: Estudo de caso exploratório único, desenvolvido com idosos em uma clínica de tratamento dialítico do sul do Brasil, em 2019. Resultados: Participaram da pes-quisa 13 idosos, sendo nove mulheres (60 a 78 anos), a maioria casada, branca, aposentada, com renda de até um salário mínimo e quatro anos de estudo. O tempo de diagnóstico e tratamento da DRC oscilou de menos de um ano a treze anos. A maioria referiu sustentar mais de uma pessoa. As comorbidades mais prevalentes foram HAS e DM, assim como percepções de saúde regular e de memória boa. O uso de mais de um medicamento contínuo foi predominante. Em relação ao tabagismo, majoritariamente os idosos fumam ou fumaram. Quanto à nutrição, a maioria não faz uso do sódio na alimentação. Em relação à hidratação, o consumo varia entre nenhum a três copos de líquidos por dia. A maioria referiu hábitos de vida sedentários e houve relatos de procura pelo serviço de saúde nos últimos três meses. Conclusão: Conhecer o perfil socioeconômico e de saúde dos idosos que realizam hemodiálise é relevante para projeção das políticas públicas direcionadas; planejamento das ações de saúde locais; monitorar a prevalência de casos; reforçar a importância da hemodiálise gratuita; e possibilitar estabelecimento do plano de cuidados de enfermagem ho-lístico e qualificado.

Palavras-chave: Idosos; Insuficiência renal crônica; Diálise renal; Perfil de saúde; Cuidados de Enfermagem.

Page 122: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

122V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12044

INFLUÊNCIA DA DOR CRÔNICA NA CAPACIDADE FUNCIONAL, FRAGILIDADE E EM CONDIÇÕES DE SAÚDE DE IDOSOS

Areta Dames Cachapuz Novaes; Universidade Federal de São Carlos; [email protected];

Loren Bettoni Blanco; Universidade Federal de São Carlos; [email protected];

José Emanuel Alves; Universidade Federal de São Carlos; [email protected];

Karina Gramani-Say; Universidade Federal de São Carlos; [email protected]

RESUMO

Introdução: No envelhecimento a prevalência pode ser alta de doenças crônicas e degene-rativas, de dor crônica e dependência para a realização de atividades de vida diária e redução da mobilidade. A dor crônica está entre a condição crônica mais prevalente encontrada associada a quedas. Objetivo: Verificar a influência da dor crônica na capacidade funcional, no equilíbrio postural, na fragilidade, e outras condições de saúde dos idosos. Metodologia: Corte transversal (CEP3332310) em idosos acima dos 60 anos com dor crônica há pelo menos 6 meses, da Oficina de Prevenção de Quedas na Atenção Básica. Divididos em grupos: caidor (GDC) (n=11) pelo menos duas quedas nos últimos doze meses e não caidor (GDNC) (n=12) sem relato de quedas. Foi avalia-do o tempo, intensidade e local da dor, Atividades de Vida Diária, cognição, desempenho funcional e fenótipo de Fried. Foi realizado o teste T-Student e Mann-Whitney (p≤0,05; STATISTICA 7.0) Resultados: A intensidade média de dor relatada foi de 5,95 (±2,07), 12 idosos relataram dor em 1 local do corpo (53%), enquanto 11 relataram em 2 locais ou mais (43%), com duração média de 121,04 (±121,84) meses, não houve diferença entre os grupos para a variável dor. Evidenciou-se diferença significativa para a variável fragilidade (p=0,03) para o GDNC em relação ao GDC. Não houve diferença para as demais variáveis avaliadas. Conclusão: Especificamente nesse grupo de Prevenção de Quedas, a dor crônica associada ao autorrelato de quedas não influenciou em perdas funcionais e/ou piores condições de saúde.

Palavras-chave: Envelhecimento; Dor crônica; Acidentes por quedas; Equilíbrio postural; Fragilidade.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12045

Page 123: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

123V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12045

O PAPEL DAS ANIDRASES CARBONICAS NA CONSOLIDAÇÃO DA MEMÓRIA DE EXTINÇÃO

Eduarda_Godfried_Nachtigall; PUCRS; [email protected]

Scheila_Daiane_Schmidt; PUCRS; [email protected]

Jociane_de_Carvalho_Myskiw; PUCRS; [email protected]

Cristiane_Regina_Guerino_Furini; PUCRS; [email protected]

Maria_Beatrice_Passani; Università degli Studi di Firenze; [email protected]

Patrizio_Blandina; Università degli Studi di Firenze; [email protected]

Gustavo_Provensi; Università degli Studi di Firenze; [email protected]

Ivan_Izquierdo; PUCRS; [email protected]

RESUMO

Introdução: A extinção de memórias forma a base da terapia de exposição, o tratamento padrão para fobias, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático. A extinção não apaga a memória original, mas é um novo aprendizado que inibe sua expressão. Drogas que facilitem a extinção podem representar uma nova estratégia de tratamento para diversos transtornos. As anidrases carbônicas (AC) constituem um importante grupo de enzimas envolvidas em diversos processos fisiológicos, incluindo a formação da memória. Objetivo: Investigar a participação das AC cerebrais na extinção da memória de medo condicionado ao contexto (MCC). Métodos: Ratos Wistar adultos com cânulas implantadas estereotaxicamente nas regiões CA1 do hipocampo dor-sal, amígdala basolateral (BLA), córtex pré-frontal ventromedial (vmPFC) ou substância nigra (SN) foram submetidos à tarefa de MCC, na qual os mesmos receberam 3 estímulos elétricos de 0,5 mA nas patas. Vinte e quatro horas depois eles foram submetidos a sessão de extinção durante 15 min ou 30 min. Imediatamente após, os animais receberam infusões de moduladores das AC nas regiões cerebrais alvo e, no dia seguinte, foram submetidos ao teste de retenção (3 min). Re-sultados: Acetazolamida prejudicou a consolidação da memória de extinção nas regiões CA1, BLA e vmPFC, enquanto que a D-fenilalanina potencializou esse processo significativamente. Nenhum efeito foi observado quando ACTZ ou D-Phen foram infundidos na SN. Conclusão: O envolvimento das AC em regiões cerebrais fundamentais para a formação da memória é essencial para garantir a consolidação da extinção da memória de medo.

Palavras-chave: Memória de medo; Extinção; Anidrases carbônicas.

Agradecimentos: CAPES e CNPQ (Brasil); Università degli Studi di Firenze (Itália).

Page 124: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

124V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12046

DIETA RICA EM ÁCIDOS GRAXOS POLI-INSATURADOS E VITAMINA A PREVINE ALTERAÇÕES CAUSADAS POR ESTRESSE SOCIAL NA COGNIÇÃO E NA MICROBIOTA

Eduarda_Godfried_Nachtigall; PUCRS; [email protected]

Gustavo_Provensi; Università degli Studi di Firenze; [email protected]

Scheila_Daiane_Schmidt; PUCRS; [email protected]

Alessia_Costa; Università degli Studi di Firenze; [email protected]

Patrizio_Blandina; Università degli Studi di Firenze; [email protected]

Maria_Beatrice_Passani; Università degli Studi di Firenze; [email protected]

Jociane_de_Carvalho_Myskiw; PUCRS; [email protected]

Ivan_Izquierdo; PUCRS; [email protected]

RESUMO

Introdução: O estresse durante a adolescência pode causar ansiedade e déficits cognitivos du-radouros. Uma dieta saudável é essencial para o desenvolvimento adequado do cérebro e manuten-ção de funções cognitivas ideais durante a idade adulta. Os componentes nutricionais interferem na comunidade intestinal de microrganismos, os quais podem afetar a comunicação intestino-cérebro. Objetivo: Investigar os efeitos de uma dieta enriquecida com ácidos graxos poli-insaturados (ω-3 PUFAs) e Vitamina A no estresse social crônico. Métodos: Ratos Wistar foram divididos em não estressados alimentados com dieta controle (NSCD), estressados alimentados com dieta controle (SCD) e estressados alimentados com dieta enriquecida (SED). Para indução do estresse foi utilizado o protocolo de estresse de instabilidade social. A tarefa de Medo Condicionado ao Contexto, a expres-são do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e a composição da microbiota intestinal foram avaliados na adolescência e na idade adulta. Resultados: Grupo SCD apresentou um prejuízo na con-solidação da memória de medo e uma diminuição na expressão de BDNF hipocampal na adolescência e na idade adulta. A dieta enriquecida preveniu esses déficits em ambas as idades. Observou-se ainda uma mudança na composição da microbiota entre grupos NSCD e SCD, a qual foi parcialmente pre-venida no grupo SED. Conclusão: Os resultados aqui apresentados demonstram os efeitos benéficos da dieta enriquecida, através dos componentes nutricionais, no comprometimento da memória, no declínio da expressão do BDNF e nas alterações na composição da microbiota intestinal induzida pelo estresse, abrindo possíveis novos espaços no campo da neuropsicofarmacologia nutricional.

Palavras-chave: Memória; Dieta; Microbiota; Hipocampo; BDNF.

Agradecimentos: CAPES e CNPQ (Brasil); Università degli Studi di Firenze (Itália)

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12047

Page 125: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

125V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12047

ASSOCIAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E A AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE EM IDOSOS COMUNITÁRIOS

Janaina Rocha Niehues - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação – PPGCR da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus Araranguá, Araranguá – SC, Brasil. Email:

[email protected];

Rafaela Aguiar Rosa - Graduanda do Curso de Fisioterapia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus Araranguá, Araranguá – SC, Brasil. Email: [email protected];

Núbia Carelli Pereira de Avelar - Docente do Curso de Fisioterapia do Departamento de Ciências da Saúde do Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde do Campus Araranguá. Email: [email protected];

Ana Lúcia Danielewicz - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação – PPGCR da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus Araranguá, Araranguá – SC, Brasil. Docente do

Curso de Fisioterapia do Departamento de Ciências da Saúde do Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde do Campus Araranguá. Email: [email protected]

RESUMO

Introdução: A autopercepção de saúde (APS) é um importante preditor de morbimortalidade, quedas, institucionalização e sintomas depressivos em idosos. Acredita-se que a baixa renda e menor escolaridade estejam relacionadas com APS negativa, pois esses idosos são mais suscetíveis a condições crônicas e desfechos negativos, sendo importante identificar essa possível associação para auxiliar no planejamento de ações de saúde. Objetivo: Verificar a associação entre variáveis socioeconômicas e a APS em idosos comunitários. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, aleatório, de base domi-ciliar, com 308 idosos comunitários (≥60 anos), do município Balneário Arroio do Silva/SC. A variável desfecho foi a APS avaliada pelo autorrelato e categorizada em autopercepção positiva (muito boa/boa) e negativa (regular/ruim/muito ruim). As variáveis de exposição foram anos de estudo (0-4 anos, 5-9 anos e ≥10 anos) e renda mensal em salários mínimos (<1,5 salários e ≥ 1,5 salários). Foi realizado o teste de Qui-Quadrado de Pearson. Resultados: A amostra foi composta em sua maioria por mulheres (57,8%), com média de idade de 69,86 (DP =7,06 anos). A maior parte dos idosos (56,7%) relataram ter renda <1,5 salários mínimos (IC95% 5,1;6,2) e 48,3% tinham de 0-4 anos de estudo (IC95% 4,2;5,3). A APS foi referida como negativa por 61,3% dos idosos (IC95% 5,5;6,6). Na análise bivariada, 117 idosos (64,2%) que tinham APS negativa relataram receber renda de até 1,5 salários mínimos (p< 0,001). Não foram observadas associações significativas entre os anos de estudo e a APS. Conclusão: Houve associa-ção entre menor renda mensal e APS negativa nos idosos avaliados.

Palavras-chave: renda; escolaridade; autoavaliação.

Page 126: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

126V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12048

A CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA ESTÁ ASSOCIADA A PRESENÇA DE INCAPACIDADE FÍSICA-FUNCIONAL EM IDOSOS?

Janaina Rocha Niehues - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação – PPGCR da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus Araranguá, Araranguá – SC, Brasil. Email:

[email protected];

Rafaela Aguiar Rosa - Graduanda do Curso de Fisioterapia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus Araranguá, Araranguá – SC, Brasil. Email: [email protected];

Núbia Carelli Pereira de Avelar - Docente do Curso de Fisioterapia do Departamento de Ciências da Saúde do Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde do Campus Araranguá. Email: [email protected];

Ana Lúcia Danielewicz - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação – PPGCR da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Campus Araranguá, Araranguá – SC, Brasil. Docente do

Curso de Fisioterapia do Departamento de Ciências da Saúde do Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde do Campus Araranguá. Email: [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento é associado à redução na massa muscular e no gasto energético basal que predispõe ao acúmulo de gordura predominantemente na região abdominal. Além disso, a redução do tecido muscular associa-se a incapacidade física-funcional. Torna-se necessário verificar a associação entre circunferência da cintura (CC) e incapacidade física-funcional para o estabeleci-mento de estratégias preventivas da obesidade. Objetivo: Verificar a associação entre CC e a incapa-cidade física-funcional em idosos. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, aleatório, de base domiciliar, no qual participaram 308 idosos (≥60 anos), do município Balneário Arroio do Silva/SC. A incapacidade funcional nas atividades básicas de vida diária (ABVDs) foi avaliada pelo autorrelato de pouca/muita dificuldade ou impossibilidade para realizar ao menos uma tarefa (comer, vestir-se, tomar banho, usar o banheiro, andar no plano e deitar-se). A limitação na mobilidade foi avaliada pelo Timed Get Up and Go (≥10s =limitação de mobilidade). Valores >102 cm para homens e >88 cm para mulheres foram categorizados como altos valores de CC. Foi realizado teste de Qui-qua-drado de Pearson. Resultados: Na amostra avaliada 57,8% eram mulheres com média de idade de 69,86±7,06 anos. As prevalências observadas foram 68,9% (IC95%: 63,5;73,9) de altos valores de CC, 48,2% (IC95%: 42,6;53,8) de incapacidade nas ABVDs e 33,2% (IC95%: 27,9;38,9) de limitação na mobilidade. A maioria dos idosos com altos CC (51,7%) apresentaram incapacidade nas ABVDs (p=0,047) e 37,3% apresentaram limitação de mobilidade (p= 0,037). Conclusão: A CC foi associada a presença de incapacidade nas ABVDs e de limitação na mobilidade nos idosos amostrados.

Palavras-chave: obesidade abdominal; atividades cotidianas; limitação da mobilidade.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12049

Page 127: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

127V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12049

CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PESSOA IDOSA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID-19

Bárbara Belmonte Bedin; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

Diulia Molazzane Gabert; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

Letícia dos Santos Balboni; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

Natalia Pereira Araújo; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS ; [email protected]

Patrícia Fonseca Martins; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

Claudete Moreschi; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

RESUMO

Introdução: O enfrentamento da pandemia da Covid-19 necessita de atribuições essenciais dos profissionais de enfermagem, os quais, em tempos pandêmicos, precisam compreender a com-plexidade da saúde do idoso e focar na prestação de uma assistência qualificada. Objetivo: Identifi-car a produção científica existente acerca do cuidado de enfermagem a pessoa idosa em tempos de pandemia COVID-19. Métodos: Revisão integrativa da literatura, realizada na BDENF, em agosto de 2020, com os descritores “enfermagem” and “idoso” and “covid-19 or coronavirus”. Foram inclu-ídos artigos na íntegra, que abordam a temática pesquisada. Resultados: As três produções analisa-das são artigos de reflexão, duas provenientes de periódicos nacional e uma dos EUA. Refletiram so-bre o “Fortalecimento da enfermagem frente ao cuidado da pessoa idosa em tempos de COVID-19”. Vislumbra-se que a pandemia poderá representar uma oportunidade de mudança nas relações com os idosos, mediante processos reformadores e transformadores, fortalecendo a enfermagem geron-tológica. Os idosos são destaque na pandemia, sobretudo aqueles com doenças crônicas, despertan-do inúmeras reflexões, incertezas e questionamentos. Deste modo, urge a necessidade de restaurar a esperança e acreditar no cuidado gerontológico de enfermagem robusto, qualificado e seguro. A enfermagem precisa promover ações fundamentadas nas políticas e diretrizes atuais, bem como nos pilares da gerontologia, com manutenção da autonomia e independência do idoso. Conclusão: A enfermagem precisa ressignificar as ações de atenção ao idoso, buscando manter a autonomia e independência do idoso, melhorar a sua qualidade de vida, com foco no enfrentamento do momento pandêmico e vislumbrando cenários futuros de fortalecimento da enfermagem gerontológica.

Palavras-chave: Enfermagem; Idoso; COVID-19.

ReferênciasFILHO, J.J.M. et al. A saúde do trabalhador e o enfrentamento da COVID-19. Rev bras saúde ocup, v. 45, p. e14, 2020.SARAIVA, L.B. et al. Avaliação geriátrica ampla e sua utilização no cuidado de enfermagem a pessoas idosas. Jour-nal of Health Sciences, v. 19, n. 4, p. 262-267, 2017.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12050

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA

Natalia Pereira Araújo; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

Bárbara Belmonte Bedin; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

Diulia Molazzane Gabert; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

Letícia dos Santos Balboni; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

Patrícia Fonseca Martins; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

Claudete Moreschi; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Campus de Santiago, RS; [email protected]

RESUMO

Introdução: Com o crescimento da população idosa, os impactos biopsicossociais viven-ciados por essa população, podem ser amenizados por meio das Práticas Integrativas e Com-plementares em Saúde (PICS). Objetivo: Identificar a produção científica existente acerca da utilização das práticas integrativas na promoção da saúde da pessoa idosa. Método: Revisão integrativa da literatura, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, em agosto de 2020, com os descritores “terapias complementares” and “idosos”. Foram incluídos artigos na íntegra, dis-ponibilizados online, gratuitamente e em português. O corpus inicial da pesquisa foi composto de 13 artigos e a amostra foi composta por 3 artigos. Resultados: As três produções analisadas são de abordagem qualitativa, produzidas em periódicos nacionais. Refletiram a seguinte ca-tegoria “O uso das PICS na promoção da saúde da pessoa idosa”. É necessário o aumento da adesão dos idosos às PICS, uma vez que a mesma proporciona a melhoria da saúde e bem-estar, sendo um desafio para o SUS a implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no contexto de vida dos idosos. Há benefícios do uso da reflexologia podal em idosos, para o alívio da insônia, dores corporais e ansiedade. Outra alternativa é a capoterapia, que estimula a inclusão social, a prática de exercícios físicos, diminuição de dores ocasionadas por doenças crônicas, além de conhecimentos sobre o processo de envelhecer. Conclusão: Perce-be-se a importância das PICS como aliada na promoção da saúde e envelhecimento saudável da

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Resumos da 22ª Jornada de Inverno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Sucursal RS

V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 129V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

população idosa, sendo necessário o planejamento de estratégias que proporcionem a inclusão dos idosos a essas práticas.

Palavras-chave: Terapias Complementares; Idosos; Promoção da Saúde.

Referências

ALMEIDA, C.A.P.L, SILVA, A.F.F, NETO, L.N.S et al. Capoterapia Como Meio de Inclusão Social para Idosos. Rev Fund Care Online.2019. abr./jun.; 11(3):582-587.

SARAIVA, Alynne Mendonça et al. Histórias de cuidados entre idosos institucionalizados: as práticas integrativas como possibilidades terapêuticas. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 5, n. 1, p. 131-140, 2015.

SANTOS et al. Práticas integrativas e complementares: avanços e desafios para a promoção da saúde de idosos. Rev Min Enferm., 22:e-1125, 2018.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12051

QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS EM HEMODIÁLISE: RELAÇÃO COM A ESPERANÇA, RELIGIOSIDADE E ESPIRITUALIDADE

Fernanda Rosa de Oliveira Pires. Departamento de Enfermagem Universidade Federal de Sant Catarina; [email protected];

Caroline Bittelbrunn. Departamento de Enfermagem Universidade Federal de Sant Catarina; [email protected];

Maria Elena Echevarría-Guanilo. Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Giordanna Nayara Chagas e Silva; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Danieley Cristini de Lucca. Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Fernanda Cegan Gribner. Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

RESUMO

Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) envolve diversas mudanças na rotina do idoso, que podem refletir na esperança de vida dos pacientes, neste contexto a esperança, espiritualidade e religiosidade podem estar associadas como ferramentas de apoio. Objetivo: Apontar a interferência do tratamento hemodialítico na qualidade de vida de idosos renais crônicos, relacionando os acha-dos com a esperança, espiritualidade e religiosidade dos mesmos, de modo a contribuir para o pla-nejamento de intervenções cabíveis à prática e de acordo com as reais necessidades dos indivíduos. Método: Trata-se de estudo de abordagem quantitativa, do tipo descritivo e correlacional, de tempo-ralidade transversal, realizado em Unidade de Tratamento Dialítico de um Hospital Universitário de Santa Catarina. Foram entrevistados 22 idosos, idade entre 60 e 69 anos e em tratamento há 18 meses (média). Os dados foram obtidos a partir de cinco instrumentos: questionário de caracteri-zação, Kidney Disease and Quality-of-Life (KDQOL), Escala de Esperança de Herth (EEH), Índice de Religiosidade da Duke (DUREL) e Escala de Espiritualidade de Pinto e Pais-Ribeiro (EEPP-R). Resultados: A qualidade de vida estava afetada nos domínios de situação de trabalho, função emo-cional e nos relacionados à função física; e elevada nos domínios de função cognitiva, suporte social e satisfação com a equipe profissional. A religiosidade estava bem presente e os níveis de esperança de vida e espiritualidade foram altos. Conclusão: O estudo apontou para a interferência positiva da religiosidade e espiritualidade na qualidade e esperança de vida dos idosos entrevistados.

