18
DRAGÃO MAIS #7 www.futebolportugal.clix.pt 31/10/13 MUNDIAL 2014 - CLÁSSICO - LIGA ZON SAGRES

Futebol Portugal Magazine #7

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Clássico, o Mundial 2014

Citation preview

Page 1: Futebol Portugal Magazine #7

DRAGÃO MAISSÓ

#7www.futebolportugal.clix.pt

31/10/13

MUNDIAL 2014 - CLÁSSICO - LIGA ZON SAGRES

Page 2: Futebol Portugal Magazine #7

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

VISÃO SOCIAL

TWEETS DA SEMANA

@Berrador

@MotivacionesF

@JG1904

@rivaisamesa

“Notem bem: 10 anos de Vieira presidente = 8 anos do Porto campeão. O homem qualquer dia ultrapassa o Pinto!”

“Não sonhes a tua vida, vive o teu sonho!” Ozil

Bem o Mónaco na Taça da Liga. ficam mais livres para a Europa

Costinha demitiu-se. Num só dia perdemos o penteado do Abel Xavier e os fatos do Costinha. Triste dia para o futebol português :(

Page 3: Futebol Portugal Magazine #7

21/04/2012

POSTS DA SEMANA

Wayne Rooney

Hector Herrera

“O Kai vestido a rigor para o Halloween”

FC Porto 3-1 Sporting.Fuerza Porto!

HH.

Page 4: Futebol Portugal Magazine #7

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Não se pode dizer que o campeão voltou mas ele pode estar de regresso. Não creio que se

possa apelidar da melhor exibição da nova época mas o jogo do passado domingo provocou uma nova reacção no coração dos adeptos, uma pedrada nas exibições da equipa do último mês, pálidas, monótonas e constrangedoras. Porém, não foi esse o sentimento esperado depois do golo de Josué. A história voltou a repetir-se e esta equipa ainda treme e se esconde atrás de um golo que rapidamente pode ser anulado. Desta vez, a segunda parte trouxe certezas e surpresas. A certeza da manutenção da alma acordada na passada terça-feira no jogo com o Zenit, e a surpresa de uma exibição mais conseguida, num segundo tempo que costuma ser alérgico, tanto para jogadores como para a equipa técnica portista.

A estratégia de Paulo Fonseca para o início do jogo era a esperada: uma forte pressão, onde Josué, Lucho e Herrera tinham um papel preponderante, e uma

VERDE ESPER-ANÇA PARA EXIBIÇÕES DESTAS

VISÃO AZUL

JOÃO MIRANDAFOTO: DPI.PT

Page 5: Futebol Portugal Magazine #7

21/04/2012

transicção rápida para o ataque. Este último aspecto não permitiu uma boa entrada no jogo de Lucho no jogo. Parecia algo perdido no campo, já que o FC Porto não conseguia manter uma posse de bola com a qualidade exigida. Já Herrera promete ser um jogador bastante interessante para o meio-campo do FC Porto, tal é a capacidade de recuperação mas também a qualidade de toque de bola. Porém, a equipa também precisa de mais profundidade no ataque e é neste aspecto que se nota a tremenda baixa de forma de Alex Sandro. Melhor a defender mas bastantes furos abaixo do que mostrou com Vitor Pereira. Essa falta de confiança do lateral parece sobrar em Otamendi e Mangala. Têm demorado bastante tempo a decidir na saída para o ataque e conseguem falhar passes com pouco grau de dificuldade. Jackson é um excelente jogador mas parece necessitar de terapia de banco. Onde estará escondido o melhor jogador da época passada?

Paulo Fonseca ainda tem muito para fazer neste novo FC Porto. Ainda falta acutilância atacante, mais posse quando em vantagem, mais jogo exterior, mais participação dos laterais nos movimentos atacantes. E a falta de tudo isto não trouxe à equipa uma defesa imbatível. Pelo contrário, a equipa tem momentos de insegurança inexplicáveis. Embora tudo isto, será um treinador que poderá conseguir trazer mais qualidade e troféus, algo que todos desejamos. Como a equipa, também o técnico está a crescer e com as duas últimas exibições, não tenho dúvidas para afirmar que os adeptos o vão ajudar no seu crescimento.Nota de destaque para este novo Sporting. Sangue novo e nova atitude numa equipa quase despedaçada na última época. O recurso aos jovens jogadores e a um técnico ambicioso trouxeram à equipa de Alvalade uma atitude totalmente diferente da mostrada nas últimas temporadas. Será sem dúvida alguma, uma equipa candidata a um lugar na Liga dos Campeões do próximo ano.

