historia7(1)

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    O IMPRIO UNIVERSAL ROMANO-CRISTO

    A Igreja e a transmisso do egado !o"ti#o-#$t$ra #%ssi#o

    O cristianismo divulgava uma mensagem nova de fraternidade e solidariedadehumanas, humildade e pacifismo, unicidade e salvao e prometia aos crentes aimortalidade espiritual pela sobrevivncia da alma, aps a morte. Atravs da ao evangeliadora dos doe Apstolos !ue "risto escolheu comoseus companheiros e continuadores, o "ristianismo difundiu#se rapidamente a partir da$udeia para, nos sculos %% e %%%, se encontrar &' fortemente implantado em v'riascomunidades do imprio, nomeadamente em (oma, onde comeou a ser perseguido

    pelo poder pol)tico, por ser considerado um fator de instabilidade social e um incentivo' desobedincia e sublevao das popula*es.As ra*es deste antagonismo foram sobretudo pol)tico#ideolgicas+

    entido totalit'rio e universalista da sua doutrina - !ue defendia a eistncia deum /eus 0nico e no admitia !ual!uer outro credo, dirigindo#se a toda a1umanidade sem distino de raa, seo ou situao social

    "ar'ter eclusivo e messi2nico - anunciador de uma ordem espiritual da !ualestariam eclu)dos todos os !ue no fossem seus crentes

    3endncia para a no integrao social das suas comunidades de fiis - devido 'estranhea e ao secretismo dos seus rituais de culto, !ue inclu)am mistrioscomo o da 'gape

    (ecusa total !uanto a prestar culto a !ual!uer outra divindade, incluindo o cultoao estado e ao imperador

    4o sculo %5, o "ristianismo havia &' penetrado em todas as camadas sociais e em

    todas as regi*es do imprio, embora se mantivesse uma religio predominantementeurbana.

    O tri$n&o do Cristianismo

    6oi pelo reconhecimento da epanso do "ristianismo !ue o imperador"onstantino, em 787, pelo 9dito de :ilo, concedeu liberdade de culto aos cristos,

    procedendo tambm ' devoluo dos bens !ue o 9stado romano lhes havia confiscado. A proteo dada ao "ristianismo permitiu ' %gre&a crist entrar numa nova fase deorganiao e poder+ reforou as suas hierar!uias em torno dos bispos !ue foramreconhecidos como &u)es e cu&o poder foi e!uiparado ao dos magistrados romanos;aprofundou a doutrina teolgica no combate 's heresias; promoveu convers*es emmassa entre (omanos e , o % "onc)lio 9cumnico?"onc)lio de 4iceia,onde as teses de Ario foram consideras herticas e, portanto, condenadas. 9ste "onc)lio

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    teve uma import2ncia especial, por!ue as persegui*es aos cristos tinham recentementeterminado. 4o entanto, esta controvrsia s foi oficialmente ultrapassada no "onc)lio de"onstantinopla, em @78, convocado pelo imperador 3eodsio %. foi este imperador !ue,em 7B, atravs do 9dito de alnica, &' impusera o "ristianismo como religio oficial e

    0nica do 9stado (omano, proibindo o Arianismo. Assim, numa poca em !ue o poder dos imperadores foi enfra!uecendo at ' suadeposio definitiva no ocidente, em CD@, foi o poder espiritual da %gre&a !ue,sobrepondo#se e substituindo o poder imperial desfeito, deu continuidade ao seu legado

    pol)tico#cultural no imprio fragmentado pelos , em %mprio (omano do ocidente e em %mprio romano do Oriente. 9stas divis*es no obviaram, contudo, os ata!ues dos b'rbaros. Eressionados, talve, pela movimentao dos 1unos para ocidente, estes povoscomearam a atacar o imprio no sculo %%%, causando srios problemas ' defesa eadministrao romanos.(estabelecida a ordem pelas autoridades romanas, muitos foram autoriados a ficar noimprio, mediante contratos de pacificao e pagamento de tributosinvaso pac)ficaG. 4o entanto, as grandes invas*es dos sculos %5 e 5 acabaram por descontrolar a

    administrao romana e puseram fim ' metade ocidental do imprio, !uando Odoacrotomou (oma e destituiu o imperador do Ocidente, em [email protected] o fim da poca cl'ssica e o comea de uma nova era - a %dade :dia.

