4
\V **<J íft v a? m#* fi.« 38 Domingo, 22 de setembro de 1889 I anno *v FOLHA POLÍTICA» UTTERAH1A £ NOTICIOSA VSSIGNATl IMS Anno ' IWW Semestre jj» Trimestre , -^ Pagamento atontado CANTANHEDE rroprielario t director - X. EDIARDO PESSOA (>Ki>.U'<,:Âo PHAÇA 1"' tíWMtatao N»° 8 ANMACIOS Cada linha 20 réis Repetições ajuste partie<l;;r. Os sr». HMignautes ifeelH dcscmito. ii.ni ii.ii». EXPEDIENTE A's pessoas que receberem o Hefensor do PoOO preveni- mòs de que a nau devolução .In nwsso jornal importa a tuia àssignàtlirâ durante o tenípo em que o não devolverem. X Uogamos a lodos os nossos estimáveis assinantes que mudai em de residência, n obsequio de o participarem á administração do jornal, pia çi do Comuiercio numero 8, a fim de não sOffrerem falta na remessa da nossa folha. # A administrarão. Finalmente! Até qoe afinal sahiti o ho- mem! Custou muito, ê verda- de, íamos desanimando, mas conseguimos que filiasse e. assim, mais um argumento a favor da allirmaliva histórica de que a burra de Balado também faltou. Cremos agora piamente h'este milagre. Do nosso esforço resultou um be- neficio para o concelho de Cantanhede e para a... histo- ria sagrada! Julgámos que o órgão da opposição, ou melhor o]«rgão do dr. Poiares, não se dignava responder-uos:senlimos por is- so uma agradável surprázáao ler o numero de 1.1 do cor- rente, onde tivemos o gosto de saborear o esiylo catliedita- tico d'um artigo do fundo, en- cimado pela citação latina: afã potesl eapere, eapial, dís- tico que de ha muito o dr. Poiares mandou gravar na bandeira, das suas ptialanges o que explica O procedimento d'elle e dos seus. E' a divisa I)Sí suas tropt»s, o grilo animador dos seus ca- bos tanto na lueta como na \r,\r.qui potesl capere. eapial, quer dizer—entenda me quem puder! Ora snhe-se que de ha mui- to ninguém os entende e por isso o homem continua com a sua teimosa divisa. i: renitente no mysterio, reincidente uo enigma, o ca- beçudo. Sabe elle que o povo grita ha lies annos:—não percebe- mos a administração tocai; não atlinqinuis o alcance das vossas medidas; não descobri- mos conta qúe justifique O ros- to modo de proceder, e, o pan- dego, quando lodos julgavam que elle iria aclarar o mysle- rio, rasgar o voo em que ha três annos se envolvem as «pieslies mnnicipaes, coròâ o seu primeiro artigo com a ci- tação—ajU pottst capeie, ea- pial'. Nem ao menos—quem qutzer—ò, quem ym</er—por- qua sabe que ninguém é ca- pa/ de o entender. K depois de teimar em noa deixar envoltos nas trevas profundas da sila losmgriplílca administração e de nos esmur- rar o nariz com o seu—qui polrsl capeie, eapial, ri-se de nós, escancarando a bocca, mostrando os colmithos agu- çados e assigna-se Diacla- ro. K' o cumulo da irrisão! Mas deixemos isso e vamos ao caso. Satiiu o homem e a demo- ra na resposta foi de certo devida ao estudo profundo a que se entregou sobre o pre- cioso dom da palavra, que i natureza concedeu ao homem. Sobre este vastíssimo e uti- líssimo assumpto disserta sa- biamente; apprezenta princí- pios, espraia-s* em considera çóes e chega :i conclusão que deviam ser mudos os que/uf- Inin mal. Nós. sem lançarmos abaixo os empoeirados volu- mes das livrarias, tínhamos chegado um pouco mais adian- te; tínhamos reconhecido a \3ntage:ii de serem mudos os que faliam mal e de cortar a lingoa aos que mentem e calumniam. .Sobre este ponto não nos novidade alguma. Diz-nos depois que entra na lueta de sobrecasaca e lu- va branca e appresenla na frente como escudo o dr. Jo- l.uiz. Nós gostávamos mais de o ver de perto descoberto, gnan- tes de guerra e brandindo o gladio flamejante do exlermi- j nio. Isto não excluía o proce-' dimenlo brioso, digno eeava- Ibeireseo e livráva-nosdo des- agradável espectáculo de vêr na nossa frente um maricas de sobrecasaca justa, luva; auerla-Jas de oxle::sa abotoj- dura, fazendo-nos gaifonas por traz do abdómen do dr. José Luiz. C" melhor sahir d'alli. por- ipie o abrigo não é dos me- lhores. Entrando no verdadeiro as- sumpto, appresenla elle em- brulhados no seu estylo ren dilliado, como um rebuçado d'ovos Cm ptpel dourado, a actual vereação e o dr. José l.uiz como homens ijue devem ser seguidos como exemplo, e aflirma que o povo acha nadando n'itm mar de felici- dades, rico e (Ilustrada e que todos os melhoramentos mo- raes e matenaes se devem ao zelo administrativo da actual vereação c á enérgica iniciati- va do dr. José Luiz. li lasti- mando a cruenta gu-rra que se faz a tão beneméritos cida- Í0S| e esquecendo a allirma- liva que antes fizera de seguii sem descrepaneia os princí- pios da moral e da civilidade, chaina-uos - entidades de bis- cuil, cabimniadares torpes, hij' pocritas repellentes, carrascos do povo, o diabo. Ora, francamente, isto não é sério. Estes homens, depois de terem perdido a ultima partícula da dignidade, apa- gou-se lhe também no cére- bro a ultima scenlelha da ra- zão. Quod Dertí vali perdere, pri- mas dementai. Apregoar os benefícios da actual vereação, atlinuar e in- vocar 0 seu zelo administrati- vo, além de ser caçoada é... nojento. Não acho termo mais próprio. Qoe tem feito esses seis cataplasmas a favor do conce- lho de Cantanhede? Apponlem os melhoramentos devidos á sua iniciativa, como nós lhe appontámos e continuaremos appoulando os escândalos e desperdícios administrativos, para lhes não dar o verdadei- ro nome. O que fez o sr. dr. José Luiz? Fez muito, fez tudo, disem elles hoje; mas ainda ha pou- co, os homens que hoje tan- lo o defendem e elevam, cla- mavam bem alto que o dr. José Luiz administrava mal e que se locupletava com o dinheiro do município. Vejam que coheroncia, que brio e que caracle.es'!!. E nos é que somos os car- rascos Ho povo, nós é que não temos prestigio, nem talento nós é que somos politico; d'agua doce nós é quíi somo» hVpocrilas! ' Mas apponlem factos que o demonstre, vendilhões covar- des, miseráveis sugadores do sangue do povo. Sobre vós peza a grave res- ponsabilidade dos morticínios das Febres e Murlede: o po vo acc.usa-vos de empregar mal o dinheiro do município e de esvasiar, não se sabe pa- ra que iins, O cofre do conce- lho: reconhece e alfirma a in-* competência de Liber es e Salvadores para gerir ui con- venientemente os ie,'ocioslo- caes é de interes.-e publico; todos reconhecem que o Poia- res é um traidor e um esban- jador de dinheiros publico»; o povo finalmente desenrola publicamente o sudário das vossas torpezas, apponta-as e demonstra-as e vós não res- pondeis e como deíe/.a sollaes sobre nós a catadupa nau-ea- buuda ilas vossas mentiras e Carta calíimnias! Que defesa e que dignida- de! Que podeis appfescntar e provar que possa obscurecer o nosso brio e a nossa honra? Itespondaru os infames. li em quanto o não fasem (ique-se entendendo que a eiles cabem de direito e de facto os epilhetos que vomi- tam nas coluniuas do seu jor- nal. li como nos ameaçam com a guerra sem tregoas, embo- ra tremam de medo, acabou em nós a repugnância de ba- ter em homem morto, e por- tanto não os pouparemos. Mostraremos em breve ao po- vo os escândalos nojenios da vida d/estes tartufos, e espera- mos que elle se Dão - deixará illudir pe os homens que de- sabaram na lama da infâmia e da indignidade. Não lhes toqueis que vos sujaes! Km breve veremos quem vive Bludi lo. se é o chefe do partido progressista, ou se é o poder occuUe, o antigo cor- covado. O povo lera em bre- ve occasião de ver quem cum- pre o que promeite e até abaodonae os hypocritas e se- gui home os "debem. ltecebemos a segitmle a qnè damos publicação: Sr. Redactor do Defensar do Povo. Espero dever a V. á fineza de mandar publicar nas colu- niuas do seu jornal a carta què remCtto e que na mesma da- ta envio e^ualmente aosr. re- dactor do Jornal de Cantanhe- de. Mogofores l7-!>-H(). Cerveira dWlbuquerque. lix.""' sr. Hedactdr do jornal de Cantanhede Accabo de ler rió n.° l c 2 do sen jornal rima local com u titulo de Burlesca em que se fazem referencias ao meu no- me e em que o noticiarista, aproveitando talvez algum mo- mento de bom humor se es- praia em considerações tão cheias de e>pirito, tão hilarian- tes que de certo ao lel-as nin- guém deixará de admirar a sublime verve lio auclor da local e lamentar cm frouxos de riso o estado misérrimo em que o noticiarista, vibrando athlelicamente a aftiia do redi- cnlo, deixou a reputação do si- gnatário (Testas linhas. Li em tempo no seu jorna uma noticia relativa ao facto que. embora falso, serve ho- je de novo irara tliema de mais espraiados considerandos, d percebi logo que se pretendia behsdlf a minha humilde pes- soa 1 , bem como descobri en- tão o braço que me vibrava Ião quixotes-o golpe. Não cor j reji e mandei emendar a fal- sa noticia porque de ha mui- to .p»e não ligo importância a parvóiçadas. Hoje porém que se reincide na asneira pre<i-< saiu o cotreUvo, que de certo V. rA. J se apressará a appli- car, se a sua imparcialidade se não dobra a mesquinhas questões eleitoraes. Sabe V. Kx.*, (e se o não sabe devia sabel-o, porque è obrigação de todo o redactor ide jornal estar devidamente enformado) que é completa- mente falso o que se affirma na local que venho de indicar e, u'estas condições, não sei como classificar o procedi- «« N.« 38 Domingo, 22 de setembro de 1889 I anno FOLHA POLITICA» UTTEHAMA E NOTICIOSA ASSie.NATl'HAS Anno Semestre »' Trimestre Pagamento atentado tit 102OQ «00 300 CANTANHEDE Proprietário e director M. EDIAHDO PESSOA HKHAfr\;\o pha\!a do tíuMMfcmno Nt" 3 ANNONCIOS Cada linha 20 réis Repetições ajuste partifUnr. Os srs. assignantes tceiii desconto. EXPEDIENTE A's pessoas qne receberem o Defensor do Pooo preveni- mos tie que a não devoldção do nosso jornal importa a soa assignaturà durante o tempo em que o não devolverem» : . x Rogamos a lodos os nossos estimáveis assignantes que mudarem de residência, o obsequio de o participarem á administração do jornal, pia ç» do Conunercio numero 8. a fim de não sotTrerem falta na remessa da nossa folha. A administrarão. Finalmente! Até que afinal sahiu o ho mem! Custou muito, é verda- de, íamos desanimando, mas conseguimos que fallasse e, assim, mais um argumento a favor da aflirmativa histórica de que a burra de Balaão também faltou. Crêinos agora piamente n'este mi'agre. L)o nosso esforço resultou um be- neficio para o concelho de Cantanhede e para a... histo- ria sagrada! Julgámos que o orgão da opposição, ou melhor ojorgão do dr. Poiares. não se dignava responder-iios;sentitnos por is- so uma agradavel surpreza ao ler o numero de I."» do cor- rente, onde tivemos o gosto de saborear o esiylocatliedra- tico d'utn artigo do fundo, en- cimado pela citação latina: qui potest capere, capiat, dís- tico que de ha muito o dr. Poiares mandou gravar na bandeira das suas phalanges o que explica o procedimento d'elle e dos seus. E' a divisa das suas tropas, o grito animador dos seus ca- bos tanto na lucta como na paz: qui potest cupere, capiat, quer dizer—entenda inequem puder! Ora sahe-se que de ha mui- to ninguém os entende e por isso o homem continua com a sua teimosa divisa. E* renitente no mysterio, reincidente uo enigma, o ca- beçudo. Sabe elie qtíe o povo gritá ia Ices anhos»-*»*» percebe- mos a administração loan; não âttinqitáos o alcancv das vossas medidas; não descobri mos rousa qile justifique o vos so modo de proceder, e, o pau-1 dego, quando todos julgavam que elle iria aclarar o mysUp rio, rasgar o vco ein que ha ires annos se envolvem as qoesiles municipaes, dorõá o seu primeiro artigo com a ci- tação—qui potest capei s, ca- piatl Nem ao menos—qneln quizer—è quem puder—por- que sabe que ninguém é ca paz de o entender. E depois de teimar em nos deixar envoltos nas trevas profundas da sita logogriphica administração e de nos esmur rar o nariz com o seu—qui potest capeie, capiat, ri-se de nós, escancarando a bocca, mostrando os culfflilhos agu- çados e assigna-se Diacla- ro. E' o cumulo da irrisão! Mas deixemos isso e vauios ao caso. Sahiu o homem e a demo- ra na resposta foi de certo devida ao estudo profundo a que sc entregou sobre o pre- cioso dom da palavra, que a natureza concedeu ao homem. Sobre este vastíssimo e mi lissimo assumpto disserta sa- biamente; apprezenta princi pios, espraias* em considera çóes e chega á conclusão que deviam ser mudos os que fal- iam mal. Nós. sem lançarmos abaixo os empoeirados volu- mes das livrarias, tínhamos chegado um pouco mais adian- te; tínhamos reconhecido a vantagem de serem mudos os que fatiam mal e de cortai' a lingoa aos que mentem e caluinuiam. Sobre este ponto não nos novidade alguma. Diz-nos depois qne entra na lucta de sobrecasaca e lu- va branca e appresenla na frente como escudo o dr. Jo- se 1/UÍZ. Nós gostávamos mais de o ver de peito descoberto, guan- tes de guerra e braodiudo o gladio flamejante do extermí- nio. Isto não exclui» o proce- dimento brioso, digno e cava- lheiresco e livráva-nosdo des- agradável espectáculo de vêr nossa frente um maricas de sobrecasaca justa, luvas apertadas do. extensa abotoa- dnra, fazendo-nos gaifonas por traz abdomen do dr. José Luiz. E' melhor sahir d'alli, por- quê o abrigo não é dos me- lhores. Entrando rio verdadeiro as- sumpto, appresenla elle em- brulhados no seu estylo ren dilliado, como lim rebuçado d'ovos Cm papel dourado, a actual VCréação e o (Ir. José Luiz como horrtens r)ue devem ser seguidos como exemplo, e afllrmd que o poVn acha nadando n'ilni mdr de felici- dades, rico e illustrado e que todos os melhoramentos mo- raes c materiaes se devem ao zôlo adiniu'striltivo da actual vereação e á energiea iniciati- va do dr. José Luiz. E lasti- mando a cruenta gifrra que se faz a tão beneméritos cida- dãos, e esquecendo a aflirma- tiva que antes fizera de seguir sem descrepancia os princí- pios da moral e da civilidade, cliaina-iios - entidades de bis- cuit, calnmniadores torpes, hy pocritas repellentes, carrascos do povo, 0 diabo. Ora, francamente, isto não é sério. Estes homens, depois de terem perdido a ultima partícula da dignidade, apa- gou-se-lhe também no cére- bro a ultima sceiílelha da ra- zão. Quod Deus villi perdere, pri- mus dementat. Apregoar os benefícios da actual vereação, ailirmar e in- vocar o seu zelo administrati- vo, além de ser caçoada é... nojento. Não acho termo mais proprio. ; Que tem feito esses seis cataplasmas a favor do conce- lho de Cantanhede? Appontem os melhoramentos devidos á sua iniciativa, como nós lhe appontámos e continuaremos appontando os escândalos e desperdícios administrativos, para lhes não dar o verdadei- ro nome. O que fez o sr. dr. José Luiz? Pez muito, fez ludo, disem elles hoje; mas ainda ha pou- co, os homens que hoje tan- to o defendem e elevam, cla- mavam bein alio que o dr. José Luiz administrava mal e que se locupletava com o dinheiro do município. Vejam que coherencia, que brio e que caracteres!!!. - * E nós é que somos os car- rascos (lo povo, nós éque não ternos prestigio, nem talento nós é que somos politico; d'agua doce nós é quS somos hipócritas! ' Mas appontem factos que o demonstre, vendilhões covar- des, miseráveis sugadores do sangue do povo. Solu'e vós peza a grave res- ponsabilidade ilos morticínios das Febres e Murtede: o po vo aCousa-vos de empregar mal o dinheiro do município e de esvasiar, não se sabe pa- ra qne liiis t o cofre do conce- lho: reconhece e alTirma a in-' competência de l.iber es e Salvadores pára gerir 111 con- venientemente os i cgncioslo- caes C de interesse publico; todos reconhecem que o Poia- res é um traidor e um esban- jador de dinheiros públicos; o povo iinalinenie desenrola publicamente o sudário das vossas torpezas, apponta-as e demonstra-as e vós não res- pondeis e como dtííeza sollaes sobre nós a catadupa nausea- bunda das vossas mentiras e ealamtiias! Que defesa e que dignida- de! Que podeis appresentar e provar que possa obscurecer 0 nosso brio o a nossa honra? Respondam os infantes. E em quanto o não fasern fique-se entendendo que a eiles cabem de direito e de facto os epillieios que vomi- tam nas coluiuuas do seu jor- nal. E como nos ameaçam com a guerra sem tregoas, embo- ra treinam de inéJo, acabou 1 em nós a repugnância de ba- ter em homem morto, e por- tanto não os pouparemos. Mostraremos em breve ao po- vo os escândalos nojentos da vida d'estes tartufos, e espera- mos qoe elle se Hão deixará illudir pe os homens que de- sabaram na lama da iufaiuia e da indignidade. Não lhes toqueis que vos sujaesl Em breve veremos quem vive illudflo. se é o chefe do partido progressista, ou se é i o poilcr occulta, o antigo por- ' cocado. O povo terá em bre- ve occasião de ver quein cum- pre o que promeite e até abaudonae os hypderítas e se- gui os homens debem. Carta Recebemos a segtiirde a qné dainos publicação: Sr. Redactor do Defensor do Povo. Espero dever a V. á fineza de mandar publicar n:ts colu- mnas do soo jornal a carta qiid remCtto e que na mesma da- ta envio egualmenle ao sr. re- dactor do Jornal de Cantanhe- de. Mogofores 17 —'0 —80. Geneira d'Albuquerque. lix." 1 " sr. Redactor do jornal Canlaiihedè Accabo de lOr rtó n." 12 do seit jdrnal tinta local com o titulo de tíurlescò em que se fazem referencias ao meu no- me e tím que o noticiarista, aproveitando talvez algitm mo- mento de bom humor se es- praia em considerações tão Cheias de espirito, tão hilarian- tes que de certo ao lel-as nin- guém deixará de admirar a sublime vdrve ilo auctor da local e lamentar ein frouxos de riso o estado misérrimo em que o noticiarista, vibrando athleticameiite a arlfla do redP culo, deixouà reputação do si- gnatário d'estas linhas. Li em tempo no seii jorna uma noticia relativa ao facto que, embora falso, serve ho- je de novo para tlierna de mais espraiados considerandos, 0 percebi logo qne se pretendia beliscar a minha humilde pes- soa, bem como descobri en- tão o braço qile me vibrava Ião qulxotesco golpe. Não cor- reji e mandei enfeudar a fal- sa noticia porque de ha mui- to que não ligo importância a parvoiçadas. Hoje porém que se reincide na asneira preci- sam o cofrelivo, que de certo V. Et. 1 se apressará a appli- car, se a sua imparcialidade se não dobra a mesquinhas questões eleitoraes. Sabe V. Ex.', (e se o não «abe devia safiel-o, «porque è obrigação de lodo o redactor de jornal estar devidamente' enformado) que é completa- mente falso o que se affirma na local que venho de iudicar o, n'estas condições, não sei Gomo classificar o procedi-

