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Nº.01 Jan. Fev. 2013

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Jan. / Fev. 2013. Uma revista que fala de todos os relógios.

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Nº.

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Jan. Fev. 2013

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Mais um ano, mais uma revista.

Já estamos em 2013, um ano, que muita gente diz vai ser um ano muito dificil, e esta é mais uma revista que vem juntar -se ao número infindo de publicações já existente. Mas nós queremos ser diferentes. Diferentes do ano que se adivinha difícil e diferentes das outras revistas.A primeira diferença está na nossa linha editorial. Ao contrá-rio de muitas outras revistas em que todas falam por palavras diferentes sobre os mesmos temas e as mesmas personagens, nós abordamos um tema sobre o qual pouco existe no mercado: o relógio..., todos os relógios. Não queremos ser concorrência aos nossos colegas especialistas em alta relojoaria, apenas ser um complemento à sua linha editorial.Queremos também ser diferentes do ano. Quando todos apon-tam 2013 como um ano difícil, de crise, nós não queremos contribuir para o agravamento dessas dificuldades. Quando muita gente, para combater a dita crise, procura pro-dutos “low cost”, nós, que queremos fazer melhor, oferecemos-lhe uma revista “no cost”. Melhor é impossivel!Para nós o problema da crise não é só a falta de dinheiro. Um dos maiores problemas desta crise é a falta de ideias e coragem empreendedora.Passem bem! A. Reis - Coordenador Editorial

Mais um ano, mais uma revista.

Já estamos em 2013, um ano, que muita gente diz vai ser um ano muito dificil, e esta é mais uma revista que vem juntar -se ao número infindo de publicações já existente. Mas nós queremos ser diferentes. Diferentes do ano que se adivinha difícil e diferentes das outras revistas.A primeira diferença está na nossa linha editorial. Ao contrá-rio de muitas outras revistas em que todas falam por palavras diferentes sobre os mesmos temas e as mesmas personagens, nós abordamos um tema sobre o qual pouco existe no mercado: o relógio..., todos os relógios. Não queremos ser concorrência aos nossos colegas especialistas em alta relojoaria, apenas ser um complemento à sua linha editorial.Queremos também ser diferentes do ano. Quando todos apon-tam 2013 como um ano difícil, de crise, nós não queremos contribuir para o agravamento dessas dificuldades. Quando muita gente, para combater a dita crise, procura pro-dutos “low cost”, nós, que queremos fazer melhor, oferecemos-lhe uma revista “no cost”. Melhor é impossivel!Para nós o problema da crise não é só a falta de dinheiro. Um dos maiores problemas desta crise é a falta de ideias e coragem empreendedora.Passem bem! A. Reis - Coordenador Editorial

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Museu do Relógio: 24 Horas

Novidades: Rolex, Harry Winston e Certina

Baselworld, as obras decorrem

Escaparate

Texturas, uma produção de imagens

A história do relógio de Gandhi

O fato de Steve Mc Queen

SIHH: Noite de corrida no stand da IWC

As 5 personalidades mais influentes da relojoaria suíça

Coração Milenar, a tradição redesenhada

Marcas e modelos no mercado

HYT H1, o relógio com as horas fluidas

Cinco em Ponto. O olhar de quem sabe!

McLaren 12C GT Can-Am

Sortelha, uma aldeia histórica

Gourmet: Brett, um vinho, uma novidade mundial

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Eventos

Numa cerimónia que decorreu no Polo de Évora do Museu do Relógio, o filho do seu fun-dador e atual diretor do museu, Eugénio Tavares d’Almeida, juntamente com a sua mãe e os presentes, prestaram uma merecida homenagem a António Tavares d’Almeida, um ano passado sobre a data do seu desaparecimento.A cerimónia culminou com a apresentação do Nº 1 do relógio lançado este ano pela casa, o relógio de parede 24 Horas.Trata-se de um relógio com mostrador e base construídos em madeira, numa parceria com o Museu do Marceneiro, e que pode ser personalizável segundo o critério do cliente. O relógio tem movimento mecânico com pêndulo e uma reserva de marcha de 20 dias. As principais característica desta peça são o seu mostrador e funcionamento que, ao con-trário das habituais 12 horas, apresenta todas as horas de um dia pelo que o ponteiro das horas dá apenas uma volta por dia, em vez das duas voltas, como os relógios normais.Para mais informação ou encomenda do relógio visite: www.museudorelogio.com

O relógio de parede 24 Horas

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António Tavares d’Almeida Fundador do Museu do Relógio

A paixão deste homem começou, por mero acaso, em 1972 quando recebeu de herança do seu avô três relógios de bolso avariados. Para a sua reparação, conheceu o mestre relojoeiro António Couto que lhe transmitiu o conhecimento, o respeito e o valor desas pe-quenas máquinas de medir o tempo. O vício pegou-lhe de tal forma que percorreu o país à procura de relógios antigos e, lutando sempre contra dificuldades e mentalidades, seguiu o seu sonho de criar um Museu do Relógio na terra onde nasceu e onde era produtor de cevada para a indústria cervejeira, Serpa, em pleno Alentejo.Foi assim que, em 1995, sem ajudas ou subsídios, apenas com o dinheiro que ganhava com a cevada, realizou o seu grande sonho. O Museu do Relógio abriu a público em sua casa com a exposição distribuída por 9 salas conventuais, jardim, uma biblioteca com 600 livros temáticos e um acervo de mais de 2.000 relógios.Dois anos depois o museu teve que fechar portas pois as receitas provenientes das entra-das não pagavam os encargos da exposição. Mas António d’Almeida não desistiu, visitou alguns museus na Suiça e Alemanha onde adquiriu conhecimentos para tornar o seu mu-seu autossustentável, conseguiu pôr isso em prática e reabriu as portas, até hoje.Em 2011, já com o seu filho Eugénio a dirigir o museu devido ao seu estado de saúde, António d’Almeida alcança outro dos seus sonhos e, numa parceria com o Inatel, abre o Polo de Évora do Museu do Relógio.Infelizmente, um mês e meio depois, a doença prolongada de que padecia levou-o de entre nós, mas apenas o corpo, porque o espírito, o sonho e a força de vontade deste homem continuam connosco, entre ponteiros, máquinas e mostradores.A História nunca morre!...

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A Rolex é a marca líder em relojoaria de luxo e foi uma das marcas pioneiras no patrocínio a eventos e moda-lidades desportivas.Numa cerimónia que decorreu no passado mês de De-zembro e onde estiveram presentes Bernie Ecclesto-ne, o patrão da Formula 1, Jackie Stewart, o lendário piloto da modalidade e, Gian Riccardo Marini e Jean-Claude Killy, em representação da Rolex, foi anuncia-do que esta será a marca de relógios e cronometrista oficial da Formula 1 nas próximas temporadas.A marca de relógios de luxo informou que o acordo entra em vigor em 2013 e faz parte da estratégia da marca que quer ligar a sua imagem a empreendimen-tos escolhidos pelo seu “forte valor simbólico e impac-to global”. Os pormenores financeiros do acordo não foram revelados. “Este é um passo importante para nós, o acordo entre a Rolex e a Formula 1 é o mais natural possível e, como todas as grandes parcerias, necessita de pouca explicação” disse Gian Riccardo Marini, CEO da re-lojoeira. “Nos nossos respetivos campos, a Rolex e a Formula 1, ambos encarnam o espírito de aventura, a engenharia suprema e o forte desejo de impulso para a tecnologia de ponta. Estas aspirações são enorme-mente atrativas para as gerações mais jovens. Os re-lógios Rolex são também um símbolo da procura do mais alto nível de desempenho e fiabilidade, que é a síntese da Formula 1.

Cronometrista e Relógio Oficial da Formula 1

Jackie Stewart, antigo piloto Formula 1, Gian Riccardo Marini, CEO da Rolex, Bernie Ecclestone, o pa-trão da Formula 1 e Jean-Claude Killy, da Rolex (da esquerda para a direita).

