79
Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014 1 GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 CONSENSO DO AGRONEGÓCIO CONSENSO DEL AGRONEGOCIO CONSENSUS DE L’AGROBUSINESS AGRIBUSINESS CONSENSUS Conteúdo página Versão em Português ................................................................... 2 Versão em Espanhol .................................................................... 22 Versão em Françês ...................................................................... 42 Versão em Inglês ......................................................................... 61

Gaf14 consenso do agronegocio 2014

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O documento contempla as principais mensagens do GAF14. Faça seu cadastro e baixe agora, gratuitamente, o arquivo completo. Baixe o documento gratuitamente e veja como enfrentar os desafios do agronegócio nas próximas décadas

Citation preview

Page 1: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

1

GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 CONSENSO DO AGRONEGÓCIO CONSENSO DEL AGRONEGOCIO CONSENSUS DE L’AGROBUSINESS AGRIBUSINESS CONSENSUS

Conteúdo página

Versão em Português ................................................................... 2

Versão em Espanhol .................................................................... 22

Versão em Françês ...................................................................... 42

Versão em Inglês ......................................................................... 61

Page 2: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

2

GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 CONSENSO DO AGRONEGÓCIO

Este documento contém a versão final do Consenso do Agronegócio 2014, elaborado como resultado das discussões havidas durante o GAF14, realizado nos dias 24 e 25 de março de 2014, na cidade de São Paulo, Brasil.

Este documento foi elaborado pela Curadoria do GAF14 a partir das anotações realizadas durante o evento, a quem deve ser atribuída integral responsabilidade pelo seu conteúdo.

O conteúdo deste documento, em todo e em parte, não reflete a opinião individual, e nem representa endosso, de nenhum dos participantes individuais, entidades, associações, empresas, universidades, instituições de pesquisa, governos nas esferas federal, estadual ou municipal, instituições multilaterais, entidades não-governamentais ou experts que participaram direta ou indiretamente, ou apoiaram, patrocinaram ou foram parceiros do evento, refletindo apenas a interpretação da Curadoria sobre as discussões realizadas durante o evento.

A DISTRIBUIÇÃO DESTE DOCUMENTO É DIRECIONADA A FORMULADORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERTS E TODOS OS INTERESSADOS EM TEMAS DO AGRONEGOCIO A NÍVEL MUNDIAL.

Page 3: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

3

CONSENSO DO AGRONEGÓCIO GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014

SUMÁRIO EXECUTIVO Nos dias 24 e 25 de março de 2014, na cidade de São Paulo, Brasil, reuniram-se mais de 1.200 produtores rurais, autoridades e representantes de governos, pesquisadores e representantes da iniciativa privada de cada um dos elos da cadeia de insumos, produção, transformação agroindustrial, comercialização, infraestrutura, logística, financiamento e demais serviços de apoio, para discutir os principais desafios e oportunidades do agronegócio, a nível mundial. Das discussões realizadas no evento emanou um conjunto de recomendações que constitui o CONSENSO DO AGRONEGÓCIO DE 2014.

O planejamento da agricultura e pecuária do futuro passa, entre outros fatores, pela ampliação dos volumes de alimentos produzidos atualmente. A demanda por alimentos deve expandir 70% até 2030, devido principalmente ao crescimento da população e à incorporação de 3 bilhões de pessoas à classe média. Todos os dias, 180 mil pessoas trocam a zona rural pelas cidades, e 200 mil bocas adicionais precisam ser alimentadas. A agricultura e o agronegócio precisam estar preparados e organizados para atender a grande expansão prevista da demanda, em quantidade e qualidade. Deve-se estimular o desenvolvimento de novas tecnologias e o aproveitamento das já existentes para se produzir mais, com menor uso de recursos. A agricultura e o agronegócio devem estar cada vez mais preparados para lidar com questões relacionadas a segurança alimentar, identificação, rastreabilidade e sustentabilidade social e ambiental.

À agricultura está reservado um papel de destaque crescente em negociações multilaterais de comércio. É preciso criar maior capacitação técnica em negociações e soluções de controvérsias. A integração comercial entre países ou regiões, e o fortalecimento do comércio internacional, são essenciais para incentivar a produção, o comércio e a circulação de produtos. É fundamental buscar uma maior integração e o livre comércio.

Para que o desenvolvimento da agricultura ocorra de forma harmônica e eficiente, deve-se fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias e culturas adaptadas às realidades locais, em sintonia com as incertezas climáticas. Governos devem incentivar e criar condições para um maior acesso ao financiamento e desenvolvimento do seguro rural. É fundamental planejar e criar condições regulatórias para incentivar os investimentos, a criação de valor nas cadeias agroalimentares e permitir o desenvolvimento de projetos de infraestrutura, por exemplo para armazenamento, irrigação, transporte e embarque de produtos agrícolas, e cadeia do frio.

Page 4: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

4

O desafio das mudanças climáticas requererá dos produtores um aumento da sua capacidade de adaptação, com impactos e ações diferenciadas em cada região do planeta. Somente por meio de políticas públicas e marcos regulatórios bem-definidos, em ação coordenada com a iniciativa privada, cada país poderá se posicionar sobre as transformações estruturais necessárias. O desafio pode ser solucionado por meio de diretrizes que tenham como alicerce a produção com preservação, como as técnicas de integração lavoura-pecuária-floresta, entre outras práticas conservacionistas.

Diversos problemas ambientais têm origem no uso de energia fóssil, e nesse sentido ganham importância crescente as fontes de energia limpas e renováveis. Desponta como fundamental nesse contexto a importância da valorização da produção de biomassa para fins energéticos.Nas últimas três décadas, a agricultura energética se desenvolveu de forma acelerada e complementar à agricultura alimentar. Os biocombustíveis, a energia elétrica de biomassa e o biometano podem desempenhar papel de relevância crescente para atender o aumento de demanda de energia, contribuindo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Políticas públicas de longo prazo devem oferecer a segurança necessária para que sejam realizados investimentos para aumento da sua produção, que são de longa maturação, e reconhecer o valor das externalidades positivas dos combustíveis de biomassa e sua complementariedade com a produção de alimentos. A intervenção dos governos deve buscar realismo nos preços de mercado, incorporar o valor dos bens públicos associados, e as regras para o desenvolvimento da energia de biomassa devem ser previsíveis e transparentes.

A antiga percepção da agricultura como conservadora e retrógrada, precisa ser superada com o reconhecimento do sucesso econômico e das transformações sociais que o setor propicia. Ações de comunicação de setores relacionados ao agronegócio devem aproveitar os pontos de percepção positiva da população sobre a atividade naquelas regiões onde isso ocorre, e superar visões críticas quando existirem. Existe um grande espaço para melhorar a compreensão da população sobre os desafios e as conquistas da agricultura e do agronegócio. O conceito de agricultura familiar não se contrapõe ao da agricultura comercial e do agronegócio. Ao contrario, o desenvolvimento de um incentiva o do outro. Novas formas de comunicação devem aumentar a conexão entre produtores e consumidores, fazendo com que a agricultura e o agronegócio deixem de vender commodities, e cada vez mais vendam marcas, serviços e valores embutidos nos produtos, inclusive através de denominações de origem.

Planejar a agricultura e o agronegócio do futuro significa desenvolver um plano de negócios global, para preparar a atividade e saber em que condições estará dentro de 20 anos: quais mercados precisarão ser atendidos, com quais produtos, produzidos com qual grau de segurança. O uso racional e eficiente dos fatores de produção, preservando os recursos naturais disponíveis, garantindo padrões elevados de qualidade e rastreabilidade, serão elementos-chave para assegurar a sustentabilidade da atividade.

Fundamentais para esse sucesso são a segurança jurídica e institucional, a segurança regulatória para viabilizar investimentos em tecnologia e na capacidade de produção.

Page 5: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

5

Das discussões realizadas no GAF14, emergiram os seguintes valores fundamentais:

a importância do planejamento; o valor da tecnologia; a importância do uso racional e sustentável de recursos naturais finitos; a valorização da agricultura de baixo carbono; o respeito e a consideração a questões do clima; o valor da transparência nos padrões de produção; a valorização do produtor rural, seja ele o micro ou o macro empresário rural; o reconhecimento de que novas formas de organização da produção deverão se

desenvolver para que sejam atingidos os ganhos de produtividade, em quantidade e qualidade,

que será fundamental o papel dos setores relacionados à agricultura e ao agronegócio, como acesso a financiamentos, seguro rural, serviços legais, assistência técnica e certificação.

Essas conclusões e recomendações devem orientar ações específicas nos setores público e privado, para que a agricultura e o agronegócio possam continuar cumprindo com competência, eficiência e responsabilidade sua missão estratégica de garantir a segurança e o bem-estar dos povos.

Page 6: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

6

CONSENSO DO AGRONEGÓCIO GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014

Nos dias 24 e 25 de março de 2014, na cidade de São Paulo, Brasil, reuniram-se mais de 1.200 produtores rurais, autoridades e representantes de governos, pesquisadores e representantes da iniciativa privada de cada um dos elos da cadeia de insumos, produção, transformação industrial, comercialização, infraestrutura, logística, financiamento e demais serviços de apoio, para discutir os principais desafios e oportunidades do agronegócio, a nível mundial. Estas discussões foram acompanhadas e interagiram com mais de 36 mil participantes remotos, localizados em 19 universidades, em mais de 4.800 agências do Banco Bradesco e na rede nacional integrada do sistema BNDES.

Os principais países produtores e consumidores, exportadores e importadores, estiveram representados no GAF14.

As discussões foram desenvolvidas em torno de grandes temas do agronegócio, classificados em setoriais e transversais, cujas conclusões e recomendações são sumarizadas abaixo, e constituem o CONSENSO DO AGRONEGÓCIO DE 2014. Cabe ressaltar que o conteúdo deste documento, em todo e em parte, não reflete a opinião individual, e nem representa endosso, de nenhum dos participantes, entidades, associações, empresas, universidades, instituições de pesquisa, governos nas esferas federal, estadual ou municipal, instituições multilaterais, entidades não-governamentais ou experts que participaram direta ou indiretamente, ou apoiaram, patrocinaram ou foram parceiros do evento, refletindo apenas a interpretação da Curadoria sobre as discussões realizadas durante o evento.

O agronegócio tem se caracterizado como uma rede de negócios que integra atividades organizadas de fabricação e fornecimento de insumos, produção, processamento, beneficiamento e transformação, comercialização, armazenamento, logística e distribuição de bens agrícolas, pecuários, de reflorestamento e aquicultura, in natura e processados, bem como seus subprodutos e resíduos de valor econômico.

O planejamento da agricultura e pecuária do futuro, tema geral desta edição do evento, passa obrigatoriamente pela ampliação dos volumes de alimentos produzidos atualmente, por meio da melhoria na eficiência de processos, da redução de perdas dentro e fora da porteira, do uso de tecnologias já disponíveis, da utilização racional de recursos naturais, com respeito ao tecido social e alinhamento com as tendências e demandas do mercado.

Foram demonstrados exemplos de que é possível, em algumas décadas -- espaço relativamente curto de tempo --, que a produtividade de culturas como cana, arroz, milho e soja tenham se multiplicado por quatro. Quando se faz a decomposição dos fatores que levaram a este crescimento de produção, entre produtividade e ampliação de área, conclui-se que o principal fator foi sempre o aumento de produtividade. Um aspecto

Page 7: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

7

interessante é que a partir disso gera-se um efeito poupa terra. Este fenômeno tem sido observado em várias partes do globo, notadamente nas Américas, na Europa e em regiões da Ásia, e tem grande potencial no continente Africano. Esta constatação indica que com o desenvolvimento e o uso de tecnologias apropriadas, é possível atender o desafio do crescimento, com qualidade.

O aumento de produtividade e eficiência da agricultura tem contribuído para a melhoria do padrão de alimentação de milhões de pessoas mais pobres, pela redução dos preços dos alimentos e pela geração de renda. O agronegócio é também uma estratégia de distribuição de riquezas e desenvolvimento social, além de contribuir para a proteção ambiental, como, por exemplo, com o avanço dos serviços ambientais.

O planejamento estratégico do agronegócio deve ser desenvolvido através de diretrizes plurianuais, e tendo como objetivo uma organização administrativa sólida. As políticas agrícolas devem estabelecer estímulos, apontar medidas econômicas específicas e os instrumentos judiciais de controle, sem no entanto cair em viés intervencionista. Estas políticas devem levar em conta a gestão matricial de temas ligados ao meio ambiente, transporte, agroenergia e de acesso aos mercados.

A. EXPANSÃO DA CLASSE MÉDIA

Até 2050, a população mundial deve atingir 9 bilhões de pessoas. Até 2030, 3 bilhões de pessoas serão incorporadas à classe média em todo o mundo, principalmente na Ásia e no Pacífico. Atualmente, mais de 2,5 bilhões de pessoas dependem da agricultura para viver. Ainda que ¾ da população de baixa renda do mundo viva no meio rural, a migração para as cidades continua alterando o volume e os padrões de consumo – 180 mil pessoas trocam a zona rural pelas cidades todos os dias. Atualmente, apenas 34% dos produtores rurais em países de renda baixa e média têm acesso a recursos e mercados. Todos os dias, o mundo tem 200 mil bocas a mais para alimentar. Esse vetor fará com a demanda por alimentos deva crescer 70% até 2030. Um dos maiores desafios e oportunidades para o agronegócio é abastecer esta demanda futura, em quantidade e qualidade, com sustentabilidade financeira, ambiental e social. Esse desafio coloca na agenda governamental de vários países um grande problema: cada pessoa consome aproximadamente 2.400 calorias por dia, porém a composição destas calorias vem mudando drasticamente.

O aumento da renda leva a um consumo maior de alimentos que precisam de mais recursos para ser produzidos. A pecuária tem apresentado significativos e sucessivos aumentos de produtividade na geração de carne por hectare. No entanto, o aumento projetado no consumo de carne, advindo do aumento da renda per capita, demandará esforços adicionais de melhoramento genético e seleção, maior consumo de energia e grãos para sua expansão.

O crescente aumento de renda em países emergentes impele o setor a trazer maior volume e diversidade de alimentos a um novo grupo de consumidores. Apesar de terem um comportamento de compra diferente da classe média estabelecida, estes novos

Page 8: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

8

consumidores representarão em breve uma grande parte da população, respondendo por boa parte de seus rendimentos em uma maior variedade, o que abre margem para uma abordagem diferente de mercados e produtos. Isso estimulará novos usos das conhecidas commodities agrícolas.

O crescimento da classe média, observado principalmente na Ásia, Oriente Médio e no Pacífico, vem acompanhado de mudanças dramáticas nos hábitos de consumo, intensa urbanização, falta d’água, novas formas de organização da produção, e novas tecnologias que podem reduzir os impactos ambientais e sociais. A importância das mudanças organizacionais foi tema muito ressaltado por Gustavo Grobocopatel, do Grupo Los Grobo.

Uma das mais soluções seria a revisão dos hábitos de consumo. Será extremamente difícil abastecer este novo contingente de consumidores se os hábitos de consumo forem os mesmos dos consumidores atuais de países desenvolvidos.

Por esse motivo, o consumo de alimentos mais intensivos em produção, como carnes, se expandirá mais nas regiões onde a renda vai crescer mais rapidamente.

É imperativo o uso de tecnologias para maximizar o uso da terra e continuar a produzir mais no mesmo território. O investimento em conservação do solo e água em energias renováveis, e o uso sustentável de insumos, como fertilizantes e os de controle integrado de pragas e doenças, serão pilares da agroindústria do futuro. Implementos para esta indústria devem ser desenvolvidos para ir ao encontro a exigências cada vez mais elevadas de sustentabilidade, produtividade e eficiência.

A agricultura fornece muito mais do que alimentos. O mundo precisa produzir mais com menos, atendendo às necessidades básicas da população em todo o planeta. Apenas 3% da água no mundo é doce, e apenas uma fração está apta ao consumo. O uso eficiente desse recurso renovável e finito, com irrigação eficiente, será elemento-chave para a segurança alimentar e a produção sustentável.

O aproveitamento de resíduos agrícolas e orgânicos é o meio mais eficaz para produção de energia sustentável e de baixa pegada de carbono. O apoio ao uso da biomassa e outras fontes de energias renováveis garantirá uma maior independência energética a países emergentes e ao setor agrícola.

Recomendações:

1. A agricultura e o agronegócio precisam estar preparados e organizados para atender o grande crescimento previsto da demanda, em quantidade e qualidade;

2. Deve-se estimular o desenvolvimento de novas tecnologias, e o aproveitamento das já existentes para se produzir mais, com menor uso de recursos;

3. Existe uma grande oportunidade no aproveitamento de resíduos orgânicos para a produção de energia, de forma econômica e ambientalmente sustentável.

Page 9: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

9

B. COMÉRCIO INTERNACIONAL

A correlação do mundo agrícola com outros setores da economia é hoje inquestionável, e torna mais difícil o atendimento a uma demanda crescente. O mercado financeiro está alinhado com o mercado de commodities. Este por sua vez está cada vez mais integrado com o de energia.

Caso o mercado esteja despreparado, incertezas quanto ao abastecimento podem causar abertura a produtos de menor qualidade, inclusive do ponto de vista sanitário ou fitossanitário. Um problema intensificado pelo comércio internacional e partilhado por regiões inteiras do mundo é o sanitário e fitossanitário, que tem relação com segurança alimentar, identificação e rastreabilidade, e por fim, abastecimento da demanda. Recentemente a gripe aviária, o mal da vaca louca, dentre diversas outras doenças, requerem cuidados maiores para garantir segurança alimentar por meio da identificação e rastreabilidade. São essenciais para oferecer segurança e garantias ao comércio internacional, que seja dada a devida atenção e importância à saúde animal, inocuidade dos allimentos, e a implementação das normas preconizadas pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), que é referencia mundial neste aspecto.

A integração comercial entre países e o fortalecimento do comércio internacional são essenciais para incentivar a produção, a agregação de valor, e a circulação de produtos agrícolas e de alimentos industrializados que atenderão às necessidades desta nova classe média, mitigando eventuais problemas de abastecimento. A Organização Mundial do Comércio (OMC), é um caminho-chave de articulação, apesar das evidentes dificuldades em se optar por negociações multilaterais, pois assegura paridade de poder de negociação entre países de diferentes continentes e condições político-econômicas.

A OMC, representada pelo seu Diretor Geral, Embaixador Roberto Azevêdo, voltou a ser um importante palco de negociações entre países, resultado de uma recuperação geral na confiança e na sua capacidade de resolver conflitos, por meio de esforços na direção de uma maior transparência. Esta nova fase da entidade materializou-se no primeiro acordo global da OMC, assinado em Bali por ministros de 159 países, e que inclui elementos centrais do programa de negociação da Rodada de Doha. O Diretor Geral Azevêdo afirmou que “negociações bilaterais vão testar os limites e as fronteiras comerciais --entre 160 países o acordo é mais difícil. Mas é a partir daí que se estabelecem parâmetros, que de certa forma inspiram as negociações multilaterais”.

O acordo de facilitação de comércio negociado em Bali foi um grande avanço para destravar as negociações. A OMC traça um mapa do caminho que permitirá prosseguir com negociações em que a agricultura será elemento chave nos acordos envolvendo também bens industriais e serviços. É preciso voltar a usar o comércio internacional como uma das ferramentas de desenvolvimento para o mundo.

Acordos bilaterais de comércio devem ser perseguidos para mitigar os efeitos negativos de políticas cambiais distorcivas, bem como ampliados os regimes de importação por draw-back visando agregar valor em produtos agrícolas destinados ao mercado internacional.

Page 10: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

10

Recomendações:

1. A agricultura e o agronegócio devem estar cada vez mais preparados em questões relacionadas à segurança alimentar, identificação, rastreabilidade e sustentabilidade social e ambiental;

2. Está reservado à agricultura um papel de crescente destaque em negociações multilaterais de comércio. É preciso criar maior capacitação técnica em negociações e soluções de controvérsias;

3. A integração comercial entre países ou regiões e o fortalecimento do comércio internacional são essenciais para incentivar a produção e a circulação de produtos. É fundamental que seja perseguida a crescente integração e o livre comércio;

4. Acordos bilaterais de comércio devem ser perseguidos para mitigar os efeitos negativos de políticas cambiais distorcivas, bem como ampliados os regimes de importação por draw-back visando agregar valor em produtos agrícolas.

C. DESENVOLVIMENTO

A agricultura e pecuária, junto à agroindústria e toda a cadeia de valor estimulada pela atividade, o inclui com destaque a industria alimentícia, compõem setores dinâmicos da economia de cada país, que requerem incentivos para o seu desenvolvimento. Estes estímulos são largamente relacionados aos fundamentos econômicos e aos aspectos regulatórios. Eles devem dialogar com o setor e apontar claramente para a direção do desenvolvimento. Os governos precisam estabelecer e e assegurar condições estáveis, previsíveis e indutoras do investimento privado. Segurança jurídica e clareza na definição de regras para a agricultura e a agroindústria são essenciais para fomentar investimentos, e permitir maior agregação de valor, especialmente se considerado que muitas das atividades detêm riscos e só obtém retorno financeiro após longos períodos de desenvolvimento.

O estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento de culturas adaptadas às realidades locais, em sintonia com as incertezas climáticas, além da adoção de novas tecnologias, tem papel central no fortalecimento do agronegócio e na produção local de conhecimento, assim como o apoio para capacitação e profissionalização do setor. A criação e o desenvolvimento da EMBRAPA no Brasil, o CGIAR, as estratégias definidas no âmbito do GFAR e da GCARD, e a estratégia de pesquisa desenvolvida pela União Européia podem ser considerados exemplos a serem seguidos em outros países com potencial similar ainda a ser explorado. Como explicado pelo ex-Ministro da Agricultura do Brasil e professor Delfim Netto, “...(o agrícola) foi o setor que adquiriu maior produtividade, que se ajustou mais à realidade, que incorporou tecnologia de forma mais dramática -- seguramente, é o setor que teve uma demonstração de maior eficiência neste país -- a agricultura brasileira é uma pequena joia.”

Page 11: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

11

Um dos grandes desafios do agro é o de motivar novas gerações a se dedicar e engajar na produção agrícola e agroindustrial.

A agricultura é uma atividade de risco. É papel dos governos facilitar o acesso ao financiamento e criar condições para o desenvolvimento do seguro rural. A criação de uma central de mitigação de risco agrícola é elemento-chave para que se assegure uma rede de proteção segura para os agricultores, beneficiando em última instância os consumidores. Mudanças relevantes já começam a ser observadas em alguns países. Embora no Brasil apenas 15% da área agrícola tem algum tipo de proteção, nos EUA esse percentual é de 80% a 90%.