Palavras-chave: Idoso; Diálise Renal; Qualidade de Vida; Esperança; Espiritualidade.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12052

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131V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12052

IDOSOS CONVIVENDO COM O TRATAMENTO HEMODIALÍTICO NA PERSPECTIVA DA COMPLEXIDADE

Fernanda Rosa de Oliveira Pires. Departamento de Enfermagem Universidade Federal de Sant Catarina; [email protected];

Bianca Dacoregio Martins; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Giordanna Nayara Chagas e Silva; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Danieley Cristini de Lucca. Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Fernanda Cegan Gribner. Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Suzana Rosa; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

RESUMO

Introdução: O aumento da população idosa e das doenças crônicas não transmissíveis têm se tornado mais prevalentes, com destaque para a Hipertensão e o Diabetes Mellitus, principais respon-sáveis pela origem da Doença Renal Crônica (DRC). Os idosos que vivenciam a hemodiálise passam por mudanças de hábitos em seus cotidianos que podem influenciar em sua percepção sobre a essência da vida. Objetivo: Compreender as mudanças de hábitos de vida dos idosos com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Método: Pesquisa qualitativa com referencial metodológico da Teoria Fundamentada nos Dados. A coleta de dados ocorreu por entrevista semiestruturada com total de 20 idosos. A análise de dados se deu por meio da codificação inicial, focalizada e categorização. O estudo teve aprovação do comitê de ética. Resultados: A categoria central: “Convivendo com o tratamento” e suas subcategorias: I) Vivenciando a dualidade; II) Despertando para as mudanças de hábitos de vida demonstram através dos eixos temáticos: dificuldades vivenciadas, despertar para o melhor, alterações dos hábitos de vida, apego a crenças e apoio da família a complexa inter-relação dos idosos frente às mudanças decorrentes do tratamento hemodialítico. Conclusão: Os idosos desenvolvem a auto-eco-or-ganização diante de seus processos de mudança de hábitos apesar das dificuldades enfrentadas no tra-tamento. Deste modo, o equilíbrio é a peça chave para a vida dos idosos em tratamento hemodialítico. O processo de mudança de hábitos torna-se real diante de situação limite de saúde/doença; deve ser analisado no contexto ecossistêmico de saúde, envolvendo a idoso, família, rede de apoio e profissionais.

Palavras-chave: Idoso; Diálise Renal; Mudança; Comportamento; Adaptação Psicológica.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12053

VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIÁLITICO

Fernanda Rosa de Oliveira Pires. Departamento de Enfermagem Universidade Federal de Sant Catarina; [email protected];

Suzana Rosa; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Giordanna Nayara Chagas e Silva; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Susanne Elero Betiolli; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Fernanda Cegan Gribner. Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

Bianca Dacoregio Martins; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); [email protected];

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR); [email protected];

RESUMO

Introdução: O aumento da população idosa gera preocupação mundial e de saúde pública a respeito da violência nesse público. Identificar os fatores e riscos que predispõe a violência contra o idoso é de extrema relevância para prevenção destas situações. Objetivo: Rastrear os riscos e fatores associados à violência contra idosos com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Método: Trata-se de estudo quantitativo, descritivo e exploratório realizado em duas unidades de tratamento hemodialítico da grande Florianópolis, com idosos em tratamento hemodialítico. A variável desfe-cho para risco de violência foi a escala Hwalek-Sengstock Elder Abuse Screening Test (H-S/EA). As variáveis independentes foram: idade, sexo, renda, estado civil, escolaridade, tempo em tratamento, número de pessoas que residem com o idoso, escala de Independência em Atividades da Vida Diária e escala de depressão geriátrica (GDS-15). Os dados foram analisados com a ferramenta Python, com operações de média aritmética simples, desvio padrão, cálculo de coeficientes de correlação, valor-p e cruzamento entre dados. Para cálculo de correlação foram utilizados os coeficientes de Person e Spearman e para análise de variância o método ANOVA. Resultados: Dos 43 idosos participantes, 29 (67,44%) apresentaram risco de sofrer alguma forma de violência, com maior prevalência para o sexo masculino. Dentre os fatores independentes apenas os sintomas depressivos e renda apresentaram correlação positiva de significância estatística quando associados a riscos de violência entre idosos participantes. Conclusão: Os idosos apresentaram vulnerabilidade a risco de violência física psicoló-gica, negligencia e financeira por terceiros, sendo maior parte destes do sexo masculino.

Palavras-chave: Idoso; Exposição à violência; Nefropatias; Diálise renal.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12054

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12054

IDOSOS DESCENDENTES DE UCRANIANOS DE UMA COMUNIDADE RURAL: SIGNIFICADOS CULTURAIS ATRIBUÍDOS À PANDEMIA DA COVID-19

Fátima Denise Padilha Baran; Universidade Federal do Paraná (UFPR); E-mail: [email protected];

Márcia Marrocos Aristides Barbiero; Universidade Federal do Paraná (UFPR); E-mail: [email protected];

Patrícia Rosa Gonçalves Leta; Universidade Federal do Paraná (UFPR);E-mail: [email protected];

Susanne Elero Betiolli; Universidade Federal do Paraná (UFPR); E-mail: [email protected];

Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt; Universidade Federal do Paraná (UFPR); E-mail: [email protected]

Maria Helena Lenardt; Universidade Federal do Paraná (UFPR); E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: a implementação de ações preventivas e de proteção foram preconizadas para reduzir o contágio Corona Vírus Disease-19 causado pelo vírus Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus-2. Os idosos residentes em comunidades rurais demonstravam dificuldades em se adaptar às novas medidas. Objetivo: interpretar os significados culturais atribuídos à pandemia de idosos descendentes de ucranianos residentes em zona rural. Método: trata-se de pesquisa qualita-tiva descritiva sustentada pelos referenciais da antropologia cultural e conduzida pelo Consolidate criteria for reporting qualitative research. Participaram de entrevistas etnográficas nove idosos informantes chaves, por via Skype e chamadas de vídeo pelo whatsapp, no período de março a abril de 2020. As entrevistas foram analisadas segundo domínios culturais. Resultados: Emergiram três domínios: 1- “Providência divina que gerou mudanças” - os idosos atribuem à pandemia o desejo de Deus para gerar um aprendizado e mudança de vida; 2- “O cuidado que vem de Deus e do médi-co para consigo e com o outro”- eles revelam práticas cotidianas para evitar a contaminação, como fazer o que o médico diz, tomar coisas fortes como os antigos, acreditar em Deus, ficar longe das pessoas que não moram na mesma casa, não sair de casa e não receber visitas; e 3 - “Sentimentos desagradáveis que podem adoecer”- eles apontam como consequências sentimento de tristeza e solidão, dificuldades em aceitar as mudanças impostas, incerteza no futuro. Conclusão: os signi-ficados atribuídos à pandemia permearam a intensificação e preservação das crenças e práticas religiosas, e a proteção para a doença percorreu o saber médico e popular.

Palavras-chave: Coronavírus; Saúde do Idoso; Isolamento Social; Antropologia Cultural.

Agradecimentos: À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela concessão de bolsa de doutorado.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12055

FENÓTIPOS DA PANDEMIA POR CORONAVÍRUS EM IDOSOS

Belvania Cavalcanti; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Ana Paula Marques; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Anna Karla de Oliveira Tito Borba; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Anamelia Bezerra; Hospital Esperança Olinda; [email protected]

Érica Mota De Souza Batista; Hospital Esperança Olinda; [email protected]

Bruno Correia Ulisses Sobreira; Hospital Esperança Olinda; [email protected]

RESUMO

Introdução: A taxa de letalidade da pandemia por coronavírus aumenta com a idade, varian-do de 3% a 5% entre 65 e 74 anos, 4% a 11% entre 75 e 84 anos e 10% a 27% acima de 85 anos. Os senescentes representam 45% das internações, destas 53% são em unidades de terapia intensiva e resultam em 80% das mortes1. O fenótipo L é consistente com hipoxemia grave, baixa capacidade de recrutamento, alta complacência e baixo peso pulmonar. No fenótipo H a elastância, capaci-dade de recrutamento e o peso pulmonar estão elevados2,3. Os pacientes podem apresentar um curso hiperagudo, indolente, e bifásico4. Objetivo: avaliar os fenótipos da COVID-19 em idosos assistidos na unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo transversal, censitário, a partir de dados secundários registrados nos prontuários da UTI COVID do Hospital Esperança Olinda/PE. Critérios de inclusão: indivíduos com idade equivalente ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, com resultado positivo para COVID-19, assistidos com ventilação mecânica invasiva, no período de março à agosto de 2020, resultando em 53 prontuários analisados. Resultados: Foram admiti-dos 101 idosos (79±18 anos), na UTI COVID, 48 (47,5%) tiveram resultado negativo, 49 (48,5%) testaram positivo e necessitaram de assistência ventilatória mecânica invasiva, 36 evoluíram a óbito, 23 (46,9%) apresentaram fenótipo H. Conclusão: A idade avançada está associada a pior prognóstico. O entendimento da estrutura fenotípica da COVID-19 na patogênese é importante para a produção de medicamentos e vacinas, priorização da ampliação de recursos e a previsão do prognóstico.

Palavras-chave: Fenótipo; Idoso; Infecções por Coronavirus.

Agradecimentos: Ao Núcleo de Apoio ao Pesquisador – NAPE do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), Hos-pital Esperança Olinda e Programa de Pós-Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de Pernambuco.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12056

Page 135: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12056

CATARATA E A EXPRESSÃO CROMÁTICA NA OBRA DE MONET

Cristina de Jesus Sousa, Universidade Católica de Brasília, [email protected]

Maria Liz Cunha de Oliveira, Universidade Católica de Brasília, [email protected]

Lucy Oliveira Gomes, Universidade Católica de Brasília, [email protected]

RESUMO

Introdução: A obra de Monet foi analisada no reflexo da deterioração de sua visão nos seus trabalhos. Analisou-se, por meio de algumas obras marcantes da biografia de Monet, a doença ocular catarata e o seu papel na história de vida deste pintor. Metodos: Revisão de literatura na modalidade revisão narrativa. A busca foi desenvolvida na Biblioteca Virtual de Saúde, na base de dados eletrônica Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no Google Acadêmico e em livros sobre a obra de Claude Monet e dos Impressionistas. Resultados: Pelas obras do artista, observa-se que, após 1908, quando se instala de maneira definitiva a catarata, há uma predominância do ama-relo, marrom, cores vibrantes e também um nítido processo de turvamento da visão, com pinturas borradas. Observa-se, ainda, a mudança de cores ocorrida após a tardia intervenção cirúrgica, com clara diferença de percepção de cores pelo artista nos dois olhos, o direito operado e o esquerdo, não operado. Conclusão: Sua obra retrata os efeitos visuais da catarata não tratada no paciente idoso. A importância da relação médico/paciente, deve ser enfatizada por ter sido este um entrave no tratamento cirúrgico da catarata de Monet.

Palavras-chave: Monet; catarata; visão de cores; visão ocular

Page 136: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

136V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12057

ESCALA DE EQUILIBRIO DE BERG COMO AVALIAÇÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NA CIDADE DE ESTEIO

Kelly Diana Pereira da Cruz; Ulbra; [email protected]

Andriele Ferreira dos Santos; Ulbra; [email protected]

Caroline Conrado; Ulbra; [email protected]

Andressa Luz Ferreira; Ulbra; [email protected]

Profª Dra Lidiane Requia Alli Feldmann; Ulbra; [email protected]

RESUMO

Introdução: O equilíbrio postural é essencial para o ser humano, e na população idosa é imprescindível ter um bom equilíbrio, pois a probabilidade de ocorrer quedas nessa população é maior. O envelhecimento é uma realidade em nosso país, induzindo uma série de modificações no sistema biológico, uma redução progressiva das funções fisiológicas da densidade mineral óssea, perda progressiva da massa muscular, fatores esses que interferem no estilo de vida do idoso, pois muitas dessas modificações influenciam na autonomia reduzindo a capacidade funcional. Objeti-vo: Verificar o equilíbrio postural em idosos Institucionalizados no município de Esteio. Métodos: A amostra foi composta por 16 idosos ≥60 anos, ambos os sexos sendo 8 homens e 7 mulheres, residentes dessa Instituição, para avaliar o equilíbrio utilizou-se a escala de equilíbrio de Berg, optou-se por excluir idosos com fraturas de membros inferiores nos últimos 3 meses e com déficit visual grave.Resultados: A média de idade das mulheres foi de 77,62 e dos homens foi de 78,14 em relação ao teste de equilíbrio de Berg o sexo feminino apresentou a média de escore 38, e do sexo masculino apresentou uma média 45,5. Conclusão: Identificou-se que nas mulheres a pontuação indicou uma locomoção segura, recomendação de assistência ou auxilio de marcha, e nos homens a pontuação indicou que não existiu marcadores de risco de quedas e que possuía uma locomoção segura. O diretor dessa ILPI informou que a maioria dos idosos que realizam algum tipo de exer-cício físico três vezes na semana podendo ser um indicativo importante.

Palavras-chave: Equilíbrio Postural; Saúde do Idoso Institucionalizado; Envelhecimento.

Referências

SANTOS, Gilmar M. et al . Valores preditivos para o risco de queda em idosos praticantes e não praticantes de ativi-dade física por meio do uso da Escala de Equilíbrio de Berg. Rev. bras. fisioter., São Carlos, v. 15, n. 2, p. 95-101, Apr. 2011 .

ARAUJO NETO, Antonio Herculano de et al . Quedas em idosos institucionalizados: riscos, consequências e ante-cedentes. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 70, n. 4, p. 719-725, Aug. 2017.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12058

Page 137: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

137V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12058

FUNCIONALIDADE DE IDOSOS COM FORÇA DE PREENSÃO MANUAL REDUZIDA ACOMPANHADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Reuber Lima de Sousa; UFPR; E-mail: [email protected];

Kamila Alves Brasileiro; UFPR; E-mail: [email protected];

Aline de Sousa Falcão; UFPR; E-mail: [email protected];

Conceição da Silva Brito; UFPR; E-mail: [email protected];

Márcia Marrocos Aristides Barbiero; E-mail: [email protected];

Patrícia Rosa Gonçalves Leta; E-mail: [email protected];

Maria Helena Lenardt; E-mail: [email protected];

Susanne Elero Betiolli; E-mail: [email protected].

RESUMO

Introdução: a redução da força de preensão manual (FPM) pode afetar a capacidade funcio-nal, acarretar limitações funcionais e impactar na qualidade de vida do idoso. Objetivo: avaliar a funcionalidade de idosos com força de preensão manual reduzida na atenção primária à saúde. Métodos: estudo quantitativo transversal realizado em uma Unidade Básica de Saúde de Curitiba/PR (Brasil), com amostra constituída por 389 idosos (≥60 anos). Realizou-se o rastreio cognitivo previamente à coleta de dados. Os dados foram coletados por meio da aplicação de escalas de ava-liação da funcionalidade como o Índice de Katz para as atividades básicas de vida diária (ABVD) e Lawton e Brody para as atividades instrumentais de vida diária (AIVD). A FPM foi mensurada pelo dinamômetro hidráulico (marca Jamar®). Realizou-se análise estatística descritiva. O estu-do foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa sob n° 2918847. Resultados: houve predomínio de idosos do sexo feminino (n=255; 65,6%), com idade entre 60 e 69 anos (n=186; 47,8%). Dos 389 idosos, 82 (21%) apresentaram FPM reduzida, dos quais a maioria era independente para as ABVD (n=72; 87,8%), no entanto, dependentes para uma ou mais AIVD (n=49; 59,7%). Conclu-são: o declínio da funcionalidade impacta principalmente nas AIVD e considera-se que a avaliação da FPM na funcionalidade dos idosos, aplicadas à prática clínica, possa prever desfechos negativos para a autonomia e independência.

Palavras-chave: Idoso fragilizado; Força da mão; Atividades cotidianas; Enfermagem geriá-trica.

Agradecimentos: À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e ao Conselho Nacio-nal de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) pelas concessões de bolsas de Mestrado/Iniciação Cien-tífica.

Page 138: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

138V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11867

FRAGILIDADE FÍSICA E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL EM IDOSOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Kamila Alves Brasileiro; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Márcia Marrocos Aristides; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Conceição da Silva Brito; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Reuber Lima de Sousa; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Patrícia Rosa Gonçalves; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Karina Silveira de Almeida; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Maria Helena Lenardt; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Susanne Elero Betiolli; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

RESUMO

Introdução: a avaliação da fragilidade e da funcionalidade é fortemente recomendada na as-sistência gerontológica, visto que o funcionamento adequado dos sistemas fisiológicos e a capacida-de de cuidar de si mesmo são fundamentais para a saúde do idoso. Objetivo: classificar os idosos da atenção primária à saúde segundo a medida de independência funcional e condição de fragilidade física. Métodos: estudo quantitativo transversal, realizado em Unidade Básica de Saúde de Curiti-ba/PR, com 389 idosos (≥60 anos). Após rastreio cognitivo, a funcionalidade foi avaliada mediante instrumento composto por 18 tarefas relacionadas às atividades de autocuidado, controle de esfínc-teres, locomoção, mobilidade/transferência e cognição social. Os idosos foram classificados em com-pletamente dependentes, moderadamente dependentes ou independentes. A fragilidade foi avalia-da de acordo com os marcadores do Fenótipo de Fried. Realizou-se análise estatística descritiva. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa sob o n° 2918847. Resultados: predominaram idosos pré-frágeis (n=186; 47,8%), seguido dos não frágeis (n=169; 43,4%) e frágeis (n=34; 8,7%). Quanto à funcionalidade, 379 (97,4%) idosos eram independentes. Os idosos demonstraram limi-tações nas tarefas “controle de urina”, destes 99 (25,5%) apresentaram dependência moderada, e 50 (12,8%) dependência completa; e na “interação social”, 60 (15,4%) idosos eram moderadamente dependentes. Conclusão: os idosos pré-frágeis e com limitações no sistema urinário e cognitivo so-cial eram independentes. Nessas condições sugere-se a gestão de cuidados da fragilidade e cuidados orientados para a identificação das causas dos sistemas deficitários e a efetivação de cuidados. O propósito é impedir a evolução para a síndrome da fragilidade e dependência funcional.

Palavras-chave: Idoso Fragilizado; Atividades Cotidianas; Atenção Primária à Saúde.

Agradecimentos: Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela bolsa de inicia-ção científica.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11868

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139V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11868

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D ASSOCIADA AO TREINAMENTO MULTIMODAL DE 12 SEMANAS EM MULHERES IDOSAS COM BAIXA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA: ENSAIO RANDOMIZADO DUPLO-CEGO CONTROLADO POR PLACEBO

Guilherme Carlos Brech; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

Adriana Machado-Lima; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

Marta Ferreira Bastos; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

Wilson de Jesus Bonifácio; [email protected] ; Universidade São Judas Tadeu

Mark D. Peterson; [email protected] ; Michigan University

Liliam Takayama; [email protected] ; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Rosa Maria R. Pereira; [email protected] ; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Julia Maria D’Andréa Greve; [email protected] ; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Angélica Castilho Alonso; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

RESUMO

Introdução: Idosos tem maior risco de instabilidade postural e quedas, que piora quando se as-socia a carência de vitamina D e hipotrofia muscular. Objetivo: Avaliar a influência da suplementação de vitamina D com um programa de exercícios multimodais no equilíbrio postural e força muscular em mulheres idosas com baixa densidade mineral óssea (DMO) e insuficiência de vitamina D. Métodos: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, placebo com 12 semanas. 422 indivíduos foram selecionados e 46 preencheram os critérios de inclusão. Randomizados em grupo experimental (GE;n=23) e grupo controle (GC;n=23). Avaliações de força muscular foram realizadas pelo teste sit to stand; Teste de es-cada; dinamômetro de preensão manual e dinamômetro isocinético a 60°/seg. O equilíbrio postural foi avaliado clinicamente pelo MiniBESTest e por uma plataforma de força estaticamente e dinamicamen-te. Resultados: No GE, os níveis de vitamina D aumentaram no período pós-tratamento (P<0,001), enquanto no GC os níveis permaneceram inalterados (P=0,86). O pico de torque dos flexores foi afe-tado no lado dominante (P=0,02) e não no lado dominante (P=0,04) por grupo. No equilíbrio postural dinâmico durante a tarefa de subir, a elevação à esquerda foi afetada pelo grupo (P=0,01); o tempo do momento esquerdo foi afetado pelo grupo (P=0,01); o índice de impacto esquerdo foi afetado pelo grupo (P=0,01). O MiniBESTest foi afetado pelo momento (P<0,001). Conclusão: A suplementação de vitamina D associada ao programa de exercícios multimodais não melhorou a força muscular e o equilíbrio postural em idosas com baixa densidade mineral óssea e insuficiência de vitamina D.

