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September Edition
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Setembro 2014www.ossur.es
RHEO KNEE® 3 Características, testemunho e estudos
NOVAS SOLUÇÕES PEDIÁTRICASe muito mais informação sobreFlex-Foot®
UNITY® O sistema de vácuo sem manga de suspensão da Össur
TEL. 00 800 3539 3668FAX 00 800 3539 [email protected]
SOLUÇÕESPEDIÁTRICAS
Para cada criança
Total Knee® 1100Iceross® Junior Dermo® e Stabilo
Cheetah® Xplore Junior
Cheetah® JuniorFlex-Run™ Junior
Flex-Foot® Junior Vari-Flex® Junior
É com enorme prazer que apresentamos a
nova edição do Insight 2014, com a qual pre-
tendemos mantê-los informados sobre atua-
lização de produtos e os mais recentes lan-
çamentos da Össur. Pretendemos fazer tudo
ao nosso alcance para apoiar a concretização
do objetivo, que é também o nosso lema, de
conseguir vidas sem limitações para todos.
Além da informação sobre produtos queremos
partilhar os conceitos que estão por detrás de
do seu desenvolvimento. Neste número em
concreto, preparamos um artigo sobre a gama
de pés Flex-Foot®, informação detalhada sobre
4 RHEO KNEE® 3Compromisso perfeito entre estabili-dade e dinâmica
5 RHEO KNEE® 3Entrevista com o utilizador Tim Klinker
6 RHEO KNEE® 3Estudos e dados
9Flex-Foot®
As características principais da gama de pés Flex-Foot
13UNITY®
Sistema de vácuo avançado
15 Soluções pediátricas Flex-Foot®
17 Entrevista com Sara Andrés
18 Atualização de produtos
19 A sua equipa Össur Ibéria e Agenda
o inovador sistema de suspensão ativa Unity®
e alguns estudos sobre os benefícios e função
do joelho RHEO KNEE 3®.
Na secção de entrevistas apresentamos, com
muito orgulho, o testemunho na primeira pes-
soa de Sara Andrés, um exemplo absoluta-
mente inspirador sobre o significado de viver
dia apos dia uma vida sem limitações!
Desejamos que desfrutem da leitura!
A equipa da Össur Iberia
O Insight é uma publicação da Össur
Redação:
Emilia Mendes
Design:
Marta Tripp
Contribuíram para este número:
Monique Jenni
Yvonne van der Rijt
Marta Tripp
Redação final:
Emilia Mendes
© Copyright Össur, todos os direitos
reservados
Estimado leitor:
ÍNDICE
Colofón:
3
RHEO KNEE® 3
100% 39%
dos utilizadores com nível baixo de atividade
melhoraram o seu tempo no L-Test
dos utilizadores com elevado nível de
atividade melhoraram o seu tempo no L-Test
dos utilizadores com nível baixo de atividade
demonstram um aumento na sensação de
segurança
dos utilizadores efetuaram percursos
mais longos no teste de marcha de 2 min
de redução media no nível na escala de Borg, medido depois do teste
de marcha de 2 min
100% 67% 83%
*Disponíveis na Össur, mediante pedido.
Matt Bulow, CP
“O RHEO KNEE 3 é apropriado para uma ampla diversidade de utilizadores, incluindo aqueles menos ativos.”
Decorridos 10 anos sobre o lançamento
do primeiro modelo RHEO KNEE, con-
solidamos informação sobre os requi-
sitos dos diferentes amputados, como por
exemplo, que as necessidades de utilizadores
com um nível de atividade mais baixo como a
Ellie são diferentes das que manifesta um uti-
lizador com nível de atividade mais elevado
como por exemplo o Tim. Enquanto utilizadores
com níveis de atividade mais baixo privilegiam
a estabilidade e a confiança na fase de apoio,
utilizadores com níveis de atividade mais ele-
vados necessitam um joelho mais sensível que
possa adaptar-se a um estilo de marcha mais
dinâmico. Nenhum joelho controlado por
Compromisso perfeito entre estabilidade e dinâmica
OS DADOS*
microprocessador dava uma resposta satisfa-
tória às distintas necessidades …. até agora.
ESTABILIDADE
Com a nova tecnologia de sensores e o atua-
dor redesenhado, o RHEO KNEE 3 está neste
momento adequado a uma ampla gama de
utilizadores. A fase de apoio mais segura e está-
vel desde o contacto inicial até à elevação dos
dedos, gera um elevado nível de confiança no
utilizador, independentemente de este estar
simplesmente de pé ou a caminhar em diferen-
tes tipos de terrenos ou em rampas ou escadas.
DINÂMICA
Em simultâneo mantivemos o nível de dinâmica
pela qual o RHEO KNEE era conhecido, e que
tanto interesse desperta em utilizadores como
o Tim. Na verdade, a dinâmica foi inclusive
reforçada com um atuador mais potente e um
auxiliar de extensão mais consistente e rápido.
Assim é mais fácil para os utilizadores mais
ativos caminhar sem centrar toda a sua atenção
em cada passo. A fazer ciclismo, caminhada ou
a trabalhar na sua garagem, utilizadores como
o Tim sentem que “gastaram” menos energia
no seu dia-a-dia, enquanto utilizadores como
a Ellie sentem um aumento no nível de segu-
rança e atividade.
• NOVO Atuador e sensor cinemático melhoram a estabilidade e dinâmica
• NOVO Auxiliar de extensão com potência constante, proporciona uma fase oscilante mais natural
• NOVO Limite de peso do utilizador de 136Kg e duração da bateria até 3 dias.
• NOVO Mecanismo de bloqueio manual do joelho em extensão completa
• O atuador proporciona uma resposta instantânea
• Início da fase oscilante muito fácil, ideal para uma resposta rápida e marcha dinâmica
Características e Melhoramentos
“O joelho RHEO KNEE 3 é muito estável e fácil de caminhar. Inclusive sinto-me capaz e confiante em escada e rampas . “
4
Tim Kinkler é um dos protagonistas da
nossa campanha RHEO KNEE 3. Tim
tem 41 anos, vive na Alemanha e é
licenciado em eletrónica. Neste momento está
a fazer uma nova licenciatura em ciências, com
especialização em psicoterapia. Além das ativi-
dades profissionais Tim tem várias atividades
de lazer tais como ler e escrever, jogar dardos
e, a sua atividade preferida, andar de bicicleta.
Há 2 anos foi amputado a nível transfemoral
no membro inferior esquerdo. Perguntámos-
lhe como reaprendeu a andar de bicicleta.
? Acreditava que depois da amputação
voltaria a andar de bicicleta?
Sim, acreditava que poderia voltar a andar
de bicicleta. É fundamental acreditar em nós
mesmos e que podemos conseguir tudo, desde
que tentemos.
? O que aprendeu durante a fase de
reabilitação?