Transporte, armazenagem, infraestrutura e agronegócio são atividades intimamente relacionadas. Resta aos governos planejar e orientar adequadamente os investimentos através de políticas públicas que permitam o desenvolvimento de uma adequada movimentação de cargas. A falta ou a baixa qualidade da infraestrutura impacta o agronegócio de forma intensa, e consequentemente a sua competitividade. Diversos países enfrentam gargalos logísticos rodoviários, portuários, hidroviários e ferroviários, consumindo parte importante da renda gerada com a produção, comprometendo em muitos locais a sua viabilidade econômica. A logística e o transporte requerem um planejamento adequado, no qual estejam previstos os movimentos e demandas futuras. Muitos países continuam sem um plano global de logística e de localização espacial de atividades de processamento visando a produção de produtos elaborados da industria de alimentos com elevado valor agregado, e que reduzam o custo do transporte de produtos in natura ou semi-processados. A falta de direcionamento e de políticas fiscais indutoras, ao invés de incentivar este tipo de organização e planejamento, causa perda de competitividade e de renda para todo o setor, impactando preços e disponibilidade de alimentos para os consumidores.

Recomendações:

1. Deve-se fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias e culturas adaptadas às realidades locais, em sintonia com as incertezas climáticas;

2. Governos devem incentivar e criar condições que permitam um maior acesso ao financiamento e o desenvolvimento do seguro rural;

3. É fundamental o planejamento e a criação de condições regulatórias que incentivem e permitam o desenvolvimento de projetos privados de infraestrutura para armazenamento, transporte, embarque e o processamento local com agregação de valor, de produtos agrícolas.

D. CLIMA

Considerando a dependência da atividade agropecuária em relação ao clima, as mudanças climáticas têm transformado a agricultura, e o produtor precisa buscar ativamente meios de adaptação a esta nova realidade. Mas como apontado por Thomas

Page 12: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

12

Heller, presidente do Climate Policy Initiative, “as políticas comuns não estão nos levando a lugar algum... curto prazo dominando o longo prazo”.

Se há certa previsibilidade no comportamento das culturas, métodos de produção, logística, implementos, manejo e solo, a grande incerteza que resta ao setor hoje é climática. Embora as mudanças climáticas tragam uma importante preocupação e restrição adicional, pela necessidade de urgente administração de recursos como fontes de suprimento de água, contaminação de lençóis freáticos e fertilidade dos solos, os atuais desafios encontrados na agricultura intertropical, onde a amplitude térmica diária é muito mais elevada do que nas regiões de clima temperado, permitem antever que as preocupações relacionadas a mudanças climáticas serão diferenciadas em cada região do planeta. Nas regiões intertropicais, a preocupação será mais relacionada à disponibilidade de água e a ocorrência de eventos extremos. Nas regiões temperadas será mais relacionada a adaptações de padrões gerais de produção causados pelo aquecimento global.

Uma dificuldade adicional é o reconhecimento de que a confiabilidade das previsões de efeito global é muito maior do que as de efeito local, trazendo um desafio adicional para o produtor. Isso faz com que aparentemente não exista uma única solução técnica que atenda todos os agricultores, e nem tecnologia que seja obrigatória ou que funcione eficientemente em todos os cenários. Um dos desafios principais é informar os agricultores em geral sobre a questão ambiental, e os impactos incertos na produtividade agrícola local.

As mudanças climáticas exigem transformações estruturais e econômicas, mitigação e adaptação, e será somente por meio de políticas públicas e marcos regulatórios, em ação coordenada com a iniciativa privada, cada país poderá se posicionar sobre esta questão. O desafio imposto pela mudança climática pode ser enfrentado por meio de diretrizes que tenham como alicerce, dentre outros fatores, a produção com preservação, como as técnicas de integração lavoura-pecuária-floresta, entre outras práticas conservacionistas. A agricultura ecológica, inclusive orgânica, que valorize e preserve a biodiversidade e os recursos naturais, deve continuar atraindo interesse crescente na busca por essas soluções. Países como a França e o Brasil desenvolveram Planos Nacionais de ações sobre agroecologia que poderiam servir de referência.

Desponta enfim como fundamental nesse contexto a importância da valorização da produção de biomassa para fins energéticos: energia líquida na forma de etanol. biodiesel e biometano, e na forma de energia elétrica de fonte renovável.

Recomendações:

1. As incertezas climáticas irão requerer dos produtores um aumento da sua capacidade de adaptação, com impactos e ações diferenciadas em cada região do planeta;

Page 13: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

13

2. Somente por meio de políticas públicas e marcos regulatórios bem-definidos, em ação coordenada com a iniciativa privada, cada país poderá se posicionar sobre as transformações estruturais advindas das mudanças climáticas;

3. O desafio imposto pela mudança climática pode ser enfrentado por meio de diretrizes que tenham como alicerce, dentre outros fatores, a produção com preservação, como as técnicas de integração lavoura-pecuária-floresta, ou técnicas agroecológicas modernas, entre outras práticas. Desponta como fundamental nesse contexto a importância da valorização da produção de biomassa para fins energéticos.

E. ENERGIA

Diversos problemas ambientais têm origem no uso de energia fóssil, e nesse sentido ganham importância crescente as fontes de energia limpas e renováveis. Nas últimas três décadas, a agricultura energética se desenvolveu de forma acelerada e complementar à agricultura alimentar. Os biocombustíveis tiveram expressivo aumento de produção em particular na primeira década do presente século, quando a produção mundial mais do que quadriplicou, deixando assim de ser considerada uma iniciativa de menor importância econômica e social.

O etanol é um projeto de indiscutível sucesso nos EUA, no Brasil e na Europa, que o mundo tenta replicar. Mas o seu desenvolvimento sustentado no longo prazo depende de políticas estáveis com baixa e estável intervenção de governo, para que haja estímulo ao investimento privado. A previsibilidade e a confiança são fundamentais para que essa atividade se desenvolva no longo prazo. A intervenção arbitrária nos preços de combustíveis, favorecendo a manutenção de preços de derivados do petróleo abaixo dos praticados no mercado internacional, tem retirado a atratividade da produção de energias renováveis. Apesar dos bem-sucedidos esforços para melhorar a produtividade e eficiência dos processos, a intervenção distorciva tem freado a sua expansão afugentando investimentos e o capital de risco. É preciso que a política pública reconheça o valor das externalidades positivas dos combustíveis de biomassa, como o etanol, e mais do que reconhecer, os remunere por isto. Não é possível tomar decisões de investimentos sem previsibilidade, algo que se perdeu nos últimos anos e precisa retornar, com diretrizes claras que assegurem a importância estratégica das energias renováveis, e sua complementariedade com a agricultura alimentar.

Nos EUA, o mecanismo regulatório representado pelo RFS, Renewable Fuels Standard, que define objetivos anuais de substituição, se encontra ameaçado pela potencial revisão de metas, motivada exatamente pelo sucesso da substituição já atingida, e por pressões políticas dos setores por ela afetados.

O custo de produção e o preço do etanol são inferiores ao preço de mercado da gasolina, tanto no Brasil como nos EUA, e colocam por terra todas as ilações sobre eventuais danos à economia ou à necessidade de subsídios para a sua viabilização. Uma reversão da meta original do RFS terá impactos negativos profundos para a produção agrícola dos

Page 14: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

14

EUA, e para a produção de etanol de cana e de celulose em várias partes do mundo. Afetará não somente a produção de cana, mas também a de milho e soja, com impacto potencial em várias cadeias de produção de grãos e de cana-de-açúcar em todo o mundo

Embora o biodiesel seja uma fonte de biomassa de desenvolvimento mais recente do que o etanol, ele tem sido essencial para a matriz energética e a redução dos níveis de poluição. O biodiesel, assim com o etanol, pode aumentar em muito a sua participação no consumo de combustíveis, tanto em países em desenvolvimento, quanto nos mais desenvolvidos. Há grande potencial de expansão em países como o Brasil, Argentina, EUA, União Europeia, e países selecionados do Pacífico e da África.

O biogás e o biometano, gerados pela biodigestão de resíduos agrícolas, talvez sejam os biocombustíveis com maior potencial inexplorado. Apesar das grandes possibilidades que oferecem, por sua grande capacidade de produzir energia e composto orgânico, facilitam a recuperação da qualidade, e aceleram o processo de construção de solos. A geração de biogás pode contribuir para a geração descentralizada de bioeletricidade, e a substituição de diesel fóssil pelo biometano, pode ser considerada uma fonte de energia drop-in, pronta para ser incorporada aos sistemas já existentes de distribuição de gás natural.

Recomendações:

1. Os biocombustíveis, a energia elétrica de biomassa e o biometano devem desempenhar papel de relevância crescente para atender o aumento de demanda de energia, contribuindo na mitigação de diversos problemas ambientais. Políticas públicas de longo prazo devem oferecer a segurança necessária para que sejam realizados investimentos para aumento da produção de biocombustíveis, que são de longa maturação.

2. É preciso que a política pública reconheça o valor das externalidades positivas dos combustíveis de biomassa, e que se tome em conta a complementariedade com a produção de alimentos;

3. A intervenção dos governos deve ser mínima e as regras para o desenvolvimento das energias de biomassa devem ser previsíveis e transparentes.

F. COMUNICAÇÃO

A antiga percepção da agricultura como conservadora e retrógrada, precisa ser superada com o reconhecimento do sucesso econômico e das transformações sociais que o setor propicia, com a geração de empregos e a contribuição para o saldo da balança comercial, fortes elementos para sustentação de planos de reconstrução e recuperação da economia.

Possibilidades de comunicação e marketing ainda largamente inexploradas, aliadas à percepção positiva da população, podem motivar ações de setores relacionados ao agronegócio: bancos, indústria química, energia, máquinas e serviços legais.

Page 15: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

15

O grande desafio é aproximar do cotidiano das pessoas fora do campo à atividade agropecuária, intensificando esforços para que se faça clara a relação existente entre alimentos e bens de consumo com o agronegócio. Segundo José Tejon Megido, da ESPM, a Agrossociedade é a nova fronteira do agronegócio, onde os muros que separam o campo da cidade não existirão mais – o agronegócio representado pelos ativos econômicos, financeiros e tecnológicos ao longo das cadeias de valor, e a agrossociedade pelos valores da nova sociedade e do capitalismo consciente.

A agricultura e o agronegócio devem aprender a ouvir a população por meio das redes propiciadas pelas novas mídias, utilizando-as para se comunicar com o público e integrar os diferentes elos da cadeia de valor. É preciso um uso maior de ferramentas digitais que propiciam integração, circulação de informação e conhecimento, além da manutenção e expansão da rede de relacionamentos já existente. É preciso que lideranças do setor agro transmitam de forma equilibrada suas particularidades à toda a sociedade.

Por meio destas novas formas de comunicação será possível aumentar a conexão entre produtores e consumidores, entre a agricultura e a sociedade à sua volta, fazendo com que a agricultura e o agronegócio deixem de vender commodities, e cada vez mais vendam marcas, serviços e valores embutidos nos produtos, comunicando o que está agregado em termos de qualidade, saber-fazer e tecnologia nos alimentos e bens de consumo. O reconhecimento e o desenvolvimento de denominações de origem, e outras indicações geográficas, pode ser também uma forma eficiente de agregar valor nos produtos.

Recomendações:

1. Ações de comunicação de setores relacionados ao agronegócio devem aproveitar a percepção positiva da população sobre a atividade naquelas regiões onde isso ocorre, e superar visões críticas sobre a produção quando existirem;

2. Existe um grande espaço para melhorar a compreensão da população sobre os desafios e as conquistas da agricultura e do agronegócio;

3. A agricultura e o agronegócio devem aprender a ouvir a população por meio das redes propiciadas pelas novas mídias;

4. Novas formas de comunicação devem aumentar a conexão entre produtores e consumidores, fazendo com que a agricultura e o agronegócio deixem de vender commodities, e cada vez mais vendam marcas e valores embutidos nos produtos, inclusive, por exemplo, através de denominações de origem ou outras indicações geográficas.

G. VALORES FUNDAMENTAIS

A demanda mundial por produtos agrícolas crescerá mais rapidamente do que a capacidade de produção na Ásia e no Pacífico, áreas que vão depender cada vez mais do abastecimento de regiões como o cone sul [Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai], e num

Page 16: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

16

futuro mais adiante também da África, que se constituirão nos principais polos de produção agropecuária do planeta. Além disso, o agro será cada vez mais demandado para ser uma plataforma multifuncional, estendendo sua produção para além de alimentos, fibras e energia, avançando no universo de novos ingredientes da indústria alimentícia, produtos da indústria alcoolquímica, serviços ambientais, e outros.

Planejar a agricultura e o agronegócio do futuro significa desenvolver um plano de negócios global, visando preparar a atividade e saber em que condições estará dentro de 20 anos: quais mercados precisarão ser atendidos, com quais produtos, produzidos com qual grau de segurança. O uso racional e eficiente dos fatores de produção, preservando os recursos naturais disponíveis, garantindo padrões elevados de qualidade e rastreabilidade serão elementos-chave para assegurar a sustentabilidade futura da atividade.

Fundamentais para esse sucesso são a segurança jurídica, institucional e regulatória para viabilizar investimentos em tecnologia e na capacidade de produção. Governos devem criar e estimular condições para o investimento em pesquisa e aumento da produção e de processos que garantam maior qualidade e confiabilidade dos produtos que chegam à mesa; devem cumprir o relevante papel de planejar a infraestrutura, oferecer condições para a proteção sanitária, e dar segurança jurídica, institucional e regulatória. Como afirmou Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil, “somos otimistas quanto às possibilidades de alimentar o mundo do futuro...mas isso não vai acontecer sem inovação tecnológica, e políticas de integração, e ações que evitem o persistente e ainda elevado desperdício de alimentos.”

Emergem das discussões realizadas no GAF14, como valores fundamentais do Consenso do Agronegócio:

a importância do planejamento, na ocupação espacial, nas políticas públicas relativas aos setores agropecuários e agroalimentares, no desenvolvimento da infraestrutura e da logística, e nas ações de mitigação de risco climático),

o valor da tecnologia, nos processos de produção e transformação de alimentos, como por exemplo na proteção de cultivo, na adaptação de novos processos e implementos, inclusive agroecológicos, e no desenvolvimento da biotecnologia de sementes, e processos biológicos de aproveitamento integral da energia gerada por produtos agrícolas e agroindustriais,

a importância do uso racional e sustentável de recursos naturais finitos, em particular pelo uso racional da água, com o uso de tecnologias eficientes de irrigação que otimizem o seu aproveitamento, e por meio de ações e atividades que preservem e aumentem a fertilidade dos solos sem os riscos de contaminação,

a valorização da agricultura de baixo carbono, o respeito e a consideração às questões climáticas, o valor da transparência nos padrões de produção, a valorização do produtor rural, seja ele o micro ou o macro empresário rural,

Page 17: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

17

o reconhecimento de que novas formas de organização da produção deverão se desenvolver para que sejam atingidos os ganhos de produtividade, em quantidade e qualidade,

o fato que será cada vez mais fundamental o papel dos setores relacionados à agricultura e ao agronegócio, como o acesso a financiamento, o seguro rural, os serviços legais, assistência técnica e a certificação.

Essas conclusões e recomendações devem orientar ações específicas nos setores público e privado, para que a agricultura e o agronegócio possam continuar cumprindo com competência, eficiência e responsabilidade sua missão estratégica de garantir a segurança alimentar e o bem-estar dos povos.

São Paulo, 24 e 25 de março de 2014. Global Agribusiness Forum 2014

Page 18: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

18

GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 AGENDA Data: 24 e 25 de Março de 2014 Local: São Paulo, Brasil. Espaço: Grand Hyatt São Paulo Hotel Horário: 9h00 às 19h00 em 24 de março, e das 9h00 às 17h40 em 25 de março de 2014 Público diretamente presente no evento: 1.082 pessoas Participantes de forma remota: estimados mais de 36 mil Palestrantes: 60 especialistas e autoridades de governo e do setor privado e da academia. Painéis Técnicos: 12 temas Nacionalidades presentes: Brasil, várias nações da América Central, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, China, Colômbia, Coreia, Cuba, EUA, Espanha, França, Filipinas, Japão, Índia, Indonésia, Itália, Rússia, Suíça, Singapura, Turquia, União Europeia, e Uruguai. Tempo total das apresentações: 13h10m (24 e 25 de março de 2014) Transmissão: Canal Rural / C2br / CNA / BNDES/ BRADESCO / Universidades parceiras CONSELHO SUPERIOR DO GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM

1. Cesario Ramalho da Silva, presidente 2. Alysson Paulinelli 3. Flávio Páscoa Telles de Menezes 4. Gustavo Diniz Junqueira 5. João Almeida Sampaio Filho 6. Plinio Mário Nastari 7. Roberto Rodrigues

PALESTRANTES

1. Roberto Carvalho de Azevêdo, Director General, World Trade Organization (WTO), Suíça

2. Abilio Diniz, President, BR Foods, Brasil 3. Antonio Delfim Netto, Former Minister of Agriculture, Finance and Planning,

Federative Republic of Brazil, Brasil 4. Alain Jeanroy, President, CGB, França 5. Alan Jorge Bojanic, Brazil Representative, FAO, Brasil 6. Alessandro Gardemann, Director, Geonergetica, Brasil 7. Alessandro Maritano, VP, New Holland, Itália 8. Antonio Manoel França Aires, Partner, Demarest Advogados, Brasil 9. Carlos Klink, Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Brasil 10. Cesário Ramalho da Silva, President of the Advisory Board, GAF, Brasil 11. Dante Solano Delima, OIC-Undersecretary, Department of Agriculture, Filipinas 12. David VanderGriend, President, ICM Ltd, Estados Unidos

Page 19: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

19

13. Dilip N. Kulkarni, President, Jain Irrigation Systems Ltd, India 14. Donario Lopes de Almeida, President & CEO, Canal Rural, Brasil 15. Erasmo Batistella, President, APROBIO, Brasil 16. Esteban Gomez, Partner, Clayton Utz, Austrália 17. Etsuo Kitahara, Executive Diretor, International Grains Council (IGC), Japão 18. Evaristo Eduardo de Miranda, Researcher, Embrapa, Brasil 19. Gavin Maguire, Ag Market Colunist, Thomson Reuters, Reino Unido 20. Geraldo Bueno Martha Junior, General Coordinator, EMBRAPA AgroPensa, Brasil 21. Guilherme Nastari, Director, DATAGRO, Brasil 22. Gustavo Diniz Junqueira, President, Brazilian Rural Society (SRB), Brasil 23. Gustavo Gobrocopatel, President, Los Grobo, Argentina 24. Gustavo Rodríguez Rollero, Minister of Agriculture, Republic of Cuba, Cuba 25. Hélio Mauro França, Diretor, Empresa de Planejamento Logístico, Brasil 26. Henry Joseph Junior, Vice President, ANFAVEA (Associação Nacional dos

Fabricantes de Veículos Automotores), Brazil 27. Jean-Marc Anga, Executive Diretor, International Cocoa Organization (ICCO),

Costa do Marfim 28. Jean-Pierre Lehmann, Professor of international Political Economy, IMD Business

School, Suíça 29. João Almeida Sampaio Filho, President, Consecitrus, Brasil 30. João Paulo Ribeiro Capobianco, President, IDS, Brasil 31. Joesley Batista, President, JBS, Brasil 32. Jose Cullen Crisol, Head of Agro & Enviroment & Commodity Markets, Swiss RE,

Suíça 33. Jose Luiz Tejon, Former President, ABMR&A, Brasil 34. José-Manuel Silva-Rodrigues, Former Director General Agriculture, European

Commission, Bélgica 35. José Ramos Rocha Neto, Diretor, Banco Bradesco S.A, Brasil 36. José Vicente Caixeta Filho, Director General, ESALQ, Brasil 37. Joseph Coompson, Chief Agricultural Economist, African Development Bank

Group, Southern Africa Resource Center, África do Sul 38. Julio Cesar Maciel Ramundo, Managing Director, BNDES, Brasil 39. Katia Abreu, President, CNA, Brasil 40. Kumi Naidoo, Executive Director, Greenpeace International, Holanda 41. Luis O. Barcos, Regional Representative, World Organisation for Animal Health

(OIE) for the Americas, França 42. Luis Patricio Crespo Ureta, President, Sociedad Nacional da Agricultura do Chile,

Chile 43. Luis Roberto Pogetti, President of the Board, Copersucar, Brasil 44. Luiz Daniel de Campos, Principal Investment Officer, IFC – World Bank Group,

Estados Unidos 45. Marcelo Regunaga, Former Secretary of Agriculture, Republic of Argentina,

Argentina 46. Marcio de Freitas, President, Organization of Cooperatives of Brazil, Brasil

Page 20: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

20

47. Mariano Bosch, CEO, Adecoagro, Brasil 48. Mario Sergio Cutait, President, International Feed Industry Federation (IFIF),

Alemanha 49. Mauricio Antonio Lopes, President, EMBRAPA, Brasil 50. Monika Bergamaschi, State Secretary of Agriculture and Livestock, State of São

Paulo, Brasil 51. Neri Geller, Minister of Agriculture, Livestock and Food Supplies, Federative

Republic of Brasil 52. Otaviano Canuto, Senior Advisor on BRICS Economies, The World Bank Group,

Estados Unidos 53. Plinio Mário Nastari, President, DATAGRO, Brasil 54. Renato Buranello, Partner, Demarest Advogados, Brasil 55. Renato Casali Pavan, Presidente, Macrologistica, Brasil 56. Roberio de Oliveira Silva, Executive Diretor, International Coffee Organization

(ICO), Brasil 57. Rodrigo Mesquita, President, Instituto Peabirus, Brasil 58. Samanta Pineda, President, Pineda & Krahn, Brasil 59. Sergio Rial, President, Marfrig, Brasil 60. Thomas Heller, President, Climate Policy Initiative, Estados Unidos

GOVERNOS AUSTRALIAN GOVERNMENT – AUSTRALIA UNLIMITED / BRASIL – MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO / CANADA / CUBA – MINISTRY OF AGRICULTURE / EUROPEAN UNION / GOVERNO BRASILEIRO / GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO / IE SINGAPORE / MANITOBA TRADE AND INVESTMENT / ONTARIO – CANADA / PHILIPPINES – DEPARTMENT OF AGRICULTURE / REPUBLIC OF TURKEY – MINISTRY OF ECONOMY / RÉPUBLIQUE FRANÇAISE – FRENCH REPUBLIC EMBASSY IN BRAZIL ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations ICCO – International Cocoa Organization ICO – International Coffee Organization IFIF - International Feed Industry Federation IGC – International Grains Council ISO – International Sugar Organization PATROCÍNIO BNDES BRADESCO DEAG FMC

Page 21: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

21

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL NEW HOLLAND SWISS RE APOIO DEMAREST / GEOENERGETICA COLABORAÇÃO AD SEGUROS / DELOITTE / ICM / IE SINGAPORE / KPMG / TEREOS APOIO INSTITUCIONAL ABCZ / ABIA / ABIEC / ABIMAQ / ABISOLO / ABITRIGO / ABMR&A / ABRANGE / AGOPA / ANDEF / ANFAVEA / APLA / APROBIO / APROSOJA / ARP / ARU / AVIMIG / BIOSUL / BRASSCOM / CCFB / CEAL / CNA / CNC / COOXUPÉ / CRA / EMBRAPA / F.A.R.M. / FAMASUL / FEDERACIÓN RURAL / FORUM NACIONAL SUCROENERGÉTICO / IDS / OCB / ORPLANA / PLATAFORMA SINERGIA / SINDIRAÇÕES / SNA / SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA / SRA / UBABEF / UNICA AÇÃO SOCIAL, AMBIENTAL E CULTURA FOME / GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO / WAY CARBON UNIVERSIDADES AGRO –UFG / AGROFEA – USP / CENTEV – UFV / ESALQ – USP / FAAP / FEARP – USP / FMB – UNESP / TECNOPARQ / UFLA / UFPR / UFRGS / UFSCAR / UFSM / UNB / UNESP MÍDIA PARCEIRA OFICIAL CANAL RURAL / DINHEIRO RURAL / THOMSON REUTERS / UNIVERSO AGRO PARCEIROS DE MÍDIA A GRANJA / A LAVOURA / AG / AGRIMOTOR / AGRO DBO / ARGUS MEDIA / AVEWORLD / AVICULTURA INDUSTRIAL / BEEFWORLD / CANAMIX / CANAVIEIROS / CULTIVAR / ECOENERGIA / EFE AGRO / ENERGIA BUSINESS / GREENEA / MEIO RURAL / MUNDOCOOP / PLANTAR / PORKWORLD / PRODUZ / RURAL / SOECONOMIA / SOU AGRO / SUINOCULTURA INDUSTRIAL / UDOP

REALIZAÇÃO: DATAGRO / SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA (SRB) CURADORIA DATAGRO

Page 22: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

22

GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 CONSENSO DEL AGRONEGOCIO

Este documento contiene la versión final del Consenso del Agronegocio 2014, elaborado como resultado de las discusiones durante el GAF14, realizado los días 24 y 25 de marzo de 2014, en la ciudad de São Paulo, Brasil.