Palavras-chave: Vitamina D; Força muscular; Equilíbrio Postural; Exercício; Osteoporose.

Agradecimentos: “O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001”.

Page 140: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

140V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11869

PERCEPÇÃO DE IDOSAS A RESPEITO DO IMPACTO DA PARTICIPAÇÃO EM GRUPO DE CONVIVÊNCIA: ANÁLISE QUALITATIVA

Géssica Bordin Viera Schlemmer; UFRGS; [email protected]

Deise Iop Tavares; UFSM; [email protected]

Juliana Duarte Ferreira da Costa; UFN; [email protected]

Alecsandra Pinheiro Vendrusculo; UFN; [email protected]

Melissa Medeiros Braz; UFSM; [email protected]

Alethéia Peters Bajotto; UFN; [email protected]

RESUMO

Introdução: O bem-estar no envelhecimento está relacionado à saúde física e à percepção de auto eficácia do idoso, ou seja, os cuidados com a sua saúde física, sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi descrever e comparar pré e pós intervenção a percepção do impacto que o grupo de convivência apresenta na vida dos participantes. Métodos: Pesquisa qualitativa, através da análise de conteúdo de Bardin, por meio de pergunta aberta, as participantes foram questionadas: “O que este grupo representa para você?”. A população deste estudo foi composta por idosas residentes na cidade de Santa Maria, RS, que iniciaram um protocolo de exercícios em meio aquático. O protoco-lo de pesquisa foi aprovado pelo CEP UFN nº1.975.569. Resultados: Foram entrevistadas 21 ido-sas pré-intervenção e 11 pós-intervenção com média de idade ±68.09 anos. No primeiro momento, emergiram 4 categorias a partir de 22 inferências. São elas: Interação Social (10); Satisfação (7); Saúde/Doença (8) e Aspectos da Qualidade de Vida (8). No segundo momento emergiram 5 cate-gorias a partir de 22 inferências. São elas: Interação Social (6); Satisfação (6); Saúde (6); Memória (3) e Coordenação Motora (1). Conclusão: a percepção do grupo na vida das idosas está intima-mente relacionada à possibilidade de interação social, satisfação e saúde. Quando consideramos as diferenças da percepção pré e pós-intervenção, é oportuno frisar que estas, apontam a valorização da saúde em detrimento da doença. Ao deixar de considerar os aspectos da qualidade de vida, as idosas passaram a valorizar a aquisição de memória e melhora da coordenação motora.

Palavras-chave: Análise Qualitativa; Grupo de Convivência; Idoso.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11870

Page 141: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

141V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11870

ANÁLISE DA FUNCIONALIDADE DE PACIENTES IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL ESCOLA

Maitê Silva Vicente dos Santos; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso PREMUS-HSL; [email protected]

Renata Beckenkamp Krause; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso PREMUS-HSL; [email protected]

Elisiane Vidal; Hospital São Lucas da PUCRS; [email protected]

Flavia Franz; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Serviço de Fisioterapia HSL/PUCRS; [email protected]

Clarissa Netto Blattner; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso PREMUS-HSL; [email protected]

RESUMO

Introdução: A pandemia causada por um novo tipo de coronavírus, COVID-19, ameaça os idosos que são mais suscetíveis a desenvolver sintomas graves e cursar com necessidade de hos-pitalização, que são naturalmente prolongadas e contribuem com a perda de funcionalidade. Ob-jetivo: Avaliar mobilidade e funcionalidade de pacientes internados em um hospital geral até sua alta hospitalar, identificando o tempo e desfecho da internação. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, realizado em um hospital em Porto Alegre, entre maio e junho de 2020. Este trabalho obteve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Um relatório foi gerado através do prontuário eletrônico, onde foram filtra-das as hospitalizações em unidade de internação de pacientes com 60 anos ou mais e diagnóstico de COVID-19, com prescrição de fisioterapia. Foram analisados o Escore de Perme do primeiro e último atendimento de fisioterapia, tempo e desfecho da internação. Resultados: O relatório apre-sentou 15 indivíduos, onde 3 foram excluídos por falta de dados registrados. A média de idade da amostra foi de 69 anos (±60 – 83). A média de tempo de internação foi de 33,5 (±11) e do Escore de Perme na primeira avaliação foi de 9 e na segunda avaliação 8,5 pontos. Quanto ao desfecho, 4 indivíduos receberam alta, 2 foram transferidos e 6 foram a óbito. Conclusão: Concluímos que os idosos desta pesquisa apresentaram uma alta taxa de mortalidade, tempo de internação prolonga-do e discreta redução de funcionalidade durante período da internação.

Palavras-chave: Funcionalidade; Assistência a idosos; Fisioterapia.

Page 142: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

142V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11871

IMPACTOS DA NECESSIDADE DE ISOLAMENTO SOCIAL EM IDOSOS NA PANDEMIA DE COVID-19: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Camila Kuhn Vieira; (Bolsista de Mestrado CAPES). Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ/RS. E-mail: [email protected]

Adriana da Silva Silveira; Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ/RS. E-mail: [email protected]

Carine Nascimento da Silva; (Bolsista de Mestrado CAPES). Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ/RS. E-mail: [email protected]

Solange Beatriz Billig Garces; Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ/RS. E-mail: [email protected]

Patrícia Dall’Agnol Bianchi; Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ/RS. E-mail: [email protected]

Dinara Hansen Costa; Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ/RS. E-mail: [email protected]

Cristina Thum; Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ/RS. E-mail: [email protected]

Carolina Böettge Rosa; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS. E-mail: [email protected]

RESUMO

A COVID-19 é uma doença infecciosa que surgiu em Wuhan, na China e se alastrou, virando uma pandemia. Para evitar a disseminação do vírus e achatar a curva epidêmica vários países ado-taram medidas de isolamento social, porém, essas medidas trazem impactos na rotina e na saúde mental dos idosos. Objetivo: Investigar os impactos do isolamento social para a população idosa devido a Pandemia do novo - COVID-19. Métodos: Revisão integrativa, realizada BVS e Pubmed por meio dos descritores “Social isolation” AND “Elderly” AND “Covid-19”. Os critérios de inclu-são: textos (artigos) completos grátis, publicados no período de 2019 a 2020, em português, inglês e espanhol e que abordem os impactos do isolamento social em idosos na pandemia do Covid-19. E, como critérios de exclusão: textos incompletos, livros, capítulos de livros, artigos publicados anteriores do período de 2019 e outros idiomas. Resultados: Foram encontrados 243 artigos, sendo 40 pré-selecionados, 8 duplicados e 11 selecionados. Destacam-se entre os estudos analisados os impactos no comportamento nutricional (Ganho de peso), mudança no estado civil, ansiedade, depressão, desmotivação, estresse, síndrome do pânico, insônia, preocupação financeira, podendo culminar no suicídio, e ainda, agravos de patologias pré-existentes assim como outros sintomas de sofrimento psíquico. Conclusão: É possível compreender que o isolamento social, apesar de neces-sário neste período de pandemia do COVID-19, traz efeitos prejudiciais à saúde física e mental de idosos que podem perdurar após esse período ainda indeterminado. Logo, as políticas de enfrenta-mento do Covid-19 devem se atentar na restauração da funcionalidade e do bem-estar dos idosos.

Palavras-chave: Isolamento Social; Idoso; Pandemia.

Agradecimentos: A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, ao Grupo Interdisci-plinar de Estudos do Envelhecimento Humano (GIEEH) e ao Programa de Pós-Graduação em Práticas Sociocul-turais e Desenvolvimento Social da Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ/RS.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11872

Page 143: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

143V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11872

EQUILÍBRIO POSTURAL DINÂMICO É MEDIADO PELA ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM IDOSAS COM BAIXA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA

Guilherme Carlos Brech; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

Jessica Sillas de Freitas; [email protected] ; Universidade São Judas Tadeu

Marcia Gouvea; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

Adriana Machado-Lima; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

Marta Ferreira Bastos; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

Liliam Takayama; [email protected] ; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Rosa Maria R. Pereira; [email protected] ; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Julia Maria D’Andréa Greve; [email protected] ; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Angélica Castilho Alonso; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

RESUMO

Objetivo: Investigar a relação da antropometria e composição corporal com equilíbrio pos-tural dinâmico em idosas com baixa Densidade Mineral Óssea (DMO). Métodos: 45 idosas (≥ 60 anos), baixa DMO e diagnóstico nutricional de baixo peso à sobrepeso. Para a avaliação da compo-sição corporal foi utilizado a Densitometria por emissão de raios-x de dupla energia e exame antro-pométrico para aferir: massa corporal (kg), estatura (cm) e IMC (k/m2). A avaliação do equilíbrio postural dinâmico foi realizada pelo teste clínico mini Balance Master Evaluation System e o teste computadorizado Balance Master® System pelos testes Sit to Stand e Step Up/Over. Resultados: Houve correlação negativa do miniBESTest (r=-0,566; p≤0,001) e tempo de subir e descer degrau (r=-0,393; p≤0,007) com a massa gorda, e correlação positiva do miniBESTest (r=0,526; p≤0,001) e tempo de subir e descer um degrau com a massa muscular (r=0,297; p≤0,04). Quanto às variá-veis antropométricas apenas a estatura apresentou correlação positiva (r=0,296; p ≤ 0,04) com a velocidade no teste de sentar e levantar. Conclusão: A massa magra reduz as oscilações posturais; em contrapartida a massa gorda interferi de forma negativa para o equilíbrio postural dinâmico em mulheres com baixa DMO. A estatura relacionou com o equilíbrio postural dinâmico, quanto mais alta as idosas pior seu equilíbrio.

Palavras-chave: Idosas; Composição corporal; Equilíbrio postural; Densidade mineral óssea.

Agradecimentos: “O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001”.

Page 144: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

144V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11873

ANÁLISE DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM DIFERENTES DÉCADAS DE VIDA EM MULHERES ADULTAS E IDOSAS

Guilherme Carlos Brech; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

Michele Figueira Nunes; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

Tatiana Godoy Bobbio; [email protected] ; University of St. Augustine for Health Sciences, Miami Campus, FL/ United States of America.

Gabriela Perez; [email protected] ; University of St. Augustine for Health Sciences, Miami Campus, FL/ United States of America.

Kelem de Negreiros Cabral; [email protected]; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Luiz Eugênio Garcez Leme; [email protected] ; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Julia Maria D’Andréa Greve; [email protected]; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Angélica Castilho Alonso; [email protected]; Universidade São Judas Tadeu

RESUMO

Introdução: Uma das alterações inerentes ao processo de envelhecimento, é a piora do equi-líbrio postural. Objetivo: Analisar o equilíbrio estático em mulheres durante processo de envelhe-cimento, e compará-lo entre as diferentes faixas etárias a partir dos 50 anos. Método: Trata-se de um estudo transversal, observacional, participaram do estudo 394 mulheres, agrupadas conforme a faixa etária, por décadas. Sendo 58 mulheres entre os 50 e 59 anos (6a década); 214 com idade entre 60 e 69 anos (7a década); 90 com idade entre 70 e 79 anos (8a década) e 36 com mais de 80 anos (9a década). A avaliação do equilíbrio estático foi realizada em plataforma de força portátil com três medidas com os olhos abertos (OA) e fechados (OF), 60 segundos cada. Resultados: Nas duas condições de medição, as idosas na 9ª década apresentaram deslocamento e amplitude mé-dio-lateral e velocidade superiores aos valores da 6ª e 7ª década. Na condição OA, o deslocamento médio-lateral foi maior na 9ª década em relação à 6ª e 7ª décadas, ântero-posterior apenas na amplitude da 6ª à 9ª década. Ainda na situação OA, as idosas do grupo da 9ª década tiveram maior deslocamento do que a 7ª década. A situação da OF mostrou diferença no alcance e deslocamento na direção médio-lateral, da 6º e 7º décadas à 9ª décadas. Conclusão: A posturografia mostrou declínio do equilíbrio postural com o avançar da idade. Sugerindo que a 9ª década de vida é uma idade limítrofe a este detrimento devido ao aumento da instabilidade postural.

Palavras-chave: Envelhecimento; Equilíbrio estático; Risco de quedas; Posturografia.

Agradecimentos: “O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001”.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11874

Page 145: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

145V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11874

CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSOS COM REDUÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA ACOMPANHADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Patrícia Rosa Gonçalves Leta; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Márcia Marrocos Aristides Barbiero; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Reuber Lima de Souza; Universidade Federal do Paraná; [email protected];

Fatima Denise Padilha Baran; Universidade Federal do Paraná; [email protected]

Aline de Sousa Falcão; Universidade Federal do Paraná; alinesousafalcã[email protected];

Kamila Alves Brasileiro; Universidade Federal do Paraná; [email protected]

Susanne Elero Betiolli; Universidade Federal do Paraná; [email protected]

Maria Helena Lenardt; Universidade Federal do Paraná; [email protected]

RESUMO

Introdução: O conhecimento das características sociodemográficas permite, ao profissional de saúde, a elaboração de estratégias mais eficazes voltadas às necessidades e realidade dos ido-sos. Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico de idosos com redução da atividade física da atenção primária à saúde. Métodos: trata-se de estudo quantitativo de corte transversal, realizado em uma Unidade Básica de Saúde de Curitiba-Paraná (Brasil), com amostra constituída por 389 idosos (≥ 60 anos). Realizou-se rastreio cognitivo, na sequência foi aplicado questionário Sociode-mográfico, e realizada avaliação do nível de atividade física, mediante o Minnesota Leisure Time Activities Questionnaire. Realizaram-se análises estatísticas descritivas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos sob número CEP/SD 2918847. Resultados: dos 389 idosos, 81 (20,8%) apresentaram redução de atividade física e, destes, 55 (67,9%) eram mu-lheres, 53 (65,4%) de raça branca, 36 (44,4%) com idade de 60 a 69 anos, 39 (48,1%) católicos, 36 (44,4%) casados, 19 (23,45%) residem sozinhos, 43 (53,1%) são aposentados e 49 (60,5%) recebem até 2 salários mínimos. Conclusão: As características sociodemográficas dos idosos com redução da atividade física apontam para o sexo feminino, aposentados e de baixa renda. Esses resultados in-dicam a necessidade de se considerarem estratégias efetivas e de baixo custo a serem implementa-das na atenção primária à saúde, e incorporada aos cuidados gerontológicos, que visem o incentivo à prática da atividade física, considerando os benefícios à saúde dos idosos.

Palavras-chave: Idoso; Atenção Primária à Saúde; Exercício Físico.

Agradecimentos: À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela concessão de bolsa de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem/UFPR.

Page 146: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

146V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11875

SUPORTE FAMILIAR DE NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A ATUAL PANDEMIA DE COVID-19

Aline Mendes da Rosa; PUCRS; [email protected]

Julia de Freitas Machado; PUCRS; [email protected]

Ângelo José Gonçalves Bós; PUCRS; [email protected]

- Escola de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, Brasil; - Projeto de extensão Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) da PUCRS, Porto Alegre, Brasil

RESUMO

Introdução: Nonagenários e centenários apresentam elevadas taxas comorbidades fazendo com que eles necessitem de um suporte social. Geralmente esse suporte é familiar e que pode estar comprometido durante a COVID-19. Objetivo: Estudar a funcionalidade familiar durante o isolamento social devido a atual pandemia de COVID-19. Método: É um estudo transversal e ana-lítico com nonagenários e centenários do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (AMPAL) acompanhados desde 2016. O suporte familiar foi medido pelo ‘’APGAR de família’’ que permite a avaliação subjetiva da funcionalidade familiar. O APGAR é composto por cinco itens: ajuda rece-bida, compartilham problemas, apoio recebido, afeição recebida e tempo compartilhado. Os dados foram coletados via contato telefônico entre os meses de maio a julho de 2020 e comparados com dados anteriores dos mesmos longevos. Foram analisadas as possíveis mudanças em cada item do APGAR e a sua associação com gênero, faixa etária e se mora sozinho antes e durante os primeiros meses da COVID19. Resultados: Foram entrevistados 55 nonagenários e centenários, a maioria mulheres (74%) e residindo com familiar/cuidador (80%). A ajuda que recebe diminuiu em 4% e aumentou em 16% aumento. Houve diminuição de 2% no compartilhamento de problemas, apoio recebido e afeição recebida. Entretanto, os participantes relataram uma diminuição de 40% do tempo com a família. Conclusão: Os nonagenários e centenários apresentaram bom apoio familiar, mas referiram diminuição do tempo que passam com os familiares, mesmo morando com a família. Essa diminuição do contato com familiares pode resultar em aumento de sintomas depressivos e de ansiedade.

Palavras-chaves: Nonagenários e centenários, isolamento social, suporte social Covid19.

Agradecimentos: “Este estudo foi parcialmente financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código Financeiro 001”.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11876

Page 147: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

147V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11876

EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL PROVOCADO PELA PANDEMIA NA FUNCIONALIDADE DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON

Juliana Paulino Dantas da Silva; UFPE/PPGERO – Universidade Federal de Pernambuco/ Programa de Pós Graduação em Gerontologia; [email protected];

Jaqueline Severo dos Santos; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Cleysiane Araújo de Oliveira; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Kássia Maria Clemente da Silva; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Nadja Maria Jorge Asano; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Carla Cabral dos Santos Accioly Lins; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

RESUMO

Introdução: O isolamento social pode promover prejuízos na funcionalidade, especialmente da população idosa com doenças crônicas. Objetivo: Analisar os efeitos do isolamento social pro-vocado pela pandemia da covid-19 na funcionalidade de pessoas com doença de Parkinson (DP). Métodos: Estudo transversal desenvolvido pelo Programa Pró-Parkinson, realizado por meio da ferramenta google meeting. Foi realizado o teste senta levanta cinco vezes (TSLCV), cujo ponto de corte para redução da funcionalidade e risco de quedas na DP>16 segundos; comportamento sedentário verificado pela pergunta: quantas horas por dia você fica envolvido em atividades sen-tado durante a semana? Cujo ponto de corte >4horas/5dias da semana e percepção de piora em atividades cotidianas durante a pandemia. Os dados foram analisados com o software BioEstat, considerado p<0,05. Resultados: Amostra composta por 20 sujeitos, 10 homens e 10 mulheres, com média de idade 65 (±8), variando entre 52 a 76 anos, sendo 14 idosos (idade ≥ 60 anos) e 6 adultos (idade > 50 anos). Nove sujeitos (45%) apresentaram tempo superior a 16 segundos para realização do TSLCV, sendo identificada diferença significativa para realização deste teste (média: 12,1±1,8 vs 19,2±2,9 segundos; p<0,0001*). Sete sujeitos (35%) apresentaram comportamento sedentário, sendo identificada diferença significativa (média: 3±1 vs 7±7 horas; p=0,0003*). Ati-vidades em que os sujeitos perceberam piora durante a pandemia foram n(%): 17 (85%) freezing, 15 (75%) marcha, 12 (60%) girar no leito, 11 (55%) tremor e 5 (25%) sofreram queda durante a pandemia. Conclusão: A pandemia da covid-19 promoveu efeitos negativos na funcionalidade de pessoas com doença de Parkinson.

Palavras- chave: Envelhecimento, Doença de Parkinson, Coronavírus, Funcionalidade.