Duas notas finais. A primeira vai para Artur Soares Dias. Exibiu-se a um bom nível, o que agradou aos adeptos portistas, sportinguistas e sobretudo, aos amantes do futebol. Uma notícia de destaque na arbitragem desde o início da nova época. Uma falta importante contra o Sporting, outra contra o FC Porto e a não admoestação com o cartão amarelo a Maurício no lance da grande penalidade, não mancham a exibição segura do árbitro. A outra nota vai para os acontecimentos que se sucederam antes do jogo. Independentemente da cor defendida por aquela centena de indivíduos, mancham o desporto e a paixão pelo futebol. Juntamente com as declarações infelizes e incendiárias de Bruno de Carvalho antes do clássico, são os únicos aspectos negativos relacionados com a bela partida disputada por dois grandes do futebol português.

Page 6: Futebol Portugal Magazine #7

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Quatro amigos, um carro e muita esperança. Era este o inventário com o qual parti no domingo de

manhã para a minha “muy” estimada cidade do Porto, da qual sentia muitas saudades e nostalgia de tempos idos. A viagem adivinhava-se longa mas o grau de sportinguismo concentrado naquelas quatro pessoas era suficiente para dar asas, não só à viatura, como à imaginação do que poderia ser uma noite memorável. “[…]O clima e atitudes tomadas por “adeptos”, dirigentes e funcionários portistas demonstram um gritante complexo de inferioridade e uma pobreza de espírito que não condiz com um clube com tantos títulos, nem com a beleza da cidade a que pertence. “

À medida que nos íamos aproximando da Invicta, os nossos espíritos entravam em “modo de jogo”. As últimas semanas tinham dado a este jogo um clima bélico, muito devido às trocas de palavras entre dirigentes (mais propriamente, os presidentes) dos dois clubes. O Sporting está diferente, não está tão permeável a desrespeitos e manipulações

OBJECTIVOSINTACTOS

VISÃO VERDE

FRANCISCO FERREIRA GOMESFOTO: DPI.PT

Page 7: Futebol Portugal Magazine #7

21/04/2012

de anos recentes, e a reacção do clube e adeptos portistas é sinal dessa mudança de paradigma. Com efeito, o facto de eu e os meus amigos termos tido necessidade de esconder os nossos cachecóis dos olhos de grupos de “adeptos” portistas (os verdadeiros adeptos não foram nada senão simpáticos e atenciosos para connosco), é um indicador do bom trabalho que tem sido feito em Alvalade. O paternalismo terminou, somos novamente incómodos e alvo da hostilidade dos nossos adversários que nos voltam a ver como uma ameaça. O clima e atitudes tomadas por adeptos, dirigentes e funcionários portistas demonstram um gritante complexo de inferioridade e uma pobreza de espírito que não condiz com um clube com tantos títulos, nem com a beleza da cidade a que pertence. Quanto às quatro linhas, esperava-se um jogo intenso. De um lado um FC Porto ferido após a derrota para a Liga dos Campeões e desejoso de redenção; do outro um Sporting confiante que ambicionava a vitória, tendo em vista a subida à liderança da Liga. Como se esperava, o Porto entrou em campo mais pressionante e incisivo, procurando desde cedo anular o triângulo de meio-campo do Sporting, impedindo que construísse o seu jogo.

“[…]um trinco que no Dragão apenas falha dois passes (!) e que enche o campo com a sua determinação e frieza glaciar merecia até um hat-trick.”Os leões pareciam não ter resposta para a intensidade imposta pelos homens de Paulo Fonseca que, após algumas tentativas, conseguiram abrir uma brecha na defesa verde-e-branca e daí ganharem uma grande penalidade. A falta de Maurício é evidente; até mesmo para aqueles que, como eu, ainda não conseguia acreditar que tivesse faltado ao defesa brasileiro o reflexo mental de parar o movimento e deixar que a bola saísse pela linha final…pois era isso que ia acontecer.