Este documento fue preparado por la Curaduría del GAF14 a partir de los apuntes realizados durante el evento, a quien se debe asignar la integral responsabilidad por su contenido.

El contenido de este documento, en su totalidad o en parte, no refleja la opinión individual, y ni representa endoso, de ningúno de los participantes individuales, entidades, asociaciones, empresas, universidades, instituciones de investigación, gobiernos en los niveles federal, estadual o municipal, instituciones multilaterales, entidades no gubernamentales o expertos que participaron directa o indirectamente, o apoyaron, patrocinaron o fueron asociados del evento, reflejando sólo la interpretación de la Curaduría sobre las discusiones realizadas durante el evento.

LA DISTRIBUCIÓN DE ESTE DOCUMENTO ESTÁ DIRIGIDA A LOS FORMULADORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS, EXPERTOS Y TODOS LOS INTERESADOS EN TEMAS DEL AGRONEGOCIO EN TODO EL MUNDO.

Page 23: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

23

CONSENSO DEL AGRONEGOCIO GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014

RESUMEN EJECUTIVO Los días 24 y 25 de marzo de 2014, en la ciudad de São Paulo, Brasil, más de 1.200 productores rurales, autoridades y representantes de gobiernos, investigadores y representantes del sector privado de cada uno de los eslabones de la cadena de insumos, producción, transformación agroindustrial, comercialización, infraestructura, logística, financiación y otros servicios de apoyo, se reunieron para discutir los principales retos y oportunidades del agronegocio, en todo el mundo. De las discusiones realizadas en el evento emanó un conjunto de recomendaciones que constituyen el CONSENSO DEL AGRONEGOCIO DE 2014.

La planificación de la agricultura y ganadería del futuro pasa, entre otros factores, por la expansión de los volúmenes de alimentos producidos actualmente. La demanda por alimentos debe expandir un 70% hasta 2030, debido principalmente al crecimiento de la población y a la incorporación de 3 mil millones de personas en la clase media. Todos los días, 180 mil personas cambian la zona rural por las ciudades, y 200 mil bocas adicionales necesitan ser alimentadas. La agricultura y el agronegocio necesitan estar preparados y organizados para atender la gran expansión estimada de la demanda, en cantidad y calidad. Se debe estimular el desarrollo de nuevas tecnologías, y el aprovechamiento de las ya existentes con el fin de producir más, con el mejor uso de recursos. La agricultura y el agronegocio deben estar cada vez más preparados para lidiar con cuestiones relacionadas con la seguridad alimentaria, identificación, trazabilidad y sostenibilidad social y ambiental.

A la agricultura está reservado un papel de creciente relieve en las negociaciones comerciales multilaterales. Es necesario crear mejor capacitación técnica en negociaciones y soluciones de controversias. La integración comercial entre los países o regiones, y el fortalecimiento del comercio internacional son esenciales para incentivar la producción, el comercio y la circulación de productos. Es fundamental que se busque una mayor integración y el libre comercio.

Para que el desarrollo de la agricultura ocurra de manera armoniosa y eficiente, se debe promover la investigación y el desarrollo de tecnologías y culturas adaptadas a las realidades locales, en sintonía con las incertidumbres climáticas. Los gobiernos deben fomentar y crear condiciones para un mayor acceso a la financiación y desarrollo del seguro rural. Es fundamental planificar y crear condiciones reguladoras para fomentar las inversiones, la creación de valor en las cadenas agroalimentarias y permitir el desarrollo de proyectos de infraestructura, por ejemplo, para el almacenamiento, irrigación, transporte y embarque de productos agrícolas, y la cadena del frío.

Page 24: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

24

El desafío de los cambios climáticos requerirá de los productores un incremento de su capacidad de adaptación, con impactos y acciones diferenciadas en cada región del planeta. Solamente por medio de políticas públicas y marcos regulatorios bien definidos, en acción coordinada con el sector privado, cada país será capaz de posicionarse sobre las transformaciones estructurales necesarias. El desafío puede solucionarse por medio de directrices que tengan como fundamento la producción con preservación, como las técnicas de integración agricultura-ganadería-foresta, entre otras prácticas conservacionistas.

Diversos problemas ambientales que se originan en el uso de energía fósil, y en este sentido ganan creciente importancia las fuentes de energías limpias y renovables. Despunta como fundamental en este contexto la importancia de la valorización de la producción de biomasa para fines energéticos. En las últimas tres décadas, la agricultura energética se desarrolló de manera acelerada y complementaria a la agricultura alimentaria. Los biocombustibles, la energía eléctrica de biomasa y el biometano deben desempeñar papel de creciente relieve para satisfacer el aumento de demanda de energía, contribuyendo para mitigar las emisiones de gases del efecto de invernadero. Las políticas públicas de largo plazo deben ofrecer la seguridad necesaria para que se realicen las inversiones para aumentar su producción, que son de larga maduración, y reconocer el valor de las externalidades positivas de los combustibles de biomasa y su complementariedad con la producción de alimentos. La intervención de los gobiernos debe buscar realismo en los precios del mercado, incorporar el valor de los bienes públicos asociados, y las reglas para el desarrollo de la energía de biomasa deben ser predecibles y transparentes.

La antigua percepción de la agricultura como conservadora y retrógrada, necesita ser superada con el reconocimiento del éxito económico y de las transformaciones sociales que el sector propicia. Las acciones de comunicación de sectores relacionados con el agronegocio deben aprovechar los puntos de percepción positiva de la población acerca de la actividad en aquellas regiones donde esto ocurre, y superar visiones críticas cuando existan. Hay un gran espacio para mejorar la comprensión de la población sobre los retos y los logros de la agricultura y del agronegocio. El concepto de agricultura familiar no se contrapone al de agricultura y del agronegocio. Al revés, el desarrollo de uno fomenta el del otro. Nuevas formas de comunicación deben aumentar la conexión entre productores y consumidores, haciendo la agricultura y el agronegocio dejar de vender commodities, y cada vez más vender marcas, servicios y valores agregados a los productos, incluso a través de denominaciones de origen.

Planificar la agricultura y el agronegocio del futuro significa desarrollar un plan de negocios global, para preparar la actividad y saber bajo qué condiciones estará dentro de 20 años: qué mercados necesitarán ser atendidos, con qué productos, producidos con qué grado de seguridad. El uso racional y eficiente de los factores de producción, preservando los recursos naturales disponibles, asegurando estándares elevados de calidad y trazabilidad, serán elementos clave para asegurar la sostenibilidad de la actividad.

Page 25: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

25

Fundamentales para ese éxito son la seguridad jurídica e institucional, la seguridad regulatoria para hacer viable inversiones en tecnología y en la capacidad de producción.

De las discusiones realizadas en el GAF14, surgieron los siguientes valores fundamentales:

la importancia de la planificación; el valor de la tecnología; la importancia del uso racional y sostenible de los recursos naturales finitos; la valorización de la agricultura de baja emisión de carbono; el respeto y la consideración de cuestiones del clima; el valor de la transparencia en los estándares de producción; la valorización del productor rural, sea él micro o macro empresario rural; el reconocimiento de que las nuevas formas de organización de la producción

deberán desarrollarse para que se alcancen las ganancias de productividad, en cantidad y calidad,

que será fundamental el papel de los sectores relacionados a la agricultura y al agronegocio, como el acceso al crédito, seguro rural, servicios legales, asistencia técnica y certificación.

Estas conclusiones y recomendaciones deben orientar acciones específicas en los sectores público y privado, para que la agricultura y el agronegocio puedan seguir cumpliendo con competencia, eficiencia y responsabilidad su misión estratégica de garantizar la seguridad y el bienestar de los pueblos.

Page 26: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

26

CONSENSO DEL AGRONEGOCIO GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014

Los días 24 y 25 de marzo de 2014, en la ciudad de São Paulo, Brasil, más de 1.200 productores rurales, autoridades y representantes de gobiernos, investigadores y representantes del sector privado de cada uno de los eslabones de la cadena de insumos, producción, transformación agroindustrial, comercialización, infraestructura, logística, financiación y otros servicios de apoyo, se reunieron para discutir los principales retos y oportunidades del agronegocio, en todo el mundo. Estas discusiones fueron seguidas e interactuaron con más de 36 mil participantes remotos, ubicados en 19 universidades, más de 4.800 sucursales del Banco Bradesco, y en la red nacional integrada del sistema BNDES.

Los principales países productores y consumidores, exportadores e importadores, estuvieron representados en el GAF14.

Las discusiones se desarrollaron alrededor de los grandes temas del agronegocio, clasificados en sectoriales y transversales, cuyas conclusiones y recomendaciones se resumen a continuación, y constituyen el CONSENSO DEL AGRONEGOCIO DE 2014. Cabe destacar que el contenido de este documento, en su totalidad o en parte, no refleja la opinión individual, y ni representa endoso, de ningúno de los participantes, entidades, asociaciones, empresas, universidades, instituciones de investigación, gobiernos en los niveles federal, estadual o municipal, instituciones multilaterales, entidades no gubernamentales o expertos que participaron directa o indirectamente, o apoyaron, patrocinaron o fueron asociados del evento, reflejando sólo la interpretación de la Curaduría sobre las discusiones realizadas durante el evento.

El agronegocio se ha caracterizado como una red de negocios que integra actividades organizadas de fabricación y suministro de insumos, producción, procesamiento, beneficio y transformación, comercialización, almacenamiento, logística y distribución de bienes agrícolas, ganaderos, de reforestación y acuicultura, en natura y procesados, así como sus subproductos y residuos de valor económico.

La planificación de la agricultura y ganadería del futuro, tema general de esta edición del evento pasa obligatoriamente por la ampliación de los volúmenes de alimentos producidos actualmente, a través de la mejora en la eficiencia de los procesos, reducción de pérdidas dentro y fuera del portón, uso de tecnologías ya disponibles, el uso racional de los recursos naturales, con respeto al tejido social y alineación con las tendencias y demandas del mercado.

Se demostraron ejemplos de lo que es posible, en algunas décadas – espacio relativamente corto de tiempo –, que la productividad de culturas como caña de azúcar, arroz, maíz y soya se hayan multiplicado por cuatro. Cuando se hace la descomposición de los factores que condujeron a este crecimiento de producción, entre la productividad y

Page 27: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

27

la expansión del área, se concluye que el principal factor siempre fue el aumento de la productividad. Un aspecto interesante es que a partir de esto se genera un efecto de ahorro de tierra. Este efecto ha sido observado en varias partes del globo, en particular en las Américas, en Europa y en las regiones de Asia, y tiene gran potencial en el continente africano. Esta constatación indica que con el desarrollo y el uso de tecnologías apropiadas, es posible afrontar el reto del crecimiento, con calidad.

El aumento de la productividad y eficiencia de la agricultura ha contribuido para la mejora del estándar de alimentación de millones de personas más pobres, por la reducción de los precios de los alimentos y por la generación de renta. El agronegocio también es una estrategia de distribución de riquezas y desarrollo social, además de contribuir para la protección ambiental, como, por ejemplo, el avance de los servicios ambientales.

La planificación estratégica del agronegocio debe desarrollarse a través de directrices plurianuales, y con el objetivo de una sólida organización administrativa. Las políticas agrícolas deben establecer estímulos, apuntar medidas económicas específicas y los instrumentos jurídicos de control, sin embargo, sin caer en el sesgo intervencionista. Estas políticas deben tomar en cuenta la gestión matricial de temas relacionados con el medio ambiente, transporte, agroenergía y de acceso a los mercados.

A. EXPANSIÓN DE LA CLASE MEDIA

Hasta 2050, la población mundial debe alcanzar 9 mil millones de personas. Hasta 2030, 3 mil millones de personas se incorporarán a la clase media en todo el mundo, principalmente en Asia y el Pacífico. Actualmente, más de 2,5 mil millones de personas dependen de la agricultura para vivir. Aunque ¾ de la población de baja renta del mundo viva en las zonas rurales, la migración a las ciudades sigue cambiando el volumen y los estándares de consumo - 180 mil personas cambian la zona rural por las ciudades todos los días. Actualmente, sólo el 34% de los productores rurales en los países de baja y media renta tienen acceso a recursos y mercados. Todos los días, el mundo tiene 200 mil bocas más para alimentar. Este vector hará que la demanda por alimentos deba crecer el 70% hasta 2030. Uno de los mayores retos y oportunidades para el agronegocio es abastecer esta demanda futura, en cantidad y calidad, con sostenibilidad financiera, ambiental y social. Este desafío pone en la agenda del gobierno de varios países un gran problema: cada persona consume aproximadamente 2.400 calorías por día, sin embargo la composición de estas calorías viene cambiando drásticamente.

El aumento de la renta lleva a un mayor consumo de alimentos que requieren más recursos para que sean producidos. La ganadería ha presentado significativos y sucesivos incrementos de productividad en la generación de carne por hectárea. Sin embargo, el aumento proyectado en el consumo de carne, derivado del aumento del ingreso per cápita, demandará esfuerzos adicionales de mejora genética y selección, mayor consumo de energía y granos para su expansión.

El creciente aumento de renta en los países emergentes empuja el sector para traer mayor volumen y diversidad de alimentos a un nuevo grupo de consumidores. Aunque

Page 28: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

28

tengan un comportamiento de compra diferente de la clase media establecida, estos nuevos consumidores pronto representarán una gran parte de la población, respondiendo por una buena parte de los ingresos en una mayor variedad, lo que abre espacio para un enfoque diferente de mercados y productos. Eso estimulará en nuevos usos de las conocidas commodities agrícolas.

El crecimiento de la clase media, observada principalmente en Asia, Oriente Medio y el Pacífico, viene acompañado de cambios dramáticos en los hábitos de consumo, intensa urbanización, falta de agua, nuevas formas de organización de la producción, y nuevas tecnologías que pueden reducir los impactos ambientales y sociales. La importancia de los cambios organizacionales fue un tema muy subrayado por Gustavo Grobocopatel, del Grupo Los Grobo.

Una de las soluciones sería la revisión de los hábitos de consumo. Será extremamente difícil abastecer este nuevo contingente de consumidores si los hábitos de consumo son los mismos de los consumidores actuales de países desarrollados.

Por esta razón, el consumo de alimentos más intensivos en producción, tales como carne, se expandirá más en las regiones donde los ingresos crecerán más rápidamente.

Es imperativo el uso de tecnologías para maximizar el uso de la tierra y seguir produciendo más en el mismo territorio. La inversión en conservación del suelo y agua en energías renovables, y el uso sostenible de insumos, como fertilizantes y los de control integrado de plagas y enfermedades, serán los pilares de la agroindustria del futuro. Implementos para esta industria deben desarrollarse para ir al encuentro de las exigencias cada vez más altas de sostenibilidad, productividad y eficiencia.

La agricultura proporciona mucho más que alimentos. El mundo necesita producir más con menos, satisfaciendo a las necesidades básicas de la población en todo el planeta. Sólo el 3% del agua del mundo es dulce, y sólo una fracción es apta para el consumo. El uso eficiente de este recurso renovable y finito, con irrigación eficiente, será el elemento clave para la seguridad alimentaria y la producción sostenible.

El aprovechamiento de residuos agrícolas y orgánicos es el medio más eficaz para la producción de energía sostenible y de baja huella de carbono. El apoyo al uso de la biomasa y otras fuentes de energías renovables garantizará una mayor independencia energética a los países emergentes y al sector agrícola.

Recomendaciones:

1. La agricultura y el agronegocio necesitan estar preparados y organizados para atender al gran crecimiento estimado de la demanda, en cantidad y calidad.

2. Se debe estimular el desarrollo de nuevas tecnologías, y el aprovechamiento de las ya existentes con el fin de producir más, con el menor uso de recursos.

3. Hay una gran oportunidad en el aprovechamiento de residuos orgánicos para la producción energética, de manera económica y ambientalmente sostenible.

Page 29: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

29

B. COMERCIO INTERNACIONAL

La correlación del mundo agrícola con otros sectores de la economía es hoy incuestionable, y hace más difícil la atención a una creciente demanda. El mercado financiero está alineado con el mercado de commodities. Este a su vez se integra cada vez más con el de energía.

Si el mercado no está preparado, las incertidumbres en relación con el suministro pueden causar el inicio de productos de menor calidad, incluso desde el punto de vista sanitario o fitosanitario. Un problema que se intensificó con el comercio internacional y compartido por regiones enteras del mundo es el sanitario y fitosanitario, que tiene relación con la seguridad alimentaria, identificación y trazabilidad, y por fin, el suministro de la demanda. Recientemente la gripe aviar, la enfermedad de la vaca loca, entre numerosas otras enfermedades, requieren mayor cuidado para garantizar la seguridad alimentar a través de la identificación y trazabilidad. Son esenciales para proporcionar seguridad y garantías al comercio internacional, que se dé la debida atención e importancia a la salud animal, inocuidad de los alimentos, y la implementación de las normas recomendadas por la OIE (Organización Mundial de Salud Animal), que es una referencia mundial en este aspecto.

La integración comercial entre los países y el fortalecimiento del comercio internacional son esenciales para incentivar la producción, la agregación de valor, y la circulación de productos agrícolas y de alimentos industrializados que atenderán a las necesidades de esta nueva clase media, mitigando eventuales problemas de suministro. La organización Mundial del Comercio (OMC), es un camino clave de articulación, no obstante las evidentes dificultades para optar por negociaciones multilaterales, porque asegura la paridad de poder de negociación entre países de diferentes continentes y condiciones políticas y económicas.

La OMC, representada por su Director General, Embajador Roberto Azevêdo, volvió a ser un importante escenario de negociaciones entre los países, el resultado de una recuperación general en la confianza y en su capacidad para solucionar conflictos, a través de esfuerzos en el sentido de una mayor transparencia. Esta nueva fase de la entidad se materializó en el primer acuerdo global de la OMC, firmado en Bali por ministros de 159 países, y que incluye elementos centrales del programa de negociación de la Ronda de Doha. El Director General, Azevêdo afirmó que las “negociaciones bilaterales testarán los límites y las fronteras comerciales – entre 160 países el acuerdo es más difícil. Pero es desde allí que se establecen los parámetros, que de alguna manera inspiran las negociaciones multilaterales”.

El acuerdo de facilitación de comercio negociado en Bali fue un gran avance para desbloquear las negociaciones. La OMC traza un mapa de la ruta que permitirá proseguir con las negociaciones en que la agricultura será el elemento clave en los acuerdos que implican también a los bienes industriales y servicios. Es necesario volver a utilizar el comercio internacional como herramienta de desarrollo para el mundo.

Acuerdos bilaterales de comercio deben ser perseguidos para mitigar los efectos negativos de las políticas cambiarias distorsionadas, así como ampliados los regímenes

Page 30: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

30

de importación por draw-back con el objetivo de agregar valor a los productos agrícolas destinados al mercado internacional.

Recomendaciones:

1. La agricultura y el agronegocio deben estar cada vez más preparados en cuestiones relacionadas con la seguridad alimentaria, identificación, trazabilidad y sostenibilidad social y ambiental;

2. Está reservado a la agricultura un papel de relieve creciente en las negociaciones comerciales multilaterales de comercio. Es necesario crear mejor capacitación técnica en negociaciones y soluciones de controversias.

3. La integración comercial entre los países o regiones y el fortalecimiento del comercio internacional son esenciales para incentivar la producción y la circulación de productos. Es fundamental que se busque una creciente integración y el libre comercio.

4. Acuerdos bilaterales de comercio deben ser perseguidos para mitigar los efectos negativos de políticas cambiarias distorsionadas, así como ampliados los regímenes de importación por draw-back con el objetivo de agregar valor a productos agrícolas.

