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ANO 51 . Nº 378 . MARÇO 2017 INFORMATIVO DA DIOCESE DE TUBARÃO Quaresma no Ano Mariano Pág. 02 Pastoral de Conservação Coordenações preparam o 2º ComVocação Sonhar com o Céu pisando firme o Chão Pequeninos em Foco Pág. 06 Pág. 11 Pág. 15 Pág. 16 Campanha da Fraternidade Biomas Brasileiros e defesa da vida Páginas 08 e 09 Estudo do Tema da Campanha da Fraternidade Pág. 03 Quaresma e Campanha da Fraternidade Pág. 10 Tema da Campanha da Fraternidade vem sendo aprofundado nas Paróquias Pág. 11 Energia Limpa e Renovável Pág. 14

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ANO 51 . Nº 378 . MARÇO 2017INFORMATIVO DA DIOCESE DE TUBARÃO

Quaresma noAno Mariano

Pág. 02

Pastoral deConservação

Coordenações preparam o 2º ComVocação

Sonhar com o Céu pisando firme o Chão

Pequeninosem Foco

Pág. 06 Pág. 11 Pág. 15 Pág. 16

Campanha da FraternidadeBiomas Brasileiros e defesa da vida

Páginas 08 e 09

Estudo do Tema da Campanha daFraternidade

Pág. 03

Quaresma eCampanha daFraternidade

Pág. 10

Tema da Campanha da Fraternidade vem sendo aprofundado

nas Paróquias

Pág. 11

Energia Limpa eRenovável

Pág. 14

Informativo da Diocese de TubarãoMarço 2017 02 Informativo da Diocese de Tubarão

Março 2017 03

Neste ano celebram-se dois Jubileus Maria-nos: os cem anos das aparições de Nossa Senho-ra em Fátima, Portugal, e os trezentos anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Apareci-da no rio Paraíba do Sul, São Paulo.

Os Papas nos ajudam a perceber o significa-do e a importância de Aparecida: em 1930, Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. E Paulo VI, em 1967, lhe ofertou a rosa de ouro.

São João Paulo II, ao visitar o Santuário Na-cional, em 1980, afirmou: “Aqui pulsa, há mais de dois séculos, o coração católico do Brasil. [...], Aparecida é [...] a capital espiritual do Brasil”. Bento XVI, por ocasião da V Conferência, disse: “O Papa veio a Aparecida com viva alegria para vos dizer primeiramente: Permanecei na escola de Maria. Inspirai-vos nos seus ensinamentos, procurai acolher e guardar dentro do coração as luzes que Ela, por mandato divino, vos envia lá do alto”. E o Papa Francisco, em 2013: “Em Aparecida, Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe! [...]. Há algo de perene para aprender sobre Deus e sobre a Igreja, em Aparecida; um ensina-mento, que nem a Igreja no Brasil nem o próprio Brasil devem esquecer”.

Para refletir sobre tudo isso, aprofundar a compreensão, “celebrar, fazer memória e agra-decer” esse dom imenso que é Aparecida, a Con-ferência Nacional dos Bispos (CNBB) instituiu o Ano Nacional Mariano: iniciou no dia 12 de ou-tubro do ano passado e se estenderá até o dia 11

Quaresma noAno Mariano

de outubro próximo.Esta Quaresma, que já é um “tempo oportu-

no” da ação amorosa de Deus em nossa vida, está, também, mergulhada no Ano Mariano e, por isso, marcada pela presença luminosa de Maria que nos manda “fazer o que o Senhor diz” (Jo 2,5). E Ele diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).

Quem, então, se dispõe às práticas quares-mais estimulado pelo horizonte de esperança e de vida que é a Páscoa, encontra na Campa-nha da Fraternidade um itinerário de conversão inspirado no cultivo e no cuidado comunitário e social. Afinal, seguindo a pessoa e a prática de Jesus, o seu Evangelho, nossa vida se trans-forma. Transformam-se nosso modo de pensar, nossa escala de valores, nossas relações, nossa visão de mundo, nossos ideais e nosso agir; pas-samos a entender que somos responsáveis por nós mesmos, pelos nossos irmãos e irmãos de longe e de perto, pela vida em sociedade, pela natureza inteira e, portanto, pela preservação das condições de vida no Planeta Terra. A con-versão só será verdadeira se atingir todas as nossas relações: tudo precisa ser harmonizado tendo Deus como referência.

O Tempo Litúrgico da Quaresma-Páscoa, o apelo da Campanha da Fraternidade e as moti-vações do Ano Nacional Mariano são bela opor-tunidade para a reflexão pessoal e em grupo, para a oração e iniciativas que ajudem a melho-rar a convivência nesta nossa “Casa Comum”.