Ensinaram-me a manter o equilíbrio entre as
alterações funcionais/corporais e a manuten-
ção dos exercícios que realizava.
? De acordo com a sua experiência, quais
são as necessidades de uma pessoa que
sofreu uma amputação?
A amputação é uma experiencia muito forte,
mas com 40 anos e um membro não funcional
que começava a afetar os meus movimentos,
decidi que era o momento de agir.
? Na sua opinião que soluções deveria
proporcionar uma prótese?
Após a amputação descobri que podia disfru-
tar da liberdade de movimento nas atividades
quotidianas. Por exemplo nas atividades de
lazer. Para mim o mais importante é que a
prótese proporcione mobilidade.
? Alguma vez esperou ter o nível de
mobilidade que tem neste momento?
Sempre pensei que seria possível conseguir
um bom nível de mobilidade, mas agora estou
inclusive surpreendido com o que consegui.
Inicialmente tive um joelho que provavel-
mente não era o mais adequado para mim,
mas com o tempo consegui um joelho fiável,
que me ajudou a sentir-me mais livre e dinâ-
mico, além de seguro. Neste momento uso
o joelho RHEO KNEE 3 que combina sem
sombra de dúvida os dois fatores.
Entrevista com Tim Klinker, utilizador de RHEO KNEE® 3
5
O JOELHO RHEO KNEE® 3 MELHORA A ESTABILIDADE E O RENDIMENTO
O novo joelho RHEO KNEE melhora a segurança, o desempenho e a mobilidade dos utilizadores de próteses transfemorais.
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi o de comparar a segurança, o desempenho
e a mobilidade dos utilizadores com o novo joelho RHEO KNEE 3 em
relação à sua prótese em uso.
MATERIAL E MÉTODOS:
Participaram neste estudo 11 amputados unilaterais, transfemorais,
com idade média de 50 anos. Foram utilizados instrumentos valida-
dos e padronizados, e efetuadas medidas repetidas da estabilidade,
desempenho e mobilidade das medições de partida, (medidas com a
prótese que o amputado utilizava na data), na fase de adaptação inicial
ao novo RHEO KNEE 3 e após 3 semanas de utilização. O equilíbrio
dinâmico foi medido pelo tempo na descida, tempo na fase de apoio
e ângulo do joelho durante a fase de apoio, ao descer e subir escadas
e rampas. A estabilidade e desempenho percebidos pelo utilizador
foram avaliados mediante a confiança reportada por cada sujeito na
resposta aos questionários.
RESULTADOS
Os resultados evidênciam um aumento no tempo dispendido na descida
de escadas em 20% no tempo em apoio, medido a partir do ângulo
do joelho. Os utilizadores sentiram mais confiança e segurança ao
caminhar em escadas e rampas com o RHEO KNEE 3 por comparação
com o joelho em uso. Os resultados evidênciam também uma maior
perceção de estabilidade durante o apoio. Na escala de deambulação do
PEQ - Prosthetic Evaluation Questionnaire os utilizadores referem um
maior desempenho com o novo RHEO KNEE 3 ao fim de 3 semana de
uso, por comparação com os resultados medidos no início do estudo.
Este resultado é indicador de uma melhoria na estabilidade. O grupo
também apresentou melhores resultados no teste de marcha de 2
minutos (2MWT), uma medida de avaliação funcional correlacionada
com o uso da prótese em amputados do membro inferior. A melhoria
no grupo de utilizadores com nível de atividade K3 foi em média de
17,4m (161,4m percorridos na medição de partida e 178,8m percorridos
em média 3 semanas após) como se pode ver na Fig.1.
Ao dividir o grupo em utilizadores com nível de atividade K3 alto e K3
baixo, baseada nos resultados obtidos no teste L-test, os resultados
mostram que o grupo com um nível de atividade mais baixo também
refere melhoria no desempenho.
O resultado médio obtido no questionário PEQ melhorou para todo o
grupo de 6,9 para 8,3 numa escala de 1 a 10 (p <0,05). Os resultados do
grupo com nível de atividade K3 baixo mostram um aumento da pon-
tuação conseguida de 6,7 para 8,8, ou seja um aumento de 2,1 pontos.
O grupo com um nível de atividade mais elevado tem uma melhoria
menos significativa, por comparação com o grupo com menor nível de
atividade com um aumento de 0,9 pontos, de 7 para 7,9, como pode ser
observado na Fig. 2. Dado que o grupo com menor nível de atividade
reportou uma melhoria na confiança, superior ao grupo com maior
nível de atividade, podemos afirmar que o aumento no nível de confi-
ança teve um impacto maior no grupo com menor nível de atividade.
5,5
6
6,5
7
7,5
9
8,5
8
K3 Baixo
JOEL
HO
EM
U
SO AP
ÓS
3 SE
MA
NA
S C
OM
R
HEO
KN
EE 3
K3 Alto
JOEL
HO
EM
USO
AP
ÓS
3 SE
MA
NA
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OM
R
HEO
KN
EE 3
Todos
JOEL
HO
EM
USO
AP
ÓS
3 SE
MA
NA
S C
OM
R
HEO
KN
EE 3
Figura 2. Os resultados no PEQ mostram uma melhoria no desempenho percebido pelo amputado nas 3 semanas com o RHEO KNEE por comparação com o início.
5
10
15
20
25
BASE
K3
ALT
O
K3
BA
IXO
INICIAL
K3
ALT
O
K3
BA
IXO
3 SEMANAS
K3
ALT
O
K3
BA
IXO
Figura 1. Os resultados no teste de marcha de 2 minutos (2MWT) melhoraram em média 17,4m no grupo de utilizadores com nível de atividade K3 baixo, no início das medições e 3 semanas após.
0
Met
ros
30
OS DADOS
6
O RHEO KNEE 3 AUMENTA A MOBILIDADE
O novo joelho RHEO KNEE melhora a segurança, o desempenho e a mobilidade dos utilizadores de próteses transfemorais.
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi o de comparar a segurança, o desempenho
e a mobilidade dos utilizadores com o novo joelho RHEO KNEE 3 em
relação à sua prótese em uso.
MATERIAL E MÉTODOS
Participaram neste estudo 11 amputados unilaterais, transfemorais,
com idade média de 50 anos. Foram utilizados instrumentos validados
e padronizados e efetuadas medidas repetidas da estabilidade, desem-
penho e mobilidade das medições de partida, (medidas com a prótese
que o amputado utilizava na data), na fase de adaptação inicial ao novo
RHEO KNEE 3 e após 3 semanas de utilização. A mobilidade foi avaliada
com o teste de marcha de 2 minutos (2MWT), o L-Test de Mobilidade
Funcional e a Escala de Borg para medir a exaustão percebida pelo
amputado. Foi ainda utilizado um questionário de autoavaliação para
avaliar a perceção de mobilidade do amputado.
