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Interpretação de Textos ESAF Aula 04

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES

LUINPRÇÃDXTO-ESAF

Módulo04

Prof. Odiombar Rodrigues

I-Aprsentação

Chegamos ao nosso quarto encontro, a nossa caminhada já passou da metade da

jornada, é hora de organizar os conteúdos, sistematizar alguns conhecimentos que

ficaram dispersos e intensificar a prática. Essa é uma tarefa que exige a colaboração de

cada um, pois aqui neste meu rincão, isolado dos alunos, não tenho condições de

perceber o que está faltando para cada um de vocês. A participação de todos é que

permite tomar conhecimento das lacunas que o curso possa ter, das precariedades que

possa apresentar, tudo a fim de melhorá-lo. Por outro lado, a opinião também é

importante, quando aponta os pontos positivos do trabalho, pois isto permite intensificar

ações que são frutíferas.

Na nossa aula de hoje, vamos falar sobre a unidade básica do texto que é o

parágrafo, estudando seu conceito, estrutura e organização dos argumentos. Para nós,

que temos foco em concursos públicos, o estudo do parágrafo é fundamental, pois são

abundantes as questões que ocorrem em provas. Ao longo de nossa explanação,

estabelecemos relações entre os conteúdos e a prática da interpretação de texto em

concursos.

Ampliamos um pouco o assunto através de um pequeno estudo sobre

argumentação, principalmente, enfocando questões de provas. Por fim, desenvolvemos

um pequeno estudo sobre os tipos de discurso, dada a presença deste assunto em

algumas questões de prova, especialmente enfocando a transformação de um tipo em

outro de discurso.

Vamos encerrar esta introdução e passar de imediato ao desenvolvimento de

nossos assuntos de hoje. Boa aula.

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Opágrafo

Nas aulas anteriores, abordamos o texto como um todo, vendo tipologia, fatores

de coesão e coerência e intertextualidade. Agora passamos a estudar o texto através de

seus elementos constitutivos, ou seja, o parágrafo e a frase. Desde o ensino

fundamental, os professores falam sobre parágrafo, mas o aluno fica restrito a uma

postura nada sistemática, pois continua imaginando que a delimitação do parágrafo

depende da vontade de cada um. Nada mais enganador.

O parágrafo se autolimita, ao definir a primeira frase, pois ela contém (ou deve

conter) os elementos indicadores de sua extensão. Por essa razão é que atribuímos tanta

importância a ele. Vamos iniciar um estudo mais sistemático, estabelecendo dois

aspectos importantes:

a) Não se fala em “parágrafo padrão” no sentido de que uma fórmula é correta e

as outras são erradas. Ao usarmos esta expressão, o que queremos propor é

uma maneira didática de reconhecermos o parágrafo por suas características

gerais. Cada autor tem seu modo de construí-lo, mas alguns traços são

comuns e podem ser codificados. Por isso, o estudo do parágrafo é uma

abordagem genérica tanto da construção, como da interpretação.

b) A concepção de parágrafo atende a critérios técnicos e, também, à hierarquia

das idéias no texto, isto em função da lógica argumentativa empregada. Em

argumentos muito longos e complexos, o que poderia ser um parágrafo,

subdivide-se em diversos outros, mantendo a lógica de uma idéia secundária

em cada unidade.

A maioria dos manuais de textos sobre parágrafo conceitua-o como uma unidade

composta por orações que, no conjunto, formam um “pensamento completo”. A

imprecisão do conceito é muito grande, pois é difícil imaginar a extensão de um

“pensamento completo”. Esta medida não é confiável, por isso propomos um estudo

centrado na estrutura do parágrafo para que possamos, com segurança, determinar a sua

extensão.

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Antes de passarmos para o estudo, propriamente dito, é importante ressaltar a

relação do conteúdo com as provas de concursos. Muitas vezes o candidato lê o texto

mais de uma vez, procurando localizar alguma passagem pedida pela ordem da questão.

Quando se tem uma noção clara da estrutura do texto (introdução, desenvolvimento e

conclusão) e da distribuição dos argumentos, fica fácil localizar qualquer passagem.

Numa primeira leitura, o candidato já pode deixar o parágrafo com os destaques que lhe

possibilitem responder com segurança.

Em provas, as bancas publicam os textos divididos em parágrafos e,

normalmente, com linhas numeradas. Este procedimento auxilia o leitor a localizar a

informação e visualizar a organização dos argumentos. Em algumas ocasiões, as bancas

distribuem os parágrafos de forma aleatória, a fim de solicitar ao candidato o

ordenamento deles. Já estudamos este assunto, agrupando os parágrafos através dos

marcadores de coesão. Agora nos interessa a prática de reconhecer os limites do

parágrafo e a sua constituição.

Para adquirirmos esta prática é importante desenvolvermos alguns conceitos

básicos sobre o parágrafo: Conceito; Estrutura; Tópico frasal; Tipologia;

Encadeamento

Cnceito – Os textos são organizados em torno de pequenos trechos que formam

uma unidade de idéia, chamados de parágrafos. Graficamente, o parágrafo é marcado

pelo recuo da primeira linha. A extensão é muito variada, mas o que determina a sua

amplitude é a unidade temática. Cada parágrafo deve conter uma idéia central com seu

desenvolvimento.

Estura- Assim como o texto, o parágrafo também tem introdução,

desenvolvimento e conclusão, cada elemento é apresentado em períodos separados. Isso

é um padrão, não uma obrigatoriedade. A introdução é composta por uma ou duas frases

iniciais que expressam a idéia que será desenvolvida logo após. Geralmente, a primeira

ou segunda frase do parágrafo encerra o tópico frasal que veremos logo a seguir. O

desenvolvimento faz a ampliação da idéia exposta anteriormente, acrescentando alguns

dados que possam ampliá-la ou explicá-la. A conclusão nem sempre está presente no

parágrafo, pois a argumentação pode ter continuidade nos parágrafos seguintes e a

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conclusão ser deixada apenas para o parágrafo final. Em outros casos, o período final do

parágrafo não conclui, mas retoma o que foi proposto no tópico frasal. O estudo da

conclusão é abordado pela questão um, logo abaixo.

Esta estrutura padrão para o parágrafo é mais frequente em textos dissertativos, o

que é muito comum ocorrer em provas de concursos, como já vimos anteriormente. No

parágrafo introdutório, não aparece argumentação, o que, em geral, está presente nos

parágrafos de desenvolvimento.

Tópicofrsal – Acima já nos referimos ao tópico frasal, registrando a sua

presença na introdução do parágrafo. O tópico frasal encerra a idéia central. A idéia

central do primeiro parágrafo de um texto, em geral, corresponde à própria idéia central

(tese) do texto. Por isso, é muito importante uma leitura atenta dele. No caso dos textos

dissertativos, esta prática é a mais usual.

Em torno do tópico frasal organizam-se as idéias secundárias, ele comanda a

extensão do parágrafo, pois o que excede ao exposto nele deve passar para outro

parágrafo. Nenhuma frase deve ultrapassar o conteúdo proposto no tópico frasal, esta é

a medida que temos para a extensão do parágrafo. Nada além, nem aquém do que

estiver presente no tópico.

Tplogia–Em geral, os autores estabelecem nexo entre o tipo de parágrafo e o de

texto, assim textos descritivos são compostos por parágrafos descritivos. Para nosso

caso, é importante verificar que os textos dissertativos são compostos por parágrafos

que priorizam a argumentação ou a exposição.

Se o parágrafo for do tipo argumentativo, ele irá apresentar o tópico frasal com a

tese que se propõe defender, seguida pela argumentação, concluindo pela sua aceitação

ou refutação. Cada parágrafo, desse tipo, desenvolve uma tese/argumento que, em

cadeia, constitui o texto como um todo. Por outro lado, se o parágrafo for expositivo, o

tópico frasal será seguido por frases dependentes da principal. Para quem faz concurso

isto é importante, porque permite mapear o texto e localizar todas as idéias principais e

secundárias. Com este mapeamento, o candidato pode, com facilidade, responder

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questões que solicitam avaliar se uma determinada ideia é coerente com o texto ou não.

Logo após, em nossa prática, retomaremos este assunto.

Vamos parar de teorizar para fazermos uma pequena prática, examinando um

parágrafo e seu tópico frasal. Leia o parágrafo abaixo com atenção:

Ninguém discordará, em sã consciência, da necessidade de o Brasil

passar por mudanças significativas em sua legislação penal, tendo em vista

adquirir um melhor instrumental jurídico para combater algumas das nossas

mais notórias chagas sociais contemporâneas, quais sejam, o desrespeito à vida

humana, a violência desenfreada – principalmente (não só) nas grandes

concentrações urbanas – e, sobretudo, a crônica impunidade. No entanto, a

justa pressão social pela diminuição dos assombrosos índices de violência e

criminalidade não pode dar margem a um atabalhoado processo de mudança

das leis penais que abrigue contradições, inconstitucionalidades e até efeitos

contrários ao que se pretende. O Congresso Nacional e toda a sociedade

brasileira precisam estar atentos a projetos de lei que, em lugar de combater o

crime, podem se tornar inteiramente contraproducentes, chegando a estimulá-lo

(...)

Para isolarmos o tópico frasal neste parágrafo, vamos identificar o primeiro

período e retirar dele todos os elementos modalizadores. (em parênteses): Ninguém

discordará, (em sã consciência),(1) da necessidade de o Brasil passar por mudanças

significativas em sua legislação penal, (tendo em vista adquirir um melhor instrumental

jurídico para combater algumas das nossas mais notórias chagas sociais

contemporâneas, quais sejam, o desrespeito à vida humana, a violência desenfreada –

principalmente (não só) nas grandes concentrações urbanas – e, sobretudo, a crônica

impunidade.) (2)

(1) O primeiro elemento a ser retirado é a advertência, de que “em sã

consciência” todos concordam. É importante observar o detalhe que esta

expressão atribui aos argumentos do texto: a autoridade de considerar em

“má consciência” todos que se opuserem à tese do autor.

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(2) A expressão “tendo em vista” introduz um argumento, portanto não faz parte

mais do enunciado da tese. Assim, podemos isolar, no primeiro período do

parágrafo a tese: Ninguém discordará da necessidade de o Brasil passar por

mudanças significativas em sua legislação penal.

Numa questão de concurso esta tese pode ser pedida, assim como está no próprio

texto ou transposta para outras formas linguísticas que mantenham o sentido original

como:

� Todos concordam sobre a necessidade de o Brasil passar por mudanças

significativas em sua legislação penal. – A frase apenas passou para uma

forma positiva.

