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Apresentação sobre FuturismoAula de Comunicação, Cultura e ArteUniso - 02/04/12
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Vanguarda Européia e Modernismo Brasileiro
Gilberto M. Telles
FUTURISMO
• Movimento artístico e literário
• Filippo Marinetti
• Publicação do “Manifesto Futurista” em 1909
Principais referências
• Decadentes e simbolistas (precursores)Walt Whitman, Emilie Zola, Paul Adam
• Giácomo Balla, Apollinaire, Benedetto Croce
• D’Almeida Prado, Oswald D’Andrade, Anita Malfatti
• Khlebnikov e Maiakovski (Rússia)
• Manifestos e obras de arte
• Liberdade para as palavras
• Mudança na tipografia e renovação das letras italianas
• Onomatopeias
• Tactilismo (comunicação espiritual através da epiderme)
Fases do Futurismo
• 1905 a 1909 – verso livre
• 1909 – 1914 – manifestos e palavras em liberdade
• 1919 – fundação do Fascismo (porta-voz oficial do partido)
“Intensificai as comunicações e as fusões dos seres humanos. Destruí as distâncias e as barreiras que os separam no amor e na amizade. Dai plenitude e a beleza total a estas duas manifestações essenciais da vida: o Amor e a Amizade”
Marinetti
“As grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer e pela revolta.”
• Culto da máquina e da velocidade
• Destruição do passado e da expressão literária (sintaxe)
• Beleza da velocidade
• Cubismo na França
“Vamos meus amigos! disse eu. Partamos! Enfim a Mitologia e o Ideal místico estão ultrapassados.
Vamos assistir ao nascimento do Centauro e veremos logo voarem os primeiros Anjos!”
Marinetti
Manifesto do Futurismo• 1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e
da temeridade. • 2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de
nossa poesia. • 3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase,
o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
• 4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com o seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo… um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.
• 5. Nós queremos glorificar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
• 6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, esforço e liberdade, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
• 7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem.
• 8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!… Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade omnipotente.
• 9. Queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo –, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.
• 10. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda a natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda a vileza oportunista e utilitária.
11.Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as fábricas penduradas nas nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.
Manifesto Técnico da Literatura Futurista
• Publicado em 1912
Alguns trechos:
• É preciso destruir a sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem. Deve-se usar o verbo no infinito (…)
• Deve-se abolir o adjetivo para que o substantivo desnudo conserve a sua cor essencial. O adjetivo é incompatível com nossa visão dinâmica uma vez que supõe uma parada, uma meditação.
• Deve-se abolir o advérbio (…)
• Cada substantivo deve ter o seu duplo. Exemplo: homem-torpedeiro, mulher-golfo, multidão-ressaca, praça-funil
• Abolir também a pontuação (…)• A poesia deve ser uma sequência ininterrupta de imagens
novas (…)• Destruir na literatura o “eu”• Façamos corajosamente o “feio” em literatura e matemos de
qualquer maneira a solenidade.