Page 148: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

148V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11877

REPERCUSSÃO DO ISOLAMENTO SOCIAL PROVOCADO PELA PANDEMIA NAS ATIVIDADES DIÁRIAS NA DOENÇA DE PARKINSON

Juliana Paulino Dantas da Silva; UFPE/PPGERO – Universidade Federal de Pernambuco/ Programa de Pós Graduação em Gerontologia; [email protected];

Jaqueline Severo dos Santos; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Vinícius Barbosa de Freitas; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Izaura Muniz Azevedo; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Danielle Carneiro de Meneses Sanguinetti; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Nadja Maria Jorge Asano; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected];

Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano; UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

RESUMO

Introdução: A autonomia e independência do idoso com doença de Parkinson (DP) podem sofrer mudanças inerentes ao isolamento social. Objetivo: Avaliar a repercussão do isolamento social provocado pela pandemia da covid-19 nas atividades diárias de pessoas com DP. Métodos: Estudo transversal desenvolvido pelo Programa Pró-Parkinson, realizado por meio da ferramenta google meeting. Foram coletados dados sociodemográficos e investigada a percepção dos pacientes sobre 11 itens da seção II (atividades de vida diária) da Escala Unificada de Avaliação da DP com as seguintes possibilidades de resposta em cada item: “pior do que antes da pandemia” ou “igual a antes da pandemia”. Os dados foram compilados com o software BioEstat. Resultados: Amostra composta por 20 sujeitos, com média de escolaridade correspondente ao ginásio ou ensino médio (média: 8±4 anos de estudo), 10 homens e 10 mulheres, com média de idade 65 (±8), variando entre 52 a 76 anos, sendo 14 idosos (idade ≥ 60 anos) e 6 adultos (idade > 50 anos). A maioria residindo em Recife (n=8 - 40%) e Jaboatão (n=4 - 20%), aposentados (n=19 – 95%), vivendo com companheiro (n=13 – 65%). A percepção de piora durante a pandemia apresentou a seguinte distribuição nos itens: Freezing (n=17 – 85%), Marcha (n=1 – 75%), Vestir (n=13 – 65%), Girar no leito (n=12 – 60%), Cortar alimentos, higiene e tremor (n=11 em cada – 55%), Escrita (n=10 – 50%), Salivação (n=9 – 45%), Fala (n=8 – 40%) e Deglutição (n=5 – 25%). Conclusão: O isola-mento social provocado pela pandemia da covid-19 piorou o desempenho nas atividades diárias de pessoas com DP.

Palavras-chave: Coronavírus, Envelhecimento, Doença de Parkinson, Isolamento Social; ati-vidades cotidianas.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11878

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11878

O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E A NECESSIDADE DE INCLUSÃO (DIGITAL) DO IDOSO NO ÂMBITO ACADÊMICO

Diego Paes Ehmke; Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ); [email protected]

Solange Beatriz Billig Garces; UNICRUZ; [email protected]

Rômulo José Barboza dos Santos; UNICRUZ; [email protected]

Pâmela Fanfa Ribeiro Gonçalves; UNICRUZ; [email protected]

RESUMO

Introdução: As manifestações fisiológicas do envelhecimento influenciam de forma direta nas habilidades motoras e psíquicas necessárias para se fazer uso dos dispositivos tecnológicos, os quais evoluem de maneira acelerada, sendo difícil acompanhar esta evolução em ritmo igual até mesmo para os mais jovens e já nascidos nesta geração digital. Objetivo: Investigar a relação entre o envelhecimento e a inclusão (digital) do idoso no âmbito acadêmico. Métodos: Trata-se de um recorte da dissertação em que um Estudo de Caso foi desenvolvido no contexto da UNICRUZ, que possuía 2.374 acadêmicos matriculados no ano de 2019, distribuídos em 20 Cursos de Graduação. A amostra foi composta por 30% desta população, ou seja, 712 discentes, que responderam a Es-cala sobre Ageismo no Contexto Organizacional. Resultados: 56,9% dos participantes afirmaram concordar totalmente que estudantes mais jovens compreendem e dominam melhor as tecnologias do que os mais velhos. Ainda, 47,1% dos participantes concordaram que o envelhecimento afeta diretamente a produtividade nos estudos. Destarte, ficou evidente que uma das principais barrei-ras de entrada de estudantes idosos na universidade, é o desconhecimento e/ou a inabilidade em operar aparelhos tecnológicos, seja o celular, o tablet ou o computador. Conclusão: Atualmente é imprescindível o acesso à Tecnologia Digital e aos meios de comunicação, quer seja para fins aca-dêmicos, de trabalho, comunicação e/ou socialização. Portanto, há a necessidade de apoio por parte da Universidade no desenvolvimento de atividades que possibilitem o idoso ser capaz de utilizar tais dispositivos, para que este se sinta devidamente incluído no âmbito acadêmico.

Palavras-chave: Idoso; Inclusão; Tecnologia.

Agradecimentos: A Capes, pelo fomento no desenvolvimento deste estudo.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11879

PROJETO CONVIVÊNCIA INTERGERACIONAL NA UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA: RESULTADOS FINAIS DA ESCALA FRABONI DE IDADISMO

Rômulo José Barboza dos Santos; Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ); [email protected]

Solange Beatriz Billig Garces; UNICRUZ; [email protected]

Diego Paes Ehmke; UNICRUZ; [email protected]

Pâmela Fanfa Ribeiro Gonçalves; UNICRUZ; [email protected]

RESUMO

Introdução: A palavra intergeracional dialoga com as relações existentes entre indivíduos que pertencem a gerações distintas, em todos os contextos da vida social, não apenas em um contexto específico, como o familiar. Quando possibilitada a convivência intergeracional, a velhi-ce recebe um novo significado, tendo em vista que o envelhecer em sociedade vem acompanha-do por sérios problemas, como discriminação, exclusão e preconceito. Objetivo: investigar entre os colaboradores da UNICRUZ, atitudes e preconceitos em relação ao envelhecimento. Métodos: abordagem qualitativa através da aplicação da Escala Fraboni de Idadismo a 146 colaboradores, possibilitando avaliar aspectos cognitivos e afetivos do preconceito, a partir de três níveis: Anti-locução, Evitamento e Discriminação. Os dados foram dicotomizados para Discordo, Concordo e Estou em Dúvida. Resultados: buscamos avaliar o Evitamento, quando 55% dos participantes discordaram que a maioria dos idosos deveria ser impedida de renovar suas carteiras de motorista. Acerca da Discriminação, esta foi avaliada quando questionados se os complexos esportivos deve-riam ter sempre locais separados para que os idosos joguem entre si, em seu nível, onde 49% dos participantes discordaram e, ainda, se a maioria dos idosos fica mais feliz quando está com pessoas de sua idade, em que 54% assinalaram discordar. Já a Antilocução, foi avaliada quando 64% dos participantes discordaram que a maioria dos idosos está presa ao passado. Conclusão: de forma geral, entre os colaboradores da UNICRUZ, não há índices significativos de preconceito contra a pessoa idosa, tendo em vista suas respostas frente às diversas situações onde avaliamos os três níveis de preconceito.

Palavras-chave: Envelhecimento; Intergeracionalidade; Preconceito

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11880

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11880

SEDAÇÃO PALIATIVA DO PACIENTE IDOSO: ESTUDO TRANSVERSAL SOBRE SEDAÇÃO PALIATIVA EM HOSPITAIS DE PORTO ALEGRE

Alessandra Santos Menin, ULBRA, [email protected]

Paulo Roberto Cardoso Consoni, ULBRA, [email protected]

RESUMO

Introdução: Em razão do crescente número de idosos e, consequentemente, de pacientes em final de vida, é imprescindível compreender o emprego da sedação paliativa na hipótese de refratariedade de possíveis sintomas de sofrimento físico, psicoemocional ou espiritual, com vistas a propiciar uma morte digna. Objetivo: Conhecer a prática da sedação paliativa do paciente idoso em hospitais com serviço de cuidados paliativos de Porto Alegre. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado em 2019, por meio de entrevistas não estruturadas com médicos geriatras que atuam na área de cuidados paliativos em dois hospitais de Porto Alegre. Resultados: O pri-meiro entrevistado sustenta que a sedação paliativa é o recurso final para o paciente, devendo ser utilizada para dar conforto, aliviar ansiedade e dor, progredindo na linha de cuidados, quando o paciente apresenta sintomas intratáveis que geram sofrimento. Refere, ainda, que jamais deve ser utilizada para acelerar o processo de morte, demandando o envolvimento da equipe médica entre si, com o paciente e seus familiares. O segundo entrevistado, por sua vez, afirma que a sedação deve ser feita quando há sofrimento intratável em todas as esferas da dor (“Dor Total”), sendo a sedação a última alternativa a ser recorrida. O sofrimento do paciente deve ser abordado como um todo, com atenção psicológica e espiritual. Conclusão: Conclui-se que ambos os serviços utilizam a sedação paliativa como ferramenta de último recurso, recorrendo-se apenas quando não há outra alternativa possível nos casos de sintomas refratários, o que está em consonância com a literatura médica sobre o tema.

Palavras-chave: Sedação Profunda; Cuidados Paliativos; Idoso; Geriatria.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11881

A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS E O EQUILÍBRIO DE IDOSOS ATIVOS

Adriane Ribeiro Teixeira; Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal de São Paulo; [email protected]

Sabrina Nuñes Gonçalves; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

Maira Rozenfeld Olchik – Universidade Federal do Rio Grande do Sul; [email protected]

RESUMO

Introdução: O equilíbrio é uma capacidade complexa, dependente da integração de diversos sistemas. A prática de exercícios físicos contribui para a manutenção do controle postural. Objeti-vo: Avaliar a influência do tempo de prática de exercícios físicos no equilíbrio de idosos. Métodos: Estudo transversal realizado com idosos participantes de atividades em centro comunitário. O equilíbrio foi avaliado pelo Teste Alcance Funcional (AF) que determina a distância que o idoso é capaz de alcançar, sem se movimentar e mantendo o equilíbrio. São realizadas três medições e é calculada a média delas. Se esta média é >25,4 cm há baixa probabilidade de queda (equilíbrio adequado), valores ≤25,4 cm indicam maior chance de quedas. A prática e tempo de exercícios físicos (TEF) foi coletada em entrevista. Para análise dos resultados, foram criados dois grupos, G1 com idosos com TEF≤5 anos e G2 de idosos com TEF>5 anos. A comparação entre os grupos foi realizada com o teste Qui-quadrado de Pearson. Resultados: Compuseram a amostra 53 idosos, sendo 46 (86,8%) do sexo feminino. A idade variou entre 60 e 82 anos (média 68,7±10,8). No G1 32 (74,4%) apresentaram AF>25,4 cm e 11 (25,6%) AF≤25,4 cm, enquanto no G2 9 (90%) apresenta-ram AF>25,4 cm e 1 (10%) AF≤25,4 cm. Esta diferença entre os grupos não foi estatisticamente significativa (p=0,289). Conclusão: Na amostra estudada não houve influência do tempo de práti-ca de exercícios físicos e o equilíbrio dos grupos medido pelo teste do AF.

Palavras-chave: Idoso; Equiíbrio Postural; Exercício Físico.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11882

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11882

MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO EM SAÚDE E SUAS BARREIRAS EM INDIVÍDUOS DA REGIÃO NOROESTE DO RS

Luma Stella Teichmann Bazzan; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Daniela Paini; Nutricionista, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Karoline de Oliveira dos Santos; Nutricionista, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Taane de Oliveira Aguirre; Nutricionista, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Adriane Cervi Blümke; Departamento de Alimentos e Nutrição, Universidade Federal de Santa Maria campus Palmeira das Missões; [email protected]

Greisse Viero da Silva Leal; Departamento de Alimentos e Nutrição, Universidade Federal de Santa Maria campus Palmeira das Missões; [email protected]

RESUMO

Introdução: A promoção da mudança de comportamento alimentar é uma boa estratégia para promoção de saúde e prevenção de doenças crônicas, porém, é um processo complexo, pois para que ocorra uma mudança significativa, o indivíduo deve ser motivado para o enfrentamento das barreiras e aprimoramento dos facilitadores para a mudança. Objetivo: Identificar a intenção de mudança de comportamento em saúde e possíveis barreiras em indivíduos adultos da região noroeste do Rio Grande do Sul. Métodos: Estudo transversal realizado à domicílio. Avaliou-se se os participantes achavam que deveriam fazer algo para melhorar a saúde; o que era mais impor-tante mudar para melhorar a saúde; se existia algo que os impedia de mudar e se pretendiam mudar nos próximos 12 meses. Resultados: Foram entrevistados 139 adultos, com idade média de 42,53±12,2 anos, 79,9% do sexo feminino. A maioria (92,8%, n=129) indicou que deveria fazer algo para melhorar a saúde, sendo mais importante fazer (ou aumentar) a atividade física (61,2%, n=79) e emagrecer (19,3%, n=25). As principais barreiras que os impediam de mudar foram falta de força de vontade (36,4%, n=47) e o horário de trabalho (24%, n=31). Nos próximos 12 meses pretendiam fazer (ou aumentar) exercício físico (92,2%, n=119) e melhorar hábitos alimentares (87,59%, n=113). Conclusão: A maioria dos participantes estava no estágio de contemplação, con-siderando que precisavam fazer atividade física e emagrecer para melhorar sua saúde e que para isso deveriam praticar exercício físico e melhorar hábitos alimentares. Como barreiras estavam a falta de força de vontade e horário de trabalho.

Palavras-chave: Comportamento; Promoção da saúde; Prevenção de doenças; Doença crô-nica.

Agradecimentos: CNPq e CAPES.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11883

REPERCUSSÃO DA ESTIMULAÇÃO AUDITIVA RÍTMICA COM MÚSICA NO HUMOR DE PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON

Cleysiane de Araujo Oliveira; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Ihana Thaís Guerra de Oliveira Gondim; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Izaura Muniz Azevedo; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Cilene Rejane Ramos Alves; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Nadja Maria Jorge Asano; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Jaqueline Severo dos Santos; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Kássia Maria Clemente da Silva; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano; Universidade Federal de Pernambuco; [email protected]

RESUMO

A depressão e o suicídio tem se tornado nas últimas décadas temáticas de relevância para a saúde pública. Dentre os fatores psicossociais envolvidos destaca-se o surgimento de doenças como a doença de Parkinson (DP). O tratamento farmacológico da sintomatologia depressiva na DP é realizado com uso de antidepressivos, no entanto a abordagem não farmacológica através da mú-sica pode ser utilizada como estímulo para o alívio dos sintomas não motores, tais como a depres-são. O objetivo desse estudo é avaliar a repercussão da Estimulação Auditiva Rítmica (EAR) com música no estado de humor em pessoas com DP, com ênfase na sintomatologia depressiva. Esse é um estudo quase experimental (CAAE nº 29478620.7.0000.5208) realizado para testar o uso de um aplicativo de smartphone com EAR com música sobre a sintomatologia depressiva na DP. Foi utilizado o inventário de depressão de Beck (BDI) antes e depois da intervenção. Com 21 itens, o BDI possibilita classificar a intensidade da sintomatologia depressiva. Os dados foram tabulados e a comparação pareada foi realizada através de teste T, considerando P<0,05. Resultados: Dez pacientes com DP leve a moderada, com média de idade de 64 (±10) anos, sendo 6 homens, sem uso de antidepressivos, concluíram a intervenção. A média do escore total do BDI antes da ava-liação foi 9,4 (±7,9) e após a intervenção foi de 5,0 (±4,4), sendo esta diferença estatisticamente significativa (P=0,026). Os resultados obtidos até o momento na análise pareada revelam que a intervenção com EAR com música melhorou o estado de humor dos pacientes avaliados.

Palavras-chave: Doença de Parkinson; Depressão; Música; Estimulação Acústica.

Agradecimentos: a CNPq e a propesq UFPE pelo apoio financeiro.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11884

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155V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11884

ESTRATÉGIA DE TELEMONITORAMENTO DO COVID-19 NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA POR ALUNOS DE MEDICINA

Naomi Carrara Matsuura; Faculdade de Medicina Ceres; [email protected]

Sandrine da Silva Miranda; Faculdade de Medicina Ceres; [email protected]

Melanie Nogueira Carbonieri; Faculdade de Medicina Ceres; [email protected]

Ana Laura Carvalho Achkar; Faculdade de Medicina Ceres; [email protected]

Laura Junqueira Silva Moreira; Faculdade de Medicina Ceres; [email protected]

Amely Covalero; Faculdade de Medicina Ceres; [email protected]

Danyella da Silva Padoan; Faculdade de Medicina Ceres; [email protected]

Cristiane Spadacio; Faculdade de Medicina Ceres; [email protected]

RESUMO

Introdução: No cenário de pandemia da Covid-19 muitos óbitos ocorreram em idosos resi-dentes de Instituições de Longa Permanência (ILPIs), estes se tornam mais vulneráveis devido as comorbidades que possuem e ao contato constante com profissionais da saúde. Objetivo: Este estudo tem como objetivo realizar o monitoramento e rastreamento de residentes sintomáticos de COVID-19 em ILPIs, por acadêmicos de medicina, através da telemedicina. Métodos: É um estudo exploratório descritivo da implementação de um programa de telemonitoramento de 43 ILPIs do município de São José do Rio Preto (SP – Brasil), realizada por 23 estudantes de graduação de medicina de uma Faculdade do município. Resultados: O monitoramento remoto realizado por contato telefônico diário para cada instituição possibilitou a detecção precoce das situações de risco, com implantação de ações que possibilitaram prevenir agravos à saúde dos sintomáticos e interrupção da transmissão do vírus. Houve atualização de todos os dados coletados para a Secre-taria Municipal de Saúde diariamente por meio de relatórios, sendo uma medida fundamental de vigilância em saúde. Além disso, o programa também demonstrou a contribuição da telemedicina para o enfrentamento da pandemia e para a educação médica. Conclusão: O telemonitoramento se mostrou uma ferramenta eficaz para o rastreamento e notificação de casos suspeitos da COVID-19 em ILPIs, o que contribuiu para o banco de dados epidemiológicos da região.

Palavras chave: Telemedicina; covid-19; ILPI; idosos.

Page 156: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

156V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11937

OBESIDADE ABDOMINAL E GRAU DE PROCESSAMENTO DOS ALIMENTOS EM MULHERES NA MENOPAUSA: ESTUDO RETROSPROSPECTIVO

Damiana Canali; Universidade de Caxias do sul; [email protected]

Carolina Pagnoncelli Gabrielli; Universidade de Caxias do Sul; [email protected];

Simone Bonatto; Universidade de Caxias do Sul; [email protected];

Josiane Siviero; Universidade de Caxias do Sul; [email protected]

RESUMO

Objetivo: Verificar a associação entre obesidade abdominal e grau de processamento dos alimentos nas mulheres na menopausa. Métodos: Estudo transversal retrospectivo com mulheres na menopausa participantes de um programa de extensão da Universidade de Caxias do Sul. As variáveis analisadas foram: idade, estado civil, renda, escolaridade, idade da menopausa, se fez uso de reposição hormonal, Idade da menarca, número de filhos, se amamentou e horas de sono. Em relação às práticas alimentares observou-se o consumo de frituras, de líquidos e os alimentos con-forme o grau de processamento. Resultados: Participaram do estudo 193 mulheres a maioria pos-suía idade ≥60anos (67,4%). A prevalência de obesidade abdominal foi 76,2% (IC 95%, 70,1-82,2). Nas análises de associação com as características da amostra, encontrou-se associação significativa com a escolaridade (p=0,05). Ao relacionar o consumo alimentar das mulheres na menopausa de acordo com o grau de processamento dos alimentos, verificou-se que as que consomem uma mediana maior de alimentos in natura e/ou minimamente processados não possuíam obesidade abdominal (p=0,001) e não fizeram reposição hormonal (p=0,04). Conclusão: A associação entre a obesidade abdominal e o grau de processamento dos alimentos se deu positivamente para mu-lheres na menopausa que consomem mais alimentos in natura e minimamente processados como um fator protetor para doenças crônicas não transmissíveis. Contudo, mais estudos relacionando as práticas e hábitos alimentares são essenciais, para uma fortalecer a atenção à saúde com a pro-moção e prevenção em todas as fases da vida.

Palavras-chave: Menopausa; Obesidade Abdominal; Mulheres; Alimentos Processados.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11941

Page 157: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

157V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11941

SÍNDROME DA FRAGILIDADE NO IDOSO (SFI) COMO FATOR DE PIOR PROGNÓSTICO DA COVID-19

Kimberly Mayara Gouveia Bezerra; Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; [email protected]

Crislayne Maria Berto; Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; [email protected]

Fernando Arthur Alves da Silva; Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; [email protected]

Leiliane Moraes dos Santos Silva; Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; [email protected]

Ana Paula de Oliveira Marques; Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento tem sido considerado um fator de risco para a infecção pelo novo coronavírus, apresentando desfechos e prognósticos clínicos negativos, em comparação com indivíduos mais jovens. Dentre os fatores envolvidos nessa problemática, destaca-se a Síndrome da Fragilidade no Idoso (SFI), uma condição de vulnerabilidade fisiológica causada pela diminuição da reserva homeostática e pelo declínio da resistência e a energia do organismo. Objetivo: Analisar na literatura as evidências sobre a SFI como fator de pior prognóstico da COVID-19. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS) e Pubmed utilizando a combinação dos descritores “COVID-19”, “frailty syndrome” e “elderly”. Do total de 70 artigos encontrados, 19 foram pré-selecionados e 8 artigos se enquadraram nos critérios de elegibilidade. Resultados: Evidenciou-se que a idade cronológica e a presença de multimorbidade não parecem ser os fatores mais críticos de risco para resultados desfavoráveis da COVID-19 em idosos. O funcionamento é um elemento-chave na determinação do prognóstico desses pacientes. Além disso, a avaliação da fragilidade pré-mórbida no idoso, quando devidamente analisada, é uma medida essencial que pode orientar o estabelecimento de metas de cuidado. Conclusão: A SFI, por causar declínio fun-cional, diminui a capacidade do organismo de enfrentar desfechos negativos à saúde, como quedas, perda funcional, hospitalização, com maior probabilidade de morte. Por isso, a identificação de idosos frágeis torna-se fundamental no cuidado à pessoa idosa com COVID-19.