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    A I/ENTI/A/E CIVILI0ACIONAL /A EUROPA OCI/ENTAL

    Poderes e #ren*as 1 m$ti!i#idade e $nidade

    A multiplicidade de poderes e crenas no espao europeu teve origemparticularmente nas profundas muta*es pol)ticas, sociais e econmicas !ue deramorigem a tr's grandes con&untos civiliacionais. /epois da !ueda do imprio (omano do ocidente HCD@G, a anterior unidadeimperial mediterr2nea foi sendo substitu)da por uma multiplicidade de novos estados,sobretudo de origem germ2nica, muitos dos !uais esto na origem de estados europeusda 9uropa contempor2nea. /a insero desses povos no mundo romano nasceu uma sociedade original. 4osreinos !ue se firam formando os con!uistadores, Hcerca de >I da populaoG, acabaram

    por se misturar com as popula*es romanas e romaniadas, operando#se uma s)nteseentre elementos romanos e germ2nicos. ob a ao evangeliadora de bispos e monges,

    o "ristianismo e o legado da cultura greco#romana penetraram nos reinos b'rbaros,emergindo uma nova civiliao europeia crist. 9sta foi sendo constru)da com umaidentidade prpria face a outros dois con&untos civiliacionais !ue rodeavam a baciamediterr2nea+

    4o mediterr2neo oriental, herdeiro do %mprio (omano do Ocidente, o rico e prospero%mprio

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    4o entanto, o %mprio (omano e a tentativa carol)ngia de construir uma unidadecrist permaneceram como referncia no imagin'rio medieval. 4a Merm2nia, no sculoL, teve lugar uma nova tentativa d restaurar o %mprio do Ocidente, !ue foi designadoacro %mprio (omano#Merm2nico.9m meados do sculo L%%%, o prest)gio do t)tulo imperial era grande, embora pouco

    efica. A 9uropa crist era constitu)da sobretudo por um con&unto de reinos autnomos,em !ue as rela*es de poder entre os reis, os grandes senhores nobres e o clero variavamconforme as circunst2ncias histricas de cada regio.

    Sen2oriosA monar!uia ou o imprio eram os modos como o poder se eercia a n)vel dos

    estados. A n)vel local, o poder sobre as popula*es era eercido por grandes senhores,nobres ou eclesi'sticos, nos senhorios, em nome do poder soberano.

    9ste modo de organiar o poder provinha das necessidades de uma sociedade!ue se constru)ra em tempo de guerra e sem institui*es !ue fiessem a ligao entre o

    poder soberano e as popula*es. Eara obter ercitos de cavaleiros bem e!uipados comarmas e cavalos, vitais num tempo de guerra, os reis tinham cedido partes do territrio -os senhorios - a grandes senhores nobres ou eclesi'sticos, a fim de !ue estes osadministrassem e mantivessem ercitos prontos a combater. 9sta pratica eraigualmente utiliada pelos grandes senhores, !ue usavam o mesmo sistema com outrosmembros da nobrea menos poderosos, !ue lhes ficavam su&eitos. 9stas concess*eseram acompanhadas pela eigncia de fidelidade e criavam laos de solidariedade entrea camada dirigente.

    "omo o poder central estava distante e muitas vees enfra!uecido, os grandessenhores passaram a eercer em nome prprio as prerrogativas da autoridade p0blica!ue anteriormente pertenciam ao rei.

    9ste poder de mando do senhor - o poder de ban- traduia#se essencialmenteno poder militar e no de &ulgar e punir. 9ercia#se no s sobre camponeses, mastambm sobre pe!uenos nobres e era acompanhado pelo dever de proteo da!ueles a!ue a ele estavam su&eitos. 9m troca das fun*es governativas e &udiciais, o senhor recebia variadas taassobre a circulao de mercadorias e portagens, bem como variadas presta*es - osdireitos banais ou banalidades.

    o O senhorio en!uadrava, assim, politicamente as popula*es !ue neleviviam.

    Com$nas)Aps o sculo L verificou#se um desenvolvimento econmico assinal'vel na9uropa. 9sse desenvolvimento foi acompanhado pelo crescimento das cidades, numaaltura em !ue a autoridade p0blica central estava ainda muito enfra!uecida.

    O poder pertencia aos grandes senhores !ue, muitas vees, viviam nos seuscastelos em onas rurais, e era da) !ue eerciam a sua administrao e proteo sobre as

    popula*es. O centro do poder estava longe da cidade e, alm disso, os interesses dosmercadores e artesos muitas vees colidiam com os dos senhores. A sua atividadeeigia maior segurana e autonomia relativamente Ns obriga*es !ue as produ*escamponesas tinham para com os grandes senhores. Os habitantes das cidades

    procuraram obter dos senhores ou dos reis mais liberdade e os poderes necess'rios ao

    eerc)cio das suas atividades.

