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Se disseres que sabes,
Te perguntarão até que
Nada mais saibas...
Se disseres que não sabes,
Te ensinarão até que saibas,
Cada vez mais e possas ensinar
A teu próximo o legado da sabedoria...
Provérbio Árabe
ACRÓSTICO
Hahnemann, homem sábio para entender o ser
Originando organon, organizado e racional para
Material médica, completa explicativa da
Essencial energia obtida
Outrora a este desconhecida
Pululantes sucussões redundante
A todos confere dinamização
Tríade, alma espírito e meio em comunhão
Iniciam o ciclo da evolução
Alertando ao ser que seu miasma não tem cura em vão
Michele Sato
Bibliografia Básica
• FARMACOPÉIA homeopática Brasileira, 2. Ed. Parte 1. Métodos Gerais. São Paulo: Organização Andrei Editora LTDA, 1998.
• Fontes, O . L. Farmácia Homeopática teoria e prática,1. ed., Editora Manole Ltda, São Paulo, 2001.
• VANNIER, L. & POIRVER, J. Tratado de Matéria Médica Homeopática, São Paulo: Organização Andrei Editora LTDA.
• TWENTYMAN, R. Homeopatia –A Ciência e a Cura. São Paulo: Editora Best Seller, 1989.
• Manual de Normas Técnicas para Farmácia Homeopática, 4ª ed. Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas, Curitiba, 2003.
• Lathoud, J.A .Matéria médica homeopática, Robe editorial, São Paulo, 2002.
• MICHAUD, J. Dr. Ensino Superior de Homeopatia. São Paulo: Organização Andrei Editora LTDA, v. 1 e 2, 1998.
• MERCIER, L. Dr. Homeopatia –Princípios Básicos, São Paulo: Organização Andrei Editora LTDA.
Bibliografia Complementar
• Villava, F. F. Escala L. M. teoria e pratica, Probel editora, São Paulo,1997.
• Soares, A. D. S. Farmácia Homeopática, editora Andrei, São Paulo, 1997.
• Barollo, R. C., aos que se tratam pela Homeopatia, 10ª ed., São Paulo, 2001.
• Brunini, C. e Sampaio, C., Homeopatia princípios doutrina farmácia IBEHE, 2ª ed. editora Mythos, São Paulo, 1993.
• Barnard, J., Um Guia para os Remédios Florais do Dr. Bach, Editora Pensamento, São Paulo, 1979.
• Fontes, O. L. Farmácia Homeopática teoria e prática, 2ª ed. Editora Manole, São Paulo, 2005.
• Paulo, A. L. D., O que você precisa saber sobre o medicamento homeopático, 2ª ed. editora organon, São Paulo, 2001.
• Dufilho, R., Os sintomas mentais em homeopatia, Andrei editora, São Paulo, 1996.
• Hahnemann, S., Organon da arte de curar. 2ª ed., São Paulo, 1995.
• Colección homeopatía, tratado de homeopatía, editora Paidotribo, Barcelona, 2000.
AULA 1
História, princípios e fundamentos da homeopatia
Os precursores de Hahnemann
“É preciso prever qual dos dois
cederá primeiro, o doente ou a
doença; convém examinar o doente
para ver se suportará o regime até o
período mais agudo da moléstia, e
qual dos dois termos de alternativas
chegará ou o doente se enfraquecer
primeiro, não suportando o regime,
ou é a doença que cede primeiro,
extinguindo-se”.
HIPÓCRATES (468 a.C. – 377 a.C.)
História, princípios e fundamentos da
homeopatia
Os precursores de Hahnemann
• Demonstrado desde a Antiguidade que cadacaso deveria ser individualizado, e quereceitas tipo “pacotes prontos” devem serevitadas a bem de cada caso isolado.
• Os magos Babilônicos são os primeiros dosquais se tem relato de postura terapêuticaspor meio de seus conhecimentos deastronomia.
• Ainda como precursores de Hipócratestemos os sacerdotes egípcios, a escolajônica – com Pitágoras e Empédocles.
• Princípio da Similitude
– Hipócrates (468 a.C. – 377 a.C.).
• Atividade médica apoiada no conhecimentoexperimental, desvinculada da religião, da magia e dasuperstição.
• A terapêutica tinha por base o poder curativo daNatureza, a vis medicatrix naturae, via natural de cura, eas doenças deviam ser interpretadas considerando-se oquadro particular de cada indivíduo.
• A doença como a perturbação do equilíbrio do individuo.
• A Homeopatia se alicerça no seguinte aforismoenunciado por Hipócrates: “a doença é produzida pelossemelhantes e pelos semelhantes o paciente retorna asaúde”.
• Similia similibus curantur, ou seja, o semelhante serácurado pelo semelhante.
• Cuntraria contrariis curantur, ou seja, o contrário serácurado pelo contrário.
• Celso (Roma, reinado de Tibério) um grandeseguidor, de Hipócrates, deixando de importante aabordagem de que as doenças deveriam serchamadas ou classificadas pelos nomes dosremédios que as curavam.
• Aristóteles (384 – 322 a.C.) de certa forma promoveuma regressão que impede a difusão do estudo dossemelhantes, estabelecendo princípios fixos.
• Galeno (138 – 201 d.C.) discursa sobre a lei doscontrários, para reequilíbrio de eventuais discrasias.
• Graças ao oriente (árabes), a medicina hipocráticanão adormeceu e não se perdeu no tempo.