Dom João Francisco Salm - Bispo Diocesano

Agenda Pastoral

Assine: 0800 70 100 81www.familiacrista.org.br

01 4ª F 10h00 Pastoral Carcerária Cel. das Cinzas - Pres. Feminino Tubarão01 4ª F 14h00 Pastoral Carcerária Cel. das Cinzas - Pres. Masculino Tubarão01 4ª F Calendário Litúrgico 4ª Feira de Cinzas e CF Paróquias02 5ª F 19h30 Romaria da Terra 1ª Reunião Diocesana Cúria02 5ª F 20h00 MFC - TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB02-03 5ª F Pastoral da Saúde Congresso Nacional Aparecida03 6ª F 19h30 Mov. de Irmãos - JG Encontro de Líderes dos Grupos 13 de Maio03 6ª F CIER Dia Mundial de Oração Paróquias03-05 6ª F 18h00 COMIRE Formação de Assessores IAM Lages04 Sáb 13h30 PASCOM Oficina ‘Leitores e Salmistas’ Imbituba04 Sáb 14h00 Apost. da Oração- JG Reunião da Coord. Comarcal 13 de Maio04 Sáb 14h00 Catequese - JG Reunião da Coord. Comarcal M. Grande04 Sáb 14h30 Setor Juventude - TB Reunião Coordenação Comarcal M. Castelo04 Sáb 14h30 Setor Juventude - BN Reunião Coordenação Comarcal Armazém04 Sáb 15h00 SSVPaulo/Vicentinos Reunião Fábio Silva04 Sáb 19h00 Mov. de Irmãos Missa de Ação de Graças B. do Norte04 Sáb 19h00 SSVPaulo/Vicentinos Reunião e Curso - ECAFO Fábio Silva04 Sáb 08h30 Diaconado Permanente Reunião do CRD Joinville04 Sáb 09h00 Grupos de Famílias Reunião Eq. Redação dos Roteiros Cúria/TB04 Sáb Ap. Mãe Peregrina Jornada dos Coordenadores Biguaçu04-05 Sáb 14h00 Mov. de Cursilhos Encontro Dioc. de Cursilhistas CEDA/TB05 Dom 09h00 Zimba Jovem Reunião da Coordenação Sangão05 Dom 14h00 Congregação Mariana Reunião da Coord. Diocesana F.R.Garças05 Dom 19h00 MFC - TB Missa de Abertura Ano 2017 São Judas06 2ºF 20h00 Mov. de Cursilhos - BN Ultreia B. do Norte06 2a F 20h00 Mov. de Cursilhos - LG Ultréia Paes Leme06 2ª F 20h00 Mov. de Cursilhos - TB Escola de Formação CEAC/TB06-07 2ª F 12h00 Pastoral Presbiteral Reunião dos Coords. Diocesanos Flopolis06-08 2ª F CNBB Sul 4 Reunião CONSER - Bispos Flopolis07 3ª F 14h00 Past. da Pessoa Idosa Oficina de atualização Novo Guia PPI Orleans07 3ª F 19h30 Grupos de Famílias - JG Reunião da Coord. Comarcal M. Grande07 3ª F 19h30 Catequese Reunião Coordenação Diocesana Oficinas/TB07 3ª F 19h30 Past. Of. do Dízimo - JG Reunião Coordenação Comarcal M. Grande08 4ª F Calendário Civil Dia Internacional da Mulher Paróquias08 4ª F 14h00 Pastoral Carcerária Reunião da Equipe Humaitá08 4ª F 14h00 Apost. da Oração - TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB09 5ª F 14h00 Ap. Mãe Peregrina - TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB09-10 5ª F 08h30 CNBB Sul 4 Reunião do CRP Blumenau09-10 5ª F Pastoral da Criança Capacitação Estadual Chapecó10 6ª F 08h30 CRB Núcleo de Tubarão Reunião da Coord. Diocesana S. Ludgero10-12 6ª F 18h00 CRB Sul 4 Enc. Provinciais e Coord. Núcleos Lages10-12 6ª F 18h00 Pastoral Familiar R. Cons. Regional de Formação Joinville11 Sáb 14h00 Grupos de Famílias - TB Reunião Coordenação Comarcal Passagem 11 Sáb Setor Juventude R. Reg. da Eq. de Metodologia MJ Criciúma11 Sáb 08h30 COMIDI Reunião e Formação Cúria/TB11 Sáb 08h30 P. Vocacional/SAV-TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB11 Sáb 08h30 Pastoral da Educação Enc. Dioc. Profissionais na Educação C. S. José11 Sáb 13h30 PASCOM - BN Oficina ‘Leitores e Salmistas’ Paróquias11 Sáb 14h00 Past. da Pessoa Idosa Reunião da Coordenação Diocesana S. Ludgero11 Sáb 14h00 Catequese - JG Reunião Coordenação Comarcal M. Grande11 Sab 14h30 P. Vocacional/SAV - JG Reunião Coordenação Comarcal P. Grandes11 Sáb 20h00 Mov. de Cursilhos Reencontro de Jovens Cursilhistas B. do Norte11-12 Sáb 08h00 RCC Experiência de Oração Comarcas11-12 Sáb 13h00 Acamps Tuba Retiro Espiritual CEAC/TB11-12 Sáb 13h00 Setor Juventude Escola Querigma - 1ª Etapa CEDA/TB13 2ª F 09h00 Pastoral Presbiteral Encontro Confraternização Padres Pe. Rafael13 2ª F 19h00 Catequese - BN Reunião Coordenação Comarcal B. do Norte13 2ª F 19h30 RCC - BN Avivamento para o Senhor B. do Norte13 2a F 20h00 Mov. de Cursilhos - LG Escola de Formação Imbituba13 2ª F 20h00 Mov. de Cursilhos - TB Escola de Formação CEAC/TB13-14 2ª F 11h00 Pastoral da Saúde Reunião Diocesana e Estudo CF Orialan/Imb13-14 2ª F 12h00 COMIRE Reunião Regional Lages14 3ª F 08h30 Coord. Ampliada Pastoral Reunião Cúria/TB14 3ª F 08h30 Cáritas Reunião da Cáritas Diocesana Alamandas14 3ª F 19h30 Estel /Escola Fé e Política Início dos Cursos - Aula Inaugural CEDA/TB15 4ª F 19h30 Projeto Formação Laicato Reunião da Coordenação Cúria/TB16 5ª F 19h00 Pastoral Presbiteral - BN Mutirão de Confissões S. Ludgero16 5ª F 19h30 Grupos de Famlias - BN R.Coord. Ampliada Com. E Dioc. Armazém 17 6a F 19h30 Catequese - LG Reunião Coordenação Comarcal Magalhães17-19 6ª F 19h00 CNBB - CND Conselho Consultivo de Diáconos S. Leopoldo18 Sáb 08h00 Pastoral Carcerária R. dos Coordenadores Diocesanos Lages18 Sáb 08h30 Pastoral Vocacional Enc. Vocacional Divina Providência S. Ludgero18 Sáb 13h30 PASCOM - TB Oficina ‘Leitores e Salmistas’ Paróquias18 Sáb 14h00 CPT Reunião da Comissão Diocesana Rio Bonito18 Sab 14h00 Pastoral da Criança - BN Capacitação - Brinquedos B. do Norte18 Sáb 14h00 Grupos de Famílias - LG Reunião Coordenação Comarcal Cabeçuda18-19 Sáb 08h30 Pastoral Vocacional/SAV I Estágio Vocacional Seminário18-19 Sáb 08h00 PASCOM Reunião da Equipe Regional Caçador18-19 Sáb 09h00 Pastoral Vocacional Resgata-me Fratern. O Caminho Laguna18-19 Sáb RCC Retiro GO e Formação p/Pregadores Chapecó19 Dom Setor Juventude - LG Encontro de Formação Imbituba19 Dom Mov. de Irmãos - LG Formação de Líderes de Grupos Imbituba20 2ª F 20h00 Mov. de Cursilhos - TB Reunião Coordenação Comarcal CEAC/TB20-22 2ª F 19h00 Pastoral da Saúde Encontro Regional - CRPS Lages20-23 2ª F OSIB/SC Curso p/Formadores e Seminaristas Flopolis21 3ª F 14h00 Pastoral da Criança - BN Reunião Coordenação Comarcal S. Ludgero 21-23 3ª F CNBB - Dom João Reunião do Conselho Permanente Brasília24 6ª F 19h00 Pastoral Presbiteral - BN 24 horas p/o Senhor c/Confissões Orleans24-26 6ª F Pastorais Sociais - Sul 4 Seminário das Pastorais Sociais Flopolis24-26 6ª F CEBs /Grupos de Famílias Seminário Estadual Flopolis24-29 2ª F 14h00 Ap. Mãe Peregrina - TB Formação para Missionárias/os Paróquias25 Sáb 08h30 Conselho Dioc. Pastoral Reunião CEDA/TB25 Sáb 08h30 Pastoral da Criança Reunião Coordenação Diocesana M. Castelo 25 Sáb 13h30 PASCOM - JG Oficina ‘Leitores e Salmistas’ Paróquias25 Sáb 14h00 Past. da Pessoa Idosa Oficina de atualização Novo Guia PPI Jaguaruna25 Sáb 14h30 Setor Juventude - JG Reunião da Coord. Comarcal 13 de Maio25 Sáb 14h30 P. Vocacional/SAV-BN Reunião Coordenação Comarcal Rio Fortuna25 Sáb 15h30 RCC Reunião Coordenação Diocesana Capivari25 Sáb 15h30 Cursilho Jovem - TB Reunião dos Jovens Cursilhistas Casa25 Sáb 17h00 Mov. de Cursilhos - BN Escola de Formação para Jovens B. do Norte26 Dom 08h00 RCC Formação Permanente S. Martinho26 Dom 13h30 Apost. Da Oração - BN Encontro Comarcal S. Ludgero26 Dom CEBs/Grupos de Famílias Caminhada dos Mártires Flopolis27 2ª F 14h00 Pastoral da Saúde - BN Encontro de Formação Orleans27 2º F 20h00 Mov. de Cursilhos - BN Escola de Formação R. Fortuna27 2ª F 20h00 Mov. de Cursilhos - TB/JG Ultréia Catedral28 3ª F 09h00 Pastoral Presbiteral Reunião da Coordenação Rio Fortuna28 3ª F 19h00 Pastoral Presbiteral - BN Mutirão de Confissões Rio Bonito28 3ªF 14h00 Pastoral da Saúde - BN Reunião e Estudo Auto Estima R. Fortuna28 3ª F 19h30 Conselho Comarcal - JG Reunião 13 de Maio28 3a F 19h30 Pastoral Familiar - LG Reunião Coordenação Comarcal Imbituba28 3ª F 19h30 Pastoral Familiar - TB Reunião Coordenação Comarcal Humaita29 4ª F 19h30 Conselho Comarcal - LG Reunião N. Brasilia30 5ª F 19h30 Conselho Comarcal - BN Reunião Armazém31 6ª F 19h00 Pastoral Presbiteral - BN Mutirão de Confissões B. do Norte31 6ª F 19h30 Conselho Comarcal - TB Reunião Passagem

Estudo do Tema da Campanha da Fraternidade

“Deus criou o mundo como um jardim... Deus Pai é o gran-de jardineiro! O pecado desfi-gurou o que Deus criou. Jesus é o novo jardineiro que veio fazer nova todas as coisas criadas”. Com estas palavras Dom João Francisco Salm, nosso bispo diocesano, abriu a noite de estudo da Campa-nha da Fraternidade de 2017, que traz como tema “Frater-nidade: Biomas Brasileiros e Defesa da Vida”, e como lema: “Cuidar e Guardar a Criação”. Dom João lembrou ainda que a quaresma é tempo de reno-vação de nossa vida e de nos-sas atitudes, também em rela-ção à nossa Casa Comum. O auditório (capela) da Casa de

Encontros Dom Anselmo ficou lotada na noite do dia 16 de fevereiro, com a presença de mais de 350 lideranças leigas, padres, religiosos, religiosas e diáconos da diocese. A equipe de coordenação diocesana da CF organizou um belo e pro-fundo momento de reflexão e aprendizado sobre as reali-dades dos biomas brasileiros e sobre as ameaças a que es-tão sujeitos, principalmente pela ação do homem. Os pro-fessores Leonardo Rodrigues Inácio e Maricelma Simiano Jung apresentaram-nos, com bastante substancialidade, a geografia de nosso país e seus biomas, que traduzem a sabedoria e o carinho com

que Deus construiu a casa que nos deu para habitar, com sua fauna e flora diversifica-das e a possibilidade de uma convivência sustentável entre homem e natureza. Ao final, e diante de muitos sinais de depredação e exploração, os presentes sugeriram algumas ações para atender ao apelo que a Campanha da Fraterni-dade nos faz (confira ao lado) Lembrando o profeta Isaias, Dom João citou o espírito novo que trabalha, transfor-mando deserto em jardim. Com essa citação nosso bispo nos provocou a nos deixarmos guiar pelo Espírito e trabalhar em prol da vida e da Casa Co-mum.

PASCOM Diocesana

•Retomar e apoiar o abaixo assinado que defende o reco-nhecimento e proteção dos territórios pesqueiros.•Desenvolver ações de cuidado das nascentes dos rios.•Incentivar a produção e o consumo de produtos orgânicos

e da economia solidária.•Fomentar ações públicas e privadas relacionadas à des-

poluição e revitalização dos rios da Bacia Hidrográfica do rio Tubarão;•Exigir dos setores responsáveis um Plano de Controle Am-

biental para extração de seixos e areias do leito dos rios.•Evitar o consumo dos produtos transgênicos.•Promover o replantio de plantas nativas em áreas de pre-

servação, nas margens dos rios e próximo às nascentes e conscientizar sobre o impacto ambiental dos pinos e eu-caliptos.•Exigir dos governos municipais a execução do Plano Muni-

cipal de Saneamento Básico.•Cobrar do poder público que cada município tenha um

Plano de Gestão Ambiental e exigir sua eficiência.•Incentivar a captação da água da chuva em reservatórios

e o seu uso doméstico.•Conscientizar e educar (escolas, igrejas, MCS...) para o res-

peito ao meio ambiente motivando ações que vão desde o não descarte de qualquer lixo no chão até a separação de todo o lixo para a reciclagem; do uso responsável da água até a o tratamento de todo o esgoto antes de jogá-lo na natureza; do impacto causado ao meio ambiente e à saúde pelo uso tão grande de agrotóxicos.