C. DESARROLLO

La agricultura y la ganadería, junto a la agroindustria y toda la cadena de valor estimulada por la actividad, incluye con relieve la industria alimentaria, componen sectores dinámicos de la economía de cada país, que requieren incentivos para su desarrollo. Estos estímulos son ampliamente relacionados con los fundamentos económicos y aspectos regulatorios. Deben dialogar con el sector y claramente apuntar en la dirección del desarrollo. Los gobiernos deben regular y asegurar condiciones estables, previsibles e inductoras de la inversión privada. La seguridad jurídica y la claridad en la definición de reglas para la agricultura y la agroindustria son esenciales para estimular las inversiones, y permitir mayor agregación de valor, especialmente si se considera que muchas de las actividades tienen riesgos y sólo se obtiene el retorno financiero después de largos periodos de desarrollo.

El fomento a la investigación y al desarrollo de culturas adaptadas a las realidades locales, en consonancia con los cambios climáticos, además de la adopción de nuevas tecnologías, tiene un papel central en el fortalecimiento del agronegocio y producción local de conocimiento, así como el apoyo a la formación y profesionalización del sector. La creación y el desarrollo de EMBRAPA en Brasil, el CGIAR, las estrategias definidas en el ámbito del GFAR y de la GCRD, y la estrategia de investigación desarrollada por la Unión Europea pueden considerarse ejemplos a seguir en otros países con potencial similar aún por explorar. Como explicado por el ex Ministro de la Agricultura de Brasil y profesor Delfim Netto, “… (El agrícola) fue el sector que obtuvo mayor productividad, que más se ajustó a la realidad, que incorporó la tecnología de manera más dramática – seguramente, es el sector que tuvo una demostración de mayor eficiencia en este país – la agricultura brasileña es una pequeña joya.”

Page 31: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

31

Uno de los grandes retos del agro es el de motivar a las nuevas generaciones a dedicarse y comprometerse con la producción agrícola y agroindustrial.

La agricultura es una actividad de riesgo. Es papel de los gobiernos facilitar el acceso a la financiación y crear condiciones para el desarrollo del seguro rural. La creación de una central de mitigación de riesgo agrícola es el elemento clave para que se asegure una red de protección segura para los agricultores, beneficiando en la última instancia a los consumidores. Cambios pertinentes ya empiezan a observarse en algunos países. Aunque en Brasil sólo el 15% del área agrícola tiene algún tipo de protección, en los EE.UU este porcentaje es del 80% al 90%.

Transporte, almacenaje, infraestructura y agronegocio son actividades estrechamente relacionadas. Resta a los gobiernos planificar y orientar adecuadamente las inversiones a través de políticas públicas que permitan el desarrollo de un adecuado manejo de cargas. La falta o la mala calidad de la infraestructura tienen impacto en el agronegocio de manera intensa, y consecuentemente en su competitividad. Varios países enfrentan a los golletes logísticos en las carreteras, puertos, hidrovías y ferrovías, consumiendo una parte importante de los ingresos generados por la producción, comprometiendo en muchos lugares su viabilidad económica. La logística y el transporte requieren una planificación adecuada, en la cual estén provisionados los movimientos y demandas futuras. Muchos países aún están sin un plan global de logística y de localización espacial de las actividades de procesamiento objetivando la producción de productos elaborados de la industria de alimentos con elevado valor agregado, y que reduzcan el costo del transporte de productos in natura o semi-procesados. La falta de dirección y de políticas fiscales inductoras, en lugar de fomentar este tipo de organización y planificación, causa la pérdida de competitividad y de ingresos para todo el sector, con impacto en los precios y la disponibilidad de los alimentos para los consumidores.

Recomendaciones:

1. Se debe fomentar la investigación y el desarrollo de tecnologías y culturas adaptadas a las realidades locales, en sintonía con las incertidumbres climáticas.

2. Los gobiernos deben incentivar y crear condiciones que permitan un mayor acceso a la financiación y el desarrollo del seguro rural;

3. Es fundamental la planificación y la creación de condiciones reguladoras que fomenten y permitan el desarrollo de proyectos privados de infraestructura para el almacenamiento, transporte, embarque y el procesamiento local con agregación de valor, de productos agrícolas.

D. CLIMA

Considerando la dependencia de la actividad agropecuaria en relación con el clima, los cambios climáticos han transformado la agricultura, y el productor necesita buscar activamente medios de adaptarse a esta nueva realidad. Pero como señala Thomas Heller, presidente del Climate Policy Initiative, “las políticas comunes no están conduciéndonos a ninguna parte… el corto plazo dominando el largo plazo”.

Page 32: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

32

Si hay alguna previsibilidad en el comportamiento de las culturas, métodos de producción, logística, implementos, manejo y suelo, la gran incertidumbre que permanece en el sector hoy es climática. Aunque los cambios climáticos traigan una importante preocupación y restricción adicional, por la necesidad urgente de la gestión de los recursos como fuentes de suministro de agua, contaminación de aguas subterráneas y fertilidad de los suelos, los retos actuales encontrados en la agricultura intertropical, donde la amplitud térmica diaria es mucho más elevada que en las regiones templadas, permiten anticipar que las preocupaciones relacionadas con los cambios climáticos se diferenciarán en cada región del planeta. En las regiones intertropicales, la preocupación estará más relacionada con la disponibilidad de agua y la ocurrencia de eventos extremos. En las regiones templadas estará más relacionada con las adaptaciones de los estándares generales de producción causados por el calentamiento global.

Una dificultad adicional es el reconocimiento de que la confiabilidad de las previsiones de efecto global es mucho mayor que las de efecto local, trayendo un desafío adicional para el productor. Esto hace con que aparentemente no exista una única solución técnica que atienda a todos los agricultores, y ni tecnología que sea obligatoria o que funcione eficientemente en todos los escenarios. Uno de los principales retos es informar a los agricultores en general sobre la cuestión ambiental, y los impactos inciertos sobre la productividad agrícola local.

Los cambios climáticos requieren transformaciones estructurales y económicas, mitigación y adaptación, y será solamente por medio de políticas públicas y marcos regulatorios, en acción coordinada con el sector privado, cada país será capaz de posicionarse en esta cuestión. El desafío impuesto por los cambios climáticos puede abordarse por medio de directrices que tengan como fundamento, entre otros factores, la producción con preservación, como las técnicas de integración agricultura-ganadería-foresta, entre otras prácticas conservacionistas. La agricultura ecológica, incluso orgánica, que valorice y preserve la biodiversidad y los recursos naturales, debe continuar atrayendo el creciente interés en la búsqueda de estas soluciones. Países como Francia y Brasil han desarrollado Planes Nacionales de acciones sobre agroecología que podrían servir como referencia.

Se despunta en fin como fundamental en este contexto la importancia de la valorización de la producción de biomasa para fines energéticos: energía líquida en la forma de etanol, biodiesel y biometano, y en la forma de energía eléctrica de fuente renovable.

Recomendaciones:

1. Las incertidumbres climáticas requerirán de los productores un incremento de su capacidad de adaptación, con impactos y acciones diferenciadas en cada región del planeta.

2. Solamente por medio de políticas públicas y marcos regulatorios bien definidos, en acción coordinada con el sector privado, cada país será capaz de posicionarse sobre las transformaciones estructurales derivadas de los cambios climáticos.

Page 33: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

33

3. El desafío impuesto por los cambios climáticos puede enfrentarse por medio de directrices que tengan como fundamento, entre otros factores, la producción con preservación, como las técnicas de integración agricultura-ganadería-foresta, o técnicas agroecológicas modernas, entre otras prácticas. Se despunta como fundamental en este contexto la importancia de la valorización de la producción de biomasa para fines energéticos.

E. ENERGÍA

Diversos problemas ambientales que se originan en el uso de energía fósil, y en este sentido ganan creciente importancia las fuentes de energías limpias y renovables. En las últimas tres décadas, la agricultura energética se desarrolló de manera acelerada y complementaria a la agricultura alimentaria. Los biocombustibles tuvieron un expresivo aumento de producción en especial en la primera década de este siglo, cuando la producción mundial más que cuadruplicó, dejando así de ser considerada una iniciativa de menor importancia económica y social.

El etanol es un proyecto de éxito indiscutible en los EE.UU, en Brasil y en Europa, que el mundo intenta replicar. Pero su desarrollo sostenido en el largo plazo depende de políticas estables con baja intervención del gobierno, para que exista un estímulo a la inversión privada. La previsibilidad y la confianza son fundamentales para que esta actividad de desarrolle en el largo plazo. La intervención arbitraria en los precios de los combustibles, favoreciendo el mantenimiento de los precios de los derivados del petróleo por debajo de los practicados en el mercado internacional, ha eliminado la atractividad de la producción de energías renovables. No obstante los esfuerzos exitosos para mejorar la productividad y la eficiencia de los procesos, la intervención distorsionada ha frenado su expansión ahuyentando inversiones y el capital de riesgo. Es necesario que la política pública reconozca el valor de las externalidades positivas de los combustibles de biomasa, como el etanol, y más que reconocer, los remunere por esto. No es posible tomar decisiones de inversiones sin previsibilidad, algo que se ha perdido en los últimos años y necesita regresar, con directrices claras que aseguren la importancia estratégica de las energías renovables, y su complementariedad con la agricultura alimentaria.

En los EE.UU, el mecanismo regulador representado por el RFS, Renewable Fuels Standard, que define los objetivos anuales de sustitución, se ve amenazado por la potencial revisión de metas, motivada exactamente por el éxito de la sustitución ya alcanzada, y por presiones políticas de los sectores por ella afectados.

El costo de producción y el precio del etanol son inferiores al precio de mercado de la gasolina, tanto en Brasil como en los EE.UU, ponen por tierra todas las inferencias acerca de cualquier daño a la economía o a la necesidad de subsidios para su viabilidad. Una reversión de la meta original del RFS tendrá profundos impactos negativos en la producción agrícola de los EE.UU, y para la producción de etanol de caña de azúcar y de celulosa en varias partes del mundo. Afectará no sólo la producción de caña de azúcar,

Page 34: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

34

pero también la del maíz y la soya, con potencial de impacto en varias cadenas de producción de granos y de caña de azúcar en todo el mundo.

Aunque el biodiesel sea una fuente de biomasa de desarrollo más reciente que el etanol, ha sido esencial para la matriz energética y la reducción de los niveles de producción. El biodiesel, así como el etanol, puede aumentar en mucho su participación en el consumo de combustibles, tanto en los países en desarrollo, como en los más desarrollados. Hay un gran potencial para la expansión en países como Brasil, Argentina, EE.UU, la Unión Europea, y países seleccionados del Pacífico y de África.

El biogás y biometano, generados por la biodigestión de residuos agrícolas, tal vez sean los biocombustibles con el mayor potencial inexplorado. No obstante las grandes posibilidades que ofrecen, por su gran capacidad de producir energía y compuesto orgánico, facilitan la recuperación de la calidad, y aceleran el proceso de construcción de suelos. La generación de biogás puede contribuir para la generación descentralizada de bioelectricidad, y la sustitución de biodiesel fósil por el biometano, puede considerarse una fuente de energía drop-in, lista para ser incorporada a los sistemas ya existentes de distribución da gas natural.

Recomendaciones:

1. Los biocombustibles, la energía eléctrica de biomasa y biometano deben desempeñar papel de creciente relieve para satisfacer el aumento de demanda de energía, contribuyendo en la mitigación de diversos problemas ambientales. Las políticas públicas de largo plazo deben ofrecer la seguridad necesaria para que se realicen inversiones para aumentar la producción de biocombustibles, que son de larga maduración.

2. Es necesario que la política pública reconozca el valor de las externalidades positivas de los combustibles de biomasa, y que se tome en cuenta la complementariedad con la producción de alimentos;

3. La intervención de los gobiernos debe ser mínima y las reglas para el desarrollo de la energía de biomasa deben ser predecibles y transparentes.

F. COMUNICACIÓN

La antigua percepción de la agricultura como conservadora y retrógrada, necesita ser superada con el reconocimiento del éxito económico y de las transformaciones sociales que el sector propicia, con la generación de puestos de trabajo y la contribución para el saldo de la balanza comercial, fuertes elementos para apoyar los planes de reconstrucción y recuperación de la economía.

Las posibilidades de comunicación y marketing aun ampliamente inexploradas, combinadas a la percepción positiva de la población, pueden motivar acciones de sectores relacionados con el agronegocio: bancos, industria química, energía, máquinas y servicios legales.

Page 35: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

35

El gran reto es acercarse a la vida cotidiana de las personas fuera del campo, a la actividad agrícola y ganadera, intensificando los esfuerzos para que se haga clara la relación existente entre alimentos y bienes de consumo con el agronegocio. Según José Tejon Megido, de ESPM, la Agrosociedad es la nueva frontera del agronegocio, donde los muros que separan el campo de la ciudad ya no existirán – el agronegocio representado por los activos económicos, financieros y tecnológicos a lo largo de las cadenas de valor, y la agrosociedad por los valores de la nueva sociedad y el capitalismo consciente.

La agricultura y el agronegocio deben aprender a escuchar a la población a través de las redes proporcionadas por los nuevos medios, utilizándolos para comunicarse con el público e integrar los distintos eslabones de la cadena de valor. Se necesita un mayor uso de las herramientas digitales que ofrecen integración, circulación de información y conocimiento, además del mantenimiento y expansión de la red de relaciones ya existentes. Se necesita que los líderes del sector agro transmitan de manera equilibrada sus particularidades a toda la sociedad.

A través de estas nuevas formas de comunicación será posible aumentar la conexión entre los productores y consumidores, entre la agricultura y la sociedad a su alrededor, haciendo la agricultura y el agronegocio dejar de vender commodities, y cada vez más vender marcas y valores añadidos a los productos, comunicando lo que está agregado en términos de calidad, saber-hacer y tecnología en los alimentos y bienes de consumo. El reconocimiento y el desarrollo de las denominaciones de origen, y otras indicaciones geográficas, también puede ser una manera eficaz de agregar valor a los productos.

Recomendaciones:

1. Las acciones de comunicación de sectores relacionados con el agronegocio deben aprovechar la percepción positiva de la población acerca de la actividad en aquellas regiones donde esto ocurre, y superar las visiones críticas sobre la producción cuando existan;

2. Hay un gran espacio para mejorar la comprensión de la población sobre los retos y los logros de la agricultura y del agronegocio.

3. La agricultura y el agronegocio deben aprender a escuchar a la población a través de las redes ofrecidas por los nuevos medios;

4. Nuevas formas de comunicación deben aumentar la conexión entre productores y consumidores, haciendo la agricultura y el agronegocio dejar de vender commodities, y cada vez más vender marcas y valores agregados a los productos, incluso, por ejemplo, a través de denominaciones de origen u otras indicaciones geográficas.

G. VALORES FUNDAMENTALES

La demanda mundial por productos agrícolas crecerá más rápidamente que la capacidad de producción en Asia y en Pacífico, regiones que dependerán cada vez más del abastecimiento de regiones como el cono sur [Brasil, Argentina, Uruguay y Paraguay], y

Page 36: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

36

en un futuro más lejano también de África, que se constituirán los principales polos de producción agrícola y ganadera del planeta. Además, el agribusiness será cada vez más demandado para ser una plataforma multifuncional, extendiendo su producción más allá de alimentos, fibras y energía, avanzando en el universo de ingredientes de la industria alimentaria, productos de la industria de alcohol y química, servicios ambientales y otros.

Planificar la agricultura y el agronegocio del futuro significa desarrollar un plan de negocios global, con el fin de preparar la actividad y saber bajo qué condiciones estará dentro de 20 años: qué mercados necesitarán ser atendidos, con qué productos, producidos con qué grado de seguridad. El uso racional y eficiente de los factores de producción, preservando los recursos naturales disponibles, asegurando estándares elevados de calidad y trazabilidad, serán elementos clave para asegurar la sostenibilidad futura de la actividad.

Fundamentales para ese éxito son la seguridad jurídica, institucional y regulatoria para hacer viable inversiones en tecnología. Los gobiernos deben crear y estimular condiciones para la inversión en investigación y el aumento de la producción de procesos que garanticen la mayor calidad y confiabilidad de los productos que llegan a la mesa; deben cumplir con el relevante papel de planificar la infraestructura, ofrecer condiciones para la protección de la salud, y proporcionar la seguridad jurídica, institucional y regulatoria. Como señaló Alan Bojanic, representante de la FAO en Brasil, “somos optimistas acerca de las posibilidades de alimentar el mundo del futuro... pero esto no va a ocurrir sin la innovación tecnológica, y políticas de integración, y acciones que eviten el persistente y todavía elevado desperdicio de alimentos."

Emergen de las discusiones realizadas en el GAF14, como valores fundamentales del Consenso del Agronegocio.

la importancia de la planificación, en la ocupación del espacio, en las políticas públicas relativas a los sectores agropecuarios y agroalimentarios, en el desarrollo de la infraestructura y de la logística, y en las acciones de mitigación de riesgo climático),

el valor de la tecnología, en los procesos de producción y transformación de alimentos, como por ejemplo en la protección del cultivo, en la adaptación de nuevos procesos e implementos, incluso agroecológicos, y en el desarrollo de la biotecnología de semillas, y procesos biológicos de aprovechamiento integral de la energía generada por los productos agrícolas y agroindustriales.

la importancia del uso racional y sostenible de recursos naturales finitos, en particular por el uso racional del agua, con el uso de tecnologías eficientes de irrigación que optimicen el desarrollo, y a través de acciones y actividades que preserven y aumenten la fertilidad de los suelos sin los riesgos de contaminación,

la valorización de la agricultura de baja emisión de carbono; el respeto y la consideración de cuestiones climáticas; el valor de la transparencia en los estándares de producción; la valorización del productor rural, sea él micro o macro empresario rural;

Page 37: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

37

el reconocimiento de que las nuevas formas de organización de la producción deberán desarrollarse para que se obtengan ganancias de productividad, en cantidad y calidad,

el hecho que será cada vez más fundamental el papel de los sectores relacionados con la agricultura y el agronegocio, como el acceso al crédito, seguro rural, servicios legales, asistencia técnica y certificación.

Estas conclusiones y recomendaciones deben orientar acciones específicas en los sectores público y privado, para que la agricultura y el agronegocio puedan continuar cumpliendo con competencia, eficiencia y responsabilidad su misión estratégica de garantizar la seguridad y el bienestar de los pueblos.

São Paulo, 24 y 25 de marzo de 2014. Global Agribusiness Forum 2014

Page 38: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

38

GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 AGENDA Fecha: 24 y 25 de marzo de 2014. Lugar: São Paulo, Brasil. Espacio: Grand Hyatt São Paulo Hotel Horario: 9h a las 19h el 24 de marzo, de las 9h a las 17h40 el 25 de marzo de 2014. Público directamente presente en el evento: 1.082 personas Participantes de manera remota: estimado en más de 36 mil. Conferencias: 60 especialistas y autoridades gubernamentales y del sector privado y de la academia. Paneles Técnicos: 12 temas Nacionalidades presentes: Brasil, varias naciones de América Central, Argentina, Australia, Bélgica, Canadá, China, Colombia, Corea, Cuba, EE.UU, España, Francia, Filipinas, Japón, India, Indonesia, Italia, Rusia, Suiza, Singapur, Turquía, la Unión Europea y Uruguay. Tiempo total de las presentaciones: 13h10m (24 y 25 de marzo de 2014) Transmisión: Canal Rural / C2br / CNA / BNDES/ BRADESCO / Universidades asociadas CONSEJO SUPERIOR DEL GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM

1. Cesário Ramalho da Silva, presidente 2. Alysson Paulinelli 3. Flávio Páscoa Telles de Menezes 4. Gustavo Diniz Junqueira 5. João Almeida Sampaio Filho 6. Plinio Mário Nastari 7. Roberto Rodrigues

CONFERENCISTAS

1. Roberto Carvalho de Azevêdo, Director General, World Trade Organization (WTO), Suiza.

2. Abilio Diniz, Presidente, BR Foods, Brasil. 3. Antonio Delfim Netto, Ex Ministro de Agricultura, Finanzas y Planificación,

República Federativa de Brasil, Brasil. 4. Alain Jeanroy, Presidente, CGB, Francia 5. Alan Jorge Bojanic, Representante de Brasil, FAO, Brasil 6. Alessandro Gardemann, Director, Geonergética, Brasil 7. Alessandro Maritano, VP, New Holland, Italia 8. Antonio Manoel França Aires, Asociado, Demarest Abogados, Brasil 9. Carlos Klink, Secretario del Cambio Climático y Calidad Ambiental, Brasil 10. Cesário Ramalho da Silva, Presidente del Consejo Consultivo, GAF, Brasil

Page 39: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

39

11. Dante Solano Delima, Subsecretario de OIC, Departamento de Agricultura, Filipinas

12. David VanderGriend, Presidente, ICM Ltd., Estados Unidos 13. Dilip N. Kulkarni, Presidente, Jain Irrigation Systems Ltd, India 14. Donario Lopes de Almeida, Presidente y CEO, Canal Rural, Brasil 15. Erasmo Batistella, Presidente, APROBIO, Brasil 16. Esteban Gomez, Asociado, Clayton Utz, Australia 17. Etsuo Kitahara, Director Ejecutivo, Consejo Internacional de Granos (IGC), Japón 18. Evaristo Eduardo de Miranda, Investigador, Embrapa, Brasil 19. Gavin Maguire, Columnista de Ag Market, Thomson Reuters, Reino Unido 20. Geraldo Bueno Martha Junior, Coordinador General, EMBRAPA AgroPensa, Brasil 21. Guilherme Nastari, Director, DATAGRO, Brasil 22. Gustavo Diniz Junqueira, Presidente, Sociedad Rural Brasileña (SRB), Brasil 23. Gustavo Gobrocopatel, Presidente, Los Grobo, Argentina 24. Gustavo Rodríguez Rollero, Ministro de Agricultura, República de Cuba, Cuba 25. Hélio Mauro França, Director, Empresa de Planificación Logística, Brasil 26. Henry Joseph Junior, Vice Presidente, ANFAVEA (Asociación Nacional de los

Fabricantes de Vehículos Automotores), Brasil 27. Jean-Marc Anga, Director Ejecutivo, International Cocoa Organization (ICCO),

Costa de Marfil 28. Jean-Pierre Lehmann, Profesor de Economía Política Internacional, IMD Business

School, Suiza 29. João Almeida Sampaio Filho, Presidente, Consecitrus, Brasil 30. João Paulo Ribeiro Capobianco, Presidente, IDS, Brasil 31. Joesley Batista, Presidente, JBS, Brasil 32. Jose Cullen Crisol, Jefe de Agro y Ambiente y Mercados de Commodity, Swiss RE,

