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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ – UENP CAMPUS DE JACAREZINHO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – PDE.
PRODUÇÃO DIDÁTICA
ELIANE DE FÁTIMA ROSA
JACAREZINHO - PARANÁ 2012
Ficha para Catálogo de Produção Didático - Pedagógica
Professor PDE/2012
Título Educação Especial e Diversidade:
Respeito às Diferenças, Um novo passo Para A Inclusão
Autor Eliane de Fátima Rosa
Escola de Atuação Colégio Estadual Drº Sebastião Paraná EMNP
Município da escola Wenceslau Braz
Núcleo Regional de Educação Wenceslau Braz
Orientador Marivete Bassetto de Quadros
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Norte do Paraná -UENP/CCHE/Campus Jacarezinho
Área do Conhecimento Educação Especial e Diversidade
Produção Didático - pedagógica Produção Didática
Relação Interdisciplinar Português/História/geografia/sociologia
Público-alvo Alunos das 3ª e 4 séries do Curso Formação de Docentes- ano 2013/Professores/Equipe Pedagógica e Funcionários gerais.
Localização Colégio Estadual Drº Sebastião Paraná EMNP.Rua : Sete de setembro – CentroWenceslau Braz – Paraná.
Apresentação Esta produção vem ao encontro do que foi proposto no Projeto de Intervenção na Escola CESP-EMNP, no que diz respeito a Inclusão educacional de alunos com NEEs .O tema em questão se faz relevante, considerando que nas escolas de Educação Básica há um número significativo de alunos diagnosticados como portadores de NEEs, muitos deles ainda sem o atendimento especializado necessários . Neste sentido, mudanças de concepções são necessárias , sendo cabível a preocupação em formar professores com um olhar diferenciado para o processo Inclusivo ou seja , antes da inserção desses profissionais no mercado de trabalho,possibilitando à estes, o conhecimento a respeito da Inclusão, eliminando assim , conceitos excludentes e discriminatórios que possam surgir nas classes comuns do ensino regular.
Palavras - Chave Inclusão/capacitação/Educação/diferença
INTRODUÇÃO
Quando se fala em Inclusão, seja ela educacional ou social, é visível a
preocupação das pessoas envolvidas direta ou indiretamente nesta questão. Porém,
devemos perceber que, a educação é um processo que está em constante
transformação , não sendo estática, necessitando assim, de um novo olhar, para
tanto, profissionais nessa área devem estar em constante processo de formação.
No Brasil, a perspectiva da Educação Inclusiva na rede regular de ensino,
está pautada no princípio de uma educação para todos, refletindo diretamente no
papel do professor, seja ele doa anos iniciais, finais ou mesmo do Ensino Médio,
pois é ele quem possibilita o ensino aprendizagem no processo educativo. A inclusão
nos traz um olhar para a mudança educacional, para a aceitação no meio escolar do
aluno com NEEs, o mesmo já esta em nosso meio há algum tempo, apenas não era
percebido. O aluno especial sempre fez parte de nosso dia a dia, estamos neste
momento apenas tomando consciência dos direitos que esses alunos tem, das leis
que o amparam quando se trata de educação inclusiva.
A educação tem neste aspecto, um papel fundamental, sendo ela o espaço no
qual se deve favorecer, a todos os sujeitos, sem distinção, o acesso ao saber bem
como ao desenvolvimento das competências, possibilidades de apreensão do
conhecimento, sendo este utilizado para o efetivo exercício da cidadania.
Precisamos mudar o olhar do educador, com relação a capacidade do aluno com
NEEs, acreditar que ele pode fazer parte do ensino regular. E isso se dará no
momento em que toda comunidade escolar se envolva plenamente, decida mudar
suas concepções a respeito do aluno especial. Para tanto se fará necessária a
capacitação dos professores na área da Educação especial, só assim ele poderá dar
um bom atendimento para o aluno com NEEs. Respeitando as limitações de cada
aluno com NEEs poderemos trabalhar com as diferenças, com a diversidade,
fazendo com que essa educação não se torne uma desvantagem para o aluno, que
o mesmo não esteja ali apenas como uma figura, mas sim como uma pessoa
participante, com direito a aprendizagem. Assim, o aluno com NEEs fará parte de
uma sociedade mais solidária, igualitária e com oportunidades para todos.
Pensar em uma sociedade para todos na qual se respeite as diferenças do
sujeito, atendendo às necessidades individuais, isso é sem dúvidas, a realização de
uma sociedade inclusiva, sendo a função da escola, mediar tal processo. A
educação inclusiva propõe um novo modo de interação social, com mudanças de
atitudes, de saberes, de respeito, que implicará transformações tanto na estrutura da
sociedade e na própria educação escolar. Isso, porém, não refere criar uma
estrutura especial para o atendimento de um aluno com NEEs, mas de fazer com
que a estrutura educacional já existente seja de tal modo eficiente para atender a
todos os alunos, sejam eles “ normais “ ou com NEEs.
Nesse sentido inclusão escolar está relacionada a um processo gradual e
dinâmico que pode tomar distintas formas de acordo com as necessidades e
habilidades dos alunos, refere-se ao processo de educar – ensinar, no mesmo
grupo, a criança com e sem Necessidades Educativas Especiais, durante uma parte
ou na totalidade do tempo de permanência na escola ( BRASIL,MEC/SEESP, 1994).
Consideramos uma escola inclusiva quando essa estiver organizada para
favorecer a cada aluno, independente de etnia, sexo, idade, deficiência condição
social ou qualquer outra situação, pois um ensino significativo, é aquele que garante
o acesso ao conjunto sistematizado do conhecimento como recursos a serem
mobilizados. Na escola inclusiva, o aluno é sujeito de direito e foco central de toda
ação educacional e garantir sua caminhada no processo de aprendizagem e de
construção das competências necessárias para o exercício pleno da cidadania é,
objetivo primeiro de toda ação educacional.
