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A iniciação espírita no prograna da Aliança Espírita Evangélica consta de três graus sucessivos, conforme o capí‑ tulo 5 do Guia do Aprendiz: Grau de Aprendiz ‑ Preparação individual ‑ Fase inicial de adaptação para assimilar conceitos novos e objetivos propostos para o programa da AEE. Nesta fase o aluno tem a oportunida‑ de de aprender e vivenciar os ensinamentos morais‑evangélicos por meio das aulas que constam nos livros Entendendo o Espiri‑ tismo, O Redentor e Iniciação Espírita. O aluno é convidado a cumprir um programa de aprendi‑ zado e de atividades da AEE, entre elas: assiduidade nas aulas da Escola de Aprendizes, preenchimento e leitura do caderno de temas, preenchimento da caderneta pessoal, participação nas vibrações das quintas‑feiras e nas vibrações das vinte e duas horas, participação nas caravanas de evangelização e au‑ xílio, prática do culto do Evangelho no Lar, culminando tudo num esforço sincero, consciente, honesto, vital e controlado de reforma íntima para o melhor e por amor a Jesus. A participação nas vibrações das quintas‑feiras é o pri‑ meiro contato que o aluno terá de disponibilizar‑se a execução de um trabalho regular na casa espírita. O detalhamento e a importância, no sentido espiritual, deste trabalho está no livro Edgard Armond, meu pai, de Ismael Armond, cuja leitura re‑ comendamos. Todas as atividades contribuem para o processo do au‑ to‑conhecimento, oportunidade ímpar de sair do seu mundo íntimo, rotineiro e exclusivista, despertando e estabelecendo uma nova relação consigo mesmo e com o mundo exterior que nos rodeia. Grau de Servidor ‑ Trabalho testemunho ‑ Neste grau o aluno, já tendo conhecimento geral da doutrina espírita e como o desenvolvimento do seu processo de conscientização aflora, então, em si mesmo, o sentimento, a vontade de tra‑ balhar também para o bem do próximo e aplicar, na prática, os ensinamentos recebidos, conforme nos pede nosso Mestre Jesus Cristo. O dirigente da turma deverá ser exemplo vivo de teste‑ munho evangélico e de abnegação, no esforço próprio dos trabalhos da casa espírita, os quais os alunos espelharão sua conduta, com o passar do tempo. Trabalho ‑ O Servidor, nesta altura, já possui inúmeras oportunidades para escolher as atividades mais adequadas, participando de cursos, engajando‑se nas frentes de trabalho de forma assídua, consciente e constante. Requisito imprescindível neste grau é o aluno abraçar um trabalho, o qual, normalmente, redunda no próprio centro espírita. Sua vontade em servir deverá ser estimulada pelo di‑ rigente da turma, a partir do trabalho das vibrações coletivas, às quintas‑feiras, caravanas de evangelização e auxílio. Nas atividades da Caravana ‑ O aluno, tendo vivenciado esses trabalhos, fica mais acessível para a introspecção e a compreensão da necessidade de se praticar voluntariamente a caridade por amor a Jesus. No grau de servidor, a eliminação dos vícios e defeitos, conforme é destacado no Guia do Aprendiz, deve ser muito criteriosa. O aprendiz ainda escravo ou dependente de algum Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de Limeira Escola de Aprendizes do Evangelho — 8ª turma 23ª aula: Textos complementares GEAEL Transcrito de O Trevo, julho/2002 Aula 23ª — Entre muitas, a lição que fica: A igualdade diante da dor é uma sublime precaução de Deus, que quer que seus filhos, instruídos pela experiência comum, não cometam o mal, alegando desconhecer seus efeitos. O Evangelho Segundo o Espiritismo

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A iniciação espírita no prograna da Aliança Espírita Evangélica consta de três graus sucessivos, conforme o capí‑tulo 5 do Guia do Aprendiz:

Grau de Aprendiz ‑ Preparação individual ‑ Fase inicial de adaptação para assimilar conceitos novos e objetivos propostos para o programa da AEE. Nesta fase o aluno tem a oportunida‑de de aprender e vivenciar os ensinamentos morais‑evangélicos por meio das aulas que constam nos livros Entendendo o Espiri‑tismo, O Redentor e Iniciação Espírita.

O aluno é convidado a cumprir um programa de aprendi‑zado e de atividades da AEE, entre elas: assiduidade nas aulas da Escola de Aprendizes, preenchimento e leitura do caderno de temas, preenchimento da caderneta pessoal, participação nas vibrações das quintas‑feiras e nas vibrações das vinte e duas horas, participação nas caravanas de evangelização e au‑xílio, prática do culto do Evangelho no Lar, culminando tudo num esforço sincero, consciente, honesto, vital e controlado de reforma íntima para o melhor e por amor a Jesus.

A participação nas vibrações das quintas‑feiras é o pri‑meiro contato que o aluno terá de disponibilizar‑se a execução de um trabalho regular na casa espírita. O detalhamento e a

importância, no sentido espiritual, deste trabalho está no livro Edgard Armond, meu pai, de Ismael Armond, cuja leitura re‑comendamos.

Todas as atividades contribuem para o processo do au‑to‑conhecimento, oportunidade ímpar de sair do seu mundo íntimo, rotineiro e exclusivista, despertando e estabelecendo uma nova relação consigo mesmo e com o mundo exterior que nos rodeia.

Grau de Servidor ‑ Trabalho testemunho ‑ Neste grau o aluno, já tendo conhecimento geral da doutrina espírita e como o desenvolvimento do seu processo de conscientização aflora, então, em si mesmo, o sentimento, a vontade de tra‑balhar também para o bem do próximo e aplicar, na prática, os ensinamentos recebidos, conforme nos pede nosso Mestre Jesus Cristo.

O dirigente da turma deverá ser exemplo vivo de teste‑munho evangélico e de abnegação, no esforço próprio dos trabalhos da casa espírita, os quais os alunos espelharão sua conduta, com o passar do tempo.

Trabalho ‑ O Servidor, nesta altura, já possui inúmeras oportunidades para escolher as atividades mais adequadas, participando de cursos, engajando‑se nas frentes de trabalho de forma assídua, consciente e constante.

Requisito imprescindível neste grau é o aluno abraçar um trabalho, o qual, normalmente, redunda no próprio centro espírita. Sua vontade em servir deverá ser estimulada pelo di‑rigente da turma, a partir do trabalho das vibrações coletivas, às quintas‑feiras, caravanas de evangelização e auxílio.

Nas atividades da Caravana ‑ O aluno, tendo vivenciado esses trabalhos, fica mais acessível para a introspecção e a compreensão da necessidade de se praticar voluntariamente a caridade por amor a Jesus.