iiseBicosnu - purl.ptpurl.pt/23109/4/464845_PDF/464845_PDF_24-C-R0150/464845_0000_1-4_t... · ro. K' o cumulo da irrisão! deixemos isso e vamos ao caso. Satiiu o homem e a demo-

  • Upload
    doananh

  • View
    226

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: iiseBicosnu - purl.ptpurl.pt/23109/4/464845_PDF/464845_PDF_24-C-R0150/464845_0000_1-4_t... · ro. K' o cumulo da irrisão! deixemos isso e vamos ao caso. Satiiu o homem e a demo-

\V **<J íft

v a? m#*

fi.« 38 Domingo, 22 de setembro de 1889 I anno

*v

FOLHA POLÍTICA» UTTERAH1A £ NOTICIOSA

VSSIGNATl IMS Anno ' ••• IWW Semestre jj» Trimestre , -^

Pagamento atontado

CANTANHEDE rroprielario t director - X. EDIARDO PESSOA

(>Ki>.U'<,:Âo PHAÇA 1"' tíWMtatao N»° 8

ANMACIOS

Cada linha 20 réis Repetições — ajuste partie<l;;r. Os sr». HMignautes ifeelH dcscmito.

ii.ni ii.ii».

EXPEDIENTE A's pessoas que receberem

o Hefensor do PoOO preveni- mòs de que a nau devolução .In nwsso jornal importa a tuia àssignàtlirâ durante o tenípo em que o não devolverem.

X

Uogamos a lodos os nossos estimáveis assinantes que mudai em de residência, n obsequio de o participarem á administração do jornal, pia çi do Comuiercio numero 8, a fim de não sOffrerem falta na remessa da nossa folha.

# A administrarão.

Finalmente! Até qoe afinal sahiti o ho-

mem! Custou muito, ê verda- de, íamos desanimando, mas conseguimos que filiasse e. assim, mais um argumento a favor da allirmaliva histórica de que a burra de Balado também faltou. Cremos agora piamente h'este milagre. Do nosso esforço resultou um be- neficio para o concelho de Cantanhede e para a... histo- ria sagrada!

Julgámos que o órgão da opposição, ou melhor o]«rgão do dr. Poiares, não se dignava responder-uos:senlimos por is- so uma agradável surprázáao ler o numero de 1.1 do cor- rente, onde tivemos o gosto de saborear o esiylo catliedita- tico d'um artigo do fundo, en- cimado pela citação latina: afã potesl eapere, eapial, dís- tico que de ha muito o dr. Poiares mandou gravar na bandeira, das suas ptialanges o que explica O procedimento d'elle e dos seus.

E' a divisa I)Sí suas tropt»s, o grilo animador dos seus ca- bos tanto na lueta como na \r,\r.qui potesl capere. eapial, — quer dizer—entenda me quem puder!

Ora snhe-se que de ha mui- to ninguém os entende e por isso o homem continua com a sua teimosa divisa.

i: renitente no mysterio, reincidente uo enigma, o ca- beçudo.

Sabe elle que o povo grita ha lies annos:—não percebe- mos a administração tocai; não atlinqinuis o alcance das vossas medidas; não descobri- mos conta qúe justifique O ros- to modo de proceder, e, o pan- dego, quando lodos julgavam que elle iria aclarar o mysle- rio, rasgar o voo em que ha três annos se envolvem as «pieslies mnnicipaes, coròâ o seu primeiro artigo com a ci- tação—ajU pottst capeie, ea- pial'. Nem ao menos—quem qutzer—ò, quem ym</er—por- qua sabe que ninguém é ca- pa/ de o entender.

K depois de teimar em noa deixar envoltos nas trevas profundas da sila losmgriplílca administração e de nos esmur- rar o nariz com o seu—qui polrsl capeie, eapial, ri-se de nós, escancarando a bocca, mostrando os colmithos agu- çados e assigna-se — Diacla- ro. K' o cumulo da irrisão!

Mas deixemos isso e vamos ao caso.

Satiiu o homem e a demo- ra na resposta foi de certo devida ao estudo profundo a que se entregou sobre o pre- cioso dom da palavra, que i natureza concedeu ao homem.

Sobre este vastíssimo e uti- líssimo assumpto disserta sa- biamente; apprezenta princí- pios, espraia-s* em considera çóes e chega :i conclusão que deviam ser mudos os que/uf- Inin mal. Nós. sem lançarmos abaixo os empoeirados volu- mes das livrarias, tínhamos já chegado um pouco mais adian- te; tínhamos reconhecido a \3ntage:ii de serem mudos os que faliam mal e de cortar a lingoa aos que mentem e calumniam.

.Sobre este ponto não nos dá novidade alguma.

Diz-nos depois que entra na lueta de sobrecasaca e lu- va branca e appresenla na frente como escudo o dr. Jo- sé l.uiz.

Nós gostávamos mais de o ver de perto descoberto, gnan- tes de guerra e brandindo o gladio flamejante do exlermi- j nio. Isto não excluía o proce-' dimenlo brioso, digno eeava- ■ Ibeireseo e livráva-nosdo des- agradável espectáculo de vêr na nossa frente um maricas de sobrecasaca justa, luva; auerla-Jas de oxle::sa abotoj-

dura, fazendo-nos gaifonas por traz do abdómen do dr. José Luiz.

C" melhor sahir d'alli. por- ipie o abrigo não é dos me- lhores.

Entrando no verdadeiro as- sumpto, appresenla elle em- brulhados no seu estylo ren dilliado, como um rebuçado d'ovos Cm ptpel dourado, a actual vereação e o dr. José l.uiz como homens ijue devem ser seguidos como exemplo, e aflirma que o povo sé acha nadando n'itm mar de felici- dades, rico e (Ilustrada e que todos os melhoramentos mo- raes e matenaes se devem ao zelo administrativo da actual vereação c á enérgica iniciati- va do dr. José Luiz. li lasti- mando a cruenta gu-rra que se faz a tão beneméritos cida-

Í0S| e esquecendo a allirma- liva que antes fizera de seguii sem descrepaneia os princí- pios da moral e da civilidade, chaina-uos - entidades de bis- cuil, cabimniadares torpes, hij' pocritas repellentes, carrascos do povo, o diabo.

Ora, francamente, isto não é sério. Estes homens, depois de terem perdido a ultima partícula da dignidade, apa- gou-se lhe também no cére- bro a ultima scenlelha da ra- zão.

Quod Dertí vali perdere, pri- mas dementai.

Apregoar os benefícios da actual vereação, atlinuar e in- vocar 0 seu zelo administrati- vo, além de ser caçoada é... nojento. Não acho termo mais próprio.

Qoe tem feito esses seis cataplasmas a favor do conce- lho de Cantanhede? Apponlem os melhoramentos devidos á sua iniciativa, como nós lhe appontámos e continuaremos appoulando os escândalos e desperdícios administrativos, para lhes não dar o verdadei- ro nome.

O que fez o sr. dr. José Luiz?

Fez muito, fez tudo, disem elles hoje; mas ainda ha pou- co, os homens que hoje tan- lo o defendem e elevam, cla- mavam bem alto que o dr. José Luiz administrava mal e que se locupletava com o dinheiro do município. Vejam que coheroncia, que brio e que caracle.es'!!. • •

E nos é que somos os car- rascos Ho povo, nós é que não temos prestigio, nem talento nós é que somos politico; d'agua doce nós é quíi somo» hVpocrilas!

' Mas apponlem factos que o demonstre, vendilhões covar- des, miseráveis sugadores do sangue do povo.