Efetivamente a escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino
a cada um de seus alunos, reconhecendo, respeitando a diversidade e respondendo
a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades, porém, a efetivação
da mesma só será possível a partir da formação dos professores afim de,
posteriormente, promover ações inclusivas em práticas cotidianas.
Recomenda-se que a capacitação seja iniciada antes mesmo da inserção
desses futuros profissionais no mercado de trabalho. Acreditamos que estes futuros
profissionais serão os mediadores conscientes entre os alunos com NEEs com a
vida escolar, bem como, sua permanência, promoção e inserção com cidadão pleno
em seus direitos e deveres. A construção de uma escola inclusiva exige
transformações culturais, assim como, novas práticas pedagógicas.
Para que uma escola se torne realmente inclusiva devemos contar com a
participação consciente e responsável de todos os envolvidos no cenário
educacional: gestores, professores, familiares e membros da comunidade na qual
cada aluno está inserido.
Cientes da importância da formação dos futuros profissionais da educação e
do seu papel de mediar práticas que possibilitem a inserção do sujeito com NEEs
nos diversos contextos, apresentamos como proposta uma produção didática que
tem como objetivo proporcionar aos alunos de 3ª e 4ª séries do Curso de Formação
de Docentes formação referente a Inclusão e diversidade. As propostas
metodológicas visam ações educacionais sistematizadas, com o conhecimento
prévio das questões legais previstas na legislação brasileira, DCEs da Educação
Especial, entre outros.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O atual sistema educacional diante da democratização do ensino, tem
passado por muitas dificuldades no intento de proporcionar uma relação complexa
que é a de garantir escolarização para todos, mas que esta seja de boa qualidade.
Do mesmo modo, encontra-se a Educação Inclusiva, que em muitos momentos tem
sido mal compreendida, principalmente quando se refere às mudanças atitudinais
nas escolas comuns.
As mudanças tanto de ideologias, quanto de legislação vigente no que
concerne ao direito a educação do aluno com NEEs , são necessárias para garantir
a inserção nas escolas regulares de todos os alunos sejam eles normais ou com
NEEs, oferecendo aos mesmos condições de prosseguir em seus estudos, de
acordo com as potencialidades de cada sujeito, sem discriminação nem espaços
segregados de educação.
Para compreendermos o contexto no qual envolve as pessoas com NEEs
temos que primeiro analisar os fatores históricos e as situações ocorridas naquele
dado momento.
Na antiguidade e entre os povos primitivos, o tratamento destinado às
pessoas portadoras de deficiência assumiu dois aspectos distintos. Segundo Correia
(1997).
• Extermínio, por serem consideradas grave empecilho à sobrevivência do
grupo, já que não podiam cooperar nos afazeres diários;
• Proteção e sustento, para ganhar a simpatia dos deuses, por gratidão,
em reconhecimento aos esforços daqueles que se mutilavam na guerra.
Os hebreus viam na deficiência física ou sensorial, uma espécie de punição
divina, e impediam qualquer pessoa com deficiência de ter acesso a serviços
religiosos.
A Lei das XII Tábuas na Roma antiga, autorizava os patriarcas a matar seus
filhos defeituosos. O mesmo ocorria em Esparta, onde os recém-nascidos frágeis
eram lançados do alto do Taigeto (abismo de mais de 2.400 metros de altitude).
Os hindus, ao contrário dos hebreus, sempre consideraram os cegos pessoas
de sensibilidade interior mais aguçada, justamente pela falta de visão, e
estimulavam o ingresso dos mesmos nas funções religiosas.
Durante a idade média, já sob a influência do Cristianismo, os senhores
feudais amparavam os deficientes em casas de assistência por eles mantidas.
Progressivamente, no entanto, com a perda da influencia do feudalismo, veio à tona
a ideia de que os portadores de deficiência deveriam ser colocados no sistema de
produção ou assistidos pela sociedade, que contribuía compulsoriamente para tanto.
Na França, instituiu-se em 1957, por Henrique II, a assistência social obrigatória
para amparar deficientes, através da coleta de tributos. ( FERREIRA, 1994).
Com o renascimento, a visão assistencialista cedeu lugar a postura
profissionalizante e integrativa das pessoas com deficiência. Na idade moderna
(1789), vários inventos se forjaram com o intuito de propiciar meios de trabalho e
locomoção para as pessoas com deficiência, como cadeiras de rodas, bengalas,
bastões, muletas, coletes e próteses, macas, veículos adaptados, camas móveis,
etc. Nesta mesma época, o Código Braille foi criado por Louis Braille e propiciou a
perfeita integração dos deficientes visuais no mundo da linguagem escrita.
A literatura da educação especial, segundo Ferreira (1994), registra a história
do atendimento à pessoa com NEEs, no mundo ocidental, a partir de meados do
século XVI quando a questão da diferença ou a fuga ao padrão considerado normal
vai deixar a influência da igreja para se tornar objeto da medicina.
No século XVII e meados do século XIX, encontra-se a fase de
institucionalização em que os indivíduos que apresentam deficiência eram
segregados e protegidos em instituições residenciais. Já em meados do século XX
surgem as escolas ou classes especiais em escoas públicas, visando ao deficiente
uma educação a parte.
No início do século XIX, o médico Jean Marc Itard , médico e pesquisador que
viveu entre 1774-1838, passa a ser considerado o Pai da Educação Especial, após
desenvolver suas primeiras tentativas de educar uma criança de 12 anos chamado
Vitor- o menino lobo- ( portador de deficiência intelectual profunda ) mais conhecido
como o Selvagem de Aveyron.
O médico Itard foi reconhecido como o primeiro estudioso a usar métodos
sistematizados para o ensino de deficientes, ele estava certo de que a inteligência
de seu aluno poderia ser educável a partir de um diagnóstico de idiotia que havia
recebido, sendo seu trabalho referencia até os dias de hoje.
