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GUIA de utilização do modelo MGSO para aeródromos I-B

GUIA de utilização do modelo MGSO para aeródromos I-B · Neste guia você encontra exemplos de aplicação de alguns dos processos descritos no MGSO modelo, e algumas ações esperadas

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GUIA de

utilização do modelo MGSO

para aeródromos I-B

SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA- SIA

Superintendente:

Rafael José Botelho Faria

Gerente de Certificação e Segurança Operacional

Giovano Palma

Equipe Responsável Técnica:

Nathalia Cardoso Oliveira

Igor Kiyoshi Nunes Motizuki

Paulo Goncalves de Paulo Filho

Patricia Vilela Marques

Dúvidas, sugestões e críticas podem ser enviadas para o e-mail:

[email protected]

SUMÁRIO

1. Apresentação........................................................................................................................4

2. Orientações Iniciais ..............................................................................................................5

3. Documentação......................................................................................................................5

4. Política de Segurança

Operacional...........................................................................................................................6

5. Objetivos da Segurança Operacional....................................................................................8

6. Responsabilidades................................................................................................................ 9

7. Gerenciamento dos riscos de Segurança Operacional.........................................................9

8. Investigação Interna.............................................................................................................15

9. Sistema de

Relatos..................................................................................................................................16

10. Garantia da Segurança

Operacional..........................................................................................................................18

11. Treinamentos.......................................................................................................................19

12. Comunicação........................................................................................................................19

13. Disposições Finais................................................................................................................19

14. Referências...........................................................................................................................20

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1. APRESENTAÇÃO

A publicação de um modelo de MGSO voltado para aeródromos Classe I-B é uma iniciativa para

apresentar ferramentas e melhores práticas de maneira simples e direta para auxiliar a

implantação do SGSO em aeroportos de menor porte. Vale lembrar que não existe requisito

sobre a forma do MGSO, sendo que cada aeródromo pode estabelecer seu modelo, com

formatação e padrão próprios, desde que atenda ao conteúdo mínimo estabelecido no RBAC n°

153. O Manual pode ser editado e outras rotinas estabelecidas no aeroporto devem ser inseridas

no seu conteúdo.

A publicação do MGSO modelo não substitui a legislação aplicável e nem afasta a obrigação de

cumprimento dos seus requisitos. Também é importante destacar que uma vez que o MGSO for

desenvolvido e aprovado pelo gestor aeroportuário, ele deverá ser cumprido, independente da

forma escolhida.

Neste guia você encontra exemplos de aplicação de alguns dos processos descritos no MGSO

modelo, e algumas ações esperadas para o bom funcionamento do SGSO. Para mais informações

sobre definições, conceitos, e outros materiais orientativos, acesse a nossa página:

http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aerodromos/certificacao/sgso-aerodromos

Se tiver qualquer dúvida, entre em contato conosco através dos seguintes canais:

E-mail: [email protected]

Telefones: (61) 3314-4663; (61) 3314-4811; (61) 3314-4683.

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2. ORIENTAÇÕES INICIAIS

O modelo de MGSO traz algumas indicações onde o operador deve inserir seus dados, indicando

as informações requeridas entre os símbolos “< >”. É importante que o gestor conheça e

internalize os procedimentos ali indicados para que possa aplicar em seu dia-a-dia.

Para melhor adequar o MGSO à realidade do aeroporto, recomendamos que antes de preencher

o manual, seja realizada uma “Análise do Faltante” a partir da ferramenta “Questionário de Gap

Analysis de SGSO para aeroportos” disponibilizada no nosso site:

http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-

regulado/aerodromos/certificacao/arquivos/GapAnalysis.pdf

O operador deve preencher o checklist avaliando qual dos procedimentos descritos ele já

executa. Se for identificado que o processo já está implantado em conformidade com os

requisitos do regulamento, é só adequar o capítulo referente a esse item no manual para refletir

a realidade do que acontece no aeroporto.