• Com Cornarius e Paracelso, volta às origensvitalistas.
Paracelso estabelece quatro princípios
vitalistas que serão colunas da medicina
vitalista:
• Estudo da natureza;
• Individualização do doente;
• Individualização do remédio;
• Lei da similitude.
• Renasce o espírito científico.
– 1628, Harvey descreve a circulação sanguínea.
– 1608, Crollius descreveu os princípios dasimilitude e infinitesimais.
– 1638, Robert Fludd preparava com escarro detuberculoso um medicamento para a tísica.
– Hofmann – a força como propriedade inerenteda matéria e a vida é apenas movimento, suafisiologia é regulada por fluxo nervoso.
• Samuel Hahnemann (1755 – 1843)
– 1775 – inicia seus estudos de medicina, para
se sustentar ministra aulas particulares de
línguas estrangeiras e traduziu obras
científicas para o alemão.
– 1779 – recebe o grau de doutor em medicina
na universidade de Erlangen, Alemanha.
– 1787 – abandonou a medicina por julga - lá
empírica demais. Desiludido escreve a um
amigo:
“Em torno de mim só encontro treva e
deserto. Nenhum conforto para o meu
coração oprimido. Oito anos de prática,
exercida com escrupuloso cuidado,
fizeram-me conhecer a ausência do valor
dos métodos curativos ordinários. Não sei
em virtude de minha triste experiência, o
que se deve esperar dos preceitos dos
grandes mestres...
...Para mim, foi uma agonia estar
sempre no escuro quando tinha de
curar o doente e prescrever de acordo
com essa ou aquela hipótese
arbitrária... Renunciei à pratica da
medicina para não correr mais o risco
de causar danos à saúde alheia e
dediquei-me exclusivamente à química
e às ocupações literárias”.
• 1790 – tradução da Matéria medica de Willian Cullen,Hahnemann ficou indignado com o fato do autor atribuira eficiência terapêutica da droga quina ao efeito tônicosobre o estômago do paciente acometido de malária.– Não concordando com essa hipótese resolve fazer experiências
ingerindo por vários dias certa quantidade de quina.
– Para sua surpresa passou a apresentar uma série de sintomastípicos de malária.
– Ao suspender o uso da droga sua saúde voltava à normalidade.
– Deveria haver, portanto, uma identidade entre a doença e adroga ingerida.
• O resultado chamou a atenção de Hahnemann para oadágio hipocrático similia similibus curantur.
• Hahnemann em seguida, experimentou a quina em seusfamiliares e amigos, notando que o fenômeno se repetia.
• Passou a realizar experimentos com outras drogas,catalogando seus efeitos no organismo sadio.
• A partir da compilação dos sinais e sintomas que essassubstâncias provocam no homem sadio fez novasobservações, agora no homem doente, para confirmarse o princípio da similitude funcionava na prática.
• Como na maioria dos casos o resultado foi positivo, ahipótese de Hahnemann foi confirmada.
• A partir desse fato, reconheceu a necessidade daexperimentação no homem para poder prescrevercientificamente aos doentes os agentes terapêuticoscapazes de cura-lós.
• De 1790 a 1796, Hahnemann experimentounumerosas substâncias, sempre em pessoassadias.
• 1810 – Hahnemann editou a primeira edição de seulivro básico, ORGANON DA ARTE DA CURA, noqual encontramos a doutrina homeopática e seusensinamentos, bem como regras minuciosas paraexame, entrevista e tratamento do paciente.
• Hahnemann conseguiu encontrar solução para amaioria das doenças. Todavia, seu tratamentoapresentava dificuldades diante das doençascrônicas, que reapareciam frequentemente.
• Em seus estudos dos casos crônicos
encontrou um fator desencadeador desses
processos denominado por ele de “miasma”.
• Hoje a homeopatia é praticada em diversos
países, nos vários continentes, mas está
especialidade esta especialmente muito bem
representada na Alemanha, na Argentina, na
Bélgica, no Brasil, na França, na Índia e na
Inglaterra.
O que é homeopatia?
Homeopatia é uma especialidade médica e
farmacêutica que consiste em ministrar ao
doente doses mínimas do medicamento, de
acordo com a lei dos semelhantes, para evitar a
agravação dos sintomas e estimular a reação
orgânica na direção da cura.
A palavra homeopatia, foi criada por
Hahnemann oriunda do grego homoios
“semelhante” e pathos, “sofrimento”.
Homeopatia No Brasil
1840 – Dr. Benoit Jules Mure – “Bento Mure”
• 1851 – Separação - Prática Médica X Prática Farmacêutica.
• 1886 – Decreto n° 9.544 – Manipulação apenas aos Farmacêuticos.
• 1965 – Surgem leis para as Farmácias Homeopáticas em seguida a 1ªedição da Farmacopéia Homeopática Brasileira.
• 1980 – Especialidade Médica reconhecida pelo Conselho federal deMedicina.
• 1988 - Manual de Normas Técnicas ( ABFH – Associação Brasileira deFarmacêuticos Homeopatas).
• 1997- 2ª edição da Farmacopéia Homeopática Bras.- Parte l.
• 2002 - 2ª edição da Farmacopéia Homeopática Bras.- Parte ll.
• 2003 - 3ª edição do Manual de Normas Técnicas
• 2008 – 4ª edição do Manual de Normas Técnicas
Homeopatia no Brasil
Quatro Pilares da Homeopatia
Experimentação no Homem Sadio
Experimentação no homem sadio, também
chamada experimentação patogenética,
homeopática ou pura, é o procedimento
de testar substâncias medicinais em
indivíduos sadios para elucidar os
sintomas que irão referir sua ação.