“[…]«porque é que não fazem faltas? Elas também fazem parte do jogo, são necessárias e, por vezes, decisivas. Um cartão amarelo é um mal menor perante uma ameaça de golo».”

Apesar de estar a perder, a equipa de Leonardo Jardim não conseguiu reagir imediatamente. O meio campo continuava num colete de forças, Wilson Eduardo e Carrillo eram inconsequentes e Montero tinha Otamendi como a sua sombra. Para além dos movimentos ofensivos não serem eficazes, continuávamos a passar por apertos na retaguarda, em muito devido à suavidade do meio campo leonino, incapaz de travar os avanços de Lucho e companhia. Alex Sandro e Danilo subiam muito, e Josué flectia frequentemente para o meio, deixando Píris sem adversário directo. Na bancada cantávamos e saltávamos constantemente, mas o desconforto oriundo do relvado e a ânsia pelo intervalo eram notórios.

O segundo tempo trouxe uma equipa leonina mais aguerrida e vertical, procurando – agora sim – uma verdadeira reacção. O domínio não foi avassalador, mas foi suficiente para chegarmos ao empate. Remate

de William Carvalho e eis a loucura de três mil leões; agarrei-me a quem me rodeava e gritei de tal forma que até hoje a garganta ainda não recuperou. Diga-se que o golo não poderia ter sido melhor entregue pois foi da autoria do melhor jogador do Sporting, e um dos melhores em campo; de facto um trinco que no Dragão apenas falha dois passes (!) e que enche o campo com a sua determinação e frieza glaciar merecia até um hat-trick.

“[…]os objectivos do Sporting continuam intactos; a comunhão entre adeptos e jogadores no final do encontro é bem prova disso. O cântico “Nós acreditamos em vocês”, entoado aquando da ida de Bruno de Carvalho e Inácio para perto dos nossos adeptos já muito depois do fim da partida, não poderia ser mais sincero.”

Mas eis que, dois minutos volvidos, nova desconcentração leonina dá origem ao segundo dos dragões e nos tira o tapete debaixo dos pés por completo. Foi um murro no estômago do qual a equipa demorou a reagir; tal reacção acabou por surgir, não trazendo contudo a eficácia necessária. Num jogo onde as oportunidades escasseavam, a defesa de Helton ao cabeceamento de Montero acabou por ser o momento-chave da partida. Levei as mãos à cabeça. «Não se pode falhar isto!», dizia eu, já antevendo uma resposta da equipa da casa. E assim foi; outra perda de bola no meio-campo e aí estava o terceiro. Tal situação levou-me a recorrer a uma ideia oriunda do primeiro tempo: «porque é que não fazem faltas? Elas também fazem parte do jogo, são necessárias e, por vezes, decisivas. Um cartão amarelo é um mal menor perante uma ameaça de golo».

Creio que 3-1 é um resultado pesado, tendo em conta o que se passou em campo, contudo é reflexo do elemento nuclear e desequilibrador da partida: a eficácia. Nos momentos decisivos a equipa da casa soube aproveitar ao máximo os erros do adversário, algo que advém da maior experiência dos seus jogadores, tal como a maior rotina dos mesmos em jogos deste calibre. Apesar da primeira derrota, os objectivos do Sporting continuam intactos; a comunhão entre adeptos e jogadores no final do encontro é bem prova disso. O cântico “Nós acreditamos em vocês”, entoado aquando da ida de Bruno de Carvalho e Inácio para perto dos nossos adeptos já muito depois do fim da partida, não poderia ser mais sincero. O espírito e confiança nesta equipa continua intocável, e terá sequela já no próximo sábado em Alvalade.

Page 8: Futebol Portugal Magazine #7

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

À entrada para a oitava jornada, Jesus reconheceu o que já toda a gente sabia: o rendimento da

equipa não está num nível satisfatório. Não sei bem o que pensar. Se, por um lado, é verdade que o responsável pela equipa já se apercebeu do problema e, portanto, deverá começar a trabalhar no sentido de resolvê-lo, por outro é algo desconcertante que só ao fim de sete jogos – e outros tantos pontos perdidos – venha alguém da equipa técnica benfiquista colocar o dedo na ferida.