Sobre vós peza a grave res- ponsabilidade dos morticínios das Febres e Murlede: o po vo acc.usa-vos de empregar mal o dinheiro do município e de esvasiar, não se sabe pa- ra que iins, O cofre do conce- lho: reconhece e alfirma a in-* competência de Liber es e Salvadores para gerir ui con- venientemente os ie,'ocioslo- caes é de interes.-e publico; todos reconhecem que o Poia- res é um traidor e um esban- jador de dinheiros publico»; o povo finalmente desenrola publicamente o sudário das vossas torpezas, apponta-as e demonstra-as e vós não res- pondeis e como deíe/.a sollaes sobre nós a catadupa nau-ea- buuda ilas vossas mentiras e

Carta

calíimnias! Que defesa e que dignida-

de! Que podeis appfescntar e

provar que possa obscurecer o nosso brio e a nossa honra?

Itespondaru os infames. li em quanto o não fasem

(ique-se entendendo que só a eiles cabem de direito e de facto os epilhetos que vomi- tam nas coluniuas do seu jor- nal.

li como nos ameaçam com a guerra sem tregoas, embo- ra tremam de medo, acabou em nós a repugnância de ba- ter em homem morto, e por- tanto não os pouparemos. Mostraremos em breve ao po- vo os escândalos nojenios da vida d/estes tartufos, e espera- mos que elle se Dão- deixará illudir pe os homens que de- sabaram na lama da infâmia e da indignidade.

Não lhes toqueis que vos sujaes!

Km breve veremos quem vive Bludi lo. se é o chefe do partido progressista, ou se é o poder occuUe, o antigo cor- covado. O povo lera em bre- ve occasião de ver quem cum- pre o que promeite e até lá abaodonae os hypocritas e se- gui o» home os "debem.

ltecebemos a segitmle a qnè damos publicação:

Sr. Redactor do Defensar do Povo.

Espero dever a V. á fineza de mandar publicar nas colu- niuas do seu jornal a carta què remCtto e que na mesma da- ta envio e^ualmente aosr. re- dactor do Jornal de Cantanhe- de.

Mogofores l7-!>-H(). Cerveira dWlbuquerque.

lix.""' sr. Hedactdr do jornal de Cantanhede

Accabo de ler rió n.° lc2 do sen jornal rima local com u titulo de Burlesca em que se fazem referencias ao meu no- me e em que o noticiarista, aproveitando talvez algum mo- mento de bom humor se es- praia em considerações tão cheias de e>pirito, tão hilarian- tes que de certo ao lel-as nin- guém deixará de admirar a sublime verve lio auclor da local e lamentar cm frouxos de riso o estado misérrimo em que o noticiarista, vibrando athlelicamente a aftiia do redi- cnlo, deixou a reputação do si- gnatário (Testas linhas.

Li em tempo no seu jorna uma noticia relativa ao facto que. embora falso, serve ho- je de novo irara tliema de mais espraiados considerandos, d percebi logo que se pretendia behsdlf a minha humilde pes- soa1, bem como descobri en- tão o braço que me vibrava Ião quixotes-o golpe. Não corj

reji e mandei emendar a fal- sa noticia porque de ha mui- to .p»e não ligo importância a parvóiçadas. Hoje porém que se reincide na asneira pre<i-< saiu o cotreUvo, que de certo V. rA.J se apressará a appli- car, se a sua imparcialidade se não dobra a mesquinhas questões eleitoraes.

Sabe V. Kx.*, (e se o não sabe devia sabel-o, porque è obrigação de todo o redactor

ide jornal estar devidamente enformado) que é completa- mente falso o que se affirma na local que venho de indicar e, u'estas condições, não sei como classificar o procedi-

"V

««

N.« 38 Domingo, 22 de setembro de 1889 I anno

FOLHA POLITICA» UTTEHAMA E NOTICIOSA

ASSie.NATl'HAS Anno Semestre »' Trimestre

Pagamento atentado

tit 102OQ

«00 300

CANTANHEDE

Proprietário e director — M. EDIAHDO PESSOA

HKHAfr\;\o pha\!a do tíuMMfcmno Nt" 3

ANNONCIOS Cada linha 20 réis Repetições — ajuste partifUnr. Os srs. assignantes tceiii desconto.

EXPEDIENTE

A's pessoas qne receberem o Defensor do Pooo preveni- mos tie que a não devoldção do nosso jornal importa a soa assignaturà durante o tempo em que o não devolverem»

: . x

Rogamos a lodos os nossos estimáveis assignantes que mudarem de residência, o obsequio de o participarem á administração do jornal, pia ç» do Conunercio numero 8. a fim de não sotTrerem falta na remessa da nossa folha.

• A administrarão.

Finalmente!

Até que afinal sahiu o ho mem! Custou muito, é verda- de, íamos desanimando, mas conseguimos que fallasse e, assim, mais um argumento a favor da aflirmativa histórica de que a burra de Balaão também faltou. Crêinos agora piamente n'este mi'agre. L)o nosso esforço resultou um be- neficio para o concelho de Cantanhede e para a... histo- ria sagrada!

Julgámos que o orgão da opposição, ou melhor ojorgão do dr. Poiares. não se dignava responder-iios;sentitnos por is- so uma agradavel surpreza ao ler o numero de I."» do cor- rente, onde tivemos o gosto de saborear o esiylocatliedra- tico d'utn artigo do fundo, en- cimado pela citação latina: qui potest capere, capiat, dís- tico que de ha muito o dr. Poiares mandou gravar na bandeira das suas phalanges o que explica o procedimento d'elle e dos seus.

E' a divisa das suas tropas, o grito animador dos seus ca- bos tanto na lucta como na paz: qui potest cupere, capiat, — quer dizer—entenda inequem puder!

Ora sahe-se que de ha mui- to ninguém os entende e por isso o homem continua com a sua teimosa divisa.

E* renitente no mysterio, reincidente uo enigma, o ca- beçudo.

Sabe elie qtíe o povo gritá ia Ices anhos»-*»*» percebe- mos a administração loan; não âttinqitáos o alcancv das vossas medidas; não descobri mos rousa qile justifique o vos so modo de proceder, e, o pau-1 dego, quando todos julgavam que elle iria aclarar o mysUp rio, rasgar o vco ein que ha ires annos se envolvem as qoesiles municipaes, dorõá o seu primeiro artigo com a ci- tação—qui potest capei s, ca- piatl Nem ao menos—qneln quizer—è quem puder—por- que sabe que ninguém é ca paz de o entender.

E depois de teimar em nos deixar envoltos nas trevas profundas da sita logogriphica administração e de nos esmur rar o nariz com o seu—qui potest capeie, capiat, ri-se de nós, escancarando a bocca, mostrando os culfflilhos agu- çados e assigna-se — Diacla- ro. E' o cumulo da irrisão!

Mas deixemos isso e vauios ao caso.

Sahiu o homem e a demo- ra na resposta foi de certo devida ao estudo profundo a que sc entregou sobre o pre- cioso dom da palavra, que a natureza concedeu ao homem.

Sobre este vastíssimo e mi lissimo assumpto disserta sa- biamente; apprezenta princi pios, espraias* em considera çóes e chega á conclusão que deviam ser mudos os que fal- iam mal. Nós. sem lançarmos abaixo os empoeirados volu- mes das livrarias, tínhamos jã chegado um pouco mais adian- te; tínhamos reconhecido a vantagem de serem mudos os que fatiam mal e de cortai' a lingoa aos que mentem e caluinuiam.

Sobre este ponto não nos dá novidade alguma.

Diz-nos depois qne entra na lucta de sobrecasaca e lu- va branca e appresenla na frente como escudo o dr. Jo- se 1/UÍZ.

Nós gostávamos mais de o ver de peito descoberto, guan- tes de guerra e braodiudo o gladio flamejante do extermí- nio. Isto não exclui» o proce- dimento brioso, digno e cava- lheiresco e livráva-nosdo des- agradável espectáculo de vêr m» nossa frente um maricas de sobrecasaca justa, luvas apertadas do. extensa abotoa-

dnra, fazendo-nos gaifonas por traz dó abdomen do dr. José Luiz.

E' melhor sahir d'alli, por- quê o abrigo não é dos me- lhores.

Entrando rio verdadeiro as- sumpto, appresenla elle em- brulhados no seu estylo ren dilliado, como lim rebuçado d'ovos Cm papel dourado, a actual VCréação e o (Ir. José Luiz como horrtens r)ue devem ser seguidos como exemplo, e afllrmd que o poVn sé acha nadando n'ilni mdr de felici- dades, rico e illustrado e que todos os melhoramentos mo- raes c materiaes se devem ao zôlo adiniu'striltivo da actual vereação e á energiea iniciati- va do dr. José Luiz. E lasti- mando a cruenta gifrra que se faz a tão beneméritos cida- dãos, e esquecendo a aflirma- tiva que antes fizera de seguir sem descrepancia os princí- pios da moral e da civilidade, cliaina-iios - entidades de bis- cuit, calnmniadores torpes, hy pocritas repellentes, carrascos do povo, 0 diabo.

Ora, francamente, isto não é sério. Estes homens, depois de terem perdido a ultima partícula da dignidade, apa- gou-se-lhe também no cére- bro a ultima sceiílelha da ra- zão.

Quod Deus villi perdere, pri- mus dementat.

Apregoar os benefícios da actual vereação, ailirmar e in- vocar o seu zelo administrati- vo, além de ser caçoada é... nojento. Não acho termo mais proprio. ;

Que tem feito esses seis cataplasmas a favor do conce- lho de Cantanhede? Appontem os melhoramentos devidos á sua iniciativa, como nós lhe appontámos e continuaremos appontando os escândalos e desperdícios administrativos, para lhes não dar o verdadei- ro nome.

O que fez o sr. dr. José Luiz?

Pez muito, fez ludo, disem elles hoje; mas ainda ha pou- co, os homens que hoje tan- to o defendem e elevam, cla- mavam bein alio que o dr. José Luiz administrava mal e que se locupletava com o dinheiro do município. Vejam que coherencia, que brio e que caracteres!!!. - *

E nós é que somos os car- rascos (lo povo, nós éque não ternos prestigio, nem talento nós é que somos politico; d'agua doce nós é quS somos hipócritas!

' Mas appontem factos que o demonstre, vendilhões covar- des, miseráveis sugadores do sangue do povo.

Solu'e vós peza a grave res- ponsabilidade ilos morticínios das Febres e Murtede: o po vo aCousa-vos de empregar mal o dinheiro do município e de esvasiar, não se sabe pa- ra qne liiist o cofre do conce- lho: reconhece e alTirma a in-' competência de l.iber es e Salvadores pára gerir 111 con- venientemente os i cgncioslo- caes C de interesse publico; todos reconhecem que o Poia- res é um traidor e um esban- jador de dinheiros públicos; o povo iinalinenie desenrola publicamente o sudário das vossas torpezas, apponta-as e demonstra-as e vós não res- pondeis e como dtííeza sollaes sobre nós a catadupa nausea- bunda das vossas mentiras e ealamtiias!

Que defesa e que dignida- de!

Que podeis appresentar e provar que possa obscurecer 0 nosso brio o a nossa honra?

Respondam os infantes. E em quanto o não fasern

fique-se entendendo que só a eiles cabem de direito e de facto os epillieios que vomi- tam nas coluiuuas do seu jor- nal.

E como nos ameaçam com a guerra sem tregoas, embo- ra treinam de inéJo, acabou

1 em nós a repugnância de ba- ter em homem morto, e por- tanto não os pouparemos. Mostraremos em breve ao po- vo os escândalos nojentos da vida d'estes tartufos, e espera- mos qoe elle se Hão deixará illudir pe os homens que de- sabaram na lama da iufaiuia e da indignidade.

Não lhes toqueis que vos sujaesl

Em breve veremos quem vive illudflo. se é o chefe do partido progressista, ou se é

i o poilcr occulta, o antigo por- ' cocado. O povo terá em bre-

ve occasião de ver quein cum- pre o que promeite e até lá abaudonae os hypderítas e se- gui os homens debem.

Carta

Recebemos a segtiirde a qné dainos publicação:

Sr. Redactor do Defensor do Povo.

Espero dever a V. á fineza de mandar publicar n:ts colu- mnas do soo jornal a carta qiid remCtto e que na mesma da- ta envio egualmenle ao sr. re- dactor do Jornal de Cantanhe- de.

Mogofores 17 —'0 —80. Geneira d'Albuquerque.

lix."1" sr. Redactor do jornal dè Canlaiihedè

Accabo de lOr rtó n." 12 do seit jdrnal tinta local com o titulo de tíurlescò em que se fazem referencias ao meu no- me e tím que o noticiarista, aproveitando talvez algitm mo- mento de bom humor se es- praia em considerações tão Cheias de espirito, tão hilarian- tes que de certo ao lel-as nin- guém deixará de admirar a sublime vdrve ilo auctor da local e lamentar ein frouxos de riso o estado misérrimo em que o noticiarista, vibrando athleticameiite a arlfla do redP culo, deixouà reputação do si- gnatário d'estas linhas.

Li em tempo no seii jorna uma noticia relativa ao facto que, embora falso, serve ho- je de novo para tlierna de mais espraiados considerandos, 0 percebi logo qne se pretendia beliscar a minha humilde pes- soa, bem como descobri en- tão o braço qile me vibrava Ião qulxotesco golpe. Não cor- reji e mandei enfeudar a fal- sa noticia porque de ha mui- to que não ligo importância a parvoiçadas. Hoje porém que se reincide na asneira preci- sam o cofrelivo, que de certo V. Et.1 se apressará a appli- car, se a sua imparcialidade se não dobra a mesquinhas questões eleitoraes.

