Hotel - planejamento e Projeto

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Todas as etapas para a criação de um hotel - desde a concepção do projeto, a análise de vários tipos de hotel, passando pelo seu porte, a localização e o estilo arquitetônico, são estudadas na obra.

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cias de organizao, ele nunca se pode permitir fechar-se ou deixar de estar alerta para as necessdades da clientela. Neste livro, a riqueza do tema beneficia-se da vasta experincia dos autores na

elaborao e desenvolvimento de numerosos projetos de edifcios hoteleiros. Eles

comearam a acumular esse saber aplicado a especficas condies brasileiras em meados dos anos 70 e so pioneiros num trabalho que no pas ainda hoje atrai rarosprofissionais.

O ncleo de Hotel: plan,ejamento

e

projeto, que se inicia na fase anterior construo do edifcio, ncluindo questoes de reas e instalaes, de elaborao do programa e do dimensionamento, aborda

tambm temas que se integram no con-

texto geral da edificao, situando-a deforma ampla no fenmeno hoteleiro: um breve histrico da hotelaria, a definiodo produto a ser oferecido_, a localizaore_

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Um breve histdrico,, 16 Definio do produto, 26 tcalaaq, 36 Tipos de hotel, 42 0 projeto, 88 Parnrtros de custos, 234Bibliografi-,,, 239

ndice gga1,,24!

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INOTA DO EDITOR

A expanso do mercado turstico nacional, acompanhando a tendncia mundial, tem exigido do empresariado e do pessoal gerencial-administrativo do setor hoteleiro ateno maior crescente complexidade desse mercado. Respaldados em dcadas de experincia na elaborao, desenvolvimento, coordena,o e superviso de projetos arquitetnic.'s de vulto, os autores de Hotel: planejamento e projeto detalham as etapas necessrias concepo de um projeto e, ao analisar os diversos tipos de hotis, estudam aviabilidade e asvaveis que influenciam na deciso quanto ao porte, Iocalizao e estilo do empreendimento. Ao apresentar mais uma publicao da rea de Hotelaria e Turismo, a Editora SENAC So Paulo est certa de contribuir com um instrumento valiosssimo para profissionais de arquiterura e engenharia, empresrios do setor e estudantes e pesquisadores interessados no tema.

I

AGRADECIMENTOS

agt adecimentos Queremos manifestar nossos profundos

ANcera.PAGLIUSOBASSO,peladedicaoeentusiasmoComquepartic de aiuda, despou desta empreitada, desdobrando-se sempre que precisamos produo de de o levantamento de informaes, escolha de ilustraes, e outras que sequer desenhos, copidesque, sugestes; algumas que pedamos eiaborao desimagrnvamos. Enfim, uma arquiteta dos sete instrumentoslA te livro teria sido bem mais difcil sem sua colabotaoLucraNe. BoN DUARTE,

pelo desenvolvimento da pesquisa bibliogrfica

inicial e de ndices hoteleiros.pela ConSultoria que forneceu pafa o setor de e compeequipamentos pafa cozinhas e lavanderias, com a disponibilidade pelo xito de sua empresa tncia que cafact ezamsua atuao, bem atestadasAMAURI ANTONTO PELLOSO,

de consultoria, a Placontec'LUIZ ANTONiO DE MORAES, pela Contribuio

no que se refere aos siste-

mas de ar-condicionado e exausto'

que reviu e complementou as informaes relacionadas com os sistemas eitricos.

Hrcton

PERTZ,

JoRGE DuARTE,

pela colabono na parte de

PREFACIO

No h como deixar de reconhecer a importncia da expanso do mercado turstico nacional para o desenvolvimento econmico-financeiro-social do pas. A disparada do turismo nas ltimas dcadas do sculo )O( fruto de uma ampla teia que envolve novas dimenses nas reas da comunicao e dos transportes mundiais, decorrentes da internacionalizao das economias. Outra explicao para esse crescimento foram os avanos considerveis alcanados por diversas regies do mundo, como a abertuta poltica, econmica e cultural da Rssia e dos pases vizinhos da Europa Oriental, a establlizao poltica e econmica da Amrica do Norte e da Europa Ocidental, a consolidao do mercado asitico e o crescimento da Austrlia e da Nova Ze\ndia, ambas naes capitalistas desenvolvidas e com alto nvel de qualidade de vida. Mesmo na Amrica Latina emergiu, recentemente, uma conscincia turstica voltada para a valorizao da oferta natural dos pases do Cone Sul e para a expanso dos mercados e PIBs nacionais. Alm das estratgias de alavancagem do turismo promovidas por pases e regies, surgiram novos nichos negociais, como o turismo ecolgico e de terceira idade, que incrementaam, ainda mais, os fluxos mercadolgicos. Nesse contexto, a hotelaria desponta como vetor fundamental de expanso e consolidao do setor. Sua atuao tem correspondido demanda dos novos segmentos de mercado e, ao mesmo tempo, propiciado o surgimento de novas modalidades de turismo, diversificando o portflio de servios. Por tudo isso, ahotelaria tem merecido destaque no cenrio turstico. Sua evoluo, nas ltimas dcadas, e suas amplas perspectivas de crescimento acompanham uma tendncialargamente verificada em todos os ramos de negcios e setores: a qualificao e especializao dos servios prestados.