Caso o SGSO não esteja totalmente implantado, é necessário encaminhar junto do MGSO um

plano de implantação contendo os seguintes dados:

Fases de implantação;

Itens do SGSO, que devem ser agrupados de acordo com a fase de implantação;

Prazos, datas e previsões;

Status de implantação de cada item do SGSO.

Para verificar o prazo máximo de implantação de cada item, consulte a nossa matriz de Fases de

implantação do SGSO disponível em:

http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-

regulado/aerodromos/certificacao/arquivos/Matriz_fases_SGSO.pdf

3. DOCUMENTAÇÃO

O capítulo de documentação do MGSO modelo apresenta uma das formas de controle dos

registros do SGSO. É importante que sejam identificados os documentos que fazem parte desse

controle e que o aeródromo avalie a melhor forma de armazenamento. Independente da forma

escolhida, devem ser descritos os requisitos para identificar, armazenar, distribuir, atualizar,

revisar e descartar toda a documentação.

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4. POLÍTICA DE SEGURANÇA OPERACIONAL

A política de segurança operacional representa um compromisso da administração

aeroportuária com relação à segurança. Para que seja efetiva ela deve ser comunicada a toda a

comunidade de aviação presente no aeródromo. A política de segurança operacional disponível

no MGSO modelo apresenta alguns tópicos que podem constar na política, mas o operador deve

adequar e incorporar somente aquelas que façam sentido às suas operações. Depois de

selecionar os tópicos, o operador e o responsável pela gestão do aeródromo devem assinar a

política e fixá-la em um mural ou local de fácil acesso da comunidade aeroportuária.

Por exemplo:

O operador de um aeródromo, que vamos chamar de “Aeródromo Exemplo” seleciona a

seguinte política:

O Aeródromo Exemplo tem como política de segurança operacional realizar suas

atividades visando alcançar o maior nível de segurança possível. O aeródromo se

compromete a:

Garantir provisão de recursos humanos e financeiros necessários para implantação

do SGSO e para execução de ações estabelecidas para controle dos riscos;

Estabelecer formalmente padrões organizacionais e comportamentos aceitáveis,

garantindo sua divulgação aos membros da organização e comunidade

aeroportuária;

Estabelecer requisitos de segurança operacional de cumprimento obrigatório para

seus funcionários e demais prestadores de serviço que atuam no sítio aeroportuário

e que mantenham relação contratual com o operador de aeródromo e cujas

atividades tenham impacto sobre a segurança operacional do aeródromo;

Gerenciar os riscos à segurança operacional de forma padronizada e contínua,

fazendo uso de abordagens reativas, preventivas e preditivas, conforme a

complexidade de suas operações aéreas e aeroportuária;

Garantir que toda e qualquer atividade que possa afetar as operações do aeródromo

seja planejada e executada de forma a preservar a segurança operacional;

Encorajar os colaboradores e demais usuários a relatar situações que afetem ou

possam afetar a segurança operacional, assegurando a preservação das fontes e

não punição dos autores dos relatos, exceto nos casos que envolvam negligência ou

violação intencional;

Promover o SGSO para todo o pessoal envolvido com atividades que possam ter

impacto sobre a segurança operacional;

Melhorar continuamente o seu nível de desempenho de segurança operacional;

Gerenciar mudanças em sua estrutura organizacional que possam influenciar na

segurança operacional.

Assinatura

Nome do Gestor do aeródromo exemplo

Gestor do aeródromo exemplo

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Em seguida, ele fixa a política no mural presente no lado ar onde são divulgadas informações de

segurança operacional. Além disso, o gestor do aeródromo exemplo faz uma reunião com seus

funcionários e informa qual a política adotada.

Um dos ganhos dessa atitude é, por exemplo, dar conhecimento ao compromisso do operador

de “Encorajar os colaboradores e demais usuários a relatar situações que afetem ou possam

afetar a segurança operacional, assegurando a preservação das fontes e não punição dos

autores dos relatos, exceto nos casos que envolvam negligência ou violação intencional”. É

importante que os funcionários conheçam esse compromisso para que estejam dispostos a

relatar perigos, permitindo que o aeroporto tome as medidas mitigadoras apropriadas.