RESULTADOS
O desempenho da marcha em terreno plano melhorou durante o período
de avaliação. O tempo médio para concluir o L-Test reduziu de 20,8 segun-
dos no início do estudo para 18,5 segundos na fase de adaptação inicial
e após 3 semanas de utilização. A distância média percorrida durante o
teste de marcha de 2 minutos aumentou de 184,5m no início do estudo
para 193m após 3 semanas de utilização. Os participantes completaram
o L-Test com menor exaustão na Escala de Borg (um adicional de 4,47 no
teste inicial e um adicional de 2,5 na medição efetuada após 3 semanas de
uso). Esta diferença foi significativa (p <0,05) indicando que o utilizador
se sentiu menos cansado quando caminhou com o novo RHEO KNEE
3 por comparação com o joelho que utilizava habitualmente (ver Fig.1).
Quando o grupo foi dividido entre utilizadores K3 baixos e utilizadores
K3 altos, baseados nos resultos obtidos no L-Test, os resultados mostram
que o grupo com o menor nível de atividade foi o que mais aumentou o
nível de mobilidade em terreno plano, comparativamente com o grupo
com maior nível de atividade (ver Fig.2).
A diferença foi significativa tanto na análise intragrupo como entre os
grupos indicando que ambos os grupos melhoraram. O grupo de ampu-
tados K3 com mais baixo nível de atividade, teve um resultado melhor que
o grupo com nível de atividade mais alto. Quando questionados sobre a
posição em que se encontravam na escala de mobilidade do questioná-
rio de autoavaliação PEQ, os amputados reportaram uma melhoria por
comparação com a perceção de mobilidade inicial. O grupo dos utiliza-
dores K 3 com mais baixo nível de atividade reportou um aumento no
desempenho maior que o grupo dos K3 alto.
1
2
3
4
5
6
BASE
PR
É PR
É
PÓ
S
PÓ
S
PÓ
S
DIF
EREN
ÇA
DIF
EREN
ÇA
DIF
EREN
ÇA
INICIAL SEGUIMENTO
0
Figura 1. A escala de BORG indica que os utilizadores do RHEO KNEE 3 apresentam menos fadiga.
5
10
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25
BASE
ALT
A A
TIV
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DE
K3
BA
IXA
ATI
VID
AD
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INICIAL
ALT
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3 SEMANAS
ALT
A A
TIV
IDA
DE
K3
BA
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ATI
VID
AD
E
0
Figura 2. No L-test são evidênciadas melhorias no desempenho na marcha em terreno plano para os utilizadores K3 baixo e K3 alto
Segu
ndos
7
O novo joelho RHEO KNEE (RHEO KNEE 3)melhora a segurança, o desempenho e a mobilidade dos utilizadores de próteses transfemorais. Lechler K, Sverrisson R, Ikelaar L, Sigurthorsson S, Gudmundsdottir SL.
INTRODUÇÃO
Os joelhos com microprocessador (MPK’s) são uma referência na aplicação
em próteses. A sua utilização está associada ao aumento da qualidade de
vida e melhoria da mobilidade dos amputados transfemorais, medida na
transição de próteses com joelhos sem microprocessador (NMPK’s)(1).
Os níveis de atividade comummente sugeridos (Classificação Funcional
da Medicare) para aplicação de um joelho com microprocessador MPK
são os níveis K3-K4, mas, estudos anteriores indicam que amputados
com um nível K2 alto podem ter benefícios funcionais com a utilização
de um joelho com fase oscilante e de apoio controlada por microproces-
sador como o RHEO KNEE (2). As alterações efetuadas no RHEO KNEE
visam melhorar os resultados funcionais, segurança e desempenho de
todo o grupo de utilizadores classificado como K3, mediante a alteração
das funções proporcionadas pelo desenho do hardware, aumentando
o nível de resistência na fase de apoio e assim melhorar a oscilação. As
alterações proporcionam ainda uma extensão mais rápida o que melhora
a mobilidade. O software foi otimizado em consonância.
MÉTODO
Participaram no estudo 11 amputados unilaterais, transfemorais, com
uma idade média de 50 anos. Sete dos participantes eram utilizadores
atuais do RHEO KNEE 3 (Össur), 3 utilizavam C-Leg (Ottobock) e 1 uti-
lizador com o joelho 3R80 (Ottobock). Foram utilizados instrumentos
validados e padronizados e efetuadas medidas repetidas da estabilidade,
desempenho e mobilidade das medições de partida, (medidas com a
prótese que o amputado utilizava na data), na fase de adaptação inicial
ao novo RHEO KNEE 3 e após 3 semanas de utilização. Os participantes
foram avaliados com os seguintes testes: teste de marcha de 2 minutos
(2MWT), o L-Test de Mobilidade Funcional, tempo de subida de rampa
(HA), avaliação do tempo em escadas (SA) e a Escala de Borg para medir
a exaustão percebida pelo amputado. Foi ainda utilizado o questionário
PEQ e um questionário padronizado sobre joelhos da Össur.
RESULTADOS
A perceção dos utilizadores sobre a estabilidade na posição de pé mel-
horou com o novo RHEO KNEE 3 sendo igualmente evidente o aumento
da simetria da passada na fase de apoio, devido a um maior tempo em
apoio do lado amputado. Os resultados mostram que o desempenho da
marcha em terreno plano melhorou durante o período de avaliação. O
tempo médio para concluir o L-Test reduziu de 20,8 segundos no início do
estudo para 18,5 segundos na fase de adaptação inicial e após 3 semanas
de utilização. A distância média percorrida durante o teste de marcha de
2 minutos aumentou de 184,5m no início do estudo para 193m após 3
semanas de utilização. Os participantes completaram o L-Test com menor
exaustão na Escala de Borg, um adicional de 4,47 no teste inicial e um
adicional de 2,5 na medição efetuada após 3 semanas de uso (p <0,05).
Este resultado é indicador de menor fadiga na realização do teste. Os
utilizadores classificaram a sua mobilidade e desempenho como melhor
com o novo RHEO KNEE após 3 semanas de uso por comparação com
a medida inicial, na escala de mobilidade do PEQ, reportando diferença
significativa na facilidade da oscilação (p <0,05) o que indica aumento da
mobilidade. Ao dividir o grupo em dois, K3 alto e K3 baixo em conformi-
dade com os resultados do L-Test mostrou que o grupo com menor nível
de atividade melhorou o seu nível de desempenho em terreno plano mais
do que o grupo com mais alta atividade. A media do resultado na escala
do PEQ melhorou para o grupo total de 6,9 para 8,3 numa escala de 1 a 10
(p<0,05) e os utilizadores manifestaram maior satisfação ao utilizar o novo
joelho do que no anterior. Para o grupo de utilizadores K3 baixo a melhoria
nos resultados foi ainda mais evidente, em 2,1 pontos, de 6,7 para 8,8. O
grupo de utilizadores mais ativos reportou uma melhoria menos acentu-
ada comparativamente com o grupo de baixa atividade, um aumento de
0,9 (de 7 para 7,9 pontos).