� É consenso a necessidade de o Brasil passar por mudanças na legislação

penal. Agora procedemos a uma substituição lógica: “todos concordam” por

“é consenso” o que não altera o significado. Quanto a eliminarmos o

modalizador “significativas” não há problemas, pois em “mudanças” já está

contida a idéia de “mudanças significativas”, ou seja, é apenas uma questão

de grau de intensidade da mudança.

Este é um procedimento padrão que você pode repetir na maioria dos casos. Em

alguns parágrafos pode não funcionar bem, devido a questões de estilo, como o autor

iniciar por um argumento, ou alguma circunstância, ou algum elemento indicativo de

tempo ou espaço.

15.-Ecdamento

O parágrafo é a unidade básica do texto, assim como os períodos são seus

constituintes. Por isso um texto pode ser graficamente representado: Texto =

[parágrafo1 (período1+período2+período ) +paráfrafo2 (período1+período2+período )

+Parágrafo (período ...) Não se assustem, não é fórmula de matemática! Mas que

parece, parece!!!!!

Deste esquema resulta o entendimento de que um parágrafo é composto por mais

de um período. O primeiro, destinado a apresentar a “idéia central” ou “tese”, seguido

pelos períodos de argumentação sobre a importância do tema e, finalmente, um período

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de encerramento do parágrafo. Para quem se dedica à produção de texto, este é um

detalhe fundamental.

Podemos enumerar os principais elementos de coesão entre os períodos, no

parágrafo e entre esses em relação ao texto, vamos enumerar alguns elementos

coesivos com seus significados mais comuns. Significado Elementos coesivos Exemplos

Em primeiro lugar, Inicialmente, há a necessidade de distinguir as verdadeiras

Prioridade Inicialmente necessidades do grupo....

Antes de mais nada Antes de mais nada, é importante cumprir a lei....

A situação econômica mundial está complicada, por Por exemplo

exemplo, os países não estão conseguindo exportar... Ilustração A saber

Países desenvolvidos estão em dificuldade, a saber .Estados

...quer dizer

Unidos, Inglaterra.......

Uma crise econômica atinge a todos, portanto o Brasil deve ... em suma

tomar cuidado com...... Conclusão ... concluindo...

.... concluindo, pode-se esperar mudanças para o próximo

...portanto

ano, desde que as condições melhorem para as exportações..

Por outro lado, há distorções fundamentais..... Pelo contrário

Mas, para mim mais fascinante é .... Oposição ...mas...

Os países ricos deveriam ajudar os países em

...em vez de...

desenvolvimento em vez de apenas explorá-los

A crise atual, assim como a de 29, promove o ...assim como

empobrecimento de muitos países.... Semelhança De acordo com

De acordo com as estatísticas, a população está crescendo

Segundo

mais lentamente.......

...além disso Também ficou comprovada a presença de álcool no

Adição ...também organismo....

...e A falta de crédito reduz as vendas e provoca desemprego...

Talvez porque o homem vermelho seja selvagem, e não Talvez

possa compreender. Dúvida Provavelmente

Provavelmente, os países emergentes terão ganhos com a

Pode ser que

crise......

Certamente Certamente os investidores menos precavidos terão

Certeza Por certo prejuízos consideráveis.....

Sem dúvida Sem dúvida, todos terão prejuízos com esta crise.....

Esta lista não se esgota na apresentação desses elementos, muitos outros podem

ser arrolados como: tempo (enfim, imediatamente, tão logo), espaço (perto de, logo

após, próximo a), causa (por isso, por consequência, em razão de) e muitos outros

elementos que acrescentam circunstâncias ao texto (ver questão 9).

Estes elementos podem estar posicionados no interior do período, na ligação

entre períodos ou estabelecendo a relação entre parágrafos. Eles são fundamentais para

a compreensão do texto, por isso você deve ter uma atenção especial quando encontrá-

los, de preferência destacando-os bem.

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Asdexto

Para entendermos a “tese” é necessário estabelecer alguns pressupostos teóricos

que a fundamentam. Quando falamos em “tese” estamos nos referindo, especialmente,

ao texto dissertativo-argumentativo, conforme aula sobre tipologia de texto. Assim, nos

textos descritivos e narrativos falamos em “idéia central”, porém nos textos

argumentativos há uma transformação da “idéia” em tese, pois o que importa é

convencer o leitor. Agora podemos entender que a tese é a própria “idéia central”

embasada em argumentos que objetivam o convencimento do leitor.

As bancas de concursos, na intenção de simplificar, eliminam esta distinção e

usam termos genéricos para designar ora a “idéia central” ora a “tese”. Nos concursos

públicos a maioria dos textos são dissertativo-argumentativos e, portanto, os enunciados

visam identificar a tese do texto. A tese está intimamente ligada à intencionalidade, pois

ambas revelam o objetivo do escritor ao produzir o texto.

Argumentação

Este é um dos assuntos fundamentais de nosso curso, pois os textos de provas,

em geral, são dissertativo-argumentativos, como já repetimos muitas vezes. Agora cabe

caracterizá-los através de seus procedimentos, ou seja, das estratégias argumentativas. O

autor arregimenta recursos com a finalidade de convencer o leitor de seu ponto de vista:

sua tese. Ao proclamar a tese e escolher os argumentos, o autor assume atitudes

(procedimentos argumentativos) que revelam o seu modo de argumentação.

Adrgumentivas

Na construção do texto, o autor tem como fim último convencer o leitor, para

isso ele utiliza uma das atitudes abaixo, o que não quer dizer de forma exclusiva. Ele

pode eleger uma delas como básica e usar as demais como complementares em seu

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processo argumentativo. Entre as atitudes mais comuns em textos de provas, podemos

apresentar: Comparação; Análise; Classificação; Conceituação

Acmpração– Neste procedimento o autor confronta dois argumentos a fim de

optar por um deles. (lembre que estamos falando em texto dissertativo-argumentativo,

se estivéssemos abordando a comparação nos textos dissertativo-expositivos, não

haveria a “escolha” por um ou outro. O autor apenas faria a exposição das idéias). Na

comparação, o autor procura encontrar as semelhanças e diferenças a fim de valorizar o

seu ponto de vista.

Quando o autor se propõe comparar, ele estabelece parâmetros que servem de

referência para a sua escolha. Vejamos o texto abaixo em que o autor compara dois

grupos de jovens, em termos de mercado de trabalho. Preste atenção no último

parágrafo para observar que, ao concluir o texto, o autor retoma a idéia da frase inicial

do texto.

Texto2 1 De fato, os jovens têm motivos para se sentirem inseguros. Começam a vida 2 profissional

assombrados pelos altos índices de desemprego. Quase a metade dos

3 desempregados nos grandes centros no Brasil é jovem. Além da falta de experiência, há 4 o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalho ajuda

5 a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar.

6 Mas a disputa é acirrada também entre os mais bem-preparados. A grande oferta

7 de mão-de-obra resulta em um processo cruel de avaliação, com testes de

8 conhecimentos e de raciocínio lógico, redação, dinâmica de grupo, entrevistas. E não é

9 só. O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se

10 possui ou de descobrir como adquiri-las. 11 Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rápido, a qualificação e o 12 potencial comportamental é que definem um bom candidato, e não só o preparo técnico. 13 (Isto é, 5/10/2005 – Texto adaptado).

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Este pequeno texto nos auxilia a entender a questão da comparação. O primeiro

parágrafo anuncia o tópico frasal “os jovens têm motivos para se sentirem inseguros”.

Logo após, inicia-se a enumeração das razões para a insegurança dos jovens,

classificando-as conforme o grau de preparo de cada grupo. No primeiro parágrafo,

apresenta os menos preparados e, no segundo, os mais preparados. Nos dois casos há

disputas e injustiças, mantendo-se a idéia do tópico frasal sobre a insegurança dos

jovens. Ao concluir, no último parágrafo, o texto revela que os dois grupos são

prejudicados pelo mercado de trabalho, pois, por uma razão ou outra, ambos acabam

tendo insegurança.

Aanálise– Alguns autores consideram a análise uma etapa posterior à

comparação. Após eleger o seu posicionamento, o autor passa a examinar todos os

elementos que constituem o seu argumento, reforçando as qualidades e minimizando os

pontos fracos. A conclusão de um texto analítico, além de fundamentar a opção do

autor, pode proporcionar o estabelecimento de alguma hierarquia entre os argumentos a

fim de reforçar a tese, proposta na introdução.

Alsficação– Em algumas situações, o autor pretende estabelecer relações entre a

sua idéia e outras que fazem parte de um campo mais amplo. Ao estabelecer nexo entre

o seu assunto com outros já conhecidos, o autor economiza esforço argumentativo, pois

o contexto a que se refere já tem posicionamento consolidado. Ao enquadrar uma

determinada atitude como racista, o autor já se vê descompromissado de argumentar

sobre a condenação ao racismo, pois isso já está no senso comum. O seu esforço

argumentativo pode se concentrar apenas na classificação do fato.

Anceituação– O procedimento presente, neste tipo de texto, é o que caracteriza

o seu assunto, de modo a permitir ao leitor identificar o fato como algo que está

categorizado, isto é, concebido como tal e não se confunde com outro. Vejamos um

exemplo: Ao estabelecer a definição do que seja “biocombustível” o texto deverá

excluir, de sua origem, as fontes não renováveis, pois, por si só, este recurso energético

tem por princípio permanente a não utilização de recursos finitos como o petróleo. O

texto abaixo apresenta uma conceituação do que seja “globalização”, leia-o:

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES 1 Globalização significa que todos nós dependemos uns dos outros. As distâncias 2 pouco importam agora. O que acontece em um lugar pode ter consequências mundiais. 3 Graças aos recursos, instrumentos técnicos e conhecimentos adquiridos, nossas ações 4 abrangem enormes distâncias no que sejam nossas intenções, erraríamos se não 5 levássemos em conta os fatores globais, pois eles podem decidir o êxito ou o fracasso de 6 nossas ações. O que fazemos (ou nos abstermos de fazer) pode influir nas condições de 7 vida (ou de morte) de gente que vive em lugares que nunca visitaremos e de gerações 8 que jamais conheceremos. (Zygmunt Bauman, O desafio ético da globalização Correio 9 Braziliense, 21/10/2001).

No texto acima, podemos identificar o tópico frasal com facilidade, pois ele

surge no primeiro período do texto e de forma direta, indicando, através do verbo

“significar”, a intenção do autor ao estabelecer uma forma de conceituação para o termo

“globalização. O parágrafo está composto por seis períodos.