Lei dos Semelhantes
Lei dos Semelhantes - Similia similibus curantur
• Qualquer substância capaz de provocar em um homemsadio determinados sintomas,é capaz de curar, desdeque em doses adequadas, um homem que apresenteum quadro mórbido semelhante, com exceção daslesões irreversíveis.
• A doença é curada pela substância capaz de reproduziros mesmos sintomas da doença.
• Trata as doenças por meio de substâncias que, quandoutilizadas numa pessoa sadia, produzirão sintomassemelhantes aos da doença a ser tratada.
Patogenesia - é o conjunto de sinais e sintomas,
objetivos (físicos) e subjetivos (emocionais e
mentais), que um organismo sadio apresenta ao
experimentar determinada substância medicinal.
Simillimum – é o remédio que abrange a totalidade
dos sintomas de um homem doente, ou seja, aquele
medicamento cuja patogenesia melhor coincidir com
os sintomas apresentados pelo doente.
Doses Mínimas
Diluições infinitesimais
Sucussão – Agitação vigorosa e ritmada da solução para que as
moléculas do insumo ativo se choquem fortemente com as
moléculas do insumo inerte.
Dinamização - Diluição + Sucussão
Doses Infinitesimais
Pela dinamização, a energia terapêutica
que estava latente na substância bruta é
liberada.
A dinamização ainda permite diminuir
eventuais efeitos tóxicos ou agressivos da
substância original e aumentar seu
Potencial curativo.
Remédio Único
Remédio Único
Em Experimentos
– Hahnemann testou apenas uma droga por vez,observando seus efeitos. Se fosse administradomais de uma droga, não seria possível atribuir aqual droga pertence tal sintoma, interferindo noresultado da experimentação patogenética.
Na clínica
- Uso do simillimum sempre que possível. Peloprincípio da similitude, apenas um medicamentodeve cobrir a totalidade dos sintomasapresentados pelo doente.
Escolas Homeopáticas
Unicismo
Pluralismo
Complexismo
Organicismo
Unicismo
Prescrição de um único
medicamento, à maneira de
Hahnemann, com base na
totalidade dos sintomas do
doente (o simillimum)
Pluralismo
Conhecido também por ALTERNISMO,
a prescrição é de dois ou mais
medicamentos para serem
administrados em horas distintas,
alternadamente, com a finalidade de um
complementar a ação do outro,
atingindo, assim, a totalidade dos
sintomas do paciente.
Complexismo
A prescrição de dois ou mais
medicamentos para serem
administrados simultaneamente
ao paciente.
Organicismo
A prescrição do medicamento é visando os
órgãos dos doentes, considerando as queixas
mais imediatas do paciente. Essa conduta,
portanto, acha-se bastante próxima da medicina
alopática, que fragmenta o ser humano em
órgãos e sistemas. Numa visão organicista o
clínico fixa-se apenas no problema local, não
levando em conta os sintomas emocionais e
mentais, que podem estar relacionados ao
problema.
AULA 2
Origem dos medicamentos homeopáticos, Filosofia Homeopática, Nomenclatura Homeopática,conceitos
e definições.
Origem dos medicamentos homeopáticos, Filosofia Homeopática,
Nomenclatura Homeopática,conceitos e definições.
Origem do medicamento homeopático
Medicamento homeopático é toda
apresentação farmacêutica destinada a
ser ministrada segundo o princípio da
similitude, com finalidade preventiva e
terapêutica, obtida pelo método de
diluições seguidas de sucussões e/ou
triturações sucessivas. (FHB II)
O medicamento homeopático é obtido devegetais, animais e substâncias mineraisnaturais como também oriundos da industriaquímico-farmacêutica e dos laboratóriosbiopatológicos. Fungos, bactérias e protozoáriostambém apresentam importantes fontes dematéria-prima empregadas na preparação dosmedicamentos homeopáticos e sãoclassificados à parte, já que, segundo amoderna classificação dos seres vivos, nãopertencem aos reinos animal e vegetal.
Reino Vegetal
O reino vegetal é o que forneceo maior número de drogas paraa preparação de medicamentoshomeopáticos. Poderão serusados a planta inteira, suaspartes,seus produtos extrativosou de transformação (sarcódios)
• Plantas inteiras:– Aconitum napellus
– Pulsatilla nigricans
– Atropa belladona
• Partes:– Folhas:
• Rhus toxicodendron
• Thuya occidentalis
– Cascas:
• China officinalis
– Raízes:
• Ipecacuanha
– Frutos:
• Colocynthis
– Sementes:
• Nux vomica
• Ignatia amara
– Flores:
• Calendula officinalis
– Bulbo:
• Allium sativum
– Rizoma:
• Gelsemium sempervirens
• Secreções
fisiológicas:
– Látex:
• Opium (Papaver
somniferum)
– Óleo:
• Terebenthinae
– Mucilagem:
• Aloe socotrina
– Resinas:
• Asa foetida
• Secreções
patológicas:• Secale cornutum (fungo
do grão de centeio)
• Vestilago maydis (fungo
do grão de milho)
Importante:
Identificação da planta, utilização
da parte correta da planta,
época da colheita, condições
ambientais, seleção e limpeza.
Reino Animal
Não são tão numerosas quanto as
matérias-primas originárias dos reinos
vegetais e minerais, mas o reino animal
fornece importantes drogas empregadas
com frequência em homeopatia.