CONCLUSÃO
Os resultados deste ensaio demonstram que o novo joelho e software
do RHEO KNEE proporcionam melhorias na estabilidade percebida e
desempenho de todos os utilizadores dentro da nível K3, sendo ainda mais
evidente no caso dos amputados K3 com mais baixo nível de atividade.
Estes resultados têm significado clínico dado que mostram o valor acres-
centado do novo joelho RHEO KNEE 3 testemunhado pelos participantes
e em comparação com as suas próteses em uso. As alterações levam a
uma indicação para uma gama mais ampla de amputados, incluindo os
níveis de atividade mais baixa, comparativamente com o modelo RHEO
KNEE II, sendo ainda indicada para aqueles amputados que procuram/
necessitam aumento de estabilidade, melhoria na mobilidade e redução
no esforço na marcha. Como os participantes tinham conhecimento
do tipo de componentes e o teste não é um teste cego, pode significar
algum enviesamento dos resultados. Os resultados permitem concluir
que o novo joelho está indicada numa gama mais ampla de amputados,
incluindo os de mais baixa atividade comparando com a versão anterior
o RHEO KNEE II.
Bibliografia
1. Sawers AB, Hafner BJ. Outcomes associated with the use of microprocessor-controlled prosthetic knees among individuals with unilateral transfemoral limb loss: A systematic review. JRRD 2013;50:273-314.
2. Theeven PJ, Hemmed B, Gears RP, Smeets RJ, Brink PR, Seelen HA. Influence of advanced prosthetic knee joints on perceived performance and everyday life activity level of low-functional persons with a transfemoral amputation or knee disarticulation. J Rehabil Med 2012;44(5):454-61.
OS DADOS
8
FLEX-FOOT® - ADAPTAMOS AS SOLUÇÕES ÀS DIFERENTES NECESSIDADES
O RHEO KNEE 3 compatível com uma ampla gama de pés Össur....
Existem aproximadamente um milhão de
amputados em todo o mundo. A grande
maioria sofreu amputação do membro
inferior devido a insuficiente vascularização
nos membros inferiores e pés causada por
traumatismos ou doenças. Todos são pessoas
diferentes, com estilo de vida, necessidades e
aspirações individuais, próprias de cada um.
Isto faz com que as necessidades específicas
e características de cada prótese sejam igual-
mente diferentes para cada um. Consciente
desta grande diversidade a Össur teve em
conta diferentes fatores, tais como o nível de
mobilidade e o peso corporal para desenvolver
a gama Flex-Foot, uma gama de módulos de
pés protésicos desenhados com este perfil
individual em mente. A gama de pés Flex-Foot
consiste em pés de fibra de carbono desenha-
dos para obter um rendimento ótimo e ade-
quado a cada idade e nível de atividade/mobi-
lidade. Se bem que a necessidade das crianças
e dos adultos mais ativos é diferente das pes-
soas de idade mais avançada, todos os nossos
clientes exigem produtos de elevada qualidade
que emulem a função do corpo humano ao
máximo possível e que correspondam às suas
necessidades particulares. O criador do Flex-
Foot que é também utilizador, Van Phillips,
descreve as suas primeiras experiências com
os pés protésicos que o motivaram a procurar
soluções que pudessem satisfazer as suas
necessidades. “Os pés eram leves, mas tinham
pouca flexibilidade. Alguns tinham um certo
grau de movimento no tornozelo, mas sem
nenhum método de armazenamento da ener-
gia.” Estes dois atributos, flexibilidade e arma-
zenamento de energia, levaram Van Phillips a
selecionar a fibra de carbono como o material
perfeito para um pé protésico. As suas ino-
vações revolucionam a vida dos utilizadores
de próteses em todo o mundo.
ABSORÇÃO DE IMPACTO
Como indica Perry et al. 5*, as próteses para
amputados transtibiais devem proporcionar
uma maior flexibilidade do tornozelo e imitar
as características dinâmicas de uma articula-
ção normal entre o pé e a perna no momento
do contacto do calcanhar com o solo. As próte-
ses utilizadas devem proporcionar uma adap-
tação ao terreno no contacto inicial e em toda
a fase de apoio. No contexto da absorção de
choque (resposta à carga) um calcanhar ativo
que absorve o impacto e armazenar energia
gerada por esse contacto inicial à medida que o
amputado transfere o peso do corpo para o pé
protésico na fase de apoio. Além do mais, tem
que apoiar o movimento de flexão inicial para
induzir a progressão da marcha no tornozelo e
controlar a progressão tibial e facilitar uma pro-
gressão plantar fluída do pé nesta fase inicial.
A importância destas características é demons-
trável com a proteção do coto nos amputados
diabéticos ou de causa vascular com a pele
sensível. Ainda que não sendo totalmente claro
o impacto na necrose ou dano na pele, o efeito
preventivo é uma realidade.
AMPLITUDE DE MOVIMENTO (ROM) /
FLEXIBILIDADE
As forças verticais que se geram após o con-
tacto inicial (do calcanhar) são armazenadas
e traduzem-se num movimento linear descrito
como progressão tibial, desde o momento
do contacto inicial até à fase média de apoio
e desde a progressão anterior até à elevação
do antepé, o que equivale a uma amplitude de
movimento na articulação de uma pessoa não
amputada de 15 a 20 graus. Este movimento
flexível e controlado permite que o amputado,
controle a aceleração e movimento anterior
que tem que ocorrer para que se passe da
fase de apoio inicial à fase média de apoio,
mas também que controle o comprimento
da passada que deve ser igual ao do membro
não amputado e ajuda a diminuir o consumo
energético.
Em simultâneo, a progressão tibial promove
o movimento anterior do membro oposto
durante a fase de oscilação, o que resulta
num posicionamento mais controlado do pé
10
FLEX-FOOT® - ADAPTAMOS AS SOLUÇÕES ÀS DIFERENTES NECESSIDADES
O RHEO KNEE 3 compatível com uma ampla gama de pés Össur....
e no menor impacto possível ao contactar o
solo. Esta característica foi objeto de diversos
estudos por parte de vários investigadores e,
de acordo com Hafner et al. 6*, o Flex-Foot
proporciona de forma sistemática uma maior
amplitude de movimento na articulação do
tornozelo. O mesmo estudo revela que o Flex-
Foot diminui as forças exercidas sobre o mem-
bro residual e sobre o membro contralateral,
o que indica que assim o pé protésico não só
absorve as forças exercidas no lado amputado
mas também no membro são.