No grau de servidor, a eliminação dos vícios e defeitos, conforme é destacado no Guia do Aprendiz, deve ser muito criteriosa. O aprendiz ainda escravo ou dependente de algum

Grupo Espírita Aprendizes do Evangelho de LimeiraEscola de Aprendizes do Evangelho — 8ª turma

23ª aula: Textos complementaresGEAEL

Transcrito de O Trevo, julho/2002

Aula 23ª — Entre muitas, a lição que fica:

A igualdade diante da dor é uma sublime precaução de Deus, que quer que seus filhos, instruídos pela experiência comum, não cometam o mal, alegando desconhecer seus efeitos.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

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2 23ªaula:Passagemparaograudeaprendiz

vício provoca algumas conseqüências sérias, segundo certas hipóteses:

a) Como servidor, ainda escravo de algum vício, conscienti‑za‑se e consegue vencer o vício em tempo, podendo, assim, ini‑ciar os cursos regulares. Com a conclusão desta fase, ainda de‑penderá do grupo mediúnico ou do colegiado se pronunciarem a respeito da sua condição espiritual. Daí três possibilidades:

1ª ‑ Ser qualificado sem nenhuma restrição, não existin‑do nenhum resquício do vício que prejudique o trabalho de doação de fluidos ou de vibrações, bem como quanto aos seus sentimentos;

2ª ‑ Não tenha alcançado aprovação de imediato, necessi‑tando de um período de tratamento e de desintoxicação;

3ª ‑ Reprovado, pois há comprometimento no aspecto espiritual, principalmente no que diz respeito a doação de fluidos, bem como dos seus sentimentos, invariavelmente com tedências a recaídas.

b) Como Servidor, não consegue abandonar o vício, não podendo matricular‑se nos cursos regulares.

Tanto o trabalho como o testemunho, vivenciando todo este processo de reforma íntima são fatores essenciais. O aluno des‑pertado nos sentimentos mais elevados, principalmente no as‑pecto da aplicação da sua fraternização e do seu companheiris‑mo, pode, assim, postular a sua passagem ao grau de Discípulo

de Jesus.Conseguindo estas vitórias, Edgard Armond nos diz:

“Nesta altura já não possui vícios e seus defeitos estão sendo francamente combatidos e vencidos, sua vontade desenvol‑veu‑se, transformando‑se em força ativa a sua disposição”.

Estas palavras evidenciam a importância do aluno não possuir vícios para postular o grau de Servidor. No caso de possuí‑los não poderá trabalhar na assistência espiritual, de‑vendo esforçar‑se mais em sua reforma íntima para o melhor, por amor a Jesus, condição essencial na Aliança.

Esse rigor foi necessário porque na programação da EAE essa exigência foi exaustivamente ressaltada pelos irmãos do Plano Espiritual Superior, Ismael, dr. Bezerra de Menezes, Pasteur, Razin, Emmanuel, André Luiz e tantos outros, na Feesp ‑ Federação Espírita do Estado de São Paulo, em men‑sagens dirigidas especificamente ao nosso companheiro Ed‑gard Armond. Assim, recomendamos mais uma vez a leitura do livro Edgard Armond, meu pai.

Grau de Discípulo de Jesus ‑ O aluno, já conscientizado, esclarecido e por seu inteiro livre‑arbítrio, manifesta o desejo de se tornar Discípulo de Jesus. O tema será objeto de matéria detalhada mais adiante, neste espaço.

Taqueo Kusaba ‑ CEAE Genebra

RegRas de conduta e deveRes do apRendiz

Após a primeira aula e já tendo tomado conhecimento do siste‑ma adotado, do programa da Escola e das obrigações e deveres a cumprir, o aprendiz deve auscultar cuidadosamente seus senti‑mentos e suas idéias para saber se, realmente, deseja prosseguir nesse caminho difícil da auto‑purificação; se possui o ideal de melhorar‑se, preparando‑se para os testemunhos que o discipu‑lado exigirá futuramente.Se a resposta for favorável, assumirá então, consigo mesmo e com Jesus, um amplo compromisso de trabalhos e devotamento presentes e futuros, anotando as seguintes regras de conduta:a) assiduidade rigorosa, aos trabalhos escolares;b) despreocupar‑se de opiniões, atitudes e interferências de ter‑ceiros; de preconceitos religiosos e sociais, que interfiram para desviá‑lo do intento visado;c) reagir a cansaços, desânimos e dificuldades de qualquer espécie, pois sabe poder contar com o auxílio dos benfeitores espirituais;d) ter sempre à vista o quadro pré‑organizado de defeitos e ví‑cios, para regular sua repressão com prudência e equilíbrio;e) manter rigor progressivo nos esforços de melhoria, a começar no lar doméstico, onde agirá de forma compreensiva, tolerante, bondosa, controlando palavras, gestos e impulsos menos dignos, até que a conduta se torne espontânea e natural;f) fugir de atritos, discussões, comentários malévolos, disputas sobre o que for, cedendo sempre que possível a tudo o quanto não prejudique a terceiros ou ao seu trabalho;g) intervir como elemento conciliador sempre que necessário, evitando, porém, interferências não solicitadas ou impositivas;h) tratar a todos com bondade e paciência, invariavelmente;i) ser justo e enaltecer as virtudes, sem ferir aqueles que as não possuem;j) fazer o bem sem ostentação, aconselhando, protegendo, ensi‑nando, ajudando, mas sobretudo esclarecendo espiritualmente,

pois que essa a maior dádiva e a que tem realmente força para transformar moralmente os homens;k) ser sempre um exemplo vivo de boa conduta e sentimentos eleva‑dos, no lar e fora dele, para que possa merecer confiança e respeito;l) evitar fazer proselitismo impertinente, forçando pessoas a acei‑tarem pontos de vista e conhecimentos que não estão em condi‑ções de compreender e assimilar;m) semear sempre a boa semente, sem preocupação de resulta‑dos imediatos;n) realizar esforços permanentes de melhoria, porque há sempre falhas a corrigir, coisas novas a conquistar, vivendo, como vive‑mos, em um mundo inferior;o) não se preocupar em demasia com acessos a cargos, posições ou bens materiais, porque o que cabe a cada um de nós a seu tempo nos virá às mãos, da parte do Doador Eterno;p) aperfeiçoar e desenvolver em si mesmo capacidades intrínsecas e energias potenciais, visando tarefas e responsabilidades futuras;q) ter presente que a evangelização é um estado íntimo do espí‑rito e não uma mera suposição de ser o que realmente não é, ou manter aparência ilusória de situação interna que não existe;r) ser verdadeiro em tudo e buscar perfeição espiritual com todo afã, enquanto viver;s) compreender que nada vem do exterior que possa substituir o esforço próprio, vindo do mais íntimo da alma e da consciência despertada pelo anseio de purificação;t) considerar que o passado de erros e acertos fez o presente, um estado já mais avançado, donde pode, como aprendiz, lançar‑se agora, sob o escudo do Evangelho, a mais altas esferas de ativi‑dade espiritual; que as raízes do passado são irremovíveis, a não ser pelos resgates de sofrimento e pelos trabalhos em benefício dos semelhantes, que a evangelização favorece;u) que, como homem do mundo, não tinha rumo ou ideal defini‑tivo como tem agora, como simples aprendiz, e de forma defini‑tiva e segura.

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EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 3

Objetivos da Escola de Aprendizes:Evangelização e reforma íntima

Taqueo Kusaba ‑ CEAE Genebra

A EAE é um programa organizado para proporcionar a vivência do Cristianismo como proposta essencial de aperfei‑çoamento moral da humanidade por meio da reforma íntima do ser. Busca a renovação do homem em seus sentimentos, pensamentos e atitudes, proporcionando‑lhe experiências de verdadeiro autoconhecimento e o despertar de ideais divinos.

Não se trata de um curso como habitualmente se entende a partir da palavra escola, mas sim de um processo de ini‑ciação espiritual, baseado no Evangelho de Jesus, entendido como a forma mais pura de vivenciar a proposta religiosa do espiritismo para o bem da humanidade (Edgard Armond ‑ Vi‑vência do Espiritismo Religioso).

Fazendo uma breve reflexão sobre esta definição, o pro‑grama organizado da EAE foi estruturado com a orientação da espiritualidade maior e realizado através de Armond com o grupo de Razin. Assim, a base de elaboração do programa tem um profundo sentido espiritual.