À maneira dos vegetais, podem ser
utilizados o animal inteiro, suas partes,
seus produtos patológicos (nosódios).
• Animal Inteiro:– Apis mellifica
– Formica rufa (formiga-ruiva)
– Cantharis vesicatoria
• Partes:– Tarentula hispânica
(cefalotórax)
– Carbo animalis (couro de boi carbonizado)
• Secreções fisiológicas:– Sepia succus (tinta do
molusco)
– Lac caninum (leite de cadela)
– Lachesis (veneno de surucucu
– Bufo rana (veneno da glândula dorsal do sapo)
• Órgãos:– Thyreoidunum
– Ovarinum
– Adrenalinum
– Foliculinum
• Secreções:– Patológicas:
• Soros:– Diphtericum (soro
antidiftérico)
• Culturas microbianas:– Cobacillinum (lisado de E.
coli)
– Staphylococcinum (lisado de S. aureus)
• Excreções patológicas:– Psorinum ( lisado de lesões
da sarna)
– Medorrhinum (lisado blenorrágica)
• Microorganismos
vivos:
– Nosodios vivos
Roberto Costa
• Exógenos:
– Alérgenos
– Toxinas
– Medicamentos
• Endógenos
– Sangue
– Urina
– fezes
Importante:
Identificação da espécie;
- Condições do material;
- Condição do animal (vivo, recentemente
sacrificado ou morto, dessecado ou não);
- Animal sadio, em completo desenvolvimento
(adulto);
- Influência do meio ambiente em que vivem.
Reino Mineral
Além dos minerais obtidos em seu estadonatural, consideramos pertencentes ao reinomineral os produtos extraídos, purificados eproduzidos pelos laboratórios químico-farmacêuticos, bem como os preparadosobtidos segundo fórmulas originais deHahnemann.
O reino mineral fornece grande variedade desubstâncias para a preparação dosmedicamentos homeopáticos.
1) Minerais Naturais:
São assim chamados pois são utilizados da forma em que são
encontrados na natureza.
Para que possam reproduzir as patogenesias, devem ser recolhidos depreferência no mesmo local , já que suas características químicaspodem variar de um lugar para o outro.
Sulphur- Enxofre proveniente das minas situadas na Sicília.
Graphites – Minas inglesas de Borrowdale
Petroleum – Áustria ou México (mesmas características físicas equímicas).
2) Origem Industrial – (Lab.Químico-farmacêutico)
Ex. Acidum phosphoricum, Kalium sulfuricum,
Sulfonilamidum.
3)Preparações especiais de Hahnemann
Ex. Hepar sulphur, Causticum, Mercurius
solubilis.
• Naturais:
– Platinum (metal)
– Graphites (metalóide)
– Baryta carbonica (sal)
– Nitri acidum (ácido)
• Sintéticos
– Aspirinum
– gardenal
• Preparações
homeopáticas
– Hepar sulfur
– Causticum
– Mercurius solubilis
Conceitos e Definições (FHB II)
• Fármaco ou droga:– Matéria prima de ação
farmacológica das formasfarmacêuticas básicas.
• Formas farmacêuticas:– São obtidas a partir de
fármacos (drogas), ouinsumos ativos (i.a.), einsumos inertes (i.i.) atravésde manipulação segundoregras farmacotécnicasespecificas.
• Insumo ativo (i.a.)– Forma farmacêutica, básica
ou derivada, constituindoponto de partida para asdinamizações.
• Insumo inerte (i.i.)– Substância complementar,
desprovida de propriedadesfarmacodinâmicas outerapêuticas, e utilizada comoveiculo ou excipiente das formasfarmacêuticas. Podem ser:• De uso interno:
– Etanol (de varias graduações)
– Água destilada
– Lactose
– Sacarose
• De uso externo– Glicerina
– Etanol
– Lanolina
– Vaselina
– Manteiga de cacau
– gelatina
Droga ou Fármaco Insumo Inerte (i.i.)
Formas Farmacêuticas (F.F.)
F.F. Básicai.i.
F.F. Derivadas ou Dinamizações
F.F. uso Externo
F.F. uso Interno
Formas Farmacêuticas
• Uso básico:– Tintura – mãe
– Preparação glicerinada
• Derivadas ou dinamizações– Líquidos
– glóbulos
– Comprimidos
– Tabletes
– pós
• Uso externo
– Tintura de uso externa
– Gliceróleo
– Colírio
– Pomada
– Supositório
– óvulo
Veículos e Excipientes
Também chamados de Insumos Inertes,
são substâncias utilizadas para realizar
as diluições, incorporar as dinamizações e
extrair princípios ativos das drogas na
elaboração das tinturas homeopáticas.
Substância complementar, de natureza definida,desprovida de propriedades farmacológicas outerapêuticas, nas concentrações utilizadas, eempregada como veículo ou excipiente nacomposição do produto final.
Para cada forma farmacêutica, os insumosinertes determinam as características primáriasdo produto e contribuem para forma física,textura,estabilidade, paladar e aparência geral.
Insumo Inerte
Insumos Inertes Água
Álcool
Glicerina
Lactose
Sacarose
Glóbulos Inertes
Microglóbulos Inertes
Tabletes Inertes
Algodão, gaze
Pomadas, cremes, géis, géis-creme
Amidos, carbonatos, estearatos, óxidos, silicatos
Supositórios e óvulos.