� O primeiro introduz o assunto e lança a idéia de que a

“globalização” significa “interdependência”.

� Os quatro parágrafos seguintes conceituam a globalização através

de exemplos.

� O último conclui o texto com um alerta sobre a necessidade de estarmos

atentos às consequências de nossos atos no mundo globalizado.

Para encerrarmos esta discussão sobre atitudes argumentativas, podemos afirmar

que essas são quatro atitudes básicas, o que não significa que tenhamos esgotado o

assunto. Com a prática da leitura e interpretação de textos, vamos percebendo que este

esquema tem caráter apenas didático, pois nos confrontaremos com escritos que

perpassam mais de uma dessas atitudes. Para o concurseiro, este é um assunto muito

importante, pois ele terá de responder questões que abordam tais procedimentos e, nem

sempre, estará preparado para reconhecê-los em cada questão.

Agaçãmxtdencuros

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Voltemos, agora, a nossa atenção para outro assunto importante na área da

argumentação. Não podemos perder o nosso foco: a interpretação de texto nos

concursos públicos. Pois bem, os textos, nestas situações, são predominantemente

dissertativo-argumentativos, como já comentamos antes, por isso vale a pena

aprofundarmos um pouco mais a caracterização deste tipo de discurso.

Para argumentar, o autor pode tomar dois caminhos:

� construir um discurso “autoritário” que impõe ao leitor o seu ponto de vista

ou

� construir um discurso persuasivo.

O primeiro caso está centrado na ordem, na imposição, não deixando margem de

reflexão para o leitor. O segundo caso caracteriza-se por um processo de sedução, de

encantamento que o autor constrói com a finalidade de convencer o leitor.

Quando alguém se apresenta, diante de nós, com um texto desta natureza, com

certeza, ele toma algumas precauções para nos convencer de seus propósitos. O autor

“fala” de um determinado ponto de vista, objetivando uma intencionalidade e munido de

certos recursos para nos “arrastar” em direção ao seu propósito. É importante

analisarmos as estratégias mais comuns, usadas no processo de enunciação desse tipo de

discurso.

Quando o autor almeja nos convencer, ele arregimenta alguns recursos que lhe

permitem interferir na opinião do leitor. Dentre estes, podemos destacar:

distanciamento; modalização; tensão; transparência.

Dsciamento– a voz do falante assume uma postura de não comprometimento

com o assunto tratado. Com este recurso, ele finge para aproximar-se do leitor e

conquistar a sua simpatia. Ao falar sobre um assunto polêmico, mesmo sendo

especialista na área, o autor assume a posição do leitor ao usar expressões como; “nós

cidadãos comuns...” “É um dever de todos...” “cabe a todo cidadão denunciar...” e

outras que tornam o texto menos comprometido com suas posições.

Mdlização– Quando a estratégia escolhida não é a do disfarce como a anterior, o autor

pode assumir diretamente no texto o caráter autoritário, revelando uma face imperativa.

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É comum, neste tipo de discurso, o uso do imperativo e/ou o uso da segunda pessoa

gramatical (tu, ou vós..). O que caracteriza bem este discurso é o fato de não deixar, ao

leitor, espaço para tomada de decisão. Em geral são textos com muito pouco ou

nenhuma argumentação, pois não interessa ao autor discutir o tema, basta expor a sua

vontade.

Outras vezes o uso de modalizadores está ligado ao interesse do autor em

enfatizar ou diminuir um posicionamento já conhecido. Em textos que abordam mitos

ou conhecimentos populares (já consagrados pelo povo) há uma necessidade de não

afrontar o leitor diretamente. Com este propósito podem surgir expressões como “talvez

fosse melhor..” “concordaria se...” “ninguém pode negar, mas...”

Tensão- O discurso regido pela tensão é facilmente identificável pelo seu

centramento na primeira pessoa gramatical (eu). O autor apresenta seu ponto de vista,

desenvolve seus argumentos e pode até provocar o leitor para uma reflexão, mas não

deixa espaço para a argumentação contrária. Uma forma comum neste recurso é quando

o autor lança uma pergunta, mas não abre espaço para o contraditório. Este discurso é

distinto do modalizado pelo fato de que não traz o caráter autoritário e imperativo.

Tsprência – O grau de transparência ou opacidade do discurso pode revelar seu

caráter mais ou menos autoritário. Quanto mais consciente de seu poder, mais o autor se

revela ao leitor, pois ele não está interessado em velar seus posicionamentos. Quanto

menos enfático ele deseja ser na revelação de seu posicionamento, menos transparente é

o seu discurso e, portanto, mais velada é a linguagem. Não há quem não conheça

discurso de “autoridades em economia” quando desejam mostrar planos econômicos

mirabolantes e com práticas nada democráticas. Suas falas tornam-se confusas,

entrecortadas por “explicações” que nada explicam e com conclusões imperativas. Na

outra ponta, está o discurso da “otoridade” policialesca que determina o comportamento

dos demais, sem se preocupar em ocultar sua intencionalidade, pelo contrário, intimidar

faz parte de sua estratégia.

O estudo destas estratégias não se constitui objeto central para o concurseiro,

mas o reconhecimento delas é fundamental para interpretar questões que falam sobre

coerência entre o texto e determinadas alternativas de resposta. Não há necessidade de

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saber teoricamente cada uma, mas é um imperativo reconhecê-las no interior do texto.

Ocorre diferente quando estamos envolvidos com a produção de texto, pois neste caso a

aplicação de cada uma delas é necessária para que o texto tenha uma configuração coesa

e coerente. Nos cursos sobre produção de texto, detalhamos melhor este assunto e

propomos exercícios para a fixação do uso de cada uma destas estratégias.

Tpedicuros

Quando o texto envolve personagens com suas falas, ou citações, o discurso

sofre alterações a fim de registrar com exatidão o que foi expresso. Nestes casos os

discursos podem ser classificados como: Direto; Indireto; Indireto Livre

Direto– O texto reproduz textualmente a fala das personagens, ou seja, o

narrador cede espaço, em seu discurso, para que a personagem se expresse diretamente

através de suas palavras. Para o leitor, o efeito é como se estivesse ouvindo a

personagem sem interferências do narrador.

Este tipo de discurso tem marcas próprias que o caracterizam e asseguram a

autenticidade da fala da personagem. Dentre os elementos caracterizadores, podemos

citar:

� Inicia por verbos que introduzem as palavras alheias. São mais comuns

verbos como: dizer, falar, contestar e outros.

� A fala surge após dois pontos para marcar o final do discurso do narrador e o

início das palavras da personagem.

� Os elementos formais (linguísticos do texto) assumem as características do

falante, por isso há alteração na pessoa gramatical, nas formas verbais e

elementos modalizadores como de tempo e espaço.

� Quando o texto apresenta diálogo, que é alternância entre falas de duas ou

mais personagens, cada intervenção vem marcada pelo uso do travessão.

O discurso direto pode surgir em textos narrativos, mas em algumas situações

pode ocorrer em textos dissertativos, quando o autor deseja transcrever textualmente um

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conceito ou um depoimento. Nestes casos, o discurso direto fica integrado ao texto e

marcado por algum destaque como “aspas”, “itálico”, “negrito” ou sublinhado.

ndiretoI– No discurso indireto, o narrador incorpora as palavras da personagem

em seu próprio discurso, mantendo o mesmo sentido e vocabulário. O que acontece no

discurso indireto é uma acomodação da fala da personagem ao texto do autor. Para o

leitor, a consequência é que ele toma conhecimento da fala da personagem de forma

indireta, ou seja, através da fala do narrador.

Alguns procedimentos estão presentes neste tipo de discurso:

� Assim como o discurso direto, a fala é introduzida por algum verbo que

marca a fala alheia como: dizer, falar, declarar e outros. A distinção é que o

fato dito, ou declarado, agora está integrado na fala do narrador.

� Esta integração é marcada por partículas introdutórias como “que”, “se” e

outras. Ex: “disse que...”, “falou que...”.

� Os elementos linguísticos ficam em concordância com o narrador,

geralmente os pronomes apresentam-se em terceira pessoa.

A passagem de um discurso para outro é marcada por algumas mudanças no

plano da linguagem que evidenciam a alternância de vozes. As frases que no discurso

direto são interrogativas ou exclamativas, no discurso indireto passam a declarativas.

Com um exemplo podemos clarear a explicação:

� Discurso direto - Luís Fernando Veríssimo, falando sobre crase, disse: Eu

era contra a crase até aprender a usá-la. Hoje, eu a defendo, para não

concluir que perdi meu tempo.

� Discurso indireto – Falando sobre crase, Luís Fernando Veríssimo disse que

era contra a crase até aprender a usá-la. Hoje, ele a defende para não concluir

que perdeu seu tempo.

ndiretolivreI – No discurso indireto livre não há uma linha divisória entre a fala

da personagem e o discurso do narrador, eles estão plenamente integrados. Sob o ponto

de vista gramatical a fala pertence ao discurso do narrador enquanto que o significado

fica com a personagem.

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O discurso indireto livre pode ser caracterizado por alguns elementos como:

� Oscila entre a objetividade e autenticidade do discurso direto e

a subjetividade do discurso indireto.

� A fala da personagem fica intermediada pela do narrador.

� Não traz marcas linguísticas, nem do discurso direto, nem do indireto. A fala

fica totalmente integrada no fluxo da narrativa.

Para elucidar, vejamos um exemplo de discurso indireto livre, retirado da obra

As meninas de Lygia Fagundes Telles.

Aperto o copo na mão. Quando Lorena sacode a bola de vidro a neve

sobe tão leve. Rodopia flutuante e depois vai caindo no telhado, na cerca e na

menininha de capuz vermelho. Então ela sacode de novo. Assim tenho neve o

ano inteiro. Mas por que neve o ano inteiro? Onde é que tem neve aqui? Acho

lindo a neve. Uma enjoada. Trinco a pedra de gelo nos dentes. .

A primeira frase nos indica um discurso em primeira pessoa (aperto), mas logo o

texto incorpora a terceira pessoa (Lorena sacode..), um pouco mais adiante surge outra

primeira pessoa (tenho neve..) que não é a mesma do início do texto. Continuando o

texto, podemos encontrar um diálogo que não está posto com travessão ou dois pontos,

mas que pode ser percebido como tal, pois há uma alternância entre os pontos de vista

da narradora e da personagem.

Em concursos públicos este assunto costuma aparecer em questões que avaliam

os elementos marcadores do discurso, como travessão, dois pontos, formas verbais e

pronominais. Além destes aspectos formais, podem surgir questões sobre a passagem de

um tipo de discurso para outro, solicitando avaliação de correção de linguagem e ponto

de vista.