É fato que a educação é direito de todo cidadão brasileiro, é constitucional
desde 1824, época do Brasil Império. A história da educação especial no Brasil tem
como marcos fundamentais a criação do Instituto dos Meninos Cegos (hoje Instituto
Benjamin Constant) em 1854, e do Instituto dos Surdos – Mudos (hoje Instituto
Nacional de Educação de Surdos -INES) em 1857, ambos na cidade do Rio de
Janeiro, por iniciativa do governo imperial ( JANNUZZI, 1992; BUENO, 1993;
MAZZOTTA, 1996).
Mantoan (2005), relata que a história da Educação Especial no Brasil inicia-
se no século XIX, quando os serviços dedicados a esse segmento de nossa
população inspirados por experiências norte - americanas e europeias, foram
trazidos por alguns brasileiros que se dispunham a organizar e implementar ações
isoladas e particulares para atender pessoas com deficiências físicas, intelectuais e
sensoriais.
Mas a Educação Especial se estruturou segundo modelos assistencialistas e
segregatorio, ou seja, pela segmentação das deficiências, fato que contribuiu para
que a formação escolar e a vida social das crianças e jovens com deficiência
acontecessem ainda na maioria dos casos, em um mundo à parte
O primeiro conceito de alunos com NEEs, surge após o Relatório Britânico
Warnock Report, publicado em 1978 com propostas para a melhoria da educação
de jovens com algum tipo de deficiência. A prática da inclusão surge com força na
década de 80, porém, consolidada nos anos 90, defendendo-se que o ensino de
crianças e jovens com NEEs seria possível no Ensino Regular.
A Legislação no Brasil conta com leis voltadas para a necessidade da pessoa
com deficiência, no entanto, mesmo depois de decretadas, essas leis são
implementadas de modo lento e parcial, sendo ainda desconhecidas por grande
parte da população.
A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM que proclama o direito de
toda pessoa à educação. Segundo Godofredo (1999), alunos com NEEs tem seus
direitos garantidos em muitos dispositivos legais, sendo contido nestes documentos
os direitos dos alunos com NEEs na rede regular de ensino.
A constituição Federal de 1988 relata que a educação é um direito de todos e
dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade, visando o pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o mercado de trabalho. A escola por sua vez, tem como obrigação
atender a todos seguindo os princípios de igualdade, acesso e permanência,
liberdade de aprender e ensinar ( artigos : 205 e 206 ). Algumas leis importantes
neste sentido são :
• Lei Federal nº 7.853/89 - Dispõe o apoio ás pessoas portadoras de
deficiência, sua integração social, sobre a Coordenação Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE, institui a tutela
jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina
e atuação do Ministério Público, define crimes e dá outras providências;
• Lei Federal nº 8.069/90 - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente, e dá outras providencias;
• Lei Federal nº 8.160/91- Dispõe sobre a caracterização do símbolo que
permite a identificação de pessoas portadoras de deficiência auditiva;
• Lei Federal nº 8.625/93 - Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério
Público - Dispõe sobre normas gerais para organização do Ministério
Público dos Estados e dá outras providências;
• Lei federal nº 8.899/94 - Concede passe livre às pessoas portadoras de
deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual;
• Lei Federal nº9045/95 - Autoriza o Ministério da Educação e do Desporto e
o Ministério da Cultura a disciplinarem a obrigatoriedade de reprodução,
pelas editoras de todo país, em regime de proporcionalidade, de obras em
caracteres Braille, e a permitir a reprodução, sem finalidade lucrativa, de
obras já divulgadas para uso exclusivo de cegos;
• Lei Federal nº 10.436/02 - Dispõe sobre a língua Brasileira de Sinais –
LIBRAS, e dá outras providências;
• Lei Federal nº 10.845/04 - Institui o Programa de Complementação ao
Atendimento Educacional Especializado às pessoas Portadoras de
deficiência, e dá outras providências.
No Brasil o Programa Educação Inclusiva, Direito a Diversidade, teve início
em 2003, promovido pela Secretaria de Educação Especial do Ministério da
Educação. O princípio que fundamenta o programa é o da garantia do direito dos
alunos com NEEs de acesso e permanência, com qualidade e respeito nas escolas
de rede regular de ensino ( MEC, 2006).
A Educação especial está inserida na Educação Básica, abrangendo desde a
Educação Infantil até o Ensino Médio e Educação Superior ( BRASIL, 2001)
Segundo Rodrigues, (2010), uma escola se torna inclusiva ao se colocar
disposta a se transformar, objetivando o bem comum, ou seja, se adaptando as
diversidades como é o caso das seis áreas de acessibilidade ( arquitetônica,
atitudinal, comunicacional, metodológica, instrumental, programática ),
possibilitando a cada aluno aprender a partir do seu potencial e habilidades
dispostas nas diversas inteligências.
O paradigma da Inclusão Educacional tem como referencia a Declaração
Mundial sobre Educação para Todos, conferencia realizada em Jomtien, Tailandia,
em março de 1990, e a Declaração de Salamanca de junho de 1994, na Espanha,
Conferencia Mundial sobre necessidades Educacionais Especiais: acesso e
qualidade, também na Espanha em 1994, foram os pivôs para que o Brasil
alavancasse para um sistema educacional inclusivo.
O artigo 4º, inciso III, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei
nº 9.394/96, confere o direito à educação pública e gratuita com atendimento
educacional especializado aos educandos com necessidades educativas especiais ,
preferencialmente na rede regular de ensino. A Lei de Diretrizes e Bases da
Educação nacional – LDB, declara no artigo 58, que a Educação Especial é
entendida como modalidade de educação escolar, que deve ser oferecida,
preferencialmente, na rede regular de ensino para os educandos que apresentem
necessidades educacionais especiais visando ainda, serviços de apoio
especializado sempre que necessário.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001,
p. 29 - 30), enfatiza que:
A política inclusiva exige intensificação quantitativa e qualitativa na formação de recurso humano e garantia de recursos financeiros e
serviços de apoio pedagógico público e privados, especializados pa ra assegurar o desenvolvimento dos alunos.