Suiza. 33. Jose Luiz Tejon, Ex Presidente, ABMR&A, Brasil 34. José-Manuel Silva-Rodrigues, Ex Director General de Agricultura, en la Comisión

Europea, Bélgica 35. José Ramos Rocha Neto, Director, Banco Bradesco S.A, Brasil 36. José Vicente Caixeta Filho, Director General, ESALQ, Brasil 37. Joseph Coompson, Jefe de Economía de Agricultura, Grupo del Banco de

Desarrollo Africano, Centro de Recursos de África del Sur, África del Sur 38. Julio Cesar Maciel Ramundo, Director General, BNDES, Brasil 39. Katia Abreu, Presidente, CNA, Brasil 40. Kumi Naidoo, Director Ejecutivo, Greenpeace International, Holanda 41. Luis O. Barcos, Representante Regional, Organización Mundial para la Sanidad

Animal (OIE) para las Américas, Francia 42. Luis Patricio Crespo Ureta, Presidente, Sociedad Nacional de Agricultura de Chile,

Chile 43. Luis Roberto Pogetti, Presidente del Consejo, Copersucar, Brasil 44. Luiz Daniel de Campos, Principal Líder de Inversiones, IFC – World Bank Group,

Estados Unidos

Page 40: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

40

45. Marcelo Regunaga, Ex Secretario de Agricultura, Republica de Argentina, Argentina

46. Marcio de Freitas, Presidente, Organización de Cooperativas de Brasil 47. Mariano Bosch, CEO, Adecoagro, Brasil 48. Mario Sergio Cutait, Presidente, International Feed Industry Federation (IFIF),

Alemania 49. Mauricio Antonio Lopes, Presidente, EMBRAPA, Brasil 50. Monika Bergamaschi, Secretaria Estadual de Agricultura y Pecuaria, Estado de

São Paulo, Brasil 51. Neri Geller, Ministro de Agricultura, Ganadería y Suministro de Alimento, República

Federativa de Brasil 52. Otaviano Canuto, Consultor Sénior de Economías BRICS, The World Bank Group,

Estados Unidos 53. Plinio Mário Nastari, Presidente, DATAGRO, Brasil 54. Renato Buranello, Asociado, Demarest Abogados, Brasil 55. Renato Casali Pavan, Presidente, Macrologística, Brasil 56. Roberio de Oliveira Silva, Director Ejecutivo, Organización Internacional del Café

(ICO), Brasil 57. Rodrigo Mesquita, Presidente, Instituto Peabirus, Brasil 58. Samanta Pineda, Presidente, Pineda & Krahn, Brasil 59. Sergio Rial, Presidente, Marfrig, Brasil 60. Thomas Heller, Presidente, Iniciativa de Política Climática, Estados Unidos

GOBIERNOS GOBIERNO AUSTRALIANO – AUSTRALIA UNLIMITED / BRASIL – MINISTÉRIO DE AGRICULTURA, PECUARIA Y ABASTECIMIENTO / CADADA / CUBA - MINISTERIO DE AGRICULTURA / UNIÓN EUROPEA / GOBIERNO BRASILEÑO / GOBIERNO EL ESTADO DE SÃO PAULO / IE SINGAPUR / COMERCIO E INVERSIÓN DE MANITOBA / ONTARIO - CANADA / FILIPINAS - DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA / REPÚBLICA DE TURQUÍA - MINISTERIO DE ECONOMÍA / REPÚBLICA FRANCESA - EMBAJADA DE LA REPUBLICA FRANCESA EN BRASIL. ORGANIZACIONES INTERNACIONALES FAO – Food and Agriculture Organization de los Estados Unidos ICCO – International Cocoa Organization ICO – International Coffee Organization IFIF - International Feed Industry Federation IGC – International Grains Council ISO – International Sugar Organization PATROCINIO BNDES BRADESCO DEAG

Page 41: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

41

FMC PARTICIPACIÓN ESPECIAL NEW HOLLAND / SWISS RE APOYO DEMAREST / GEOENERGETICA COLABORACIÓN AD SEGUROS / DELOITTE / ICM / IE SINGAPORE / KPMG / TEREOS APOYO INSTITUCIONAL ABCZ / ABIA / ABIEC / ABIMAQ / ABISOLO / ABITRIGO / ABMR&A / ABRANGE / AGOPA / ANDEF / ANFAVEA / APLA / APROBIO / APROSOJA / ARP / ARU / AVIMIG / BIOSUL / BRASSCOM / CCFB / CEAL / CNA / CNC / COOXUPÉ / CRA / EMBRAPA / F.A.R.M. / FAMASUL / FEDERACIÓN RURAL / FORUM NACIONAL SUCROENERGÉTICO / IDS / OCB / ORPLANA / PLATAFORMA SINERGIA / SINDIRAÇÕES / SNA / SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA / SRA / UBABEF / UNICA ACCIÓN SOCIAL, AMBIENTAL Y DE CULTURA FOME / GOBIERNO DEL ESTADO DE SÃO PAULO / WAY CARBON UNIVERSIDADES AGRO –UFG / AGROFEA – USP / CENTEV – UFV / ESALQ – USP / FAAP / FEARP – USP / FMB – UNESP / TECNOPARQ / UFLA / UFPR / UFRGS / UFSCAR / UFSM / UNB / UNESP MEDIA ASOCIADA OFICIAL CANAL RURAL / DINHEIRO RURAL / THOMSON REUTERS / UNIVERSO AGRO ASOCIADOS DE MEDIA A GRANJA / A LAVOURA / AG / AGRIMOTOR / AGRO DBO / ARGUS MEDIA / AVEWORLD / AVICULTURA INDUSTRIAL / BEEFWORLD / CANAMIX / CANAVIEIROS / CULTIVAR / ECOENERGIA / EFE AGRO / ENERGIA BUSINESS / GREENEA / MEIO RURAL / MUNDOCOOP / PLANTAR / PORKWORLD / PRODUZ / RURAL / SOECONOMIA / SOU AGRO / SUINOCULTURA INDUSTRIAL / UDOP

REALIZACIÓN: DATAGRO / SOCIEDAD RURAL BRASILEÑA (SRB) CURADURÍA DATAGRO

Page 42: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

42

CONSENSUS DE L’AGROBUSINESS GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 Ce document contient la version finale du Consensus de l’Agrobusinss 2014, rédigée à la suite de discussions au cours du GAF14, qui s'est tenue les 24 et 25 mars 2014, à São Paulo, Brésil. Ce document a été préparé par la curatelle du GAF14 à partir des notes prises lors de l'événement, qui a l'entière responsabilité pour son contenu. Le contenu de ce document, en tout et en partie, ne reflet pas l'opinion individuelle et ne représente pas l'approbation de l'un des participants individuels, organisations, associations, entreprises, universités, institutions de recherche, les gouvernements fédéral, des états ou municipal, les institutions multilatéral, entités non gouvernementales ou des experts qui ont participé directement ou indirectement, ou approuvé, sponsorisé ou étaient partenaires de l'événement, il reflète que l'interprétation de la curatelle sur les discussions tenues lors de l'événement. LA DISTRIBUTION DU PRÉSENT DOCUMENT VISE LES DÉCIDEURS POLITIQUES PUBLIQUES, LES EXPERTS ET TOUS LES INTERESSÉS DANS L’AGROBUSINESS AU NIVEAU MONDIAL.

Page 43: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

43

CONSENSUS DE L’AGROBUSINESS GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014

RÉSUMÉ EXÉCUTIF Le 24 et 25 mars 2014, à São Paulo, au Brésil, plus de 1200 agriculteurs, autorités et représentants des gouvernements, chercheurs et représentants du secteur privé dans chacun des maillons de la chaîne des intrants, production, transformation agroindustrielle, commercialisation, infrastructure, logistique, financement et d'autres services d’appui ont rassemblés, afin de discuter les principaux défis et opportunités de l’agrobusiness au niveau mondial. À partir des discussions réalisées pendant l’événement, une série de recommandations a émané, lesquelles constituent le CONSENSUS DE L’AGROBUSINESS 2014.

La planification de l'agriculture et de l'élevage de l’avenir passe obligatoirement par l'expansion des volumes des aliments produits aujourd’hui. La demande alimentaire doit augmenter de 70%, jusqu’à 2030, principalement en raison de la croissance démographique et l'incorporation de trois milliards de personnes à la classe moyenne. Chaque jour, 180.000 personnes quittent la campagne vers les villes et 200.000 bouches supplémentaires doivent être nourries. Par conséquent, l'agriculture et l'agrobusiness doivent être préparés et organisés pour répondre à la forte augmentation prévue de la demande, en quantité et en qualité. Le développement de nouvelles technologies et l'utilisation des technologies existantes doivent être stimulées pour produire plus avec moindre utilisation des ressources. De plus, l'agriculture et l'agrobusiness doivent être plus préparés pour traiter des questions liées à la sécurité alimentaire, identification et traçabilité.

Un rôle de premier plan est réservé à l'agriculture pendant les négociations multilatérales de commerce. Pour cette raison, il faut créer une meilleure formation technique pour les négociations et le règlement des différends. L'intégration commerciale entre les pays et le renforcement du commerce international sont essentiels pour encourager la production, le commerce et la circulation des produits. Il est essentiel de poursuivre l'intégration et de libre-commerce.

Pour que le développement de l’agriculture se produise harmonieusement et efficacement, il faut promouvoir la recherche et le développement de technologies et de cultures adaptées aux réalités locales, en ligne avec le changement climatique. Les gouvernements devraient encourager et créer des conditions qui permettront le développement du crédit et de l'assurance agricole, mais la planification et la création de conditions réglementaires qui encouragent et permettent le développement de projets d'infrastructure pour le stockage, le transport et l'expédition des produits agricoles sont fondamentales.

Page 44: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

44

Le défi du changement climatique exigera des producteurs une augmentation de leur capacité d’adaptation, avec impacts et actions différenciées dans chaque région de la planète. Seulement avec des politiques publiques et les cadres réglementaires bien définis dans une action coordonnée avec le secteur privé, chaque pays pourra se positionner sur les changements structurels nécessaires. Le défi posé par le changement climatique peut être résolu par les directrices qui ont comme base la production avec la préservation, comme les techniques d’intégration agriculture-élevage-forêt, d’entre autres pratiques conservationistes. Dans ce contexte, l'importance de la valorisation de la production de biomasse pour la production énergétique est essentielle.

Plusieurs problèmes environnementaux proviennent de l'utilisation de l'énergie fossile et donc les sources d’énergie propre et renouvelable deviennent de plus en plus importantes. Au cours des trois dernières décennies, l'agriculture énergétique s’est développée de façon accélérée et complémentaire à l'agriculture alimentaire. Les biocarburants, l'électricité de la biomasse et le biométhane devraient jouer un rôle important pour répondre à la demande croissante d'énergie, contribuant ainsi à atténuer les risques de réchauffement de la planète. Les politiques publiques à long terme doivent offrir la sécurité nécessaire pour les investissements pour augmenter leur production, qui sont des investissements à long terme et reconnaître la valeur des externalités positives de combustibles de la biomasse. L'intervention des gouvernements doit être minime et les règles pour le développement de l'énergie de la biomasse doivent être prévisibles et transparentes.

L'ancienne perception de l'agriculture comme conservateur et rétrograde doit être surmontée avec la reconnaissance de la réussite économique et les transformations sociales que ce secteur fournit. Actions de communication de secteurs liées à l’agrobusiness devraient profiter de la perception positive de la population sur l'activité. Il y a de grandes possibilités pour l'améliorer la compréhension de la population sur les défis et les réalisations de l'agriculture et de l'agrobusiness. Le concept de l'agriculture familiale ne s'oppose pas à l'agriculture commerciale et l’agrobusiness. Au contraire, le développement d’un encourage de l'autre. De nouvelles formes de communication devraient augmenter le lien entre les producteurs et les consommateurs, en provoquant que l'agriculture et l'agrobusiness arrêtent de vendre des matières premières, et de plus en plus vendent les marques, services et les valeurs intégrées dans les produits, y compris des dénominations d’origine.

Planifier l’agriculture et l’agrobusiness de l'avenir signifie l'élaboration d'un plan d'affaires complet qui permet de préparer l’activité et savoir dans quelles conditions ils seront dans 20 ans: quels marchés doivent être respectées, avec que produits, fabriqués avec quel niveau de sécurité. L'utilisation rationnelle et efficace des facteurs de production, en préservant des ressources naturelles disponibles, en assurant des normes élevées de qualité et de traçabilité seront des éléments-clés pour assurer la sustentabilité future de l'activité.

Page 45: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

45

Fondamentales pour ce succès sont la sécurité juridique et institutionnel, la sécurité réglementaire pour permettre des investissements en technologie et en la capacité de production.

À partir des discussions pendant le GAF14, les valeurs fondamentales suivantes ont été développés:

l'importance de la planification; la valeur de la technologie; l'importance de l'utilisation rationnelle et durable des ressources naturelles limitées; le développement de l'agriculture bas-carbone ; respect et considération par rapport aux questions climatiques; la valeur de la transparence dans les modes de production; l’appréciation de l'agriculteur, qu'il soit micro ou macro entrepreneur agricole; la reconnaissance du fait que de nouvelles formes d'organisation de la production

devraient être élaborées de sorte que les gains de productivité soient atteints, en quantité et en qualité;

le rôle des secteurs connexes à l'agriculture et à l’agrobusiness sera crucial, tels que l'accès au financement, assurance agricole, services juridiques, assistance technique et certification.

Ces conclusions et recommandations doivent guider les actions spécifiques dans les secteurs public et privé, pour que l'agriculture et l’agrobusiness peuvent continuer à servir avec compétence, efficacité et responsabilité sa mission stratégique pour assurer la sécurité et le bien-être des peuples.

Page 46: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

46

CONSENSUS DE L’AGROBUSINESS GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014

Le 24 et 25 mars 2014, à São Paulo, au Brésil, plus de 1200 agriculteurs, autorités et représentants des gouvernements, chercheurs et représentants du secteur privé de chacun des maillons de la chaîne des intrants, production, transformation agro-industrielle, commercialisation, infrastructure, logistique, financement et d'autres services d’appui ont rassemblés, afin de discuter des principaux défis et opportunités pour l’agrobusiness au niveau mondial. Ces discussions ont été suivies et ont interagies avec plus de 36.000 participants distants répartis dans 19 universités, plus de 4800 agences de la Banque Bradesco et intégrées dans le réseau national intégré du système BNDES.

Les principaux pays producteurs et consommateurs, exportateurs et importateurs étaient représentés dans GAF14, soulignant la présence de représentants du Brésil, de plusieurs pays d'Amérique Centrale, Argentine, Australie, Belgique, Canada, Chine, Colombie, Corée, Cuba, États-Unis, Espagne, France, Philippines, Japon, Inde, Indonésie, Italie, Russie, Suisse, Singapour, Turquie, Union Européenne et Uruguay.

L'événement a reçu l’appui formel des gouvernements des pays suivants: Argentine, Australie, Brésil, Canada, Cuba, France, Singapour, Turquie, Union Européenne et des États et provinces suivantes: Manitoba, Ontario et São Paulo.

Les discussions ont été développées autour de grands thèmes de l’agrobusiness, classés en sectorielles et transversales, dont les conclusions et recommandations sont résumées ci-dessous et sont et constituent le CONSENSUS DE L’AGROBUSINESS 2014.

La planification de l'agriculture et de l'élevage de l’avenir, thème général de cette édition de l'événement, passe obligatoirement par l'expansion des volumes d'aliments produits aujourd’hui, par l'amélioration de l'efficacité des processus, la réduction des pertes à l'intérieur et à l'extérieur de la portière, l'utilisation de technologies déjà disponibles, utilisation rationnelle des ressources naturelles, le respect pour le tissu social et jointure avec les tendances et les demandes du marché.

Exemples de que est possible en quelques décennies - temps relativement court - que la productivité des cultures telles que la canne à sucre, le riz, le maïs et le soja soient multiplié par quatre. Quand on fait la décomposition des facteurs qui ont conduit à la croissance de la production, entre la productivité et l'expansion de la zone, il est conclu que le principal facteur était toujours l’augmentation de la productivité. Un aspect intéressant est qu’à partir de ça un effet qui économise la terre est généré. Au Brésil, par exemple, cet effet était de 600 millions d'hectares. Donc, afin d'avoir la production au Brésil aujourd'hui par rapport laquelle de 40 ans avant, s'il y avait des gains de productivité, if faudrait une expansion de la zone de 600 millions d'hectares. Ce résultat indique qu’avec le développement et l'utilisation de technologies appropriées c’est possible de servir le défi de la croissance avec qualité.

Page 47: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

47

L’augmentation de la productivité et de l’efficacité de l'agriculture a contribué à l'amélioration de la qualité de la nourriture des millions de personnes pauvres, par la réduction des prix des denrées alimentaires et la génération de revenus, ce qui démontre que l’agrobusiness est également une stratégie de répartition de la richesse et de développement social et il contribue à la protection de l'environnement, comme par exemple, la promotion des services environnementaux.

A. EXPANSION DE CLASSE MOYENNE

Jusqu’ à 2050, la population mondiale doit atteindre 9 milliards de personnes. Dans le même temps, 3 milliards de personnes seront intégrés dans la classe moyenne dans le monde entier jusqu’à 2030, principalement en Asie et dans le Pacifique. Actuellement, plus de 2,5 milliards de personnes dépendent de l'agriculture pour vivre. Bien que trois quarts de la population à faible revenu du monde vivent dans les zones rurales, la migration vers les villes continue à changer le volume et les modes de consommation - 180 000 personnes changent la campagne pour les villes chaque jour. Aujourd’hui, seulement 34% des agriculteurs en pays de revenu faible et moyen ont accès aux ressources et aux marchés. Chaque jour, le monde a 200 000 bouches en plus à nourrir, et c'est ce vecteur qui fera la demande alimentaire augmenter 70% jusqu’à 2030. L'un des plus grands défis et opportunités pour l’agrobusiness est approvisionner cette demande future, en quantité et qualité, avec soutenabilité financière, environnementale et sociale. Ce défi met dans l'ordre du jour du gouvernement de nombreux pays un problème majeur: chaque personne consomme environ 2400 calories par jour, mais la composition de ces calories est en pleine mutation.

L'augmentation du revenu conduit à une plus grande consommation d'aliments qui ont besoin de plus de ressources pour être produites. L'élevage a présentée des augmentations importantes et continues de la productivité dans la production de viande par hectare. Toutefois, l'augmentation prévue de la consommation de viande, provenant de l'augmentation du revenu par habitant, va demander des efforts supplémentaires en matière d’amélioration génétique et de sélection, consommation d'énergie et des céréales plus élevée pour son expansion.

La croissante augmentation des revenus dans les pays en développement exhorte le secteur à apporter un plus grand volume et diversité des aliments à un nouveau groupe de consommateurs. En dépit d’avoir un comportement d'achat différente de la classe moyenne établie, ces nouveaux consommateurs représenteront bientôt une grande partie de la population, ce qui représente une grande partie de leur revenu dans une plus grande variété, qui ouvre la place pour une approche différente des marchés et produits. Cela va stimuler de nouvelles utilisations des matières premières agricoles déjà connues.

La croissance de la classe moyenne, observée principalement en Asie, au Moyen-Orient et dans le Pacifique est accompagnée d'une série de changements dramatiques dans les habitudes de consommation, urbanisation intense, manque d'eau, nouvelles façons d'organiser la production et nouvelles technologies qui permettent de réduire les impacts

Page 48: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

48

environnementaux et sociaux. L'importance des changements organisationnels a été un thème bien souligné par Gustavo Grobocopatel, du Groupe Los Grobo.

Une des solutions les plus importantes est d'examiner les habitudes de consommation.Sera extrêmement difficile pour alimenter ce nouveau groupe de consommateurs si les habitudes de consommation soient les mêmes des consommateurs dans les pays développés aujourd’hui.

Par conséquent, la consommation d’aliments plus intensives en production, tels que les viandes, va augmenter dans les régions où le revenu va croître plus rapidement.

L'utilisation des nouvelles technologies est impérative afin de maximiser l'utilisation de la terre et de continuer à produire plus dans le même territoire. L'investissement dans la conservation des sols, les énergies renouvelables, les engrais et les pesticides doivent être les piliers de l’agrobusiness à l'avenir. Instruments pour cette industrie devraient être développés pour répondre aux exigences de plus en plus élevées de soutenabilité, productivité et efficacité.

L'agriculture fournit plus que des aliments, et le monde a besoin de produire plus avec moins, en satisfaisant des besoins fondamentaux de la population à travers la planète. Seulement 3% de l'eau de la planète est douce et seule une fraction est propre à la consommation. L'utilisation efficace des ressources avec l’irrigation efficace sera un élément-clé pour la sécurité alimentaire et la production soutenable.

L'utilisation de déchets agricoles et organiques est le moyen le plus efficace de produire de l'énergie soutenable et à petite libération de carbone. L’appui à la biomasse et aux autres énergies renouvelables permettra d'assurer une plus grande indépendance énergétique aux pays émergents et au secteur agricole.

Recommandations:

1. L’agriculture et l’agrobusiness doivent être préparés et organisés pour répondre à la forte augmentation prévue de la demande, en quantité et en qualité;

2. Il faut stimuler le développement des nouvelles technologies et l'utilisation des technologies existantes pour produire plus avec moins des ressources;

3. Il faut utiliser des déchets organiques pour la production de l'énergie, de façon économique et soutenable.

B. COMMERCE INTERNATIONAL

La corrélation entre le monde agricole avec les autres secteurs de l'économie est aujourd'hui incontestable et il est plus difficile de servir à une demande croissante. Le marché financier est aligné avec le marché des matières premières, qui à son tour est de plus en plus intégré au marché de l'énergie. La croissance du maïs au Brésil est liée au marché d’énergie des États-Unis et de l’Europe, et si la viande est plus chère au Brésil, l'Inde exporte plus de viande de buffle au Moyen-Orient. Ceci a des implications dans l'éducation nutritionnelle des familles, la capacité d’adaptation des entreprises aux marchés moins traditionnels, du point de vue de la logistique et de la distribution.