Palavras-chave: Idoso; Síndrome da fragilidade; COVID-19; Prognóstico.

Page 158: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

158V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11946

ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM MULHERES IDOSAS

Letícia Mazocco; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); [email protected]

Patrícia Chagas; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); [email protected]

Carla Helena Augustin Schwanke; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); [email protected]

RESUMO

Introdução: O excesso de peso está associado com doenças crônicas, entre elas a hipertensão arterial sistêmica (HAS). Objetivo: Verificar a associação de indicadores de composição corporal e HAS em mulheres idosas. Métodos: Foram incluídas no estudo idosas submetidas à absorciometria por dupla emissão de raios-X (DXA). Dados sociodemográficos e história de HAS foram coletados através de um questionário. O peso e a estatura foram aferidos em balança antropométrica para cálculo do IMC. A massa gorda e magra foram avaliadas por DXA. Foram utilizadas estatísticas descritivas, sendo as descrições feitas por medidas de frequência, médias e desvios-padrões. Para comparação das médias das variáveis quantitativas foi utilizado o teste t de Student. Resulta-dos: Participaram do estudo 288 idosas com idade média de 67,6±5,8 anos, sendo a maioria ca-sada (60,1%) e aposentada (93,1%). A escolaridade mais frequente foi entre 4 e 8 anos de estudo (44,1%). A frequência de HAS foi de 63,2% (n=182). Entre as idosas hipertensas, o IMC médio foi de 28,27±5,3 kg/m2, a massa gorda total média foi de 27,33±10,4 kg e a massa magra total média de 36,53±4,6 kg. Já entre idosas não hipertensas, o IMC médio foi de 26,42±3,7 kg/m2, a massa gorda total média foi de 24,75±7,9 kg e a massa magra total média de 36,01±4,1 kg. HAS foi as-sociada com o IMC (p=0,001) e com a massa gorda (p=0,018) e não teve associação com a massa magra (p=0,335). Conclusão: Observou-se associação de HAS com níveis médios maiores de IMC e de massa gorda.

Palavras-chave: Hipertensão arterial; Índice de massa corporal; Composição corporal.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nivel Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11949

Page 159: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

159V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11949

ENVELHECIMENTO E COVID-19: ASSOCIAÇÃO ENTRE COMORBIDADES E GRAVIDADE DA DOENÇA

Kimberly Mayara Gouveia Bezerra; Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; [email protected]

Crislayne Maria Berto; Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; [email protected]

Fernando Arthur Alves da Silva; Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; [email protected]

Leiliane Moraes dos Santos Silva; Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; [email protected]

Ana Paula de Oliveira Marques; Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; [email protected]

RESUMO

Introdução: Atualmente, tem-se constatado o alto número de idosos hospitalizados por CO-VID-19, os quais geralmente apresentam condições clínicas subjacentes, com o aumento da idade sendo associado à gravidade clínica, incluindo letalidade. Objetivo: Investigar a associação entre comorbidades e gravidade da COVID-19 em idosos. Métodos: Realizou-se uma revisão integra-tiva nas bases de dados Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), Pubmed e Web of Science, utilizando a combinação dos descritores “comorbidity“, “risk factors”, “COVID-19” e “elderly”. Foram encontrados 270 artigos no total. Destes, 31 foram pré-selecionados e, após aplicação dos critérios de elegibilidade, restaram 12 ar-tigos, os quais compuseram esta revisão. Resultados: Os idosos somam 20,5% dos casos graves de COVID-19. A presença de comorbidade aumenta a atividade do gene ECA2, o qual é responsável pela expressão da proteína transmembrana Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2), rela-cionada com a infecção celular pelo vírus SARS-CoV-2. Além disso, os estudos constataram que diagnósticos preexistentes de demência, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), doenças cardíacas e depressão em idosos são estatisticamente sig-nificativas para o desenvolvimento da forma mais grave da COVID-19 e para mortalidade dessa população. Outro ponto interessante é que a Doença Renal Crônica (DRC) contribuiu principal-mente para a morte. Conclusão: A presença de comorbidades na população idosa com COVID-19 está relacionada a maior gravidade e pior prognóstico da doença.

Palavras-chave: COVID-19; SARS-Cov-2; Idoso; Comorbidade.

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160V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11952

IMPACTO DA OBESIDADE NA MORTALIDADE DE IDOSOS COM COVID-19

Kimberly Mayara Gouveia Bezerra; Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; [email protected]

Crislayne Maria Berto; Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; [email protected]

Fernando Arthur Alves da Silva; Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; [email protected]

Leiliane Moraes dos Santos Silva; Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; [email protected]

Ana Paula de Oliveira Marques; Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; [email protected]

RESUMO

Introdução: A obesidade é um problema de saúde pública e sua prevalência corresponde a 17,9% na faixa etária de 60 a 74 anos e 15,8% para os com 75 anos ou mais. Pessoas com obe-sidade são mais propensas a infecções, pois esta condição prejudica a imunidade ao causar uma inflamação crônica do tecido adiposo, influenciando a atividade das células da imunidade inata e adaptativa, além de perturbar o equilíbrio hormonal do organismo. Além disso, devido ao aumento de tecido adiposo, há alta expressão de receptores ACE2, responsáveis pela entrada do vírus SAR-S-Cov-2 nas células. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS) e Pubmed, utilizando a combinação dos descritores “obesity“, “elderly” e “COVID-19”. 161 artigos foram encontrados no total, dos quais 23 foram pré-selecionados e, após aplicação dos critérios de elegi-bilidade, 11 artigos foram incluídos. Resultados: Evidenciou-se que a obesidade é um fator de risco forte e independente para maior gravidade da COVID-19 em idosos, bem como para maior neces-sidade de suporte respiratório avançado, diminuição da eliminação do vírus e para mortalidade. Níveis mais elevados de índice de massa corporal (IMC) têm relação diretamente proporcional a piores desfechos da doença. Conclusão: A obesidade é um fator de risco para mortalidade em ido-sos com COVID-19, portanto uma atenção especial deve ser dada na prevenção e controle dessa comorbidade e suas complicações para proteção desta população.

Palavras-chave: Obesidade; COVID-19; Mortalidade; Idoso.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11956

Page 161: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

161V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11956

MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL COM MAIOR COBERTURA DO ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS

Bruna Steffler, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected];

Karla de Souza Maldonado da Silva, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected];

Raiane Dalmolin, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected];

Laura Virgili Claro, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected];

Cintia Eichler Brites, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected];

Greisse Viero da Silva Leal, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected];

Vanessa Ramos Kirsten, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected];

RESUMO

Introdução: O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional armazena e gerencia os dados sobre o estado nutricional e consumo alimentar dos usuários da atenção básica do Sistema Único de Saúde. O conhecimento de dados de nutrição da população idosa, que historicamente é menos priorizada quando comparada a outras fases da vida, é essencial para o planejamento de políticas públicas, frente ao acelerado processo de envelhecimento da população. Objetivo: Identificar os municípios com maior cobertura do estado nutricional na população idosa do estado do Rio Grande do Sul. Métodos: Estudo descritivo retrospectivo. Foram coletados os registros de estado nutri-cional de idosos no site SISVAN web dos anos 2014 a 2018. O cálculo da cobertura foi realizado dividindo-se o número de idosos registrados por ano, pelo número de idosos total (de acordo com o Censo do IBGE) multiplicado por 100. Após, realizou-se a média dos cinco anos por município. Resultados: Dos 497 municípios avaliados, 24 (4,8% dos municípios) apresentaram cobertura su-perior a 50% da população idosa. Destes, destacam-se os municípios de Muliterno (86,8%), Serra-fina Corrêa (79,1%), Vila Flores (77%) e Tupanci do Sul (71,9%) com coberturas superiores a 70%, 9 municípios apresentaram coberturas entre 70 e 60% e 11 municípios entre 60 e 50%. Conclusão: Identificou-se baixa cobertura do estado nutricional na população idosa no RS. O registro do es-tado nutricional, por meio da implantação da vigilância alimentar e nutricional nos municípios, deve ser incentivado pelos gestores em saúde dos municípios para subsidiar ações que visem a promoção da saúde dessa população.

Palavras-chave: Senescência; Estado Nutricional; Consumo alimentar; Sistema de Vigilân-cia Alimentar e Nutricional.

Agradecimento: CAPES, FIPE-UFSM e PIBIC-CNPq.

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162V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11960

TECNOLOGIAS DIGITAIS NA VIDA DOS IDOSOS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Tatiana Benini (Acadêmica); BIC-UCS; [email protected]

Vania B.M. Herédia (Orientadora); UCS; [email protected]

Fábio Velho (Pesquisador); UCS; [email protected]

Andréia Velho Witt; (Pesquisador); UCS; [email protected]

RESUMO

A pandemia ocasionada pelo Novo Coronavírus (Covid-19) tem provocado mudanças sociais na vida da população, especialmente em grupos vulneráveis, como os idosos, que vêm mantendo-se em isolamento social para evitar a contaminação. Diante desse cenário, os idosos ampliaram suas formas de comunicação e foram desafiados ao utilizar as tecnologias digitais. O presente estudo tem como objetivo descrever como as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICS) contri-buem para a integração dos idosos socialmente. O estudo foi realizado no Programa UCS Sênior através de uma pesquisa com alunos matriculados nos cursos de “Aprendizagem digital para adul-tos e idosos”, ofertados pela Universidade de Caxias do Sul. O estudo é exploratório, de natureza qualitativa e tem o método descritivo como suporte teórico-metodológico. Dos resultados prelimi-nares do estudo, constata-se que os idosos têm utilizado as redes sociais para se comunicarem com familiares e amigos que estão distantes nesse momento, amenizando as dificuldades enfrentadas durante a pandemia. Além disso, muitos idosos têm se desafiado a realizar compras online e a utilizar os serviços de banco através de aplicativos. As aulas do Programa UCS Sênior, as quais os idosos entrevistados participam, também tem sido realizadas por meio de uma plataforma online e os alunos afirmam que essas aulas são uma alternativa para enfrentar a pandemia, apesar de re-gistrarem a falta de contato físico promovido pelas aulas presenciais. Conclui-se pelos relatos que esse aprendizado trouxe muitos aspectos positivos relacionados ao uso da informação e ao contato social virtual, o que contribui para amenizar o sofrimento vivido nesse momento.

Palavras-chave: Pandemia; Idosos; Tecnologias Sociais; Comunicação.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11963

Page 163: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

163V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11963

O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DE CASAIS FISICAMENTE ATIVOS

Mariana Pes Turchiello; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Angelita Alice Jaeger; Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

RESUMO

Introdução: O processo de envelhecimento não é um processo homogêneo tampouco tem um padrão, diferenciando-se de acordo com a cultura e com o momento histórico de cada sociedade. Em razão do aumento da longevidade há uma maior busca por um estilo de vida ativo. As transfor-mações corporais são influenciadas por diferentes marcadores, entre os quais o gênero se destaca. Apesar de existirem vários estudos que mostrem que o estilo de vida ativo é benéfico nota-se que há uma lacuna quanto ao estudo do estilo de vida ativa na vida de casais em processo de envelheci-mento. Objetivo: analisar as diferenças de percepção das relações de gênero no envelhecimento de casais fisicamente ativos. Métodos: Utilizou-se uma abordagem qualitativa de pesquisa. A partir de uma amostra intencional, participaram da investigação 8 casais heterossexuais, com idades variando de 53 e 79 anos, autodenominados brancos, de classes alta e média alta. Realizou-se en-trevistas semiestruturadas individualmente, gravadas em um dispositivo digital e após transcritas literalmente. O material empírico foi organizado e analisado com o auxílio do software Nvivo 12. Resultados: Formaram-se 3 categorias que apontaram que as escolhas das práticas corporais são múltiplas, predominantemente individuais para as mulheres e, coletivas e individuais para os ho-mens, os benefícios eram o fator motivador, incluíram alívio da dor, melhor alinhamento postural e maior disposição. Alguns/as entrevistados/as mencionaram pequenos incômodos com as trans-formações corporais. Conclusão: Conclui-se que a pesquisa contou com um grupo seleto, adepto aos cuidados corporais, os quais vivenciam o processo de envelhecimento de forma leve e saudável.

Palavras-chave: Envelhecimento Saudável; Estudos de Gênero; Atividade Física

Page 164: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

164V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11966

PROPORÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS A IDOSOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Valéria Baccarin Ianiski; [email protected]

Flávia Picoli Gheno; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS; [email protected]

RESUMO

Introdução: O aumento do envelhecimento da população corrobora para a maior prevalência de doenças crônicas e aumento da demanda de medicamentos e serviços de assistência à saúde. Objetivo: Descrever a proporção de medicamentos distribuídos a idosos do Brasil e suas regiões por sexo. Métodos: Estudo quantitativo descritivo de dados extraídos do Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso, em 2015 e 2018, provenientes do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SUS), em que foram incluídos ido-sos acima de 60 anos que receberam medicamento para tratamento de alguma doença. Resulta-dos: A proporção de distribuição de medicamentos para idosos pelo SUS teve aumento de 1,25% (42,1%x43,3%) no Brasil, e maior proporção nas mulheres (2015:43,9%; 2018:44,7%) no perío-do avaliado. A região Sudeste apresentou as maiores proporções de medicamentos distribuídos (2015:H:42,5%; M:46,9%; 2018:H:45,0%; M:48,6%) frente aos sexos. O Nordeste apresentou as menores proporções (2015:H:27,3%; M:29,9%; 2018:H:28,2%; M:29,7%) de distribuição de me-dicamentos tanto para homens quanto mulheres. Com relação aos estados da federação, a maior proporção de distribuição de medicamentos a idosos pelo SUS foi para homens em 2015 (44,5%) e 2018 (47,3%) em São Paulo e, para mulheres em 2015 na Paraíba (49,8%) e em 2018 em São Paulo (50,3%). Conclusão: As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram as maiores e menores propor-ções de distribuição de medicamentos a idosos pelo SUS. Vale ressaltar que a maior proporção de distribuição de medicamentos pelo SUS foi para mulheres idosas, tanto no nível de país, regiões e estados da federação.

Palavras-chave: Uso de medicamentos; Idoso; Sistema único de saúde.

Agradecimentos: Este trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11967

Page 165: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

165V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11967

IDOSAS COM ALGUM PROBLEMA DE SAÚDE E O RISCO DE QUEDAS

Janina Lied da Costa; UFSM; [email protected]

Sinara Porolnik; UFSM; [email protected]

Guilherme Tavares Arruda; UFSC; [email protected]

Hedioneia M. F. Pivetta; UFSM; [email protected]

RESUMO

Introdução: As quedas constituem uma alta proporção de morbimortalidade em idosos, além de trazer consequências negativas à qualidade de vida desses indivíduos. Diante do exposto, acre-dita-se ser fundamental conhecer o perfil das idosas para identificar possíveis vieses de risco às quedas. Objetivo: Verificar se idosas com algum problema de saúde têm risco de quedas. Métodos: Este trabalho é parte da Dissertação de mestrado vinculada ao projeto Guarda-chuva intitulado Funcionalidade, risco de quedas, nível de atividade física e controle postural em mulheres com e sem incontinência urinária, aprovado sob parecer CAAE: 63080416.0.0000.5346. Estudo transver-sal, composta por 41 idosas com média de 66,2±5,5 anos de idade. Estas mulheres foram recruta-das nos grupos de atividades físicas do Núcleo Integrado de Estudos e Atenção à Pessoa Idosa. Os instrumentos utilizados foram a Ficha de avaliação elaborada pelos autores para delinear o perfil das idosas, o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) para qualificar o nível de ati-vidade e o Teste Timed Up and Go (TUG) para avaliar o Risco de Quedas (RQ). Os dados foram analisados através da estatística descritiva com distribuição de frequências de valores absolutos e percentuais. Resultados: A maioria das idosas permanecia ativa (97,6%), mesmo que 80,5%(n=33) delas apresentassem algum problema de saúde como hipertensão arterial sistêmica (61,0%) e dia-betes mellitus (14,63%), e quanto ao risco de quedas, foi identificado baixo risco em 53,66%(n=22). Conclusão: Nesta população, é possível dizer que idosas ativas podem reduzir o risco de sofrerem quedas, mesmo apresentando algum problema de saúde.

Palavras-chave: Acidentes por quedas; Assistência a idosos; Atividade motora; Dinâmica populacional; Envelhecimento; Prevenção de acidentes.

Agradecimentos: Ao financiamento da CAPES, a oportunidade dada pela UFSM, ao apoio e incentivo dos coautores e minha orientadora.

Page 166: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

166V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11968

SONO E BEM ESTAR DO IDOSO DURANTE O PERÍODO DE QUARENTENA

Estherfanny da Nóbrega Pinheiro; Universidade do Estado do Pará; [email protected]

Giovana Silva Correa Reis; Universidade do Estado do Pará; [email protected]

Lorena Garcia da Fonseca; Universidade do Estado do Pará; [email protected]

Jéssika Sayuri Campelo Kato; Universidade do Estado do Pará; [email protected]

Rebeca Andrade Ferraz; Universidade do Estado do Pará; [email protected]

Camila Arcoverde de Oliveira; Grupo Cynthia Charone; [email protected]

Brenda Gomes; Grupo Cynthia Charone; [email protected]

Cynthia Cyllene de Oliveira Charone; Grupo Cynthia Charone; [email protected]

RESUMO

Introdução: O isolamento social durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus afe-tou o bem-estar, principalmente, dos mais vulneráveis como os idosos. Nesta população, foram relatadas ansiedade, depressão, má qualidade do sono, inatividade física, entre outros durante o período de isolamento. Assim, faz-se necessário estudos sobre esses aspectos para melhorar os pos-síveis danos individuais e oferecer o suporte necessário. Objetivo: Avaliar o sono e o bem-estar psi-cológico de idosos durante a pandemia de COVID-19. Método: Estudo transversal e descritivo, com 799 pacientes avaliados mediante telemonitoramento. Foram incluídos idosos participantes do serviço de geriatria e gerontologia de um centro de referência em envelhecimento saudável Grupo Cynthia Charone e que aceitaram participar, mediante assinatura do estudo e aprovação no CEP. Resultados: Dos pacientes analisados, em relação à qualidade de sono, 506 declaram dormir bem frequentemente (66,3%), 156 às vezes (20,4%), e 101 quase nunca ou nunca dormem bem (13,2%); sobre bem estar ao acordar, 703 pacientes responderam e 81,7% se sentem bem descansados e 15,6%, pouco descansados. 754 pacientes relataram excesso de preocupação e ansiedade e 68% dos pacientes refere não apresentar tais sentimentos, 17,5% sente semanalmente e 14,5% sente quase todos os dias ou todos os dias. Por fim, dos 722 que relataram o nível de estresse, nenhum paciente se considera sem nenhum estresse. Conclusão: Apesar de não ser a maioria dos analisados, uma considerável parcela de idosos apresentou alterações no sono e no bem-estar psicológico, especial-mente em decorrência da pandemia de COVID-19.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Isolamento Social.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11969

Page 167: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

167V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11969

SOBRECARGA E PERFIL DE CUIDADORES INFORMAIS DE PESSOAS IDOSAS FRÁGEIS CADASTRADAS EM CENTROS DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Larissa Cayla Cesário; Departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP);

[email protected]

Gabriela Marques Pereira Mota; Departamento de Enfermagem da UFSCar; bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES); [email protected]

Isabela Thais Machado de Jesus; Departamento de Enfermagem da UFSCar; bolsista CAPES

Marisa Silvana Zazzetta; Departamento de Gerontologia da UFSCar; [email protected]

RESUMO

Com o aumento da longevidade e a presença de fragilidade, juntamente com doenças crôni-cas e dependências nas pessoas idosas se faz necessário o apoio de Políticas Públicas para suprir necessidades dessa população. A situação se agrava quando o indivíduo com fragilidade necessita de cuidador. Objetivo: analisar a sobrecarga de cuidadores informais e dificuldades da prestação de cuidados de longo prazo de idoso cadastrado em CRAS de município do interior paulista. Métodos: estudo descritivo, transversal com abordagem quanti-qualitativa. Participaram do estudo cuidado-res informais, que cuidam há pelo menos 3 meses, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 09267319.0.0000.5504). Utilizou-se questionário sociodemográfico, Escala de Sobrecarga de Zarit e pergunta aberta em relação às dificuldades de cuidado. Os dados quantitativos foram anali-sados mediante estatística descritiva e os qualitativos por meio de análise de conteúdo. Resultados: Participaram do estudo 18 cuidadores informais. A maioria pertencia ao sexo feminino (88,8%), com média de idade de 59 anos (dp=12,13), casados (77,7%), sem renda individual (72,2%) e desem-pregados (72,2%). Quanto à sobrecarga avaliada, 66,6% apresentaram sobrecarga, sendo 44,4% de leve a moderada e 22,2% de moderada a severa sobrecarga. Quanto às dificuldades no cuidado, 77,7% dos entrevistados afirmaram ter dificuldades. Na análise qualitativa dos relatos emergiram duas categorias temáticas: dimensão subjetiva do cuidado, relacionada a aspectos emocionais e dimensão objetiva do cuidado, relacionada a dificuldade em concretizar tarefas de cuidado. Con-clusão: Evidencia-se sobrecarga e dificuldades vivenciadas por cuidadores informais, tornando-se importante o desenvolvimento de políticas públicas que apoiem esse grupo populacional.