A Escola de Aprendizes é um processo de iniciação espí‑rita, com seus graus a serem alcançados. O aluno percorrerá cada etapa para sua ascensão espiritual, descobrindo novos referenciais e parâmetros na busca do autoconhecimento.

“Não se pode freqüentar esta escola com a idéia frívola de receber um título, mas para dar‑se ao serviço do próximo, atingir o grau de discípulo e continuar a viver como qualquer

outra pessoa, porém interessada da vida coletiva, do bem dos semelhantes e dos ideais de fraternidade universal, porque as responsabilidades crescem com o aumento do conhecimen‑to”. (Edgard Armond ‑ Mensagens e Instruções).

Concluindo, o programa de trabalho da Aliança Espírita Evangélica, através da EAE, dentro do processo da iniciação espírita, possui dois objetivos a serem alcançados: a reforma íntima e, conseqüentemente, a evangelização de seus adeptos.

evangelização“Ademais, quando o aprendiz se inscreve na escola, sabe

porque o faz, e o que deseja é justamente isso: transformar‑se moralmente, evangelizar‑se e receber o auxílio para essa rea‑lização. Logo, nas primeiras aulas isso é exposto com clareza. Adverte‑se que, se a busca não é exatamente a evangelização, nas bases em que a escola oferece, melhor será não prosseguir, pois certamente não haverá êxito na freqüência”.

Dessa forma, opera‑se uma seleção dos elementos mais aproveitáveis e de maior interesse para a propagação da dou‑trina.

“A finalidade da escola, repetimos, não é transmitir co‑nhecimentos acadêmicos comuns, mas encaminhar o esforço da evangelização dos que a procuram”. (Guia do Aprendiz)

A evangelização é uma decisão pessoal e íntima de cada um, que a realiza de acordo com o seu grau de compreensão. Os testemunhos dados são frutos da consciência despertada. Nesta fase, a pessoa sente uma imensa alegria em servir. Vi‑venciar esse processo nada mais consiste senão em dar o seu sincero testemunho.

“Pensa a maioria que testemunho evangélico é assistir às sessões, dar passes, assistir doentes ou resolver dificuldades domésticas quando, na realidade, o problema é outro: é a pu‑rificação, a evangelização de cada um. É o indivíduo mesmo que está em jogo e que representa o interesse central de todos os movimentos” (Ismael Armond ‑ Edgard Armond, Meu Pai).

Reforma íntimaÉ um processo contínuo de autoconhecimento de nos‑

sa essência espiritual e, por meio dele, buscamos a vivência evangélica. Conseqüentemente, teremos a nossa transforma‑ção na forma de sentir, agir e pensar.

Para promover este autoconhecimento é necessária a utilização dos instrumentos propostos no programa. O aluno fará um mergulho interior, por meio de reflexões, descobrindo suas imperfeições e defeitos que até então passavam desper‑cebidos, como também potencializar as virtudes que possui.

GEAEL

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4 23ªaula:Passagemparaograudeaprendiz

Sócrates dizia “conhece‑te a ti mesmo”. A auto‑análise torna‑se mais dificil quando estamos sozinhos, mas promo‑vida dentro da EAE propicia uma oportunidade de conhecer outros pensamentos e sentimentos, muitas vezes afins. O alu‑no começa a perceber que essas dificuldades até então parti‑cularizadas são comuns a todos.

De certa forma, propicia alívio e um processo de abertura para compartilhar as experiências.

O ser humano possui uma visão limitada das verdades espirituais e ainda busca satisfazer‑se pelas paixões e vícios materiais, o que acarreta sofrimento. O desespero, a mágoa e outros sentimentos negativos podem ter vários desdobramen‑tos, a saber:

a) Sentir culpa ou revolta, sem o conhecimento das ver‑dades espirituais.

b) Momentos de reflexão em busca de uma saída.c) Questionar os efeitos e ficar no campo das hipóteses.d) Buscar, através da religião, o lenitivo para suas aflições.O aluno, ao realizar seu processo de auto‑análise, pode

recair em qualquer dos itens acima. Para tanto, o dirigente deve estar sempre atento a estas oscilações nesta fase da vida do aluno, estando sempre à disposição para ouvir, e quando necessário, encaminhar para as soluções que estão ao alcance da própria casa espírita.

Outra etapa do processo da reforma íntima é realizada através do trabalho proposto pelo programa da escola. Es‑tabelece‑se assim uma nova forma de convívio com os novos amigos, promovendo aprendizado e operando uma transfor‑mação na sua forma de agir em todos os ambientes de convívio. Mostra‑se assim um sentido maior para sua vida, mobilizan‑do sua força interior e confiança, para expressar sentimentos sem medo de rejeição, aumentando a auto‑estima.

A aplicação das ferramentas da EAE para realizar este processo avalia os esforços no campo da reforma íntima.

“O intelecto ajuda na reforma íntima, mas não serve para vivê‑la. Coloquem o Evangelho acima de tudo e sigam seus ensinamentos, porque ele é o mesmo código pelo qual sere‑mos todos julgados após o desencarne. Escola de Aprendizes do Evangelho busca a evangelização com base na reforma ín‑tima e a Fraternidade dos Discípulos de Jesus destina‑se ao testemunho pessoal dos ensinamentos, considerando que as transformações morais pela reforma íntima e o testemunho em espírito e verdade dos ensinamentos são pontos essenciais para a evolução espiritual dos seres humanos.” (Edgard Ar‑mond, Meu Pai).

A reforma íntima não é, portanto, uma obrigatoriedade imperiosa, imposta pelo programa da escola. “Em nenhuma hipótese o aprendiz estará agindo sob influência coercitiva, su‑gestões ou temores, provindos do exterior, pois que a Escola não lhe exige algo que não queira ou não possa fazer, forçando o seu livre arbítrio; e tudo quanto ela solicita é necessário e útil ao seu progresso espiritual, para o qual, livre e espontaneamen‑te ingressou em seus quadros”. (Guia do Aprendiz)

Portanto, cabe ao dirigente aplicar os instrumentos que

auxiliem este processo, aferindo conscientemente os resulta‑dos obtidos pelo mesmo, sem concessões ou privilégios du‑rante a avaliação de nota, e nem aviltar as regras deste pro‑cesso por ocasião do exame espiritual.

O dirigente tem a responsabilidade de orientar e encami‑nhar o aluno aos esforços na transformação do homem velho para o homem novo. O dirigente não faz a reforma íntima pelo aluno, mas o resultado desta cabe única e exclusivamente ao aluno.

“Um dia somente de esforço íntimo e sincero de aperfei‑çoamento com base no Evangelho de Jesus, liberta o aprendiz mais depressa das inferioridades que o dominavam, que cen‑tenas de dias de freqüência inócua ou conduta morna e estéril, em trabalhos exteriores, sem repercussão no campo interno e na alma dos necessitados”. (Mensagens e Instruções)

Além das referências acima, recomendamos também a leitura de O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII: “O Dever”. E uma reflexão sobre o trabalho moral. Pelo testemunho e pelo trabalho podemos entender o processo da reforma íntima, fortalecendo‑nos. Sentimos mais confiança para assimilar as ocorrências do dia‑a‑dia com mais sereni‑dade, fé, e amor ao nosso próximo, apurando o nosso aper‑feiçoamento.