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HOTEL: pLANEJAMENO E PROJETo

No Brasil, conceitos avanados no campo do planejamento hoteleiro tambm tm recebido destaque. A complexidade que envolve as funes de hospedagem e atividades administrativas dos novos modelos de empreendi* mentos hoteleiros no mundo globalizado o eixo central do pioneiro trabalho desenvolvido por Nelson Andrade, Paulo Lucio de tsrito e wilson Edson Jorge. Baseada na experincia e no aprendizado profissional dos autores, a olsra um guia seguro para os peregrinadores em busca da Meca do conhe_ cimento hoteleiro. Amparados em eficiente metodologia e grande acuidade, eles detalham as etapas necessrias paru dimensionar, com preciso, os ftores inerentes concepo de um projeto hoteleiro. Esto agrupados os itens que antecedem o projeto arquitetnico, como a definio do seguimento de mercado que se pretende atingi, o perfil dos usurios, a viabilidadeeconmico-financeira do empreendimento e sua localiza,o, a tipologia do edifcio, o nmero de apatamentos, o padro das instalaes e os equipamentos necessrios, e os itens pertinentes ao projeto tcnico, como os sistemas hidrulicosanitrios e eletrnicos que devem ser utilizados, a diviso dos setores compreendidos no hotel, a configurao dos andares e das reas sociais e recreativas do prdio e a melhor forma de administraf o empreendimento. Todo o entendimento necessno para o sucesso do projeto est mapeado nos tpicos, subtpicos, grficos e ilustraes, que recuperam a histria do desenvolvimento hoteleiro no Brasil e no mundo e expem os fatores responsveis pelo atual estgio evolutivo do turismo nos continentes. A partir dessa clata abotdagem acerca dos caminhos e perspectivas do mercado turstico internacional, os autores edificam seu esquema de trabalho, detalhando os atuais tipos de hotis e a melhor forma de escolher um empreendimento. Andrade, Brito e Jorge consideram todas as variveis que envolvem e influenciam essa deciso estratgica, sinalizando, com exatido, os fatores da viabilidade.Tratase de um trabalho completo, inclusive na anlise do projeto de arquitetura e do programa administrativo mais adequado ao porte e ao estilo do hotel. Quadros comparativos permitem a visualizao dos mercados hoteleiros mundiais e as diferenas qualitativas e quantitativas pertinentes. perfeito pan empresrios que petendem montar estabelecimentos baseados em receitas que deram certo no exterior e para quem prefere distanciar-se de mo_ delos preconcebidos. Tudo listado com prs e contras. A presente "bl)lia" comprova, por si s, a dedicao e o empenho dos profissionais e autores desta colabora,o inovadora, instrumento fundamental para os corpos gerenciais, funcionais, administrativos e profissionais da cadeia hoteleira.Presidente da ABIH-SP

Julio Serson

-

Associao Brasileira da Indstria Hoteleira

-

So paulo

TNTRODUAO

O dinamismo que o setor hoteleiro vem demonstrando nos ltimos anos no se reflete nas informaes disponveis sobre o planejamento e o projeto de hotis, que continuam escassas, nem no nmero de profissionais atuantes no setor, ainda pequeno. Tanto assim que este o primeiro livro voltado para o tema do planejamento e do projeto de hotis que se publica no Brasil a partit da experincia obtida no prprio pas. E isso na passagem do sculo! A experincia dos autores resultante dos caminhos profissionais que os levaram e induziram produo de inmeros edifcios hoteleiros. O aprendizado intrnseco a esse processo significou um dispndio importante em pesquisa, pois, no perodo em que comeamos a trabalhar nessa rea, em meados da dcada de 70, pouca era a experincia acumulada no Brasil. Alm disso, havia absoluta falta de dados e informaes sistematizadas. Hoje, no que diz respeito disponibilidade de dados e informaes, a sifuao no se modificou muito. o livro tem, portanto, uma vertente de criao baseada na experincia acumulada de atividades profissionais. A outra vertente vem de um curso de extenso para profissionais que vimos desenvolvendo e ministrando nos ltimos anos, sobre este tema. Essa segunda vertente trouxe-nos a experincia didtica que diz muito da forma e do interesse dos temas abordados. o ncleo do livro envolve o projeto do hotel, e inclui as questes das reas e instalaes, da elaborao do programa e do dimensionamento. os demais temas abordados se integram no contexto geral da edificao, procurando situ-la de forma mais ampla no fenmeno hoteleiro: um breve histrico da hotelaria, a definio do produto a ser oferecido, a questo dalocalizao