Palavras chave: Cuidador Informal; Idoso Frágil; Política Pública.

Agradecimentos: aos cuidadores participantes, à Secretaria de Cidadania e Assistência Social do município de São Carlos e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Page 168: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

168V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11970

COBERTURA DA VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA A POPULAÇÃO IDOSA NO RIO GRANDE DO SUL

Karla de Souza Maldonado da Silva; Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; [email protected]

Vanessa Ramos Kirsten; Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; [email protected]

RESUMO

Introdução: Devido ao atual cenário de transição epidemiológica e nutricional, somado ao aumento do número de idosos, torna-se necessário identificar novas necessidades de atenção nu-tricional, e para isso, o aumento da cobertura da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nessa fase do ciclo da vida é pré-requisito. Objetivo: Descrever e analisar a cobertura da VAN de idosos nos municípios do estado do Rio Grande de Sul (RS), de 2014 a 2018. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa. Foi realizada coleta de dados referentes ao estado nutricional de idosos dos 497 municípios do estado do RS através do SISVAN Web e calculada a cobertura por meio da relação dos indivíduos idosos, acompanhados pelo SISVAN-Web nos anos de 2014 a 2018, e a população idosa dos respectivos municípios, conforme Censo de 2010 do IBGE. Após, o valor foi multiplicado por 100 para indicar o percentual da população coberta para cada município e indicado a mediana dos 5 anos analisados no RS. Resultados: As coberturas para esta-do nutricional da população idosa no SISVAN, nos últimos 5 anos tiveram as seguintes medianas: 0,17% (em 2014), 2,37% (em 2015), 2,75 (em 2016), 3,56% (em 2017) e 5,85% (em 2018). Conclu-são: Embora a cobertura do sistema tenha apresentado uma melhora ao longo dos anos, ainda está muito aquém do esperado. Os resultados encontrados sugerem a necessidade de uma maior sensibilização dos gestores e profissionais de saúde do SUS sobre a importância do diagnóstico do estado nutricional da população idosa por meio do SISVAN Web.

Palavras-chave: Vigilância Alimentar e Nutricional; Cobertura de Serviços Públicos de Saú-de; Nutrição do Idoso.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11971

Page 169: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

169V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11971

INTERNAÇÕES CONSIDERADAS EVITÁVEIS POR DOENÇAS INFLAMATÓRIAS PÉLVICAS EM IDOSAS

Flávia Picoli Gheno; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS; [email protected]

Valéria Baccarin Ianiski; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento favorece alterações fisiológicas, funcionais e anatômicas em todo organismo feminino, comprometendo a qualidade de vida da mulher. Objetivo: Des-crever a proporção de internações consideradas evitáveis por idosas com doenças inflamatórias pélvicas no Brasil, regiões e estados da federação. Métodos: Estudo quantitativo descritivo de dados extraídos do Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso, no ano de 2013 a 2018, provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Úni-co de Saúde, em que foram incluídas idosas de 60 a 74 anos que receberam diagnóstico CID10 N70-76, causas definidas como sensíveis a atenção primária. Resultados: A proporção de inter-nações consideradas evitáveis por idosas com doenças inflamatórias pélvicas foi de 0,11% no Brasil no período supracitado. A região Norte apresentou as maiores frequências de internações (2013:0,18%;2014:0,16%;2015:0,18%;2016-2017:0,16%;2018:0,23%), ao passo que, a região Sul apresentou as menores frequências de internações consideradas evitáveis por idosas com doen-ças inflamatórias pélvicas (2013:0,08%;2014-2015:0,09%;2016-2017:0,08%;2018:0,09%), com ex-ceção do ano de 2015 onde a região Centro-Oeste compartilhou da mesma frequência. Identi-ficaram-se maiores frequências de internações evitáveis na Paraíba (2013:0,25%), Mato Grosso (2014:0,28%) e Acre (2015-2018:0,35;0,67;0,63;0,62%) e as menores frequências nos estados da Bahia (2013:0,06%), Pernambuco (2014:0,04%), Roraima (2015-2016:0,00%); Rondônia e Pernam-buco (2017:0,05) e Rio Grande do Norte e Alagoas (2018:0,05%). Conclusão: As regiões Norte e Sul apresentaram as maiores e menores frequências de internações consideradas evitáveis por idosas com doenças inflamatórias pélvicas. Dados sugerem incentivar a saúde da mulher nos estados do Norte e Nordeste visto estes apresentarem as maiores frequências de internações do período.

Palavras-chave: Doença inflamatória pélvica; Idoso; Mulheres; Sistema único de saúde.

Agradecimentos: Este trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11972

ASSOCIAÇÃO IMOBILIDADE NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR DE IDOSOS E MORTE: ESTUDO COM 3 ANOS DE SEGUIMENTO

Liege Camargo Alves Kurrle; Laboratório de Biogenômica, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Fernanda Barbisan; PPG Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Thamara Graziela Flores; PPG Farmacologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Neida Luiza K. Pellenz; Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Ivana Beatrice Mânica da Cruz; PPG Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Melissa Agostini Lampert; PPG Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

RESUMO

Introdução: A imobilidade durante internações hospitalares pode ter impacto no sistema musculoesquelético favorecendo outras doenças e a síndrome sarcopenica, bem como no sistema emocional dos idosos. Objetivo: Analisar a associação entre imobilidade intra-hospitalar e mortali-dade em idosos após 3 anos de seguimento. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, longitu-dinal e descritivo. A coleta de dados inicial ocorreu no ano de 2015 - 2016 e o desfecho mortalidade foi analisado nos anos de 2017-2020. A amostra proveniente do Hospital Universitário de Santa Maria, composta inicialmente por 493 idosos, sendo que 165 foram excluídos por não apresen-tarem 2/3 dos dados necessários para o estudo ou à ausência de contato. Análise estatística via software SPSS versão 21.0, por análise univariada do teste de qui-quadrado ou exato de Fisher e a razão de chances (odds ratio) através da regressão logística (modelo Backword). Valores significan-tes foram considerados quando p valor <0,05. Resultado: Observou-se 4,6%(n=15) apresentavam imobilidade prévia a internação e que 43,0% (n=141) apresentavam imobilidade de causa hospi-talar, destes 53,2%(n=75) eram do sexo masculino, com idade entre 60 e 69 anos(41,8%), a maior prevalência de imobilidade (31,9%) foi devido a fraturas. Observou-se associação entre as variáveis imobilidade de causa hospitalar e óbito no período de 3 anos após a internação(p=0,039). Conclu-são: A associação entre imobilidade intra-hospitalar de idosos e mortalidade destes idosos após 3 anos de seguimento foi encontrada. Estes dados reforçam a necessidade de o paciente manter-se ativo, dentro de suas possibilidades, durante o período de internação.

Palavras-chaves: Imobilidade; Idoso; Hospitalização.

Agradecimentos: CAPES, CNPQ, PROIC-HUSM.

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171V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11973

TRATAMENTO COM ANTIDEPRESSIVOS TRICICLICOS AUMENTAM AS CHANCES DE DELIRIUM EM IDOSOS

Liege Camargo Alves Kurrle; Laboratório de Biogenômica, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Fernanda Barbisan; PPG Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected];

Melissa Agostini Lampert; PPG Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Liana Pinheiro Santos Marques; PPG Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Ivana Beatrice Mânica da Cruz; PPG Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Thamara Graziela Flores; PPG Farmacologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

RESUMO

Introdução: Os antidepressivos tricíclicos (AT) são considerados padrão ouro de eficácia te-rapêutica frente a depressões graves, inclusive para idosos acima de 80 anos. Entretanto, os ATs apresentam maiores efeitos colaterais se comparados a outras classes, devido ao mecanismo de ação via bloqueio de recaptura de monoaminas, principalmente norepinefrina e serotonina, e em menor proporção dopamina. Em idosos ATs pioram o desempenho cognitivo, em superdosagens podem causar Delirium. Objetivo: Analisar associação entre o uso de ATs antes da internação em dosagens terapêuticas com o diagnóstico de Delirium. Método: A coleta de dados ocorreu nos anos 2015/2016 no Hospital Universitário de Santa Maria (RS). A amostra foi composta por 493 idosos, 89 idosos foram excluídos por não apresentarem dados suficientes. O diagnóstico de delirium na da admissão hospitalar foi obtido pelo Confusion Assessment Method(CAM). Análise estátistica via SPSS, p < 0,05 considerado significativo. Resultados: O perfil da amostra com idade entre 60 e 69 anos (48%), sendo 57,2% (n=231) do sexo masculino, a prevalência de ingresso foi por fraturas gerais (20%), neoplasias (19,6%), e doenças cerebrovasculares (16,6%). Houve associação entre o uso de ATs antes da admissão hospitalar e o diagnóstico de Delirium na admissão hospi-talar (p=0,035), com risco relativo para desenvolver o Delirium em 3,79 maior para os idosos que faziam uso de ATs. Conclusão: Mesmo quando administrado em doses terapêuticas os Ats, apre-sentaram associação com o diagnóstico de Delirium. Mais estudos precisam ser realizados para confirmação desta hipótese.

Palavras-chaves: Idoso; Delirium; Fármacos inapropriados.

Agradecimentos: CAPES, CNPQ, PROI-HUSM.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11974

CUBIU: FRUTO AMAZÔNICO PREVINE OXIDAÇÃO DE LIPÍDEOS, PROTEGENDO CONTRA A FORMAÇÃO DE ATEROMA

Nathália Cardoso de Afonso Bonotto; Laboratório de Biogenômica, Departamento de Morfologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Greice Franciele Montagner; Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul; [email protected]

Ivana Beatrice Mânica da Cruz; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Ednea Aguiar Maia-Ribeiro; Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade do Amazonas; [email protected]

Euler Esteves Ribeiro; Universidade Aberta da Terceira Idade/Universidade do Estado do Amazonas; [email protected]

Rômulo Pillon Barcellos; Universidade de Passo Fundo; [email protected]

Fernanda Barbisan; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças car-diovasculares, sendo a aterosclerose um exemplo destas patologias, a qual se caracteriza pelo acu-mulo de gordura, especialmente lipoproteínas de baixa densidade (LDL), nas artérias. Sabendo que o acumulo e a oxidação do LDL por espécies reativas de oxigênio (EROs) fazem parte do mecanismo de iniciação e progressão das placas de ateromas, e que fragmentos da placa podem se desprender, ocluindo as artérias e gerando falta de oxigênio e morte de tecidos, como ocorre no infarto do miocárdio, que é a principal causa de morte no mundo, se torna necessária a busca por alimentos que possam diminuir a oxidação do LDL. O cubiu (Solanum sessiliflorum), fruto ama-zônico conhecido por seu forte poder antioxidante, poderia ser utilizado no combate às EROs que oxidam o LDL. Objetivo: Investigar o efeito do cubiu sobre a oxidação do colesterol LDL. Métodos: Preparação do extrato hidroalcóolico do cubiu proveniente de Maués- AM. Sangue foi coletado e amostras de plasma contendo LDL foram incubadas com um agente oxidante e com o extrato hi-droalcólico nas concentrações de 3 a 300 µg / mL. Resultados: Diferentes concentrações de cubiu foram capazes de controlar processos de oxidação de LDL no plasma in vitro. Conclusão: Nossos resultados sugerem que o extrato de cubiu tem potencial ação protetora frente a oxidação do LDL, indicando capacidade de prevenção da formação de ateromas. Mais estudos precisam ser realiza-dos para a confirmação desta hipótese e possível indicação do cubiu como suplemento alimentar.

Palavras-chave: Envelhecimento; Doenças cardiovasculares; Espécies reativas de oxigênio.

Agradecimentos: Capes, CNPq, FAPEAM.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11975

Page 173: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11975

EFEITO IN VITRO DO BARBATIMÃO EM MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO DE FIBROBLASTOS HUMANOS SENSCENTES

Nathália Cardoso de Afonso Bonotto; Laboratório de Biogenômica, Departamento de Morfologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Moisés Henrique Mastella; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Ivana Beatrice Mânica da Cruz; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Neida Luiza Caspary Pellenz; Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

Euler Esteves Ribeiro; Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade; [email protected]

Verônica Farina Azzolin; Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade – [email protected]

Fernanda Barbisan; Programa de Pós-Graduação em Gerontologia, Universidade Federal de Santa Maria; [email protected]

RESUMO

Introdução: Os fibroblastos compõem as principais células da pele, sendo responsáveis pelo processo de cicatrização de lesões. O estresse oxidativo, causado pela produção excessiva de Espé-cies Reativas de Oxigênio (EROs), é responsável por agravar o processo de envelhecimento celular, prejudicando as funções de proliferação e cicatrização dos fibroblastos, contribuindo para o apare-cimento de lesões teciduais. Desta forma, torna-se relevante a busca por compostos naturais que possam auxiliar no reparo destas lesões, como é o caso do barbatimão, planta do Cerrado, utilizada pela medicina tradicional como cicatrizante devido à sua potencial atividade antioxidante. Objetivo: Avaliar in vitro o efeito do barbatimão em marcadores de estresse oxidativo de fibroblastos humanos senescentes. Métodos: Células da linhagem de fibroblastos humanos (HFF-1) foram cultivadas em condições controladas até atingirem morfologia senescente via observação por microscopia confocal. As células senescentes foram expostas ao extrato de barbatimão nas concentrações de 0,49mg/mL e 0,99mg/mL. Após 72 horas de exposição, foram analisados espectrofotometricamente os níveis de carbonilação de proteínas e lipoperoxidação. Resultados: O barbatimão mostrou-se eficiente em re-duzir os níveis dos marcadores oxidativos em ambas as concentrações utilizadas, diminuindo tanto o dano às proteínas como aos lipídeos. Conclusões: Apesar das limitações metodológicas inerentes aos estudos in vitro, nossos resultados indicam que o barbatimão desempenha atividade positiva no com-bate ao estresse oxidativo, podendo ser um poderoso aliado na prevenção do aparecimento de lesões por pressão, um grande problema de saúde pública no Brasil, principalmente entre idosos acamados. Entretanto, mais estudos precisam ser realizados para confirmação desta hipótese.

Palavras-chave: Envelhecimento; Senescência celular; Espécies reativas de oxigênio.

Agradecimentos: Capes, CNPq.

Page 174: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11976

DELIRIUM EM IDOSOS HOSPITALIZADOS NA CLÍNICA CIRÚRGICA NO PARANÁ

Gabriela Serighelli da Rosa; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

Emerson C. Souza Filho; Universidade Estadual De Ponta Grossa; [email protected]

Jacy Aurelia Vieira de Sousa; Universidade Estadual de Ponta Grossa; [email protected]

RESUMO

Introdução: Delirium é definido como uma síndrome neurocomportamental causada pela insuficiência aguda e transitória da atividade cerebral. No transoperatório caracteriza-se por dis-tração e outros distúrbios da função cerebral. Objetivo: Caracterizar idosos hospitalizados em clínica cirúrgica de um hospital do Paraná, quanto a características sociodemográficas, clínicas e ocorrência de Delirium. Métodos: Estudo observacional, retrospectivo, desenvolvido no setor da clínica cirúrgica de um hospital no Paraná. A população foi composta por pacientes com 60 anos ou mais internados de maio a agosto de 2019. Utilizou-se um instrumento com variáveis socio-demográficas e clínicas, a escala de Richmond Agitation-Sedation (RASS) e o Confusion Assess-ment Method (CAM). Resultados: A amostra foi composta por 31 idosos, com predomínio do sexo feminino (18; 58,06%), com faixa etária de 70 a 79 anos (13; 41,94%), com escolaridade baixa (19; 61,29%), casados (12; 38,71%) e aposentados (22; 70,97%). Predominou as cirurgias ortopédicas (10; 32,26%) e idosos com presença de hipertensão arterial sistêmica (HAS) (21; 67,74%). Quanto à CAM, apenas 02 (07; 14%) idosos do sexo masculino apresentaram critérios para a classificação de Delirium. Quanto à RASS, 26 (82; 14%) idosos apresentavam-se em estado alerta/calmo, 03 (10; 71%) apresentavam-se sonolentos e 02 (07; 14%) apresentavam-se inquietos. Conclusão: Conclui--se que os dados sociodemográficos e clínicos reconhecidos em idosos no transoperatório, como a predominância do sexo feminino, com baixa escolaridade, estado civil casados e aposentados. A morbidade com maior prevalência foi a HAS e as cirurgias mais realizadas foram as ortopédicas. Mesmo com uma amostra pequena observou-se a presença de delirium.

Palavras-chave: Delirium; Saúde do idoso; Enfermagem geriátrica.

Agradecimentos: Agradeço à Fundação Araucária pelo financiamento da bolsa e a UEPG pelas oportunidades. Agradeço a minha orientadora Jacy Aurelia Vieira de Sousa por toda a sua paciência e ensinamentos. Agradeço aos meus colegas por toda ajuda que tive na realização deste trabalho, em especial ao Emerson C. Souza Filho.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11978

Page 175: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

175V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11978

PREVALÊNCIA DE SINTOMAS GRIPAIS NA PANDEMIA POR SARS-COV-2 EM IDOSOS DE SERVIÇO REFERÊNCIA NA AMAZÔNIA

Ana Carla Costa Azevedo; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Andrea Marcela dos Santos Lopes; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Davi Gabriel Barbosa; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Lucas Matheus da Silva Castro; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Paula Gabriela Nascimento Gonçalves; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Rayssa Moreira Lacerda; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Murilo da Silva Rodrigues; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Cynthia Cyllene de Oliveira Charone; Grupo Cynthia Charone (GCC); [email protected]

RESUMO

Introdução: A população idosa mereceu importante atenção durante a pandemia do Sars--coV-2, sobretudo pelo fato desta faixa etária apresentar maior susceptibilidade às complicações e aos óbitos, visto que a imunossenescência aumenta a vulnerabilidade a doenças infectoconta-giosas, e pelas comorbidades associadas. Neste cenário, ressalta-se que os sintomas gripais são considerados sinais de alerta para Covid-19, especialmente tosse seca, febre, falta de ar e confusão mental, merecendo, portanto, orientação e acompanhamento médico. Objetivo: Avaliar a preva-lência de sintomas gripais em um grupo de idosos no período de pandemia do novo coronavírus. Método: Estudo transversal, descritivo, com dados de 799 idosos entrevistados via questionário avaliativo, elaborado e conduzido pelo Grupo Cynthia Charone, entre idosos ativos no programa de envelhecimento saudável . A coleta de dados foi realizada via telemonitoramento, entre maio e junho de 2020 a partir da avaliação das fichas on-line preenchidas. Todos os participantes con-cordaram em participar do estudo a partir da assinatura voluntaria do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e aprovação do CEP. Resultados: dos 799 idosos avaliados 11,7% refe-riram ter apresentado tosse, 8,2% alegaram coriza, 5% relataram fadiga, 4,1% apresentaram falta de ar, 4% alegaram anosmia e/ou ageusia, 3,7% referiram febre, 3,3% alegaram dor de garganta, 2,7% relataram diarreia e 1,7% referiram náusea ou vômito. Conclusão: Os sintomas gripais mais prevalentes entre os idosos acompanhados pelo GCC, durante a pandemia do coronavírus foram: tosse, coriza e fadiga e o seu entendimento é demasiadamente importante frente ao contexto pan-dêmico e o risco que os idosos apresentam.

Palavras-chave: Tosse; Coriza; Infecções por coronavírus; Assistência integral à saúde do idoso.