O que vamos fazer?Propostas de Ação

Os professores Leonardo Rodrigues Inácio e Maricelma Simiano Jung apresentaram os biomas brasileiros

Seminário também serviu para apresentar as propostas de ação

Jornal Diocese em Foco . Tiragem 15.000Rua Senador Gustavo Richard . nº 90 . Cx. Postal 341 . 88701-220

Tubarão . Santa Catarina . Fone/Fax.: (48) [email protected] . www.diocesetb.org.br

Conselho Editorial

Pe. Lino Brunel

Administração

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Correção

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Jornalista

Vera Lúcia M. Garcia - SC 01097 JP

Comercial

Marcos Giraldi (48) 9129-2500

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Expediente

Aniversários em marçoOrdenação12/03/2016 - Diác. Raul M. Martins Filho18/03/1962 - Pe. Cornélio Dall’Alba, CSJ19/03/2011 - Pe. Joel M.Bittencourt26/03/2011 - Pe. Márcio Martins

Nascimento04/03/1971 - Simone B. Gomes

10/03/1990 - Juciara Francisco de Quadra15/05/1954 - Neuza S. Goulart

19/03/1967 - Lúcia da Silva Cordeiro20/03/1946 - Solange Schreiber Martins

Informativo da Diocese de TubarãoMarço 2017 04 Informativo da Diocese de Tubarão

Março 2017 05

Mensagem para a QuaresmaTema: A Palavra e o outro são um domEdição Padre Nilo Buss

1. Fazer da Quaresma um caminho espiritual.

A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus... Aqui queria deter-me, em particular, na parábola do homem rico e do pobre Láza-ro. Deixemo-nos inspirar por esta página tão significativa... incitando-nos a uma sincera conversão...

2. Dois personagens em cena: o primeiro, de nome Lázaro.

(Lázaro) se encontra numa condição desesperada e sem forças para se solevar, que jaz à porta do rico na esperança de comer as migalhas que caem da mesa dele, o corpo coberto de chagas..., um homem degra-dado e humilhado. A cena re-vela-se ainda mais dramática, quando se considera que o po-

bre se chama Lázaro, um nome muito promissor, pois signifi-ca, literalmente, “Deus ajuda”. Não se trata duma pessoa anô-nima; antes, tem traços muito concretos e aparece como um indivíduo a quem podemos atribuir uma história pessoal.

3. Lázaro é “o outro”, um dom, um caminho para a con-versão.

Enquanto Lázaro é como que invisível para o rico, a nos-sos olhos aparece como um ser conhecido e quase de família, torna-se um rosto; e, como tal, é um dom, uma riqueza inesti-mável, um ser querido, amado, recordado por Deus... Lázaro ensina-nos que o outro é um dom... O próprio pobre à por-ta do rico não é um empeci-lho fastidioso, mas um apelo a converter-se e mudar de vida. O primeiro convite que nos faz esta parábola é o de abrir a porta do nosso coração ao ou-tro, porque cada pessoa é um

dom... Cada vida que se cruza conosco é um dom e merece aceitação, respeito, amor...

4. O segundo personagem, um “rico” sem nome.

Este (segundo personagem) é qualificado apenas como “rico”. A sua opulência mani-festa-se nas roupas, de um luxo exagerado, que usa... Entrevê--se nele, dramaticamente, a corrupção do pecado, que se realiza em três momentos su-cessivos: o amor ao dinheiro, a vaidade e a soberba... O dinhei-ro pode-nos subjugar, a nós e ao mundo inteiro, numa lógica egoísta que não deixa espaço ao amor e dificulta a paz... A ganância do rico fá-lo vaidoso... Vive de aparências que servem de máscara para o seu vazio interior... O degrau mais bai-xo desta deterioração moral é a soberba. O homem veste-se como se fosse um rei, simula a posição dum deus, esquecen-do-se que é um simples mortal...

5. Uma descoberta tardia demais!

Só no meio dos tormentos do Além é que o rico reconhe-ce Lázaro e queria que o pobre aliviasse os seus sofrimentos com um pouco de água. Os gestos solicitados a Lázaro são semelhantes aos que o rico poderia ter feito, mas nunca fez. Abraão, porém, explica--lhe: “Recebeste os teus bens na vida, enquanto Lázaro re-cebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado”. Mas a pará-bola continua, apresentando uma mensagem para todos os cristãos: o rico que ainda tem irmãos vivos,...

6. O mais importante: dar ouvidos á Palavra de Deus.

O verdadeiro problema do rico, a raiz dos seus males é não dar ouvidos à Palavra de Deus; isto o levou a deixar de amar a Deus e, consequente-mente, a desprezar o próximo.

A Palavra de Deus é uma força viva, capaz de suscitar a con-versão no coração dos homens e orientar de novo a pessoa para Deus. Fechar o coração ao dom de Deus que fala, tem como consequência fechar o coração ao dom do irmão.

7. Um chamado final é vida em Cristo.

A Quaresma é o tempo fa-vorável para nos renovarmos, encontrando Cristo vivo na sua Palavra, nos Sacramentos e no próximo. O Senhor que venceu as ciladas do Tentador indica--nos o caminho a seguir... Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadeiro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Pa-lavra de Deus, sermos purifica-dos do pecado que nos cega e servirmos Cristo presente nos irmãos necessitados... Então poderemos viver e testemu-nhar em plenitude a alegria da Páscoa.

Procure emsua Paróquia

Este é o roteiro para os Grupos de Famílias a ser usado com proveito no tempo da quaresma e no tempo pascal.

Os temas de 1 a 5 foram propostos para ajudarem os grupos na preparação para a páscoa a partir da espiritualidade quaresmal e da Campanha da Fraternidade. Os temas de 6 a 9 foram propostos para a vivência do tempo pascal.

O livro ainda contém uma Via Sacra para ser rezada na igreja, nas ruas ou em lu-gares próprios, tanto ao longo da quaresma como também na Sexta-Feira Santa, e um roteiro de Vigília Eucarística para a Quinta-Feira Santa e Sexta Feira da Paixão.

A nomeação de Dom Nelson como administrador Apos-tólico da diocese de Lages, em seu período de vacância é do Papa Francisco. A vacância da diocese de Lages, desde o dia 30 de novembro de 2016, se deu com a nomeação de Dom Irineu Andreassa bispo de Ituiutaba, no estado de Mi-nas Gerais. Dom Nelson Westrupp é bispo emérito de Santo André, SP e vai oferecer este especial serviço para a Igreja em Santa Catarina e especialmente na diocese de Lages. Seja bem vindo.

Dom Nelson Westrupp vai administrar a Diocese de Lages

Festejou Jubileu de Ouro

P A R Ó Q U I A D E M A G A L H Ã E S / L A G U N A

Carla e Arnaldo Limas - Casal coordenador do CPC da Matriz

Entre os dias 27 de janeiro a 05 de fevereiro deste ano, foi celebrada a 106ª Festa em honra a Nossa Senhora dos Na-vegantes com a comemoração das Bodas de Ouro da Paróquia de Magalhães. A manifestação de fé e devoção mariana trouxe muitos fiéis para acompanhar as novenas, a transladação da imagem e a bela procissão ma-rítima.

O show com a caravana do Canta Viola Sul da Unisul TV e a participação do grande coro da Beata Albertina foram al-guns dos destaques, além de tudo aquilo que rege a tradi-ção.

A imagem da padroeira da paróquia navegou na Lagoa Santo Antônio e no canal dos Molhes da Barra sobre a Bal-sa, acompanhada pela banda Carlos Gomes que executava

canções marianas. Com para-das em frente às comunidades de Ponta da Barra e Ponta das Pedras, os devotos recebiam a procissão marítima com emo-ção, palmas e queima de fogos.

A Fé na mãe do Senhor e a comemoração do aniversário de 50 anos da paróquia culmi-naram com uma celebração eucarística iniciada na praia do Mar Grosso, em frente ao embarque do bote para as co-munidades da ilha, de onde a imagem foi transladada até a igreja Matriz e lá houve a con-tinuação da Celebração Euca-rística.

No dia 02 de fevereiro, a santa missa foi presidida por Dom João Francisco. O bispo diocesano também crismou os adolescentes e jovens que foram preparados no último ano. Foi a Missa da Unidade

que reuniu representações das onze (11) comunidades da pa-róquia e do Asilo Santa Isabel, com as imagens de seus padro-eiros.

A Coordenação de Pasto-ral da Comunidade da Matriz, juntamente com nosso querido pároco Pe. Carlos Henrique, agradece a toda comunidade paroquial, turistas e devotos pela bela participação neste momento único e especial. Um reconhecimento especial ao nosso eterno vigário paroquial Padre Edemir João de Souza, um dos grandes incentivadores de nossa igreja, que nos deixou em agosto de 2016. Muito gra-to somos a Deus e a Mãe dos Navegantes. Resta-nos dizer o nosso melhor muito obrigado aos benfeitores, trabalhadores, festeiros e a todo povo santo de Deus.

Celebração do Centenário já

começou

P A R Ó Q U I A D E B R A Ç O D O N O R T E

Fazendo parte da Celebração do Centenário da Pa-róquia de Braço do Norte, a imagem do padroeiro Nosso Senhor do Bom Fim visitará as famílias da paróquia. Na missa do domingo dia 19 de fevereiro, lideranças das 14 comunidades receberam as imagens que, na ocasião, fo-ram abençoadas e os visitadores receberam a bênção de envio. O Papa Francisco nos tem pedido uma igreja que vá ao encontro das pessoas e a celebração do centenário é um momento oportuno para ir ao encontro das famílias, em seus lares e ao Senhor do Bom Fim suplicar as bênçãos para as mesmas. As comunidades acolheram a imagem na celebração da quarta-feira de cinzas e, a partir deste dia, farão as visitas que seguirão até o dia 16 de setembro. Dia 17 de Setembro será a celebração solene do centenário.

Pe. Joel Marcolino Bittencourt

Dom Nelson

Banda Carlos Gomes acompanhou a imagem da padroeira executando canções marianas

Lideranças receberam a imagem do padroeiro

Informativo da Diocese de TubarãoMarço 2017 06 Informativo da Diocese de Tubarão

Março 2017 07

Pastoral de ConservaçãoModelo de AçãoPe. Agenor Brighenti

Neste ano de 2017, cele-bramos dois acontecimentos importantes. O mais remoto, os 500 anos da Reforma Protes-tante (1517). E, mais próximo de nós, os 10 anos de Apareci-da (2007). Ambos mudaram a Igreja ou a desafiaram a uma mudança profunda. O movi-mento de Lutero levou à refor-ma da Igreja, que só aconteceu no Vaticano II, há 50 anos. Apa-recida resgatou a reforma do Concílio, que estava estagna-da, assim como resgatou tam-bém Medellín (1968) e inspirou o Papa Francisco a publicar a Exortação Evangelii Gaudium, um documento que conclama a Igreja do mundo inteiro a uma profunda conversão mis-sionária.