Novidades

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Cronometrista e Relógio Oficial da Formula 1

“Nos últimos 50 anos, tanto a Rolex como a Formula 1, cresceram lado a lado com a aspiração de serem líderes mundiais, por isso houve e haverá muitas oportunidades fan-tásticas para disfrutarmos juntos”.Com a sua capacidade técnica e como cronometrista e relógio oficial, a Rolex instalará tomadas de tem-pos em locais diferentes em todos os Grande Prémios. O logotipo da Rolex aparecerá em todos os cir-cuitos e será colocado em locais estratégicos durante as corridas de Formula 1.Bernie Ecclestone, o CEO da For-mula One Group acrescentou: “Sem qualquer dúvida a Rolex é o parcei-ro certo para uma modalidade des-portiva de classe mundial como a Formula 1. O prestígio da marca, a excelência dos seus relógios, bem como o compromisso apaixonado que, de longa data, a Rolex tem para com os desportos motoriza-dos, conferem-lhe uma credibilida-de total. Esta parceria é algo que a maioria das pessoas de algum modo ligadas e interessada na For-mula 1 já esperavam e, por tal, deve ser apoiada. A Rolex tem uma he-rança desportiva incrível e, portan-to, a Formula 1 é o lugar certo para a Rolex estar!”.

Jackie Stewart, antigo piloto Formula 1, Gian Riccardo Marini, CEO da Rolex, Bernie Ecclestone, o pa-trão da Formula 1 e Jean-Claude Killy, da Rolex (da esquerda para a direita).

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O Grupo Swatch acaba de comprar a totalidade das ações da companhia americana HW Holdings Inc., proprietária da conhecida marca de joias e relógios Harry Winston, com sede em Nova Yorque.A Swatch passa a ser proprietária da marca e todos os seus departamentos relacionados com as joias e os relógios, incluindo os seus 535 funcionários em todo o mundo e a em-presa de produção de relógios em Genebra, na Suíça. O valor da aquisição foi de 750 milhões de dólares e com a compra a Swatch assume os cerca de 250 milhões de dívidas acumuladas pela Harry Winston. A transação não inclui as empresas mineiras da Harry Winston Diamond Corporation e que passa a chamar-se Dominion Diamond Corporation com sede em Toronto, no Canadá.Robert A. Gannicott, Presidente e CEO da Harry Winston Diamond Corporation, comen-tou: “A marca Harry Winston tem agora uma nova posição que lhe pode proporcionar todo o conhecimento e apoio que a marca merece para provar o seu verdadeiro potencial”.Por seu lado, Nayla Hayek, Presidente e Chairwoman do Swatch Group Ltd., disse que: “A Harry Winston vai complementar brilhantemente o segmento de prestígio do Grupo. Estamos muito contentes e orgulhosos de receber a Harry Winston na família do Grupo Swatch. Os diamantes continuam a ser os melhores amigos das mulheres”.A concretização da transação está ainda pendente da aprovação das diversas autorida-des reguladoras.

A conhecida marca americana de joias e relógios foi adquirida pelo

Novidades

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CERTINA é o novo

parceiro da FIA

para o WRC

Campenato do

Mundo de RalisA CERTINA, a marca de relógios suíços do grupo Swatch, e o novo parceiro da FIA , como cronometrista e relógio oficial do WRC, o Campeonato Mundial de Ralis.A marca terá uma posição dominante em todas as provas o que lhe dará uma grande vi-sibilidade em termos de imagens televisivas.A CERTINA já esteve envolvida no mundo dos ralis entre 2002 e 2005 como patrocinador de Colin McRae e Petter Solberg e está ligada aos desportos motorizados desde os anos de 1970. O retorno aos ralis encaixa perfeitamente na imagem desportiva e de confiança patente nos relógios CERTINA. Na Escandinávia, onde a marca é líder no mercado de relógios desportivos, esta imagem é muito importante para o número particularmente ele-vado de espetadores locais que aguerridamente acompanham a modalidade.Além disso, a presença nos ralis, complementa o envolvimento da marca na Formula 1, outra disciplina do desporto automóvel em que a CERTINA está associada desde 2005.Adrian Bosshard, presidente da CERTINA afirma: “Correr rali exige do homem e da má-quina tudo o que se possa imaginar durante uma corrida. Este ambiente dinâmico e desa-fiador é uma combinação perfeita para a nossa marca e os nossos relógios”Jean Todt, presidente da FIA referiu: “É com muito prazer que recebemos a CERTINA no Campeonato do Mundo de Ralis FIA. Como parceiro e cronometrista oficial irá garantir aos concorrentes o correto acompanhamento da competição ao longo das várias etapas”. “A chegada da CERTINA ao WRC Fia é a confirmação de que a escolha dos promotores, o Sportsman Media Group e Red Bull Mídia House, foi o caminho certo para atrair o inte-resse de parceiros de topo para este emocionante Campeonato do Mundo FIA”.O WRC é o topo do ranking de séries de corridas de ralis e é organizado pela FIA. Este campeonato consiste em 13 provas distribuídas por 3 continentes.Em Outubro de 2012 a FIA nomeou a Red Bull Mídia House e a Sportsman Media Group como novos promotores do WRC. Estas empresas são responsáveis por todos os aspetos comerciais do campeonato e foram co-responsáveis pelo estabelecimento desta parceria com a CERTINA.

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As obras para execução do novo edifício na feira de Basilea avançam segundo o programado. O Salão Mundial de Relojoaria e Joalharia BASELWORLD abrirá pon-tualmente as suas portas a 25 de abril de 2013, dentro do prazo previsto. Nesta altu-ra já se está a montar a fachada da infraestrutura de exposições mais moderna da Europa e a finalizar as obras de acabamentos no interior.

Em Setembro de 2012 ficou concluída a obra em bruto da impressionante construção de pavilhões desenhados pelos arquitetos Herzog & de Meuron. Os trabalhos no interior da cobertura, com 32 metros de altura, decorrem de momento a um bom ritmo. A extraordi-nária fachada ficou pronta no final do ano.Para a BASELWORLD 2013, o Pavilhão 1 será ampliado para três pisos de exposição com 420 metros de comprimento, obtendo-se assim uma infrastrutura da máxima qualida-de e com 141.000 m2 de área.Para este projeto fora investidos um total de 430 milhões de francos suíços, cerca de 360 milhões de euros. As áreas de exposição adjacentes e os novos pavilhões consolidam o caráter compacto do recinto da feira e melhoram a comodidade para todos os visitantes da BASELWORLD.

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Desde a BASELWORLD 2012 e depois da demolição dos pavilhões antigos, foram gastos na nova construção 3.500 toneladas de vigas de aço, 45.000 m3 de betão e 5.200 tone-ladas de aço de reforço. Em certas ocasiões foi necessário utilizar mais 8 gruas móveis, além das outras 8 gruas de obra, para a fluidez dos trabalhos.A 8 de Fevereiro, o Grupo MCH, na qualidade de proprietário, receberá o novo complexo de edifícios. Logo de seguida dar-se-á inicio à montagem dos espetaculares standes de exposição das marcas para a BASELWORLD 2013. As enormes dimensões dos pavilhões e os novos standes proporcionam um esplêndido ambiente para a apresentação das novidades e dos produtos. Desta forma se sublinha a singularidade do Salão Mundial da Relojoaria e Joalharia e se reforça a sua importância como o evento mais importante do setor.

Mais informação em www.baselworld.com

As obras para a BASELWORLD 2013 avançam ao ritmo previsto

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O Anuário Relógios & Canetas para o ano de

2013 já está nas bancas.No passado dia 12.12.12, no espaço da

Boutique Montblanc em Lisboa e com a pre-

sença de muitas personalidades ligadas ao

ramo entre, também muitos, convidados, foi

apresentada ao público esta edição, a déci-

ma sexta, da publicaçação portuguesa mais

antiga sobre o tema “relógios”.

Com a inconfundível assinatura de Fernando

Correia de Oliveira, este título continua a ser

uma referência para profissionais, entusias-

tas e todos a quem o assunto interessa.

Sem surpresa esta é mais uma demonstra-

ção de sabedoria e classe de quem muito

sabe sobre relógios no nosso país.

Parabéns e que continue.

Fotos:Anuário Relógios &Canetas e Estação Cronográfica

Escaparate

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Espiral do Tempo, outra publicação de

referência no mundo dos relógios em

Portugal, já disponibilizou a sua revis-

ta nº 41, Inverno 2012, que tem como

tema de capa a Madame Chopard.