Sabe V. Ex.', (e se o não «abe devia safiel-o, «porque è obrigação de lodo o redactor de jornal estar devidamente' enformado) que é completa- mente falso o que se affirma na local que venho de iudicar o, n'estas condições, não sei Gomo classificar o procedi-

Page 2: iiseBicosnu - purl.ptpurl.pt/23109/4/464845_PDF/464845_PDF_24-C-R0150/464845_0000_1-4_t... · ro. K' o cumulo da irrisão! deixemos isso e vamos ao caso. Satiiu o homem e a demo-

.. © Dcfcu5ov í>ú Pouo

mérito ile V. Ex.a auctorisan- do que nas colmarias do seu jornal se appre-fintern factos (JH6 só tiveram existência na desnorteada imaginação de quem es aponta e consente que a tal pretexto se arraste â publicidade procurando en- volver no ridículo, qu-mi tem direito a sei- respeitado.

Vamos narrar delulhada- menle o que houve com rela- ção á estrada da Escumalha e fasemol-o não para confundir •o falso noticiarista, que seria dar-llie imporiancia .que não merece, mas para mais uma vez mostrar ao publica a falta de seriedade e imparcialidade com que na presente l«cla eleitoral o já antus, os homens adversos ao governo, procu- ram chamar em seu auxilio o sumario popular.

Não seria isso preciso para <]ue 0 povo formasse a sua ■opinião, lodos reconhecem ho- je que de lia muito leern sido illudidos, mas é isto mais um facto a garantir» procedimen- to faccioso da oppoiôçío.

Tendo alguém do concelho de Vagos conseguido que o governo classilirasse como districtal uma estrada que par- tindo, creio, da estrada de Mi- ra a Vagos viesse ^o extremo do concelho encontrar a es- trada p.° "D de Mira a Poia- res, próximo á escumalha, lembraram se alguns habitan- tes d'esta povoação de pedir para que se conseguisse pro- longai Irad i ale ás Fe tires e classifical-a egualmen- te como districtal até á estra- da de Cantanheile a Mira.

O individuo a quem foi fei- to o pedido, quiz saber se era elie de natureza a poder ser satisfeito «j mostrou desejo de que eu o acompanhasse em visita ao terreno para avaliar da facilidade ou difliculdade que haveria na construcção da estrada e das vantagens que adviriam do conseguimeiíio de tal uiodioramento, para, devi- damente informado, poder do- cumentar o pedido para es- tancias superiores. Fui e vi que era de extrema facilidade o desenvolvimento da diretriz é a construirão da estrada e que muito lucrariam com ella os povos da freguezia das Fe- lues e cm geral em lodo o çoBÓelbo de Cantanhede. Mais nada houve e mais nada se fez: não se li/.eram trabalhos de campo nem portanto appa- receram <>s pinheiros com len- ços servindo de bandrirollas nem a corda subatitumdo a íita métrica.

Is.-o appareceu apenas na mal informada e menus im- parcial e correcta redacção do jornal de V. Bx.\ O signatá- rio il'e.sta cana temos instru- mentos que lhe são necessá- rios ao serviço ih) seu mister e sabe como se empregam, deve estar bem certo d isso o noticiarista, visto que falia nos estudos que íiz á camará e no dinheiro que recebi por elles, parecendo qu

]ue por este lacto clle

nSo podia estudar a eslrad i da Escumalha ou outra qual- quer (10 Concelho de Canta- T.lu-de. li acrescenta que não tem culpa que eu ande fingin- do estudos e promettendo es iradas que uao laço nem pos- so laser.

Mas alguém lançou ião es- magadora culpa ás cosias do pobre noticiarista? Se alguém fez tal, andou realmente mal e desconhece as lorça? du ho- mem.

(Jue lhe lançassem as cul- pas dos morticínios de jauei- IO, O despótico e vexatório imposto das farinhas, e atra- zo do concelho e muitas ou- tras cousas d'esle paiz, isso admitlia-se porque as suas forças chegam aié ahi, mus esuiagal-o ccin O pe>o da pro- messa d'um melhoramento pa- ra os povos, é realmente fe- roz barbaridade. Esse peso não eslá iMinpreliend.du na força dinâmica dos seus mús- culos: es>a culpa e graude « é MI para mim que tingi es tudar a variante dos Covões mas cujo projecto se acha prompto e será em breve au- provado e começado a com- inar.

Para mim também a culpa de se prometter classilicn' como districtal a estrada de Vagos ás Febres e cumprir em breve, a promessa.

Sr. Redactor, do Jorn ú Cantanhede, vou terminar e é do mau dever expor a V. Ex.* o desejo que tenho de não ser envolvido em ques- tões que não sejam vevdadei ras. Não delego nem repillo a responsabilidade de qualquer acto publico que tenha prati- cado; nesse pomo, dentro d'esses limites, admitto toda a discussão e todas as sequen- cias delia; o que íiãoadinitlo porém é que se deturpem os factos, com provada inteusão, e que se queira lançar ã mi- nha conta a responsabilidade que só cabe aos que menos imparcial e dignamente appro- veilam todo o expediente que possa auxiliar OS seus inten- tos. Em casos taes não tran- sige a minha dignidade: e não duv ido mesmo e m p rega r meios, que a muitos poderão parecer menos moderados, para corrigir e laser entrar na esphera legal, os que, deseo- nhccendo-llie o raio, se atire- veui e einpiiralh-ir a dignida- de dum homem que leu) direito a ser respeitado e que eslá disposto a conservar in- tacto esse direito.

-*-

GUZEÍILH*

O Pedro Zé

No dia vinte, de tarde, Cabia o sol no horisoote, Um padre lodo lirõ, Polaioás brilhantes de monte

Paliava com enthusiasiiio Mesmo jiincto á redacção A dois homens admirados Com um aperto de mão.

Mas iudn uris admirados Ficaram i>s polires Irutos Quando o padre dntiranU) Lhes plíerecia charutos.

E n'isto o padre d -ixnu-os, Envolto em commoções, limitando i oin uiai.s dois voto* Para as pioximas eleições.

Luiz PAULO

Esteve n'é-ta villa o ex.""" sr. Tenente C-rveira d'Albil- qiierque, candidato goveflU- mental por fattí eircmo.

Chegou ha dias de Lisboa o nosso, prosado amigo e as- siguanle. Joaquim da Silvei- ra Magalhães, que lios leu a Ima nova do ter ahi visto o Iwmefii 'In pura, no mmislerio da marinha.

Acha se quasi completamen- te restabeleci la a ex."'* sr/ D. Anna Pinheiro Pessoa. Enviámos-lho as nossas felici- tações.

Saturam d'ésta villa para a praia .lo Mira o ex.'"" sr. Al- berto Serrão de Sampaio e sua ex.'u* esposa.

Kstâ ha dias incommolada da garganta , a ex.M* sr.* D. Maria Luiza PeSS/ia. Desejarnos-Uie proioptas me- lhoras.

Estão nesta vi'la de visita á ex.™ sr." I). Felicidade Per- petua de Moraes as ex.'"-1' sr."' D. Vicentina e D. Hosa de Mo- raes.

Partiu para Valle Passos, onde segundo nos consta se demorará um me/, o ex.0'0 sr. dr. Francisco J. de Medeiros, candidato governamental por aquelle circulo.

Esteve hospedada em cisa de sua irmã. 1>. Ignez Pessoa, a ex.""1 sr,* D. Emitia Pessoa, da Pocariça.

iiseBicosnu DE CWmiLDK

E exiraorduiarumenleadmi- rável ,i suisihilidade do ex."-" ,r, dr. Poiares e da ill."" e PX.'"" redacção Oo "Jornal de Caii!anh<- le. • quindo o cor- respondente do «Correio da Figueira» noticia qualquerC>à: sa sobre a ad lúnisi ração dos bens da Misericórdia da villa de Cantanhede. l)òem-se co- mo se Uni loca-s-ui em feri ilas oc.cullas qor o cures- po idente não vê, nem deseji ver.

Accusiiu-no de dirigir aos inesanos da Saneia Casa in- sinuações mpislas. quando so- mente expõe factos verdadei- ros e que não po lem contes- tar.

() convsjiondeiite do Cor- reio da >'/;///'•/'■•( mi uca leve em viMd IH •lindrar, deseou- ceituar ou m indiar a honra

I dos mesarios da Sanela Mise- ricórdia que eslá a>sás pro- vada, de que nin«uem duvi- da e que elh- iiiuito conside- ra e respeila; não pretende deslliroual-os. liem lhe impor- ta, porque não aspira ueiu p i- ih aspirar á superintendência de tão ai WS cargos. Quando escreve as suasc 'ire.-pondeo- cias, diz o que sabe e o fii lhe consta, sem preconi nem sugaesiõ '.s. P >rque e in- tciraniente hvie, uii ■ -i deixa influenciar por musas como presumem; | - i| <e tem sido. e e será *ein| perior a to.tas essas misérias dos poiiticões antigos e mo- dernos. .Viiina palavra O ror- respondenm do «Correio da Figueira só escreve uni.,,a e exclusivamente para satisfazer ao pedido de um amgo que muito presa,

Não relevaram que seguin- do a opinião pob iça" e de al- guns lioiiJns .onpetelites, não se conformasse com a escolha da cere do convento de Santo António para edldoa- ção do hospital do leaado de [). João, que >ó depois soube ter sido feita por peritos e#o CUIKIUIH urkin.

Pois muito embora fosse aquelle local approvado p.r perito* e por homens os mu» illustrados, conforma as indi- cações dos que, assim o dese- javam, não sabemos i> espeía- nios ainda hoje lios oxph jueih couio possível a desiiifecjãj da parte norte, oceupada pe- lo cemitério da villa, ou le es- tão sepultados milhares tio corpos onde aindi h >je se continua a Sepultai'.

Como pois caiu por terra isto a qile chamam insinuação'?

Se quiséssemos laser cen- suras, conliuuariauios a cla- mar contra a deliberação to- mada d ■■ ali, juneto ao Hospi- tal, estabelecerem as es-olas de fraucez e latim tendo para Uso casas dentro da villa, pertencentes ao mesmo I -«a- do, casas qa« seappropri iriam facilmente e sem maiores despezas.

n'a jilella deliberação uma IV'- saiilo inconveiiiimcia? Se as

'juein não vê clarauMiile escolas fossem de cirunga |iralii'a. vá: mas escoi.s.iu Iran-cezelatiu^em um t-dili io, on.le coisiauteiiient.í ilrívc ha- ver eiiferm is e in.ntas vazes de moléstias coitagiosas; o i- dií só echoauí os «utos alia- ct.vos dosope''a los. o-Iam »,- t »s e esin-tonlos niorili ui I é ina Imissivel. E depois qu» ilibam pi.; sã leusiiiu.çjiesquj dirigiui is e ná i a fran a cx- posiçá p do .pie senliuios.

vamos u u.lima iiisinuaçã ■, a mus liv..-ra e que dimcalor á redaiçãi) d i Jornal ile Cm- lanli-itc a quem não lemos a h.iiia ile conhecer nem sahe- III '.s onde m ira, pira pei.oal- iiiente lhe agradecermos os encómios ik que não MUUOS digno.

Porque dissem is que al- guns mesarios, por descou* tentes, deixaram de ro«upare- cer a al^u IHS sessões H IJUO esperávamos que o «Jornal de ti.tu anli.-dei n..s trouxes- se á publicidade a liquidação da herança deixada peloaree- bi.spo D Joã i, viram logo uma insinuação mordente. Cousa admirável!...

Não negam, 'omfessam que o sr. Maihias Duarte faltou a duas sessões e atribuíam e.-- Us f.dtas a cousas wjtttítu. Hoje ilevem e.>tar satisfeito»,

::!!lle senti- r Ma- Lhias já declarou que lalura por motivos, não nojento*, mas muito justlliCados, sem desço i>ideraçá.i da uiesa.

Folgu com isso. Não pp>SQ pOièjUI deixardo

certili;ar o que ouvi com os meus próprios ouvidos.

O sr. Matinas Duarte e não só elle. m is lambem mais al- guns .|..s irmãos da Sineta Ga- aa estavam mu pouco descou- i.-nles CUIII a mesa por falta d.: explicações e linhaiii feito prooosto de uianilo4ar este de»c nloutameiílo cóm a sua au.-encia. Vem depois a In/., diss param-se as trevas, e da- das explicações eil-os salts- leims.

Por uVimo uma declaração. >ão no, façam tão mau

que pretendamos levar os actuaes mesarios da Miseri- córdia para a Af.ica ou para a Peii lendária. Isso pertence aos Iribiiua.is competentes, quando os mesarios são dela- indadores dos legados hum.i- iiilarios.

o mestre-uscola Joaquim pessoa du fooseca.

Presa de Mira

No dia IS de Setembro rea- lisou-sc na Presa de Mira uma pomposa lesta, em honra de ò". Miguel.

Um grande numero de fo- rasteiros Foi assistir á es>a fesl i tão cheia iTeuthusia

Na \ espera, á noite, tillavam no espaço as iii... - cures do logo preso, h.

Defensor t>o |Joiio

mento de V. fix." auctorisan- tlo ijiie nas eoluinrias do seu jornal se appreseníem factos que só tiveram existência na desnorteada imaginação de quem os aponta e consente que a tal pretexto se arraste á publicidade procurando en- volver no ridículo, quem teiu direito a ser respeitado.

Vamos narrar detalhada- mente o que houve com rela- ção á estrada da Escumalha e fasemol-o não para confundir o falso noticiarista, que seria dar-ltie importância .que uão merece, mas para mais uma vez mostrar ao publico a falta de seriedade e imparcialidade com que na presente kicta eleitoral e já antvs, os homens adversos ao governo, procu- ram chamar em seu auxilio o suíTragio popular.

Não seria isso preciso para que o povo formasse a sua opinião, -lodos reconhecem ho- je que de lia muito teem sido illudidos, mas é isto mais uin faoto a garantir o procedimen- to faccioso da oppoáçio.

Tendo alguém do concelho de Vagos conseguido que o governo classificasse como distriotal uma estrada que par- tindo, creio, da estrada de Mi- ra a Vagos viesse ao extremo do concelho encontrar a es- trada n.° 73 de Mira a Poia- res, proximo ã Escumalha, leiubraram-se alguns habitan- tes d'esta povoação de pedir para que se conseguisse pro- longar essa estrada até ás Fe- bres e classiíical-a egualmen- te como districtai até á estra- da de Cantanhede a Mira.