Questãonº1.

Leia o texto abaixo para responder à questão.

A arte brasileira dos anos 60 começa com um movimento aparentemente

conservador, a volta à figura depois do domínio dos abstratos na década de 50. Mas

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estava ali a senha para uma revolução. A pop arte não incorpora só os símbolos de

consumo, tirados da propaganda, dos quadrinhos e das placas de trânsito. Tenta

incorporar os objetos do mundo. E o mundo não se reduz a quadro, esculturas e

gravuras – suporte tradicional da arte. (Folha de São Paulo, 20 de abril de 1994)

Assinale o trecho que corresponde a uma conclusão coerente com a ideia central do texto.

a) Além disso, a reação à arte abstrata busca pintar imagens do inconsciente.

b) Assim, a arte brasileira dos anos 60 termina com a instalação da

“Tropicália”.

c) Dessa maneira, participação é a palavra-chave para se entender a pop arte.

d) Enfim, a revolução da linguagem artística dessa década, não é nem

conservadora nem inovadora.

e) Começa, a partir daí, uma explosão de nova linguagem na arte.

Cmeádnº1.-Gbarito: E

A ordem da questão solicita que seja escolhida a alternativa que corresponda a

uma conclusão coerente com a ideia central. Necessitamos avaliar a alternativa que é

capaz de encerrar a tese do texto, ou seja, a idéia central proposta na introdução do

parágrafo.

A alternativa correta é a letra “e”. Observemos a palavra “daí” na alternativa “e”,

ela remete a um antecedente que marca um momento histórico (daí = deste fato, deste

lugar..). Observando a última frase do texto, podemos ter como referente para esta

palavra o fato de que “o mundo não se reduz a quadros, esculturas e gravuras”

A letra “a” levaria para uma conclusão inconsistente, pelo fato do texto não

abordar a arte inconsciente. Por outro lado, a alternativa “b” confunde, pois o texto

enuncia que a arte nos anos 60 inicia conservadora e caminha para uma cultura pop, o

que não é o mesmo que “tropicalismo”.

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(Esaf – TTN)

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Na alternativa “c” há uma tentativa de inferir um dado do texto, só que a

inferência não está autorizada, porque o texto não fala em “entender” a arte, apenas

expõe o caráter popular dela. Na alternativa seguinte (“d”), surge uma tentativa de

mediar a evolução da arte, o que não é verdadeiro, o texto não tem tom conciliatório

entre conservadorismo e vanguarda. O texto fala em uma passagem da arte

conservadora para a pop, sem estabelecer termos médios.

Para responder às questões 2 e 3, leia com atenção o texto abaixo:

Seja nos mitos de criação seja na cosmologia de hoje, há uma busca do sentido

do mundo, um esforço de compreensão da natureza e do universo. As representações do

espírito humano, num caso e noutro, constituem variações sobre o mesmo tema:

penetrar no âmago da realidade.

Não é segredo algum descobrir que a busca de sentido para o cosmos se engata

com a procura de sentido para a existência da família humana. Para além das

concepções científicas e das diversidades culturais, o porquê da nossa vida, de sua

origem e do seu destino, acompanha passo a passo nossa evolução histórica. A

ocupação do planeta, a organização da confiabilidade, a compatibilização dos

contrários, presentes em toda a parte, e a eterna busca de valores transcendentes estão

no mesmo séquito que acompanha a observação do mundo natural, das descobertas de

nexo entre causa e efeito, nos postulados científicos e nas aplicações técnicas.

Não mais se conta com um eixo filosófico ou religioso sobre o qual girem as

ciências, as técnicas e até mesmo a organização social. Como adverte Edgar Morin, a

ciência também produz a ignorância, uma vez que as especializações caminham para

fora dos grandes contextos reais, das realidades complexas. Paradoxalmente, cada

avanço unidirecional dos conhecimentos científicos produz mais desorientação e

perplexidade na esfera das ações a implementar para as quais se pressupõem acerto e

segurança. Vivemos em uma nebulosa que não a via-láctea deslocando-se no espaço

cósmico e explicável pela astronomia, mas uma nebulosa provocada pela falta de

contornos definidos para o saber, para a razão e, na prática, para as decisões

fundamentais, afinal o que significa tudo isso para a felicidade das pessoas e o destino

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último da sociedade. (COIMBRA, José de Ávila Aguiar. Fronteiras da Ética. São

Paulo: Senac, 2002, p. 20)

Questãonº2.

Assinale a opção que está de acordo com a idéia central do texto. (Esaf – MF/TRF)

a) A cosmologia é uma ciência exata que dispensa valores humanísticos e

procura apenas relações de causa e efeito.

b) Os mitos, como exclusivas representações do espírito humano, configuram o

caminho por excelência para a busca por valores transcendentais.

c) As concepções científicas e a diversidade cultural são obstáculos que

invalidam uma visão hegemônica do mundo natural.

d) O porquê da vida humana, sua origem e seu destino são indagações

subjacentes tanto aos mitos quanto às investigações de caráter científico.

e) Nos postulados científicos e nas aplicações técnicas, as descobertas de nexo

entre causa e efeito negligenciam as leis da cosmologia.

Cmeádnº2.-Gbarito: D

Conforme explanamos anteriormente, a idéia central está expressa no primeiro

período do primeiro parágrafo, retirando os elementos secundários. Neste caso, o

primeiro parágrafo é exemplar, tanto define a idéia central como já está reduzido a puro

enunciado. Ora, dentre as alternativas a única que contempla o procedimento

comparativo é a “d, portanto a correta. Para elucidarmos a questão vamos comentar o

erro nas demais alternativas.

O desenvolvimento da proposta da alternativa “a” está no segundo parágrafo e

não constitui núcleo, idéia central, apenas é uma idéia periférica. As alternativas “b” e

“c” são parciais, pois cada alternativa fala em um elemento do texto, a primeira faz

referência aos mitos e a segunda à ciência. É fundamental ter cuidado com questões que

abordam tema central, pois as alternativas podem encerrar verdades que não são centrais

no texto.

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A letra “e” contradiz o texto. A descoberta de causa e efeito é também um

parâmetro buscado pela cosmologia.

Questãonº3.

Assinale a opção que está emdesacrdocom as idéias do texto. (Esaf – MF/TRF)

a) O eixo filosófico ou religioso sobre o qual giravam as ciências, as técnicas e

até mesmo a organização social não está mais disponível.

b) Como as especializações se desviam dos grandes contextos reais e das

realidades complexas, a ciência também produz ignorância.

c) Se o avanço dos conhecimentos é unidirecional, produz-se desorientações e

perplexidade nas ações para as quais acerto e segurança são pressupostos.

d) A falta de contornos definidos para o saber é provocada pela razão e pelas

decisões fundamentais da prática.

e) A nuvem de matéria interestelar em que vivemos, que se desloca no espaço

cósmico é explicável pela astronomia.

Cmeádnº3.-Gbarito: D

Agora estamos num campo muito próximo da questão anterior, mas não

podemos confundir. Quando falamos em “idéia central” falamos no núcleo do texto e

quando falamos em “idéias”, estamos no campo da presença delas no enunciado; é uma

forma mais genérica - É o mesmo que dizer que são coerentes com o texto. Prestemos

atenção: a questão pede a alternativa que está em desacordo, portanto aquela que não

corresponde às idéias presentes no texto.

A letra “d” extrapola plenamente o texto ao atribuir à razão a falta de contornos

definidos para a ciência. Isto é contrário ao proposto no texto que expressa que a busca

de valores transcendentes estão no mesmo séquito que acompanha (não que seja

provocada) a observação do mundo natural, das descobertas de nexo entre causa e

efeito, nos postulados científicos e nas aplicações técnicas (decisões da prática).

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A alternativa “a” é textual, no terceiro parágrafo podemos ler: Não mais se conta

com um eixo filosófico ou religioso sobre o qual girem as ciências, as técnicas e até

mesmo a organização social. Na advertência de Edgar Morin, sabe-se que a ciência

também pode produzir ignorância quando a especialização afasta-se dos contextos reais,

isto comprova a adequação da alternativa “b”.

Na letra “c” há uma forma de paráfrase do texto original. O último parágrafo é

explícito ao afirmar que cada avanço unidirecional dos conhecimentos científicos

produz mais desorientação e perplexidade. A alternativa “e” é interessante no modo

como usa o texto. Lá, o autor faz uma metáfora com a via-láctea, mas na questão a

banca usa parte da metáfora (apenas a parte denotativa) para explicar o que seja “a

nuvem de matéria interestelar”. Não saiu do texto, o que significa que é pertinente (está

de acordo) ao texto.

Para responder às questões 4 e 5, leia com atenção o texto abaixo:

1 O país talvez esteja passando por períodos de descrença e desrespeito para com o

2 patrimônio público, pois parece que a separação entre o bem comum e o bem privado

3 deixa de existir ou pelo menos de ser respeitada. Essa descrença talvez seja resultado de

4 um processo de décadas de injustiça social e de negação da identidade cidadã. Uma

5 nação constituída por pessoas que defendem e honram os seus direitos e deveres tem

6 melhores condições de diminuir as injustiças sociais, dentre elas as causadas pela

7 corrupção, e aumentar o nível de desenvolvimento e progresso.

8 O desenvolvimento da Educação Fiscal torna-se primordial, pois permite 9 informar os mecanismos de constituição do Estado, ao mesmo tempo em que torna o

10 cidadão ciente da importância de sua contribuição, fazendo com que o pagamento de 11 tributos seja entendido e visto como investimento para o bem comum. Com a 12 informação, o indivíduo pode se apropriar do poder de questionar e verificar a utilização 13 destes investimentos sociais. (Adaptado de www.receita. Fazenda.gov.br.)

Questãonº4.

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Em relação às idéias do texto, assinale a opção ncoretai. (Esaf – Sefaz/PI)

a) Os argumentos do texto defendem o poder da informação no exercício da

cidadania.

b) O respeito à separação entre o bem comum e o bem privado é necessário

para neutralizar a descrença.

c) Justiça social, desenvolvimento e progresso estão relacionados à defesa e

respeito aos direitos e deveres de cada indivíduo.

d) A injustiça social e a negação da cidadania existentes há décadas podem

estar provocando descrença.

e) É dispensável, para que os tributos sejam considerados investimentos para o

bem comum, um processo de esclarecimento ao cidadão.

Cmeádnº4.-Gbarito: E

O mesmo caso da questão anterior é pertinente a esta: verificar a coerência entre

o enunciado e as idéias contidas no texto e, mais uma vez, solicita a ncoretai. O texto

denuncia as injustiças e exorta para a necessidade de esclarecimento do cidadão.