Neste sentido, a escola para ser considerada um espaço inclusivo, deve
transformar-se num espaço comum priorizando alternativas que garantam o acesso
e a permanência de todos os alunos, aprenda a refletir criticamente e a pesquisar,
que não tenha medo de se arriscar, mas sim, coragem para criar e questionar o
contexto real , buscar inovações no ensino, encontrar respostas as necessidades da
inclusão (GOFFREDO,1999 )
Ainda segundo Godofredo (1999, p. 46) é dever da escola:
Promover o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, moral e social dos alunos com necessidades especiais , e ao mesmo tempo, facilitar-lhes a integração na sociedade como membros ativos. É importante que o indivíduo portador de necessidades educativas especiais seja visto como um sujeito eficiente e, principalmente, apto a aprender a aprender.
Nos momentos atuais vale repensar uma proposta inclusiva no contexto
escolar para que este processo não seja estático, perante os moldes tradicionais de
educação. Esperamos que o professor esteja preparado para as diversas mudanças,
tanto nas propostas de profissionalização, onde os futuros professores poderão ser
capacitados para receber em suas salas regulares os alunos com NEEs.
( MANTOAN, 2003).
Goffredo ( 1999) afirma que, no contexto educacional, o professor é um dos
elementos primordiais para garantir um adequado funcionamento, assim, cabe a ele
estar em constante atualização e formação, inclusive em relação ao processo
inclusivo. Somente assim será possível a identificação e o atendimento as NEEs e
então mediar o aprendizado com os mesmos, pois, podem se deparar com eles em
suas salas do ensino regular.
Um professor que participa da caminhada do saber com seus alunos, entende
melhor as dificuldades e as possibilidades de cada um e provoca da construção do
conhecimento com maior propriedade ( MANTOAN, 2003). Acrescentamos que, o
professor mediador numa proposta inclusiva educacional tem o papel de promover
aos seus alunos, condições específicas para que os mesmos se apropriem de
maneira adequada ao conhecimento proposto.
Do ponto de vista de Mantoan (2003), é preciso mudar a escola, mas
principalmente, o ensino nela ministrado. Para isso, é necessário recriar o modelo
educativo escolar; reorganizar os aspectos pedagógicos e administrativos da escola,
garantir aos alunos tempo e liberdade para aprender, ou seja, respeitar o ritmo e a
capacidade de cada um assim como, formar, aprimorar continuamente e valorizar o
professor.
Na Educação Inclusiva não é o aluno que se adapta à escola, mas a escola
que se coloca a disposição deste aluno, como salienta Brasil ( 2001, p. 40),cabe a
escola “capacitar seus professores, prepara-se, organiza-se e adapta-se para
oferecer educação de qualidade a todos , inclusive para os educandos que
apresentem necessidades educativas especiais '' tornando-se um espaço inclusivo.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:
O processo de inclusão das pessoas com necessidades especiais, a cada dia,
vem se tornando um tema de prioridade na sociedade, isto porque, a
competitividade não admite que talentos sejam desperdiçados ou inibidos por
qualquer rotulação que seja, discriminação ou algo parecido. No entanto, nota-se
que ainda existe grande resistência tanto nas escolas quanto na sociedade, no que
diz respeito a aceitação dos direitos desses dos alunos com NEEs.
Uma inclusão consciente de fato, pode ser definida como sendo ferramenta
poderosa, contrariando as relações como a rejeição e a discriminação seja ela qual
for, em relação aos sujeitos com NEEs. No contexto educacional é verificado
avanços no sentido de se respeitar os limites, as potencialidades e os interesses de
cada um.
A escola, ao possibilitar a inclusão tem por objetivo, desenvolver em todos,
uma atitude de respeito e de solidariedade em relação aos colegas com alguma
necessidade especial que é fundamental para a educação inclusiva.
A educação especial como modalidade da educação escolar, está definida em
uma proposta pedagógica que assegura um conjunto de recursos, apoios e serviços
educacionais especializados, organizados para apoiar, complementar e em alguns
casos, substituir os serviços educacionais comuns, como é o caso de alunos surdos
que necessitam de um tradutor ou interprete constantemente em sala de aula, ou
mesmo o aluno com baixa visão que necessita de livros ampliados, de modo a
garantir a educação escolar numa proposta de desenvolvimento das potencialidades
dos educandos com NEEs em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino.
Conforme carvalho (2003), a lei é clara, porém, as lutas continuarão intensas,
visto que existem distorções entre o discurso e a prática. Resta lembrar que, a
garantia de ingresso e a permanência nas escolas do ensino regular é direito de
todo cidadão afim de que possam participar e contribuir para uma vida em
sociedade.
Neste sentido o presente trabalho tem como objetivo, trabalhar com os alunos
do curso de Formação de Docentes, 3ª e 4ª séries do ano de 2013, bem como com
seus professores, fazendo uma reflexão sobre o tema: Inclusão e Diversidade,
partindo do conhecimento prévio dos alunos, apontando as necessidades dos
mesmos, principalmente em relação a sua inserção no contexto escolar.
Será de fundamental importância para a vida profissional desses alunos das
3ª e 4ª série do Curso Formação de Docentes, que ainda estão sendo preparados
para a inserção na vida profissional como educadores das séries iniciais um
conhecimento prévio, o início de uma capacitação, para que futuramente saibam
como melhor acolher este aluno com NEEs, bem como garantir a ele o acesso, a
permanência e a promoção na vida escolar.
Para o desenvolvimento deste trabalho serão utilizados alguns recursos
didáticos junto aos alunos e professores do Curso de Formação de Docentes 3ª e 4ª
séries do período noturno do Colégio estadual Drº Sebastião Paraná -EMNP-
Wenceslau Braz.