Água purificada
Produzida a partir de água potável por destilação,bidestilação. deionização com filtração esterilizante ou porosmose reversa.
Recomendações gerais:
a) O sistema utilizado na obtenção da água purificada deve sermantido em boas condições de uso, deve existirprocedimentos escritos para sua realização e os devidosregistros.
b) Os equipamentos devem possuir procedimentos escritos delimpeza e os registros que comprovem sua realização.
c) A água purificada deve atender aos requisitos de qualidadefísico- química, assim como aos requisitos de qualidademicrobiológica de acordo com a legislação vigente.
Embalagem e armazenamento
Em embalagens de polietileno. vidro âmbar
ou com proteção contra a luz. que não
tenham sido utilizadas para outros fins. Os
recipientes devem ser previamente tratados
a fim de evitar contaminação microbiológica
da água purificada a ser acondicionada.
Armazenar em local Protegido de luz e calor
por no máximo 24 horas após a sua
preparação.
Álcool
• Graduação do álcool etílico, no mínimo95,1 % (V/V) e no máximo 96.9% (V/V).Poderá ser proveniente da cana de açúcarou de cereais, porém deverá ser isento deimpurezas.
• O alcoômetro de Gay-Lussac deverá serutilizado na conferência do teor alcoólicodas soluções preparadas.
Recipientes e Acessórios
O material utilizado no preparo e
acondicionamento dos medicamentos
homeopáticos e tinturas homeopáticas,
não podem sofrer alteração e nem
modificar as atividades medicamentosas,
ou seja, não pode exercer qualquer
influência sobre as drogas e excipientes.
Farmacopéia Homeopática Brasileira II
Para as preparações e estocagem de
medicamentos e tinturas homeopáticas
são utilizados frascos de vidro âmbar ou
incolor com proteção contra a luz, classe
hidrolítica I,II,III e NP.
Classe hidrolitica segundo a ABNT:
I- vidro não alcalino, neutro, destinado a embalarmedicamentos para aplicações intravasculares e usoparenteral.
II- vidro alcalino tipo III, que sofre tratamento interno,tornando-se semi-neutro, utilizado para embalar produtode uso parenteral (líquidos principalmente) que nãodevem ter alterado seu pH.
IlI- vidro alcalino, geralmente utilizado para preparaçõesparenterais, exceto quando ensaios de estabilidadeadequados não recomendarem a sua utilização.
NP- vidro não parenteral, alcalino, para embalagens deprodutos para uso oral ou tópico.
Será permitido o uso de frascos plásticos
de cor leitosa somente se os mesmos
forem de polietileno de alta densidade,
polipropileno e policarbonato.
1)Estocagem de triturações
2)Dispensação de formas farmacêuticas
homeopáticas sólidas (glóbulos,
comprimidos e tabletes).
Lavagem, Secagem e Esterilização
Contaminação microbiológica , presença
de resíduos químicos e energéticos
podem prejudicar a qualidade dos
medicamentos homeopáticos e tinturas
homeopáticas.
Vidros (utilizados no preparo de medicamentos)
- Lavar com água corrente;
- Água destilada ( 2 vezes).
- Inativar e/ou esterilizar em:
- Autoclave numa temperatura de 120ºC, 1
atm, por 30 minutos;
- Estufa de ar seco na temperatura de
180ºC por 30 minutos ou 140ºC por 1
hora.
Vidros para tinturas
Lavar separado dos demais frascos, com
álcool 70% e escovação.
- Enxaguar com água destilada.
- Inativar e/ou esterilizar em autoclave
numa temperatura de 120ºC, 1 atm, por
30 minutos ou em estufa de ar seco na
temperatura de 180ºC por 30 minutos ou
140ºC por 1 hora.
- Reutilizar apenas para a mesma tintura.
Polietileno de alta densidade, polipropileno e
policarbonato.
- Lavar com água corrente e água destilada.
- Inativar e/ou esterilizar em autoclave na
temperatura de 120ºC, 1 atm, por 30 minutos.
Bulbos.
- Não serão reutilizados.
- Quando novos, devem ser lavados com água
corrente, após água destilada e em seguida
etanol 70%.
Acessórios novos
(Ex: Batoques, tampas, gotejadores,
frasco plástico leitoso*).
-Lavar com água corrente;
-Água destilada (2 vezes).
-Imersão em etanol 70%, por duas horas.
(*Dentro da classificação já mencionada)
Nomenclatura
Nomenclatura dos medicamento homeopáticos
Desde a criação das bases da
Homeopatia por Hahnemann, no Séc.
XVIII, este usou nomenclatura latina
clássica para denominar seus
medicamentos homeopáticos. Tal
grafia é reconhecida como válida
mundialmente pela liga homeopática
internacional e suas regras são as
da nomenclatura botânica mundial.
-Habitualmente são escritos em latim ou com seus nomeslatinizados, conforme os utilizou Hahnemann.
1) Identificação
Exemplo: Natrium muriaticum 6 CH
2) Abreviação
É permitido o uso de abreviaturas desde
que não origine confusões.
Exemplo: Kal.chlor.
Kalium chloricum (clorato)
Kalium chloratum (cloreto)
?????
3) Substituição
É permitido substituir cada três zeros (000) peloalgarismo romano M.