O individuo a quem foi fei- to o pedido, quiz saber se era elie de natureza a poder ser satisfeito e mostrou desejo de que eu o acompanhasse em visita ao terreno para avaliar da facilidade ou dilíiculdai|a que haveria na construcção da estrada e das vantagens que adviriam do conseguimento de tal melhoramento, para, devi- damente informado, poder do- cumentar o pedido para es- tancias superiores. Fui e vi que era de extrema facilidade o desenvolvimento da diretriz e a construcção da estrada e que muito lucrariam com elta os povos da freguezia das Fe- bres e em geral cm todo o concelho de Cantanhede. Mais nada houve e mais nada se fez; não se fizeram trabalhos de campo nem portanto appa- reeeram os pinheiros com len- ços servindo de bantleírollas nem a corda substituindo a lita métrica.

Isso appareceu apenas na mal informada e menos im- parcial e correcta redacção do jornal de V. Ex.1. O signatá- rio d esta carta tem os insiru- nieulos que lhe são necessá- rios ao serviço do seu mister e sabe como se empregam, deve estar bem certo d isso o noticiarista, visto que falia nos estudos que fiz á câmara e no dinheiro que recebi por elles, parecendo querer mos- trar que por este lacto cite

nSo podia estudar a eslrail i da Escumalha ou outra qual- quer no concelho de Canta- nhede. E acrescenta que não tem culpa que eu ande tingin- do estudos e promettendo es iradas que uao laço nem pas- so faser.

Mas alguém lançou tão es- magadora culpa ás cosias do pobre noticiarista? Se alguém fez tal, anilou realmente uial e -desconhece as torças- do lio- rnein.

Que lhe lançassem as cul- pas dos morticínios de janei- 10, o despótico e vexatório imposto das farinhas, e alra- zo do concelho e muitas ou- tras cousas d este paiz, isso admitiia-se porque as suas forças chegam aié alii, mas esuiugal-o cuiu o peso da pro- messa d'um melhoramento pa- ra os povos, é realmente fe- roz barbaridade. Esse peso não está comprehend.do na força diuumiea dos seus mús- culos; essa culpa é grande e è só para mim que lingi es- tudar a variante dos Covões inas cujo projecto se acha prompto e será em breve ap- provadu e começado a cons- truir.

Para mim também a culpa de se promeltor classified- como districtai a estrada de Vagos ás Febres e cumprir em breve a promessa.

Sr. Redactor, do Jornal 4' Cantanhede, vou terminar e é do meu dever expôr a V. Ex." o desejo que tenho de uáo ser envolvido em ques- tões que não sejam verdadei- ras. Não delego nem repillo a responsabilidade de qualquer acto publico que lenha prati- cado; u'esse pemo, dentro d'esses limites, admilto toda a discussão e todas as sequen- cias d'ella; o que nãoadmitto porém é que se deturpem os factos, com provada iulensão, e que se queira lançar a mi- nha conta a responsabilidade que sò cabe aos que menos imparcial e dignamente appro- veitam todo o expediente que possa auxiliar os seus inten- tos. Em casos taes não tran- sige a minha dignidade; e não duvido mesmo empregar meios, que a muitos poderão parecer menos moderados, para corrigir e faser entrar na espliera legal, os que, desco- nhecendo-lhe o raio, se atire- vem e emporcalhar a dignida- de d'uni homem que tem direito a ser icspeitado e que eslá disposto a conservar in- tacto esse direito.

GSZEíILHt

O Pedro Zé

No dia vinte, de tarde, Cahia o sol no horisonte, Um padre lodo lirò, Polainas brilhantes de monte

Faltava com eiitlinsiasino Mesmo juncto á redacção A dois homens admirados Com um aperto de mão.

Mas inda m*is admirados Ficaram os polires brutos Quando o padre (Mirante Lhes pllereci.t tharu'.os.

E u'isto o padre d -ixmi-os, Envolto eui eommoções, Conlando com mais d"is votos Paru as próximas eleições.

Luiz 1'aui.o

A NOSSA fiAtiTEMA,

Esteve n'é-ta villa o ex.1UB

sr. Teiiente Orvewa d'Albu- qtierque, candidato governa- mental por este citcuio.

Chegou ha dias de Lisboa o nosso prosado amigo e as- sigiianlê, Joaquim da Silvei- la Magalhães, que nus leu a lioa nova do ter alii visto o human da peru, no ministério da marinha.

Arlia se quasi completamen- te restabelecida a ex.'"1 sr.1 L). Anna Pinheiro Pessoa. Envjâmos-lhe as nossas felici- tações.

Sahiram d esta villa para a praia dc Mira o ex.'"" sr. Al- berto Serrão de Sampaio e sua ex.'"1 esposa.

Eslá ha dias incnmmolada da garganta , a ex.B1 sr.1 I). Maria Luiza Pessoa. Desejamus-llie proinptas me- lhoras.

Estão n'c4a vi'la dc visita á ex.'"1 sr.1 I). Felicidade Per- petua de Moraes as ex.'"1' Sr.1' L). Viceulina e D. ltosa de .Mo- raes.

Partiu para Valle Passos, oude segundo nos consta se demorará uni iiiez o ex.""1 sr. dr. Francisco J. de Medeiros, candidato governamental por aquelle circulo.

Esteve hospedada em casa de sua irmã. D- Ignez Pessoa, a ex.'ul sr,1 D. Emitia Pessoa, da Pocariça.

o» i:\NT l\II.;Í)K

E exiraonliiiariimenteadmi- rável a f nsihilidade do sr. dr. Poiares e da ill.1"1 e t-x.."'1 redacção do «Jornal da Canianlie le,» quando o cor- respondeiiie do «Correio da Figueira» noticia qualquer Coi- sa sobre a ad iiiuis"ração dos bens da Misericórdia «la villa de Cantanhede. Dòem-se co- mo se lhe loca>sein em Mi das ocoiillas quç ;i ç irres- poiídente uão vè, nem deseji ver.

Acciisam-no ile dirjgir aos inesanos da Saneia Casa in- sinuações injustas, quando so- mente expõe factos verdadei- ros e que não poJom contes- tar.

() correspondente do Cor- reio da fhpvira nunca teve em vista m dindrar, descou- reiltiur ou m urchar a honra dos mesa rios da Saneia Mise- ricórdia que eslá assás ino- vada, de que ninguém duvi- da e que elle milito conside- ra e respeita; não pretende destbroiial-os, nem lhe impor- ta. porque não as|iira nem po- de aspirar á superintendência ile tão altos cargos. Quando escreve as suas correspondên- cias, diz o que salte e o qua lhe con «la, som preconceitos nem suggesiõ is. P -rque è in- teiramente livie, não se deixa influenciar por coisas nnjeui is couto presumem; p és q ie tem sido. é e será sempre su- perior a todas essas luisenas dos politicoes antigos e mo- dernos. N uma palavra o cor- respoiíileiue do «Correio da Figueira sõ escreve uni-,a e exclusivamente para satisfazer ao pedido de IIill anrgo que muito prèsa.

Não relevaram que sexuin- do a Opinião [mb ica e de al- guns honiéiis competentes, uão se conformasse coin a escolha da cero do convénio de Santo Antonio para edifica- ção (lo hospital do legado de, L). João, que sò depois soube ter sido feita por peritos e se- cundum urtem.

Pois inuito embora fosse aqueile local apjfrovado p-ir peiitos e por homens os mus nfástradós, conforme, as indi- cações dos que, assim o dese- javam. uão sabeums u espera- mos ainda liojeiios Oxíili juem como possível a desinfecjãj da parte norte, oceupada pe- lo cemitério da villa, oude es- tão sepuhailos miliums de corpos oude aind i h 'je se continua a sepultar.

Como pois caiu por terra isto a que chamam insinuação?

Se quiséssemos laser cen- suras, continuaríamos a cla- mar contra a deliberação to- mada di ali, juncto ao Hospi- tal, estabelecerem as es tuas de fraucez e latim tendo para Uso casa> dentro da villa, pertencentes ao mesmo I -ga- do, casas que seajipropri «riam facilmente e sem maiores despezas.

n'a jiiella deliberação nina fr .«anle inconveniência? Se as

Queiu não vè claramente escolas fossem de oirunga pratica, vá; mas escol «s iie fraivcezèlatiuqein mu edili-io, Onde constantemente deve ha- ver euferin is e mudas vezes de moléstias contagiosas; o i- de sò echoain os gulos aíT.i- ctiVos dos opera los. o- Iam m.- t is e estrelor dos iiioribuudos: é ina Imissivel. E depois qui digam que sã i qiisinu «çõe» 'jus dirigimos e mi i a franca ex- posição do iJTm sentimos.

vamos a mlmia iiisinuaçf, -, a mais fresca e (pie deu calor á redacção do Jornal de Con- lault 'di' a quem não temos a li-.ma d(! coniiecur nem sabe- in >.■> oude tn ira. p ira pea .oal- meiíte lhe agradecermos os eqcomios da que uão amuos digno.

Porque dissem is que al- guns mesurios, por deseou* tentes, deixaram de cojipare- cer a algu lias sessões e que esperávamos que o «Jornal de (fim aiilieite* m>s trouxes- se á publicidade a liquidação da herança deixada pelo arce- bispo D João, viram logo uma insinuação mordente. Cousa admirável!...

Não negam, eouifessam que o sr. Malhias Duarte íaliuu a duas sessões c atribuíam es- tas f.dtas a cousas nojentas. Iloje devem estar satisfeito-, por que aquelle senlu-r Ma- tinas já declarou que labora por motivos, não nojento•, mas muito justificados, sem desço isideração da mead.

Folgo com isso. Não posso poièni deixardo

certjfi ;ar o que ouvi com os uieus próprios ouvidos.

O sr. Malmas Duarte enão sò elle, m is lambeu) mais al- guns dos irmãos da Sineta Ca- sa estavam mu pouco descon- teiilcs cum a mesa por falta de explicações e Unham feito pcoposdo de manifestar rislo desC' iitciilaiiieiilo còm a sua ausência.' Vem depois a luz, dissqwrain-.se as trevas, e da- das explicações eil-os salts- lei los.

Por uj/iiiKi uma declaração. Não nor façam tão maú

que pretendamos levar os aotuaes uiesarios da Miseri- córdia para a Africa ou para a Pen leiiciai ia. Isso pertence aos tribiinaes competentes, quando os uiesarios são dela- njdadores dos legados huma- nitários.

o liiestre-uscola joaquim pessoa da fotiseca.

Presa dc Sir»

No dia 13 de Setembro rea- lisou se na Presa deMiraiiina pomposa lesta, eui honra de ò\ MlgUrl.

Um grande numero de fo- rasteiros foi assistir á es>a lesta tão cheia d'eutliiisia-uiiu.

Na iespera, á noite, scin- tilla vam no espaço as iiiagi- - cores do togo preso, fabrica-

Page 3: iiseBicosnu - purl.ptpurl.pt/23109/4/464845_PDF/464845_PDF_24-C-R0150/464845_0000_1-4_t... · ro. K' o cumulo da irrisão! deixemos isso e vamos ao caso. Satiiu o homem e a demo-

(D defensou ho \)aú

do por dois habeispyroteclmi- cos.

Elevaram-se até aos astros grande, numero de fogueies de admiráveis e variadíssimas cores; e a famosa philanumi- ca—KeslauraÇáo de.Canbmhe,- tle—ia deleitando suavemente os ouvintes, espalhando a har- monia das melodiosas peças do seu escolhido e tão agra- dável reportório.

No dia seguinte houve missa rantada a grande insirirue >- tal ipie começou pelas 1 i ho- ras da manhã e sermão pre- gado pelo rovd.D'° Barreto.

\IM10S

Tem subido ultimamente o r>ren> dos vinhos.

As ultimas transacções que se tem realisado lêem sido efleeluadas ao preço de UOO a 1000 rs. por ti. litros.

Esistem ainda em Canta- nhede vinhos para vender, nas adegas dos seguintes pro- prietários.

Manoel Pessoa Alves da Fonseca, Joaquim da Silveira Magalhães. 13. lgne* Pessoa, Joaquim Kiheiro Dias da Cos- ta, Jusé C Mo de Sá IVrci- ra, Joào Duarte do* Heis. Jo

irrido Grande e Mauoe Eduardo Pessoa.

Continuaremos dando a re- dos proprietário, <|«e

ainda lêem vinhos nas outras povoações d'esle concelho.

Praia de Mira

0OUCO olhavam socegadas a va«lelão silenciosa das aguas, ja eram desamarradas eanda, vam i % ira a rogar, a correr man-a.neiite á flor da agua.

UIKI barra de pesca sobre- sahia entre estas. Era guiada por uma dama elegante, d <>- prelo varonil e extrem-inen/e formosa que mostrava hem cla- ramente o seu ardil piscalono. ao atirar ás aguas a rede quo Sobraçava.

A's \ horas ba tardeja es- tendiam nos tabuleiros do arei- aTdentro do elegante pavilhão, as brancas toalhas de hnho, onde em breve começaram de espalhar os manjares appetno- sos. . .

V. depois den-se principio ao aíegre pic-nic.

Nos lábios asselinados das damas, n'essas almas feitas de lu/. e esperança, anilavam a b/iar uns sorrisos..... • • • umocHUies como OS beijos das creanças.

l.evanlaram-se no meio do pic-nic grandes ItoW/wefs de brindas, lerminando por dan- ças de. roda.

|>ou o depois arribaram â praia os banhistas, reuiiirain- -se na assemhlca omh- se dan çou animadamente até às 3

ras da manhã.

p.vn.o Lm

PIC-MC

Quanta saudade, que sau- dade immensa estará implan- tada no coração d'aquelles que sentiram as commoções vio- lentas ilalegria, perfumadas d'enthusiasmo mas d*e.*Se en- thusias-mo ardente, do pic-wc que no dia l de setembro se realisou no *reão, a uma pe- quena distancia da praia de Mira!