Além da entrevista a Caroline Scheu-

fele, este número está recheado de

outros interessantes conteúdos técni-

cos e históricos do mundo da relojoaria

assinados por, entre outros, dois espe-

cialistas que há muito também admira-

mos: Miguel Seabra e Carlos Torres.

A publicação também está disponível

na versão digital através do site da re-

vista em: www.espiraldotempo.com

Fotos:Espial do Tempo

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natureza

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A sua fiabilidade extrema acompanhou as conquistas mais extraordinárias assim como as mais nobres.Algumas dessas conquistas foram faça-nhas efémeras. Outras foram façanhas de uma vida… Graças à sua constância prodigiosa, os relógios Zenith têm estado presentes nos acontecimentos mais importantes da Hu-manidade. Estes abriram os caminhos para o céu e os da liberdade com homens e mulheres que se atreveram a acreditar nos seus sonhos. Exploradores, pionei-ros, viajantes ou guias espirituais, todos eles acreditaram um dia na sua estrela da sorte juntamente com os seus relógios. Talvez por também terem sido fruto de re-flexões visionáriasEsta é a história de como, no início do século XX, os primeiros relógios de bolso com alarme Zenith começaram a correr o mundo como verdadeiros viajantes in-cansáveis. Esta é a história de como um desses relógios se tornou num dos raros objetos estimados por um dos maiores mestres da nossa era: Mahatma Gandhi…

o RELÓGIO DE BOLSO COM ALARME DE GANDHI“um modelo excecional, um destino invulgar...”

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o RELÓGIO DE BOLSO COM ALARME DE GANDHI“um modelo excecional, um destino invulgar...”

A partir de 1915, a Manufatura Zenith com-preendeu a importância de fabricar reló-gios de bolso fiáveis, precisos e pequenos que pudessem acompanhar os viajantes nas suas peregrinações. Tratava-se de responder às exigências de um mercado que adotava cada vez mais inovações ao mesmo tempo que combinava qualidade e conforto com as dificuldades inerentes a viagens de negócios ou de turismo de lon-go curso. A função de alarme ainda é uma das mais fascinantes complicações da re-lojoaria já que permite ao seu proprietário descontrair e desfrutar de um descanso absoluto sem ter de se preocupar com a hora de acordar. Esta função eminente-mente prática e pessoal também é muito útil porque pode ser facilmente levada em viagens de barco, avião ou comboio, para os confins da terra.Uma pioneira por natureza, a Zenith re-gistou a primeira patente em 1913 de um relógio sofisticado no qual era possível acertar a hora do alarme com uma coroa de parafuso especial. Este primeiro marco abriu caminho para os relógios de bolso lançados em 1915 que estavam disponíveis em várias versões, ou seja, com uma caixa metálica dourada, prateada, de aço enegrecido ou branca. Estes relógios de bolso mostraram ser al-tamente funcionais uma vez que além da função de alarme, a caixa tem uma tampa com dobradiças ao meio-dia que, quando aberta, pode ser utilizada como suporte para o relógio e assim, permitir ouvir mui-to melhor o som musical do alarme. Este som é produzido por um martelo que bate no gongo que é independente do centro.

Com este modelo, a Zenith oferece um re-lógio com alarme perfeito que não é nem mais espesso nem mais volumoso que um relógio de bolso normal. A coroa com dupla função dá corda ao movimento de forma inteligente no sentido normal da esquerda para a direita. No outro sentido, fornece re-serva de marcha ao impressionante meca-nismo. O centro está equipado com dois botões e acerto que emolduram a coroa. O botão direito permite acertar a hora e o botão esquerdo permite acertar a hora do alarme. Um contador situado ao meio-dia no mostrador permite ler a hora do alar-me. Esta versão com mostrador tem alga-rismos árabes luminescentes. O ponteiro dos segundos está classicamente posicio-nado às 6 horas tal como acontece com a maioria dos relógios de bolso para que o mostrador permaneça simples e o utiliza-dor nunca tenha dificuldade em ler a hora. O design deste relógio com alarme foi con-cebido para ser discreto e autêntico permi-tindo-lhe ser utilizado da forma que o seu proprietário desejar, onde quer que esteja e em qualquer situação.

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A Zenith começou a sua expansão internacional no início do século XX. A Índia não foi ex-ceção à implementação da marca a partir de Le Locle que, graças à sua filial de Londres, a Zenith Watch Co., começou em 1914 a exportar estes relógios para países tão distantes como a Índia.O novo relógio de bolso com alarme apareceu pela primeira vez em 1916 nos jornais in-dianos, nos quais foi anunciado. Indira Nehru, que ocupou o cargo de primeira-ministra da Índia entre 1966 e 1977, ofereceu uma versão em prata de lei deste relógio ao seu amigo Mahatma Gandhi.Este, que apreciava as virtudes da pontualidade e precisão, sobretudo para as orações, utilizava diariamente o seu relógio Zenith e a respetiva função de alarme. Para sua cons-ternação, roubaram-lhe o relógio durante uma viagem de comboio para Kanpur. Entriste-cido por ter perdido um dos poucos objetos materiais que levava para todo o sítio e que ritmava a sua vida diária, escreveu alguns dias mais tarde, numa das suas notas, a 28 de Maio de 1947: “Sem esquecer que tinha um disco de rádio… e também um mecanismo de alarme. Tinha--me sido oferecido. O preço naquela altura era mais de 40/-. Era um relógio Zenith.”Seis meses mais tarde em Nova Deli, o ladrão que tinha ficado a saber da tristeza de Mahatma em relação à sua perda e cheio de remorso, pediu para ver Gandhi para lhe devolver o objeto roubado e pedir perdão.A saga deste modelo durou muitos mais anos visto que antes de morrer, Gandhi deu o relógio à sua neta e assistente Abha Gandhi, que acabaria posteriormente nas mãos de colecionadores privados. Este modelo excecional tem tido um verdadeiro destino invulgar desde que em Março de 2009, os leiloeiros Antiquorum ofereceram um lote numa das suas vendas que incluía os famosos óculos redondos, uma tigela e um prato, o relógio com alarme assim como as sandálias de pele de Gandhi.Estes objetos, fiéis companheiros de Mahatma Gandhi, foram vendidos pela quantia re-corde de 1,8 milhões de dólares americanos ao bilionário indiano Vijay Mallya, regressan-do assim à sua terra natal.

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O fato de corrida, usado por Steve McQueen no fil-me Le Mans, foi vendido num leilão na Califórnia por 984.000 dólares, 800.000 dólares foi o seu cus-to mais 184.000 dólares de taxas e impostos.Em 1971, num concurso organizado pelo jornal bri-tânico “The Observer”, Timothy Davies, um rapaz de 12 anos que vivia em Wolverhampton, no Reino Unido, e que respondeu acertadamente a três per-guntas sobre a história das 24 Horas de Le Mans, foi escolhido como vencedor e recebeu como pré-mio esse fato.Esta indumentária, além da petrolífera Gulf e dos pneus Firestone, ostenta também o antigo logotipo da Heuer, marca do relógio que também é usado pelo ator.O fato ficou famoso ao ser usado por Steve McQue-en durante as sequências de gravação do filme “Le Mans”, quando interpretava o papel do piloto Ri-chard “Dickie” Attwood, que, ao volante do Porsche 917K Gulf, venceu a corrida de Le Mans em 1970.Timothy Davies tinha entretanto já vendido o fato a outrem e, por isso, não foi quem usufruiu da peque-na fortuna que este rendeu no leilão.