A auto‑análise não deve ser feita com cobranças, culpas, fracassos porque ninguém cobra os resultados obtidos, a não ser por ocasião do exame espiritual aonde é feita uma análise, avaliação das conquistas dos adeptos, como todo e qualquer processo de caráter iniciático.

O entendimento deste processo leva a compreendermos melhor o nosso semelhante avaliando a nossa própria ação, reação, percepção da nossa deficiência, dos sentimentos, pro‑curando assim elevarmos o nosso próprio entendimento.

Na aula “Introdução ao processo de reforma íntima”, o dirigente encontrará referências de alguns dos assuntos a se‑rem abordados, constantes na apostila da Iniciação Espirita.

Em função da própria rotatividade dos participantes, pe‑culiar nesta fase inicial da escola, além dos itens propostos na apostila, como sugestão poderá mencionar os seguintes aspectos: breve abordagem do processo da Iniciação Espirita e dos seus graus e os objetivos da EAE (reforma íntima e evangelização); o processo de reconhecimento dos sentimen‑tos, defeitos ou vícios, potencializando as virtudes; os instru‑mentos da reforma íntima a serem implementados durante a escola; a responsabilidade do conhecimento (estudo/leitura), e do trabalho a abraçar; avaliação dos resultados da reforma íntima em relação ao exame espiritual.

Outros temas para abordagem podem ser consultados no livro Manual Prático do Espirita, de Ney Prieto Perez (edi‑tora Pensamento).

Taqueo Kusaba ‑ CEAE GenebraTranscrito de O Trevo, dezembro/2002

(texto complementar sobre a Escola de Aprendizes na p. 10)

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EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 5

Enquanto se iniciava em nosso plano a organização da Fede‑ração Espírita do Estado de

São Paulo ‑ Feesp, a partir de 1940, organizava‑se no Espaço uma sede de apoio e orien tação dirigida pelo irmão Bezerra de Menezes que, na distribuição de responsabilidades ha‑vida na ocasião, recebia a tarefa de diretor espiritual da Casa.

A sede do Espaço, em descrição feita em 1958 por ele mesmo, e que não sofre alterações de vulto, era cir‑cundada por vários prédios perten‑centes a Agremiações e Fraternidades ligadas ao movimento espíri ta, já, de algum modo, intenso e harmonioso nessa época, em nosso Estado.

Atualmente, nessa sede, que fica‑va so bre a Feesp e agora se estende cobrindo tam bém a Aliança Espírita Evangélica, encon tra‑se o setor ad‑ministrativo do conjunto, que ocupa quatro pavimentos, edificados sobre uma área de mais de 5.000 metros quadra dos, como passamos a descrever:

1º PavimentoPela necessidade de entrosamento do tra balho comum,

instalam‑se aqui os departa mentos administrativos das re‑feridas agremiações e fraternidades, cada uma com os seus respectivos órgãos direcionais.

2º PavimentoNeste pavimento encontram‑se os fichá rios dos freqüen‑

tadores das casas materiais. Para cada irmão encarnado que a busca, le vado, na maioria das vezes, por amigos e conhecidos desejosos de cooperação, faz‑se uma ficha completa da qual constam as difi culdades a vencer e o auxílio que podem re‑ceber face à Lei do Carma.

Não havendo no Espaço os entraves bu rocráticos pró‑prios do plano material, os ne cessitados são atendidos com rapidez e igualdade e, conforme o caso de cada um, são en‑caminhados, nas Casas, aos trabalhos assistenciais de que ca‑reçam.

Nesse mesmo 2° pavimento estão os fichários dos colabo‑radores encarnados ligados aos trabalhos das Casas.

O atendimento destes colaboradores, na sede do Espaço,

obedece a uma rotina diferente: em noites determinadas, em cada setor de tarefa, são eles recebidos em visi‑tas obrigatórias mensais que fazem para marcar em fichas que lhes são apresentadas na hora, sua própria produção, tanto no que concerne aos serviços em si mesmos que já execu‑taram, como aos progressos obtidos na Reforma Íntima, havendo muito rigor na apuração destes dados.

Após as devidas anotações, as fi‑chas são levadas aos encarregados de fa‑zerem o ba lanço dos resultados globais que são, habitu almente, deficitários.

Ao tomarem conhecimento des‑ses déficits, os trabalhadores terão de se esforçar para co bri‑los, não haven‑do outra alternativa senão esta: sal‑dar essas falhas ou vê‑las crescer con‑tinuamente, por negligência pessoal, porque esse esforço depende deles próprios, exclusi vamente.

Tudo nessas fichas é pesado, medido e assentado porque o que se espera de cada um são resultados progressivamente melhores, caso desejem realmente realizar suas tarefas evan‑gélicas e cumprir os compromissos que assu miram consigo mesmos, ou com o Plano Es piritual antes de encarnarem.

Neste mesmo 2º pavimento existem os fi chários dos Aprendizes do Evangelho, nos quais os Instrutores Espiritu‑ais depositam todo o carinho e muita esperança, sobretudo pelo fato de terem vindo espontaneamente e, como discípulos do Divino Mestre, lutarem pela difusão e a exemplificação dos seus ensinamentos redentores na Terra.

As atividades dos Aprendizes, nos dife rentes graus es‑tabelecidos pela Escola, são anotadas com a maior atenção, mormente no que se refere aos esforços da Reforma Íntima, para que atinjam as metas fixadas nessa iniciação e se trans‑formem em verdadeiros discípulos sinceros, devotados, cons‑cientes do muito que podem realizar por si mesmos, como unidades espirituais vivas, na vitória do bem, sob a condução de Jesus, o Cristo Planetário.

Ao ingressarem os Aprendizes na Escola, são convocados ao Departamento Adminis trativo da Casa do Espaço os Es‑píritos que os acompanham desde o nascimento, como pro‑tetores ou guias, que ali recebem todo o apoio possível na jornada espiritual que escolheram.

Casa de Bezerra no EspaçoCentro de atividades benfeitoras

Edgard ArmondGEAEL

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6 23ªaula:Passagemparaograudeaprendiz

Isto não significa, é evidente, que haja sucesso completo para todos, pois que, se gundo a maneira de agir de cada um, os aprendizes ou prosseguem triunfantes até o fim da jorna‑da, engrandecendo‑se dia por dia aos olhos do Divino Mes‑tre, ou estacionam na morbidez do personalismo desviando seus rumos, havendo casos em que até mesmo, ingloriamente, abandonam o campo da luta, com imprevisíveis, mas sempre funestas con seqüências, para seu futuro espiritual.

Nessa Escola de Aprendizes, quando se realizam os exa‑mes espirituais periódicos e obri gatórios, as fichas individuais de cada um já se encontram preenchidas e em dia, com as res‑pectivas classificações e julgamentos, cabendo aos médiuns que ali servem unicamente receberem e transmitirem com a devida fidelidade os dados que lhes forem passados pelos Ins‑trutores Espirituais encarregados desse trabalho.

É bom também revelar que apenas alcançam os ser‑vidores o grau máximo dessa preciosa iniciação, como discí‑pulos de Jesus, e in gressam na Fraternidade do mesmo nome, cessam os auxílios que recebiam como aprendizes, porque, a essa data, já deverão eles estar plenamente conscientes de suas responsabilidades pessoais e do dever de se colocarem à altura da sua nova situação, fa zendo jus a ela, iniciando programas próprios de ação no campo evangélico, em suas varia das e dignificantes atividades.