Page 49: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

49

Si le marché n'est pas prêt, incertitudes par rapport à l’approvisionnement pourraient faire l’ouverture aux produits de baisse qualité, y compris du point de vue phytosanitaire, comme la récente libération par le Japon sur les importations de poulet en provenance de Thaïlande sans les garanties appropriées. Un problème intensifié par le commerce international et partagée par des régions entières du monde est le phytosanitaire, qui est liée à la sécurité alimentaire, l'identification et la traçabilité, et enfin approvisionnement à la demande. Récemment, la grippe aviaire, la maladie de la vache folle, entre d’autres maladies, exigent plus de soin pour assurer la sécurité alimentaire à travers l'identification et la traçabilité. Sont essentiels pour fournir sécurité et garanties au commerce international, éléments importants pour l’information pour assurer l’hygiène et l’innocuité.

L'intégration commerciale entre les pays et le renforcement du commerce international sont essentiels pour encourager la production, le commerce et la circulation des produits agricoles qui répondent aux besoins de cette nouvelle classe moyenne, en atténuant les problèmes d'approvisionnement. L'OMC, Organisation Mondiale du Commerce, est un moyen-clé d'articulation, malgré les difficultés évidentes en opter pour des négociations multilatérales, car il assure la parité du pouvoir de négociation entre les pays de différents continents et les conditions politiques et économiques.

L'OMC, représentée par son Directeur général, l'Ambassadeur Roberto Azevedo, est redevenu un lieu important des négociations entre les pays, résultat d'une reprise générale de la confiance et de sa capacité à résoudre les conflits par des efforts vers une plus grande transparence. Cette nouvelle phase de l'entité a été matérialisée dans le premier accord mondial de l'OMC, signé à Bali par les ministres de 159 pays, et qui comprend des éléments centrales du programme de négociation du Cycle de Doha. Le Directeur Général Azevêdo a déclaré que “négociations bilatérales vont tester les limites et les frontières commerciales - entre 160 pays l’accord est plus difficile. Mais c'est à partir de là. Que paramètres sont établis, qui inspirent quelque sorte des négociations multilatérales".

L'accord de facilitation du commerce négocié à Bali était un progrès pour débloquer les négociations de l'OMC, et l’OMC présente une feuille de route qui permettra la continuation des négociations où l'agriculture est un élément clé dans les accords impliquant également des biens industriels et des services. Il faut revenir à l'utilisation du commerce international comme un outil de développement pour le monde.

Recommandations:

5. L’agriculture et agrobusiness doivent être de plus en plus préparés sur les questions liées à la sécurité alimentaire, l'identification et la traçabilité;

6. Un rôle de plus en plus visible est réservé à l’agriculture dans les négociations commerciales multilatérales. Pour cette raison, il faut créer une meilleure formation technique dans les négociations et le règlement des différends;

7. L'intégration commerciale entre les pays et le renforcement du commerce international sont essentiels pour encourager la production, le commerce et la circulation des produits. L’intégration et le libre-commerce croissants sont essentiels.

Page 50: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

50

C. DÉVELOPPEMENT

L’agriculture et l’élevage, avec l’agrobusiness et toute la chaîne de valeur stimulée par l'activité, compose un secteur important de l'économie de chaque pays, qui nécessite des stimulations - mais pas directement liée aux subventions - pour son développement. Ces stimuli sont en grande partie liées aux fondements économiques et les aspects réglementaires, qui doivent dialoguer avec l'industrie et clairement pointer vers la direction du développement. Les gouvernements doivent réglementer et assurer des conditions stables, prévisibles et qui stimulent l'investissement privé. Sécurité juridique et clarté dans la définition des règles pour l'agriculture et l’agrobusiness sont essentielles pour stimuler l'investissement, particulièrement une fois que la plupart des activités ont des risques et reçoivent rendement financier après de longues périodes de développement.

Les règles générales régissant les capitaux étrangers et l'acquisition de terrains sont également des questions qui nécessitent attention, afin de faciliter l'entrée des investissements et la mondialisation de la production.

Le financement à la recherche et le développement de cultures adaptées aux réalités locales , en ligne avec le changement climatique , et à adopter de nouvelles technologies, joue un rôle central dans le renforcement de l' agrobusinesset les connaissances locales de production , ainsi que le soutien à la formation et à la professionnalisation de secteur. La création et le développement de l'EMBRAPA au Brésil peut être considéré comme un exemple à suivre dans d'autres encore les pays à fort potentiel similaire à explorer. Comme l'a expliqué l'ancien ministre et professeur Delfim Netto, “... le secteur (agricole) qui a acquis une plus grande productivité, qui a été ajusté à la réalité, qui intègre la technologie la plus spectaculaire - sûrement, est le secteur qui a une manifestation de plus grande efficacité au Brésil - l'agriculture brésilienne est un petit bijou”.

L'un des plus grands défis de l'agriculture est motiver les nouvelles générations à participer et s'engager dans la production agricole et agro-industrielle pour répondre à ce défi.

Enfin, en reconnaissant que l'agriculture est une activité risquée, les gouvernements devront encourager le crédit agricole et créer des conditions pour le développement de l'assurance agricole. La création d'une centrale d’atténuation de risque agricole est un élément clé pour assurer une protection sûre pour les agriculteurs, en bénéficiant en fin de compte les consommateurs. Changements pertinents étant déjà observées dans certains pays. Tandis qu'au Brésil seulement 15% de la surface agricole a un type de protection, aux États-Unis ce pourcentage est de 80% à 90%. Malgré ce retard, le montant des primes payées pour l'assurance agricole au Brésil a augmenté de 20 fois au cours des 7 dernières années, pour atteindre plus de 1 milliard de Reais en 2013.

Le transport, le stockage, l'infrastructure et l’agrobusiness sont étroitement liées, et il faut que les gouvernements planifient et orientent les investissements, en créant des politiques

Page 51: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

51

publiques qui favorisent le développement d'un mouvement convenable des marchandises. L'absence ou la mauvaise qualité de l’infrastructure impact l’agrobusiness intensivement, et donc sa compétitivité. Comme le Brésil, de nombreux pays confrontent des goulots d'étranglement logistiques routières, portuaires, fluviales et ferroviaires, en consommant une partie importante des revenus générés par la production, ceux qui compromettent la viabilité économique dans nombreux endroits. La logistique et le transport exigent une planification appropriée, dans laquelle les mouvements et la demande future sont planifiés. Beaucoup de pays n'ont pas un plan global de la logistique, et le retard causé par l'absence de cette direction provoque une perte de compétitivité et de revenus pour l'ensemble du secteur, en impactant les prix et la disponibilité des aliments pour les consommateurs.

Recommandations:

1. Il faut favoriser la recherche et le développement de technologies et cultures adaptées aux réalités locales, en ligne avec les changements climatiques;

2. Les gouvernements doivent encourager et créer des conditions qui permettent un plus grand développement du crédit et l'assurance agricole;

3. La planification et la création de conditions réglementaires qui encouragent et permettent le développement de projets d'infrastructure pour le stockage, le transport et l'expédition des produits agricoles sont fondamentales.

D. CLIMAT

Avec la dépendance de l'activité agricole et l’élevage par rapport au climat, les changements climatiques ont transformé l'agriculture, et le producteur doit chercher activement des moyens pour s'adapter à cette nouvelle réalité. Mais comme a été souligné par Thomas Heller, “les politiques communes nous amènent nulle part ... c’est le court terme dominant le long terme”.

S’il y a une certaine prévisibilité dans le comportement des cultures, méthodes de production, logistique, instruments, gestion et sol, la grande incertitude qui subsiste au secteur aujourd'hui c’est le climat. La conséquence principale doit être l’augmentation de la fréquence des événements météorologiques extrêmes et la transformation des régions semi-arides dans les zones arides peu de temps. Bien que le changement climatique apportèrent une préoccupation majeure et restriction supplémentaire, par la nécessité d'une gestion urgente des ressources comme sources d'approvisionnement de l’eau, contamination des eaux souterraines et la fertilité des sols, les défis actuels trouvés par l'agriculture intertropicale, où la gamme de températures quotidiennes est plus élevée que dans les régions tempérées, nous permetront de prédire que les préoccupations liées au changement climatique seront différentes dans chaque région de la planète. Dans les zones intertropicales, la préoccupation est plus liée à la disponibilité de l'eau et des phénomènes extrêmes. Dans les régions tempérées, elle sera plus liée à l’adaptation de modèles généraux de production causées par le réchauffement climatique global.

Page 52: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

52

Les cultures avant présentes seulement dans les régions tropicales pourront, par exemple, migrer vers les zones tempérées actuelles, qui deviennent beaucoup plus chaudes.

Une difficulté supplémentaire est la reconnaissance du fait que la fiabilité des prévisions de l'effet global est beaucoup plus grand que l'effet local, apportant un défi supplémentaire pour le producteur. Cela provoque apparemment l’inexistence d’une solution technique unique qui répond à tous les agriculteurs, et ni la technologie qui est obligatoire ou qui fonctionne efficacement dans tous les scénarios. L'un des principaux défis dans ce domaine est d'informer les agriculteurs en général sur la question de l'environnement et les impacts incertains dans la productivité agricole locale.

Les changements climatiques démandent des transformations structurels et économiques, et seulement par les politiques publiques et les cadres réglementaires, dans une action coordonnée avec le secteur privé, que chaque pays pourra se positionner sur cette question. Comme Kumi Naidoo a déclaré “...nous devrions nous demander: dans un climat qui change, quel modèle agricole nous devrions appuyer?” Le défi posé par le changement climatique peut être résolu par des lignes directrices dont le fondement est la production avec la conservation, comme les techniques d’intégration agriculture-élevage-forêt, entre d’autres pratiques de conservation.

Apparue comme essentiel dans ce contexte, l'importance de valoriser la production de biomasse à des fins énergétiques: énergie liquide sous la forme d'éthanol, biodiesel et biométhane, et sous la forme d'électricité à partir de sources renouvelables. L'agriculture écologique, possiblement organique, qui valorise et préserve la biodiversité, doit continuer à attirer un intérêt croissant dans la recherche de ces solutions.

Recommandations:

4. Les changements climatiques exigeront des producteurs une augmentation de leur capacité d’adaptation, avec impacts et actions différenciées dans chaque région du monde;

5. Solement par des politiques publiques des cadres réglementaires bien définies, dans une action coordonnée avec le secteur privé, que chaque pays peut être positionné sur les transformations structurels résultant des changements climatiques;

6. Le défi posé par les changements climatiques peut être résolu par des lignes directrices qui ont comme base la production avec préservation, comme les techniques d’intégration agriculture-élevage-forêt, entre des autres pratiques de conservation. Est essentielle dans ce contexte, l'importance de la valorisation de la production de biomasse pour la production énergétique.

E. ÉNERGIE

Plusieurs problèmes environnementaux proviennent de l'utilisation de l'énergie fossile, et donc les sources d'énergie propre et renouvelable deviennent de plus en plus importantes. Au cours des trois dernières décennies, l'agriculture énergétique a développée de façon accélérée et complémentaire à l'agriculture alimentaire. Les biocarburants ont eu augmentation significative de la production en particulier dans la première décennie de ce

Page 53: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

53

siècle, quand la production mondiale a plus que quadruplé, laissant ainsi d’être considérée comme une initiative économique et sociale moins importante.

L’éthanol au Brésil est un projet d’incontestable succès que le monde maintenant essaye de reproduire. Mais son développement durable à long terme dépend des politiques stables avec une faible intervention de l'État, pour permettre la stimulation à l'investissement privé. La prévisibilité et la confiance sont essentielles pour que cette activité se développe à long terme. Au Brésil, la politique de contrôle de carburant, qui favorise la manutention des prix des combustibles fossiles au-dessous du prix en vigueur dans le marché international, a supprimé l'attractivité de la production des énergies renouvelables, et en dépit des efforts efficaces pour améliorer la productivité et l'efficacité des processus, l' intervention du gouvernement a paralysé son expansion. Il faut que la politique publique reconnaît la valeur des externalités positives de biocombustibles, comme l'éthanol, et plus que reconnaître, les rémunère pour ça. Il n’est pas possible prendre des décisions d'investissement sans prévisibilité, quelque chose qui a été perdu au cours des dernières années doit recommencer, avec des lignes directrices claires qui garantissent l'importance stratégique de l'énergies renouvelables.

Aux États-Unis, le mécanisme réglementaire, représenté par le RFS (Renewable Fuels Standard), qui défine les objectifs annuels de substitution est menacé par une éventuelle révision des objectifs, motivée exactement par le succès de la substitution déjà obtenue, et pour pressions politiques des secteurs affectés pour ce combustible.

Le coût de production et le prix de l’éthanol au-dessous du prix du marché de la gasoline, au Brésil et aux États-Unis, influence toutes les conclusions sur éventuels dommages à l'économie ou à la nécessité de subventions pour être viable. Une réversion de l'objectif initial du RFS aura des répercussions négatives graves sur la production agricole aux États-Unis et pour la production d’éthanol à partir de la canne à sucre et de la cellulose dans diverses parties du monde. Affectant non seulement la production de canne à sucre, mais aussi la de maïs et de soja, avec un impact potentiel dans plusieurs chaînes de production de céréales et de la canne à sucre dans le monde.

Tandis que le biodiesel est une source de biomasse de développement plus récent que l'éthanol, il a été essentiel à la matrice énergétique et à la réduction des niveaux de pollution. Le biodiesel, comme l'éthanol, peut augmenter considérablement sa participation dans la consommation de carburants, dans les pays en développement, comme dans le plus développés. Il y a grand potentiel d'expansion dans les pays comme le Brésil, Argentine, États-Unis, Union Européenne et certains pays du Pacifique et de l'Afrique.

Le biogaz et le biométhane, générés par la digestion des déchets agricoles, peuvent être les biocarburants avec le plus grand potentiel inexploité malgré les grandes possibilités offertes par sa grande capacité de produire énergie et composé organique, ce qui facilite la récupération de la qualité, en d'accélérant le processus de construction des sols. La production de biogaz peut contribuer à la production décentralisée de la bioélectricité, et la substitution du diesel fossile par le biométhane peut être considérée comme une source

Page 54: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

54

de l'énergie drop-in, prêt à être incorporé dans les systèmes de distribution de gaz naturel existants.

Recommandations:

1. Les biocombustibles, l'électricité à partir de biomasse et le biométhane doivent jouer un rôle important pour répondre à la demande croissante d'énergie, contribuant ainsi à atténuer les risques de réchauffement de la planète. Les politiques publiques à long terme doivent offrir la sécurité nécessaire pour les investissements pour augmenter la production, qui sont des investissements à long terme.

2. Il faut que la politique publique reconnaît la valeur des externalités positives de la biomasse;

3. L'intervention des gouvernements doivent être minime et les règles pour le développement de l'énergie de la biomasse doit être prévisible et transparent.

F. COMMUNICATION

L'ancienne perception de l'agriculture comme conservatrice et rétrograde doit être surmontée avec la reconnaissance de la réussite économique et les transformations sociales que le secteur fournit, avec la création d'emplois et la contribution à la balance commerciale, éléments forts pour soutenir les plans de reconstruction et la reprise économique.

Possibilités de communication et de marketing encore largement inexplorés, associées à la perception positive de la population, peuvent motiver actions des secteur liées à la agro-industrie: banques, industrie chimique, énergie, machines et services juridiques.

Le défi est d'apporter à la vie quotidienne des personnes en dehors des activités agricoles, en intensifiant les efforts pour rendre clair la relation entre la nourriture et les biens de consommation avec l’agrobusiness. Comme Abilio Diniz a dit, “ces jours passés, il n’a été pas facile de dire quelque chose bonne sur notre pays, en particulier dans ce secteur, et je suis fier de vous dire – il n’importe qui sont les dirigeants ou ce qui se passe - cette terre est nôtre”.

L’agriculture et l’agrobusiness doivent apprendre à écouter les gens à travers les réseaux offertes par les nouveaux médias, en les utilisant pour se communiquer avec le public et intégrer des différents maillons de la chaîne de valeur. Il faut une plus grande utilisation des outils numériques qui permettent l'intégration, circulation de l'information et de connaissance, en plus de maintenir et d'élargir le réseau de relations existants.

C'est grâce à ces nouvelles formes de communication que sera possible d'améliorer la connexion entre producteurs et consommateurs, entre l'agriculture et la société autour, ainsi l'agriculture et de l'agrobusiness peuvent arrêter de vendre des matières premières, et ils vendront de plus en plus les marques et les valeurs intégrées dans les produits, en communiquant ce qui est ajouté en termes de qualité et de technologie dans les aliments et les biens de consommation.

Recommandations:

Page 55: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

55

5. Actions de communication des secteurs liés à l’agrobusiness doivent profiter de la perception positive de la population sur l'activité;

6. Il y a un grand espace pour améliorer la compréhension de la population sur les défis et les réalisations de l'agriculture et de l'agrobusiness;

7. Le concept de l'agriculture familiale ne s'oppose pas au de l'agriculture commerciale et l’agrobusiness. Au contraire, le développement d’un encourage de l'autre;

8. Nouvelles formes de communication doivent augmenter le lien entre les producteurs et les consommateurs, pour que l'agriculture et de l'agrobusiness arrêtent la vente des matières premières, et de plus en plus vendent les marques et les valeurs intégrées dans les produits.

G. VALEURS FONDAMENTALES

La demande mondiale pour les produits agricoles va croître plus vite que la capacité de production dans les régions Asie-Pacifique et dépendra de plus en plus de l’approvisionnement des régions comme le Cône Sud [Brésil, Argentine, Uruguay et Paraguay], et à l’avenir aussi de l’Afrique, qui constitueront les principaux centres de production agricole de la planète. En outre, l’agro sera de plus en plus démandé pour être une plateforme multifonctionnelle, en étendant sa production au-delà des aliments, de fibres et de l'énergie, en avançant dans l'univers des ingrédients de l'industrie alimentaire, produits de l’industrie alcool chimique, les services environnementaux et d'autres.

Ainsi, planifier l’agriculture et l’agrobusiness du futur signifie l'élaboration d'un plan d'affaires global, qui permet de préparer l’activité et de savoir dans quelles conditions ils seront dans 20 ans: quels marchés devront être répondus, avec quels produits, produits avec quel niveau de sécurité. L’utilisation rationnelle et efficace des facteurs de production, en préservant des ressources naturelles disponibles, en assurant des normes élevées de qualité et de traçabilité, seront essentielles pour assurer la pérennité de l'activité.

La sécurité juridique et institutionnel, la sécurité réglementaire pour permettre des investissements dans la technologie et dans la capacité de production sont fondamentales pour ce succès. Les gouvernements doivent créer et stimuler des conditions pour les investissements en recherche et augmentation de la production et des processus pour assurer une plus grande qualité et fiabilité des produits qui arrivent à la table; ils doivent se conformer au rôle pertinent de planifier l’infrastructure, offrir des conditions de protection sanitaire et assurer la sécurité juridique, institutionnel et réglementaire. Comme Alan Bojanic a dit, “Nous sommes optimistes sur les possibilités de nourrir le monde du futur ... mais il ne se fera pas sans innovation technologique et politiques d’intégration.”

Les discussions pendant le GAF14 émergent comme valeurs fondamentales du Consensus de l’Agrobusiness

l’importance de la planification, dans l’occupation du territoire, le développement des infrastructures et de la logistique, et des mesures pour atténuer le risque climatique),

Page 56: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

56

la valeur de la technologie dans la protection des cultures, le développement et adaptation de nouveaux processus et outils, et dans le développement de biotechnologie des graines, et processus biologiques pour pleine utilisation de l’énergie générée par les produits agricoles et agro-industriels,

l’importance de l'utilisation rationnelle et durable des ressources naturelles limitées, par l'utilisation rationnelle de l'eau, avec l'utilisation de technologies efficaces d'irrigation qui optimisent son utilisation, et par des actions et des activités qui préservent et améliorent la fertilité du sol sans contamination causée par les produits chimiques en excès ,

la valorisation de l'agriculture bas-carbone, le respect et la considération des questions de climat, la valeur de la transparence dans les modes de production, appréciation de l'agriculteur, soit-il micro ou macro entrepreneur agricole, la reconnaissance du fait que de nouvelles formes d'organisation de la production

devront être développées de sorte que les gains de productivité soient atteints, en quantité et en qualité ,

le fait que sera de plus en plus fondamental le rôle des secteur liés à l'agriculture et l'agrobusiness, tels que l'accès au financement, assurance agricole, les services juridiques et la certification.