O Fato de Corrida de Steve McQueen

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Noite de corrida no stand da IWC no SIHH em Genebra

No decorrer do SIHH, Salon International de la Haute Horlogerie, a IWC Schaffhausen organizou uma noite diferente para apresentar a renovada coleção do seu modelo Ingenieur. A nova coleção deste modelo da IWC foi buscar inspira-ção às oficinas e carros da formula 1, o que se faz notar pelo tipo de materiais usados na sua construção como a cerâmica, titânio, carbono e outras sofisticadas ligas e técnicas utilizadas na disciplina máxima do desporto automóvel. Parceira com a equipa MERCEDES AMG PETRONAS na Formula 1, a casa suíça trouxe até aos pavilhões da Palexpo em Genebra o ambiente de corrida das pistas do mundial da especialidade. Para isso tinham em exposição alguns dos mais emble-máticos modelos de corrida da marca alemã, o que deu um ambiente desportivo à festa. Para puxar pela adrenalina dos presentes, não faltou uma equpa de mecânicos da MERCE-DES AMG que, em pleno salão, simulou uma intervenção PIT STOP, como fazem em corrida. Os presentes podiam aventu-rar-se noutras atividades como simuladores de corridas e, mais real, uma corrida de Formula 1 com modelos da marca alemã, mas à escala e telecomandados. Entre os 800 convidados para a festa estavam os embai-xadores da marca, personalidades conhecidas do mundo do espetáculo, do desporto e artes. Entre eles Miko Roseberg, o piloto F1 da Mercedes, Zidane e outros. Também não faltou o “nosso” embaixador da IWC, Luís Figo.

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As cinco personAgens mAis influentes nA industriA relojoeirA suiçA pArA o Ano de 2013

Quem são as personagens que movimentam

e controlam a prestigiada indústria relojoeira

Suíça rumo ao sucesso?

Segundo o jornal online Swiss Watch Wire, há,

provavelmente, cerca de uma vintena de auto-

ridades nesta posição. Aqui vamos apresen-

tar aqueles que, segundo a escolha do jornal,

são certamente os cinco principais protago-

nistas na matéria.

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Nick Hayek Jr.

Hayek Jr. foi a escolha mais fácil de fazer pois ele é a pessoa mais poderosa dentro da maior companhia relojoeira do mundo, o Grupo Swatch. Este relojoeiro produz 80 por cento dos movimentos da industria su-íça, maioritariamente através da sua subsidiária ETA, e dirige um largo conjunto de marcas icónicas onde estão incluídas, entre outras, a Omega, Longines, Tissot, Breguet, Blancpain, Rado, Certina, Hamilton e Swatch. Excetuando pouquíssimos países, como é o caso de Portugal, o Swatch Group faz diretamente a distribui-ção das suas marcas nos diversos mercados e, por isso, também controla uma rede de mais de 1.000 lojas distribuídas por todo o mundo.

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Jean-Daniel Pasche

Pasche está à frente da Federation of the Swiss Watch Industry (FH), a Federação Suíça da Indústria Relojoeira, e é o líder e coordenador da campanha que luta contra a contra-fação de relógios Suíços. Outra missão importante desta personagem é a definição e controlo das regras para que um relógio possa ostentar no seu mostrador o rótulo Swiss Made.

Johann Rupert

Rupert é Sul-Africano e é o chairman e CEO do Richemond Group que é proprietário da Cartier, Vacheron Constantin, Piaget, Panerai, IWC e diversas outras marcas líderes da indústria. O Grupo Richemond é o segundo maior da indústria relojoeira Suíça e, por isso, a sua influência é muito importante no meio.

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Gian Riccardo Marini

Quem é o CEO da Rolex, é, automaticamente e sempre, um dos melhores cinco jogadores deste campeonato. A marca Rolex, dirigida por Marini, é, sem sombra de dúvidas, a mais forte marca de relógios do mundo e uma das mais lucrativas. É a maior marca indepen-dente de relógios e, como nenhuma outra, é a marca mais conhecida e mas conceituada do planeta. A influência do seu chairman é inquestionável.

Patrik Ducrey

Ducrey é o diretor da Switzerland’s Competition Commission (COM-CO), a Comissão Reguladora do Mercado que está encarregada, entre outras, de investigar os planos do Grupo Swatch de reduzir a produção de movimentos para terceiros, violando as regras anti cartel. Muitas pequenas manufaturas que não conseguem produzir os seus próprios movimentos, como a Frederique Constant, dependem muito de perto das suas regras. Literalmente, Ducrey tem nas mãos o futuro de muitas companhias relojoeiras.

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O estilista Gio Rodrigues

e a Aquaverdi

redesenharam

a tradição

A Aquaverdi é um dos espaços de maior tradição em alta joalharia e relojoaria na cida-de do Porto e acaba de lançar a coleção “Milenar”, uma linha própria de filigranas que transporta esta arte ancestral portuguesa para o mundo da moda. Composta por peças artesanais e tradicionais da ourivesaria portuguesa, esta coleção tem como peça icónica o “Coração Milenar”, uma peça redesenhada pelo estilista Gio Rodrigues. “O objetivo desta coleção é o de enaltecer o melhor que se faz na ourivesaria na-cional e homenagear os artesãos portugueses, ao mesmo tempo que apresentamos peças que aliam a técnica ancestral da filigrana à alta joalharia. Portugal tem de saber valorizar os seus talentos e a filigrana é uma arte reconhecida mesmo a nível internacional”, afirma Paulo Neves, proprietário da Aquaverdi.Juntando a tradição à técnica da alta joalharia, a Aquaverdi dá uma nova imagem e sig-nificado à arte da filigrana portuguesas e volta a colocá-la, desta vez, no centro da moda moderna.Foi com esse objetivo que a Aquaverdi criou o “Coração Milenar”, uma peça que é o ícone desta colcção, em ouro rosa, com 73 diamantes e 1 rubi. Um exclusivo nacional da Aqua-verdi, esta joia é apresentada numa edição numerada e limitada de 10 peças, num estojo especial com certificado de autenticidade.Saiba mais em: www.aquaverdi.pt

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Na Moda e a TempoDepois de todas as semanas de moda e dos saldos, as tendências na relojoaria para a próxima estação estão definidas. Inspirados nas melhores passarelas de New York, London, Milan e Paris, a Timex tem uma peça adequada a cada tendência.

GOTICO Estilo forte e escuro, tem voltado ás passarelas em ondas, com os designers a incor-porarem preto e roxo nos seus looks.

METALLICSÉ tempo de brilhar, os tons metálicos chegaram e venceram as passarelas mundiais.

PADRÕES Desde as origens humildes das terras altas da Escócia, estes padrões garantiram o seu lugar na passarela.

MILITARY Marche ao som da tendência military desta estação.

Mais informação:www.timexportugal.pt

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A Ice-Watch, a famosa insígnia belga de relógios, presente em 110 países, que lidera o sector na Alemanha, Inglaterra, França, Holanda, entre outros, promete posicionar-se como o must have da relojoaria em Portugal.A Ice-Watch apoderou-se do mercado desde a sua origem em 2007, com um de-sign único com modelos e cores para todos os gostos, estilos e situações. Sob o mote “Change. You Can”, a marca congrega características extremamente ape-lativas e adaptáveis aos mais variados gostos, afirmando-se como intercultural, intergeracional e internacional – um forte posicionamento que tem contribuído para a conquista de tantos apreciadores.O preço acessível, o design inovador, o uso de cores ousadas, os detalhes úni-cos dos cristais Swarovski e as braceletes minuciosamente desenhadas, confe-rem aos relógios Ice Watch um toque de modernidade e originalidade, apelativo para quem tem um gosto mais simples e também para o seguidor das últimas tendências. Celebridades internacionalmente reconhecidas como David Guetta, No Doubt, Black Eyed Peas e Katy Perry, são alguns dos muitos nomes que com-provam o gosto pela marca e a levam a todos os cantos do mundo.A marca caracteriza-se, ainda, por não criar linhas direccionadas para o público masculino ou feminino: todos os seus relógios são concebidos como modelos unissexo, factor que facilita a tarefa do consumidor quando quer adquirir um reló-gio que satisfaça todas as suas necessidades, o que distingue a Ice-Watch face à sua concorrência. Entre as várias colecções Ice-Watch encontram-se a Sili Forever, a Ice-Solid, a Ice-Pure, a Ice-White, a Ice-Love, a Ice-Alu, a Stone Sili, a Ice Pink & Ice Purple, a Ice-Elegant, a Ice-Chrono, a Ice-Chrono Matte, a Ice-Chrono Electrik e F*** ME I’M FAMOUS. Todos os modelos apresentam resistência à água até 10 bars e movimento japonês Miyota.