Coincidência ou não, a verdade é que, em fim-de-semana de clássico, o Benfica precisava de ganhar para aproveitar ao máximo a perda de pontos dos rivais e fê-lo de forma bastante sólida e esclarecida. O grupo de trabalho terá feito todas as contas possíveis e imaginárias e saberia, de cor e salteado, que poderia ficar em igualdade pontual com o Sporting, a dois pontos do Porto ou a um dos “leões” e três dos “dragões”. Este último cenário seria, provavelmente, o mais favorável. Um ponto seria fácil de anular – tanto mais que o Sporting ainda tem de jogar na Luz – e os três pontos para o FC Porto dificilmente seriam decisivos ainda dentro do primeiro

DESPOJOSDO CLÁSSICO

VISÃO VERMELHA

EDUARDO PEREIRAFOTO: DPI.PT

Page 9: Futebol Portugal Magazine #7

21/04/2012

terço da temporada. Não é que cinco pontos o sejam, como é óbvio, mas implicam já o dobro do trabalho para anulá-los.

Mexer onde era preciso

Ainda assim, e antes de entrar em pormenores sobre a vida “pós-clássico”, o Benfica entrava em campo com a missão de ganhar para, aí sim, poder assistir calmamente ao encontro dessa noite, de roupão e chinelos. O Nacional prometia não ser pêra doce para Jorge Jesus, apresentando-se em Lisboa com apenas um ponto de atraso para o vice-campeão e poderia, em caso de vitória, colar-se ao Sporting no pódio da tabela classificativa. Talvez por isso, o treinador do Benfica optou por não inventar, promovendo à titularidade um Ivan Cavaleiro em claro destaque na equipa B e na selecção de sub-21 e remetendo para o banco um apagadíssimo Ola John, alvo de críticas recorrentes nesta Visão Encarnada.Na frente de ataque, Lima cedeu o lugar a Rodrigo e diga-se, a posteriori, que é evidente que faltam soluções ofensivas a este Benfica. Não tivesse Cardozo regressado ao plantel (um golo e uma assistência falam por si) e estaríamos, neste momento, a braços com dois avançados de rendimento quase nulo e um Ivan Cavaleiro que, apesar de promissor, não está ainda adaptado à primeira liga nem às rotinas do plantel principal. Convém não esquecer que, nas duas últimas épocas de título, contámos com jokers que, não sendo nomes de primeira linha, contribuíram de forma decisiva para o sucesso – Weldon, em 2009/10, e Mantorras, em 2004/05, são exemplos flagrantes de uma lista se podia alargar a Karadas, Nuno Gomes, Sokota, Di María ou Aimar.

O Tacuara de sempre no filme do costume

À falta desta diversidade, coube a Óscar Cardozo, uma vez mais, o papel de protagonista no desfecho do encontro. O paraguaio começou a deixar o seu nome ligado ao jogo ao minuto 15, com uma assistência soberba, em execução e perfeição, para o primeiro golo de Siqueira com a camisola da águia. Percebia-se, por essa altura, que a atitude da equipa podia não ser tacticamente perfeita mas havia o empenho e a garra que tão ausentes tinham andado dos nossos últimos desafios. Não é que o Nacional alguma vez tivesse ganho na Luz, mas nada melhor do que uma boa dose de concentração para evitar que se estreasse precisamente no dia do décimo aniversário do nosso estádio.

Ao intervalo, o resultado era justo mas perigoso e, com Siqueira já em trânsito para o estaleiro, o preparador físico do Benfica estaria, provavelmente, com as orelhas a arder. Refira-se que Mário Monteiro, famalicense de 49 anos e membro da equipa técnica de Jesus desde 2005/06 (na U. Leiria), tem vindo a ser alvo de algumas críticas em relação não só ao número invulgarmente elevado de lesões registadas esta temporada, como também devido às sofríveis rectas finais que a equipa tem vindo a protagonizar na liga portuguesa desde 2010/11. Guilherme Siqueira, que já havia dado sinais de alarme em meados de Setembro, diante do Paços de

Ferreira, parece ter agora problemas físicos mais graves entre mãos e poderá estar em vias de falhar os próximos jogos.Felizmente André Almeida teve uma entrada segura, à imagem daquilo que tem vido a produzir nos últimos meses e a equipa não se ressentiu da falta do defesa esquerdo titular, acabando mesmo por dilatar a vantagem logo depois do recomeço. Cardozo, inevitavelmente, selou a vitória com um golo à ponta-de-lança, numa execução fria, à saída do guarda-redes, e alcançou a notável marca de 100 golos no Estádio da Luz.