Exemplos:
Nux vomica 1 000 FC ou Nux vomica 1M FC
Nux vomica 10 000 FC ou Nux vomica 10M FC
Nux vomica 100000 FC ou Nux vomica 100M FC
Nux vomica 1 000000 FC ou Nux vomica 1MM FC
6) Sinonímia homeopática
Os medicamentos são conhecidos,
também através de sinônimos e / ou de
nome vulgares. Nesse tópico falaremos
apenas daqueles medicamentos que
possuem sinônimos ou nomes
vulgares classicamente conhecidos e
consagrados:
Exemplos
Actaea racemosa - Agaricus muscarius
Borax- Natrum boricum
Bryonia alba- Vitis alba
Calcarea carbonica -Calcarea ostrearum, Calcarea edulis
Calcarea fluorica - Fluorit
Graphites - Carbo mineralis, Plumbago mineralis
Hydrastis canadensis - Warnera canadensis
Lachesis - Bothrops surucucu
Lycopodium - Museus clavatus
Nux vomica -Strychnos colubrina
Petroleum - Oleum petrae
Pulsatilla - Anemone pratensis
Sulfur -Flavum
Thuya occidentalis - Arbor vita
7) FORMA FARMACÊUTICA BÁSICA
É o produto resultante da ação extrativa,
por contato prolongado (processos de
maceração e percolação) do insumo
inerte (i.i) etanólico sobre o fármaco
vegetal ou animal, fresco ou dessecado.
A tintura-mãe será identificada pelo
nome seguido da sigla TM ou Ø
Obtenção da tintura mãe a partir da droga
segundo a FHB II
DROGA
Todo ou parte
VEGETAL
Todo ou parte
ANIMAL
Sub produto
ANIMAL OU VEGETAL
FRESCO DESSECADOFRESCO OU
DESSECADO
REGRA 1 REGRA 2 REGRA 3
MACERAÇÃO
1/10
PERCOLAÇÃO
1/10
MACERAÇÃO
1/10
PERCOLAÇÃO
1/10
MACERAÇÃO
1/100
TINTURA MÃE
Categorias de
Medicamentos
1)Preparações inertes (Placebo)
Serão identificados através do nome do medicamento segundo a regra de nomenclatura,
acrescido do número O (zero), de uma barra ( / ) e do volume ou peso a ser dispensado.
Exemplos:
Lycopodium clavatum 30 CH 0/20ml (para líquidos);
Lycopodium clavatum 30 CH 0/15g (para glóbulos, tabletes e comprimidos);
Lycopodium clavatum 30 CH 0/1 (para papel)
Quando a prescrição for de medicamento contendo preparação homeopática epreparação inerte, seguir o exemplo abaixo:
Lycopodium clavatum 30 CH 1/30 papéis
Lycopodium clavatum 30 CH 1,5,10/30 papéis
Por convenção:
Os números que antecedem a barra indicam as preparações que receberão insumo ativo.O número indicado após a barra indica o número total de papéis.
2)Policrestos e Semipolicrestos
Policrestos
São medicamentos homeopáticos muito utilizadosna clinica.
São remédios de ação ampla. Sua patogênesesabrange todos os tipos de humanos e seusrespectivos sofrimentos.
Eles constituem recursos poderosos nas mãos domédico Hahnemanniano.
Quase se poderia garantir que eles bastariamcomo agentes curadores, na totalidade doscasos.
Salientamos que os policrestos de Hahnemannsão 24.
Semipolicrestos
São também bastante utilizados, não tanto
quanto os policrestos.
Policrestos e semipolicrestos = Formam o
estoque mínimo das farmácias
homeopáticas.
Medicamentos
Tóxicos em Baixa
Potência
Muitas drogas utilizadas em
homeopatia são toxicas, pois dessa forma
proporcionam patogenesias com sintomas
bastante evidentes e peculiares.
Elas têm de ser receitadas e
dispensadas a partir de determinada
potência, numa concentração de
ingredientes ativos que não ofereça riscos
à saúde do paciente.
Medicamentos tóxicos em baixa
potência
Nome do medicamentoAconselhado o uso a partir de
Para uso interno Para uso externo
Acidum nitricum 3CH, 5DH 3CH, 5DH
Gelseminum 1CH, 2DH #
Mercurius solubilis 3CH, 6DH 2CH, 4DH
Opium 12 CH, 24DH (Port.
344/98)#
AULA 3
Miasmas, doenças agudas,
crônicas e Força vital
Miasmas, doenças agudas,
crônicas e Força vital
Miasma
Miasma[Do grego. míasma.] Substantivo masculino. 1.Hig. Obsol. Emanação mefítica do solo, supostamente nociva, tida como causa de várias doenças endêmicas, como, p. ex., em certos locais, a malária, até que se viesse a conhecer a verdadeira etiologia destas. 2.Fig. Influência deletéria; corrupção; podridão:
• mefítico[Do lat. tard. mephiticu.] Adjetivo. 1.Que tem cheiro nocivo; podre, fétido, pestilencial, pestilento:
•
• gases mefíticos;"Os seus habitantes, que não respiram o ar mefítico das suas ruas estreitas e charcosas, desfrutam a aragem pura, que vem da serra da Estrela" (Gonçalves Dias, Meditação, p. 109).
(Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa)
Miasma
Termo usado antes da era microbiana paradesignar a causa desconhecida das moléstiasinfecciosas. Designava as emanações oriundasdas substâncias orgânicas em decomposição oudas pessoas doentes. Hahnemann ampliou osentido do termo miasma aplicando-o às diátesecrônica como Psora, Sycosis e Sífilis; acreditavamesmo na transmissão hereditária do miasma.Excetuando a Psora, Hahnemann classifica asdemais doenças miasmáticas como doençasvenéreas, crônicas e também contagiosas ehereditárias, como a Psora.