Aquele que assim não procede continua mem bro da Fra‑ternidade como inativo no plano mate rial e sua ficha é reti‑rada da Casa do Espaço, sendo o lugar ocupado por outro elemento de maior boa vontade, pois que o Evangelho é ação cons tante e sempre construtiva no serviço do Bem, onde quer que o discípulo se encontre.

A Escola de Médiuns recebe idênticas aten ções e carinho, porém, e infelizmente, este é ainda um setor muito instável, diariamente procurado por muitos e abandonado, sobretu do porque, não conseguindo logo o seu in tento de desenvolvimen‑to de faculdades, os médiuns esmorecem ante os obstáculos que vão surgindo, tornando assim seus esforços mais pesados, esquecendo‑se, infelizmente, de que tanto maior será o mérito na execução das ta refas, quanto maior for a dedicação que a elas consagram, a perseverança no vencer as difi culdades, no manterem a fé e a fidelidade aos compromissos assumidos, sejam quais fo rem os sacrifícios a fazer, os testemunhos a dar, nos altos e baixos da própria tarefa.

3º PavimentoEste pavimento é destinado a conferências e exortações

evangélicas para assembléias de Es píritos encarnados, pre‑viamente selecionados, e que assim, no abandono do corpo físico durante o sono, privam com as entidades maio res, em palestras agradáveis e instrutivas, don de saem fortalecidos e estimulados para o Bem.

4º PavimentoAqui se localizam os mais variados cen tros de estudos

psiquiátricos, não somente para os freqüentadores das Casas

materiais como também para trabalhadores espiritual mente selecionados, que recebem o ampa ro, o estímulo e os esclare‑cimentos necessá rios ao prosseguimento de suas meritórias ta refas espirituais na Terra.

Os demais prédios que circundam a sede do Espaço são todos de auxílio direto aos en carnados, com locais separa‑dos para estudos, cursos especializados e diferentes trabalhos, como por exemplo: na Fraternidade dos Fi lhos do Deserto está concentrado o atendi mento das perturbações espirituais que, numa época como a que vivemos hoje, multipli cam‑se várias vezes, por toda parte, pelo des dobramento dos traba‑lhos de natureza inferior e negativa. Junto à Fraternidade da Rosa Mística de Nazaré, além de inúmeros outros trabalhos, encontra‑se o auxílio a crianças e a gestantes, sob a direção de nossa Irmã Meimei, e assim por diante.

Eis aqui, em forte resumo, o que repre senta o organismo sideral que denominamos Casa de Bezerra do Espaço, que, como se vê, ampara, sustenta e orienta as atividades espiritu‑ais nos numerosos grupos de abnegados servidores do Divino Mestre, que por to dos vela e a todos distribui as dá divas do seu imenso amor.

Nenhum de nós, pois, está sozinho no esforço ingente da autopreparação pela Reforma Íntima, como na execução das dignificantes tarefas que, como discípulos, desenvolvemos na Terra em benefício de nossos semelhantes.

Trecho transcrito do capítulo 48 do livro Mensagem e Instruções, publicado em 1980.

nos dias de trabalho espiritual é dever do trabalhador:

• Abster‑se de alimentos muito condimentados;• Não comer carne;• Fazer uma alimentação leve e frugal;• Manter pensamentos elevados, em estado de prece, pen‑

sando e falando com seriedade e evitando conversações não edificantes;

• Lembrar que os trabalhos deverão sempre começar na hora certa, pois os mentores espirituais tem seu tempo distribuído;

• Não faltar sem razão sólida, pois atrasos e faltas vão tornando o trabalho ineficiente e sem garantias;

• Evitar conversações antes dos trabalhos, falando apenas o indispensável relativo ao trabalho a ser empreendido, isso porque, bem antes, os cooperadores do espaço já traçaram fronteiras vibratórias para a defesa do grupo;

• Lembrar que as frivolidades favorecem a penetração de espíritos mal intencionados;

• Lembrar também que antes dos trabalhos iniciarem, as leituras e preces, auxiliam‑nos a elevar o padrão vibra‑tório;

• Ter muito cuidado com a vaidade e o orgulho, pois esses são alguns dos maiores obstáculos da elevação espiritu‑al e motivos de queda. Sem a humildade todo trabalho torna‑se nulo.

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EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 7

vibrações coletivasTranscrito do livro Passes e Radiações, Edgard Armond

O que é o trabalho de vibrações:É um trabalho de curas e reequilíbrio espiritual amplo e ge‑nérico, baseado na emissão em grupo de radiações fluídicas amorosas (Passes e Radiações, capítulo 23, p. 158 e “Traba‑lhos práticos de espiritismo”, capítulo IV, item 5).

Quais os seus objetivosBeneficiar, através da doação de fluidos mobilizados por amor fraterno, a locais e criaturas, da crosta planetária e das esferas espirituais, especialmente as inferiores.

Como se estruturaReuniões: As reuniões devem ser semanais, com a duração de 30 a 40 minutos.Direção: A equipe diretora será contituída por um dirigente, um médium e um elemento encarregado das vibrações cole‑tivas. É de todo recomendável que estes trabalhadores sejam membros da Fraternidade dos Discípulos de Jesus.

Participantes: Podem tomar parte exclusivamente os membros da Fraternidade dos Discípulos de Jesus, os servidores e os aprendizes da Escola de Aprendizes do Evangelho.

Atividades preparatórias:1. Os participantes devem chegar antes do início da pre‑paração, conservando‑se em silêncio, nos seus lugares, em meditação, preparando‑se para o trabalho.2. Solicita‑se aos participantes que evitem permanecer em conversa nas portas de acesso ao salão.3. Uma vez apagadas as luzes normais, acesas as luzes suaves (geralmente de cor verde) e iniciada a prepara‑ção, a admissão de pessoas ao recinto não mais será permitida.4. A música será adequada ao tipo de trabalho; a tonali‑dade deverá ser suave, concorrendo para harmonizar o ambiente e elevar o padrão vibratório.5. Nos trabalhos de vibrações não serão permitidos ape‑los ou avisos.6. A condução da seqüência das vibrações, em voz clara e pausada, será feita pelo encarregado das vibrações.7. Vibrações especiais ou extraordinárias serão feitas em casos urgentes e imprevisíveis, a juízo do diretor responsável pelo trabalho.

Horário: Início da Preparação .......x horas 00 minutos Início das vibrações .........x horas 20 minutos Intercâmbio Mediúnico ....x horas 35 minutos Encerramento ..................x horas 40 minutos

Desenvolvimento:1. Preparação dos trabalhosa) leitura ou cometário de um tema evangélico;b) convite aos presentes para se recolherem intimamente;c) expansão das auras: cada qual promoverá a expansão da aura, ligando‑se com os companheiros que se acham em vol‑ta, assim permanecendo até que o ambiente fique impregnado de radiações e fluidos amorosos, emanados dos corações;d) contato com os irmãos espirituais: as ligações serão feitas na seguinte ordem: 1 ‑ cada qual se ligará com seu protetor individual; 2 ‑ ligação com os elementos da higienização espiritual e segurança do ambiente; 3 ‑ com o protetor espiritual do trabalho; 4 ‑ com os mentores da Casa; 5 ‑ com as Fraternidades (Prece das Fraternidades); 6 ‑ com Ismael;

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8 23ªaula:Passagemparaograudeaprendiz

7 ‑ com Jesus; 8 ‑ com Deus, proferindo‑se o “Pai Nosso” e a Prece dos Aprendizes do Evangelho.