Com uma margem de manobra reforçada, o Benfica ainda teve duas boas ocasiões para fazer o terceiro, por Cardozo e Ivan Cavaleiro, sem que o Nacional mostrasse dispor de argumentos para colocar verdadeiramente em causa a nossa vantagem. No final, ainda houve tempo para um gesto digno de registo, com os habitualmente aziumados Jorge Jesus e Manuel Machado a despedirem-se com um abraço, num lembrete de que o fair-play pode, afinal, não ser totalmente uma treta. Basta querer.

Os ventos de Alcochete

Depois deste jogo, as atenções do país viraram-se para o clássico que, como é sabido, sorriu ao FC Porto e deixou o Sporting mais longe do primeiro lugar e em igualdade pontual com o Benfica. Tenho vindo a afirmar que este Sporting, em vez de se deixar atordoar pela péssima prestação da época passada, tem passado a imagem de uma equipa muito competente e capaz de ir muito longe nesta Liga se (há sempre um “se”…) souber manter os pés no chão e perceber que as vitórias ainda não aparecem como quem come tremoços.

É bem possível que a táctica bélica de Bruno de Carvalho e as auto-proclamações de “equipa que melhor futebol joga em Portugal” tenham acabado por voltar-se contra o próprio clube e levado a uma maior motivação portista, potenciada por erros leoninos em momentos cruciais do encontro. De forma simplificada, dir-se-ia que o Sporting tentou passar do gatinhar para o correr, esquecendo-se que tem de voltar a aprender a andar. Mas repito: quando esta equipa tiver bem clara a questão de colocar um pé à frente do outro, pode bem tornar-se num caso sério para a hegemonia portista e para a lenta recuperação benfiquista a que se vem assistindo nos últimos anos. Quando nós, Benfica, acabarmos de ver “O dia em que o Sporting foi campeão europeu” no YouTube, talvez possamos tirar uma ou duas notas sobre o trabalho que ali se está a fazer. Esquecendo, obviamente, a parte de ir perder ao Dragão.

Page 10: Futebol Portugal Magazine #7

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Os canarinhos deslocaram-se à Madeira e, com uma atitude ofensiva durante grande parte dos 90 minutos, dominaram a partida.

A contagem para a vitória da equipa orientada por Marco Silva começou aos 13 minutos, com Javier Balboa a marcar de cabeça, num lance que teve na sua origem um contra ataque de Sebá.

Seis minutos depois, o Marítimo chegou à igualdade na conversão de uma grande penalidade.O árbitro considerou que Bruno Miguel jogou a bola com a mão. Helton foi chamado a marcar.

No segundo tempo, o Estoril dominou o jogo, tendo marcado mais dois golos. Luís Leal e Sebá foram os autores, aos 62 e 69, respetivamente.

Com 14 pontos, o Estoril igualou o Gil Vicente, sendo que tem mais golos marcados, 16 contra 10 da equipa de Barcelos.

CURTASDÉBORA ESPÍRITO SANTO

ESTORIL VENCE NOS BAR-REIROS E JÁ É 4º

Os pupilos de Jesualdo Ferreira receberam a Académica em casa e voltaram a tropeçar.

O jogo que iniciou a 8ª jornada viu o resultado fechado com um golo madrugador, marcado por Fernando Alexandre, passados apenas 4 minutos de jogo. No que restou do primeiro tempo, e apesar de algumas oportunidades protagonizadas pela equipa da casa, foi a Académica que mais perto esteve de marcar.

A segunda parte trouxe um Braga mais pressionante, mas o guarda redes Ricardo estava em noite inspirada e negou o golo aos minhotos.

Jornada fechada e a Académica ascendeu ao 11º lugar com 8 pontos, enquanto que o Braga ocupa o 8º lugar da tabela.

BRAGA SOFRE 3ª DERROTACONSECUTIVA

A última partida da jornada 8, entre o Paços de Ferreira e o Vitória de Guimarães, afundou ainda mais a equipa da capital do móvel.