Outro tópico exigido do operador é a declaração expressa do comprometimento do operador

de aeródromo com a garantia da segurança operacional. Esta declaração está disponível no

Anexo 1 do MGSO e também no nosso site no link:

http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aerodromos/certificacao/sgso-aerodromos

Esta declaração não deve ser alterada, devendo o operador do aeródromo incluir em seu

manual a declaração assinada pelo gestor do aeródromo.

O MGSO modelo prevê ainda que a política seja alterada quando houver:

• Mudança de regulamentos aplicáveis;

• Mudança de infraestrutura;

• Mudança na estrutura organizacional;

• Mudanças na prestação de serviços;

• Outra necessidade de alteração identificada pelo operador.

É importante que a política e os objetivos sejam revisados para garantir a sua relevância ao

contexto das operações desenvolvidas no aeroporto.

Vamos a alguns exemplos:

MUDANÇA DE REGULAMENTOS APLICÁVEIS O operador deve estar atento às alterações normativas aplicáveis ao aeródromo, garantindo

que os compromissos assumidos continuem adequados. Por exemplo, a Resolução nº 279 sofreu

uma alteração na exigência de provisão do SESCINC. Dessa forma, o operador deve avaliar se a

sua política continua relevante para garantir a segurança operacional nesse novo contexto.

MUDANÇA NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Uma vez que a política é uma demonstração do comprometimento da administração, quando

os gestores responsáveis por garantir os compromissos assumidos forem substituídos, o

operador deve avaliar a necessidade de alteração da política.

Da mesma forma, quando ocorrer qualquer uma das hipóteses listadas no MGSO, o operador

deve avaliar sua política, e caso considere que ela ainda é relevante ao novo contexto, ele deve

documentar essa avaliação e manter sua política de segurança operacional.

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5. OBJETIVOS DE SEGURANÇA OPERACIONAL

A administração do aeroporto deve definir os objetivos que deseja atingir relacionados com a

melhoria do desempenho da segurança operacional.

Recomenda-se que os objetivos de segurança operacional sejam:

Específicos

Mensuráveis

Atingíveis

Realistas

Com uma linha do tempo definida

Por exemplo, vamos considerar que o aeródromo exemplo estabeleça os seguintes objetivos

de segurança operacional:

O objetivo do “aeródromo exemplo” é garantir que as atividades aqui desenvolvidas sejam realizadas de maneira segura.

Os objetivos específicos são:

1. Manter o número total de eventos de segurança operacional no aeroporto ao mínimo praticável.

Para a consecução desses objetivos, são definidas as seguintes metas:

Manter em < taxa> % a taxa mensal do total ocorrências em <periodicidade> ano(s).

Reduzir em < taxa> % a taxa mensal de FOD em <periodicidade> ano(s).

Reduzir em < taxa> % a taxa mensal de avistamento/colisão de fauna em <periodicidade> ano(s).

2. Implantar efetivamente o SGSO no aeródromo.

Aumentar em <taxa>% o número de relatos voluntários em <periodicidade> ano(s).

Aumentar em <taxa>% o número anual de análises de risco realizadas em <periodicidade> ano(s).

Capacitar <taxa>% dos funcionários que acessam a área operacional no curso “Treinamento Geral” em até <período>.

Assim como acontece com a política, os objetivos de segurança operacional devem ser revisados

para garantir que permaneçam sempre relevantes. No exemplo descrito acima, a meta de

capacitar 100% dos funcionários pode não ser mais necessária uma vez que se atingir esse

percentual. Avalie também os objetivos quando ocorrerem uma das hipóteses de revisão

indicadas no capítulo de “política de segurança operacional”.

Também vale lembrar que os objetivos devem possuir uma relação direta com os indicadores

de segurança operacional para garantir que eles sejam mensuráveis.

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6. RESPONSABILIDADES

As responsabilidades dos profissionais indicados como responsáveis pelas atividades de gestão

do aeródromo, gerenciamento da segurança operacional, operações aeroportuárias,

manutenção do aeródromo e resposta à emergência aeroportuária no que se refere à segurança

operacional derivam do RBAC n° 153. Dessa forma, podem ser acrescentadas outras

responsabilidades que o operador considerar importantes, mas aquelas descritas no MGSO

modelo devem necessariamente constar no MGSO adotado pelo aeroporto.