Quem ha abi que nao sinta esse gosto awirrjo d'infelizes'!

Eu ouso aflirmar que nin- guém.

A's f l horas da ninhã do dia Ki de setembro, era de ver a alegria com que os banhistas, arremessando alé aos astros umas canções d'amor, umas umas canções Mea es, esses po- emas bebidos na lu/. dum só oliiar, unham a descer da praí- a alé encontrarem bem perto a rsta';;t<> do eaniinho de feno onde ÁS espeiava o combnyo pue c^via de transportai us ao formoso Areão,

Clregadbs ahi erçtireram um grande pavilhão de lona no meio d'es« pfetjUPfTO Sahaiá. um como que oásis que d'um lado fftava a lueta da va- ga i outra a vaga-, e do outro olhava a tranquilhdade ame- na e doce das aguas mansas d uma lagoa vasta.

As barcas que, ainda ha '

Carta do Aoastazio desCortkj&s HO seu compadre Zé lolo\ia

Compadre Zé Ainda estou mei•• azabum-

bado por causa da leitura da- tua caria.

0" compadre, pois por es- ses sítios também ha gente que lenha ma Imgua? sempre ilizem cada aquella... por causa das inleições são capa- zes de inveniar o demo.

0 lai M ireia pelo que ve- jo é levadmho da breca, e com a pena dos outros pare- ce um doitor. Mas d'es*a ma- neira não leva de serto ;a agua ao seu moinho.

Oneres saber, compadre, estive tresanl'oniem com o João Nabiçi e o meu primo Ambrozio, econtaram-me que ouviram ler a tal gazela ao Zé, o da carreira, que c um grande letrad v, e. que elle to- do enthusiasmado, ?ubinlo a um esrabello depois de, lin- dar a leitura disse; senhores este humem cujo nome vem aqui muito bem repimpado u'esie papel é 'im benemérito que bem merece da pátria, v.. , das batatas.

Um cidadão qie se |õee.m tampo a combater pela ins- irucção e tenta reduzir a cin- za, pé, leira e nada, os seus inimigos c * da instriicçân, deve ser collocado a to, tbuito alio-, (nos orafflbos da lua talvez) para que todo» con- templem e adeinireiu esse pa- latlÚV»,— embora já curvado ao peso dos ânuos-que co- mo os antigos cava heiros i|U6 iam combater cm jusfas e lor-

I nuiiis | ela dama dos seu- I autores, lambem comuite pe-

la dama dos seus pensamen- los quee a jnsirucção. R lam- bi m para que as gerações lu luras ao ronlemplal-O possam dizer como o gráiiJe g neral: lã n'essas alturas millieiila sé- culos vos cointemplam.

Senhores; este homem me- rece a apotlieóose dos seus concidadãos. A pátria agrede- cida deve armar lhe o peno com a medalha que acaba de enar-se para os beneméritos da instrucção.

Us seus coterraneos devem erigir-lhe uma estatua para perpetuar a memoria de tão utd como denodado campeão, e lambem para estimulo dos que vierem ;| 'im do ":i! stí" guirem o exemplo. Mãos á obra, meus senhores, e des- de já proinetto por a disposi- ção de ião grandiosa empre/a todo o meu estabelecimento de fato feito e por faser. D s- se. (.Muitos erepetiidosapou- dos, >eudo o orador cumpri- mentado pelos seus nuiueio- Mssimos amigos.)

E quo te parece-, ó compa- dre, assim é quee íallar. em?

Não julgues que e isto cha- laça e que estou a levaracoi 8» para U ridículo, bem sabes que isso só se faz aos coitos que se querem enfeitar com a* penas do pswâo, ou ao.> maluquinho» que dizem babo- seiras.

Vai-me contando o que fo- res sabendo que eu faço o mesmo, pois acho muita gra- ça a Imo isto.

Não quero acabar sem te, agradecer as tuas amabilida- des, mas que não mereço.

A comadre e os cacuopos vão indo como Deus é servi- do, e ludo o mais ã propor- ção.

Teu compadre e amiga ANASTAZIO nos Cotmçx».

AO POVO 110 CONCELHO

l)E CANTANHEDE Chega qua.i a ter graça, mas afinal não pa.*sa oV. ser _ape-

nas mulo ridícula a comedia, que,todos os dias por ahi re- filam uns sujeitos.que pniem' Votos a f.ivoi' da cama-

rá, que eslá e contra o candidato do1 goTerno. bisem ente» iuiinceuiè» em »lWs btírros— nds pedimos pa-

ra o dr. losé Luiz. quem pede [iara o Poiares são eilus... é o Carlos Magalhães - são os Trotas, das febres-é o Kè- pas e o Joaquim Gomes, da Tocha - é o HaiuH Maria Ca- lisió, de Mira - S o José Eeri-uano e filhos, da Pocariça é o José Maria Pessoa e lo los os irmão* - é o Vigário da Cadima e 0 Vigarid daTooha - é o João Pinto e ar: Urito de Cantanhede - são os Pessoas, de Cantanhede e o padro Cruz dos Covões e omro.-!.!. . .

São ou não un> alhos estes figuro ;s? Não os quero desu/eulir. mas não posso resistir á ten-

tação de ap|)oular o nome de todos ou qaasi UKIJS os que disem pedir votos para o dr. José Luiz.

Ahi \ão os IU3ÍS conhecidos: O compadre Leitão, de ti .lho - o 7.1 Liberal, daHoficai

o José Maria Neto, do Forni» -o António Maria - o Alber- to Ribeiro-o Padre Cruz(de CaVilanhede não êo dos Co- vões) o António Estarreja - o .\fmeira, de lialças (u lacrimo- so) - 0 José Forte - o 15 ilro - 0 Fe hriCO - o M irçal - 0 Fer- reira (da iioL.ca; - o Cu-li e o C4rdita< de Cadima - o Gui- lherme (do A|>eadoiro de Lmnler - 0 Ahitiiili (da lójai - o a;iii.'o Stltador - o \íaç mico (InrtViíird da Pri»u). !!! !!.'!!!!!:!.'!!!!!!!.'!!!!!.'!:t!!!!!!!!!.'!!!!!!!!!?!!i!l!!!!!.'!!!!!!!!!!!.'!!!!!

Couliecem Ioda »sto tropa fandanga?.. . Será para u dr. José Luiz ou pura o Poiares,qiíe pedenf? Depois d'adivinliar tomem o peso a lo' «. Cólif-

parem os últimos com os primeiros

íiiHSlÉ llua 8 de Maio—Cantanhede

António Laranjeiro participa aos se.i- amigos em parti- cular e ao publico em geral, que é 0 único representante nu concelho de Cantaiihedi da celebre e acreditada aclu- na Memoria, qus vende pelos preços rigor amento egnaes aos de Lisboa, Porto e Coimbra, pedliu' ■ aos sr. compradores visitem o seu estabelecimento antes de com- prarem outra machina.

Vendas a prestações semanaes e mensaes e a prompto pagamento com grandes descontos. .—Ensino e concertos grátis.

Grande s ir ti 1) J'al^jdõ;s, agulhas, turçies e poças soltas. (tiuj

ENVELOPES CARIMBADOS H» lypogralna d i Detentor

do 1'OCO vendem se -mvelopes carimbados pelos p.eços se- guintes:

Sobrescripto e impreuo 1:1 K)0 i:uua rs.

500.... rs. 1:100 :00.... rs. *KX) _

SAB0AR1Â A VAPOR Á ESTRELA

UE

A- R. LORGES DA CUNHA 8:t8-LL'AD3FHELV0-8U

(Contíguo a estação do cami- nho ue ferro em Campanha)

eoitro l-'„-ta estabelecimento indus- trial 0 mais bem montado pos- sível, executa promptomeirto hida e qualquer oneommeBoa a prato de 00 diaft faiwudo bons descontos a prompto çaé- gastent».

Agente em Cantanheoe' Jaào Oiirriíb (irande

Rosi Anilina dapieddc GIUKMIVCS

41 llua Fernandes fhomaz 47 COIJÍHIIA

IMOISIA LISDOMtNSE

Exetutá pelos mais recen- tes ligurilios fraiHHJSes e hes- panhoes, v«*tidos manlelet s chapéus para senhoras crean- ças responsabilis^iioo Se pelo bom go-to e acabamento das obras para o que. len; pessoal .le Lisboa competentemente habilitado. Toma Conta de en- comendas para as província-.

(H0.T)

I Vciidem-sc pipas

José Feleciano Pessoa & ' Filhos, vendem pipas vazias

a preço convidativo, podendo dispor de qualquer quantida- de. (*«)

PESSOA A FILHOS

RELOJOARIA

Thomé Comes Leite ' t0M LOJA DK RELOJOABIA

eiu

Reeponsabilisa-se p»»r qual- qtier concerto relativo a .-na ar- te e também consliue relógios f

para torres. j Acba-se e;n casa: do sr.

5*guel Leito Bra-a. C*-°) i

VENDA DE CASA Veiide-se a casa peitencen-

te a Joaquim TwudadB e qui; ,. hai,nada pelo »r. Benedicto G'i i

(Juem preteuder compral-al diriia-Sc ao seu proprietá- rio. («)

BILHETES DE VISITA Na ivpograplda d'e#te jor-

nal fa/.emse rapidarriente bi- íieles ô*e visita.

Carlão d» lufo, branco, de côr. marphlm, Brí tol, etc.

\W bithites SOO a 800 rs. ;;„ , itlOa.MHlrs. •:, 1 iO a 300 rtf.

\

© defensor bu Patf

do por dois habeispyrutecliui- cos.

Elevaram-se nlé aos astros grande numero de foguètcjs de admiráveis e variadíssimas cores; e a famosa pliliarnvmi- ca—Restauração de Cantanlie- de—ia deleitando suavemente os ouvintes, espalhando a har- monia das melodiosas peças do seu escolhido e ião agra- dável reporiono.

No dia seguinte houve missa cantada a grande iiistrirne »- tal que começou pelas 1 i ho- ras da manhi e sermão pre- gado pelo revd.n,° Barreto.

VINHOS

Tem subido ultimamente o preço dos vinhos.

As ultimas transacções que se tem realisado teem sido effectuadas ao preço de DOO a 11)00 rs. por 22 litros.

Existem ainda em Canta- nhede vinhos para vender, nas adegas dos seguintes pro- prietários,

Manoel Pessoa Alves da Fonseca, Joaquim da Silveira Magalhães. 1). lgnez Pessoa, Joaquim Ribeiro Dias da Cos- ta, Jusé Candido de Sã Perei- ra, João Duarte do* Beis, Jo- sé Garrido Grande e Maóoe Eduardo Pessoa.

Continuaremos dando a re- lação dos proprietários que ainda teem vinhos nas outras povoações d'esle concelho.

pouco Olhavam socegadas a va-tidão silenciosa das aguas, ja eram desamarradas e anila, vam i g ira a vogar, a correr maivameulc à flor da agua.

Unia barca de pesca sobre- sabia enlrò estas. Era guiada por uma dama elegante, d'as- pecto varonil e extremamente formosa que mostrava bem cla- ramente o seu ardil piscatório, ao atirar ãs aguas a rede quo sobraçava.

A's 4 horas ha tarde ja es- tendiam lios taboleiros de arei- a, denlio do elegante pavilhão, as brancas toalhas de linho, onde em breve começaram de espalhãr os manjares appetno- sos. . . .

E depois deu-se principio ao alegre pic-nic.

Nos lábios assetinados das damas, n'essas almas feilas de lu/. e esperança, andavam a boiar uns sorrisos uinoceutea como os beijos das creanças. .

Levantaram-sc no meto do pic-nic grandes bowjuels de brindas; terminando por dan- ças de. roda.

Poli 'O depois arribaram a praia os banhistas, reuiiirain- -se na asseinlilèa onde se dan çou animadamente até ãs d horas da manhã.

Pai"no Luiz

Carla doAuaslazio dosCortiços »o sou ctiuipadrc Zé Colotia

Praia de Mira

PIC-NIC

Quanta saudade, que sati dade iinmensa estará implan t.ida no coração d'aquelles que sentiram as commoções vio- lentas dalegria, perfumadas d'enthusiasmo mas d'esse en- thusiasmo ardente, do picnic que no dia l • de seteinhro se realisou no ^íreão, a uma pe- quena distancia da praia de Mira!

Quem ha ahi que não sinta esse gosto amor go d'infelizes'!

Eu ouso afíirmar que nin- guém.

A's H horas da mnliã do dia 15 de setembro, era de ver a alegria com que os banhistas, arremessando alé aos astros umas cancões d'amnr, amas umas canções idea es, esses po- emas bebidos Da lu/. u'uin só olhar, vinham a descer da pi ar- a até encontrarem bem perto a estação do eaminlio de ferro Onde os espeiava o ooniboyo pue devia de transportai os ao formoso Areiio;

Cliegadbs ahi ergueram »in grande pavilhão de lona nu meio d'es«s pequeno Sahará. um como que oasis que d'uin lado filava a lucta da va- ga .outra a vaga-, e do outro olhava a traiiqnilhdade ame- na e doce das aguas mansas d'lima lagoa vasta.

As barcas que, aiuda ha

Compadre Zé Ainda estou uiei» azabum-

lado por causa da leitura da' lua carta.

O" compadre, pois por es- ses sitios também lia gente que tenha má língua? sempre dizem cada aquella... por causa das inleições são capa- zes «le inventar o demo.

O tal M 'i-ein pelo que ve- jo è levailinlio da bréca, e com a pena dos outros pare- ce um doitor. Mas d'essa ma- neira não leva dó serto Ja agua ao seu moinho.

Queres saber, c> mpadre, estive iresant'onteni coin o João Nabiça e o meu primo Ainbrozio, e contaraiu-me qua ouviram ler a lai gazeta ao Zé, o da carreira, que é um grande letrado-, e. que elle to- do enthusiasmado, subindo a um escabello depois do lin- dar a leitura disse; senhores este homem cujo nome vem aqui muito bem repimpado neste papel é um benemérito que bem merece da patria, e.., das balatas.