Na Mata Real, o coletivo da cidade berço venceu por 1-3, jogo onde o Paços foi o primeiro a marcar. Tal aconteceu logo aos 9 minutos, por Sérgio Oliveira.

A igualdade foi alcançada pelo Vitória aos 41 minutos, fruto de uma falta cometida por Grégory dentro da área, e consequente grande penalidade concretizada por Leonel Olímpio.

Os restantes golos verificaram-se no segundo tempo, por Marco Matias, aos 59, e Tomané, aos 77.

Com este resultado, o Vitória de Guimarães subiu ao 6º lugar, somando os mesmo pontos do Nacional da Madeira. Já o Paços continua na última posição, com quatro pontos.

COSTINHA DEIXA O PAÇOS

1º - FC Porto – 22 pontos2º - Sporting – 17 pontos3º - Benfica – 17 pontos4º - Estoril – 14 pontos5º - Gil Vicente – 14 pontos

Page 11: Futebol Portugal Magazine #7

21/04/2012

CROMOSDA BOLA

Page 12: Futebol Portugal Magazine #7

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Adriano(Gil Vicente)

Danilo(FC Porto)

João Real(Académica)

Lucho(Porto) W. Carvalho

(Sporting)

Luis Leal (Estoril)

ESTATÍSTICAS

MELHOR ATAQUE

1 – Sporting – 20 2 – FC Porto – 183 – Estoril – 164 – Benfica – 135 – Nacional – 12

MELHOR DEFESA

INDISCIPLINA

GOLOS NA 1ª PARTE

Tomané(Guimarães)

1 – FC Porto – 52 – Sporting – 73 – Benfica – 74 – Rio Ave – 75 – Gil Vicente – 8

1 – Arouca – 29 A 1 V2 – Olhanense – 26 A 3 V3 – Belenenses – 25 A 4 V4 – Marítimo – 25 A 3 V5 – Gil Vicente – 25 A 3 V

1 – Sporting – 8 2 – Estoril – 73 – Nacional – 74 – FC Porto – 65 – Sp. Braga – 5

GOLOS NA 2ª PARTE

1 – Sporting – 122 – FC Porto – 113 – Estoril – 84 – Benfica – 85 – Marítimo – 8

FRANCISCO BAIÃO

Page 13: Futebol Portugal Magazine #7

21/04/2012

Adriano(Gil Vicente)

W. Carvalho(Sporting)

Tomané(Guimarães)

Marcelo(Rio Ave)

L. Martins(Gil Vicente)

F. Alexandre(Académica)

Cardozo(Benfica)

1 – Mladen (Olhanense) – 5 2 – Maxi Pereira (Benfica) – 5 3 – Kay (Belenenses) – 4 4 – Marcelo Goiano (Académica) – 45 – Paulo Sérgio (Arouca) – 4

MAIS GOLOS SOFRIDOS

1 – José Sá (Marítimo) – 12 2 – Vágner (Estoril) – 123 – Ricardo (Olhanense) – 104 – Eduardo (Sp. Braga) – 105 – Eduardo (Académica) – 10

MELHOR MARCADOR

1 – Fredy Montero (Sporting) – 9 2 – Jackson Martínez (FC Porto) - 73 – Evandro (Estoril) – 54 – Derley (Marítimo) – 55 – Óscar Cardozo (Benfica) – 4

MAIS AMARELOS

Page 14: Futebol Portugal Magazine #7

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Quando Charles Miller trouxe as primeiras bolas de futebol e chuteiras para o Brasil, estava longe de imaginar que era o “pontapé-de-saída” de um dos gigantes do futebol mundial. O jogo da bola é um dos pilares da identidade brasileira: Samba, Carnaval e Futebol. O gingado, típico de um bailarino, permite aos brasileiros criarem magia dentro das “quatro linhas” e semearem a alegria nas bancadas. O característico estilo brasileiro, cheio de técnica e adornos, faz do país o maior exportador de jogadores do Mundo. Do Canadá à Nigéria, do Cazaquistão à Nova Zelândia, não há campeonato no Mundo em que não haja jogadores brasileiros.