Atividades à serem desenvolvidas :
Primeira etapa:
• Aplicação de um questionário referente ao conhecimento dos alunos e
professores do Curso de Formação de Docentes acerca do tema :
Inclusão e diversidade. Aqui será possível verificar o nível de
conhecimento dentro de um senso comum. O objetivo será despertar o
interesse, a curiosidade, buscar mais informações referente ao tema tanto
nos alunos como nos professores.
• Observação de algumas gravuras que permitam aos alunos e professores
do Curso de Formação de Docentes, abrirem questionamentos sobre
algumas deficiências que já fazem parte do dia a dia dos mesmos mas,
que muitas vezes não são observadas.
Segunda etapa:
• Apresentação de um vídeo motivacional sobre a vida de Nick Vujivic,
deficiente físico sem braços e sem pernas que dá uma maravilhosa lição
de vida, fé, coragem, e sobre tudo, amor à vida. Este vídeo proporcionará
aos alunos e professores do curso de Formação de Docentes uma visão
mais elaborada sobre os limites e as possibilidades que tem os alunos
com NEEs, e como os mesmos podem levar uma vida plena;
• Apresentação de alguns vídeos institucionais que tratam do Tema
Inclusão; o intuito será o de mostrar aos alunos e professores do curso
Formação de Docentes que a inclusão está presente a há muito tempo
em nossas escolas, faltava apenas ser devidamente desenvolvida.
Terceira etapa:
• Palestra referente a história da Educação Especial desde seus primórdios até
os dias atuais. Durante essa palestra serão apresentados dois vídeos, o
primeiro com pessoas surdas participando de um coral americano e outro
sobre o desejo de uma menina em aprender violino, mesmo sendo surda
total. Objetivamos com os vídeos despertar tanto nos alunos de Formação de
Docentes como nos professores, o desejo em conhecer a respeito do surdo,
( esta proposta vem de encontro com as turmas, pois temos nelas duas
meninas surdas, uma implantada coclear e a outra ainda na fila de espera,
ambas com capacidades cognitivas e dedicadas aos estudos, as duas
utilizam LIBRAS em sala de aula ) e de outros alunos com NEEs;
Quarta etapa:
• Serão apresentados para os alunos e professores do Curso de formação
de Docentes das 3ª e 4ª séries do período noturno recortes de filmes
como BLACK , que fala sobre a surdes profunda; MEU PÉ ESQUERDO,
sobre paralisia cerebral; UMA LIÇÂO DE AMOR, sobre um jovem com
deficiência intelectual. Todos esses filmes se assemelham em alguns
aspectos com os já referidos, anterior a estas apresentações será feita
uma explanação a respeito das variadas deficiências que serão
observadas nos recortes de filmes, pois sem um conhecimento prévio, não
se dará o pleno entendimento acerca das NEEs que serão apresentadas.
Quinta etapa:
• Apresentação de um estudo de caso, onde será possível a observação e
compreensão por parte dos alunos e professores do curso de Formação
de Docentes de que a exclusão não existe só quando o aluno tem NEEs,
mas sim dentro de vários outros contextos. Será possível então, que os
alunos e professores possam compartilhar experiências, interagir, a fim de
encontrarem uma proposta de trabalho. Perceberão que ao se depararem
com estudo de caso desconhecidos, que fujam do senso comum,
levantarão hipóteses e serão levados a repensarem relação as suas
próprias atitudes e assim poderão inovar seu trabalho profissional.
Sexta etapa:
• Será proposto aos alunos do Curso de Formação de Docentes atividades
em grupos para elaboração de folders com o tema Inclusão, com
abordagens referentes as leis e direitos dos alunos com NEEs, com o
objetivo de distribuí-los junto a todas as séries do curso Docente, bem
como aos professores e toda comunidade escolar.
Sétima etapa:
• Teremos a organização de uma mesa redonda com a participação da
coordenadora da Educação Especial municipal, a representante da
Educação Especial do NRE e um representante da APAE para abordagem
do tema Inclusão no município de Wenceslau Braz, Paraná. Nesta última
etapa, espera-se que as leituras oferecidas,as palestras, os debates, os
filmes, vídeos institucionais oferecidos, tenham possibilitado uma reflexão,
uma mudança de concepções, ampliando o conhecimento a cerca da
Educação Especial, suas leis e seus direitos.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
A implementação deste projeto ressalta um trabalho teórico e prático a
respeito do processo de Inclusão Educacional, tendo como ação principal e efetiva
a participação de alunos e professores do curso Formação de Docentes das 3ªs e
4ªs séries do ano de 2013. A escolha desse tema se faz relevante uma vez que o
referido colégio recebe todos os anos vários alunos com algum tipo de Necessidade
Educacional Especial, assim como é formadora de futuros profissionais da Educação
e esses precisam ser capacitados para melhor atender a essa clientela. Dessa forma
quanto mais conscientes e conhecedores a respeito da Inclusão, mais eficazes
serão na contribuição no que refere a responsabilidade para a construção de
cidadãos conscientes de seus deveres o obrigações.
Primeira etapa: Questionário auto – avaliativo
Aplicação de um questionário para alunos e professores do curso de
Formação de Docentes a respeito do tema Inclusão.
No início desta etapa, será investigado tanto o conhecimento como a visão
que os alunos e professores do Curso de Formação de Docentes tem em relação
ao tema Inclusão Educacional, assim como do papel do professor no atendimento
aos alunos com NEEs. O questionário será respondido pelos participantes na
presença do professor PDE para sanar as possíveis dúvidas, acontecerá na escola,
em sala de aula. O professor PDE passará as informações necessárias no
preenchimento do questionário.
QUESTIONÁRIO AUTO - AVALIATIVO.