Page 176: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

176V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11979

AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA DOR DURANTE A QUARENTENA ENTRE IDOSOS DE UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE

Eric Lins Soeiro; UEPA; [email protected]

Ana Beatriz Tavares Araújo; UEPA; [email protected]

Arilson Lima da Silva; UEPA: [email protected]

Armando da Silva Rosa; UEPA; [email protected]

Clara Danielly Campos de Carvalho Silva; UEPA; [email protected]

Moisés Felipe Silva da Conceição; UEPA; [email protected]

Rondinei Silva Lima; Grupo Cynthia Charone; [email protected]

Cynthia Cyllene de Oliveira Charone; Grupo Cynthia Charone; [email protected]

RESUMO

Introdução: Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), até 50% dos idosos provenientes da comunidade apresenta problemas dolorosos importantes. Logo, desa-fios assistenciais se impõem, já que idosos são suscetíveis a desequilíbrios sociais. Assim, é válido o rastreio durante isolamento social. Objetivo: Verificar a percepção dolorosa em idosos de uma instituição de referência sobre envelhecimento saudável durante o isolamento social devido ao COVID-19. Métodos: Estudo transversal descritivo com 799 indivíduos, baseado no telemonitora-mento de idosos (≥60 anos) participantes do serviço de geriatria e gerontologia do Grupo Cynthia Charone, mediante anuência assinada e os preceitos éticos da pesquisa. Resultados: Verificou-se que, do total de pacientes, 225 apresentaram dor no cotidiano às vezes (20%) ou frequentemente (9,6%) e 199 tiveram seu nível de dor estratificado em 1-3 (2,3%), 4-5 (11,5%), 6-8 (16,8%) ou 9-10 (2,3%). Quanto à realização de atividades sem ajuda, 86,4% afirmam ter dificuldade, sendo que 76,5% assinalaram “frequentemente”. Quanto à dor ao levantar ou subir escadas 30,4% referi-ram dor às vezes (10,8%) ou frequentemente (19,6%). Por fim, 77,2% dos individuos referiu que manteve a saúde estável durante o isolamento social, enquanto 17,1% referiu piora. Conclusão: Observou-se que parcela considerável de pacientes do Grupo Cinthya Charone apresentou quei-xas de dor, predominantemente de nível intermediário a alto (4-8), sendo que a maioria referiu manutenção ou piora dos sintomas durante o isolamento social com a redução das atividades multiprofissionais. Assim, deve-se atentar para sintomas álgicos e estratégias de combate, já que interferem significativamente na qualidade de vida do idoso.

Palavras-chave: Saúde do idoso; Dor crônica; Isolamento social; Coronavirus.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11980

Page 177: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

177V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11980

UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NA POPULAÇÃO IDOSA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Laura Virgili Claro, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected]

Karla de Souza Maldonado da Silva, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected]

Raiane Dalmolin, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected]

Bruna Steffler, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected]

Greisse Viero da Silva Leal, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected]

Vanessa Ramos Kirsten, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), [email protected]

RESUMO

Introdução: A Vigilância Alimentar e Nutricional é uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, que identifica o consumo alimentar e estado nutricional da popula-ção, essas informações ainda são escassas em idosos. As políticas para o público materno-infantil majoritariamente foram responsáveis pelo maior registro de consumo alimentar no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica sobre a utilização dos instrumentos (marcadores de consumo alimentar e estado nutricional) do SISVAN na população idosa. Métodos: Foram consultadas as bases de dados da Bireme e SciELO, utilizan-do os unitermos “consumo alimentar” AND “estado nutricional” AND “vigilância alimentar e nutricional”. Foi adotado como critério de inclusão produções nos idiomas português e inglês, que contemplassem a utilização de dados do SISVAN e exclusão de revisões, teses, dissertações, do-cumentos oficiais e duplicados. Resultados: Foram identificadas 11 publicações. Os instrumentos do SISVAN foram utilizados em 6 estudos com crianças e escolares (54,54%), em 3 (27,27%) com idosos, 1 (9,09%) com mulheres beneficiárias do Bolsa Família e 1 (9,09%) analisou dados nacio-nais. As publicações foram entre 2008 e 2020, sendo a região sul com maior percentual (54,54%) de utilização desses instrumentos. Dos estudos com os idosos, um não incluiu os marcadores, en-quanto que as pesquisas com os outros públicos estudados todos utilizaram. Conclusão: No Brasil, ainda não há uma política de alimentação e nutrição direcionada aos idosos, no entanto o monito-ramento das condições de saúde desse público é um dispositivo importante para o desempenho de intervenções e consolidação do SISVAN.

Palavras-chave: Envelhecimento; vigilância nutricional; sistemas de informação; saúde pú-blica.

Agradecimentos: CAPES.

Page 178: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

178V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11982

A ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA MEDIANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Caroline Otto Vargas; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

Rosana Sabina Augustin da Silva; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

Amanda Thiesen Bielinski; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

Juliana Nunes Alves; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

Priscila Carvalho Fogaça; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

RESUMO

A pandemia global de COVID-19 colocou os idosos como centro de discussão devido à alta morta-lidade deste público, o risco é ligado diretamente a idade e patologias crônicas prévias. O profissional da enfermagem permeia diversos campos ligados a gerontologia e está altamente ligado a prevenção e cui-dados prestados em diversas esferas. Objetivo: compreender a importância do profissional de enferma-gem gerontológica mediante a pandemia. Método: revisão integrativa, selecionados Decs e realizadas buscas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scielo, e Lilacs no período de setembro de 2020, respon-dendo à questão norteadora: qual a importância do enfermeiro na gerontologia durante a pandemia? Resultados: entre os materiais encontrados, 3 artigos se encaixam no critério de inclusão, que relata o papel do enfermeiro dentro da gerontologia no atual momento de pandemia de COVID-19, atuando na prevenção do contágio e esclarecimento de informações distintas recebidas por canais de comunicação no critério de educação em saúde, em casos necessários também estará presente nos cuidados intensi-vos prestado ao cliente idoso. Tomando novos rumos, o enfermeiro também passou a produzir e utilizar mais conteúdo científico, tornando-se um importante elo na busca por conhecimento. Conclusão: a formação de enfermeiros capacitados para atender o publico idoso é de grande valia para sociedade, não somente durante a pandemia, porém nos próximos anos que virão, contemplando a inversão da pirâmide etária, e o aumento da qualidade de vida que acerca este público.

Palavras-chave: enfermagem gerontológica; coronavírus; envelhecimento.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11984

Page 179: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

179V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11984

PERFIL DE ADESÃO MEDICAMENTOSA EM IDOSOS LONGEVOS

Iara Lessa Costa da Silva; UNIFESP; [email protected].

Aline Tavares Domingos; UNIFESP; [email protected]

Caroline Ferreira Saladini; UNIFESP; [email protected]

RESUMO

Introdução: Os idosos com 80 anos ou mais, representam uma população relativamente nova e em expansão no Brasil e, portanto, há poucos estudos que analisem o comportamento dessa população em relação à adesão medicamentosa. Objetivo: investigar o perfil de adesão medicamentosa de idosos longevos e os fatores relacionados. Métodos: estudo transversal de abordagem quantitativa com 50 idosos longevos atendidos em um ambulatório especializado, localizado no município de São Paulo- SP. Os idosos foram entrevistados por meio de questionários com sobre questões sociodemográficas, teste de Morisky e Green modificado, Índice de Katz, e escala de Lawton e Brody. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial, adotando o intervalo de confiança de 95%, considerando-se um nível de significância de 5%. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP/ Hospital São Paulo, protocolo nº 00492918.4.0000.5505. Resultados: A maioria (68,0%) dos idosos eram homens, média etária de 87,8 anos e contavam (84,0%) com auxílio de cuidador informal em seus lares. A maio-ria (54,0%) apresentou média adesão às medicações, sendo os motivos mais prevalentes de não adesão: esquecer o horário das medicações (38,0%) e esquecer de tomar os medicamentos (24,0%). Observou-se correlação (p= 0,049) entre possuir auxílio de cuidador informal em seus lares e adesão medicamen-tosa. Conclusão: os resultados encontrados mostram a necessidade de investimentos na identificação do perfil de adesão medicamentosa dos idosos longevos com vistas ao planejamento multidisciplinar do cuidado, fornecendo suporte adequado às necessidades dos idosos e suas famílias.

Palavras-chave: Idoso; Idoso de 80 Anos ou mais; Adesão à Medicação.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11986

FATORES ASSOCIADOS AOS SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Leiliane Moraes dos Santos Silva; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Crislayne Maria Berto; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Fernando Arthur Alves da Silva; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Kimberly Mayara Gouveia Bezerra; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Ana Paula de Oliveira Marques; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

RESUMO

Introdução: O Brasil é campeão nas estatísticas de ansiedade, afetando cerca de 9,3% da po-pulação. Esses dados são mais alarmantes quando nos deparamos com a população senil do país. O Brasil é o sexto país do mundo em número de idosos, em 2020. Conforme a população brasileira envelhece, torna-se vulnerável às comorbidades psíquicas e fisiológicas. O impacto causado pela depressão está relacionado aos piores desfechos em saúde, aumento da fragilidade física, do risco de morte e na maior utilização de serviços de saúde. Objetivo: Revisar artigos que discutem os fatores associados a sintomas depressivos em idosos institucionalizados. Métodos: Revisão inte-grativa, com recorte temporal de 5 anos, nas bases de dados PubMed, Scielo, e Lilacs, utilizando a combinação dos descritores, em português, “Envelhecimento”, “Idoso”, “Depressão” e “Insti-tucionalização”. A partir dessa busca foram encontrados 10 estudos. Após a leitura, 5 estudos foram excluídos por não ser artigo, indisponibilidade na íntegra e repetição na base de dados, sendo selecionados 5 estudos. Resultados: A revisão categorizou os artigos em três temáticas: fa-tores associados aos sintomas depressivos, relação idoso-família e prevalência de fragilidade física. Observou-se que a visão negativa sobre a própria saúde se associou à sintomatologia depressiva. A autopercepção da saúde tem caráter multidimensional e determinará o comportamento do in-divíduo. A perda das funções cognitiva, sexual, laboral e diminuição das relações socioculturais acarretam no aumento dos sintomas depressivos. Conclusão: A prevalência dos fatores associados aos sintomas depressivos identificados entre idosos institucionalizados alerta para a necessidade de maiores cuidados com a população idosa.

Palavras-chave: Envelhecimento; Idoso; Depressão; Institucionalização.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11988

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11988

FATORES ASSOCIADOS AO RISCO DE QUEDA EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Leiliane Moraes dos Santos Silva; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Crislayne Maria Berto; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Fernando Arthur Alves da Silva; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Kimberly Mayara Gouveia Bezerra; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Ana Paula de Oliveira Marques; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

RESUMO

Introdução: O envelhecimento é uma fase da vida que traz alterações fisiológicas como a di-minuição do tônus muscular e instabilidade postural, deixando os idosos susceptíveis à queda. Por causa da fragilidade, as fraturas, lesões e óbitos são comuns nesses eventos, representando perigo ao idoso. Assim, é importante que estudos sejam feitos para identificar os fatores associados ao risco de queda e fomentar a elaboração de cuidado e prevenção eficazes. Objetivo: Identificar quais fatores estão associados ao risco de queda em idosos. Métodos: Foi feita uma revisão integrativa sob pergunta norteadora “quais fatores estão associados ao risco de queda em idosos?”. A busca foi feita nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO, com as palavras-chave “idoso” e “risco de queda. Os critérios de inclusão são: textos completos, em português, publicados de 2015 a 2020 e com temática principal sobre risco de queda em idosos. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados, incompletos e que não focavam tema abordado. Foram encontrados 126 artigos e, após leitura, foram escolhidos 23 para essa revisão. Resultados: Os idosos mais caidores são mulheres com idade avançada (65-80 anos), casadas, de baixa escolaridade e histórico de quedas anteriores. Os fatores associados mais prevalentes são a polifarmácia, comorbidades associadas (principal-mente hipertensão e diabetes mellitus), alterações visuais e residência com obstáculos (degraus, pisos irregulares e tapetes), com predomínio de quedas no quarto. Conclusão: Os fatores predomi-nantes estão relacionados à falta de acessibilidade na moradia, uso excessivo de medicamentos e presença de comorbidades.

Palavras-chave: Idoso; Saúde do idoso; Risco; Fragilidade; Fatores de risco.

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11990

FATORES ASSOCIADOS AO CONTROLE GLICÊMICO EM IDOSOS DIABÉTICOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS

Leiliane Moraes dos Santos Silva; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Crislayne Maria Berto; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Fernando Arthur Alves da Silva; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Kimberly Mayara Gouveia Bezerra; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

Ana Paula de Oliveira Marques; Universidade Federal de Pernambuco-UFPE; [email protected]

RESUMO

Introdução: Nos últimos anos houve um aumento do número de longevos no Brasil. Com a mu-dança no perfil epidemiológico do país, registra-se um aumento do número de doenças não transmissí-veis (DNT), como a obesidade e a hipertensão. O descontrole glicêmico e hábitos de vida indesejáveis implicam no surgimento dessas doenças. Na velhice, o Diabetes Mellitus (DM) se associa ao aumento da mortalidade e na diminuição da qualidade de vida. Assim, é necessário estudar a correlação das DNTs supracitadas visando minimizar seus efeitos durante o envelhecimento. Objetivo: Revisar artigos que discutem os fatores associados ao controle glicêmico adequado em idosos não institucionalizados. Mé-todos: Revisão integrativa, com recorte temporal de 10 anos, nas plataformas de pesquisa PubMed, Scielo, e Lilacs, utilizando a combinação dos descritores em português “Diabetes”, “Idoso” e “Glice-mia”. Foram encontrados 323 estudos. Após a leitura, 318 estudos foram excluídos por não abordarem a temática, indisponibilidade na íntegra e por repetição, sendo selecionados 40 estudos. Resultados: Os fatores biológicos, socioeconômicos, patológicos e temporais são elementos significativos no controle glicêmico eficaz. Há uma necessidade de monitorização regular dos pacientes com DM e a criação de um plano de cuidado individualizado. Concomitante a isso, os exercícios físicos e uma alimentação saudável proporcionará um bem-estar íntegro, afinal, esses hábitos agem positivamente, principalmente quando empregados coletivamente. Conclusão: O conhecimento dos fatores que se relacionam com o controle glicêmico eficaz e sua atuação como barreira ou facilitador da terapêutica acrescenta positivamente na elaboração de linhas de cuidado individualizados, melhorando a qualidade de vida dos longevos.

Palavras-chave: Diabetes; Idoso; Glicemia.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11991

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11991

ESTADO NUTRICIONAL, RISCO DE SARCOPENIA E USO DE TERAPIA NUTRICIONAL EM IDOSOS HOSPITALIZADOS COM COVID-19

Juliana Heitich Brendler; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; [email protected]

Anna Carolina Brum Portilho Martinez; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; [email protected]

RESUMO

Introdução: Conforme estudos sobre COVID-19, o vírus acomete de forma mais grave a popula-ção idosa, obesa e doente crônica. Além disso, seu diagnóstico foi associado à anorexia, perda ponderal e muscular, fatores fortemente associados à desnutrição e sarcopenia, que acarretam no aumento da morbimortalidade em idosos. Se torna essencial a avaliação nutricional e triagem de risco de sarcopenia nesse público, além da terapia nutricional adequada. Objetivo: Identificar dentre idosos internados com diagnóstico de COVID-19, o estado nutricional, risco de sarcopenia, bem como a intervenção nutricio-nal aplicada. Métodos: Estudo observacional transversal, realizado em hospital terciário em agosto de 2020. Incluídos pacientes de ambos os sexos, maiores de 60 anos. Foram coletados, a partir do prontu-ário, dados antropométricos e utilização de terapia nutricional, e aplicou-se o SARC-F via telefone. As variáveis foram consideradas utilizando o percentual de concordância da amostra. Resultados: Foram identificados 17 idosos com COVID-19 na enfermaria, dos quais 88,2% apresentaram risco para sarco-penia. Destes, 40% apresentaram baixo peso e 40% excesso de peso, conforme o IMC preconizado pela OPAS. Quanto à terapia nutricional, 33,3% faziam uso de suplemento oral e 40% de via alternativa de alimentação com aporte hipercalórico/hiperprotéico. Conclusão: Em concordância com a literatura, foi possível identificar nesta amostra, grande número de idosos com risco de sarcopenia. Estes se en-contram nos dois extremos da classificação do estado nutricional. Em relação a terapia nutricional, a maioria dos pacientes teve intervenção adequada, porém observamos que uma grande parcela dos que tinham dieta via oral poderiam ter uma otimização no aporte.

Palavras-chave: Sarcopenia; Idoso; Estado Nutricional; Infecções por Coronavirus.

Page 184: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

184V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11995

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES IDOSOS COM COVID-19: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Raquel Seibel; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); [email protected];

Jamile Ceolin; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); [email protected]

RESUMO

Introdução: A pandemia da COVID-19 representa um desafio para os sistemas de saúde mundialmente. Os idosos, que apresentam múltiplas comorbidades crônicas, são mais suscetíveis ao COVID-19 e a piora do estado nutricional, principalmente em pacientes hospitalizados. Obje-tivo: Avaliar o perfil nutricional e desfechos clínicos de pacientes idosos com COVID-19. Méto-dos: Foi realizada uma revisão integrativa com ensaios clínicos, através de uma busca na base de dados Medline (via Pubmed). A sequência da busca utilizada foi: [(Coronavirus infections) AND (Nutritional Status)]. Foram encontrados 54 artigos. Após a leitura dos estudos foram excluídos 42 artigos por não avaliarem idosos, 4 por não serem com humanos, 3 por serem revisão, 1 por não especificar idade, 1 por não abordar o estado nutricional e 1 por ser em chinês. Resultados: Foram incluídos 2 artigos, um com delineamento transversal e outro retrospectivo, totalizando 323 pacientes hospitalizados e com diagnóstico de COVID-19. A amostra era predominantemente feminina, e a média de idade foi de 70,05±7,3 anos. O estado nutricional foi avaliado através da Mini Avaliação Nutricional, Nutrition Risk Screening 2002, Malnutrition Universal Screening Tool e Índice de Risco Nutricional. Nos idosos com COVID-19, houve alta prevalência de desnutri-ção e risco nutricional, associado com maior tempo de internação, elevadas despesas hospitalares, pior gravidade da doença e maior alteração de peso do que o grupo com estado nutricional normal. Conclusão: Os resultados sugerem que idosos com COVID-19, em risco nutricional, podem apre-sentar desfechos clínicos piores do que indivíduos com estado nutricional adequado, entretanto mais estudos são necessários.

Palavras-chave: Estado nutricional; Idoso; Infecções por Coronavírus; Hospitalização.

Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11996

Page 185: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11996

HOSPITALIZAÇÃO DE PESSOAS IDOSAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: ANÁLISE PRELIMINAR 2019-2020

Lucimara Sonaglio Rocha; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha Campus Santo Ângelo/RS; [email protected]

Sandra Maria de Melo Cardoso; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha Campus Santo Ângelo/RS; [email protected]

Andressa Peripolli Rodrigues; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha Campus Santo Ângelo/RS; [email protected]

Neiva Claudete Brondani Machado; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha Campus Santo Ângelo/RS; [email protected]

Mariéli Terezinha Krampe Machado; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha Campus Santo Ângelo/RS; [email protected]

Victórya dos Santos Varela; Universidade Federal do Rio Grande; [email protected]

Daiane Porto Gautério de Abreu; Universidade Federal do Rio Grande; [email protected]

Marlene Teda Pelzer; Universidade Federal do Rio Grande; [email protected]

RESUMO

Introdução: A hospitalização é reconhecida como um fator de risco para o declínio funcional das pessoas idosas, caracterizado pela perda de capacidade para realizar atividades básicas e instru-mentais da vida diária. Objetivo: Identificar o número e as principais causas (de acordo com o CID-10) de hospitalização de pessoas idosas (idade igual e superior a 60 anos) no Sistema Único de Saúde (SUS) no estado do Rio Grande do Sul nos períodos de janeiro a julho de 2019 e janeiro a julho de 2020. Método: Estudo epidemiológico, descritivo, com dados obtidos a partir do Sistema de Informa-ções Hospitalares do SUS, disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS. Resultados. Em 2019 foram 146.968 internações de pessoas idosas, representando 33,36% das hospitalizações no período, enquanto que em 2020 foram 134.937 internações, representando 34,31% das hospitaliza-ções. Quanto as principais causas em ambos os períodos, prevaleceram os agravos relacionados aos capítulos IX (doenças do aparelho circulatório), X (doenças do aparelho respiratório), II (neoplasias), XI (doenças do aparelho digestivo) e I (algumas doenças infecciosas e parasitárias). Conclusão: Os dados devem balizar ações que visem a preservação e recuperação da capacidade funcional das pes-soas idosas hospitalizadas, as quais encontram-se expostas a um decréscimo da qualidade de vida, aumento da incapacidade e morte precoce decorrentes do processo de hospitalização e vivência de doenças crônicas. Deverão ser inseridas ainda variáveis relacionadas à média de permanência hos-pitalar, óbitos, taxa de mortalidade e valor médio de AIH para uma discussão mais aprofundada, possibilitando, entre outros, análises relativas aos impactos da COVID-19.

Palavras-chave: Atividades Cotidianas; Cuidado de Enfermagem ao Idoso Hospitalizado; Enfermagem.