A letra “e” contradiz o texto todo ao considerar “dispensável” o esclarecimento

ao cidadão, por isso ela é a errada em relação ao texto, mas a exigida pela ordem da

questão.

A alternativa “b” está de acordo com o texto ao expressar que “o respeito a

separação entre o bem comum e o bem privado é necessário” conforme podemos ler no

primeiro parágrafo. A letra “c” é direta do texto, enquanto que a “d” também tem apoio

no texto ao constatar que a descrença é fruto da injustiça social, conforme o primeiro

parágrafo.

Questãonº5.

Em relação às estruturas do texto, assinale a opção ncoretai. (Esaf – Sefaz/PI)

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a) A incerteza em relação às afirmações do primeiro parágrafo é reforçada

pelas expressões “talvez” (linha 1 ) e “parece” (linha .2.).

b) A expressão “para com o” (linha 1 ) corresponde semanticamente ae.mrelçãao

c) A forma verbal “tem” (linha 5 ) está no singular para concordar com “Uma

nação (linha 4 e 5 ).

d) Pode-se substituir “fazendo com que” (linha 10 ) porpermtindoque, sem

prejuízo para a correção gramatical do período.

e) A expressão “torna-se primordial” (linha 8 ) corresponde gramaticalmente e

semanticamente aftnpmordial.

Cmeádnº5.-Gbarito: E

A incorreta é a letra “E” porque a substituição proposta altera substancialmente a

frase ao trocar a forma verbal “tornar-se” que é reflexiva, por uma forma passiva.

Observe-se também a troca do tempo verbal (presente pelo pretérito). Além da questão

semântica que altera o sentido, a forma passiva ficaria sem sentido pela ausência do

agente.

As demais alternativas são corretas, pois são simples de conferir, basta proceder

à mudança solicitada para perceber que são plenamente substituíveis. Nestas questões

de substituições, às vezes, o candidato se engana ao imaginar que não necessita conferir

a proposta da banca. A alternativa pode apresentar uma proposta de substituição que,

em tese, é possível, mas no texto se mostra inadequada. Vamos conferir cada alternativa

para apreciarmos as substituições.

Na alternativa “a” os termos “talvez” e “parece” apresentam, realmente a ideia

de dúvida, incerteza. Na letra “b” é feita a proposta para substituir “para com o” por

“em relação ao”. Nada há que impeça tal troca, o que pode causar um pouco de

estranheza ao candidato é que a expressão “em relação ao” acrescenta a preposição “a”

o que é exigido pela palavra “relação a”.

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Em “c” temos um caso em que a confirmação exige uma atenção especial quanto

a frase do texto. Neste caso, devemos ter presente a oração principal: Uma nação (...)

tem melhores condições de diminuir as injustiças sociais... O que está entre “uma

nação” e a forma verbal “tem” são orações intercaladas.

A substituição proposta na letra “d” é plenamente aceitável e não precisa ser

mostrada.

Leia o texto abaixo para responder à questão 6.

1 O século XX foi o mais assassino na história registrada. O número total de

2 mortes foi estimado em 187 milhões. O equivalente a mais de 10% da população

3 mundial em 1913.

4 Entendido como tendo-se iniciado em 1914, foi um século de guerra quase

5 ininterrupta, com poucos e breves períodos sem conflito armado organizado em algum

6 lugar. Foi dominado por guerras mundiais: quer dizer, por guerras entre Estados

7 territoriais ou alianças de Estados.

8 Apesar disso, o século não pode ser tratado como um bloco único, seja 9 cronológica, seja geograficamente. Cronologicamente, ele se distribui em três períodos:

10 a era de guerras mundiais centradas na Alemanha, e era de confronto entre as duas 11 superpotências e a era desde o fim do sistema de poder internacional clássico. Chamarei 12 a esses períodos de 1, 2 e 3. Geograficamente, o impacto das operações militares tem 13 sido desigual. Com uma exceção (a Guerra do Chaco), não houve guerras entre Estados 14 significantes (em oposição a guerras civis) no hemisfério Ocidental no último século. 15 Em contrapartida, guerras entre Estados, não necessariamente desconectadas do 16 confronto global, permaneceram endêmicas ao Oriente Médio e ao sul da Ásia, e 17 guerras maiores diretamente resultantes do confronto global aconteceram no leste e no 18 sudeste da Ásia. 19 Mais impressionante é a erosão da distinção entre combatentes e não-20 combatentes. As

duas guerras mundiais da primeira metade do século envolveram toda

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21 a população dos países beligerantes; tanto combatentes quanto não combatentes

22 sofreram. (Eric Hobsbawn,Apmidguera, com adaptações.)

Questãonº6.

Assinale a opção ncoretai a respeito da organização das idéias do texto: (Esaf –

MRE/AC).

a) O texto admite o seguinte resumo:

O século XX foi o mais assassino na história registrada. Foi dominado

por guerras mundiais, que fizeram erodir a separação entre combatentes

e não combatentes. Não pode ser tratado como um bloco único, pois

apresenta diferenças cronológicas e geográficas.

b) Constam, no segundo e terceiro parágrafos, argumentos que comprovam a tese

apresentada no primeiro: o século XX foi o mais assassino da história registrada.

c) A organização do terceiro parágrafo do texto corresponde ao seguinte esquema:

Hemisfério

Ocidental

Geograficamente

Oriente Médio e

Ásia Século XX

Período 1

Cronologicamente Preíodo 2

Período 3

d) Os períodos históricos enumerados nas linhas 11 e 12 correspondem

respectivamente a

1: guerras mundiais centradas na Alemanha.

2: confronto entre superpotências com o fim do poder internacional clássico.

3: guerras entre Estados no Oriente Médio e no sul, leste e sudeste asiático.

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e) O parágrafo conclusivo do texto reforça o que afirma a oração inicial, porque

mostra a abrangência da violência do século XX.

Cmeádnº6.-Gbarito: D

Nesta questão, a Esaf está plenamente renovada, apresentando esquemas e

tabelas que auxiliam a compreensão. Se, por um lado, este procedimento torna a questão

mais longa, por outro a torna mais clara.

A alternativa “d” fica incorreta pelo fato de que os conflitos enunciados, na

ordem, não correspondem aos presentes no texto. O texto distribui os conflitos em três

eras. Nesta alternativa a era 1 está correta, mas a dois apresenta duas eras juntas. No

texto diz: (...) a era de guerras mundiais centradas na Alemanha (1), e era de confronto

entre as duas superpotência (2)s e a era desde o fim do sistema de poder internacional

clássco (3). .

A alternativa “a” trata de resumo. O resumo é uma espécie de texto definido

como aquele que contém todos os elementos do texto principal, apenas excluindo as

idéias secundárias. Examinando o texto, podemos perceber que todas as idéias estão

contidas nele e, portanto, é correto, não servindo como resposta.

Realmente os parágrafos dois e três são argumentativos com relação ao primeiro,

por isso a alternativa “B” também é correta. No parágrafo um, o autor expõe a tese de

que “O século XX foi o mais assassino na história registrada. No parágrafo dois ele

determina o período, como sendo após o conflito de 1914. No parágrafo três o autor

mapeia as guerras em função da divisão cronológica e geográfica.

O esquema da “c” está “bonitinho” e correto, pois corresponde ao conteúdo do texto.

A “e” também é correta, pois o parágrafo final é conclusivo e coerente com o

primeiro. O parágrafo final expõe a intensidade dos conflitos que não distinguiram

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES combatentes de não combatentes. Isto fecha o argumento inicial de que o século XX foi

o mais assassino na história registrada.

Para responder às questões 7 e 8, leia o texto abaixo.

A mata que cobria uma das margens de um rio estava em chamas. Um escorpião,

vendo que iria morrer carbonizado, pede a um sapo, que se preparava para ir para a

outra margem, que o leve nas costas. O sapo recusa-se, dizendo que o escorpião poderia

picá-lo. Este diz que não haveria nenhuma razão para isso, pois se o aguilhoasse,

morreria afogado. Continua dizendo que ele poderia estar tranquilo, pois aferroá-lo era

ir contra a sua própria vida. O sapo consente, então em transportá-lo. O escorpião

acomoda-se em suas costas. O sapo começa a nadar. No meio do rio o escorpião pica-o.

Sentindo a ação do veneno, o sapo indaga o porquê daquela atitude, já que ambos iriam

morrer. O escorpião responde que não podia resistir à vontade de aferroar os outros.

Questãonº7.

Assinale a alternativa que corresponde à idéia principal, em torno da qual se

organiza a história acima. (Esaf – FR/MT)

a) A vingança é uma atitude de seres mesquinhos.

b) É comum a falta de solidariedade entre as pessoas.

c) A importância de os seres se prepararem para certas exigências da vida.

d) Nenhuma circunstância pode mudar a natureza e a índole do homem.

e) As pessoas não cumprem a palavra empenhada.

Cmeádnº7.-Gbarito: D

Esta questão traz uma novidade que é a presença de uma fábula, espécie de texto

dificilmente presente em provas. O que caracteriza a fábula é o fato das personagens

serem animais e possuirem uma moral final. A função da fábula, exatamente esta, é

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES transmitir uma lição moral às crianças. Armados por este conhecimento teórico,

podemos passar à resolução da questão.

A letra “d” corresponde, realmente, a uma moral da história: a natureza (humana

ou animal) é imutável. É da natureza do escorpião picar, portanto, não há acordo que o

livre deste “destino”.

Na letra “a” surge o tema da vingança, o que é descabido, pois o escorpião não

teria nenhuma razão para vingar-se do sapo que, além de inocente, foi solidário.

A resposta do escorpião é que “não podia resistir à vontade de aferroar”, este

impulso é o motivo e não a questão da solidariedade. Na verdade, o escorpião estava de

carona e solidário estava sendo é o sapo. Este raciocínio invalida a alternativa “b”.

Na alternativa “c” aparece o tema do “inesperado”, algo que também não

justifica a atitude do escorpião. Não há exigências da vida na atitude do escorpião.

O mesmo ocorre com a “e”, pois não é uma questão de quebra de trato, mas sim

da força imperiosa de picar que comanda o animal.

Como o texto é uma fábula, o compromisso argumentativo é com a moral que

está sendo transmitida e não com a lógica da natureza. O tipo de texto, também,

determina a coerência textual.

Questãonº8.