Além disso, foram incluídas sugestões de requisitos de segurança operacional para compor

cláusulas de contratos que possam afetar a segurança operacional do aeródromo. Os requisitos

podem ser alterados pelo operador para se adequar a sua realidade, mas uma vez que eles

estejam declarados no MGSO, os contratos devem possuir as cláusulas mencionadas. Alguns

exemplos de contratos que afetam a segurança operacional são os contratos para realização de

obras e serviços, os contratos com as ESATAS, dentre outros.

7. GERENCIAMENTO DOS RISCOS DE SEGURANÇA

OPERACIONAL

O processo de identificação de perigos sugerido no MGSO modelo contempla as etapas exigidas

pelo regulamento. Foram indicadas algumas fontes que podem ser utilizadas para que o

aeródromo continuamente identifique os perigos presentes em suas operações para que possa

implantar as medidas mitigadoras necessárias.

Uma das fontes de dados inseridas no manual foi a lista preliminar de perigos que é mais uma

ferramenta para auxiliar os operadores com a indicação de alguns perigos comumente

presentes nas operações. A lista está presente em nosso site no link:

http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-regulado/aerodromos/certificacao/sgso-aerodromos

Esta lista não trata dos casos específicos e por isso é importante que o aeroporto implemente

os outros processos descritos tais como o sistema de relatos.

Quando um perigo for identificado a partir da lista ou de outras fontes descritas no MGSO, ele

deve ser registrado na biblioteca de perigos - que é um documento que consolida os perigos e

as ações estabelecidas.

Um exemplo de biblioteca de perigo também pode ser encontrado no site da ANAC no link:

http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-

regulado/aerodromos/certificacao/arquivos/ModeloBibliotecadePerigos.xlsx

Outro processo descrito no MGSO é o processo de análise formal de risco, onde o operador

documenta a avalição do risco. São listadas algumas operações onde esse processo se aplica,

mas o operador deve realizá-la sempre que possível.

Vamos ver um exemplo de aplicação desses processos.

O “aeródromo exemplo” inicia o seu processo de identificação de perigos a partir da lista

preliminar de perigos. Assim, em uma reunião entre o gestor de segurança operacional, o gestor

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do aeródromo, o gestor de manutenção e o gestor de operações (considerando que, nesse caso

específico, eles são pessoas distintas) são analisados os perigos descritos na lista. Ao identificar

o item “Pavimento em desagregação, gerando fragmentos”, eles percebem que este perigo já

foi encontrado durante as operações e portanto, deve ser formalmente avaliado. Assim, com o

auxílio dos critérios para estimar a probabilidade e a severidade de um evento e da matriz de

risco presentes no capítulo de Gerenciamento de Riscos do MGSO modelo, os gestores

preenchem os formulários de AISO, PESO e de avaliação das medidas mitigadoras além da

biblioteca de perigos da seguinte forma:

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AISO – Análise de Impacto à Segurança Operacional 01/2018 – Aeródromo Exemplo

Descrição e motivação da análise

AISO motivada pela identificação de perigo da lista preliminar

Perigos identificados

Pavimento em desagregação, gerando fragmentos em toda área de movimento

Análise dos Perigos Identificados

Devido à idade do pavimento presente no aeródromo exemplo, são percebidos fragmentos decorrentes de degradação que podem ser ingeridos por aeronaves operando neste sítio.