Tendo presente estes dois acontecimentos, pensei que pudesse ser de interesse dos leitores de Diocese em Foco neste ano, uma série de arti-gos que mostre como está a Igreja hoje neste processo de reforma. Mais concretamente, que modelos de ação e ecle-siológicos o Concílio superou e que modelos, tanto o Vaticano II e a Igreja na América Latina propuseram, para responder aos novos desafios de nossos tempos.

O modo de ser Igreja da Idade Média

Na década de 1960, quando

o Vaticano II foi realizado, es-tavam vigentes dois modelos de pastoral e que foram supe-rados pela renovação conci-liar: a pastoral de conservação e a pastoral coletiva. O primei-ro é do período de cristandade e, o segundo, do período de neocristandade. Comecemos pela pastoral de conservação, caracterizando seu modelo de ação. A visão de Igreja deste modelo apresentaremos no próximo artigo.

A pastoral de conservação, assim denominada por Me-dellín (Med 6,1) e citada por Aparecida (DAp 370), é um modelo de pastoral, que fun-ciona centralizado no padre e na paróquia e, no seio desta, na Igreja matriz. Ela vem de longe. Parte dela vem de antes do Concílio de Trento (1545-

1563): uma prática da fé de cunho devocional, centrada no culto aos santos e composta de procissões, romarias, nove-nas, milagres e promessas. São práticas típicas do catolicismo popular medieval e que che-gou em nosso país com a co-lonização portuguesa. Como naquela época havia muitos poucos padres, trata-se de um catolicismo de “de muita reza e pouca missa, muito santo e pouco padre” (Riolando Azzi). Estranhamente, procissões, ro-marias, novenas... ao contrário daquela época, hoje, contam com “muito padre”.

Além destas práticas me-dievais, a outra parte da pas-toral de conservação vem da reforma do Concílio de Trento, que tentou corrigir abusos des-ta religiosidade milagreira, cri-

ticada por Lutero. É a vivência da vida cristã em torno do pa-dre, baseada na recepção dos sacramentos e na observância dos mandamentos da Igreja.

Conservar a fé dos supostamente

evangelizados

Na pastoral de conserva-ção, se pressupõe que os cris-tãos estejam evangelizados, quando na realidade trata-se de católicos não convertidos, sem a experiência de um en-contro pessoal com Jesus Cris-to. Consequentemente, não há processos de iniciação cristã, catecumenato ou catequese permanente. A recepção dos sacramentos salva por si só, concebidos e acolhidos como “remédio” ou “vacina espiritu-

al”. Neste modelo, a paróquia é territorial e, nela, em lugar de fiéis, na prática, há clientes que acorrem esporadicamente ao templo, para receber cer-tos bens espirituais fornecidos pelo clero.

Na pastoral de conserva-ção: o administrativo predomi-na sobre o pastoral (um bom pároco é um bom administra-dor, não necessariamente pas-tor); a sacramentalização pre-domina sobre a evangelização (o trabalho do padre é rezar missa e administrar os demais sacramentos e cabe aos leigos recebê-los, passivamente); a quantidade predomina sobre a qualidade da fé (se mede o êxito da pastoral pelo número de comunhões, confissões, ba-tismos, casamentos); o pároco predomina sobre o bispo (sem pastoral de conjunto, o padre é bispo em sua paróquia, quando não papa); o padre predomina sobre o leigo (o leigo é um co-laborador do padre, ajudante); enfim, massa predomina sobre a comunidade (em lugar de multiplicar o número das pe-quenas comunidades, o padre procura aumentar o tamanho do templo).

Todos estes são elementos que caracterizam um velho e caduco modelo de evangeliza-ção, infelizmente, ainda muito presente em um mundo que não é mais aquele medieval, pré-científico e teocrático.

M O D E L O S D E P A S T O R A L E M T O R N O À R E N O V A Ç Ã O D O V A T I C A N O I I - I Um serviço para IgrejaInstituto Superior de Direito Canônico

é instalado em FlorianópolisNo dia 06 de fevereiro, foi

instalado no Provincialado das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis (SC), o Insti-tuto Superior de Direito Canô-nico Santa Catarina (ISDCSC). A cerimônia foi presidida pelo Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, Moderador do ISDCSC, e con-tou com participação do Bispo de Blumenau, Dom Rafael Bier-naski, do Administrador Dioce-sano de Joinville, Pe. Adenir José Ronchi, e de representan-tes do clero, religiosos e leigos do Regional Sul 4 da CNBB.

O ISDCSC é uma instituição eclesiástica voltada para o cul-tivo, ensino e pesquisa da ciên-cia canônica, em processo de agregação à Pontificia Univer-sidade Lateranense, de Roma. O ISDCSC responde a uma grande necessidade da Igreja. Precisa-se de especialistas em Direito Canônico seja para o serviço nos Tribunais Eclesiás-ticos, seja para os serviços ad-ministrativos e de consultoria nas cúrias diocesanas e religio-sas, para a assessoria em ou-tros setores da vida da Igreja, para o magistério e para con-tribuir de modo significativo no desenvolvimento da ciência jurídica e canônica.

Neste primeiro semestre, o curso já conta com um total de 30 alunos, e todos apresentam uma grande empolgação e in-teresse com o que irão apren-der nós próximos anos. O Pe.

Johon Sidney Oliveira Moraes é um exemplo. Ele virá todos os meses da Diocese de Baca-bal, no Maranhão, para par-ticipar das aulas no ISDCSC. Ele conta o porquê da esco-lha de Florianópolis, “por ser a primeira turma, consequen-temente seria mais exigente, porque a primeira é sempre a mais cobrada para servir de re-ferência para os outros. Quan-do nós somos cobrados o pro-veito é maior”. Outro fator que motivou a escolha do curso em Florianópolis é a exigência que tem com os idiomas. “Não que nos outros cursos de direito ca-

nônico não sejam importantes os idiomas, mas aqui em Flo-rianópolis é bastante cobrado”, afirma Pe. Johon.

Outro exemplo de determi-nação pelo curso é o do Pe. Ra-fael Uliano, da Diocese de Tu-barão. “Durante os quatro anos do meu curso de Teologia, fiz uma especialização em Direito Matrimonial, no Rio de Janeiro. Lá tive a oportunidade de estu-dar e depois com a monografia feita no Instituto Teológico de Santa Catarina (ITESC) como conclusão do curso na área do Direito Canônico, orienta-do pelo Pe. Tarcísio, percebi o

despertar do estudo desta área e também, contei com bastan-te apoio e incentivo do próprio padre”.

O curso tem um corpo do-cente com uma vasta experi-ência canônica, seja no âmbi-to forense, quanto pastoral e magisterial. Frei Moacyr Mala-quias Júnior, OFM, da Diocese de Cuiabá-MT, professor na pri-meira semana letiva, é formado em Direito Canônico em Roma, onde trabalhou por 12 anos no Vaticano e também deu aulas na Pontifícia Universida-de Antonianum, em Roma. No ISDCSC, ele ministrará as aulas

de Filosofia do Direito, História das Instituições do Direito Ca-nônico e Direito Patrimonial Canônico. “Essa iniciativa da Arquidiocese de Florianópolis de abrir este instituto tem uma grande importância para a re-gião; sem dúvida alguma vai trazer uma grande contribui-ção para o Direito Canônico no Brasil”, destacou o Frei Moacyr.

O diretor do curso, Pe. Tar-císio Pedro Vieira, explica que “a ordenação dos estudos de Direito Canônico é constituída de três ciclos. O Primeiro Ci-clo, de caráter propedêutico, é destinado aos alunos que não têm Filosofia e Teologia. O Segundo Ciclo, o Mestrado Eclesiástico propriamente dito, é para quem já tem Filosofia e Teologia. O Terceiro Ciclo é o Doutorado. O ISDCSC oferece o Primeiro e o Segundo Ciclos, e está aberto tanto aos clérigos, religiosos e religiosas, leigos e leigas”.

As aulas do Mestrado Ecle-siástico são presenciais e rea-lizadas de modo intensivo na primeira semana de cada mês; nas demais semanas, os alunos são acompanhados pela Sala de Aula Virtual. O Instituto iniciou as atividades com dez alunos no Primeiro Ciclo e 20 no Segundo. Da Diocese de Tu-barão, temos dois alunos. Um leigo, Sr. Zeli José Willemann e o Pe. Rafael Uliano.

Para mais informações: www.isdcsc.org.br

Arquidiocese de Florianópolis

O curso já conta com um total de 30 alunos

Formação dos Ministros da Palavra

A Paróquia São João Batista de Imaruí, iniciou, neste ano, um processo de ca-pacitação dos Ministros e Ministras da Palavra que, nas Comunidades, dirigem a Celebração Dominical quando não há missa. Para facilitar a participação, a paró-quia foi dividida em três setores: Norte, Centro e Sul. Os cursos serão nestes três setores da paróquia, nas Comunidades de Figueira Grande, Ribeirão de Imaruí e Siqueiro. No início de fevereiro o curso iniciou no Setor Norte. O próximo passo é organizá-lo nos outros dois Setores, de modo que todos os Ministros da Palavra possam receber uma boa preparação ao longo de 2017. O pároco Pe. Antônio Rech estará à frente deste trabalho.

P A R Ó Q U I A D E I M A R U Í

Pascom de Imaruí

Formação na comunidade de Ribeirão de Imaruí

Campanha da Fraternidade 2017Biomas Brasileiros e defesa da vida

Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade

Cuidar da criação, de modo especial dos biomas brasileiros, dons de Deus, e promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho.