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

do empreendimento, os tipos mais freqentes de hotis e parmetros de custos de implantao e de equipamentos. Embora os hotis no se limitem a edifcios, sendo comuns empreendimentos hoteleiros mais diversificados, entre os quais complexos coniuntos externos de instalaes de recreao e de esportes, cujo exemplo mais significativo o resort, neste livro so tratados principalmente os setores e as instalaes do hotel compreendidos em edifcios. Isso porque, de um lado, a grande maioria dos hotis incluem-se nesse caso e, de outro, tal a variedade das situaes que fogem ao comum que sua abordagem requereria vm tratamento caso a caso. As abordagens de cartet geral e as particularizadas para cada setor especfico dos hotis focalizam aspectos funcionais e requisitos fsicos considerados importantes, sendo complementadas por informaesrelativas aos respectivos dimensionamentos. O edifcio de um hotel tem como peculiaridadebsica sua complexida-

de, advinda da diversidade do programa e do fato de ter de funcionar ininterruptamente. A diversidade do ptogtama decorre da grande quantidade de funes normalmente exercidas pelo hotel e do conjunto de atividades complementares que acontecem em suas dependncias. A funo de hospedagem, que pressupe apartamentos confortveis, bem dimensionados, devidamente equipados e com ambientes agradveis, somam-se atividades administrativas, industriais (produo de alimentos, lavanderia), comerciais (restaurantes e lojas), centrais de sistemas (gua fria e quente, vaporl energia, ar-condicionado), de manuteno, alm de outras atividades relacionadas com a realizao de eventos, com a recreao e o lazet A complexidade de um hotel e suas dimenses, eue precisam estar acima de um mnimo para tonlo vivel economicamente, resultam em empreendimento oneroso e muito sensvel aos custos finais de construo de operao e manuteno. Assim, o projeto precisa ter dimensionamentos corretos, favorecer estritamente as circulaes geradas e exigidas pelos componentes, equipamentos escolhidos com rigor e outros quesitos mais. Se formos avaliar o hotel em etapas anteriores ao projeto, necessrio lembrar que a deciso de constru-lo estar vinculada ao binmio mercado/ localizao. Da iro decorrer a tipologia do hotel, o nmero de apartamentos, o padro das instalaes e os equipamentos necessrios para o atendimento do segmento de mercado a que ele se dirige. Os cuidados necessrios implantao de um hotel, no qual o projeto fsico um elemento fundamental,levaram as grandes cadeias hoteleiras internacionais a estabelecer normas e requisitos rigorosos para implantar ou

TNTRODUO

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operar hotis. Edifcios projetados e construdos sem o estrito atendimento dessas normas e requisitos ou so rejeitados, ou precisam ser modificados. Para completar essa primeira referncia sobre o planejamento e o projeto de hotis vale a pena lembrar que o edifcio hoteleiro xige tais especificidades de organizao e de equipamentos que dificilmente poder sei convertrdo para outro uso, caso o empreendimento no se viabilize. Profissionalmente, temos sido solicitados tambm para solucionar o problemainverso: edifcios em estgios diferenciados de construo que precisariam ser convertidos em hotel.

muito comum tambm encontrarmos casos de ampliao e outras reformas para hotis j estabelecidos, sem que a obra se apie em projeto suficientemente desenvolvido. Isso acontece porque o proprietriojulga desnecessrio o investimento em consultoria ou em projeto, confiando apenas em sua experincia e na sua assessoria habitual. Tivemos a oportunidade de constatar o desperdcio e os custos adicionais causados por essa atitude, s vezes sem que o prprio empresrio se d conta deles, E parte desses custos evitveis vo ocorrer permanentemente na opera,o do hotel, pois so decorrentes da organizao espacial das reas que abrigam as diversas funes, que exigem mais empregados, mais material de reposio, etc. Este livro destinado principalmente aos profissionais de arquitetura e engenharia envolvidos em estudos e projetos de hotelaria, empresrios do setor e investidores potenciais que pretendam se aproximat do mesmo. Ele pode ainda ser til a estudantes e pesquisadores que, por diversos motivos, tenham interesse no tema. Leitores de outras procedncias so tambm bemvindos. Esperamos que nossa iniciativa seja efetivamente til paru o leitor.Os autores

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HOTEL: PLANJAMENTO E PROJETO