• Psora
– Auto intoxicação, mais comumente endógena, por
insuficiência de eliminação.
• Sicose
– Moderadamente a sicose é considerada, pela maioria
dos médicos homeopata, como uma intoxicação
lenta, mais comumente exógena (blenorragias,
vacinações), que produz infiltração retículo endotelial,
quer no tecido conjuntivo subdérmico, quer nas
mucosas (pólipos), quer em órgãos (miomas,
filbromas, adenomas etc.).
Vitalismo
Vitalismo é uma doutrina filosófica, segundo a qual osseres vivos possuem uma força particular que mantématuantes, o princípio ou força vital, distinta daspropriedades físico-químicas do corpo.
Segundo o modelo filosófico homeopático, a condiçãodo organismo depende apenas da saúde da vida que oanima. Assim, conclui-se que a doença consiste em umacondição alterada originalmente apenas nassensibilidades e funções vitais, independentemente detoda consideração química ou mecânica, ou seja, aorigem primária das doenças está na perturbação daforça vital.
Fenômeno vital
Força Vital
De grande importância para Hahnemann,
mas “hoje não é considerado por todos os
homeopatas essencial à compreensão e
pratica Homeopática”.
Hahnemann deu por assentada a
existência de um princípio vital, que no
estado de saúde mantém todas as partes
do organismo em admirável harmonia.
Organon § 9
“No estado de saúde, a força vital de natureza
espiritual (autocracia), que dinamicamente
anima o corpo material (organismo), reina com
poder ilimitado e mantém todas as suas partes
em admirável atividade harmônica, nas suas
sensações e funções, de maneira que o espírito
dotado de razão, que reside em nós, pode
livremente dispor desse instrumento vivo e são
para atender aos mais altos fins de nossa
existência.”
Hahnemann nega a vida sem ela (§ 10) e
atribui a doença à alteração desse
princípio vital. Essa força vital, que
podemos também denominar energia vital,
preside todas as funções do ser vivo. Nos
seres diferenciados a vida é um atributo
de cada célula, não é privativo, porém, de
cada célula.
O organismo material, destituído da forçavital, não é capaz de nenhuma sensação,nenhuma atividade, nenhumaautoconservação; é somente o serimaterial, animador do organismo materialno estado são e no estado mórbido (oprincípio vital, a força vital), que lhe dátoda sensação e estimula suas funçõesvitais.
Organon § 10
É a força vital que mantém o organismo
em harmonia. Sem ela, o organismo não
age, não sente e desintegra-se, sendo a
força vital responsável pela integração dos
diversos níveis dinâmicos da realidade
humana (físico, emocional e mental).
Saúde
A homeopatia define saúde como um
estado de equilíbrio dinâmico que abrange
as realidades física e psicomental dos
indivíduos em suas interações com o
ambiente natural e social. A doença
reflete, mediante os sintomas, o esforço
da força vital na tentativa de restabelecer
o equilíbrio.
Níveis dinâmicos
O ser humano apresenta três níveis
dinâmicos identificáveis: o físico, o
emocional e o mental. Sobre eles age a
força vital, mantendo-os equilibrados.
O homem pensa por meio do seu nível mental,
sente por seu nível emocional, age pelo seu nível
físico e encontra-se coeso em seus três níveis pela
ação integradora da força vital.
Doenças
Para os homeopatas as doenças são toda
e qualquer alteração da energia vital,
levando um indivíduo ao desequilíbrio, o
que resulta em um novo “estar”, que se
manifesta por uma moléstia. De um modo
geral, poderíamos dividir as doenças em
“agudas” e “crônicas”.
Doenças Agudas
São aquelas que se desenvolvem em um
prazo mais ou menos determinado e sua
evolução é para a cura ou a morte.
Doença Crônica
São aquelas que se arrastam por um
prazo indefinido.
As doenças crônicas poderiam ser
divididas em três tipos principais:1. Doenças medicamentosas;
2. Doenças crônicas falsas;
3. Doenças crônicas verdadeiras ou miasmas.
Doenças Medicamentosas
São as doenças iatrogênicas (Alteraçãopatológica provocada no paciente portratamento médico errôneo ouinadvertido), ou causadas pelosmedicamentos e seus efeitos nocivos ecolaterais.
Ao lermos os parágrafos 74 e 75 doOrganon entendemos bem definida estaforma de doença crônica:
Parágrafo 74
“Entre as doenças crônicas, infelizmente
devemos incluir as comumente
encontradas, produzidas artificialmente no
tratamento alopático, pelo uso prolongado
de medicamentos heroicos violentos, em
doses fortes e progressivas,... Pelo que a
energia vital é ás vezes, demasiadamente
enfraquecida...”
Parágrafo 75
“Essas incursões na saúde humana,realizadas pela arte não curativa alopática(principalmente nestes últimos tempos), são,de todas as doenças crônicas, asdeploráveis, as mais incuráveis, e, lamentoacrescentar que é aparentemente impossíveldescobrir ou acertar remédios para sua cura,quando estas doenças já alcançaram umestágio consideravelmente adiantado,”
Doenças crônicas falsas
Cabe aqui apontar a grande responsabilidadedo meio ambiente que nos rodeia, bem como asdoenças anti-higiênicas, como as profissionais,bem vistas pelos estudiosos da medicina detrabalho, e o modo insalubre do homem adquirircertos “confortos”, ficando claro que certasdoenças podem vir a curar-se por si, uma vezadequadas e corrigidas as condições quecausaram, melhorando as condições de vida,acarretando, como consequência, a cura dasfalsas doenças crônicas.