Objetivos Específicos da Campanha da Fraternidade

• Aprofundar o conhecimento de cada bioma...• Comprometer-se com as populações originárias e suas lutas.• Defender a biodiversidade do território brasileiro.• Compreender o impacto das grandes concentrações popula-

cionais sobre os biomas.• Fazer articulação com quem quer a preservação das rique-

zas naturais e o bem estar do povo brasileiro.• Comprometer as autoridades públicas com o meio ambiente

e a defesa dos povos.• Contribuir com a construção de novo paradigma econômi-

co-ecológico que atenda às necessidades de todos e respei-te a natureza.

• Compreender o desafio da conversão ecológica.

Biomas BrasileirosO Brasil é formado por seis biomas de características distintas:

Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.

Bioma é o conjunto de vida vegetal e animal, com condições de clima semelhantes, que resultam em diversidade biológica própria.

A primeira reação dos colonizadores, quando chegaram ao Bra-sil e aqui encontraram tantas matas, rios, animais e povos, foi de admiração e encantamento. Hoje, 500 anos depois do encantamen-to dos primeiros colonizadores com o que viram aqui, devemos nos perguntar: O que restou daquela floresta, daqueles povos, daquelas águas, daquela imensa biodiversidade que maravilhava seus olhos? Qual destino estamos dando a tantas riquezas e qual Brasil quere-mos deixar para as gerações futuras?

Para nos ajudar a responder a estas perguntas, a Campanha da Fraternidade nos provoca com o tema deste ano “Biomas Brasileiros e Defesa da Vida”. Ao abordar cada bioma, à luz da fé, deveremos

nos interrogar sobre o significado dos desafios dos biomas e dos povos que neles vivem.

Bioma AmazôniaÉ o maior bioma do Brasil, formado pelos estados da região

Norte do Brasil e se estende por outros países. A parte que fica no Brasil corresponde a quase 50% do território brasileiro. É um vasto mundo verde de águas e florestas. Nesta grande parte do Brasil vivem aproximadamente 25 milhões de habi-tantes. Dentre seus habitantes há mais de mil comunidades quilombolas e cerca de 225 povos indígenas, além de, serin-gueiros e ribeirinhos. São estes os verdadeiros guardiões da floresta, mas que vivem ameaçados por garimpeiros, grileiros, posseiros, mineradores, grandes agricultores, pecuaristas e madeireiros. Crescem e vivem na Amazônia em torno de 2.500 espécies de árvores, 30 mil espécies de plantas, mais de 4.200 espécies de animais. A bacia amazônica é a maior bacia hi-drográfica do mundo com 1.100 afluentes e o rio Amazonas, o maior rio do mundo. Tem também uma grande reserva de água subterrânea, o aquífero Alter do Chão, tão intenso quan-to o rio da superfície. Ainda, a evapotranspiração da floresta produz o chamado “rio aéreo” que leva água em forma de va-por para o Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil e até para outros países. Outra grande contribuição da Amazônia é com o ciclo do carbono.

A região amazônica é muito cobiçada por empresas nacionais e transnacionais. A política de ocupação e o modelo de desenvol-vimento adotado ignora seu papel no clima e no ciclo do carbono, a fragilidade do solo, a contribuição para os demais biomas como fornecedor de água. As populações locais (indígenas, posseiros, ri-beirinhos, seringueiros, quilombolas...) são deixados de lado ou con-siderados entraves para o dito desenvolvimento. É a Igreja Católica quem tem se posicionado pastoralmente diante dos problemas so-fridos pelos povos desta região.

Bioma CaatingaO bioma Caatinga fica no Nordeste do país, onde vivem cerca de

27 milhões de pessoas. É o 4º bioma em extensão, ocupando quase 10% do território nacional. A região tem o clima semiárido. Com 70% de seu subsolo formado por rochas cristalinas, o bioma Caa-tinga tem poucas nascentes e rios. O principal rio é o São Francisco que nasce no Cerrado mineiro e é alimentado por rios que nascem no Cerrado baiano. Adaptadas ao clima semiárido, vivem no bioma 178 espécies de mamíferos, 591 tipos de aves, 177 tipos de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 classes de peixes e 221 espécies de abelhas. A região tem potencial para a produção de energia solar, para o cultivo de frutas, criação de animais de pequeno e médio porte e produção de mel. Vivem na Caatinga inúmeras comunida-des tradicionais e mais de 30 nações indígenas. Estas comunidades lutam pela demarcação de seus territórios, pelo reconhecimento de seus direitos e pela plena cidadania. A Caatinga tem sido agredi-da pelas queimadas e pelo desmatamento e mais de 80% da cober-tura original já não existe mais. O que parecia ser uma boa solução, a agricultura irrigada, está sendo problema porque apenas 5% dos solos são aptos para a irrigação e a região dispõe de apenas 2% da água necessária para irrigar esses solos. Para facilitar a convi-vência do homem com a Caatinga e seu clima, a partir da década de 1990 organizações da sociedade civil têm estabelecido mecanis-

mos para viver bem neste ambiente, fortalecendo o trabalho que a Igreja já vinha realizando há muito tempo.

Bioma CerradoÉ o segundo maior bioma brasileiro. Está na região Centro-Oeste

do Brasil. Originalmente abrangia quase 23% do seu território. Hoje vivem no Cerrado 22 milhões de pessoas. Árvores com raízes profun-das e galhos tortuosos e de pequeno porte são as principais carac-terísticas do Cerrado. Embora não “produza” água, acumula, em seu subsolo poroso, as águas das chuvas que vem da Amazônia, forman-do grandes aquíferos que abastecem inúmeras bacias brasileiras e também os aquíferos. O rio São Francisco, por exemplo, recebe suas águas, quase em sua totalidade, do Cerrado e as distribui em outras regiões. No Cerrado vivem cerca de 23 mil espécies vegetais e 320 mil espécies animais

Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais alterações sofreu com a ocupação humana. Um dos impactos ambientais mais graves na região foi causado por garimpos que con-taminaram os rios com mercúrio e provocaram o assoreamento dos cursos d’água. Nos últimos anos, contudo, a expansão da agricultu-ra e da pecuária representa o maior fator de risco para o Cerrado por sua ação predatória que destrói os ecossistemas, o que incide diretamente na alteração do regime das águas provocando efeitos danosos para todo o território brasileiro, além de desrespeitar os povos originários e comunidades tradicionais que se vêem em cons-tante conflito na defesa do que é seu. . Aos povos do Cerrado, muitos povos indígenas e camponeses e agricultores familiares, se deve a preservação do que ainda resta do chamado “Cerrado em pé”.

Bioma Mata AtlânticaOriginalmente a Mata Atlântica abrangia certa de 15% do ter-

ritório brasileiro estendendo-se desde o Rio Grande do Sul até o

Piauí. (parte colorida do mapa). Este bioma, rico em biodiver-sidade, está ameaçado. Desde o ano 1.500 que a mata atlân-tica vem sendo destruída. Hoje, restam apenas 8,5% da Mata Atlântica originária em áreas acima de cem hectares; 12,5% se somados todos os fragmentos acima de três hectares (parte verde limão do mapa). .Ainda assim, vivem na Mata Atlânti-ca mais de 20 mil espécies de plantas (sendo que 8 mil es-pécies só existe nela), 270 espécies conhecidas de mamíferos, 992 espécies de aves, 197 espécies de répteis, 372 espécies de anfíbios e 350 espécies de peixes. Os manguezais, de grande importância ecológica para a manutenção da vida marinha, também fazem parte do bioma Mata Atlântica; também a flo-resta de Araucária, hoje reduzida a 1% do que havia. No bioma estão localizadas sete das nove grandes bacias hidrográficas do Brasil, alimentadas pelos rios São Francisco, Paraíba do Sul, Doce, Tietê, Ribeira de Iguape e Paraná. Aproximadamen-te 140 milhões de pessoas, 70% da população brasileira, com suas grandes cidades, estão inseridas na região da Mata Atlân-tica, o que gera um grande impacto ambiental. Dos povos ori-ginários muitos foram extintos e os remanescentes enfrentam problemas na defesa de seus territórios e de seus direitos. As grandes ameaças ao bioma, atualmente, além da grande con-centração populacional e da falta de saneamento básico, são as empresas produtores de papel e celulose, as mineradoras e as hidrelétricas que causam grandes impactos ambientais.

Bioma PampaO bioma Pampa ocupa 2,07% do território nacional e a parte

brasileira se restringe ao sul do Rio Grande do Sul, onde vive uma população de 6 milhões de pessoas. Trata-se de uma região bastan-te plana, formada por grandes latifúndios. Sua principal caracterís-tica é a vegetação formada basicamente por gramíneas e espécies vegetais de pequeno porte, o que favoreceu o desenvolvimento extensivo da agropecuária. Vivem no Pampa em torno de três mil espécies de plantas, 500 espécies de aves, 100 espécies de mamí-feros. É no bioma Pampa que se localiza grande parte do Aquífero Guarani. Suas águas sofrem a ameaça da contaminação por conta da grande quantidade de veneno que vêm sendo aplicado nas mo-noculturas, em ampla expansão, da soja, trigo, mamona e principal-mente do arroz irrigado, além do pinus e eucaliptos. Os indígenas, primeiros habitantes do Pampa, principalmente Charruas e Minua-nos, através de seus hábitos, foram os povos que mais contribuíram para a formação do tipo humano e social que mais tarde foi identi-ficado como “gaúcho”.

Bioma PantanalO bioma Pantanal corresponde a 1,76% do território brasileiro

(parte dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), embora se estenda também pela Bolívia e Paraguai. Caracteriza-se por ser uma grande área inundável. Durante as cheias, até 80% da área fica coberta de água; na estiagem, tudo volta a ficar verde. A biodiver-sidade se constitui de três mil e quinhentas espécies de plantas, 124 espécies de mamíferos, 463 espécies de aves e 325 espécies de pei-xes. Quando chegaram os primeiros colonizadores europeus, o Pan-tanal era ocupado por importantes povos indígenas de várias et-nias. Só no Mato Grosso do Sul eram aproximadamente 1,5 milhões de indígenas. Os remanescentes resistem ao assédio dos fazendei-ros que ocuparam ou querem ocupar suas terras. A Igreja Católica

vem dedicando especial atenção aos povos originários, ribeirinhos e pantaneiros da região. No Pantanal brasileiro vivem hoje cerca de 1.100.000 pessoas. A pecuária é hoje a atividade econômica mais significativa (16 milhões de cabeça de gado). Outras atividades im-portantes são o monocultivo da cana de açúcar, a mineração e a siderurgia, todas atividades que causam grandes impactos ao meio ambiente.