Um cidadão que se põe em tampo a combater pela ins- trucção e tenta reduzir a cin- za, pó. terra e nada, os seus inimigos e os da iintrucçan, deve ser collocado a to, muito alio, (nos oruinlios da lua talvez) para que todo» con- templem e adtíinirein esse pa- ladin»,—embora já curvado ao peso dos annus— flue co- mo os antigos cavalheiros que iam combater cm justas e lor-

I rieids | feia dama dos seu* I amores, lambem òomhate pe-

la dama dos seus pensamen- tos quo o a iustriicção. K taui- bi in para que as gerações fu- turas ao contemplal-o possam dizer corno o gráiide g neral: lá n'essas alturas milhenla sé- culos vos romtemplain.

Senhores; este homem me- rece a apotbéóoso dos seus concidadãos. A patria agrede- cida deve armar-llie o peito com a medalha que acaba de criar-se para os beneméritos da iusii ucção.

Os seus coterraneo» devem erigir-lhe uma estatua para perpetuar a memoria de tão ubl como denodado campeão, e também para estimulo dos que vierem a lim de lhe se- guirem o exemplo. Mãos á obra, meus senhores, e des- de já proinetto por a disposi- ção de ião grandiosa empreza todo o meu estabelecimento de fato feito t' por faser. D s- se. (Mudos e repetlidos apoia- dos, seudo o orador cumpri- mentado pelos seus numero- síssimos amigos.)

E quo le parece, ó compa- dre. assim é quee faliar. em?

Não julgues que é isto cha- laça e que estou a levar a coi- sa para o ridículo, bem sabes que isso só se faz aos cor . os que se querem enfeitar com a« peuas do pavão, ou ao.* maluqmnlios que dizeiu babu- suiras.

Vai-me contando o que fo- res sabendo que eu faço o luestno, pois acho muita gra- ça a Im o isto.

Não quero acabar sein te agradecer as tuas umabtlida- des, mas que não mereço.

A comadre e os cacnopns vão indo como Deds é servi- do, e tudo o mais ã propor- ção.

Teu compadre e amiga Anastazio nos Conriços.

AO POVO 110 CONCELHO

DE CANTANHEDE

Chega qua.i a ter graça, rfiás atinai não pa?sa «iê ser ape- nas mu to ridícula a coinedf*. que,todos os dias por ahi re- preseiilam uns sujeitos.que pedéfíf votos a favor da Cama- ra,. (|ue esta e contra o candidato d</ goternd.

frisem estes iunaceniei em allOs llérrds — ruis pedimos pa- ra o dr. losé Luiz, quem pede para o Boiares são eiles... é o Carlos Magalhães-são os Frotas, das Febres-èo Re- pas e o JfJaqtiim Gomes, da Tocha - è o Manoel Maria Ca- listo, de Mira - é o José Feli-iauo è filhos, da Bocariça é o José Maria BtíSsoa e to los os irmão* - 6 o Vigário de Cadima e o Vigarió daTocha - é o João Pinto e ut*': Brito de Cantanhede - são os Pessoas, do Can tanhede e o padre Cruz dos Covões e otfirosli!...

São ou não uiis alhos estes figuroíí? Não os quero desufeolir. mas não posso resistir á ten-

tação de appnular o liouie de todo* ou quasi todos os que disem ppdir votos para o dr. José Luiz.

Ahi vão os mais conhecidos: O compadre Leitão, de B dho - o Zé Liberal, daBoficaí

o Jusé Maria Neto, do Fornó -o Antoni » Maria - o Alber- to Ribeiro-o Padre Cruz(de Cantanhede não é o dos Co- vões) o Antonio Estarreja - o Moreira, de Balças (o lacrimo- so) - o José Forte - o B ilro - o Fe hrieo - o M irçal - o Fer- reira (da íiot.ca) - o Cirda e o Cardim, de Cadima - o Gui- lherme (do Apeadeiro de Lsm ide) - tf Ahiteid i (da lója) - o amigo Saltador - o Maçinico (IfiriYéirtf da Ben). II! !l!l!!!-!!l!!!!!l!.'!!!t!f!I!t!ll!!!!!!.'!(!!!!f!!ff!l!llf'l!??fI!!!!!!!!l!tttf

Conhecem toda ..t*t;i tropa fandanga?... Será para o dr. José Luiz ou pira o Poiares,(fife pedem? Depois d'adiviuliar tomem o peso a todos tí • • ctmf-

parem os últimos coin os primeiros

ENVELOPES CARIMBADOS jça typograliia d i Defensor

do' 1'ocô vendem se envelopes carimbados pelos preços se- gui ales:

Sobrescripto e impresso 1:000 2:001) rs.

500.... rs. 1:100 100 rs. WO _

S ABO ARI A A VAPOR

Á ESTRELLA DE

A. R. TORGES DA CUNHA 858—BUA DO FREIXO —8i'i

(Contíguo a estação do cami- nho ue ferro em Campanhã)

1'OllTO Este estabelecimento iudué- trial o mais bum montado pos- sível, executa prontamente toda e qualquer eneomruemía a praso de GO dias, fazendo bons descontos a pronfpto pa- gamento.

Agente em Cantanhede' im Garrido Grande

(91)

IF íiiilt) Mâ

ltiia 8 de Halo—Canlanhcde

Antonio Laranjeiro participa aos seus amigos em parti- cular e ao publico em geral, que é O uuico representante no concelho de Cantanhede da celebre e acreditada ,acln- na Memoria. qus vende pelos preços rigor /mente egnaes aos de Lisbòa, Porió e Coimbra, pedim' ■ aos sr.1

compradores visitem o seu estabelecimento antes de com- prarem outra inachina.

Vendas a prestações semanaes e mensaes e a prompto pagamento com grandes descontos. —Ensino e concertos gratis. Grande s irtila J'ulgjdõ)s, agulhas, turçies e peças soltas.

(11 «J

Rosa Angéiina tlaPieddc Goncalves .

41 Hua Ftr/uimles Thomciz 47 ! José Feliciano Pessoa & coimhiia ' Filhos, vendem pipas vazias

MODISTA LISBONENSE

Executa pelos mais recen- tes figurino» francese* e lies- paíílioes, vestidos mantelet » chapéus para senhora* o crean- ças respoiísahilisálidó se pelo liiiiii go-lo e acaoamtíhti» das

Vcndem-sc pipas

de. (1|5> PESSOA A FILHOS

VENDA DE CASA

uoiii go-n» o Veiide-se a casa pe» tencen- obras para o que leni pessoal ^ 1 nndade e que de Lislioa conipetenteiiieiile e tinriiiatia pelo sr. Benedict habilitado. Toliia Conta de eu- comendas pai a as província*. Quem pretender compral-a!

(1G5) ji,.,ia.íc au seu prroprieu-

rio. (H> RELOJOARIA

Thomé Gomes Leite t'OM LOJA IIK KELOJOAHIA

em

CANTAKIICD&

Responsabilisa-se píirqnal- qiier concerto relalivo á .-riá ar- te e" lambem construe relogibs para' tori e's.

Aclia-se em casa do sr. Miguel Leite Braga. (1-0)

BILHETES CE VISITA

Na tvpograpbia d'este jor- nal fazem-se rapidamente bi- fielés líe Visita.

Carlão d» lufo, brancA, dc cõr. marphim, Brí tol, etc.

I 100 billutes 500 a 8(M) rs. \ ;;ti » 200 a 500 rs.-

25 » iiOaSOUnf.

Page 4: iiseBicosnu - purl.ptpurl.pt/23109/4/464845_PDF/464845_PDF_24-C-R0150/464845_0000_1-4_t... · ro. K' o cumulo da irrisão! deixemos isso e vamos ao caso. Satiiu o homem e a demo-

©Scfcusorfco j)ooo

Revista Popular DE

€0MIE(!MK\T0S ITEIS Periódico mmanalilluslrado,

indispensável ás famílias, aos artistas e aos hidustriaes.

Administração publica, ana- tomia, agricultura, anlhropote- gia, apicultura, arboricultura, archeolngia, archilecluia, as- tronomia, bancos, bibtiogra- phia, biographia, biologia, bo- tânica, caminlios de temo, chi mica, cirurgia. commer,:

nelegica, construções, critica, litteraria e anistka, economi- domestica.eonomi i social, es- tatis'i:a, exposições, finanças, floricultura, geographia, geolo- gia, geometria, guerra, histo- ria, horticultura, hygieue, ico- nographia, industria, instru- Òção publica, linguistica, ma- rinha, mecbanica, medicina, nieloreologia. minas, musi- ca, mythologia, numismática obras publicas, philologia, phi- losophia, photograpbia, phisi- ca, phvsiotogia, pintura, pis cicultura, poesia, psychologia, receitas, recreações cientificas, sociedades scientificas e litte- rarias, sociologia, telegraphos, theatros, veterinária, viagens, zoologia, zooteehnia, etc.

A Revista Popular de Co- nhecimentos Úteis publica-»e aos domingos, em oito pagi- nas, formato grande.

Preços: por um anno (Con- tinente e Hhás) li.ioí) rs:j por seis mezes (id. id.) 800 rs.; por três mezes (id. id.) lio rs.; numero avulso 40. rs.

Typo ailemão muito chie diegáraniá typographia do

Defensor do Poro, em Canta- nhede duas novas collecções de lypo ailemão, par? bilhe- tes de visita.

Biblioteca de Sciencia Pratica

PUBLICAÇÃO SEMANAL " de,

Formulas e receitas modernas para diversas preparações. Conselhos sobre hygiene, medicina e agricultura. Vá- rios conhecimentos de uso pratico; physica recreativa, descorberlas scienlificas, problemas, charadas, eni- gmas, etc. Cada numero, composto de

32 paginas, é dividido da se- guinte forma: Metade compre- hendendo 10 paginas de for- mulas e receitas modernas ; e a outra metade é piehenchida por 32 paginas de um roman- ce histórico.

Preço da a «ignalura Lisboa: —3mezes, 500rs.

0 mezes, I >000 reis; 12 me- zes, 2,5000 íris. Numero semanal (pago no acto da entrega, i io reis

Província: 3 mezes. 863 rs. 0 mezes, l>L>0 rs.; 12 me zes. 2#260 rs. Por séries (im- porte de .'inumeros) 220 rs.

Gerentes—Sn I-SA A COSIA Escriplorio—Calçada Nova de S. Francisco, 41. Lisboa

CONTRA A DEBltlDADE^

Farinha Peitoral Ferruginoa barmacia Franco

av. G. Ciarei rie Moraes & C a

PORTO >2, Rl'A DO lloM JARDIM, ■ri

da |i!ia Reconhocida como preciosa ali

menl>> reparador e excellente tónico reconstituinte, esta Farinha, o única ietjalmnitr tnutm-isiuía e frivilei/iudc nu Portugal, onde é ãe uso qr... tal lia muitos amos, apulicâ-se. com o mais reeonhncMo proveito em pes- soal debela, idosas, nas que MoVeem de peito, era OOTl - itt- mia*-a- qwí -doenças, em crianças, anemieos, e em geral nos debilitados, qualquer que soja a causa.

à TOSSE. JAMES tJníco legalmente auetorisado pelo

Conselho de Saúde Publica ile Porto- iu»<ado e approvatio nos le»pi

tacs. C.aila frasco esta acompanhado de um impresso com as observações dos principaes médicos de Lisboa, re- nlieeidas pètesCOBSulcS ilo ltrazil. Depósitos nas priucipaes pliarmacúis.

CONTRA ADÉB1LIDÀDE linho \utritivo de Carne

Unieo legalmente auetorisado pelo governo, e peja janta de saúde publica de Portugal, documentos legaiisailos pelo cônsul geral do Império do Bra- zil. K muito útil na convalescença de Iodas as doenças; augmenta conside- ravelmente as forças aos inibvidues debilitados, e excita o appelite de um modo extraordinário. L'ui cálice deste vinho. representa um bom bife. Adia- «; á venda naspriucipaes uíiaiuiao*».

„ (70)

OltltUNAKS

dlustradas com í 1 gravuras e ii retrato do auetor

AUGUSTO LL7.il DA SILVA Preço-001) íris

NOVO LIVRO

Syaoiivnios pôflaguezes Red ixpresftmente

para os que frecmtentará as aulas di; língua u filiei i portuguesa, l.° 2.° e .">." an- uo, nos lyceus e ínstitute» particulares.

Precedido de uma lista dos principais prefixos esuf- lixos da Iingira para a in- terpretação mais fácil dos syiionyinos de radioaes idctl- ticos

Poli JACOIÍ HKNSVHAT

Preço—(iO!) reis

FLOHES íSTOMCM Diccmnajie das idlusões

aos factos e aos dilua me- moráveis que se encontram

- Tiptotvs. Colida feita enlce vários

^ actores por Nascízo J -se de Moraes

Preço—MH) reis : i

UVROS V VENDA NA

TYPOGIUPIIIA CASTRO ItNIAO i: NAS 1'IIIM:II'AI:S I.IVIIAIUAS

lôWJÍTflíi PORTUGAL Históricos, artísticos e aixheoloijicos

pon hjiiacio de Vilhena linrbosa

OBRAS COMPLETAS UEUCOLU TOLEMIM

Um vol. in-í illuslrado por Nogueira da Silva e com lira estudobíographico-criticb por José de Torres.—Preço \iyii)i) reis.

Contém este vol. todas as poesias conhecidas do auclor e algumas inéditas.

O HYSSOPE Poema herofí-cQiHtcn de António Diniz

Edição de lUMi.illnstrada por .Manuel de Macedo com gravu- rasde pagina e vinhetas representando as situações m;.is có- micas do poema. Um grosso vol. in-'i.° corá prologo, v tes e notas por José Hamos Coelho e com o retrato do bis- po de Elvas protagonista do poema.—Preço 4JÍO0O reis.