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    5erificou#se assim um movimento urbano atravs do !ual os habitantes dascidades procuraram ad!uirir o direito de se autogovernarem, o !ue deu origem a novasformas de eerc)cio do poder, mais ade!uadas 's popula*es urbanas. As condi*es degovernao das cidades estavam epressas num documento - a carta de comuna - ondeestavam consignados os direitos e deveres dos habitantes das cidades.

    4o inicio, nas comunas prevalecia um ideal igualit'rio. :uitas vees, este idealfoi !uebrado por alguns burgueses ricos !ue formaram uma oligar!uia mercantil efinanceira !ue se apoderou do poder da cidade, o !ue levou ' revolta dos pe!uenos emdios mercadores e art)fices.

    4o Ocidente medieval do sculo L%% havia, assim, uma multiplicidade ediversidade de poderes !ue se entrecruavam. O imprio, os reinos, os senhorios e ascomunas constitu)am uma 9uropa politicamente diversificada onde, de diferentesmodos, se eerciam os poderes !ue organiavam a vida das popula*es.

    4o sculo L%%%, em toda a 9uropa, desenvolvimento econmico tornou poss)velo lanamento de impostos !ue permitiram manter uma administrao e um ercito,garantes da segurana e viabiliadores da criao do 9stado. 9sta ao foi sustentada

    pelo renascimento do direito romano, em !ue os reis se apoiaram na luta contra osinteresses senhoriais.

    Afirmou#se uma nova noo de autoridade p0blica, independente do seu titular,inalien'vel e indivis)vel, cu&o limite a utilidade geral Hbem comumG. 6ace ' distinoentre o soberano e soberania, a realea no era pass)vel de ser confundida com o poder

    pessoal do rei, constituindo#se, assim, a noo de 9stado. "om novos meios, dispondode cortes ou parlamentos, os reis procuraram reforar o poder real, consolidando odireito e a &ustia e faendo dos seus reinos entidades independentes, lanando as basesdos estados modernos.

    A organi3a*o das #ren*as) o !oder do ,is!o de Roma na Igreja O#identa

    A %gre&a desempenhara um papel etremamente importante &unto das popula*esdesde os primeiros tempos das migra*es b'rbaras.9stas popula*es foram convertidas pela ao de bispos e monges a um cristianismocomum, o !ue tornou poss)vel a fuso entre esses povos e os romanos+ o "ristianismoiniciava um papel unificador da 9uropa Ocidental.(oma, a cidade de onde irradiava o poder do imperador, passou a ser o lugar de ondeirradiava a missionao. 6oi a partir dela !ue o bispo (oma levou a efeito uma politica

    de fortalecimento do seu poder, procurando impor#se como chefe da "ristandade.4o entanto, essa ao no foi pacificamente aceite nem pela "ristandade(omana oriental nem pelo imperador do acro %mprio. 9m 8B>C, um cisma dividiu a"ristandade, isto , houve a separao entre a %gre&a "atlica, sob o papa de (oma, e aigre&a Ortodoa Mrega, sob o patriarca de "onstantinopla.

    O papado encontrou tambm dificuldades em impor#se na chefia da "ristandadeocidental, pois desde a criao do %mprio "arol)ngio, a salvao do povo cristo eraatribu)da !uer ao Eapa, na ordem espiritual, !uer ao imperador, na ordem temporal. :ashavia divergncias no modo de encarar as rela*es entre o poder espiritual Hda %gre&aGe o

    poder temporalHdos reis e imperadoresG.Eor um lado, os imperadores germ2nicos tentaram controlar as elei*es

    pontificais e o clero. O h'bito de escolher os candidatos !ue pretendiam para os cargoseclesi'sticos generaliou#se HsimoniaG.

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    Eassou a haver uma imbricao das fun*es religiosas na hierar!uia feudal, poisbispos e abades tornaram#se grandes senhores feudais, possuidores de grandes terras.

    Eor outro lado, os papas tentaram fortalecer o seu poder. O papa Mregrio 5%%continuando uma politica de reforma iniciada pelo seu antecessor, procurou redefinir asrela*es entre a dimenso espiritual e a temporal.