INTRODUOO comrcio o responsvel histrico pelas formas mais antigas de oferta hoteleira. As rotas comerciais da Antiguidade, na Lsia, na Europa e na Africa, getaram ncleos urbanos e centros de hospedagem para o atendimento aos viajantes. Na Idade Mdia, a hospedagem era feita em mosteiros e abadias. Nessa poca, atender os viajantes era uma obrigao moral e espiritual. Mais tarde, com o advento das monarquias nacionais, a hospedagem era exercida pelo prprio Estado, nos palcios da nobreza ou nas instalaes militares e adminisrativas. Os viajantes que no contavam com o beneplcito do Estado eam atendidos, precariamente, em albergues e estalagens. Posteriormente, com a Revoluo Industrial e a expanso do capitalismo, a hospedagem passou a ser tratada como uma atividade estritamente econmica a ser explorada comercialmente. Os hotis cor.rr staff padronizado, formado por gerentes e recepcionistas, aprecem somente no incio do sculo XD(. O turismo passa por uma transforma.o ndrcalapartrr da Segunda Guerra Mundial, com a expanso acelerada da economia mundial, a melhoria da renda de amplas faixas da populao (basicamente nos pases mais desenvolvidos da Europa central, nos EUA e no Canad) e a ampliao e melhoria dos sistemas de transporte e comunicao, principalmente com a entrada em cena dos avies a jato paa passageiros, de grande capacidade e longo alcance. Aps a Segunda Guerra Mundial, o turismo passa a ser uma atividade econmica significativa, principalmente para os pases desenvolvidos, nos quais havta crescimento e ampliao da renda da populao, o que geava mais disponibilidades de tempo e recursos paa o lazer. O processo de desenvolvimento e de globalizao da economia mundial, alm de gerat um progressivo fluxo de viagens regionais e intemacionais, ampliou de forma acelerada o setor de lazer e de turismo, que passou a ser, efetivamente, o grande promotor de redes hoteleiras. A sociedade de consumo de massa ampliou-se pata o setor de lazer e de turismo. importante lembrar que a classe mdia, enquanto base para uma sociedade de consumo de massa, apatece no sculo )O(, e, em casos como o Brasil, aps a dcada de 40. Nos pases desenvolvidos, o operariado com capacidade aquisitiva para o lazer e o turismo passa a ser repesentativo no

mesmo perodo. O conceito de quarto com banheiro privativo, hoje chamado apafiamento, foi introduzido pelo suo Csar Ritz, em 1870, no primeiro estabeleci-

BREVE

HISTORICO

rg

mento hoteleiro panejado em paris, e atingiu os Estados unidos em 190g, com o Statler Hotel Company.l A histria da hotelaria no mundo possui marcos que delimitam mudanas importantes no processo de evoluo do setor.MARCOS DA HOTELARIA NO MUNDO

An'liguidade

,3::,j:i:r:::ffi::Pontos de paradas e de catavanas.

a Bri'nia

idade

Mdia

eEra

Moderna 1790

Abadias e mosteiros que acolhiam hspedes. Acomodaes junto aos postos de articulao dos correios. Abrigos pata cntzados e peregrinos.

surgimento de hotis narnglaterra, naEuropa e nos EUA, no final do sculo X\TII, estimulados pela Revoluo Industrial,reas prximas s estaes ferrovirias passam a concentrar

1850 7870 1920 7950

os hotis no final do sculo XIX e nos primeiros anos dosculo )O(.

Introduo do quarto com banheiro privativo (apartamento).Grande nmero de hotis construdos, na dcada de 20, nos EUA e Europa, gerado pela prosperidade econmica.

Novo surto de construo de hotis nos anos 50, coincidindo com a era dos jatos e o grande incremento do movimento tustico mundial.Entrada em opeao dos Boeing 747, em 1969/7970.

7970

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t''t"tt^ ^ "^^- Sao paulo, 1995). SE\--{.C

o de sistemas boteleiros

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conceitos bsicos(So paulo: Editora

20

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

A HOTELARIA NO BRASILNo perodo colonial, os viajantes se hospedavam nas casas-grandes dos engenhos e fazendas, nos casares das cidades, nos conventos e, principalmente, nos ranchos que existiam beira das estradas, erguidos, em geral, pelosproprietrios das terras marginais. Eram alpendres construdos s vezes ao lado de estabelecimentos sticos que fomeciam alimentos e bebidas aos viajantes. Aos ranchos e pousadas ao longo das estradas foram se agregando outras atividades comerciais e de prestao de servios que deram origem a povoados e, opornrnamente, a cidades. Nessa poca era comum as famlias receberem hspedes em suas casas, havendo, em muitas, o quarto de hspedes. Movidos pelo dever da candade, os jesutas e outras ordens recebiam nos conventos personalidades ilustres e alguns outros hspedes. No mosteiro de So Bento, no Rio deJaneiro, foi construdo, na segunda metade do sculo XVI[, edifcio exclusivo para hospedana.

No sculo XVIII comearam a surgir na cidade do Rio de Janeiro estalagens) ou casas de pasto, que ofereciam alojamento aos interessados, embries de futuros hotis. As casas de pasto ofereciam, inicialmente, refeies a preo fixo, mas seus proprietrios ampliaram os negcios e passaram a oferecer tambm quartos para dormir. Em 1808, a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro e a conseqente abertura dos portos trouxeram um grande fluxo de estrangeiros, que aqui vieram exercer funes diplomticas, cientficas e comerciais. Com isso,

BREVE

HISTORICO

21

houve aumento da demanda por alojamentos, e nos anos seguintes os proprietrios da maioria das casas de penso, hospedarias e tavernas passaram a utilizar a denominao de hotel, com a inteno de elevar o conceito da casa, independentemente da quantidade dos quartos e do padr.o dos servios oferecidos.2 Cabe destacar, nessa poca, o Hotel Pharoux, pela localizao estratgica junto ao cais do porto, no Largo do Pao, considerado um dos estabelecimentos de maior prestgio no Rio de Janeiro.