Urehivo Pittoresco Colleção de II vol. in-folio, illostrados com mais de l.-SOO

gravuras na maior parte representando assuoipots nacionaes etc,—Preço 220000 réis.

ARCHIVO MTTORESCO Série dos S vol. últimos, em tudo independentes dos pri-

meiros, illustrada com numerosas gravuras. -Preço ;;.•><>(.)< 1 réis.

REVISTA ESTRANGEIRA Um grosso volume no formato do Arcliivò Pitíoresco illus-

tradocom mais de80|iihographiase gravuras.--Preço .'!;>- UO réis.

Metholo exlrem-iKmnle f;n;il para se aprender a ler. tra- duzir, f.llai e esCfCtor cone clauiHiiie n francez, D im/lr:, o alli-mãti e a iia/«iui), sem auxilo de inesli,-. Prero do metliodo para cada liftgna1, -1:')\)0 réis. franco de poile. D 'is números, de ipHrtqtUjf das línguas, para experiência, I 100 réis.

Os pedi lo*, aeompanli.-idos ila respectiva imporbun-ja. do- veffl ser dirigido* ao editor I do Mestre populér

J. (JffnfJrlvés IVn-ira L i s II ') \ I

A Estação

Jornal ilimitado rir melas para xcvlturas

PCU.ICAÇÀO (JUI.V.KNAL

Preço.s: | ; , imij:) |Vis, li m.•/.(•> -_>:K)0 ivjs. nuutol'0 IIMIISO -200 reis.

I.n.w l- CiKNKI.IOlX Saca ssnirs rir K^uenln Char-

drnii—porto

itiiTA mm! Pliprl c-ifiiiibado

100 índias lollns de III •gniffcó papel lio- risoiita]

•200 ditas :.(K)

600 :0UD

í:'XM>

Adriano da Cunha V.mhr/,.,, o mais anti-o Unoeim da vii- «le Caiiiaiihe.le, eoiu ollieina rio Pinhal de S. *.âo, participa i* ««liis os seus .:m:gos e Ire/ue/es .pie dísefin-lii re.lisar Ulll iiiipnii.nile aplico ,le dinheiro, res^veu í;./er i.ma grande reducçag nos prero.s hahiuiaes de vasilhame propno paraein- ,i:"''l ;e. de >{ue leni um nnni.|n sortido, UNí.J ,1« madeira lervnja paia evitar o m,iu S|tn* de vm',o.

OsjJreços aeinaes são: pipas — li-SOOO a B^ÕOfl, quintos de 8d a SS l.l,os 1-?í:í(). ,|e WH a !IO ht.os I >-í»M>. de 1)0 a .)■■> litros l>o.,0; décimos de 40 a Mi litros !l."i(l a l->000reis.

Q annimcianie fa/. pur sua conta o abatoeameuio no local omle as valhas Ureia cl*eia< e resp6iWB»iilisa.SB pelo seu IJOU aCoudeciuiKiuieulo ;i estacão de caminho de ferro.

(118)

^

MALA REAL IMLEZA (I:M:IIIII'OHAIIA poh dABTA IIKAI. KM 18119)

I*a«fiic(e.s a sair de i.I.shoa :

THENT em Ki de setembro — para S. Vicente, Peinauihueo, Ratita, K:o de .laneiro, Montevideo e l!uenos-A\res

M \(il).\l,i;NA em 2fl de selemliro — llireclaincnle a Monh^ideo e liuiMuis-Ayies.

BLUE em HO de seteinliio — para Peniamlmco, Maceió, Hahia, Rio de Janeiro, Santos, Montevideo e Huenos Avies.

PASSAGENS GRATUITAS nos paquetes de f5 '■ >'■) de.Miiil desia companhia aos TRAR.UJIADORES AGRÍCOLAS E SUAS l-AMII.IAS .pie desejarem r trabalhar—c."tn inteira liln-ntade— em qualquer [» o- vincia ila BIMZíI.

Ai-eilam-se passageiros nun trashordo paca me tos outros portos P.ua unos eM-larecimentos diiijaiu e á atíencia Ootral no Porto, rua dos Inglezes -2'A—aos agentes (iUlLHCIlMK C. TA1T A C.".OII aos dilí, rentes correspondentes em Iodas as principaes cid. des c villas.

I nico coiiespondeiite em Cantanhede— Gregório Gomes Lopes. (p"j\

® Defensor í>o j)o»o

Revista Popular de

CONHECIMENTOS ITEIS Perioilicosemanalillustraib.

■indispensável ds familias, aos artistas e aos ivdiistriaes.

Administração publica, ana- tomia, agricultura, anthropolo- gic, apicultura, arboricultura, archeologia, archilectura, as- tronomia, bancos, bibliogra- pbia, biographia, biologia, bo- tânica, caminhos de ferro, chi mica, cirurgia, commercio. cy- nelegica, construções, critica, litteraria e artística, economi- domestica,economia social, es- tatis-i.-a, exposições, finanças, floricultura, geographia, geolo- gia, geometria, guerra, histo- ria, horticultura, hygiene, ico- nograpbia, industria, inslru- cção publica, linguistica, ma- rinha, mechanica, medicina, melereologia. minas, musi- ca, mythologia, numismática obras publicas, philologia, phi- losopiiia, photograph ia, phisi- ca, physiologia, pintura, pis- cicultura, poesia, psychologia, receitas, recreações cientificas, sociedades sciéntificas e lide- rarias, sociologia, telegraphos, theatres, veterinária, viagens, zoologia, zootechnia, etc.

A Revista Popular de Co- nhecimentos Úteis puhlica->e aos domingos, em oito pagi- nas, formato grande.

Preços: por um anno (Con- tinente e ilhas) i$oOO rs.; por seis mezes (id. id.) 800 rs.; por tres mezes (id. id.) 430 rs.; numero avulso 40. rs.

Typo alleinão muito chie Chegaram á lypographia do

Defensor do Povo, em Canta- nhede duas novas collecções de lypo allemão, para bilhe- tes de visita.

Biblioteca de Sciencia

Pratica PUBLICAÇÃO SEMANAL

de Formulas e receitas modernas

para diversas preparações. Conselhos sobre hygiene, medicina e agricultura. Vá- rios conhecimentos de uso pratico; physica recreativa, descobertas sciéntificas, problemas, charadas, eni- gmas, ele. Cada numero, composto de

32 paginas, é dividido da se- guinte forma: Metade compre- hendendo 10 paginas de for- mulas e receitas modernas ; e a outra metade é prehenebida por 32 paginas de um roman ce histórico.

Preço da assignatura Lisboa : —3 mezes, 500 rs.

6 mezes, i<$000 reis ; 12 me- zes, 2r?000 reis. Numero semanal ( pago no acto da entrega, ) 40 reis

Provincia: 3 mezes. 503 rs. 6 mezes, l,-ji30 rs.; 12 me zes. 2;>200 rs. Por séries (im- porte de Onumeros) 220 rs.

Gerentes—SorsA A Costa Escriptorio—Calçada Nova de S. Francisco, 41. Lisboa

Farinha Peitoral Ferruginosa

da pharmacia Franco Reconhecida como precioso ali

mento reparador e excedente tonico recoiistiluiirte, este Farinha, a única legalmente aadonsaàa e privilegiadc m Portugal, onde <í do uso quasi ge- ral lia muitos annos, applica-se com o mais reconhecido proveito em pes- soas deheis, idosas, nas que padecem de peito, em convalescentes de quaes- quer -doeuras, em crianças, anemicos, e em peral nos debilitados, qualquer que seja a causa.

JAMES Único legalmente auctorisado pelo

Conselho de Saúde Publica de Portu- gal, bnsaktdo e approvado nos liospi- taes. Cada frasco está acompanhado de um impresso com as observaede» dos principaes medicos de Lisboa, reconhecidas petos cônsules do Brazil. Depósitos nas principaes pliarmadas.

CONTRA, A' DEBILIDADE

DF G. Clavei de Moraes & C 1

PORTO 52, RUA 1)0 HUM JARDIM, 32

ORKUX.VES

■Ilustradas com 41 gravuras e o retrato do atiilor

AUGUSTO LUZO DA SILVA Preço—ROO reis

NOVO LIVRO DE

Synonymos ptulaguezes

Redigido 'expressamente para os que. frequentam as aulas do lingua li' litteratura porlugueza, l.° 2.°e 5.° an- no, nos lyceus e Institutos particulares.

Precedido de uma lista dos principaes prefixos e suf- lixos da lingua para a in- terpretação" tnaís fácil dos Isynonymbs de radicaes iden- iticos

Poli JACOB BKNS\HAT

Preço—000 reis

Vinho Nutritivo de Carne Único legalmente auctorisado pelo

Sovcrao, e pela junta de saúde publica e Portugal, documentos legalizados

pelo consul geral do Império do Bra- zil. E muilo util na convalescença de todas as doenças; augmenta conside- ravelmenle as forças aos* indivíduos debilitados, e excita o appetite de um modo extraordinário. Uui cálice d este vinho, representa um bom bife. Acha- te á venda nas priucipaes piiai uiacias.

(70)

h Diccionario das alhtsões

aos factos e aos ditos me- moráveis quo sc encontram nos escriptores

Colleta feita entre vários itictores por

Nasríío jiscdc Maraes Preço—500 reis

LIVROS A' VENDA NA

TYPOGRAPHIC CASTRO IRAIAO F NAS I'lUXCIPAFS LIVRARIAS

mirai PORTUGAL Ilisloricos, artísticos e àrcfiealojicos

POR hjnacio ile Vilhena liarbosa

OBRAS COMPLETAS 1)1 NI COLAI TOLENTINO

Um vol. in-4 illuslrado por Nogueira da Silva e comum estudo biograpliieo-critico por José de Torres.—Preço 0200 réis.

Contém este vol. todas as poesias conhecidas do auclor e algumas inéditas.

O HYSSOPE Poema heroe-vonnco de Antonio Diniz

Edição de luto, ilhtslrada por Manuel de Macedo com gravu- ras de pagina e vinhetas representando as situações inóis co- micas do poema. Um grosso vol. in-4.° com prologo, varian- tes e notas por José Ramos Coelho e com o retrato do bis- po de Elvas protogouisla do poema.—Preço 4^000 réis.

flrehivo Pittoresco Colleção de 11 vol. in-folio, illostrados com mais de L-800

gravuras na maior parte representando assumpots nacionaes etc,—Preço 22;ji000 réis.

AUCIIIVO P1TT0RESC0 Série dos 5 vol. ullimos, em tudo independentes dos pri-

meiros, illustrada com numerosas gravuras.— Preço 35000 réis.

REVISTA ESTRANGEIRA Um grosso volume no formato do Archivo Pitluresco illus-

trado com mais de SOlithograpliias e gravuras.—Preço 3$, 00 réis.

01 I»

Metho to exlrem iRtent.! fácil para se aprender a ler, tra- duzir, f.llat e escrefcjr cotre- ctaineiile o francas, i> iin/lc;, o alh-mâo e o italiano, sein auxilo de inestiel Preço do ifiethodo jfar.i cada lingua. 2:500 réis. tranco de porle. Dois ninneros. de qoalqiier das línguas, para experiência» IU0 réis.

Os pedi 'os, acompanhados ila respectiva importância. de- vem ser dirigidos ao editor do Mestre popular

J. <iotiçalves Pereira L i s n o a

A Estação

Jornal ilhistrado de metas para senhoras

PUKI.ICAÇÃO QUINZENAL

Preços: 1 anuo 4:000 reis, ti mezes 2:100 reis. nonrero avulso 200 reis.

Lucas k Gknki.ioi x Saccissores de nesta Chnr-

(tron—Porto

MUITO RAKVTO! Piíprl vriiulnido

I 100 meias folhas de I til •gnilico papel lio-

risontal ROO I *00 ditas 1:00;) I 300

ao mm

Adi ano da Cunha Cardozo, o mais antigo tanoeiro da vil- ue Caniaiihede, com olBckiá no Pinhal de S. João. participa a todos os seus amigos e Ireguezes que desejm lo reahsar ilm importante apuro .ie dinheiro, resolveu fa/er nina grande rediKÇào nos preços liahiuiaes de vasilhamepropuo paéaem- harq .e, de que lem um grande sortido, lodo de madeira lei vnla para evitar o mau salmr de vinho.

Os preços aotuaes sã.»; pipas — (»>000 a (ivoOII. quintos de o.) a 88 litros 1)450. de 88 a !»0 litros I,0.500. de ÍK) a

]"ros l ) ' »0; décimos de 40 a 45 litros 030 a l.jOOOreis. O annuncianle fa/. por sua conta o ahatocameulo no local

omle as yasplias forem cheias e respbusat.ili-a-se pelo seu bom aCuudecionameiito á estação de caminho de ferro.

(118)

MALA IIEAL IM.I L/)

(kncoiiporada por carta IIFAI. FM 1839)

faqneles a sair de Lisboa:

TRENT em IR de setembro — para S. Vicente, Pernaiiitiuro, Rateia. Rio de Janeiro, Montevideo e Buenys-Avres.

MAGDALKNA em 23 de setembro — Directamente a Montevideu e Ruenos-Ayres.

ELBE em 30 de Setembro — para Pernambuco, Maceió, Bahia, Rio de Janeiro, Santos, Montevideo e Ruenos Ayres.

PASSAGENS GRATUITAS nos paquetes de 15 e 29 de Abril il'esia companhia aos TRABALHADORES AGRÍCOLAS E SUAS FAMÍLIAS que desejarem r trabalhar—c»m inteira liberdade— em qualquer [> o- viucia do Brazil.

Aeeitam-se passageiros com trasbordo para me tos outros portos Para mais e>dareriincnto.s dirijam e á agencia Outral no Porto, rua dos Inglezes 23—aos agentes GUILHERME G. TAIT A C.Vou aos d iff. rentes corres|»ondeiites em todas as principaes cid. dos c villas.

Único correspondente em Cantanhede—Gregorio Gomes Lopes.