2. Vibrações específicasa) pelos doentes cujos nomes se encontram no livro de anota‑ções, no fichário do tratamento espiritual, ou ainda nas pape‑letas sobre a mesa;b) vibrações simultâneas, envolvendo os grupos espíritas do estado e do país, principalmente aqueles que são integrados à Aliança, e pela Aliança Espírita Evangélica;c) vibrações para as câmaras de passes, atividades desenvol‑vidas no centro espírita e obras assistenciais associadas ao centro espírita.

3. Vibrações coletivas1

a) pelo estabelecimento da Paz entre os homens;b) pela união das filosofias e religiões em torno do Mestre;c) em favor das instituições assistenciais e hospitalares, abran‑gendo toda a humanidade sofredora;d) pelas crianças e velhos desamparados;e) pelos espíritos em sofrimento no umbral, nas trevas e, em particular, pelos suicidas;f) pelos nossos lares, como santuários das almas em esforço de renovação Cristã;g) por nós mesmos, como trabalhadores humildes do Cristo.

4. Intercâmbio mediúnico5. Encerramento

paReceR de BezeRRa

Transcrevemos alguns trechos de uma mensagem do dr. Bezerra de Menezes, recebida no princípio da década de 60, versando sobre as sessões de Vibrações:

“... A transcendência do trabalho foge ao vosso alcance, pois, às vezes, não desejais vislumbrar mais longe, ou vos aco‑modais na condição de simples espectadores dos fatos.

Atraídos para tal realização da seara espiritualista, estão ao vosso lado centenas de núcleos espirituais orientados dire‑tamente por Ismael, preposto de Jesus no Brasil.

... É imprescindível, pois, que em cada um de vós haja a dedicação devida, para que possamos desenvolver paula‑tinamente este serviço, dando‑lhe uma maior amplitude, que trará, por certo, conseqüências benéficas para vós e princi‑palmente para o campo espiritual, onde as vibrações serão aproveitadas ao máximo.

Este trabalho de vibrações realiza‑se no espaço da se‑guinte forma:

Os necessitados são divididos em quatro grupos distin‑tos, a saber:

1.° grupo) doentes que sofrem de enfermidades graves;2.° grupo) doentes, cujo estado não apresenta gravidade,

mas requer alivio imediato;

1 Este item apresenta o roteiro a ser seguido nas vibrações que antecedem o encerramento de diversas atividades desenvolvidas nos grupos integrados, como as aulas das escolas e cursos. (N.R.)

3.° grupo) doentes afligidos por males psíquicos;4.° grupo) lares que demandam pacificação e ajustamentos.Para esses grupos são destacados quatro companheiros

que exercem função de orientadores e que têm a seu cargo, conforme as exigências do momento, dois, três ou quatro mil colaboradores.

Cada um desses orientadores recebe a lista dos irmãos a serem beneficiados e respectivos endereços, os quais são aten‑didos individualmente. Temos, então, como vemos, um amigo espiritual para cada necessitado.

Às 18 horas, esses milhares de servidores espirituais já estão a postos neste recinto, impregnando a própria atmosfe‑ra de elementos sutis e bênçãos curadoras.

Após as 19 horas, inicia‑se o ingresso dos irmãos encar‑nados e à porta de entrada é destacada para cada um deles, uma entidade espiritual que o acompanha até o seu lugar.

Ao se ouvir a prece cantada é que consideramos o traba‑lho iniciado, e no momento em que vossas almas se elevam junto à melodia, caem sobre vós, em abundância, elementos curadores e confortadores que o irmão encarnado retém em maior ou menor quantidade, conforme a sua receptividade.

Iniciam‑se então as vibrações que possuem, como já sa‑beis, cor, perfume e densidade e que são recolhidas em recep‑táculos distribuídos pelo salão.

O amigo espiritual que vos acompanha, estabelece con‑vosco uma corrente, mantendo‑a em contato mútuo e cons‑tante até os receptáculos, que vão se enchendo e se iluminan‑do rapidamente, ou não, consoante a capacidade vibratória de cada um.

Em seguida, entram em ação os trabalhadores dos qua‑tro grupos já citados; exercendo o seu mister de conformidade com a necessidade, retiram do receptáculo a quantidade de elemento que precisam para suas tarefas, segundo o grupo a que pertencem.

A seguir, afastam‑se para o cumprimento de suas obri‑gações.

Entram, após, grandes grupos, formados de 600 a 800 amigos espirituais, para as vibrações coletivas, durante as quais vibram também convosco os irmãos desencarnados que vos acompanham desde o início.

O que vemos então é um espetáculo grandioso: todo o ambiente se reveste de intensa luz e, ao vibrarem, os vossos pequeninos corações fazem o papel de um refletor e então, ilu‑minando e riscando o espaço vemos luzes das mais variadas tonalidades e intensidades e esses grupos de irmãos, com os braços estendidos para vós, recebem o presente carinhoso do vosso coração para ser levado aos mais distantes setores da Terra, enquanto que ao serem enumeradas as Fraternidades, já então de regresso de suas tarefas, perfilam‑se os espíritos à vossa frente, envolvendo‑vos na carícia do Amor Fraternal.

Por fim, quando o espírito destacado para a exortação evangélica encerra o trabalho, de esferas mais altas jorram so‑bre vós as bênçãos do Amor do Pai e ao vos retirardes, apesar de muito terem dado os vossos organismos físicos, retornais ao lar saturados de elementos revitalizadores em muito maior quantidade do que aquela despendida por vós.

Tudo isto, queridos irmãos, no pequeno espaço de tempo em que privais conosco nesse trabalho dignificante que são as radiações.”

Bezerra

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EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 9

Allan Kardec desencarnou em 31 de março de 1869, atingido por um aneurisma cerebral. A passagem deu‑se na rua de Sant’Anna, 25, na galeria do mesmo nome. Henri Sausse, tentando diminuir o impacto do desaparecimento brusco daquele homem que dedicara os últimos anos da sua vida a provar que a morte não existe, escreveu na sua bio‑grafia:

Estaria em erro quem acreditasse que, em razão de seus trabalhos, Allan Kardec devia ser, sempre, uma personagem fria e austera. Não era, contudo, assim. Esse grave filósofo, após discutir os pontos mais árduos da psicologia e da meta‑física transcendental, mostrava‑se expansivo, esforçando‑se por distrair os convidados que ele, com freqüência, recebia na Vila Ségur; mantendo‑se sempre digno e sóbrio em suas expressões, sabia adubá‑las com o nosso velho sal gaulês, em rasgos de causticante e afetuosa bonomia. Gostava de rir, com esse belo riso franco, largo e comunicativo, e tinha talento todo seu para fazer com que os outros partilhassem de seu bom humor.