“Sermos responsáveis por trazer uma marca internacionalmente tão reconhecida ao nosso mercado faz-nos sentir optimistas. A Ice-Watch é extremamente versá-til, capacitada para satisfazer um público dos 8 aos 80 e detentora de uma relação qualidade/preço verdadeiramente sedutora. Gostaríamos de poder vê-la a liderar o mercado da relojoaria português, tal qual já acontece nos principais mercados eu-ropeus.”, afirma Miguel Rodrigues, Director Geral da Certora – Medição do Tempo, S.A., sobre a nova aposta da empresa.

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A SEIKO apresenta uma excelente sugestão que o pode surpreender: os novos Cronó-grafos de Aviação SPORTURA, que aliam a precisão tecnológica a um estilo desportivo.Há mais de 40 anos que a SEIKO desenvolve e fabrica os melhores relógios para a Avia-ção com todas as especificidades e características exigidas. Os novos cronógrafos SPORTURA não fogem à regra. Autênticos objectos de requinte, estes relógios apresentam uma caixa de 44mm em aço com tratamento IP preto, vidro de safira com tratamento anti-reflexo, com uma bracelete em pele preta com pesponto verde. Equipado com o calibre 7T62, o cronógrafo tem uma capacidade de medição até 60 mi-nutos em incrementos de 1/5 de segundo, e apresenta ainda alarme, duplo fuso horário e medição de tempos parciais e acumulados. Tudo isto numa caixa com resistência à água até 10 bars de pressão.

Com botões polidos, régua de cálculo rotati-va, que permite calcular distâncias, o consu-mo de combustível e a taxa de subida e ve-locidade, esta colecção está disponível em mais duas versões. O preço recomendado para o modelo da foto é de 499.00 euros.Conheça a nova colecção em: www.seiko.pt

Cronógrafos de Aviação SporturaUm Triunfo na medição do tempo

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Para complementar o já existente leque de cores deste relógio para senhora, a Lambretta Watches acaba de apresen-tar três novas opções de cor metálica para o Cielo.Todos reconhecemos as novas tendên-cias metálicas na moda. Nas montras de loja de todo o planeta vemos as rou-pas, o calçado, bolsas e cosméticos. Mesmo na pista de dança e no desfile de moda, a mulher sensual segue a ten-dência metálica.Com os relógios Lambretta Cielo, uma mulher moderna não se vai deixar ultrapassar. As três glamourosas opções de cor são o Metallic Hot Pink, Electric Blue e Frosty Silver.O estilo retro das Lambrettas dos anos 60 é visível no modelo e com estas novas opções de cor é ainda mais fácil transformar o seu look do dia para a noite! Os relógios Lambretta Cielo Metallic são docemente atrativos e inspirados nos gloriosos tempos das famosas scooter italianas e, certamente, darão o toque final de moda na traje de uma mulher.O Lambretta Watches Cielo Metallic tem 37mm de diâmetro, o seu movimento é um Miyo-ta 2035 e a correia é em couro genuíno. O preço recomendado de venda a público é de 75 € e encontra-se à venda em várias relojoarias, casas de moda e desporto e nos con-cessionários nacionais das scooter Lambretta.Mais informação sobre este e outros modelos da marca pode ser encontrado em: www.lambrettawatches.com .

Cielo Metallic

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A Emporio Armani apresenta um relógio e dois modelos de botões de punho ideais para ho-mens charmosos e confiantes. Com um mos-trador branco que contrasta com a correia de pele preta inspirada em pele de crocodilo, este relógio veio trazer um toque de elegância ao seu dia-a-dia. E se pensava que os botões de punho são um clássico do passado, estava enganado, compostos por aço e esmalte pre-to em forma de nó, os botões de punho são o complemento perfeito para um look bem mo-derno e cheio de requinte. Deixe-se contagiar pela elegância das peças Emporio Armani.

...para homens charmosos e confiantes!

Relógio Botões de punho em preto Botões de punho em aço

199.00 euros132.00 euros112.00 euros

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Uma nova dimensão no tempo

A U-Boat acaba de apresentar um novo modelo, o U-51 CHIMERA BRONZE.Numa edição limitada a 300 peças e com um design único este modelo encarna de forma ar-rojada os traços distintivos da marca: a caixa de grandes dimensões, a grande coroa que sur-ge na parte esquerda do relógio, num modelo tecnicamente avançado e altamente resisten-te, mesmo a condições extremas. A caixa é em bronze e pulseira em pele natural de bezerro.Já está disponível no nosso mercado.Mais informações no site do distribuidor em: www.jborgesfreitas.pt

U- 51 CHIMERA BRONZE

Caixa e fundo em bronzeFunções de horas, minutos, pequenossegundos, cronógrafo e dataCoroa em bronzeVidro de safiraDiâmetro 46 mmEstanque até 100 metrosMovimento mecânico automáticoReserva de marcha de 44HorasPulseira em pele natural de bezerroEdição Limitada a 300 peçasPVP. 7 650€

U-BOAT ITALO FONTANA

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H1

UM RELÓGIO COM AS HORAS FLUIDAS

Já há milhares de anos que os nos-sos antepassados mediam o tempo com fluidos, usavam as clepsidras, mas foi preciso esperar mais de 3.000 anos para que o fluido se libertasse da força da gravidade e pudesse indi-car a hora num relógio de pulso me-cânico. Se muitos o haviam sonhado, Vincent Perriard, CEO da HYT, e a sua equipa conseguiram-no.

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O princípio

A combinação entre a alta relojoaria e a mecânica de fluidos era, à partida, uma utopia. Rejeitando todas as certezas e contornando o conformismo, a ideia e a força que levaram à criação do H1 é, no entanto, simples: dois depósitos flexí-veis, acionados mecanicamente, acoplados a cada um dos extremos de um tubo capilar. Num deles, um líquido aquoso carregado de fluoresceína e no outro um líquido transparente viscoso. Para os manter separados uma técnica também mui-to simples, é usada a força de repulsão originada pela pola-ridade de ambos, um menisco delimita a fronteira entre eles.A operação começa pelas 6 horas, neste ponto o capilar está preenchido com o fluido transparente. Acionado pelo movi-mento mecânico do relógio, o primeiro depósito, cheio com o fluido fluorescente, começa a comprimir-se e a injetar o fluido para o capilar, substituindo o fluido transparente.Com o avançar das horas o liquido fluorescente vai preen-chendo o capilar e o menisco, em forma de meia-lua e que marca o ponto de rutura entre os dois fluidos dentro do tubo capilar, vai indicando a hora. Chegando às 18 horas, com o capilar totalmente preenchido com o fluido fluorescente, este volta à sua posição inicial, instantaneamente, com um movi-mento retrógrado.Os depósitos são construídos numa liga eletrocomposita, ex-tremamente flexível e resistente, movidos por dois pistons acionados pelo movimento do relógio.

Um movimento mecânico que aciona o sistema de fluidos

Orquestrado por Bruno Moutarlier, com a colaboração de Je-an-François Mojon e a sua equipa da Chronode SA, o movi-mento mecânico, alojado na parte superior do relógio, aciona as alavancas que vão empurrar os pistons que fazem funcio-nar os depósitos.O desafio principal foi encontrar uma interface perfeita entre o movimento mecânico e o sistema de fluidos, num circui-to fechado e hermético. Primeiro porque o volume disponível para albergar ambos os elementos era reduzidíssimo, depois, tinham que ser montados em separado para que fossem au-tónomos mas funcionassem perfeitamente em conjunto. Uma integração modular que originou outras complicações, nome-adamente a montagem do mostrador secundário pelos lados e em duas partes.

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Se a ideia básica de conceção era simples, a sua realização foi, no mínimo, muito com-plexa. Sob a direção de Bruno Moutarlier, formaram-se duas equipas: Uma com Jean-François Mojon e os seus colaboradores da Chronode, para a parte relojoeira do projeto. A parte fluídica foi confiada à Preciflex, a sociedade depositária das patentes criadas pelos fundadores da HYT, com Patrick Berdoz, Lucien Vouillamoz e Emmanuel Savioz. Também colaborou com eles a Hebling Technick, uma empresa do setor médico, onde se utiliza muito o movimento de fluidos em determinados tratamentos médicos.Foi uma aventura humana formidável que empurrou dois mundos, normalmente em pon-tos opostos, para uma nova era de desenvolvimento em comum. Uma tecnologia única que mexe, não só, a indústria da relojoaria, mas também a tecnologia médica, onde este sistema de bomba abre novas vias para aplicações inéditas neste setor.