Ces conclusions et recommandations doivent guider les actions spécifiques dans les secteurs public et privé, pour que l'agriculture et l’agrobusiness peuvent continuer à accomplir avec compétence, efficacité et responsabilité sa mission stratégique pour assurer la sécurité et le bien-être des peuples. São Paulo, 24 et 25 mars, 2014 Forum Global Agribusiness 2014

Page 57: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

57

GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 AGENDA Date: 24 et 25 mars, 2014 Ville: Sâo Paulo, Brésil. Endroit: Grand Hyatt São Paulo Hôtel Horaire: 09:00-19:00 le 24 mars, et 9:00-17:40 le 25 mars 2014 Audience directement présente à l'événement: 1082 personnes Participants à distance: sont estimés plus de 36 000 personnes Haut-parleurs: 60 experts et de fonctionnaires du gouvernement et du secteur privé et du milieu universitaire. Groupes techniques: 12 thèmes Nationalités présentes: Brésil, plusieurs pays d'Amérique Centrale, Argentine, Australie, Belgique, Canada, Chine, Colombie, Corée, Cuba, États-Unis, Espagne, France, Philippines, Japon, Inde, Indonésie, Italie, Russie, Suisse, Singapour, Turquie, Union Européenne et Uruguay. Durée totale des présentations: 13h10m (24 et 25 mars, 2014) Transmission: Canal Rural / C2br / CNA / BNDES / Bradesco / Universités partenaires CONSEIL SUPÉRIEUR DU GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM

1. Cesário Ramalho da Silva, presidente 2. Alysson Paulinelli 3. Flávio Páscoa Telles de Menezes 4. Gustavo Diniz Junqueira 5. João Almeida Sampaio Filho 6. Plinio Mário Nastari 7. Roberto Rodrigues

ORATEURS (EN ORDRE ALPHABÉTIQUE)

1. Roberto Carvalho de Azevêdo, Director General, World Trade Organization (WTO), Suisse

2. Abilio Diniz, President, BR Foods, Brésil 3. Antonio Delfim Netto, Former Minister of Agriculture, Finance and Planning,

Federative Republic of Brazil, Brésil 4. Alain Jeanroy, President, CGB, France 5. Alan Jorge Bojanic, Brésil Representative, FAO, Brésil 6. Alessandro Gardemann, Director, Geonergetica, Brésil 7. Alessandro Maritano, VP, New Holland, Itália 8. Antonio Manoel France Aires, Partner, Demarest Advogados, Brésil 9. Carlos Klink, Secrétaire des Changements Climatiques et de Qualité

Environnementale, Brésil 10. Cesário Ramalho da Silva, President of the Advisory Board, GAF, Brésil 11. Dante Solano Delima, OIC-Undersecretary, Department of Agriculture, Philippines

Page 58: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

58

12. David VanderGriend, President, ICM Ltd, États-Unis 13. Dilip N. Kulkarni, President, Jain Irrigation Systems Ltd, Inde 14. Donario Lopes de Almeida, President & CEO, Canal Rural, Brésil 15. Erasmo Batistella, President, APROBIO, Brésil 16. Esteban Gomez, Partner, Clayton Utz, Australie 17. Etsuo Kitahara, Executive Diretor, International Grains Council (IGC), Japon 18. Evaristo Eduardo de Miranda, Researcher, Embrapa, Brésil 19. Gavin Maguire, Ag Market Colunist, Thomson Reuters, Royaume-Uni 20. Geraldo Bueno Martha Junior, General Coordinator, EMBRAPA AgroPensa, Brésil 21. Guilherme Nastari, Director, DATAGRO, Brésil 22. Gustavo Diniz Junqueira, President, Brésilian Rural Society (SRB), Brésil 23. Gustavo Gobrocopatel, President, Los Grobo, Argentine 24. Gustavo Rodríguez Rollero, Minister of Agriculture, Republic of Cuba, Cuba 25. Hélio Mauro France, Diretor, Empresa de Planejamento Logístico, Brésil 26. Henry Joseph Junior, Vice President, ANFAVEA (Associação Nacional dos

Fabricantes de Veículos Automotores), Brésil 27. Jean-Marc Anga, Executive Diretor, International Cocoa Organization (ICCO), Côte-

d'Ivoire 28. Jean-Pierre Lehmann, Professor of international Political Economy, IMD Business

School, Suisse 29. João Almeida Sampaio Filho, President, Consecitrus, Brésil 30. João Paulo Ribeiro Capobianco, President, IDS, Brésil 31. Joesley Batista, President, JBS, Brésil 32. Jose Cullen Crisol, Head of Agro & Enviroment & Commodity Markets, Swiss RE,

Suisse 33. Jose Luiz Tejon, Former President, ABMR&A, Brésil 34. José-Manuel Silva-Rodrigues, Former Director General Agriculture, European

Commission, Belgique 35. José Ramos Rocha Neto, Diretor, Banco Bradesco S.A, Brésil 36. José Vicente Caixeta Filho, Director General, ESALQ, Brésil 37. Joseph Coompson, Chief Agricultural Economist, African Development Bank

Group, Southern Africa Resource Center, Afrique du Sud 38. Julio Cesar Maciel Ramundo, Managing Director, BNDES, Brésil 39. Katia Abreu, President, CNA, Brésil 40. Kumi Naidoo, Executive Director, Greenpeace International, Pays-Bas 41. Luis O. Barcos, Regional Representative, World Organisation for Animal Health

(OIE) for the Americas, France 42. Luis Patricio Crespo Ureta, President, Sociedad Nacional da Agricultura do Chile,

Chile 43. Luis Roberto Pogetti, President of the Board, Copersucar, Brésil 44. Luiz Daniel de Campos, Principal Investment Officer, IFC – World Bank Group,

États-Unis 45. Marcelo Regunaga, Former Secretary of Agriculture, Republic of Argentina,

Argentine

Page 59: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

59

46. Marcio de Freitas, President, Organization of Cooperatives of Brazil, Brésil 47. Mariano Bosch, CEO, Adecoagro, Brésil 48. Mario Sergio Cutait, President, International Feed Industry Federation (IFIF),

Allemagne 49. Mauricio Antonio Lopes, President, EMBRAPA, Brésil 50. Monika Bergamaschi, State Secretary of Agriculture and Livestock, State of São

Paulo, Brésil 51. Neri Geller, Minister of Agriculture, Livestock and Food Supplies, Federative

Republic of Brazil 52. Otaviano Canuto, Senior Advisor on BRICS Economies, The World Bank Group,

États-Unis 53. Plinio Mário Nastari, President, DATAGRO, Brésil 54. Renato Buranello, Partner, Demarest Advogados, Brésil 55. Renato Casali Pavan, Presidente, Macrologistica, Brésil 56. Roberio de Oliveira Silva, Executive Diretor, International Coffee Organization

(ICO), Brésil 57. Rodrigo Mesquita, President, Instituto Peabirus, Brésil 58. Samanta Pineda, President, Pineda & Krahn, Brésil 59. Sergio Rial, President, Marfrig, Brésil 60. Thomas Heller, President, Climate Policy Initiative, États-Unis

GOUVERNEMENTS AUSTRALIAN GOVERNMENT – AUSTRALIA UNLIMITED / BRÉSIL – MINISTÈRE DE L'AGRICULTURE, ÉLÉVAGE ET APPROVISIONNEMENT / CANADA / CUBA – MINISTRY OF AGRICULTURE / EUROPEAN UNION / GOUVERNEMENT BRÉSILIEN / GOUVERNEMENT DE SÃO PAULO / IE SINGAPORE / MANITOBA TRADE AND INVESTMENT / ONTARIO – CANADA / PHILIPPINES – DEPARTMENT OF AGRICULTURE / REPUBLIC OF TURKEY – MINISTRY OF ECONOMY / RÉPUBLIQUE FRANCEISE – FRENCH REPUBLIC EMBASSY IN BRÉSIL ORGANISATIONS INTERNATIONALES FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations ICCO – International Cocoa Organization ICO – International Coffee Organization IFIF - International Feed Industry Federation IGC – International Grains Council ISO – International Sugar Organization FINANCEMENT BNDES BRADESCO DEAG FMC

Page 60: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

60

PARTICIPATION SPÉCIALE NEW HOLLAND / SWISS RE APPUI DEMAREST / GEOENERGETICA COLLABORATION AD SEGUROS / DELOITTE / ICM / IE SINGAPORE / KPMG / TEREOS APPUI INSTITUTIONNEL ABCZ / ABIA / ABIEC / ABIMAQ / ABISOLO / ABITRIGO / ABMR&A / ABRANGE / AGOPA / ANDEF / ANFAVEA / APLA / APROBIO / APROSOJA / ARP / ARU / AVIMIG / BIOSUL / BRASSCOM / CCFB / CEAL / CNA / CNC / COOXUPÉ / CRA / EMBRAPA / F.A.R.M. / FAMASUL / FEDERACIÓN RURAL / FORUM NACIONAL SUCROENERGÉTICO / IDS / OCB / ORPLANA / PLATAFORMA SINERGIA / SINDIRAÇÕES / SNA / SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA / SRA / UBABEF / UNICA ACTION SOCIALE, ENVIRONNEMENTALE ET CULTURELLE FOME / GOUVERNEMENT DE L’ÉTAT DE SÃO PAULO / WAY CARBON UNIVERSITÉS AGRO –UFG / AGROFEA – USP / CENTEV – UFV / ESALQ – USP / FAAP / FEARP – USP / FMB – UNESP / TECNOPARQ / UFLA / UFPR / UFRGS / UFSCAR / UFSM / UNB / UNESP MÉDIA PARTENAIRE OFFICIEL CANAL RURAL / DINHEIRO RURAL / THOMSON REUTERS / UNIVERSO AGRO PARTENAIRES DE MÉDIA A GRANJA / A LAVOURA / AG / AGRIMOTOR / AGRO DBO / ARGUS MEDIA / AVEWORLD / AVICULTURA INDUSTRIAL / BEEFWORLD / CANAMIX / CANAVIEIROS / CULTIVAR / ECOENERGIA / EFE AGRO / ENERGIA BUSINESS / GREENEA / MEIO RURAL / MUNDOCOOP / PLANTAR / PORKWORLD / PRODUZ / RURAL / SOECONOMIA / SOU AGRO / SUINOCULTURA INDUSTRIAL / UDOP

RÉALISATION DATAGRO / SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA (SRB) CURATELLE DATAGRO

Page 61: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

61

GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 AGRIBUSINESS CONSENSUS

This document contains the final version of the Agribusiness Consensus 2014, prepared as a result of the discussions during the GAF14, held on March 24 and 25, 2014, in the city of São Paulo, Brazil.

This document was prepared by GAF14 Curatorship from the notes made during the event, to whom the full responsibility for its content should be assigned to.

The content of this document, fully or partially, does not reflect the individual opinion, nor represents any endorsement, of any of the individual participants, entities, associations, companies, universities, research institutions, governments at the Federal, State or Municipal level, multilateral institutions, non-governmental entities or experts who directly or indirectly participated, supported, sponsored, or were partners in the event, only reflecting the Curatorship’s understanding of the discussions held during the event.

THE DISTRIBUTION OF THIS DOCUMENT IS TARGETED TO POLICY

MAKERS, EXPERTS AND ALL INTERESTED PARTIES IN AGRIBUSINESS

WORLDWIDE.

Page 62: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

62

AGRIBUSINESS CONSENSUS GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014

EXECUTIVE SUMMARY On March 24 and 25, 2014, in São Paulo, Brazil, more than 1,200 people, including farmers, authorities and government representatives, researchers and representatives of the private sector from each of the links in the chain of inputs, production, agroprocessing, marketing, infrastructure, logistics, funding and other support services, gathered to discuss the key challenges and opportunities for agribusiness worldwide. From the discussions that took place in the event, a set of recommendations emanated, constituting the 2014 AGRIBUSINESS CONSENSUS.

The planning for the future of agriculture and livestock passes through, among other factors, the expansion of food volumes currently produced. The demand for food is expected to grow 70% by 2030, mainly due to population growth and the incorporation of 3 billion people to the middle class. Each day, 180,000 people move from the countryside to the cities, and 200,000 additional people need to be fed. Agriculture and agribusiness need to be prepared and organized to meet the large predicted increase in demand, quantity and quality. The development of new technologies, and the use of existing technology should be stimulated to produce more, with less use of resources. Agriculture and agribusiness must be increasingly prepared to deal with issues related to food security, identification, traceability, and social and environmental sustainability.

It is reserved to agriculture a prominent role in the increasing multilateral trade negotiations. It is necessary to produce better technical training in negotiations and dispute settlement. Trade integration between countries or regions, and the strengthening of international trade are essential to encourage the production, trade and circulation of goods. It is essential to pursue further integration and free trade.

For the agricultural development occurring harmoniously and efficiently, there should be a promotion of research and development of technologies and cultures adapted to local realities, in line with climate uncertainties. Governments should encourage and create conditions for a greater access to credit and rural insurance development. It is essential to plan and create regulatory conditions that encourage investments, and the creation of value in agrifood chains, and enable the development of infrastructure projects, for example for storage, irrigation, transportation and shipment of agricultural products, and cold chain.

The climate change challenge will require producers to increase their ability to adapt, with different actions and impacts in each region of the planet. Only through well-defined public policy and regulatory frameworks in coordinated action with the private sector, each country can position itself regarding the structural changes required. The challenge can be

Page 63: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

63

solved through guidelines that have as a foundation the production with preservation, such as the techniques of integrated crop-livestock-forest, among other conservation practices.

Several environmental problems originate from the use of fossil energy; therefore the clean and renewable energy sources become increasingly important. Rising as fundamental in this context is the importance of biomass production valorization for energy purposes. In the past three decades, energy agriculture developed rapidly and complementary to food agriculture. Biofuels, biomass and bio methane power should play an increasingly relevant role to meet the growing demand for energy, contributing to reduce greenhouse gases emission. Public long-term policies must offer the security needed for investments to increase their production, which are long-term investments; and recognize the value of the positive externalities of biomass fuels and its complementarity with food production. Government intervention should seek realism in market prices, incorporate the value of associated public goods, and the rules for the development of biomass energy should be predictable and transparent.

The old perception of agriculture as conservative and retrograde must be overcome with the recognition of the economic success and social transformations that the sector provides. Communication actions of sectors related to agribusiness should take advantage of the population positive perception regarding the activity in those regions where it occurs, and overcome critical visions when they exist. There is large space for improving the population's understanding of the challenges and achievements of agriculture and agribusiness. The concept of family farming is not opposed to the concept of commercial agriculture and agribusiness. On the contrary, the development of one encourages the development of the other. New communication forms should increase the connection between producers and consumers, thus making agriculture and agribusiness stop selling commodities, and increasingly sell brands, services and value added products, including through origin designations.

Planning future agriculture and agribusiness means developing an overall business plan, allowing the sector to be prepared and aware of its conditions in 20 years: which markets will need to be met, with which products, and the degree of safety with which they should be produced. The rational and efficient use of production factors, preserving natural resources available, ensuring high standards of quality and traceability, will be essential for ensuring the future sustainability of the activity.

The key to such success are legal and institutional security, the regulatory security to enable investments in technology and production capacity.

From the discussions in the GAF14, the following core values emerged:

the importance of planning; the technology value ; the importance of the rational and sustainable use of finite natural resources; the valorization of low-carbon agriculture; the respect and consideration to climate issues; the value of transparency in production patterns;

Page 64: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

64

the valorization of the rural producer, whether a micro or macro rural entrepreneur; the recognition that new forms of production organization should be developed so

that productivity gains are achieved, in quantity and quality, that the role of agriculture and agribusiness related sectors will be crucial, such as

access to credit, rural insurance, legal services, technical assistance, and certification.

These conclusions and recommendations should guide specific actions in the public and private sectors, so that agriculture and agribusiness can continue serving with competence, efficiency and responsibility their strategic mission to ensure the safety and well-being of people.

 

Page 65: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

65

AGRIBUSINESS CONSENSUS GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014

On March 24 and 25, 2014, in São Paulo, Brazil, more than 1,200 people, including farmers, authorities and government representatives, researchers and representatives of the private sector in each of the links in the chain of inputs, production, agroprocessing, marketing, infrastructure, logistics, funding and other support services, gathered to discuss the key challenges and opportunities for agribusiness worldwide. These discussions were followed and interacted with over 36,000 remote participants located in 19 universities, over 4,800 branches of Banco Bradesco, and in the national integrated network of the BNDES system.

The main countries in production and consumption, exporting and importing, were represented in GAF14.

The discussions were developed around the major agribusiness themes, which were classified in sectorial and cross sectors, whose conclusions and recommendations are summarized below and constitute the 2014 AGRIBUSINESS CONSENSUS. It is worth noting that the contents of this document, fully or partially, do not reflect the individual opinion, nor represent any endorsement, of any of the participants, entities, associations, companies, universities, research institutions, governments at the Federal, State or Municipal level, multilateral institutions, non-governmental entities or experts who directly or indirectly participated, supported, sponsored, or were partners in the event, only reflecting the Curatorship understanding on the discussions held during the event.

Agribusiness has been characterized as a business network that integrates organized activities of manufacturing and supply of inputs, production, processing, beneficiation and transformation, marketing, storage, logistics and distribution of agricultural goods, livestock, reforestation and aquaculture, in natura and processed, as well as their sub-products and residues of economic value.

The planning for the future of agriculture and livestock, the overall theme of this year's event, encompasses the expansion of food volumes currently produced through improved process efficiency, reducing losses inside and outside the gate, use of technologies already available, rational use of natural resources, respect for the social role and alignment with market trends and demands.

There have been examples demonstrating that it is possible, in a few decades, - a relatively short period of time - that the productivity of cultures such as sugarcane, rice, corn and soybeans will have multiplied by four. When we list the factors that led to this production growth between productivity and expansion of area, we can conclude that the main factor has always been the productivity increase. An interesting aspect is that from it the soil saving effect is generated. This phenomenon has been observed in various parts of the globe, notably in the Americas, in Europe and in regions of Asia, and it has a great

Page 66: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

66

potential in the African continent. This finding indicates that with the development and use of appropriate technologies, the growth challenge can be met, with quality.

Increased productivity and efficiency of agriculture has contributed to improving the food pattern of millions of poor people by reducing food prices, and the generation of income. Agribusiness is also a strategy for the distribution of wealth and social development, in addition to contributing to environmental protection such as, for example, the advancement of environmental services.

Agribusiness strategic planning should be developed through multiannual guidelines, and aiming a solid administrative organization. Agricultural policies should establish incentives, point specific economic measures, and the legal control instruments, without however falling into an interventionist bias. These policies should take into account the management matrix of themes related to environment, transport, agro-energy, and access to markets.

A. EXPANSION OF MIDDLE CLASS

By 2050, the world's population is expected to reach 9 billion people. By 2030, 3 billion people will be incorporated into the middle class around the world, mostly in Asia and in the Pacific. Currently, more than 2.5 billion people depend on agriculture to live. Although three quarters of the low-income population of the world live in rural areas, migration to cities continues changing the consumption volume and patterns - 180,000 people leave the countryside for the cities every day. Currently, only 34% of rural producers in low and middle income countries have access to resources and markets. Each day, the world gets 200,000 more mouths to feed. This vector will cause the food demand grow by 70% by 2030. One of the biggest challenges and opportunities for agribusiness is supplying this future demand, in quantity and quality, with financial, environmental and social sustainability. This challenge places a big problem in the agenda of several countries government: each person consumes about 2,400 calories a day, but the composition of those calories is changing dramatically.

The increase in income leads to higher consumption of foods that need more resources to be produced. Livestock has shown significant and continuous productivity increases in the generation of meat per hectare. However, the projected increase in meat consumption, arising from the increase in income per capita, will require additional efforts in breeding and selection improvement, and increased consumption of power and grains for its expansion.

The income increase in developing countries urges the industry to bring greater volume and diversity of foods to a new group of consumers. Despite having a different buying behavior compared to the already established middle class, these new consumers will soon represent a large part of the population, and much of their income will be spent in a greater variety, which gives opportunity to a different market and product approach. This will stimulate new uses of the known agricultural commodities.

Page 67: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

67

The middle class growth, observed mainly in Asia, the Middle East and the Pacific, is accompanied by a series of dramatic changes in consumption habits, intense urbanization, lack of water, new ways of organizing production, and new technologies that can reduce environmental and social impacts. The importance of organizational change was a theme that was stressed by Gustavo Grobocopatel, of Los Grobo Group.

One of the most important solutions would be the revision of consumption habits. It will be extremely difficult to supply this new contingent of consumers if consumption habits are the same as the current consumers in developed countries.

Therefore, the consumption of food with more intensive production, such as meat, will further expand in regions where income will grow faster.

It is imperative the use of technologies to maximize the land use and continue to produce more in the same territory. Investments in soil and water conservation in renewable energy, and the sustainable use of inputs, such as fertilizers and the integrated control of pests and diseases, will be the agro-industry pillars in the future. Implements for this industry should be developed to meet the increasingly high demands of sustainability, productivity and efficiency.

Agriculture provides more than food. The world needs to produce more with less, meeting the basic needs of the population across the planet. Only 3% of the world's water is freshwater, and only a fraction is apt for consumption. The efficient use of this renewable and finite resource, with efficient irrigation, will be key to food safety and sustainable production.

The use of agricultural and organic waste is the most effective means for the production of sustainable energy and low carbon footprint. Support for the use of biomass and other renewable energy sources will ensure greater power independence to emerging countries and the agricultural sector.

Recommendations:

4. Agriculture and agribusiness need to be prepared and organized to meet the great expected increase in demand, quantity and quality;

5. The development of new technologies, and the use of existing technology should be stimulated to produce more with less use of resources;

6. There is a great opportunity in the use of organic wastes for the production of energy, in an economically and environmentally sustainable manner.

B. INTERNATIONAL TRADE

The correlation of the agricultural sector with other sectors of the economy today is unquestionable, and it makes it harder to supply a growing demand. The financial market is aligned with the commodities market. This in turn is increasingly integrated with the energy market.

Page 68: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

68

If the market is unprepared, uncertainties in the supply could cause the opening of lower quality products, including in the sanitary or phytosanitary point of view. A problem intensified by international trade and shared by entire regions of the world is the sanitary and phytosanitary problem, which is related to food safety, identification and traceability, and finally the demand supply. Recently, aviary flu, mad cow disease, among other diseases, required greater care to ensure food safety through identification and traceability. It is essential to provide security and guarantee to international trade, giving the appropriate attention and importance to animal health, food innocuousness, and the implementation of the standards preconized by OIE (World Organization for Animal Health), which is a global reference in this aspect.

Trade integration between countries and the strengthening of international trade are essential to encourage the production, value adding, and the circulation of agricultural products and processed foods that will meet the needs of this new middle class, mitigating any supply problems. The World Trade Organization (WTO) is a key way of articulation, despite the obvious difficulties to opt for multilateral negotiations, because it ensures parity of bargaining power between countries of different continents, and political and economic conditions.

The WTO, represented by its General Director, Ambassador Roberto Azevêdo, again became an important stage of negotiations between countries, the result of a general recovery in confidence and in their ability to resolve conflicts through efforts toward greater transparency. This new phase of the entity materialized in the first global WTO agreement, signed in Bali by ministers from 159 countries, and which includes core elements of the trading program of Doha Round. The General Director, Azevêdo, said that "bilateral negotiations will test the limits and commercial borders - the agreement between 160 countries is the most difficult. But it is from there that parameters are established, which somehow inspire multilateral negotiations."

The trade facilitation agreement negotiated in Bali was a breakthrough to unblock the negotiations. The WTO outlines a roadmap that will allow continuing negotiations where agriculture will be a key element in the agreements also involving industrial goods and services. It is necessary to go back to using international trade as a development tool for the world.

Bilateral trade agreements should be pursued to mitigate the negative effects of distorting exchange rate policies, as well as expanded imported regimes for draw-back in order to add value to agricultural products intended for the international market.

Recommendations:

8. Agriculture and agribusiness must be increasingly prepared in issues related to food security, identification, traceability, and social and environmental sustainability;

9. It is reserved to agriculture a role of growing prominence in multilateral trade negotiations. It is necessary to create better technical training in negotiations and dispute settlement;

Page 69: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

69

10. Trade integration between countries and the strengthening of international trade are essential to encourage the production, and circulation of goods. It is essential to pursue further integration and free trade;

11. Bilateral trade agreements should be pursued to mitigate the negative effects of distorting exchange rate policies, as well as expanded import regimes for draw-back in order to add value to agricultural products.

C. DEVELOPMENT

Agriculture and livestock, along the agribusiness and the entire value chain stimulated by the activity, which prominently includes the food industry, compose dynamic sectors of each country economy, which require incentives for its development. These stimuli are largely related to economic fundamentals and regulatory aspects. They should dialogue with the sector and clearly point to the development direction. Governments should establish and ensure stable, predictable and inducing conditions for private investment. Legal safety and clarity in the definition of rules for agriculture and agribusiness are essential to stimulate investment, and allow greater added value, especially if it is considered that many of the activities have risks and only get payback after long periods of development.