    4a continuidade de medidas !ue estabeleciam !ue a eleio do Eapa competia aum colgio de cardeais, determinou !ue a designao de bispos, abades e clrigospertence apenas a membros do clero. Afirmou tambm !ue apenas o Eapa, em nome de"risto, tinha um poder absoluto e universal, estando acima dos pr)ncipes, !ue podiadepor sempre !ue no respeitassem os direitos de /eus e da %gre&a. O poder espiritualera assim superior ao poder temporal.

    A estes princ)pios opuseram#se muitos reis e pr)ncipes e, sobretudo, osimperadores do acro %mprio (omano - Merm2nico.

    4o sculo L%%%, o papa %nocncio %%% reafirmou a primaia romana, de origemdivina. "omo tal, todas as igre&as nacionais estavam submetidas ' anta . %niciou acentraliao romana com o desenvolvimento da administrao eclesi'stica e da

    fiscalidade. Afirmava#se a teocracia, em !ue o papado seria o guia da sociedade crist,una, sob a direo do Eapa.

    O re&or*o da #oeso interna &a#e a 4i35n#io e ao Iso

    $untamente com o crescimento da influncia do papado, houve um con&unto defatores !ue originou a afirmao da "ristandade ocidental, tanto perante o mundo

    biantino como perante o mundo muulmano.O desenvolvimento econmico e o aumento da populao, as ambi*es de prestigio dealguns reis e senhores, o gosto e a necessidade da guerra dosa cavaleiros, criaramcondi*es propicias para um movimento epansionista, religioso e militar, da"ristandade ocidental, !ue foi designado por cruada. As cruadas permitiam !ue os Ocidentais conhecessem melhor a cultura biantinae desenvolvessem as trocas comerciais.

    O 6UA/RO ECON7MICO E /EMO8R9:ICO 1 E;PENSO E LIMITES /OCRESCIMENTO

    /epois de longos sculos de crise e instabilidade a 9uropa reencontro, de novo, afora e o seu esp)rito empreendedor.9ntre o sculo L% e o sculo L%%%, o Ocidente viveu um per)odo de desenvolvimentoeconmico e um cont)nuo crescimento demogr'fico.

    E

    O desenvolvimento !ue esteve na base do crescimento econmico europeu tevein)cio no mundo rural.

    1ouve um aumento de produtividade, resultante do progresso dos utens)lios e dastcnicas de eplorao da terra+

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    ubstituio da madeira pelo ferro nas alfaias agr)colas H!ue deu maiorrentabilidade ao trabalhoG

    :elhor aproveitamento da fora animal H!ue facilitaram o trabalho noscampos e os transportesG

    (otao trienal de culturas H!ue deiava apenas um tero da terra em

    pousio contra a metade do afolhamento bienalG 6ertiliao dos campos Hcom marga, cina e estrume animal, permitindo

    uma maior rentabilidade dos solosG9stes progressos associados a uma melhoria do clima permitiram o aumento do

    rendimento das terras e uma melhoria da alimentao. As pocas de crises agr)colas e defome tornaram#se menos fre!uentes, favorecendo o aumento da populao. A populaoeuropeia praticamente duplicou. Eor seu lado, o aumento demogr'fico permitiu e eigiua epanso agr'ria+ era necess'rio alimentar a populao !ue crescia, o !ue conseguiucom uma melhor e mais etensa eplorao da terra.

    O aumento da superf)cie cultivada proveio do arroteamento Hepanso da 'rea

    cultivadaG ou desbravamento de novas terras, pela ao con&unta de camponeses,monarcas, senhores nobres e ordens mon'sticas - a floresta, !ue cobria grande parte doocidente europeu, foi reduida em favor dos campos arados.

    /esen(o(imento $r,ano

    O dinamismo do mundo rural foi acompanhado pelo ressurgimento das cidades+ "rescimento dos velhos centros burgos - a populao das cidades herdadas da

    poca romana aumentara de tal forma !ue a 'rea urbana deiara de a comportar,obrigando ' formao, fora das muralhas, de novos bairros. 9stes novos bairros

    - burgos de fora - foram crescendo na ona do arrabalde Heterior dasmuralhasG.

    Aparecimento de novas cidades - !ue surgiram em redor dos castelos emosteiros.

    As cidades onde decorriam os mercados e as feiras, cativaram e provocaram avinda de muitos camponeses, !ue pretendiam a libertao das imposi*es senhoriais enovas vias de ascenso social.