QUESTÕES PARA AUTO CONHECIMENTO SIM NÃO1- Você já ouviu falar de Inclusão Educacional?
2- Sabe o que é Exclusão?
3- Conhece alguém com NEEs em sua família, ou escola?
4- Sabe definir o que é uma pessoa com deficiência? Sabe dizer quem são os alunos que dela fazem parte?
5- Em seus estágios já atendeu algum aluno (a) com NEEs? Se sim, você soube lidar com a situação a que foi exposto?
6- Se sim, na sua opinião, o professor regente estava preparado para auxiliá-lo ?
7- Para você o aluno com NEES pode ter desempenho favorável em sala regular de ensino?
8- Posto que todos tem direitos iguais perante a sociedade é aceitável algum tipo de discriminação em relação aos alunos com NEEs nos dias atuais?
9- Você conhece alguma lei que ampare o aluno com NEEs?
10- Você já visitou uma escola especial, uma sala de recursos, CAEDV ou CAEs existentes em seu município?
11- Alguma vez já se colocou no lugar de alguém deficiente, fosse ele físico, intelectual ou visual?
12- Em uma situação de necessidade como ajudar um cego ou um cadeirante, saberia como agir?
Ao final dessa etapa, algumas possibilidades poderão ocorrer como, a
necessidade de informação acerca do tema Inclusão educacional, afim de que
possam se preparar em seu futuro profissional.
Com a mediação do professor PDE, levar os sujeitos que responderam ao
questionário que verifiquem em suas respostas Quantas respostas foram negativas
e quantas foram positivas, verifiquem em suas respostas. A partir da análise das
respostas dadas o professor PDE poderá fazer comentários e levantar
questionamentos a respeito das respostas dadas.
Depois de sensibilizar os alunos para o tema a ser desenvolvido, serão
apresentado algumas imagens impactantes para serem analisadas por eles através
de discussões e comentários individuais e em pequenos grupos. O objetivo será o
de conscientização da necessidade de um olhar diferenciado para o aluno com
NEEs, sabendo-se que os mesmos são capazes, e que tem seus direitos garantidos
por Leis Constitucionais. Através das observações das gravuras será possível uma
sensibilização, uma promoção de descobertas sobre o tema diferença e inclusão.
IMAGENS PARA REFLEXÃO:
Fonte:http://www.facebook.com/photo.php?
Fonte: http://www.facebook.com/abracosgratuitos
Ao percebermos que alguns seres humanos têm dificuldades maiores que as nossas, começamos a dar mais valor a nossa vida e a tudo que temos, em especial nosso corpo “dito“ perfeito!
Fonte: http://www.facebook.com/abracosgratuitos
Em pleno século XXI, ainda encontramos fatores discriminatórios, isso
é inaceitável, todos tem direitos iguais perante a sociedade. Devendo este ser respeitado em suas diferenças!
Fonte : http://www.quemamaeduca.com
“A escola Inclusiva não é aquela que está preparada para aceitar as diferenças, mas aquela que recebe as diferenças''.
Fonte:http://www.quemamaeduca.com
“Não existem pessoas iguais ou diferentes, existem apenas seres humanos”
Fonte: http://www.sentimentosempoesias.com
Quando enxergamos o outro apenas como ser humano, nossa vida passa a ser colorida!!!!
Segunda etapa: Vídeos motivacionais.
Nesta etapa serão disponibilizados aos alunos vídeos motivacionais do
you tube, em especial a história de Nick Vujicic, um rapaz que não tem braços nem
pernas, mas que é um exemplo de vida, de alegria e acima de tudo, de muita
sabedoria. Espera-se que com esse e outros vídeos os e professores do Curso
Formação de Docentes sejam despertados para a um olhar diferente em relação aos
sujeitos com NEEs .
http://youtu.be/O-bPWzl0khY
http://youtu.be/WBwC-ZGhROc
Tudo bem ser diferente.avi Diversidade e Incluso.avi A diversidade trabalhada em filmes infantis.avi
Após assistirem aos vídeos os alunos serão convidados a participarem de
uma dinâmica em grupo. Cada grupo irá fazer um desenho de olhos fechados,
todos deverão participar, este desenho será feito em cartolina, em seguida vão
eleger um orador para comentar quais as dificuldades que o grupo teve em realizá-
lo. Assim, será permitido aos mesmos vivenciarem o que é ter uma deficiência e
não poder livrar-se dela. Certamente teremos várias colocações sobre as
dificuldades encontradas. Os alunos poderão expor se também se sentem
deficientes em algumas situações.
Terceira etapa: Palestra sobre Inclusão Educacional
Nessa etapa tem como proposta uma palestra referente ao tema: Inclusão
Educacional. O conteúdo da mesma abordará a história da educação especial na
antiguidade, em outros países e no Brasil da antiguidade até a contemporaneidade .
Será utilizado como recurso visual slides e vídeos motivacionais como Coral
especial Americano, que aborda a superação de um maestro ao conseguir montar
um coral com alunos surdos e A menina surda que queria tocar violino, esta história
refere-se ao aprendizado especial na LIBRAS, e a determinação de uma menina
que, mesmo surda tem paixão por tocar violino. Esta etapa será importante, pois
dará aos alunos e professores do curso de Formação de Docentes a oportunidade
de conhecer a evolução da Educação Especial , bem como as leis que regem esta
Educação, nas quais são assegurados os direitos dos alunos com NEEs.
Garota Surda Aprende a Tocar Violino (Legendado em POR BR).wm v CORAL ESPECIAL AMERICANO.wmv
Após assistirem a palestra e aos vídeos, será promovido espaço para os
questionamentos que eventualmente possam surgir, a respeito da inclusão. Após
este momento pedir aos alunos que elaborem uma resenha sobre o assunto para
ser entregue posteriormente, avisá-los que as melhores serão postas em edital para
conhecimento de todos.