Page 186: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

186V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11998

PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DE IDOSOS COM DIAGNÓSTICO DE COVID-19 INTERNADOS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO

Anna Carolina Brum Portilho Martinez; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; [email protected]

Juliana Heitich Brendler; Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; [email protected]

RESUMO

Introdução: Conforme estudos sobre COVID-19, o vírus acomete de forma mais grave a po-pulação idosa, obesa e doentes crônicos. Além disso, seu diagnóstico foi associado à anorexia, per-da ponderal e de massa muscular, fatores fortemente associados à desnutrição e sarcopenia, que acarretam no aumento da morbimortalidade em idosos. Se torna essencial a avaliação nutricional e triagem de risco de sarcopenia nesse público, além da terapia nutricional adequada. Objetivo: Identificar dentre idosos internados com diagnóstico de COVID-19, o estado nutricional, o risco de sarcopenia, bem como a intervenção nutricional aplicada.Métodos: Estudo observacional trans-versal, realizado em hospital terciário em agosto de 2020. Incluídos pacientes de ambos os sexos, maiores de 60 anos. Foram coletados, a partir do prontuário, dados antropométricos e utilização de terapia nutricional, e aplicou-se o SARC-F via telefone. As variáveis foram consideradas uti-lizando o percentual de concordância da amostra.Resultados: Foram identificados 17 idosos com COVID-19 na enfermaria, dos quais 88,2% apresentaram risco para sarcopenia. Destes, 40% apre-sentaram baixo peso e 40% excesso de peso, conforme o IMC preconizado pela OPAS. Quanto à terapia nutricional, 33,3% faziam uso de suplemento oral e 40% de via alternativa de alimentação com aporte hipercalórico/hiperprotéico. Conclusão: Em concordância com a literatura, foi possível identificar nesta amostra, grande número de idosos com risco de sarcopenia. Estes se encontram nos dois extremos da classificação do estado nutricional. Em relação a terapia nutricional, a maio-ria dos pacientes teve intervenção adequada, porém observamos que uma grande parcela dos que tinham dieta via oral poderiam ter uma otimização no aporte.

Palavras-chave: Idoso; Estado nutricional; Infecções por coronavirus.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12000

Page 187: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12000

RESPONSABILIDADE FILIAL NO CUIDADO AOS PAIS IDOSOS E A SOBRECARGA DOS CUIDADORES

Laísa Cargnin; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus Frederico Westphalen; E-mail: [email protected];

Marília Bruna Murari; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus Frederico Westphalen; E-mail: [email protected];

Laura Franco Sponchiado; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus Frederico Westphalen; E-mail: [email protected];

Marines Aires; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus Frederico Westphalen; E-mail: [email protected];

RESUMO

Introdução: A responsabilidade filial é uma norma social relacionada ao comportamento dos filhos no cuidado aos pais idosos que pode influenciar na saúde do cuidador levando ao aumento da sobrecarga. Objetivo: Analisar a responsabilidade filial no cuidado aos pais idosos e a reper-cussão deste cuidado no bem-estar dos filhos. Métodos: Estudo misto com amostra de 100 filhos cuidadores de idosos da Região Noroeste do Rio Grande do Sul. Para a coleta de dados é utilizado o protocolo de Responsabilidade filial adaptado e validado para uso no Brasil, composto por ques-tões abertas e fechadas e sete escalas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética (n° 1.997.406). Resultados: A amostra foi composta por 86 filhos sendo que (61,6%) são filhas com média de idade 45,41±10,767 anos, a média dos anos de estudo foi de 10,83±5,296 ano e 58,1% possuía emprego formal. A sobrecarga do cuidador foi maior no domínio tempo dependente (9,32 ± 6,592). As atitudes de responsabilidade filial avaliadas pelas Escalas de Expectativa Filial e Dever Filial apre-sentaram respectivamente uma média de 22,8 ± 3,8 e 29,2 ± 2,4. A etapa qualitativa elaborou-se quatro categorias: possibilidade de institucionalização dos pais idosos, expectativa de cuidado, di-ficuldades em ser filho cuidador e sentimentos de responsabilidade filial. Conclusão: Os resultados demonstram, que os filhos sentem responsáveis pelo cuidado aos pais, porém cuidar do idoso em tempo integral pode acarretar prejuízos na saúde do cuidador levando a uma maior sobrecarga.

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Cuidadores; Enfermagem Geriátrica.

Financiamento: Projeto de Pesquisa financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnoló-gico (CNPq) Processo: 409242/2018-7 Nº 28/2018.

Page 188: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12001

ASSOCIAÇÃO DE FRAGILIDADE E SEUS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS COM RAÇA EM IDOSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA

Caroline Goergen; Escola de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); [email protected];

Julia Belato Teixeira; Escola de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); [email protected];

Maria Luiza Freitas Annes; Instituto de Geriatria e Gerontologia, Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica, Escola de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS);

[email protected];

Carolina Böettge Rosa; Instituto de Geriatria e Gerontologia, Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica, Escola de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS);

[email protected];

Vera Elizabeth Closs; Grupo de Estudo em Risco Cardiometabólico, Envelhecimento e Nutrição (GERICEN-CNPq); [email protected];

Tehura Auozani; Grupo de Estudo em Risco Cardiometabólico, Envelhecimento e Nutrição (GERICEN-CNPq); [email protected];

Carla Helena Augustin Schwanke; Instituto de Geriatria e Gerontologia, Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica, Escola de Medicina, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS);

[email protected].

RESUMO

Introdução: Estudos apontam que há diferenças na carga de certas doenças/condições de saúde entre grupos raciais. Estas diferenças podem ser relacionadas a fatores genéticos, mas tam-bém ao perfil socioeconômico e à falta de acessibilidade à saúde. Objetivo: Analisar a associação de fragilidade e seus critérios diagnósticos com raça. Métodos: Estudo transversal com idosos assisti-dos na Atenção Básica de Porto Alegre-RS-Brasil. A fragilidade e seus critérios diagnósticos foram avaliados pelo Fenótipo de Fried, os dados socioeconômicos, demográficos (idade, sexo, renda e es-colaridade) e sobre raça/cor foram obtidos por autorrelato. Para a análise de associação utilizou-se Teste Exato de Fischer e Associação Linear (P<0,05). Resultados: Participaram 512 idosos com média de idade de 68,5±6,8 anos (60-103 anos). A maioria do sexo feminino (64,1%), raça bran-ca (66,2%), renda até 1 salário mínimo (55,3%) e ensino primário incompleto/completo (69,4%). A frequência de fragilidade foi 21,3% e de pré-fragilidade foi 51,2%. A raça branca apresentou maiores frequências de robustez, enquanto a raça índia de fragilidade (P=0,013). Indivíduos com fraqueza muscular eram, mais frequentemente, pardos e índios (P=0,003); com marcha adequada eram brancos e, com lentidão de marcha, pardos (P=0,030); já os idosos com nível de atividade física inadequado eram índios (P=0,041). Não houve associação entre raça, exaustão autorreferida

Page 189: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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Resumos da 22ª Jornada de Inverno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Sucursal RS

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e perda de peso. Conclusão: Observou-se a associação de fragilidade, fraqueza muscular, lentidão de marcha e baixo nível de atividade física com raça (pardos e índios).

Palavras-chave: Grupos Raciais; Raça; Fragilidade; Idosos; Atenção Primária à Saúde.

Agradecimentos: Os pesquisadores agradecem o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien-tífico e Tecnológico (CNPq - bolsa PIBIC de CG); da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS - bolsa PROBIC de JBT); e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES - bolsa de doutorado de MLFA; bolsa de pós-doutorado do PNPD de CBR) - Código Financiamento 001.

Page 190: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

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http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12003

FATORES ASSOCIADOS AO ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS

Rozana Ferreira Ortiz - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) – Email: [email protected]

Anny Caroline dos Santos Araujo - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) - Email: [email protected]

Me. Bruna Senna Rodrigues – CCG Saúde - Email: [email protected]

Profa. Dra. Valdeni Terezinha Zani - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) - Email: [email protected]

RESUMO

Introdução: A população idosa tem sido alvo de diversos estudos científicos, isso ocorre por conta do aumento significativo destes indivíduos que é estimado para as próximas décadas. Faz--se necessário conhecer seu perfil, suas demandas fisiopatológicas, a fim de oferecer um melhor atendimento e cuidado pelos profissionais da saúde. Com isso, o estudo trata-se de uma revisão integrativa com o objetivo de analisar as evidências científicas referentes aos fatores associados ao estado nutricional de idosos no Brasil. Metodologia: A busca de artigos foi realizada nas bases de dados Lilacs e SciELO, onde foram incluídas publicações referentes ao período de 2015 a 2020, onde os artigos selecionados foram avaliados conforme Classificação Hierárquica de Evidências. Resultados: Foram selecionados 14 artigos, onde os resultados demonstraram que idosos com ex-cesso de peso possuiam relação positiva com doenças crônicas não-transmissíveis como hipetensão arterial e dislipidemia, além da renda per capta e escolaridade mínima de 8 anos. A maioria eram mulheres e residiam nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, além da relação com estado civil, como idosos viúvos, além de possuir saneamento básico. Os idosos residentes de estrato rural, que pos-suiam depressão e idade mais avançada tiveram maiores chances de risco nutricional ou baixo peso. Conclusão: Conclui-se que, os fatores que mais influenciaram o estado nutricional dos idosos foram doenças cronicas não-transmissíveis, renda e idade. Além disso, idosos que eram menos vul-neráveis e residentes de instituições possuiam um estado nutricional adequado e menoes chances de risco nutricional, devido ao acesso à saude e cuidados proffisionais.

Palavras-chave: Estado nutricional (Nutritional status); Idosos (Elderly).

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12005

Page 191: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

191V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12005

CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DE IDOSOS FRENTE A PANDEMIA DA COVID-19

Vitória Nazaré Moreira Gomes Araújo; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Fredson Murilo de Oliveira Teixeira; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Nicole Salomão Lopes; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

João Vitor Tavares Carneiro; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Josué Bengtson Netto; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Brenda Nazaré Gomes Andriolo; Grupo Cynthia Charone; [email protected]

Niele Silva de Moraes; Grupo Cynthia Charone; [email protected]

Cynthia Cyllene de Oliveira Charone; Grupo Cynthia Charone; [email protected]

RESUMO

Introdução: A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) trouxe um grande impacto para a saúde, não só física, mas também mental da população em todo o mundo, afetada tanto pelo isolamento quanto pela preocupação com o adoecimento. Ademais, trouxe a demanda de orienta-ções de prevenção, sobretudo para a população geriátrica, considerada grupo de risco. Objetivo: Estimar o nível de conhecimento e a percepção sobre o novo coronavírus em idosos residentes da região metropolitana de Belém durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado mediante monitoramento a distância e com protocolo próprio nos meses de abril e maio de 2020, sendo a amostra composta por pessoas com 60 anos ou mais que concordaram em participar. A pesquisa foi realizada no Grupo Cynthia Charone e os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: Dos 758 idosos avaliados, 96,6% declararam ter conhecimento sobre o novo coronavírus. Em relação ao nível de preocupação acerca da pandemia, 65,8% afirmaram estar muito preocupados, 22,4% pouco preocupados e 11,8% não apresentavam preocupação. Ainda, 94,6% dos idosos relataram saber como se prevenir da doença. Por fim, os meios mais utilizados para obtenção de informações sobre a prevenção foram, respectivamente, a mídia, a família/os amigos, o serviço e outros profissionais da saúde. Conclusão: Assim, observam--se altos índices de conhecimento e preocupação acerca da COVID-19. Destaca-se também o papel da mídia na divulgação de informações sobre prevenção da pandemia, democratizando a informa-ção e criando uma cultura de cuidados para o combate da infecção.

Palavras-chave: Saúde do idoso; Coronavirus; Pandemia.

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192V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12007

SAÚDE DO IDOSO NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA FRENTE A PANDEMIA DO CORONAVIRUS

Amanda Thiesen Bielinski; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

Rosana Sabina Augustin da Silva; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

Caroline Otto Vargas; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

Juliana Nunes Alves; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

Priscila Carvalho Fogaça; Universidade Luterana do Brasil – Gravataí; [email protected]

RESUMO

Introdução: A COVID-19 trata-se de uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus, onde os idosos e os portadores de doenças crônicas caracterizam o grupo de risco para doença, devido a letalidade e agravamento serem mais observados nesta população, portanto, pode-se re-conhecer que as Instituições de Longa permanência para idosos (ILPI) são locais vulneráveis ao vírus, necessitando de um olhar atento e cuidados especiais para prevenção da doença. Objetivo: Compreender os cuidados para prevenção da contaminação pelo coronavírus nas ILPI’s. Métodos: Revisão integrativa, através dos Decs escolhidos foram analisados as publicações nas bases de dados Lilacs, Medline e Scielo, a coleta ocorreu no mês de agosto de 2020, respondendo à questão norteadora: Como as produções cientificas nacionais contribuem para o conhecimento dos cui-dados para prevenção do coronavírus nas ILPI’s? Resultados: Dentre os materiais encontrados, quatro artigos se encaixaram nos critérios de inclusão, estes mostram como principais cuidados o monitoramento dos sintomas nos residentes e funcionários, uso correto dos EPI’s pelos funcioná-rios, uso da máscara pelos residentes em áreas comuns, higienização das mãos, etiqueta respirató-ria, redução de aglomeração em áreas comuns, isolamento dos residentes sintomáticos em quarto exclusivo, e também o desafio de buscar alternativas humanizadas para redução de visitas, como a realização de encontros remotos com familiares. Conclusão: Estes cuidados se tornam necessários para que a propagação da doença nas ILPI’s não ocorra, e para isso se faz necessária a criação de protocolos, e também a promoção de capacitações e a conscientização dos envolvidos sobre o risco da doença aos residentes.

Palavras-chave: Instituição de longa permanência para idosos; Infecções por coronavirus; Saúde do idoso.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12018

Page 193: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

193V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12018

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DOS IDOSOS DURANTE O PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL PELO COVID-19

Natália Guedes Alves; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Allana Moura de Araújo; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Ana Luísa Gross Rodrigues; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Beatriz Vieira Leite Rodrigues; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Carlos Vinicius Carrera do Nascimento; Universidade do Estado do Pará (UEPA); [email protected]

Cynthia Cyllene de Oliveira Charone; Grupo Cynthia Charone (GCC); [email protected]

Rondinei Silva Lima; Grupo Cynthia Charone (GCC); [email protected]

Fabíola de Souza Abrahão; Grupo Cynthia Charone (GCC); [email protected]

RESUMO

Introdução: Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saú-de, da OMS, funcionalidade é a interação dinâmica entre a condição de saúde de uma pessoa, os fatores ambientais e fatores pessoais. No cenário do isolamento social, essas variáveis podem ser afetadas, modificando a funcionalidade de idosos. Deste modo, estudos sobre como a funcionali-dade de idosos pode ser afetada durante a pandemia do COVID-19, auxiliam na segurança das condutas para essa população. Objetivo: Avaliar a capacidade funcional dos idosos assistidos no serviço de saúde do GCC, durante o isolamento social pelo COVID-19. Métodos: Estudo transver-sal e descritivo, com amostra de 799 pacientes, avaliados mediante telemonitoramento. Foram in-cluídas pessoas com 60 anos ou mais, participantes do serviço de geriatria e gerontologia do Grupo Cynthia Charone e que aceitaram participar voluntariamente, mediante assinatura do estudo e aprovação do CEP. Resultados: Dos pacientes analisados, 40,7% estavam na faixa etária de 60 a 69 anos. Cerca de 84,1% apresentaram de 1-4 comorbidades, destacando-se HAS (60,2%), DM (24,8%) e OA (19%). 23,5% precisaram de ajuda para realizar atividades, 81% apresentou dificuldade de le-vantar da cadeira e 27,4% apresentou problemas de memória. Conclusão: No cenário da pandemia, doenças prévias incluem o paciente em um grupo de maior risco de desfechos desfavoráveis, assim, é importante prevenir o contágio nesta faixa etária, para reduzir possíveis incapacidades causadas pelo COVID-19. É preciso acompanhar pacientes que já possuem algum tipo de incapacidade, para atrasar a progressão de doenças crônicas.

Palavras-chave : Idoso; Isolamento social; Infecções por coronavírus.

Page 194: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

194V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12009

PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DOS IDOSOS NO PROGRAMA QUARENTENA - NÚCLEO DE ESTUDOS DA TERCEIRA IDADE

Maria Fernanda Baeta Neves Alonso da Costa; Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Michele Medeiros; Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

Geovana Samuel Oliveira; Universidade Federal de Santa Catarina; [email protected]

RESUMO

Introdução: A pandemia pelo COVID-19 é um fenômeno mundial e tem acarretado altera-ções físicas e disfunções psíquicas nos indivíduos. Devido aos impactos causados pelo isolamento social são necessárias estratégias para o cuidado psíquico e a manutenção de uma rede socioafetiva com familiares, amigos e profissionais da saúde. A utilização de redes sociais digitais auxiliam o idoso a não se sentir isolado do mundo exterior e devem ser utilizadas a fim de explicar o processo de quarentena diminuir os impactos psicológicos no distanciamento social (LIMA et al, 2020). O Programa Quarentena no Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI) foi proposto com o objeti-vo de manter o vínculo com os alunos idosos, no período de isolamento social e promover a saúde mental durante a pandemia. Objetivo: Descrever a influência do Programa na saúde mental dos alunos idosos do NETI durante a pandemia. Método: Relato de experiência sobre o uso de aplica-tivo de mensagens, whatsApp, para envio de materiais informativos que, são enviados duas vezes na semana para os alunos idosos matriculados nas atividades socioeducativas, no período de sus-pensão das aulas presenciais. Resultados: A utilização do aplicativo e a disponibilização de infor-mações tem proporcionado o vínculo com os alunos idosos e promovido a saúde mental, no período da quarentena por meio da informação e comunicação. Conclusão: A viabilização de informações relevantes via aplicativo tem repercutido de forma positiva na manutenção do vínculo social assim como na melhoria da saúde mental dos alunos idosos do NETI.

Palavras-chave: Idoso; Saúde Mental; Pandemia.

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12011

Page 195: ISSN On-line 2317-6695 V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020 V. 14 N ......Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano [recurso eletrônico] / Universidade de Passo Fundo, Programa

195V. 17 - N. 2 - Maio/Ago. 2020

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.12011

VELOCIDADE DA MARCHA E BAIXO DESEMPENHO NA MOBILIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAUDE

Conceição da Silva Brito; Universidade Federal do Paraná (UFPR). E-mail: [email protected];

Márcia Marrocos Aristides Barbiero; UFPR; E-mail: [email protected];]

Reuber Lima de Sousa. UFPR; E-mail: [email protected];

Patrícia Rosa Gonçalves Leta. UFPR. E-mail: [email protected].

Kamila Alves Brasileiro. UFPR. E-mail: [email protected].

Susanne Elero Betiolli. UFPR. E-mail: [email protected].

Tatiane Prette Kuznier. UFPR. E-mail: [email protected].

Maria Helena Lenardt. UFPR. E-mail: [email protected].

RESUMO

Introdução: a velocidade da marcha diminuída e o baixo desempenho da mobilidade podem oca-sionar limitações importantes ao idoso, como o declínio no desempenho físico para realizar atividades cotidianas, perda da autonomia e independência. Objetivo: avaliar associação entre velocidade da marcha e baixo desempenho da mobilidade funcional em idosos da Atenção Primária à Saúde. Méto-dos: estudo de corte transversal desenvolvido em uma Unidade Básica da Saúde em Curitiba/Paraná (Brasil), aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa do Setor de Ciências da Saúde sob n°2918847. A amostra foi constituída por 389 idosos (≥ 60 anos). Inicialmente foi realizado o rastreio cognitivo dos idosos, e posteriormente aplicado um questionário sociodemográfico e clínico, e avaliados segundo os marcadores do fenótipo da fragilidade e do teste Timed Up and Go. Realizaram-se análises estatísti-cas descritivas e a distribuição qui-quadrado. Resultados: houve predomínio do sexo feminino n=255 (65,6%), com idade entre 66 a 70 anos n=111 (28,5%), casados n= 187 (48,1%), com baixa escolari-dade n=138 (35,5%). Relataram ter problemas de saúde (n=376; 96,7%), com predomínio de doenças cardiovasculares (n=261; 67,1%). Dos 389 idosos, predominaram os idosos com baixo desempenho na mobilidade funcional (n=330; 84,8%). Apresentaram redução na velocidade da marcha, 81(20,8%) e destes, 97,5% (n=79) foi identificado baixo desempenho na mobilidade funcional. Observou-se associação significativa entre redução da velocidade da marcha e baixo desempenho na mobilidade (p<0,001). Conclusão: A associação das variáveis de interesse apontam para a indispensabilidade de estratégias preventivas e gestão de cuidados, para se evitar desfechos negativos nesses idosos.

Palavras-chave: Idoso; Mobilidade funcional; Velocidade da Marcha; Gerontologia.

Agradecimentos: À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) pelas concessões de bolsas de Mestrado/Iniciação Científica.