    O crescimento das cidades foi r'pido e intenso. Eorm, as cidades conservavamuma estreita relao econmica com o mundo rural. 9specialiadas na produoartesanal e na atividade comercial, as popula*es urbanas no poderiam subsistir sem os

    produtos fornecidos pelos campos.A procura de produtos eercida pela cidade funcionou como um poderoso

    incentivo ao desenvolvimento da economia rural. A comercialiao dos ecedentesagr)colas integrou o mundo rural nos circuitos comerciais.

    O mundo rural permitiu a reduo de parte das atividades artesanais !ue,geralmente, se destinavam 's necessidades domsticas, passando a depender dos

    produtos !ue a cidade fornecia.4o entanto, estas trocas complementares revertiam a favor da burguesia urbana e

    mercantil.9mbora minorit'ria no mundo medieval, a cidade foi n0cleo dinamiador das

    mudanas sociais e do desenvolvimento econmico baseado no comrcio e nas

    atividades artesanais.

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    A dinami3a*o das tro#as regionais) mer#ados e &eiras

    O maior rendimento agr)cola permitiu a eistncia de ecedentes !ue podiam servendidos, favorecendo as trocas a n)vel local e regional.

    "om o desenvolvimento econmico, os locais e os circuitos de troca tornaram#seessenciais.

    :ercados - surgiam espontaneamente ou eram estimulados pelos senhores dalocalidade, interessados em aumentar os seus rendimentos atravs das taascobradas pela circulao e venda de produtos. 9ram peridicos Hsemanais oumensaisG e neles se comercialiavam os ecedentes da produo agr)cola e os

    produtos artesanais da regio. 9ram fre!uentados por produtores e consumidoreslocais podendo ocasionalmente receber a visita de pe!uenos mercadoresitinerantes.

    6eiras - nos locais onde os negcios se mostraram mais prop)cios, alcanaramimportantes volumes de vendas e tenderam tornar#se peridicas Hfre!uentementeanuaisG, associando#se muitas vees a festividades religiosas. Eela sua dimenso,realiavam#se muitas vees fora das cidades, sob autoriao das autoridades daregio e duravam uma ou v'rias semanas.Os reis e senhores incentivaram a sua realiao concedendo cartas de feira.9stas estipulavam os tributos a pagar pelos feirantes, atribu)am privilgios egarantias especiais, !ue iam desde a concesso da guarda prpria e de salvo#condutos ' pa de feira e iseno de impostos Hfeiras francasG.

    Eercorrer as feiras obrigou ao desenvolvimento dos circuitos de comunicaoterrestre e dos meios de transporte para pessoas e mercadorias.

    A&irma*o das grandes rotas do #om.r#io e

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    localiao geogr'fica e as regalias !ue os reis e senhores ofereciam aosvia&antes atra)ram mercadores de toda a 9uropa.A) se trocavam lanif)cios, sedas, artigos de couro, peles, linhos, cereais, vinhos

    e corantes.

    E#onomia Monet%ria

    A economia monet'ria sobrepunha#se lentamente ' economia natural. 9sta era um sistema econmico em !ue toda a produo ecedent'ria se destinavaao mercado, tornando as trocas essenciais e indispens'veis. O intenso desenvolvimento comercial obrigava a uma maior utiliao da moeda ea inova*es nas tcnicas dos negcios.

    "he!ues e letras de c2mbio - funcionavam como um papel#moeda !ue evitava ouso do numer'rio. Assim, permitiam substituir o transporte de dinheiro vivo,sempre mais arriscado e volumoso, faendo opera*es de pagamento em papel. ociedades comerciais - permitiam reunir capital a uma escala a !ue os

    particulares dificilmente poderiam ter acesso e , da mesma forma, repartir oslucros do negocio proporcionalmente a esse investimento inicial. "2mbios - eram uma necessidade constante numa economia de mercado !uemanuseava moedas to d)spares como o florimH6lorenaG, o ducadoH5eneaG ou otariHmoeda muulmanaG.

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    "om a !ueda demogr'fica !ue provocou, a Eeste 4egra agravou adepresso econmica !ue se vinha a sentir. A diminuio do consumo e a falta demo de obra desestabiliaram o mercado, verificando#se altera*es nos preos, nossal'rios e no valor da moeda.

    9sta situao foi agudiada pelos conflitos militares, pois o sculo L%L

    foi tambm um sculo de conflitualidade.

    "'tia