PROGRESSÃO PLANTAR E DESLOCAMENTO
DO CENTRO DE GRAVIDADE
A quilha, ou base do pé completa tem o mesmo
comprimento do membro contralateral para
proporcionar uma marcha mais suave, cómoda
e natural. A amplitude de movimento e a flexibi-
lidade da articulação, como indicado anterior-
mente são características reconhecidas dos pés,
mas o objetivo da quilha (base) do pé completa
é também permitir ao amputado estar sobre
a prótese o mesmo tempo que lhe é possível
estar no membro contralateral. Em pessoas com
características anatómicas normais, a única
ação dos músculos e das articulações é a de
assegurar uma marcha natural e a estabilidade
requerida na fase de apoio. Nas pessoas ampu-
tadas que usam prótese, a base do pé estabiliza
o joelho durante toda a passada e é compatível
com cada deslocamento do centro de gravidade
do corpo. Quando se utiliza um pé protésico
com uma base (quilha) curta (por exemplo
um pé tipo SACH com extremidade flexível) a
progressão plantar termina de forma abrupta,
o que diminui o tempo da fase de apoio no
lado da prótese e da fase oscilante no membro
contralateral. Isto tem graves consequências no
membro contralateral, contribuindo para lesões
e, no caso de amputados diabéticos ou/e com
problemas vasculares pode levar mesmo a uma
amputação do membro contralateral.
Está demonstrado que o impacto sobre o
membro são diminui com uma combinação
dos seguintes fatores: a disponibilidade de uma
amplitude de movimento suficientemente ade-
quada na articulação do tornozelo, uma progres-
são tibial controlada e o comprimento de base
(quilha) completa.
O estudo efetuado por Lehmann et al. 7* analisa
a eficácia da progressão plantar, bem como o
deslocamento do centro de gravidade do corpo
pelo uso dos pés Flex-Foot.
RETORNO DE ENERGIA
A devolução ou retorno de energia de um pé
ESAR (energy storing and returning) acontece
em duas etapas. Na primeira etapa, após o
contacto inicial, a força exercida no calcanhar
do pé protésico provoca a abertura do tubo
em forma de J (no caso deste tipo de pés).
Em seguida, a energia é armazenada para uti-
lização durante a primeira fase da progressão
tibial. Uma vez que o tubo em forma de J esteja
aberto, a energia é devolvida de tal forma que
facilita o movimento anterior e o amputado
pode então passar da fase de contacto inicial
para a fase media de apoio. Isto permite dimi-
nuir a atividade muscular que o amputado teria
que exercer. Exatamente antes da elevação dos
dedos do pé, a energia é libertada uma vez
mais, no segundo momento de progressão
plantar ativa, antes da elevação total do pé do
solo. Este movimento é igualmente afetado
pela característica de quilha completa.
Esta etapa de retorno de energia tem um papel
fundamental, já que favorece o início de uma
fase de oscilação muito mais dinâmica. Está
comprovado que o “retorno energético” tem
um efeito na diminuição do esforço necessário
para caminhar, em diferentes níveis. Este efeito
foi amplamente investigado e comprovado
por autores como Macfarlane et al. 8*, que
demonstrou que os movimentos do tronco
eram mais suaves e regulares em amputados
a usar Flex-Foot, proporcionando uma marcha
mais eficiente aos amputados transfemorais.
Talux®
Vari-Flex®
Vari-Flex® XC
Vari-Flex® XC Rotate
Flex-Foot® Assure
11
EVO™ - OTIMIZAÇÃO DO VETOR DE
ENERGIA
A Össur, apesar dos resultados satisfatórios
com os pés Flex-Foot, continuou a investigar
melhorias nos produtos que pudessem resultar
em melhorias para os amputados, quantificadas
por diversas ferramentas e métodos de análise.
O objetivo do desenvolvimento da característica
EVO, hoje disponível em vários modelos Flex-
Foot era o de imitar a progressão natural do pé
humano, utilizando o deslocamento do centro
de pressão durante a marcha como referência
para o seu desenvolvimento. A otimização do
vetor, ou otimização do vetor de energia para
ser mais rigoroso, corresponde à otimização
do padrão de movimento do centro de pressão.
Esta característica é o resultado de alterações do
desenho da funda cosmética do pé. A adaptação
do desenho no interior da funda cosmética ao
pé protésico, nomeadamente ao arco do pé
Vari-Flex, dá lugar ao que denominamos EVO.
O desenho exterior da funda cosmética foi ajus-
tado ao calçado, completando um conceito de
interface sólida entre o calçado/solo e o módulo
do pé. O objetivo é o de imitar a progressão
plantar natural do pé fisiológico, utilizando o
deslocamento do centro de pressão durante a
marcha como referência.
ROTAÇÃO
Para os amputados, esta parte da cadeia
cinética é substituída pela prótese. Qualquer
que sejam as forças aplicadas nas estruturas
biológicas em falta, estas são agora aplica-
das na prótese e na sua interface com o coto.
Um membro inferior são pode rodar no plano
transverso, como descrito anteriormente, ou
transmitir a rotação noutros planos, contudo
na prótese, com exceção da rotação do pé pro-
tésico dentro do sapato, poucas próteses de
membro inferior permitem rotação no plano
transverso. A rotação forçada pode aumentar
as forças de corte entre o coto e o encaixe o
que, para alguns amputados, é tao incómodo
que provoca alterações no padrão de marcha.
Dado que o incómodo e as lesões provocadas
pelas forças de corte sentidas entre o coto e o
encaixe estão entre as queixas principais dos
amputados, é muito importante reduzi-las
ao mínimo em todos os planos do encaixe/
interface com o coto.
É importante a inclusão de um adaptador de
torsão numa prótese, para evitar problemas
secundários. Quanto mais proximal o nível de
amputação maior será a necessidade de ele-
mentos ou componentes capazes de absorver
a rotação, mesmo para amputados com nível
de atividade baixo. No caso de amputados com
um nível de atividade elevado, a rotação deve
combinar-se com a otimização da absorção de
impactos. Assim, é recomendável a aplicação
de um adaptador de torsão numa prótese do
membro inferior.
1. Bob Gailey, 2008, Secondary conditions related to prosthetic users and ten steps to reduce the risk of injury, In motion, July/August, Vol 18, issue 5
2. Christiane Gauthier-Gagnon et al. Predisposing Factors Related to Prosthetic Use by People with a Transtibial and Transfemoral Amputation, JPO 1998; Vol 10, Num 4, p 99.
3. Robert Gailey, Predictive outcome measures vs functional outcome measures in the lower limb amputee, JPO 2006; Vol 18, Num 1S, p 51
4. Johannesson et al. From major amputation to prosthetic outcome: a prospective study of 190 patients in a defined population. Prosthetics and orthotics international 2004, 28, 9-21.