Na descrição que dele fez Canuto Abreu,1 talvez base‑ando‑se no depoimento de miss Blackwell, encontramos um Allan Kardec um pouco diferente, já na sua fase madura. O médico e historiador brasileiro amplia os detalhes descriti‑vos com a facilidade vocabular com que os fisiologistas dis‑secam verbalmente o corpo humano e os romancistas falam da personalidade que o anima. Aqui encontramos também as marcas que confirmam as características intelectuais do Codificador, combinando perfeitamente com seus traços físi‑cos e morais:

De cultura acima do normal nos homens ilustres de sua idade e do seu tempo, impôs‑se ao geral respeito desde moço. Temperamento infenso à fantasia, sem instinto poé‑tico nem romanesco, todo inclinado ao método, à ordem, à disciplina mental, praticava, na palavra escrita ou falada, a precisão, a nitidez, a simplicidade, dentro dum vernácu‑lo perfeito, escoimado de redundâncias. De estatura meã, apenas 165 centímetros, e constituição delicada, embora saudável e resistente, o professor Rivail tinha o rosto sem‑pre pálido, chupado, de zigomas salientes e pele sardenta, castigado de rugas e verrugas. Fronte vertical comprida e larga, arredondada ao alto, erguida sobre arcadas orbitárias proeminentes, com sobrancelhas abundantes e castanhas. Cabelos lisos e grisalhos, ralos por toda parte, falhos atrás (onde alguns fios mal encobriam a larga coroa calva da madureza) repartidos, na frente, da esquerda para a direita, sem topetes, confundidos nos temporais, com as barbas grisalhas e aparadas que lhe desciam até o lóbulo das ore‑lhas e cobriam a nuca, o colarinho duro, de pontas coladas ao queixo. Olhos pequenos e afundados, com olheiras e pápulas. Nariz grande, ligeiramente acavaletado perto dos olhos, com largas narinas entre rictos arqueados e austeros. Bigodes rarefeitos, aparados à borda do lábio, quase todo branco. Pêra triangular sob o beiço, disfarçando uma pinta cabeluda. Semblante severo quando estudava ou magne‑tizava, mas cheio de vivacidade amena e sedutora quando ensinava ou palestrava. O que nele mais impressionava era o olhar estranho e misterioso, cativante pela brandura das pupilas pardas, autoritário pela penetração a fundo na alma do interlocutor. Pousava sobre o ouvinte como suave farol e não se desviava abstrato para o vago senão quando medi‑tava, a sós. E o que mais personalidade lhe dava era a voz, clara e firme, de tonalidade agradável e oracional, que podia mesclar agradavelmente desde o murmúrio acariciante até as explosões de eloqüência parlamentar. Sua gesticulação era sóbria, educada. Quando distraído, a ler ou a pensar, confiava os ‘favoris’. Quando ouvia uma pessoa, enfiava o polegar direito no espaço entre dois botões no colete, a fim de não aparentar impaciência e, ao contrário, convencer de sua tolerância e atenção. Conversando com discípulos ou amigos íntimos, apunha algumas vezes a destra no ombro do ouvinte, num gesto de familiaridade. Mantinha rigorosa etiqueta social diante das damas.

1 Grandes Vultos do Espiritismo, Edições FEESP.

O recOnstrutOr da fé

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10 23ªaula:Passagemparaograudeaprendiz

O fiel discípulo Léon Denis2 também nos deixou dele uma imagem rara, dos momentos em que travava relações sociais informais, bem como da suas atitudes humanas co‑muns, nas quais se desfaz, por alguns instantes, a figura sé‑ria e estática das gravuras que conhecemos nos dias atuais. A primeira descrição foi de uma conferência realizada por Kardec em Tours e a segunda de uma visita particular na Spirite‑Ville:

Para recebê‑lo e ouvi‑lo tínhamos alugado uma sala na rua Paul‑Louis Courrier e solicitado à prefeitura alvará para uma concentração, pois no tempo do Segundo Império qual‑quer reunião de mais de vinte pessoas era rigorosamente proibida por lei. No momento fixado para a reunião, o nosso pedido foi formalmente indeferido. Fui então encarregado de ficar na porta do local, avisando os convidados de que

2 Léon Denis, vida e obra. Gaston Luce. Citado no Jornal Mundo Espírita, março de 1999.

a reunião tinha sido transferida para a Spirite‑Ville, na casa do sr. Rebondin, rua do Sentier, onde a assembléia iria realizar‑se no jardim.Éramos mais ou menos trezentos ouvintes, de pé, apinhados sob as árvores, pisando nos canteiros do nosso hospedeiro. Sob a luz das estrelas, elevava‑se a voz grave e suave de Allan Kardec, e sua fisionomia meditativa, iluminada por pequena lâmpada colocada sobre uma mesinha, no centro do jardim, assumia aspecto fantástico (...)No dia seguinte, voltei à Spirite‑Ville para visitar o mestre. Encontrei‑o de pé sobre pequeno banco, junto a uma grande cerejeira, a colher frutos que atirava à sra. Allan Kardec. Era uma cena bucólica, contrastando alegremente com suas graves preocupações.

Nova História do EspiritismoDalmo Duque dos SantosEditora do ConhECimEnto

Desde o início

dos cursos, frater‑

nidades do Espaço

colaboram nas ati‑

vidades da escola,

em tarefas especí‑

ficas, como sejam:

as culturais, as refe‑

rentes ao mediunis‑

mo, à reforma ínti‑

ma, à proteção da

Casa, seus trabalha‑

dores e familiares,

aos atendimentos

públicos para benefício de necessitados etc.

A colaboração é assídua, pronta e altamente proveito‑

sa, feita por número considerável de benfeitores espirituais e,

em grande parte, por causa disso, a partir da primeira aula

os aprendizes, via de regra, dão‑se conta de uma cobertura

espiritual carinhosa e constante, que lhes traz bem‑estar, estí‑

mulos e segurança.

Esses benefícios, inútil será dizer, não lhes são prestados

em caráter de privilégio, mas de auxílio para manutenção da

fé, do ânimo, e da confiança própria, necessários ao proces‑

samento da reforma íntima, desde que haja, bem entendido,

da parte deles, sinceridade de propósitos, firmeza de atitudes,

desejo inalterável de espiritualização, para se fazerem discí‑

pulos.

A progressão nos estágios sucessivos resulta da aplicação

perseverante dessas qualidades, da tenacidade no esforço, da

capacidade de realizações espirituais objetivas, da compre‑

ensão e subordinação aos programas, o que é apurado pelos

dirigentes, por meios simples e justos, com plena consciência

e colaboração dos alunos, em observações semestrais, anuais

e finais dos cursos, em cada turma, separadamente.

Nessa escola a reforma íntima é, realmente, uma batalha

que se trava no campo interno e que se vence, positivamen‑

te, com recursos próprios e auxilio dos instrutores dos dois

Planos, fortemente empenhados no êxito dos esforços, que se

tornam, assim, comuns.

E um forte sentimento de fraternidade e recíproca cola‑

boração liga, desde os primeiros dias, os componentes das

turmas, criando‑se, assim, uma atmosfera de perfeita harmo‑

nia que se transforma, nas aulas e na vida individual, em ver‑

dadeiro enlevo espiritual.

Essas circunstâncias, todas de caráter psíquico, resultam,

em pouco tempo, na formação de uma mística, aliás indis‑

pensável em qualquer agrupamento humano que vise fins

religiosos; não uma mística de crer cega e fanaticamente em

algo, mas mística racional, que una para a conquista de uma

vitória comum, destinada, neste caso, não à prática de um rito

religioso, que não existe no espiritismo, mas à formação de

um ideal religioso de elevada expressão espiritualizante, coisa

portanto muito diferente do que se possa pensar a respeito,

sem melhor exame.

Guia do APrendiz

Edgard Armond

as fraternidades do espaço

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EscoladeAprendizesdoEvangelho-AliançaEspíritaEvangélica(8ªturma/GEAEL) 11

as virtudes (v)Ney pietro peres — Manual Prático do EspíritaGEAEL

coMpanHeiRisMo, RenÚncia

Quem quer que seja depositário da autoridade, seja qual for a sua extensão, desde o senhor sobre o seu servo até o sobe‑rano sobre o seu povo, não pode negar que tem o encargo de almas e responderá pela boa ou má direção que tenha dado aos seus subordinados, e as faltas que estes puderem cometer, os vícios a que forem arrastados em conseqüência dessa orientação ou dos maus exemplos recebidos recairão sobre ele. Da mesma maneira, colherá os frutos de sua soli‑citude, por conduzi‑los ao bem. Todo homem tem, sobre a terra, uma pequena ou uma grande missão. Qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem. Desviá‑la, pois, do seu sentido, é fracassar no seu cumprimento.Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XVII. “Sede perfeitos”. Superiores e subalternos — François Nicolas Madeleine.

coMpanHeiRisMo

O espírito de competição reinante entre grupos e pessoas tem gerado desentendimentos, incompatibilidades, desuniões.