O texto sónãoapresenta: (Esaf – MRE/AC)

a) Discurso direto

b) Sequência cronológica de ações

c) Elementos descritivos

d) Elementos dissertativos

e) Narrador em terceira pessoal

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES Cmeádnº8.-Gbarito: A

A questão 8 avalia uma série de elementos de constituição do texto. Vamos

analisar um por um:

a) Discurso direto – Examinamos este assunto na parte teórica quando

caracterizamos os tipos de discurso. No texto, todas as falas são indiretas,

não há transcrição das palavras das personagens. A afirmativa é incorreta em

relação ao texto e, portanto, é a exigida pela ordem da questão.

b) Sequência cronológica de ações – Você pode observar os verbos que

designam ação e perceberá que eles estão em ordem crescente do início para

o fim da história. Verdadeira, portanto não serve como resposta.

c) Elementos descritivos – O texto inicia com uma descrição: A mata que

cobria uma das margens de um rio estava em chamas. Realmente, este é um

processo descritivo e confirma que a alternativa é correta em relação ao

texto, mas não serve como resposta para a questão.

d) Elementos dissertativos – Os aspectos dissertativos do texto tornam-se

evidentes pelas argumentações presentes nas falas. O diálogo entre os dois

no momento em que o escorpião convence o sapo de transportá-lo é um

exemplo de processo dissertativo.

e) Narrador em terceira pessoa – Basta examinar as formas verbais para

constatar que estão na terceira pessoa.

Muito simples esta questão, embora implique conteúdos pouco usuais em provas

de concurso, mas o inesperado é uma arma importante das bancas!

Questãonº9.

Numere os sequencializadores na ordem em que devem preencher as lacunas do texto,

de modo a garantir-lhe coesão. A seguir, marque a ordenação correta. (Esaf - ANEEL - 2004)

( ) ou ( ) assim ( ) que

( ) pois ( ) além do que ( ) além de

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CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF

PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES

Depois da primeira linha de transmissão – LT Taquaruçu/Assis/Sumaré, de 505 km de

extensão, __1__ entrou em operação comercial em 12/10/2001, com investimento de R$ 207,5

milhões, diversos empreendimentos passaram a operar comercialmente __2__ foram licitados

com sucesso. __3__ a ANEEL já outorgou concessões para 13,7 mil quilômetros de novas

linhas e entre elas 7,4 mil quilômetros entraram em operação comercial até junho de 2004

__4__ está prevista a entrada em operação de mais 800 km até o final do ano. Esses

empreendimentos melhorarão significativamente a capacidade de transmissão de energia, __5__

acrescentarão mais de 20% na extensão das linhas, em relação aos 61,5 mil km existentes em

1995, __6__ criarem oportunidade de empregos diretos para mais de 25 mil pessoas. (Adaptado

de texto de www.Aneel.gov.br)

A ordenação correta é

a) 2, 5, 3, 4, 1, 6. d) 3, 4, 1, 5, 2, 6.

b) 1, 3, 2, 6, 5, 4. e) 6, 1, 3, 5, 2, 4.

c) 4, 2, 3, 6, 1, 5. Cmeádnº9.-Gbarito: A

Este tipo de questão avalia a capacidade de perceber os elementos de conexão do texto.

Para responder à questão, é importante verificar, na lista, aqueles elementos conectores que são

mais fáceis de identificar. Neste exercício o “que”, funcionando como relativo, é um elemento

bem notório. Duas posições ele pode preencher ( 1 - 2 ). Na posição 1 o “que” mantém

coerência, mas na posição 2 a frase fica prejudicada. Portanto, podemos definir o quinto

elemento da sequência como sendo: ? - ? - ? - ? - 1 - ? O outro elemento fácil é “ou”, pois deve

estar na posição alternativa com o relativo, portanto na posição 2 (que entrou em operação (...)

ou foram licitados...) Agora sabemos a posição de mais um elemento: : 2 - ? - ? - ? - 1 - ?

O primeiro período fala do sucesso da concessão de linhas, o que nos permite prever

uma argumentação afirmativa “assim”. (Assim a ANEEL já outorgou concessões ....) Agora já

temos mais um elemento na sequência: : 2 - ? - 3 - ? - 1 - ?

Agora podemos concentrar nossa atenção em duas expressões semelhantes: “além do

que” e “além de”. Na posição quatro só pode entrar “além do que”, devido à forma verbal

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES vizinha que exige conjunção. (..... além do que está prevista....). O “além de” tem duas posições

disponíveis, porém somente na seis ele faz sentido, portanto (..... além de criarem..... ). Temos mais dois elementos: : 2 - ? - 3 - 4 - 1 - 6. Agora temos resolvida a posição cinco que só pode

ser “pois”: 2 - 5 - 3 - 4 - 1 - 6. Esta sequência está na alternativa “a”, que é a correta.

Este tipo de questão não é difícil, mas o concurseiro deve estar muito concentrado para

não confundir a posição da palavra no texto e a ordem dos números resultante da escolha.

Questãonº10.

Em cada item marque o seqüenciador pertinente à lacuna correspondente no texto e,

depois, escolha a seqüência correta. (Esaf - ANEEL - 2004)

Getúlio chegou ao poder em meio a um movimento que representava a ruptura com as

oligarquias da República Velha. Personalizava, ____________(A), um projeto de mudança, _____________(B) dele não fosse consciente. É verdade que ele próprio tinha pertencido ao

regime anterior – foi ministro da Fazenda e presidente do Rio Grande do Sul –, numa repetição

de padrão brasileiro. ______________ (C), chegou ao Rio de Janeiro no bojo de um movimento

que propunha algo de inovador. Seu período na Presidência marcou a presença na política de

um novo ator: a classe trabalhadora. Getúlio soube perceber a importância das classes populares

e passou a apelar para elas. ___________________ (D), não se tratava exatamente de um novo

ator – ____________(E), o povo não tinha força efetiva. (Adaptado de Fernando Henrique

Cardoso)

(A) x. portanto; y. todavia (D) x. Já que; y. Na verdade

(B) x. porquanto; y. mesmo que (E) x. afinal; y. conquanto

(C) x. De todo modo; y. Ademais

a) y,x,x,y,y c) y,x,y,x,x e) x,y,x,y,y

b) x,y,x,y,x d) x,x,y,y,x

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES Cmeádnº10.Gbarito:- B

Esta questão é muito semelhante à anterior, apenas acrescenta uma dificuldade

pelo fato de que cada alternativa oferece duas palavras: “x” ou “y”. Conforme for sendo

feita a escolha, por “x” ou “y”, vai determinando a sequência nas alternativas.

Na posição “A” o texto exige um elemento conclusivo, pois são argumentos

cumulativos (representa uma ruptura com o passado e um tem como desfecho um

projeto de mudança. Ao optarmos por “portanto” temos o primeiro elemento da

sequência: : x - ? - ? - ? - ?. Na posição “B” devemos incluir um elemento concessivo,

pois Getúlio é um promotor de um projeto de mudanças mesmo que dele não fosse

consciente (embora não fosse consciente). A nossa sequência ganha mais um elemento:

: x - y - ? - ? - ?. Na posição “C” não podemos ter um elemento cumulativo de

argumentação como “ademais”. O contexto exige “de todo modo.” Novamente, temos

“x”, o que significa que nossa sequência já é: : x - y - x - ? - ?. Na penúltima posição

temos uma frase retificatória, “....na verdade, não se tratava exatamente de um novo

ator” que fecha o texto com uma conclusiva: “afinal”. Assim definimos os dois últimos

elementos da sequência: : x - y - x - y - x o que corresponde a alternativa “b”.

Questãonº1.

Nesta questão você encontrará cinco blocos de planejamento de texto que se compõem

de um título e tópicos. Marque o item em que um ou mais tópico(s) não é/são coerente(s) com

o título. (Esaf - Prefeitura do Recife - 2003)

a) Criação da Câmara de Gestão do combate à violência

Seguir o modelo da Câmara criada na crise da energia; juntar esforços do governo

federal e governos estaduais.

b) Forças-tarefa

Combate à violência não pode esperar pela reorganização dos serviços de segurança

pública; as forças-tarefa atuarão nas regiões metropolitanas; atuação nos focos de ausência do

Estado e de controle pelo crime organizado.

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES

c) Reaparelhamento e salários

O reaparelhamento das polícias deve caber à União; os Estados devem adotar política

salarial consentânea com carreira de estado.

d) Saneamento das polícias

Focos de corrupção: desperdícios; investigação independente das corporações para fazer

frente ao corporativismo.

e) Unificação das polícias

Polícias trabalham como se buscassem fins diferentes. As polícias não se comportam

como instrumentos políticos complementares; objetivo a perseguir: manutenção do status quo. Cmeádnº1.Gbarito:- E

Esta questão é muito interessante, pois ela não traz texto, mas os seus elementos

constituintes. Cabe ao aluno avaliar o tópico em relação às idéias propostas abaixo. Cada uma

das alternativas é como se tivéssemos o esquema de um texto: o tópico frasal e os argumentos.

A banca aponta a alternativa “e” como a que não mantém coerência entre o tópico e os

argumentos. Vamos examinar. O tópico é “Unificação das polícias”. A primeira frase pode

servir como um argumento para a necessidade da unificação, pois trabalham como se

buscassem fins diferentes. A segunda esbarra numa questão fora de contexto, pois não é função

policial ser instrumento político. Ninguém promoveria uma “unificação das polícias” tendo por

finalidade “manter o status quo”. Por estas e outras razões estes elementos não são coerentes

com a tese (tópico) proposta. Assim a letra “e” é a solicitada pela ordem da questão.

Na alternativa “a” as duas frases são coerentes com a “Criação de Câmara de Gestão de

combate à violência. A primeira frase escolhe o modelo criado para a “crise de energia”. A

segunda frase propões a unificação dos esforços das esferas federal e estadual. A coordenação

de ações é coerente com a ideia de “Câmara de Gestão”.

A letra “b” aponta como saída a criação de “Forças-tarefa. No desenvolvimento, aponta

a necessidade urgente que não pode esperar pelas reorganização dos serviços de segurança. O

local de atuação são as regiões metropolitanas e com presença nos locais controlados pelo crime

organizado.

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Page 35: Interpretação de Textos ESAF Aula 04

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES

No item “c” fala em “Reaparelhamento e salários”. Nos argumentos aponta para a

definição de competências. À União cabe o reaparelhamento, enquanto que aos Estados

compete o pagamento de salários dignos com a carreira de estado.

A alternativa “d” trata do “Saneamento das polícias. Todos os itens que seguem

abordam fatores de desprestígio das polícias: corrupção, investigação independente e

corporativismo.

Questãonº12.