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ffiproblema da escassez de hotis no Rio de Janeiro, gu j acontecia em meados do sculo xIX, prosseguiu no sculo )o(, levando o governo a criar o Decreto nn 1160, de 23 de dezembro de 1907, que isentava por sete anos, de todos os emolumentos e impostos municipais, os cinco primeiros grandes hotis que se instalassem no Rio de Janeiro. Esses hotis vieram, e com eles o Hotel Avenida, o rraior do Brasil, inaugurado em l-908. O Avenida, com 220 quartos, maca, por assim dizer, a maioridade da hotelaria no Rio de Ianeiro.

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A fixao do termo "hotel" no jatgo nacional se deu, definitivamente, em virtude da necessidade de anunciar o servio junto aos estrangeiros da cidade do Rio de Janeiro. A Gazeta do Rio de -laneiro, por exemplo, taz, no ano de 181.7, anncio de um mesmo estabelecimento com denom! nao de Hospedaria do Reino do Brasil e depois Htel Royaume du Brsil.

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

A partir da dcada d" 3O passam a ser implantados grandes hotis nas capitais, nas estncias minerais e nas reas de apelo paisagstico, cuja ocupao erapromovida pelos cassinos que funcionavamjunto aos hotis. F;m7946, com a proibio dos jogos de azar. os cassinos foram fechados e) como conseqncia, os hotis a que estavam vinculados acabatam fechando as portas. Exemplos muito conhecidos dessa fase so os hotis Arax e Quitandinha. Em 1966 criada a Embrarur e. junto com ela, o Fungetur (Fundo Geral de Turismo), que aora de incentivos fiscais na implanta,o de hotis, ^travs promovendo uma nova fase na hotelaria brasileira, principalmente no segmento de hotis de luxo, os chamados cinco estelas. Esse novo surto hoteleiro leva tambm a mudanas nas leis de zoneamento das grandes capitais, tornando a legislao mais flexvel e favorvel construo de hotis. Nos anos 60 e 70 chegam ao Brasil as redes hoteleiras internacionais. Mesmo sem um nmero importante de hotis, essas redes vo ctiat uma nova orientao na ofefia hoteleira, com novos padres de servios e de preos. A expanso da hotelaria sob a tutela da Embratur, que tem como pano de fundo uma demanda crescente e em grande pate reprimida, teve como

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24

HOTEL: pLANEJAMENTO E PROJETO

reirimida ou malservida, espera d"

conseqncia um desequilbrio no perfil de hotis novos oferecidos, pois a maior parte petencia categoria 5 estrelas. Segmentos_llqp-ort4gl*da de_ manda, como os ligados a negcios e servios qu"r.um hotis de categoria nrdia e..o.,ffi, tm sido negligerrci4dgq,aqdo d";;

s pisiiivas de crescimento da i"auri.u-tt"r"i-; p" missoras, em funo da rclativa estabilizao da economia do pas e do au_ mento acentuado das viagens fursticas nos dois ltimos anos, principalmente ao exterior, o que significa que a estabilizao da moeda e dos preos condu_ ziu incorporao do item viagens ao oramento familiar, pelo menos entre a

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classe mdia. As viagens tursticas ao exterior apresentam um componente importante para a hotelaria brasileira: os turistas brasileiros, 80 por cento dos

quais se destinam aos Estados Unidos. passam a conhecer o padroda hotelaria de pases desenvolvidos, que apresentam melhor qualidade e menores pre-

os' Gradualmente, esses turistas iro pressionar as empresas do setor hoteleiro no Brasil a oferecer mais qualidade e preos menores. Recenteme7te, a montagem de funds, a partir dos fundos de penso e de financiamentos do BNDES, tem sido uma das poucas alternativas pata a implantao de novos hotis. Ainda aqui, na utilizao desses capitais, tm predominado os hotis de luxo e de grande porte. Outra tendncia importante que, nos ltimos anos, cadeias hoteleiras internacionais vm promovendo uma poltica mais sistemtica para ampliar sua participao no mercado brasileiro, visando inclusive os segmentos de mercado menos atndidos (hotis econmicos). De modo geral,a continuida-