Uma das etapas da construção deste relógio foi a elaboração de fluidos a um nível de condições de relojoaria, com cor e textura homogénea, resistência a vibrações e golpes, sujeitos a varia-ções de temperatura, sem sofrer alterações a longo prazo e her-meticidade a toda a prova.Para alcançar estes imperativos foi necessário o desenvolvimento de um grande número de inovações. Até hoje já foram registadas 7 patentes para a tecnologia e 1 para o desenho. Um mergulho vertiginoso no inédito que levou as proezas técnicas da relojoaria até às fronteiras da nanotecnologia.

Dominar as necessidades energéticas

Quando falamos em força hidráulica falamos em pressão. Quan-do o líquido fluorescente faz uma volta completa e chega às 6 ou 18 horas, a bomba emissora comprime-se, enquanto o fole recetor se distende, originando alguma resistência e, consequen-temente, uma maior necessidade energética. Para o remediar a Peciflex desenvolveu uns foles totalmente inovadores, com uma liga finíssima mas, por outro lado, extremamente flexível e resis-tente, inspirada nos emissores utilizados pela NASA mas com um desenho adaptado às necessidades da relojoaria. A sua forma, especialmente estudada, permite reduzir, ao máximo, a energia necessária para a sua compressão, além da absorção de golpes e uma hermeticidade a toda a prova.

Do desenho à realização: A convergência de dois mundos diferentes para um objetivo comum.

A exploração relojoeira até aos confins da nanotecnologia.

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Do desenho à realização: A convergência de dois mundos diferentes para um objetivo comum.

A Metafísica dos fluidos

Ao longo de todo o processo de desenvolvimento, leva-do a cabo paralelamente por ambas as engenharias, as quantidades de líquidos foram objeto da máxima aten-ção. Cada microlitro conta e o volume total no circuito fechado é extremamente preciso. O sistema deve apre-sentar uma hermeticidade nos limites da nanotecnolo-gia. Devido à reação pouco habitual entre a coroa e os fluidos, foi idealizado um sistema de acerto de hora es-pecial, para evitar que o fluido circule com demasiada rapidez e danifique o menisco.

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Dados técnicos

Movimento mecânico de corda manual, calibre exclusivo HYT, 28.800 alt/h, 4 Hz, 35 rubís, pontes decoradas com Punção de Genève, chanfrados manualmente, foles rodeados, reserva de marcha de 65 horas

Funções de horas fluídicas retrógradas, minutos e segundos

Caixa em titânio, diâmetro 48,8 mm, altura: 17,9 mm

Acabamento escovado, polido com jato de areia e acetinado.

Coroa de enroscar com protetor em titânio.

Armadores fixos enroscados. Cúpula metálica às 6 h

Vidros em cristal de safira, facetado, tratamento antirreflexo interior. Fundo em cristal de safira aparafusado.

Mostrador desestruturado opalino e prateado, horas fluídicas, índices e agulhas lumines-centes, regulador nas 12 h. Roda de segundos nas 9:30 h e indicador de reserva de mar-cha nas 2:30 h

Correia de tela cosida forrada a pele, fivela com segurança.

Outras versões: Caixa de titânio tratado com revestimento de DLC negro, mostrador se-cundário a negro.

Caixa de ouro rosa 5N de 18 quilates, mostrado secundario a negro.

Preço sob consuta. A versão em titânio ronda os 40.000 euros.

Mais informação em: www.hytwatches.com

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www.obaku.com [email protected]

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Cinco em PontoO olhar de quem sabe!

or muito bom, complicado e sofisticado que seja um relógio, indepen-dentemente do seu preço, marca ou modelo, quer seja construido em aço, cerâmica, titânio ou ouro, nenhum relógio é perfeito, é preciso “olhar” por ele. Todo o relógio requer manutenção e, em muitos casos, reparação de avarias. No Porto, fomos visitar a Cinco em Ponto, um verdadeiro “hospital” para re-lógios onde o rigor, a técnica e a qualidade dos seus serviços fizeram da casa o ponto de assistência oficial de muitas e prestigiadas marcas de relojoaria.

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necessidade de medir o Tempo, remonta à Idade Média. Desde então, o Homem embar-cou na senda do Segundo Absoluto. Diga-se, hoje, já o conhecemos e determinamos.Eis, porém, que nos finais da década de 50 do século passado, vários senhores e em diferen-tes cantos do globo, decidem miniaturizar essa Senda, ao pulso do Homem. Esta odisseia pre-valece até aos nossos dias e está longe chegar ao fim. Todos os dias, mais relógios, mais con-tadores de Tempo, mais precisos, mais finos, mais complicados, mais ornamentados, mais desenhados, mais coloridos, embalam os nos-sos olhos, gostos e aspirações.São máquinas, pequenas, muito pequenas, com peças e componentes ainda mais peque-nos, alguns microscópicos, que desde o mo-mento em que são criadas, contam-nos o Tem-po, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. Anos, décadas a fio!Como qualquer máquina, com um âmbito tão lato de funcionamento, naturalmente será ne-cessária, como também a qualquer um de nós, manutenção e cuidados.A Cinco em Ponto, dedica-se exclusivamente, a assistência técnica e serviço pós venda de relojoaria. Como centro relojoeiro certificado das marcas, Omega, Chronoswiss, Longines, Tissot, Hamilton, Rado, Certina, CK, Balmain, Hugo Boss, Gucci, Technomarine, Zeno Watch Basel, Prometheus e Nixon.

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Uma equipa técnica composta por 9 relojo-eiros, equipada para responder a qualquer tipo de intervenção em relojoaria, desde a simples regulação ao restauro completo e em todo o tipo de relógios, a Cinco em Pon-to gere atualmente uma carteira de mais de 500 clientes em Portugal e Espanha. Dispo-nibiliza aos seus clientes o acesso a uma plataforma logística, que possibilita a reco-lha e entrega através de serviço de cour-rier ou estafeta, diretamente na morada do cliente “Os nossos clientes não têm que se preocupar com o envio das suas repara-ções! Nós vamos busca-las!”Em 2010, respondendo às necessidades demonstradas pelos seus clientes, cria uma nova oficina, a Bolli, totalmente equipada

para o serviço de assistência técnica em Ourivesaria e Joalharia, dotada com labo-ratório de galvanoplastia. Torna o grupo, atualmente capaz de responder a qualquer intervenção no domínio do acabamento de relojoaria e lança a Bolli para a assistência em metais menos nobres, como o aço. Dotada de meios eletrónicos e digitais de-senvolvidos internamente, permitem ao seu cliente, o acompanhamento on-line, da re-paração em oficina.

Ricardo SousaCEO da Cinco em Ponto

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omo diz o velho ditado, “uma imagem vale mais que mil palavras”. Por isso optamos por enriquecer este artigo com as imagens que captamos durante a nossa visita e que são ilustrativas do rigor, técnica e qualidade da empresa, tal como referimos no início.Sobre as capacidades da empresa, Ricardo Sousa já nos descreveu no seu texto, com alguma modéstia, aquilo que estão capacitados para fazer.Resta-nos confessar a nossa admiração pela organiza-ção e eficiência do seu trabalho, sempre num ambien-te de boa disposição, não obstante a minuciosidade, a técnica e a precisão exigidas a estes profissionais.Contactos e informações estão disponíveis em:

www.cincoemponto.com

Américo Reis - Icones do Tempo

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o construtor britânico confirma os planos para a produção de uma série limitada de 30 unidades do modelo 12C GT CAN-AM Edition.

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o construtor britânico confirma os planos para a produção de uma série limitada de 30 unidades do modelo 12C GT CAN-AM Edition.