Encouraging research and development of cultures adapted to local realities, in line with climate uncertainties, in addition to the adoption of new technologies, plays a core role in strengthening the agribusiness and local knowledge production, as well as support for the sector training and professionalization. The creation and development of EMBRAPA in Brazil, the CGIAR, the strategies defined in the context of GFAR and GCARD, and the research strategy developed by the European Union may be considered examples to be followed in other countries with similar potential yet to be explored. As explained by the former Minister of Agriculture in Brazil and Professor Delfim Netto, "... (Agriculture) was the sector that has obtained greater productivity, which adjusted the most to reality, which incorporated technology in the most dramatic way – and surely, it is the sector that had a demonstration of greater efficiency in this country - the Brazilian agriculture is a small jewel."

One of the great challenges of agribusiness is to motivate younger generations to engage in agricultural and agroindustrial production.

Agriculture is a risky activity. It is the role of governments to facilitate access to credit and create conditions for the development of agricultural insurance. The creation of an agricultural risk mitigation center is a key element to ensure a secure protection network for farmers, ultimately benefiting consumers. Relevant changes are already being observed in some countries. Although in Brazil only 15% of the agricultural area has some sort of protection, in the U.S.A, this percentage is from 80% to 90%.

Page 70: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

70

Transport, storage, infrastructure and agribusiness activities are closely related. Governments are liable for planning and guiding investments properly through public policies that allow the development of a suitable cargo handling.

The lack or poor quality of infrastructure impacts agribusiness intensively, and consequently its competitiveness. Several countries face road, port, waterway and railroads logistical bottlenecks, consuming significant part of the income generated by production, thus compromising its economic viability in many locations. Logistics and transport require proper planning, in which future handling and demands are planned. Many countries still lack a global logistics and spatial location of processing activities plan aiming the production of processed products of the food industry with a high added value, and which reduce the transport cost of in natura or semi-processed products. The lack of direction, and inducing tax policies, instead of encouraging this type of organization and planning, causes loss of competitiveness and income for the entire sector, impacting prices and availability of food for consumers.

Recommendations:

4. Research and development of technologies and cultures adapted to local realities, in line with climate uncertainties, should be encouraged;

5. Governments should encourage and create the conditions that will allow further access to credit and rural insurance development;

6. The planning and creation of regulatory conditions that encourage and enable the development of private infrastructure projects for storage, transport, shipment and the local processing with added value of agricultural products is crucial.

D. CLIMATE

Considering the dependence of agriculture and livestock activity regarding the climate, climate changes have transformed agriculture, and the producer must actively seek ways to adapt to this new reality. But as pointed out by Thomas Heller, president of Climate Policy Initiative, "common policies are not leading us anywhere ... short-term has been dominating long-term policies."

While there is some predictability in the behavior of crops, methods of production, logistics, implements, soil and management, the great uncertainty of the industry today is the climate. Although climate changes bring a major concern and additional restriction, the need for urgent management of resources such as water supply sources, contamination of groundwater and soil fertility, the current challenges found in the intertropical agriculture, where the daily temperature range is much higher than in temperate regions, allowing us to predict that the concerns related to climate change will be different in each region of the planet. In intertropical regions, the concern will be more related to water availability and the occurrence of extreme events. In temperate regions it will be more related to adaptations of general patterns of production caused by global warming.

Page 71: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

71

An additional difficulty is the recognition that the global effect predictions reliability is much greater than the local effect, bringing an additional challenge for the producer. This apparently causes that there is no single technical solution that meets all farmers, and no technology that is mandatory or that works efficiently in all scenarios. One of the main challenges is to inform farmers in general about the environmental issue and its uncertain impacts on local agricultural productivity.

Climate change requires structural and economic changes, mitigation and adaptation, and only through public policy and regulatory frameworks, in a coordinated action with the private sector, each country will be able to position itself on this issue. The challenge imposed by climate change can be addressed by means of guidelines which are based, among other factors, on the production with preservation, such as the techniques of integrated crop-livestock-forest, among other conservation practices. Ecological agriculture, including organic, which values and preserves the biodiversity and natural resources, might continue attracting growing interest in the search for these solutions. Countries such as France and Brazil have developed National Plans of action on agroecology which could serve as reference.

Therefore it is rising as fundamental in this context the importance of the biomass production valorization for energy purposes: liquid energy in the form of ethanol, biodiesel and biomethane, and as electrical energy of renewable source.

Recommendations:

7. Climate uncertainties will require producers to increase their ability to adapt, with different actions and impacts in each region of the planet;

8. Only through well-defined public policy and regulatory frameworks, in coordinated action with the private sector, each country can position itself regarding structural changes resulting from climate changes;

9. The challenge imposed by climate change can be addressed through guidelines that have as foundation, among other factors the production with preservation, such as the techniques of integrated crop-livestock-forest, among other conservation practices. In this context it is considered critical the importance of biomass production valorization for energy purposes.

E. ENERGY

Several environmental problems originate from the use of fossil energy, and in this sense the sources of clean and renewable energy become increasingly important. In the past three decades, energy agriculture developed rapidly and complementary to food agriculture. Biofuels had significant production increase particularly in the first decade of this century, when the world's production more than quadrupled, and was no longer considered being an initiative of lower economic and social importance.

Page 72: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

72

Ethanol is a project of unquestionable success in the U.S., in Brazil and in Europe, which the world is now trying to replicate. But its sustainable development in the long term depends on stable policies with low government intervention, so there can be incentive to private investment. Predictability and trust are essential for this activity development in the long term. Arbitrary intervention in the fuels prices, favoring the maintenance of oil derivate prices below those practiced in the international market, has taken the attractiveness of renewable energies production.

Despite successful efforts to improve productivity and process efficiency, the distorting government intervention halted its expansion, frightened investments and the risk capital. It is necessary that public policy recognizes the value of the positive externalities of biomass fuels, such as ethanol, and more than acknowledging it, remunerating for it. It is not possible to make investment decisions without predictability, something that has been lost in recent years and needs to return, with clear guidelines that ensure the strategic importance of renewable energy, and its complementarity with food farming.

In the U.S., the regulatory mechanism represented by RFS Renewable Fuels Standard, which sets annual goals of replacement, is threatened by a potential review of goals, motivated by the success of the replacement already achieved, and political pressures from the sectors affected by it.

The cost of production for ethanol and the price are lower than the market price for gasoline, both in Brazil and the U.S. put away all the conclusions about any possible damage to the economy or the need of subsidies to make it viable. A reversal of the original goal of the RFS will have deep negative impacts on agricultural production in the U.S., and for the production of ethanol from sugarcane and cellulose in various parts of the world. It will affect not only the production of sugarcane, but also corn and soybeans, with potential impact in several production chains of grain and sugar cane worldwide.

While biodiesel is a source of biomass development more recent than ethanol, it has been essential to for the energy matrix and the reduction of pollution levels. Biodiesel, just like ethanol, can greatly increase its participation in fuel consumption, both in developing and developed countries. There is great potential for expansion in countries like Brazil, Argentina, USA, European Union, and selected countries of the Pacific and Africa.

Biogas and biomethane generated by the biodigestion of agricultural waste are perhaps the biofuels with the greatest unexplored potential. Despite the great opportunities offered by its great capacity to produce energy and organic compound, facilitating the recovery of the quality, and accelerating the process of building soils. Biogas generation can contribute to the decentralized generation of bioelectricity, and the substitution of fossil diesel by biomethane can be considered a drop-in energy source, ready to be incorporated into existing natural gas distribution systems.

Recommendations:

Page 73: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

73

4. Biofuels, biomass and biomethane power should play a growing relevant role to meet the demand increase for energy, contributing to mitigate several environmental problems. Long-term public policies must offer the security needed for investments to increase biofuels production, which are long-term investments.

5. It is necessary that public policy recognizes the value of the positive externalities of biomass fuels, and that the complementarity with the food production is considered;

6. Government intervention should be minimal and the rules for the development of biomass power should be predictable and transparent.

F. COMMUNICATION

The old perception of agriculture as conservative and retrograde must be overcome with the recognition of economic success and social transformations that the sector makes possible, with the generation of employment and contribution to the trade balance, strong elements to support economic reconstruction and recovery plans.

Possibilities of communication and marketing are still largely unexplored, aligned to the positive perception of the population; they can motivate actions in agribusiness related sectors: banking, chemical industry, energy, machinery, and legal services.

The great challenge is to make the daily lives of people outside the field closer to agricultural activities, intensifying efforts to make clear the existing relationship between food and consumer goods with agribusiness. According to José Tejon Megido, from ESPM, the Agro-society is the new frontier of agribusiness, where the walls that separate the field from the city will no longer exist – the agribusiness represented by economic, financial and technological assets along the value chains, and the agro-society by the values of the new society and conscious capitalism.

Agriculture and agribusiness must learn to listen to the population through networks made available by new media, using them to communicate with the public and integrating with the different links in the value chain. It is necessary to increase the use of digital tools that provide integration, circulation of information and knowledge, in addition to maintaining and expanding the existing relationship network. It is necessary that agribusiness sector leaderships transmit in a balanced manner their particularities to the entire society.

By means of these new forms of communication it will be possible to improve the connection between producers and consumers, between agriculture and the society around it, making agriculture and agribusiness stop selling commodities, and increasingly sell brands and value added products, communicating what is added in terms of quality, know-how, and technology in food and consumer goods. The recognition and the development of origin designations, and other geographical indications, can also be an efficient way to add value to the products.

Recommendations:

Page 74: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

74

9. Communication actions of sectors related to agribusiness should include a positive perception of the public regarding the activity in those regions where it occurs, and overcome critical views on production when applicable;

10. There is great space for improving the population's understanding about the challenges and achievements of agriculture and agribusiness;

11. Agriculture and agribusiness must learn to listen to the population through the networks offered by the new media;

12. New communication forms should increase the connection between producers and consumers, thus making agriculture and agribusiness stop selling commodities, and increasingly sell brands and value added products, also, for example, by means of origin designations or other geographical indications.

G. ESSENTIAL VALUES

Global demand for agricultural products will grow faster than production capacity in Asia and in the Pacific, regions that will increasingly depend on the supply of regions such as the Southern Cone [Brazil, Argentina, Uruguay and Paraguay], and in a further future also from Africa, which will constitute the main poles of agricultural production on the planet. In addition, agribusiness will increasingly be required to be a multifunctional platform, extending its production beyond food, fiber and energy, advancing in the universe of new ingredients from the food industry, the ethanol-chemical industry products, environmental services, and others.

Planning future agriculture and agribusiness means developing an overall business plan, aiming to prepare the activity and know under what conditions it will be within 20 years: what markets will need to be met, with which products, and produced with what degree of safety. The rational and efficient use of production factors, preserving natural resources available, ensuring high standards of quality and traceability, will be key elements for ensuring the future sustainability of the activity.

The key to such success are the legal, institutional, and regulatory security to enable investments in technology and production capacity. Governments should create and foster conditions for investment in research and increase in production and processes to ensure greater quality and reliability of products that go to the table. They shall comply with the relevant role of planning the infrastructure, providing conditions for health protection, and providing legal, institutional and regulatory security. As Alan Bojanic, FAO representative in Brazil, said, "we are optimistic about the possibilities for feeding the future world... but it will not happen without technology innovation, integration policies, and actions to avoid the persistent and still high food waste."

From the discussions that took place in GAF14, the following emerge as key values in the Agribusiness Consensus:

the importance of planning, in spatial occupation, in public policies relating to agricultural and livestock, and agro-food sectors, in the development of infrastructure and logistics, and actions to mitigate climate risk),

Page 75: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

75

the technology value, in food production and processing processes, as for example the cultivation protection, in the adaptation of new processes and implements, including agro-ecological ones, and the development of seeds biotechnology, and biological processes to take full advantage of the power generated by agricultural and agroindustrial products,

the importance of the rational and sustainable use of finite natural resources, in particular the rational use of water, by using efficient irrigation technologies that optimize its use, and through actions and activities that preserve and enhance the soil fertility without contamination risks,

the valorization of low-carbon agriculture, the respect and consideration to climate issues, the value of transparency in production patterns, the valorization of the rural producer, whether a micro or macro rural entrepreneur, the recognition that new forms of production organization should be developed so

that productivity gains are achieved, in quantity and quality, a fact that it will be increasingly important is the role of agriculture and agribusiness

related sectors, such as access to credit, rural insurance, legal services, technical assistance, and certification.

These conclusions and recommendations should guide specific actions in the public and private sectors, so that agriculture and agribusiness can continue serving with competence, efficiency and responsibility their strategic mission to ensure the food safety and well-being of people.

São Paulo, March 24 and 25, 2014 Global Agribusiness Forum 2014 

Page 76: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

76

GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM 2014 SCHEDULE Date: March 24 and 25, 2014 Location: São Paulo, Brazil. Place: Grand Hyatt São Paulo Hotel Time: From 09:00 am to 07:00 pm on March 24, and from 09:00 am to 05:40 pm on March 25, 2014 Audience directly present at the event: 1.082 people Distance participants: estimated to be more than 36 thousand Speakers: 60 specialists and officials from government, private sector and academy. Technical Panels: 12 themes Countries participating: Brazil, several Central American nations, Argentina, Australia, Belgium, Canada, China, Colombia, Korea, Cuba, USA, Spain, France, Philippines, Japan, India, Indonesia, Italy, Russia, Switzerland, Singapore, Turkey, European Union and Uruguay. Total time of presentations: 13h10m (March 24 and 25, 2014) Transmission: Canal Rural / C2br / CNA / BNDES/ BRADESCO / Partner Universities BOARD OF THE GLOBAL AGRIBUSINESS FORUM

1. Cesário Ramalho da Silva, president 2. Alysson Paulinelli 3. Flávio Páscoa Telles de Menezes 4. Gustavo Diniz Junqueira 5. João Almeida Sampaio Filho 6. Plinio Mário Nastari 7. Roberto Rodrigues

SPEAKERS

1. Roberto Carvalho de Azevêdo, General Director, World Trade Organization (WTO), Switzerland

2. Abilio Diniz, President, BR Foods, Brazil 3. Antonio Delfim Netto, Former Minister of Agriculture, Finance and Planning,

Federative Republic of Brazil, Brazil 4. Alain Jeanroy, President, CGB, France 5. Alan Jorge Bojanic, Brazil Representative, FAO, Brazil 6. Alessandro Gardemann, Director, Geonergetica, Brazil 7. Alessandro Maritano, VP, New Holland, Italy 8. Antonio Manoel França Aires, Partner, Demarest Advogados, Brazil 9. Carlos Klink, Secretary for Climate Change and Environmental Quality, Brazil 10. Cesário Ramalho da Silva, President of the Advisory Board, GAF, Brazil

Page 77: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

77

11. Dante Solano Delima, OIC-Undersecretary, Department of Agriculture, Philippines 12. David VanderGriend, President, ICM Ltd, United States 13. Dilip N. Kulkarni, President, Jain Irrigation Systems Ltd., India 14. Donario Lopes de Almeida, President & CEO, Canal Rural, Brazil 15. Erasmo Batistella, President, APROBIO, Brazil 16. Esteban Gomez, Partner, Clayton Utz, Australia 17. Etsuo Kitahara, Executive Director, International Grains Council (IGC), Japan 18. Evaristo Eduardo de Miranda, Researcher, Embrapa, Brazil 19. Gavin Maguire, Ag Market Columnist, Thomson Reuters, United Kingdom 20. Geraldo Bueno Martha Junior, General Coordinator, EMBRAPA AgroPensa, Brazil 21. Guilherme Nastari, Director, DATAGRO, Brazil 22. Gustavo Diniz Junqueira, President, Brazilian Rural Society (SRB), Brazil 23. Gustavo Gobrocopatel, President, Los Grobo, Argentina 24. Gustavo Rodríguez Rollero, Minister of Agriculture, Republic of Cuba, Cuba 25. Hélio Mauro França, Director, Empresa de Planejamento Logístico (Logistic

Planning Company), Brazil 26. Henry Joseph Junior, Vice-President, ANFAVEA (National Association of

Automobile Manufacturers), Brazil 27. Jean-Marc Anga, Executive Director, International Cocoa Organization (ICCO),

Ivory Coast 28. Jean-Pierre Lehmann, Professor of International Political Economy, IMD Business

School, Switzerland 29. João Almeida Sampaio Filho, President, Consecitrus, Brazil 30. João Paulo Ribeiro Capobianco, President, IDS, Brazil 31. Joesley Batista, President, JBS, Brazil 32. Jose Cullen Crisol, Head of Agro & Environment & Commodity Markets, Swiss RE,

Switzerland 33. Jose Luiz Tejon, Former President, ABMR&A, Brazil 34. José-Manuel Silva-Rodrigues, Former Agriculture General Director, European

Commission, Belgium 35. José Ramos Rocha Neto, Director, Banco Bradesco S.A, Brazil 36. José Vicente Caixeta Filho, General Director, ESALQ, Brazil 37. Joseph Coompson, Chief Agricultural Economist, African Development Bank

Group, Southern Africa Resource Center, South Africa 38. Julio Cesar Maciel Ramundo, Managing Director, BNDES, Brazil 39. Katia Abreu, President, CNA, Brazil 40. Kumi Naidoo, Executive Director, Greenpeace International, Holland 41. Luis O. Barcos, Regional Representative, World Organization for Animal Health

(OIE) for the Americas, France 42. Luis Patricio Crespo Ureta, President, Sociedad Nacional de Agricultura (National

Society of Agriculture), Chile 43. Luis Roberto Pogetti, President of the Board, Copersucar, Brazil 44. Luiz Daniel de Campos, Main Investment Officer, IFC – World Bank Group, United

States

Page 78: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

78

45. Marcelo Regunaga, Former Secretary of Agriculture, Republic of Argentina, Argentina

46. Marcio de Freitas, President, Cooperatives Organization of Brazil, Brazil 47. Mariano Bosch, CEO, Adecoagro, Brazil 48. Mario Sergio Cutait, President, International Feed Industry Federation (IFIF),

Germany 49. Mauricio Antonio Lopes, President, EMBRAPA, Brazil 50. Monika Bergamaschi, State Secretary of Agriculture and Livestock, State of São

Paulo, Brazil 51. Neri Geller, Minister of Agriculture, Livestock and Food Supplies, Federative

Republic of Brazil 52. Otaviano Canuto, Senior Advisor on BRICS Economies, The World Bank Group,

United States 53. Plinio Mário Nastari, President, DATAGRO, Brazil 54. Renato Buranello, Partner, Demarest Advogados, Brazil 55. Renato Casali Pavan, President, Macrologistica, Brazil 56. Roberio de Oliveira Silva, Executive Director, International Coffee Organization

(ICO), Brazil 57. Rodrigo Mesquita, President, Instituto Peabirus, Brazil 58. Samanta Pineda, President, Pineda & Krahn, Brazil 59. Sergio Rial, President, Marfrig, Brazil 60. Thomas Heller, President, Climate Policy Initiative, United States

GOVERNMENTS AUSTRALIAN GOVERNMENT – AUSTRALIA UNLIMITED / BRAZIL – MINISTRY OF AGRICULTURE, LIVESTOCK AND FOOD SUPPLY / CANADA / CUBA – MINISTRY OF AGRICULTURE / EUROPEAN UNION / BRAZILIAN GOVERNMENT / GOVERNMENT OF THE STATE OF SÃO PAULO / IE SINGAPORE / MANITOBA TRADE AND INVESTMENT / ONTARIO – CANADA / PHILIPPINES – DEPARTMENT OF AGRICULTURE / REPUBLIC OF TURKEY – MINISTRY OF ECONOMY / RÉPUBLIQUE FRANÇAISE – FRENCH REPUBLIC EMBASSY IN BRAZIL INTERNATIONAL ORGANIZATIONS FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations ICCO – International Cocoa Organization ICO – International Coffee Organization IFIF - International Feed Industry Federation IGC – International Grains Council ISO – International Sugar Organization SPONSORS BNDES BRADESCO DEAG

Page 79: Gaf14 consenso do agronegocio 2014

          

 

Consenso do Agronegócio – Global Agribusiness Forum 2014 / São Paulo, Brazil / 24-25 Março 2014  

79

FMC SPECIAL PARTICIPATION NEW HOLLAND SWISS RE SUPPORT DEMAREST / GEOENERGETICA COLLABORATION AD SEGUROS / DELOITTE / ICM / IE SINGAPORE / KPMG / TEREOS INSTITUTIONAL SUPPORT ABCZ / ABIA / ABIEC / ABIMAQ / ABISOLO / ABITRIGO / ABMR&A / ABRANGE / AGOPA / ANDEF / ANFAVEA / APLA / APROBIO / APROSOJA / ARP / ARU / AVIMIG / BIOSUL / BRASSCOM / CCFB / CEAL / CNA / CNC / COOXUPÉ / CRA / EMBRAPA / F.A.R.M. / FAMASUL / FEDERACIÓN RURAL / FORUM NACIONAL SUCROENERGÉTICO / IDS / OCB / ORPLANA / PLATAFORMA SINERGIA / SINDIRAÇÕES / SNA / SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA / SRA / UBABEF / ÚNICA SOCIAL, ENVIRONMENTAL AND CULTURAL INITIATIVE FOME / GOVERNMENT OF THE STATE OF SÃO PAULO / WAY CARBON UNIVERSITIES AGRO –UFG / AGROFEA – USP / CENTEV – UFV / ESALQ – USP / FAAP / FEARP – USP / FMB – UNESP / TECNOPARQ / UFLA / UFPR / UFRGS / UFSCAR / UFSM / UNB / UNESP OFFICIAL MEDIA PARTNER CANAL RURAL / DINHEIRO RURAL / THOMSON REUTERS / UNIVERSO AGRO MEDIA PARTNERS A GRANJA / A LAVOURA / AG / AGRIMOTOR / AGRO DBO / ARGUS MEDIA / AVEWORLD / AVICULTURA INDUSTRIAL / BEEFWORLD / CANAMIX / CANAVIEIROS / CULTIVAR / ECOENERGIA / EFE AGRO / ENERGIA BUSINESS / GREENEA / MEIO RURAL / MUNDOCOOP / PLANTAR / PORKWORLD / PRODUZ / RURAL / SOECONOMIA / SOU AGRO / SUINOCULTURA INDUSTRIAL / UDOP

REALIZATION DATAGRO / SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA (SRB) CURATORSHIP DATAGRO