Doenças crônicas verdadeiras, ou miasmas
“As verdadeiras doenças crônicas naturais são asoriundas de um miasma crônico, que, quando entreguesà própria sorte, e não combatidas pelo emprego deremédios específicos para elas, continuam sempreaumentando e piorando, não obstante os melhoresregimes mentais e físicos, e atordoamento o pacienteaté o fim de sua vida, com sofrimentos semprecrescentes. Esses, exceto os produzidos mediantetratamento médico errôneo, são os mais numerosos emaiores flagelos da raça humana; mesmo umaconstituição física muito robusta, o modo de vida maisnormal e a energia mais vigorosa da força vital, sãoinsuficientes para sua erradicarão.”
Organon § 78
Exclusivamente pela compreensão do miasma
que podemos chegar ao prognóstico da
evolução do paciente, graças à montagem de
seus sintomas, dentro de uma ordem
hierárquica, para compreendermos sua
“dinâmica miasmática”, ou seja todo modo de
agir, viver, sentir... Inclusive adoecer, para então
medicarmos de uma maneira correta,
lembrando que esses miasmas foram uma
unidade trimiasmática (psora, sicose, sífilis).
Deve-se descobrir, tanto quanto possível, a extensãototal de todos os acidentes e sintomas que pertençamà moléstia primitiva desconhecida, antes de sepretender descobrir a totalidade da doença original.
A moléstia original que se busca, tem que ser denatureza crônica miasmática.
Há três miasmas crônicos, sendo que as doençascausadas pelos mesmos manifestam-se através dedoenças locais, das quais originam-se, se não atotalidade, a maioria das doenças crônicas:
1. Sífilis – Doenças no cancro venéreo;
2. Sicose – Doença na “verruga do fígado” (blenorragia);
3. Psora – A mais importante doença crônica que está na base daerupção da sarna e outras formas.
A Psora, como algo superficial e
característico de cada ser ao manifestar
seus desequilíbrios peculiares; a sicose,
como uma introjeção ou recolhimento das
peculiaridade, violentando seus impulsos
próprios; e a Sífilis, como algo de
destrutivo onde o encanto pelas coisas da
vida passam ao desinteresse.
Concepção Homeopática
do Processo Saúde -
Doença
Matéria médica homeopática é a obra que reúne aspatogenesias desenvolvidas pelas drogas e pelosmedicamentos homeopáticos quando administrados,nas suas diferentes doses, a indivíduos sadios esensíveis.
Exemplos de Matérias Médicas:
Hahnemann, Hering, Allen, Lathoud, Vijnovsky.
Repertório é a referência cruzada entre os sintomas da matéria
médica homeopática e os medicamentos homeopáticos.
É a obra que reúne os sinais e sintomas (em ordem alfabética),
seguidos pelas drogas e medicamentos homeopáticos.
Exemplo de Repertórios:
Boenninghausen, Kent, Boericke, Barthel.
RepertorizaçãoUma paciente refere necessidade de afeto, gosta de comer queijo,dor de cabeça após cessar a menstruação, cólicas durante amenstruação.
As rubricas se apresentam da seguinte forma:
Psiquismo:
afeto: necessidade de: Carcinosinum, Phosphorus, Pulsatillanigricans
Estômago:
desejo: queijo: Argentum nitricum, Asteria rubens, Cistus canadesis,Bacillus gartner, Ignatia amara, Moschus, Bacillus proteus, Pulsatillanigricans, Bacillus syccocus.
Cabeça:
Dor: menstruação. Depois: ao cessar: Bryonia alba; Carbovegetalis; Glonoinum; Naja tripudians; Nitric acidum; Pulsatillanigricans.
Como vimos, por um processo de exclusão eliminamos todos osmedicamentos que constam nas rubricas e que não cubram todasas características do paciente, até se chegar num único que cubra atotalidade física e psíquica do indivíduo enfermo, no caso emparticular, Pulsatilla nigricans.
Farmacologia Homeopática
Efeito primário ou Ação Primária é a modificação de
maior ou menor duração provocada por toda
substância na saúde do homem.
Efeito secundário ou reação secundária é a reação
do próprio organismo ao estímulo que o altera.
Farmacologia dos Semelhantes
Medicamento homeopático (administrado ao paciente doente)
doença “artificial”
Reação secundária
(contra os sintomas provocados pela doença artificial e que
são semelhantes a doença natural)
Cura
"Se os médicos tivessem sido capazes de refletir sobre esses tristesresultados do emprego de medicamentos antagônicos, teriam,então, há muito tempo descoberto a grande verdade:
que é justamente no oposto de tal tratamento antipático dossintomas da doença que deve ser encontrado o verdadeiro e sólidométodo da cura. Eles teriam percebido que, assim como uma açãomedicamentosa antagônica (medicamento empregado de modoantipático) tem alívio apenas temporário, agravando-se sempreapós sua ação, o procedimento oposto, o emprego homeopáticodos medicamentos, de acordo com a semelhança dos sintomas,deveria, necessariamente, realizar uma cura duradoura e perfeitase, nesse processo, o oposto de suas grandes doses, as dosesmais diminutas fossem empregadas..."
(HAHNEMANN, § 61)