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No seguimento do sucesso da sua apresentação num estúdio de design do Pebble Be-ach Concours d’Elegance, no início do verão passado, num evento exclusivo durante o Grande Prémio dos Estados Unidos, no Circuito das Américas, a McLaren GT confirmou os planos para a produção de uma série limitada de carros para corrida, baseados no 12C de estrada.Esta edição limitada é um tributo a Bruce McLaren e Denny Hulme e aos seus sucessos ao volante dos carros da McLaren nas corridas Can-Am, quando conquistaram uma série de campeonatos para a equipa Bruce McLaren Racing.A McLaren GT, o departamento da marca que fabrica os carros para corridas, não vai produzir mais que 30 exemplares do 12C GT Can-Am Edition. Apelidado com o “ultimate track car”, este modelo não será sujeito aos habituais regulamentos que regeram a cons-trução do 12C GT3, modelo de sucesso no qual é baseado. Este modelo será equipado com uma versão livre do familiar motor biturbo V8 de 3.8 litros com uma afinação própria e sistema de refrigeração otimizada que lhe confere uma potência de 630 CV, fazendo do 12C GT Can-Am Edition o modelo mais potente de todos os seus irmãos 12C produzidos até à data.A espetacular figura do 12C GT Can-Am Editon é dominada pela grande asa traseira, construída em fibra de carbono. Esta faz parte de um singular conjunto de acessórios ae-rodinâmicos, provenientes do departamento tecnológico que a McLarem Racing usa para a Formula 1, e que proporciona ao bólide um apoio aerodinâmico de 30 por cento.Para completar este conjunto de componentes em carbono que realçam o estilo racing do carro, e que o diferenciam da versão de corrida GT3, estão incluídos os suportes e espe-lhos, os capôs do motor, as grelhas laterais dos radiadores, as proteções das soleiras e os emblemas.

MAQUINAS

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MAQUINASComo complemento ao look exterior o 12C GT Can-Am tem jantes de alumínio em liga leve acabadas em preto ace-tinado e calçadas com pneus Pirelli de corrida.Partilhando o mesmo chas-sis monocelular em fibra de carbon dos seus irmãos 12C e 12C Spider, o 12C GT Can--Am Edition é também equipa-do com um rol-bar completo e aprovado pelas normas da

FIA. No interior do cockpit, dois assento de corrida equipados com cintos de segurança de seis apoios e um exclusivo volante proveniente do 12C GT3. O formato e sistema de aperto deste volante é derivado do modelo MP4-24, o McLaren da Formula 1. Um sistema integrado de ar condicionado do tipo motosport, está incorporado no super leve tablier, construído em carbono, o que lhe confere um toque especial de conforto e racing. Os compradores do 12C GT Can-Am Edition podem também usufruir de packs persona-lizados de acessórios e medidas, proporcionados pela McLaren GT. Devido ás modifica-ções feitas no carro, este não tem homologação para circular em estrada, é um carro só para circular em pista fechada.Se acha que tem mãos, e carteira, para uma máquina destas, reserve já a sua. O 12C GT Can-Am Edition será construído a partir de Março deste ano nas novas instalações da McLaren GT em Woking, no Reino Unido, e serão produzidas apenas trinta unidades que custarão cerca de 500.000 euros cada.

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www.lambrettawatches.com

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Sortelha

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Seguimos pela estrada de alcatrão que sobe serpenteando pela encosta acidentada e pejada de penedos graníticos. Lá em cima, no alto de um monte elevado, a mais de 760 metros de altitude, encontramos uma cidadela de onde se destaca uma torre de mena-gem. Mais à frente, um portal medieval convida-nos a entrar para dentro das muralhas.Sortelha é uma povoação ornada com penedos e barrocos, onde as casas encostam e assentam. Esta disposição das casas, expostas ao sol, explica o cognome de “lagartixos” dado aos seus habitantes. É uma aldeia em granito, com ruas e vielas tipicamente medie-vais, fechadas por um círculo de muralhas, vigiado por um sobranceiro castelo do século XIII. Sortelha é, certamente, uma das mais belas e antigas povoações do nosso país, cujo traçado pouco se alterou nos últimos 500 anos.Caminhamos pelas ruas e vielas empedradas e parece que nos sentimos deslocados na época, dá a ideia que o tempo deixou de visitar o sítio há séculos, as marcas no granito esforçam-se por nos demonstrar a sua idade.Sortelha foi povoada por D. Sancho II, com população da região envolvente. A escolha do local deveu-se a uma mera questão defensiva contra as invasões da vizinhança espanho-la, de modo a garantir as condições mínimas de segurança. Foi sede do concelho até à sua extinção em 1855 e atualmente é uma das mais bem conservadas e bonitas Aldeias Históricas da Beira Interior.

Perdida entremontes e penedos, dura como pedra,soalheira e guardada entre muralhas.É Sortelha, onde o tempo parou há mais de 500 anos.

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É uma freguesia muito rica do ponto de vista turístico, quer ao nível do património monu-mental, quer em termos de natureza, gastronomia e artesanato. Do seu património cultu-ral e edificado destaca-se a Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, as capelas de S. Se-bastião, de S. Tiago, de Santa Catarina, de S. Cornélio e da Senhora do Desterro, assim como as muralhas, o Castelo, o Pelourinho e as sepulturas escavadas na rocha. Outros locais de grande interesse, já fora das muralhas, são a Cabeça da Velha, a serra da Pena, a pedra furada e as minas de Vale da Arca, Carrasca e Bica.O Castelo está classificado como Monumento Nacional, desde 1910. A sua situação ge-ográfica permite-lhe um controlo do vale. É possível que no local existisse um castro pré--romano. Na Idade Média o repovoamento da zona ocorre no século XII com D. Sancho I e em 1228 D. Sancho II outorgou-lhe foral e foi nesta época que terá sido construído o castelo. Corresponde a um castelo roqueiro românico-gótico, com intervenção pontual do manuelino. As muralhas foram construídas tendo por base a técnica de construção que consistia no levantamento de duas paredes fortes e paralelas, que eram seguidamente cheias com pedra grossa e gravilha. Exibe apenas uma abertura a sul (portal de arco de volta perfeita), três seteiras e merlões retangulares. Possui ainda duas portas: a Porta do Castelo e a Porta Falsa. A primeira apresenta balcão mata-cães e, ao lado, as armas reais de D. Manuel I com esferas armilares. Tradicionalmente este balcão é apelidado de Varanda de Pilatos.

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As habitações do interior das muralhas são tipicamente beirãs, havendo uma distinção funcional entre os dois pisos que as compõem e um balcão ou escada com patamar. Po-demos aqui encontrar vários tipos e tamanhos de casas, todas criteriosamente recupera-das, maioritariamente para fins turísticos.O perímetro amuralhado da vila apresenta um traçado ovalado irregular. A muralha as-senta, em vários locais, diretamente no afloramento rochoso. Apresenta quatro portas que permitiam fazer a ligação com o exterior: Porta da Vila ou Porta do Concelho, Porta Nova, Porta Falsa e outra Porta Falsa junto ao castelo. Existe ainda uma outra torre, a Torre do Facho, de planta quadrada, desprovida de vãos.A Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora das Neves, fica localizada no Largo da Igreja, dentro do perímetro amuralhado. Inclui, para além da igreja, a torre sineira, um passo da via sacra e algumas sepulturas escavadas na rocha.Embora, atualmente, o que podemos observar corresponda a uma igreja renascentista, a sua construção poderá datar do século XVI, no portal possui a data de “1573”.

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A atividade da pastorícia remonta a tempos imemoriais, fazendo parte do imaginário desta terra. É comum ainda hoje ver, pelas encostas e vales em torno de Sortelha, cabradas e rebanhos de ovelhas conduzidos placidamente por pastores. Esta atividade providenciou durante séculos alguns produtos básicos da gastronomia local, sobretudo a caldeirada de cabrito e o famoso queijo. Outros sabores podem ser apreciados como são os enchi-dos, a pita amarela, o pão-de-ló e os ovos esquecidos. Ao nível do artesanato realça-se o bracejo, os tapetes de Arraiolos, os panos de linho, as mantas de farrapo, as flautas e as esculturas em pedra.Merece bem a pena uma viagem a estas terras. Ao lado de Sortelha, Quarta-Feira é outro local de interesse, outra aldeia histórica. A cerca de 20 quilómetros, Belmonte e a sua his-tória como terra de judeus, o Centum Cellas e outros monumentos, são motivos de visita. Depois, mesmo alí ao lado é Manteigas, está na Serra da Estrela! Aproveite a viagem!