O cuidado da Casa Comum faz parte da doutrina cristã

Com sua encíclica Laudato Si’, sobre o Cuidado da Casa Comum, o papa Francisco incluiu o tema da ecologia na Doutrina Social da Igreja. Isto significa que a relação do ser humano com a natureza, com sua consequência ambiental, humana e social, é assumida pelo magistério da Igreja como uma nova questão proposta à fé. Nesta, que é a primeira encíclica ecológica, o papa Indica como um dos eixos fundamentais da reflexão ecológica a ecologia integral: “a re-lação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta, a convicção de que tudo está interligado no mundo, a crítica do novo paradig-ma e das formas de poder que derivam da tecnologia, o convite a procurar outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a ne-cessidade de debates sinceros e honestos, a grave responsabilidade da política internacional e local, a cultura do descarte e a proposta de um novo estilo de vida”

O Agir da Campanha da Fraternidade

De modo geral, a grande proposta de ação da Campanha da Fra-ternidade é “cuidar dos biomas brasileiros”. Os objetivos específicos são, de certa forma, indicativos desta ação. No que diz respeito ao Bioma Mata Atlântica, que é onde vivemos, o Texto Base da Campa-nha da Fraternidade nos interpela a:

• Exigir do poder público a recuperação das áreas degradadas;• Defender a demarcação do território das comunidades origi-

nárias e tradicionais;• Exigir que as políticas de saneamento básico sejam implan-

tadas;• Apoiar o projeto de lei que defende o direito ao território das

comunidades tradicionais pesqueiras;• Apoiar ações relacionadas à despoluição dos rios e lagoas• Cuidar das nascentes e dos rios;• Apoiar as ações em defesa do bioma frente ao avanço das

mineradoras;• Participar e acompanhar a efetivação do plano diretor em

relação ao saneamento básico dos municípios;• Denunciar os projetos econômicos imobiliários em Áreas de

Preservação Permanente;• Apoiar a produção agroecológica camponesa com base na

agricultura familiar;• Incentivar o consumo de produtos agroecológicos e susten-

táveis provenientes da Economia Solidária.

Gesto Concreto da CF 2017Dia Nacional da Coleta da SolidariedadeDomingo de Ramos - 09 de abril de 2017

A quaresma nos provoca e convoca à mudança de vida (...). Neste tempo litúrgico, a Igreja nos propõe a Campanha da Fraternidade com o tema “Biomas Brasi-leiros e Defesa da Vida”. Interpela-nos para o cuidado dos biomas porque sua depredação manifesta a crise ecológica e esta pede uma profunda conversão interior a todos que se omitem das preocupações com o meio ambiente ou que não se decidiram ainda a mudar seus hábitos. Falta-lhes, pois, uma conversão ecológica (...). Ao meditarmos e rezarmos os biomas e as pessoas que neles vivem, neste tempo quaresmal, somos movidos à vida plena.

Informativo da Diocese de TubarãoMarço 2017 08 e 09

Informativo da Diocese de TubarãoMarço 2017 10 Informativo da Diocese de Tubarão

Março 2017 11

Quaresma e Campanhada FraternidadePe. Ademir Eing

A quaresma é um grande retiro espiritual, no qual a Pa-lavra de Deus nos questiona, nos instiga profundamente, mostrando para cada um de nós o caminho da conversão, a mudança que precisamos fazer em nossa vida. (Impor-tância de participar assídua e ativamente das celebrações eucarística e da palavra)

Neste tempo, a oração mais intensa (novenas, via--sacra, oração individual), que nos aproxima de Deus; a es-mola como exercício da cari-dade fraterna e do desapego das coisas (desfazer-se daqui-lo que há tempo não é usado); e o jejum como sacrifício que educa para a renúncia de tudo que nos afasta de Deus são os três grandes instrumentos indicados por Jesus para que a conversão, a mudança de vida, aconteça. (O papa Fran-cisco sugere que o jejum não consista só da renúncia de coisas gostosas e agradáveis, mas também do propósito de coisas boas: sorrir, agradecer, expressar amor, saudar, ouvir, ajudar, animar, elogiar, corri-gir fraternalmente, telefonar

para alguém distante, visitar).Neste grande retiro espiri-

tual de 40 dias, um momento particularmente forte é a cele-bração do Sacramento da Pe-nitência. Depois de iluminados pela Palavra de Deus e cons-cientes daquilo que precisa mudar em nós, a confissão de nossos pecados é o momento de nos lançarmos nos braços

do Pai misericordioso para que nos regenere com a graça do perdão e de uma vida nova.

E onde entra a Cam-panha da Fraternidade

nisto tudo?

É que o mal que persiste teimosamente em nós, mal do qual devemos nos conscienti-

zar e nos deixar libertar, não prejudica somente a nós mes-mos, às nossas famílias, às pes-soas mais próximas. Este mal afeta também e gravemente a comunidade-Igreja, a socieda-de inteira e inclusive a criação de Deus, a natureza da qual somos parte.

Neste ano, a CF quer nos conscientizar da urgência

de uma conversão, de uma profunda mudança no nosso modo de nos relacionar com a natureza, particularmente com o bioma mata atlântica no qual vivemos, do qual faze-mos parte e que já destruímos quase totalmente. (Uma das coisas que mais me sensibiliza, me comove mesmo, é quando ouço as confissões de crianças que pedem perdão por des-respeitar a natureza. As novas gerações graças a Deus e aos esforços de seus educadores têm uma sensibilidade ecoló-gica muito maior que nossas gerações).

Só seremos capazes de cul-tivar e guardar nosso bioma se aprendermos a admirá-lo, se nos deixarmos fascinar por sua beleza e harmonia. Para isso é preciso que o conheça-mos, pois “cultivar e guardar nasce da admiração!” (Texto--base, 10).

É isso que “a campanha deseja, antes de tudo, levar à admiração para que todo o cristão seja um cultivador e guardador da obra criada” pelo Senhor, nosso Deus e Pai (Texto-base, 10).

Irmã Olivia comemorou50 anos de vida religiosa

Com o lema “O Senhor é mi-nha luz e salvação”, irmã Olivia Prim, da Congregação das Irmãs da Divina Providência, comemo-rou dia 18 de fevereiro, 50 anos de vida religiosa. Natural de São Pedro de Alcântara (SC), é filha de Leopoldo Prim e Leocádia Junkes. A religiosa atualmente reside na Comunidade Cristo Rei, em Tubarão, onde vivem as irmãs da congregação.

Irmã Olivia já atuou nos hos-pitais de Tubarão, Tijucas e Ja-raguá do Sul, onde se dedicava a área administrativa e da cos-tura. Em Tubarão, fundou em 2002, a Pastoral da Saúde, além de auxiliar os primeiros passos

Irmã Olívia atualmente reside na Comunidade Cristo Rei

Assessoria de Comunicação HNSC

dos grupos de voluntários Sama-ritanos e Ministros da Eucaristia. Também atuou nos colégios Sagrada Família, em Blume-nau, e Stella Maris, em Laguna. Dedicou-se ainda aos cuidados de crianças em risco social, em Joinville, bem como auxiliou a congregação no juvenato, está-gio para jovens que se destinam à vida eclesiástica, em Rodeios (SC). Em Florianópolis trabalhou no Provincialado Coração de Je-sus (...)

Irmã Olivia hoje tem 78 anos, cumpre tarefas na Comu-nidade Cristo Rei e, sempre que pode, está junto de seus familia-res, seu bem mais precioso.

Sonhar com o Céupisando firme o ChãoPe. Auricélio Costa

Ele chorava agachado num canto da casa, gesticulando sua inconformidade pelo fato de, talvez, não receber o brin-quedo que tanto almejava. Foi quando seu pai o chamou, pe-diu que sentasse em seu colo e lhe explicou a situação: “meu filho, eu e sua mãe não quere-mos privar você de se divertir, de brincar... mas, nós somos pobres e, na vida, às vezes, é preciso esperar a melhor opor-tunidade... olhe os seus irmãos e as outras crianças brincando ali no pátio! Olhe como estão felizes! E você está aí perden-do tudo isso!...” Após secar suas lágrimas e receber um beijo, o garoto foi se unir aos demais.

Essa pequena história do-méstica pode nos inspirar a começarmos bem mais um ano pastoral. Diante da avassalado-ra crise moral de nossa socieda-de, muitos cristãos ficam mur-murando por aí suas tristezas, desilusões e insatisfações. Tal crise descambou para o mundo da política, da ética, da justiça, da educação... e atingiu a vida religiosa também. Enfim, vive-mos uma crise de esperança!

Como é bom quando al-guém nos ajuda a perceber-

mos que nossa realidade atual não é o fim, e que o foco deve estar mais adiante, no horizon-te a ser desbravado. Bem fez Jesus quando nos apontava o seu Reino e exortava seus dis-cípulos a buscarem “as coisas do alto”, a juntarem tesouros “onde a traça e a ferrugem não corroem”.

Enquanto lhes fazia sonhar com o Céu, também lhes pedia

para sentirem os pés tocando o chão: “o Reino já está entre vós”... “ide até às extremidades da Terra”...

De fato, é muito importante mantermos ‘o foco’ na nossa missão de batizados: colabo-rar com Cristo na construção do seu Reino! Daí a importân-cia de que nossas atitudes e atividades sejam fundadas na fé que professamos na assem-

bleia dominical e que testemu-nhamos em nossa vida pessoal e comunitária.