A informação dada a partir da formação, possibilitara ao sujeito a
oportunidade de novos conhecimentos, ou seja, conhecer novas culturas ,
pensamentos de outros povos em relação ao deficiente.
Quarta etapa: Recortes de filmes.
Essa etapa possibilitará que os alunos possam verificar o que já
aprenderam, pois implicará nos questionamentos a partir dos recortes de filmes, em
que poderá reconhecer as NEEs dos personagens em seu cotidiano nos diversos
contextos, na família, escola, trabalho, lazer, entre outros. Os filmes poderão
promover tanto conhecimento como esclarecer dúvidas e curiosidades em relação a
esses sujeitos. Acreditamos que com essa etapa também poderão analisar os
alunos que estão no seu cotidiano, suas dificuldades e suas necessidades.
O primeiro recorte será sobre o filme: BLACK
Fonte:www.wordpress.com/cinemafotos
FICHA TÉCNICA
Título original : BLACKTags : black, bollywood, cego, deficiência, surdez, indiano, sobrevivência, amor, superação.Fala :” A vida é como um sorvete, saborei logo antes que derreta ”.Diretor : Sanjay Leela BhansaliRoteirista : Sanjay Leela BhansaliTrilha : Monty SharmaAtores : Amitabh Bachchan Dhritiman ChatterjeeAtrizes : Rani Mukherjee Shernaz Patel Nandana Liv
SINOPSE :
Inspirado na vida da escritora indiana Hellen Keller, Black conta a história da jovem Michelle, uma jovem cega e surda. Suas limitações físicas a tornam uma pessoa amarga e violenta, sua tristeza é completa, até que ela conhece DEBRAJ, seu novo professor, que apesar de ter problemas com a bebida, ajuda Michelle a superar seus obstáculos. È uma bela trajetória de conquista e amizade, que certamente será uma lição de vida com muito aprendizado.
Fonte:www.adorocinema.com/filme
Após assistirem a este recorte será realizada uma breve explanação
referente a sujeitos surdos e seu contexto educacional e social. Traz uma
abordagem dos direitos dos surdos em relação a LIBRAS, ao direito em ter um
interprete em sala de aula entre outras questões históricas. Ao grupo de alunos de
Formação Docente será interessante esta conotação, visto que no grupo do terceiro
ano tem uma colega surda e que faz uso da língua de sinais como forma de
comunicação, e se faz necessário que todos para melhor interação com ela faça o
uso da LIBRAS.
O segundo recorte será do filme: MEU PÉ ESQUERDO.
Fonte:www.wordpress.com/cinemafotos
FICHA TÉCNICA
Título original : My left foodAno : 1989Elenco principal : Daniel Day Lewis – Christy Brown Brenda Fricker – Sr Brown Ray Mc Anally - Sr Brown Alison Whelan - Sheila Kristen Sharidan – Sharon Ruth Mc Cabe – Mary Fiona Shaw - Drª Eillen Cole Cyril Cusack - Lord Castlewelland
Duração : 123 minutos
SINOPSE
Baseado na história real do escritor e artista plástico Christy Brown, um deficiente físico que enfrentou vários obstáculos até alcançar o reconhecimento da sua família, do público e da crítica. Conta de uma forma divertida como foi colocado no convívio social por seus irmãos, fala de suas traquinagens, do fato de ser autodidata, de suas primeiras paixões, e de uma mãe apaixonada por seu filho e que por ele foi capaz de enfrentar o mundo.
Fonte:www.adorocinema.com/filme
Ao término do filme, os alunos serão questionados a respeito da deficiência
como: onde encontramos alunos com Paralisia Cerebral com mais frequência? O
que falta para que tenham oportunidade para estarem no ensino regular?
Essas e outras questões serão discutidas com o grupo de alunos e
professores participantes das atividades, dependendo do interesse do grupo. Porém,
antes das discussões referentes ao filme, haverá uma breve formação a respeito de
alunos com Pcs, que trará informações essenciais sobre quem são esses alunos,
em que as escolas deverão ser modificadas para recebê-los. Essa palestra será
proferida pela professora PDE.
O terceiro recorte será do filme: UMA LIÇÃO DE AMOR
Fonte:www.wordpress.com/cinemafotos
FICHA TÉCNICA
Título original : I am SamOrigem : EUAAno : 2001Diretor : Jessie NelsonElenco Principal : Sean Penn Michelle PfeifferGenero : DramaDuração : 132 minútos
SINOPSE
O filme acompanha a trajetória de Sam Dawson (Sena Penn), um adulto com a idade mental, a inocência e a sinceridade de uma criança de sete anos. Um homem que o destino quis que se tornasse pai solteiro de Lucy (Dakota Fanning). Embora tivesse dificuldades, com a ajuda de amigos muito especiais, Sam conseguiu fazer dos primeiros anos de vida de Lucy, uma infância repleta de amor e alegria. Quando Lucy completa sete anos e começa a ultrapassar intelectualmente seu pai, entretanto, o serviço Social intervém, separando-a de Sam para que seja adotada e criada por outra família, mesmo com poucas chances de vencer, Sam decide enfrentar o sistema. Ele Procura Rita Harrison (Michelle Pfeiffer), poderosa advogada, que só aceita o caso por ter sido desafiada pelos colegas a defender uma causa de graça. Embora procure passar a imagem de pessoa dura e centrada, Rita é uma mulher frágil e o contato com Sam mudará sua forma de encarar a vida. Juntos Sam e Rita tentam provar que o amor incondicional é o mais valioso presente que um pai pode dar.
Fonte:www.adorocinema.com/filme
Neste recorte os alunos terão a oportunidade de ver com clareza algumas
pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, poderão observar suas
limitações e seus desejos de viver a vida plenamente, não se importando com o
pensamento alheio. Mostrará a preocupação de um pai deficiente intelectual ao criar
uma filha com potencial cognitivo normal. Será oportunizado aos alunos e
professores do curso de Formação de Docentes uma discussão acerca do enredo
do filme, com questionamentos no grupo se já conheceram algum deficiente
intelectual, como são suas reações, assim como poderão verificar questões e
informações importantes nessas apresentações , podendo opinar a respeito das
várias deficiências observadas nos recortes de filmes.