5. Perry J et al. Prosthetic weight acceptance mechanics in transtibial amputees wearing the Single Axis, Seattle Lite foot, and Flex-Foot. IEEE Trans Rehabil Eng. 1997;5(4):283-289.
6. Brian J. Hafner, PhD, Overview of Outcome Measures for the Assessment of Prosthetic Foot and Ankle Components, JPO 2006; Vol 18, Num 1S, p 105.
7. Lehmann JF et al. Comprehensive analysis of energy storing prosthetic feet: Flex-Foot and Seattle Foot Versus Standard SACH foot. Arch Phys Med Rehabil 1993; 74:1225–1231.
8. Pamela MacFarlane et al. Transfemoral amputee physiological requirements: Comparisons between SACH foot and Flex-Foot. Journal of prosthetics and orthotics 1997, Vol. 9, Num. 4.
9. Esquenazi et al. Rehabilitation After Amputation, Journal of American Podiatric Med. Assoc. 91(1): 13-22, 2001.
BIBLIOGRAFIA
12
Nesta edição do Insight publicamos
uma entrevista e o perfil pessoal de
Sara Andrés. Sara tem 28 anos e
sofreu uma amputação transtibial bilateral
há cerca de três anos. Desde essa data
percorreu um longo caminho na adaptação
e aprendizagem de uma nova realidade.
Absorvendo tudo o que cada dia lhe
proporciona, em equilíbrio com o mundo e
cheia de projetos de futuro, partilha connosco
a sua história e perspetivas.
A vida de Sara Andrés, mudou quando há cerca
de três anos sofreu uma amputação bilateral
transtibial. No entanto, no decorrer da entre-
vista foi revelando que o processo de reabili-
tação e adaptação também lhe proporcionou
uma visão mais profunda do mundo, a ensinou
a olhar os outros de uma nova forma e a rela-
tivizar as situações. Cada conquista e cada dia
são uma fonte de harmonia e felicidade. Coisas
que dava como adquiridas anteriormente têm
agora um novo sabor quando conquistadas.
? Desde já gostaríamos de agradecer a
disponibilidade para partilhar a sua
história com os leitores do Insight. Poderia
descrever-nos como foram para si os
primeiros momentos após a amputação?
Como reagiu e o que foi determinante?
Foi um choque muito grande em termos de
imagem e da autonomia. Nos primeiros seis
meses, enquanto não tive as próteses, utilizei
uma cadeira de rodas. A sensação de limitação,
não poder chegar a todo o lado, não poder
conversar com os outros na mesma posição...
Inclusive não me aventurava a sair sem uma
companhia, pela dificuldade nos percursos
inclinados e passeios. Nos primeiros tempos
considero determinante a determinação e
persistência. São muitas as barreiras que
é necessário transpor, a dor no coto, as
limitações de mobilidade, etc! Apenas com
um grande determinação e não desistir. Para
mim fez toda a diferença o não desistir de fazer
todas as atividade.
?Qual foi o maior impato que teve a
amputação na sua vida?
Tinha e tenho uma vida muito preenchida!
Antes da amputação tinha uma prioridade
absoluta que era estudar e era muito exigente
comigo mesma queria ganhar tudo, ter tudo.
De alguma forma a amputação colocou as
coisas numa perspectiva mais realista e
harmoniosa. Vivo cada dia por si e aproveito
ao máximo! Sinto-me mais disponível para as
pessoas para os outros e isso é um aspeto que
considero positivo.
?As suas rotinas e os passatempos?
Sempre gostei muito de praticar desporto!
Estava envolvida em muitas atividades
como por exemplo: hipismo, atletismo, ski,
pára-quedismo ainda atividades como tocar
guitarra e pintar. Gosto de me envolver e
experimentar de tudo. Depois da amputação
fui gradualmente adaptando-me e agora
essencialmente gosto de tocar guitarra, ir
ao ginásio, montar a cavalo e nadar. Mas
já experimentei pára-quedismo com e
sem as próteses e kitsurf sem as próteses.
Emocionante!
?E o seu dia-a-dia?
Tenho um dia a dia completamente
preenchido neste momento e sinto que tenho
uma vida plena. Sou professora do ensino
básico pelo que tenho dias completamente
preenchidos. Todo o tempo disponível
aproveito para estar com os meus amigos e
continuar com as atividades que me dão prazer.
Acima de tudo sinto vontade de aproveitar
todos os momentos e oportunidades. Sempre
ao ritmo do que a vida me coloque como
desafio!
?Qual a sua principal preocupação e
objetivos?
Desejo apenas ser capaz de me superar todos
os dias mais e mais mantendo esta vontade
de viver! Em harmonia e equilíbrio, passo a
passo. Renovei recentemente a minha carta
de condução, sem qualquer adaptação, o que
foi um grande objetivo atingido! E quero muito
aprender a correr com as próteses e participar
noutro tipo de desportos!
Atualmente a Sara Andrés utiliza diferentes
tipos de próteses: Seal-In V com Re-Flex Shock
e Unity e Flex-Run.
ENTREVISTA COM SARA ANDRÉS
Sara Andrés, em equilibrio e vivendo cada dia ao máximo
13
UNITY - VÁCUO SEM MANGA DE SUSPENSÃO DISPONÍVEL NUMA AMPLA GAMA DE PÉS FLEX-FOOT
Com o novo sistema de vácuo Unity da
Össur, consegue-se uma suspensão
por vácuo avançada sem a necessidade
de manga de suspensão. Um desenvolvimento
sem precedentes com grande aceitação por
parte dos utilizadores. Mais ainda, a bomba
de vácuo funciona independente do módulo
do pé Flex-Foot, o que permite otimizar ao
máximo a eficiência do pé. Sem necessidade
de manga de suspensão, não há limitações na
amplitude de movimento e o vácuo pode ser
libertado de uma forma rápida e simples, sim-
plesmente pressionando um botão.
COMO FUNCIONA
Ao aplicar vácuo onde é necessário – na zona
distal do membro – Unity ajuda a estabilizar o
volume ao mesmo tempo que cria uma sus-
pensão de vácuo altamente eficaz sem neces-
sidade de usar uma manga de suspensão. Este
sistema também minimiza o risco de fugas de ar
na zona proximal, associados com os sistemas
de vácuo “acima do joelho” mais tradicionais.
A VANTAGEM SEAL-IN
O sistema de vácuo Unity foi desenvolvido
a partir da plataforma tecnológica compro-
vada do interface de silicone Iceross Seal-In. A
extremidade distal mole, que permite melhor
ajustamento e conforto, está localizada abaixo
da membrana. Esta membrana de vedação
adapta-se ao membro residual, distribuindo
a pressão uniformemente, evitando assim o
desconforto de zonas com picos de pressão.