Longe dos holofotes do futebol europeu vive o Brasileirão. Cheio de craques ansiosos por dar o “salto” para a Europa, o Brasil tem um campeonato competitivo e imprevisível. Nos últimos anos o Brasileirão tem assistido ao regresso de vários craques, o que aumenta o naipe de candidatos à vitória final. Flamengo, S. Paulo, Vasco da Gama, Corinthians, Botafogo, Cruzeiro, Santos, Fluminense, Atlético-MG, Grémio e Internacional estão no pelotão da frente como crónicos

ASSIM NASCEUM FUTEBOLDE SAMBANO PÉ

RAFAEL COSTAFOTO: DPI.PT

Page 15: Futebol Portugal Magazine #7

21/04/2012

candidatos ao título. São muitos “galos” para um só poleiro. No entanto, o Brasileirão é pródigo em surpresas.Mas a génese da paixão futebolística brasileira está nos Estaduais. No Brasil, os campeonatos regionais assumem grande importância e têm um lugar no coração de cada torcedor. Cada Estado possui o seu próprio campeonato onde equipas, sem grande expressão a nível nacional, são rainhas. Prova disso é o ABC de Natal, que conta com mais de 50 títulos no Rio Grande do Norte, e não faz parte da Série A do campeonato brasileiro.Com uma competição nacional relativamente recente – a primeira edição realizou-se na década de 70 – os Estaduais foram responsáveis por alimentar a paixão dos brasileiros pela bola. Lendas do futebol como Pelé, Garrincha, Rivelino, Tostão, Zico, Falcão, Roberto Dinamite, Romário, Ronaldo, Rivaldo ou Ronaldinho Gaúcho (este de volta ao Brasil, onde brilha no Atlético-MG) são ídolos imortais das torcidas e espalharam magia pelos gramados do Brasil. Os Estaduais mais famosos são os de S. Paulo e do Rio de Janeiro. A sua importância é tal que, antes de existir uma competição centralizada, os campeões cariocas e paulistas eram considerados campeões brasileiros. A arte espalhada pelos campos do Brasil e pelas favelas – autênticos “viveiros” de jogadores – continuam a alimentar as melhores equipas do mundo e a selecção brasileira. Hoje, os brasileiros depositam nos ombros de Ganso, Pato e Neymar as esperanças de nova caminhada rumo à glória.

Como afastar uma maldição

O Brasil recebeu o Mundial pela primeira vez em 1950. Era um Mundo a tentar esquecer os traumas da guerra e seguir em frente. O Maracanã – inaugurado para o Mundial – era o palco perfeito para a final. Nas bancadas 200 mil brasileiros prontos para a festa. No campo, uma selecção uruguaia que se recusava a ser derrotada à partida. Os dois golos da “celeste” calaram um estádio e mergulharam uma nação em depressão profunda. O choque foi tal que Jules Rimet foi obrigado a descer ao relvado para entregar a taça ao capitão uruguaio, Obdúlio Varela.Ainda hoje os brasileiros culpam o guarda-redes Barbosa pela derrota. Muitos juram que houve macumba. O certo é que o trauma da derrota naquela tarde ainda paira sobre a cabeça dos jogadores do Brasil de cada vez que têm de enfrentar o Uruguai. Foi preciso esperar mais de 60 anos para que o Brasil tivesse a oportunidade de rectificar esta derrota. Em 2014, a “canarinha” conta com um renovado Maracanã para dar um pontapé no trauma e, finalmente sagrar-se campeã em casa.

A “feijões” até ao Mundial

Apurado automaticamente como país sede, o Brasil ficou dispensado do desgastante processo de apuramento. Sem jogos oficiais, a “canarinha” vai afinando estratégias com alguns jogos de preparação.O início sob o comando de Mano Menezes foi titubeante. Os resultados eram fracos e inaceitáveis para o exigente público brasileiro. Habituados a um futebol de fino recorte

e da mais alta qualidade, a “torcida” brasileira não podia aceitar as pobres exibições da sua equipa. Acostumados com o melhor, esta selecção não estava à altura de uma equipa que aponta à conquista do ceptro mundial. A fim de evitar males maiores, Mano Menezes viu o “cartão vermelho” e saiu.Para o seu lugar, a CBF foi “pescar” um velho conhecido: Luiz Felipe Scolari. O “Sargentão” – campeão do Mundo em 2002 – foi o escolhido para voltar a pôr a “canarinha” no trilho da vitória. Após um início complicado, Scolari tem construído resultados que voltaram a fazer sorrir a nação brasileira. A vitória na Taça das Confederações e a recente goleada à Austrália são disso prova.