BREVE

HISTORICO

25

de dessa poltica trar alteraes significativas nos padres da oferta atual. A concorrncia se tornar mais acircada, com conseqente diminui.o das tarifas, e os padres de atendimento ao cliente devero melhorar e se aprimorar. A dinmica vigente no setor hoteleiro bem atestada pelo conjunto de empreendimentos previstos para as cidades de So Paulo e Guarulhos, por exemplo. Est prevista a implantao de 38 hotis at o ano 2002 na cidade de So Paulo. Em Guarulhos, em funo da demanda causada pelo aeroporto internacional,haver sete novos hotis. As redes hoteleiras internacionais Accor, Best Western, Hyatt, Ramada Renaissance, Marriot, Choice, Posadas e Meli tm participa.o de peso nos empreendimentos, em sua maior parte de pa. dro 4/5 estrelas e com mais de duzentos apartamentos. Esto previstos tambm dois centros de exposies e feiras, que cobriro uma rea em que So Paulo )vem apresentando demandas reprimidas, atendendo o segmento mais importante de viagens e estadias na regi,o, o turismo de negcios. No que diz respeito a empeendimentos do tipo resort, inteessa salientar, pelo porte, o complexo turstico multiresort em fase final de construo em Saupe, ptaia 90 quilmetros ao norte de Salvador, Bahia. O complexo, que est sendo instalado em uma rea de 1.750 hectares, prev a implanta,o de cinco hotis e seis pousadas, em um total de 1.650 apartamentos. Os empreendedores se impuseram o objetivo de construir um novo destino turstico do zero, "a Cancn brasileira". O empreendimento se tornou vveI com o investimento pblico em uma infra-estrutura de acesso - aLinha Verde, rodovia que liga Salvador a Sergipe - e com a garantia do futuro fornecimento de gua, energia, esgoto e telefonia paa a regio.MARCOS DA HOTELARIA NO BRASIL1808

Mudana da corte portuguesa para o Brasil, o que incentiva a implantao de hospedarias no Rio de Janeiro. Primeira lei de incentivos paru a implantao de hotis no Rio de Janeiro.

1904

1946

Proibio dos jogos de azar e fechamento dos cassinos, inviabtliza os hotis construdos para esse fim.

o

que

1966

Criao da Embratur e do Fungetur, que viabil izam a implantao de grandes hotis, inclusive nas reas da Sudam e da Sudene.

r990

Entrada definitiva das cadeias hoteleiras internacionais no pas.

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HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

DEMANDA E OFERTAA melhoria do sistema mundial de comunicaes e.de transportes e a dir.ulgao de culturas de regies outrora longnquas ou pouco conhecidas praticamente unificou o planeta como rea de interesse turstico. A facilidade de acesso aproximou os pases e as regies. A expanso da economia incorpoou novos e significativos contingentes sociedade de consumo, na qual o turismo se insere como um segmento importante e em contnuo crescimento.As viagens passaram a fazer parte da cultura e das aspiraes das populaes, fazendo com que a demanda turstica passasse a ser crescente. A oferta hote-

leira evoluiu em funo dessa demanda. A importncia do turismo tal que, em 7995, ele representava 3,38 trilhes de dlares no faturamento bruto da economia mundial2,98 trilhes de dlares na composio do PIB mundial (10,8 por cento do total) e 21.2 milhes de empregos (10,7 por cento do total). A situao do Mercosul, identificada no Quadro 7, diferente: o tuismo contribui com7,75 por centoQUADRO O MERCOSUL EM FACE DO TURISMO MUNDIAL Indicadores Mercosul

Mundo2005*

1992Faturamento bruto (US$ bilhes)Empregos (milhes) % do total-7 tr,^

1995

7n oq 6,80- eador, portaJenos de papel, bacia, banheita e box'2

.

Proposta para apartamento econmico de rede hoteleira, So Paulo, SP- Cama

1

2 - Maleiro 3 - Mesa de trabalho 4 - Cadeira5 - Televrsor

6 - Luminria

/-

teteTone

8 - Blackout + Cortina decorativa

Hotel Taj Mahal, Manaus, AM1 - Cama 2 - Mesa de cabeceira / Crtado J - 50a 4 - Armrio 5 - Maleiro 6 - Mesa de trabalho 7 - Cadeira 8 - Televisor 9 - Fnqooar 10 - Espelho de aumento 1 1 - Barra de segurana

X*.,

e) t^ll

t-t UIJ L

l

1

a-

I

12 - Luminria 1 3 - Cortina para box 14 - Blackout + Voil + Cortna decoratva

\ry,da Europa e nos Estados unidos Atualmente, o bid no est sendo utilizado, e em alguns pases

soproibidos,porcomportfemfiscodecontaminaodarededeglapotve|.

Hotel Holiday Inn, Fortaleza,1

CE

- Poltrona

2 - Cama3 - lVesa de cabeceira

/

Crrado

4 - Sof 5 - Armrio6 - Maletro 7 - NrlesaB

- Mesa de trabalho

9 - Cadeira 1 0 - Televisor11 -Frgobar 12 - Cafeteira 3 - Abajur

1

14 - Espelho de aumento 1 5 - Barra de seguranea 16 - Luminria 17 - Box vidro temperado18 -

Blackout+ Voil + Cotina decorativa

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OPROJETO

115

Com relao ao mobilirio, podem ser feitas as seguintes observaes:

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Os mveis devem ter bom desenho e materiais de qualidade, devem ser durveis, no apresentar reentrncias que dificultem a limpeza e a manuteno. As dimenses das camas devem ser escolhidas em funo do tipo e do padr,o do hotel e das dimenses do quarto, mas na medida do possvel devem seguir os padres utilizados internacionalmente. Os mvei.s de cabeceira devem proporcionar apoio conveniente paa

o aparelho telefnico, o rdio-relgio, o controle emoto de TV e tambm pan objetos de uso permanente ou eventual do hspede

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(culos, copos, livros). As cmodas usualmente adotadas, que tm muitas gavetas e servem de apoio para ap^relhos de TV, esto sendo substitudas por um armrio menos comprido e mais alto. Este possui gavetas e espao para frigobar na parte inferior, e um compartimento com portas, para aTy, na parte superior. O maleiro pode ser fixo, com local prprio no arranjo do apartamento, ou do tipo dobrvel, que pode ficar guardado dentro do armrio quando no est sendo usado. Poltronas e/ou sofs acrescentam condies de conforto ao ariatamento, valorizando-o. Em hotis delazer, ou resorts, sofs-camas possibilitam acomodar uma terceira pessoa ou crianas pequenas no apartamento. A mesa de trabalho deve oferecer condies adequadas para que o hspede possa desenvolver tarefas com o auxlio de equipamentos pessoais (laptop) ou do prprio hotel, dependendo do caso (aparelho de fax, impressora, etc.). Os mveis dos apartamentos so desenhados especificamente para determinado hotel, visando tanto a exclusividade no design quanto outros requisitos, como configuraes e dimenses dos quartos e limitaes de oramento.

HOEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

Apartamento para pessoas portadoras de deficincias Acompanhando a tendncia mundial de eliminao das >arreiras fsicas s pessoas portadoras de deficincias, a Embratur (Empresa Brasileira de Tu-

rismo), preparou um conjunto de recomendaes para a adequao dos hotis a esse tipo de hspede. Essas recomendaes abrangem todas as dependncias do.edifcio e particularmente os apartamentos, que devem obserya a proporo mnima de dois apaftamentos para cada cem unidades. so as seguintes as recomendaes da Embratur quanto a esse apartamento:

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. A porta do quarto

deve ter largura til mnima de 0,g0 metro. O piso deve ser uniforme, sem salincias e antiderrapante. O espao para circulao interna deve ter largura til mnima de I meto (ver ilustrao abaixo). Para o giro completo da cadeka deve haver no apartamento espaos livres capazes de conter um crculo de 1,50 metro de dimetro. o comando geral para contole da luz do teto e de outros equipamentos eltricos existentes no apartamento deve estar localizad,o iunto cabeceira da cama. Os demais comandos, interruptores e tomadas devem estar localizados a uma alua mxima de I,2O metro e mnima de 0,30 metro.Apartamento para pessoas portadoras de deicincias sicas sequndorecomendaes da Embratur

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[[lDl*- ,\rI i \)'-//EsPAO REQUERIDO

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PAURODAs

ALTURAs

RECOMENDADAS

MOVIMENACO DE CADEIMDE

O PROJETO

Quanto ao mobilirio:a o

Os armrios devem ter porta de correr ou com abertura de 180o. As prateleirase os cabides devem estar a uma altura mxima de I,20 metro e a prateleira mais baixa, a 0,30 meto do piso. A, cama deve ter altura de 0,52 metro, isto , a mesma do assento da cadeira de rodas. As mesas e as penteadeiras devem tef um vo livre que permita o acesso de pessoas em cadeira de rodas, ou seja, esse vo deve ter altura de 0,70 metro a partir do piso, largura mnima de 0,80 metro e profundidade mnima de 0,60 metro (ver ilustrao abaixo)' Os ps de mesas e penteadeiras no devem ser centrais nem em for-

ma de ctuz.

Bonheiro poro pessocs poriodoos de deficincios sicos segundo recomendoes do Embrotur

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illQuanto ao banheiro:

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requddo para movimenh3o

. A porta do banheiroa a

privativo do apartamento deve ter larguta mni-

ma de 0,80 metro. O piso do banheiro deve ser plano, antidenapante e uniforme' O espao interno livre deve permitir o acesso da pessoa em cadeira de rodas a todos os equipamentos sanitrios. As dimenses mnimas, que possibilitam o acesso e a circulao de portador de deficincia em cadeira de rodas, so apresentadas nasiustraes acima. O banheiro deve dispor de cadeira higinica patabanho. O bid deve ser substitudo por ducha do tipo telefone.