Acima da membrana, a característica paten-
teada Wave permite uma mobilidade total na
zona do joelho e a mistura especial de silicone
da Össur proporciona elevados níveis de con-
forto e proteção.
RECOMENDADO APENAS COM A TECNOLOGIA SEAL-IN :
UNITY®
O único sistema avançado de vácuo, desenhado para usocom a tecnologia comprovada Seal-In® e Flex-Foot®.
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UNITY - VÁCUO SEM MANGA DE SUSPENSÃO DISPONÍVEL NUMA AMPLA GAMA DE PÉS FLEX-FOOT
UNITY®
O único sistema avançado de vácuo, desenhado para usocom a tecnologia comprovada Seal-In® e Flex-Foot®.
O sistema Unity conta com uma válvula
com três funções que permite con-
seguir um sistema de vácuo eficiente,
de uma forma simples, rápida e automática em
apenas alguns passos. Igualmente importante
para o utilizador é o sistema de expulsão –
sendo apenas necessário pressionar um botão
e o vácuo é libertado de imediato.
1. ESTRUTURA E LÂMINA DE SUPORTE
A lâmina de suporte está unida ao pé (proxi-
malmente) e a estrutura assenta sobre a almo-
fada do tacão. As duas peças unem-se aproxi-
madamente na zona medial do pé. A estrutura
e lâmina de suporte estão desenhadas para
que, quando se coloca o peso no tacão do pé
protésico, a estrutura se mova para cima e a
lâmina de suporte se mova para baixo, esti-
rando a membrana e aumentando a distância
entre ambos.
EXPULSÃOPermite a entrada do ar de uma forma fácil ao
calçar o encaixe
BOTÃO DE LIBERTAÇÃOPermite a entrada do ar, para que o vácuo seja
libertado e assim o utilizador possa descalçar
a prótese com facilidade
SISTEMA DE BYPASS DO VÁCUOPermite a entrada de ar na bomba de vácuo,
através de uma válvula de retenção, e assim
o encaixe mantém-se hermético mesmo na
remota hipótese de que se verifique uma falha
no tubo
2. VÁLVULAS DE RETENÇÃO
As válvulas de retenção asseguram que o ar
não volta a entrar no encaixe à medida que sai
do encaixe em cada passo que o amputado dá.
3. AMORTECEDOR DO CALCANHAR
O amortecedor do calcanhar atua como um
suporte de segurança para a lâmina superior
do Unity, e um amortecedor para o desloca-
mento do calcanhar na presença de cargas
elevadas.
4. MEMBRANA
O mecanismo da bomba da membrana está
localizado entre as duas lâminas. Quando a
membrana se expande o ar é expulso eficaz-
mente do encaixe
15
AS CRIANÇAS SÃO MAIS ATIVAS QUE OS ADULTOS
Não é segredo nenhum que as crianças
se mexem mais do que os adultos.
Elas têm mais energia, brincam mais
e enquanto estas incluem a corrida como parte
da sua atividade diária, a maioria dos adultos
não o faz.
Por essa razão adicionamos à nossa linha
pediátrica não uma nem duas mas sim três
novas opções de pés dinâmicos, incluindo
um pé de corrida para crianças com membros
residuais mais longos e um pé híbrido para
caminhada / corrida: o Cheetah® Xplore Junior.
As crianças podem sonhar em brincar com os
amigos, competir em desportos ou passear
o cão da família e a Össur quer apoiá-los em
cada passo.
Cheetah® Xplore Junior
Um pé híbrido em fibra de carbono,
feito por medida, desenhado para
funcionar tanto como um pé para uso
diário como para desporto.
Para as crianças que requerem a flexibilidade
de um pé para o dia a dia e um pé de corrida
numa única prótese, o Cheetah XPlore Junior
é a resposta. O Cheetah Xplore combina o
desempenho comprovado do nosso pé de
corrida Cheetah com um calcanhar para uso
diário.
Vari-Flex® Junior
O Vari-Flex Junior oferece uma combi-
nação exclusiva entre conforto e
dinâmica. É indicado especialmente
para as crianças que necessitam de energia
adicional.
O Vari-Flex Junior é leve, fácil de montar e tem
um perfil esguio que facilita o acabamento cos-
mético. Este pé garante níveis de confiança mais
elevados e a segurança do utilizador. Ao pro-
mover uma marcha natural com menos fadiga
e menor pressão na zona lombar e no membro
são, é o pé ideal para qualquer atividade.
Cheetah® Junior
Pé em fibra de carbono, feito por medida,
de alto desempenho desenvolvido prin-
cipalmente para atividades desportivas.
Este é o pé ideal para correr e brincar para
usuários transtibiais e transfemorais. Monta-se
na parte posterior do encaixe, tornando-se ágil,
resistente e de desempenho comprovado para
as crianças que queiram praticar desporto.
QUILHACOMPRIMENTO
TOTAL
RESPOSTAPROPORCIONAL
PROGRESSÃOTIBIAL ATIVA
CALCANHARATIVO CARBON-X®
DEDO DESANDÁLIA
QUILHACOMPRIMENTO
TOTAL
RESPOSTAPROPORCIONAL
PROGRESSÃOTIBIAL ATIVA
CALCANHARATIVO CARBON-X®
RESPOSTAPROPORCIONAL
PROGRESSÃOTIBIAL ATIVA
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AS CRIANÇAS SÃO MAIS ATIVAS QUE OS ADULTOS
QUILHACOMPRIMENTO
TOTAL
RESPOSTAPROPORCIONAL
CALCANHARATIVO CARBON-X®
DEDO PARASANDALIA
RESPOSTAPROPORCIONAL
PROGRESSÃOTIBIAL ATIVA
Flex-Foot® Junior
Dê um impulso ao seu passo, com um
Flex- Foot em fibra de carbono,
especialmente desenhado para
crianças.
Ideal para crianças, o Flex-Foot Junior garante
o retorno total de energia. O calcanhar ativo
Carbon-X® armazena energia e absorve o
impacto, enquanto a quilha de comprimento
total contribui para a estabilidade e ainda
para a simetria da passada. O módulo do
pé de perfil baixo com armazenamento
de energia inclui dedo de sandália e uma
pirâmide macho integrada. A forma da placa
da pirâmide contribui para a resistência
progressiva do pé. As camadas de fibra de
carbono são cuidadosamente alinhadas para
oferecer o apoio e a flexibilidade necessárias
para complementar os movimentos variados
das crianças. A deflexão do antepé, desde a
fase media de apoio até à fase de propulsão, é
proporcional ao peso da criança e é desenhada
para tolerar os altos níveis de impacto gerados
pelas crianças.
Flex-Run™ Junior
O Flex-Run Junior é uma solução
personalizada para crianças. A
resposta vertical e o retorno de
energia eficientes são obrigatórios para crianças
muito ativas.