A Estrela: Neymar

Nascido em Mogi das Cruzes, Neymar é a mais recente estrela da constelação canarinha. Chegou ao Santos com 11 anos e cedo começou a chamar a atenção dos treinadores e da imprensa. O sucesso no Brasil levou a que Neymar fosse disputado pelos gigantes europeus. No último Verão assistiu-se a uma “guerra” entre Barcelona e o Real Madrid pelo passe do jovem brasileiro. Depois de fazer correr muita tinta, o “Menino da Vila” rumou à Cidade Condal. Aí, tem conquistado os exigentes adeptos catalães. A estreia de Neymar com a camisola da “canarinha” ocorreu a 26 de Julho de 2010 pela mão de Mano Menezes. Era um amigável contra os Estados Unidos em New Jersey e, a estreia não podia ter corrido melhor. Neymar marcou um golo de cabeça logo na estreia.Hoje, Neymar é a figura maior da sua selecção e sobre ele recaem as esperanças de todo um país. O Mundial de 2014 pode ser a afirmação de Neymar aos olhos de quem ainda desconfia do seu talento. Guiar o Brasil à vitória final pode elevá-lo ao estatuto de lenda. Será também curioso assistir a uma disputa particular com Messi, seu companheiro no Barcelona.

Page 16: Futebol Portugal Magazine #7

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

Como acontece em todas as grandes competições de selecções, existem sempre grandes jogadores que, por uma ou outra razão, ficam a vê-las na

condição de (tele) espectadores. Seja por representarem selecções pouco competitivas, seja por terem feito uma fase de apuramento menos conseguida, a verdade é que em cada Mundial (ou Europeu) há muitos e bons nomes do futebol mundial que não chegam à decisão final, neste caso ao Mundial do Brasil em 2014. Dividimos aqueles que são, porventura, os melhores, em dois onzes que fariam inveja a qualquer seleccionador, e que concerteza teriam uma palavra a dizer na competição. Mas muitos outros que ficaram de fora também mereciam estar debaixo dos holofotes no início do verão de 2014, como por exemplo: Farfán, Sahin, Pienaar, Guerrero, Pizarro, Rosicky, Arango, Dzsudzsak, Emre, Bendtner, Tosic, Weiss, Blaszczykowski, Handanovic, Rondón, Keita, Valdez, Cardozo, Barrios, Santa Cruz, Aubameyang, Djuricic, Carrillo ou Markovic.

Além de todos estes nomes convém lembrar que “astros” do futebol como o “nosso” Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic, Ribery, Benzema, Cavani ou Suárez, bem como jogadores de grande nível como Modric, Mandzukic, Hernandez, Sigurdsson, Evra, Varane, Chiriches, Yarmolenko, Fórlan, Giovani dos Santos, Godín, Nasri, Rakitic, Konoplyanka, Cáceres, Lloris ou Corluka ainda não carimbaram o passaporte para o Brasil, estando dependentes dos resultados dos playoffs que se disputarão já no mês de Novembro. Embora ainda não se saiba quem vai conseguir o apuramento, é certo que alguns deles vão ficar de fora do maior evento desportivo do Mundo. Quem mais perde é o futebol e os seus adeptos, mas infelizmente não há lugar para todos...

MUNDIALNA TVANDRÉ SÁFOTO: DPI.PT

Page 17: Futebol Portugal Magazine #7

21/04/2012

ESTE ESPAÇO PODE SER SEUCONTACTE-NOS ATRAVÉS DE:http://futebolportugal.clix.pt/contacto

Page 18: Futebol Portugal Magazine #7

FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

ED

ITO

RIA

L FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE

COORDENAÇÃO: Francisco Baião e Carlos Maciel

EDITOR CHEFE: Francisco Baião

DIRECÇÃO DE ARTE: Carlos Maciel

REDACÇÃO: Redação: João Miranda, Francisco Ferreira Gomes, Eduardo Pereira, Débora Espírito Santo, André Sá e Rafael Costa

A FUTEBOL PORTUGAL MAGAZINE NÃO SE FAZ RESPONSÁVEL DA OPINIÃO

DOS SEUS COLABORADORES

futebolportugal.clix.pt

FUTEBOLPT