A realidade é muito exigen-te e plural. A vida da gente é tão dinâmica que o tempo pa-rece nos escapar pelos dedos... e ficamos perdidos diante de tanta coisa a fazer!

Não devemos ficar para-dos diante dos desafios. Como na historinha inicial – “olhe as

outras crianças brincando... felizes...” – percebamos que o Reino de Deus está crescen-do ao nosso redor (conosco e apesar de nós!). E que é ne-cessária muito pouca coisa pra se alcançar a felicidade! Estar ‘no colo do Pai’, isto é, sentir--se muito amado e enviado por Ele, já é motivação suficiente para não desanimarmos e fi-carmos nos lamentando “num canto da casa”.

O novo ano pastoral se ini-cia dentro da dinâmica e da espiritualidade do Ano Maria-no. Esta parece ser “a melhor oportunidade” para aprender-mos de Maria a perseverar no cumprimento da missão. E a permanecermos unidos a Cris-to, em todas as situações. Ela nos ajudará a sermos sinais de esperança neste contexto social tão cruel e desafiador... como ela mesma foi crucial no episódio da Bodas de Caná e também na ocasião em que a sua pequena imagem foi en-contrada no fundo do rio Para-íba, lá em 1717.

Envolvidos pela ternura do Pai e da Mãe querida, sejamos instrumentos eficazes para que o Reino cresça entre nós!

Tema da Campanha da Fraternidadevem sendo aprofundado nas Paróquias

A partir do Seminário Diocesano, realizado dia 16 de fevereiro, com 350 participantes, em Tubarão, as Paróquias da Diocese também estão promovendo os seus encontros de estudo, reunindo lideranças da Igre-

Estudo do tema da CF em Pedras Grandes, dia 23 de fevereiro

ja e da sociedade civil. O tema “Bio-mas brasileiros e defesa da vida”, em continuação à Campanha da Frater-nidade do ano passado, volta a nos interpelar para o cuidado da Casa Comum. Uma das questões que es-

tará em evidência será, necessaria-mente, o Saneamento Básico, pois a água de má qualidade, o destino im-próprio do lixo produzido e o esgoto não coletado e não tratado pesam muito na agressão ao meio ambien-

te e na ameaça à vida. O tema, po-rém, é muito amplo e poderá susci-tar muitos fóruns de debate e muitas ações diversificadas, conforme pro-põem os próprios subsídios da Cam-panha.

Estudo do tema da CF em Imbituba, dia 23 de fevereiro

Informativo da Diocese de TubarãoMarço 2017 12 Informativo da Diocese de Tubarão

Março 2017 13

Fevereiro marcou iniciou doano formativo nos Seminários

O seminário é o espaço onde jovens seminaristas discernem a vocação ao sacerdócio, encontram-se com o Senhor na Palavra, na celebração Eucarística, vivem fraternalmente, e, dia após dia, deixam-se formar por Jesus, o Bom Pas-tor. Este processo de formação deseja prepará-los para serem pastores zelo-sos de nossas comunidades, servindo a todos como Jesus serviu e nos ensinou.

É por isso que iniciamos com gran-de esperança e alegria nossas ativida-des nos Seminários da Diocese. É sem-pre um tempo favorável de perceber o

amor de Deus para com sua Igreja, que não a deixa sem operários (as). Por isso, chama jovens com coração simples e despojado para testemunharem a ale-gria do Evangelho e serem discípulos missionários em todos os ambientes.

Para o ano formativo de 2017, a Dio-cese de Tubarão terá 20 seminaristas; 5 no Ensino Médio; 5 no Ano Propedêuti-co; 7 no Seminário de Filosofia e 3 no Seminário de Teologia. Rezemos para que sejam fiéis ao chamado e possam amadurecer no seguimento a Jesus, o Bom Pastor.

Seminaristas do Menor e Propedêutico

Seminaristas na Teologia Seminaristas na Filosofia

ConviteI Estágio Vocacional no Seminário

Pe. Eduardo Rocha

Muitos adolescentes e jovens têm vo-cação ao sacerdócio, mas muitas vezes não sabem como chegar ao Seminário ou, até mesmo, não sabem que ele existe.

É por isso que, todos os anos, o Semi-nário Nossa Senhora de Fátima de Tuba-rão promove estágios vocacionais para rapazes que queiram conhecer o Seminá-rio e a vida e missão do padre diocesano.

Convidamos adolescentes e moços que queiram passar dois dias conosco, conversando sobre projeto de vida, reali-zação pessoal e a vocação do padre.

Coordenações diocesanaspreparam o 2º ComVocação

Pe. Eduardo Rocha

Em 2015, por iniciativa da Comissão Vocacional Diocesa-na, foi realizado o ComVoca-ção, que é um encontro para crismandos e jovens da Dioce-se de Tubarão. Este encontro desejou despertar nos jovens o chamado vocacional à vida missionária, à vida consagrada, ao matrimônio, ao ministério ordenado e a tantas outras vo-cações que Deus suscita.

No 1º ComVocação parti-ciparam em torno de 2 mil jo-vens e adolescentes. Para rea-lizar um encontro tão grande e especial, as diversas pastorais e movimentos da Diocese se uniram neste serviço de evan-gelização. Não diferente do

ano passado, o 2º ComVocação contará com diversos grupos, como a Pastoral Catequética, a Pastoral Vocacional, Cursilho, Movimentos de Irmãos, RCC, Setor Juventude, Pastoral Fa-miliar, CRB, Ministérios de Mú-sica e muitos outros.

Desejando melhorar esta segunda edição, diversas co-ordenações diocesanas esti-veram reunidas no dia 14 de fevereiro, no Seminário, para organizar o evento e assumir trabalhos.

O ComVocação acontecerá no dia 28 de maio, domingo, no Colégio São José, ao lado do Hospital N. Sra. da Conceição.

Diversas coordenações diocesanas estiveram reunidas no seminário

Quando: 18 e 19 de março;Para quem: rapazes que estão no 9º ano do Ensino

Fundamental e Ensino Médio; Onde: Seminário N. Sra. de Fátima - Tubarão;

Investimento: R$ 15,00Horário: das 08h30 de sábado às 13h de domingo; O que levar: roupa de cama e roupa para práticade esporte, material de higiene pessoal, Bíblia,

material para anotação e terço;

Mais informaçõese-mail: [email protected]

Fone: (48) 3628-0072

Colégio Santíssimo SacramentoEducando para a vida

Realizou-se no dia 10 de fevereiro, promo-vido pelas Irmãs da Direção do Colégio, uma manhã de estudo, reflexão e oração sobre a temática da CF 2017, com seus educadores.

O Colégio Santíssimo Sacramento incluiu em seu Projeto Pedagógico o tema “Cultivar

e guardar a criação” (Gn 2,15), devendo este perpassar todas as disciplinas, no decorrer do ano letivo.

O projeto “Educando para a Vida” preten-de promover, como pede o Papa Francisco, “uma ecologia integral”.

Registro Póstumo

Dona Edite Steiner Becker faleceu, no dia 29 de janeiro, aos 73 anos de idade. Deixou seu esposo Áticus Becker, 6 filhos, 8 netos e 01 bisneto. Dom João Francisco e muitos padres se juntaram ao Pe. Lenoir, filho de Dona Edite, à fa-mília enlutada e a todos os familiares e amigos nos últimos momentos que a tiveram consigo, no velório e missa de corpo presente. Dona Edite partiu deste mundo confiante no Senhor que disse: “... vou preparar-vos um lugar... depois voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais também vós comigo” (cf. Jo 14, 2-3). Seu corpo foi sepultado no Cemitério da Comunidade de Pinheiral, mu-nicípio de Braço do Norte.

Dona Edite (1944 - 2017)

Educadores do Colégio Santíssimo Sacramento

Faltam6 meses para a Romaria da

Terra e das Águas

Vamos nos preparar para a Romaria da Terra

Informativo da Diocese de TubarãoMarço 2017 14 Informativo da Diocese de Tubarão

Março 2017 15

Pe. Aluisio Heidemann Jocken - Comissão Pastoral da Terra - Tubarão

As palavras do Papa Fran-cisco, no belíssimo documento Laudato Si, refletem a proble-mática do homem e a crise de relação com a natureza. “O ho-mem moderno colocou a razão técnica acima da realidade, e já não sente a natureza como uma norma válida, nem como refúgio vivente. Vê a natureza como espaço e matéria para realizar obra, sem se importar com o que possa suceder...”. “A falta de preocupação por me-dir os danos à natureza e o im-pacto ambiental das decisões é apenas um reflexo do de-sinteresse humano em salvar o meio ambiente”. “Se a crise ecológica é uma expressão ou uma manifestação externa da crise ética, cultural, espiritual da modernidade, não podemos nos iludir que será possível sa-nar a nossa relação com a na-tureza e o meio ambiente sem curar as relações humanas fun-damentais”. (Laudato Si 115, 117 e 119)

A terra está ficando pe-rigosamente mais quente por causa da emissão de gases po-luentes gerados pela atividade humana. Os gases mais noci-

vos são: o Dióxido de Carbono (CO2) que vem da queima de petróleo, gás, carvão (ener-gias fósseis) e da derrubada e queima das florestas; o Metano que vem dos lixões, da criação de grandes animais e de lagos e mares com seres orgânicos mortos dentro dele; o Óxido Nitroso, que vem da agricul-tura e da pecuária praticados pelo agronegócio e a mono-cultura extensa com grandes quantidades de produtos quí-micos.

Os combustíveis fósseis são os meios de geração de ener-gia mais utilizados atualmen-te. Deste modo, é a produção e o uso inadequado de energia que vêm provocando o aque-cimento global e as mudan-ças climáticas. Se a chave do aquecimento do planeta está na energia, não resta outra saí-da que não seja a mudança do uso da energia poluente para a limpa.

Alguns exemplos de ener-gia limpa e renovável que podemos adotar: energia dos ventos (eólicas); energia do sol (solar); energia dos oceanos (ondas que movem turbinas);

energia de biomassa ( bagaço de cana e/ou agrocombus-tíveis - desde que não se use grãos destinados a matar a fome de alguém); energia ge-ocêntrica ( do centro da terra).