Desenvolvido para ser o mais flexível dos pés
de corrida, o Flex-Run Junior oferece absorção
de impacto superior, fazendo com que este
seja o pé ideal para usuários transtibiais e
transfemorais.
17
ICEROSS SEAL-IN® X TF
O Iceross Seal-In X TF incorpora os últimos avanços na tecnologia Seal-In, e permite a colo-
cação da membrana na posição escolhida pelo paciente e pelo ortoprotésico. O interface e a
membrana são selecionados individualmente para conjugar de forma adequada o tamanho e
forma do coto, a preferência de compressão e a posição da membrana.
CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS
• Revestimento exterior em tecido até 5 vezes mais durável, por comparação com os revesti-
mentos existentes ICEROSS TF
• Extremidade distal mais fina e flexível
• O interface adapta-se à forma do coto, sem necessidade de que o coto se tenha qua adaptar
à forma do liner
• Evita a formação de bolsas de ar durante a colocação da prótese
• Melhora a proprioceção e perceção da prótese
• O Iceross Seal-In X TF é 4cm mais comprido que os seus antecessores
• A elasticidade controlada do revestimento, melhora o apoio proximal sem ser demasiado rígida
• Silicone com duplo durómetro
• Protege a pele sensível e em simultâneo estabiliza de forma adequada os tecidos moles
UNITY® PARA FLEX-FOOT BALANCE®
CARACTERÍSTICAS
• Amputados transtibiais
• Kit de pé recomendado em função do peso corporal (máx. 136 kg)
• Utilizadores adequados para o Iceross Seal-In® V
O sistema Unity não deve ser utilizado como uma solução para encaixes
folgados ou resolver qualquer tipo de desajuste do encaixe. As folgas
e/ou encaixes muito largos podem causar dor e/ou lesões graves.
Unity para Flex-Foot Balance está disponível nas seguintes
configurações
• Pré- instalado num Flex-Foot Balance
• Kit de instalação posterior
SYMBIONIC® LEG 3
Em publicações anteriores apresentamos o novo joelho RHEO KNEE 3. Com o objetivo de incor-
porar todos os novos benefícios e funcionalidades deste novo modelo na Symbionic, o modelo
atual inclui agora o joelho RHEO KNEE 3 (incluindo o sistema de bloqueio em extensão). O novo
produto resultante inclui todos os benefícios da RHEO KNEE 3 e adota o nome SYMBIONIC LEG 3.
• Novo atuador do joelho, desenhado para proporcionar um binário e resistência mais elevados,
o que melhora a estabilidade e segurança
• Mecanismo auxiliar de extensão redesenhado para uma fase oscilante mais suave
• Sensor cinemático proporciona estabilidade na fase de apoio
• Mecanismo de bloqueio do joelho em extensão possibilita segurança adicional e conforto em
tarefas e circunstâncias específicas
• Aumento da capacidade da bateria para uma utilização mais extensa
• Configuração mais fácil
ATUALIZAÇÃO DE PRODUTOS
18
2014 Ortomedicalcare Madrid, Espanha
20-21 novembro 2014
Jornadas Internacionais do CMR de Alcoitão
Alcoitão - Portugal23-25 outubro 2014
2015XVI Congresso da SPMFR
Cascais - Portugal19 -21 março 2015
Congresso Mundial ISPOLyon - França
22-25 junho 2015
Agenda*
É com imenso prazer que partilhamos com
os nossos leitores uma visão da equipa
de pessoas dedicadas e ao seu serviço
na península Ibérica. Desde representantes
do serviço de atenção ao cliente, responsáveis
de área e responsáveis técnicos que, apoiados
pela vasta equipa da Össur, se comprometem
diariamente com o objetivo de ajudar os
amputados a viver uma vida sem limitações.
A nossa equipa de responsáveis comerciais,
serviço de atenção ao cliente e serviço técnico
estão totalmente disponíveis para os apoiar e
assessorar em qualquer questão e sempre que
necessário. Para informação adicional sobre
os nossos serviços e outros contactos sugeri-
mos consulte a nossa página na internet em
www.ossur.es
Desde 1 de julho Frank Alsemgeest foi
designado responsável de vendas da Össur
Ibéria. Licenciado em fisioterapia, possui
igualmente um diploma universitário em
administração de empresas. Desde o início da
sua atividade profissional como fisioterapeuta,
Frank tem uma experiencia de trabalho na
indústria de dispositivos médicos de mais de
10 anos. Teve varias posições, desde vendas a
marketing, antes de vir trabalhar para a Össur,
numa empresa fabricante e distribuidora de
próteses internas, contactando sobretudo
hospitais e cirurgiões ortopédicos. Em
outubro de 2013 junta-se à Össur como
Product Markting Manager para a unidade
EMEA, onde desenvolveu uma forte relação
com a equipa da Össur Ibéria. Extremamente
entusiasmado com a possibilidade de trabalhar
mais de perto com a equipa da Össur Ibéria e
em ligação com outras equipas da Össur com o
objetivo de contribuir para o desenvolvimento
e continuado sucesso no mercado Ibérico.
A SUA EQUIPA ÖSSUR NA IBÉRIA!
Frank Alsemgeest Sales Manager Össur Iberia
IVAN GERMAN Technical Manager
+34 69 209 30 [email protected]
RAFA RUIZ DE LA CUESTA Technical Manager
+3461 813 75 [email protected]
ÒSCAR TALAMINOArea Manager
+34 69 903 49 [email protected]
FRANCISCO MOYA Area Manager
+34 61 813 75 [email protected]
BRUNO VIANAArea Manager
+351 963 495 [email protected]
CASIMIRO CARLOS Area Manager
+351 911 971 [email protected]
ARANTXA JIMÉNEZ Customer Service Representative
00 800 3539 [email protected]
RUI DA SILVA Supervisor Customer Service
00 800 3539 [email protected]
EMILIA MENDESMedical Marketing Manager
+351 964 170 [email protected]
FRANK ALSEMGEESTSales Manager
+31 611 87 14 [email protected]
* Resumo de conferências e exposições que a Össur deseja dar a conhecer. A informação pode não ser
exaustiva.Para informação adicional sugerimos consultar diretamente com as entidades organizadoras dos eventos.
19
Não é necessária manga de suspensão
Maior mobilidade e aceitação por parte do utilizador
Vácuo distalEstabilização efetiva do volume
Design simplesSistema de vácuo fácil e simples
Bomba independenteFunção do pé não comprometida
LeveO sistema completo pesa 130g
UNITY®
Vácuo sem manga de suspensão
© ÖSSUR, 08. 2014
Össur Iberia SLUc/ Caléndula, 93 - Miniparc III Edificio E, Despacho M1828109 El Soto de la Moraleja, Alcobendas - MadridEspanha
TEL +800 3539 3668FAX +800 3539 [email protected]
WWW.OSSUR.ES