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118

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJETO

As recomendaes com felao ao apartamento especial,3estendem-se, ainda, Sobfe detalhes do box (piso, barcas de apoio, torneiras e chuveiro), do lavatrio (altura, sifo, torneiras) e vaso sanltrio (distncia da parede, banas de apoio, altura do assento). reas pblicas e sociaisEntrada principal e estacionamento

A chegada e a saida dos hspedes ao hotel podet, dependendo do tipo de hotel, ocorrer atravs de diferentes meios de transpofie: tx\ veculo do prprio hspede, nibus de excurso, embarcao, etc. particularmente nos hotis urbanos, as chegadas ou partidas de hspedes e de outros usurios das dependncias do hotel (atravs de txis, veculos particulares, ou nibus) concentram-se em determinados horrios, podendo causar congestionamentos, que provocam confuso, atrasos e, em conseqncia, pteltzo pata aimagem do hotel. Nos hotis locahzados nos grandes centros, esse problema comum devido a limitaes dos terrenos e a decorrentes dificuldades de se criar espaos para manobras de veculos na frente do hotel. Para resolvet adequadamente esse tipo de problema necessrio prever e dimensioflar coffetamente as reas de acesso e manobra de veculos, de embarque e desembarque de hspedes (devidamente protegidos de chuva e sol), de estacionamento de nibuse de acesso s garagens (freqentemente localizadas no subsolo). prximo entrada principal devero ser previstas a cabine de controle e cobrana do estacionamento e um fcil acesso (escadas ou elevador) dos

manobristas s garagens. Nos hotis com ptio de estacionamento ao ar livre importante que os veculos fiquem protegidos por coberturas leves e/ou wotes especficas para sombreamento, sendo importante considerar que sempre desejvel contar com um pequeno nmero de vagas ao nvel da entrada para visitantes de

cuta permanncia.5A ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) emitiu, em setembro de 1994, a NBR 9050,,,Acessibiiidade de pessoas portadoras de deficincias a edificaes, espao, mobiirio e equipamentos urbanos", aplicvel a todos os tipos de edificaes, e que deve ser obserwada nos proietos de hotis em todas as dependncias e no apens nos apaftamentos especiais. a importante considerar que, nos hotis, os carros particuiares costumam ser conduzidos entre de entrada e a garagem e vice-versa por manobristas. Isso determina a necessidaporta principal conclies adequadas de circulao nesses pelcusos, de modo que o manobfist possa

de de

entregar o veculo ao seu conclutor original no mesmo local onde o recebeu, geralmente prximo entrada do hotel. de Nos resorts localizados em ilhas devem ser previstas uma pequena estao de embarque, rea no continente, onde os hspedes possam ficar aguardando a embarcao que os estar e recepo trasport^r ao hote.

o

PROJETO

119

Lobby

Nos diferentes tipos de hotel, o lobby caracteriza-se como o espao que transmite ao hspede a primeira sensao do ambiente em que ele ir permanecer por um ou vrios dias. Nesse sentido, o lobby deve refletir a prpria magem do botel, que atravs da decora"o, do conforto e da eficincia de serwios ir proporcionar ao hspede uma sensao acolhedora. A porta principal de entrada deve possibilitar a passagem de hspedes e visitantes, assim como de carregadores de bagagens. Quando utilizadas portas giratrias, estas devem se ladeadas por portas especficas par a passagem dos carros transportadores de bagagens de grupos. J as portas automticas devem, sempre que possvel, ser usadas aos paes, separadas por um espao que, funcionando como antecmara, isole trmica e acusticamente o tobbjt.

A partir da porta de entrada, hspedes e visitantes devem facilmente visualizar seus pontos de interesse: o balco de recepo, os elevadores sociais, o balco de informaes, os telefones, o acesso a bares, restaurantes,teas de eventos, etc.

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Jpara tcldo

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f*"'Corte1

Corte 2lmpressora e armrio de papel

Corte 3Posio de computado, e

Escaninhos

guu",

As reas de acesso devem ser claras e desimpedidas; bares, restaurantes e reas de eventos devem, sempre que possvel, contar tambm com acesso externo independente. importante considerar no projeto do lobby, independentemente das suas dimenses:

pan livre circulao de hspedes, desimpedidos de obstculos, entre a entrada, o balco de recepo e os elevadores sociais.Espaos Espao em frente aobalco, ou em outro local programado, paa que grupos de pessoas e suas bagagens possam aguardar os procedimentos de registro ou liberao.

HOTEL: PLANEJAMENTO E PROJEToa a

reas de estar para hspedes e visitantes. reas livres para circulao de pessoas que se clestinam aos bares, restaurantes e eventos em hotis em que o acesso a essas reas tenha que ser feito atravs do lobby. Tratamento de interiores esmerado, com iluminao natural e/ou artificial cuidadosamente estudada, enriquecido com obras de arte e, se possve, com elementos naturais como vegetao e gua. objetos de artesanato podem, em determinados casos, contribuir positivamente paa a imagem e a identidade do hotel.

Legenoa circulao de hspedes

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Circulao de funcionrios DesejveL quando possvel em centros de eventos de mdo e grande porte

unidades presentes

HOL: PLANEJAMENTO

E PROJETO

Bares e restaurantes

Os restaurantes e os bares derrem estar estrategicamente integrados ao lobbjt, com fcil ecesso pa a ftla. para qlle a qualquer momento do dia ou da noite as pessoas tenham livre acesso a eles.

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Loznna lem naI

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cozrnh termlnalI

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Cozinha principal

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