Avaliação dos Perigos Identificados

Perigo Consequência Defesas Existentes

Responsável Índice de

Risco

Ações mitigadoras adicionais

Responsável Prazo Índice de Risco

Final

FOD gerado por desagregação do

pavimento

Ingestão de FO pelos motores ==> acidente

com aeronaves

Vistoria na área de movimento

Fulano (gestor OPS)

2C

Selagem do pavimento

Ciclano (gestor MNT)

6 meses 1C

Conforme matriz de risco disponível no

MGSO, o consenso entre os presentes

foi que o evento seria um evento

improvável com consequências de

nível significativo

Após correção, o evento foi

classificado como muito

improvável e consequências

de nível significativo

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Formulário PESO

Assinatura:

Assinatura Fulano Assinatura Ciclano Assinatura Beltrano

Data: 01/01/2018

Referê

ncia

Defesas Existentes /

AdicionaisProcedimento adotado Responsável pela medida Prazo de implantação

Controle e

acompanhamento

Responsável pelo

acompanhamento

Procedimento Específico de Segurança Operacional - PESO XX/20XX

AISO

001/

2018

Vistoria na área de

movimento

Selagem do pavimento

Durante a vistoria serão

coletados fragmentos

que forem encontrados

na área de movimento e

anotadas observações

sobre o estado do

pavimento.

Será contratada

empresa para corrigir o

problema de

desagregação

Fulano

(Gestor OPS)

Ciclano

(Gestor MNT)

Imediato

6 meses

Registros de vistoria

Acompanhamento da

obra

Beltrano (Gestor SGSO)

Beltrano (Gestor SGSO)

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Formulário avaliação de eficácia das medidas mitigadoras

PESO Nº 001/2018

Medida Data de avaliação

Avaliação Comentário

Vistoria na área de movimento

02/01/2018 ( x ) Medida efetiva

( )Medida não efetiva

Coletadas 5 unidades

Vistoria na área de movimento

09/01/2018 ( x ) Medida efetiva

( )Medida não efetiva

Coletadas 6 unidades

Vistoria na área de movimento

16/01/2018 ( x ) Medida efetiva

( )Medida não efetiva

Coletadas 8 unidades

[..] [...] ( x ) Medida efetiva

( )Medida não efetiva

[...]

Selagem do pavimento

01/07/2018 ( x ) Medida efetiva

( )Medida não efetiva

Medida avaliada após término da obra.

Vistoria na área de movimento

01/07/2018 ( x ) Medida efetiva

( )Medida não efetiva

Obra concluída. Não foram coletadas unidades.

Os procedimentos propostos foram suficientes para mitigar o perigo? Sim. Não foi relatada presença de FOD na área de movimento pelas companhias aéreas ou pelos pilotos no período de avaliação. Além disso, após a realização da obra foi percebida diminuição da quantidade coletada.

Assinatura: Assinatura Beltrano Data: 01/08/2018

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Biblioteca de perigos

Data Codificação do Perigo

Perigo Localização Consequências potenciais

Risco avaliado antes das medidas mitigadoras

Medidas mitigadoras

Risco esperado depois de implantadas as medidas mitigadoras

Responsável pela análise

Setor responsável pela implantação da medida mitigadora

Responsável pela ação

Data da reavaliação

Data de conclusão

01/01/2018 P1 FOD gerado por desagregação do pavimento

PPD Ingestão de FO pelos motores ==> acidente com aeronaves

2C Vistoria na área de movimento Selagem do pavimento

1C Fulano Ciclano Beltrano

OPS MNT

Fulano Ciclano

N/A 01/08/2018

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8. INVESTIGAÇÃO INTERNA

Uma das ferramentas apresentadas para operacionalizar as investigações internas de Eventos

de Segurança Operacional foi a análise “por que – por quê” ilustrada a partir de uma situação

hipotética a seguir. O processo de investigação procura descobrir por que o evento aconteceu

para evitar uma nova ocorrência, em vez de encontrar alguém para culpar.

Formulário de investigação

Data do evento: 01/01/2018 Horário do evento: 17:00

Localização do evento: Pátio

Investigador: Beltrano

Descreva abaixo o que aconteceu:

No dia 01/01/2018 houve uma colisão entre equipamentos no pátio do aeródromo exemplo.

Descreva por que o evento aconteceu e qualquer fator que esteja associado com o evento:

1. A colisão de equipamentos aconteceu porque um dos veículos se encontrava em velocidade alta e o

motorista não conseguiu parar o equipamento a tempo.

2. O veículo estava em velocidade alta porque o motorista desconhecia a velocidade limite

considerada segura.