Em cada parágrafo das questões seguintes, encimado por um subtítulo, ordene os itens

de modo a formar um texto coeso e coerente. Descarte o item que não for coerente e coloque

nesse item um “d”. Marque, depois, a seqüência correta. (Esaf - Prefeitura do Recife - 2003)

Câmara de Combate à Violência

( ) Igualmente importante é saber como o país chegou ao atual estágio de insegurança pública.

( ) É o que constata desde o Presidente da República até o brasileiro mais humilde.

( ) A prisão perpétua significa pouco ou nada para eles.

( ) Para combatê-la é preciso distribuir renda.

( ) A violência atingiu um grau insuportável, que não pode ser mais tolerado.

( ) Mas não é só: estamos propondo a criação da Câmara de Combate à Violência, nos

moldes da Câmara de Energia.

a) 3, 1, d, 5, 4, 2 c) 4, 1, d, 3, 2, 5 e) 2, 5, 3, 4, 1, d

b) 5, 2, d, 3, 1, 4 d) d, 1, 5, 4, 2, 3 Cmeádnº12.Gbarito:- B

Como podem observar, neste módulo estamos explorando tipos de questões diferentes a

fim de que os candidatos não sejam surpreendidos por “novidades” que, embora simples, podem

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES atrapalhar na hora de responder. Esta questão 12 é semelhante à outras de ordenação de texto, a

novidade é que há o descarte de um dos elementos, marcado na sequência com a letra “d”.

Neste tipo de questão, é necessário observar muito bem o tópico e os elementos que

seguem, procurando, em primeiro lugar, o que deve ser descartado. Esta questão fala em

“Câmara de combate à violência”, portanto, todos os elementos devem estar voltados para ações

preventivas. O terceiro elemento mostra que “A prisão perpétua significa pouco ou nada para

eles”. Isto não é ação preventiva e, além disso, o “eles” remete aos infratores, que não são o

tema em discussão. O que se discute é a criação de uma câmara de combate à violência.

A frase que pode ser tese para o parágrafo é: “a violência atingiu um grau insuportável,

que não pode ser mais tolerado”. Ela justifica a ação de criar a “Câmara”. Surge, logo em

seguida, o argumento de que a violência é de conhecimento de todos: do Presidente da

República até do brasileiro mais humilde. Assim temos definidos dois elementos: ? - 2 - d - ? - 1

- ?. A frase que segue é uma das soluções possíveis para o combate à violência: “distribuição de

renda”. Uma ação não é suficiente, por isso um “mas” pode dar sequência, apresentando outra

ação, ou seja, criar a câmara nos moldes da Câmara de Energia que tem outra solução, buscar as

razões que levaram a este estado de violência (5). Agora temos a sequência exigida pela

questão: 5 - 2 - d - 3 - 1 - 4.

Revisão

Estudamos alguns pontos teóricos muito importantes para a interpretação de

texto, mas muitos outros aspectos desses assuntos podem ser abordados e as bancas

estão sempre à procura de “novidades”, o que significa que tendem a privilegiar aqueles

aspectos sobre os quais as pessoas estão menos informadas. Esta é a razão de

trabalharmos com uma visão mais ampla dos conteúdos, a fim de cobrir um campo

maior de conhecimento, bem como conferir tipos de questões diferentes.

Dos pontos teóricos abordados, a argumentação mereceria um pouco mais de

profundidade, mas o que foi abordado consegue fornecer conhecimento suficiente para

responder grande parte das questões propostas. No módulo de hoje, abordamos mais

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Page 37: Interpretação de Textos ESAF Aula 04

CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF

PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES alguns termos teóricos. O importante não é sabê-los de cor, mas reconhecê-los em

textos, a fim de avaliar seu uso.

Muitas questões do fórum são comuns a muitos alunos. Estou preparando um

arquivo para incluir no módulo 05 retificações e respostas a assuntos repetidos. É uma

forma de atingir a todos ao mesmo tempo.

O nosso módulo 04 ficou muito longo, pois estamos com mais de quarenta

páginas, quando o projeto inicial era de vinte e cinco a trinta páginas. Espero que não

tenham ficado aborrecidos pelo excesso de conteúdos. Como anexo, incluí o arquivo

com os nomes de origem indígenas que originalmente era para ser enviado só para

quem solicitasse, mas os pedidos foram tantos que resolvi distribuir a todos.

Cnclusão

Chegamos ao final de mais uma aula, novos conteúdos foram acrescentados.

Espero que tenham usufruído tanto dos aspectos teóricos, como dos práticos. Não

esqueçam de que toda a dúvida deve ser enviada por e-mail, a fim de que possamos

ajudar, de forma mais individualizada, a cada um de vocês. O sucesso de nosso curso

depende muito da colaboração de cada um dos alunos.

Como falamos no início, ainda há tempo de incluirmos em nosso trabalho algum

tópico que vocês possam julgar necessário, não deixem de sugerir. Vamos encerrar por

aqui, aguardando mensagens de vocês.

Até o próximo encontro.

Odiombar - [email protected]

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Page 38: Interpretação de Textos ESAF Aula 04

CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF

PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES

Anexo I PALAVRAS PORTUGUESAS DE ORIGEM TUPI

Antônio Geraldo da Cunha

Obs: muitas destas palavras podem apresentar uma ou

múltiplas variantes gráficas

aguapeaçoca andiroba aramaçá

aguaraquiá angaturama aramarê

aí angüera arapapá A

aiapa anhá arapari

aiereba anhaíba (anhuíba) arapiraca

abacatuaia aig anhaibatã araponga

abacaxi aipim anhangá arapuã

abaeté airi anhangaquiabo arapuca

abaruna ajajá anhangüera arara

abati ajuberaba anhanguiara arará

abativi ajuru anhuma ararambóia

abijaguaçu ajuruaçu anhumapoca araranim

abiu (abio) ajuruatubira anijuacanga araraúba

abiurana ajurucatinga aninga araraúna

abuna ajurucurau aniuá arari

abutua (ajurucurica) apapá araribá

acaçu ajuruetê apareíba ararica

açaí ajuruim apé araroba

acaiacá ajuruju apeíba arasoare

acaju ambuá aperema (ara[pa]soare)

acajucatinga ambuaçava apiacá arataca

acapu amendoim apicu arataciú

acapurana amingua apií araticum

acará amisaua apitiuba araticu-panã

acaracoro amoré aquê aratu

acaracoroi amoreatim aquiqui aratuém

acaraobi amoreguaçu ará araturé

acarapeba amorepoca arabutã arauebóia

acarapitanga anacã araçá arauiri

acarapitinga anajá aracanhuna araxá

acari anajé araçari araxixá

acaricuara anambé aracati ariramba

acariúba ananás araçóia arirana

acauã anani aracu ariranha

açu (guaçu) anapuru aracuã aritara

acutibóia andá (andá-açu) araguaguá aruaná

acutipuru andirá araguaí arubé

aguapé andirababapari araguari atá

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Page 39: Interpretação de Textos ESAF Aula 04

CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF

PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES ati boitiapuá cainana caraguatá

atiati boiúna caipira (? - caraíba

atinguaçu borari (bororê) origem caraipé

atucupá boré controvertida) carajuru

aturá braúna caipora caramuru

aturiá bubuia caitetu [caititu] caraná

axuá buçu cajá carandá

buijeja cajati caranha

buranhém caju carão

buri cajuí carapanã

buriqui cajupeba carapanaúba B

buriti camaçari carapiaçaba

buritirana camapu carapicu

babaçu butiá camará carapina

bacaba camboa carapinima

bacu camboatá carará

bacupari camboatã caraxué

bacurau cambucá caraimã

bacuri C

cametaú cariperana

bacuripari camina (?) caripirá

bacurubu caamembeca camiranga carnaúba

bacutingui caaobitinga campuava caroba

baeapina caapara camucim caruara

baepecu caapeba camurim carumbé

baiacu caapeno camurupim catanduva

baitaca (caapepena) canapaúba catauari

batuíra caapiá candiru catimpoeira

beiju caapiranga cangoeira catuaba

beribeba caapoã canguçu catulé

biaribi caataia cunhambola cauaçu

biboca caatinga (canhembora) cauim

bicuíba caba caninana caúna

bicuibuçu cabajuba canindé cauré

biguá cabatã canitar caxiri

bijupirá cabecê canjerana cipó

biribá cabiúna capão cipotá

bocaiúva caboclo capim coirana

bocima caburé capitari coivara

boicinimpeba cabureíba capiúna comandá

boicininga cacundê capivara comandoé

boiobi caçununga capixaba congonha

boioçu cacuri capoeira copaíba

boioçupecanga caetê [caeté] capororoca copaibuçu

boipeba caiacanga cará copiar

boipiranga caiarara carabuçu corimbó

boiquatiara caiçara caracará corneíba

boitatá caiçuma caracaraí coroca

boitauá caimbé caraetê corocuturu

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Page 40: Interpretação de Textos ESAF Aula 04

CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF

PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES craúba curica guabiju guaru

cuandu curicaca guabiroba guaruça

cuatá curimã guabiru guaru-guaru

cuati [quati] curimatã guacá guatambu

cuatiara curió guacaré guatapu

cuatimundé curuá guacucuiá guaxe

cuatipuru curuanha guacuri guaxima

cuaxinguba curuatá guaiá guaxupé

cuia curumim guaiaimbra guigó

cuiaba curupaí guaiamum guirapuru

cuiaíba curupicaí guaiarara [uirapuru]

cuiapena curupira guaibicuana guira-téu-téu

cuiarana cururi guaibicuaraçu guiratinga

cuíca cururu guaibicuati guiraundi

cuidaru cururuapê guainumbi guiraupiaguara

cuiejurimu cururupeba guaipeva guiri

cuiém cururutimbó guajará guraputepoca

cuiemuçu cutia guajaraí guri

cuiepiá cutiribá guajeru guriatã

cuietê cutuba (?) guajuguaju gurijuba

cuim cuxiú guajuvira

cuipeúna guamirim

cuipuna guaná

cuíra guanandi

cuiú-cuiú guanandirana H

cumaricujubi

E guapuíguapeba hain

cumaru eixuá guará hiá

cumarurana embaúba guarabebe

cumbuca embiriçu guarabu

cunambi emboaba guaracema

cunapu enapupê guaraciaba

cundurucunauaru enxuenduape guaraíguaracu I

cunhã enxuí guarajuba iá

cunhambira guarantã iara

cunhamena guarapiapunha ibabiraba

cunhamuçu guarapicica ibacamucum

cunhantã guarapicu ibamirim

cupá G

guarara ibapuringa

cupim guararieí ibiboca

cupiúba gambá guaratimbó (ibiboboca)

cupu gaponga guaraxaim ibijara

cupuaçu gargaúba guariba ibijaú

cupuaí gaturamo guaricanga ibiraçanga

curcurana graúna guaripoapém ibiracica

curi grumixama guariroba ibiraçoca

curiboca grupiara guariúba ibiracuá

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Page 41: Interpretação de Textos ESAF Aula 04

CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF

PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES

ibiracuatiara irerê jacurutu jeneúna

ibiracuí iruçu jaguacati jenipapo

ibiraigara itá jaguacininga jeniparana

ibiraipu itacuatiara jaguané jequi

ibiraitá itaicica jaguapitanga jequiri

ibirajaca itaimbé jaguapopeba jequiriti

ibiraobi itaipava jaguar jequitibá

ibirapariba itamembeca jaguaracanguçu jequitiguaçu

ibirapaúba itamotinga jaguararuapém jererê

ibirapinima itaoca jaguaretê jerimum

ibirapiranga itapuá jaguaroba jerivá

ibirapiroca itaúba jaguaruçá jetica

ibirapocá ituá jaguaruçu jeticuçu

ibirarema ivirapema jaguatirica jetivi

ibiratinga jamaru jia

ibiraúna jamaxi jibóia

ibiriba jandaia jiboiaçu

içá jandiá jiquitaia

icica J

japá jirau

icicariba japacanim jitinga

igaçaba jabebira japarana juá

igapó jabebirapinima japaranduba jucá

igara jaburandi japecanga juçana

igaraçu [jaborandi] japeraçaba juçara

igarapé jaburu japerujaguara juí

igaraúna jabutapitá japicaí juiguaraigaraí

igarité jabuti japu juijiá

imbé jabuticaba jaquiranabóia juiperega

imbu jabutipeba jaracatiá juiponga

imburana jacá jaraqui jupará

inambu jacamim jararaca jupati

indaiá jaçanã jararacapeba jupiá

indaié jacarandá jararacuçu juquiraí

ingá jacarandatã jararaguaipitanga juquiri

ingapenambi jacaré jataí jurará

ingarana jacarepinima jataíba jurarepeba

inimbó jacaretinga jataicica jurema

intanha jacareúba jataí-mondé juremari

inúbia (?) jacina jataipeba juriti

ipadu jacitara jaticá jurubeba

ipê jacu jatium jurucuá

ipeca jacucaca jatobá jurujuba

ipecacuanha jacuguaçu jatuaíba jurupará

ipecu jacumã jatuarana jurupari

iperu jacumaíba jaú jurupoca

ipueira jacundá jauaraicica jururu

ipupiara jacupema jauari juruva

irara jacuruaru jeju

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Page 42: Interpretação de Textos ESAF Aula 04

CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF

PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES

marajaíba mucujê

marandová muçum

maranduba mucunã

lambari marapuama mucura O

L(?) mari mucuracaá

maricá muçurana oca

marimari mucuri ocara

maririçó muieperuru oiti

maritacaca muirapuama oiticica M

marupámaruim

mujanguêmuiraquitã oiticoró

macacaúba marupiara mumbaca

macacica matamatá mumbuca

macambira matapi mundéu

macaúbamaçaranduba matintapereramatarana

mungubamundururu P

macaxeira matiri muquirana paca

macucaguá matuim murajuba pacamão

macuco (?) matupá muremurê pacapeua

macucu matupiri murici pacará

majunim maturi muriçoca pacaré

maguari membi murucaia pacavira

maíra membiapara murucu paçoca

majerioba membiguaçu murucututu pacova

mamoá meru murungu pacu

manacá meruanha mururê pacuã

manaíba metara mutá pacuera

manaibuçu miaçaba mutirão pacuí

manaitinga miapeatã mutuca pacupeba

mandacaia micuim mutum paiauaru

mandacaru mindocuruera mututi pajamarioba

mandaguari mingau pajé

mandi mirim panacu

mandioca mirindiba panapaná

mandiocaí miúva panema

mandubi mixira Nnambiju

papiri

manduri moçacara nanauí paracuuba

mangaba mocitaíba narinari parapará

mangabarana mocó nhambi paraparaíba

mangangá mocororó nhandu parari

mangará moquém nhanduabiju parati

manima morubixaba nhanduaçu pari

manipueira mucaiúba nhanduí paricá

mapará mucajá nhanduvaí parinari

mará muçambé pariparoba

maracá muciqui pariri

maracajá muçuã paru

marajá mucuíba patacu

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Page 43: Interpretação de Textos ESAF Aula 04

CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF

PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES patativa pirá-andirá pitauá quirimbaba

pati pirá-apapá pitinga quiriri

patiguá pirabebe pitiú quiriru

patioba piracambucu pitomba quixaba

paturi piracanjuva pitu

paxicá piracatinga piúca

paiúba piracava pium

peaçava piracema piúna

peibecabapeba

piracuaxiarapiracuara

pixépixaim R

peitica piracuca pixirica rerimirim

pepéua piracuera pixuna reripeba

pequi piracuí pixurim reriuçu

pequiá piracururu poaia

pequirana piraém pocema

perau piraí pococim

pereba piraiapeva poracê

perereca piraíba poranduba S

peroba piraiquê poraquê

peteca pirajaguara pororoca saaçu

petimbabo pirajuba potaba sabacu

petume pirambeba poti sabiá

peúva piramutaba potiguaçu sabiacica

piaba piranambu potipema sabiapitanga

piabanha piranema potiquequiá sabiapoca

piaçava piranha potó sabiaponga

piaçoca piranhatinga preguari sabiatinga

piapara pirapema puba (pubo) sabiaúna

piau pirapetimbabo puçá sabijujuba

picaçu pirapitinga puçanga sacaí

picaçurova pirapuã puçanguara sacaibóia

picuá pirapucu punaré saci

picuí piraputanga pupunha sacaraúna

picuiguaçu piraquiba purupuru saguaritá

picuipeba pirarara putumuju sagüi

picuipitanga pirarucu puxi saí

picumã pirá-tapioca saipé

pindá piraúna saíra

pindaíba piri sairé

pindá-siririca piriantã saixê Q

pindauaca pirimembeca

samambaia

pindoba piripiri samambaiaçu

pindobuçá piripirioca querejuá sambaíba

pinima piriguá quibuquibura sambaqui (?)

pipira piruá quicé samburá

pipoca pissandó quipá sanhaço

piquira (piçandó) quiri sanharó

pirá pitanga quiriba sapé (sapê)

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CURSO ON-LINE – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – ESAF

PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES sapinhangá sucuuba tamatiá tatupeba

sapiranga suí tambaqui tatupebuçu

sapirão suia també tatuquira

sapiroca suindara tamburupará taturana

sapopema suiriri tamuatá tauá

sapotaia sumaré tanajura tauari

sapucaia sumaúma tananá tauató

sapuva (?) surubim tangapema taxi

sarã surucuá tangará teiú

saracura surucucu tapacurá teiuaçu

sarandi sururu tapanhoacanga tembetá

sarapó suumba tapejara teringuá

sarará tapera teúba

sarigüê taperá téu-téu

saringüebeiju taperebá ticuarapuã

sauá tapiaí ticuaraúna

sauiatingasauiá

T tapinhoãtapicuru tigüeratié(tiê)

saúna taba tapioca tijuco

saúva tabarana tapiopuba tijucupaua

savitu tabaréu tapir tijupá

senembi tabatinga tapiranga timbaúba

sereíba tabebuia tapireçá timbó

sericóia taboca tapiretê timborana

seriema tabujajá tapiri timbu

sernambi tacape tapiruçu timburé

sernambitinga taciaí tapiti timixira

siaum tacibura tapiucaba timucu

siri tacicema tapiúja tinguaciba

sobaúra tacipitanga tapuru tingui

soca tacupapirema taquara tinhorão

socaúna tacuri taquaratinga tipirati

socó taguaíba taquari tipiti

socoí taiaçu taquarirana tipóia

socoró taiaçuetê taquariúba tiquara

sororoca taiaçupita taquaruçu tiquira

suaçu taiaçutirica tararucu tiriba

suaçuapara taioba tarioba tiririca

suaçucanga taiobuçu tarumã titara

suaçuetê taioca tataíra tobi (?)

suaçupitanga taiuiá tatajuba tocaia

suaçupucu tajá tataoca tocandira

suaçutinga tajacica tatapecoaba toré

suçuarana tajamembeca tatu toroupirá

sucupira tamanduá tatuapara tracajá

sucuri tamaquaré tatucaba tracuá

sucurijuba tamarana tatuguaxima traíra

sucuritinga tamatarana tatuí trairambóia

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES

trapiá upiúba

trapoeraba uraçu

tremembé uritinga

trocano U

uru V

tucano uruá

tucum uacã uruana varém (?)

tucumã uacumã urubu viatã

tucunaré uaína urubutinga vieçacoatinga

tucupi uapé urucá vimojipaba

tucura uapuçá urucatu vipuba

tucurana uariá urueú vitinga

tuijuba ubá urucurana vivia

tuim ubaém urucuri

tuíra ubaia urucuriá

tuiuiú ubapeba urujaguara

tunga ubapitanga urumaru

tupãtungaçu ubatingaubarana

urumutumurumbeba

X

tupé ubaxainha urundeúva xerimbabo

tupuxuara ubim urupê xexéu

turu ubuçu urupema

tururi uçá ururau

tuxaua uéua urutau

uiçu urutaurana

umiriumari

uxiurutu Z

unaúna zabucai [zabucaí

PALAVRAS PORTUGUESAS DE ORIGEM AFRICANA

berimbau; canjerê,

bunda. canjica

capenga, A

Carangola,

caruru, D

acarajé, Caxambu, dendê,

axé, C

caxambu,

caxinguelê,

cachaça (?); caxumba,

cacimba, congá

Cacunda, F

B

calundu,calombo,

farofa,

Bangu, Camundongo,

banguela, Candomblé

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PROFESSOR: ODIOMBAR RODRIGUES

G J

T

Guandu, M

pombajira, Tanga,

macumba

macumba,

mandinga,

mangangá, Q

marimba,

U I

marimbondo,

Iemanjá, maxixe, quiabo; Umbanda

miçanga, quibebe,

mocambo, quilombo,

mungunzá, Quimbanda

murundu, s quindim, J

mutamba, Quitute, V

Muzambinho,

jiló, vatapá,

jongo, S O

samba, X

L Oxalá,

Ogum, senzala; Xangô,

lundu,

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