As divergências de opiniões no tocante à doutrina espíri‑ta, “a maioria das vezes, versam apenas sobre acessórios, não raro mesmo sobre simples palavras. Fora, portanto, pueril constituir bando à parte por não pensarem todos do mesmo modo”. Allan Kardec. O Livro dos Médiuns, segunda parte. Capítulo XXIX. “Das reuniões e das sociedades espíritas”. Ri‑validades entre as sociedades.

Os que pretendem estar exclusivamente com a verdade, terão que o provar, tomando por divisa amor e caridade, que é a de todo verdadeiro espírita. Quererão prevalecer‑se da superioridade dos espíritos que os assistem? Provem‑no, pela superioridade dos ensinos que recebam e pela aplicação que façam deles a si mesmos. Esse é o critério infalível para se distinguir os que estejam no melhor caminho. (Id., ibid.)

Queremos nos referir em particular ao espírito de com‑panheirismo a prevalecer entre os irmãos de ideal espírita, imbuídos todos no aperfeiçoamento próprio e coletivo.

Se o espiritismo, conforme foi anunciado, tem que deter‑minar a transformação da humanidade, só poderá fazê‑lo melhorando as massas, o que se verificará geralmente, pouco a pouco, em conseqüência do aperfeiçoamento dos indivídu‑os. (Id., ibid.)Convidamos, pois, todas as sociedades espíritas a colaborar nessa grande obra. Que de um extremo a outro do mundo elas se estendam fraternalmente as mãos, e eis que terão colhido o mal em indeslindáveis malhas. (Id., ibid.)

O que precisamos, estimados confrades. é desenvolver o

companheirismo, combatendo o personalismo por todos os meios, para não desviarmos a nossa missão de produzir e pro‑pagar o bem que a doutrina nos ensina.

Citemos, então, ao menos algumas oportunidades que no nosso entender, possam nos fazer melhores companheiros:

a) Renunciando às nossas posições rígidas tomadas na direção ou na liderança de agrupamentos sociais ou religio‑sos, quando comprometam a união de esforços no trabalho evangélico;

b) Considerando em igualdade de condições os pontos de vista dos demais integrantes, mesmo que exerçamos o predo‑mínio das idéias no grupo de serviços cristãos:

c) Criando atmosfera impessoal e unindo colaboradores nas tarefas comuns, desenvolvidas na seara do Cristo;

d) Aceitando as idéias ou pareceres dos outros, que mais convenham em resultados produtivos, mesmo que contrários nossos;

e) Emprestando a mesma parcela de trabalho em grupo, independentemente da posição de dirigido ou dirigente;

f) Superando os melindres próprios, quando esquecidos em alguma referência ou convite cerimonial;

g) Omitindo‑nos sempre que possível nas ocasiões de destaque para fazer sobressair o trabalho de equipe;

h) Evitando a crítica desdenhosa, a colaboradores ou a grupos por tarefas não cumpridas;

i) Prestigiando as boas iniciativas com nosso estímulo e apoio no âmbito das atividades beneméritas;

j) Esquecendo experiências desagradáveis já passadas, envolvendo irmãos de ideal;

l) Ouvindo críticas pessoais feitas a nós sem irritação, tirando delas o melhor proveito nas correções que sempre precisam fazer;

m) Silenciando o verbo ou a escrita na abertura ao pú‑blico de aspectos desabonáveis, a pessoas ou a instituições co‑irmãs, mesmo em defesa da pureza dos postulados que abraçamos.

O superior que estiver compenetrado das palavras de Jesus não desprezará nenhum dos seus subordinados, pois sabe que as distinções sociais não existem perante Deus. Ensina‑lhes o espiritismo que se hoje eles obedecem, talvez já lhe tenham dado ou venham a dar ordens amanhã e então será tratado da mesma maneira pela qual os tratar agora. (Id., ibid.)

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7. O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo

mesmo, e em seguida para com os outros. O dever é a lei da

vida; encontra‑se nos mais ínfimos detalhes, como também

nos atos mais elevados. Quero falar apenas do dever moral,

e não do dever que as profissões impõem.

Na categoria dos sentimentos, o dever é muito difícil de

ser cumprido, por achar‑se em situação oposta à das sedu‑

ções do interesse e do coração; suas vitórias não têm teste‑

munhas, e suas derrotas não sofrem repressão. O dever ínti‑

mo do homem está entregue ao seu livre‑arbítrio; o aguilhão

da consciência, essa guardiã da retidão interior, adverte‑o e

anima‑o, mas ele às vezes se vê impotente diante dos ardis

da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva

o homem; mas como defini‑lo com exatidão? Onde come‑

ça? Onde termina? O dever começa exatamente no ponto

em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso

próximo; acaba no limite que não desejais ver ultrapassa‑

do com relação a vós.

Deus criou todos os homens iguais com relação à dor;

pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, todos sofrem

pelas mesmas causas, para que cada um avalie, em sã cons‑

ciência, o mal que pode fazer. O mesmo critério não existe

quanto ao bem, infinitamente mais variado em suas expres‑

sões. A igualdade diante da dor é uma sublime precaução

de Deus, que quer que seus filhos, instruídos pela experi‑

ência comum, não cometam o mal, alegando desconhecer

seus efeitos.

O dever é o resumo prático de todas as indagações mo‑

rais; é um heroísmo da alma que enfrenta as angústias da

luta. O dever é austero e dócil; pronto a submeter‑se às di‑

versas complicações, permanece,porém, inflexível diante das

suas tentações. O homem que cumpre seu dever ama mais

a Deus do que às criaturas, e às criaturas mais do que a

si mesmo; é, ao mesmo tempo, juiz e sentenciado em causa

própria.

O dever é o mais belo galardão da razão; surge dela,

como o filho nasce da mãe. O homem deve amar o dever, não

porque o preserva dos males da vida, de que a humanidade

não pode esquivar‑se, mas porque dá à alma o vigor neces‑

sário ao seu desenvolvimento.

O dever cresce e brilha sob uma forma cada vez mais

elevada em cada uma das etapas superiores da humanidade;

a obrigação moral da criatura para com Deus jamais cessa;

ela deve refletir as virtudes do Eterno que não aceita um

esboço imperfeito, porque quer que a beleza de sua obra

resplandeça diante dele. (Lázaro, Paris, 1863)

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Alan Kardec

Capítulo 17 ‑ Sede perfeitosEditora do ConhECimEnto

É preciso que se dê mais importância à leitura do Evangelho. E, no entanto, abandona‑se esta divina obra;faz‑se dela uma palavra vazia, uma mensagem cifrada. Relega‑se este admirável código moral ao esquecimento.

Instruções dos espírItos

“O intelecto ajuda na reforma íntima, mas não ser‑ve para vivê‑la. Coloquem o Evangelho acima de tu do e sigam seus ensinamentos, por que ele é o mesmo código pelo qual seremos todos julgados após o desen carne. ...”