3. O motorista desconhecia o limite de velocidade porque não recebeu treinamento de direção

defensiva e a sinalização de limite de velocidade não era clara.

Identifique medidas corretivas ou preventivas recomendadas e os responsáveis pela execução

O SGSO deve contratar um curso de direção defensiva para os funcionários que dirigem na área

operacional e melhorar a sinalização de limite de velocidade na área operacional.

AISO gerada: 002/2018 PESO gerado: 002/2018

Data da análise: 15/01/2018

Assinatura do responsável pela análise: Assinatura Beltrano

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9. SISTEMA DE RELATOS

O sistema de relatos é uma ferramenta muito importante no processo de identificação de

perigos. Ele deve ser encorajado pela administração aeroportuária e é importante que sejam

mantidos os registros e o acompanhamento dos perigos relatados pela comunidade

aeroportuária. Para tanto, deixe os formulários de relatos de aviação civil em locais de fácil

acesso e informe a todos onde podem ser depositados. Outra forma descrita de coleta de relatos

é a disponibilização de um e-mail exclusivo para esse fim. Caso se perceba que a comunidade

utiliza outras formas de relato dos eventos, como, por exemplo, a comunicação diretamente aos

fiscais de pátio, formalize essa prática transcrevendo os relatos e descrevendo esse processo em

seu manual.

Vejamos um exemplo:

O SGSO do “aeródromo exemplo” recolhe todos os dias os relatos depositados na caixa de relato

disponibilizada ao lado do quadro de avisos do aeroporto.

Ele encontra o seguinte formulário:

Formulário para relatos de aviação civil

Data do evento: 01/01/2018 Horário do evento: 14:00

Localização do evento: pista de pouso e decolagem

Nome do relator (opcional):

Por favor relate abaixo a situação de segurança percebida:

(Inclua suas sugestões para prevenir que situações similares aconteçam) Percebi um aumento no número de pássaros na pista de pouso e

decolagem na última semana.

Parte reservada ao responsável pelo gerenciamento da segurança operacional

Necessária avaliação de risco? (x)sim ( )não

Atualização da biblioteca de perigos realizada por: Beltrano

Data de resposta ao relator: 08/01/2018

Assinatura do responsável pela análise: Assinatura Beltrano

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Nº Data do evento:Horário

do evento:Localização do evento:

Nome do relator

(opcional): Situação Relatada:

Necessária

avaliação de risco?

Atualização da

biblioteca de

perigos:

Data de resposta

ao relator:

Responsável pela

análise

Sistema de controle de relatos

O GSO do aeroporto, avaliou a necessidade de realizar uma AISO/PESO, e então preencheu o sistema de controle de relatos:

Identificada então a necessidade de avaliação de risco, o GSO e os demais gestores se reúnem para preencher o formulário de AISO/PESO correspondentes.

Após a análise de risco, foi identificada a necessidade de implementação de cortes de grama mais frequentes. O GSO publicou no mural um informativo

sobre esta nova medida mitigadora no dia 08/01/2018, e então atualizou o controle:

Nº Data do evento:Horário

do evento:Localização do evento:

Nome do relator

(opcional): Situação Relatada:

Necessária

avaliação de risco?

Atualização da

biblioteca de

perigos:

Data de resposta

ao relator:

Responsável pela

análise

Sistema de controle de relatos

1/2018 01/01/2018 PPD 14:00 Percebi um aumento no número de pássaros na pista de pouso e

decolagem na última semana.

Sim

Beltrano

Em aberto

Beltrano

1/2018 01/01/2018 PPD 14:00

Percebi um aumento no número de pássaros na pista de pouso e

decolagem na última semana.

Sim

Beltrano

08/01/2018 Beltrano

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10. GARANTIA DA SEGURANÇA OPERACIONAL

No capítulo referente à Garantia da Segurança Operacional são apresentadas algumas fontes

para monitoramento e medição do desempenho da segurança operacional. Utilize aquela que

mais se aplicar ao processo que se deseja monitorar.