Quinta etapa: Apresentação de estudo de caso .
Nesta etapa os alunos terão a oportunidade de ver que além da Inclusão de
crianças com NEEs também podemos receber nas escolas crianças com
necessidades sociais e familiares.
1º caso - Amanda
“Minha filha não fez a lição de casa porque ontem fomos a uma festa de aniversário e chegamos tarde, mas hoje ela faz e entrega amanhã”. Gisele era uma menina muito esperta, porém totalmente desorganizada. Sempre perdia seus materiais. Às vezes chegava na escola arrastando a mochila pelo chão, realizava suas lições com desleixo e não gostava que ninguém chamasse sua atenção. A mãe de Gisele foi chamada à escola pra esclarecer esta atitudes. A mãe dona Rute, alegou que não exigia muito da menina porque ela era muito pequena e, conforme fosse crescendo teria mais responsabilidade. Não concordei e disse que a criança tem que ter responsabilidade desde pequena, tem que aprender na medida do possível cuidar de si mesma, depois de cumprir com suas tarefas poderá brincar, e até ir a festas sem prejudicar seus estudos
2º caso - Marta
“ Na minha família só tem engenheiro, médico, economistas. Minha filha será uma grande advogada de sucesso e com um futuro brilhante”. Marta nasceu em berço de ouro. Seu pai era representante em uma empresa cujas filiais ficavam fora do Brasil; portanto estava sempre viajando. Sua família era composta de pai, mãe e três filhos, dois meninos e uma menina, que era mais nova, Quando seu pai estava no Brasil, a mãe seguia todos os horários rigorosamente. No entanto quando o pai se ausentava, a mãe era bastante relapsa com os horário. Nem dar atenção aos filhos ela dava,as crianças iam para escola com os vizinhos ou com as tias da perua e quando estavam em casa estavam aos cuidados da babá. Na ausência do pai a menina modificava-se totalmente. Seus olhos ficavam tristes, suas lições eram desleixadas, não tinha incentivo para o estudo, nem para as brincadeiras. Era uma criança que tinha tudo e ao mesmo tempo não tinha nada. A mãe que clamava que a filha seria uma advogada de sucesso não encontrava tempo sequer para assistir a uma festinha da filha ou participar de uma reunião. Diante desses fatos a mãe foi chamada à escola, mas não compareceu pois, tinha um compromisso inadiável
A partir das leituras e discussões feitas pelos alunos e professores do curso
de Formação de Docentes serão organizados grupos mistos, onde serão discutidas
quais seriam as melhores estratégias para sanar as necessidades das crianças
citadas nos estudos de caso. Será dado ao grupo a oportunidade de expor sua
ideias e de debater como a mesma poderia ser desenvolvida, e de que maneira.
Sexta etapa: folders
Nesta etapa, após todos os conhecimentos adquiridos os alunos serão
convidados a elaborar um folders com o tema Educação Inclusiva, abordando
temas como os direitos e as leis que amparam crianças com NEEs, dentro das
escolas de ensino regular. Esses folders depois de prontos serão distribuídos para a
comunidade escolar, em especial para as turmas de 3ª e 4ªséries do curso de
Formação de Docentes.
Sétima etapa: mesa redonda.
Na sequencia teremos uma mesa redonda com o tema Inclusão e
Diversidade, onde serão convidadas as coordenadoras da Educação Especial
municipal e do NRE, do município de Wenceslau Braz, Paraná para que tragam
informações tanto quantitativas quanto qualitativas em relação ao processo de
inclusão nas escolas, na rede regular de ensino, desde as séries iniciais do ensino
fundamental até o terceiro grau. Será aberto um momento para questionamentos
por parte dos alunos e professores do curso de Formação de Docentes das 3ª e 4ª
séries do ano de 2013. Com esta atividade será encerrada a implementação do
Projeto PDE : Educação e Diversidade : Respeito ás Diferenças, Um Novo Passo Para a Inclusão, na Escola Colégio Estadual Drº Sebastião Paraná- EMNP, no
município de Wenceslau Braz..
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Constituição ( Constituição da República Federativa do Brasil) Brasília :
Senado,1988.
BRASIL, Politica Nacional de Educação Especial: Brasilia/MEC/SEESP, 1994;
BUENO, J.G.S. Educação Especial Brasileira : integração , segregação do aluno diferente. SP: EDUC,1993
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, para construção de currículos inclusivos: Governo do Estado do Paraná SEED: Superintendência da
Educação, 2006;
FERREIRA, MARIA E. CAPUTO : Educação Inclusiva. Rio de Janeiro: DP&A, 2003
GOFFREDO, VERA LÚCIA F. SENECHAL de. A escola como espaço inclusivo. In
Salto para o Futuro: Educação especial: tendências atuais/secretaria de educação a
distância. Brasília: ministério da Educação, SEED, 1999. p. 45-50.
JNNUZZI, G. A luta pela educação do deficiente mental no Brasil. Campinas/SP:
Editores Associados, 1992.
MANTOAN,Maria Tereza E., Inclusão Escolar: pontos e contra pontos, Summus,
2006;
SOARES,M.A.L.A., Educação do surdo no Brasil , Campinas- SP:EDUSF,1999
.RODRIGUÊS, MARLI DE OLIVEIRA, Educação Especial. sl. s.n. 2010.
PESQUISA ONLINE :
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http:/www.quemamaeduca.com
http:/www.sentimentosempoesia.com
http:/www.adorocinema.com/filmes
http:/www.wordpress.com/cinefotos
http:/yuotube/O-bPWz10KhX
http:/youtube/WBuC-ZGhROc