Há um desafio tanto para nós usuários, como para os produtores de energia e prin-cipalmente para as cabeças pensantes, de contribuir para a redefinição de politicas ener-géticas, na busca de outras fontes possíveis , não explora-das e menos nocivas à nature-za, ao ser humano e a todos os seres vivos, na perspectiva de enfrentar o desequilíbrio pro-vocado pelo aquecimento glo-bal com perigosas mudanças climáticas.

Para termos atitudes mais transformadoras é importante: criar espaços de diálogo (e por que não de controvérsia?); pro-mover debates sobre as conse-quências sociais e ambientais das hidroelétricas, termoelétri-cas e das usinas nucleares; es-timular intercâmbio, de maior abrangência sobre alternativas energéticas; por fim , derrubar o mito de que hidrelétrica pro-duz “energia limpa”.

Energia Limpa e RenovávelR O M A R I A D A T E R R A E D A S Á G U A S 2 0 1 7 ( 5 )

Memória VivaA décima Romaria da Terra ocorreu em Mafra, em 1995.

O lema foi: “Excluídos da Vida – Eu vi, ouvi e desci para li-bertá-los” (Ex 3,7-8). Constituiu-se em sinal visível de busca de novos processos transformadores das situações de ini-quidade. O desafio proposto pelo Evangelho no “seguimen-to de Jesus”, na busca do “caminho” foi de pensar novas relações no plural e no respeito ao diferente. A presença de 35.000 romeiras e romeiros proporcionou uma grande celebração de fé e um momento privilegiado de encontro de parceiras e parceiros na luta pela terra e na terra.

A décima primeira Romaria da Terra foi realizada em Fraiburgo, no Parque da Maçã, em 1996. O lema foi “Justiça e paz para a nação com terra, trabalho e pão”. O tema foi Terra e Política. Bastante prejudicada pelas fortes chuvas e ventos, a Romaria foi encerrada no início da tarde do dia 08 de setembro. Cerca de 20.000 pessoas participaram.

A Romaria da Terra e das Águas em Santa Cata-rina, neste ano de 2017, será na diocese de Tubarão, na localidade de Taquaruçu, município de Pescaria Brava, às margens da BR 101, dentro da bacia hi-drográfica do rio Tubarão e próximo às oito grandes lagoas que formam o complexo lagunar.

É hora de nos prepararmos para a Romaria. Para

isso foi escrito e publicado um pequeno livro que desenvolve o tema central da Romaria “Mata Atlân-tica, nossa Casa Comum”. A intenção é que seu con-teúdo seja refletido, rezado e debatido para gerar processo de conversão e para nos fazer “romeiros da esperança”, no dia 10 de setembro.

O livro contém 11 assuntos relacionados ao tema da Romaria e, então, à realidade ecológica que diz respeito a todos nós. Santa Catarina é par-te do bioma Mata Atlântica que o criador confiou a quase 7 milhões de cuidadores (tema 1). Este jardim, já sem quase todas as florestas e seus povos origi-nários e com espécies de flora e fauna já extintos, está virando deserto, o deserto verde dos eucalip-tos e pinus (tema 2). Uma de suas maiores riquezas, a água em abundância poderá tornar-se escassa para o consumo, tamanha é a agressão que se faz contra ela (tema 3). Uma das intervenções humanas mais agressivas aos mananciais, tanto superficiais quanto subterrâneos, diz respeito à mineração do carvão (tema 4). Faz parte do desenvolvimento, que produziu tanto bem estar e facilidades nos últimos tempos, a consequente agonia do planeta que, por

causa do aquecimento global, devolve eventos cli-máticos extremos cada vez com mais frequencia (tema 5). O impacto causado pela exploração do carvão, em âmbito local, acrescido do uso abusivo de agrotóxicos e da ausência de sistema de esgo-to na maioria das cidades, além de outros fatores, fazem da bacia do rio Tubarão a região mais de-gradada de Santa Catarina (tema 6). Todos sofrem com tanta degradação, mas são particularmente os povos das águas, que vivem da pesca artesanal nas lagoas do complexo lagunar e na costa marítima, as maiores vítimas (tema 7). Então, medidas urgen-tes precisam ser tomadas: o saneamento básico (tema 8), a opção pela produção de energia limpa e renovável (tema 9), o fortalecimento da agricul-tura familiar e a produção sustentável (tema10). A Romaria dirige seu olhar para Maria porque, como ensina o papa Francisco, “sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto... na relação com as pessoas, mas também com o meio ambiente” (tema 11).

Adquira o livro na Secretaria de sua Paróquia ou na Livraria Diocesana.

Preparação para o Matrimônio “Por Acolhimento”

Tarcisio e Rosângela Bitencourt - Pastoral Familiar

Estamos no início das atividades pastorais de um novo ano convictos de que podemos reali-zar muito pela família e pela vida. Serão muitas metas e desafios a serem superados, com a par-ticipação e empenho de todas as pastorais, mo-vimentos e serviço que investem seus serviços e habilidades em prol das famílias. A Pastoral Fa-miliar, com o apoio e participação de toda Igre-ja em nossa diocese, realizou várias atividades durante o ano que passou, e uma das metas foi à formação de agentes que trabalham na prepara-ção dos namorados e noivos para o Matrimônio. Contamos sempre com a dedicação de todos os envolvidos nos “Encontros de Noivos” para que os casamentos sejam revestidos de fidelidade e felicidade e durem para sempre. Que a Sagrada Família ilumine e abençoe todos os jovens que se preparam para o Sacramento do Matrimônio.

Uma das preocupações da Comissão Dioce-sana da Pastoral Familiar é oferecer formação aos responsáveis pelos Encontros de Prepara-ção para a Vida Matrimonial. Vários encontros já foram realizados na Diocese e, entre os com-promissos assumidos pelos participantes, desta-camos a realização de encontros com os temas e carga horária previstos no Guia de Preparação Para a Vida Matrimonial, a fim de tornar os en-

contros mais produtivos e semelhantes em to-das as paróquias. Ultimamente, uma nova opção foi lançada e está à disposição de todos os agen-tes e responsáveis pela preparação dos jovens rumo ao seu projeto de felicidade: “o encontro de formação por acolhimento”.

A nova metodologia “por acolhimento” que já acontece em algumas paróquias da nossa Diocese tem por subsídio o livro “Matrimônio - Encontros de Preparação” de André e Karina Parreira, publicado pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar - CNPF e que pode ser adqui-rido no site www.cnpf.com.br, com a Comissão Diocesana da Pastoral Familiar ou nas livrarias católicas. No subsídio referido, os agentes res-ponsáveis encontram todas as informações e roteiros para realizar uma preparação bem fun-damentada e que atende não só às necessida-des e expectativas dos jovens em preparação ao matrimônio, mas também dos agentes formado-res. Nosso compromisso é que esta nova meto-dologia seja adotada, na medida do possível, em todas as paróquias da Diocese de Tubarão.

Desejamos que o empenho e participação de todos durante este ano que se inicia seja coroa-do de sucesso e bênçãos e que as famílias conti-nuem a merecer nosso carinho e atenção.

Agricultores pedem apoio à Igreja

Por ocasião do Seminário Diocesano da Campanha da Fraternidade, dia 16 de feve-reiro, o Senhor Mário Matu-chaki, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Agricul-tura Familiar de Grão-Pará, emocionado, fez um pedido para que os padres e toda a

Igreja apoiem os agricultores e agricultoras em sua luta, no momento presente, contra a reforma da Previdência So-cial proposta pelo governo. Leu nota da Federação dos Trabalhadores e Trabalhado-ras na Agricultura Familiar de Santa Catarina, falando sobre

o atual momento que foi defi-nido como “momento marca-do por ameaças aos direitos de milhões de trabalhadores no Brasil, dentre os quais 6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras na agricultura em regime de economia fami-liar, camponeses, povos das florestas e extrativistas entre outros”.

Dentre outras coisas,através da nota, afirmou:

- A reforma da previdência (proposta pelo governo) sig-nifica a destruição de anos de luta e sacrifício para que milhares de trabalhadores da agricultura pudessem sonhar e ter o direito a uma aposen-tadoria como Segurado Espe-cial da Previdência - Homens e Mulheres beneficiados igualmente. (...) A reforma que este governo deseja é um pro-

jeto de morte aos trabalhado-res, uma violência às mulhe-res, às crianças e às gerações futuras- Acabar com o direito de se-gurado especial na agricul-tura significa cometer uma violência sem cálculos ainda precisos sobre as mulheres agricultoras, as maiores bene-ficiárias do sistema previden-ciário rural.- (...) nossa luta neste momen-to com os Sindicatos da Agri-cultura Familiar e entidades alinhadas na defesa da justi-ça é fazer o enfrentamento da proposta de Reforma da Previdência apresentada pelo governo Michel Temer como PEC 287 a quem precisamos dizer: ‘Nenhum Direito a Me-nos’. (Isso porque a Previdên-cia Social para os Agricultores e Agricultores foi uma con-quista que) resolveu parte da grande miséria presente

no campo, agregando justiça social, dignidade aos traba-lhadores após décadas de ár-duo trabalho na agricultura. Significou a digna inclusão das mulheres secularmente excluídas, espoliadas, dando a elas uma identidade como trabalhadoras da agricultura e beneficiárias da previdência social.- Cientes deste momento, a FE-TRAF Santa Catarina, os sindi-catos da Agricultura Familiar, Cooperativas de Produção, Crédito Solidário, Agroindús-trias Familiares, Ongs esten-dem o pedido de solidarieda-de na luta para as entidades que sempre estiveram ao lado dos menos favorecidos para lutarmos juntos em defesa da Previdência Social provedora de dignidade como hoje te-mos, e não de exclusão de mi-lhões de trabalhadores como propõe o governo.

Mário Matuchaki fez o pedido no Seminário da CF

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