Além disso, o relatório quadrimestral é apresentado como uma forma de operacionalizar o

monitoramento já que são coletadas informações importantes sobre os processos e eventos de

segurança operacional. Para saber mais sobre o preenchimento do relatório quadrimestral,

acesse o nosso tutorial de preenchimento na página:

http://www.anac.gov.br/assuntos/setor-

regulado/aerodromos/certificacao/arquivos/Tutorialdepreenchimento.pdf

É importante destacar, porém, que independente da forma utilizada para o monitoramento, o

preenchimento e envio do relatório quadrimestral, até o dia 20 dos meses de janeiro, maio e

setembro é obrigatório. Além disso, o operador deve comunicar a ANAC a ocorrência de eventos

de segurança operacional caracterizados como acidente, incidente grave e incidente em até 48h

da sua ocorrência.

Para o estabelecimento de indicadores, devem ser identificados os perigos que se deseja

monitorar, os eventos críticos de segurança, e ainda os processos necessários para manter o

SGSO em um bom funcionamento. Esses são alguns exemplos de indicadores que o aeródromo

pode monitorar:

1. Número total de ocorrências;

2. Taxa de F.O.D. coletados mensalmente;

3. Taxa mensal de Avistamento de fauna;

4. Taxa mensal de Colisão com Fauna;

5. Número total de relatos recebidos;

6. Número de AISO realizadas;

7. Número de colisões com veículos / equipamentos;

8. Número de funcionários capacitados.

Também é importante que o operador adeque os indicadores monitorados aos objetivos e

metas estabelecidos. Por exemplo, considere a meta abaixo:

Aumentar em <taxa>% o número anual de análises de risco realizadas em

<periodicidade> ano(s).

Para realizar o acompanhamento dessa meta é preciso que se calcule o número de análises de

risco realizadas no período de 1 ano para que seja possível mensurar se houve aumento

conforme previsto no manual. O mesmo deve ser avaliado para cada uma das metas propostas

pelo operador.

Beltrano

08/01/2018 Beltrano

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11. TREINAMENTOS

O “treinamento geral” indicado no MGSO modelo é obrigatório para todos os aeródromos classe

I. Caso o aeródromo dessa classe possua ainda SESCINC implantado ou se o operar em baixa

visibilidade, devem ser incluídos os cursos relativos a essas operações.

Foi sugerido que o “treinamento geral” fosse ministrado pelo Responsável pelas operações, mas

o operador pode indicar o instrutor que mais se adeque a sua realidade. A forma do treinamento

também é livre, devendo o operador incluir a carga horária e escolher a melhor forma para

ministrar esse curso. Podem ser utilizadas formas de aplicação prática do conteúdo,

apresentação de slides, textos escritos, etc. No anexo 10 foi incluído um formulário de avaliação

no intuito de auxiliar os registros desse treinamento, porém o supervisor do curso pode escolher

a melhor forma de registro. O importante é que os treinamentos realizados devem ser

devidamente documentados!

12. COMUNICAÇÃO

Informe a toda a comunidade sobre os assuntos de segurança operacional. Foram sugeridos:

quadros informativos de segurança; alertas de segurança operacional; campanhas de segurança

operacional; e-mail e reuniões; mas independente do meio escolhido; a conscientização de toda

a comunidade aeroportuária é fundamental para garantir a segurança.

13. DISPOSIÇÕES FINAIS

Desenvolver e implementar um SGSO que funcione para o seu aeródromo auxilia na

compreensão dos perigos e riscos que afetem a segurança. O objetivo desse sistema é a garantia

da segurança das operações aeroportuárias que é responsabilidade de todos.

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14. REFERÊNCIAS

FEDERAL AVIATION ADMINISTRATION. ADVISORY CIRCULAR 150/5200-37A: Safety

Management Systems for Airports. 2016. 81 p.

SAFETY MANAGEMENT INTERNATIONAL COLLABORATION GROUP. SMS FOR SMALL

ORGANIZATIONS, 2015. 44 p.

NEUBAUER, Kenneth; FLEET, Dave; AYRES JR, Manuel. A Guidebook for Safety Risk

Management for Airports.