Fontes: J. F. Sortelha, C. M. Sabugal e outras.Fotos: Américo Reis - Icones do Tempo

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Como irOs acessos

A maneira mais fácil e rápida de chegar a Sortelha é pela A-23. Se vai do sul, pela A1, tome a A-23 em Alcanena seguindo em direção a Castelo Branco. Cerca de 200 Km depois, a seguir à Covilhã, saia na saída 32.Se vai do Norte, siga pela A-25 até à Guar-da onde vai tomar a A-23 até à saída 32, depois de Belmonte.Após sair da A-23 siga para sul até Caria, seguindo depois em direção a Sabugal. Cerca de 15 Km depois, em Santo Amaro, vai encontrar um cruzamento com a indi-cação de Sortelha. Siga as indicações e, 7 Km depois, escondida entre penedos, vai encontrar Sortelha, protegida pelas suas muralhas.Aproveite a viagem para uma visita à Ser-ra da Estrela que é mesmo ali ao lado.

Informações Uteis

POSTO DE TURISMO DE SORTELHA

Largo do Corro, 6320-536 Sortelha Nº Verde: 800 262 788 (chamada gratuita) Horário de funcionamento: Das 10:00h às 12:30h e das 14:30h às 16:30h (Encerrado às Terças-feiras). E-mail: [email protected]

CÂMARA MUNICIPAL DE SABUGAL

Praça da República, 6324-007 Sabugal Telefone: 271 751 040Fax: 271 753 408E-mail:[email protected]

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S ousel, viu renascer um espaço há mui-to abandonado. A herdade foi comprada pela família Antunes que lançou um ambicioso pro-jeto: tornar o Arrepiado Velho numa referência de excelência no Alentejo.O monte alentejano, do sec. XIX, foi recons-truído de acordo com a arquitetura tradicional da região, pleno de espaços de rara beleza, onde a paixão se sente a cada recanto e em

cada detalhe, quer na casa quer no espaço envolvente, numa área de 100 ha, onde a barragem se destaca entre as vinhas, o olival e os bovinos de raça charolesa, num misto de cor e tran-quilidade como só o Alentejo proporciona. Estas caraterísticas fazem com que a herdade se integre na Rota de São Mamede, um dos três caminhos da Rota do Vinho Alentejano. A herdade ganhou forma, investiu-se na qualidade e em 2002, 33 ha de vinha foram plantados de raiz num “terroir” que com-bina, de forma rara, solos xistosos de acentuado declive com temperaturas amenas e abundância de água, caraterísticas naturais indicadoras de grande potencial. O viticultor David Booth, e o enólogo António Maçanita, junta-ram os seus conhecimentos, inovação e dedicação, seleciona-ram as castas e criaram a “Vinha dos 100 Pontos”. Por isso, os vinhos que alí se produzem não passam despercebidos, quer pela imagem quer pelas sensações organolépticas.

Gourmet

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QGourmet

uando se ouve António Maçanita, o enólogo da Herdade do Arrepiado Velho, a falar sobre os seus vinhos, faz lembrar um artista a falar das suas obras de arte. Mas no fundo, é disso que se trata, a maioria das suas criações são verdadeiras obras de arte. Prova disso são o grande número de vinhos premiados que ostenta no seu palmarés. E um desses exemplos é o vinho que apresen-tamos hoje: o Brett. O que, à partida, iria ser um vinho com de-feito, contaminado por uma bactéria, com al-gum engenho e arte, este brilhante enólogo transformou-o numa especialidade, numa novidade enológica a nível mundial.Foi assim que, em 2007, na Herdade do Ar-repiado Velho, os frutos de uma casta Syrha, cultivados por António Antunes e vinificados por António Maçanita, após um estágio em pipas de carvalho francês, se transformaram no Brett Edition, um vinho diferente e inédito a nível mundial.

orquê Brett Edition?

Longe de ser consensual, o “Brett” divide os apaixonados e entendidos de vinhos. O “Brett”, nome curto para a levedura «Brettanomyces/Dekkera», tem a capaci-dade de produzir aromas descritos como, suor de cavalo, cabedal e outros. Defei-to ou virtude, é parte da composição do aroma dos grandes clássicos e é, por uns, apelidado como a “complexidade do ve-lho mundo”. No entanto é, por outro lado, considerado por outros um escandaloso defeito. Na primeira edição, a natureza decidiu tomar a liderança na enologia, já no final do estágio em barrica. Na ul-tima edição parte do Syrah estagiou nas barricas da edição anterior. O resultado é um vinho multidimensional, produzindo o “Brett” niveis de complexidade aromática, só possiveis com vários anos de garrafa, mas mantendo aínda toda a fruta.

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rett Edition Tinto 2008

Casta: Syrah (100%)

Vinificação: Vindima manual, em caixas de 25 Kg, seguida de escolha apertada em mesa de seleção, desengace muito leve a estalar o bago. Fermentação alcoólica e malolática na-turais e espontâneas. “Cuvaison” de 21 dias.

Envelhecimento: 16 meses em barricas de carvalho francês

Alcool: 14,5 % em volume

Conservação: 16 a 18ºC

Serviço: Por ser um vinho de teor alcoolico elevado, servir a 18º para ser bebido a 20º

Gastronomia: Acompanha bem pratos com notas detorrefa-ção, como assados no forno de carnes vermelhas ou caça, e também combinações de carne com compotas de frutos se-cos. Combina de forma fantástica com queijos, desde um cre-moso “Azeitão” a um tradicional “Roquefort”.

Notas de Prova: Cor violeta-ruby, concentrado. Nariz exu-berante, aromas a lembrar caixas de cigarros, couro, espe-ciarias e groselhas pretas. Ataque redondo, suave e rico, boa frescura e presitência no final da boca. Ousado.

Mais informação: www.arrepiadovelho.com

B

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Gourmet Fogaças e Fogaceiras

A Fogaça é um pão doce tradicional de Santa Maria da Feira, cujo formato estiliza a torre de menagem do Castelo com os seus quatro coru-chéus. É cozida diariamente em várias casas de fabrico do Concelho e distingue-se por tradicio-nais aprestos, quer no preparo, quer na forma como vai ao forno. Comercializada durante todo o ano, a Fogaça da Feira é utilizada como voto na Festa das Fogaceiras, a 20 de Janeiro. Ingredientes - Farinha de trigo, ovos, açúcar, manteiga, fermento de padeiro, água, canela, sal grosso e sumo e raspa de casca de limão. Confecção - Dissolve-se o fermento na água tépida e junta-se farinha de trigo até se obter uma massa mole. Se o ambiente for ameno, dei-xa-se levedar 15 minutos. Depois adicionam-se os ovos, o açúcar previamente peneirado com a canela, a manteiga, o sal, a raspa e o sumo dos limões e a farinha necessária para se obter uma massa um pouco mais consistente do que a do pão. Deixa-se fermentar 30 minutos, o tem-po necessário para a massa dobrar de volume. Nesta altura, formam-se bocados de massa do tamanho que se pretende fazer a fogaça, e mol-dam-se num rolo comprido, semelhante a uma serpente. Depois, começa-se a enrolar pelo lado mais largo, resultando uma pirâmide. À medida que vão sendo enroladas, as pirâmides vão sen-do colocadas no tendal (tabuleiro forrado com um pano polvilhado com farinha), onde voltam a crescer (30 minutos a 1 hora). Colocam-se as fogaças em fila na pá do forno e pincelam-se com ovo batido. Com uma tesoura, dão-se qua-tro golpes no topo da pirâmide, dos quais resul-tarão os quatro coruchéus da torre de menagem do Castelo. Introduzem-se as fogaças em for-no bem quente e, 15 minutos depois, puxam-se para fora com a ajuda da pá e, à mão, separam-se as “torres do Castelo”, permitindo, assim, que o calor penetre no interior das fogaças, cozen-do-as uniformemente.

Fonte: www.cm-feira.pt

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